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REFLEXOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A MULHER EM CANDIBA-BA

Nome do Primeiro Autor: Gabriel de Azevedo Reis


Instituição: Colégio Estadual Antônio Batista
E-mail: gabriel.reis103@aluno.enova.educacao.ba.gov.br

Nome do Segundo Autor: Juliana de Carvalho Lima


Instituição: Colégio Estadual Antônio Batista
E-mail: juliana.lima84@aluno.enova.educacao.ba.gov.br

Orientador: Etevaldo da Silveira Caldas


Professor no Colégio Estadual Antônio Batista
E-mail: etevaldocaldas@hotmail.com

Categoria: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Resumo:
A violência doméstica, em especial a praticada contra a mulher, é algo que deriva
desde longos tempos e é reforçada por crenças culturais enraizadas em nossa sociedade, sendo
manifestada por meio de contextos que abarcam a dominação/subordinação. É visto que tal
prática infringe o direito a integridade, a liberdade e a igualdade, muitas vezes, colocando-a
numa posição de inferioridade em relação ao homem. Proveniente disso, existem leis que
amparam as mulheres, vítimas de tal ato, e um exemplo a ser citado é a Lei de nº 11.340/06 -
Maria da Penha que dar suporte, proteção e garantia as mulheres vítimas de violência. Mesmo
com tais avanços, ainda existe uma lacuna entre o que está escrito e as ações do Estado, já
que, em inúmeras vezes, as determinadas leis não cumprem com total eficácia a sua função.

Palavras- chave: Violência a mulher; Lei Maria da Penha; Mulher.

INTRODUÇÃO
O referente trabalho terá como intuito refletir e analisar sobre o impacto do estresse
pós-traumático em mulheres vítimas de violência doméstica, tema essencial para a
conscientização e encorajamento das vítimas, visto que este fenômeno abrange mulheres de
todas as classes sociais e está presente no cotidiano. O estudo em foco terá como propósito
contribuir para o aprimoramento das políticas públicas, bem como para novas pesquisas dessa
temática. Desse modo, o tema abordará as diversas formas e intensidades de violência contra
as mulheres que são recorrentes, motivando graves violações de direitos humanos e crimes
bárbaros e procurará efetivar um maior compromisso na garantia dos direitos femininos.
A Lei de nº 11.340/2006 tem por objetivo criar “mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher” (SANTOS, p.164, 2010). Entretanto, a violência contra
a mulher, mesmo sendo respaldada por Lei, ainda é um assunto que necessita de uma atenção
especial do poder público e uma participação mais ativa da sociedade. Deste modo, os estudos
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estão sendo realizados no intuito de fortalecer associações de mulheres, buscar conteúdos
sobre o tema acima, e fazer com que esse tema seja difundido pela sociedade.

OBJETIVO
Investigar o impacto dos danos sofridos por mulheres que enfrentam/enfrentaram a
violência doméstica, buscando reestruturar e ressignificar mediante essas situações.
Conhecer a existência dos danos em mulheres vítimas de violência doméstica.
Explorar os perfis de mulheres vítimas de violência.
Analisar a mudança do papel da mulher na sociedade ao longo do tempo.
Identificar as principais razões que motivam as desigualdades existentes e a instalação dessas
crenças que distinguem homens e mulheres, consequentemente a isso analisar as formas de
violência contra as mulheres que podem ser relacionadas às referidas desigualdades.

METODOLOGIA
A pesquisa se deu realizada no âmbito do Colégio Estadual Antônio Batista,
localizado no município de Candiba, situado no Estado da Bahia, local onde o estudo foi
feito. Os participantes desta pesquisa foram mulheres acima de 16 a 28 anos, com grau de
escolaridade adversa. Para a coleta das informações necessárias ao objetivo deste estudo,
utilizamos o questionário on-line Google Forms, o qual possibilitará aderir informações
relevantes para a construção desse projeto.
As questões no questionário abordam assuntos que retratam a violência contra a
mulher, como: o que é a violência doméstica contra as mulheres; se, na opinião das mesmas,
depois que as mulheres sofrem com essa prática, elas conseguem ter uma relação de confiança
com algum (a) outro (a) parceiro (a); se, em caso de violência psicológica doméstica contra as
mulheres, as mesmas acabam sofrendo, além dos danos físicos, danos emocionais e
psicológicos e diante disso qual (is) alternativa (s) as vítimas devem procurar para ajudá-las; e
se o Brasil possui uma boa estrutura para combater a violência doméstica contra a mulher. Os
dados serão tabulados pela plataforma e representados em gráficos, ofertando informações
para a produção dos mesmos. Tudo será devidamente registrado em um diário de bordo que
tem o intuito registrar todas as informações sobre o projeto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes de falar do contexto da violência doméstica, é importante conceituar o termo em


geral, na qual é considerada violência qualquer ato que esteja ligado à força e poder sobre
outra pessoa, que possa vir a produzir danos físicos, tais como: ferimentos, tonturas, morte ou
danos psicológicos, como: sentimentos de humilhação, desesperança, a partir de ameaças, de
modo a afetar o sujeito em sua liberdade, padrões éticos e morais. Essas formas de violência
variam quanto à cultura, espaço e tempo, haja vista que algumas sociedades possuem certos
critérios que impiedosamente corroboram para a prática deste ato. As terminologias quanto à
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forma de violência são várias, atingindo principalmente os considerados de um grupo frágil,
como é o caso das crianças, mulheres e idosos, que se constituem de um grande percentual
das vítimas dessa ação (PAVIANI, 2016).

No Gráfico abaixo, questionamos sobre o que é a violência doméstica contra as


mulheres na concepção das entrevistadas, e nessa questão as entrevistadas poderiam marcar
mais de uma alternativa. O resultado evidência que, do total de entrevistadas, 92.3%
marcaram que “são violências físicas e sexuais contra o sexo feminino dentro de casa”, 61.5%
marcaram que “são gritos e xingamentos proferidos a mulheres (violência psicológica) em
local doméstico”, 0% marcou que “são atos violentos que não causam nenhum dano e nem
interferem na vida da mulher”, 7.7% escreveram que “a violência doméstica contra a mulher é
quando a mulher é maltratada de todas as formas possíveis ou quando alguém se acha
superior a ela só por ela ser mulher” e 7.7% escreveram que “a violência a mulher são atos
direcionados e que ferem a integridade da mulher, podendo ser física, psicológica, sexual,
patrimonial”. Ou seja, a maioria das entrevistadas acha que a violência doméstica contra as
mulheres são agressões físicas, psicológicas e sexuais ocorridas dentro de casa.

CONCLUSÕES:
Este trabalho possibilitou conhecer os aspectos voltados a mulheres vítimas de
violência doméstica, destacando o contexto histórico da violência doméstica e enfatizando
que o posicionamento machista instaurado desde tempos passados, ainda se mantém
características de uma sociedade patriarcal. A violência, na maioria das vezes, ocorre dentro
do próprio lar, um ambiente que deveria gerar sentimentos bons e proporcionar o
acolhimento, mas se torna um lugar de frustação para a vida da mulher, gerando sentimentos
negativos, como fragilidade, medo e melancolia. Foram elucidados os tipos de violência,
sejam eles: físicos, psicológicos, sexuais, patrimonial, moral e negligenciais, acarretando
prejuízos significativos no desenvolvimento em todos os âmbitos, seja no familiar,
profissional, social ou emocional da vítima.
Sendo assim, foi analisado que quanto maior o tempo de duração do evento estressor,
maiores são os prejuízos psicológicos. Estes prejuízos da vítima incluem os estressores,
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como: níveis de depressão, ansiedade, disfunção sexual, desordens, ideação suicida, álcool
exacerbado e uso de drogas, sendo que os níveis são crescentes a partir do tempo de duração
da violência, podendo ser de leves a severos. A respeito do perfil das vítimas, foi identificado
que a experiência e o modo como atinge a vida das mulheres, em situação de violência, não se
diferenciam em relação à condição socioeconômica destas, apesar dos estudos apontarem que
as maiores vítimas encontram- se entre as classes econômicas mais baixas.
Outrossim, mesmo com a lei 11.340/06, criada com a finalidade de “coibir, prevenir e
erradicar” a violência contra as mulheres, bem como tentar protegê-las, sabemos que este
ainda é um assunto que demanda uma atenção especial por parte do poder público e uma
participação mais atuante da sociedade, visto que, as vítimas têm consequências pós a
agressão. Percebeu-se com a pesquisa que muitas mulheres que sofrem violência doméstica
não denunciam os agressores, pela ausência de amparo frente às questões vivenciadas, não
sendo amparadas e nem resguardadas pela Lei de maneira segura. Sendo assim, pesquisar
sobre a violência doméstica e o seu processo faz com que seja feita uma reflexão não somente
sobre os danos que isso pode acarretar, como também meios para coibir o que ainda vem
prevalecendo com a violência nos dias atuais.
Além do mais, é necessário aprofundar ainda mais na temática, pois um tema tão
relevante como esse, precisa despertar o interesse dos órgãos competentes sobre a necessidade
de criar propostas de ações sociais direcionadas a este público, com políticas que trabalhem
com a mulher numa posição de protagonista da própria história e estimulem autocuidados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BRASIL. Lei Maria da Penha: Lei 11.340, 7 de agosto de 2006. Brasília, 2012, p.27.

BRASIL. Lei nº 11.340. de 7 de agosto de 2006.

DAY, P.V., et.al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de


Psiquiatria, Rio Grande do Sul, v. 25, supl.1, p.9-21, 2003.Lei Maria da Penha (Lei
11.340/2006)Secretária de Políticas para as Mulheres. Brasília.

DINIZ, G. R. S.; ANGELIM, F. P. Violência doméstica- Por que é tão difícil lidar com ela?
Revista de Psicologia da UNESP, Brasília, p.20-35, v. 2, 2003.

PAVIANI, J. Conceitos e formas de violência. In: MODENA, M. R.. Conceitos e formas de


violência. Caxias do Sul, Educs, p.8-20, 2016.

SANTO, Davi do Espírito; SANTO, Marilene do Espírito. Lei Maria da Penha (Lei
11.340/2006): um convite à ilha desconhecida. Revista Jurídica do Ministério Público
Catarinense, Florianópolis, Edição Especial, p.299-318, 2011.

TELES, M.A.D.A; MELO, M. O que é violência Contra a Mulher. São Paulo: Brasiliense,
2003.

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