AMEBIASE (ENTABOEBA HISTOLITYCA)

A Entamoeba histolytica, o parasita causador da amebíase, é uma ameba

unicelular que se desenvolve em duas fases: uma forma ativa e uma forma
inativa.

A forma ativa é chamada de trofozoíto e é a forma que causa a doença. O

trofozoíto é uma célula que se move por meio de pseudópodes (extensões do
citoplasma) e se alimenta de bactérias e outros microrganismos no intestino
grosso.

A forma inativa é chamada de cisto e é a forma que é excretada nas fezes de

pessoas ou animais infectados. O cisto é uma estrutura resistente que protege a
Entamoeba histolytica no ambiente externo e permite a sua sobrevivência fora
do hospedeiro. Quando o cisto é ingerido por um novo hospedeiro, ele se rompe
no intestino delgado e libera os trofozoítos, que se desenvolvem em formas
adultas no intestino grosso.

A Entamoeba histolytica pode se multiplicar assexuadamente por divisão binária,

o que significa que uma célula se divide em duas células filhas idênticas. Em
condições ideais, a Entamoeba histolytica pode se multiplicar rapidamente e
formar colônias no intestino grosso. Embora a maioria das pessoas com
amebíase apresente sintomas leves ou nenhum sintoma, a infecção pode ser
grave em alguns casos, especialmente em pessoas com sistema imunológico
enfraquecido. A compreensão do ciclo de vida da Entamoeba histolytica é
importante para o diagnóstico e tratamento eficazes da amebíase.

A amebíase é uma doença causada pela infecção do intestino grosso pela

ameba Entamoeba histolytica. A infecção pode ocorrer através da ingestão de
água ou alimentos contaminados com cistos da ameba.

1. Ingestão de água ou alimentos contaminados: A ameba pode ser encontrada

em água contaminada com fezes humanas ou animais infectados. Alimentos
crus ou mal lavados, como frutas, verduras e frutos do mar, também podem estar
contaminados com a ameba.

2. Contato direto com fezes infectadas: A ameba pode ser transmitida através do
contato com fezes de pessoas ou animais infectados. Isso pode ocorrer, por
exemplo, quando as mãos não são lavadas corretamente após o uso do banheiro
ou quando se manuseia o solo contaminado.

3. Contato sexual: A amebíase pode ser transmitida através do contato sexual

oral-anal.
4. Transmissão vertical: Em casos raros, a amebíase pode ser transmitida da
mãe para o feto durante a gravidez.

Os sintomas da amebíase podem variar de leves a graves e incluem diarreia,

cólicas abdominais, náuseas, vômitos, febre, perda de peso e, em casos graves,
pode ocorrer ulceração intestinal e perfuração do intestino. A infecção por
Entamoeba histolytica também pode se espalhar para outros órgãos do corpo,
como o fígado, causando abscessos hepáticos.

A prevenção da amebíase envolve a adoção de boas práticas de higiene e a

utilização de medidas de proteção adequadas. Algumas medidas preventivas
que podem ser adotadas incluem:

1. Lave as mãos regularmente: Lave as mãos com água e sabão antes das
refeições, após usar o banheiro, após trocar fraldas ou entrar em contato com
fezes humanas ou animais.

2. Ferva ou filtre a água: Beba água tratada ou filtrada. Se a água não for tratada,
ferva-a por pelo menos 3 minutos antes de consumir.

3. Cozinhe bem os alimentos: Cozinhe bem os alimentos, especialmente carnes,

ovos e frutos do mar. Evite comer alimentos crus ou mal cozidos.

4. Evite alimentos e bebidas contaminados: Evite comer alimentos ou beber

bebidas que possam estar contaminados com fezes humanas ou animais.

5. Pratique sexo seguro: Use preservativos para reduzir o risco de infecção

sexual.

6. Mantenha a higiene pessoal: Mantenha as unhas aparadas e limpas, evite

coçar ou tocar a região anal sem lavar as mãos e evite compartilhar toalhas ou
objetos de higiene pessoal.

7. Viajantes: Se você estiver viajando para áreas onde a amebíase é comum,

evite beber água da torneira e comer alimentos crus ou mal cozidos. Lembre-se
de ferver ou filtrar a água antes de beber ou escovar os dentes.

É importante lembrar que a prevenção da amebíase também ajuda a prevenir

outras doenças transmitidas por água e alimentos contaminados, como a cólera,
a hepatite A e a febre tifoide.

O tratamento da amebíase envolve o uso de medicamentos antiparasitários

para eliminar a Entamoeba histolytica, o parasita causador da doença. Os
medicamentos mais comumente usados incluem o metronidazol, o tinidazol e
o nitazoxanida.
O tratamento pode variar de acordo com a gravidade da doença. Para casos
leves de amebíase, um curso de 5 a 7 dias de metronidazol ou tinidazol é
geralmente suficiente para eliminar o parasita. Para casos mais graves, pode ser
necessário um tratamento mais prolongado e em doses mais altas.

Além dos medicamentos antiparasitários, os pacientes com amebíase podem

precisar de tratamento de suporte, como hidratação para prevenir a
desidratação e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas, como a
diarreia e as cólicas abdominais.

É importante lembrar que o tratamento da amebíase deve ser prescrito por um

médico e seguido rigorosamente de acordo com as orientações médicas. Além
disso, é importante adotar medidas preventivas adequadas, como a lavagem das
mãos e a preparação adequada dos alimentos, para evitar a infecção por
Entamoeba histolytica.

A amebíase é uma doença encontrada em todo o mundo, mas é mais comum

em países em desenvolvimento, especialmente na América Latina, África e
partes da Ásia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amebíase é uma das

principais causas de morbidade e mortalidade em países em desenvolvimento,
com estimativas de até 50 milhões de casos por ano em todo o mundo.

No entanto, é importante mencionar que a notificação e o registro de casos de

amebíase podem variar de país para país e podem não refletir a verdadeira
prevalência da doença. Além disso, muitos casos de amebíase podem ser
assintomáticos ou leves e, portanto, não são relatados ou diagnosticados.

Independentemente disso, a adoção de medidas preventivas adequadas, como

a lavagem adequada das mãos, o consumo de água tratada e a preparação
adequada dos alimentos, pode ajudar a reduzir a incidência da amebíase em
todo o mundo.

Os locais de maior contágio da amebíase incluem:

1. Países em desenvolvimento: A amebíase é mais comum em países em

desenvolvimento, especialmente na América Latina, África e partes da Ásia.

2. Áreas com saneamento básico inadequado: A falta de saneamento básico

adequado, como sistemas de água potável e sistemas de esgoto, pode aumentar
o risco de contaminação da água e dos alimentos com fezes humanas ou
animais infectados.

3. Áreas com condições de higiene precárias: A falta de condições básicas de

higiene, como água potável, sabão e banheiros limpos, pode aumentar o risco
de contaminação.
4. Instituições públicas: A amebíase pode ser transmitida em instituições
públicas, como escolas, prisões e acampamentos, onde as condições de higiene
são precárias.

5. Pessoas que viajam para áreas endêmicas: Viajantes que visitam áreas onde
a amebíase é comum correm maior risco de contrair a doença se não tomarem
medidas preventivas adequadas, como evitar a ingestão de água não tratada ou
alimentos crus ou mal cozidos.