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ComportamentoemGrupoCHC 200114 160301
ComportamentoemGrupoCHC 200114 160301
O ambiente social
sabemos que ela está olhando para nós”, e assim por diante. (O
significado de “saber” nessas afirmações está em acordo com
a análise dos capítulos VIII e XVI.) Em resumo, ao se perceber
que alguém nos olha, um estímulo social repentinamente se
origina, o qual é importante por causa dos reforços que depen-
dem dele. A importância variará com a ocasião. Podemos per-
ceber que alguém nos olha ou namorando ou em circunstân-
cias divertidas, ou em um momento de culpa comum, etc. -
com um grau de controle apropriado em cada caso. Vê-se a
importância do evento no uso que fazemos do comportamento
de “olhar nos olhos” como um teste de outras variáveis respon-
sáveis por características do comportamento como honestida-
de, embaraço, ou culpa.
Os estímulos sociais são importantes para aqueles aos
quais o reforço social é importante. O vendedor, o galanteador,
o humorista, o sedutor, a criança que anseia pelo favor dos
pais, o “carreirista” avançando de um nível social a outro, o
político ambicioso - todos têm grande probabilidade de serem
afetados por propriedades sutis do comportamento humano,
associados com o favor ou a desaprovação, que são desaperce-
bidas por muitas pessoas. E significativo que o romancista es-
pecialista na descrição do comportamento humano muitas ve-
zes mostre uma história anterior na qual o reforço social tenha
sido especialmente importante.
O estímulo social que tem menor probabilidade de mudar
de cultura para cultura é o que controla o comportamento imi-
tativo descrito no capítulo VII. As conseqüências fundamen-
tais do comportamento imitativo podem ser peculiares à cultu-
ra, mas a correspondência entre o comportamento do ünitador
e o do ünitado é relativamente independente dela. O comporta-
mento imitativo não é inteiramente livre de estilo ou conven-
ção, mas os aspectos especiais do repertório imitativo caracte-
rístico de um grupo são muito tênues. Quando um repertório
de tamanho considerável já se desenvolveu, a imitação pode
ser tão habilidosa, tão fácil, tão “instintiva”, que é provável
que a atribuamos a algum modo especial de contato interpes-
soal como a empatia. Entretanto, é fácil indicar a história de
reforço que gera comportamento desse tipo.