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SOCORROS PEDIÁTRICOS”
FORMADOR:
FRANCISCO PEIXOTO
Objectivos do SIEM
• Estabilizar as lesões;
• Transporte adequado;
• Tratamento hospitalar.
• Público;
• Agentes de Autoridade;
• Bombeiros;
• Tripulantes Ambulância;
• Médicos;
• Enfermeiros;
• Técnicos de Telecomunicações;
• Transporte de Recém-Nascidos;
2. Cadeia de Sobrevivência
A cadeia de sobrevivência pode ser resumida no seguinte diagrama.
112
O conteúdo mínimo básico que deve conter uma caixa de primeiros socorros depende
das necessidades, alguns exemplos:
• Adesivo hipoalergénico;
• Soro fisiológico;
• Pinças;
• Termómetro clínico;
• Gelo Químico;
• Pocket mask.
O material utilizado deve ser sempre reposto e verificado o seu estado e a sua
validade.
1. Exame à vitima
Antes de qualquer procedimento relacionado com o exame da vítima é essencial
garantir a sua segurança, bem como a equipa da equipa e da vítima.
Uma criança não é um adulto em miniatura, mas sim uma vitima com características
próprias, que sofrem modificações consoante a faixa etária.
Na abordagem à vítima pediátrica dever-se-á ter sempre em conta que tudo que ela
desconhece, pode construir uma ameaça.
Quando ocorre uma situação de doença ou acidente com crianças, elas podem ou não
ser capazes de nos transmitir tudo aquilo que as incomoda ou o que sentem na altura,
pelo que é fundamental a recolha de informação através dos pais, educadores ou
familiares, utilizando para tal a nomenclatura CHAMU. Mas, nunca se deve
menosprezar a informação da criança.
PARTE - III
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
1. Introdução
O suporte básico à vida (SBV) é um conjunto de procedimentos e manobras bem
definidas e com metodologias padronizadas, cuja aplicação tem por finalidade a
manutenção das principais funções vitais da vítima (cardíaca e respiratória) até à
chegada do socorro diferenciado; estes procedimentos sucedem-se de forma
encadeada e impõem uma sequência de atitudes em que cada elo articula o
procedimento anterior com o seguinte.
Quando a vítima passa a ser assistida pelos profissionais de saúde que dispõe de
meios de salvamento adequados por ex.: VMER (desfibriladores, ventiladores,
medicação, etc) passamos a estar perante o que se designa como Suporte Avançado
de Vida.
As manobras de SBV não são, por si só, suficientes para recuperar a maior parte das
vítimas de paragem cárdio-respiratória.
O SBV tem por objectivo manter a ventilação e circulação adequadas, até que se
consigam obter os meios que revertam da causa da paragem.
É uma “situação de suporte”, embora em certas ocasiões, como quando a patologia
primária é uma falência respiratória, pode por si só reverter a causa e permitir a
recuperação total.
1.1. SBV
O conceito de SBV pressupõe um conjunto de procedimentos encadeados com o
objectivo de fornecer oxigénio ao cérebro e coração, sem recurso a equipamentos
diferenciados, até que o suporte avançado de vida o substitua.
2. Procedimentos em SBV
O socorrista deve ter presente quais são os passos e observar a sua ordem de
sucessão antes de iniciar a sua actuação.
• BREATHING (respiração)
• CIRCULATION (circulação)
Reanimação
Perante uma pessoa inerte e inconsciente, deve:
• Procurar descobrir e eliminar a causa da situação
Se a Vítima Respira:
• Desapertar a roupa
Se a Vítima Não Respira, nem tem pulso (ou pulso < 60):
• Iniciar Ventilação artificial
5. Compressões torácicas
Compressões no Bebé:
Deve:
• Deitar o Bebé de costas sobre uma superfície dura
Observações em Crianças:
• Observar a força a ser exercida, utilizar apenas uma mão de acordo com o
tamanho da criança. (4 cm no recém-nascido a 5 cm na criança)
• Utilizar os dedos indicador e médio ou uma mão para a realização da
compressão cardíaca dependendo da estrutura da vitima
Compressões na Criança:
Deve:
• Deitar a Criança de costas sobre uma superfície dura
• Colocar a ponta dos seus dedos indicador e médio um pouco acima da ponta
do esterno, pressionando-o
Atenção!!!
Se estiver só terá de executar ambas as manobras:
• 2 Insuflações eficazes
• 2 Insuflações eficazes
• 15 Compressões torácicas
• … e assim, sucessivamente.
Em qualquer situação, mesmo que aparente recuperação total, a vítima deverá ser
enviada ao Hospital.
A Obstrução da Via Aérea nas crianças é muito frequente. A maioria das vezes ocorre
quando estão a ser alimentados ou quando se encontram a brincar com objectos de
pequena dimensão.
Assim, a obstrução da via aérea poderá ser provocada pelos seguintes elementos:
• Total
Se a obstrução for total, não permite a emissão de sons, devem-se iniciar de
imediato as tentativas de desobstrução (não há passagem de ar para os
pulmões).
Sinais e Sintomas
Conforme a gravidade da obstrução da via aérea, pode ir desde:
• Estado de agitação
• Lividez
Forma de Actuar
Corpos estranhos nas vias respiratórias de crianças, deve-se:
• Abri a boca
• Tentar extrair o corpo estranho, se este estiver visível
o Usar o dedo indicador em gancho ou uma pinça, para retirar o objecto
o Mas, CUIDADO para não empurrar o objecto
Se a obstrução se mantiver:
• Segure o peito com uma das mãos e, com a outra, dê até 5 palmadas entre as
omoplatas;
• Sente a criança no colo ou coloque-se de pé, atrás dela, com um braço à volta
do abdómen;
• Cada compressão deve ser suficientemente forte para, por si só, deslocar a
obstrução;
Nestes termos, será fácil concluir que, serão os bebés, as pessoas portadoras de
anomalia psíquica ou motora, as pessoas inconscientes ou muito debilitadas que mais
poderão beneficiar com a adopção deste posicionamento.
A PLS deverá ser utilizada em toda a pessoa inconsciente porque permite uma melhor
ventilação, libertando as vias aéreas superiores.
Forma de actuar
Com a vítima deitada, colocar a cabeça em hiper-extensão (Excepção do Bebé) e de
lado (para impedir a queda da língua para trás e a sufocação por sangue, vómitos ou
secreções).
Manter a posição da cabeça para trás e para o lado, mantendo a boca aberta.
PARTE - IV
EMERGÊNCIAS PEDIATRICAS
0. Particularidades Pediátricas
Anatómicas:
Cabeça grande e pescoço curto;
Língua volumosa;
Traqueia curta e mole;
Respiração diagramática;
Menor quantidade de sangue;
Fisiológicas:
Peso médio por idade Frequência respiratória Frequência cardíaca
IDADE PESO (Kg)
Idade FR Idade FC
RN 3,5
1 a 6 meses 7 < 1 ano 30 – 40 < 1 ano 110 – 160
6 a 12 meses 7 - 10 95 – 140
2 a 5 anos 25 – 30 2 a 5 anos
1 a 2 anos 10 -12
2 a 6 anos 12 - 20 5 a 12 anos 20 – 25 5 a 12 anos 80 – 120
6 a 12 anos 20 - 40
> 12 anos 15 – 20 > 12 anos 60 – 100
> 12 anos > 40
Psicológicas
– Medo de pessoas e ambientes estranhos;
b. Falência Circulatória
Em pediatria raros são os casos em a falência circulatória e resultante de uma
defeciencia cardíaca sendo este défice provocado por falta de oxigénio e falta de
sangue circulante. Uma frequência cardíaca inferior a 60/min, num recém-nascido,
corresponde a uma circulação ineficaz.
Estado de consciência:
A Alerta
V Reage á Voz
D Reage á Dor
S Sem resposta
Reflexo pupilar:
- Midriase
- Não reactivas
- Anisocoria
Resposta á dor:
- Hipotonia (sem reacção ou sem força )
- Assimetrias
3. Feridas
É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas do organismo,
órgãos, vasos sanguíneos e outras áreas.
Pode ser provocado por vários factores, dentre eles: faca, arma de fogo, objectos
perfuro-cortantes, arames, pregos, pedaços de metais, etc.
3.1. Caracterização
As Feridas podem ser classificadas em:
Feridas Fechadas: Ocorrem com tecidos debaixo da pele, incluindo órgãos internos -
fígado, baço, etc. (equimoses e hematomas “pisaduras”, “negras”).
Atenção!!!
Deve pensar sempre na possibilidade de existir uma ferida no olho, sempre que haja
uma ferida grave na face
4. Hemorragias
Os processos vitais dependem de um fornecimento adequado e ininterrupto de
sangue.
• Sede
• Sensação de frio (arrepios)
• Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco
Atenção!!!
É uma situação grave, deve ser a vítima deve ser transportada para o Hospital.
• Se o penso ficar saturado de sangue, deve colocar outro por cima, mas sem
retirar o primeiro
• Fazer durar a compressão até a hemorragia parar
• Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida
• Evitar comer e beber
• Lesão
• Doença
• Actividade
• Calor, etc.
Atenção!!!
Quando houver suspeita de que o sangramento nasal resulta da fractura do crânio,
não se deve tentar interromper o fluxo de sangue, pois isso elevaria a pressão intra-
craniana. Deve-se cobrir o orifício nasal com compressa estéril seca para absorver o
sangue, sem apertar muito.
4.2.1.1. Procedimentos
• Sentar a vítima;
• Fazer compressão;
• Aplicar frio no nariz e na face;
• Se necessário, poder-se-á colocar uma compressa pequena no interior da
narina;
5. Queimaduras
Queimaduras são lesões da pele, que podem ser provocadas por chama, objectos
quentes, produtos químicos, corrente eléctrica, radiação, líquidos quentes e gases a
altas temperaturas.
A gravidade de uma queimadura não se mede apenas pelo grau da lesão (superficial
ou profunda), mas também pela extensão da área atingida, localização e idade da
vítima. Nas queimaduras, é de temer o aparecimento do estado de choque, quer
provocado pela dor, pela infecção ou pela perda de plasma (hipovolémico).
5.1. Classificação
De acordo com a profundidade atingida, as queimaduras classificam-se em 3 graus:
• Queimaduras de 1º Grau
• Queimaduras de 2º Grau
• Queimaduras de 3º Grau
Queimadura do 2º grau
Às características da queimadura de 1º grau junta-se a existência de bolhas com
liquido (flictenas). Esta queimadura já atinge a derme e é bastante dolorosa.
Queimadura do 3º grau
Às características das queimaduras de 1º grau e 2º grau junta-se a destruição de
tecidos. Atinge tecidos mais profundos provocando uma lesão grave e a pele fica
carbonizada. A vítima pode entrar em estado de choque.
• Deve arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com
água fria corrente, até a dor acalmar
• Deve arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com
água fria corrente, até a dor acalmar
• Lavar cuidadosamente com um antiséptico (não aplicar álcool)
• Se as bolhas não estiverem rebentadas, não as deve rebentar. Mas, se as
bolhas estiverem rebentadas, não cortar a pele da bolha rebentada e tapar com
uma compressa esterilizada, e o tratamento final deve ser realizado no Hospital
• Transportar para o Hospital.
• Deve arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com
água fria corrente, até a dor acalmar
• Transportar imediatamente para o Hospital.
Atenção!!!
O que não deve fazer:
• Retirar qualquer pedaço de tecido que esteja agarrado à zona queimada;
• Rebentar as bolhas ou retirar a pele das bolhas que rebentaram;
• Aplicar sobre as zonas queimadas outros produtos além dos referidos.
Sinais e Sintomas
Os principais sinais e sintomas são:
• Dores de cabeça
• Tonturas
• Vómitos
• Excitação
• Inconsciência
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Deitar a vítima em local arejado e à sombra
• Desapertar-lhe a roupa
• Colocar compressas de água fria
• Dar de beber água fresca, em pequenos goles, se a vítima se encontrar
consciente
• Se a vítima estiver inconsciente, a vítima deve ser colocada em PLS.
• Preparação de cada um
• Aclimatização individual
• Reacção individual
Sinais e Sintomas
Os principais sinais e sintomas (embora variem com a gravidade da situação) são:
• Arrepios
• Torpor (sensação de formigueiro e adormecimento dos pés, mãos e orelhas)
• Cãibras
• Baixa progressiva de temperatura
• Extremidades geladas
• Insensibilidade às lesões
• Dor intensa nas zonas enregeladas
• Necrose
• Estado de choque ou coma
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Envolver a vítima em cobertores
• Manter a vitima aquecida.
• Transportar ao Hospital
• Evitar dar de comer e beber
6. Choque eléctrico
É também conhecido como electrocussão.
7. Afogamento
Convém lembrar que uma criança pequena pode afogar-se em alguns centímetros de
água, até mesmo na banheira durante o banho ou num tanque quase vazio.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Retirar a vitima imediatamente de dentro de água
• Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate
• Se não respira, deve deitá-la de costas e iniciar imediatamente a respiração
artificial e, se necessário, fazer também compressões torácicas. Assim, que a
vitima respire normalmente, coloca-la em PLS
• Se respira, coloca-la em PLS
• Mantê-la confortavelmente aquecida
• Em qualquer das situações, deve ser sempre transportada ao Hospital
• Raiva: infecção grave, causada por um vírus que ataca o [sistema nervoso
central] e que geralmente, é fatal;
• Veneno;
• Hemorragia;
• Infecção;
• Perda de tecido, em ferimentos desfigurantes;
• Tétano: Doença em que ocorre uma libertação de uma toxina, que causa
endurecimento persistente do maxilar inferior e que pode ser prevenida pela
vacina contra o tétano;
• Reacções alérgicas;
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Desinfectar o local da mordedura
• Informar-se se o cão está correctamente vacinado
• É uma situação que necessita de transporte para o Hospital
Atenção!!!
A mordedura de cão envolve o Risco de Infecção.
8.2. Picadas
As crianças, devido à sua enorme curiosidade e devido ao facto de lhes agradar as
actividades ao ar livre, estão muitas vezes susceptíveis a picadas de insectos,
nomeadamente de abelhas e vespas e também a picadas de peixes venenosos,
ouriços e alforrecas, quando as crianças frequentam a praia.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Aplicar no local cloreto de etileno ou, na sua falta, álcool ou gelo
• Transporte urgente para o Hospital
9. Estrangulamento
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Cortar imediatamente a corda ou o que estiver a fazer pressão em torno do
pescoço da vítima
• Executar respiração artificial se houver sinais de asfixia
• Se for grave ir rapidamente para o Hospital.
10. Traumatismos
Uma fractura é uma solução de continuidade no tecido ósseo. Em caso de fractura ou
suspeita de fractura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores
intensas e deve ser evitado.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Expor a zona da lesão
• Desapertar ou cortar a roupa
• Verificar se existem ferimentos
• Tentar Imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fractura
utilizando talas apropriadas ou, na falta, improvisadas
• Transporte para o Hospital
Atenção!!!
As fracturas têm de ser tratadas no Hospital.
As talas devem ser sempre previamente almofadas e bastante sólidas. Quando se
utilizam talas insufláveis, que actuam por compressão sobre o membro lesionado por
efeito de ar, deve-se deixar sair um pouco e ar do interior de 15 em 15 minutos para
aliviar a pressão que pode dificultar a circulação de sangue.
Imobilização da Coxa
Se a fractura for no fémur (coxa) as talas devem ser colocadas do lado de fora, desde
a axila até à planta do pé e do lado de dentro desde a virilha até à planta do pé.
Se a fractura for nos ossos da perna – tíbia e/ou perónio – as talas devem ser
colocadas desde a anca até à planta do pé.
Se a fractura for no tornozelo as talas devem ser colocadas desde a parte de cima do
joelho até à planta do pé.
Imobilização do Pé e do Maxilar
11. Politraumatismos
Politraumatizado é um sinistrado que sofreu traumatismos múltiplos.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Colocar a vítima sobre uma superfície dura (se possível um plano duro), sem
almofada
• Transporte urgente para o Hospital
Traumatismo na face
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Limpar cuidadosamente o nariz e os olhos da vítima para que não haja
obstrução das vias respiratórias e da visão
• Colocá-la em posição semi-sentada
• Se houver suspeita de fractura do maxilar, procurar imobilizá-lo
• Transporte urgente para o Hospital
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Colocá-la em posição semi-sentada
• Transportar urgentemente para o Hospital
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Com a ajuda de outra pessoa, colocá-la num plano horizontal respeitando o
eixo do corpo
• Transportar urgentemente para o Hospital
Traumatismo Abdominal
É uma lesão provocada por acção mecânica sobre o abdómen (queda ou pancada)
capaz de causar fractura ou ruptura de vísceras.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Acalmar a vítima
• Mantê-la acordada
• Colocá-la em posição semi-sentada com as pernas flectidas
• Mantê-la confortavelmente aquecida
• Transportar urgentemente para o Hospital
12. Entorse
A entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma
articulação. Manifesta-se por uma dor na articulação, gradual ou imediata, um edema
na articulação lesada e pela incapacidade do lesado para mexer a articulação.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Evitar movimentar a articulação lesionada;
• Aplicar gelo sobre a articulação;
• Consultar o médico posteriormente;
Olhos
Os objectos mais frequentes são:
• Grãos de areia
• Insectos
• Limalhas
Sinais e Sintomas:
• Dor ou picada local
• Lágrimas
• Dificuldade em manter as pálpebras abertas
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Abrir as pálpebras do olho lesionado com muito cuidado
• Fazer correr soro fisiológico ou água sobre o olho, do lado de dentro, junto ao
nariz, para fora
• Repetir a operação 2 ou 3 vezes
• Se não obtiver resultado, fazer um penso oclusivo, isto é, colocar uma gaze e
adesivo e Transportar ao Hospital
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Deve ir logo ao Hospital
Vias respiratórias
Os corpos estranhos podem causar perturbações de várias naturezas, de acordo com
a sua localização.
Pode existir:
• Dificuldades respiratórias
• Dores
• Vómitos
1. Febre e Convulsões
1.1. Febre
A febre constitui uma resposta fisiológica do organismo perante agressões externas.
As crianças, são mais sensíveis às alterações de temperatura.
Sinais e Sintomas:
• Pele quente e rosada
• Sudorese
• Temperatura axilar superior a 37,5ºC ou rectal superior a 38,5ºC
• Convulsões nos casos mais graves
Forma de actuar
A melhor forma de actuar é baixar a febre e evitar o aparecimento de convulsões
provocadas pelo aumento da temperatura.
Atenção!!!
No transporte para o Hospital deve-se tapar a criança e evitar as correntes de ar.
1.2. Convulsões
É muitas vezes conhecida por “ataque”.
Sinais e Sintomas
Os mais frequentes são os seguintes:
• Movimentos bruscos e descontrolados da cabeça e/ou extremidades
• Perda de consciência com queda desamparada
• Olhar vago, fixo e/ou “revirar os olhos”
• Espumar da boca
• Perda de urina e/ou fezes
• Morder a língua e/ou lábios
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Afastar todos os objectos onde a pessoa se possa magoar
• Afastar os “Mirones”
• Anotar a duração da convulsão
• Acabada a fase de movimentos bruscos, colocar a pessoa em PLS
• Manter a criança/jovens num ambiente tranquilo e confortável
• Avisar os pais
• Deve ir logo ao Hospital
2. Desmaio
É provocado pela falta de oxigénio no cérebro, a que o organismo reage de forma
automática, com perda de consciência e queda brusca e desamparada.
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Se a pessoa está prestes a desmaiar, deve-se sentá-la e colocar a cabeça
entre as pernas
• Se já está desmaiou, mantê-la confortavelmente e verificar se ela desperta
3. Desidratação
Desidratação é a perda excessiva de líquidos e sais minerais do organismo.
As causas podem ser variadas, como:
• Vómitos
• Diarreia
• Febre
• Queimaduras
• Insolação
• Transpiração abundante
• Reduzida ingestão de líquidos
Sinais e Sintomas
Os mais frequentes são os seguintes:
• Sede
• Lábios e língua secos
• Saliva grossa e branca
• Pele seca
• Olhos mortiços e sem brilho
• Apatia
• Diminuição na quantidade de urina
• Extremidades (mãos/pés) frias e transpiradas
• Prega cutânea
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Dar água em pequenos goles, se a criança estiver consciente, se não,
humedecer os lábios várias vezes
• Avaliar e registar os sinais vitais
• Transportar ao Hospital
Sinais e Sintomas
Uma diarreia pode conduzir à ocorrência de desidratação, que consiste na perda
acentuada de água e sais minerais do corpo. Esta pode ser identificada a partir dos
seguintes sintomas:
• Olhos encovados e amarelados
• Pele seca
• Boca seca
• Fralda seca por mais de três horas
• Criança sem urinar por mais de seis horas
• Fraqueza e choro fraco
• Irritabilidade e indisposição
• Prega cutânea
Forma de actuar
O tratamento da diarreia consiste essencialmente, em ter alguns cuidados com a
alimentação.
O contacto com tóxicos é inevitável, pois na sua grande maioria estes produtos
trouxeram benefícios à nossa civilização e ao esquema de vida que adoptámos que
não podemos suprimir.
Vias de Contacto:
• Via digestiva;
• Via respiratória;
• Via cutânea;
• Via ocular;
• Via parentérica ou Por injecção;
• Picada de animal;
• Via rectal e vaginal;
Actuação do tóxico:
• Retirar roupas;
• Lavar abundantemente com água e sabão;
• Manter temperatura corporal;
• Não aplicar produtos químicos;
Actuação - injectável:
• Imobilizar o intoxicado;
• Mais frequente a intoxicação por opiáceos;
• Alteração do estado de consciência;
• Pupilas contraídas ou dilatadas e diminuição da frequência ventilatória –
estimular vigorosamente;
Produtos Alimentares
Provocam:
• Arrepios e transpiração abundante
• Dores abdominais
• Náuseas
• Vómitos
• Diarreia
• Vertigens
• Prostração
• Sincope
• Agitação
• Delírio
Medicamentos
Os Sinais e Sintomas dependem do medicamento ingerido. No entanto, alguns dos
exemplos são:
• Vómitos
• Dificuldade respiratória
• Perda de consciência
• Sonolência
• Confusão mental
• Etc…
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Interrogar a vítima para saber a origem do envenenamento
• Telefonar de imediato para o CIAV (808 250 143)
• Manter a vítima confortavelmente aquecida
• Transportar com urgência para o Hospital
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Interrogar a vítima para saber a origem do envenenamento
• Telefonar de imediato para o CIAV (808 250 143)
• Em caso de ingestão de álcool, e apenas neste caso, dar uma bebida
açucarada
• Em caso de queimaduras nos lábios, molhar suavemente com água, mas não
deixar engolir
• Transportar com urgência para o Hospital
Forma de actuar
O que deve fazer:
• Desligar a fonte de gás
• Entrar no espaço onde ocorreu o acidente, contendo a respiração e abrir portas
e janelas
• Voltar ao exterior para respirar fundo
• Entrar de novo e arrastar a vítima para fora
• Colocar a vítima em local arejado
• Pedir transporte urgente para o Hospital
4.3. Procedimento
Tente sempre manter os produtos perigosos fora do alcance das crianças. E, em caso
de intoxicações proceda assim:
• Telefonar para 112
1. Diabetes
O açúcar é essencial para que as células produzam energia. Para que o açúcar possa
ser utilizado a nível celular tem primeiro que ser digerido. Na digestão do açúcar é
essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas.
1.1. Hiperglicémia
Sinais e Sintomas:
Náuseas e vómitos;
Fraqueza muscular e tonturas;
Pele avermelhada e seca;
Sensação de sede;
Hálito cetónico;
Aumento da frequência ventilatória;
Sonolência e/ou Agitação;
Confusão mental;
Desorientação;
Inconsciência - Coma Hiperglicémico;
Actuação:
Situação mais frequente nos doentes diabéticos mas pode acontecer a qualquer
indivíduo.
Sinais e Sintomas:
Ansiedade, irritabilidade ou agitação;
Fraqueza muscular;
Sensação de fome;
Pulso rápido e fraco;
Pele pálida, húmida e viscosa;
Tonturas;
Náuseas e dor abdominal;
Tremores e convulsões;
Desorientação;
Confusão mental;
Inconsciência - Coma hipoglicémico;
Actuação:
Manter uma atitude calma e segura;
1.3. Diabetes
A Diabetes é uma doença em que o pâncreas não produz uma quantidade suficiente
de insulina e há açúcar aumentado no sangue e urina.
• Palidez
• Suores
• Tremores das mãos
• Fome intensa ou Enjoo e Vómitos
• Confusão mental
• Bocejos repetidos
• Voz entaramelada
• Alterações de humor
• Palpitações
• Pulso rápido
• Perda de fala e dos movimentos activos
• Desmaio
• Convulsão
• Coma