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PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS ‘Aula-extra 2~ Provas comentadas Prof. Décio Terror Aula-extra 2 - Provas comentadas ola! Para finalizarmos nosso curso, vamos trabalhar algumas provas comentadas, a fim de que vocé pratique bastante, e nada seja novidade na hora da prova. Inserirei provas de varios anos, para que vocé perceba que a banca FCC nao tem mudado muito a forma de cobranca ao longo do tempo. Agradeso muitissimo por sua presenca em nosso curso. Aproveito este momento para informar que meu livro de provas comentadas da banca FCC seré langado em dezembro deste ano. Prova 1 (Tribunal Regional do Trabalho 8% Regiao - 2010 ~ Analista) Atencio: As questdes de nlmeros 1 a 3 referem-se ao texto abaixo. Os filhos dos japoneses davam um duro danado, em poucos anos tinham feito muitas coisas, trabalho de um século. Na roca deles tinha tudo... Entravam na dgua e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados. Vi varios deles, magros e tristes, na ilha das Ciganas, em Saracura, Arari, Itaborai, e até no Parand do Limao. Cortavam juta com um tercado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas; a maioria dos empregados morava em casebres espalhados em redor de Okayama Ken; quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os trabalhadores da propriedade. (Cinzas do Norte. Milton Hatoum, Sao Paulo: Cia das Letras, 2005, p.71, com adeptacées) 1. Esta INCORRETO o que se afirma em: (A) Segundo o narrador, os trabalhadores da propriedade em questo tinham acesso precario a satide. (B) O narrador deixa claro que admira os filhos dos imigrantes japoneses por trabalharem com afinco e eficiéncia. (C) A cultura da juta constitui um trabalho pesado, que envolve varias etapas de produgio. (D) No local descrito no texto, os trabalhadores sao apresentados como pessoas de baixo poder econémico, embora com acesso aos meios de subsisténcia. (E) A tristeza dos trabalhadores famélicos retratados no texto desperta emogées negativas com relago a eles no narrador do texto. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 1 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS. "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Comentario: Note que foi pedida a informacaio errada em relagdo ao texto. A alternativa (A) esta correta, pois a expressdo final do texto (“quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os trabalhadores da propriedade.”) confirma que os trabalhadores tinham acesso precario satide. A alternativa (B) esta correta, pois a expresso “eram corajosos e disciplinados” confirma que o narrador admira os filhos dos imigrantes japoneses. A alternativa (C) esté correta e a expressdo “Cortavam juta com um tercado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas” nos mostra que a cultura da juta realmente constitui um trabalho pesado, com varias etapas de produgao. A alternativa (D) esta correta. Veja as expressées entre parénteses que confirmam isso: No local descrito no texto, os trabalhadores s3o apresentados como pessoas de baixo poder econémico ("a maioria dos empregados morava em casebres”, “magros e tristes”), embora com acesso aos meios de subsisténcia ("Na roca deles tinha tudo..."). A alternativa (E) € a errada. Os trabalhadores transpareciam tristeza ("magros e tristes"), mas nao eram “famélicos” (= famintos), pois o texto mostra que eles tinham um meio de subsisténcia (“Na roca deles tinha tudo..."). Além disso, o narrador demonstrou uma admiracio por eles ("eram corajosos e disciplinados”), e nao uma emocéo negativa. Gabarito: E 2. Os filhos dos japoneses em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. Entravam na agua e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados. © perfodo acima esté reescrito com correg&o, mantendo o sentido original, em: (A) Corajosos e disciplinados, os filhos dos japoneses entravam na agua e cortavam a juta, e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. (B) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados, em poucos anos tinham feito o trabalho de um século, entravam na agua e cortavam a juta. (C) Entravam na agua e cortavam a juta, os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século (D) Os filhos dos japoneses, entravam na dgua, cortavam a juta, eram corajosos, disciplinados e tem feito o trabalho de um século em poucos anos. (E) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados entravam na agua e cortavam a juta, tinha sido feito 0 trabalho de um século em poucos anos. Comentario: Os filhos dos japoneses em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. Entravam na Agua e cortavam a juta?, eram corajosos e disciplinados?. Na alternativa (A), perceba a numerac&o que confirma que a semantica Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 2 CONF] PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror foi _preservada. Poderiamos ficar na duvida quanto a virgula antes da conjungdo “e’. Porém, note que essa conjuncdo jé esté presente anteriormente. Além disso, essa conjunc&o agrega valor conclusivo, ndo sé de adig&o. Por tudo isso, pode haver virgula antes do segundo “e” Corajosos e disciplinados?, os filhos dos japoneses entravam na 4qua e cortavam_a juta?, e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século?. Na alternativa (B), a expresso “corajosos e disciplinados” ndo esta separada por virgulas, passando a transmitir valor de restrigao (somente os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados). Isso prejudica a coeréncia com © texto. Além disso, perceba que o adjunto adverbial “em poucos anos” esta intercalado. Por ser de pequena extensao, esse termo pode ficar entre virgulas ‘ou sem nenhuma virgula. Mas nunca apenas com uma. Qs filhos dos japoneses corajosos e disciplinados?, em poucos anos tinham feito o trabalho de um século!, entravam na aqua e cortavam a juta?. Na alternativa (C), ha virgula entre sujeito e predicado, por isso a virgula apés “juta” deve ser retirada. Além disso, o termo “corajosos e disciplinados” deve ficar entre virgulas, por ser aposto explicativo. Entravam na daua e cortavam a juta, os filhos dos japoneses? corajosos e disciplinados? e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século?. Na alternativa (D), ha virgula entre sujeito e predicado. Assim, a virgula apés “japoneses” deve ser retirada. A estrutura “e tem feito” esta gramaticalmente errada, pois esta em tempo verbal diferente do original (tinha feito). Além disso, deveria se flexionar no plural, pois se refere ao termo “filhos dos japoneses”. Os filhos dos japoneses, entravam na agua, cortavam a juta?, eram corajosos, disciplinados? e tem feito o trabalho de um século em poucos anos?. Na alternativa (E), além do termo “corajosos e disciplinados” deve estar entre virgulas, a locugéo verbal da voz passiva “tinha sido feito” causa incoeréncia. Qs filhos dos japoneses corajosos e disciplinados? entravam na gua e cortavam a juta?, tinha sido feito o trabalho de um século em poucos anos’. Gabarito: A 3. ...secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas... Invertendo-se as vozes passiva e ativa da frase acima, a frase correta resultante seré: Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 3 Ori PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prot, Décio Terror (A) As fibras eram secadas num varal e carregadas para a propriedade, onde a prensava e enfardava. (B) As fibras secavam num varal e eram carregadas para a propriedade, onde lhes prensavam e enfardavam. (C) As fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. (D) As fibras secaram num varal e foram carregadas para a propriedade, onde Ihes prensavam e enfardavam. (E) As fibras ficavam secando num varal e lhes carregavam para a Propriedade, onde as prensavam e enfardavam. Comentario: Note que as duas primeiras oragées esto na voz ativa, e as duas tltimas esto na voz passiva. Nas duas primeiras oragdes, as expressées “as fibras” e “as” séio o objeto direto e 0 sujeito esta subentendido (os trabalhadores). Como os verbos estéo no pretérito imperfeito do indicative (secavam, carregavam), basta inserir 0 verbo “ser” neste mesmo tempo verbal e transformar esses verbos em participios. Mas perceba que o verbo “secar” 6 abundante, entdo, na presenca do verbo “ser”, ele se flexiona no participio irregular "secas”: Voz ativa: ..Se¢avam as fibras num varal ¢ (...) as carregavam para a propriedade Voz passiva analitica: ...as fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade As outras oracdes estéo na voz passiva. Basta fazer o inverso agora: retirar 0 verbo “ser” e transformar o participio no mesmo tempo verbal que o verbo “eram” (pretérito imperfeito do indicativo). Note que as locugdes verbais “eram prensadas e enfardadas” esto no plural para concordar com “fibras". O agente da passiva nao esta explicito, mas sabemos que podemos subentender “os trabalhadores” como agentes. Por isso, ne transformag&o para a voz ativa, os verbos continuaréo no plural para concordar com “trabalhadores”. Assim: Voz passiva analitica: ..onde eram prensadas e enfardadas... Voz ativa: ..onde as prensavam e enfardavam... Note que foi inserido o pronome “as” como objeto direto, o qual retoma “as fibras”. Assim, a alternativa correta é a (C). Vocé poderia ter ficado na diivida na alternativa (A), mas veja que nela © participio inserido € o regular (secadas), além de 0 objeto direto das ultimas oragées se flexionar no singular “a”. O correto ¢ 0 plural “as”. Gabarito: C Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 4 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror Ateng&o: As quest6es de numeros 4 e 5 referem-se ao texto abaixo. Quando eu me encontrava preso Na cela de uma cadeia Foi que vi pela primeira vez As tais fotografias Em que apareces inteira Porém Id nao estavas nua E sim coberta de nuvens.. Terral Terra! Por mais distante O errante navegante Quem jamais te esqueceria?... Caetano Veloso (fragmento de “Terra” ~ http://letras.terra.com/ caetano veloso/44780/) 4. Considere as afirmativas abaixo. I. Ao transpor-se para a voz passiva o periodo constituido pelos versos Foi que vi pela primeira vez / As tais fotografias, a forma verbal resultante é foram vistas. I. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regéncia verbal teria permanecido inalterada III. Na frase que constitui a segunda estrofe do fragmento transcrito, o verso Por mais distante exerce a funcao sintatica de adjunto adverbial. Estd correto 0 que se afirma APENAS em: (A) 1. (8). = (C). S(O) le MI. (E) We I. Comentario: Na frase I, perceba que o importante é destacar sujeito, verbo e ‘objeto direto. Assim: wav]... aS fotografias... Na transposicao para a voz passiva, 0 objeto direto (as fotografias) vira sujeito paciente e 0 sujeito agente (eu) vira agente da passiva. O verbo “vi” recebe 0 verbo “ser” no tempo pretérito perfeito do indicativo (foram) para que fique liberado a se flexionar no participio (vistas). Veja: ... as fotografias foram vistas por mim. Como a questo pediu apenas o resultado verbal, a resposta é “foram vistas”. Assim, a frase I esta correta. A frase II esté errada, pois 0 verbo “esquecer” (sem pronome) é transitive direto; mas, quando recebe o pronome obliquo, vira transitive indireto com exigéncia da preposic&o “de”. Veja: Quem jamais te esqueceria?. sujeito + advérbio+ OD + vTD Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 5 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Quem jamais se esqueceria de ti?... sujeito + advérbio + VII + ol Note que este pronome “se” é chamado de parte integrante do verbo, por isso no tem funcdo sintatica, e o verbo é chamado de pronominal. A frase III esta correta, pois a expresso “Por mais distante” exerce a fung&o sintatica de adjunto adverbial de concesséo. Portanto, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D 5. Desconsiderada a sua organizacéo em versos, a primeira estrofe da canc&o esta corretamente pontuada em: (A) Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi, pela primeira vez, as tais fotografias em que apareces: inteira. Porém, la ndo estavas, nua e sim coberta de nuvens.... (8) Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeia foi que vi pela primeira vez, as tais fotografias, em que apareces inteira: porém, la nao estavas nua, e sim coberta de nuvens.... (C) Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces inteira. Porém, la nao estavas nua e, sim, coberta de nuvens... (D) Quando eu me encontrava, preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces inteira, porém: la ndo estavas nua e sim coberta de nuvens (E) Quando eu me encontrava preso na cela, de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces, inteira. Porém, la, ndo estavas nua e sim, coberta de nuvens... Comentario: Ao comentarmos a correta, por exclusdo resolveremos as demais alternativas. Veja: Alternativa (C): Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia, foi que vi pela primeira vez as tais fotografias em que apareces inteira. Porém, 13 nao estavas nua e, sim, coberta de nuvens... A primeira virgula esta correta, porque separa a orac&o subordinada adverbial temporal “Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia”, que se encontra antecipada de sua oracio principal. A expressio “pela primeira vez" & um adjunto adverbial de tempo e esta intercalado. Assim, pode ficar entre virgulas ou sem nenhuma virgula, pois pode ser considerado de pequena extensao. A virgula apos “Porém" esta correta, pois as Unicas conjungoes que admitem virgula posposta so as coordenadas adversativas (porém, contudo, todavia etc) e conclusivas (portanto, logo, por conseguinte etc) O advérbio “sim” esté intercalado, por isso se encontra entre virgulas. A virgula antes do “e” nao estaria errada, pois com isso enfatizaria um contraste. Gabarito: C Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 6 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror AtencSo: As questées de ntimeros 6 a 11 referem-se ao texto abaixo. Ha uma rotina de ideias a que ndo escapa sequer o escritor original. Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos - @ quem escreve ficc3o vai beber sempre na mesma aguada. Um ficcionista puxa outro. Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporaneos, gracas & sua forca extraordinaria de gravitagdo. Servem de impulso a primeira largada, seus modos de dizer e maneira de ver e sentir 0 mundo deixam de ser propriedade privada, incorporam-se 4 literatura como conquista de uma época, um condominio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. Fala-se comumente em influéncias na obra deste ou daquele autor. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo. Quem nao tem influéncias, quem néo se abeberou em alguém? Literatura é um organismo vivo que néo cessa de receber subsidios. Felizes os que, contribuindo com essa coisa inquietante que é escrever, revigoram-lhe 0 lastro. Eles se realizam em termos de criacdo artistica e contribuem, com sua experiéncia e suas descobertas, para que outros cheguem e deitem ali, também, o seu fardo. ‘Stendhal inventou para o amor a teoria da cristalizacdo que se poderia aplicar 4 coisa literéria. No fundo, as ideias sdo as mesmas, descrevem um circulo vicioso que o escritor preenche conscientemente, se acrescentar a0 que ja encontrou feito uma dimensdo pessoal. Criacdo espontaénea, inspiracSo, musa? Provavelmente nao existem, pelo menos na proporséo em que os romanticos quiseram valorizar as manifestagées do seu espirito. Escrever - e falo sempre em termos de criar - € um exercicio meticuloso em busca do amadurecimento; quem escreve retoma uma experiéncia sedimentada, com o dever, que s6 alguns eleitos cumprem, de alarga-la dentro da perspectiva do homem e da época, (Hélio Pélvora. Graciliano, Machado, Drummond & Outros. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975, pp. 37-38) 6. A ideia central do texto esta corretamente reproduzida em (A) Alguns temas, que séo universais, tornam-se a matéria-prima de escritores, que habitualmente se influenciam uns aos outros. (B) Obras que tratam de alguns temas, abordados sob influéncia explicita de outros autores, nem sempre apresentam verdadeiro valor literério. (C) Poucos escritores conseguiram, em sua época e em seu meio, abordar em suas obras temas edificantes para o acervo cultural da humanidade. (D) Os autores romanticos parecem ter sido, realmente, os Uinicos inovadores quanto a transformacao de experiéncias de vida em temas literdrios. (E) Temas de dominio comum, compartilhados por autores sob influéncia miitua em uma mesma época, resultam em pequena valorizacéo das obras em que sao tratados. Comentario: A ideia central do texto est explicita na sua tese. Veja a tese deste texto: "Hd uma rotina de ideias a que nao escapa sequer o escritor original." Essa tese é ampliada pelas frases “Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos - e quem escreve ficgéo vai beber sempre na mesma aguada. Um ficcionista xa outro.” Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 7 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Ayla-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror ‘Assim, entendemos que os temas universais sdo poucos e os escritores vo se basear nesses temas na sua producio literaria. Portanto, é natural a influéncia de um autor sobre outros. A alternativa que retrata isso 6 apenas a (A). Veja: Alguns temas, que so universais, tornam-se a matéria-prima de escritores, que habitualmente se influenciam uns aos outros. ‘As demais alternativas podem até transmitir alguma verdade descrita no texto, porém néo se ativeram A ideia central do texto. Se vocé teve diivida, basta ler o primeiro pardgrafo e depois as alternativas (B), (C), (D) e (E). Vocé vai notar essa diferenga. Gabarito: A 7. A afirmativa correta, de acordo com o texto, é: (A) A criacdo literaria deve ser entendida como resultado de um amadurecimento pessoal, capaz de trabalhar temas universais segundo novos prismas, caracteristicos de um tempo especifico. (B) A literatura se baseia, segundo alguns escritores, em grandes causas humanistas, principalmente aquelas pertencentes a uma Unica comunidade, ainda que em épocas distintas. (C) © fato de se transformarem em conhecimento de dominio publico, pela troca reciproca de influéncias entre os autores de uma mesma época, compromete o valor literario de certas obras. (D) Os ficcionistas realmente considerados como modelo para que outros se deixem influenciar por eles so pouquissimos, ainda que a literatura, como organismo vivo, sempre esteja se modificando. (E) A ideia de transformago da literatura em um condominio, com temas inalteraveis tanto no tempo quanto nos mais variados lugares, reduz o ato de criag&o a mero exercicio imitativo de publicagées anteriores. Comentario: Nesta questaéo, perceba que ndo se pede mais 0 tema central, mas alguma afirmacéio que tenha sentido no texto. A alternativa (A) esta correta e se baseia no ultimo paragrafo, por isso vamos transcrevé-lo. Compare os textos com a numeracao. Stendhal inventou para 0 amor a teoria da cristalizacao que se poderia aplicar 4 coisa literdria. No fundo, as ideias séo as mesmas, descrevem um circulo vicioso que o escritor preenche conscientemente, se_acrescentar 20 que jd encontrou feito uma _dimensdo pessoal*. Criacdo espontanea, inspiracéo, musa? Provavelmente nao existem, pelo menos na proporcéo em que os romanticos quiseram valorizar as manifestacdes do seu espirito. Escrever* - e falo sempre em termos de criar ~ € um exercicio meticuloso em busca do amadurecimento1; quem escreve retoma uma_ experiéncia sedimentada?, com o dever?, que sé alguns eleitos cumprem, de alarad- Ja dentro da perspectiva? do homem e da época*. Agora, vejamos a interpretacao da questao: Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 8 OeT PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror A criagSo literéria deve ser entendida como resultado de um amadurecimento pessoalt, capaz de trabalhar temas universais? segundo Moves prismas, caracteristicos de um tempo especifico?. A alternativa (B) esta errada, porque houve uma restricéo dos temas universais como humanistas, e isso néo esta previsto no texto, além da restrigéo a uma tinica comunidade. A alternativa (C), esta errada, porque o fato de se transformarem em conhecimento de dominio publico nao compromete o valor literdrio de certas obras. A alternativa (D) esta errada, pois enfatiza que texto faz referéncia apenas aos ficcionistas como influéncia aos demais escritores. Na realidade, sdo os temas universais que influenciam os escritores. Veja isso no primeiro pardégrafo: Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos - e quem escreve ficcéo vai heber sempre na mesma aguada. A alternativa (E) esté errada, pois a ideia de transformagao da literatura em um condominio nao reduz o ato de criacéo a mero exercicio imitativo de publicagées anteriores. Note que em todo o texto se mostra justamente o contrdrio: a influéncia, no a imitacéo Gabarito: A 8. Fala-se comumente em influéncias na obra deste ou daquele autor. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo. (2° paragrafo) A opiniao exposta acima esta corretamente reproduzida, com outras palavras, em: (A) Um ou outro autor recebem influéncias, que pode ser apontado por seu viés negativista, como a perda do sentido da prépria criagao. (8) Mudancas positivas na maneira de se avaliar obras literdrias, a partir das influéncias recebidas nesses mesmas obras, sempre foi bem recebido por um ou outro autor. (C) A maneira pejorativa de comparar obras literdrias com influéncia deste ou daquele autor coexistiu nas criticas elaboradas ao longo do tempo (D) Influéncias que, com frequéncia, s&o apontadas em obras de diferentes autores passaram a ser vistas, ao longo do tempo, sem conotacao negativa. (E) Quando se fala em influéncias na obra escrita por certo autor, € comum haver conotac&o pejorativa na avaliagao da mesma. ‘Comentario: A quest&o quer tester do candidato a avaliagéo de conteddo e de correg3o gramatical. © que se quer dizer na frase do pedido da questo basicamente é que a palavra “influéncia” no tem sentido negative, quando se trata de obra literdria baseando-se em temas universais. Note que a alternativa (D) € a correta, pois realmente se quer dizer que as influéncias passaram a ser vistas sem conotacdo negativa (pejorativa). Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 9 Oi PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror ‘Algm disso, veja que ndo ha problema gramatical. Compare: Texto: Fala-se comumente? em influéncias na obra deste ou daquele autor!. O termo, com o tempo, perdeu contorno pejorativo?. Alternativa (D): Influéncias que, com frequéncia2, s30 apontadas em obras de diferentes autores’ passaram a ser vistas, a0 longo do tempo, sem conotacdo negativa®. Veja como nas demais alternativas ou o sentido muda, ou ha erro gramatical. Na alternativa (A), ha erro em afirmar que a influéncia transmite perda do sentido da propria criacdo. Além disso, 0 pronome relativo “que” esta na fung&o de sujeito e retoma “influéncias”, por isso, a locugéo verbal deve passar a plural e feminino: “podem ser apontadas” Na alternativa (B), ha erro, pois a frase original nao se refere a “mudangas”. Quanto ao aspecto gramatical, o verbo “avaliar” é transitive direto, 0 pronome “se” € apassivador, por isso 0 sujeito paciente é “obras literdrias", que deve forgar o verbo para o plural: “...se avaliarem as obras literdrias". Alam disso, 0 sujeito da locug’o verbal passiva “foi recebido" é “mudancas positivas”; por isso essa locugdo deve se flexionar no plural: “foram recebidas". A alternativa (C) nao possui erro gramatical, mas note que nao preserva o mesmo sentido da frase original, pois esta n&o se refere a um modo de comparagao pejorativa. A afirmativa (E) esta errada, porque nela é informado ser comum haver conotago pejorativa na avaliacdo de certo autor que se deixa influenciar, mas essa nao é a informacdo original, justamente porque no texto é dito que “perdeu contorno pejorativo". Gabarito: D 9. E correto afirmar que as questdes colocadas nos 2° e 3° paragrafos (A) estimulam a estranheza do leitor por introduzirem uma voluntéria incoeréncia de seu autor no contexto. (B) apresentam semelhanca de sentido e pressupdem respostas que embasam a opiniao defendida pelo autor. (C) constituem recursos enféticos adotados pelo autor para contradizer a opiniao exposta no 1° paragrafo. (D) assinalam uma critica velada do autor a escritores que recebem influéncia de outros, pois tratam dos mesmos temas (E) permitem perceber o sentido irénico do questionamento que se coloca entre a criag&o artistica espontanea e a imitagdo de terceiros. As perguntas inseridas neste texto fazem com que o leitor dé a Veja a primeira: Quem no tem influéncias, quem nao se abeberou em alguém? Nossa resposta natural, de acordo com a linha argumentativa do texto, seria que varios autores se influenciam. Ent&éo notamos no texto o Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 10 CONT! PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror desenvolvimento, a explicagdo, de nossa suposta resposta: (pois) “Literatura é um organismo vivo que nao cessa de receber subsidios. Felizes os que, contribuindo com essa coisa inquietante que é escrever, revigoram-Ihe o Jastro.” Na segunda frase interrogativa, notamos que o proprio autor responde induzindo o leitor em sua argumentagao. Criagéo esponténea, inspiracéo, musa? Provavelmente ndo existem, pelo menos na proporgéo em que os romanticos quiseram valorizar as manifestacées do seu espirito. Note que as duas perguntas tm o mesmo fundamento: a influéncia dos temas universais aos escritores da literatura, visto com viés positivo. ‘Assim, a alternativa (B) é a correta, pois percebemos que as duas perguntas tém o mesmo fundamento e as supostas respostas servem de base & argumentacao do autor. ‘A alternativa (A) esta errada. Nao ha incoeréncia, tampouco estranheza, pois essas perguntas seguem a linha argumentativa do texto. A alternativa (C) esta errada, pois néo hé contradigfo ao segundo pardgrafo, mas confirmacdo. A alternativa (D) esta errada, pois ndo ha critica aos autores, perceba que foi dito que o termo “influéncia” perdeu o tom pejorativo. Aalternativa (E) esta errada, pois nao ha tom irénico nas questées. Gabarito: B 10. A respeito do 1° pardgrafo, é INCORRETO o que se afirma em: (A) Hé uma rotina de ideias a que ndo escapa sequer o escritor original. Uma nova redacdo, sem alteracdo do sentido original da frase acima, esta em: Nem mesmo 0 escritor original escapa a uma rotina de ideias. (8) ... e quem escreve ficcdo vai beber sempre na mesma aguada ... © sentido da afirmativa acima é retomado na questao colocada no 2° pardgrafo: quem nao se abeberou em alguém? (C) Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contempordneos, gracas 4 sua forga extraordinéria de gravitacao. Observa-se entre as oragdes do periodo acima relagdo sintatica de consequéncia e sua causa imediata, respectivamente. (D) Servem de impulso 4 primeira largada, (...) incorporam-se a literatura como conquista de uma época ... Os segmentos grifados exercem a mesma funcao sintatica, em seus respectivos periodos. (E) .... um condominio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. Na frase acima, a nogio de condominio pressupée um conjunto de autores que deixaram 0 testemunho de sua maneira de ver e de sentir 0 mundo, caracteristica de determinada época. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br ul O41 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Comentario: Cuidado, pois foi pedida a alternativa errada. A alternativa (A) esta errada, pois apenas houve a substituicio da palavra denotativa de incluséio “sequer” pela expresso de mesmo valor “Nem mesmo”. Isso fez com que se preservasse a ideia original. Compare: Hé uma rotina de ideias a que no escapa sequer o escritor original. Nem mesmo o escritor original escapa a uma rotina de ideias. A alternativa (B) esta correta, pois a frase interrogativa retoma a ideia da influéncia de um tema desenvolvido por um escritor em outro. Compare: .. € quem escreve ficgéo vai beber sempre na mesma aguada ... quem n3o se abeberou em alguém? A alternativa (C) esta correta, pois a expresséo “gracas 4 sua forca extraordinaria de gravitagdo" 6 um adjunto adverbial de causa. Assim, a estrutura anterior (“Dostoievski, Faulkner, Kafka. deflagraram muitos contemporaneos") é 0 resultado, a consequéncia. A alternativa (D) é a errada, pois a expressdo “a primeira largada” é um complemento nominal, por ser exigido pelo nome “impulso”. J4 a expresso “a literatura” € um complemento do verbo “incorporam-se”. Assim, sua funcdo sintdtica é objeto indireto. Portanto, so fungées sintaticas diferentes. A alternativa (E) esta correta, pois a palavra “condominio” tem o sentido de “dominio com", “copropriedade”. Assim, no hd mais o sentido de unicidade, a interpretagéo passa a dominio geral. Por isso, é correto entendermos como um conjunto de autores com sua maneira de ver e de sentir 0 mundo, pois sdo diversas as formas de interpretar 0 mundo através da linguagem. Gabarito: D 11. Considere as afirmativas abaixo. I. © emprego do pronome Ihe em revigoram-lhe o lastro imprime a esse pronome valor de possessivo, pois equivale a revigoram seu lastro ou, de outro modo, revigoram o lastro da literatura. (2° paragrafo) II. Oemprego das formas verbais contribuem, cheguem e deitem, flexionadas nos mesmos tempo e modo, denota, no contexto, uma mesma noco, a de hipétese provavel. (2° paragrafo) III. Ao transpor para a voz passiva a oragio que o escritor preenche conscientemente, o resultado sera preenchidas conscientemente pelo escritor, porque o pronome que refere-se diretamente a ideias. (3° paragrafo) IV. A forma pronominal grifada em alargd-la dentro da perspectiva do homem e da época evita a substituigio, no contexto, da expresséo uma experiéncia sedimentada. (3° paragrafo) Esté correto 0 que se afirma APENAS em: (A) Ie Il. (B) Te lv. (C)L, Welv. (D)1, Well. (€) Il, Ile Iv Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 12 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Comentario: A afirmativa I esta correta, pois 0 pronome obliquo “Ihe” possui valor de posse neste contexto. Ele naturalmente pode ser substituido pelo pronome possessivo “seu”. Aquele pronome faz referéncia direta no trecho do texto & expressdo “essa coisa inquietante que é escrever", mas sabemos que essa expressao se refere a literatura. Por isso, a afirmativa I esta correta Literatura é um organismo vivo que nao cessa de receber subsidios. Felizes os que, contribuindo com essg coisa _inquietante que é escrever, revigoram-lhe 0 lastro. Assim, podemos eliminar as alternativas (A) e (E). A frase II esta errada, pois o verbo “contribuem” encontra-se no tempo presente do modo indicative e transmite certeza. J4 os verbos “cheguem" e “deitem” esto no tempo presente do modo subjuntivo, os quais transmitem uma hipétese provavel. Veja o contexto: Eles se realizam em termos de cria¢ao artistica e contribuem, com sua experiéncia e suas descobertas, para que outros cheguem e deitem ali, também, 0 seu fardo. Por isso, podemos eliminar a alternativa (D). A frase III esté errade, pois 0 pronome relativo “que” retoma a expresso “circulo vicioso”. Assim, a transformacao para a voz passiva seria: ..circulo vicioso que € preenchido conscientemente pelo escritor... Assim, eliminamos a alternativa (C), sobrando a (B) como correta, Mas vamos verificar se realmente a frase IV esta correta. A frase IV esté correta, pois a forma pronominal “-la” realmente retoma @ expresso “uma experiéncia sedimentada” para evitar sua repeticéo desnecesséria. Gabarito: B 12. Minha frase célebre I. O remédio é a gente silenciar, "pondo a modéstia de parte", como di: bom Noel. Il. Até eu jd posso posar como ladrao de frase. III, Em todo caso, Noel, desculpe o mau jeito. IV. A letra de Noel foi esquecida por muita gente, e varias vezes, através dos anos, encabulei ao ganhar elogios pela "minha" frase. V. Afinal ele escreveu tanta coisa bonita que com certeza nao se importaria muito com este pequeno furto. VI. & que certa vez escrevi: Nasci, modéstia a parte, em Cachoeiro de Itapemirim — mas escrevi parodiando declaradamente uma letra de Noel Rosa sobre Vila Isabel Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 13 O1 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Para que o texto de Rubem Braga (Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p. 94) seja entendido com ldgica e clareza, os paragrafos numerados acima devem ser lidos na seguinte ordem (A) L, IV, VI, HI, IL, V. (8) II, VI, IV, 1, V, HL. (C) UL, VI, V, IL, I, Iv. (D) V, IIL, VI, IV, 1, I. (E) VI, V, UL, IV, I, I. Comentario: Esta ndo ¢ uma questao tipica da banca Fundaglo Carlos Chagas. Ela normalmente é vista na banca ESAF (area fiscal). Nesta prova se quis do candidato a percepcéo da coeséo referencial: palavras que se referem a outras escritas anteriormente. Assim, nosso primeiro passo é encontrar uma frase sem elementos que se refiram a dado dito anteriormente. Veja: A frase I possui referéncia a algo dito anteriormente. © remédio e a gente silenciar por qué? Algo deve ser dito antes para que cheguemos a esta conclusdo, concorda???? Entao esta nao pode ser a primeira frase do texto e eliminamos a alternativa (A). A frase II pode iniciar 0 texto, pois a expresso na oracdo “Até eu ja posso posar como ladrao de frase” tem uma ideia geral que pode suscitar desenvolvimento posterior. Ent&o, ndo eliminamos nenhuma_alternativa. Vamos aguardar as proximas frases. A frase III certamente nao pode iniciar nosso texto, pois a expressio “Em todo caso” remete a uma concess3o (mesmo assim) a algo anterior Assim, devemos eliminar a alternativa (C). Veja que a frase IV ndo possui elementos linguisticos que fagam referéncias a algo anterior, além de ter um tom geral, tipico de tese, topico frasal, a qual sera desenvolvida posteriormente. Esta seria uma possivel frase para iniciarmos um texto, mas observe as alternativas: nenhuma delas se inicia com esta frase. Isso é otimo, vai nos ajudar bastante a frente. A frase V certamente ndo pode comegar nosso texto, pois 0 pronome “ele” substituiu um substantivo anterior. Assim, devemos eliminar a alternativa (D). A frase VI também no pode iniciar nosso texto, pois a expressio “E que” marca um desenvolvimento de algo anterior. Assim, eliminamos a alternativa (E), sobrando apenas a alternativa (B) como correta. Confirme com 0 texto j ordenado: Il. Até eu ja posso posar como ladrao de frase. VI. E que certa vez escrevi: Nasci, modéstia a parte, em Cachoeiro de Itapemirim - mas escrevi parodiando declaradamente uma letra de Noel Rosa sobre Vila Isabel. IV. Aletra de Noel foi esquecida por muita gente, e varias vezes, através dos anos, encabulei ao ganhar elogios pela "minha" frase. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 4 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prot. Décio Terror 1. O remédio € a gente silenciar, "pondo a modéstia de parte", como dizia o bom Noel Vv. Afinal@léyescreveu tanta coisa bonita que com certeza ndo se importaria muito com este pequeno furto. III. Em todo caso, Noel, desculpe o mau jeito. Gabarito: B 13. Leia a tirinha reproduzida abaixo. [sane 6a) 7a, See Sain wa, |caeeaea cueno| —— aun "Gem cura, — | tee MuTOS / = ey APOLICIA (Expgamanta can) \esrigost 7 shula. |) |\ 16 PRenoe? Seu Vests) (Quino. Toda a Mafalda. Sao Paulo, Martins Fontes, 1993, p.40) E correto afirmar que o didlogo entre Susanita e Mafalda opde, do modo mais cru, a fim de provocar o riso, (A) a vaidade de uma modéstia da outra. (8) a ignorancia de uma a sabedoria da outra. (C) 0 egocentrismo de uma ao desprendimento da outra. (D) 0 senso de realidade de uma ao idealismo da outra (E) a esperteza de uma a ingenuidade da outra. Comentario: Veja que a frase da questo nos pede a oposigao marcada na fala das personagens de modo mais cru (simples, evidente). Hd realmente uma oposigéo entre a realidade (consumo: comprar vestidos) € 0 idealismo (conhecimento: ter muita cultura). E feita, entéo, uma suposicéio que na realidade néo mede a importancia de um e outro, ai comeca © humor: uma incoeréncia nas hipéteses que beneficia apenas uma das partes, pois o conhecimento nao € palpavel concretamente, visualmente; mas © vestido sim. Note que Mafalda teve de sair de sua ideologia e partir para a realidade (bater em alguém por perder a razéo naquele contexto). ‘Assim, houve a oposig&o do senso de realidade de uma em relagSo ao idealismo da outra. Perceba que as demais alternativas estéio erradas, porque no houve as relagdes de oposicdo vaidade X modéstia, ignorancia X sabedoria, | egocentrismo X desprendimento e esperteza X ingenuidade. Gabarito: D Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 15 (9) PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Ateng&o: As quest6es de numeros 14 a 18 referem-se ao texto abaixo. Tecendo a manha Um galo sozinho no tece uma manha: ele precisaré sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e 0 lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito que um galo antes e 0 lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem Os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manh, desde uma teia ténue, se vd tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo* para todos, no toldo (a manha) que plana livre de armacdo. A manh, toldo de um tecido téo aéreo que, tecido, se eleva por si: luz bal5o. *neologismo Jodo Cabral de Melo Neto (A educagao pela pedra, Obra ‘completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 345) 14. Considere as seguintes afirmagées: I. No verso De um que apanhe esse grito que ele evidencia-se tanto a omissao da palavra galo quanto a de determinado verbo. II. No poema, 0 uso de alguns verbos no gertindio reforca a imagem do desenvolvimento gradual de uma teia que se transforma, nesta ordem, em tela, tenda e toldo. III. A imagem predominante no poema é a de galos que despertam os habitantes de um determinado local para o trabalho duro que comeca cedo, mas que no fim do dia é recompensador. Estd correto 0 que se afirma APENAS em: (A) I. (B) I. (©) ml. (D) lel. (E) Ie HL Comentario: A frase I esta correta, pois ha realmente a omissdo da palavra “galo” e do verbo “apanhou". Veja: Um galo sozinho nao tece uma manh. ele precisaré sempre de outros galos. De um (galo)que apanhe esse grito que ele (apanhou) 20 lance a outro; de um outro galo... Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E). Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 16 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror A frase II esta correta, pois o final da primeira estrofe e a segunda nos motivam a visualizar a formaco gradual de um grande toldo (0 amanhecer) embalado pelo cantar do galos. Veja: para que a manhd, desde uma teia ténue> se vd tecendo, entre todos os galos. Os gertindios marcam uma evolucao gradual na formacac da manha: de uma teia ténue a um toldo. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo* para todos, no toldo (a manhé) que plana livre de armagio. Amanha, toldo de um tecido tdo aéreo (0 céu) que, tecido, se eleva por si: luz baléo. Assim, ja sabemos que a alternativa correta é a (D), mas devemos nos certificar analisando a proxima frase. A frase Il esté errada, pois ndo se mostra o fim do dia, apenas o amanhecer. Gabarito: D 15. A manhi, toldo de um tecido tio aéreo / que, tecido, se eleva por si: luz baldo. Sobre os versos acima, 6 INCORRETO afirmar: (A) No segundo verso, a palavra tecido pode ser interpretada como 0 participio do verbo tecer. (8) O verbo da oracao principal do periodo formado pelos dois versos acima é eleva. (C) A expresso Juz balSo representa, no contexto, uma sintese explicativa do segmento que a precede. (D) As virgulas que isolam a palavra tecido, no segundo verso, s&io necessarias para garantir o sentido no contexto, nao podendo, portanto, ser suprimidas. (E) A associagaéo de manhé a toldo causa a ruptura abrupta da ideia que vinha sendo desenvolvida, pois a manha fora apresentada como fios de so/. Comentario: A alternativa (A) esta correta, pois o poeta fez um jogo de palavras entre o substantivo “tecido” (do primeiro verso) e © participio “tecido” do segundo verso, mostrando que no segundo vocébulo houve a ago de tecer. A alternativa (B) esta correta, pois a orac&o principal é “A manhd, toldo de um tecido tao aéreo que (...) se eleva por si: luz bal3o." E a oragio subordinada é “tecido”. Veja: A manha, toldo de um tecido tao aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balao. sujeito aposto explicativo 4 vTO \ eposto expiicativo pronome refiexivo “ adjunto na fungio de adverbial de objeto direto modo oracSo subordinada adverbial causal reduzida de participio Prof. Décio Terror Www .pontodosconcursos.com.br 7 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror A alternativa (C) est correta, porque os dois-pontos sinalizam 0 aposto explicativo, o qual serve para explicar 0 segmento anterior, mostrando que a manhi se eleva por si, como um grande balo iluminado. A alternativa (D) esta correta, pois as virgulas demarcam que ha um verbo que representa uma oracéo adverbial intercalada. A retirada da virgula mudaria 0 sentido e passaria a transmitir incoeréncia no texto. A alternativa (E) esta errada, pois néo ha quebra (ruptura), ha uma evolugao gradual de fios de sol a toda a manha iluminada. Gabarito: E 16. O verso que melhor traduz a imagem /uz balao, entre os listados abaixo, (A) os fios de sol de seus gritos de galo (8) (a manha) que plana livre de armacao (C) Um galo sozinho n&o tece uma manhaé (D) que com muitos outros galos se cruzem (E) E se encorpando em tela, entre todos Comentario: A banca quer saber se voce percebeu a imagem motivada pelo texto poetico, em que luz-baléo seria o céu iluminado. Naturalmente, percebemos essa imagem também no verso da alternativa (B): (a manhé) que plana livre de armagéo Gabarito: B 17. ...de um outro galo que apanhe o grito O verbo que se encontra conjugado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima esta presente nos seguintes versos de Joao Cabral de Melo Neto, retirados de Morte e Vida Severina: (A) Por onde andaré a gente / que tantas canas cultiva? (B) Os rios que correm aqui / tém a égua vitalicia. (C) Quem sabe se nesta terra / nao plantarei minha sina? (D) sé morte tem encontrado / quem pensava encontrar vida... (E) primeiro é preciso achar / um trabalho de que viva. Comentario: O verbo “apanhe” encontra-se no presente do subjuntivo. Lembre-se de colocar 0 advérbio “talvez” para se lembrar deste tempo verbal. O mesmo podemos fazer com o verbo “viva” da alternativa (E): talvez ele viva. Os verbos “andaré" e “plantarei” encontram-se no futuro do presente do indicativo; “correm”, “tém”, “sabe” e “é” no presente do indicativo; “tem encontrado” no pretérito perfeito composto do indicativo; “pensava” no pretérito imperfeito do indicativo e “encontrar” no infinitivo. Gabarito: E Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 18 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 18. Considere as frases abaixo. I. ...... quem nao 0 podia pegar o grito foi langado. II. Aludiam ...... uma imensa tela dourada os fios de sol que se cruzavam. IIL. O resultado de seu trabalho foi comparado ...... luz da manha. Preenchem corretamente as lacunas, respectivamente: (A)A-a-a (8) A-a-a (C)A-a-a (D)A-a-a (E)A-a-a Comentario: Como o pronome “quem” nao admite artigo, certamente nao ha crase na frase I. Com isso, eliminamos as alternativas (C) e (E). Como 0 artigo “uma” é indefinido, n&o pode haver artigo “a", assim também nao haveré crase. Portanto, eliminamos a alternativa (D) © participio “comparado” exige preposicéo “a” e 0 substentivo “luz” admite artigo “a”. Por isso, hd crase, e a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Atengio: As quest6es de niimeros 19 e 20 referem-se ao texto abaixo. Queimada do bem Algumas consequéncias dos incéndios florestais ainda séo pouco conhecidas. Nao se sabe exatamente quanto de CO2 é liberado com a queima, como a mata nativa resiste e depois se recompoe e quais as alteragdes que ‘ocorrem no microclima de uma floresta queimada. Para responder a essas questées, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazénia (Ipam) em parceria com o norte-americano Centro de Pesquisa Woods Hole (WHRC, na sigla em inglés) realizaram em agosto uma queimada controlada no nordeste de Mato Grosso. “Queremos entender qual a intensidade e a frequéncia de incéndios que poderiam causar transformasées severas em florestas da Amazé6nia e utilizar essas informagdes para gerar cenérios futuros para florestas na regido”, diz Paulo Brando, do Ipam. O experimento foi provocado em 150 hectares de uma floresta de transicao entre o Cerrado e a mata amaz6nica. Parte da area foi mantida intocada, um terco vem sendo queimado anualmente desde 2004 e outro teve queimadas controladas a cada trés anos. Agora, até 2013 os pesquisadores acompanharSo a recuperacao da floresta. (Pesquisa FAPESP, setembro 2010, n. 175, p.3) Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 19 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Auyla-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 19. Considere as seguintes afirmativas sobre o texto. I. © titulo “Queimada do bem” alude, por oposicéo, aos danos que as queimadas costumam provocar e aos atos criminosos que por vezes esto na sua origem. Il. A parte da drea em estudo, entre o Cerrado e a mata amazénica, que é mantida intocada representa um terco do total. Ill. Ainda que os pesquisadores estejam preccupados em estudar as consequéncias das queimadas, a pesquisa também prevé o estudo de suas causas. Esta correto 0 que se afirma em: (A) 1, apenas. (8) Te II, apenas. (C) Ie Il, apenas. (D) Le III, apenas. (E) I, Ie IIL Comentario: Entendemos que o titulo “Queimada do bem” tem relacéo com uma queimada controlada usada para fins de pesquisa. Por oposicao, entendemos que a queimada do mal seria as rotineiras, provocadas por irregularidades. Por isso, a frase I esta correta. Assim, eliminamos a alternativa (C). A frase II também esté correta. A base da interpretacéo esta na enumeracio de trés elementos (cada um forma um tergo da terra em pesquisa). O primeiro elemento enumerado representa um terco desta area: Parte da drea foi mantida intocada. O segundo elemento é 0 segundo tergo: um terso vem sendo queimado anualmente desde 2004. O terceiro elemento da enumeracdo é terceiro terco: outro teve queimadas controladas a cada trés anos. Por isso, a frase Il esta correta e eliminamos as alternativas (A) e (0). A frase III esté errada, pois a finalidade da pesquisa é entender as consequéncias. Veja os dados explicitos no texto que confirmam isso: Algumes consequéncias dos incéndios florestais ainda séo pouco conhecidas. Nao se sabe exatamente quanto de CO2 é liberado com a queima, como a mata nativa resiste e depois se recompée e quais as alteracdes que ocorrem no microclima de uma floresta queimada. Para responder a essas questées...” Assim, a alternative correta € a (B). Gabarito: B Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 20 ORT PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror 20. A frase, baseada no assunto do texto e reescrita com corregao, clareza e coeréncia é (A) Quase nao se conhece as consequéncias dos inc&ndios nas florestas. (B) N&o se tém ideia exata da quantidade de CO2 que é liberado com a queima. (C) Os pesquisadores lograram, no més de agosto, uma queimada controlada no nordeste matogrossence. (D) A experiéncia, levada @ cabo em 150 hectares de uma floresta de transic&o, existente entre o Cerrado e a mata amazénica. (E) Até o ano de 2013, o grupo de pesquisadores ira dedicar-se a observacao do revigoramento da floresta. Comentario: A alternativa (A) esta errada, pois o verbo “conhece” & transitivo direto, 0 pronome “se” é apassivador e “as consequéncias dos incéndios nas florestas” é 0 sujeito paciente. Assim, 0 verbo deve se flexionar no plural: Quase no se conhecem as consequéncias dos incéndios nas florestas. A alternativa (B) esta errada, pois o verbo “tém” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador. Assim, 0 sujeito paciente é “ideia exata”, o qual se encontra no singular e forca este verbo também ao singular. Além disso, 0 pronome relativo “que” é 0 sujeito e retoma o substantive “quantidade", por isso a locucao verbal “é liberado" deve se flexionar no feminino: Nao se tem ideia exata da quantidade de CO2 que é liberada com a queima. A alternativa (C) esta errada, pois o verbo “ograram" nao € 0 adequado nesta construcéio. Esse vocdbulo tem o sentido de “obter éxito”. Como a questo pede clareza no uso da linguagem. Esta ndo seria uma palavra adequada, segundo o contexto. O ideal seria sua substituicéo por “realizaram", “fizeram", mais claras. Além disso, 0 adjetivo corretamente escrito € “mato-grossense” A alternativa (D) esté errada, pois 0 vocdbulo “cabo” & masculino, assim nao ha crase. A alternativa (E) esta correta tanto no sentido em relacéio ao texto quanto na gramaticalidade. Gabarito: E AtencgSo: As questdes de nuimeros 21 € 22 referem-se ao texto abaixo. O Parque Nacional de Galépagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para implementar um sistema de vigilancia dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago. Esse arquipélago possui 133 mil quilémetros quadrados. O sistema sera instalado em todas as embarcacées com menos de 20 toneladas de peso bruto, a maioria das quais embarcagées que trafegam na reserva. O sistema emitird um sinal de radio, que seré captado por antenas em pontos estratégicos. O arquipélago € considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. (Texto elaborado a partir de matéria publicada em 4 de setembro de 2010 no jornal 0 Estado de S. Paulo, Vida, A21) Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 2 O14 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror 21. A principal informacéio transmitida pelo texto é: (A) Somente embarcacdes de menor peso navegarao pelo Arquipélago de Galépagos. (B) A maior biodiversidade do planeta, em Galapagos, se encontra em risco de extincdo. (C) Sistema de vigilancia em embarcagées serd implantado no arquipélago de Galapagos. (D) Interesses privados e governamentais buscam equilibrio ambiental em Galapagos. (E) Sinais de radio indicam perigo a reserva marinha do arquipélago de Galapagos. Comentario: Note que a questdo pede a ideia central, a mais importante. Ja vimos que devemos procurar a tese, a qual normalmente é encontrada na introdugao do texto. Veja: Texto: O Parque Nacional de Galdpagos', no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para implementar? um sistema de vigilancia dos barcos? que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago. Esse arquipélago possui 133 mil quilémetros quadrados. Alternativa (C): Sistema de vigilancia em embarcacGes? seré implantado? no arquipélago de Galapagos*. ‘Com base nisso, percebemos que as demais alternativas no transmitem a ideia mais importante. Gabarito: C 22. O texto esta corretamente transcrito com ldgica, corregio e clareza, sem repeticdes desnecessérias, em: (A) Nos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago, que possui 133 mil quilémetros quadrados considerando ser um dos locais de maior biodiversidade do planeta, o Parque Nacional de Galépagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para instalar um sistema de vigilancia nesses barcos com menos de 20 toneladas de peso bruto, cuja 2 maioria trafegam na reserva. O sinal de radio, que seré captado por antenas em pontos estratégicos, serd emitido por esse sistema. (B) O Parque Nacional de Galépagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para impor um sistema de vigilancia dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago, contando com 133 mil quilémetros quadrados considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. E um sistema — 0 qual serd instalado em todas as embarcacées com menos de 20 toneladas de peso bruto — cuja maioria das que trafegam na reserva. O sistema vai emitir um sinal de radio, que sera captado por antenas em pontos estratégicos. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 22 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror (C) Tratando-se de um sistema de vigilancia de barcos, 0 Parque Nacional de Galapagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF para implementar tal sistema dos barcos que navegam dentro da reserva marinha do arquipélago. Possuindo 133 mil quilémetros quadrados e considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. Sera instalado em todas as embarcagdes com menos de 20 toneladas de peso bruto, que constitui a maioria das que trafegam na reserva. O sistema vai emitir um sinal de rédio, que antenas em pontos estratégicos vao captar. (D) No arquipélago de Galapagos, no Equador, considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta que possui 133 mil quilémetros quadrados, sera instalado em todas as embarcacdes com menos de 20 toneladas de peso bruto, onde a maioria das que trafegam na reserva, um sistema de vigilancia o qual emitiré um sinal de radio, captado por antenas em pontos estratégicos — pelo convénio assinado pelo Parque Nacional com a ONG Sea Shepard e WWF — para impor esse sistema. (E) O Parque Nacional de Galapagos, no Equador, a ONG Sea Shepard e WWF assinaram um convénio para estabelecer um sistema de vigilancia dos barcos que navegam pela reserva marinha do arquipélago, de 133 mil quilémetros quadrados, considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta. Esse sistema seré instalado em todas as embarcacées com menos de 20 toneladas de peso bruto — a maioria das que trafegam na reserva —, € emitiré um sinal de rédio, a ser captado por antenas colocadas em pontos estratégicos. Comentario: Este tipo de quest&o trabalha sua atengdo ao tempo de realizacio da questo. Veja que ela é extensa. Assim, o ideal é sempre procurar os erros vitais nas alternativas e entéo elimind-las. Vamos procurar ser rapidos e eficazes. Veja: Na alternativa (A), ha erro grosseiro, porque o pronome relativo “cuja” n&o admite artigo “a”. Além disso, 0 verbo “trafegam” deve se flexionar no singular, pois 0 sujeito "cuja maioria” esté no singular: cuja majoria trafega. Isso ja nos faz eliminar esta alternativa e partir para a alternativa seguinte. Mas, se algum aluno ainda nao tinha percebido isso, podemos verificar outros problemas... Perceba que a primeira frese possui a expresséo antecipada pelo artigo definido Yo": “o arquipélago”, porém ainda nao havia sido identificado anteriormente. O ideal seria a antecipacdo da estrutura “o Parque Nacional de Galépagos, no Equador, assinou um convénio com a ONG Sea Shepard e WWF...” Além disso, perceba que o gerindio “considerando ser” nao traz coeréncia ao texto, o ideal seria sua substituicao pelo participio “considerado”. Certamente, isso ja nos ajuda a excluir esta alternativa. A alternativa (B) esta errada. Veja que a primeira frase muito longa com recursos coesivos distantes de seus referentes, o que torna o texto pouco dlaro. Além disso, veja o perfodo “E um sistema (...) cuja maioria das que trafegam na reserva’. Nao ha coeréncia, pois a expresséo "das que trafegam” causou_o chamado “truncamento sintatico”, falta de coeréncia, por mistura Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 23 Orice PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror das oragées. O ideal seria retirar a expressdo “das que” e tornar o verbo ao singular: trafega (E um sistema cuja maioria trafega na reserva). A alternativa (C) esta errada, pois houve a repetigao desnecessdria das palavras “sistema” e “barco”. Note que o periodo “Possuindo 133 mil quilémetros quadrados e considerado um dos locais de maior biodiversidade do planeta” é iniciado por um verbo no gertindio, o qual inicia termo subordinado, sem que a oracdo principal apareca. Este é€ mais um caso de truncamento sintatico. Perceba, também, que o pronome relativo “que” retoma o vocabulo “embarcag6es", por isso o verbo “constitui” deve se flexionar no plural “constituem”: Sera instalado em todas as embarcagées com menos de 20 toneladas de peso bruto, que constituem a maioria das que trafegam na reserva. Com isso, reafirmamos a certeza de que esta alternativa esta errada. A alternativa (D) esta errada, pois 0 participio “considerado”, na posi¢&io em que se encontra, nao transmite clareza quanto ao seu referente (Equador ou arquipélago?). O mesmo ocorre com o pronome relativo “que”, 0 qual se encontra imediatamente apés o substantivo “planeta”. Ele retoma “arquipélago”, mas se encontra muito distante, trazendo prejuizo a clareza e a correc&o gramatical do texto. Note que temos apenas uma frase, ela ¢ muito longa e tem muitos referentes equivocados, causando prejuizo a correcdo gramatical. Veja isso na estrutura “em todas as embarcacdes com menos de 20 toneladas de peso bruto, onde a maioria das que trafegam na reserva, um sistema de vigilancia 0 qual emitiré um sinal de radio, captado por antenas em pontos estratégicos = pelo convénio assinado pelo Parque Nacional com a ONG Sea Shepard e WWF — para impor esse sistema.”. Ha tanto erro que é preferivel escrever novamente o texto. A alternativa (E) é a correta. Note que os referentes estéo proximos, facilitando a clareza no texto. Além disso, perceba que o texto mantém a correc&o gramatical. Note que o trecho entre travessées “a maioria das que trafegam na reserva” é um termo que explica, faz uma consideracdo sobre o vocdbulo “embarcagées”. Por isso esta corretamente pontuado. A virgula antes do “e” esta colocada apenas por clareza, a fim de indicar nova oracéo e evitar confuséo come termo da orag&o anterior. A virgula antes de “a ser captado por antenas colocadas em pontos estratégicos” ocorreu porque temos uma oracdo subordinada adjetiva explicativa reduzida de infinitive. Veja que podemos desenvolvé-la: que serd captado por antenas colocadas em pontos estratégicos. Gabarito: E Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 24 Oi PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS 'DOS CONCURSOS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Ateneo: As questées de ntimeros 23 a 25 referem-se ao texto abaixo. Rita No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na graga de seus cinco anos. Seus cabelos castanhos - a fita azul - 0 nariz reto, correto, os olhos de gua, 0 riso fino, engracado, brusco... Depois um instante de seriedade; minha filha Rita encarando a vida sem medo, mas séria, com dignidade. Rita ouvinde musica; vendo campos, mares, montanhas; ouvindo de seu pai 0 pouco, o nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar ~ sério, quieto, devagar. Eu Ihe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu Ihe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; e 0 cérrego; e a nuvem tangida pela viragao. Minha filha Rita em meu sonho me sorria - com pena deste seu pai, que nunca a teve. (Rubem Braga. 200 Crénicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200) 23. O emprego de um mesmo tempo e modo verbal em traria, brilhariam e ensinaria, no peniltimo parégrafo do texto, (A) indica que tais acdes foram efetivamente realizadas enquanto a filha do autor ainda vivia, isto é, antes da morte dela aos cinco anos de idade. (B) denota 0 desejo do autor de ver tais agdes realizadas no futuro, quando a filha atingir a idade de cinco anos. (C) enfatiza a tristeza do autor por néo ter mais a guarda da crianca, 0 que é revelado apenas no ultimo pardgrafo do texto. (D) sugere que o sonho nada mais é que a lembranca de acdes recém- realizadas durante o estado de vigilia do autor. (E) antecipa a revelacaéo feita no ultimo pardgrafo de que a filha do autor nunca existiu, sendo tais agées apenas hipoteticas. Comentario: A hipdtese marcada pelas agdes no futuro do pretérto do indicative é confirmada pela ultima frase, por meio da expresso “que nunca a teve”. Esta expressdo nos revela que a filha nunca existiu. Se ele a tivesse, naturalmente a expressdo “...traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu |he ensinaria a palavra cica..." teria o tempo verbal trocado para 0 futuro do presente do indicativo “trarei cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilharao de prazer e eu Ihe ensinarei a palavra cica"; pois seria algo possivel de execucdo. O fato de a filha nao existir enfatiza que hé apenas hipdtese, por isso o uso dos verbos no futuro do pretérito do indicativo. Gabarito: E Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 25 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof. Décio Terror 24... na graca de seus cinco anos. (primeiro paragrafo) .. @ a nuvem tangida pela viraco. (peniiltimo parégrafo) As palavras grifadas nas frases transcritas acima tém, respectivamente, o sentido de (A) dadiva e calmaria. (B) encanto e brisa marinha. (C) gratuidade e vento forte. (D) alegria e mudanca do clima. (E) inocéncia graciosa e tempestade. Comentario: Partamos da primeira palavra: “graca”. Neste contexto, esse substantivo n&o possui o sentido de gratuito, mas de encantamento, alegria etc. Com isso, eliminamos as alternativas (A) e (C). Note que 0 vocdbulo “dédiva” significa “presente”, “oferta”, “dom”. Isso confirma a exclusio da alternativa (A) © substantivo “viragao” significa vento brando, brisa maritima. Assim, s6 cabe a alternativa (B) como correta. Gabarito: B 25. ... com pena deste seu pai, que nunca a teve. (ultimo paragrafo) 0 pronome relativo grifado na frase acima esté também presente na seguinte frase: (A) Com frequéncia, 0 sonho nada mais é que a realizag3o de nossos mais recénditos desejos. (B) E de se perguntar que outro dilema poderia ter recebido express&o poética tao saborosa: “Filhos? Melhor nao té-los! Mas se nao os temos, como sabé-lo?” (C) Tornou-se dificil encontrar nos jornais crénicas que nao tenham como tema a politica ou a economia, isto é, crénicas propriamente ditas. (D) Muitos j4 notaram que as crénicas de Rubem Braga sdo verdadeiros poemas em prosa. (E) Talvez n&éo haja nada mais ambivalente que a maternidade ou a paternidade, com sua teimosa mistura de risos e lagrimas. Comentario: A questdo quer apenas que voce localize um pronome relative nas alternativas. Para termos certeza de que ha um pronome relativo, basta substituirmos 0 “que” por “o qual” e suas variacdes. Na alternativa (A), no ha pronome relativo. 0 vocdbulo “que” compée a expressao comparativa de superioridade: mais que. Na alternativa (B), também n&o hé pronome relativo. O vocébulo “que” 6 uma conjungio integrante. Veja que podemos substituir toda a oraglo posterior pela palavra ISSO, o que comprova que hé uma oracéo substantiva. (E de se perguntar isso.) A alternativa (C) € a correta, pois 0 vocabulo “que” realmente é um pronome relativo. Note que podemos substitui-lo por “as quais”. Veja: Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 26 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula-extra 2- Provas comentadas Prof, Décio Terror Tornou-se dificil encontrar nos jornais crénicas as quais no tenham como tema a politica ou a economia, isto é, crénicas propriamente ditas. Na alternativa (D), 0 vocabulo “ podemos substituir toda a oracéo ini “isso”: Muitos j4 notaram ISSO. Na alternativa (E), 0 vocébulo “que” tem 0 mesmo valor ja falado na alternativa (A): comparacio de superioridade. ue” 6 conjuncdo integrante. Veja que jada por este vocdbulo pela pelavra Gabarito: C Prova 2 (Tribunal de Justica PE - 2007 - Técnico Judiciario) Atencio: As questdes de numeros 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo. Pressa. Ansiedade. E a sensacéo de que nunca & possivel fazer tudo - além da certeza de que sua vida ests passando rapido demais. Essas sd0 as principais consequiéncias de vivermos num mundo em que para tudo vale a regra do “quanto mais rapido, melhor’. Psiquiatras ja discutem a existéncia de um distirbio conhecido como “doenca da pressa”, cujos sintomas seriam a alta ansiedade, dificuldade para relaxar e, em casos mais graves, problemas de satide e de relacionamento. "Para nds, ocidentais, o tempo 6 linear e nunca volta. Por isso queremos ter a sensacdo de que estamos tirando 0 maximo dele. E a Unica solugo gue encontramos é acelerd-lo”, afirma o jornalista canadense Carl Honoré. “E um equivoco. A resposta desse dilema é qualidade, nao quantidade.” Para outros especialistas no assunto, a aceleragdo é uma escolha que fizemos. Somos como criancas descendo uma ladeira de skate. Gostamos da brincadeira, queremos mais velocidade. O problema é que nem tudo ao nosso redor consegue atender 3 demanda. Os carros podem estar mais répidos, mas as viagens demoram cada vez mais por culpa dos congestionamentos. Seméaforos vermelhos continuam testando nossa paciéncia, obrigando-nos a frear a cada quarteirao. Mais sorte tém os pedestres que podem apertar 0 botao que aciona o sinal verde - uma dtima opcéo para controlar a ansiedade, mas com efeito muitas vezes nulo. E um exemplo do que os especialistas chamam de “botées de aceleracdo”. Na teoria, deixam as coisas mais rdpidas. Na pratica, servem para ser apertados e 56. O que fazermos com os dois segundos, no maximo, que economizamos ao acionar aquela tecla que fecha a porta do elevador? E quem disse que apertd-la duas, quatro, dez vezes vai melhorar a eficiéncia? Elevadores, alias, sao os cones da pressa em tempos velozes. Os primeiros modelos se moviam a vinte centimetros por segundo. Hoje, 0 mais veloz sobe doze metros por segundo. E, mesmo acelerando, estéo entre os maiores focos de impaciéncia. Engenheiros sdo obrigados a desenvolver sistemas para conter nossa irritacao, Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br 27

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