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AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO CURSO DA PANDEMIA DE

COVID-19, EM SOBRAL-CE
HEALTH SURVEILLANCE ACTIONS DURING COVID-19 PANDEMICS IN SOBRAL-CE
ACCIONES DE VIGILANCIA EN SALUD EN EL CURSO DE LA PANDEMIA DE LA COVID-19 EN SOBRAL-CE

Francisca Leite Mendonça Escócio 1

Francisco Valdicélio Ferreira 2

Sandra Maria Carneiro Flôr 3

Amanda Albuquerque Rocha 4

Suely Torquato Ribeiro 5

Marcelo Vieira da Silva 6

Pal av r as- chave : RE SUMO


Vig ilânc ia em Saúde Pública ; Ge stão A cr ise sanitár ia provocada pela pandemia de Cov id-19 ev idenc iou as
em Saúde ; Pandemias ; Infecçõe s
desigualdades soc iais no âmbito da saúde em geral e realçou a relevânc ia da
por coronav írus.
Vigilânc ia em Saúde em medidas de controle da disseminação de doenças,
requerendo a redef inição das estratégias planejadas e a incor poração de
K ey words : novas ações. Este ar t igo objet iva descrever as ações realizadas pelas Células
Public Health Sur veillance ; Health que compõem a Coordenador ia de Vigilânc ia em Saúde da Secretar ia Munic ipal
Management; Pandemic s ; Coronav irus de Saúde de Sobral, Ceará, para o enf rentamento da Cov id-19. Trata-se de
Infec t ions.
um relato de e xper iênc ia com a descr ição analít ica das ações desenvolv idas
pelas gerênc ias das Células da Vigilânc ia Epidemiológica, da Unidade de
Palabras clave : Vigilânc ia de Zoonoses, da Vigilânc ia Sanitár ia, da Vigilânc ia em Saúde
Vig ilanc ia en Salud Pública ; Ge st ión Ambiental, da Vigilânc ia Alimentar e Nutr ic ional e do Centro de Referênc ia
en Salud ; Pandemias ; Infecc ione s por em Saúde do Trabalhador. As ações descr itas conferem maior v isibilidade
coronav irus.
à relevânc ia das vár ias faces da v igilânc ia em saúde diante da gestão, do
setor regulado e da população. Todas as ações e respostas ressignif icaram a
Submet ido : gestão local, propondo uma ar t iculação de polít icas intersetor iais voltadas
17/11/20 à melhor ia da qualidade de v ida das pessoas. Essa v ivênc ia mostrou a
impor tânc ia do trabalho colaborat ivo, indo além do fazer espec íf ico de cada
Aprovado : Célula, for talecendo as intra e intersetor ialidades, em consonânc ia com a
10/12/20
Lei n.º 8.080/90. Conclui-se que essa e xper iênc ia ev idenc ia a impor tânc ia
Autor(a) par a Cor respondênc ia : do trabalho e for talec imento da Coordenador ia de Vigilânc ia em Saúde da
Franc isca Leite Mendonça Escóc io Secretar ia Munic ipal de Saúde de Sobral- CE, centrada nas abordagens humana
Av. Deputado João Freder ico Gome s, e comunitár ia.
618 - Junco
Sobral - CE
CEP. 62.030 -262 1. Enfermeira, Coordenadoria de Vigilância em Saúde da secretaria da saúde de Sobral-CE (2017-2020), Brasil.
E-mail: francisca.escocio@sobral.ce.gov.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2666-4791
E-mail : francisca.escocio@sobral.
2. Nutricionista, Gerente da Célula de Vigilância Alimentar e Nutricional da secretaria da saúde de Sobral-CE,
ce.gov.br.
Brasil. E-mail: valdicelioferreira@sobral.ce.gov.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6347-2844
3. Enfermeira, Gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da secretaria da saúde de Sobral-CE (2017-2020),
Brasil. E-mail: vigepsobral@gmail.com. ORCID: http://orcid.org/0000-0003-2266-9699
4. Médica Veterinária, Gerente da Célula de Unidade de Vigilância em Zoonoses da secretaria da saúde de Sobral-
CE (2017-2020), Brasil. E-mail: amandarocha@sobral.ce.gov.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0835-1182
5. Tecnóloga em Alimentos, Gerente da Célula de Vigilância em Saúde Ambiental da secretaria da saúde de Sobral-
CE, Brasil. E-mail: suely.ribeiro@sobral.ce.gov.br. ORCID: htpps://orcid.org/0000-0002-6384-3836
6. Enfermeiro da Célula do Centro de Referência em Saúde Trabalhador (CEREST) da secretaria da saúde de Sobral-
CE, Brasil. E-mail: marcelovs23@hotmail.com. ORCID: htpps://orcid.org/0000-0002-6554-8312

Cer t if icação de redação c ient íf ica : Central das Rev isõe s. Edição de te x to : Kar ina Matos . Preparação de or ig inal : Liv ia Ling er f elt

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ABS T R AC T
The health cr isis caused by the Cov id-19 pandemic s highlighted soc ial inequalit ies in the f ield of health in general,
and highlighted the relevance of health sur veillance in measures to control the spread of diseases, requir ing the
redef init ion of planned strategies and the incor porat ion of new ac t ions. This ar t icle aims to descr ibe the ac t ions
taken by the Cell s that const itute the Health Sur veillance Coordinat ion of the Munic ipal Depar tment of Health
in Sobral, Ceará, to face the Cov id-19 pandemic s. This is an e xper ience repor t w ith an analy t ical descr ipt ion of
the ac t ions developed by the management s of the Epidemiological Sur veillance Cell s, the Zoonosis Sur veillance
Unit, the Health Sur veillance, the Env ironmental Health Sur veillance, the Food and Nutr it ion Sur veillance and
the Reference Center in Occupat ional Health. The ac t ions descr ibed prov ide greater v isibilit y to the relevance of
the var ious aspec t s of health sur veillance in the face of management, the regulated sec tor and the populat ion.
All ac t ions and responses gave new meaning to local management, proposing an ar t iculat ion of intersec toral
polic ies aimed at improv ing people’s qualit y of life. This e xper ience showed the impor tance of collaborat ive work,
going beyond the spec if ic ac t ions of each Cell, streng thening the intra and intersec toral aspec t s in line w ith
Law No. 8,080/90. We conclude that this e xper ience highlight s the impor tance of work and streng thening of the
Coordinat ion of Health Sur veillance of the Munic ipal Depar tment of Health in Sobral- CE, focused on human and
communit y approach.

RE SUMEN
La cr isis sanitar ia desencadenada por la pandemia de la Cov id-19 ev idenc ió las desigualdades soc iales en el ámbito
de la salud en general y resaltó la relevanc ia de la v igilanc ia en salud en medidas de control de la diseminac ión de
enfermedades, solic itando el restablec imiento de las estrategias planeadas y la incor porac ión de nuevas acc iones.
Este ar t ículo t iene como objet ivo descr ibir las acc iones realizadas por las Células que componen la Coordinac ión de
Vigilanc ia en Salud de la Cov id-19. Se trata de un relato de e xper ienc ia con descr ipc ión analít ica de las acc iones
desar rolladas por las gerenc ias de las Células de Vigilanc ia Epidemiológica, de la Unidad de Vigilanc ia de Zoonosis,
de la Vigilanc ia Sanitar ia, de la Vigilanc ia en Salud Ambiental, de la Vigilanc ia Alimentar y Nutr ic ional y del Centro
de Referenc ia en Salud del Trabajador. Las acc iones descr iptas conf ieren mayor v isibilidad de la relevanc ia de las
var ias f rentes de la v igilanc ia en salud delante de la gest ión, del sec tor regulado y de la poblac ión. Todas las
acc iones y respuestas resignif icaron la gest ión local, proponiendo una ar t iculac ión de polít icas intersec tor iales
vueltas a la mejor ía de la cualidad de v ida de las personas. Esa v ivenc ia ha mostrado la impor tanc ia del trabajo
colaborat ivo, yendo más allá de lo que hace cada Célula, for talec iendo la intra e intersec tor ialidad en consonanc ia
con la Ley N.º 8.080/90. Se concluye que esa e xper ienc ia ev idenc ia la impor tanc ia del trabajo y el for talec imiento
de la Coordinac ión de Vigilanc ia en Salud de la Secretar ia Munic ipal de Saúde de Sobral- CE, centrada en el enfoque
humano y comunitar io.

INTRODUÇÃO à Lombardia, It ália, onde es t ava ocor rendo sur to


signif icat ivo 3 .
Em dezembro de 2019 foi detec t ado, em Wuhan, Em março, no Br asil , e x is t iam 488 casos
na China, o pr imeiro caso de S evere Acute Respirator y suspeitos, dois conf ir mados e 240 descar t ados. Com
Syndrome Coronav irus 2 (SAR S-CoV-2) . Em janeiro de isso, imediat amente a Secret ar ia de Vigil ânc ia em
2020, a Organiz ação Mundial da Saúde (OMS) decl arou Saúde do Ministér io da Saúde (S VS/MS) desenvolveu
se t r at ar de problema com impac to inter nac ional . 1
es t r atégias par a a detecção precoce e at ivação dos
Neste mesmo mês, o Ministér io da Saúde (MS) Pontos Focais Nac ionais do Regul amento Sanit ár io
decretou que casos suspeitos de pneumonia de Inter nac ional da OMS (PFM-R SI/ OMS) 4,5 . Após dois
or igem indeter minada dever iam ser not if icados em meses do pr imeiro caso, a t r ansmissão comunit ár ia
até 24 hor as ao Cent ro de Infor mações E st r atégicas foi detec t ada, consider ando ocor rênc ias de casos
de Vigil ânc ia em Saúde (C IE VS) . O pr imeiro caso da sem v ínculo com caso conf ir mado ou v iagem
Amér ica L at ina ocor reu no Br asil , em 25 de fevereiro inter nac ional .
de 2020, em São Paulo, c idade mais populosa da Segundo a Not a Técnica GV IMS/GGTE S/ANV I SA
Amér ica do Sul . Tr at ava-se de um pac iente do se xo
2
n.º 04/2020 6 , de um a quat ro dias antes do iníc io
masculino, 61 anos, que hav ia v iajado em fevereiro dos sintomas da Cov id-19 ident if ica-se t r ansmissão,

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mesmo que o v ír us esteja em per íodo de incubação.
Por t anto, a t r ansmissão pode ocor rer, devendo ser
“A Vigilância em Saúde
realiz ados o monitor amento e pl anejamento sobre estrutura a sua atuação
os cont atos anter iores ao iníc io dos sintomas 7. A por meio de processo
detecção precoce per mite monitor amento e cont role,
v isto que não é possível realiz ar bloqueio por meio
contínuo e sistemático
de vac inas, sendo o dist anc iamento f ísico a pr inc ipal de coleta, consolidação,
medida no cont role da t r ansmissibilidade. análise e disseminação
Nesse conte x to, a Vigil ânc ia em Saúde é essenc ial
de dados”
par a subsidiar os gestores na tomada de dec isão e
adoção de est r atégias efet ivas. Em Sobr al , Cear á, de Saúde de Sobr al , Cear á, no enf rent amento da
o SAR S-CoV-2 apresentou alt a t r ansmissibilidade. O pandemia de Cov id-19.
pr imeiro caso suspeito ocor reu em janeiro, sendo
descar t ado poster ior mente. Ocor rênc ia que mot ivou METODOLOGIA
a el abor ação de um pl ano de cont ingênc ia com a
par t ic ipação de todo o núcleo gestor da Secret ar ia Rel ato de e xper iênc ia desenvolv ido pel a equipe
da Saúde, sob a ar t icul ação da Coordenador ia de ges tor a da Coordenador ia da Vigil ânc ia em Saúde,
Polít icas e Pl anejamento de Atenção à Saúde. que atuou no per íodo de março a novembro de
Sobr al se organizou por meio da inst ituc ionaliz ação 2020 no enf rent amento da pandemia de Cov id-19
de um Comitê de Oper ação em Saúde Pública de em Sobr al , munic ípio situado na região Noroes te
Sobr al (COE SP-S) , com a integr ação das secret ar ias do Cear á, localiz ado a 235 quilômet ros da capit al ,
munic ipais, univer sidades, indúst r ias, hospit ais For t alez a.
públicos e pr ivados, a f im de ar t icul ar est r atégias A Vigil ânc ia em Saúde es t r utur a a sua atuação
inter e int r asetor iais f rente à pandemia. por meio de processo cont ínuo e sis temát ico de
Consider ando que a análise de dados epidemiológicos colet a, consolidação, análise e disseminação de
é f undament al par a dar subsídio à gest ão em dados rel ac ionados a eventos no conte x to da saúde,
saúde, a Secret ar ia da Saúde inst ituiu um Comitê v isando ao pl anejamento e à implement ação de
de Cr ise enquanto disposit ivo de processamento de medidas de saúde pública par a a proteção da saúde da
dados, pl anejamento de ações e avaliação, v isando popul ação, prevenção e cont role de r iscos, agr avos e
à detecção precoce da doença, monitor amento e doenças 10,11 . A Coordenador ia de Vigil ânc ia em Saúde
adequada assistênc ia aos casos e seus cont atos. de Sobr al cons t itui uma das 10 coordenações da
Em 13 de março de 2020, a Prefeitur a Munic ipal Secret ar ia da Saúde, represent ando, num esquema
emit iu o Decreto n.º 2.369/2020 8 , que t rou xe em seu hier árquico de ges t ão, o pr imeiro escal ão des t a
te x to medidas de cont ingenc iamento da pandemia. secret ar ia. É compost a por sete Célul as e um núcleo
Em 31 de maio, o Decreto n.º 2.437 inst ituiu o de f iscaliz ação que setor ialmente desenvolvem
isol amento soc ial r ígido como medida . 9
processos espec íf icos à área de atuação, mas que
Em f ace dessa situação de urgênc ia sanit ár ia, a se mantêm organicamente ar t icul ados e or ient ados
Coordenador ia de Vigil ânc ia em Saúde se ar t iculou pelo mesmo f im : promover a v igil ânc ia à saúde de
com as célul as que a compõem : Célul a do Cent ro de todos os c idadãos c ircunscr itos ao seu ter r itór io
Referênc ia em Saúde do Tr abal hador (CERE S T ) , Célul a de atuação. Par a t anto, organiz a-se em : Vigil ânc ia
da Vigil ânc ia Epidemiológica, Célul a da Unidade Sanit ár ia (VS) , Vigil ânc ia Epidemiológica (VE) ,
de Vigil ânc ia de Zoonoses, Célul a de Vigil ânc ia Vigil ânc ia Ambient al em Saúde ( VA S) , Vigil ânc ia em
Sanit ár ia, Célul a de Vigil ânc ia em Saúde Ambient al Saúde do Tr abal hador ( VS T ) , Vigil ânc ia de Zoonoses
e Célul a da Vigil ânc ia Aliment ar e Nut r ic ional ( V Z) e Vigil ânc ia Aliment ar e Nut r ic ional (VAN) .
par a o desenvolv imento de est r atégias volt adas ao E s t as duas últ imas for am ins t ituídas pelo munic ípio,
enf rent amento do SAR S-CoV- 2, sem que houvesse ampliando o que já é preconiz ado.
descont inuidade das ações prev ist as na Progr amação Os rel atos des te ar t igo for am sis temat iz ados
Anual de Saúde. pelos prof issionais que v ivenc iar am as e xper iênc ias
E ste estudo tem o objet ivo de descrever as e ser ão e xpos tos em tópicos que se referem a cada
ações realiz adas pel as Célul as que compõem a gerênc ia da coordenação de v igil ânc ia à saúde,
Coordenador ia de Vigil ânc ia em Saúde da Secret ar ia com o intento de confer ir mais cl arez a ao f azer de

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cada uma, e xpondo -as à análise cr ít ica, a par t ir de
diálogo com a liter atur a apropr iada. “A Célula de epidemiologia
realizou monitoramento
RESULTADOS E DISCUSSÃO e avaliação de todas as
Os result ados dest a e xper iênc ia ser ão est r utur ados Declarações de Óbito (DO)
com base na atuação das Célul as v incul adas à que faziam menção à
Coordenador ia de Vigil ânc ia em Saúde. Regis t r a-
Covid-19”
se o f azer espec íf ico de cada Célul a e as ações
espec if icamente def l agr adas e/ou intensif icadas no
cur so da pandemia de Cov id-19. A par t ir disso, tece - A f icha de not if icação da Síndrome Respir atór ia
se análise referenc iada por autores com produção de Aguda Gr ave (SR AG) , cr iada pelo MS 14 , foi impl ant ada
liter atur a af im. nos hospit ais par a regis t ros no Sis tema de
Infor mação da Vigil ânc ia Epidemiológica da Gr ipe
Célula de Vigilância Epidemiológica (SI VEP – GR IPE) . Por inter médio das not if icações
ambul ator iais, hospit al ares, de l abor atór ios públicos
Entende -se como Vigil ânc ia Epidemiológica um e pr ivados, ver if icou-se que cresc iam os números de
conjunto de ações que proporc ionam o conhec imento casos, repercut indo no acrésc imo de hospit aliz ações,
e a detecção de mudanças nos f atores deter minantes tendo, alguns, como desfecho, o óbito.
e condic ionantes da saúde indiv idual e colet iva, com No que concer ne à v igil ânc ia de óbitos por
a f inalidade de recomendar e adot ar as medidas de Cov id-19, a Célul a de epidemiologia realizou
prevenção e cont role das doenças ou agr avos . 12 monitor amento e avaliação de todas as Decl ar ações
A Vigil ânc ia Epidemiológica de infecção pelo de Óbito (DO) que f az iam menção à Cov id-19 como
SAR S-CoV-2 foi const r uída à medida que a OMS causa. Também foi realiz ada busca at iva de D.O nos
consolidava infor mações e novas ev idênc ias es t abelec imentos de saúde, car tór ios de regis t ro c iv il
técnicas e c ient íf icas er am publicadas por meio de e Ins t ituto de Medic ina Legal (IML) . E sse f lu xo de
bolet ins, not as técnicas e manuais 13 . Dessa for ma, busca es t á prev is to em por t ar ia do MS, consider ando
foi el abor ado um pl ano com recomendações sobre : que o regis t ro c iv il do óbito pode ser realiz ado no
not if icação, regist ro de invest igação, manejo e munic ípio de ocor rênc ia ou de residênc ia do f alec ido.
adoção de medidas prevent ivas. E ssa inic iat iva foi A avaliação das D.O é realiz ada pel a equipe da
signif icat iva par a o processo de análise e tomada Vigil ânc ia Epidemiológica par a a ident if icação das
de dec isão no enf rent amento da pandemia. Em causas infor madas na decl ar ação pelos médicos
parcer ia com uma equipe inter prof issional , compos t a ates t antes, sendo, pos ter ior mente, codif icada e
por: enfer meiro, f isioter apeut a, nut r ic ionis t a digit ada no Sis tema de Infor mação sobre Mor t alidade
e prof issional de educação f ísica, v incul ada às (SIM) . Também é realiz ado o cr uz amento dos óbitos
residênc ias mult iprof issionais em saúde e ao núcleo com o SI VEP – GR IPE e encer r amento do caso no
de apoio mult iprof issional , a célul a de Vigil ânc ia sis tema. Em seguida, é aliment ada a pl anil ha de
Epidemiológica do munic ípio de Sobr al t r açou monitor amento de óbitos por Cov id-19 e env iada par a
est r atégias par a o enf rent amento e cont role da a Super intendênc ia da região Nor te, a qual aliment a,
Cov id-19. em tempo real , o Integr a SUS, par a o encer r amento
A pr imeir a inter venção par a o cont role e prevenção dos casos de acordo com a cl assif icação f inal no
da doença ocor reu na segunda quinzena de março e -SUS.
de 2020. Tr atou-se de reunião com os gerentes dos Out r a ação impor t ante foi a impl ant ação da f icha
Cent ros de Saúde da Família (C SF ) , coordenadores de de not if icação de ac idente de t r abal ho gr ave par a os
enfer magem das unidades hospit al ares e prof issionais casos de adoec imento de prof issionais de saúde, por
da gest ão da saúde do munic ípio. Na ocasião, Sobr al Cov id-19. Em parcer ia com o CERE S T, prof issionais
regist r ava dois casos suspeitos da doença. For am dos hospit ais : Dr. E s tevam Ponte, Hospit al Dr. Alves
apresent ados os inst r umentos de not if icação, de (de campanha) e Hospit al Sant a C asa de Miser icórdia
acordo com a def inição de caso suspeito, f lu xogr ama de Sobr al for am capac it ados.
par a atendimento e manejo dos casos, além das Par a a descent r aliz ação do e -SUS e consequente
medidas prevent ivas. not if icação dos casos pel a Atenção Pr imár ia à

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Saúde (AP S) , for am capac it ados 60 prof issionais
dent ist as e enfer meiros com o intuito de r as t rear
e monitor ar os cont atos, preferenc ialmente nas “Até o dia 20 de novembro
pr imeir as 4 8 hor as após a not if icação do caso, de 2020, somam-se
par a inter romper as cadeias de t r ansmissão e, 12.191 casos conf irmados;
consequentemente, promover a diminuição de novos
casos 3 . Quanto mais descent r aliz ada a not if icação
destes, 12.053 foram
e o regist ro, mais opor tuna ser á a infor mação dos recuperados e 318
dados epidemiológicos. faleceram”
Até o dia 20 de novembro de 2020, somam-se
12.191 casos conf ir mados ; destes, 12.053 for am
recuper ados e 318 f alecer am. Até essa dat a, for am nas v isit as domic iliares e não realiz ação de v isit as
test adas 29.038 pessoas, cor respondendo a 13,9 % em casas com mor adores ac ima de 60 anos. A s
da popul ação de Sobr al . Regist r a-se um decrésc imo
15
v isit as domic iliares for am redimensionadas, com a
signif icat ivo no número de casos novos e de inspeção passando a ser realiz ada e xclusivamente
inter nações, o que não desobr iga a manutenção de no per idomic ílio ; recomendação aos mor adores sobre
todas as medidas rel at adas e per manente ação da a impor t ânc ia da adoção de medidas prevent ivas,
Vigil ânc ia Epidemiológica. sobretudo no que se refere a cr iatór ios do mosquito
Aedes aeg ypt i ; realiz ação de bloqueio da t r ansmissão
Célula de Vigilância de Zoonoses em áreas com intensa c ircul ação de v ír us (dengue,
chikungunya e/ou z ika); dis t anc iamento soc ial ; e
Unidades de Vigil ânc ia de Zoonoses são est r utur as assepsia adequada das mãos.
f ísicas e técnicas responsáveis pel a e xecução de Consider ando o aumento do índice de infest ação
par te ou da tot alidade das at iv idades, ações e predial pelo mosquito A. aeg ypt i em decor rênc ia da
est r atégias referentes à v igil ânc ia, à prevenção e chegada do per íodo chuvoso, bem como o aumento
ao cont role de zoonoses e de ac identes causados por das not if icações de dengue no per íodo de março a
animais peçonhentos e venenosos, de relevânc ia par a maio, for am realiz adas intensas medidas de cont role
a saúde pública 16 . Confor me o Manual de Vigil ânc ia, vetor ial com a f inalidade de prevenir a epidemia dessa
Prevenção e Cont role de Zoonoses 17, suas ações se arbov irose. Enf at iz a-se o Progr ama de Vigil ânc ia
paut am em atuar e inter v ir, diret a ou indiret amente, e Cont role das Arbov iroses pel a presença dessas
sobre as popul ações de animais-alvo, de modo a doenças, espec ialmente a dengue, no Cear á, sendo
ref let ir em benef íc io direto (redução ou eliminação, es t a a arbov irose urbana de maior relevânc ia nas
quando possível , do r isco iminente de t r ansmissão Amér icas e que tem se cons t ituído como problema de
de zoonose) à saúde da popul ação humana. saúde pública mundial 19 .
Em Sobr al , a refer ida unidade é responsável pel a A par t ir da publicação da Not a Infor mat iva
e xecução dos Progr amas de Vigil ânc ia e Cont role das 08/2020 18 , as at iv idades dos ACE for am direc ionadas
doenças zoonót icas : Arbov iroses, Doença de Chagas, par a a inspeção em pontos es t r atégicos de prolifer ação
Raiva e Leishmanioses, Progr ama de Vigil ânc ia e do mosquito A. aeg ypt i, além do monitor amento
Cont role do Tr acoma e Monitor amento de Animais de ter renos baldios e imóveis abandonados. Os
Peçonhentos. A s ações efetuadas nos ter r itór ios são ser v idores receber am equipamentos de proteção
realiz adas pelos Agentes de Combate às Endemias indiv idual (EPI s) como máscar as N95 e protetores
(ACE) , em v isit as domic iliares. f ac iais pl ás t icos. Também foi for nec ido álcool 70 %
Em v ir tude da pandemia de Cov id-19, em 26 par a a higieniz ação das mãos. Nos ter r itór ios mais
de março de 2020 o MS emit iu a Not a Infor mat iva cr ít icos (com índice de infest ação mais elevado
n.º 08/2020 -CGARB/DE IDT/S VS/MS 18 , com e gr ande quant idade de not if icações) , for am
recomendações aos ACE par a a adequação das ações intensif icadas as v istor ias e realiz ado o bloqueio
de v igil ânc ia e cont role de zoonoses f rente à nova vetor ial at r avés de cont role químico com o car ro de
situação epidemiológica. Na Not a, f icam e xpressas Ult r abaixo Volume (UBV Pesada) e bombas cost ais.
as or ient ações sobre o af ast amento de ser v idores Par a o acompanhamento do result ado das ações,
sintomát icos gr ipais, comunicação ao setor semanalmente os dados er am geor referenc iados
competente de casos sintomát icos ident if icados par a a análise espac ial por meio de mapas com os

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índices de infest ação predial por ter r itór io. E ssa
fer r ament a, em análise conjunt a com os dados
“Destacamos, aqui, a
e x t r aídos do Sis tema de Infor mação de Agr avos de
Not if icação (SINAN) , for nec idos pel a gerênc ia de
impor tância das ações
Vigil ânc ia Epidemiológica, per mit iu a obser vação intersetor iais durante
em tempo opor tuno da dinâmica de dist r ibuição do a pandemia e o
mosquito e de casos not if icados par a a tomada de
dec isões asser t ivas 20 .
reconhecimento de cada
Dest acamos, aqui, a impor t ânc ia das ações setor no esforço de
inter setor iais dur ante a pandemia e o reconhec imento combate às arboviroses”
de cada setor no esforço de combate às arbov iroses. Em
março de 2020 foi cr iado o Comitê de Monitor amento rel ac ionadas ao c iclo de produção/consumo de bens e
da Dengue, com a par t ic ipação da Coordenação de ser v iços de interesse da saúde, das esfer as pr ivada e
Vigil ânc ia em Saúde, Coordenação de Polít icas e pública. Sua dinâmica se v incul a ao desenvolv imento
Pl anejamento de Atenção à Saúde, Coordenação de c ient íf ico e tecnológico e processos polít icos que
Atenção Pr imár ia, E scol a de Saúde Pública Visconde per passam o E s t ado, o mercado e as soc iedades, nos
de Saboia (E SP-VS) e Secret ar ia da Saúde. El aborou- âmbitos inter no e inter nac ional 22,23 .
se um pl ano de mídia par a a divulgação das ações A Vigil ânc ia Sanit ár ia tem o compromisso de
de prevenção nas comunidades, incluindo r ádios gar ant ir o cumpr imento dos decretos munic ipais e
e mater iais par a a c ircul ação em redes soc iais. es t aduais, or ient ar e es t abelecer par âmet ros técnicos
Salient amos a parcer ia nas ações de comunicação da aos prof issionais e es t abelec imentos volt ados aos
E scol a de Saúde Pública Visconde de Saboia, com a diver sos produtos e ser v iços de interesse à saúde,
gr avação de v ídeos com teat ro de bonecos realiz ados bem como ser v iços de aliment ação e produtos
pelo Gr upo de Tr abal ho de Ar te e Educação Popul ar em aliment íc ios 24 . Alinhada ao Pl ano Munic ipal de
Saúde, bem como da Secret ar ia dos D ireitos Humanos Cont ingênc ia par a a Cov id-19, a Vigil ânc ia Sanit ár ia
e A ssistênc ia Soc ial (SEDHA S) , com o projeto Bike tem e xerc ido papel f undament al , com intensif icação
Sonor a e Vet inc ionár io, com a c ircul ação de spot s das responsabilidades menc ionadas e focaliz ando na
e publicação de v ídeos sobre arbov iroses, gr avados f iscaliz ação e or ient ação dos es t abelec imentos em
por pessoas da comunidade, em linguagem acessível . f unc ionamento, aver iguando as condições sanit ár ias.
Por f im, enf at iz amos as ações realiz adas em parcer ia Sumar iamente, a Vigil ânc ia Sanit ár ia, no cur so da
com a Secret ar ia de Ser v iços Públicos na limpez a de pandemia de Cov id-19, agiu por meio de : (I) Or ient ação
ter renos baldios, em espec ial naqueles em bair ros par a o setor regul ado, t r abal hadores e popul ação
cr ít icos, mapeados pelos ACE, e a ident if icação, com par a a adoção de medidas de prevenção e cont role
poster ior not if icação, de propr iet ár ios de imóveis da infecção pelo SAR S-CoV-2; (II) Or ient ação quanto
abandonados ou ter renos mur ados com acúmulo de às medidas de prevenção e cont role de infecção
entul hos e lixo. par a casos suspeitos ou conf ir mados nos ser v iços
de interesse sanit ár io ; (III) Fiscaliz ação in loco do
Célula de Vigilância Sanitária cumpr imento da legisl ação pelos est abelec imentos
submet idos ao regime de Vigil ânc ia Sanit ár ia ; (I V )
A e xpressão “v igil ânc ia sanit ár ia” é própr ia do Cont role e a f iscaliz ação de subs t ânc ias e produtos
Br asil , mas ações de regul ação e v igil ânc ia sanit ár ia de interesse par a a saúde ; ( V ) A ssessor amento no
são pr át icas univer sais. Em todas as épocas houve processo de nor mat iz ação da ges t ão rel ac ionada
inter venções do poder de autor idade sobre as ao enf rent amento da Cov id-19; ( V I) Recebimento
pr át icas de cur a, os medicamentos, os alimentos, a e atendimento às denúnc ias ; ( V II) Monitor amento
água e o ambiente 21 . de casos suspeitos e conf ir mados de Cov id-19 que
Vigil ânc ia Sanit ár ia const itui um espaço es t avam descumpr indo or ient ações de isol amento e/
inst ituc ional , deter minado histor icamente e ou quarentena ; ( V III) Apoio às bar reir as sanit ár ias.
per tence à área da Saúde Colet iva enquanto campo O enf rent amento da pandemia apontou f r agilidades
de conhec imento e âmbito de pr át icas. Compete à do sis tema de saúde, repercut indo na v igil ânc ia.
VS o desenvolv imento de ações est r atégicas no Bar reir as his tór icas como subf inanc iamento de
sistema de saúde, regul ação sanit ár ia das at iv idades décadas e ações par a a deses t r utur ação do Sis tema

52 - SANARE (Sobral, online). 2021; 20 (Supl. 1): 47-57


Único de Saúde (SUS) limit am sua capac idade de
responder aos problemas e necessidades colocados
pel a pandemia 25 . Contudo, no cur so da pandemia, ao
“Tanto o exercício das
assumir novas demandas, a VS tem a opor tunidade atividades laborais quanto
de confer ir maior v isibilidade às suas ações diante as condições de trabalho
da gest ão, do setor regul ado e da popul ação,
são fontes potenciais de
ressignif icando pr át icas e propondo ar t icul ação
inter setor ial na busca pel a mel hor ia da qualidade de exposição ao vírus”
v ida das pessoas.

Célula do Centro de Referência em Saúde do Sanit ár ia, Ambient al e Nut r ic ional , com o objet ivo
Trabalhador de ident if icar r iscos e ver if icar medidas de proteção
indiv idual e colet iva ent re os t r abal hadores ;
A Saúde do Tr abal hador compreende a produção de • 908 not if icações de Ac idente de Tr abal ho
conhec imento, a ut iliz ação de tecnologias e pr át icas Gr ave de t r abal hadores da saúde e segur ança
de saúde, seja no pl ano técnico ou polít ico, v isando cont aminados pelo novo coronav ír us, atendendo à
à promoção da saúde e à prevenção de doenças, sejam Recomendação Técnica do E s t ado do Cear á, de 15 de
de or igem ocupac ional ou rel ac ionadas ao t r abal ho . 24
maio de 2020, que or ient a a not if icação compul sór ia
No Br asil , a Saúde do Tr abal hador, entendida como nessas situações ;
campo de pr át icas apoiadas no modelo de Saúde • 52 monitor amentos em Unidades Sent inel a
Pública, disseminou-se com o Mov imento da Refor ma de referênc ia em Doenças e Agr avos rel ac ionados ao
Sanit ár ia e se desenvolveu mais ampl amente a Tr abal ho ;
par t ir da promulgação da Const ituição de 198 8 e a • 02 encont ros v ir tuais com represent antes
implement ação do Sistema Único de Saúde . 26
dos munic ípios da área de abr angênc ia acerca das
No conte x to do SUS é que surge a Rede Nac ional de ações de proteção cont r a a pandemia, volt adas par a
Atenção Integr al à Saúde do Tr abal hador (Renas t) , os t r abal hadores.
que possui o papel de unir e cr iar inter ações ent re No decor rer das ações realiz adas, f icou ev idente
os ser v iços de saúde do t r abal hador, a rede de que t anto o e xerc íc io das at iv idades l abor ais quanto
saúde do Br asil e demais segmentos da soc iedade as condições de t r abal ho são fontes potenc iais
responsáveis e engajados na quest ão da saúde dos de e xposição ao v ír us. Por sua vez, esse lócus –
t r abal hadores. Nest a, os Cent ros de Referênc ia em t r abal ho – é ter r itór io de disseminação da doença.
Saúde do Tr abal hador (Cerest) represent am ser v iços Por t anto, é f undament al entender de que maneir a
ar t icul adores da rede e de ret aguarda do SUS, as at iv idades e condições de t r abal ho podem
confor me a Por t ar ia n.º 1.679 . 27
cont r ibuir par a a disseminação e es t abelec imento
D iante da gr ave cr ise sanit ár ia com for tes de es t r atégias de enf rent amento da Cov id-19. A ssim,
afet ações sobre os t r abal hadores, o Cerest de Sobr al par a assegur ar condições l abor ais que propic iem
vem desenvolvendo ações no sent ido de ident if icar a redução na t r ansmissão do v ír us, medidas
r iscos nos ambientes de t r abal ho, compar t il har organiz ac ionais necessit am ser discut idas no âmbito
protocolos de proteção indiv idual e colet iva aos de cada at iv idade de t r abal ho e a pr á x is da Saúde do
t r abal hadores, realiz ar not if icações de t r abal hadores Tr abal hador deve ser consider ada no rol das medidas
cont aminados pelo SAR S-CoV-2 em seus ambientes e ações de Saúde Pública volt adas ao cont role da
de t r abal ho, monitor amento e capac it ação par a as pandemia 27.
equipes das Unidades Sent inel a, além de out r as
ações volt adas par a a Vigil ânc ia Epidemiológica em Célula de Vigilância em Saúde Ambiental
Saúde do Tr abal hador em toda a área de abr angênc ia.
Nesse sent ido, dest acam-se as at iv idades realiz adas Vigil ânc ia em Saúde Ambient al é o campo da saúde
pelo Cerest/Sobr al no per íodo de 23 de março a 30 pública que reúne conhec imentos, polít icas públicas
de outubro de 2020, em v igênc ia da pandemia de e ações rel ac ionadas à inter ação ent re saúde humana
Cov id-19 : e f atores ambient ais, que deter minam, condic ionam
• 301 inspeções sanit ár ias em Saúde do e inf luenc iam a qualidade de v ida das pessoas.
Tr abal hador em parcer ia com as Vigil ânc ias E ssas ações compreendem a ar t icul ação dos saberes,

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processos e pr át icas que for am intensif icadas no
cur so da pandemia de Cov id-19, sendo necessár ios “Uma das ações
pl anos de enf rent amento, f azendo -se impor t ante
intensif icadas no per íodo de
dist r ibuir as responsabilidades e obr igações de cada
setor da soc iedade br asileir a 28 .
pandemia foi a vigilância e
Uma das ações intensif icadas no per íodo de monitoramento da qualidade
pandemia foi a v igil ânc ia e monitor amento da da água destinada ao
qualidade da água dest inada ao consumo humano,
t al intensif icação de ações just if ica-se pelo f ato
consumo humano”
de a água ser ident if icada como indicador essenc ial
e, consequentemente, paut ada no estudo precur sor super f íc ies e objetos cont aminados e em ef luente 31 .
que avaliou as rot as de t r ansmissão de doenças E sses result ados indicam que os resíduos podem
rel ac ionadas à água, cl assif icando -as em quat ro ser veículos de t r ansmissão do novo coronav ír us e
categor ias, das quais duas são de espec ial relevânc ia represent am r isco à popul ação e aos oper adores que
par a a Cov id-19, sendo el as : a) r isco cont ido na água, atuam na colet a, t r at amento e des t inação adequada.
onde a t r ansmissão ocor re por meio da inges t ão de Por t anto, out r a atuação dessa v igil ânc ia foi a gest ão
um patógeno presente na água, atuando como veículo e o monitor amento dos Resíduos de Ser v iço de Saúde
par a agentes infecc iosos ; b) paut ada na água como (R SS) ger ados nas unidades de saúde, gar ant indo que
inst r umento de higiene, onde a infecção pode ser o t r at amento e disposição não fossem inter rompidos
ev it ada a par t ir do for nec imento de água suf ic iente e que os resíduos infecc iosos colet ados fossem
par a a higiene domést ica e pessoal 29 . t r at ados e descar t ados com segur ança, ev it ando
Por t anto, a t r ansmissão do v ír us pode ser reduz ida r isco de novas infecções e poluição, assim como
pel a disponibilidade de ofer t a de água na quant idade medidas protet ivas par a os f unc ionár ios que lidam
e qualidade desejadas, sendo o pr imeiro nível de no gerenc iamento e colet a de resíduos.
inter venção de Vigil ânc ia em Saúde Ambient al
como impor t ante inst r umento par a promover a Célula da Vigilância Alimentar e Nutricional
saúde. À medida que a pandemia de Cov id-19 se
e xpandia, a impor t ânc ia do acesso à água pot ável O Sis tema de Vigil ânc ia Aliment ar e Nut r ic ional 32
e ao saneamento foi reforçada. A OMS, em suas foi ins t ituído pelo Minis tér io da Saúde, pel a
or ient ações prov isór ias de emergênc ia, t rou xe como Por t ar ia n.º 1.156, de 31 de agos to de 1990, e es t á
elemento pr inc ipal a “Água, saneamento, higiene e presente na Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080, de
gerenc iamento de resíduos par a a Cov id-19” 29,30
. 19 de setembro de 1990) , que incluiu a Vigil ânc ia
Vár ias medidas for am intensif icadas par a Aliment ar e Nut r ic ional e a or ient ação aliment ar no
mel hor ar a segur ança da água no munic ípio de Sobr al , campo de atuação do SUS, com regis t ros no Sis tema
começando com a inspeções em todas as cent r ais de de Vigil ânc ia Aliment ar e Nut r ic ional (Sisvan) .
t r at amentos ; monitor amento cont ínuo dos veículos A s Por t ar ias n.º 79 e n.º 80, de 16 de outubro de
t r anspor t adores de água pot ável ; monitor amento 1990, es t abelecer am es t r atégias de apoio técnico e
dos par âmet ros indicadores de qualidade de água, oper ac ional par a a pr át ica de VAN e a implement ação
por meio de colet as amos t r ais semanais e análises do Sisvan.
em campo, com a f inalidade de gar ant ir que seja A VAN, enquanto componente da Vigil ânc ia em
levada a todos os usuár ios água pot ável ; bem como Saúde, potenc ializ a as ações de aliment ação e
a v igil ânc ia dos resíduos ger ados em unidades de nut r ição de Atenção Básica (AB) , tendo o papel
saúde, a f im de prevenir o cont ágio, enquadr ado na f undament al de apoiar os ges tores e prof issionais
cl asse de r isco 3 (alto r isco de propagação de pessoa de saúde no processo de organiz ação e avaliação da
par a pessoa e moder ado r isco de disseminação no atenção nut r ic ional , per mit indo que sejam def inidas
meio ambiente) . pr ior idades com base no acompanhamento de
Desde as pr imeir as publicações sobre o indicadores da popul ação assis t ida. No munic ípio de
SAR S-CoV-2, suspeit ava-se que o v ír us pudesse Sobr al , a VAN é a gerênc ia atuante nos deter minantes
ser t r ansmit ido pel as v ias respir atór ias, como da saúde aliment ar e nut r ic ional da popul ação,
perdigotos, espir ros e tosses. Contudo, pesquisas com acompanhamento de progr amas soc iais como
recentes t ambém analisar am for mas at ivas em o Progr ama Bol sa Família, Progr ama Nac ional de

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Suplement ação de Vit amina A, Progr ama Nac ional
de Suplement ação de Fer ro, E st r atégia Amament a
“Tivemos que inovar e
e Aliment a Br asil , Sisvan, Nut r iSUS e Progr ama
de Aliment ação e Nut r ição par a Necessidades
adquir ir um novo fazer,
Aliment ares E spec iais. de forma que gerasse o
No cur so da Cov id-19, a VAN atuou confor me impacto esperado e não
or ient ações do Ministér io da Saúde, por meio da
Not a Técnica n.º 11/2020 33 , da Secret ar ia de Atenção
apresentasse r isco
Pr imár ia à Saúde, Depar t amento de Promoção da Saúde à prevenção da Covid-19”
e Coordenação -Ger al de Promoção da At iv idade F ísica
e Ações Inter setor iais, sobre o acompanhamento do que inovar e adquir ir um novo f azer, de for ma que
Progr ama Bol sa Família nas condic ionalidades da ger asse o impac to esper ado e não apresent asse r isco
saúde. O Bol sa Família é uma polít ica pública que à prevenção da Cov id-19. Desse modo, a equipe da
cont r ibui par a o combate à pobrez a e à desigualdade Célul a da Vigil ânc ia Aliment ar e Nut r ic ional apoiou
no Br asil , que desde 2003 tem acompanhado mais de a Vigil ânc ia Sanit ár ia em inspeções em ambientes
14 mil hões de f amília. Em Sobr al , em média, são 16 como res t aur antes, padar ias, mercado público e
mil f amílias benef ic iár ias 3 4 . No cur so da pandemia, hotel ar ia, demons t r ando a impor t ânc ia do t r abal ho
o MS f le x ibilizou o acompanhamento de mul heres col abor at ivo, indo além do f azer espec íf ico de cada
e cr ianças, pr ior iz ando o acompanhamento das Célul a, for t alecendo, assim, a inter setor ialidade e
gest antes. indo em consonânc ia ao que diz a Lei n.º 8.080/90 26 ,
Os demais progr amas da Célul a da Vigil ânc ia nos ar t igos 12 e 13, que enf at iz am a inter setor ialidade
Aliment ar e Nut r ic ional seguir am seus f lu xos com das v igil ânc ias. E ssa e xper iênc ia demons t rou
a gar ant ia do seguimento das et iquet as sanit ár ias. t ambém a impor t ânc ia da mult iprof issionalidade e
Sobre o Progr ama Nac ional de Suplement ação de da promoção da saúde.
Vit amina A 35 , cujo objet ivo é reduz ir e cont rol ar
a hipov it aminose A, a mor t alidade e a morbidade CONCLUSÃO
em cr ianças de seis a 59 meses de idade, os
acompanhamentos, no cur so da pandemia, for am E ssa v ivênc ia em Sobr al ev idenc iou a impor t ânc ia
dir igidos par a as cr ianças que comparecer am às e o for t alec imento, no que diz respeito às Célul as
unidades de saúde par a realiz ar vac inação ou out ro que compõem a Coordenador ia de Vigil ânc ia em
procedimento. Não foi realiz ada busca at iva e nem Saúde, no enf rent amento da Cov id-19. Foi abordado
suplement ação no domic ílio dur ante o pico de nes te rel ato de e xper iênc ia que a Coordenador ia de
cont aminação, ev it ando e xposição dos prof issionais Vigil ânc ia em Saúde es t á diret amente rel ac ionada
e das cr ianças. à realiz ação de ações de v igil ânc ia, prevenção e
Quanto ao Progr ama Nac ional de Suplement ação cont role de doenças t r ansmissíveis, v igil ânc ia de
de Fer ro 36 , for am r aros os atendimentos nas unidades f atores de r isco e par a o desenvolv imento de doenças
de saúde, no cur so da pandemia. A s ações prev is t as crônicas não t r ansmissíveis, saúde ambient al e do
no Sisvan-Web se referem a est r atégias de educação t r abal hador, bem como a análise de situação de
em saúde rel ac ionadas à aliment ação e nut r ição, saúde da popul ação.
sendo inv iável a realiz ação no pico de pandemia. Dessa for ma, buscou-se cont r ibuir com a
Já a for t if icação da aliment ação inf ant il com ident if icação de medidas e desenvolv imento de ações
micronut r ientes em pó (Nut r iSUS) foi inter rompida que subsidiar am, no cenár io descr ito, respos t as
dev ido ao cancel amento das aul as. O Progr ama desenvolv idas pel a Coordenação da Vigil ânc ia em
E st r atégia Amament a e Aliment a Br asil 37 t ambém Saúde, tendo em v is t a a comple x idade das atuações
foi inter rompido, uma vez que ocor re como gr upos. apresent adas, no que se refere ao combate à
Contudo, o Progr ama de A ssistênc ia Nut r ic ional par a pandemia causada pel a Cov id-19, pr ior iz ando ações
Necessidades Aliment ares E spec iais f icou res t r ito f undament ais par a conter a propagação do v ír us e
aos pac ientes que apresent ar am intercor rênc ias da doença. Percebemos, com isso, o for t alec imento
clínicas e que necessit avam de acompanhamento dos processos de t r abal ho col abor at ivo, ancor ados
mult iprof issional . na mult iprof issionalidade e inter setor ialidade.
Em todo esse conte x to de pandemia t ivemos

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CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES 7. Adhikar i SP, Meng S, Wu Y, Mao Y, Ye R, Wang Q ,
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Ribeiro cont r ibuiu com redação, análise e rev isão
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cont r ibuiu com redação, análise e rev isão cr ít ica do 2020 [document on the inter net] . Sobr al : Prefeitur a
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