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Universidade de Brasília

Aluna: Marcela Galdino Gonçalves


Matrícula: 19/0092289
Psicologia da Criatividade
Relatório de leitura II
Referência: Catmull, E. e Wallace, A.. Capítulo 7, "A Fera Faminta e o Bebê Feio".
Criatividade S.A.: Superando as forças invisíveis que ficam no caminho da verdadeira
inspiração. 1 edª. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

No capítulo 7 do livro "Criatividade S.A.", intitulado "A Fera Faminta e o Bebê Feio",
Ed Catmull explora a importância de abraçar a crítica e o fracasso como parte fundamental do
processo criativo. Ao compartilhar suas experiências, discute como a busca pela perfeição pode
ser prejudicial para a criatividade.
No fim da década de 1980 e início da de 1990, o sucesso de filmes como A Pequena
Sereia, A Bela e a Fera e O Rei Leão, levou a expansão do estúdio da Disney e a necessidade
de mais projetos que justificassem o crescente quadro de pessoal. É dessa forma que surge,
então, a Fera da Disney, isto é, qualquer grande grupo que precise ser alimentado
constantemente com novos materiais e recursos para manter seu funcionamento, mas tendo
como consequência a redução da qualidade do produto em todos os aspectos. Com o intuito de
contornar esse cenário, a Pixar passaria a proteger seus novos projetos de julgamentos
apressados e, ao chamá-los de “bebês feios”, passa a os compreender como desajeitados e ainda
não formados. A originalidade é vista como algo frágil.
O capítulo do livro mostra-se de extrema importância para o estudo de criatividade
quando Catmull argumenta que, para promover a inovação e a criatividade, foi essencial criar
um ambiente onde os membros da equipe sentiam-se à vontade para expressar suas ideias e
opiniões, mesmo que isso signifique falhar ou receber críticas, sempre destacando a importância
de abandonar o medo do fracasso e encorajar o aprendizado através das tentativas e erros, uma
vez que as pessoas tendem a evitar correr riscos, limitando-se a soluções convencionais e
seguras. A busca pela perfeição e o medo do fracasso podem inibir a criatividade, mas o fracasso
é uma parte natural do processo criativo e é importante encará-lo como uma oportunidade de
aprendizado e crescimento.
Ele também afirma ser necessário encontrar um equilibro entre a Fera glutona, que
também é uma motivadora valiosa, pois faz as produções continuarem constantemente, e o Bebê

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puro e incorrupto, que mesmo cheio de potencial, é carente e imprevisível, já que requer cuidado
e não se sabe o resultado que trará. O sucesso cria uma pressão para que se apresse a ter sucesso
novamente, no entanto é essencial compreender que o novo é um processo difícil e efêmero.
A promoção de um ambiente seguro, onde a crítica construtiva é valorizada, permite
que as ideias sejam desenvolvidas e aprimoradas, mas antes disso é interessante destacar a
importância de diferenciar a crítica construtiva da negatividade destrutiva. O que nos leva a
necessidade de ressaltar o desenvolvimento de habilidades de comunicação e empatia, para que
a crítica seja oferecida e recebida de forma construtiva, evitando desencorajar a criatividade e
prejudicar o ambiente colaborativo. Além disso, é válido investigar estratégias eficazes para
criar um ambiente seguro que encoraje a experimentação e o aprendizado através do fracasso.

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