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JUSTIFICATIVA
A prática do Bullying, tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando
cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vítimas. Discutir
as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é
importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra
nas unidades escolares. Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais
e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência
na escola.
A popularidade do bullying vem crescendo de maneira avassaladora adentrando
nossas escolas, nossos lares e nossa sociedade. Auxiliado com o mau uso e a
influência dos meios de comunicação e eletrônicos, a internet e as reportagens na
televisão, os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando
proporções maiores no nosso dia a dia. Estes fatos podem causar consequências
trágicas - como brigas depressões até mortes e suicídios - e a impunidade
proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema
OBJETIVO GERAL
Pesquisar e refletir sobre as causas e consequências do bullying, tomando como
partida as narrativas de alunos, professores, pais e responsáveis.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
BULLYING
Bullying, pronuncia-se [ˈbʊ ljɪ ŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de
violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo
(do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia,
sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying,
ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas
de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora
da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão
sofrida.
TERMINOLOGIA
Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais
projeção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual sendo
o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia de língua portuguesa.
Existem, entretanto, alternativas como acossamento, ameaça, assédio, intimidação
além dos mais informais judiar e implicar", além de diversos outros termos utilizado
pelos próprios estudantes em diversas regiões.
No Brasil, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra bulir
como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir
apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Por isso, são
corretos os usos dos vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário,
como bulimento (o ato ou efeito de bulir) e bulidor (aquele que pratica o bulimento).
Como a maior parte dos alunos não denuncia e alguns adultos negligenciam sua
importância, a sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento
agressivo. Acossamento, ou "intimidação" ou entre falantes de língua inglesa bullying
é um termo frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado
por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre
alguém ou sobre um grupo mais fraco.
O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan
Olweus define assédio escolar em três termos essenciais
1. O comportamento que é agressivo e negativo;
2. O comportamento que é executado repetidamente;
3. O comportamento que ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio
de poder entre as partes envolvidas.
O assédio escolar divide-se em duas categorias:
Assédio escolar direto; Assédio escolar indireto, também conhecido como
agressão social
O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies)
masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies
do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao
isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de
técnicas, que incluem:
• Espalhar comentários;
• Recusa em se socializar com a vítima;
Intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;
Ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente
significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades
etc).
O assédio pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou
faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer
que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor
(bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do
agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais
intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem
motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência
física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.
Deve-se encorajar os alunos a participarem ativamente da supervisão e
intervenção dos atos de bullying, pois o enfrentamento da situação pelas testemunhas
demonstra aos autores do bullying que eles não terão o apoio do grupo. Uma outra
estratégia é a formação de grupos de apoio, que protegem os alvos e auxiliam na
solução das situações de bullying. Alunos que buscam ajuda tem 75,9% de reduzirem
ou cessarem um caso de bullying.] Os professores devem lidar e resolver efetivamente
os casos de bullying, enquanto as escolas devem aperfeiçoar suas técnicas de
intervenção e buscar a cooperação de outras instituições, como os centros de saúde,
conselhos tutelares e redes de apoio social. Pesquisas indicam que
adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte
necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência
em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados
podem ser particulares fatores de risco. Estudos têm mostrado que enquanto inveja e
ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da
crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies (ou bulidores) sofram
de qualquer déficit de autoestima. Outros pesquisadores também identificaram a
rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos,
o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem
e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.
• Insultar a vítima;
• Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
• Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela
ou propriedade.
• Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material
escolar, roupas, etc, danificando-os.
• Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
• Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
• Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para
seguir as ordens;
• Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente,
uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima,
por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
• Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa
(particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência
pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda,
nacionalidade ou qualquer outra inferioridade;
• Isolamento social da vítima;
• Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar
páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de
relacionamento com publicação de fotos etc); Chantagem.
• Expressões ameaçadoras;
• Grafitagem depreciativa;
• Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigos (para alguém de
fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima
(isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é
uma "vítima perfeita");
• Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.
BULLYING PROFESSOR-ALUNO
O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnicas
mais comuns são:
• Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e
ofendendo sua autoestima.
• Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um
único aluno o expondo a humilhação.
• Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o
aluno e não com os demais.
• Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas.
• Ameaçar o aluno de reprovação.
• Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondoo
a tortura psicológica.
• Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e
acusá-lo de
atos que não
cometeu.
• Tortura física,
mais comum
em crianças
pequenas;
puxões de
orelha, tapas
e cascudos.
1. Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados
em um Boletim de
Ocorrência numa delegacia ou no Ministério Público. A revisão de provas pode ser
requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial.
LOCAIS DE ASSÉDIO
O assédio pode acontecer em
qualquer contexto no qual
seres humanos interajam, tais
como escolas, universidades,
famílias, entre vizinhos e em
locais de trabalho.
Em escolas, o assédio escolar
geralmente ocorre em áreas com
supervisão adulta mínima ou inexistente.
Ele pode acontecer em praticamente
qualquer parte, dentro ou fora do prédio
da escola
Alguns sinais são comuns como a
recusa da criança de ir à escola ao
alegar sintomas como dor de barriga
ou apresentar irritação, nervosismo
ou tristeza anormais. Em muitos países passaram a desencorajar fortemente a
prática do assédio escolar, com programas para promover a cooperação entre os
estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na
resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares.
Devemos oportunizar aos educados aprenderem a adaptar-se a situações e a criar
soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas que possa, surgir com
respeito e confiança.
• Adultos e idosos também são vítimas frequentes de bullying, fazer com que a
vítima fique desconfortável.
• Alcunhas ou apelidos (dar nomes): Uma alcunha (apelido) é dada a alguém por
um amigo, devido a uma característica única dele, uma alcunha pode por vezes
tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de
residência, local de trabalho ou de ambos).
TIPOS DE BULLYING
O Bullying é praticado de diversas maneiras e a gravidade depende também
do comportamento de sua vítima. Como exemplo, sua ação pode ser:
• Física: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater;
• Verbal: apelidar, xingar, insultar, zoar;
• Material: destroçar, estragar, furtar, roubar;
• Moral: difamar, disseminar rumores, caluniar;
• Psicológica: ignorar, excluir, isolar, perseguir, amedrontar, aterrorizar,
intimidar, dominar, tiranizar, chantagear, manipular, ameaçar, discriminar,
ridicularizar;
• Sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
• Virtual: divulgar imagens, criar comunidades, enviar mensagens, invadir a
privacidade (cyberbullying – bullying praticado por meio da internet e de
celulares, geralmente de forma anônima.)
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. O que é bullying?
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais
ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais
colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão,
brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça,
tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante,
educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas
Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a
especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas,
universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode
parecer um simples apelido
inofensivo pode afetar emocional
e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um
possível isolamento ou
queda do rendimento
escolar, crianças e adolescentes
que passam por humilhações
racistas, difamatórias ou
separatistas podem apresentar
doenças psicossomáticas e sofrer
de algum tipo de trauma que
influencie traços da
personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado
emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o
suicídio.
2. O que não é bullying?
Discussões ou brigas pontuais não são
bullying. Conflitos entre professor e aluno ou
aluno e gestor também não são considerados
bullying. Para que seja bullying, é necessário
que a agressão ocorra entre pares (colegas de
classe ou de trabalho, por exemplo). Todo
bullying é uma agressão, mas nem toda a
agressão é classificada como bullying.
Para Telma Vinha, doutora em Psicologia
Educacional e professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), para ser dada como
bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a
intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um
público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o
alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do
autor'', explica a especialista.
Todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não
ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o pediatra Lauro
Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro passo é admitir que a escola é um local
passível de bullying. Deve-se também informar professores e alunos sobre o que é o
problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de
formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir
contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre
estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
14. Como agir com os alunos envolvidos em
um caso de bullying?
O foco deve se voltar para a
recuperação de valores essenciais, como o
respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a
violência. A escola não pode legitimar a
atuação do autor da agressão nem humilhá-lo
ou puni-lo com medidas não relacionadas ao
mal causado, como proibi-lo de frequentar o
intervalo.
Já o alvo precisa ter a autoestima
fortalecida e sentir que está em um lugar
seguro para falar sobre o ocorrido. "Às vezes,
quando o aluno resolve conversar, não recebe
a atenção necessária, pois a escola não acha
o
problema grave e deixa passar", alerta
Aramis Lopes, presidente do Departamento
Científico de Segurança da Criança e do
Adolescente da Sociedade Brasileira de
Pediatria.
Ainda é preciso conscientizar o espectador do
bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como
realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda
a turma.
A exibição de filmes que retratam o bullying, como ''As melhores coisas do
mundo'' (Brasil, 2010), da cineasta Laís Bodanzky, também ajudam no trabalho. A
partir do momento em que a escola fala com quem assiste à violência, ele para de
aplaudir e o autor perde sua fama'', explica Adriana Ramos, pesquisadora da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de
pósgraduação ''As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia
moral'', da Universidade de Franca (Unifran).
19. Quais são as especificidades para lidar com o bullying na Educação Infantil?
Para evitar o bullying, é preciso que a escola valide os princípios de respeito
desde cedo. É comum que as crianças menores briguem com o argumento de não
gostar uns dos outros, mas o educador precisa apontar que todos devem ser
respeitados, independentemente de se dar bem ou não com uma pessoa, para que
essa idéia não persista durante o desenvolvimento da criança.
Quando o bullying ocorre entre os pequenos, o educador deve ajudar o alvo da
agressão a lidar com a dor trazida pelo conflito. A indignação faz com que a criança
tenha alguma reação. ''Muitas vezes, o professor, em vez de mostrar como resolver a
briga com uma conversa, incentiva a paz sem o senso de injustiça, pois o submisso
não dá trabalho'', ressalta Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
20. O que é bullying virtual ou cyberbullying?
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos,
com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários
virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que dizem e fazem na escola, mas com
o agravante de que as pessoas envolvidas não estão
cara a cara.
Dessa forma, o anonimato pode aumentar a
crueldade dos comentários e das ameaças e os
efeitos podem ser tão graves ou piores. "O autor,
assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos
ou formar novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e
pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas
(Unicamp).
Esse tormento que a agressão pela internet faz com que a criança ou o
adolescente humilhado não se sinta mais seguro em lugar algum, em momento algum.
Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas
(FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos
digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer
amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."
PUBLICO ALVO:
Alunos, professores colegas de sala, colegas de escola, colegas de trabalho e toda
a comunidade escolar.
Observações: Elabore um cronograma com as datas e as atividades que serão
realizadas. Mobilize toda a escola para aplicação deste projeto. Convite os alunos a
criarem cartazes outdoor, postagens e etc.
Pare o filme e solicite que os alunos elaborem uma redação/discussão/debate sobre qual será
a atitude do personagem em uma determinada cena. Depois Volte para o filme. É uma boa
atividade para se trabalhar valores e crenças e como cada um de nós reagimos ou reagiríamos
em determinadas situações.
Um Grande Garoto
As Cores da Zebra
Nana Toledo – Ilustração: Guilherme Karsten
A Mensagem de Augusto
Nana Toledo – Ilustração: Sole Otero
TUDO POR VOCÊ, de Georgina Martins, conta a história de Rafael, que sofre
agressão física pelo fato de ser homossexual, mas supera as adversidades através
do apoio de amigos e da professora que ensina o verdadeiro significado do respeito.
ATIVIDADES SUGERIDAS
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O LIVRO
TRÊS CONTRA UM
Texto: Rosângela Vieira Rocha - Ilustrações: Neli Aquino
16p. – 4 cores – 17x25cm
Gabriel é um menino que, nascido na roça, vai morar na cidade para estudar.
Ele e o irmão passam a semana sozinhos com a mãe, enquanto o pai só vem vê-los
nos finais de semana, pois não pode largar o sítio, onde planta legumes, verduras e
flores para vender. Tudo daria certo se ele não fosse perseguido na escola por três
colegas, que fazem tudo para dificultar a sua vida.
Temas abordados: preconceito, violência, bullying (perseguição física e psicológica),
papel da escola na coibição da prática do bullying, amizade entre irmãos,
comportamento dos pais.
Temas transversais: Ética: respeito à diversidade das pessoas, generosidade,
fraternidade.
• A personagem principal, Gabriel, é um menino que nasceu e viveu alguns anos
na área rural. Converse com as crianças sobre a importância do amor à
natureza e o respeito aos sitiantes.
• Que histórias sobre a roça eles conhecem?
• Já viram plantações? De quê?
• Se não fossem os produtores rurais, de onde sairiam nossos alimentos?
Discuta sua função na economia do país.
• Converse com os alunos sobre preconceitos e formas de violência.
• Que preconceitos existem? Por que razões? Discuta-os.
• Qual foi a atitude de Mariana, a menina de quem Gabriel gosta? Ela é
preconceituosa?
• Que papel o irmão caçula de Gabriel, Ronaldo, desempenha na história? Como
a escola enfrentou o problema do bullying? A atuação da diretoria e dos
professores foi decisiva para a solução do problema?
• Discuta a atitude do trio que perseguiu Gabriel. Por que eles agiram assim? O
que leva alunos a perseguirem colegas? Como fazer para extinguir esse tipo
de comportamento?
• Converse com os alunos sobre o valor da amizade, do coleguismo e mostre de
que maneira expressões como "menino da roça" são carregadas de
preconceito. Quais as diferenças existentes entre nascer na roça e nascer na
cidade?
OBJETIVOS:
# Refletir sobre os valores;
# Refletir sobre o Bullying ( tão presente hoje
nas salas de aula )
# Despertar o senso crítico sobre o mal
causado pelo preconceito
# Despertar para a valorização de si e dos
outros colegas.
RECURSOS UTILIZADOS :
_ Cópias do texto : EU E O ESPELHO
_ História : O PATINHO FEIO e/ou o VÍDEO
_ Levar para a sala um espelho
_ DINÃMICA DO ESPELHO
ESTRATÉGIAS
Atividade 1
# Motivar os alunos (vocês devem pensar em alguém que lhes seja de grande
significado)
# Utilização da DINÂMICA “”O ESPELHO “”Participantes: 10 a 30 pessoas
Atividade 2
“EU E O ESPELHO “
Um homem muito desanimado entrou na igreja, ajoelhou-se e falou com Deus:
- Senhor, aqui estou porque nas igrejas não há espelhos. Sou feio e nunca me
senti satisfeito com a minha aparência.
Subitamente uma folha de papel caiu aos pés dele, vinha do alto do templo.
Atônito ele a apanhou e viu a seguinte mensagem:
“A feiura é invenção dos homens e não minha.
Não importa se os braços são longos ou
curtos. Sua função é o desempenho do trabalho
honesto.
Não importa se as mãos são delicadas ou
grosseiras. Sua função é dar e receber o bem.
Não importa a aparência dos pés. Sua função
é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa se a cabeça tem ou não cabelo,
mas sim os pensamentos que passam por ela.
Não importa a cor dos olhos. O que importa é
que eles vejam o valor da vida.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativo. O que importa são as
palavras que saem dela.
Atônito o homem foi saindo da igreja e na porta de vidro viu o seu reflexo E ali
estava escrito: Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se que em tudo
que existe escrito sobre mim, não há uma única linha dizendo que sou bonito. Olhe-
se no espelho e veja a beleza que há dentro de você.
REFLEXÂO (Comentários dos alunos) e elaboração de cartaz desenho, frase
texto sobre o tema respeitando as diferenças, enfatizar que cada um teme suas
características e deve ser respeitado como pessoa, independente de sexo,
etnia ou crença;
Avaliação foi contínua, observando a participação dos alunos : interatividade,
motivação, criatividade, interesse e aprendizagem.
SUGESTÃO 2
Metodologia:
Leitura e Discussão do Texto: O Diário de Davi Satil: Uma vítima de Bullying Veja o
texto neste link: http://silvanosulzarty.blogspot.com/2011/04/o-diario-de-deviduma-
vitima-de-bullig.html
Questões, que podem ser discutidas após a leitura do texto com a turma.
Sugestões:
SUGESTÃO 3
BULLYING
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE
• Observação da realidade social, concreta, pelos alunos, a partir de um
tema ou unidade de estudo. As discussões entre os componentes do
grupo e com o professor ajudarão na redação do problema, como uma
síntese desta etapa e que passará a ser a referência para todas as outras
FONTE: wwwpluralidadecultural1.blogspot.com/2009/11/charge-bullying.html
• Perguntar tambem se eles ja passaram por alguma cena parecida?
Onde que eles sofreram o bullying?
Pontos chaves:
1°passo:
• Sugerimos ao professor que leia um texto explicando realmente o que é bullying
quando é praticado e como é praticado.
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas
as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que
ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter
a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma
relação desigual de forças ou poder.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer
contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade,
família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma
tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou
desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.
Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou
supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os
apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem
com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas”
do agressor.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com
sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de
relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia,
pertencentes à família desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus
membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores
geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de
fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança,
o que os impede de solicitar ajuda.
www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm
2°passo:
• Apresentar um vídeo falando um pouco de bullying.
• Perguntar aos alunos se eles aprenderam o que é bullying? Quando estão
sofrendo bullying?
FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=EmgxeUh7GmA&feature=player_embedded
3°passo:
• Passar algumas atividades relacionadas ao bullying.
• Sugerimos ao professor que peça aos alunos que pesquise imagem que
mostram atitudes de bullying para fazer cartazes e colocar no mural da escola.
Para conscientizar todos da escola.
4°passo:
• Passar uma historinha para os alunos se conscientizarem terem cuidado ao
mexer em sites de relacionamento.
SUGESTÃO 4
RECONCEITO E BULLYING
Tema
Solidariedade
Diálogo
Respeito mútuo
Justiça
O aluno poderá aprender com esta aula
1. Conceituar e diferenciar os termos preconceito e bullying.
2. Identificar exemplos de atitudes preconceituosas e de bullying no contexto
escolar. 3. Reconhecer os prejuízos que as condutas preconceituosas e de
bullying geram na vida dos alunos e para o convívio grupal.
4. Perceber que a coletividade é importante para um bom convívio social e que as
formas de preconceito e de exclusão prejudicam esse convívio.
1ª ATIVIDADE:
Dando início à aula, o professor deverá anunciar aos alunos que irão trabalhar
com temas polêmicos, mas muito presentes em várias situações do dia a dia e que
ocorrem em diferentes espaços sociais: o preconceito e o bullying. Para isto,
primeiramente, o professor apresentará duas palavras no quadro: PRECONCEITO e
BULLYING, formando duas colunas.
Em seguida, entregará para alguns alunos fichas contendo afirmações
relacionadas aos temas, misturadas aleatoriamente. Um aluno de cada vez deverá
ler o que está na ficha recebida e, juntamente com os colegas, deverão decidir em
qual coluna esta ficha será colocada ou se poderá corresponder às duas colunas ao
mesmo tempo, justificando-as.
Neste momento, deverão contar também com a mediação do professor.
“De modo geral, o seu ponto de partida é uma generalização superficial, como por
exemplo: ‘todos os norte-americanos são arrogantes’, ‘homem que é homem não
chora’, 'todas as mulheres loiras são burras', 'toda mulher dirige mal'.
“Ameaça. Tirania.”
“Opressão. Intimidação.”
“Humilhação. Maltrato.”
“O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar
emocional e fisicamente o alvo da ofensa.”
2ª ATIVIDADE:
Assistir com os alunos uma apresentação em Power Point do livro:
KLEIN, Cristina. Bullying na Escola – Também Quero Brincar! Blu Editora. 2011.
Após realizar comentários referente ao livro introduzindo à realidade da escola.
3ª ATIVIDADE:
Desenvolver um questionário com os(as) alunos(a):
1 – O que você gosta em você?
2 – O que você acha que os outros gostam em você?
3 – O que você não gosta em você?
4 – O que você acha que os outros não gostam em você? Isso é um “defeito”ou
somente uma característica sua como ser humano?
5 – Você já foi excluído ou ofendido por alguém ou por um grupo devido a essa sua
característica humana?
6_ Se não, como você se sentiria se fosse excluído ou ofendido por causa dessa sua
característica humana?
Fazer leitura das respostas e comentários.
4ª ATIVIDADE:
Distribuir a turma em 6 grupos. Com um pedaço de papel para cada grupo, onde
desenharão, predeterminado, uma parte do corpo humano e recortarão. Após, na
sala, montar o boneco, fazendo os questionamentos a seguir:
1. O desenho foi feito com amor e cuidado ou de qualquer jeito?
2. Mesmo fazendo com cuidado e amor, o boneco ficou perfeito?
3. Mesmo nossas famílias nos terem criado com amor e cuidados, ficamos
perfeitos?
4. Relacionar o ser humano com o boneco
Para finalizar, cada um desenhará ou escreverá, dentro do boneco, o que entendeu
sobre o preconceito e o bullying.
SUGESTÃO 5
SUGESTÃO 6
FINALIDADE:
Reflexão e Ensinar a lidar com as diferenças pessoais, de modo a garantir a
interação, o respeito à liberdade e a tolerância, princípios estes previstos pela LDB
(Lei nº. 9.394/96). Realizar a interação dos grupos respeitando a individualidade nas
diferenças.
DURAÇÃO DA AULA:
Aula de 60 a 120 minutos, dividindo-a em duas etapas: a primeira, com a
exposição do conceito, breve histórico, formas e efeitos do bullying, e, a segunda,
reflexiva e problematizando a questão em nível de debate, formação de opinião e
propondo trabalho em grupo, com o restante do tempo.
ESTRATÉGIAS E RECURSOS DA AULA:
Professor deve ler artigos, jornais, abordar noticiários, mostrar filmes,
conversar e debater com seus alunos sobre bullying, de forma atrair e despertar o
interesse. Fomentar o comportamento ética.
METODOLOGIA:
Apresentação e explanação dos seguintes tópicos: Conceito, Breve histórico,
Formas de bullying, Efeitos do bullying, Reflexão-Problematização, Avaliação e
Conclusão.
CONCEITO:
Bullying, termo emprestado da língua inglesa, é a prática de intimidação e
assédio moral praticada por um ou mais indivíduos, de forma repetitiva, em face de
uma pessoa que, vitimada, não encontra meios para se defender, gerando diversos
danos psicológicos.
Segundo as lições de Orson Camargo, Mestre em Sociologia pela Universidade
Estadual de Campinas – UNICAMP, o bullying pode ser definido como:
“Todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou
mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou
agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender,
sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.”
BREVE HISTÓRICO:
Acredita-se que a prática do bullying sempre existiu. Entretanto, é nos dias
atuais que o tema vem sendo mais amplamente divulgado, tratado pelos mais diversos
meios de comunicação, sobretudo em decorrência dos efeitos negativos gerados nas
crianças que sofrem do bullying.
Caso histórico e atribuído por alguns autores como a primeira grande
manifestação da prática – e efeitos - do bullying surgiu na Noruega, na década de 80,
quando três crianças suicidaram-se em decorrência dos efeitos do bullying nelas
ocasionados, o que mobilizou o governo Norueguês a incentivar pesquisas acerca
dessa forma peculiar de assédio.
FORMAS DE BULLYING:
Diversas são as formas de bullying. As mais costumeiras são no sentido de
ridicularizar a vítima em decorrência de seus aspectos físicos, no mais das vezes,
tidos pela sociedade como fora dos padrões de beleza. Hoje, a prática do bullying
costuma associar-se à obesidade, deficiências físicas, baixa ou alta estatura, orelhas
de abano, dentre outros.
EFEITOS DO BULLYING:
Os efeitos do bullying são tão graves que, em alguns casos, podem gerar a
evasão escolar, dores de estômago, náuseas, depressão, e até mesmo atingir o nível
mais drástico, com a própria morte da vítima.
REFLEXÃO-PROBLEMATIZAÇÃO:
De acordo com A Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, nos
artigos I e XXVI respectivamente. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos” e que “Todo ser humano tem direito à instrução”.
SUGESTÃO 7
BULLYING TO FORA
Atividade 1:
Ouvindo história e refletindo...
Para dar início à aula, convide os alunos para ouvir a história
“O apelido de Mariana”, de Cristina Von, que deverá ser lida
em voz alta pelo professor.
Sinopse do livro:
Mariana, a Coelha, Giovana, a Cara de Pizza, Antônio,
Pintor de Rodapé... Apelidos são sempre divertidos para
quem os inventa. Mas serão também divertidos para quem
recebe o apelido? Veja, neste livro, como Mariana lidou com
esta situação.
Referência bibliográfica: VON, Cristina. O Apelido de Mariana. São Paulo: Callis,
2003. Coleção Moral da História.
Após a leitura da história, abra espaço aos alunos para que comentem sobre o
que sentiram e acharam da história e da forma como Mariana lidou com a situação
relacionada aos apelidos.
Em seguida, pergunte à turma:
1. Vocês acham que apelidos são sempre divertidos para quem os inventa?
2. E para quem recebe o apelido?
3. Será que sempre o apelido que a gente não gosta é o que “pega”?
4. Por que isto acontece?
5. Há apelidos que são usados como forma de carinho, amizade?
6. Quais são eles?
7. E quais apelidos podem gerar mágoas, desconforto, discriminação, inimizade?
Este tipo de apelido pode interferir na aprendizagem e no convívio com os
outros? Por quê?
8. Na escola, vocês costumam dar apelidos aos outros? E também recebem
apelidos?
9. Quando vocês recebem um apelido de que não gostam, o que costumam fazer?
Vocês avaliam que os apelidos utilizados em sala de aula têm prejudicado o
relacionamento da turma?
Professor, este momento é uma rica oportunidade para incentivar a turma a refletir
sobre a necessidade de considerar o ponto de vista do outro, de forma ética e
respeitosa, pois determinados apelidos podem agradar alguns e desagradar outros,
podendo prejudicar o aprendizado e o convívio grupal.
Atividade 2:
Ampliando a reflexão: apelidos para o bem e para o mal?
Para a realização desta atividade, poderão contar com o professor de Língua
Portuguesa, a fim de colaborar com a leitura, interpretação, discussão e sínteses
referentes aos dois textos que tratam do tema proposto.
Peça à turma que se organize em 4 grupos, para que leiam, discutam e registrem
aspectos que consideram mais significativos em relação ao texto lido. Assim, entregue
uma cópia do texto 1 para dois grupos e distribua uma cópia do texto 2 para os demais
grupos.
Texto 1
PEDRINHA
Rosa Aparecida dos Santos Ferreira
Oi! Meu nome é Mariana, mas prefiro ser chamada de Nina. Estudo em uma
escola que fica aqui no meu bairro. A maioria dos meus amigos mora e estuda aqui
também. Não quero dizer que somos todos iguais; pelo contrário, existem crianças
bem diferentes e isso, às vezes, causa tanta confusão...
Um dia, na hora do recreio, eu estava com meus amigos brincando de bola
queimada e um menino quis brincar com a gente, mas todo mundo foi contra.
Disseram que ele era gordo demais para brincar de bola. Também já fizeram piadas
maldosas com um menino magrinho e com um baixinho de óculos. Bem, todo mundo
é diferente. Mas, acho que quando uma criança é diferente da maioria, em alguma
coisa, ela sofre muito na escola. Você acha isto justo? Eu não. Fiquei muito triste com
este assunto.
Quando cheguei em casa, nem quis almoçar. Fui para uma praça que fica perto
da minha casa. Lá encontrei a tartaruga Pedrinha.
Ela cochilava escondida em um canteiro de flores. Pedrinha se assustou quando eu
coloquei a mão no canteiro e, irritada, me perguntou:
- Você tem um bom motivo para ter me acordado? O que aconteceu?
Respondi logo:
- Nada não, me desculpe.
- Já que me acordou me diga o motivo dessa tristeza. Não suporto ver ninguém triste.
Contei a ela, então, tudo o que aconteceu e o que eu tinha pensando sobre o
assunto. Ela me ouviu calada, como se estivesse relembrando alguma coisa. Olhou
para mim e começou a contar sua história.
Há algum tempo atrás, eu também era muito triste e solitária. Sempre admirei
os pássaros com suas lindas plumagens e seu vôo
tão gracioso no céu. Invejava os pelos macios dos
coelhos, a agilidade dos gatos, a esperteza e o belo
porte dos cães. Mas, quando eu queria brincar com
eles, sempre davam um jeito de me deixar de fora
da brincadeira.
Todos zombavam de mim. Me chamavam de
lerda, cascuda, preguiçosa e de outros apelidos
horríveis. Acontece que eu podia me esconder de todos eles, mas não de mim mesma.
No fundo, eu era a mais malvada comigo, pois me deixava ser maltratada por outros.
Sentia-me feia, incapaz, indesejada e inútil mesmo.
Um dia, nesta mesma praça, estavam todos aqui brincando e, eu como sempre,
fiquei olhando de longe. Foi quando começou a chover tão rápido que não deu tempo
de ninguém escapar. Todos ficaram encharcados dos pés à cabeça. Quer dizer, todos,
menos eu, que estava quentinha e bem protegida. Aquele casco duro e escuro, do
qual todos caçoavam me protegia de tudo, como se fosse uma sombrinha – percebi
que ele fazia parte de mim e estaria comigo onde quer que eu andasse.
A partir desse dia, me senti mais segura, pois meu casco tinha uma boa razão
para existir. Quanto à minha lerdeza, não posso nem quero mudar meu jeito de ser.
Os outros é que devem me aceitar como sou!
Voltei para casa menos triste depois de ter conversado com a Pedrinha, mas
depois pensei que nem sempre as pessoas conseguem se aceitar assim. E tem mais:
não vou dizer que não devemos nos aceitar e também aos outros, mas será que
quando aceitamos o nosso jeito, conseguimos mudá-lo para sermos melhor ou vamos
sempre achar que está bom sermos assim como somos?
Referência bibliográfica: OLIVEIRA, Paula Ramos de. Um mundo de histórias –
textos para começar a filosofar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 55-58 (Texto na
íntegra).
Texto 2
APELIDOS PARA O BEM OU PARA O MAL
Elizangela Wroniski
Colocar apelidos nas pessoas é uma mania nacional e quase ninguém escapa
de ter um, nem que seja o diminutivo do próprio nome. Nenhum outro país usa tanto
os apelidos para batizar seus craques do esporte. Este costume pode refletir carinho
e amizade, mas também gerar mágoas, desconforto e inimizade. Na escola interfere
na aprendizagem e no convívio com os colegas.
É quase impossível encontrar alguém que não tenha apelido. Quando a criança
ganha um nome comprido, os familiares tratam logo de abreviá-lo. Gustavo vira Guto
e Maria Eduarda, Duda. Além de facilitar a pronúncia do nome, de um modo geral, as
famílias acham mais carinhoso chamar a criança pelo apelido.
Mas a substituição do nome também nasce de outras maneiras e fora do convívio
familiar. É comum surgirem apelidos na escola e no ambiente de trabalho. Há os
apelidos que demonstram carinho, mas há os pejorativos, como por exemplo, “marcha
lenta”. Eles acabam criando um clima ruim entre colegas e podem até afetar o
rendimento escolar. Geralmente, estão relacionados a alguma característica física,
comportamental ou a algum fato que tenha ocorrido durante a aula, na hora do recreio
ou em outras situações sociais.
As chances de desagradar quem recebe o apelido é muito grande. O psicólogo
e diretor do Colégio Martinus, Marcos Meier, diz que na instituição devem ser
utilizados apenas apelidos considerados carinhosos por parte de quem os recebe,
como a abreviatura do nome Daniela para Dani. Outros que retratam características
físicas, como “bocão”, devem ser evitados.
O diretor diz que a melhor maneira de se livrar do apelido é falar diretamente
com o colega que inventou o nome e explicar que não gostou. Mas se isto não
resolver, deve procurar ajuda de um professor ou pedagogo. O docente deve ter muito
cuidado e resolver tudo numa conversa particular com os alunos, procurando não
fazer alarde para que a situação não se torne constrangedora.
Atitudes também devem ser tomadas mesmo quando o aluno fala que não liga
ou que não fica chateado com o apelido. A primeira atitude da criança é se isolar no
recreio e da turma. Começa a se atrasar para sair de casa porque sabe que se chegar
na escola e o professor já estiver na sala, não ouvirá gracinhas. Depois a criança
começa a faltar às aulas e isto começa a afetar o seu rendimento e prejudicar o círculo
de amizades.
Geralmente na escola não há uma política específica para combater apelidos
pejorativos. Mas, a instituição deve ter princípios éticos, sendo que um deles é o de
promover o respeito entre as pessoas e, portanto, a criação de um nome desagradável
para alguém fere este princípio.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/214859/ (Texto na íntegra)
Texto 1:
1. Vocês se identificam mais com a tartaruga Pedrinha ou com os outros animais
que zombavam dela?
2. Se vocês fossem a Pedrinha, o que fariam?
3. O que falariam para os outros animais?
4. Vocês já vivenciaram situações parecidas com a de Pedrinha?
5. Vocês concordam com a tartaruga quando ela diz que era a mais malvada
consigo mesma, pois se deixava ser maltratada por outros? Por quê?
6. Vocês também já se sentiram assim? O que fizeram?
7. Vocês consideram importante nos aceitarmos como somos e também respeitar
os outros como eles são?
8. Mesmo tendo respeito para consigo mesmo e para com os outros, é importante
refletir sobre o nosso jeito de ser a fim de nos tornarmos pessoas melhores a
cada dia?
Texto 2:
1. Vocês concordam com o autor que há apelidos para o bem e para o mal?
2. Qual tipo de apelidos vocês acham que predomina no contexto escolar?
3. Quais são os exemplos apresentados pelo autor para justificar que apelidos
podem prejudicar as relações entre os alunos e o rendimento escolar?
4. Vocês concordam com ele? Por quê?
5. Vocês acrescentariam outros exemplos?
6. Quais foram as sugestões apresentadas pelo diretor, para evitar apelidos
pejorativos na escola?
7. Vocês concordam com estas sugestões?
8. Vocês sugerem outras? Quais?
Por fim, proponha a produção coletiva de um texto sobre o tema, com base nas
leituras e discussões realizadas, podendo ampliar com outros aspectos referentes ao
tema, com exemplos vividos por eles ou citados nos textos lidos e sugestões de como
evitar apelidos na escola. Este texto poderá ser afixado na sala de aula e nos murais
da escola.
Atividade 3:
Apelidos sempre incomodam?
Inicie a atividade, exibindo o vídeo sobre a reportagem feita na cidade de Itabaiana,
intitulado “Apelidos em Itabaiana”, disponível no link
http://www.youtube.com/watch?v=JagWDh4g4c4&feature=related
Depoimentos de alunos...
Agora, vamos conhecer depoimentos de crianças e jovens que receberam
apelidos pejorativos no contexto escolar.
Solicite aos alunos que analisem criticamente estes depoimentos, identificando
os sentimentos e reações destas pessoas, de forma coletiva.
Sugestão de depoimentos (adaptados dos links indicados abaixo):
Depoimento 1:
“Em 2005, João, 10 anos, ganhou um apelido tão constrangedor que nem
consegue dizer qual era. Diz só que as formas mais "carinhosas" pelas quais os
colegas o chamavam eram ‘mariposa’ ou ‘quatro-olhos’. Ruivo e de óculos, foi
isolado e ninguém mais o convidava nem para festas. ‘Tinha gente que me falava
que estava convidando a classe toda menos eu. Saía da escola chorando’. O
colégio percebeu o problema e começou a falar sobre bullying com toda a turma.
Em poucos meses, a mudança foi perceptível. ‘Hoje ninguém mais me dá
apelidos estúpidos e tenho amigos. Todos perceberam como é ruim tirar sarro’,
diz ele. Seu colega Francisco, 11 anos, concorda: ‘Às vezes a gente dá um
apelido e não percebe que machuca".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18676.shtml
Depoimento 2:
“Purga, na verdade Luciane, carrega o apelido desde o 4.ª ano. Ela conta
que era magricela, tinha o cabelo curtinho e era bem bronzeada. Os amigos
acharam que ela lembrava uma pulga e não perderam tempo, logo trocaram o
nome. Ela diz que ficava chateada com os amigos e pedia que parassem de
falar, mas quanto mais dizia que não gostava, mais e mais o nome pegava”.
Depoimento 3:
“A ‘Mandioca’, Amanda, diz que a brincadeira começou na escola, sendo
uma brincadeira com as letras do nome. Ela também não gostava da ideia no
início, mas preferiu não dar bola para não dar mais corda à situação. Segundo
ela, não ficou chateada porque o apelido foi dado pelos amigos e só eles a
chamavam assim”.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/214859/ (depoimentos 2 e 3)
SUGESTÃO 8
Atividade 1:
1º Momento: Contar a história: “Apelido não tem
cola”, disponível em:
http://www.jacotei.com.br/apelido-nao-tem-cola-
oteroregina-8510016038.html
Sinopse: O livro leva o leitor a refletir sobre o quanto
muitas vezes um apelido pode despertar um
sentimento ruim nas crianças, deixando-as
envergonhada, exposta, triste.
2º Momento: Em duplas os/as alunos/as deverão recordar apelidos que já receberam
de seus/suas amigos/as e que não lhe agradaram.
Caso a criança nunca tenha vivido essa situação, sugerir que procure se
lembrar de alguém que conheça e que muitas vezes é alvo de apelidos pejorativos
dos colegas.
3º Momento: Após essa etapa os/as alunos/as deverão buscar formas de combater
esse ato discriminatório de apelidarem propondo ações concretas para romper com
isso.
Atividade 2:
1º Momento: Dividir a turma em trios para assistirem aos vídeos:
Bullying no programa Altas Horas, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=4Us_X30qEl4
2º Momento:
Após o preenchimento da cruzadinha, os/as alunos/as deverão construir os
enunciados das palavras, como por exemplo:
1) As pessoas que recebem apelidos podem sentir......................(vergonha) Assim,
os s/as alunos/as dão continuidade à tarefa e constroem todos os enunciados até o
número 9 (nove).
SUGESTÃO 9
BOAS MANEIRAS
TEMAS :
• Pluralidade e direitos
• Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
• Saúde e Relações sociais, acordos e limites
• Pluralidade Cultural Cidadania: diferenças e desigualdades
• Papel da interação entre alunos
Direitos e deveres
Atenção Professor!
Organize a sala de aula de forma que os alunos possam formar um círculo no
centro da sala e assistir um vídeo de forma confortável, ou seja, espalhe almofadas,
colchonetes, pufes, etc.
O número de assentos deve ser a metade do número de alunos, para que eles
sentem aos pares. É importante que os alunos não estejam presentes quando o
professor estiver organizando a sala, para que o professor possa verificar a reação
dos alunos no espaço. Reserve cartolina, pincel atômico e fita crepe.
Após organizar a sala de aula o professor deverá convidar os alunos para
conhecer o espaço. Ao chegar na sala de aula, é provável que os alunos criem
tumultos por não haver lugares suficientes a todos, sendo assim sugira que eles
sentem em duplas e observe a reação da turma.
SUGESTÃO 10
BULLYING E A VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Espaço e pluralidade
Cidadania: diferenças e desigualdade
Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Diálogo
Respeito mútuo
Indivíduo, identidade e socialização
Cultura e diversidade cultural
O aluno poderá aprender com esta aulaConceituar o Bullying: o que é, suas causas
e consequências, como ocorrem e o que fazer frente a isso;
Abordar o Bullying contra a pessoa com deficiência;
Discutir sobre a importância de respeitar e valorizar as diferenças uns dos outros, de
forma que ninguém seja vítima de Bullying no contexto escolar.
Sugestão:
O professor poderá imprimir as figuras e disponibilizá-las para cada dupla, ou
poderá fazê-las utilizando EVA – Etil Vinil Acetato- e levá-las para os alunos
realizarem a atividade.
Descoberta a palavra pelas duplas, o professor deverá dizer que é sobre de o
“Bullying e a violência contra a pessoa com deficiência” o tema das aulas. Em
seguida, o professor poderá perguntar aos alunos se eles sabem o que Bullying, o
que pensam disso etc.
Após ouvir as opiniões dos alunos, as próximas atividades poderão ser
desenvolvidas.
Atividade 1
Estando os alunos organizados em duplas no laboratório de informática, o
professor deverá mostrar para a turma a tirinha abaixo (Fig.2).
Figura 2: Tirinha
Disponível em: http://blogs.abril.com.br/liece148/2010/05/bullying.html
Sugestão
O professor deverá imprimir a tirinha e disponibilizar para cada dupla um
exemplar da mesma, de forma a facilitar a realização da atividade.
Finalizada a leitura da tirinha, o professor deverá, por meio do roteiro disponível
abaixo, iniciar uma conversa sobre esta com os alunos.
Roteiro de Discussão
Atividade 2
Dando prosseguimento à aula, o professor deverá apresentar aos alunos o
vídeo “Matéria sobre Bullying nas escolas Rede Tv Cidade Nova Mutum”, com
duração de 02 minutos e 34 segundos, conforme postado abaixo.
Link do vídeo “Matéria sobre Bullying nas escolas Rede Tv Cidade Nova Mutum":
http://www.youtube.com/watch?v=cdEEKaJoN_I
Sugestão:
O professor poderá gravar o vídeo em DVD e
apresentá-lo para os alunos na Sala de Vídeo da escola,
de forma que todos possam assisti-lo ao mesmo tempo.
Após a apresentação do vídeo, o professor deverá iniciar
uma discussão, em aula aberta, como todos da sala de
aula. Para isso, sugerimos o roteiro abaixo.
Roteiro de discussão.
1. Qual o principal assunto abordado no vídeo?
2. Que tipo de violência o vídeo busca combater nas escolas americanas?
3. Por meio do vídeo vocês conseguiram compreender o que é o Bullying?
4. O Bullying existe somente nos Estados Unidos ou em outros paises como, por
exemplo, o Brasil?
5. Vocês acharam que o assunto da tirinha possui algo em comum com o vídeo? O
que seria?
6. Quais os tipos de Bullying citados no vídeo?
7. Qual Bullying é praticado pelo personagem Moe da tirinha?
8. O Bullying pode proporcionar traumas - físicos, psicológicos e emocionais - na
pessoa que é vítima dele?
9. No vídeo diversos professores estariam participando de palestras sobre Bullying.
Vocês acham que aqui na escola há casos de Bullying? O que fazer para evitá-lo?
Atividade 3
Neste momento, de forma a ampliar a compreensão e o conhecimento dos
alunos acerca do Bullying, os alunos, em grupos de quatro integrantes (junção de
duas duplas), deverão realizar uma pesquisa na Internet sobre este assunto. Para
isto, cada dupla deverá escolher um dos temas disponíveis no roteiro abaixo.
Observação
No decorrer das pesquisas os alunos deverão localizar imagens para a
elaboração de um mural a ser realizada posteriormente.
Para o desenvolvimento das pesquisas, sugerimos os sites postados abaixo.
Finalizadas as pesquisas, cada grupo deverá
expor oralmente, os resultados encontrados nestas. Em
seguida, o professor deverá questionar os alunos da
seguinte forma:
Como assistimos no vídeo, não é correto fazermos
Bullying contra ninguém, mas o que vocês acham do
Bullying contra alunos com deficiência? Será que eles
conseguem se defender sozinhos?
Atividade 4
Finalizada a discussão, os alunos,
ainda em grupos, deverão elaborar um
mural sobre o Bullying. O mural deverá
conter as informações e conhecimentos
adquiridos durante as atividades
anteriores, em especial dos resultados
das pesquisas realizadas anteriormente.
Exemplo de Mural
Ao término da aula é fundamental
que os alunos tenham compreendido que
a prática do Bullying é um ato de violência
e que pode causar conseqüências físicas,
psicológicas e emocionais para a pessoa
que é vítima deste ato covarde.
Além disso, que os alunos com
deficiência, quando são vítimas do
Bullying, muitas vezes, não tem como se
defender - o que torna o ato mais violento.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1) Para finalizar a aula, os alunos poderão organizar uma amostra de
conscientização com o tema:
“Diga não ao Bullying”, utilizando os murais da atividade.
Todos os cartazes deverão conter os resultados das pesquisas e discussões
feitas nas atividades anteriores.
É importante que essa amostra seja em um local que possa ser acessado por
todos, buscando a conscientização escolar
contra a prática do Bullying.
SUGESTÃO 11
1º MOMENTO
O professor inicia esta aula apresentando para a
turma o filme "Karatê Kid".
2º MOMENTO
O professor deverá iniciar esse momento realizando uma leitura compartilhada
do texto abaixo.
Por que um nome em inglês?
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão,
brigão. Como verbo, quer dizer ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar,
maltratar. O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor
da Universidade da Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes,
Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e
que, portanto, bullying era um mal a combater. Ainda não existe termo equivalente em
português, mas alguns psicólogos e estudiosos do assunto o denominam “violência
moral”, “vitimização” ou “maus tratos entre pares”, uma vez que se trata de um
fenômeno de grupo em que a agressão acontece entre iguais – no caso, estudantes.
Como é um assunto examinado criteriosamente há pouco tempo, cada país ainda
precisa encontrar um vocábulo ou uma expressão, em sua própria língua, que tenha
esse significado tão amplo.
Texto retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/bullying-problema-merece-
traducao475045.shtml
ANA HICKMANN, modelo. Apelido na escola: Ana Banana. Como reagia ao ser
importunada: ficava triste e permanecia calada. "Entendi com o tempo que a chacota
não tinha o menor valor".
MAÍLSON DA NÓBREGA, economista. Apelido na escola: Mané Perua (pela
atribuída semelhança com um senhor, notório pela feiúra, que residia em sua cidade
natal). Como reagia ao ser importunado: ficava calado. "A brincadeira deixava de ter
graça"
FERNANDO MELIGENI, tenista. Apelido na escola: Móbile (por sua magreza). Como
reagia ao ser importunado: discutia com os colegas, embora não surtisse nenhum
efeito. "Isso me fez desenvolver um espírito de autodefesa".
EDUARDO PAES, deputado federal. Apelido na escola: Cabeça de Ovo. Como reagia
ao ser importunado: ouvia em silêncio. "Aprendi a desprezar as críticas
desimportantes".
3º MOMENTO
O professor poderá reunir a turma e sugerir que a sala seja dividida e cada
grupo apresente uma pequena encenação sobre situações de bulliyng, enquanto o
restante da turma participa como plateia. Os temas poderão ser sugeridos pelos
alunos, depois de listados e sorteados pelos grupos. Será importante que ao final de
cada apresentação o professor promova uma reflexão sobre o tema abordado.
Por fim, o professor solicita um registro escrito de cada criança sobre o que
entenderam sobre o bulliyng. Estes escritos poderão ser acompanhados de desenhos
para compor um painel que ficará exposto na área externa da escola ou panfletos,
como forma de divulgar e provocar reflexões na comunidade escolar.
Recursos Complementares
Sugerimos o seguinte link para pesquisa sobe o tema:
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/tudo-bullying-433208.shtml .
SUGESTÃO 12
Atividade 1:
1º Momento:
Dividir o grupo em cinco subgrupos para que realizem uma pesquisa de campo.
Orientar a turma a observar durante o recreio alguns alunos individualmente, bem
como grupos de alunos procurando identificar situações em que ocorre a violência
simbólica.
Os/as alunos/as deverão fazer essa observação com base em alguns pontos,
a saber: crianças que colocam apelidos depreciativos nos colegas; situações de
assédios, ofensas, situações de amedrontar, “gozações”, ameaças, humilhações,
agressões, violência física, discriminação, empurrões, exclusão, intimidação,
perseguição, desprezo.
2º Momento:
Os/as alunos/as deverão produzir um relatório sobre o que observaram para
que apresentem aos/as colegas da sala. Essa etapa deverá ser cuidadosamente
mediada por você, professor/a, para garantir o respeito e seriedade com que serão
tratadas as informações trazidas pelos/as alunos/as. É fundamental que haja uma
sensibilização dos/as alunos/as para adotarem uma postura ética e solidária perante
situações de violência que porventura tenham presenciado.
Atividade 2:
1º Momento: Assistir o vídeo: Clipe Violência,
disponível em: http://vimeo.com/4462460
Atividade 3:
1º Momento: Assistir ao Vídeo: A PAZ, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=nC-pTIfE37Q
2º Momento:
Explorar com os/as alunos/as:
• O que vocês sentiram ao ouvir essa
música?
• O que o vídeo retratou?
• Para vocês o que é a Paz? Como
fazer para alcançar paz na escola? E
em família?
• Você acha que a Paz é um sonho
impossível? Por quê?
3º Momento:
4º Momento:
SUGESTÃO 13
Atividade 1
Leve para a sala de aula, jornais, gibis, imagens, textos, etc. (atuais ou não) que
tenham notícias sobre a educação, a escola, violência na escola, etc.
1º momento
2º momento
Ao terminar a primeira atividade é hora de socializar as notícias e discutir as
ideias levantadas por cada grupo.
Num grande círculo peça para que cada grupo apresente as notícias que foram
destacadas por eles e coladas na cartolina. Durante a apresentação, estimule -os a
responderem perguntas como:
• O que você faria para evitar este tipo de violência?
• Qual foi a causa desse comportamento?
• O que você diria para uma pessoa que procurasse briga com você?
• O que fazer para evitar confusão na sala de aula?
É de extrema importância que o professor (a) esteja atento às respostas dos alunos e
os oriente quando necessário.
Finalize a aula com uma música bem tranquila.
Atividade 2
1° momento
Inicie a aula com um vídeo que retrate alguma cena de violência na escola (não
é necessário ser uma cena de agressão física, poder ser uma agressão verbal, por
exemplo) para que, agora, os alunos possam perceber mais claramente o que é
violência. Ao assistir ao vídeo, os alunos poderão fazer comparações com a aula
anterior, enriquecendo ainda mais suas idéias e conceitos sobre a prevenção da
violência no ambiente escolar.
O vídeo tem que ter um caráter meramente reflexivo e educativo.
2° momento
Em círculo, discuta os principais pontos do vídeo com os alunos e deixe que
eles expressem suas idéias, opiniões e críticas.
Ainda em círculo, faça perguntas como:
• Vocês já presenciaram algum tipo de violência na escola?
• Você já brigou? Porque?
• Como se sentiu depois?
• Podemos desenvolver atividades para amenizar a violência suscitada na
escola?
Peça aos alunos para escreverem, em dupla, uma estratégia que eles usariam
para diminuir a violência no ambiente escolar. É importante que eles leiam suas
estratégias para os colegas a fim de que possam enriquecer suas idéias sobre o tema.
SUGESTÃO 14
PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA
1º momento
Inicialmente, construa juntamente com os alunos, atividades dentro da sala de
aula, ou seja, os alunos devem ser mediados na elaboração de: poesias, textos,
histórias, desenhos, etc. que transmitem mensagens pertinente ao tema abordado -
violência na escola. Também será interessante estimular os alunos a fazerem uma
peça teatral.
2º momento
Os textos, histórias, desenhos, etc. deverão ser colados em murais na escola
e, numa data específica, os alunos devem apresentar para a comunidade escolar e
para a sociedade em geral.
Se for possível, apresente também a peça teatral a qual deve estimular a não violência
na escola. Esta sugestão será um trabalho a ser desenvolvido durante todo o ano e
apresentado no final do mesmo.
No segundo momento seria para montar as estruturas para a apresentação dos
trabalhos desenvolvidos em sala de aula.
SUGESTÃO 15
CYBERBULLYING:
Depois, conte-lhes que isto que o Cebolinha e o Cascão fazem com a Mônica, causa
tristeza e possui o nome de bullying.
1) Nome
2) Idade
3) Na sua época de escola era comum xingar, bater ou colocar apelidos nos
colegas?
4) Você chamava algum colega ou era chamado de apelidos?
5) O que você sentia quando era vítima ou praticava essas brincadeiras
inadequadas?
6) Você sabe o que é bullying?
7) O que a sua escola fazia quando alguém reclamava de sofrer o que hoje
chamamos de bullying?
Você poderá filmar a entrevista. Se for preciso, peça ajuda para uma pessoa da
sua família.
Inicie esse momento oportunizando que as crianças compartilhem os relatos
de seus familiares, por elas recolhidos, exibindo suas entrevistas aos demais.
Intervenha, sempre que for necessário reforçando os sentimentos e as consequências
do bullying para a vida dessas pessoas.
Dessa forma, a diversidade poderá ser evidenciada em sua aula, além de
enfatizar que essa é uma prática comum e corriqueira nas escolas há tempos.
Para isso, você poderá utilizar um datashow e caixas de som, o que tornará as
entrevistas mais fáceis de serem visualizadas e ouvidas.
Finalize esse momento, solicitando que os alunos desenhem algo que represente
seus sentimentos em relação aos depoimentos assistidos nas entrevistas.
PROPOSTA DE DEBATE
Segue a baixo algumas imagens que podem ser utilizadas nas aulas como
geradoras dos encaminhamentos do sobre o tema Bullying, para cartazes ou
ainda como complemento de aulas
Avaliação
A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.
Sugerimos alguns critérios norteadores para a avaliação:
Avaliação: O professor deverá definir em conjunto com a turma o formato da
avaliação e seus critérios. É importante que os alunos façam um auto avaliação do
seu processo de aprendizagem, apontando suas dificuldades e reflexões.
Auto avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos
diferentes momentos da aula.
Avaliação dos alunos pelo professor sugerimos alguns critérios de avaliação:
• Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas.
• Envolvimento e participação dos alunos durante as atividades propostas.
• O professor deverá verificar se os alunos foram capazes de: conceituar e
diferenciar os termos preconceito e bullying;
• Identificar,analisar de forma crítica exemplos de atitudes preconceituosas e
discriminatórias no contexto escolar;
• Reconhecer os prejuízos que as condutas preconceituosas e discriminatórias
geram na vida dos alunos e para o convívio grupal;
• Socializar o trabalho desenvolvido em relação à temática proposta;
• Participação nas discussões e atividades;
• Comprometimento com o trabalho, a organização, harmonia com o grupo e
individualmente
• Responsabilidade com as tarefas recebidas
• Respeito pelos colegas
• Mudança comportamental
• Capricho, criatividade e ligação com os conceitos trabalhos durante as aulas
para elaboração de materiais, descritivo ou narrativo (uma situação real ou
fictícia);
• Trabalho colaborativo na criação dos cartazes, sugestão de ideias, criatividade
e integração com o grupo;
REFERÊNCIAS ;