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Caso Clínico - Bipolaridade

Paciente do sexo feminino, 40 anos, procedente de Jaboatão dos Guararapes, parda,


alfabetizada, divorciada, mãe, atualmente desempregada chega ao ambulatório de psiquiatria.

Queixa Principal e Duração:

Sua queixa principal é tremedeira na boca e nas extremidades além de insônia, há alguns
meses(paciente não lembra com clareza).

Antecedentes:

A paciente refere ter diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar, sente rotineiramente falta de
ânimo para realizar atividades diárias e atividades instrumentais, diz que esse quadro ocorre
desde sua infância e na época utilizava fenobarbital(Gardenal), o quadro só piorou na
adolescência, na qual ela teve diversas crises, precisando ser internada 10 vezes em hospitais
psiquiátricos, nessas crises ela costumava deixar de comer, deixar de tomar banho e deixar de
ir para escola, além de ficar agitada, nervosa, com insônia, logorreia (de acordo com a paciente
falando muito, além disso, costumava se despir durante as crises, e foi justamente devido a
essas crises que ela não conseguiu trabalhar mais, seu marido divorciou dela e seu filho não
mora mais na mesma casa.

Paciente refere já ter pensado, planejado e realizado uma tentativa de suicídio (essa tentativa
ocorreu durante a gravidez), refere que, na infância sofreu abandono materno, sendo criada
por familiares, e na adolescência/idade adulta viveu em situação de rua, onde foi abusada
sexualmente, refere também ter histórico positivo de transtorno afetivo bipolar na família,
atualmente usa os seguintes medicamentos:

Ácido valpróico pela noite;

Biperideno, manhã e noite;

Haloperidol, manhã e noite;

Quetiapina, manhã e noite;

Diazepam, noite;

Por fim, refere ser ex-tabagista e ter comorbidade prévia de hipertensão arterial sistêmica e
diabetes mellitus tipo 2.

Hipótese Diagnóstica:

Transtorno afetivo Bipolar. CID — F31

Conduta:

A conduta tomada para essa paciente foi potencializar o estabilizador de humor, aumentando a
dose do ácido valpróico e diminuir a dose dos demais medicamentos, devido à polifarmácia,
em especial a remoção do haloperidol, antipsicótico, essa redução deve ser feita
escalonadamente e não de forma brusca, dessa forma as medicações em uso ficaram:

Ácido valpróico, manhã e noite (1-0-1);

Haloperidol, noite (0-0-1);

Biperideno, manhã e noite (1-0-1);

Quetiapina, manhã e noite (1-0-1);

Diazepam, noite (0-0-1);

As receitas dos medicamentos foram renovadas e por fim exames foram solicitados, dentre
eles: Hemograma, VDRL, anti-HIV, TGO, TGP, Bilirrubina total e frações, uréia e creatinina,
sódio(Na+), potássio(K+), cálcio (Ca²+), Colesterol total e frações, triglicerídeos, e o retorno
agendado para 1 mês.

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