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3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 3: A morte para o verdadeiro cristão
Data: 15 de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
V E R DA D E P R ÁT I C A
Para o crente, a morte não é o fim da vida, mas o início de uma plena, sublime e eterna comunhão com
Deus.
HINOS SUGERIDOS
LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Rm 6.23
Sexta - 1 Co 15.1-58
Sábado - Ap 20.14
A morte da morte
1 Coríntios 15.51-57.
51 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
53 - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da
imortalidade.
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54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
55 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
57 - Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
INTERAÇÃO
A morte é um fenômeno que se abate sobre a pessoa de qualquer sexo, classe social ou idade. A morte vem!
Você já pensou nisso hoje? Não queremos usar de terror psicológico ao abordar esse tema, mas é importante, num
mundo materialista onde vivemos, ao menos uma vez, darmo-nos conta de que a qualquer momento teremos de
enfrentar esse inevitável fenômeno. Pode ser hoje, amanhã ou daqui alguns anos. Não importa; a “dama
enigmática” nos cercará e, fisicamente, nos consumirá. Então, onde estará a nossa esperança? Como nos
comportaremos frente à iminência dessa suprema realidade? Eis alguns dos questionamentos acerca desse tema.
OBJETIVOS
O R I E N TAÇ ÃO P E DAG Ó G I C A
Prezado professor, a morte de um ente querido significa a interrupção abrupta de uma íntima relação
humana. Esse fato traz o sentimento de vazio, saudade e solidão na alma. É possível que isso esteja
acontecendo com alguns dos seus alunos. Por isso, com amor e cuidado, conclua a lição desenvolvendo a
2. Peça a eles que relatem suas experiências de perda de ente querido (pode ser dentro ou fora da
família);
3. Em seguida, leia 1 Tessalonicenses 4.13,14,18. Encerre a aula dizendo que o Espírito Santo é aquEle
CO M E N TÁ R I O
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introdução
Palavra Chave
Numa sociedade materialista, evita-se falar sobre assuntos negativos. No entanto, a morte é um
fenômeno real que se abate sobre os seres humanos de todas as idades, classes sociais e religiões. Afinal de
contas, quem pensa em morrer? Há alguma virtude na morte? Nos dias atuais, o desespero vem tomando
conta das pessoas, até mesmo das que professam a fé cristã. É uma pena que alguns púlpitos não estejam
preocupados em preparar as suas ovelhas, através das Sagradas Escrituras, para enfrentar essa realidade
que pode chegar a qualquer família, sem avisá-la ou pedir-lhe licença. Por isso, nessa lição, demonstraremos
que Deus se preocupa com a fragilidade e vicissitude humanas, principalmente quando se trata de um tema
I. O QUE É A MORTE
1. Conceito. Não é tarefa fácil definir a morte. Como fenômeno natural, ela é discutida na ciência, na
religião e faz parte de debates cotidianos, pois atinge a todos (Sl 89.48; Ec 8.8). Anteriormente definida como
parada cardíaca e respiratória, o consenso médico atual a define como cessamento clínico, cerebral ou
cardíaco irreversível do corpo humano. No entanto, a definição mais popular do fenômeno é a “interrupção
da atividade elétrica no cérebro como um todo”. A constatação de que a pessoa entrou em óbito é o ponto
de partida para a permissão, ou não, pela família, de doar órgãos.
2. O que as Escrituras dizem? “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Deus não criou o homem e a
mulher para morrer. O Senhor não planejou tal realidade para o ser humano. Mas, conforme descrito em
Romanos 6.23, a morte é consequência da queda (Gn 3.1-24). O pecado roubou, em parte, a vida eterna da
humanidade. Assim, a Bíblia demonstra que a morte é a consequência inevitável do pecado, e realça esse
quando da morte de Raquel: “E aconteceu que, saindo-se lhe a alma (porque morreu)”. Tiago, o irmão do
Senhor, corrobora esse pensamento quando ensina: “Porque, assim como o corpo sem o espírito [alma] está
morto, assim também a fé sem obras é morta” (2.26). Teologicamente e, segundo as Escrituras, podemos
afirmar que a separação da “alma” do “corpo” estabelece o fenômeno natural e também espiritual que
denominamos morte. Mas, o que acontece com a alma após a separação do corpo? Há vida após a morte?
São indagações que podemos fazer.
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1. O que diz o Antigo Testamento. “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver?” (Jó 14.14a). Essa
é uma pergunta de interesse perene para todos os seres humanos. Indagações como: “Há vida após a
morte?”, “Existe consciência noutra vida?” são questões existenciais não muito resolvidas até mesmo para
alguns teólogos. Entretanto, as Escrituras têm as respostas a essas perguntas.
a) Sheol. Em Salmos 16.10 e 49.14,15, o termo hebraico é “sheol”. Essa palavra aparece ao longo de todo o
Antigo Testamento. É traduzido por “inferno” e “sepultura”. Tais expressões denotam a ideia de imortalidade
da alma e a esperança de se estar diante de Deus após a experiência da morte. Tal expectativa representa o
expressou-se a esse respeito da seguinte forma: “Quanto a mim, feita a justiça, verei a tua face; quando
despertar, ficarei satisfeito ao ver a tua semelhança” (17.15 cf. 16.9-11). Os profetas Isaías e Daniel expõem a
esperança da ressurreição como um encontro irreversível com Deus (Is 26.19; Dn 12.2). Esses textos realçam
2. O que diz o Novo Testamento. A base bíblica neotestamentária da existência de vida consciente após
a morte e a imortalidade da alma está fundamentada exatamente na pessoa de Jesus de Nazaré. Ele foi
quem trouxe luz, vida e imortalidade ao homem que crê. As evidências são abundantes (Mt 10.28, Lc 23.43,
Jo 11.25,26; 14.3; 2 Co 5.1). Essas porções bíblicas ensinam claramente a sobrevivência da alma humana fora
do corpo, seja a do crente ou a do não crente, após a morte. Não obstante, a redenção do corpo e a alegre
comunhão eterna com Deus são resultados da plena e bem-aventurada ressurreição e transformação do
corpo corruptível em incorruptível (1 Co 15.1-58; 1 Ts 4.16; Fp 3.21).
Definitivamente, e segundo as Escrituras, o dom da vida para os cristãos não é uma existência finita, mas
uma linda história de comunhão com o Deus eterno. Foi Ele quem implantou em nós, através de Cristo Jesus,
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nosso Senhor, a sua graça salvadora enquanto estivermos em nossa peregrinação terrena.
As Escrituras denotam o dom da vida como uma existência infinita e, após o evento da morte, o início de uma
história eterna de comunhão com Deus.
1. Esperança, apesar do luto. É natural que a experiência da separação de um ente querido traga dor,
angústia, tristeza e saudade. O luto chega de forma inesperada na vida de qualquer pessoa. Mas a promessa
do Mestre de Nazaré ainda sobrepõe-se a qualquer vicissitude existencial: “[...] quem crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá” (Jo 11.25).
2. A morte de Cristo e a certeza da vida eterna. O Pai entregou seu Filho em favor da humanidade, e
assim o fez simplesmente por amor (Jo 3.16). Esse ato amoroso proporcionou a possibilidade de escaparmos
do juízo divino pelo sangue precioso derramado por Cristo Jesus. Isso leva-nos a refletir que sem a morte de
Jesus não haveria ressurreição. Logo, não haveria pregação do Evangelho nem salvação. O apóstolo Paulo
tinha a convicção de que a Cruz de Cristo é o âmago do Evangelho (1 Co 1.17), do novo nascimento e da vida
eterna. Hoje só amamos o Senhor porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19). Por isso, pela sua morte, e
morte de cruz temos, nEle, a vida eterna.
3. A morte: o desfrutar da vida eterna. O fenômeno da morte é para o crente a prova da fé vigorosa
revelada em sua vida terrena. Essa fé manifesta-se numa consciência de vitória apesar de a morte mostrar-
se como uma aparente derrota. O apóstolo Pedro lembra dessa fé quando exorta-nos: “[...] alegrai-vos no
fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos
regozijeis e alegreis” (1 Pe 4.13).
Para o crente a morte não é o fim, mas o início de uma extraordinária e plena vida com Cristo. É a
certeza de que o seu “aguilhão” foi retirado de uma vez por todas, selando o passaporte oficial para a vida
eterna em Jesus (1 Co 15.55; Os 13.14). Um dia nosso corpo será plenamente arrebatado do poder da morte
(Rm 8.11; 1 Ts 4.16,17)!
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Apesar da dor e do luto, para o cristão, a morte é o início do desfrutar da vida eterna.
CONCLUSÃO
Precisamos ter consciência de que a nossa vida é semelhante à flor da erva. Ela se esvai rapidamente.
Todavia, tenhamos em mente que o “viver é Cristo e o morrer é lucro”. Portanto, não se prenda às questões
passageiras e efêmeras. Na peregrinação existencial, preencha sua mente com o Evangelho. Assim, ao final
de sua vida poderá jubiloso, entoar o que o apóstolo Paulo declarou no final da sua carreira: “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,
justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2
Tm 4.7,8). Em Cristo, tenha paz e esperança, porque Ele é a ressurreição e a vida.
VOCABULÁRIO
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
GEISLER, N. Teologia Sistemática: Pecado, Salvação, A Igreja e As Últimas Coisas. 1.ed., Vol.2, RJ: CPAD, 2010.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
R. O consenso médico atual define a morte como cessamento clínico, cerebral ou cardíaco irreversível do corpo
humano.
R. “O salário do pecado”.
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R. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a
qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua
vinda”(2 Tm 4.7,8).
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
“Enfrentando a Dor
Os braços de Jesus na Cruz — abertos e estendidos para alcançar a todos — oferecem uma alternativa
para nossas rotas de escape e para nossos mecanismos de anulação da dor. Eles nos acenam para que
abracemos o sofrimento, a fim de que não fujamos dele; para que aceitemos e suportemos ativamente a
angústia, em vez de evitá-la. Jesus era ‘homem de dores, experimentado nos trabalhos’ (Is 53.3). Nós
também devemos, para caminhar na vereda da cura, querer engajar a dor e o sofrimento em nossa vida.
[...] O mesmo é verdade na cura das feridas humanas: enfrentar a dor é o caminho da cura. Em vez de
recuar, devemos arremeter em direção à dor e, depois, através dela. Será que estamos desejosos de fazer
isso em relação as nossas feridas? Embarcar em uma jornada em direção aos nossos locais obscuros?
Abraçar nossas dores? Engajar o sofrimento em nossa vida?
[...] O que envolve abraçar a dor? O que isso pode acarretar em nossa vida? Depende muito da natureza
e da profundidade da dor” (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ:
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