Professional Documents
Culture Documents
03 Etica Do Servico Publico
03 Etica Do Servico Publico
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
Apresentação
Todo trabalho realizado no IBGE, seja ele de natureza finalística, seja ele de natureza administrativa,
está pautado pela competência e pela excelência técnica adquiridas ao longo desses quase 80 anos em
que vimos servindo aos cidadãos brasileiros, sem qualquer espécie de discriminação.
Considero importante que os princípios éticos sejam mais conhecidos por todos os servidores para
orientar suas condutas no trabalho diário. Foi com essa ideia em mente que reconstituímos, em 2013, a
Comissão de Ética do IBGE, a qual vem agora apresentar-nos importante documento: o Código de Ética
do IBGE.
Tenho a convicção de que todo servidor do IBGE contribui sobre- maneira para que diariamente
cumpramos nossa missão institucional, de todos bem conhecida. A expectativa da Direção do IBGE é a
de que nossa missão, no que diz respeito ao ambiente de trabalho profissional, seja agora aperfeiçoada
pela presença ainda mais intensa da ética em todos os setores da Casa.
Agradeço, por fim, a todos os servidores a seriedade e a extremada dedicação com que realizam seu
trabalho. São vocês que fazem do IBGE uma das instituições mais respeitadas do País.
Introdução
Na Administração Pública brasileira, a ética tem assumido relevante papel. O IBGE, como não poderia
deixar de ser, vem fomentando e instigando a disseminação daquilo que se entende por ética no âmbito
administrativo federal. Para tanto, a Presidência da Casa, entre outras medidas, delegou à Comissão de
Ética do IBGE a elaboração de dois documentos essenciais: o Código de Ética Profissional do Servidor
Público do IBGE, que ora apresentamos nesta singela publicação em papel, e o Regimento Interno da
Comissão de Ética do IBGE (dispo- nível somente em formato digital, no seguinte endereço eletrônico:
http://w3.presidencia.ibge.gov.br/etica).
O Código de Ética Profissional do Servidor Público do IBGE visa a estabelecer, fundamentalmente, os
princípios de natureza deontológica, os deveres e as vedações a que estão sujeitos os agentes públicos
lotados no Instituto. Documento de imprescindível leitura para todos nós, o Código foi construído,
naturalmente, a partir do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
(Decreto n° 1.171/1994), agregando a ele, contudo, algumas particularidades do trabalho realizado no
IBGE.
O Regimento Interno da Comissão de Ética do IBGE, por sua vez, delimita e define as competências
e atribuições da Comissão de Ética do IBGE, cuja função primeira - ressalte-se - é a de orientar e educar
cotidianamente o agente público para a ética. O Regimento também estabelece, não obstante, o rito
processual pelo qual se orienta a Comissão quando provocada por denúncia ou, ainda, ex officio, nos
Processos de Apuração Ética, e segue de maneira estrita a Resolução nº 10/2008 da Comissão de Ética
Pública, vinculada à Presidência da República.
A Comissão de Ética do IBGE está à disposição de todos no e-mail etica@ibge.gov.br.
CAPÍTULO I
Seção I
Das regras deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia, a eficiência e a consciência dos princípios morais são
primados maiores que devem nortear o servidor público do IBGE, seja no exercício do cargo ou função,
1
Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98031.pdf - acesso em 18.02.2021.
1
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos
e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição do serviço público, como um
todo, e, em especial, das pesquisas estatísticas e geocientíficas oficiais, cujas fontes de dados escolhidas
devem contemplar a qualidade, a oportunidade, os custos e o ônus para os cidadãos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. Por se integrar à condição de servidor do IBGE, o elemento
ético da conduta abrange, além dos primados maiores, a adoção dos melhores princípios, métodos e
práticas, de acordo com considerações estritamente profissionais, incluídos os princípios técnicos,
científicos e a ética profissional.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. Para melhor
exercício de sua função pública no IBGE, o servidor deve ter consciência da relevância das informações
estatísticas e geocientíficas, a fim de atender ao direito à informação pública de modo imparcial e com
igualdade de acesso. É imprescindível que o servidor do IBGE zele pela qualidade dos processos de
produção das informações oficiais, adotando critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas
quanto nas atividades de apoio.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
consequência, em fator de legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, por- tanto, se integra na vida particular
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Entretanto, os
dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confidenciais e
exclusivamente utilizados para fins estatísticos. Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a
operação dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto devem ser de conhecimento público.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao ser- viço público caracterizam o
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público,
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às insta-
lações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo,
suas esperanças e seus esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência
no desempenho da função pública.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O caráter colaborativo e participativo
2
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
deve estar presente nas atividades estatísticas e cartográficas, privilegiando-se, assim, um contato
estreito e harmonioso entre ambas as atividades - contato essencial para melhorar a qualidade,
comparabilidade e coerência dos dados produzidos. Esse espírito colaborativo e participativo deve
estender-se à coordenação dos sistemas estatísticos e cartográficos nacionais de responsabilidade do
IBGE. Portanto, compete ao Instituto propor, discutir e estabelecer, em conjunto com as demais
instituições nacionais, diretrizes, planos e programas para a produção estatística e cartográfica - processo
que deve irradiar-se à esfera internacional, especialmente na cooperação bilateral e multilateral, a fim de
melhorar as informações estatísticas e geocientíficas oficiais em todos os países, por meio da utilização
de conceitos, classificações e métodos que promovam a coerência e a eficiência entre os diversos
sistemas estatísticos e cartográficos.
Seção II
Dos principais deveres do servidor público do IBGE
3
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
v) apresentar, nas análises estatísticas e geográficas, informações que estejam de acordo com as
normas científicas sobre fontes, métodos e procedimentos, bem como comentar as interpretações
errôneas e o uso indevido de informações estatísticas e geocientíficas;
x) zelar pela qualidade dos processos de produção das informações estatísticas e geocientíficas
oficiais, adotando critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de
apoio;
z) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumpri- mento. A conduta ética do servidor do IBGE deve respeitar a legislação
e as normatizações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, assim como as normas internas
desta Fundação, expressas em suas Resoluções, Ordens de Serviço, Portarias, Normas de Serviço e
Memorandos.
Seção III
Das vedações ao servidor público do IBGE
CAPÍTULO II
Da Comissão de Ética do IBGE
XVI - A Comissão de Ética do IBGE está encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
profissional dos servidores da Casa, no trata- mento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
XVII - À Comissão de Ética do IBGE incumbe fornecer, quando necessário e a quem de direito, os
registros sobre a conduta ética dos servidores da Casa, para o efeito de instruir e fundamentar promoções
e para todos os demais procedimentos próprios da carreira de servidor público no âmbito do IBGE.
XVIII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética do IBGE é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
XIX - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
4
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
Questões
01. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) No capítulo sobre a Comissão de Ética
do IBGE, o Código de Ética do Instituto dispõe que, para fins de apuração do comprometimento ético,
entende-se por servidor público todo aquele que, por força de:
(A) contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, desde que ligado diretamente a qualquer órgão estatal, excluídos aqueles que prestam
serviços sem retribuição financeira;
(B) lei, preste serviços de natureza permanente, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, excluídos aqueles contratados para serviços
temporários;
(C) lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer
órgão do poder estatal;
(D) qualquer ato jurídico legal, excluídos os de origem contratual, preste serviços de natureza
permanente, temporária ou excepcional, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
poder estatal;
(E) qualquer ato jurídico legal, excluídos os de origem contratual, preste serviços de natureza
permanente, mediante retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão
do poder estatal.
02. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) De acordo com o Código de Ética do
servidor público do IBGE, salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade.
Nesse contexto, o mencionado diploma ético estabelece que:
(A) os dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são públicos e devem
estar disponíveis no sítio eletrônico do Instituto;
(B) toda pessoa tem direito à verdade e o servidor do IBGE não pode falseá-la, salvo quando a
informação for contrária aos interesses da Administração Pública;
(C) toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço
público e deve ser objeto de publicidade no sítio eletrônico do IBGE;
(D) leis, regulamentos e medidas que regem a operação dos sistemas estatístico e cartográfico no
Instituto devem ser de conhecimento público;
(E) todo requerimento de informação feito ao IBGE por órgãos públicos ou empresas privadas deve
ser atendido no prazo de 5 (cinco) dias, mediante publicação no sítio eletrônico do Instituto.
03. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) Veja as condutas abaixo praticadas por
servidor do IBGE:
I. exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de
evitar dano moral ao usuário;
II. ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema, vedado o direito de greve;
III. apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função.
Consoante dispõe o Código de Ética do servidor público do IBGE, das condutas antes descritas, a
alternativa que contém exemplo(s) de dever(es) fundamental(is) do servidor do IBGE é(são):
(A) somente II;
(B) somente III;
(C) somente I e II;
5
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
(D) somente I e III;
(E) I, II e III.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: C
CAPÍTULO II - Da Comissão de Ética do IBGE
(...)
XIX - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
02. Resposta: D
CAPÍTULO I - Seção I - Das regras deontológicas
(...)
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Entretanto, os
dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confidenciais e
exclusivamente utilizados para fins estatísticos. Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a
operação dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto devem ser de conhecimento público.
03. Resposta: D
CAPÍTULO I - Seção II - Dos principais deveres do servidor público do IBGE
XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE:
(...)
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de
evitar dano moral ao usuário; (I)
(...)
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; (II)
(...)
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; (III)
6
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
2 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (art. 116, incisos I a IV, inciso V, alíneas a e
c, incisos VI a XII e parágrafo único; art. 117, incisos I a VI e IX a XIX; art. 118 a
art. 126; art. 127, incisos I a III; art. 132, incisos I a VII, e IX a XIII; art. 136 a art.
141; art. 142, incisos I, primeira parte, II e III, e §1º a §4º).
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais.
(...)
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Questões
01. (UFRJ - Analista de Tecnologia da Informação - Órgão – UFRJ/2018). Nos termos da Lei nº
8.112/1990, são deveres do servidor público:
(A) cumprir as ordens superiores, ainda que manifestamente ilegais.
(B) recusar fé a documentos públicos.
(C) promover manifestação de apreço no recinto da repartição.
(D) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
(E) aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical.
02. (UFRPE - Assistente Social - SUGEP/2018) Com base no regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, são deveres do servidor, EXCETO:
(A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo.
(B) reparar o dano causado por imprudência ou imperícia.
(C) guardar sigilo sobre assunto da repartição.
2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm - Acesso em: 12.03.2021.
7
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
(D) observar as normas legais e regulamentares.
(E) cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
03. (IF/SP - Matemática – IF/SP/2018) A Lei nº 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Considerando o Art.
116. da referida Lei, assinale a afirmativa que apresenta três dos deveres do servidor:
(A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; cumprir as ordens superiores irrestritamente;
promover manifestação de apreço no recinto da repartição.
(B) observar as normas legais e regulamentares; atender com presteza ao público em geral; manter
conduta compatível com a moralidade administrativa.
(C) ser assíduo e pontual ao serviço; atender às requisições da Receita; cometer a outro servidor
atribuições estranhas ao cargo que ocupa, em situações de emergência.
(D) ser leal à administração pública federal; promover a urbanidade; investigar as irregularidades de
que tiver ciência em razão do cargo.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
ART 116, XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
02. Resposta: B
Entre as opções do rol do artigo 116, não se encontra a opção “reparar o dano causado por
imprudência ou imperícia”.
03. Resposta: B
Art. 116.
III - observar as normas legais e regulamentares;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
Capítulo II
Das Proibições
8
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes
casos:
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída
para prestar serviços a seus membros;
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a
legislação sobre conflito de interesses.
Questões
02. (EBSERH - Tecnólogo em Gestão Pública - CESPE/2018) No que concerne a direitos, deveres
e responsabilidades dos servidores públicos, julgue o próximo item.
Nos termos da Lei n.º 8.112/1990, os deveres do servidor público incluem representar contra
ilegalidade, omissão ou abuso de poder e promover manifestação de apreço no recinto da repartição.
( ) Certo ( )Errado
Gabarito
01. A / Errado
Comentários
01. Resposta: A
Art. 117, V - Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição.
Capítulo III
Da Acumulação
9
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade
de horários.
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações
forem acumuláveis na atividade.
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no
parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou
indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação
específica.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos,
salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles,
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma
prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
qualidade.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre
si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal
que negue a existência do fato ou sua autoria.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar
ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha
conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.
No que diz respeito à responsabilidade dos servidores, podemos dizer que ao exercer funções
públicas, os servidores públicos não estão desobrigados de se responsabilizar por seus atos, tanto atos
públicos quanto atos administrativos, além dos atos políticos, dependendo de sua função, cargo ou
emprego.
10
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Esta responsabilidade é algo indispensável na atividade administrativa, ou seja, enquanto houver
exercício irregular de direito ou de poder a responsabilidade deve estar presente. É uma forma de manter
a soberania e a autenticidade dos órgãos públicos.
Quanto o Estado repara o dano, fica com direito de regresso contra o responsável, isto é, com o direito
de recuperar o valor da indenização junto ao agente que causou o dano.
Efetivamente, o direito de regresso, em sede de responsabilidade estatal, configura-se na pretensão
do Estado em buscar do seu agente, responsável pelo dano, a recomposição do erário, uma vez
desfalcado do montante destinado ao pagamento da indenização à vítima. Nesse aspecto, o direito de
regresso é o direito assegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra o
agente responsável pelo dano, quando tenha este agido com culpa ou dolo.
O agente público poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, penal e administrativo.
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada se, no processo criminal, o servidor for
absolvido por ter sido declarada a inexistência do fato ou, quando o fato realmente existiu, não tenha sido
imputada sua autoria ao servidor. Notem que, se o servidor for absolvido por falta ou insuficiência de
provas, a responsabilidade administrativa não será afastada.
Desde que o servidor foi absolvido em processo criminal e nenhum resíduo restou sob o aspecto
administrativo, não se justifica a sua demissão (TJSP, in RDP 1 6/249) .
"A absolvição no crime produz efeito na demissão do funcionário desde que não haja resíduo a
amparar o processo administrativo" (STF, in RDA 5 1 / 1 77) .
11
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
"Se a decisão absolutória proferida no juízo criminal não deixa resíduo a ser apreciado na instância
administrativa, não há como subsistir a pena disciplinar" (STF, in RDA 123/2 1 6) .
"Se o inquérito administrativo se baseia tão s ó e m fato previsto como crime, a absolvição faz
desaparecer o motivo do procedimento administrativo, se do fato não restou resíduo para a pena
disciplinar" (STF, in RDP 34/ 1 3 1) .
Entretanto, o funcionário poderá ser punido pela Administração se, mesmo com a absolvição na esfera
criminal houver infração administrativa, que é a chamada falta residual, disposta na Súmula 18, do STF.
Súmula 18, do STF: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é
admissível a punição administrativa do servidor público.
Capítulo V
Das Penalidades
(...)
(...)
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do
art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal
cabível.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e
XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco)
anos.
3
http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/atividade-disciplinar/direito-administrativo-disciplinar
12
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou
destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta
dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o
procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do
servidor ao serviço superior a trinta dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada,
por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses;
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo
dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao
serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.
REGIME DISCIPLINAR
Caso o servidor infrinja os deveres e as proibições expostas nos arts. 116 e 117 da Lei nº 8.112/90,
estará sujeito a determinadas penalidades. Vejamos o seguinte quadro esquemático:
13
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Cancelamento do Cancelamento do registro: 5 ____________________
registro: 3 anos anos
Procedimento: Procedimento: Procedimento:
-sindicância (30 dias -sindicância: 30 dias + 30 dias -PAD: 60 dias + 60 dias
+ 30 dias) -PAD: 60 dias + 60 dias -Rito sumário (abandono de cargos,
acúmulo de cargos e inassiduidade
habitual): 30 dias + 15 dias
Observação: será possível a
conversão da suspensão em multa
na base de 50% sobre o
vencimento ou remuneração diária
Questões
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
Lei nº 8112/1990
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
02. Resposta: A
Lei nº 8112/1990
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta
dias consecutivos.
14
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
03. Resposta: B
Lei nº 8112/1990
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência.
15
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA