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Trabalho de Recuperação

Questões Discursivas
Do título
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da
Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-
me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos.
A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu,
porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou
para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
─ Continue, disse eu acordando.
─ Já acabei, murmurou ele.
─ São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto;
estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou
alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam de meus hábitos reclusos
e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a
anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes.
“Dom Casmurro, domingo vou jantar com você”.
Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e

dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe
chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão,
mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia,
para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei
melhor titulo para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este
mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno
esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão
isso dos seus autores: alguns nem tanto.
(Machado de Assis. Dom Casmurro. Cap. I.)

01- a) Que recurso de linguagem o autor usa no texto acima? Em que consiste esse
recurso?
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02 - Cite três características machadianas presentes no texto acima.


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O CORTIÇO

Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e


bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão
de gozo carnal num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga
empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando
num prazer grosso que nem azeite em que se não toma pé e nuca se encontra fundo.
Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no
ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em
seguida sapateava, miúdo e cerrado freneticamente, erguendo e abaixando os braços,
que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nunca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra
por fibra titilando.
Em torno o entusiasmo tocava ao delírio; um grito de aplauso explodia de vez
em quando rubro e quente como deve ser um grito saído do sangue. E as palmas
insistiam cadentes, certas, num ritmo nervoso, numa persistência de loucura. E,
arrastado por ela, pulou à arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas
com as pernas, a derreter-se todo, a sumir-se no chio, a ressurgir inteiro com um pulo,
os pés no espaço batendo os calcanhares, os braços a querer fugir-lhe dos ombros, a
cabeça a querer saltar-se. E depois, surgiu também a Florinda, e logo o Albino e até,
quem diria! O grave e circunspecto Alexandre.
O chorado arrastava-se a todos, despoticamente, desesperando aos que não
sabiam dançar. Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico
segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam
ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada,
harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos
enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele
recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das
sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas
matas brasileiras; era palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra
planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a
castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e
traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em
torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas
pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma
centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de
prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e
espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
(Azevedo, Aluísio. O Cortiço. 2ª ed. São Paulo, Ática, 1975, p.56-7)

Vocabulário:
Ilharga: (s.f.): cada uma das partes laterais e inferiores do baixo-ventre.
Sofreguidão (s.f.): impaciência, pressa, desejo, avidez.
Luxurioso: (adj.): sensual.
Já...já: ora.... ora...
Titilar: (v.i.): palpitar, arder.
Despótico: (adj.): tirânico, opressivo
Esquivo: (adj.): arisco.
Embambecido: (adj.): bambo
Cantárida: (s.f.): inseto de coloração verde-dourada com reflexos avermelhados, muito
usados na medicina antiga, em beberagens para fins afrodisíacos ou diuréticos.
Afrodisíaco: (adj.): excitante dos apetites sexuais.

Na descrição de Rita, enfatizam-se os aspectos sensuais da personagem. Transcreva três


expressões do primeiro parágrafo que comprovam essa afirmativa.
03 - Copie as metáforas que identificam Rita com o mundo animal e vegetal.
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04 - Releia o primeiro parágrafo. Que frase resume toda a excitação de Rita Baiana?
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05 - O segundo parágrafo mostra a reação das pessoas diante da exuberância de Rita.


a) Transcreva do primeiro período desse parágrafo uma expressão que denota um
comportamento instintivo da plateia.
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Leia atentamente o fragmento de O Cortiço, que se refere à personagem


Pombinha:
“E na sua alma enfermiça e aleijada, no seu espírito rebelde de flor mimosa e
peregrina criada num monturo, violeta infeliz, que um estrume forte demais para ela
atrofiara, a moça pressentiu bem claro que nunca daria a si ao marido que ia ter uma
companheira amiga, leal, e dedicada; pressentiu que nunca o respeitaria sinceramente
como a um ser superior por quem damos a vida; que nunca lhe votaria entusiasmo, e por
conseguinte nunca lhe teria amor; desse de que ela se sentia capaz de amar alguém, se
na terra houvera homens dignos disso. Ah! Não o amaria decerto, porque o Costa era
como os outros, passivo e resignado, aceitando a existência que lhe impunham as
circunstancias, sem idéias próprias, sem temeridades de revolta, sem atrevimentos de
ambição, sem vícios trágicos, sem capacidade para grande crimes; era mais um animal
que viera ao mundo para propagar a espécie; um pobre-diabo enfim que já a adorava
cegamente e que mais tarde, com ou sem razão, derramaria aquelas mesmas lágrimas,
ridículas e vergonhosas, que ela vira decorrendo em quentes camarinhas pelas ásperas e
maltratadas barbas do marido de Leocádia”.
(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 15.ed., São Paulo: Ática, 1984. p.101.)

06 - O autor do romance naturalista, sob a influência das teorias cientificistas, apresenta


o homem como um “caso” a ser analisado, deixando em segundo plano seu lado
espiritual. No texto acima, a personagem Pombinha reflete a influência do determinismo
ambiental? Justifique sua resposta.
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07 - (UFV) Considere o texto:


“O realismo se tingirá de naturalismo no romance e no conto, sempre que fizer
personagens e enredos submete a, destino cego das “leis naturais” que a ciência da
época julgava ter codificado, ou se dirá Parnasianismo, ia poesia, à medida que se
esgotava no lavor, do verso tecnicamente perfeito.” (Alfredo Bosi)

Com base na afirmação, faça o que se pede:

07 - a) Explique em que consiste a denominação de romance-naturalista.

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b) Cite duas características da poesia parnasiana.

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08 - (FUVEST) Complete, “Em 1881, dois romances fixam o início do Realismo e do


Naturalismo na literatura Brasileira são eles respectivamente
_______________________________________________e______________________
________________________________________________, seus autores são
respectivamente_____________________________________________________e
__________________________________________________________________”.

09 - “Todo naturalista é realista, mas nem todo realista é naturalista”. Explique a


passagem acima
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Leia o fragmento abaixo


“O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se
não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço.
Começavam a fazer compras na venda. Ensarilhavam-se discussões e rezingas, ouviam-
se gargalhadas e pragas; já não se falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação
sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na
lama preta e nutriente da vida o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de
respirar sobre a terra.”

10 - a) - Como é caracterizado o ambiente físico na obra naturalista?


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b) Que tipo de sociedade é descrita na cena acima?
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Leia os fragmentos abaixo para as questões11 e 12.

Texto I
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreia tribo, da grande nação Tabajara. O pé grácil e nu, mal
roçado, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Texto II

Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração
tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente,
debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se.
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-
lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam suspendendo o cabelo
todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pêlo,
ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e
as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão.

11- Pode-se dizer que os dois textos têm algo em comum? Justifique a sua resposta.
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12 – Os dois textos pertencem à mesma estética literária? Justifique a sua resposta.


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Leia o texto para responder às questões 13.

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua
infinidade de portas e janelas alinhadas. (...)
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração
tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após os outros, lavavam a cara, incomodamente,
debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos (...); os homens, esse
não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo
da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as
palmas da mão. (...)
13 - O texto acima pertence a um texto Realista ou Naturalista? Justifique a sua
resposta.
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14 - (UFV- 2007) Leia o texto abaixo e, a partir dele, faça o que se pede:

A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteira; descobri nessa ocasião, a
alguns passos de mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no
horizonte as nuvens brancas esgarçadas sobre o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do
primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema elegância. O vestido que o moldava era
cinzento com orlas de veludo castanho e dava esquisito realce a um desses rostos
suaves, puros e diáfanos, que parecem vão desfazer-se ao menor sopro, com os tênues
vapores da alvorada. Ressumbrava na sua muda contemplação doce melancolia e não
sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na
mimosa aparição.
(ALENCAR, José de. Lucíola. 5. ed. São Paulo: Ática, 1978, p.13.)

a) No fragmento acima, é possível afirmar que o narrador é neutro com relação ao que
relata e descreve?
Extraia do texto duas marcas linguísticas que justifiquem sua resposta.
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b) Reescreva os seguintes fragmentos, extraídos do texto acima, substituindo os


pronomes destacados pelas expressões que se referem no texto.

Fragmento 1: O vestido que o moldava era cinzento com orlas de veludo castanho [...].
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Fragmento 2: Ressumbrava na sua muda contemplação doce melancolia [...].


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15 - (UFLA-2001) Leia o trecho a seguir para responder a questão:

“dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma


cristalização de rocha, ferida pela luz do sol”.
“atirou-se como um estilhaço de rocha, cortada pelo raio”.
“o selvagem distendeu-se com a flexibilidade da cascavel...”
Fragmento – O Guarani
Ao mostrar a integração do selvagem ao seu meio, o autor enfatiza uma das principais
características do Romantismo. Qual é essa característica?
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Leia o fragmento abaixo para as questões 16 e 17.

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa
da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do
Ipu, onde campeava sua guerreia tribo, da grande nação Tabajara. O pé grácil e nu, mal
roçado, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

16 - De acordo com a leitura do texto acima, como é caracterizado a figura do índio na


literatura romântica brasileira.
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17 - a) Qual foi a finalidade da criação do tema indianista no Romantismo brasileiro?


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b) Além de Iracema, quais são os outros romances de José de Alencar que retratam o
tema do índio.
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As questões 18 e 19 referem-se aos textos abaixo:

Como sempre acontece a quem tem muito onde escolher, o pequeno, a quem o padrinho
queria fazer clérigo mandando-o a Coimbra, a quem a madrinha queria fazer artista
metendo-o na Conceição, a quem Dona Maria queria fazer rábula, arranjando-o em
algum cartório, e a quem enfim cada conhecido ou amigo queria dar um destino que
julgava mais conveniente às inclinações que nele descobria, o pequeno, dizemos, tendo
tantas coisas boas, escolheu a pior possível: nem foi para Coimbra, nem para a
Conceição, nem para cartório algum; não fez nenhuma destas coisas, nem também outra
qualquer: constituiu-se um completo vadio, vadio-mestre, vadio-tipo.
(.)
Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as
graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida;
andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a
furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo cortado dava-lhe apenas até o
pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande
porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira.
Manoel Antônio de Almeida

18 - Tomando como ponto de partida a descrição das personagens presentes nos trechos
acima, e considerando o romance como um todo, justifique a afirmação do crítico
Antônio Candido de que Memórias de um Sargento de Milícias, obra escrita no
Romantismo, estava meio em descompasso com os padrões e o tom daquele momento.
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19 - Qual é o personagem central da obra Memórias de um Sargento de Milícias?


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Era o cavalheiro moço de vinte e dois anos quinado muito, alto, de talhe delgado, mas
robusto. Tinha a face tostada pelo sol e sombreada por um buço negro e já espesso.
Cobria-lhe a fronte larga um chapéu desabado de baeta preta. O rosto comprido, o nariz
adunco, os olhos vivos e cintilantes dava à sua fisionomia a expressão brusca e alerta
das aves de altaneira. Essa alma devia ter o arrojo e a velocidade do vôo do gavião.
(José de Alencar, O Gaúcho)

20 – a) Que grupo de obras pertence o gaúcho?


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b) Cite outros dois grupos de romances do mesmo autor.


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