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U. I.

PROFº JOSÉ PEDRO COELHO NETO


Coordenador Geral
COORDENADORES DA ESCOLA
APRESENTAÇÃO

Prezados professores, colegas de trabalho, estamos disponibilizando um


Projeto Educacional sobre Bullying. Este projeto pedagógico pode ser aplicando em
qualquer escola, existindo claro as devidas modificações. Estamos disponibilizando
este material para socializar sugestões e experiências de atividades, afim de diminuir
a violência, a indisciplina, a agressividade no contexto escolar, lembramos que este
tema é trabalhado muitas vezes de forma transversal porem sentimos necessidade de
trabalhar em momento específicos o assunto Bullying de maneira interdisciplinar e
aplicando este projeto em 51 escolas, pretendemos buscar resultados juntos para
minimizar a questão da violência nas nossas escolas.
Este projeto será desenvolvido nas Escolas Municipais de Foz do Iguaçu, com
cerca de aproximadamente 20,000 alunos, tendo como temática central a reflexão
sobre o Bullying tanto nas escolas, como na sociedade em geral. Bullying é uma
situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de
maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo
bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo
sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão,
intimidação, humilhação e maltrato. Pretende-se discutir com este projeto as situações
ocorridas no ambiente escolar caracterizada como bullying, além disso, este projeto
visa discutir formas de convivência no espaço escolar ou na comunidade em geral,
valorizando a amizade, os valores humanos e a integração entre os envolvidos no
projeto.

JUSTIFICATIVA
A prática do Bullying, tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando
cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vítimas. Discutir
as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é
importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra
nas unidades escolares. Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais
e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência
na escola.
A popularidade do bullying vem crescendo de maneira avassaladora adentrando
nossas escolas, nossos lares e nossa sociedade. Auxiliado com o mau uso e a
influência dos meios de comunicação e eletrônicos, a internet e as reportagens na
televisão, os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando
proporções maiores no nosso dia a dia. Estes fatos podem causar consequências
trágicas - como brigas depressões até mortes e suicídios - e a impunidade
proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema

OBJETIVO GERAL
Pesquisar e refletir sobre as causas e consequências do bullying, tomando como
partida as narrativas de alunos, professores, pais e responsáveis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Discutir com os alunos as principais causas de


bullying.
• Refletir sobre a necessidade de
desenvolvermos ações educativas contra o
bullying na unidade escolar.
• Aplicar atividades orais e escritas que
estimulem a reflexão sobre as práticas de
violência no espaço escolar.
• Discutir o respeito as diferenças no espaço
escolar.
• Construir uma proposta de regras de
convivência e contra o bullying na unidade
escolar.
TEXTOS DE APOIO E SUPORTE PEDAGÓGICO

BULLYING
Bullying, pronuncia-se [ˈbʊ ljɪ ŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de
violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo
(do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia,
sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying,
ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas
de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora
da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão
sofrida.

TERMINOLOGIA
Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais
projeção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual sendo
o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia de língua portuguesa.
Existem, entretanto, alternativas como acossamento, ameaça, assédio, intimidação
além dos mais informais judiar e implicar", além de diversos outros termos utilizado
pelos próprios estudantes em diversas regiões.
No Brasil, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra bulir
como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir
apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Por isso, são
corretos os usos dos vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário,
como bulimento (o ato ou efeito de bulir) e bulidor (aquele que pratica o bulimento).
Como a maior parte dos alunos não denuncia e alguns adultos negligenciam sua
importância, a sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento
agressivo. Acossamento, ou "intimidação" ou entre falantes de língua inglesa bullying
é um termo frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado
por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre
alguém ou sobre um grupo mais fraco.
O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan
Olweus define assédio escolar em três termos essenciais
1. O comportamento que é agressivo e negativo;
2. O comportamento que é executado repetidamente;
3. O comportamento que ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio
de poder entre as partes envolvidas.
O assédio escolar divide-se em duas categorias:
Assédio escolar direto; Assédio escolar indireto, também conhecido como
agressão social
O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies)
masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies
do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao
isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de
técnicas, que incluem:
• Espalhar comentários;
• Recusa em se socializar com a vítima;
Intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;
Ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente
significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades
etc).
O assédio pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou
faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer
que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor
(bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do
agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais
intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem
motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência
física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.
Deve-se encorajar os alunos a participarem ativamente da supervisão e
intervenção dos atos de bullying, pois o enfrentamento da situação pelas testemunhas
demonstra aos autores do bullying que eles não terão o apoio do grupo. Uma outra
estratégia é a formação de grupos de apoio, que protegem os alvos e auxiliam na
solução das situações de bullying. Alunos que buscam ajuda tem 75,9% de reduzirem
ou cessarem um caso de bullying.] Os professores devem lidar e resolver efetivamente
os casos de bullying, enquanto as escolas devem aperfeiçoar suas técnicas de
intervenção e buscar a cooperação de outras instituições, como os centros de saúde,
conselhos tutelares e redes de apoio social. Pesquisas indicam que
adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte
necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência
em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados
podem ser particulares fatores de risco. Estudos têm mostrado que enquanto inveja e
ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da
crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies (ou bulidores) sofram
de qualquer déficit de autoestima. Outros pesquisadores também identificaram a
rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos,
o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem
e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.

É frequentemente sugerido que os


comportamentos agressivos têm sua origem na
infância:
"Se o comportamento agressivo
não é desafiado na infância, há o risco de
que ele se torne habitual. Realmente,
há evidência documental que indica que a
prática do assédio escolar durante a infância
põe a criança em risco de comportamento
criminoso e violência doméstica na idade
adulta".
O assédio escolar não envolve
necessariamente criminalidade ou violência. Por
exemplo, o assédio escolar frequentemente
funciona por meio de abuso psicológico ou verbal.
Os bullies sempre existiram mas eram (e
ainda são) chamados em português de rufias,
esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões,
avassaladores, valentões e verdugos.
Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver
seus problemas. Porém, eles também frequentemente foram vítimas de violência,
maus-tratos, vulnerabilidade genética, falência escolar e experiências traumáticas.
Comportamentos autodestrutivos como consumo de álcool e drogas e correr riscos
desnecessários são vistos com mais frequência entre os autores de bullying. Quanto
mais sofrem com violência e abusos, mais provável é deles repetirem esses
comportamentos em sua vida diária e negligenciarem seu próprio bem estar.

TIPOS DE ASSÉDIO ESCOLAR

Enquanto a sociedade não resolver o problema de bullying nas escolas,


dificilmente conseguirão reduzir as outras formas de comportamentos agressivos e
destrutivos entre adultos.
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação
para atormentar os outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:

• Insultar a vítima;
• Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
• Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela
ou propriedade.
• Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material
escolar, roupas, etc, danificando-os.
• Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
• Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
• Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para
seguir as ordens;
• Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente,
uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima,
por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
• Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa
(particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência
pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda,
nacionalidade ou qualquer outra inferioridade;
• Isolamento social da vítima;
• Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar
páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de
relacionamento com publicação de fotos etc); Chantagem.
• Expressões ameaçadoras;
• Grafitagem depreciativa;
• Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigos (para alguém de
fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima
(isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é
uma "vítima perfeita");
• Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

BULLYING PROFESSOR-ALUNO
O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnicas
mais comuns são:
• Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e
ofendendo sua autoestima.
• Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um
único aluno o expondo a humilhação.
• Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o
aluno e não com os demais.
• Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas.
• Ameaçar o aluno de reprovação.
• Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondoo
a tortura psicológica.
• Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e
acusá-lo de
atos que não
cometeu.
• Tortura física,
mais comum
em crianças
pequenas;
puxões de
orelha, tapas
e cascudos.
1. Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados
em um Boletim de
Ocorrência numa delegacia ou no Ministério Público. A revisão de provas pode ser
requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial.

LOCAIS DE ASSÉDIO
O assédio pode acontecer em
qualquer contexto no qual
seres humanos interajam, tais
como escolas, universidades,
famílias, entre vizinhos e em
locais de trabalho.
Em escolas, o assédio escolar
geralmente ocorre em áreas com
supervisão adulta mínima ou inexistente.
Ele pode acontecer em praticamente
qualquer parte, dentro ou fora do prédio
da escola
Alguns sinais são comuns como a
recusa da criança de ir à escola ao
alegar sintomas como dor de barriga
ou apresentar irritação, nervosismo
ou tristeza anormais. Em muitos países passaram a desencorajar fortemente a
prática do assédio escolar, com programas para promover a cooperação entre os
estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na
resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares.
Devemos oportunizar aos educados aprenderem a adaptar-se a situações e a criar
soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas que possa, surgir com
respeito e confiança.
• Adultos e idosos também são vítimas frequentes de bullying, fazer com que a
vítima fique desconfortável.
• Alcunhas ou apelidos (dar nomes): Uma alcunha (apelido) é dada a alguém por
um amigo, devido a uma característica única dele, uma alcunha pode por vezes
tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de
residência, local de trabalho ou de ambos).

INDICATIVOS DE ESTAR SOFRENDO BULLYING


Vítimas de bullying tem mais chance de desenvolverem transtornos de
humor, transtornos alimentares, distúrbios de sono ou/e transtornos de
ansiedade em algum momento da vida.
Sinais e sintomas possíveis de serem observados casos de bullying:
• Enurese noturna (urinar na cama);
• Distúrbios do sono (como insônia);
• Problemas de estômago;
• Dores e marcas de ferimentos;
• Síndrome do intestino irritável;
• Transtornos alimentares;
• Isolamento social/ poucos ou nenhum amigo;
• Tentativas de suicídio;
• Irritabilidade / agressividade;
• Transtornos de ansiedade;
• Depressão maior;
• Relatos de medo regulares;
• Resistência/aversão a ir à escola;
• Demonstrações constantes de tristeza;
• Mau rendimento escolar;
• Atos deliberados de autoagressão.

TIPOS DE BULLYING
O Bullying é praticado de diversas maneiras e a gravidade depende também
do comportamento de sua vítima. Como exemplo, sua ação pode ser:
• Física: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater;
• Verbal: apelidar, xingar, insultar, zoar;
• Material: destroçar, estragar, furtar, roubar;
• Moral: difamar, disseminar rumores, caluniar;
• Psicológica: ignorar, excluir, isolar, perseguir, amedrontar, aterrorizar,
intimidar, dominar, tiranizar, chantagear, manipular, ameaçar, discriminar,
ridicularizar;
• Sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
• Virtual: divulgar imagens, criar comunidades, enviar mensagens, invadir a
privacidade (cyberbullying – bullying praticado por meio da internet e de
celulares, geralmente de forma anônima.)

PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. O que é bullying?
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais
ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais
colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão,
brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça,
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante,
educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas
Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a
especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas,
universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode
parecer um simples apelido
inofensivo pode afetar emocional
e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um
possível isolamento ou
queda do rendimento
escolar, crianças e adolescentes
que passam por humilhações
racistas, difamatórias ou
separatistas podem apresentar
doenças psicossomáticas e sofrer
de algum tipo de trauma que
influencie traços da
personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado
emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o
suicídio.
2. O que não é bullying?
Discussões ou brigas pontuais não são
bullying. Conflitos entre professor e aluno ou
aluno e gestor também não são considerados
bullying. Para que seja bullying, é necessário
que a agressão ocorra entre pares (colegas de
classe ou de trabalho, por exemplo). Todo
bullying é uma agressão, mas nem toda a
agressão é classificada como bullying.
Para Telma Vinha, doutora em Psicologia
Educacional e professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), para ser dada como
bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a
intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um
público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o
alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do
autor'', explica a especialista.

3. O bullying é um fenômeno recente?


Não. O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a
um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da
década de 1970. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador
descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que,
portanto, o bullying era um mal a combater.
A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos,
como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as
brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter
consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a
necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb,
procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164
págs., Thesaurus Editora tel. (61) 3344-3738).

4. O que leva o autor do bullying a praticá-lo?


Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si
mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas
humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua
raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de
agir.
Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou
antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
''O autor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar
na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente
escolar'', explica o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação
Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia).
Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse
ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. "A
tendência é que ele seja assim por toda a vida, a menos que seja tratado", diz.

5. O espectador também participa do bullying?


Sim. O espectador é um personagem fundamental no bullying. É comum pensar
que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas
alertam para um terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito. O
espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem
se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa.
Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por
falta de iniciativa para tomar partido.
Os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo
ou dizendo palavras de incentivo também são considerados espectadores. Eles
retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática,
encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. ''O espectador se fecha aos
relacionamentos, se exclui porque ele acha que pode sofrer também no futuro.
Se for pela internet, por exemplo, ele ‘apenas’ repassa a informação. Mas isso
o torna um coautor'', explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro
Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224
págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).

6. Como identificar o alvo do bullying?


O alvo costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na
escola quanto no lar. ''Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir'',
afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho. Aí é que entra a questão da repetição no
bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse. Além
dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar
particularidades físicas.
As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.
"Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo
perseguida pelas colegas", exemplifica Guilherme Schelb, procurador da República e
autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs., Thesaurus Editora
tel. (61) 3344-3738).

7. Quais são as consequências para o aluno que é alvo de bullying?


O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta
medo e vergonha de ir à escola. Pode
querer abandonar os estudos, não se
achar bom para integrar o grupo e
apresentar baixo rendimento.
Uma pesquisa da Associação
Brasileira Multiprofissional de Proteção
à Infância e Adolescência (Abrapia)
revela que 41,6% das vítimas nunca
procuraram ajuda ou falaram sobre o
problema, nem mesmo com os colegas.
As vítimas chegam a concordar
com a agressão, de acordo com
Luciene Tognetta, doutora em
Psicologia Escolar e pesquisadora
da Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de Campinhas
(Unicamp). O discurso deles segue no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou
dizer o contrário?" Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de
ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando
percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras
pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao
mesmo tempo.

8. O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão


moral?
Ambas as agressões são graves e têm danos nocivos ao alvo do bullying. Por
ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é
considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.
''A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma
blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma
exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais'', explica Telma Vinha,
doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os jovens também podem repetir esse mesmo raciocínio e a escola deve
permanecer alerta aos comportamentos moralmente abusivos.

9. Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?


De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas,
portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem.
Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As
manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão.
"As garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se
sente culpada", explica a pesquisadora norte-americana Rachel Simmons,
especialista em bullying feminino.
Ela conta que as meninas agem dessa maneira porque a expectativa da
sociedade é de que sejam boazinhas, dóceis e sempre passivas. Para demonstrar
qualquer sentimento contrário, elas utilizam meios mais discretos, mas não menos
prejudiciais. "É preciso reconhecer que as garotas também sentem raiva. A
agressividade é natural no ser humano, mas elas são forçadas a encontrar outros
meios - além dos físicos - para se expressar", diz Rachel.
10. O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. "Se algo
ocorre e o professor se
omite ou até mesmo
dá uma risadinha por
causa de uma piada ou
de um comentário, vai
pelo caminho errado.
Ele deve ser o primeiro
a mostrar respeito e
dar o exemplo", diz
Aramis Lopes Neto,
presidente do
Departamento
Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de
Pediatria.
O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e
alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é
necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é
tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido
é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?", orienta o pediatra
Lauro Monteiro Filho.
Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores
do livro Bullying Escolar (132 págs., Ed. Artmed, tel; 0800 703 3444):
• Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por
meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância,
trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de
diferentes papéis em um conflito;
• Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre
alunos;
• Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar
imediatamente a direção da escola.
11. Qual o papel do professor em conflitos fora da sala de aula?
O professor é um exemplo fundamental de pessoa que não resolve conflitos
com a violência. Não adianta, porém, pensar que o bullying só é problema dos
educadores quando ocorre do portão para dentro. É papel da escola construir uma
comunidade na qual todas as relações são respeitosas.
''Deve-se conscientizar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora
do ambiente escolar, como na internet, por exemplo'', explica Adriana Ramos,
pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do
curso de pós-graduação ''As relações interpessoais na escola e a construção da
autonomia moral'', da Universidade de Franca (Unifran).
''A intervenção da escola também precisa chegar ao espectador, o agente que
aplaude a ação do autor é fundamental para a ocorrência da agressão'', complementa
a especialista.

12. O professor também é alvo de bullying?


Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a
violência ocorra entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor
pode, então, sofrer outros tipos de agressão, como injúria ou difamação ou até física,
por parte de um ou mais alunos.
Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige
a reflexão sobre o convívio entre membros da comunidade escolar. Quando as
agressões ocorrem, o problema está na escola como um todo. Em uma reunião com
todos os educadores, pode-se descobrir se a violência está acontecendo com outras
pessoas da equipe para intervir e restabelecer as noções de respeito.
Se for uma questão pontual, com um professor apenas, é necessário refletir
sobre a relação entre o docente e o aluno ou a classe. ''O jovem que faz esse tipo de
coisa normalmente quer expor uma relação com o professor que não está bem.
Existem comunidades na internet, por exemplo, que homenageiam os docentes.
Então, se o aluno se sente respeitado pelo professor, qual o motivo de agredi-lo?'',
questiona Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação “As relações interpessoais na
escola e a construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran).
O professor é uma autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é
legitimada com o reconhecimento dos alunos em uma relação de respeito mútua. ''O
jovem está em processo de formação e o educador é o adulto do conflito e precisa
reagir com dignidade'', afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e
professora da Faculdade de Educação da Unicamp.

13. O que fazer para evitar o bullying?


A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência
(Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
• Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou
sugestões;
• Estimular os estudantes a informar os casos;
• Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
• Criar com as estudantes regras de disciplina para a classe em coerência
com o regimento escolar;
• Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
• Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a
dinâmica do bullying.

Todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não
ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o pediatra Lauro
Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro passo é admitir que a escola é um local
passível de bullying. Deve-se também informar professores e alunos sobre o que é o
problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de
formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir
contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre
estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
14. Como agir com os alunos envolvidos em
um caso de bullying?
O foco deve se voltar para a
recuperação de valores essenciais, como o
respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a
violência. A escola não pode legitimar a
atuação do autor da agressão nem humilhá-lo
ou puni-lo com medidas não relacionadas ao
mal causado, como proibi-lo de frequentar o
intervalo.
Já o alvo precisa ter a autoestima
fortalecida e sentir que está em um lugar
seguro para falar sobre o ocorrido. "Às vezes,
quando o aluno resolve conversar, não recebe
a atenção necessária, pois a escola não acha
o
problema grave e deixa passar", alerta
Aramis Lopes, presidente do Departamento
Científico de Segurança da Criança e do
Adolescente da Sociedade Brasileira de
Pediatria.
Ainda é preciso conscientizar o espectador do
bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como
realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda
a turma.
A exibição de filmes que retratam o bullying, como ''As melhores coisas do
mundo'' (Brasil, 2010), da cineasta Laís Bodanzky, também ajudam no trabalho. A
partir do momento em que a escola fala com quem assiste à violência, ele para de
aplaudir e o autor perde sua fama'', explica Adriana Ramos, pesquisadora da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de
pósgraduação ''As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia
moral'', da Universidade de Franca (Unifran).

15. Como lidar com o bullying contra alunos com deficiência?


Conversar abertamente sobre a deficiência é uma ação que deve ser cotidiana
na escola. O bullying contra esse público costuma ser estimulado pela falta de
conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa
parte, pelo preconceito trazido de casa.
De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de
Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem
negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao educador estabelecer
limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio
da conscientização e do esclarecimento.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying.
Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos
conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimar o outro é desatar os nós da
tensão por meio do diálogo. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o
direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores
oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente os que têm deficiência,
se desenvolvam. Com respeito e harmonia.
16. Como deve ser uma conversa com os pais dos alunos envolvidos no
bullying?
É preciso mediar a conversa e evitar o tom de acusação de ambos os lados.
Esse tipo de abordagem não mostra como o outro se sente ao sofrer bullying. Deve
ser sinalizado aos pais que alguns comentários simples, que julgam inofensivos e
divertidos, são carregados de ideias preconceituosas.
''O ideal é que a questão da reparação da violência passe por um acordo
conjunto entre os envolvidos, no qual todos consigam enxergar em que ponto o alvo
foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito'' explica Telma Vinha,
professora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Muitas vezes, a escola trata de forma inadequada os casos relatados por pais
e alunos, responsabilizando a família pelo problema. É papel dos educadores sempre
dialogar com os pais sobre os conflitos - seja o filho alvo ou autor do bullying, pois
ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.

17. O que fazer em casos extremos de bullying?


A primeira ação deve ser mostrar aos envolvidos que a escola não tolera
determinado tipo de conduta e por quê. Nesse encontro, deve-se abordar a questão
da tolerância ao diferente e do respeito por todos, inclusive com os pais dos alunos
envolvidos.
Mais agressões ou ações impulsivas entre os envolvidos podem ser evitadas
com espaços para diálogo. Uma conversa individual com cada um funciona como um
desabafo e é função do educador mostrar que ninguém está desamparado.
''Os alunos e os pais têm a sensação de impotência e a escola não pode
deixálos abandonados. É mais fácil responsabilizar a família, mas isso não contribui
para a resolução de um conflito'', diz Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional
e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
A especialista também aponta que a conversa em conjunto, com todos os
envolvidos, não pode ser feita em tom de acusação. ''Deve-se pensar em maneiras
de mostrar como o alvo do bullying se sente com a agressão e chegar a um acordo
em conjunto. E, depois de alguns dias, vale perguntar novamente como está a relação
entre os envolvidos'', explica Telma.
É também essencial que o
trabalho de conscientização seja feito
também com os espectadores do
bullying, aqueles que endossam a
agressão e os que a assistem
passivamente. Sem que a plateia
entenda quão nociva a violência pode
ser, ela se repetirá em outras ocasiões.

18. Bullying na Educação Infantil. É


possível?
Sim, se houver a intenção de
ferir ou humilhar o colega repetidas
vezes. Entre as crianças menores, é
comum que as brigas estejam
relacionadas às disputas de território,
de posse ou de atenção - o que não caracteriza o bullying. No entanto, por exemplo,
se uma criança apresentar alguma particularidade, como não conseguir segurar o xixi,
e os colegas a segregarem por isso ou darem apelidos para ofendê-la
constantemente, trata-se de um caso de bullying.
"Há estudos na Psicologia que afirmam que, por volta dos dois anos de idade,
há uma primeira tomada de consciência de 'quem eu sou', separada de outros objetos,
como a mãe. E perto dos 3 anos, as crianças começam a se identificar como um
indivíduo diferente do outro, sendo possível que uma criança seja alvo ou vítima de
bullying. Essa conduta, porém, será mais frequente num momento em que houver
uma maior relação entre pares, mais cotidiana e estabelecida com os outros'', explica
Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e
coordenadora do curso de pós-graduação As relações interpessoais na escola e a
construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran).

19. Quais são as especificidades para lidar com o bullying na Educação Infantil?
Para evitar o bullying, é preciso que a escola valide os princípios de respeito
desde cedo. É comum que as crianças menores briguem com o argumento de não
gostar uns dos outros, mas o educador precisa apontar que todos devem ser
respeitados, independentemente de se dar bem ou não com uma pessoa, para que
essa idéia não persista durante o desenvolvimento da criança.
Quando o bullying ocorre entre os pequenos, o educador deve ajudar o alvo da
agressão a lidar com a dor trazida pelo conflito. A indignação faz com que a criança
tenha alguma reação. ''Muitas vezes, o professor, em vez de mostrar como resolver a
briga com uma conversa, incentiva a paz sem o senso de injustiça, pois o submisso
não dá trabalho'', ressalta Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
20. O que é bullying virtual ou cyberbullying?
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos,
com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários
virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que dizem e fazem na escola, mas com
o agravante de que as pessoas envolvidas não estão
cara a cara.
Dessa forma, o anonimato pode aumentar a
crueldade dos comentários e das ameaças e os
efeitos podem ser tão graves ou piores. "O autor,
assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos
ou formar novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e
pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas
(Unicamp).
Esse tormento que a agressão pela internet faz com que a criança ou o
adolescente humilhado não se sinta mais seguro em lugar algum, em momento algum.
Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas
(FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos
digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer
amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."

21. Como lidar com o cyberbullying?


Mesmo virtual, o cyberbulling precisa receber o mesmo cuidado preventivo do
bullying e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada para se evitar a
agressão na internet. Trabalhar com a ideia de que nem sempre se consegue tirar do
ar aquilo que foi para a rede dá à turma a noção de como as piadas ou as provocações
não são inofensivas. ''O que chamam de brincadeira pode destruir a vida do outro. É
também responsabilidade da escola abrir espaço para se discutir o fenômeno'', afirma
Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Caso o bullying ocorra, é preciso deixar evidente para crianças e adolescentes
que eles podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre os casos sem
medo de represálias, como a proibição de redes sociais ou celulares, uma vez que
terão a certeza de que vão encontrar ajuda. ''Mas, muitas vezes, as crianças não
recorrem aos adultos porque acham que o problema só vai piorar com a intervenção
punitiva'', explica a especialista.

PUBLICO ALVO:
Alunos, professores colegas de sala, colegas de escola, colegas de trabalho e toda
a comunidade escolar.
Observações: Elabore um cronograma com as datas e as atividades que serão
realizadas. Mobilize toda a escola para aplicação deste projeto. Convite os alunos a
criarem cartazes outdoor, postagens e etc.

SUGESTÃO PARA APRESENTAÇÃO DOS FILMES SOBRE O TEMA DO


PROJETO.
Segue uma relação de filmes que podem ser utilizados na escola, com a finalidade de se
discutir as questões voltadas para a violência no espaço escolar e as diferenças culturais e
sociais. Antes de passar os filmes, como orientação pedagógica sugerimos o seguinte:

• Assista ao filme antes e veja as possibilidades de adaptação ao currículo e a


proposta de trabalho que você deseja realizar.
• Elabore questões antes de passar o filme, para que os alunos já assistam ao
filme com um olhar direcionado.
• Planeje possíveis pausas durante a exibição para fazer comentários e focar a
atenção nas questões que você deseja trabalhar.
• Assista ao filme antes de passar para a classe, buscando detalhes, cenas,
diálogos que servirão para uma discussão e um debate no final da exibição.
• É fundamental, observar a indicação da faixa etária.

Pare o filme e solicite que os alunos elaborem uma redação/discussão/debate sobre qual será
a atitude do personagem em uma determinada cena. Depois Volte para o filme. É uma boa
atividade para se trabalhar valores e crenças e como cada um de nós reagimos ou reagiríamos
em determinadas situações.

Um Grande Garoto

Will Freeman (Hugh Grant) é um homem na faixa dos


trinta anos metido a galã que inventa ter um filho apenas para
poder ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a oportunidade
de conhecer mães também solteiras. Will sempre segue a
mesma tática: vive com elas um rápido romance e quando elas
começam a falar em compromisso ele acaba o namoro. Até
que, em um de seus relacionamentos, Will conhece o jovem
Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos que é
completamente o seu oposto e tem muitos problemas em casa
e na escola. Com o tempo Will e Marcus se envolvem cada vez
mais, aprendendo que um pode ensinar muito ao outro.

Como Estrelas Na Terra

'Como Estrelas na Terra' conta a história de uma criança


que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan
Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no
sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.
Este filme fala sobre o modo como a arte e a educação são
importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de
uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua
felicidade, independente do
problema ou desvio que tiver.

Mary e Max – Uma Amizade Diferente

Uma história de amizade entre duas pessoas muito


diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina
gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de
Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour
Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive
com Síndrome de Asperger no caos de Nova York.
Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos
altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo,
de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança,
diferenças religiosas e muito mais

Lucas / Um Intruso no Formigueiro

Lucas é um menino que não tem amigos e é


gozado por valentões por ser pequeno e desfruta
isso afogando um formigueiro. Mas tem um dia em
que as formigas fazem com que Lucas fique do
tamanho de uma delas e ele é julgado a virar uma
formiga. Mas ele tem que salvar seus amigos insetos
do exterminador Stan Beals

O Galinho Chicken Little

Na cidade de Oakey Oaks, Chicken Little toca o sinal


do colégio e manda que todos "corram por suas vidas"!.
Toda a cidade fica em pânico. Por fim, todos se acalmam
para perguntar ao galinho o que há de errado. Ele sofre
Bullying na Escola.
Bullying

Jordi é um adolescente que perdeu


recentemente seu pai e que, junto à sua mãe, decide
mudar de cidade para começar uma nova vida. Em
princípio tudo parece bem, mas o destino reservado
para ele será uma terrível surpresa já que quando
Jordi passar pelo portão da nova escola, cruzará sem
saber a tenebrosa fronteira de um novo inferno.

Pro Dia Nascer Feliz

Documentário que mostra diferentes realidades de


estudantes de classes sociais distintas de três estados do
Brasil. um filme bem feito e oportuno sobre o tema
Sugestões de Livros para professores e alunos

Livro: Um peixe de calça jeans


Autor: Allan Pitz
Editora: Livro Novo

Em Um Peixe de Calças Jeans, a teoria


subconsciente é usada para o bem mais pacífico e
precioso de todos: o amor fraterno de nossas
crianças. A paz e a união incondicional entre as
pessoas. A proposta maior deste livro é ajudar na
diminuição da ocorrência de bullying (repetidas
agressões psicológicas e/ou físicas) não só nas
escolas, preparando o futuro cidadão de bem para as
diferenças que o mundo oferece, construindo uma
nova geração mais fraterna, livre dos bloqueios
preconceituosos gradativamente impostos.

Hugo e a Gangue dos Sapos

Francesca Simon - Ilustração: Caroline Jayne Church

Hugo odeia ser maltratado pela malvada gangue


dos sapos, mas o que ele pode fazer? Ele é apenas um
pequeno sapinho com um coaxado bem baixinho. Só
que o pato teve uma grande ideia para dar aos sapos
uma boa lição! Será que Hugo aprenderá a se defender
sozinho?
O Touro e o Porquinho
Nana Toledo – Ilustração: Guilherme Karsten

Na fazenda do seu Deodato vivem


muitos bichinhos, inclusive um touro valente e
um porquinho que vive sujo de lama. Os dois
sofrem com os comentários irônicos que
outros bichos costumam fazer pelo jeito de ser
deles. Mas a Dona Pata, vendo os colegas tão
tristes com aquela situação, resolve ajudar.
Com os bons conselhos de sua nova amiga, o
touro e o porquinho voltar a sorrir e
surpreendem a todos na fazenda.

As Cores da Zebra
Nana Toledo – Ilustração: Guilherme Karsten

A zebra não sabe ao certo a sua cor, por isso os


animais da selva adoram zombar dela. A onça vive
fazendo piadas, e o problema é que a maioria dos
animais acha o máximo tudo o que ela faz. Mas a arara e o
macaco branco mudam a situação ao contar para o leão o
que está acontecendo com sua amiga zebra. O rei dos
animais dá uma boa lição na onça e ensina aos outros
animais a não terem medo de contar para ele qualquer
problema que tiverem
Me Chame pelo Nome
: Nana Toledo – Ilustração: Sole Otero

Há pessoas que adoram dar apelidos para os


amigos. Mas algumas vezes os apelidos podem ser de
mau gosto ou até preconceituosos. Ana Clara sabe
muito bem disso e só chama os outros pelo nome ou
pelos apelidos que eles gostam de ser chamados.
Nesta história cativante, Ana Clara nos ensina uma
ótima lição sobre respeito e amizade.

A Mensagem de Augusto
Nana Toledo – Ilustração: Sole Otero

Augusto estava animado com o início do ano, pois


ele iria estudar em uma nova escola. Mas quando as
aulas iniciam, o menino começa a chegar em casa cada
vez mais triste e cabisbaixo. Os pais de Augusto não
sabem que seu filho não quer mais ir à escola por causa
das ameaças de uns garotos valentões. Mas assim que
a mãe de Augusto descobre o problema de seu filho, ela
e o pai do menino resolvem conversar com a diretora da
escola. Assim, Augusto descobre que o problema
poderia estar resolvido desde o começo e de forma bem
simples, se ele tivesse conversado com seus pais
O Príncipe Ranieri
Nana Toledo – Ilustração: Sole Otero

O príncipe Ranieri adora pedir ao rei os


presentes mais difíceis de conseguir. Ele não
respeita ninguém e sempre implica com Rufinus,
um garoto humilde de seu reino. Ranieri faz muitas
maldades, mas na realidade tudo que ele deseja é
um pouco da atenção de seu pai, que está sempre
ocupado. Felizmente, o rei Herculano acaba
percebendo que além de cuidar do reino, também
é muito importante cuidar da família.

O livro: Gorda ou Magra Abracadabra resume; com


uma linguagem rica e voltada, principalmente, para o
público infantil; a história de duas bruxinhas muito
atrapalhadas que resolvem, pela primeira vez, fazer
uma boa ação. Porém, esta não era uma tarefa tão
fácil como elas pensavam, após inúmeras tentativas
de encontrar a pessoa ou "vítima" perfeita elas
conhecem duas garotinhas que não estão nada
satisfeitas consigo mesmas. A partir daí, momentos
memoráveis começam a acontecer e através de um
toque humorístico, digno de aplausos, a história se
desenrola e um tema nem um pouco irreal começa a
ser trabalhado: o Bullying. Esse livro é uma ótima
alternativa para que seja contextualizado, em sala de
aula, este tema; já que a história leva-nos a uma
reflexão do cotidiano de todos, promovendo uma
maior interação entre alunos e professores

BULLYING NA ESCOLA - AGRESSÃO VERBAL


Bernardo é um menino estudioso e gago.
Quando passa para o segundo ano primário,
começa a sofrer com os deboches de alguns
colegas. Mas tudo melhora quando ele resolve
reagir e contar o que estava acontecendo para a
professora

Observação este material existe vários temas na


mesma coleção, o professor pode utilizar conforme
a necessidade de trabalho no momento

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA, de Valeria Rezende da


Silva. O livro trata o bullying de maneira prática e realista,
trazendo uma abordagem clara e compreensível. Vem recheado
de depoimentos reais que ilustram cada tópico relacionado ao
bullying. Pretende provocar uma reflexão sobre o assunto,
conscientizar pais e educadores e desencadear ações em toda
a sociedade para minimizar o bullying em nossas escolas.

DOR DE GARGANTA, de Ana Letícia Leal, relata a história de Ludmila, uma


estudante de psicologia que se dedica a pesquisar e entender os mecanismos do
fenômeno bullying, através do estudo de caso de um jovem vitimado pelo preconceito
racial.

No texto de Cris Amorim, TAMANHO G, conhecemos Giselle, uma


estudante acima do peso que vivencia o bullying na escola e é triste expectadora da
violência sofrida por outros colegas. Giselle suplanta tudo isso com o apoio de
amigos verdadeiros, que promovem sua autoestima e a aceitação das diferenças. Ela
vivencia também a implantação de medidas antibullying em sua escola.

Já Edna Bueno, em POIS É, LÁ VOU EU, dá vida à personagem Tatiana,


portadora de necessidades especiais e alvo de bullying. Ela transpõe barreiras com o
apoio da escola, dos colegas e do amor incondicional de sua família.

TUDO POR VOCÊ, de Georgina Martins, conta a história de Rafael, que sofre
agressão física pelo fato de ser homossexual, mas supera as adversidades através
do apoio de amigos e da professora que ensina o verdadeiro significado do respeito.

Em DAVI, Márcia Cristina Silva cria a emocionante história do menino, vítima


de bullying, por conta de sua aparência fora dos padrões convencionais de beleza,
que supera a rejeição através do esporte, do apoio de verdadeiros amigos e de seu
professor.
Três Contra Um, de Rosângela Vieira Rocha
“Gabriel é um menino nascido na roça, que vai
morar na cidade para estudar. Ele e o irmão passam
a semana sozinhos com a mãe, enquanto o pai só
vem vê-los aos domingos, pois não pode largar o
sítio onde obtém o sustento da família. Tudo daria
certo se ele não fosse perseguido na escola por três
colegas, que fazem de tudo para dificultar a sua vida
e torná-la quase impossível.” O livro apresenta uma
situação clara de bullying e Gabriel reage de
maneira típica: tenta esconder o que está passando,
evita a escola. Ao final, com o conhecimento dos
pais, a escola toma uma atitude. Vale a pena
conferir!

ATIVIDADES SUGERIDAS
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O LIVRO
TRÊS CONTRA UM
Texto: Rosângela Vieira Rocha - Ilustrações: Neli Aquino
16p. – 4 cores – 17x25cm

Gabriel é um menino que, nascido na roça, vai morar na cidade para estudar.
Ele e o irmão passam a semana sozinhos com a mãe, enquanto o pai só vem vê-los
nos finais de semana, pois não pode largar o sítio, onde planta legumes, verduras e
flores para vender. Tudo daria certo se ele não fosse perseguido na escola por três
colegas, que fazem tudo para dificultar a sua vida.
Temas abordados: preconceito, violência, bullying (perseguição física e psicológica),
papel da escola na coibição da prática do bullying, amizade entre irmãos,
comportamento dos pais.
Temas transversais: Ética: respeito à diversidade das pessoas, generosidade,
fraternidade.
• A personagem principal, Gabriel, é um menino que nasceu e viveu alguns anos
na área rural. Converse com as crianças sobre a importância do amor à
natureza e o respeito aos sitiantes.
• Que histórias sobre a roça eles conhecem?
• Já viram plantações? De quê?
• Se não fossem os produtores rurais, de onde sairiam nossos alimentos?
Discuta sua função na economia do país.
• Converse com os alunos sobre preconceitos e formas de violência.
• Que preconceitos existem? Por que razões? Discuta-os.
• Qual foi a atitude de Mariana, a menina de quem Gabriel gosta? Ela é
preconceituosa?
• Que papel o irmão caçula de Gabriel, Ronaldo, desempenha na história? Como
a escola enfrentou o problema do bullying? A atuação da diretoria e dos
professores foi decisiva para a solução do problema?
• Discuta a atitude do trio que perseguiu Gabriel. Por que eles agiram assim? O
que leva alunos a perseguirem colegas? Como fazer para extinguir esse tipo
de comportamento?
• Converse com os alunos sobre o valor da amizade, do coleguismo e mostre de
que maneira expressões como "menino da roça" são carregadas de
preconceito. Quais as diferenças existentes entre nascer na roça e nascer na
cidade?

TEXTOS QUE PODEM AUXILIAR SEU TRABALHO, PROFESSOR:


- ROCHA, Rosângela Vieira. A festa de Tati. Franco Editora
- ROCHA, Rosângela Vieira. Janaína, a bailarina. Franco Editora
- ROCHA, Rosângela Vieira. O vestido da condessa. Franco Editora
- VASQUES, Marciano. Rufina. Franco Editora

A Editora Ática acaba de lançar o mais novo livro


da Coleção Todos Juntos, de Walcyr Carrasco. ‘Laís, a
fofinha’ trata, de maneira sutil e adequada às crianças,
temas atuais e preocupantes como autoestima, bullying e
obesidade infantil, por meio da história de uma menina

Antes Que Eu Vá (Lauren Oliver) – O livro conta


a história de Sam, uma menina mega popular que não se
gordinha que sofre com gozações e apelidos dos colegas
da escola. De tanto ouvir as outras crianças a chamarem
de gorda, Laís acaba acreditando que é feia e se fecha em
sua tristeza. Mas quando surge a oportunidade de realizar
o sonho de ser atriz, a menina precisa de coragem para
se aceitar como é.

Bullying: o Que Você Precisa Saber (Lélio Braga Calhau) -


Com esse livro, o leitor terá em mãos um material complete sobre
o tema, com discussões atuais e inovadoras. É um guia complete
de identificação, prevenção e repressão dessa forma de violência.
Valentões, fofoqueiros e falsos amigos:torne-se à prova
de bullying (J. Alexander) Esse livro, voltado para um público mais
jovem, foge do comum! Ele traz diversas ilustrações e testes que
despertam a curiosidade dos leitores! Além disso, ensina formas
de se fortalecer e “criar um escudo à prova de bullying”.período

MODELO DE MAPA CONCIETUAL BULLYNG


PLANOS DE AULA PARA TRABALHAR O BULLYING PARA CRIANÇAS Sugestão
1

DIGA NÂO AO BULLYING!!!

OBJETIVOS:
# Refletir sobre os valores;
# Refletir sobre o Bullying ( tão presente hoje
nas salas de aula )
# Despertar o senso crítico sobre o mal
causado pelo preconceito
# Despertar para a valorização de si e dos
outros colegas.

RECURSOS UTILIZADOS :
_ Cópias do texto : EU E O ESPELHO
_ História : O PATINHO FEIO e/ou o VÍDEO
_ Levar para a sala um espelho
_ DINÃMICA DO ESPELHO

ESTRATÉGIAS
Atividade 1
# Motivar os alunos (vocês devem pensar em alguém que lhes seja de grande
significado)
# Utilização da DINÂMICA “”O ESPELHO “”Participantes: 10 a 30 pessoas

MATERIAL: Um espelho escondido dentro de uma caixa, de modo que ao abri-la o


integrante veja seu próprio reflexo.

Descrição: O coordenador motiva o grupo:


"Cada um pense em alguém que lhe seja de grande significado. Uma pessoa
muito importante para você, a quem gostaria de dedicar a maior atenção em todos os
momentos, alguém que você ama de verdade... com quem estabeleceu íntima
comunhão... que merece todo seu cuidado, com quem está sintonizado
permanentemente... Entre em contato com esta pessoa, com os motivos que a tornam
tão amada por você, que fazem dela o grande sentido da sua vida..." Deve ser
criado um ambiente que propicie momentos individuais de reflexão, inclusive com o
auxílio de alguma música de meditação. Após estes momentos de reflexão, o
coordenador deve continuar: "...
Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa que é o
grande significado de sua vida”. Em seguida, o coordenador orienta para que os
integrantes se dirijam ao local onde está a caixa (um por vez).
Todos devem olhar o conteúdo e voltar silenciosamente para seu lugar,
continuando a reflexão sem se comunicar com os demais. Finalmente é aberto o
debate para que todos partilhem seus sentimentos, suas reflexões e conclusões
sobre esta pessoa tão especial. É importante debater sobre os objetivos da
dinâmica.

Atividade 2

1. EXPOSIÇÃO DO VÍDEO DO YOUTUBE: O PATINHO FEIO

Na história do patinho feio, o autor descreve um


universo de agressividade, desdém, preconceito e
intolerância, que um ser vive constantemente diminuído, por
não conhecer sua essência, sua beleza própria e sua verdade
interior. Por ser diferente dos outros de sua espécie o patinho
é desacreditado, colocado ao ridículo, perde a autoconfiança
e suas perspectiva de futuro são destruídas.
Na vida real, comparando a história do patinho, com as
diferenças, o preconceito de cor, gênero, credo ou classe
social
seja em casa, seja na escola Chalita diz que temos a responsabilidade e o dever de
orientar nossas crianças e jovens, para a aceitação do outro, para a compreensão de
que condutas preconceituosas ou intolerantes só colaboram para a degradação das
relações e para o desentendimento entre as pessoas.

DEBATE SOBRE O VÍDEO (Palavra Facultada )


LEITURA COLETIVA DO TEXTO “EU E O ESPELHO “

“EU E O ESPELHO “
Um homem muito desanimado entrou na igreja, ajoelhou-se e falou com Deus:
- Senhor, aqui estou porque nas igrejas não há espelhos. Sou feio e nunca me
senti satisfeito com a minha aparência.
Subitamente uma folha de papel caiu aos pés dele, vinha do alto do templo.
Atônito ele a apanhou e viu a seguinte mensagem:
“A feiura é invenção dos homens e não minha.
Não importa se os braços são longos ou
curtos. Sua função é o desempenho do trabalho
honesto.
Não importa se as mãos são delicadas ou
grosseiras. Sua função é dar e receber o bem.
Não importa a aparência dos pés. Sua função
é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa se a cabeça tem ou não cabelo,
mas sim os pensamentos que passam por ela.
Não importa a cor dos olhos. O que importa é
que eles vejam o valor da vida.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativo. O que importa são as
palavras que saem dela.
Atônito o homem foi saindo da igreja e na porta de vidro viu o seu reflexo E ali
estava escrito: Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se que em tudo
que existe escrito sobre mim, não há uma única linha dizendo que sou bonito. Olhe-
se no espelho e veja a beleza que há dentro de você.
REFLEXÂO (Comentários dos alunos) e elaboração de cartaz desenho, frase
texto sobre o tema respeitando as diferenças, enfatizar que cada um teme suas
características e deve ser respeitado como pessoa, independente de sexo,
etnia ou crença;
Avaliação foi contínua, observando a participação dos alunos : interatividade,
motivação, criatividade, interesse e aprendizagem.
SUGESTÃO 2

BULLYING: ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR

Faixa etária: após 3º ano


A Violência no contexto escolar tem sido discutida de
muitas formas. Percebemos que a cada dia os casos
de agressões verbais e físicas têm aumentado
gradativamente na escola.
O que fazer?
Como discutir com os alunos certas questões?
Quais atividades podem facilitar a reflexão sobre a violência escolar?
Falar teoricamente o que é Bullying é importante, porém melhor do que a teoria é
proporcionar a reflexão sobre a realidade

Objetivo: Promover a discussões, reflexões e a escuta sobre a Violência no Espaço


Escolar. Discutir possíveis possibilidades de ações contra o bullying incentivando a
troca de experiências e o diálogo.

Metodologia:
Leitura e Discussão do Texto: O Diário de Davi Satil: Uma vítima de Bullying Veja o
texto neste link: http://silvanosulzarty.blogspot.com/2011/04/o-diario-de-deviduma-
vitima-de-bullig.html

Questões, que podem ser discutidas após a leitura do texto com a turma.

1. Na escola, fazemos amigos, brincamos, estudamos e criamos laços afetivos. O


que a escola representa para você?
2. O que Davi sentia ao ir para a escola? Explique os motivos que estavam
contribuindo para que ele desejasse mudar de escola?
3. Que tipo de Violência acontecia com Davi? Você já passou por situações
semelhantes? Quais?
4. Qual a importância do diálogo entre pais x filhos, alunos x professores?
5. Em grupo elabore sugestões para ajudar Davi a superar o Bullying, baseado
nos sentimentos e questões que ele escreveu em seu diário.
6. Como a professora poderia ajudar Davi? Elabore junto com seus colegas uma
resposta no lugar da professora.

Sugestões:

• Após a leitura do texto, incentive a turma a produzir um texto em forma de


diário relatando alguma vivência sobre violência no Espaço Escolar. Eles
podem narrar senas do cotidiano da escola, além de também poderem
expressar seus sentimentos e opiniões.

• Divida a turma em grupos e solicite uma dramatização, propondo uma


sugestão contra o Bullyng. Poste um comentário abaixo, sugerindo outras
atividades a partir deste texto. Se desejar elabore perguntas com seus alunos
sobre bullying e envie para mim que terei prazer em respondê-las.

Conte a história, fale sobre o que é um diário e sua utilização .


O Diário de Davi Satil: uma Vítima de Bullying
Não sei o que acontece, as vezes me acho diferente dos meus colegas, queria
sumir, me esconder dentro de um baú, e de lá não sair tão cedo, sinto uma dor, e doi
mais quando penso, que amanhã terei que voltar lá outra vez e encontrarei aqueles
meninos. Às vezes eu me sinto tão só, mesmo tendo muita gente por perto de mim.
Fico com medo de chegar na escola, pegar o transporte e ter que ouvir aquelas
palavras. Tudo isso é tão doloroso, que parece que estão espremendo o meu
coração...fico sem letras e palavras para escrever.
Minha mãe, diz que eu tenho que falar tudo para ela, mas para que falar?
Preciso de ajuda querido diário. Ela não tem tempo para mim. Como um menino de
13 anos, fica assim? Tristonho, moribundo e com medo. Se eu fosse forte e alto, quem
sabe as coisas seriam diferentes. Sou meio gordinho e o médico diz que tenho que
fazer regime. Regime é uma lista enorme de coisas que te proíbem de comer. Eu não
como muito, só gosto de chocolate, torna de maçã, refrigerante, e minha sobremesa
preferida é pudim. Na lista do regime, sou proibido de comer tudo isso.
Na semana passada, o Pedro e o Daniel tomaram meu lanche. Fiquei com tanta
raiva, que se eu pudesse fazia eles sumirem no mapa. Mas tem também as gêmeas
lá da sala, que ficam me chamando de Baleia Orca, eu até fui no Google ver como era
essa tal Orca, e não acho que pareço muito com elas não. As Orcas são chamadas
de baleias assassinas e chegam a pesar nove toneladas. Eu só peso 78 quilos, é
pouco considerado o peso das Orcas.
Já pedir para a minha mãe, me tirar desta escola, mas fico com medo de na
outra escola, tudo se repetir, e tem uma outra coisa, gosto muito da professora e no
recreio, pois vou sempre para a sala de leitura e fico lá, pelo menos ninguém fica me
perturbando. Queria ser diferente do que sou, quem sabe assim eles me aceitariam.
O João é o único que não me provoca, ele é meu melhor amigo. Ser diferente é
errado? O que faço para que eles parem de me perseguir? A professora as vezes ver
tudo o que acontece, reclama e fala com todo mundo, mas no outro dia começa tudo
de novo. Não posso ficar chorando assim.
Já inventei que estava me sentido mal para não ir à escola, sei que isso é errado,
mas o que faço? Fico desanimado, e vejo que se a situação agravar, não irei ser mas
advogado, pois tirei uma nota ruim em matemática, pois estava chateado. Os meninos
logo na chegada me perguntaram sobre o lanche de hoje. Qual seria o cardápio? Um
dia eles me pagam, quando eu for advogado, eles vão ver.
Já olhei tudo, para ser advogado eu tenho que fazer uma prova chamada de
vestibular. Caso eu passe vou ingressar na Faculdade de Direito. Vamos ver se com
as leis eles vão brincar. Já até sonhei com tudo isso. Pensar que eles vão ser punidos
me alegra.
Mas sabe de uma coisa? Amanhã irei entregar esta folha do diário a professora
e pedir para ela só ler quando chegar em casa. Ela pode me ajudar a ser advogado,
e prender logo todo mundo que me faz, me sentir tão diferente e triste assim. Sei que
vai doer, mas não se preocupe, a folha vai e volta, desta forma continuaremos amigos.
Ps: Prezada professora, favor após a leitura me devolver a página do diário, ele vai
agradecer.
Ps 2: Não conte para ninguém o que está escrito aqui. São minhas histórias. Posso
confiar em você?
Ps 3: Você me acha parecido com uma Orca? Tem mais coisas, muito mais, mas o
meu diário ficaria triste se as outras páginas tiverem que sair dele.
Texto Silvano Sulzart

SUGESTÃO 3

BULLYING

ALUNO PODERÁ APRENDER COM ESTA AULA:


• Devera saber que não devemos usar atos e palavras de violência física ou não.
• Que devemos respeitar nos colegas de escola ou de trabalho.

OBSERVAÇÃO DA REALIDADE
• Observação da realidade social, concreta, pelos alunos, a partir de um
tema ou unidade de estudo. As discussões entre os componentes do
grupo e com o professor ajudarão na redação do problema, como uma
síntese desta etapa e que passará a ser a referência para todas as outras

• Iniciar a aula com a apresentação de uma charge e perguntar aos alunos


se eles acham certo a atitude que as meninas estao tomando contra o
menino?

FONTE: wwwpluralidadecultural1.blogspot.com/2009/11/charge-bullying.html
• Perguntar tambem se eles ja passaram por alguma cena parecida?
Onde que eles sofreram o bullying?

Pontos chaves:

• Os estudantes são levados a refletir primeiramente sobre as possíveis causas


da existência do problema em estudo.
• Os estudantes são estimulados a uma nova síntese: a da elaboração dos
pontos essenciais que deverão ser estudados sobre o problema, para
compreende-lo mais profundamente e encontrar formas de interferir na
realidade para soluciona-la ou desencadear passos nessa direção.
• Depois da conversa com os alunos reflitam sobre o tema se já cometeram
alguma atitude de bullying
• Sugerimos ao professor que faça um debate envolvendo todos os alunos para
saber quais as atitudes serão tomadas para acabar com o preconceito e
exclusão de certos alunos na escola!
o O que podemos fazer para evitar o bullying na escola?
o Você já presenciou alguma cena de bullying?
o Em sua casa você já sofreu algum tipo de bullying?

1°passo:
• Sugerimos ao professor que leia um texto explicando realmente o que é bullying
quando é praticado e como é praticado.
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas
as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que
ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter
a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma
relação desigual de forças ou poder.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer
contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade,
família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma
tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou
desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.
Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou
supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os
apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem
com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas”
do agressor.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com
sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de
relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia,
pertencentes à família desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus
membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores
geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de
fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança,
o que os impede de solicitar ajuda.
www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm

2°passo:
• Apresentar um vídeo falando um pouco de bullying.
• Perguntar aos alunos se eles aprenderam o que é bullying? Quando estão
sofrendo bullying?
FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=EmgxeUh7GmA&feature=player_embedded

3°passo:
• Passar algumas atividades relacionadas ao bullying.
• Sugerimos ao professor que peça aos alunos que pesquise imagem que
mostram atitudes de bullying para fazer cartazes e colocar no mural da escola.
Para conscientizar todos da escola.
4°passo:
• Passar uma historinha para os alunos se conscientizarem terem cuidado ao
mexer em sites de relacionamento.

• Elaborar propostas de superação do problema.


• Fazer uma reflexão sobre o assunto.
o Conscientizar os colegas a não praticar a violência física ou emocional
o Não mais zombar ou cometer algum insulto. . o Fazer uns cartazes com
imagens de algumas cenas que mostrem bullying, por exemplo:
Ações sobre a realidade, que devemos ser tomadas, executadas ou encaminhadas.
Compromisso dos alunos com o seu meio, o que fazer, como, em que condições,
com que estratégias, com que recursos, para obter que efeitos, com que finalidade e
para beneficiar a quem?

SUGESTÃO 4

RECONCEITO E BULLYING

Tema
Solidariedade
Diálogo
Respeito mútuo
Justiça
O aluno poderá aprender com esta aula
1. Conceituar e diferenciar os termos preconceito e bullying.
2. Identificar exemplos de atitudes preconceituosas e de bullying no contexto
escolar. 3. Reconhecer os prejuízos que as condutas preconceituosas e de
bullying geram na vida dos alunos e para o convívio grupal.
4. Perceber que a coletividade é importante para um bom convívio social e que as
formas de preconceito e de exclusão prejudicam esse convívio.

É facilitador para o desenvolvimento da aula que os alunos já tenham discutido


ideias e exemplos referentes às atitudes preconceituosas ocorridas em diferentes
contextos sociais.

1ª ATIVIDADE:

Dando início à aula, o professor deverá anunciar aos alunos que irão trabalhar
com temas polêmicos, mas muito presentes em várias situações do dia a dia e que
ocorrem em diferentes espaços sociais: o preconceito e o bullying. Para isto,
primeiramente, o professor apresentará duas palavras no quadro: PRECONCEITO e
BULLYING, formando duas colunas.
Em seguida, entregará para alguns alunos fichas contendo afirmações
relacionadas aos temas, misturadas aleatoriamente. Um aluno de cada vez deverá
ler o que está na ficha recebida e, juntamente com os colegas, deverão decidir em
qual coluna esta ficha será colocada ou se poderá corresponder às duas colunas ao
mesmo tempo, justificando-as.
Neste momento, deverão contar também com a mediação do professor.

Sugestão de afirmações relativas ao tema Preconceito:

“É um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude


discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições consideradas diferentes ou
‘estranhos’. As formas mais comuns são relacionadas aos aspectos: social, racial e
sexual”.

“Refere-se a opiniões ou atitudes partilhadas por membros de um grupo acerca de


outro, baseadas mais em rumores do que em provas claras, em opiniões que resistem
à mudança mesmo face a novas informações”.

“De modo geral, o seu ponto de partida é uma generalização superficial, como por
exemplo: ‘todos os norte-americanos são arrogantes’, ‘homem que é homem não
chora’, 'todas as mulheres loiras são burras', 'toda mulher dirige mal'.

“Refere-se a não aceitação das diferenças”.


“Observação de características comuns a um grupo de forma agressiva ou
discriminatória”.
“É uma postura ou ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que
foge dos “padrões” de uma sociedade.”

“Leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado


unicamente nas aparências e na empatia.”

“É uma generalização superficial, chamada ‘estereótipo’.”


Sugestão de afirmações relativas ao tema Bullying:

“Se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira


repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.”

“Ameaça. Tirania.”

“Opressão. Intimidação.”

“Humilhação. Maltrato.”

"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo."

“Pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias,


vizinhança e locais de trabalho.”

“O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar
emocional e fisicamente o alvo da ofensa.”

“Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e


adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas
podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que
influencie traços da personalidade.”

“Chega a afetar o estado emocional do jovem de tal


maneira que ele opte por soluções trágicas, como o
suicídio.”

Para ambos os termos:


“A forma como as sociedades foram se formando e se estruturando contribuíram
para a sua criação e manutenção”.

“Pode ser provocado por indivíduos e por instituições”.

“Pode ocorrer no espaço virtual”

2ª ATIVIDADE:
Assistir com os alunos uma apresentação em Power Point do livro:
KLEIN, Cristina. Bullying na Escola – Também Quero Brincar! Blu Editora. 2011.
Após realizar comentários referente ao livro introduzindo à realidade da escola.
3ª ATIVIDADE:
Desenvolver um questionário com os(as) alunos(a):
1 – O que você gosta em você?
2 – O que você acha que os outros gostam em você?
3 – O que você não gosta em você?
4 – O que você acha que os outros não gostam em você? Isso é um “defeito”ou
somente uma característica sua como ser humano?
5 – Você já foi excluído ou ofendido por alguém ou por um grupo devido a essa sua
característica humana?
6_ Se não, como você se sentiria se fosse excluído ou ofendido por causa dessa sua
característica humana?
Fazer leitura das respostas e comentários.

4ª ATIVIDADE:
Distribuir a turma em 6 grupos. Com um pedaço de papel para cada grupo, onde
desenharão, predeterminado, uma parte do corpo humano e recortarão. Após, na
sala, montar o boneco, fazendo os questionamentos a seguir:
1. O desenho foi feito com amor e cuidado ou de qualquer jeito?
2. Mesmo fazendo com cuidado e amor, o boneco ficou perfeito?
3. Mesmo nossas famílias nos terem criado com amor e cuidados, ficamos
perfeitos?
4. Relacionar o ser humano com o boneco
Para finalizar, cada um desenhará ou escreverá, dentro do boneco, o que entendeu
sobre o preconceito e o bullying.

SUGESTÃO 5

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA!

O aluno poderá aprender com esta aula:


Adotar atitudes de respeito com o próximo. Perceber a importância de ter um
bom convívio social, de conhecer valores e regras. A aula pretende esclarecer: O que
significa bullying. De que maneiras o bullying pode acontecer na escola. Quais são as
conseqüências de quem pratica e de quem sofre bullying na escola. Como colaborar
com a escola para que este problema seja superado.

Para contextualizar o assunto, o professor (a) poderá elaborar


previamente pequenas cenas que expressem ações de bullying na escola. Na
forma de dramatização, os alunos separados em grupos, terão que representar
para toda a turma as cenas descritas pelo professor (a). Neste momento não há
necessidade de apresentar o conceito "bullying" ainda, pois o objetivo é
promover uma discussão e reflexão acerca dos atos de violência, humilhação e
perseguição ocorridas no cotidiano escolar.
Após as apresentações, o professor (a) poderá levantar
alguns questionamentos:
• Essas atitudes são comuns em nossa escola?
• Alguém já presenciou alguma cena como essa, seja em sala de aula, no pátio,
ou no recreio?
• Como isso aconteceu?
• Alguém já foi vítima de ações como está em nossa escola?

A partir deste momento o professor (a) poderá apresentar o termo BULLYING.


Explicando o significado deste termo. Segue sugestão de conceituação da
palavra:
Para significar o conceito de Bullying o professor (a) poderá criar uma tabela
no quadro negro, evidenciando todas as palavras que representam o termo
Bullying:
Poderá solicitar ainda que os alunos completem essa tabela sugerindo termos
que eles acreditam representar bullying na escola.
Neste momento outros questionamentos devem ser elaborados sobre Bullying, o
professor poderá previamente apontar algumas questões, mas é importante que os
alunos também participem da construção destas questões que deverão ser
trabalhadas na instrumentalização. Abaixo algumas sugestões:
• O que significa Bullying?
• O que significa ser vítima de bullying?
• O que significa ser agressor (aquele que pratica bullying)?
• O que significa ser testemunha do bullying?
• Quais os tipos de bullying existentes na escola?
• O que fazer para não ser vítima desse tipo de violência?
• Como ajudar meus colegas e minha escola a superar este problema?
O professor (a) apresentará para a turma imagens que representam bullying na escola
(sugerimos utilizar projetor multimídia):
Solicitar que cada aluno selecione uma figura (um caso de bullying) e
construa um texto (frase) ilustrando aquela situação. Esta atividade
possibilitará ao professor identificar como cada aluno compreende o assunto
em questão.
Sugerimos que os alunos, divididos em grupos, criem cartazes que ilustrem as
situações de bullying na escola. Bem como, frases que retratam o tema. Cada grupo
poderá ilustrar uma situação, seja de vítima, do agressor, testemunha, etc. Esses
cartazes poderão ficar em exposição em sala de aula, ou espalhados por toda a
escola.
A prática social final pretende evidenciar uma nova postura do aluno diante a
situação a qual se depara. Neste caso, sugerimos que seja elaborado com a turma
um plano de ação que especifique, com base no conteúdo trabalhado, o que cada
aluno, ou grupos de alunos, fará em sua prática diária, em seu cotidiano. É um
compromisso assumido pelo aluno, que poderá ocorrer dentro da própria escola,
como também em casa com seus colegas e vizinhos

SUGESTÃO 6

BULLYING NEM PRA MIM E NEM PROS COLEGAS

O aluno poderá aprender com esta aula


Orientar os estudantes sobre o que é bullying e os efeitos do bullying.

FINALIDADE:
Reflexão e Ensinar a lidar com as diferenças pessoais, de modo a garantir a
interação, o respeito à liberdade e a tolerância, princípios estes previstos pela LDB
(Lei nº. 9.394/96). Realizar a interação dos grupos respeitando a individualidade nas
diferenças.

DURAÇÃO DA AULA:
Aula de 60 a 120 minutos, dividindo-a em duas etapas: a primeira, com a
exposição do conceito, breve histórico, formas e efeitos do bullying, e, a segunda,
reflexiva e problematizando a questão em nível de debate, formação de opinião e
propondo trabalho em grupo, com o restante do tempo.
ESTRATÉGIAS E RECURSOS DA AULA:
Professor deve ler artigos, jornais, abordar noticiários, mostrar filmes,
conversar e debater com seus alunos sobre bullying, de forma atrair e despertar o
interesse. Fomentar o comportamento ética.

METODOLOGIA:
Apresentação e explanação dos seguintes tópicos: Conceito, Breve histórico,
Formas de bullying, Efeitos do bullying, Reflexão-Problematização, Avaliação e
Conclusão.

CONCEITO:
Bullying, termo emprestado da língua inglesa, é a prática de intimidação e
assédio moral praticada por um ou mais indivíduos, de forma repetitiva, em face de
uma pessoa que, vitimada, não encontra meios para se defender, gerando diversos
danos psicológicos.
Segundo as lições de Orson Camargo, Mestre em Sociologia pela Universidade
Estadual de Campinas – UNICAMP, o bullying pode ser definido como:
“Todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou
mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou
agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender,
sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.”

BREVE HISTÓRICO:
Acredita-se que a prática do bullying sempre existiu. Entretanto, é nos dias
atuais que o tema vem sendo mais amplamente divulgado, tratado pelos mais diversos
meios de comunicação, sobretudo em decorrência dos efeitos negativos gerados nas
crianças que sofrem do bullying.
Caso histórico e atribuído por alguns autores como a primeira grande
manifestação da prática – e efeitos - do bullying surgiu na Noruega, na década de 80,
quando três crianças suicidaram-se em decorrência dos efeitos do bullying nelas
ocasionados, o que mobilizou o governo Norueguês a incentivar pesquisas acerca
dessa forma peculiar de assédio.
FORMAS DE BULLYING:
Diversas são as formas de bullying. As mais costumeiras são no sentido de
ridicularizar a vítima em decorrência de seus aspectos físicos, no mais das vezes,
tidos pela sociedade como fora dos padrões de beleza. Hoje, a prática do bullying
costuma associar-se à obesidade, deficiências físicas, baixa ou alta estatura, orelhas
de abano, dentre outros.

EFEITOS DO BULLYING:
Os efeitos do bullying são tão graves que, em alguns casos, podem gerar a
evasão escolar, dores de estômago, náuseas, depressão, e até mesmo atingir o nível
mais drástico, com a própria morte da vítima.

REFLEXÃO-PROBLEMATIZAÇÃO:
De acordo com A Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, nos
artigos I e XXVI respectivamente. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos” e que “Todo ser humano tem direito à instrução”.

1) Questionar os alunos se já vivenciaram ou conhecem alguém que já vivenciou a


prática do bullying.
2) Se já foi vivenciado, se procurou ajuda médica, se conversou com os pais ou se
debateu com os professores.
3) Indagar aos alunos o que pode ser feito para reprimir e evitar a prática do bullying.
4) Questionar ao praticante de bullying, como ele reagiria se fosse à vítima.
5) Propor aos alunos que se coloquem no lugar do outro.
6) Propor aos alunos criarem ideias para poder ajudar a acabar com o bullying em salas
de aula.

Fazer cartazes em sulfite, Kraft ou cartolina, em casa ou na sala e fixar na escola


alertando sobre o não a violência e ao bullying
Ao final da aula o aluno deve reconhecer a exclusão e assegurar o acesso
destes na sociedade.
Valorizar os direitos humanos e enfrentamento dos preconceitos, discriminação e da
violência.
CONCLUSÃO: Educadores devem debater esse assunto e que mostrar os efeitos do
bullying, para reflexão e formação de cidadãos, como forma de extirpar esse mal da
sociedade.

SUGESTÃO 7

BULLYING TO FORA

O aluno poderá aprender com esta aula


1. Compreender que determinados apelidos podem prejudicar o aprendizado e o
convívio grupal.
2. Conhecer e analisar depoimentos de crianças e jovens que receberam apelidos
pejorativos, identificando os sentimentos e reações destas pessoas.
3. Listar e compartilhar apelidos que ofendem e causam constrangimento em sala de
aula, verbalizando os sentimentos relacionados a eles.
4. Estabelecer e discutir, de forma conjunta, regras relativas ao uso de apelidos no
contexto escolar.

Duração das atividades 180 MINUTOS OU MAIS

Atividade 1:
Ouvindo história e refletindo...
Para dar início à aula, convide os alunos para ouvir a história
“O apelido de Mariana”, de Cristina Von, que deverá ser lida
em voz alta pelo professor.

Sinopse do livro:
Mariana, a Coelha, Giovana, a Cara de Pizza, Antônio,
Pintor de Rodapé... Apelidos são sempre divertidos para
quem os inventa. Mas serão também divertidos para quem
recebe o apelido? Veja, neste livro, como Mariana lidou com
esta situação.
Referência bibliográfica: VON, Cristina. O Apelido de Mariana. São Paulo: Callis,
2003. Coleção Moral da História.

Após a leitura da história, abra espaço aos alunos para que comentem sobre o
que sentiram e acharam da história e da forma como Mariana lidou com a situação
relacionada aos apelidos.
Em seguida, pergunte à turma:
1. Vocês acham que apelidos são sempre divertidos para quem os inventa?
2. E para quem recebe o apelido?
3. Será que sempre o apelido que a gente não gosta é o que “pega”?
4. Por que isto acontece?
5. Há apelidos que são usados como forma de carinho, amizade?
6. Quais são eles?
7. E quais apelidos podem gerar mágoas, desconforto, discriminação, inimizade?
Este tipo de apelido pode interferir na aprendizagem e no convívio com os
outros? Por quê?
8. Na escola, vocês costumam dar apelidos aos outros? E também recebem
apelidos?
9. Quando vocês recebem um apelido de que não gostam, o que costumam fazer?
Vocês avaliam que os apelidos utilizados em sala de aula têm prejudicado o
relacionamento da turma?
Professor, este momento é uma rica oportunidade para incentivar a turma a refletir
sobre a necessidade de considerar o ponto de vista do outro, de forma ética e
respeitosa, pois determinados apelidos podem agradar alguns e desagradar outros,
podendo prejudicar o aprendizado e o convívio grupal.

Atividade 2:
Ampliando a reflexão: apelidos para o bem e para o mal?
Para a realização desta atividade, poderão contar com o professor de Língua
Portuguesa, a fim de colaborar com a leitura, interpretação, discussão e sínteses
referentes aos dois textos que tratam do tema proposto.
Peça à turma que se organize em 4 grupos, para que leiam, discutam e registrem
aspectos que consideram mais significativos em relação ao texto lido. Assim, entregue
uma cópia do texto 1 para dois grupos e distribua uma cópia do texto 2 para os demais
grupos.

Sugestão de textos (com adaptações feitas a partir das fontes originais):

Texto 1

PEDRINHA
Rosa Aparecida dos Santos Ferreira

Oi! Meu nome é Mariana, mas prefiro ser chamada de Nina. Estudo em uma
escola que fica aqui no meu bairro. A maioria dos meus amigos mora e estuda aqui
também. Não quero dizer que somos todos iguais; pelo contrário, existem crianças
bem diferentes e isso, às vezes, causa tanta confusão...
Um dia, na hora do recreio, eu estava com meus amigos brincando de bola
queimada e um menino quis brincar com a gente, mas todo mundo foi contra.
Disseram que ele era gordo demais para brincar de bola. Também já fizeram piadas
maldosas com um menino magrinho e com um baixinho de óculos. Bem, todo mundo
é diferente. Mas, acho que quando uma criança é diferente da maioria, em alguma
coisa, ela sofre muito na escola. Você acha isto justo? Eu não. Fiquei muito triste com
este assunto.
Quando cheguei em casa, nem quis almoçar. Fui para uma praça que fica perto
da minha casa. Lá encontrei a tartaruga Pedrinha.
Ela cochilava escondida em um canteiro de flores. Pedrinha se assustou quando eu
coloquei a mão no canteiro e, irritada, me perguntou:
- Você tem um bom motivo para ter me acordado? O que aconteceu?
Respondi logo:
- Nada não, me desculpe.
- Já que me acordou me diga o motivo dessa tristeza. Não suporto ver ninguém triste.
Contei a ela, então, tudo o que aconteceu e o que eu tinha pensando sobre o
assunto. Ela me ouviu calada, como se estivesse relembrando alguma coisa. Olhou
para mim e começou a contar sua história.
Há algum tempo atrás, eu também era muito triste e solitária. Sempre admirei
os pássaros com suas lindas plumagens e seu vôo
tão gracioso no céu. Invejava os pelos macios dos
coelhos, a agilidade dos gatos, a esperteza e o belo
porte dos cães. Mas, quando eu queria brincar com
eles, sempre davam um jeito de me deixar de fora
da brincadeira.
Todos zombavam de mim. Me chamavam de
lerda, cascuda, preguiçosa e de outros apelidos
horríveis. Acontece que eu podia me esconder de todos eles, mas não de mim mesma.
No fundo, eu era a mais malvada comigo, pois me deixava ser maltratada por outros.
Sentia-me feia, incapaz, indesejada e inútil mesmo.
Um dia, nesta mesma praça, estavam todos aqui brincando e, eu como sempre,
fiquei olhando de longe. Foi quando começou a chover tão rápido que não deu tempo
de ninguém escapar. Todos ficaram encharcados dos pés à cabeça. Quer dizer, todos,
menos eu, que estava quentinha e bem protegida. Aquele casco duro e escuro, do
qual todos caçoavam me protegia de tudo, como se fosse uma sombrinha – percebi
que ele fazia parte de mim e estaria comigo onde quer que eu andasse.
A partir desse dia, me senti mais segura, pois meu casco tinha uma boa razão
para existir. Quanto à minha lerdeza, não posso nem quero mudar meu jeito de ser.
Os outros é que devem me aceitar como sou!
Voltei para casa menos triste depois de ter conversado com a Pedrinha, mas
depois pensei que nem sempre as pessoas conseguem se aceitar assim. E tem mais:
não vou dizer que não devemos nos aceitar e também aos outros, mas será que
quando aceitamos o nosso jeito, conseguimos mudá-lo para sermos melhor ou vamos
sempre achar que está bom sermos assim como somos?
Referência bibliográfica: OLIVEIRA, Paula Ramos de. Um mundo de histórias –
textos para começar a filosofar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 55-58 (Texto na
íntegra).

Texto 2
APELIDOS PARA O BEM OU PARA O MAL
Elizangela Wroniski
Colocar apelidos nas pessoas é uma mania nacional e quase ninguém escapa
de ter um, nem que seja o diminutivo do próprio nome. Nenhum outro país usa tanto
os apelidos para batizar seus craques do esporte. Este costume pode refletir carinho
e amizade, mas também gerar mágoas, desconforto e inimizade. Na escola interfere
na aprendizagem e no convívio com os colegas.
É quase impossível encontrar alguém que não tenha apelido. Quando a criança
ganha um nome comprido, os familiares tratam logo de abreviá-lo. Gustavo vira Guto
e Maria Eduarda, Duda. Além de facilitar a pronúncia do nome, de um modo geral, as
famílias acham mais carinhoso chamar a criança pelo apelido.
Mas a substituição do nome também nasce de outras maneiras e fora do convívio
familiar. É comum surgirem apelidos na escola e no ambiente de trabalho. Há os
apelidos que demonstram carinho, mas há os pejorativos, como por exemplo, “marcha
lenta”. Eles acabam criando um clima ruim entre colegas e podem até afetar o
rendimento escolar. Geralmente, estão relacionados a alguma característica física,
comportamental ou a algum fato que tenha ocorrido durante a aula, na hora do recreio
ou em outras situações sociais.
As chances de desagradar quem recebe o apelido é muito grande. O psicólogo
e diretor do Colégio Martinus, Marcos Meier, diz que na instituição devem ser
utilizados apenas apelidos considerados carinhosos por parte de quem os recebe,
como a abreviatura do nome Daniela para Dani. Outros que retratam características
físicas, como “bocão”, devem ser evitados.
O diretor diz que a melhor maneira de se livrar do apelido é falar diretamente
com o colega que inventou o nome e explicar que não gostou. Mas se isto não
resolver, deve procurar ajuda de um professor ou pedagogo. O docente deve ter muito
cuidado e resolver tudo numa conversa particular com os alunos, procurando não
fazer alarde para que a situação não se torne constrangedora.
Atitudes também devem ser tomadas mesmo quando o aluno fala que não liga
ou que não fica chateado com o apelido. A primeira atitude da criança é se isolar no
recreio e da turma. Começa a se atrasar para sair de casa porque sabe que se chegar
na escola e o professor já estiver na sala, não ouvirá gracinhas. Depois a criança
começa a faltar às aulas e isto começa a afetar o seu rendimento e prejudicar o círculo
de amizades.
Geralmente na escola não há uma política específica para combater apelidos
pejorativos. Mas, a instituição deve ter princípios éticos, sendo que um deles é o de
promover o respeito entre as pessoas e, portanto, a criação de um nome desagradável
para alguém fere este princípio.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/214859/ (Texto na íntegra)

Em seguida, cada grupo deverá socializar as discussões realizadas e os aspectos


registrados em relação ao texto lido. Na sequência, pergunte aos alunos:

• O que estes textos têm em comum?


• Qual o tema central abordado pelos autores?

Sugestão de outras perguntas a serem feitas em relação aos textos:

Texto 1:
1. Vocês se identificam mais com a tartaruga Pedrinha ou com os outros animais
que zombavam dela?
2. Se vocês fossem a Pedrinha, o que fariam?
3. O que falariam para os outros animais?
4. Vocês já vivenciaram situações parecidas com a de Pedrinha?
5. Vocês concordam com a tartaruga quando ela diz que era a mais malvada
consigo mesma, pois se deixava ser maltratada por outros? Por quê?
6. Vocês também já se sentiram assim? O que fizeram?
7. Vocês consideram importante nos aceitarmos como somos e também respeitar
os outros como eles são?
8. Mesmo tendo respeito para consigo mesmo e para com os outros, é importante
refletir sobre o nosso jeito de ser a fim de nos tornarmos pessoas melhores a
cada dia?

Texto 2:
1. Vocês concordam com o autor que há apelidos para o bem e para o mal?
2. Qual tipo de apelidos vocês acham que predomina no contexto escolar?
3. Quais são os exemplos apresentados pelo autor para justificar que apelidos
podem prejudicar as relações entre os alunos e o rendimento escolar?
4. Vocês concordam com ele? Por quê?
5. Vocês acrescentariam outros exemplos?
6. Quais foram as sugestões apresentadas pelo diretor, para evitar apelidos
pejorativos na escola?
7. Vocês concordam com estas sugestões?
8. Vocês sugerem outras? Quais?

Por fim, proponha a produção coletiva de um texto sobre o tema, com base nas
leituras e discussões realizadas, podendo ampliar com outros aspectos referentes ao
tema, com exemplos vividos por eles ou citados nos textos lidos e sugestões de como
evitar apelidos na escola. Este texto poderá ser afixado na sala de aula e nos murais
da escola.
Atividade 3:
Apelidos sempre incomodam?
Inicie a atividade, exibindo o vídeo sobre a reportagem feita na cidade de Itabaiana,
intitulado “Apelidos em Itabaiana”, disponível no link
http://www.youtube.com/watch?v=JagWDh4g4c4&feature=related

Após a exibição do vídeo, incentive os alunos


a fazer comentários relativos ao que viram e
ouviram em relação à reportagem. Enriqueça
o debate, questionando:

1. Mesmo em uma cidade em que a


maioria das pessoas tem apelidos,
será que todos gostam dos
apelidos que recebem?
2. Há pessoas que
parecem se incomodar com
os apelidos e outras não?
3. Como vocês imaginam que as
pessoas lidam com os apelidos no
dia a dia?
Professor, destaque também a fala da professora referente aos apelidos na
escola que, segundo ela, podem gerar confusão, mesmo sendo uma
tradição familiar valorizada na cidade.

Prosseguindo com a discussão, apresente uma situação relativa ao uso de


apelidos ocorrida com os personagens Cebolinha e Mônica, intitulada "Novo
Plano", acessando o link
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/HistoriaVisualizar.aspx?idHistoria=22462&pagina=2# (para
ampliar a imagem, clicar em um quadrinho de cada vez):

Com base na situação apresentada, problematize:


1. O pedido de desculpas do Cebolinha foi "verdadeiro" ou apenas
uma estratégia utilizada por ele para continuar chamando a Mônica por apelidos?
2. O que vocês acham da atitude do
Cebolinha?
3. Em relação a colegas, assim como
o Cebolinha, vocês já
utilizaram estratégias parecidas
com as dele?
4. Estas estratégias podem facilitar ou
dificultar o relacionamento?
5. Vocês consideram que a Mônica se
sente incomodada pelos apelidos
colocados pelo Cebolinha? Por
quê?

Depoimentos de alunos...
Agora, vamos conhecer depoimentos de crianças e jovens que receberam
apelidos pejorativos no contexto escolar.
Solicite aos alunos que analisem criticamente estes depoimentos, identificando
os sentimentos e reações destas pessoas, de forma coletiva.
Sugestão de depoimentos (adaptados dos links indicados abaixo):

Depoimento 1:

“Em 2005, João, 10 anos, ganhou um apelido tão constrangedor que nem
consegue dizer qual era. Diz só que as formas mais "carinhosas" pelas quais os
colegas o chamavam eram ‘mariposa’ ou ‘quatro-olhos’. Ruivo e de óculos, foi
isolado e ninguém mais o convidava nem para festas. ‘Tinha gente que me falava
que estava convidando a classe toda menos eu. Saía da escola chorando’. O
colégio percebeu o problema e começou a falar sobre bullying com toda a turma.
Em poucos meses, a mudança foi perceptível. ‘Hoje ninguém mais me dá
apelidos estúpidos e tenho amigos. Todos perceberam como é ruim tirar sarro’,
diz ele. Seu colega Francisco, 11 anos, concorda: ‘Às vezes a gente dá um
apelido e não percebe que machuca".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18676.shtml

(Professor, se necessário, retome com os alunos o que entendem por bullying,


esclarecendo que em muitas situações, os apelidos pejorativos são considerados uma
forma de bullying, quando são utilizados para humilhar o outro. Para enriquecer esta
discussão, você poderá ler o texto disponível no
linkhttp://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm ).

Depoimento 2:

“Purga, na verdade Luciane, carrega o apelido desde o 4.ª ano. Ela conta
que era magricela, tinha o cabelo curtinho e era bem bronzeada. Os amigos
acharam que ela lembrava uma pulga e não perderam tempo, logo trocaram o
nome. Ela diz que ficava chateada com os amigos e pedia que parassem de
falar, mas quanto mais dizia que não gostava, mais e mais o nome pegava”.

Depoimento 3:
“A ‘Mandioca’, Amanda, diz que a brincadeira começou na escola, sendo
uma brincadeira com as letras do nome. Ela também não gostava da ideia no
início, mas preferiu não dar bola para não dar mais corda à situação. Segundo
ela, não ficou chateada porque o apelido foi dado pelos amigos e só eles a
chamavam assim”.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/214859/ (depoimentos 2 e 3)

Prosseguindo, peça aos alunos que listem e compartilhem apelidos utilizados


por eles em sala de aula, que ofendem e causam constrangimento, verbalizando os
sentimentos relacionados a estes apelidos.
Professor, neste momento, além de expressar sobre os apelidos que não gostam, que
incomodam, incentive-os também a falar sobre os apelidos que recebem e que
gostam, diferenciando uns dos outros.
Dando continuidade, solicite à turma que estabeleça e discuta, de forma conjunta,
regras relativas ao uso de apelidos na sala de aula e em outros espaços da escola,
que sejam válidas tanto para os alunos como para os professores, a fim de favorecer
o aprendizado e o convívio grupal. Estas regras deverão ser registradas em um cartaz
a ser exposto em sala de aula, para ser retomado sempre que necessário. Neste
momento é importante a participação de professores das diversas áreas de
conhecimento que ministram aulas para a turma.
Alunos e professores poderão divulgar para outras turmas o trabalho realizado
sobre o tema, com o objetivo de estender esta discussão para toda a comunidade
escolar, uma vez que o uso de apelidos é uma questão presente no cotidiano da
escola e que merece ser debatida por todos de forma crítica, reflexiva e ética.

SUGESTÃO 8

APRENDENDO A LIDAR COM A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA

O aluno poderá aprender com esta aula


1) Refletir criticamente sobre as diversas formas de violência simbólica presentes nas
relações estabelecidas dentro da escola.
2) Proteger-se de situações de violência simbólica presentes nas escolas e em outros
espaços.
3) Romper com a violência simbólica presente na relação com colegas e professores
na escola, respeitando todos os indivíduos com dignidade.

Duração das atividades: 180 minutos aproximadamente


Faixa etária: acima de 8 anos, pode ser adaptada para alunos menores

É muito comum hoje em dia encontrarmos na escola alunos/as que


desrespeitam colegas e professores, que se opõem a toda e qualquer regra, que
agridem fisicamente e psicologicamente as pessoas.
A violência simbólica é uma das formas de violência em que os agressores
manipulam e expõem os agredidos de uma forma velada.
Exemplo disso é o Bullying, muito presente nas escolas e que tem provocado
consequências desastrosas para as vítimas.
Os simples apelidos que muitas vezes as crianças utilizam para se referir aos
colegas podem ser considerados como elementos que provocam a violência simbólica
ou velada, pois discriminam, excluem e agridem as pessoas.
Essa aula tem o propósito de refletir sobre essa e outras formas de violência
que acontecem na escola auxiliando os/as alunos/as a romperem com a mesma.
Professor/a, você poderá utilizar as aulas intituladas "VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: O
QUE É? ONDE ESTÁ?” e "NEM VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, NEM VIOLÊNCIA
ALGUMA: EU QUERO É PAZ"

Atividade 1:
1º Momento: Contar a história: “Apelido não tem
cola”, disponível em:

http://www.jacotei.com.br/apelido-nao-tem-cola-
oteroregina-8510016038.html
Sinopse: O livro leva o leitor a refletir sobre o quanto
muitas vezes um apelido pode despertar um
sentimento ruim nas crianças, deixando-as
envergonhada, exposta, triste.
2º Momento: Em duplas os/as alunos/as deverão recordar apelidos que já receberam
de seus/suas amigos/as e que não lhe agradaram.
Caso a criança nunca tenha vivido essa situação, sugerir que procure se
lembrar de alguém que conheça e que muitas vezes é alvo de apelidos pejorativos
dos colegas.

3º Momento: Após essa etapa os/as alunos/as deverão buscar formas de combater
esse ato discriminatório de apelidarem propondo ações concretas para romper com
isso.

Atividade 2:
1º Momento: Dividir a turma em trios para assistirem aos vídeos:
Bullying no programa Altas Horas, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=4Us_X30qEl4

Matéria sobre bullying em Altas Horas, disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=GEZdqDX41rQ&feature=related

2º Momento: Explorar os vídeos:


• O que vocês acharam do depoimento do garoto?
• Como vocês se sentiram ao escutá-lo dizer que já foi muito agredido?
• Que sentimentos mobilizaram em você o depoimento da mãe da garota?
• O que é bullying para você?
• Você já ouviu esse termo antes?

3º Momento: Dividir a turma em pequenos grupos para que discutam e busquem


encaminhamentos conjuntos para os dois casos relatados no vídeo:
Caso 1:
Mediante tantas situações de humilhação, o que o garoto do vídeo deveria fazer para
romper com isso?
Caso 2:
Na percepção de vocês como a garota deveria agir para se defender das agressões
que sofreu?
Se vocês fossem essa garota o que fariam?
Atividade 3:
1º Momento: Dividir a turma em duplas para que realizem a atividade de cruzadinha
com a palavra VIOLÊNCIA. No entanto essa não será uma cruzadinha comum. Os/as
alunos/as terão algumas palavras disponíveis para procurar e preencher a cruzadinha.
Após essa etapa, caberá aos alunos construir os enunciados para cada palavra
encaixada na cruzadinha.
Para auxiliar os/as alunos/as nessa tarefa, professor/a, acesse o endereço abaixo que
orienta sobre como construir cruzadinhas. "Como criar uma cruzadinha?",
disponível
em: http://vanusaviana.blogspot.com/2008/04/como-criar-uma-cruzadinha.html

Escreva a palavra VIOLÊNCIA na vertical e oriente os/as alunos/as a colocarem


espaços laterais para garantir a inclusão das palavras.
Escreva diversas palavras em cartões que serão afixados na lousa como opções para
o preenchimento das lacunas.
As palavras que completam a cruzadinha são: vergonha, apelidos, simbólica,
bullying, violência, dominação, combater, humilhação, velada. Entretanto, para trazer
desafio aos/as alunos/as, professor/a, sugere-se que você inclua outras palavras e
embaralhe-as.
1) V __ __ __ __ __ __ __
2) __ __ __ __ I __ __ __
3) __ __ __ __ O __ __ __ __
4) __ __ __ L __ __ __ __
5) __ __ __ __ Ê __ __ __ __
6) __ __ __ __ N __ __ __ __
7) C __ __ __ __ __ __ __
8) __ __ __ I __ __ __ __ __ __
9) __ __ __ A __ __

2º Momento:
Após o preenchimento da cruzadinha, os/as alunos/as deverão construir os
enunciados das palavras, como por exemplo:
1) As pessoas que recebem apelidos podem sentir......................(vergonha) Assim,
os s/as alunos/as dão continuidade à tarefa e constroem todos os enunciados até o
número 9 (nove).

3º Momento: Após a realização da cruzadinha, explorar com os/as alunos/as:


Vocês tiveram dificuldade nessa tarefa?
Na sua percepção as palavras encontradas estão diretamente relacionadas ao tema
trabalhado nessa aula?
O que vocês aprenderam a partir dessa atividade?
Expor as cruzadinhas em painel ou colar no caderno

SUGESTÃO 9

BOAS MANEIRAS

TEMAS :
• Pluralidade e direitos
• Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
• Saúde e Relações sociais, acordos e limites
• Pluralidade Cultural Cidadania: diferenças e desigualdades
• Papel da interação entre alunos

O aluno poderá aprender com esta aula


• Identificar os direitos e deveres de cada cidadão
• Compreender as relações sociais, as diferenças e individualidades
• Analisar situações-problema com relação a indisciplina
• Avaliar atitudes, comportamentos e decisões tomadas nas situações-problema

Duração das atividades 02 aulas de 50 min.


Estratégias e recursos da aula
Problematização
O objetivo da aula é fazer com que os alunos reflitam sobre suas atitudes e
comportamentos em relação aos colegas, as diferenças entre brincadeira e violência
na escola, seus direitos e deveres tanto na escola quanto na sociedade e de que forma
ele pode colaborar para viver em harmonia na sociedade atual.
O professor deverá questionar a turma sobre o que significa:
“Boas maneiras”?
• Exemplos de boas maneiras?
• Como agir em situações de conflitos com os colegas? Como utilizar
“as boas maneiras” no dia a dia e na escola.
Atenção Professor! Em Referências e Recursos Complementares indicamos
alguns textos para reflexão do professor sobre o tema. Sugerimos também o áudio:
Direitos e deveres, que aborda a história de uma professora de São Paulo que
resolveu o problema de indisciplina na escola. Caso seja, a realidade na escola, o
professor poderá experimentar o mesmo método.

Direitos e deveres

Atenção Professor!
Organize a sala de aula de forma que os alunos possam formar um círculo no
centro da sala e assistir um vídeo de forma confortável, ou seja, espalhe almofadas,
colchonetes, pufes, etc.
O número de assentos deve ser a metade do número de alunos, para que eles
sentem aos pares. É importante que os alunos não estejam presentes quando o
professor estiver organizando a sala, para que o professor possa verificar a reação
dos alunos no espaço. Reserve cartolina, pincel atômico e fita crepe.
Após organizar a sala de aula o professor deverá convidar os alunos para
conhecer o espaço. Ao chegar na sala de aula, é provável que os alunos criem
tumultos por não haver lugares suficientes a todos, sendo assim sugira que eles
sentem em duplas e observe a reação da turma.

Após a acomodação de todos, questione os alunos sobre o termo:


“Boas maneiras” – o que significa?
Solicite que eles falem alguns exemplos. Durante
a fala dos alunos, comente o modo como eles
adentraram no recinto, como se comportaram na divisão
do espaço, a reação deles, etc.
A medida que o professor está narrando a cena os
alunos deverão informar se as atitudes tomadas estão
certas ou erradas.
Para contextualizar o tema o professor poderá
utilizar o vídeo: “Turma da Mônica em: Boas
maneiras”
Youtube. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YHS34tkXdR8 Após
o vídeo questione os alunos:
• Alguém se identificou com os personagens?
• Qual personagem?
• Alguém já vivenciou alguma situação semelhante
• O que acharam sobre o comportamento dos personagens: Mônica, Magali,
Cascão, Cebolinha, Senhorita Biju
Após a discussão sobre o vídeo, solicite aos alunos que em duplas escrevam nas
cartolinas sobre o comportamento: o que é certo e errado, isto é, quais as boas
maneiras a serem utilizadas para se viver em harmonia na sociedade atual. Após a
atividade monte um mural com os cartazes dos alunos e comentar as situações e
resoluções propostas.
Atenção professor! Caso a turma esteja em fase de alfabetização os alunos
podem utilizar desenhos, recortes de revista e jornais, entre outros.
O professor deverá auxiliar os alunos a elaborar um cartaz sobre as boas maneiras
na escola, isto é, os direitos e deveres dos alunos durante as aulas e principalmente
na hora do recreio, momento onde eles estão mais ativos e podem interagir mais com
os colegas.
Nesse momento é importante que os alunos citem o que gostam e não gostam nas
brincadeiras, o respeito as individualidades, as opiniões, etc. O cartaz deve ficar
exposto na sala de aula para que todos possam consultar, e se necessário alterar.

SUGESTÃO 10
BULLYING E A VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Espaço e pluralidade
Cidadania: diferenças e desigualdade
Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Diálogo
Respeito mútuo
Indivíduo, identidade e socialização
Cultura e diversidade cultural

O aluno poderá aprender com esta aulaConceituar o Bullying: o que é, suas causas
e consequências, como ocorrem e o que fazer frente a isso;
Abordar o Bullying contra a pessoa com deficiência;
Discutir sobre a importância de respeitar e valorizar as diferenças uns dos outros, de
forma que ninguém seja vítima de Bullying no contexto escolar.

Duração das atividades: Aproximadamente 180 minutos, duas (2) aulas.

As estratégias utilizadas serão:


• Aula interativa;
• Sala de vídeo.
• Utilização do laboratório de
Informática. Motivação:
Para iniciar a aula, sugerimos que o
professor apresente aos alunos as letras
(Fig. 1) - impressas no papel ou
confeccionadas com cartolina ou EVA
(Etil Vinil Acetato),e peça para eles
prestarem atenção nas letras e tentarem
descobrir a palavra que elas formam.
Disponível em: http://www.4shared.com/photo/N2sY3xw4/letras_.html

Sugestão:
O professor poderá imprimir as figuras e disponibilizá-las para cada dupla, ou
poderá fazê-las utilizando EVA – Etil Vinil Acetato- e levá-las para os alunos
realizarem a atividade.
Descoberta a palavra pelas duplas, o professor deverá dizer que é sobre de o
“Bullying e a violência contra a pessoa com deficiência” o tema das aulas. Em
seguida, o professor poderá perguntar aos alunos se eles sabem o que Bullying, o
que pensam disso etc.
Após ouvir as opiniões dos alunos, as próximas atividades poderão ser
desenvolvidas.

Atividade 1
Estando os alunos organizados em duplas no laboratório de informática, o
professor deverá mostrar para a turma a tirinha abaixo (Fig.2).

Figura 2: Tirinha
Disponível em: http://blogs.abril.com.br/liece148/2010/05/bullying.html

Sugestão
O professor deverá imprimir a tirinha e disponibilizar para cada dupla um
exemplar da mesma, de forma a facilitar a realização da atividade.
Finalizada a leitura da tirinha, o professor deverá, por meio do roteiro disponível
abaixo, iniciar uma conversa sobre esta com os alunos.
Roteiro de Discussão

1. O que vocês acharam da história contada na tirinha?


2. Vocês acham que o Calvin e o Moe são amigos?
3. O que vocês acham da forma com que Moe tratou o Calvin?
4. O que vocês acham da forma com que Moe chamou Calvin – de burro?
5. Atitudes como estas fazem bem ou mal para a pessoa que é alvo destas?
6. Que nome poderíamos dar às ações de Moe contra o Calvin?
Neste momento, o professor deverá estar atento para esclarecer dúvidas,
conceitos errôneos ou preconceituosos que por acaso surjam.

Atividade 2
Dando prosseguimento à aula, o professor deverá apresentar aos alunos o
vídeo “Matéria sobre Bullying nas escolas Rede Tv Cidade Nova Mutum”, com
duração de 02 minutos e 34 segundos, conforme postado abaixo.
Link do vídeo “Matéria sobre Bullying nas escolas Rede Tv Cidade Nova Mutum":
http://www.youtube.com/watch?v=cdEEKaJoN_I
Sugestão:
O professor poderá gravar o vídeo em DVD e
apresentá-lo para os alunos na Sala de Vídeo da escola,
de forma que todos possam assisti-lo ao mesmo tempo.
Após a apresentação do vídeo, o professor deverá iniciar
uma discussão, em aula aberta, como todos da sala de
aula. Para isso, sugerimos o roteiro abaixo.
Roteiro de discussão.
1. Qual o principal assunto abordado no vídeo?
2. Que tipo de violência o vídeo busca combater nas escolas americanas?
3. Por meio do vídeo vocês conseguiram compreender o que é o Bullying?
4. O Bullying existe somente nos Estados Unidos ou em outros paises como, por
exemplo, o Brasil?
5. Vocês acharam que o assunto da tirinha possui algo em comum com o vídeo? O
que seria?
6. Quais os tipos de Bullying citados no vídeo?
7. Qual Bullying é praticado pelo personagem Moe da tirinha?
8. O Bullying pode proporcionar traumas - físicos, psicológicos e emocionais - na
pessoa que é vítima dele?
9. No vídeo diversos professores estariam participando de palestras sobre Bullying.
Vocês acham que aqui na escola há casos de Bullying? O que fazer para evitá-lo?

Atividade 3
Neste momento, de forma a ampliar a compreensão e o conhecimento dos
alunos acerca do Bullying, os alunos, em grupos de quatro integrantes (junção de
duas duplas), deverão realizar uma pesquisa na Internet sobre este assunto. Para
isto, cada dupla deverá escolher um dos temas disponíveis no roteiro abaixo.

Temas para a pesquisa 1.


O que é Bullying.
2. Quais os tipos de Bullying que existe e suas consequências.
3. Em que locais sociais, comumente, ocorrem o Bullying.
4. De que maneira os alunos se envolvem e praticam o Bullying.
5. O Bullying é praticado, comumente, contra que tipo de pessoas e em que
situações.
6. Como ocorre o Bullying contra a pessoa com Deficiência.
7. Quais são as consequências do Bullying no ambiente escolar.
8. Quais são as consequências possíveis para os alvos de Bullying.
9. Quais são as consequências possíveis os autores de Bullying.
10. Quais são as consequências possíveis às testemunhas, as que nada fazem para
conter o ato, do Bullying.
11. Como denunciar o Bullying e procurar ajuda contra este.
12. Formas de prevenção contra o Bullying.

Observação
No decorrer das pesquisas os alunos deverão localizar imagens para a
elaboração de um mural a ser realizada posteriormente.
Para o desenvolvimento das pesquisas, sugerimos os sites postados abaixo.
Finalizadas as pesquisas, cada grupo deverá
expor oralmente, os resultados encontrados nestas. Em
seguida, o professor deverá questionar os alunos da
seguinte forma:
Como assistimos no vídeo, não é correto fazermos
Bullying contra ninguém, mas o que vocês acham do
Bullying contra alunos com deficiência? Será que eles
conseguem se defender sozinhos?

Atividade 4
Finalizada a discussão, os alunos,
ainda em grupos, deverão elaborar um
mural sobre o Bullying. O mural deverá
conter as informações e conhecimentos
adquiridos durante as atividades
anteriores, em especial dos resultados
das pesquisas realizadas anteriormente.

Exemplo de Mural
Ao término da aula é fundamental
que os alunos tenham compreendido que
a prática do Bullying é um ato de violência
e que pode causar conseqüências físicas,
psicológicas e emocionais para a pessoa
que é vítima deste ato covarde.
Além disso, que os alunos com
deficiência, quando são vítimas do
Bullying, muitas vezes, não tem como se
defender - o que torna o ato mais violento.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1) Para finalizar a aula, os alunos poderão organizar uma amostra de
conscientização com o tema:
“Diga não ao Bullying”, utilizando os murais da atividade.
Todos os cartazes deverão conter os resultados das pesquisas e discussões
feitas nas atividades anteriores.
É importante que essa amostra seja em um local que possa ser acessado por
todos, buscando a conscientização escolar
contra a prática do Bullying.

O professor poderá apresentar, num


momento que julgar oportuno, o vídeo “A
psiquiatra Ana Beatriz Barbosa explica o que é
e como lidar com o Bullying” , com duração de
22 minutos e 14 segundos, conforme postado
no link abaixo.
Link do vídeo “A psiquiatra Ana Beatriz
Barbosa explica o que é e como lidar com o
bullying":
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1310927-7823-
A+PSIQUIATRA+ANA+BEATRIZ+BARBOSA+EXPLICA+O+QUE+E+E+COMO+LIDAR+COM+O+BULLYING,00.
html
Sugestão:
O professor poderá gravar o vídeo em DVD e apresentá-lo para os alunos na
Sala de Vídeo da escola, de forma que todos possam assisti-lo ao mesmo tempo.
Após a apresentação do vídeo, o professor poderá iniciar uma discussão, em
aula aberta, como todos da sala de aula. Para isso, sugerimos o roteiro abaixo.
Roteiro de discussão
1. O que vocês entenderam por Bullying?
2. Há uma tradução exata para esta palavra- Bullying?
3. Todas as pessoas podem sofrer com o Bullying? Por quê?
4. Pessoas famosas já sofreram Bullying?
5. O Brasil é o único país que sofre com o Bullying?
6. Por que nos Estados Unidos a freqüência do Bullying é maior?
7. Quais as cidades do Brasil que tem o índice mais elevado sobre o Bullying?
8. Segundo o vídeo, há mais Bullying na escola particular ou na escola pública?
9. É impossível não ter o Bullying?
10. Existem outros tipos de Bullying?Quais?
11. Qual forma de Bullying é mais frequente?
12. Quem prática mais o Bullying: meninos ou meninas?
13. Quais são os sinais de alertas para os pais, para que eles possam perceber se os
filhos estão sofrendo Bullying?

SUGESTÃO 11

BULLYING: QUE PALAVRÃO É ESSE?

Os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, na faixa etária de 7 a 8


anos, poderão:
• Conhecer os significados da palavra bullying;
• Elaborar vivências que apresentem situações de bullying; Ler e refletir
sobre textos que abordem a temática.
• Elaborar um texto sobre o que entende sobre bullying.
Duração das atividades : aproximadamente 150 minutos

1º MOMENTO
O professor inicia esta aula apresentando para a
turma o filme "Karatê Kid".

Sinopse do filme: KARATÊ KID


Dre Parker (Jaden Smith) se mudou com a
mãe (Taraji P. Henson) para Pequim, devido ao
trabalho dela. Logo ao chegar ele se interessa por
Meiying (Han Wenwen), uma garota que conhece
praticando violino na praça. A aproximação deles
provoca a irritação de Cheng (Zhenwei Wang),
que lhe dá uma surra usando a técnica do kung
fu. A partir de então a vida de Dre se torna um
inferno, já que passa a ser perseguido na escola
por Cheng e seus colegas. Um dia, ao escapar
deles, Dre é auxiliado pelo sr. Han (Jackie Chan),
o zelador de seu prédio, que é também um mestre
de kung fu.
Sinopse retirada do
site:
http://www.adorocinema.com/filmes/karatekid-
2010/

Depois da apresentação do vídeo sugerimos que o professor abra uma


discussão, peça que os seus alunos se coloquem no lugar de Dre, sugira que os
mesmos registrem como se sentiriam ao sofrer as agressões de colegas da escola.
Apresente a situação de que o personagem principal resolveu seu problema
aprendendo a lutar e vencendo os colegas, agora pergunte ao grupo de que outra
forma Dre poderia se aproximar dos colegas e ser aceito no grupo? Nesse momento,
as sugestões propostas pelos seus alunos poderão ser realizadas oralmente ou por
escrito. É importante que o professor escute todas as respostas, orientando uma
discussão sobre o assunto.

2º MOMENTO
O professor deverá iniciar esse momento realizando uma leitura compartilhada
do texto abaixo.
Por que um nome em inglês?
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão,
brigão. Como verbo, quer dizer ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar,
maltratar. O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor
da Universidade da Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes,
Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e
que, portanto, bullying era um mal a combater. Ainda não existe termo equivalente em
português, mas alguns psicólogos e estudiosos do assunto o denominam “violência
moral”, “vitimização” ou “maus tratos entre pares”, uma vez que se trata de um
fenômeno de grupo em que a agressão acontece entre iguais – no caso, estudantes.
Como é um assunto examinado criteriosamente há pouco tempo, cada país ainda
precisa encontrar um vocábulo ou uma expressão, em sua própria língua, que tenha
esse significado tão amplo.
Texto retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/bullying-problema-merece-
traducao475045.shtml

Depois da leitura converse com a turma, discuta situações do cotidiano da sala


de aula que poderão ser consideradas bulliyng. Questione se algum de seus alunos
considera que sofre de bulliyng. Após essa conversa, traga para o grupo fichas com
depoimento de pessoas famosas falando que sofreram de bulliyng.
Esses depoimento poderão ser lido pelas crianças e depois de cada leitura o professor
poderá parar e promover uma reflexão.
Sugerimos os depoimentos abaixo retirados do link: http://veja.abril.com.br/080206/p_098.html

ANA HICKMANN, modelo. Apelido na escola: Ana Banana. Como reagia ao ser
importunada: ficava triste e permanecia calada. "Entendi com o tempo que a chacota
não tinha o menor valor".
MAÍLSON DA NÓBREGA, economista. Apelido na escola: Mané Perua (pela
atribuída semelhança com um senhor, notório pela feiúra, que residia em sua cidade
natal). Como reagia ao ser importunado: ficava calado. "A brincadeira deixava de ter
graça"
FERNANDO MELIGENI, tenista. Apelido na escola: Móbile (por sua magreza). Como
reagia ao ser importunado: discutia com os colegas, embora não surtisse nenhum
efeito. "Isso me fez desenvolver um espírito de autodefesa".
EDUARDO PAES, deputado federal. Apelido na escola: Cabeça de Ovo. Como reagia
ao ser importunado: ouvia em silêncio. "Aprendi a desprezar as críticas
desimportantes".

3º MOMENTO
O professor poderá reunir a turma e sugerir que a sala seja dividida e cada
grupo apresente uma pequena encenação sobre situações de bulliyng, enquanto o
restante da turma participa como plateia. Os temas poderão ser sugeridos pelos
alunos, depois de listados e sorteados pelos grupos. Será importante que ao final de
cada apresentação o professor promova uma reflexão sobre o tema abordado.
Por fim, o professor solicita um registro escrito de cada criança sobre o que
entenderam sobre o bulliyng. Estes escritos poderão ser acompanhados de desenhos
para compor um painel que ficará exposto na área externa da escola ou panfletos,
como forma de divulgar e provocar reflexões na comunidade escolar.

Recursos Complementares
Sugerimos o seguinte link para pesquisa sobe o tema:
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/tudo-bullying-433208.shtml .
SUGESTÃO 12

NEM VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, NEM VIOLÊNCIA ALGUMA: EU QUERO É PAZ

O aluno poderá aprender com esta aula


1) Planejar ações que rompam com a violência simbólica na sua escola e na sua
comunidade.
2) Sensibilizar-se com toda forma de violência e humilhação, opondo-se à ela. 3)
Cultivar a paz na escola.

Duração das atividades: Aproximadamente 120 minutos


Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Professor/a, para essa aula é fundamental que os/as alunos/as tenham conhecimento
sobre o conceito “violência simbólica”.
Assim, sugere-se que você utilize as aulas intituladas "VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: O
QUE É? ONDE ESTÁ?” e "APRENDENDO A LIDAR COM A VIOLÊNCIA
SIMBÓLICA”

Atividade 1:

1º Momento:
Dividir o grupo em cinco subgrupos para que realizem uma pesquisa de campo.
Orientar a turma a observar durante o recreio alguns alunos individualmente, bem
como grupos de alunos procurando identificar situações em que ocorre a violência
simbólica.
Os/as alunos/as deverão fazer essa observação com base em alguns pontos,
a saber: crianças que colocam apelidos depreciativos nos colegas; situações de
assédios, ofensas, situações de amedrontar, “gozações”, ameaças, humilhações,
agressões, violência física, discriminação, empurrões, exclusão, intimidação,
perseguição, desprezo.

2º Momento:
Os/as alunos/as deverão produzir um relatório sobre o que observaram para
que apresentem aos/as colegas da sala. Essa etapa deverá ser cuidadosamente
mediada por você, professor/a, para garantir o respeito e seriedade com que serão
tratadas as informações trazidas pelos/as alunos/as. É fundamental que haja uma
sensibilização dos/as alunos/as para adotarem uma postura ética e solidária perante
situações de violência que porventura tenham presenciado.

3º Momento: Em duplas, os/as alunos/as deverão fazer propostas de ações para


os/as alunos/as agressores, os professores/as desses/as alunos/as, os/as alunos/as
agredidos para que se rompa com o círculo vicioso de violência dentro da escola.

Atividade 2:
1º Momento: Assistir o vídeo: Clipe Violência,
disponível em: http://vimeo.com/4462460

2º Momento: Explorar o vídeo:


O que o vídeo retrata?
Que imagens do vídeo mais despertaram sua
atenção?
Quais foram as palavras que apareceram no
vídeo?
Em que circunstâncias costuma-se escrever
PROCURA-SE?
Como é aplicada essa palavra no vídeo? O que se procura por meio do vídeo?

3º Momento: Professor/a, escreva na lousa as seguintes palavras: ATITUDE,


RESPEITO, CONSCIÊNCIA, TRABALHO, ÉTICA, SOLIDARIEDADE,
ESPERANÇA, JUSTIÇA, EDUCAÇÃO, DIGNIDADE, PAZ.
Solicite aos/as alunos/as que se sentem em trios para que façam a seguinte atividade:
escolher algumas palavras dentre aquelas registradas na lousa para produzirem um
texto com o título: "VIOLÊNCIA: DO JEITO QUE ESTÁ, NÃO DÁ PRA FICAR!"

Atividade 3:
1º Momento: Assistir ao Vídeo: A PAZ, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=nC-pTIfE37Q

2º Momento:
Explorar com os/as alunos/as:
• O que vocês sentiram ao ouvir essa
música?
• O que o vídeo retratou?
• Para vocês o que é a Paz? Como
fazer para alcançar paz na escola? E
em família?
• Você acha que a Paz é um sonho
impossível? Por quê?

3º Momento:

Dividir a turma em subgrupos


de cinco alunos para que construam
uma paródia com o tema Paz na Escola a
partir da melodia dessa música. Caso os/as alunos/as não saibam o que é uma
paródia esclareça que se trata de um texto que é construído a partir de um outro. No
caso dessa canção, será preservada a melodia e os/as alunos/as deverão criar uma
outra letra abordando a Paz na escola.

4º Momento:

Professor/as, sugere-se que você programe uma apresentação cultural no horário do


recreio ou em outro momento concedido pela direção para que os/as alunos/as
apresentem suas canções para outros/as colegas da escola.ou mesmo em sala de
aula em outro momento

SUGESTÃO 13

VIOLÊNCIA ESCOLAR: COMO EVITAR?


O tema abordado tem como objetivo levar os alunos a refletir sobre as diversas
formas de violência que acontecem na escola e procurar meios para evitá-las. A
violência na escola traduz-se numa grande diversidade de comportamentos
antissociais, seja uma forma de opressão ou de exclusão social, agressões,
vandalismo, provocações ao próximo que podem ser desencadeados quer por alunos,
professores ou outros elementos da comunidade escolar.
Nesta perspectiva, é de extrema importância que os alunos desenvolvam atividades
que os conscientizem de tal comportamento.
Para orientar o desenvolvimento das atividades, sugere-se a visita aos seguintes links:
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/586_903.pdf
http://www.carceraria.org.br/fotos/fotos/admin/CF09/Violencia.ppt
http://www.slideshare.net/annokax/violncia-escolar-297305
Nas aulas descritas a seguir são propostas algumas atividades para serem feitas
com os alunos a fim de propiciar a eles uma visão mais clara da realidade escolar.

Atividade 1
Leve para a sala de aula, jornais, gibis, imagens, textos, etc. (atuais ou não) que
tenham notícias sobre a educação, a escola, violência na escola, etc.
1º momento

Organize os alunos em pequenos grupos e distribua entre eles os gibis, os


jornais e os textos. Peça para eles identificarem, recortarem e colarem, numa
cartolina, notícias sobre violência que mais chamaram a atenção. Esta atividade além
de ser um momento de descontração para os alunos, também possibilita uma
interação entre os componentes do grupo, pois os mesmos vão trocar ideias e
escolher as notícias coletivamente.

2º momento
Ao terminar a primeira atividade é hora de socializar as notícias e discutir as
ideias levantadas por cada grupo.
Num grande círculo peça para que cada grupo apresente as notícias que foram
destacadas por eles e coladas na cartolina. Durante a apresentação, estimule -os a
responderem perguntas como:
• O que você faria para evitar este tipo de violência?
• Qual foi a causa desse comportamento?
• O que você diria para uma pessoa que procurasse briga com você?
• O que fazer para evitar confusão na sala de aula?
É de extrema importância que o professor (a) esteja atento às respostas dos alunos e
os oriente quando necessário.
Finalize a aula com uma música bem tranquila.

Atividade 2

Utilize um vídeo para esta aula.


Sugestões
§ Violência Das Escolas (a violência que rola)
http://www.youtube.com/watch?v=O6Oce6igl_o

§ Scars - Violência na Escola (Segundo Trailer )


http://www.youtube.com/watch?v=d-FzJ7OZNQQ

1° momento
Inicie a aula com um vídeo que retrate alguma cena de violência na escola (não
é necessário ser uma cena de agressão física, poder ser uma agressão verbal, por
exemplo) para que, agora, os alunos possam perceber mais claramente o que é
violência. Ao assistir ao vídeo, os alunos poderão fazer comparações com a aula
anterior, enriquecendo ainda mais suas idéias e conceitos sobre a prevenção da
violência no ambiente escolar.
O vídeo tem que ter um caráter meramente reflexivo e educativo.

2° momento
Em círculo, discuta os principais pontos do vídeo com os alunos e deixe que
eles expressem suas idéias, opiniões e críticas.
Ainda em círculo, faça perguntas como:
• Vocês já presenciaram algum tipo de violência na escola?
• Você já brigou? Porque?
• Como se sentiu depois?
• Podemos desenvolver atividades para amenizar a violência suscitada na
escola?
Peça aos alunos para escreverem, em dupla, uma estratégia que eles usariam
para diminuir a violência no ambiente escolar. É importante que eles leiam suas
estratégias para os colegas a fim de que possam enriquecer suas idéias sobre o tema.

SUGESTÃO 14

PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

Depois destas duas aulas, sugere-se realizar com os alunos um trabalho de


contenção da violência na escola, que consiste em conscientizar toda a comunidade
escolar e também a sociedade da importância de se pensar sobre esse assunto que
assola as escolas brasileiras e desenvolver elementos que possam sanar este
problema.

1º momento
Inicialmente, construa juntamente com os alunos, atividades dentro da sala de
aula, ou seja, os alunos devem ser mediados na elaboração de: poesias, textos,
histórias, desenhos, etc. que transmitem mensagens pertinente ao tema abordado -
violência na escola. Também será interessante estimular os alunos a fazerem uma
peça teatral.

2º momento
Os textos, histórias, desenhos, etc. deverão ser colados em murais na escola
e, numa data específica, os alunos devem apresentar para a comunidade escolar e
para a sociedade em geral.
Se for possível, apresente também a peça teatral a qual deve estimular a não violência
na escola. Esta sugestão será um trabalho a ser desenvolvido durante todo o ano e
apresentado no final do mesmo.
No segundo momento seria para montar as estruturas para a apresentação dos
trabalhos desenvolvidos em sala de aula.

SUGESTÃO 15

CYBERBULLYING:

TEMAS Pluralidade Cultural


Vida social, familiar e comunitária
Ética, justiça e respeito mútuo

O aluno poderá aprender com esta aula


• Conhecer alguns perigos encontrados na web e formas de evitá-los, sem restringir a
liberdade virtual ou a acessibilidade;
• Perceber os constrangimentos e dificuldades que as crianças podem vivenciar se não
forem bem orientadas;
• Conscientizar da inadequação de determinadas atitudes (bulliyng e outras);
• Utilizar o ambiente virtual de forma agradável, saudável e positiva;
• Internalizar regras importantes para o convívio social, tanto na sala de aula como em
rede;
• Discutir com os colegas de sala sobre o assunto, ampliando a criticidade e
conhecimentos em relação ao tema;
• Socializar com os alunos de outras turmas do mesmo ano de ensino, os
conhecimentos adquiridos.
1º momento: Aproximando tema e vivência
Professor, é comum, observarmos no cotidiano escolar, que as crianças falam
mal e agridem física e psicologicamente seus pares ou colocando apelidos nos
amigos, afirmando que estão brincando.
Por isso, é importante trabalhar com eles a diferença entre o brincar e práticas de
bullying.
Para isso, a sugestão é que você inicie a aula, propondo às crianças que
assistam uma história disponível no Youtube, mostrando um dos planos infalíveis de
dois garotos: Cascão e Cebolinha. Para tanto, oriente-os a acessarem o vídeo do
aniversário da Mônica, “Venha à minha festinha” disponível
em:http://www.youtube.com/watch?v=gbSPlMvoEgs&feature=related. Ou baixem
para passar em forma de vídeo na TV.

Neste vídeo, da Turma da Mônica, você poderá trabalhar a questão do bullying


explorando as atitudes dos personagens Cascão e o Cebolinha, que deixam a Mônica
chateada ao utilizarem apelidos como baixinha, gordinha e dentuça, por exemplo.
Isso porque, por serem histórias amplamente divulgadas e de fácil acesso,
facilitarão a aproximação do tema bullying com as vivências das crianças.
Professor, se preferir convide os alunos para irem até a biblioteca da escola ou leve
para sala alguns gibis.

Imagens 1e 2: Fonte: www.monica.com.br

Posteriormente, em rodinha, questione os alunos, de


forma que percebam as inadequações dos atos do
Cebolinha e do Cascão. Neste momento, ainda não se faz
necessário apresentar a nomenclatura bullying e sim os
atos que o compõe. Pergunte aos alunos:
_ Por que a Mônica bate no Cascão e no Cebolinha?
_ Como o Cascão e o Cebolinha agem com a
Mônica?
_ O que eles fazem para deixá-la triste?
_ O que vocês acham desses atos que eles têm? _ Isso é uma brincadeira
legal de fazer com os amigos?

Depois, conte-lhes que isto que o Cebolinha e o Cascão fazem com a Mônica, causa
tristeza e possui o nome de bullying.

ENTREVISTA SOBRE BULLYING

Entreviste duas pessoas de sua família, se possível de idades diferentes, para


saber como e se acontecia o bullying quando ela estudava.
Para isso, peça que respondam:

1) Nome
2) Idade
3) Na sua época de escola era comum xingar, bater ou colocar apelidos nos
colegas?
4) Você chamava algum colega ou era chamado de apelidos?
5) O que você sentia quando era vítima ou praticava essas brincadeiras
inadequadas?
6) Você sabe o que é bullying?
7) O que a sua escola fazia quando alguém reclamava de sofrer o que hoje
chamamos de bullying?

Você poderá filmar a entrevista. Se for preciso, peça ajuda para uma pessoa da
sua família.
Inicie esse momento oportunizando que as crianças compartilhem os relatos
de seus familiares, por elas recolhidos, exibindo suas entrevistas aos demais.
Intervenha, sempre que for necessário reforçando os sentimentos e as consequências
do bullying para a vida dessas pessoas.
Dessa forma, a diversidade poderá ser evidenciada em sua aula, além de
enfatizar que essa é uma prática comum e corriqueira nas escolas há tempos.
Para isso, você poderá utilizar um datashow e caixas de som, o que tornará as
entrevistas mais fáceis de serem visualizadas e ouvidas.
Finalize esse momento, solicitando que os alunos desenhem algo que represente
seus sentimentos em relação aos depoimentos assistidos nas entrevistas.

PROPOSTA DE DEBATE

Proponha um debate que incentive as crianças a dizerem situações por elas


enfrentadas. Lembre-se de anotar as falas e críticas dos alunos ao bullying.
Posteriormente, converse com elas esclarecendo que o bullying é tão comum quanto
prejudicial. Para isso, você poderá exemplificar utilizando as falas dos familiares e a
vivência das crianças.
Ao final do debate, construa com elas um quadro para expor na sala de aula,
com combinados da turma. Neste, oportunize que diferenciem atitudes boas de
inadequadas, ou seja, brincadeiras de bullying. Esse quadro será construído por meio
das falas das crianças, ditado, e o professor apenas um escriba. Sugestão de quadro:

BRINCADEIRAS LEGAIS BRINCADEIRAS RUINS - BULLYING

AGRESSÕES VIRTUAIS CAUSAM DORES REAIS


Uma vez que os alunos já sabem o que é bullying, apenas relembre os
conhecimentos já adquiridos sobre o tema, é hora de aprofundar o assunto e introduzir
o tema central desta aula, o cybebullying.
Inicie dizendo que o bullying não acontece apenas nas escolas e sim, nos
múltiplos espaços que frequentamos, inclusive na internet (em blogs, sites de
relacionamento, e-mails, mensageiros instantâneos, dentre outros), assim como suas
consequências.
Além disso, que o cyberbullying também tem feito muitas vítimas, tanto quanto
o já estudado bullying.
Para isso, seria interessante realizar uma pesquisa na internet que mostre aos
alunos o que é, onde e como acontecem essas agressões virtuais, ou melhor, o
cyberbullying. Como sugestão para a pesquisa, indicamos o sítio Amigos da escola,
disponível
em:
http://amigosdaescola.globo.com/TVGlobo/Amigosdaescola/0,,AA17127566969,0
0.html. Porém, por se tratar de uma pesquisa dos alunos, outros sítios poderão
aparecer.
Depois, compartilhe o link de um vídeo com alunos, para que acessem de seu
Classmate. Ele mostra de forma ilustrada, como acontece o cyberbullying no cotidiano
dos alunos. Esse vídeo, também introduz o momento seguinte, ao mostrar como a
escola de uma criança lidou com o cyberbullying.
Sítio do vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=yDTCOGoD6Hw&NR=1
Compartilhando aprendizagens
Para finalizar, produza com as crianças uma apresentação de slides coletiva,
que mostre o que realmente foi significativo para eles durante as atividades;
observando e sintetizando as aprendizagens adquiridas sobre o bullying e o
cyberbullying. Para isso, você pode utilizar as falas anotadas, bem como as
entrevistas.
Marque com professores de outras salas, preferencialmente do mesmo ano
de ensino, um horário para que as crianças de sua turma possam difundir suas
aprendizagens e ensinar o que aprenderam sobre o que é e como se defender do
bullying e do cyberbullying.

Segue a baixo algumas imagens que podem ser utilizadas nas aulas como
geradoras dos encaminhamentos do sobre o tema Bullying, para cartazes ou
ainda como complemento de aulas
Avaliação
A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.
Sugerimos alguns critérios norteadores para a avaliação:
Avaliação: O professor deverá definir em conjunto com a turma o formato da
avaliação e seus critérios. É importante que os alunos façam um auto avaliação do
seu processo de aprendizagem, apontando suas dificuldades e reflexões.
Auto avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos
diferentes momentos da aula.
Avaliação dos alunos pelo professor sugerimos alguns critérios de avaliação:
• Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas.
• Envolvimento e participação dos alunos durante as atividades propostas.
• O professor deverá verificar se os alunos foram capazes de: conceituar e
diferenciar os termos preconceito e bullying;
• Identificar,analisar de forma crítica exemplos de atitudes preconceituosas e
discriminatórias no contexto escolar;
• Reconhecer os prejuízos que as condutas preconceituosas e discriminatórias
geram na vida dos alunos e para o convívio grupal;
• Socializar o trabalho desenvolvido em relação à temática proposta;
• Participação nas discussões e atividades;
• Comprometimento com o trabalho, a organização, harmonia com o grupo e
individualmente
• Responsabilidade com as tarefas recebidas
• Respeito pelos colegas
• Mudança comportamental
• Capricho, criatividade e ligação com os conceitos trabalhos durante as aulas
para elaboração de materiais, descritivo ou narrativo (uma situação real ou
fictícia);
• Trabalho colaborativo na criação dos cartazes, sugestão de ideias, criatividade
e integração com o grupo;

REFERÊNCIAS ;

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed.


Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
Cartilha Bullying disponível
em: http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19 Vídeo
sobre Bullying: http://www.youtube.com/watch?v=mGbmqdGeokM CAMARGO,
Osmar. Bullying.
PEREIRA BARBOSA, Eliana Filipa ET AL. BULLIYNG – MODELO INTERVENÇÃO.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Discrimina%C3%A7%C3%A3o
"Discriminaçãohttp://www.nomegratis.com/pesquisa-sobre-preconceito-
ediscriminao.html “Pesquisa sobre preconceito e discriminação”
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e
adolescente/comportamento/bullyingescola-494973.shtml - “Bullying”
http://semibreve.wordpress.com/2008/10/13/texto-011-preconceito-
ediscriminacao/ “Preconceito e discriminação”
http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/preconceito.htm - “Preconceito”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito - “Preconceito”
CHALITA, Gabriel. Pedagogia do Amor: a contribuição de histórias universais para
a formação de valores das Histórias Infantis. http://portaldoprofessor.mec.gov.br

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