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As razões da escolha da Fraternidade Sacerdotal São-Pedro

Para saber se o sacerdócio é a nossa vocação não é suficiente o nosso discernimento


pessoal. Do que depende de nós até podemos ter a certeza, mas se é Deus que nos
chama, esse chamamento será feito também pelo Seu corpo místico, a Igreja. Ao entrar
no seminário da FSSP e ao abandonar-me e sujeitar-me aos meus superiores estou a
cumprir a minha parte, dispondo-me a ouvir a vontade Deus através dos meus
superiores. Relembro que o Catolicismo é a religião da mediação, Cristo é o Mediador
entre Deus e os Homens porque é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e Cristo
fundou a Igreja para continuar o seu papel de mediação. “ Tu és Pedro e (...) tudo o que
ligares na terra ficará ligado no Céu (...).” (Mt 16, 18 – 19)

O meu testemunho vale o que vale, mas posso afirmar com toda a certeza que tenho
confiança na formação, na prudência e na piedade dos Padres do Seminário para nos
acompanharem e ajudarem a perceber se, de facto, Cristo nos chama ao sacerdócio.
Na verdade a vocação é uma conjugação de um apelo interior e exterior. É um apelo
interior pela graça de Deus que suscita em nós uma atracção forte, constante e bonita
pelo sacerdócio de Cristo, sobretudo através da Santa Missa, da Cruz carregada com
amor e pelo entusiasmo na vida apostólica (salvação das almas). É um apelo exterior
pelo facto de que o apelo interior deve ser confirmado pela Igreja, senão corremos o
risco de confundir a vontade de Deus com o subjectivismo das paixões passageiras.

Depois de conhecer outros seminários, e tendo diante de mim várias alternativas,


penso que só neste Seminário é que encontrei a correspondência àquilo a que Deus
me chama. Vou tentar explicar porquê explicando primeiro as razões positivas da
escolha do Seminário da FSSP, começando por explicar os Pilares da FSSP e passando
depois às razões negativas. Faço esta distinção entre razões positivas e negativas
porque tenho a convicção que as razões para entrar no seminário da FSSP não são só
negativas, isto é, porque não são razões do tipo: “Porque não há bons seminários em
Lisboa!”; “Porque a formação da Universidade Católica é deficiente!”; “Porque o
esquema das dioceses portuguesas sufoca (nem sempre, mas no geral) os padres!” e
etc. Não! Estas são razões válidas que tiveram o seu peso mas não foram de todo as
mais determinantes. Posso mesmo dizer que: ainda que houvesse em Portugal um
excelente Seminário faria sentido entrar no Seminário da FSSP. A FSSP tem um carisma
único e um papel que me parece ser providencial no contexto actual da Igreja e do
mundo. As razões que me fizeram entrar no Seminário são, portanto, sobretudo
positivas. Dito isto, junto uma outra nota que me parece essencial: não existem
seminários perfeitos. É preciso ser realista para poder dizer isto, mas esse mesmo
realismo também nos deve conduzir à objectividade e consequentemente à afirmação
que há uns Seminários melhores do que outros...
Os Pilares:

- Romanidade (obediência à hierarquia da Igreja) – São Pedro

- Tomismo (formação intelectual sólida) – São Tomás de Aquino

- Missa Tradicional (viver segundo a liturgia e a disciplina tradicionais da Igreja) – São


Pio V

A obediência ao Papa, está estritamente ligada à obediência a Jesus, pois foi o próprio
Deus que quis fundar a Sua Igreja sobre a pedra, sobre Pedro. Um dos pilares da FSSP é
precisamente esta romanidade, esta fidelidade a Deus que se manifesta na fidelidade à
sua Igreja, ao Vigário de Cristo na Terra. Em tudo aquilo que forem ordens legítimas de
um superior legítimo quero obedecer. Este carácter de obediência da FSSP à hierarquia
da Igreja é para mim uma das razões essenciais na escolha da FSSP. Pois não se pode
ser santo na desobediência. A unidade ao corpo místico de Cristo é a única maneira de
nos salvarmos. Tenho a convicção profunda de que sou eu que preciso da Igreja e não a
Igreja que precisa de mim.

A obediência é um valor sacerdotal fundamental, pois o valor e o sentido redentor do


sacrifício de Jesus na Cruz é uma consequência da sua obediência e fidelidade à
vontade do Pai. Jesus “foi obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2, 8) nos diz São
Paulo. É o espírito de humildade, iluminado pela fé, que dispõe a alma à imolação da
vontade própria através da obediência exigida pela estrutura hierárquica da Igreja. Ser
obediente aos superiores é ser obediente a Deus que fundou uma sociedade
hierárquica, a Igreja. A obediência une os padres a Cristo imolado na Cruz e ela deve
ser observada mesmo nas pequenas coisas, aliás, especialmente, nas pequenas coisas.
Para que um dia oiçamos o elogio de Jesus: “Muito bem, servo bom e fiel, já que foste
fiel no pouco, muito te confiarei.” (Mt 25, 21). Esta obediência manifesta-se na FSSP
pelo respeito pelas tradições litúrgicas e disciplinares da Igreja que aqui se vive: a
prioridade da vida de oração, o cuidado com a liturgia, o uso da batina, o amor ao
silêncio, a obediência ao Papa e aos Bispos. A obediência é uma forma de oblação que
dá aos padres e aos seminaristas um espírito de sacrifício. A obediência deve ser
sempre inteligente, porque renunciar à inteligência seria renunciar a um dos maiores
dons que Deus nos deu, pois criou-nos inteligentes e livres, ou seja, à Sua imagem e
semelhança (Gn 1, 26).

A formação, mais especificamente a formação tomista, é outro factor decisivo na


minha escolha da FSSP. Para se ser um padre santo é preciso ser formado na santidade
e pelos santos. O tomismo é a forma mentis (mentalidade ou maneira de pensar) que
melhor permite pôr a razão ao serviço da fé e a filosofia ao serviço da verdade e da
teologia. A fé praticamente não pode esperar que a razão lhe dê mais poderosos e
numerosos argumentos do que aqueles que lhe deu São Tomás de Aquino. São Tomás,
(a quem tenho grande devoção) por ter venerado profundamente os santos doutores
que o precederam, herdou, de certo modo, a inteligência de todos. Empregando o
método da escolástica tomista na refutação dos erros, a Igreja, ao longo dos tempos,
conseguiu combater os erros do tempo passado e presente e arranjar armas
invencíveis para os erros que haverão de aparecer nos tempos futuros. Assim, com
sede de verdade, quero aprender dos santos a ser santo e quero usar os dons que Deus
me deu. É a própria Igreja que afirma a excelência do tomismo. Como tal, em espírito
de obediência, e por estar hoje tão pervertido ou esquecido o tomismo nos seminários
católicos, a FSSP é dos poucos sítios que forma os candidatos ao sacerdócio no
verdadeiro tomismo. O tomismo é o realismo filosófico, é um esforço constante de
adequar o nosso espírito à realidade, de tomar a realidade como ela é e não como nós
gostaríamos que fosse. O tomismo resumido numa expressão é: “o amor à verdade”.
Deste modo a formação tradicional que encontro na FSSP parece ser mais um factor
determinante da minha escolha.

Mais um factor na escolha da FSSP é o facto de se celebrar exclusivamente a Missa


tradicional. O facto de na FSSP haver acesso aos tesouros da tradição da Igreja e a vida
espiritual ser centrada no Santo Sacrifício da Missa, são sem dúvida outros factores
determinantes na minha escolha. O Carisma da própria Fraternidade pode-se
considerar que é: o Carisma da Missa. A Missa é centro da vida cristã e ela é a fonte de
todas as graças, pois que o Santo Sacrifício da Missa e da Cruz são um só. São Tomás
diz ainda que no sacramento da Eucaristia não está só presente a graça de Deus, mas o
autor mesmo da graça, o próprio Deus. Assistir à Missa tradicional diariamente faz
crescer o meu amor a Jesus e perceber o quanto Jesus me ama. Que grande coisa é o
amor de Jesus! O amor de Jesus é generoso, inspira grandes acções e excita a alma a
desejar sempre a mais alta perfeição. O amor tende sempre para as alturas e não se
deixa prender pelas coisas inferiores. Amar Aquele que é perfeito torna-nos mais
sensíveis à perfeição das coisas, a Santa Missa tradicional tem uma perfeição que é
evidente e qualquer coisa que seja menos do que isso não serei capaz, como padre, de
oferecer a Deus. É o princípio do MAGIS de Santo Inácio. Amar a Deus que é perfeito
faz-nos amar aquilo que há de mais elevado na terra, aquilo que mais invoca Deus, pela
sua bondade, beleza e verdade. A Santa Missa tradicional é sem dúvida aquilo que de
mais elevado se pode viver e realizar na terra. Quando nos damos conta da grandeza
de Deus, do Seu esplendor, da Sua caridade, do Seu poder, da Sua santidade,
percebemos que tudo aquilo que não tem estas características e que não exprime uma
fé católica autêntica é pouco agradável a Deus. “Amor com amor se paga”, como diz o
ditado popular. “Pagar” o amor de Deus com a mediocridade é falta de caridade,
depois de tudo o que Deus me deu: a minha fé, a minha vida, a sua própria vida no
sacrifício da Cruz e tudo o resto. Não posso deixar de fazer a seguinte pergunta: e eu, o
que dou eu a Deus? Quero dar aquilo que de melhor Lhe posso oferecer, aquilo que
deve ser o centro da vida do padre, o Santo Sacrifício da Missa como ofereceram os
padres santos da tradição da Igreja. Não porque seja fruto da minha criatividade mas
porque é como o próprio Deus quer ser louvado. Na FSSP ninguém põe em causa a
validade da Missa Nova mas o novo rito é deficiente e obscurece a luz que deveria
iluminar, é como se tapássemos uma lâmpada que ilumina, a Missa tradicional é como
uma lupa que amplifica e concentra essa luz, percebam a analogia, a luz da lâmpada é
sempre a mesma (presença real de Nosso Senhor na Eucaristia) mas não irradia da
mesma maneira (não dispõe da melhor maneira as almas para receber a graça)
estando tapada ou amplificada. Esta é a minha convicção e por isto e muito mais, se
vier a ser padre, sendo essa a vontade de Deus, quero celebrar exclusivamente a Santa
Missa tradicional. Não é uma questão de saudosismo ou estética, é uma questão de
amor e de fé, porque a liturgia é a celebração da fé, a questão da liturgia é antes de
tudo uma questão de fé. A Missa tradicional é uma fonte impressionante de vocações e
a minha vocação terá certamente nascido desse rio de graças que é a Santa Missa
tradicional. Sinto-me, por tudo isto, muito agradecido ao Papa Emérito Bento XVI e a
todos aqueles que se esforçaram por guardar a Missa tradicional. A meu ver foi ele um
dos grandes responsáveis por ter chegado até mim a tradição da Igreja e não consigo
deixar de ver a minha vocação como fruto do seu trabalho e amor à Igreja.

Sendo estes os pilares da Fraternidade: a romanidade, o tomismo e a Missa; e sendo


cada um deles critérios determinantes na minha escolha de seminário, penso fazer
sentido, pelas razões que indiquei nos pontos anteriores ter entrado num seminário da
FSSP. Além destas três razões apresento mais algumas que também penso serem
importantes.

A vida integral do seminário, da qual posso dar testemunho já que aqui vivo há já mais
de um ano. Eu pude testemunhar essa vida nas duas visitas que fiz a Wigratzbad antes
de entrar no Seminário, este foi mais um factor determinante da minha escolha. O
testemunho que posso dar é que a vida do seminário é integral: é lógica, é una e é
equilibrada. Posso testemunhar claros exemplos de virtude e graça. Tudo me parece
fazer sentido, a oração, o estudo e a vida de comunidade. Todos os horários, o uso da
batina e todas as outras características próprias da vida do seminário me pareceram:
sãs, tradicionais e sóbrias. Parece-me ser o sítio certo para adquirir progressivamente
uma maturidade humana, uma disciplina pessoal e uma grande união com Cristo.
Tenho a certeza que a centralidade dos anos de seminário em torno do Santo Sacrifício
da Missa é a maneira certa de me formar para ser padre. Tudo isto me parecem ser os
meios concretos, eficazes e eficientes para ser santo.

Tendo dito isto, devo dizer que não encontrei estas condições em mais sítio nenhum
que tenha tido a oportunidade de conhecer. Sobretudo em Portugal, minha Pátria
amada, e mesmo no mundo, atrevo-me a dizer: não conheço seminários que tenham
as características dos seminários da FSSP, quase não há bons seminários. Alguns
amigos meus estão no seminário de Lisboa. O testemunho que oiço de alguns, que até
já estão nos últimos anos de formação, são desoladores, vejo-os infelizes e
desgastados, vivem a dissimular o que são e acabam a ser o que dissimulam. O único
ânimo que têm é o de ser ordenados e enfim saírem do Seminário, como se o
Seminário fosse um tempo de prisão e não de santificação, sentem falta de vida de
piedade e sabem que a formação que recebem na Universidade não é boa. Não me
sentiria capaz de entrar num seminário nestas condições. Um seminarista que viva na
desobediência aos superiores sob a forma de dissimulação, fingindo ser o que não é ou
fazendo cedências escandalosas por respeitos humanos compromete a sua santidade e
formação. Não posso entregar a minha alma na mão de padres e professores nos quais
não confio e que sei à partida que não vão empregar os melhores meios ao seu dispor
para me formarem e santificarem.

O facto de a FSSP ser uma fraternidade sacerdotal tem um peso enorme na minha
escolha. Não consigo ser santo sozinho. Preciso que a Santa Madre Igreja me indique o
caminho, preciso de obedecer aos meus superiores e preciso de irmãos na fé que
lutem comigo, lada a lado, pelo Reino dos Céus. Na vida sacerdotal acaba por se viver
uma certa solidão, que é saudável na medida em que nos permite a união com Jesus
(Mt 6, 6). Viver essa solidão é viver na companhia de Cristo, no entanto, pela
experiência de vários padres que tenho vindo a conhecer, cheguei à conclusão de que
existe um outro tipo de solidão que está relacionada com o isolamento. Esse tipo de
solidão, que está relacionada com o isolamento, não é saudável para o padre, porque
tem a sua origem em várias questões complexas que se podem resumir no facto de não
haver unidade na verdade, unidade em Cristo, por não haver uma mesma fé não pode
haver irmãos na fé. Deus deu-nos a graça de termos irmãos na fé e na vocação
sacerdotal, com os quais podemos crescer como filhos amados de Deus. Cultivar as
virtudes é mais fácil com ajuda. É precisamente neste modelo de família eclesial que o
padre se deve inserir, porque em grupo a presença de Deus se torna mais forte e com
ela a santidade é possível (Mt 18, 19-20). O facto de a FSSP ser uma fraternidade
sacerdotal permite aos seus padres viverem em pequenas comunidades, numa vida de
ajuda mútua e correcção fraterna que só pode ser uma escada para o Céu.

A crise actual da Igreja tem a sua raiz na rebeldia, não só na desobediência dos nossos
primeiros pais, mas na rebeldia do modernismo. A desobediência à tradição da Igreja
levou aos erros do modernismo que têm causado grandes tribulações à barca de
Pedro. Ora se o problema está na desobediência a solução só poderá estar na
obediência. Eu tento sujeitar-me com diligência e alegria aos meus superiores,
entregando a minha alma nas suas mãos. Por terem uma fé católica autêntica sei que
me posso abandonar ao seu juízo. Quando se quebra o vínculo da obediência, aparece
a desordem. Se quero aprender a virtude da perfeita obediência, tenho de me dispor a
estudá-la na escola de Cristo, e começar pelo exercício da verdadeira humildade. Tem
sido no Seminário que tenho travado as maiores batalhas contra o pecada em toda a
minha vida.

Estou muito entusiasmado com o Seminário, mas este caminho do sacerdócio tem de
ser o caminho da cruz. Isto é um factor determinante porque este é o critério cristão
por excelência, a cruz. O facto de ter de aprender uma língua nova, sair do meu país,
deixar família, amigos e casa, largar os meus bens materiais e dispor-me a corrigir os
meus defeitos e acabar com os meus inúmeros vícios, perseverar na emenda dos meus
pecados e formar-me com exigência não é senão o responder ao apelo de Cristo que
me diz: “Vem e segue-me!” (Mc 10, 21) A união a Jesus faz-se na Cruz, ela é a condição
fundamental para a fecundidade apostólica do padre. É este o testemunho dos santos,
para os quais o sofrimento era a marca do amor de Deus por eles, pois o sofrimento na
união com Jesus é uma fonte de graça e mesmo de alegria. “Não há nada melhor do
que sofrer qualquer coisa pela glória de Deus e pela salvação das almas!” Pretendo
sofrer com Cristo crucificado para com Ele um dia viver na glória do Céu. Tudo isto é
impossível sem a graça de Deus, por isso, entrego-me nas mãos de Nossa Senhora de
Fátima (estátua que está na Igreja do Seminário) na certeza que a Mãe do Céu olha por
mim e me mantém no caminho da santidade.

Olhando para a minha vida com uma visão sobrenatural não consigo deixar de
perceber como Deus me foi conduzindo até à verdadeira fé, à tradição da Igreja. “A
quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será
pedido.” (Luc 12, 48). Nesta lógica não consigo deixar de responder à misericórdia de
Deus, ao seu amor por mim com algo menos do que tudo o que tenho e o pouco que
sou, ou seja, com a minha vida. A oblação total de mim a Deus pelo sacerdócio
parece-me ser a única maneira de responder ao amor de Deus. Somos tão poucos em
Portugal e no mundo a conhecer a tradição da Igreja, que não consigo deixar de pensar
que Deus me escolheu, não sinto orgulho por isto, mas responsabilidade e profunda
comoção filial. Na verdade até acho que é possível que Deus me tenha escolhido pela
minha miséria, porque se Deus fizer de mim um santo (algo que não deverá ser muito
difícil para quem é omnipotente, gosto de tratar Jesus por: Mestre do Impossível) será
claro que todo o mérito é do Senhor e não meu, pois mais hábil e digno de honra é o
artista quanto mais difícil de trabalhar é a matéria da sua obra, possa eu um dia dizer
com Nossa Senhora que o “Todo-poderoso fez em mim maravilhas.” (Lc 1, 49)

Como conclusão deste pequeno testemunho (não é assim tão pequeno) queria deixar
aqui uma citação da minha carta de pedido de admissão ao Seminário, para se rirem e
se sentirem provocados pelo apelo de Cristo ao sacerdócio e à conquista do Reino dos
Céus:
“Desde pequeno que cultivo um espírito bélico, terá a ver certamente com a educação
que recebi dos meus pais, cresci a querer ser um soldado vestido com armadura e de
espada na mão ou um cowboy a cavalgar com uma espingarda às costas. Quando
comecei a ler e a conhecer a vida dos santos ganhei a consciência clara de que a
santidade e especificamente o sacerdote santo é uma espécie de militar, que luta por
um reino que vale mais do que todos os outros. Desde então associo a natureza
sacrificial da vida sacerdotal e a virilidade do guerreiro disposto a dar a vida pela pátria.
Bem sei que esta ideia é um pouco infantil mas ainda hoje a tenho bem presente: é
precisamente a vida sacrificada para Deus aquilo que mais me atrai no sacerdócio. Ser
um soldado de Cristo, lutar pelo Reino dos Céus e marchar Sub Vexillum Christi (Sob o
estandarte de Cristo).”

Confio-me à vossa oração e rezo por vocês. Força rapazes!

Miguel Castelo Branco

30-10-2019

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