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★ COMPILADO da N1 DE LH 7

1- Questão 1: Seu Osmano, 85 anos, obeso, deu entrada na sala vermelha do hospital São
Vicente de Paula em Bom Jesus do Itabapoana apresentando taquidispneia em associação a
tiragem intercostal e cervical. Havia dificuldade em formar frases completas, fala
entrecortada e parou no 3 quando solicitado em contar de 1 a 10.Cianose de extremidades
+/4+, tosse produtiva e murmúrio reduzido em base de hemitórax direito em associação
com crepitações no terço médio. Foram aferidos Tax 38,5ºC, fC 130 bpm , PA 135 x 70
Mmhg , Spo2 80 %. Durante o atendimento foi ofertado O2 via máscara de Hudson (em
tenda) ao paciente e solicitada coleta de gasometria arterial: (2,0 pontos)

A) Qual o diagnóstico sindrômico em relação ao caso descrito?


RESPOSTA: Insuficiência Respiratória Aguda do tipo hipoxêmica.

B) Após avaliação sequencial do paciente grave, há necessidade de via aérea avançada para
este paciente? Se afirmativo, descreva de forma objetiva e sequencial o procedimento escolhido
RESPOSTA: O paciente precisa de uma via aérea avançada e, para o caso acima, seria a
Intubação Orotraqueal (IOT). Para a realização da IOT, deve ser feita uma pré oxigenação
no paciente, seguida de sedação com etomidato e succinilcolina. Após a sedação, deve
ser feita a laringoscopia, com a lâmina de Macintosh ou de Miller, à escolha do médico,
passagem do tubo após encontro do local adequado, acoplagem ao dispositivo
respiratório e verificação da posição do tubo com estetoscópio, para garantir que o tubo
não tenha seletivado um pulmão ou o ido ao esôfago.

Questão 2: Ainda sobre o caso clínico anterior (2,0 pontos)

A - Marque a alternativa correta:


a) Os exames complementares como radiografia de tórax e gasometria arterial são
imprescindíveis na tomada de decisão acerca da necessidade de uma via aérea definitiva no
caso supracitado.
b) Obesidade, utilização de musculatura acessória e sinais clínicos de hipoxemia
configuram-se como preditores de via aérea difícil. (LEMON)
c) Dispositivos supraglóticos como máscara laríngea não teriam utilidade para este caso pois
não há preditor algum de via aérea difícil.
d) Pré – oxigenação com Bolsa-máscara-válvula-reservatório por 3 a 5 minutos com enriquecido
com O2 a 100% aumenta as reservas de oxigênio de modo a prolongar o tempo até a
dessaturação em caso de apneia e em paciente previamente hipoxêmicos.
R: D

B - São indicações para estabelecimento de via aérea definitiva por intubação orotraqueal,
EXCETO:
a) Fraturas maxilofaciais graves.
b) Hematoma cervical em expansão. (intuba usando o colar cervical ou com pouca mobilizção)
c) Apneia.
d) TCE com ECG<8.
R: A

Questão 3: Você está de plantão na Sala Vermelha do hospital de referência do município de


Bom Jesus do Itabapoana quando um paciente de 70 anos de idade é admitido com quadro
insuficiência respiratória e sinais de hipoperfusão tecidual. Encontra-se, assim, agitado, pálido,
sudoreico, taquidispneico, com FC de 120 bpm, PA de 100 x 80 mmHg e enchimento capilar
periférico lentificado. (2,0 pontos)
A - Dentre as drogas abaixo, qual seria a mais indicada como fármaco hipnótico e anestésico
na realização da sequência rápida de intubação endotraqueal em função da instabilidade
hemodinâmica?
a) Etomidato.
b) Succinilcolina.
C) Midazolam.
D) Propofol.
R: A
B- Para aumentar a chance de sucesso durante a intubação orotraqueal, todas as etapas abaixo
descritas devem ser realizadas, exceto:
a) Pré-oxigenar por 3 a 5 minutos.
b) Testar todo o material pertinente antes de realizar o procedimento.
c) Realizar, sempre, a hiperextensão da cabeça no sentido de alinhar os eixos, oral, faríngeo e
laríngeo.
d) Deixar diversos tamanhos disponíveis de lâminas, curvas e retas, bem como de tubos
endotraqueais.
R: C

Questão 4: Silvio 72 anos, tabagista há 40 anos (carga tabágica 30maços/anos) dá entrada na


upa de Itaperuna apresentando dispneia em piora evolutiva há 3 dias. Ao exame físico vê-se
diaforese de fronte, batimento de asas de nariz, FR em 38 irpm, creptações em base de
HTD e sibilos em ápices pulmonares. Ao ser transferido para a sala vermelha da unidade o
mesmo converte agitação psicomotora antes presente em torpor e percebe-se que suas
extremidades estão cianóticas. FC 148 bpm , SatO2 79 % , PA 85 x 72 mmHg. (2,0 pontos)
A- Conforme comentado, exaustivamente, no laboratório de habilidades médicas, marque a
alternativa que descreve a forma adequada de atendimento ao paciente agudamente grave.
a) Checar a presença de pulso central, no caso o pulso carotídeo por 5 a 10 segundos.
b) Avaliar o nível de consciência.
c) Controlar o cenário, atentando-se, assim, para sua própria segurança, o que incluiria, também,
o uso de equipamentos de proteção individual.
d) Abrir e manter as vias aéreas pérvias.
R: C

B- Sobre a etiologia, classificação, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da insuficiência


respiratória aguda, marque nas assertivas abaixo, “V” para as verdadeiras e “F” para as falsas.
Em seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem
de cima para baixo.

(F) A Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e a broncopneumonia grave são


exemplos da insuficiência respiratória TIPO II e nunca necessitam de intubação orotraqueal.
(F ) Uma PaO2 diminuída está presente em todos os casos de insuficiência respiratória.
(F ) A tradução gasométrica da insuficiência respiratória aguda do TIPO 1 será representada por
PaO2 < 60 mmHg e/ou PaCO2 > 50mmHg (com pH > 7,35).
(V ) Sonolência ou agitação de início recente podem ser manifestações de hipoxemia.
(F) A Intubação orotraqueal só deve ser realizada após avaliação gasométrica que demonstrem
PaO2 < 60 mmHg e SatO2 < 94 %.
(F ) Trauma cranioencefálico, trauma raquimedular, miastenia gravis, são sempre causas de
insuficiência respiratória TIPO I.
A) V, V, F, V, F, V.
B) V, F, V, V, V, V
C) F, F, F, V, F, F
D) F, V, V, V, F, F
E) F, V, F, V, V, F.
R: C

Questão 5: Em relação aos dispositivos de manipulação básica das vias aéreas: (2,0 pontos)
A - Sobre as cânulas orofaríngeas, assinale a alternativa INCORRETA:
a) As cânulas orofaríngeas estão disponíveis em vários tamanhos, de modo que para se
escolher a de tamanho adequado, mede-se da ponta do nariz até o ângulo da mandíbula ou até
o lóbulo da orelha.
b) Inserir uma cânula orofaríngea em um paciente pode estimular o vômito e, como tal, aumentar
o risco de broncoaspiração.
c) Ao inserir uma cânula orofaríngea em pacientes com idade igual ou inferior a 8 anos,
recomenda-se a utilização de um abaixador de língua para evitar qualquer traumatismo no palato
duro.
d) A cânula orofaríngea não protege contra aspiração.
R: A

B - Sobre a cânulas nasofaríngeas, assinale a alternativa INCORRETA:


a) As cânulas nasofaríngeas estão disponíveis em diversos tamanhos, de modo que para se
escolher o tamanho adequado, mede-se da ponta do nariz até o ângulo da mandíbula ou até o
lóbulo da orelha.
b) A cânula nasofaríngea não protege contra aspiração.
c) Quando da simples suspeição de injúria cranioencefálica traumática, a cânula nasofaríngea
está proscrita.
d)A cânula nasofaríngea não necessita de lubrificação para fins de inserção.
R: D

Questão 6: Jorge, de 30 anos, não fumante, foi admitido na emergência com febre alta há dois
dias, tosse produtiva, escarro purulento, dispneia progressiva e taquipneia. Após realização
de radiografia de tórax, confirmou-se o diagnóstico de pneumonia bacteriana. A gasometria
arterial realizada na admissão, em ar ambiente mostrou: pH = 7,25; PaCO2 = 50 mmHg; PaO2
= 51 mmHg; SatO2 = 87%; e HCO3 = 22 mEq/L. (2,0 pontos)

A – A insuficiência respiratória aguda (IRA) apresentada pelo paciente é classificada como:


RESPOSTA: IRA mista.

B – Qual interface de oxigenoterapia seria mais adequada para o caso em questão?

RESPOSTA: Máscara com ventilação não reinalante ofertando de 10 a 15L de Oxigênio


para o paciente.
NÃO ESTÁ REBAIXADO → NÃO INTUBA
7- Cite quais são os dispositivos utilizados numa via aérea avançada, a indicação e as
técnicas de manuseio.
MASCARA LARINGEA: É uma alternativa de via aérea avançada à intubação endotraqueal e
fornece ventilação comparável. É indicado sempre que a via aérea falhar ou apresentar
dificuldade ou não ventilação e intubação do paciente; sempre que o profissional identificar que
é necessário utilizar um dispositivo de resgate da via aérea, depois que esgotar todas as outras
alternativas de ventilação do paciente. Este dispositivo é SUPRAGLÓTICO, que significa ficar
acima da epiglote,
ou seja, não veda a traqueia; sendo assim, este dispositivo é indicado por pouco tempo de uso,
pois não evita a broncoaspiração. Para utilizar a máscara, o profissional deve estar paramentado
adequadamente e seguir esses procedimentos: Abrir de acordo com o local de indicação da
embalagem; Testar o “Cuff” ou balonete, identificando que não existe vazamento de ar que
comprometa o uso do produto; (Este procedimento pode ser feito com uma seringa de 20 mL,
insuflando e desinflando, percebendo se existe ou não vazamento de ar.) Se o paciente não for
vítima de trauma, deve-se hiperestender a região cervical do paciente para abrir e deslocar com
mais facilidade a língua, desobstruindo a passagem da máscara laríngea; lubrificar com produto
a base de água a parte posterior da máscara para facilitar a adaptação da máscara laríngea;
Introduzir a máscara laríngea e, ao mesmo tempo, segurar a língua impedindo-a de fechar na
hipofaringe de forma que progrida até perceber a resistência. Após, insuflar o “Cuff” ou balonete,
conforme orientação do fabricante e número da máscara, fixar e ambuzar o paciente, testando e
acompanhado a ventilação dele; A máscara deve ser acomodada na entrada do esôfago e logo
abaixo da valécula, de frente à via aérea ventilando de forma eficaz o paciente.

TUBO LARINGEO: As vantagens do tubo laríngeo são similares aquelas do tubo esofago
traqueal, porém é mais compacto e menos complicado de inserir. São mais fáceis de manuseio e
inserção que o Tubo endotraqueal. Tem menos chance de broncoaspiração que a mascara
laringea e fornece confiável ventilação. O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal
horizontal com pescoço em posição neutra (não olfativa). O operador se coloca ao lado da
cabeça, com o polegar na orofaringe pinçando a língua contra a mandíbula e abrindo a boca o
máximo possível. O uso de laringoscópio, com a finalidade de elevar a mandíbula, facilita a
inserção e diminui a incidência de complicações. Inserir às cegas, até que a marca de referência
esteja alinhada com os dentes incisivos. Caso haja resistência à progressão, mudar a técnica.
Insuflar o balonete proximal (orofaríngeo) com 40 a 85ml para o tamanho 37F e 40 a 100ml no
41F, selando as cavidades oral e nasal. A seguir, o balonete distal é insuflado com 5 a 12ml para
o tubo esôfago-
traqueal 37F e 5 a 15 ml, para o 41F. Testar a ventilação no lúmen azul, mais longo (cuja
extremidade distal termina em fundo cego). Se a ausculta pulmonar for positiva, é sinal que o
tubo esôfago-traqueal ganhou posição esofágica, o que ocorre em 94 a 99% das vezes. Se os
sons pulmonares não forem audíveis, provavelmente o tubo esôfago-traqueal ganhou posição
traqueal. Se ventilando pelo lúmen azul, a ausculta de sons pulmonares for negativa e
apresentar distensão gástrica, o tubo esôfago-traqueal ganhou posição traqueal. Neste caso,
conectar o sistema de ventilação ao lúmen transparente, mais curto, e manter a ventilação como
um tubo traqueal convencional.

TUBO ENDOTRAQUEAL: Um tubo ET é um tubo com balão de uso único que facilita o
fornecimento de uma alta concentração de oxigênio e um volume corrente selecionado para
manter a ventilação adequada; a colocação requer a visualização das cordas vocais do paciente.
Forneça oxigenação e ventilação e posicione o paciente. Avalie a probabilidade de difícil
colocação do tubo ET com base na anatomia do paciente. Monte e verifique todos os
equipamentos necessários (tubo ET e laringoscópio). Escolha um tamanho apropriado de tubo
ET. Em geral, um tubo de diâmetro interno de 7,5 a 8,00 mm é usado para homens adultos e um
tubo de diâmetro interno de 7,0 a 7,5 mm é usado para mulheres adultas. Escolha o tipo
apropriado (reta ou curva) e o tamanho da lâmina do laringoscópio (Figuras 11A e B). Teste a
integridade do manguito do tubo ET. Abra a boca do paciente usando a técnica do polegar e
indicador. Insira a lâmina do laringoscópio e visualize a abertura glótica. Desobstrua as vias
respiratórias, se necessário. Insira o tubo ET e observe-o passar pelas cordas vocais. Encha o
manguito do tubo ET para obter uma vedação adequada.

Caso clínico - Francisco , 35 anos , portador de obesidade grau I , etilista ocasional e


tabagista. Após 3 dias de um encontro familiar para celebração de uma final de campeonato
brasileiro o mesmo sentiu-se incomodado por tosse seca cuja frequência foi aumentado ao
passar dos dias em associação a diarreia e cefaléia holocraniana. Ao oitavo dia do início dos
sintomas Francisco sente calafrios e encaminha-se até o pronto-socorro da cidade de Bom Jesus
do Itabapoana em que você como interno está prestando atendimento supervisionado.

Ao exame físico:

Há sensação de dispneia e sudorese de fronte.


Fc 110 bpm,Pa 135 x 89 mmHg.

Fr 35 Irpm,Spo2 82% em ar ambiente.


A auscuta pulmonar revela estertores crepitantes ambos os pulmões de forma difusa.

Exames Complementares:

Hgb 10 g/dl
Htc 35%

Leuco 3400/mm3

Linf 500/mm3

Plq 100.000/mm3

Gasometria arterial:
Ph 7,50

Pco2 25 mmHg

Po2 60 mmHg
Be -5 mmol/L

Hco3 19 Meq/L

Lac 3,5 mg/dl

Tomografia computadorizada de tórax


8-Após análise das informações contidas no caso clínico descreva o diagnóstico síndrome e
etiológico mais provável acentuando os elementos que lhe levaram a tal raciocínio.
(PONTUAÇÃO= 1,5).

O paciente acima possui o diagnóstico provável de insuficiência respiratória aguda


HIPOXÊMICA OU TIPO I. Os elementos que me fizeram chegar nesse raciocínio foi que o
paciente apresenta tosse seca, diarreia, taquipnéia, taquicardia, saturando em 82% em ar
ambiente, sudorese, a ausculta alterada com estertores crepitantes em ambos pulmões
de forma difusa e sensação de dispneia. O diagnóstico etiológico provável é SARS-CoV-2
que é evidenciado na tomografia com a presença de achados como aspecto de vidro fosco
bilateral. E também há alterações em leucócitos no exame de sangue, alterações na
gasometria com presença de alcalose, aumento de lactato e aumento de Be.

9-Explique de forma gradativa quais são as condutas pertinentes no atendimento ao paciente em


questão(PONTUAÇÃO= 1,5).

Primeiramente, é importante que a cena esteja segura e para isso precisamos isolar o
paciente para não haver contaminação dos outros pacientes. Posteriormente, é feita a
avaliação AVDI (sinais de alerta, verbalização, dor e inconsciência, respectivamente). Logo
podemos observar que o paciente está consciente e devemos avaliar o MOVE desse
paciente. Isso significa que o M representa a monitorização da pressão artéria, frequência
respiratória, saturação de o2, temperatura e frequência cardíaca. O O significa
oxigenoterapia, e de acordo com o quadro clinico do paciente saturando a 82% de O2, ele
se encontra com hipoxemia e para aumentar a saturação dele devemos introduzir a
mascara reinalante com o objetivo de ofertar FiO2 para o paciente (início com 10L de O2,
OBJETIVANDO 93 a 94% DE SATURAÇÃO). O V significa a venóclise que é a administração
de medicamento EV e por fim, E que corresponde ao exame físico avaliando os sinais
vitais. Portanto dependendoda resposta do paciente, é necessário introduzir ventilação
invasiva e pedir outros exames para melhor prognóstico do paciente.

10-A tendência natural, quando relaxada a musculatura da hipofaringe, é da descida da base da


língua, com obstrução da via aérea. Uma forma de manter patente a via, de forma não invasiva,
e facilitar a ventilação é lançando mão do(a):
(VALOR = 0,5)

A)Cânula orofaríngea
B)Tubo orotraqueal
C)Ventilação não invasiva com pressão positiva
D)Máscara de Hudson

11- Nas emergências médicas, a monitorização da oximetria de pulso é uma medida não invasiva
que vem sendo considerada como o “quinto sinal vital”. A principal vantagem dessa medida é:
(VALOR = 0,5)
A)possibilitar uma medida direta da quantidade de oxigênio dissolvida no plasma.
B)possibilitar a determinação do nível de saturação da hemoglobina com oxigênio (SaO2).
C)permitir a avaliação direta da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2).
D)permitir uma avaliação fidedigna do nível de ventilação.

Caso clínico :
Floriano 78 anos, hipertenso e tabagista, é trazido pela família ao serviço de emergência no qual
você é o médico plantonista. Os familiares relatam que subitamente o paciente adotou um
comportamento muito “estranho”, e passou a ter dificuldade na comunicação e na
deambulação.
Ao realizar a avaliação inicial você leva o paciente para a sala vermelha e percebe que mesmo
encontra-se com o quadro neurológio alterado, porém não está inconsciente. Em seguida
aplica o “MOVE”.
PA �� 150 x 85 mmHg FC �� 81 bpm
FR �� 18 irpm SatO2 �� 98% em ar ambiente
Exame físico cardiovascular e respiratório sem alterações.
Escala de Coma de Glasgow = 7 pontos.
12-Em relação ao manejo das vias aéreas deste paciente, qual seria a conduta mais adequada?
Justifique sua resposta (PONTUAÇÃO= 1,5).
RESPOSTA: A conduta mais adequada para esse caso seria intubação orotraqueal, tendo em
vista que no exame físico do paciente, mesmo que com boa saturação, ele pontua na escala de
coma de Glasgow 7 pontos, ou seja, rebaixamento do nível de consciência (dificuldade na
comunicação e na deambulação), sendo um fator para caso de intubação orotraqueal, com o
objetivo de proteger a via aérea do paciente. Vale ressaltar que antes de começar o
procedimento é válido analisar a cena do local, observando se está seguro para realização da
IOT. O médico deve utilizar os EPIS adequados, separar os materiais e medicações que serão
necessários, avaliação constante dos sinais vitais, além de posicionar o paciente de maneira
adequada e realizar uma pré-oxigenação antes da IOT. No final, é de extrema relevância avaliar
se o tubo está no local correto.

13- No seu primeiro plantão como médico residente, você realiza o atendimento a um paciente
com quadro de insuficiência respiratória refratária ao manejo básico, opta então por realizar a
intubação orotraqueal. Posteriormente realiza o exame físico para a confirmação da intubação
orotraqueal. Observa-se sons em região epigástrica e murmúrio vesicular abolido no tórax.
Diante deste quadro, qual a hipótese diagnóstica e a sua conduta: (PONTUAÇÃO= 1,5).
RESPOSTA: A hipótese diagnóstica principal é a intubação da região esofágica, tendo como
conduta a extubação dessa área, oxigenação e uma nova intubação orotraqueal, certificando no
final se o tubo realmente está no local correto.

14- Durante a intubação orotraqueal, você opta por utilizar a lâmina reta. Qual posicionamento
correto desta lâmina na cavidade oral: (valor = 0,5)
a) A lâmina deve apoiar-se na face faríngea da epiglote
b) A lâmina reta deve apoiar-se na valécula
c) A lâmina reta deve pressionar o ligamento hioepiglótico
d) A lâmina deve apoiar-se na face laríngea da epiglote

15- As seguintes alternativas representam preditores de laringoscopia/intubação difícil,EXCETO:

A) Classificação de Mallampati graus III e IV.


B) Distância do hioide ao mento de pelo menos três dedos (é bom essa medida)
C) Capacidade de flexão e extensão do pescoço maior que 80 graus. (180º o ideal)
D) Classificação Cormack-Lehane grau IV.

16) Sobre o conceito de respiração, assinale a correta: ( início do Venturi)

a) Ato de colocar o ar pra dentro dos pulmões e expirar


b) Ato de transportar o ar até os alvéolos
c) Reação química intracelular visando obtenção de ATP, podendo ser aeróbia ou anaeróbia.
Para ocorrer depende da integração e funcionamento apropriado de diversos órgãos e sistemas.
d) Reação química extracelular ocorrida nas hemácias, sempre aeróbia

17) Qual as funções da existência de reentrâncias nas vias aereas superiores


(seios paranasais, cornetos, etc)? Assinale a correta:

a) Filtração do ar, resfriamento e geração de fluxo laminar


b) Aumentar a superfície de contato da mucosa com o ar, aquecer e gerar fluxo laminar
c) Aumentar a superficie de contato da mucosa com o ar, aquecer e umidificar o ar, com fluxo
turbilhonado.
d) Trata-se de falha da natureza, facilitando a ocorrência de doenças como sinusite por que o
fluxo e laminar e o ar dificilmente se renova nos seios paranasais, devido ao fluxo laminar do
mesmo.

18) O consumo de O2 pode ser estimado indiretamente pela:

a) PaO2
b) PvO2
c) SaO2
d) SvO2

19) Na gasometria arterial, a PaO2 permite avaliar a:

a) Ventilação Alveolar
b) Troca gasosa pulmonar
c) Transporte de O2
d) Transporte de CO2

20) Na gasometria arterial a SaO2 permite avaliar a:

a) Ventilacao Alveolar
b) Troca gasosa pulmonar
c) Transporte de O2
d) Transporte de CO2

21) Na gasometria arterial a PaCO2 permite avaliar o(a):

a) Ventilação Alveolar
b) Troca gasosa pulmonar
c) Transporte de O2
d) Transporte de CO2

22) Melhor conceito de MODO de ventilação mecânica, dentre os abaixo:

a. Caracteristica relacionada a forma de final da inspiração e início da


expiração.

b. Caracteristica relacionada ao disparo do ventilador, podendo ser a fluxo,


pressao, tempo ou neural (eletrico)

c. Caracteristica relacionada ao disparo do ventilador, podendo ser a


fluxo e pressão apenas.

d. Caracteristica relacionada ao disparo do ventilador apenas em pacientes com drive


ventilatorio ativo
23) No modo VCV (volume controlado ou ciclado a volume) aponte a correta:

a. O ventilador envia ao paciente um volume de ar pre-determinado pelo cuidador,


independente da vontade do paciente e da pressao final gerada, findando-se a
inspiracao quando pressao limite for atingida.
b. O ventilador envia ao paciente uma pressao de ar pre-determinada
pelo cuidador, independente da vontade do paciente e do volume final
gerado, findando-se a inspiracao quando a pressao limite for atingida.
c. O ventilador envia ao paciente um volume de ar pre-determinado pelo
cuidador, independente da vontade do paciente e da pressao final gerada,
findando-se a inspiracao quando volume inspiratorio tiver sido entregue.
d. O ventilador envia ao paciente um volume de ar livre, de acordo com a
demanda do paciente, independente portanto de controle do cuidador e da
pressao final gerada, findando a inspiracao quando o volume desejado
pelo paciente for entregue.

24) No modo PSV assinale a correta:

a. A diretiva primaria e manter a pressao nas vias aereas estavel. Para isso o
cuidador deve regular o ventilador com fluxo decrescente no valor aproximado de 1
litro/ kg peso do paciente.
b. Pode-se tolerar queda no valor da pressao das vias aereas. O que nao pode
ocorrer e a pressao ficar acima da diretiva regulada na PSV. Para isso o aparelho
corta o fluxo que foi fixado previamente, abruptamente se for o caso.
c. Nessa modalidade o ventilador tem o controle da valvula de fluxo, permitindo o
ajuste do fluxo inspiratorio objetivando manter a pressao nas vias aereas controlada. d.
Devido ao fluxo ser livre, o volume corrente desejado pelo paciente sempre sera
entregue sendo uma das qualidades boas dessa modalidade: volume corrente
garantido.

25) Na modalidade Assistido-Controlada, assinale a correta:

a. Janela de tempo fixa, por isso desconfortavel ao paciente.


b. Janela de tempo variavel, sendo zerada e reiniciada sua contagem quando o
ventilador detecta esforco inspiratorio do paciente
c. Janela de tempo variavel, a depender do valor do pico de pressao atingido d. Janela
de tempo variavel, dependendo apenas do maximo tempo expiratorio atingido no ciclo
imediatamente anterior.

26) No modo PCV (Pressao Controlada Ciclada a tempo), assinale a correta:

a. Vazamentos na via aerea (oriundos de cuff rompido, fistulas bronco-pleurais etc) sao
compensados pois a meta e entregar o volume corrente pre-fixado.
b. Vazamentos na via aerea (oriundos de cuff rompido, fistulas bronco-pleurais etc) nao
sao compensados pois a meta e entregar o apenas o volume corrente pre-fixado, que
se vazar nao sera utilizado para efetivamente ventilar o pulmao.
c. Vazamentos na via aerea (oriundos de cuff rompido, fistulas bronco-pleurais etc)
sao compensados pois a meta e manter a pressao controlada nas vias aereas durante
determinado periodo de tempo (tempo inspiratorio). Para isso o controle da valvula de
fluxo e do ventilador.
d. Vazamentos na via aerea (oriundos de cuff rompido, fistulas bronco-pleurais etc) nao
sao compensados pois a meta e manter a pressao nas vias aereas, mas como a
ciclagem e a fluxo, se houver vazamento esse fluxo nao caira e o aparelho nao ciclara
ou ciclara muito tardiamente, alterando toda relacao ins:exp e gerando assincronia,
quando nao apneia.

27) Um paciente de 19 anos e admitido na emergencia com diagnostico de fraqueza muscular


progressiva ascendente simetrica ha dois dias, e ha 24 horas com dispneia progressiva. Ao
exame verifica-se estar alerta, um pouco sonolento, FC:110ppm, f:30irpm, padrao rapido
e superficial com movimento paradoxal. Fez um raio-X de torax que mostra
pulmoes pouco expandidos bilateralmente, sem infiltrados no parenquima
pulmonar. Quais os achados mais provaveis na gasometria arterial dentre as opcoes
abaixo? Considerar pressao barometrica de 760mmHg:

a) pH:7,46 PaO2:55 PaCO2:34 SaO2:89%


b) pH:7,40 PaO2:50 PaCO2:40 SaO2:87%
c) pH:7,35 PaO2:50 PaCO2:50 SaO2:83% (MISTA)
d) pH:7,30 PaO2:60 PaCO2:64 SaO2:84%
e) pH:7,05 PaO2:45 PaCO2:55 SaO2:80%

28) Um paciente de 40 anos, foi admitido na emergência, vitima de acidente


automobilístico com contusão pulmonar e hemotorax. Apresenta-se consciente,
orientado, cooperativo, Apos as medidas de reanimacao, incluindo ventilacao mecanica e
drenagem do hemotorax, evoluiu com a seguinte gasometria arterial: pH:7,33 PaO2:140
PaCO2:30 HCO3:15 SaO2:97%, intubado em VM com FIO2 de 70%,
hemodinamicamente estavel. O Rx de torax mostra opacidades intersticiais e alveolares
bilaterais. PVC:15cmH2O. Qual a interpretacao mais adequada quanto a troca gasosa
pulmonar?

a) Ha grave disturbio V/Q com ventilacao alveolar normal


b) Ha hiperventilacao alveolar com hipoxemia secundaria leve
c) Ha shunt (em torno de 40%) com hipoventilacao alveolar
d) Ha shunt (em torno de 50%) com hipo-ventilacao alveolar
e) Ha shunt (em torno de 20%) com hiper-ventilacao alveolar

29) Qual deve ser a meta terapêutica para aplicação de oxigenoterapia em um


paciente com Insuficiência respiratória aguda?

a) PaO2 entre 100 a 120mmHg, SaO2>98-99%


b) PaO2 entre 80 a 100mmHg, SaO2>98%
c) PaO2 entre 70 a 90mmHg, SaO2>95%
d) PaO2 entre 60 a 70mmHg, SaO2>90-93%
e) PaO2 entre 55 a 65mmhg, SaO2>88%

Explique de forma gradativa quais são as condutas pertinentes no atendimento ao paciente em


questão.

Paciente do sexo feminino, 17 anos, trazida pelo corpo de bombeiros ao pronto atendimento.
Socorrista relata tentativa de auto-extermínio por ingestão de álcool e Benzodiazepínico em
grande quantidade. Responsiva, somente, aos estímulos dolorosos. Quando da
monitorização, uma saturação arterial de oxigênio de 83% chama sua atenção.

30) De forma clara e objetiva, diga qual interface escolheria para fins de suplementação de
oxigênio e o(s) porquê(s):
R: Máscara não reinalante (FiO2 a 100%)

31) Quando do seu exame físico, bradipnéia e uma respiração ruidosa, esta sugestiva de
“queda de língua”, lhe preocupam. Partindo-se do pressuposto que a paciente possui reflexo
nauseoso intacto e havendo a necessidade, imperativa, da abertura e manutenção da perviedade
das vias aéreas, diga qual dispositivo básico escolheria, como definiria seu tamanho e como o
aplicaria: (valor 1,0 pt)
R: Cânula orofaríngea - faz-se medição da cânula da comissura labial até o ângulo da
mandíbula, aplica-se fazendo hiperextensão do pescoço do paciente, elevando seu queixo,
abrindo a boca com a técnica de cantar dinheiro e inserindo com auxílio de lubrificante a
cânula orofaríngea, inserindo pelo palato duro até encontrar o palato mole girando à
cânula, e posicionando corretamente.

32) Qual elo da corrente respiratória que se fragmentou nessa paciente:


R: Sistema nervoso Central

33) Paciente deu entrada na emergência do HSJA com rebaixamento do nível de consciência,
sob possibilidade diagnóstica de AVE. Você realiza sua primeira intubação orotraqueal (IOT)
para proteção das vias aéreas deste paciente, e em seguida transporta o paciente para
realização de uma tomografia computadorizada de crânio. Após o retorno da tomografia, já na
sala vermelha, você observa queda da saturação de oxigênio e ausência de expansibilidade
torácica. Diante deste quadro, qual a principal HIPÓTESE DIAGNÓSTICA e a sua CONDUTA?

A) Intubação esofagiana. Realizar imediatamente nova tentativa de intubação orotraqueal.


B) Intubação esofagiana. Retirar e trocar o tubo orotraqueal, realizar nova pré- oxigenação por
3-5 minutos e proceder nova IOT.
C) Extubação acidental. Imediatamente, retirar o tubo orotraqueal, pré-oxigenar o paciente
por 3- 5 minutos e realizar nova IOT.
D) Intubação seletiva. Recuar tubo orotraqueal, insuflar o cuff e auscultar novamente
Cricotireoidostomia

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