Professional Documents
Culture Documents
Capítulo 2 - Zero de Funções Reais
Capítulo 2 - Zero de Funções Reais
1
2.1 – Introdução
2
2.1 – Introdução
• Graficamente, os zeros reais são representados pelas abcissas dos
pontos onde uma curva intercepta o eixo 𝑜𝑥
3
2.1 – Introdução
• Graficamente, os zeros reais são representados pelas abcissas dos
pontos onde uma curva intercepta o eixo 𝑜𝑥
4
2.1 – Introdução
5
2.1 – Introdução
• Os métodos constam de duas fases:
6
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Nesta fase é feita uma análise teórica e gráfica da função f(x). É
importante ressaltar que o sucesso da Fase II depende fortemente da
precisão desta análise.
7
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Graficamente:
8
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Graficamente:
9
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Observação: De acordo com as hipóteses anteriores, se o sinal da
primeira derivada de f(x) for mantida no intervalo [a,b], pode-se
garantir que neste intervalo temos uma única raiz.
10
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
11
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 1
a) 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 9𝑥 + 3
Construindo uma tabela de valores para f(x) e considerando apenas os
sinais, tem-se:
𝑥 −∞ − 100 − 10 − 5 − 3 − 1 0 1 2 3 4 5
𝑓(𝑥) − − − − + + + − − + + +
13
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 1
b) 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 5𝑒 −𝑥
Temos que 𝐷 𝑓 = ℝ+
Construindo uma tabela de valores com o sinal de f(x) para determinados
valores de x, tem-se:
𝑥 0 1 2 3 ⋯
𝑓(𝑥) − − + + ⋯
Analisando a tabela, percebe-se que f(x) admite pelo menos um zero no intervalo (1, 2). 14
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 1
b) 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 5𝑒 −𝑥
1
𝑓′ 𝑥 = + 5𝑒 −𝑥 > 0, ∀𝑥 > 0
2 𝑥
Assim, pode-se concluir que f(x) admite um único zero em todo o seu domínio de
definição e este zero está no intervalo (1, 2).
15
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Observação:
Se 𝑓 𝑎 . 𝑓 𝑏 > 0 então, pode-se ter várias situações no intervalo [a, b].
16
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
A análise gráfica da função 𝑓 𝑥 ou da equação 𝑓 𝑥 = 0 é fundamental para
se obter boas aproximações para a raiz. Para tanto, é suficiente utilizar:
(i) Esboçar o gráfico da função f(x) e localizar as abcissas dos pontos onde a curva
intercepta o eixo 𝑜𝑥;
(ii) A partir da equação f(x) = 0, obter a equação equivalente g(x) = h(x), esboçar os
gráficos das funções g(x) e h(x) no mesmo eixo cartesiano e localizar os pontos x
onde as duas curvas se interceptam, pois 𝑓 𝜉 = 0 ↔ 𝑔 𝜉 = ℎ 𝜉 ;
(iii) Usar computadores ou ferramentas que traçam gráficos.
17
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 2
a) 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 9𝑥 + 3
Usando o processo (i), tem-se:
18
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 2
a) 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 9𝑥 + 3
E usando o processo (ii): da equação 𝑥 3 − 9𝑥 + 3 = 0, pode-se obter a
equação equivalente 𝑥 3 = 9𝑥 − 3 . Neste caso, tem-se g 𝑥 = 𝑥 3 e
ℎ 𝑥 = 9𝑥 − 3.
19
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 2
a) 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 9𝑥 + 3
20
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
• Exemplo 2
b) 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 5𝑒 −𝑥
Neste caso, é mais conveniente usar o processo (ii):
𝑥 − 5𝑒 −𝑥 = 0 ⇔ 𝑥 = 5𝑒 −𝑥 ⇒ 𝑔 𝑥 = 𝑥 𝑒 ℎ 𝑥 = 5𝑒 −𝑥
21
2.2 – Fase I: Isolamento das Raízes
c) 𝑓 𝑥 = 𝑥 log 𝑥 − 1
Usando novamente o processo (ii):
1 1
𝑥 𝑙𝑜𝑔(𝑥) − 1 = 0 ⇔ log(𝑥) = ⇒ 𝑔 𝑥 = log(𝑥) 𝑒 ℎ 𝑥 =
𝑥 𝑥
22
2.3 – Fase II: Refinamento
23
2.4 – Método da Bisseção
• Seja a função f(x) contínua no intervalo [a, b] e tal que f(a).f(b)<0.
24
25
2.4 – Método da Bisseção
• As iterações são realizadas da seguinte forma:
26
2.4 – Método da Bisseção
• Sequência:
𝑎0 = 𝑎 𝑎1 = 𝑎 𝑎2 = 𝑥1
ቊ 𝑏 = 𝑏 ⇒ ቊ𝑏 = 𝑥 ⇒ ቊ 𝑏 = 𝑥 ⋯
0 1 0 2 0
𝑏−𝑎 𝑏1 − 𝑎1 𝑏 − 𝑎 𝑏−𝑎
𝑏1 − 𝑎1 = ; 𝑏2 − 𝑎2 = = 2 ; ⋯ ; 𝑏𝑛 − 𝑎𝑛 = 𝑛
2 2 2 2
27
2.4.1 – Critérios de Parada
• I – Erro Absoluto
ഥ−∆ <𝜺
𝒙
ഥ−∆
𝒙
<𝜺
ഥ
𝒙
28
2.4.1 – Critérios de Parada
• Sequência:
𝑎0 + 𝑏0
𝑥0 + 𝑏 𝑎0 + 𝑏0 𝑥0 − 𝑎0 2 − 𝑎 0 𝑏0 − 𝑎0
𝑥1 − 𝑥0 = − = = =
2 2 2 2 22
generalizando:
𝑏0 − 𝑎0
𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 = 𝑛+1
2
29
2.4.1 – Critérios de Parada
• Usando o erro absoluto:
𝑏0 − 𝑎0
𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 = 𝑛+1 < 𝜀
2
Ou
𝑏−𝑎 𝑛+1
𝑏−𝑎
<2 ⇒ 𝑙𝑛 < 𝑛 + 1 𝑙𝑛2
𝜀 𝜀
𝑏−𝑎
𝑙𝑛 𝜀
𝑛> −1
ln 2
31
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Seja f(x) contínua no intervalo [a, b] e tal que f(a).f(b)<0.
𝑎+𝑏
• No método da bissecção, 𝑥 é 𝑥 = .
2
• No método da posição falsa é tomada a média aritmética ponderada
entre a e b com pesos 𝑓(𝑏) 𝑒 𝑓(𝑎) :
32
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Graficamente:
33
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
34
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Exemplo:
35
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Convergência vista graficamente:
36
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Convergência vista graficamente:
37
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso I:
𝑓 𝑎 = 𝑓 𝑥0 < 0
𝑓 𝑏 >0
ቊ ′′ ⇒ 𝑏 (𝑓𝑖𝑥𝑜)
𝑓 𝑥 >0
38
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso I: 𝑓 𝑏 − 𝑓(𝑥0 ) −𝑓(𝑥0 )
𝑡𝑔 𝛼 = =
𝑏 − 𝑥𝑜 𝑥1 − 𝑥0
−𝑓(𝑥𝑜 ) ∙ (𝑏 − 𝑥0 )
𝑥1 − 𝑥0 =
𝑓 𝑏 − 𝑓(𝑥0 )
(𝑥0 − 𝑏) ∙ 𝑓(𝑥0 )
𝑥1 = 𝑥0 −
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑏)
Generalizando:
𝑥𝑛 − 𝑏 ∙ 𝑓 𝑥𝑛
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛 − 𝑓 𝑏
𝑛 = 0, 1, 2, ⋯ 39
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso II:
𝑓 𝑏 <0
𝑓 𝑎 >0
ቊ ′′ ⇒ 𝑎 (𝑓𝑖𝑥𝑜)
𝑓 𝑥 >0
40
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso II: 𝑓 𝑎 − 𝑓(𝑏) −𝑓(𝑏)
𝑡𝑔 𝛼 = =
𝑥𝑜 − 𝑎 𝑥0 − 𝑥1
−𝑓(𝑏) ∙ (𝑥0 − 𝑎)
𝑥0 − 𝑥1 =
𝑓 𝑎 − 𝑓(𝑏)
(𝑥0 − 𝑎) ∙ 𝑓(𝑥0 )
𝑥1 = 𝑥0 −
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑎)
Generalizando:
𝑥𝑛 − 𝑎 ∙ 𝑓 𝑥𝑛
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛 − 𝑓 𝑎
𝑛 = 0, 1, 2, ⋯ 41
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso III:
𝑓′′(𝑥) < 0
ቊ ⇒ 𝑎 (𝑓𝑖𝑥𝑜)
𝑓 𝑎 <0
42
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso III: 𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑎) 𝑓(𝑥0 )
𝑡𝑔 𝛼 = =
𝑥𝑜 − 𝑎 𝑥0 − 𝑥1
𝑓(𝑥0 ) ∙ (𝑥0 − 𝑎)
𝑥0 − 𝑥1 =
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑎)
(𝑥0 − 𝑎) ∙ 𝑓(𝑥0 )
𝑥1 = 𝑥0 −
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑎)
Generalizando:
𝑥𝑛 − 𝑎 ∙ 𝑓 𝑥𝑛
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛 − 𝑓 𝑎
𝑛 = 0, 1, 2, ⋯ 43
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso IV:
𝑓′′(𝑥) < 0
ቊ ⇒ 𝑏 (𝑓𝑖𝑥𝑜)
𝑓 𝑏 <0
44
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Caso IV: 𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑏) 𝑓(𝑥0 )
𝑡𝑔 𝛼 = =
𝑏 − 𝑥𝑜 𝑥1 − 𝑥0
𝑓(𝑥𝑜 ) ∙ (𝑏 − 𝑥0 )
𝑥1 − 𝑥0 =
𝑓 𝑏 − 𝑓(𝑥0 )
(𝑥0 − 𝑏) ∙ 𝑓(𝑥0 )
𝑥1 = 𝑥0 −
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑏)
Generalizando:
𝑥𝑛 − 𝑏 ∙ 𝑓 𝑥𝑛
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛 − 𝑓 𝑏
𝑛 = 0, 1, 2, ⋯ 45
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Generalização do método:
Seja 𝑓 𝑥 uma função contínua no intervalo [a, b], onde neste intervalo
𝑓 ′ 𝑥 𝑒 𝑓′′(𝑥) têm sinais constantes e são diferentes de zero, e há somente
uma raiz de f(x), desta forma, pode-se achar a raiz através de
𝑥𝑛 − 𝑐 . 𝑓(𝑥𝑛 )
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛 − 𝑓(𝑐)
46
2.5 – Método das cordas(ou Posição Falsa)
• Exemplos:
47
2.6 – Método de Newton
• 𝑡𝑔 𝜃0 = 𝑓 ′ 𝑏 = 𝑓 ′ 𝑥0
𝑓(𝑥0 )
• 𝑡𝑔 𝜃0 = = 𝑓′(𝑥0 )
𝑥0 −𝑥1
𝑓 𝑥0
𝑥0 − 𝑥1 = ′ ⇒
𝑓 𝑥0
𝑓(𝑥0 )
𝑥1 = 𝑥0 −
𝑓′(𝑥0 )
48
2.6 – Método de Newton
𝑓(𝑥1 )
• 𝑡𝑔 𝜃1 = = 𝑓′(𝑥1 )
𝑥1 −𝑥2
𝑓 𝑥1
𝑥1 − 𝑥2 = ′ ⇒
𝑓 𝑥1
𝑓(𝑥1 )
𝑥2 = 𝑥1 −
𝑓′(𝑥1 )
49
2.6 – Método de Newton
• Generalizando:
𝑓(𝑥𝑛 )
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓′(𝑥𝑛 )
𝑛 = 0, 1, 2, 3, ⋯
50
2.6 – Método de Newton
• Sendo f(x) uma função real e contínua no intervalo [a, b], com
primeira e segunda derivadas também contínuas e diferentes de zero:
𝑓(𝑥𝑛 )
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓′(𝑥𝑛 )
𝑛 = 0, 1, 2, 3, ⋯
52
2.7 – Método da Secante
53
2.7 – Método da Secante
𝑓 𝑥0 −𝑓(𝑥1 ) 𝑓(𝑥1 )
• 𝑡𝑔 𝜃0 = =
𝑥0 −𝑥1 𝑥1 −𝑥2
(𝑥0 − 𝑥1 ) ∙ 𝑓(𝑥1 )
𝑥1 − 𝑥2 =
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑥1 )
𝑓(𝑥1 ) ∙ (𝑥0 − 𝑥1 )
𝑥2 = 𝑥1 −
𝑓 𝑥0 − 𝑓(𝑥1 )
54
2.7 – Método da Secante
• Generalizando:
𝑓(𝑥𝑛 ) ∙ (𝑥𝑛−1 − 𝑥𝑛 )
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓 𝑥𝑛−1 − 𝑓(𝑥𝑛 )
𝑛 = 1, 2, 3, ⋯
55
2.7 – Método da Secante
• Exemplo:
1) Considere 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 + 𝑥 − 6, 𝑥0 = 1,5 𝑒 𝑥1 = 1,7. Encontre a raiz
positiva de f(x) usando o método da secante.
2) Resolva o exercício anterior usando o método de Newton.
3) No caso anterior aplicar o método da bisseção, usando 𝑎0 = 1,5 e
𝑏0 = 2,2.
4) Resolver o problema anterior usando o método das cordas, sabendo-
se que a raiz encontra-se no intervalo [1,5 , 2,2].
56