Professional Documents
Culture Documents
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
13. REFERÊNCIAS......................................................................................................... 46
2
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais. Mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Ética que neste módulo tem como objetivo geral levar o profissional a
perceber que a ética permeia toda a vida do sujeito, quer seja no
ambiente pessoal quanto profissional.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila
encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas. Criamos,
também, uma pasta de leituras complementares sobre o assunto para enriquecer seus
conhecimentos.
3
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
2. ÉTICA: DEFINIÇÃO
Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira
é a palavra grega éthos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda
também se escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do caráter.
A primeira é a que serviu de base para a tradução latina Moral, enquanto a segunda
é a que, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos à palavra Ética
(GOLDIM, 2000).
Fonte https://bitlybr.com/b2Ne6Aw
4
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Nos dias atuais podemos constatar que o discurso sobre a ética não é uma
abordagem recente, assim, a possibilidade de dialogarmos sobre esse assunto, faz
com que tenhamos uma atitude diferenciada frente à sociedade atual.
Fonte https://bitlybr.com/L3QJedU
Assim podemos dizer que a ética não é uma ciência intelectual, é uma prática
vivenciada em todos os setores da sociedade e em todos os tempos. Pode-se
considerar que o seu estudo nos remete a um eterno pensar em que a reflexão e o
construir caminham juntos em prol de uma verdade. Neste contexto a ética é a teoria
ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade (SÁNCHES
VÁZQUEZ, 1970, p.12).
5
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte: https://bit.ly/2EG5Oxd
E dentro de uma visão tradicional pode-se dizer que a ética é entendida como
um estudo ou uma reflexão cientifica ou filosófica, podendo ser até teológica, em que
os costumes e ações humanas estão intrínsecas por toda vida. Podemos chamar de
ética a nossa própria vida, quando a direcionamos de forma correta.
A ética dentro do de uma perspectiva tradicional era vista como uma atitude de
grande valia, entendiam que era uma “conduta” que todo o cidadão deveria ter do que
é certo e errado.
Sabemos que cada cidadão tem a sua própria ética sempre contida em regras
impostas por um determinado grupo e se partirmos do princípio que estamos inseridos
em um desses grupos, podemos pensar que nossas ações se fundamentam na cultura
transmitida de geração a geração e que nos diz o que é ”certo ou errado".
Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom. Podemos dizer que é o
estudo do que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas
para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral
e Direito - pois não estabelece regras.
Assim, segundo alguns autores o estudo da ética também pode ter um cunho
totalmente histórico, pois ela é o fundamento da sociedade.
A ética é o que marca a fronteira da nossa convivência. [...] é aquela
perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para
6
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/2V2Idv2
7
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
A ética não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência, a lei
tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as
normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro
lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.
A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano
chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. (...) A Ética se ocupa
e pretende a perfeição do ser humano.
8
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Ético (ethos): disciplina filosófica que estuda o valor das condutas humanas, seus
motivos e finalidades. Reflexão sobre os valores e justificativas morais, aquilo que se
considera o bem.
Análise da capacidade humana de escolher, ser livre e responsável por sua conduta
entre os demais. Para alguns autores, o mesmo que moral (MARTINS, 2002).
Antiético: contra uma ética estabelecida ou contra a ideia (da ética) que estabelecer
o que devemos fazer ou quem queremos ser, levando os outros em consideração. Muitas
vezes, o antiético tem ideias éticas próprias.
O Professor de ético Mário Alencastro (2000) assevera que toda moral supõe
determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os
estabelece numa determinada comunidade. A ética depara com uma experiência histórico
social no terreno da moral, ou seja, com uma série de práticas morais já em vigor e, partindo
delas, procura determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e
subjetivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais,
os critérios de justificação destes juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de
diferentes sistemas morais.
Tanto assim, que diversas teorias éticas se organizaram em torno da definição do que
é bem. Muitos filósofos acreditaram que, uma vez entendido o que é bem, descobriríamos o
9
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
que fazer diante das situações apresentadas pela vida. As respostas encontradas não são
unânimes e as definições de bem variam muito de um filósofo para outro. Para uns, bem é o
prazer, para outros é o útil e assim por diante. (ALENCASTRO, 2000).
Fonte https://bit.ly/37eZZAK
3. ÉTICA NA ANTIGUIDADE
felicidade depois da morte. Para ele, os homens deveriam buscar durante a vida, a
apreciação das ideias, primordialmente, a ideia do bem. Onde ele afirma no escrito de
“Eros Filosóficos” que chama atenção do homem para a prática da contemplação.
Os filósofos encaram os sábios não como cientistas, mas como homens cheios
de virtudes na busca de equilíbrio, ordem e harmonia em sua vida. Para eles, o sábio
busca subjetivamente a harmonia, o que faz submeter-se à sua própria razão. A
virtude e a dialética estão ligadas uma à outra, desta forma a dialética é o caminho da
apropriação das ideias e a virtude está associada à vida pessoal.
11
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Já Aristóteles possuía uma visão muito mais séria que Platão, com isto ele
colecionava depoimentos sobre a vida cotidiana das pessoas, o que o tornou no
grande empirista, nas literaturas afirmava seu esforço comparativo e analítico, quando
comprava várias constituições políticas gregas apontadas nos livros sobre Ética a
Nicômaco e a Ética a Eudemo, Magna Moral e um tratado voltado aos vícios e
virtudes.
Fonte https://bit.ly/3fKmtOc
Aristóteles (384-322 a.C.) faz uma comparação entre o Ser e o Bem, onde faz
uma correlação sobre as variedades das pessoas, para ele cada um possui um bem,
segundo sua essência do que concerne a cada pessoa. Podemos dizer que a ética
aristotélica é eudemonistas, ou seja, seus fins são elencados para que o homem
chegue à felicidade. O filósofo aponta o homem como ser complexo e necessita do
melhor dos bens, dos mais variados tipos deles como: saúde, amizade, riqueza etc.
Para ele os bens são apontados como: força, poder, beleza, virtudes. O homem
tem o seu viver, no sentir e na razão. Para ele a razão precisa da vida virtuosa. Para
o bem próprio do homem deve ser ligada à vida de inteligência ou dedicada ao estudo.
12
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/378Hy0N
Fonte https://bit.ly/39ox3JD
Esta parte dos nossos estudos aponta Platão e Aristóteles como grandes
teóricos das teorias morais, apontando como uma pequena amostra da reflexão ética.
Fonte https://bit.ly/2JbQpqy
4. ETICA RELIGIOSA
Sabemos que a religião grega era naturalista, pois apontavam seus deuses voltados
das forças naturais, como: a força, a inteligência, o amor, o raio e, até mesmo a guerra. Já a
religião judaica está acima de tudo que é natural, sendo o Deus de Abraão, Jacó e Isaac.
Bom, nos termos voltados ao ético e/ou morais, indagamos ao pensamento de como
o homem deve ter suas ações de acordo com a natureza e agir frente à vontade de Deus.
13
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bitlybr.com/fl6fXtZN
Por outro lado, novos pensamentos surgiram para formular outras teorias éticas
como a pura razão de Kant e Sartre. Outros filósofos apontaram apenas a maneira de
relacionar a filosofia com as doutrinas religiosas, entre eles: Hegel, Schelling, Gabriel
Marcel, entre outros.
Vale ressaltar que o formalismo Kantiano tem seus encantos, ele tem como a
base exclusiva dos pensamentos e a vontade. Neste sentido, há algumas lacunas
neste pensamento, por exemplo, tortura. Será viável pensar na tortura de modo
universalizado?
15
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
admirável porque o indivíduo não pode viver a vida estudando a ética e sim vivenciá-
la.
Fonte https://bitlybr.com/bQFST
Com base nos nossos estudos, para os gregos o ideal ético está ligado na
busca teórica e prática da ideia do Bem, ou uma desejada felicidade, que era
entendida como uma vida de ordem, virtuosa, com grandes capacidades superiores e
as outras capacidades não fosse desprezada, ao ponto que o homem seja composto
e sintético que necessitasse de muitas coisas, na visão de Aristóteles.
16
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/2HD5roq
Já Hegel delineou uma vida livre dentro de um Estado livre, um estado de direito
e deveres, onde a moral e as leis fossem interligadas, sem contradição. O que vemos
é que Platão e Aristóteles se assemelham novamente, com Hegel. Porém, a história
não acompanhou suas teorias, nos últimos anos estes assuntos se tornaram
ideológicos.
No entanto, temos o pensamento social e ético, como ideal ético uma vida
social mais justa, sem desigualdades e injustiças econômicas, ou seja, um mundo
mais humano.
ações hoje podem prejudicar as gerações futuras, há falas que as gerações futuras
não compensarão a injustiça atual. Abaixo seguem imagens para reflexão e
aprofundamento de estudos sobre a importância desses filósofos para a sociedade.
Fonte https://bit.ly/3l9Re03
Fonte https://bit.ly/3pYV7sp
Cabe ressaltar que parte dos nossos estudos, visa criar uma reflexão ético-
social do século XX, que a sociedade hoje talvez não viva com ações éticas, vivem
amoralmente. Pensem nos meios de comunicação de massa se possui a liberdade de
expressão? Há ideologias? Há indivíduos realmente livres, cidadãos conscientes e
atuantes das consciências com capacidade julgadora?
Enfim, esta parte dos nossos estudos serve para uma breve reflexão.
18
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
5. ÉTICA NA ESCOLA
Fonte https://bit.ly/3q2qT7J
Decerto que estes apontamentos a serem discutidos aqui, não têm a pretensão
de dar respostas imediatas pelas instituições e educadores.
Fonte https://bitlybr.com/D1uF0
19
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
O autor acima explana sobre uma educação como prática permanente do ser
humano, respeitando as diferenças das opiniões a aproximando os sujeitos das
curiosidades epistemológicas. Segundo o autor é impossível pensar no ser
programado para aprender. Para ele o ser deve um permanente indagador e com uma
busca permanente do conhecimento, inacabado.
20
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Descartes, explana que a moral provisória teria que reger na conduta do meio,
no Discurso do Método. Para ele, a provisoriedade se justificava pelo fato de que o
método para bem dirigir a razão ainda não tinha condições de ser aplicado ao campo
da moralidade, sendo então necessário adotar uma “casa” temporária, na qual fosse
possível viver enquanto durassem os trabalhos de construção da moradia definitiva,
isto é, da moral universal e verdadeira (Descartes, 1996, p. 27).
Então, refletir, pensar, como medir seus próprios passos, isto é, ponderar o que
vai fazer, reflete um bom moralista.
A escola nasceu no século XVII, com ensino voltado para tradição escolástica.
E o advento da tipografia e de algumas técnicas de produção, a igreja Católica, o
21
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Bispo retrava a escola como uma “oficina para homens”, segundo (Comênio, 1997, p.
104), promovendo uma educação de qualidade e de saberes sólidos, para
apropriarem das mais superiores virtudes e concretizar uma fé sincera e cristã.
Esta metáfora diante dos saberes, mais tarde foi discutida como psique
humana, que sofre readequação, com apontamentos comparativos da psique humana
como uma folha em branco passa a se tornar uma folha suja, com conhecimentos
errados. Com isto, cabe ao professor limpar e deixar apto os conhecimentos corretos,
os conteúdos disciplinares escolares. (Mazzotti & Oliveira, 2000, p.13).
Comênio (1997) acreditava que o objetivo era ter uma pedagogia voltada aos
fundamentos mecanicistas, com integração religiosa e moral/ética. Ele dizia: “infeliz
instrução a que não se converte em moralidade e piedade! (Idem, p. 100).
trabalho pedagógico. Segundo o autor, nada adianta centrar seu trabalho em métodos
tradicionais, pois os métodos devem ser centrados nos ativos, novos, que facilitam a
aprendizagem, não sendo manipuladas pelos livros didáticos. Em outro viés, a
disciplina não pode ser imposta, mas com uma conquista cotidiana no ambiente
escolar e que seja aceita e discutida por todos. Segue abaixo a figura de Dewey para
reflexão e estudo.
Fonte https://bit.ly/3l8iYSJ
Para Dewey não tinha uma escola modelo, uma vez que ele não via uma
educação escolar com desenvolvimento pedagógico para um amanhã tão sonhado e
glorioso e sim um processo de desenvolvimento que vem sendo construído ao longo
do tempo. Explana abaixo:
Educar é extrair do presente a espécie e a potência de crescimento que este
encerra dentro de si. Esta é uma função constante, independentemente da
idade. A melhor coisa que se pode dizer a respeito de qualquer processo
23
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
24
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/33ixCRf
Fonte https://bit.ly/33ixCRf
Sendo assim para muitos a proposta nos PCNs tende buscar uma grande saída
no que diz respeito à desigualdade e a diversidade cultural e na aceitação em relação
ao outro. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) buscar a ética para o
contexto escolar significa enfrentar o desafio de inferir no processo de ensino e
aprendizagem que se realiza em cada uma das áreas de conhecimento, uma
frequente atitude crítica, de reconhecimento dos limites e possibilidades dos sujeitos
25
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Para afirmar os princípios éticos e morais aponta na Lei 9394/96, no artigo 2º,
instituísse nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, é
finalidade da educação nacional o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
26
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bitlybr.com/mUyRAsy
Fonte https://bit.ly/3liLBwJ
27
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
8. ÉTICA DO EDUCADOR
A ética do educador pode ser trazida como uma mola de transformação social.
A atuação do docente nas instituições requer uma visão e uma conduta pautada na
diversidade humana.
Fonte https://bit.ly/3pXMG0p
É possível ser eficaz, cada um ao seu modo, é possível ser coerente frente às
adversidades que deparamos no campo educacional. Mas, sabemos que é
imprescindível reconhecer que há alguns educadores progressistas que exigem que
seus discentes tenham uma eticidade que falta na atualidade. Não é utopia! Segundo
Freire (2001):
logicamente, porém chegam outros e falam: é preciso ser paciente, um dia as coisas
irão mudar.
Paulo Freire
Fonte: https://bitlybr.com/a19XDQ
29
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
pode ser ministrada não somente no espaço da formalidade, ou seja, escola. Mas, em
todos os lugares, inclusive, dentro dos movimentos sociais. É necessário a superação
de uma educação mecanicista e perceber a dialética das relações e do mundo.
Fonte https://bitlybr.com/EQXd
30
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/3nUgF7u
9. ÉTICA PROFISSIONAL
31
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
32
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bitlybr.com/WDajyviZ
Vale ressaltar que o sigilo nem sempre é solicitado pelo seu chefe, mas cada
pessoa profissional deve atribuir-se a esta prática.
Fonte https://bitlybr.com/WDajyviZ
10. ÉTICA E OS DIREITOS HUMANOS: UM DIÁLOGO REFLEXIVO
Fonte https://bit.ly/3fCz4mc
34
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
35
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
No cenário atual em que o mundo está vivendo, o que podemos dizer dos
refugiados? Dos imigrantes? Podemos constatar que os direitos do ser humano
estão longe dos direitos do cidadão.
1
Ver mais detalhes em Trabalho e escravidão infantil são grandes problemas em Gana -
Blog da Primeira Infância (correiobraziliense.com.br)
2
Ver mais detalhes em:https://congressoemfoco.uol.com.br/video/a-integra-do-video-
daagressao-contra-joao-alberto-silveira-freitas-no-carrefour/
36
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
No Artigo XI: “toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser
presumidamente inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo
com a lei, em julgamento público, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as
garantias necessárias à sua defesa; já esta parte refere-se às pessoas que são
julgadas a pena de morte.
• Direitos Humanos
Nino (1996) entende que alguns casos não podem ser legitimados positivados.
Pois, o autor aponta o reconhecimento consensual perante a ordem jurídica, com
princípios em valores morais para realmente almejar o respeito aos direitos humanos.
37
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Para Nino (1996), um dos fatores que provocam o conceito moral abstrato do
conceito moral é a desconfiguração da diferença entre moral positiva (moral social) e
moral ideal (moral crítica). A moral positiva, na designação do autor é “o produto da
formulação e da aceitação de juízos com os quais se pretende alcançar princípios de
uma moral ideal”.
Fonte https://bit.ly/36aXroh
38
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
“Um juízo que expresse o fazer X, como moral, pode ser analisado como um
juízo que aconselha a ação X, que ela é exigida, em certas circunstâncias
definidas por propriedades fáticas de índole genérica, por um princípio público
que seria aceito como justificativa última e universal de ações por qualquer
pessoa que for plenamente racional, um juízo absolutamente imparcial e
conhecedor de todos os fatos relevantes” (Nino 1996, p. 117).
O autor aponta as condições que devem ser seguidas para que o juízo seja
verdadeiro. Desta forma, evidenciamos o construtivismo ético que apresenta a moral
como uma manufatura do ser humano, algo especificamente ligado às ações do
homem. Percebemos, assim, que a prática do discurso moral possui uma relevância
epistemológica.
• Os Princípios Da Conduta
Para justificar esta fundamentação Rawls, (1971) apud Nino (1996) aponta o
equilíbrio reflexivo amplo. No campo da Filosofia tenta encontrar um equilíbrio entre
os princípios gerais e convicções intuitivas, pois não satisfazem as convicções mais
firmes e esquece aquelas que não podem ser efetivas por bases plausíveis. Segue
abaixo um mapa conceitual sobre a esta fundamentação de Raws.
39
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/2HDQlPw
Os direitos são importantes para efetivação dos planos de vida que o sujeito
possa vir almejar. Portanto, os princípios podem ser considerados imprecisos, a fim
de inferir nos direitos individuais básicos. Desta forma, trata-se da inviolabilidade da
pessoa, no sentido dos bens, a fim de prejudicar o benefício de outra pessoa ou de
uma sociedade. Faz-se necessário citar alguns bens para melhor entendimento:
41
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Vale ressaltar que este bem refere-se à aquisição dos planos de vida que o
sujeito possa vir a almejar.
decisão dos homens, independente de etnia, classe social ou cor da pele e afirma a
ilegitimidade das medidas que querem diferenciar uns homens dos outros.
O autor afirma que o ser humano deve agir de forma que assuma suas decisões
ao ponto de assumir também as consequências de suas ações. Faz parte do ciclo da
vida. Assim, o homem deve ser integrante do seu plano de vida, o mesmo deve
manter-se nas consequências de sua própria vontade, sem prejudicar os princípios
dos outros. Com isto, percebemos que as dignidades das pessoas são inferidas a
partir das regras descritas da moral.
Este princípio que estudamos serve para admitirmos que a vontade do ser
humano é muito importante, independente dos fatores ou consequências que podem
causar para o sujeito ao planejar seu curso de vida.
42
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
- a soberania;
- a cidadania;
43
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Fonte https://bit.ly/33muKme
Fonte https://bit.ly/3fCz4mc
Esta reflexão aponta algumas visões dos teóricos que não tem a pretensão de
encerrar, principalmente numa versão fundamentada por Carlos Santiago Nino.
44
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
São várias questões mundiais e do nosso país que nos fazem pensar nos
Direitos Humanos e na possibilidade de vivermos efetivamente os princípios da
autonomia e da dignidade, pois são compatíveis de implicar uma decisão singular
como no campo moral, podemos ter o direito de criar planos de vida que almejamos.
E isto, equivale ao direito e respeito das outras para com a nossa vontade e sabemos
que nossa vontade pode ter ou não consequências favoráveis. Mas, temos o direito
de decidir e enfrentar as consequências.
Esta parte brilhante dos nossos estudos nos faz perceber que o ser humano
possui o direito de ir e vir, de colocar em prática suas ideias tanto no espaço familiar,
no trabalho, nos espaços públicos com respeito às diferenças culturais e de opiniões.
Outra coisa relevante é a aceitação das críticas que podemos receber frente às
opiniões que colocamos aos casos adversos que encontramos no ambiente
educacional. É viável lembrar que educar é necessário desprender dos vícios
anteriores, ou seja, temos que ser aptos aos novos conhecimentos, independentes do
setor trabalhista ou qualquer espaço social.
45
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
13. REFERÊNCIAS
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de
Janeiro: Campus, 1992. p. 24.
COMÊNIO, João Amos. Didática magna. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
46
ÉTICA NA EDUCAÇÃO
MAZZOTTI, Tarso Bonilha & OLIVEIRA, Renato José de. Ciência (s) da educação.
Rio de Janeiro: DP & A, 2000.
RAWLS, John. A Theory of Justice, Oxford, 1971 apud NINO, Carlos Santiago.
Ética y Derechos Humanos; un ensayo de fundamentación. 2 ed. rev. aum.
Buenos Aires: Editorial Astrea de Alfredo y Ricardo DePalma, 2007, p. 105.
48