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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ADILSON GOMES DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGICA- EXISTENCIAL NA


HUMANIZAÇÃO DA MORTE NO CAMPO HOSPITALAR.

SÃO PAULO – SP
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ADILSON GOMES DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGICA- EXISTENCIAL NA


HUMANIZAÇÃO DA MORTE NO CAMPO HOSPITALAR.

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em Pós-
Graduação Lato Sensu em PSICOLOGIA
HOSPITALAR

SÃO PAULO – SP
2022
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGICA- EXISTENCIAL NA
HUMANIZAÇÃO DA MORTE NO CAMPO HOSPITALAR.

Autor ¹, (Adilson Gomes de Oliveira)


Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte
além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços).

adilsongomes@gmail.com
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RESUMO

A morte é uma realidade universal, intrínsecas e intransponíveis a vida


humana. A marginalização e a falta de reflexão social a morte em nossa sociedade
enfraqueceu o ser humano e seus recursos de enfrentamento diante das discussões
que envolvem nossa existência finita. A morte faz parte da vida e cumpre seu papel
social, não há vida sem morte. No contato com a finitude, o ser humano tem a
possibilidade de descobrir formas mais autênticas de existir. Refletir para dar
dignidade ao ser “falido” em morte é também dar-se a chance de enriquecer a
própria vida por meio de todas as lições que essas experiências são capazes de nos
ensinar.
O presente trabalho tem como objetivo geral o estudo da contribuição da
Psicologia Fenomenológica-Existencial na humanização da morte no campo
hospitalar; confrontação da morte; como objetivos específicos se propõem a definir o
conceito de Psicologia Existencial, analisar suas contribuições no enfrentamento da
morte no campo hospitalar e propor estratégias de produção literária para
enfrentamento, de acordo com este referencial teórico. Investigação bibliográfica,
quantitativa e do tipo exploratório.

Palavras-chave – Psicologia Fenomenológica- Existencial. Morte. Hospital.


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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho, como pesquisa bibliográfica, é fruto de um novo olhar acerca


da humanização da morte no campo hospitalar, na forma de se instigar reflexões
sobre novas maneiras de olhar para os indivíduos que adoecem, propondo materiais
que evidenciam as potencialidades da abordagem psicológica com base
fenomenológica existencial (SILVA; BAPTISTA, 2013), ao fazer uma interconexão
com o significado da fenomenologia, em que as autoras destacam: Fenomenologia é
o estudo ou a ciência do fenômeno que é colocar sob iluminação, mostrar-se a si
mesmo em si mesmo [...] Entende-se por fenomenologia a investigação da vivência,
ou seja, pesquisar a experiência vívida, a essência das coisas, tal como elas se
mostram, abandonando recursos como a objetividade, a intelectualidade e a
imparcialidade para com o objeto/situação na qual se pretende investigar
(FORGUIERI, 2002).
A proposta da pesquisa se deu integralmente como cunho quantitativo e
perceptivo, de observação em materiais disponíveis na internet, como artigos, livros,
revistas que trazem as seguintes palavras como psicologia fenomenológica-
existencial, hospital, atendimento psicológico em hospital e outras mais, que
atentasse ao fenômeno de humanização da morte em hospitais.
Com isso, o presente artigo tem por intuito aprofundar a discussão de
pesquisa e produção de materiais acadêmicos, sobre o ser-no-mundo no hospital,
como retorno ao vivido, instigando reflexões, intercalando com a visão de mundo da
fenomenologia existencial.

Assim, este artigo justifica-se pela intenção de se levantar a relevância sobre


a contribuição das práticas da Versão de Sentido e do método fenomenológico-
existencial, e seu uso nas diversas áreas de atuação em psicologia no campo
hospitalar e para além desta, assim como a possibilidade de humanização nas áreas
da saúde, visto que há a necessidade de estudos que almejam.
É imprescindível para a Psicologia compreender e atuar no processo de
morte, haja vista que são realidades humanas universais, intransponíveis e cuja
existencialização é frequentemente dolorosa. A relevância dessa realidade em
nossa vida é inegável, já que estão intimamente relacionadas com o existir e
repercutem diretamente no desenvolvimento humano. Para crescer, a todo o
momento o ser humano precisa aprender a perder e a recomeçar. A vida é um
continuo movimento de nascer e morrer, ninguém aprende a nascer, a recomeçar
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sem antes, ter aprendido a perder e morrer. Viver o próprio morrer frequentemente
causa muita dor. Parte do excesso de sofrimento que essas experiências nos
causam tem ligação com o fato de que as perdas e a morte se transformaram em
tabus em nossa sociedade.
As representações sociais e pessoais negativas construídas a respeito da
morte influenciam sobremaneira como vivenciamos essas experiências. Outros
aspectos como a fase do ciclo vital, momento de vida e religiosidade, também
influencia a forma como vivemos essas experiências (ARRIÉS, 1981; KOVÀCS,
1992).

2. CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DA MORTE

O estudo da morte possibilita a compreensão das relações que o ser humano


estabelece com esse fenômeno e também revela muito sobre nós mesmos e sobre a
sociedade na qual vivemos (ARRIÈS, 1981). Tema de discussão de várias áreas
do saber, o fascínio e temor diante da morte e seus espectros, sempre
influenciaram a maneira de viver humana A morte sempre foi vivida com
sofrimento, no entanto antigamente a morte não era um tabu. Ao contrário, era
uma realidade aceita como natural e vivida em casa. Vista como algo que fazia
parte de cada pessoa e que inevitavelmente aconteceria um dia. Era comum as
pessoas refletirem, conversarem e vivenciarem a morte em suas casas (MORIN,
1970; SCHMITT, 1999).
Na Idade Média europeia os cemitérios geralmente ocupavam o centro das
cidades e eram mantidos sob os domínios da Igreja Católica. Os mortos socialmente
importantes eram enterrados dentro das igrejas, os menos importantes eram
enterrados em terrenos próximos as igrejas. A proximidade dos corpos em
relação à igreja dependia do grau de importância social do indivíduo (ARRIÉS,
1981).
A partir do Século XIX, com o advento da industrialização e com o
desenvolvimento técnico-científico da Medicina nas sociedades ocidentais, a visão e
a interação com a morte mudaram. A revolução higienista radicalizou a separação
entre vivos e mortos de tal modo que o convívio entre ambos passou a ser
visto como uma fonte de contaminação por doenças. (RODRIGUES, 1995).
ARRIÉS, (1981) no Século XIX a morte menos temida era a morte lenta e em
casa, em que se havia a possibilidade da pessoa se organizar e fazer suas
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despedidas antes de morrer.


Já no Século XX a morte inesperada ou a morte súbita foram às formas mais
desejadas ou menos temidas de se morrer. Essa realidade revela o temor e
despreparo diante da morte, que as sociedades modernas foram adquirindo. Na
medida em que as sociedades se industrializavam, a morte se afastava do ambiente
doméstico e, deixava de ser vivida como uma realidade triste, porém natural.
Esse afastamento agravou os impactos da morte sobre as pessoas.
Atualmente, a sociedade ocidental é massificada pela aparência, pelo
individualismo, pelo culto ao novo, belo e saudável. A maior expressão disso foi à
exclusão social da morte. O silêncio que é dado a essa parte de nossas vidas,
tornou a morte um tabu. Falar sobre a morte é um assunto que causa
constrangimento. Não é de bom tom lembrá-la, pois é um assunto que é comum
não se saber como lidar direito, podendo despertar e revelar o que há de mais frágil
em cada ser.
Uma exposição das fragilidades e limitações humanas não seria considerada
natural, uma vez que aprendemos, gostamos e estamos habituados a viver
aparentando sermos super-humanos: saudáveis, fortes, belos e alegres. Contudo, é
importante aceitar que a fraqueza, a pobreza e o desespero também fazem parte do
humano (RABELO, 2006).
A morte passou a ocorrer entre as paredes dos hospitais, muitas vezes longe
da presença da família. O paciente terminal tornou-se objeto de decisão do hospital
e do médico. O médico, por sua vez, tornou-se refém da tecnologia e do contexto
político-administrativo do hospital.
A morte institucionalizou-se e a Medicina passou a legitimar o morrer
(ARAÚJO, SILVA, 2006). A equipe de saúde preenchendo uma demanda social
deixou de ter seu papel curador para se tornar “guerreira da cura”. Na luta contra
a morte o médico é o grande guerreiro e a ele cabe a difícil decisão de
determinar quando é a hora de parar e aceitar que a morte se fez implacavelmente
presente.
É comum que médico e equipe de saúde, mesmo sabendo que fizeram tudo o
que lhes era possível pela vida, sejam invadidos por sentimentos de impotência e
sensação de fracasso ao perderem a batalha (BROMBERG, 1996; KOVÀCS, 1992).
O ser humano com tantos recursos científico-tecnológicos acabou quase que
conseguindo esquecer que é finito, morre e por mais triste que isso seja é nossa
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condição humana. A morte não escolhe idade, sexo ou classe social. Situações de
vida e morte envolvem vários personagens: pacientes, familiares, equipe de
saúde, além da instituição hospitalar.
Na maior parte das instituições hospitalares observa-se ainda uma posição
paternalista, baseada no princípio da beneficência, em nome do desejo de se fazer o
bem evitando sofrimento adicional, a equipe termina agindo sozinha justificada pela
ideia de que sabe o que é melhor para o paciente, considerando que não esteja
preparado para saber o que é o melhor. (CAPRARA, RODRIGUES, 2004).
Quando todo saber é depositado na equipe de saúde, também todas as
responsabilidades são assumidas. No âmbito desse debate estão envolvidas dentre
outras, questões Médicas, Sociais, do Direito, Filosofia e Teologia. Com intenção de
modificar essa realidade surgiram movimentos e grupos que tentam resgatar o lugar
social das perdas e da morte, dando-lhes dignidade.

Entre estes estão Kübler-Ross (2005), uma das precursoras dos estudos e
pesquisas sobre morte, os profissionais de Tanatologia, bioética, humanização
hospitalar, a filosofia do hospice que teve início na Inglaterra e se espalhou pelo
mundo todo para e cuidar de pacientes com diagnóstico reservado e muitos outros
profissionais que incitam o acolhimento, reflexão e amadurecimento da sociedade
frente a esses temas. O movimento de acolhimento à vida e a morte é cada vez
maior.

3. PSICOLOGIA EXISTENCIAL

A Psicologia Existencial se apoia na Filosofia Existencial que é uma corrente


filosófica chamada de Existencialismo, que tem como principal preocupação
compreender e explicar a experiência humana. O Existencialismo moderno surge
com Kierkegaard e com Heidegger. Outros nomes como: Nietzsche, Sartre, Jaspers,
Buber e Gabriel Macel também foram importantíssimos para na construção desse
movimento (SARTRE, 1970).
A palavra existencialismo vem da palavra “existir”, que derivou do latim,
existire que significa emergir, surgir, salientar-se. No existencialismo o Ser humano é
visto como aquilo que ele consegue construir de fato em seus três mundos – no
mundo interno do sujeito, de suas inter-relações e no mundo externo a ele. Esses
três mundos acontecem simultaneamente na pessoa e se influenciam entre si.
A existência é vista como uma continua relação entre a pessoa com ela
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mesma e com o mundo. O indivíduo precisa permanentemente escolher como


deseja existir no próximo momento, o ser depende de escolhas para existir, uma vez
que não é como as árvores ou frutos que amadurecem com o tempo.
Neste contexto o ser humano ganha mais liberdade para escolher o que
deseja ser, mas também ganha responsabilidades por sua vida. O Existencialismo
tira o destino do lugar de sujeito que constrói o ser e o coloca em consequência da
construção do individuo. O movimento existencialista colaborou para apropriação do
ser por seu próprio existir (HUISMAN, 2001).
Pode viver o passado, presente e futuro, pode ainda ir à lugares muito além
do espaço físico que seu corpo ocupa. Ter autoconsciência tornou o homem
construtor de seu próprio destino (ERTHAL, 1989, HEIDEGGER, 2005).
O Existencialismo surge com a preocupação de recuperar a essência do
indivíduo enquanto Ser no mundo, valoriza a experiência do existir e a atitude
humana em relação a isso. Questiona-se a forma pela qual a capacidade de existir
acontece e como ela é estruturada. Na perspectiva existencialista o Ser ganha não
só a liberdade de autodeterminar seu próprio existir, mas também a responsabilidade
de fazê-lo só, pois ninguém vive senão a sua própria vida (XAUSA, 1986).
O ser humano é visto como um Ser de potencialidades que podem se
concretizar ou não. Isso dependerá muito das escolhas que o próprio sujeito faz para
si e das relações que estabelece com suas potencialidades, dentro de seus três
mundos e dos limites que envolvem tal existência. (ANGERAMI-CAMON, 1984).
O ser humano não pode viver todas as possibilidades que deseja, pois está
submetido à condição de Ser finito. É necessário que escolhas sejam feitas
constantemente. As escolhas não acontecem sem angústia, uma vez que cada
escolha acolhe o risco de um possível fracasso do projeto de vir-a-ser-no-mundo
(MAY, 1988).
A realidade humana é conhecida por meio de dois aspectos: intuitivo por meio
dos sentidos e pelo sistema de integração significativo que integra as informações
recebidas dá uma ordem e significado ao objeto em sua totalidade. Primeiramente o
Ser entra em contato com o objeto por meio dos sentidos e apenas alguns aspectos
do objeto são percebidos, devido às próprias limitações dos órgãos do sentido.
Pode-se concluir que o humano jamais dispõe de verdades absolutas (RANSON,
1975). O ato de conhecer se completa com a integração significativa que realiza
uma síntese do objeto parcialmente percebido, porém referido como objeto total.
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Quando a atenção se volta para o que está sendo conhecido pela


consciência, o que se está captando já não é mais o objeto tal como ele se
apresentou, mas sim como a consciência o vivenciou naquele determinado
momento.
A consciência é comumente influenciada pelas prévias experiências a respeito
de determinado objeto. Então, o que comumente a consciência apreende não é o
objeto, mas sim o objeto misturado aos julgamentos prévios sobre objetos
semelhantes que a consciência já havia apreendido anteriormente. Consciência e
objeto estão diretamente relacionados nesse processo de conhecer. Pois não existe
consciência sem objeto e o contrário também é verdadeiro (HEIDEGGER, 2005).
A consciência tem sempre uma intencionalidade. Os fenômenos são descritos
tais como a consciência os percebe. Para que o fenômeno possa ser apreendido
com mais fidedignidade é feita a redução fenomenológica ou epoché, ou seja, todo
juízo prévio a respeito do objeto deve ser colocado entre parênteses (FRANÇA,
1989).

4. A FENOMENOLOGIA.

A fenomenologia foi o método que alguns pensadores encontraram para


melhor apreender a experiência vivida e suas significações. Criado por Husserl como
tentativas de apreender o fenômeno como ele realmente se apresenta sem
interferências interpretativas. Acredita-se que não é possível compreender a
experiência humana por uma relação de causa e efeito, reduzindo-a a leis, princípios
ou conceitos gerais, mas é realmente compreendida quando descrita em sua
singularidade, tal como ela se apresenta na consciência do sujeito que a
experienciou.
Em que medida as características dadas ao objeto realmente pertencem a ele
ou à mente de quem o percebe. Quais são os elementos objetivos e subjetivos do
conhecimento (HEIDEGGER, 2005).
A corrente fenomenológica não privilegia nem o sujeito e nem o objeto, mas a
relação entre ambos. Sujeito e objeto, consciência e o mundo, são determinantes um
do outro, há uma relação de dependência mútua. A consciência é vista como tendo
sempre uma intencionalidade, é voltada sempre para algo que não ela mesma. É a
ligação do homem com o mundo.
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O processo psicoterapêutico fenomenológico-existencial é vista como


processo de libertação e crescimento do Ser que é sujeito e também é objeto. O Ser
não existe sozinho no mundo, em contato com outras consciências ele pode ver
como é percebido por elas. É preciso que a consciência reconheça o Ser como tal,
somente assim ele sente-se existindo de fato. É no confronto com outro que se
assegura a individualidade. Seja qual for o olhar do outro, este pode petrificar o
sujeito, paralisando em seu devir.
A pessoa que não conhece sua existência cria uma dependência patológica,
na qual o outro é quem sabe e determina o que ela é e pode “vir a ser”. O “ser para o
outro” é estrutura essencial da consciência, no entanto é necessário que antes esta
se reconheça ou pode perder-se em meio as outras consciências (XAUSA, 1986).
Em contato com outras consciências ao não se ter uma relação suficientemente
intima com quem se é, corre-se o risco muito grande de se perder entre as outras
consciências, tornando-se um estranho para si mesmo.
Caso isso aconteça a pessoa é invadida por sentimentos de culpa por não ter
conseguido se apoderar de sua existência, vazio por não se reconhecer enquanto
individuo, também o desespero e apatia são consequências de uma vida inautêntica
(MAY, 1987).
A falta de autoconsciência leva a despersonificação, provoca um sentimento
de futilidade e incapacidade, pois a pessoa se percebe não sendo capaz de fazer
algo realmente verdadeiro por ela mesma.
Uma vez que a ela já não se reconhece mais, não conseguirá mais identificar
os seus verdadeiros desejos, sentimentos, crenças e valores. É comum que
escolhas incongruentes sejam feitas, o que gera ainda mais sentimento de
incapacidade e perda de confiança em si mesma.

5. CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGICA-


EXISTENCIAL NA HUMANIZAÇÃO DA MORTE NO CAMPO
HOSPITALAR.

A Psicologia Fenomenológica- Existencial não tem formulas ou um corpo


de técnicas para oferecer no enfrentamento da morte. Porém, isso não diminui o
valor da sua contribuição diante desses eventos, uma vez que a Psicologia
Fenomenológica- Existencial oferece uma compreensão aprofundada sobre a
existencialização das mesmas, e ainda nos convida a refletir sobre temas e
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questões humanas de fundamental importância para o nosso existir, ainda oferece


baseada em seus estudos posturas e atitudes que podem contribuem muito no
enfrentamento da vivencia do luto que as perdas e a morte impõe a todos.
Tais posturas não precisam ser adotadas apenas por profissionais que estão
em contato com essas questões, mas podem e ser muito úteis para qualquer ser
humano que tenha interesse em aprender mais sobre si, sobre o outro e sobre o que
é existir.
A Psicologia Fenomenológica- Existencial se propõe a descrever na integra
os eventos que assolam a existência humana e ainda desperta o ser para uma
reflexão a respeito de seu existir que é uma interação com a vida e a morte. O
psicólogo fenomenológico-existencial, enquanto profissional que trabalha
diretamente com as questões que envolvem as perdas e a morte pode contribuir de
diversas formas.
Nessas situações o acolhimento, respeito e bom senso são fundamentais,
além dos conhecimentos teórico-técnicos a respeito do assunto. O psicólogo é o
profissional que por sua formação está ou deveria estar capacitado para
acolher e oferecer alternativas de enfrentamento para os que sofrem. O
psicólogo para estar apto para esse papel deve estar não só preparado teórico e
tecnicamente, mas também já ter suas questões sobre finitude
satisfatoriamente resolvidas, bem como as questões que envolvam aceitar a finitude
do outro (KOVÀCS, 1992).
Muitas questões precisam ser re-significadas e o papel técnico do psicólogo é
tornar possível e suportável essa reforma interna (WORDEN, 1998). O papel humano
do psicólogo é o de manter sempre sua postura de respeito, compreensão e
acolhimento com os que sofrem. 0 papel do psicólogo é acolher e sempre
trabalhar em prol da saúde psicológica da pessoa. No entanto, por mais que
se faça um trabalho de boa qualidade isso não é garantia que a pessoa
conseguirá superar suas agruras.
O psicólogo não deve manter expectativa em relação ao cliente, haja vista
que expectativas a mais em cima da pessoa só tornaria sua existência ainda mais
difícil. A pessoa nesse momento precisa ser acompanhada em seu sofrer, sentir que
não está sozinha e que pode contar com alguém capacitado para refletir junto com
ela suas inúmeras questões mal resolvidas.
Sentimentos de que poderia ter sido feito algo para evitar tal realidade se
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chocam com sentimentos de raiva em relação ao morto por este ter causado
tamanho sofrimento a eles e ainda tê-los colocado numa situação socialmente
discriminada, como se a família não tivesse sido capaz de impedir o acontecimento
(ANGERAMI-CAMON, 1984).
É fundamental para o psicólogo compreender os aspectos psicodinâmicos do
adoecer e as reações emocionais envolvidas no processo. Conhecer o tipo de
doença que a pessoa enfrenta, como ela se instalou, em que momento da vida e
quais as modificações que houve na vida e no ambiente da pessoa nos períodos
anteriores e posteriores a doença (ANGERAMI-CAMON, 2001).
O objetivo do psicólogo no hospital na abordagem fenomenológica-
existencial é garantir tratamento humanizado ao paciente e seus entes por que
equipe de saúde diante de suas responsabilidades biológicas diante do morrer
podem por vezes vir a esquecer do quão humano é o processo do morrer.
Humanizar o tratamento é consequentemente diminuir sofrimentos desnecessários
que o paciente possa vir a sofrer no contexto hospitalar.
O psicólogo além de auxiliar o paciente nas questões de cunho psicológico,
também deve contribuir junto ao paciente para a adesão ao tratamento, ajudando o
paciente, por exemplo, em algumas questões práticas como verificar sua rede de
apoio e ajudá-lo a se organizar de maneira a se sentir mais seguro e confortável no
hospital.
O trabalho no hospital sempre envolve a tríade paciente+família+equipe de
saúde. É um trabalho interdisciplinar em que o foco principal é a possível cura do
paciente e o seu bem-estar. Como um membro da equipe o psicólogo também está
a serviço de criar um canal de comunicação mais simétrico entre esta tríade,
facilitando a aproximação e o vinculo de respeito e confiança. (ANGERAMI-CAMON,
2001; ISMAEL, 2005).
É importante realizar uma avaliação psicossocial e um exame do estado
mental do paciente, a fim de conhecer a vida do paciente, e também avaliar quais os
processos mentais afetados pela a doença. Esclarecer família e equipe sobre o
estado psicológico da pessoa, esclarecer as relações psicológicas que ela
estabeleceu com a doença, com a equipe de saúde e com e contexto hospitalar
são procedimentos que o psicólogo pode fazer para favorecer a comunicação e
compreensão entre paciente-família-equipe (KOVÀCS, 1992).
Na verdade pacientes assim, têm muita dificuldade de entrar em contato com
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sua impotência, sentem-se aterrorizados diante dessa realidade e usam como


defesa a onipotência. Quanto mais onipotência mais impotência tem por trás. Falar
das impotências não é algo fácil, no entanto com um bom manejo o psicólogo
juntamente com equipe podem criar um espaço que a pessoa se sinta segura
para falar do quão frágil e assustada ela pode estar se sentindo (KUBLER-ROSS,
2005; KOVÁCS, 1992).
O tratamento que é oferecido deve sempre se adaptar as características
individuais de cada pessoa e também as particularidades que a situação apresenta.
O acolhimento e a escuta são dirigidos a todos os assuntos que a pessoa deseja
trabalhar. O trabalho nesses casos é centrado no acolhimento, suporte
emocional, diminuição das ansiedades e atenuação ou supressão dos sintomas
emergenciais. O objetivo é o de recuperar na medida do possível o equilíbrio
emocional da pessoa, sem a expor ao libertador, porém doloroso processo
psicoterápico (ISMAEL, 2005).
Abrir a possibilidade para essas experiências serem vividas e refletidas de
forma verdadeira contribui para que profundos aprendizados aconteçam
(HENNEZEL, LELOUP, 1999). Somente a própria pessoa ou um responsável por ela
tem o direito de decidir por sua vida. Ao psicólogo cabe acolher e ajudar dentro dos
limites técnicos e éticos de sua profissão a pessoa viver o que lhe é desejado
(KUBLER-ROSS, 2005; ANGERAMI-CAMON, 2002).
O contato com a morte é um momento muito delicado e de
extremo sofrimento. O psicólogo pode ajudar as pessoas a se permitirem essa
experiência de forma verdadeira, sem mentiras ou segredos que ao invés de
proteger, só terminam por ferir a todos ainda mais. Um clima verdadeiro entre as
pessoas envolvidas é necessário, porém muito difícil de ser conseguido. A angústia
ligada a separação contamina o ambiente e o tabu da morte tornou as pessoas
inseguras e aterrorizadas no trato com o paciente terminal.

6. CONCLUSÃO.

A morte revela quem realmente somos. Aflora questões dolorosas a nosso


respeito e sobre o nosso existir. É comum que um balanço da vida seja feito. As
pessoas se perguntam sobre o que acertaram ou erraram ao longo de suas vidas,
sobre o que fizeram ou deixaram de fazer e ainda sobre o que irão fazer com o
resto de vida que lhes resta.
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A inconformidade, revolta e desespero prolongado só ferem ainda mais, só


empobrecem a vida da pessoa que escolheu essa forma triste de viver essas
experiências naturais a todos os seres humanos que são as perdas e morte. Na
maioria das vezes é em contato com a finitude que o ser humano encontra esse
sentido, que pode ser um ou vários. O sentido de vida faz toda a diferença e
poder usufruir desse sentido nem que seja por uns segundos, faz a vida valer a pena
(FRANKL, 1990).
O psicólogo necessita estar preparado para conviver com o sofrimento e
desespero humano. Identificar, compreender e acolher as inúmeras formas que o
sofrimento usa para se manifestar.
É dever do psicólogo abrir espaço para que o sofrimento, a dor possam ser
expressados. Abrir um espaço não é o mesmo que instigar, provocar a amostra
grátis do sofrimento. Caso haja, o desejo ou a necessidade da pessoa em se
expressar é importante que ela saiba que existe um espaço, no qual suas
emoções e sentimentos serão permitidos e devidamente acolhidos. Facilitar a
expressão do sofrimento contribui para libertação da pessoa (ANGERAMI-CAMON,
2004)
Acolhimento, respeito, amor a verdade do outro, atitude verdadeiramente
autêntica diante da vida, aceitação da finitude, da liberdade e da responsabilidade
que esta nos impõe são alguns princípios tão valiosos que a Psicologia
fenomenológica-Existencial nos propõe como estratégia de enfrentamento não só
para experiência do morrer, mas para a experiência da vida.
A Psicologia Fenomenológica-Existencial nos provoca para o que é de mais
humano em nós e nos liberta. Tornar-se humano é uma tarefa ativa de verdadeiro
amor e comprometimento com a existência.
A proximidade da morte pode ser a ocasião para descobrirmos que desde
sempre somos mortais. É na fragilidade e pobreza da finitude que nos percebemos
completamente humanos. Esse é um momento que quando acolhido pode realmente
gerar grandes aprendizados. A experiência da finitude é capaz de tornar inegável
que somos seres de cuidado e amor, não somos capazes de sobrevivemos na
ausência do cuidado e do amor. Aceitar o convite que essas experiências nos
fazem, é aceitar mergulhar num nível mais profundo de si mesmo. É nesse nível no
qual a verdade prevalece que conseguimos nos tornamos maiores (HENNEZEL,
LELOUP, 1999).
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O momento de nossa morte é resultado de tudo aquilo que vivemos. Diante


da experiência da finitude as pessoas se tornam mais capazes de amar, doarem-se
e perdoar. É possível ver vínculos entre familiares serem resgatados, muitas vezes
gerações são reconciliadas nesse momento. O morrer quando acolhido com
profundo amor não é vivido com temor, solidão ou desamparo. É um momento em
que podem existir grandes trocas sobre o que há de mais humano em nós; os
sentimentos, as dúvidas, os medos, as saudades, o perdão, a necessidade de
acolhimento e também a necessidade de dar-se a alguém, necessidade de amar e
também sentir que realmente é amado.
Nesse momento o nosso humano é capaz de se rebelar contra todas as
coisas não autênticas, medos de desagradar, de estar socialmente inadequado ou
de não ser coerente e científico, superando o medo de não parecer adequado e
organizado. O que de há de mais humano em nós nessa hora quer sair, mas não
sabe se será acolhido e por isso pode retrair-se, tentar se esconder quando não dá
mais e isso é que torna a morte insuportável.
Aprender a viver é aceitar nossas limitações, aceitar nossa impotência,
fragilidade, nossa feiúra. É perceber que no final o que mais importou é se
conseguimos viver em comunhão com nós mesmos, com o outro e com a vida.
Aceitar a realidade é um profundo gesto de amor que liberta, humaniza e torna a
vida muito mais bonita. A morte não nos ensina nada que a solidão, as perdas, as
frustrações, as escolhas já não nos tenham sussurrado.
A Psicologia Fenomenológica-Existencial não têm receitas e nem truques a
oferecer, mas nos faz um convite para mais do que refletirmos, no convida a nos
humanizarmos, como chance única de não perdemos aquilo que há de mais valioso
em nós, que somos nós mesmos, convida o ser humano a se experimentar, a
investir e acreditar em projetos de si mesmo.
A Psicologia Fenomenológica-Existencial encoraja a aceitarmos a liberdade e
responsabilidade de uma vida autêntica. Respeita e reconhece o ser humano na sua
essência e não tenta de forma alguma tentar negar ou esconder do que é feita essa
essência humana, nos faz um convite de coragem para nos tornarmos mais
verdadeiros, mais comprometidos e mais sensíveis com a vida. Nos alerta que a
postura excessivamente inautêntica diante da vida, só desmerece, endurece e
diminui o ser humano em suas potencialidades. Ser autêntico é buscar criatividade e
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coragem para construir-se e ser autêntico também é conseguir nos perdoar pelas
nossas “inautenticidades”.
A Psicologia Fenomenológica-Existencial tem muito a contribuir, não como
respaldo psicoterápico enquanto abordagem teórica, pois não o é. Ela oferece
respaldo para uma postura ética, verdadeira, acolhedora e de respeito com o cliente
ou paciente que o seja. Essa postura realmente só tem eficácia quando usada de
forma verdadeira, vê a cura da alma como sendo uma libertação do ser das amarras
que bloqueavam suas possibilidades de expansão. Pode-se concluir que o ser
humano tem necessidade de cura porque tem necessidade de expansão, e
expansão é amor. É somente num encontro genuinamente humano de amor e
respeito a realidade do paciente que as curas ou libertações podem se dar.
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REFERÊNCIAS.

ANGERAMI-CAMON, V. A. (Org.). E a Psicologia Entrou no Hospital. São


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