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PERIGOS NA EXPLORAÇÃO ESPACIAL

Na exploração espacial podemos ter muitos riscos diferentes,

entre eles estão os problemas genéticos, como mudanças epigenéticas e alterações

no comprimento do telômero. Além dos distritos espaciais - também conhecidos

como lixos espaciais – que são objetos criados pelo homem que não possuem mais

utilidades, e são jogados no espaço, como as partes de um foguete que ficam no

espaço após o lançamento e pequenas peças de satélites.

Esses objetos e equipamentos congestionam o espaço em torno do planeta Terra e,

por tal motivo. Causam risco de graves acidentes. Com o grande número de

espaçonaves colocadas em órbita e com o aumento da frequência de seus

lançamentos, os distritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos

últimos anos pelo fato de colisões em velocidade orbital podem ser altamente

danosas ao funcionamento de satélites e naves tripuladas, pondo também em risco

astronautas em atividades extra veiculares.

Além disso, essas colisões provocamas condições para que ocorra a chamada

síndrome de Kessler. Proposta pelo consultor Donad Kesseler, da NASA, a síndrome

Kesseler é um conjunto de características inseridas desordenadamente no meio

ambiente espacial e cuja tendência é resultar num efeito de colisões e reações em

cadeia envolvendo os satélites outros objetos em órbita ao redor do planeta. Com o

aumento do número de distritos espaciais em órbita, tornaram-se cada vez mais

comuns as manobras de emergência de naves espaciais tripuladas para evitar

colisões no espaço, o que poderia terminar a tragédia com perda de vidas. Torna-se

também crescente o risco de queda de um objeto orbital de grandes proporções

vindimar alguém em terra. Em 17 de março de 1958 os Estados Unidos lançaram o

satélite Vanguard I. Este foi o terceiro satélite artificial a ser lançado por seres

humanos e o primeiro dos norteamericanos. O aparelho transmitia informações sobre

a forma da Terra e funcionou durante 6 anos (MOURÃO, 1984).


Após sua desativação, este viria a se tornar a mais antiga peça de lixo espacial,

uma vez que seus dois predecessores souviéticos, mais pesados, há muito já

haviam caído à Terra ( CLARKE, 1968). Em 2008, por ocasião de uma sondagem, foi

confirmado ao satélite, há muito tempo desativado, ainda permanece no espaço,

girando ao redor da Terra em alta velocidade ( AEB, 2010 ). Mas a lista de destritos

espaciais internacional ou acidentemente perdidos no espaço incluem objetos muito

mais incomuns que satélites. Entre esses detritos esxiste uma luva do astronauta

Edward White, perdida na primeira caminhada espacial norte-americana em 1965,

uma câmera que Michael Collins perdeu próximo à nave Gemini-10 em 1966 e outra

perdida por Sunita Williams durante a missão STS-116, também durante uma

atividade extraveicular. Outra astronauta Heidemarie Stefanyshyn-Piper, perdeu em

novembro de 2008 uma bolsa cheia de peças durante uma caminhada fora da ISS

( Estação Espacial Internacional). Há ainda savolas de lixo, chaves de boca e outros

objetos deixados em órbita. A maioria desses objetos volta para a Terra, atraídos

pela gravidade, em poucas

Os objetos na órbita da Terra podem ser de diferentes tipos: no caso dos chamados
“detritos espaciais”, temos objetos artificiais produzidos por ação humana, e outros
que são naturais, como meteoroides na órbita do Sol. Além destes, existem também
os “detritos orbitais”, que ocorrem quando objetos artificiais perderam suas funções
e, mesmo assim, continuam na órbita do nosso planeta — isso costuma ocorrer com
satélites que não operam mais e estágios abandonados de veículos lançadores, por
exemplo.

Todos os dias, parte destes objetos e seus fragmentos passam pelo processo de
reentrada, no qual eles atravessam as camadas mais densas da atmosfera terrestre
e se queimam. Este retorno para a Terra costuma ocorrer a 120 km de altitude, com
detritos se deslocando a velocidades que podem chegar a 28 mil km/h. Felizmente,
a reentrada não costuma ser de risco alto para aeronaves ou moradores e
construções em solo — como o objeto é aquecido pela resistência do ar, ele perde
velocidade e acaba destruído.

Por outro lado, caso o objeto em questão seja denso demais e feito de
algum material como o aço inoxidável ou o titânio, pode acontecer de
alguns fragmentos resistirem à passagem pela atmosfera e chegarem ao
solo.

Vale lembrar que chances baixas não significam, necessariamente, que


essa possibilidade deva ser ignorada; então, é importante monitorar de
perto estes detritos. Por isso, a NASA estima que há 27 mil detritos
orbitais em monitoramento pelos sensores da rede Space Surveillance
Network (SSN), do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O
problema é que, além de serem de tamanhos variados, muitos deles são
pequenos demais para serem rastreados, mas, ao mesmo tempo, têm
tamanho mais que suficiente para ameaçar missões espaciais tripuladas
e robóticas.

Foram contabilizados mais de 20 mil pedaços de lixo espacial que se movem a


velocidades de aproximadamente 28 mil km/h. Junto deles, há mais meio milhão de
detritos que mede cerca de 1 cm de diâmetro ou mais, além de outros 100 milhões
com cerca de 1 mm. Apesar de serem tão pequenos, eles se movem a velocidades
altas o suficiente para danificar espaçonaves — tanto que os fragmentos que não
têm mais que alguns milímetros de extensão são as maiores ameaças para
espaçonaves que operam na órbita baixa da Terra, que precisam realizar manobras
de desvio para se manterem seguras.
A boa notícia é que a maioria destes objetos não oferece riscos para a vida na
Terra, já que eles vão se queimar quase completamente durante a reentrada. Por
outro lado, objetos massivos (como aqueles que pesam cerca de 1 tonelada), como
estações espaciais e estágios de foguetes, podem resistir parcialmente à reentrada
— e aí é possível que apenas pequenos fragmentos consigam chegar ao solo. Às
vezes, é até possível observar isso acontecendo, como foi o caso de um foguete
Falcon 9, da SpaceX, cujos detritos brilharam ao passar pela atmosfera terrestre
durante a reentrada. (Canaltech)
Casos de reentrada de lixo espacial
O destino dos objetos em órbita está longe de ser uma preocupação recente: a
estação Skylab, por exemplo, foi lançada em 1973, levando o título de primeira
estação espacial dos Estados Unidos e primeiro laboratório de pesquisas tripulado
no espaço. Enquanto esteve ativa, a estação ofereceu diversos conhecimentos
sobre como viver no espaço por longos períodos — a experiência foi essencial para
programas posteriores, como o Shuttle-Mir e a Estação Espacial Internacional (ISS).
A Skylab deveria ter ficado no espaço até 1983, mas a NASA suspeitou que a
reentrada poderia acontecer antes, em 1979.
Então, a agência espacial estadunidense precisou controlar o ponto de reentrada
da estação o máximo possível. Para isso, os engenheiros do Controle da Missão
iniciaram um lento processo de tombamento da estrutura para garantir que ela não
fosse na direção de áreas populosas. A expectativa era que a estação começasse
se romper na região a sudeste da África e que caísse em direção ao Oceano
Pacífico. No fim das contas, o processo ocorreu um pouco depois do esperado e
houve detritos que resistiram à reentrada atmosférica, caindo no oceano e na
Austrália Ocidental.
Outro caso envolvendo a reentrada de um grande objeto em órbita aconteceu
recentemente, com um estágio do foguete Long March 5B, da China. O veículo
havia sido usado para lançar o módulo Tianhe, da futura estação espacial chinesa, e
cumpriu seu objetivo, mas o estágio central do foguete alcançou velocidade orbital
após inserir o módulo na órbita, de modo que iniciou uma trajetória descontrolada e
imprevisível em torno da Terra. No fim, a reentrada do foguete ocorreu na direção
do Oceano Pacífico, e houve até quem conseguiu observar o detrito passando pelo
céu.
A agência espacial chinesa CNSA afirmou que a maior parte da estrutura do foguete
foi queimada, e que os destroços ficaram irreconhecíveis. O ocorrido rendeu críticas
diversas à China, que foi acusada de descuido no programa espacial — Bill Nelson,
administrador da NASA, ressaltou a necessidade de os países minimizarem os
riscos da reentrada dos objetos espaciais. Anteriormente, outro foguete Long March
5B realizou uma reentrada descontrolada em direção ao oceano, mas alguns
detritos resistiram e chegaram ao solo. Houve também a estação Tiangong-1, com
massa de 8 toneladas, que queimou sobre o Oceano Pacífico durante sua
reentrada. (Canaltech)
Fonte: NASA (1, 2) ESA (1, 2, 3), Space.com, Natural History Museum, UNSW
Referências:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/
Geografia/art_lixo_espacial.pdf#:~:text=Nos%20primeiros%20anos%20da
%20explora%C3%A7%C3%A3o,por%20hora%2C%20sendo%20este%20um
https://canaltech.com.br/ciencia/astronauta-revela-as-maiores-dificuldades-
enfrentadas-ao-viver-no-espaco-54757/
https://canaltech.com.br/espaco/reentrada-de-lixo-espacial-o-que-e-186567/

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