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Vigiar e Orar mais

Os dias se apresentam cheios de desafios. As famílias e


individualidades lidam com novas e amedrontadoras problemáticas.
Os transtornos grassam, enfermando a sociedade e fomentando
esquisitos receios do futuro, abatendo a fé em muitos corações.
Podemos afiançar que a vigilância da mente nunca se fez tão
urgente na proteção do psiquismo, nesses dias de profunda confusão
conceptual, através da predominância de instintos agressivos e
rasteiros, afastando das verdades cristãs, construindo grosseiras
realidades.
Constata-se que as instituições espíritas, por trazerem no seu
escopo a renovação prometida pelo Consolador, é alvo de tenaz
perseguição dos adversários da Luz e nossos companheiros
encarnados, inadvertidamente e deslembrados das orientações
sublimes do Mestre, têm se deixado envolver e facilmente caem nas
armadilhas ardilosas e sutis que lhes são engendradas.
Não há, de modo algum, alguém que possa justificar que não se dá
conta dessas intercorrências. O que falta mesmo é a justa análise das
atitudes e dos pensamentos, reconduzindo o íntimo da grande maioria.
A natureza humana tem a mania de se apropriar e degradar às
coisas espirituais libertadoras, declinando-as à mesquinhez das suas
paixões e egoísmo, tornando assuntos importantes e avisos
significantes em trivialidades, interpretando às coisas pelas suas
conformidades, de forma que logo possam ser esquecidas.
Parece muito difícil, diante da presunção humana, fazer os devidos
registros do que é trazido pelos Embaixadores Divinos, que não se
cansam de repetir às lições evangélicas, para haver a tão esperada
transformação nos corações e consciências desses trabalhadores da
boa causa.
Observamos que as instituições permeiam com as fofocas e as
intrigas, na formação infeliz de todo tipo de falatórios desairosos e
desrespeitosos. Formam-se grupos que lutam uns contra os outros,
incendiando as discórdias, desgastando, malsinando companheiros,
fazendo alguns abandonarem seus postos.
A lente do julgamento para as atitudes e palavras alheias, se faz
uma lupa de aumento máximo e os juízes são muitos. Coisas simples,
ditas, se tornam insídias graves através da suscetibilidade já instalada,
alargando as animosidades e afastamento entre os confrades.
A verdade é, todos querem se melhorar, alcançar a evolução e
iluminar-se, porém, alguns irmãos parecem estar com o piloto
automático ligado e já não se dão mais conta do seu proceder e
atitudes desairadas.
Alguns têm importantes cargos, deveriam atender a função sem
tanto individualismo, exercendo compreensão e tolerância à sua volta,
amainando as personalidades agitadas e não as provocando ainda
mais. Instruindo àquelas necessitadas da real orientação, sem denodar
desprezo pela incompetência alheia. Não deveriam jamais atuar com
empáfia e orgulhosos nos tronos onde se colocaram.
Distintos se arvoram intelectualizados, deixando doridas
decepções nos outros que se lhe acercam, pois usam esse
conhecimento de forma vaidosa, a darem mostras dos seus avanços de
instrução, embora as lições ainda não lhes tenha tocado para à
necessária transformação moral, os estudos e escritos avivaram-lhes
apenas a presunção, de forma que não se dão conta do jactancioso e
insuportável proceder.
Há os que criam impasses em tudo, dificultam até à entrada de
pessoas novas e realmente devotadas a cooperar na obra do bem.
Esses trazem a instituição cristã, os velhos hábitos administrativos do
pretérito, atuando com extremado personalismo, aferrados as
imposições do ego.
Os jovens são deslembrados em trabalhos espirituais e a frase: “a
juventude é o futuro”, já caducou, pois, o jovem é o presente, só
necessita de oportunidade, estímulo e incentivo dos mais experientes
para atuar. Lembremos que no início da Codificação, Kardec utilizou
jovens meninas, sem lhes entravar ou depreciar as iniciativas
mediúnicas devido a pouca idade.
Observamos muita falta de estímulo, de empatia com o outro, de
liderança amorosa, de palavras de conforto e reconhecimento junto ao
esforço alheio. Cabe recordarmos que todos experimentam suas
próprias lutas e devemos ser pontes a ligar essas almas voluntariosas
que anseiam por servir, mesmo sob o guante das suas batalhas
pessoais, sem jamais lhes causar desconforto e dificuldades
desnecessárias.
Médiuns que acreditam que a sua mediunidade é uma mansão
pomposa e cheia de ambientações, que deveriam ser melhor utilizados e
valorizados. Se esquecem que o trabalho junto a Jesus é simples,
silencioso e sem nenhuma afetação.
O laboratório das salas mediúnicas traz ricos e complexos
ensinamentos, numa ligação direta com o mundo espiritual e com os
sofredores e enganados do além, que nos instruí através das suas
arrogâncias e temperamento radical, mostrando como ‘não’
deveríamos agir. Portanto, todos os participantes, mais tarde, não
poderão professar a frase; “eu não sabia”. Deveriam, sim, entender
melhor a seriedade dessa oportunidade de crescimento e reparação
que são as mediúnicas, transformando a si mesmos, na humílima
condição do serviço, ajustando a sua moral pelos incontáveis
ensinamentos que toda semana têm incursão.
Grande número de irmãos ainda não amadureceram
psicologicamente e infelizmente gostam desse confronto, se mostram
sisudos e insatisfeitos com os demais, criando todo tipo de desavença e
situações desconfortáveis, gerando ressentimentos e mágoas
desnecessárias.
Diferentes pessoas mostram infantilidade com ciúmes bestas. Em
alguns a inveja cresce, sem que se deem conta, alastra-se em seus
corações e se já não bastassem os tantos inimigos do bem, nas nossas
fileiras observamos a perseguição e distrate entre nossos próprios
companheiros de jornada.
Que possamos seguir a Jesus sem tantas altercações e sem
segundas intenções, deixando de lado nossas vaidades de destaque,
diminuindo nossa ostentação exatamente nas palavras que dirigimos
aos outros. Salvo o nosso comportamento não seja o de estar armado
uns contra os outros. Que nossos diálogos nunca manchem a influência
dos nossos companheiros, que deixemos de ser extremamente
sensíveis quando alguém nos chame a atenção para o nosso bem,
sabendo escutar o outro com o coração e a mente aberta, sem nos
constranger. À exceção do que se apresenta, sejamos elos da concórdia
entre todos, que jamais motivemos nenhum diálogo malsão sobre
nossos irmãos de lide, ajustando nosso íntimo apenas à importância
das tarefas que nos cabem, para crescer o Espiritismo e não o relevo de
nós mesmos.
Que saibamos silenciar quando necessário. Orientar com amor
sem nos arvorarmos donos da razão. Que possamos unir, jamais
separar. Que não sejamos aquele que barra, que impede, que dificulta e
petrifica o outro nas suas mais honestas propostas, se desajustadas
com as da instituição, mostremos com humildade a linha da
conformidade, sem destratar a ninguém.
Sempre cultuemos a paz e a fraternidade nos nossos atos, sem nos
melindrarmos tanto no contato com as pessoas, afinal estamos todos
do mesmo lado, caminhando em direção a luz e embora as
imperfeições que assinalam e se fazem presentes, motivando essas
intercorrências e tantos desgastes, o bem reside em nossos corações,
tendo Jesus como nosso Mestre e Guia, logo, resta-nos vigiar e orar
mais, para não sucumbirmos sob o assédio constante dessas forças
antagônicas que tramam incansavelmente a nossa queda.

Alberto Fonseca - Mensagem psicografada na sessão mediúnica do dia 03


de abril de 2023, na Mansão do Caminho, pelo médium Jorge Antônio

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