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ÉTICA:

ESTOICISMO e
EPICURISMO

Prof. Magno Medeiros


ESTOICISMO e EPICURISMO

◼ Para ambos, a moral não


mais se define em relação
à pólis, mas ao universo.
◼ A física é a premissa da
ética.
◼ O problema moral
subordina-se às
necessidades físicas e
naturais do mundo
ESTOICISMO
◼ No mundo acontece somente o que Deus quer.
◼ Não existe nem liberdade e nem acaso.
◼ Tudo é fatalidade.
◼ Atitude do sábio: aceitar o seu destino e agir
consciente dele.
◼ Apático consciente, o sábio se firma contra
as suas paixões ou contra as adversidades e os
reveses do mundo exterior.
◼ Vive-se moralmente como cidadão do cosmos
e não da pólis ou da comunidade.
ESTOICISMO
Zenão, o fundador.
◼ Defende uma vida de acordo
com a natureza.
◼ Simplicidade no vestuário, na
comida, nas palavras, no estilo
de vida. E a aceitação de tudo o
que possa ocorrer de ruim.
◼ Postura zen: Angustiar-se
contra as circunstâncias apenas
piora o estado de espírito.
ESTOICISMO

◼ Lógica da aceitação e da
resignação (isso viria a
influenciar o cristianismo).
◼ O lema estóico: abstenha-se
e aceite.
◼ Estoicismo virou sinônimo de
resiliência na adversidade.
ESTOICISMO

◼ Estóico é quem se porta com


serenidade diante do revés ou do
triunfo. Nem vibra na vitória e
nem se deprime na derrota.
Equilíbrio. Calma. Serenidade.
ESTOICISMO
◼ Zenão: "A natureza nos deu dois
ouvidos e apenas uma boca para
que ouvíssemos mais e
falássemos menos".
◼ Zenão se matou aos 72 anos.
Para os estóicos, o suicídio -
sem lamúrias, sem queixas - era
uma retirada digna e honrosa
quando a pessoa já não
encontrasse razões para viver.
EPICURISMO

◼ Referência: Epicuro
◼ Tudo, inclusive a alma, é
formado por átomos
materiais.
◼ Não há intervenção divina
nos fenômenos físicos e
humanos.
EPICURISMO
◼ Sem o temor religioso, o
bem neste mundo passa
a ser o prazer.
◼ Mas é preciso distinguir
os prazeres corporais
(fugazes/imediatos) dos
prazeres espirituais
(duradouros/estáveis),
que remetem à paz da
alma.
EPICURISMO
◼ A lição maior de Epicuro está
centrada no prazer e na
alegria, porque esta é a
vocação natural do homem,
a verdadeira ética.
◼ Defende a liberdade e o
prazer.
◼ Prazer não é hedonismo, é a
quietude da mente e o
domínio das emoções.
EPICURISMO
◼ É preciso dominar os
temores e as crendices, que
impedem as pessoas de
serem felizes.
◼ Filosofia: libertação do
espírito.
◼ O dia de amanhã é fonte
permanente de inquietação.
Viva o presente, sem se
preocupar com o futuro.
ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL

Séc. IV a XIV: Mantém-se absoluta por 10 séc.


ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL

◼ Cristianismo:
religião oficial de
Roma
◼ A igreja domina o
poder espiritual e
monopoliza a vida
intelectual
◼ A religião dita os
padrões morais
◼ Princípios morais,
provenientes de Deus:
leis absolutas
◼ O homem tem o seu
fim último em Deus,
que exige total
obediência aos
mandamentos
◼ Santa Inquisição:
Absolutismo, repressão
e execução
ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL

◼ Felicidade (beatitude) =
contemplação de Deus
◼ Virtudes = fé, esperança e
caridade
◼ Amor divino é superior ao
amor humano; a ordem
sobrenatural está acima da
ordem natural humana
ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL
◼ A ética cristã regula o
comportamento com vistas a
outro mundo, colocando o
seu valor supremo fora do
homem: em Deus
◼ Todos são iguais perante
Deus e são chamados a
alcançar a perfeição no
mundo espiritual
◼ Cristianismo inaugura
a consciência da
igualdade, incluindo
os oprimidos e os
explorados.
◼ Mas a justiça é
transferida para o
mundo sobrenatural,
enquanto no mundo
real mantém-se a
desigualdade.
SANTO AGOSTINHO (354/430)
◼ Criou uma filosofia que, pela
primeira vez, deu suporte
racional ao cristianismo
◼ A teologia torna-se
doutrinária para orientar a
educação.
◼ Educação e catequese
praticamente se equivalem.
◼ O conhecimento tem lugar
central na filosofia, mas ele
se confunde com a fé.
SANTO AGOSTINHO

◼ A elevação ascética até


Deus culmina no êxtase
místico (felicidade), que
não pode ser alcançado
neste mundo
◼ O acesso ao
conhecimento só ocorre se
iluminado por Deus
SANTO AGOSTINHO

◼ Educação estimula a
obediência aos mestres, a
resignação e a humildade
diante do desconhecido.
◼ O objetivo era treinar o
controle das paixões para
merecer a salvação na vida
pós-morte.
SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225/1274)
◼ Após oito séculos, a filosofia
da resignação e da
revelação divina esgota-se
em si mesma, gerando
tensão ideológica
◼ Reviravolta: S.Tomás de
Aquino privilegia a razão e
a vontade humana,
conciliando a fé cristã com o
pensamento do grego
Aristóteles (heresia?)
SÃO TOMÁS DE AQUINO
◼ Deus: fim supremo
(felicidade)
◼ Conhecimento (visão de
Deus)
◼ Suma Teológica: teologia
sob nova ótica, seguindo o
princípio aristotélico de que
cabe à razão ordenar e
classificar o mundo para
entendê-lo (tomismo)
◼ Doctor Angelicus
SÃO TOMÁS DE AQUINO
◼ Relação razão/fé: embora
esteja subordinada à fé, a
razão funciona por si
mesma, segundo as
próprias leis.
◼ O conhecimento não
depende da fé nem da
presença de uma verdade
divina, mas é um meio para
se aproximar de Deus.
É ISSO.
OBRIGADÃO!

magno@ufg.br

Referência principal: VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

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