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Minerais

Calorias & Nutrientes - Minerais

Além dos elementos orgânicos (oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio), cerca de 4% do peso corporal são
formados por um grupo de 22 elementos principalmente metálicos, conhecidos como os minerais. São
classificados no corpo como minerais principais ou macrominerais (que precisam estar presente em grandes
quantidades) e como oligoelementos (traços) ou microminerais, presentes em quantidade mínimas, menos de
0,5 % da massa corporal (MCARDLE et al, 1992).

A maioria dos minerais, ocorre livremente na natureza, principalmente nas águas dos rios, lagos e oceanos , na
camada superior do solo e por baixo da superfície terrestre.Podem também ser encontrados nos sistemas de
raízes das plantas e árvores e nas estruturas corporais de animais que consomem plantas e água que contém
esses minerais (MCARDLE et al, 1992).

Função dos minerais

Os minerais desempenham 3 papéis importantes para o organismo:

1. Estrutural: geram a estrutura da formação dos ossos e dentes


2. Funcional: participam na manutenção do ritmo cardíaco, na contratilidade muscular,
condutividade neural, e no equilíbrio ácido básico do organismo.

3. Regulador:Agem como parte importantes das enzimas e dos hormônios que modificam e
regulam a atividade celular. (MCARDLE et al, 1992).

Abaixo segue alguns dos macrominerais e as suas principais funções no organismo:

Cálcio: a principal função do Cálcio é manter a estrutura de ossos e dentes. Além disso, é importante para
vasoconstrição e vasodilatação, transmissão de impulsos nervosos, contração muscular e secreção de
hormônios como a insulina. Fontes alimentares: leite e seus derivados (CARDOSO, 2006;
GALANTE, ;NOGUEIRA;MARI, 2007).

Fósforo:É um mineral essencial para o funcionamento normal de todas as células do organismo, suas funções
básicas são fazer parte de diversos processos bioquímicos e da estrutura celular, tais como geração de
transferência de energia, armazenamento de compostos fosforilados como o ATP e o fosfato de creatina. Além
disso, os ácidos nucléicos ( DNA e RNA), responsáveis pela estocagem e transmissão da informação genética,
são longas cadeias de moléculas de fosfato. Hormônios, enzimas dependem da fosforilação para a sua ativação.
Fontes alimentares: leite e seus derivados, carnes, peixes, leguminosas (CARDOSO, 2006; GALANTE;
NOGUEIRA; MARI, 2007).

Magnésio: participa de mais ou menos 300 reações enzimáticas do metabolismo. É também um constituinte
importante dos ossos e dentes, membrana celular e cromossomo.Mas a sua principal função está relacionada à
produção de energia no organismo, sendo que o trifosfato de adenosina ( ATP), é necessário em todos os
processos metabólicos e existe em todas as células sob a forma de ATP( MgATP).

Está presente também na formação do AMP cíclico (Adenosina cíclico), importante papel na resposta celular e
hormônios. Fontes alimentares: Sementes, oleaginosas, leguminosas, cereais integrais, frutos- do-mar e
vegetais verde –escuro (CARDOSO, 2006; GALANTE; NOGUEIRA; MARI, 2007).

Potássio: As funções deste mineral estão relacionadas à manutenção da integridade celular e balanço hídrico,
contração muscular, síntese de glicogênio, catabolismo da glicose, metabolismo de proteínas e de carboidratos,
atua também na manutenção da diferença de potencial através das membranas celulares. Fontes
Alimentares: Carnes, frutas (banana nanica, laranja pêra, uva, kiwi, melão, maracujá), legumes, leite e
oleaginosas (CARDOSO, 2006; GALANTE; NOGUEIRA; MARI, 2007).

Nota: Alguns fatores podem afetar a biodisponibilidade dos minerais:


 Fatores intrínsecos ou fisiológicos, como metabólicos ( lactação, crescimento), genéticos, idade, flora intestinal,
e os extrínsecos, como antagonismo competitivo entre íons ( ferro e cálcio), estado de oxidação, quelantes
naturais ( ácido ascórbico, aminoácidos) e solubilidade (GALANTE, ;NOGUEIRA;MARI, 2007).

Veja na  tabela abaixo alguns alimentos e a quantidade de minerais que fornece

Medida caseira Mineral / quantidade


Alimento (mg)
Leite* 1 copo (200ml) Cálcio/ 226
Feijão 1 concha (86g) Fósforo/ 74,82
Fígado 1 bife (100g) Fósforo/ 420
Nozes ½ xícara (47,5g) Magnésio / 72,67
Castanha do pará ½ xícara (70g) Magnésio / 255,5
Melão 1 fatia média (108g) Potássio / 233,28

FONTE: TACO, 2006; * Tabela da UNIFESP, 2009.

Referências Bibliográficas:

CARDOSO, M.A. Nutrição Humana: Nutrição e Metabolismo. II.Série. Rio de Janeiro: Ed Guanabara Koogan
S.A., 2006. Capítulo 15,  p. 236.

GALANTE, A.P; NOGUEIRA, C.S; MARI, E.T.L. Biodisponibilidade de Mineraiss. In: SILVA, S.,M.,C.,S. e MURA,
J.,D.,P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Ed Roca, 2007. Capítulo 5,  p.105-
115.

McDARDLE, W.D; KATCH, F.I;KATCH,V.L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho


Humano. 3ª Edição, Rio de Janeiro,Ed Guanabara Koogan S.A., 1991.

NEPA-UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos. Versão II. 2ª ed. Campinas: NEPA-
UNICAMP; 2006.

UNIFESP. Tabela de composição química dos alimentos [online] [acesso em 2009 mar 9]. Disponível em:
<http://www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/>

Ferro e Zinco

Em nossos estudos, de acordo com os resultados obtidos, todas


as interações estudadas se mostraram estatisticamente
significativas para a disponibilidade de zinco, porém indicaram o
antagonismo da resposta em relação ao ferro. De acordo com
Solomons e Ruiz32 existe uma interação antagônica entre zinco e
ferro presentes em dietas e alimentos. Uma vez que esses íons
são quimicamente semelhantes e quando juntos no lúmen
intestinal competem pelos mesmos sítios de absorção, e pelo
zinco apresentar maior massa molecular que o ferro (MMZn =
65,37/MMFe = 55,85), este tende a excluir o ferro no momento
da entrada do íon na célula intestinal, deixando de ser absorvido
pela borda em escova no enterócito. Dois mecanismos podem
explicar sua variabilidade biológica: o de competição e o de co-
adaptação. A principal diferença entre eles está na quantidade
de ferro e zinco contidos em alimentos ou dietas alimentares. A
característica necessária para que ocorra o processo de
adaptação é manter as quantidades de ferro e zinco iguais em
mg/L no caso das dietas enterais. Para que ocorra o processo de
competição pequenas quantidades de ferro em relação ao zinco
(2:1, respectivamente) passam a caracterizar um processo de
competição e um antagonismo entre os dois minerais fica
evidente.

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