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Apostila Eletronica 2
Apostila Eletronica 2
NOTAS DE AULA
DO CURSO DE
ELETRÔNICA 2
NOTAS DE AULA DO CURSO DE
ELETRÔNICA 2
Esta apostila tem por objetivo fornecer aos alunos um resumo completo de todo curso de eletrônica 2,
com isto, disponibilizar um material auxiliar de fácil compreensão e consequentemente facilitar o
entendimento do aluno ao longo do curso
16 MULTIVIBRADORES ......................................................................................................... 89
1. FILTROS DE SINAIS
Nesta seção será abordado um dos mais importantes tópicos na matéria de eletrônica 2, os filtros
de sinais, a presença deste bloco é inerente no campo das comunicações e instrumentação de sistemas.
O estudo dos filtros de sinais é tão vasto que não seria possível abordar todos os seus tópicos em um
único capítulo, por isso, aqui será detalhado somente os principais assuntos relacionados a este tema.
A função transferência destes tipos de circuito é a relação entre a tensão de saída V0(s) e a tensão
de entrada Vi(s) conforme a seguinte equação:
𝑉 (𝑠)
𝑇(𝑠) = 𝑉𝑜(𝑠) (1.1)
𝑖
Uma outra forma de representar a equação de transferência é avaliar a função T(s) assumindo os
valores de frequência, s = jw, por conseguinte, podendo ser avaliado em termos de sua magnitude e fase,
tem-se então:
Como o ganho de um filtro pode ser de grandes magnitudes sua representação geralmente é dada
em decibel, com isso, o ganho deste tipo de função é dado por:
Ou, de forma análoga, para em casos que o circuito se atenua em função da frequência tem-se:
Como é possível concluir, os filtros de sinais alteram a forma de frequência do sinal de entrada
de acordo com a função transferência, com isso, podendo entregar um valor de saída bem diferente do
que foi recebido. A partir de (1.1) observe que:
1
Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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Da mesma forma, as características de fase que o sinal carrega podem ser modificadas de acordo
com o tipo de filtro utilizado no circuito, mais especificamente, depende diretamente da função de fase
do filtro 𝜑(𝑤)
Os filtros que serão estudados neste curso, que comportam estas características, são os filtros
passa-baixa (Low-Pass), passa-alta (High-Pass), passa-faixa (Band-Pass) e os filtros rejeita-faixa.
Observe cada uma das configurações mencionadas (em situação ideal) em função do ganho, |T|,
e a sua frequência w, tem-se:
2
Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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Este tipo de filtro permite que o sinal passe somente enquanto a frequência do circuito seja menor
do que a frequência de corte do sistema Figura 1.1.1.1-(a). a seguir um exemplo de filtro passa
baixa
1
𝑇(𝑗𝑤) = 𝑅𝐶
1
+ 𝑗𝑤
𝑅𝐶
Seu ganho:
1
𝐺(𝑗𝑤) = |𝑇(𝑗𝑤)| = | 𝑅𝐶 |
1
𝑅𝐶 + 𝑗𝑤
A demonstração do ganho do filtro Passa Baixa é feita ao analisar os casos em que w << 1/RC e
para w >> 1/RC. Se assemelhando com o gráfico da Figura 1.1.1-(a). A análise do diagrama de Bode
deste filtro se encontra nos próximos capítulos
3
Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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Este tipo de filtro permite que o sinal passe somente após a frequência do circuito ultrapassar a
frequência de corte do sistema Figura 1.1.1-(b). A seguir um exemplo de filtro passa alta:
𝑗𝑤
𝑇(𝑗𝑤) =
1
𝑗𝑤 + 𝑅𝐶
Seu ganho:
𝑗𝑤
𝐺(𝑗𝑤) = |𝑇(𝑗𝑤)| = | |
1
𝑗𝑤 + 𝑅𝐶
A demonstração do ganho do filtro Passa Alta é feita ao analisar os casos em que jw << 1/RC e
para jw >> 1/RC. Se assemelhando com o gráfico da Figura 1.1.1-(b). A análise do diagrama de Bode
deste filtro se encontra nos próximos capítulos
Este tipo de filtro permite somente a passagem de sinal em uma determinada faixa de frequência do
sistema vide a Figura 1.1.1-(c). a seguir um exemplo de circuito passa faixa:
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Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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𝑅
( 𝐿 )(𝑗𝑤)
𝑇(𝑗𝑤) =
𝑅 1
(𝑗𝑤)2 + 𝐿 (𝑗𝑤) + 𝐿𝐶
Seu ganho:
𝑅
( 𝐿 )(𝑗𝑤)
𝐺(𝑗𝑤) = |𝑇(𝑗𝑤)| = | |
𝑅 1
(𝑗𝑤)2 + (𝑗𝑤) +
𝐿 𝐿𝐶
Este tipo de filtro rejeita a passagem de sinal um uma determinada faixa de frequência do sistema
vide a Figura 1.1.1-(d). a seguir um exemplo de circuito rejeita faixa:
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Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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1
(𝑗𝑤)2 +
𝑇(𝑗𝑤) = 𝐿𝐶
𝑅 1
(𝑗𝑤)2 + (𝑗𝑤) +
𝐿 𝐿𝐶
Seu ganho:
1
(𝑗𝑤)2 +
𝐺(𝑗𝑤) = |𝑇(𝑗𝑤)| = | | 𝐿𝐶
2 𝑅 1
(𝑗𝑤) + (𝑗𝑤) +
𝐿 𝐿𝐶
Já os filtros ativos são compostos de algum elemento ativo, como transistores, amplificadores
operacionais e entre outros, diferentemente do filtro passivo, estes tipos de filtro podem comportar um
ganho maior que 1(um). Afim de exemplificar observe o seguinte circuito
6
Aula 01 – Filtros de Sinais – Tipos de Filtros – Eletrônica 2
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1 1
𝑇(𝑗𝑤) = −
𝑅1 𝐶(𝑗𝑤) + 1
𝑅2
Observe que neste caso é possível controlar o ganho do amplificador ao controlar as resistências
R1 e R2 tem-se:
1 1
𝐺(𝑗𝑤) = |𝑇(𝑗𝑤)| = | |
𝑅1 𝐶(𝑗𝑤) + 1
𝐶𝑅2
A demonstração do ganho do filtro é feita ao analisar os casos em que jw << 1/R2C e para jw >>
1/R2C seu gráfico fica da seguinte forma:
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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2. DIAGRAMA DE BODE
Hendrick Wade Bode (1905-1982) foi um engenheiro e cientista que contribuiu imensamente
para os campos de sistema e controle através de diversas invenções, uma delas é um método simples e
bastante acurado para a representação gráfica de ganho e de mudanças de fase em um sistema, chamado
de diagrama de Bode
“O diagrama de bode nada mais é do que uma ferramenta fundamental para a análise da resposta
em frequência. Com ela podemos saber qual será o ganho e a defasagem que produz o filtro (ou circuito)
na saída para cada frequência aplicada na entrada [...]” [Fabian Oliveira, 2022, Aula 02; notas de aula]
Como mostrado na Figura 1.1 o filtro pode ser representado como um único bloco com uma
tensão de entrada e uma tensão de saída, e a função de transferência deste circuito é dada pela equação
1.1, esta função transferência é pertencente ao domínio complexo e, por isto, depende da variável “jw”
do sistema.
𝑎𝑜
𝐻(𝑗𝑤) =
𝑗𝑤 + 𝑤𝑜
𝑎𝑜
1. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝐻(𝑗𝑤) ≅ então:
𝑤𝑜
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜
A fase [arctg(Parte imaginária /Parte Real)]:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝒐
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨𝒈 ( ) → 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
𝒘𝒐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎°
𝒂
2. 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒋𝒘𝒐 então:
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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∠𝑯(𝒋𝒘) = −𝟗𝟎°
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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𝑎1 (𝑗𝑤)
𝐻(𝑗𝑤) =
𝑗𝑤 + 𝑤𝑜
𝒂𝟏 (𝒋𝒘)
1. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒘𝒐
então:
O módulo:
𝑎1 𝑤
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜
A fase [arctg(Parte imaginária /Parte Real)]:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 90°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝟏 𝒘
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨 𝐠 ( ) → +𝟐𝟎𝒅𝑩/𝒅𝒆𝒄
𝒘𝒐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟗𝟎°
2. 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝐻(𝑗𝑤) ≅ 𝑎1 então:
O módulo:
|𝐻(𝑗𝑤)| = 𝑎1
A fase [arctg(Parte imaginária /Parte Real)]:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎°
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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Para um filtro genérico simples de primeira ordem, assumindo que 𝑎𝑜 /𝑎1 > 𝑤𝑜 temos a seguinte
estrutura:
𝑎1 (𝑗𝑤) + 𝑎𝑜
𝐻(𝑗𝑤) =
𝑗𝑤 + 𝑤𝑜
𝒂
1. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒘𝒐 então:
𝒐
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜
A fase [arctg(Parte imaginária /Parte Real)]:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝒐
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨 𝐠 ( ) → 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
𝒘𝒐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎°
𝑎𝑜 𝒂
2. 𝑎1
≫ 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒋𝒘𝒐 então:
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤
A fase [arctg(Parte imaginária /Parte Real)]:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝒐
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎 𝐥𝐨𝐠 ( ) → −𝟐𝟎𝒅𝑩/𝒅𝒆𝒄
𝒘
∠𝑯(𝒋𝒘) = −𝟗𝟎°
𝑎𝑜
3. 𝑎1
≪ 𝑤 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒂𝟏 então:
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Aula 02 – Filtro de Sinais – Diagrama de Bode– Eletrônica 2
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∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎°
Para iniciar a análise do diagrama de Bode em um sistema de segunda ordem é preciso fazer a
análise do seguinte sistema geral:
𝑎2 (𝑗𝑤)2 + 𝑎1 (𝑗𝑤) + 𝑎𝑜
𝐻(𝑗𝑤) = 𝑤𝑜
(𝑗𝑤)2 + (𝑗𝑤) + 𝑤𝑜 2
𝑄
Primeiramente, é necessário observar os polos da função, ou seja, calcular o valor das raízes do
𝑤𝑜
denominador da função transferência.→ (𝑗𝑤)2 + 𝑄
(𝑗𝑤) + 𝑤𝑜 2 = 0
𝑤𝑜 1
𝑗𝑤 = − ∓ 𝑗𝑤𝑜√1 − 2
2𝑄 4𝑄
• Q: Fator de qualidade
• wo: Frequência natural
𝑗𝑤 ≈ 𝑗𝑤𝑜
Observe que para 𝑄 > 0.5 encontra-se dois polos complexos conjugados
𝑎𝑜
𝐻(𝑗𝑤) = 𝑤
(𝑗𝑤)2 + 𝑜 (𝑗𝑤) + 𝑤𝑜2
𝑄
𝑎
1. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝐻(𝑗𝑤) ≅ 𝑤𝑜𝑜2 então:
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜 2
A fase:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
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Aula 03 – Filtro de Sinais – Segunda Ordem– Eletrônica 2
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𝒂𝒐
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨𝒈 ( 𝟐 ) → 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆
𝒘𝒐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎°
𝒂
2. 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ (𝒋𝒘)𝒐 𝟐 então:
O módulo:
𝑎𝑜
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤2
A fase (parte Imaginária sobre a parte Real):
𝑎
− 𝑜2
∠𝐻(𝑗𝑤) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑤 ) = −𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) = −90°
0
∠𝑯(𝒋𝒘) = −𝟗𝟎°
O pico que é observado no gráfico é um efeito causado por filtros de segunda ordem e é a derivada
do módulo da função transferência deste filtro, dado por:
|𝑎𝑜 |𝑄
𝐺(𝑗𝑤)(𝑝𝑒𝑎𝑘) =
1
𝑤𝑜 2 √1 −
4𝑄 2
|𝑎𝑜 |𝑄
𝑀𝑑𝐵(𝑝𝑒𝑎𝑘) = 20 log
1
𝑤𝑜 2 √1 −
( 4𝑄 2 )
Perceba que a altura deste pico pode ser controlada pelo fator de qualidade Q. Em determinados
casos são projetados filtros com alto fator de qualidade “Q” para aumentar o valor do pico e, por
conseguinte aumentar uma frequência particular, ou, de forma paralela, diminuir o fator de qualidade
“Q” quando deseja-se projetar um filtro passa baixas comum.
O valor do fator de qualidade é obtido através da escolha dos componentes do circuito, sendo
possível assim, regular da forma que o projetista deseja.
𝑎2 (𝑗𝑤)2
𝐻(𝑗𝑤) = 𝑤
(𝑗𝑤)2 + 𝑜 (𝑗𝑤) + 𝑤𝑜 2
𝑄
𝑎2 (𝑗𝑤)2
1. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝐻(𝑗𝑤) ≅ 𝑤𝑜2
então:
O módulo:
𝑎2 𝑤 2
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜 2
A fase:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 90°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝟐 𝒘𝟐
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨𝒈 ( ) → +𝟒𝟎𝒅𝑩/𝒅𝒆𝒄
𝒘𝒐𝟐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟗𝟎°
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Aula 03 – Filtro de Sinais – Segunda Ordem– Eletrônica 2
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2. 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ 𝒂𝟐 então:
O módulo:
|𝐻(𝑗𝑤)| = 𝑎2
A fase (parte Imaginária sobre a parte Real):
∠𝐻(𝑗𝑤) = 0°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟎
O pico que é observado no gráfico é um efeito causado por filtros de segunda ordem e é a derivada
do módulo da função transferência deste filtro, dado por:
|𝑎2 |𝑄
𝐺(𝑗𝑤)(𝑝𝑒𝑎𝑘) =
1
√1 −
4𝑄 2
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Aula 03 – Filtro de Sinais – Segunda Ordem– Eletrônica 2
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|𝑎2 |𝑄
𝑀𝑑𝐵(𝑝𝑒𝑎𝑘) = 20 log
1
√1 −
( 4𝑄 2 )
𝑎1 (𝑗𝑤)
𝐻(𝑗𝑤) = 𝑤
(𝑗𝑤)2 + 𝑜 (𝑗𝑤) + 𝑤𝑜 2
𝑄
𝑎1 (𝑗𝑤)
3. 𝑤 ≪ 𝑤𝑜 → 𝐻(𝑗𝑤) ≅ 𝑤𝑜2
então:
O módulo:
𝑎1 𝑤
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤𝑜 2
A fase:
∠𝐻(𝑗𝑤) = 90°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝒂𝟏 𝒘
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎𝐥𝐨𝒈 ( 𝟐 ) → +𝟐𝟎𝒅𝑩/𝒅𝒆𝒄
𝒘𝒐
∠𝑯(𝒋𝒘) = 𝟗𝟎°
𝒂𝟏(𝒋𝒘)
4. 𝑤 ≫ 𝑤𝑜 → 𝑯(𝒋𝒘) ≅ (𝒋𝒘)𝟐
então:
O módulo:
𝑎1
|𝐻(𝑗𝑤)| =
𝑤
A fase (parte Imaginária sobre a parte Real):
∠𝐻(𝑗𝑤) = −90°
Como conclusão, o ganho em módulo deste sistema é:
𝑎1
𝑴𝒅𝑩 = 𝟐𝟎 𝐥𝐨𝐠 ( ) → −𝟐𝟎𝒅𝑩/𝒅𝒆𝒄
𝑤
∠𝑯(𝒋𝒘) = −𝟗𝟎
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Aula 03 – Filtro de Sinais – Segunda Ordem– Eletrônica 2
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O pico que é observado no gráfico é um efeito causado por filtros de segunda ordem e é a derivada
do módulo da função transferência deste filtro, dado por:
𝑎1 𝑄
𝐺(𝑗𝑤)(𝑝𝑒𝑎𝑘) =
𝑤𝑜
𝑎1 𝑄
𝑀𝑑𝐵(𝑝𝑒𝑎𝑘) = 20 log ( )
𝑤𝑜
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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Tem-se:
Em grande sinal:
𝑉𝐵𝐸 𝑖𝑐 𝑖𝑐 𝛽
𝑖𝐶 = 𝐼𝑠 ∗ 𝑒 𝑉𝑇 ; 𝐼𝐵 = ; 𝑖𝐸 = ; ∝ =
𝛽 ∝ 𝛽+1
𝐼𝑠 𝑉𝑏1−𝑉𝐸
(1) 𝐼𝐸1 = 𝑒 𝑉𝑇
∝
𝐼𝑠 𝑉𝑏2−𝑉𝐸
(2) 𝐼𝐸2 = ∝
𝑒 𝑉𝑇
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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𝑉𝑏1−𝑉𝑏2 𝑉𝐷
𝐼𝐸1
(3) 𝐼𝐸2
= 𝑒 𝑉𝑇 = 𝑒 𝑉𝑇
Dai:
Juntando as equações 3 e 4:
𝐼
𝐼𝐸1 = −𝑉𝐷
1+𝑒 𝑉𝑇
𝐼
𝐼𝐸2 = 𝑉𝐷
1 + 𝑒 𝑉𝑇
Graficamente:
A saída diferencial:
𝐼 𝐼
𝑉𝑜𝑑 ≈ −𝑅𝑐 ∗ 𝐼 [ −𝑉𝐷 − 𝑉𝐷 ]
1+ 𝑒 𝑉𝑇 1+ 𝑒 𝑉𝑇
Graficamente, tem-se:
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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OBS: 𝑉𝑜𝑑 depende somente da diferença das entradas 𝑉𝐵1 − 𝑉𝐵2 = 𝑉𝐷 . Dessa forma o par diferencial
rejeita o modo comum.
Como foi visto, na análise anterior o par diferencial rejeita o modo comum, a partir daí é possível
fazer uma simplificação considerável na análise do sistema, observe o seguinte circuito.
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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𝑉1+𝑉2
Como sabemos, o modo comum é rejeitado, na Figura 4.1.6, o modo comum é dado por 2
com isso, pode-se concluir que a mesma análise pode ser feita para o seguinte circuito:
Ou seja, a análise feita a partir do circuito acima só leva em conta a parte diferencial, não
precisando, por conseguinte, se importar com o modo comum. Isto facilita a análise do circuito, uma
vez que, agora é possível assumir que o circuito da Figura 4.1.5 e o circuito da Figura 4.1.7 são
equivalentes, causando uma simetria que simplifica muito os cálculos dos sistemas.
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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Observe que agora, sabendo da rejeição do modo comum, as fontes em pequenos sinais são iguais
as fontes do amplificador da Figura 4.1.5 sendo 𝑉𝑑 = 𝑉1 − 𝑉2, também, que o circuito é
completamente simétrico, sendo a única diferença o sinal das tensões no terminal
Com esta diferença de sinal, o mesmo impulso que é aplicado de um lado do circuito é aplicado
para o outro, porém com o sinal inverso, isso faz com que seja gerado um ponto no centro de simetria
do circuito que não varia, este ponto é chamado de terra virtual
Finalmente, após todas estas análises chega-se ao circuito final simplificado do amplificador
que facilita muito as análises de circuitos deste tipo, dado pelo seguinte:
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Aula 04 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte I) – Eletrônica 2
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𝑣𝑑
𝑉𝑐1 = −𝑔𝑚1 ( ) 𝑅𝑐
2
𝑣𝑑
𝑉𝑐2 = 𝑔𝑚 ( ) 𝑅𝑐
2
𝑉𝑜𝐷 = −𝑔𝑚𝑅𝑐 𝑉𝑑
Ao pensar este circuito como amplificador é possível calcular o ganho “𝑨𝒗𝒅 ” diferencial que é dado por:
𝑉𝑜𝐷
𝐴𝑣𝑑 = = −𝑔𝑚 𝑅𝑐
𝑉𝐷
𝐼𝑐
𝑔𝑚 =
𝑉𝑡
𝐼
Como demonstrado o valor de 𝐼𝑐 = 2 então o ganho, para este exemplo, de par diferencial é:
𝐼 𝑅𝑐
𝐴𝑣𝑑 = −
2 𝑉𝑇
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Aula 05 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte II) – Eletrônica 2
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Aula 05 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte II) – Eletrônica 2
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𝑟𝑒 𝑣𝑑
𝑉𝑏𝑒 = 𝑟𝑒+𝑅𝐸 ∗ 2
(2)
Juntando as equações 1 e 2:
𝑟𝑒 𝑣𝑑
𝑉𝑐1 = −𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑐 ∗ ∗
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 2
𝑟𝑒 𝑣𝑑
𝑉𝑐2 = 𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑐 ∗ ∗
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 2
𝑟𝑒
𝑣𝑜𝑑 = 𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑐 ∗ ∗𝑣
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 𝑑
O ganho diferencial:
𝒗𝒐𝒅 𝒓𝒆
𝑨𝒗𝒅 = = −𝒈𝒎 ∗ 𝑹𝒄 ∗ ( )
𝒗𝒅 𝒓𝒆 + 𝑹𝑬
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Aula 05 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte II) – Eletrônica 2
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Vbe:
𝑟𝑒 𝑣𝑑
𝑉𝑏𝑒 = ∗ (3)
𝑟𝑒+𝑅𝐸 2
Nó B:
𝑣𝑑
2
𝑔𝑚 ∗ 𝑣𝑏𝑒 + 𝐼 = 𝑟𝑒+𝑅𝐸
(4)
Juntando 3 e 4:
(1 − 𝑔𝑚 ∗ 𝑟𝑒) 𝑣𝑑
𝐼= ∗
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 2
Então:
𝑣𝑑 2(𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 )
𝑅𝑖𝑛 = =
𝐼 1 − 𝑔𝑚 ∗ 𝑟𝑒
𝛽
Sabendo que 𝑔𝑚𝑟𝑒 = 𝑟𝑜+1 encontramos:
Resistencia de entrada:
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Aula 05 – O Amplificador Diferencial BJT (Parte II) – Eletrônica 2
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Perceba que as tensões de entrada são nulas, uma vez que buscamos analisar a resistência
de saída do circuito, então:
Resistencia de saída:
𝒓𝒄 ∗ 𝒓𝒐
𝑹𝒐𝒖𝒕 = 𝟐(𝑹𝒄 ||𝒓𝒐) = 𝟐
𝑹𝒄 + 𝒓𝒐
Lembrando que:
𝑉𝑇
• 𝑟𝑒 = 𝐼𝐸
𝐼𝑐
• 𝑔𝑚 = 𝑉𝑇
O ganho diferencial:
𝑣𝑜𝑑 𝑟𝑒
𝐴𝑣𝑑 = = −𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑐 ∗ ( )
𝑣𝑑 𝑟𝑒 + 𝑅𝐸
Resistencia de entrada:
Resistencia de saída:
𝑟𝑐 ∗ 𝑟𝑜
𝑅𝑜𝑢𝑡 = 2(𝑅𝑐||𝑟𝑜) = 2
𝑅𝑐 + 𝑟𝑜
Dai:
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Aula 06 – Par diferencial com MOSFETs – Eletrônica 2
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𝑏
𝐼𝐷 = (𝑉𝐺𝑆 − 𝑉𝑇 )2
2
𝑔𝑚 = 𝑏(𝑉𝐺𝑆 − 𝑉𝑇𝐻 ) 𝑜𝑢 𝑔𝑚 = √2 ∗ 𝑏 ∗ 𝑖𝑑
A segunda equação é utilizada quando se tem uma polarização no transistor por uma fonte
de corrente, já a primeira quando se tem a tensão 𝑉𝐺𝑆 no gate.
𝑉𝐴
• 𝑟𝑜 = 𝐼𝐷
Perceba que este modelo é bem parecido com o modelo TBJ, com a diferença que não flui
corrente no gate do transistor, e não possui resistência 𝑅𝜋 , este tipo de transistor facilita bastante
a resolução de problemas em algumas análises de circuito em microeletrônica,
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Aula 06 – Par diferencial com MOSFETs – Eletrônica 2
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Considerações:
• 𝑅𝐷1 = 𝑅𝐷2 = 𝑅𝐷
• 𝑅𝑆1 = 𝑅𝑆1 = 𝑅𝑆
• 𝑀1 = 𝑀2
• Fonte de Corrente ideal
Levando estas considerações, o par diferencial MOSFET também rejeita o modo comum,
de forma similar ao par diferencial TBJ, com isso, as conclusões e simplificações do circuito
também podem ser aplicadas a este circuito.
No nó Vs:
𝑣𝑑 𝑉𝑠
𝑔𝑚 ( − 𝑣𝑠 ) =
2 𝑅𝑠
Então:
𝑔𝑚 𝑣𝑑
𝑣𝑠 = ( )
1 2
𝑔𝑚 + 𝑅
𝑠
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Aula 06 – Par diferencial com MOSFETs – Eletrônica 2
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No nó Vo1:
𝑉𝑑
𝑉𝑜1 = −𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑑 ( − 𝑉𝑠 )
2
Juntando as equações:
𝑅𝐷 𝑣𝑑
𝑉𝑑1 = 𝑔𝑚 ∗ ∗
𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑠 + 1 2
Por simetria:
𝑅𝐷 𝑣𝑑
𝑉𝑑2 = −𝑔𝑚 ∗ ∗
𝑔𝑚 ∗ 𝑅𝑠 + 1 2
A tensão de saída:
𝑉𝑜𝑑 𝑅𝑑
𝐴𝑣𝑑 = = −𝑔𝑚 ∗
𝑣𝑑 𝑔𝑚 ∗ 𝑅1 + 1
Algumas observações:
• Se 𝑅𝑠 = 0 → 𝐴𝑣𝑑 = −𝑔𝑚𝑅𝐷
𝑅𝐷
• Se 𝑔𝑚𝑅𝑠 >> 1 → 𝐴𝑣𝑑 = −
𝑅𝑠
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Aula 06 – Par diferencial com MOSFETs – Eletrônica 2
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𝑅𝑜𝑢𝑡 = 𝑅𝐶 ||𝑟𝑜
𝑅𝑑
𝐴𝑣𝑑 = −𝑔𝑚 ∗
𝑔𝑚 ∗ 𝑅1 + 1
𝑅𝑖𝑛 = ∞
𝑅𝑜𝑢𝑡 = 2𝑅𝐶||𝑟𝑜
Dai:
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Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
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Seu funcionamento:
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Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
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Seu esquemático
De forma resumida, primeiro estágio é um par diferencial PNP, em suas saídas são
utilizados espelhos de corrente, transportando os para os próximos estágios, no segundo estágio
é feita à amplificação, obtendo um maior ganho de tensão e, por fim, o terceiro e último estágio,
composto por um amplificador de potência, este amplificador NÃO amplifica a tensão
“somente” faz com que o amplificador seja capaz de entregar a corrente demandada na carga.
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Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
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Seu funcionamento:
Seu esquemático:
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Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
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Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
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• Estágio 1
𝑅𝑖𝑛1
𝑉1 = 𝑉
𝑅𝑖𝑛1 + 𝑅𝑠 𝑠
• Estágio 2
𝑅𝑖𝑛2
𝑉2 = 𝐴 ∗𝑉
𝑅𝑖𝑛2 + 𝑅𝑜1 1 1
𝑅𝐿
𝑉𝑜 = 𝐴 ∗𝑉
𝑅𝐿 + 𝑅𝑜2 2 2
𝑉𝑜 𝐴1 ∗ 𝐴2 + 𝑅𝑖𝑛1 ∗ 𝑅𝑖𝑛2 ∗ 𝑅𝐿
𝐴𝑣 = =
𝑉𝑠 (𝑅𝑖𝑛1 + 𝑅𝑠 )(𝑅𝑖𝑛2 + 𝑅𝑜1 )(𝑅𝐿 + 𝑅𝑜2 )
Observe que quando a resistência de entrada 𝑅𝑖𝑛2 do estágio 2 é muito grande encontra-se:
𝑉2 = 𝐴1 ∗ 𝑉1
Como conclusão, quando temos uma resistência de entrada 𝑅𝑖𝑛2 muito alta, o valor da
resistência de estágio de saída 𝑅𝑜1 pode ser desprezada, por conseguinte, não precisando modelar
a resistência de saída do estágio anterior.
41
Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Simplificado:
42
Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Analisando o estágio 2:
Figura 7.4.4: Estágio 2
Em pequeno sinal:
No nó Vo:
𝑣𝑜 𝑣𝑜
𝑔𝑚2 𝑣𝑜1 + + =0
𝑅𝑑2 𝑅𝑙
O ganho:
43
Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑣𝑜 𝑔𝑚𝑅𝐷2 𝑅𝐿
= −
𝑣𝑜1 𝑅𝐷2 + 𝑅𝐿
Analisando o estágio 1:
Em pequeno sinal:
No nó 𝑉𝑜1 :
𝑣𝑜1 𝑔𝑚𝑉𝑖𝑛
− =0
𝑅𝑑1 2
O ganho:
44
Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑣𝑜1 𝑅𝐷1
𝐴𝑣1 = = −𝑔𝑚1 ∗
𝑣𝑖𝑛 2
Em CC:
45
Aula 07 – Amplificador com Múltiplos estágios – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝐼 2𝛽𝑛 𝐼
𝐼𝐵1 = → 𝑔𝑚1 = √ = √𝛽𝑛 𝐼
2 2
Logo,
𝛽𝑝
𝐼𝑠2 = 2
(𝑣𝑠2 − 𝑣𝑜1 − 𝑣𝑡ℎ )2
46
Aula 08 – Espelhos de Corrente – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
8. ESPELHOS DE CORRENTE
O espelho de corrente é um componente muito importante na eletrônica, e tem a função de
realizar copias de um valor de corrente de referência para polarizar o circuito, neste capítulo
veremos como este dispositivo é implementado para transistores BJT e MOSFETs
47
Aula 08 – Espelhos de Corrente – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Como pode-se observar neste circuito, existe uma corrente de referência, que é uma
corrente cuidadosamente projetada para que não haja uma alta variação, de forma a tentar
minimizar ao máximo as influências externas, ou seja, ela não varia com temperatura, pressão,
tensão aplicada e etc.
Para que não seja necessário criar diversas correntes de referência, pois é mais custoso e
complexo, é feita a cópia, ou o espelhamento de corrente para os demais terminais do sistema, e,
dependendo da confecção do amplificador, a corrente espelhada pode ser multiplicada por fatores
que o projetista deseja, neste caso observe que no bloco “Circuito 1” a corrente de referência está
sendo multiplicada por um fator N, já no bloco “Espelho P” está sendo multiplicada por um fator
M, da mesma forma o bloco “Circuito 2” sendo multiplicado pela razão 𝑀/𝑆 ( o Espelho P faz a
razão inversa de multiplicação, para casos em que se utiliza de transistores NMOS).
𝐼𝑐1 = 𝛽 ∗ 𝐼𝐵1
Assumindo que:
• 𝑄1 = 𝑄2
• 𝐼𝐵1 = 𝐼𝐵2
• 𝐼𝑥 = 2𝐼𝐵1
48
Aula 08 – Espelhos de Corrente – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Nó x:
2
𝐼𝑅𝐸𝐹 = 𝑖𝑐1 + 𝑖𝑥 = 𝐼𝑐1 (1 + )
𝛽
Então:
𝐼𝑅𝐸𝐹
𝐼𝑐1 =
2
1+
𝛽
𝐼𝑅𝐸𝐹
𝐼𝑜 =
2
1+𝐵
Assumindo que:
• 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄𝑛
Valor de ix:
𝑖𝑥 = (𝑛 + 1)𝑖𝑏
No nó x:
𝐼𝑅𝐸𝐹 = 𝑖𝑐 + 𝑖𝑥
Então:
49
Aula 08 – Espelhos de Corrente – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝐼𝑅𝐸𝐹
𝑖𝑐 =
𝑛+1
1+
𝑏
Já a corrente Io:
𝐼𝑅𝐸𝐹
𝑖𝑜 = 𝑛 ∗ 𝑖𝑐 → 𝑛 ∗
𝑛+1
1+
𝑏
Assumindo que na região ativa dos transistores 𝑉𝑏𝑒 = 0.7V, a corrente de referência fica:
Como resultado:
Perceba que o resultado é bem parecido com o do tópico anterior, a diferença é o valor da
corrente de referência, agora em função da corrente.
50
Aula 08 – Espelhos de Corrente – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝐵𝑛 2
𝐼𝐷 = (𝑉𝑔𝑠 − 𝑉𝑇𝐻 )
2
𝑤
𝐵𝑛 = 𝐾𝑛 ∗
𝐿
Para Id1:
𝑤1 𝐾𝑛 2
𝐼𝑑1 = ∗ ∗ (𝑉𝑔𝑠1 − 𝑉𝑡ℎ𝑛 ) = 𝐼𝑅𝐸𝐹
𝐿1 2
Para Id2:
𝑤2 𝐾𝑛 2
𝐼𝑑2 = ∗ (𝑉 − 𝑉𝑡ℎ𝑛 ) = 𝐼𝑜
𝐿2 2 𝑔𝑠2
𝑤2 𝐿1
𝐼𝑜 = 𝐼𝑅𝐸𝐹 ∗ ( ∗ )
𝑤1 𝐿2
51
Aula 09 – Par diferencial com carga ativa – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Análise CC:
52
Aula 09 – Par diferencial com carga ativa – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Encontra-se:
𝐼
𝐼𝐷1 = 𝐼𝐷2 = 𝐼𝐷3 = 𝐼𝐷4 =
2
• Transcondutâncias
𝑔𝑚1 = 𝑔𝑚2 = √𝛽𝑛𝐼
53
Aula 09 – Par diferencial com carga ativa – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Figura 9.0.4: Par diferencial com carga em pequeno sinal simplificado 2 circuitos
O circuito equivalente:
Figura 9.0.5: Par diferencial com carga em pequeno sinal simplificado equivalente
Analisando o circuito 1:
𝑣𝑑 𝑟𝑜 1
𝑉𝑔 = −𝑔𝑚1 ( ) ( | | )
2 2 𝑔𝑚3
Analisando o circuito 2:
𝑣𝑑 𝑣𝑜
𝑔𝑚2 ∗ − 𝑔𝑚4 ∗ 𝑣𝑔 − 𝑟 = 0
2 𝑜
2
𝑣𝑜 𝑔𝑚1 𝑟𝑜 𝑔𝑚3 𝑟𝑜 + 1
= ∗( )
𝑣𝑑 2 𝑔𝑚3 𝑟𝑜 + 2
54
Aula 09 – Par diferencial com carga ativa – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑣𝑜 𝑔𝑚1 𝑟𝑜
=
𝑣𝑑 2
Como foi verificado em capítulos passados o valor de ro tem um valor muito elevado, por
isso, ao multiplicar a transcondutância por ro, o par diferencial tem um ganho diferencial muito
alto.
“As resistências Early ro’s têm valores muito elevados! O que permite ter um ganho de
tensão bem maior que os amplificadores que tínhamos visto em aulas passadas” [Fabian Oliveira,
2022, Aula 09; notas de aula]
55
_____________________________________________________________________________
• Estas aulas contemplam somente parte da matéria da PROVA 01 e PROVA FINAL, por
isso, também estude pelas listas e pelos livros indicados pelo docente.
• Esta apostila foi feita por um aluno a partir notas de aulas, caso haja alguma
discrepância entre esta apostila e o que foi apresentado em aula, confie no que foi dito
pelo professor!
56
Aula 10 – Realimentação (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Neste curso será abordado de forma mais aprofundada as topologias Série-Série e Série-Paralelo
𝑥𝑠 − 𝑥𝑖 (𝐴𝐵) = 𝑥𝑖
57
Aula 10 – Realimentação (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑥𝑖 ∗ 𝐴 = 𝑣𝑜
𝑥𝑜 𝐴
=
𝑥𝑠 (1 + 𝐴𝛽)
Observe que a topologia deste exemplo é bem parecida com o da Figura 10.1.1, em que existe
uma ramificação realimenta o circuito. Já o ganho “B” do circuito pode ser facilmente calculado ao
encontrar a relação de vf e xo, dada a seguir:
Dai:
𝑣𝑜 = (𝑣(+) − 𝑣(−) ) ∗ 𝐴
𝑣𝑜 = (𝑣𝑠 − 𝑣𝐵) ∗ 𝐴
Então:
58
Aula 10 – Realimentação (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑣𝑜 𝐴
=
𝑣𝑠 (1 + 𝐴𝛽)
Onde:
𝑅1
𝛽=
𝑅1 + 𝑅2
• Dessensibilidade do ganho
Podemos descrever o ganho como uma função que depende o A e do 𝛽, da seguinte forma:
𝑥𝑜 𝐴
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 = (𝐴, 𝐵) =
𝑥𝑠 1 + 𝐴𝛽
Normalmente a Variação de “A” é bem grande, por exemplo, no amplificador LM741, pode
variar de 2000/4000 ou 3000/4000. Esta variação não é nada interessante para a estabilidade do
𝑥𝑜
sistema. Para evitar esta variação o que é feito é a derivação do Ganho 𝑥𝑠 , tem-se:
𝑑𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 1 𝐴
= −
𝑑𝐴 1 + 𝐴𝛽 (1 + 𝐴𝛽)2
Passando para o modo diferencial e isolando o ∆𝐴 tem-se:
∆𝐴
∆𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 =
(1 + 𝐴𝛽)2
“Normalmente (1 + 𝐴𝛽)2 é bem grande, fazendo com que a variação do ganho seja muito
pequena em relação à variação da amplificação ∆𝑨” [Fabian Oliveira, 2022, Aula 09; notas
de aula]
Contornando, portanto, a alta variação de “A” nos amplificadores.
• Extensão de Faixa de Passagem
Ao considerar que o amplificador tem uma resposta em frequência A(s):
𝐴𝑀
𝐴(𝑠) = 𝑠
1 + 𝑤𝐻
59
Aula 10 – Realimentação (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Para que esta topologia funcione é feita a soma em série da tensão de entrada e em seguida é feita
em paralelo na tensão de saída, fazendo assim a conversão de Tensão-Tensão de realimentação negativa.
Para fazer a subtração da corrente de entrada é somando-as em paralelo, e, para medir o valor da
corrente de saída e coloca-la na malha de realimentação é feita a conexão em série com a carga.
60
Aula 10 – Realimentação (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Para obter a tensão, é feita a conexão em paralelo na saída, já na entrada, é feita a conexão em
paralelo para obter a subtração das correntes. É conhecido como amplificador de transresistência.
61
Aula 11 – Realimentação (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Considerando que o circuito β tem impedância de entrada infinita, não circulará corrente em Ro,
portanto, a tensão Vo é da seguinte forma:
No circuito A:
𝑉𝑜 = 𝐴 ∗ 𝑣𝑖
No circuito B:
𝑉𝑓 = 𝛽 ∗ 𝑉𝑜
𝑉𝑜 = 𝐴(𝑉𝑠 − 𝛽𝑉𝑜 )
Com isso, podemos encontrar o ganho da malha fechada do sistema, também conhecida como “Af”.
𝑉𝑜 𝐴
𝐴𝑓 = =
𝑉𝑠 1 + 𝐴𝛽
𝑉𝑠 𝑉𝑠 𝑉𝑠
𝑅𝑖𝑓 = = = ∗ 𝐴 ∗ 𝑅𝑖
𝐼𝑖 𝑉𝑖 𝑉𝑜
𝑅𝑖
OBS:
𝑉𝑖 𝑉𝑜
𝐼𝑖 = 𝑒 𝑉𝑖 =
𝑅𝑖 𝐴
𝑅𝑖𝑓 = 𝑅𝑖 (1 + 𝐴𝛽)
Para calcular a resistência vista na fonte 𝑅𝑜𝑓 devemos colocar a fonte independente 𝑉𝑠 = 0
Fazendo a análise:
𝑉𝑜 − 𝐴𝑉𝑖 𝑉𝑜 + 𝐴𝛽𝑉𝑜
𝐼𝑜 = =
𝑅𝑜 𝑅𝑜
Como resultado:
𝑉𝑜 𝑅𝑜
= 𝑅𝑜 𝑓 =
𝐼𝑜 1 + 𝐴𝛽
63
Aula 11 – Realimentação (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑉𝑜 𝐴
𝐴𝑓 = =
𝑉𝑠 1 + 𝐴𝛽
𝑅𝑖𝑓 = 𝑅𝑖 (1 + 𝐴𝛽)
𝑅𝑜
𝑅𝑜𝑓 =
1 + 𝐴𝛽
• Diminuiu o ganho
• Aumenta a resistência de entrada
• Diminui a resistência de saída
A corrente 𝐼𝑜 não passa pela resistência ro, esta característica, nos casos ideais, ajuda na
confecção da análise dos circuitos.
64
Aula 11 – Realimentação (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Cálculo ‘Af”:
𝐼𝑜 = 𝐴 ∗ 𝑉𝐼
𝑉𝑖 = 𝑉𝑠 − 𝑉𝑓 = 𝑉𝑠 − 𝛽𝐼𝑜
Daí:
𝐼𝑜 = 𝐴(𝑉𝑠 − 𝛽𝐼𝑜)
𝑰𝒐 𝑨
𝑨𝒇 = =
𝑽𝒔 𝟏 + 𝑨𝜷
𝑉𝑠 𝑉𝑠
𝑅𝑖𝑓 = = 𝑅𝑖 ( )
𝐼𝑖 𝑉𝑠 − 𝛽𝐼𝑜
Então:
𝐼𝑜
𝑅_𝑖𝑓 −1 = 𝑅𝑖 −1 (1 − 𝛽 ( ))
𝑉𝑠
𝑅𝑖
𝑅𝑖𝑓 = = 𝑹𝒊 (𝟏 + 𝑨𝜷)
𝐴𝛽
1−
1 + 𝐴𝛽
Da mesma forma que foi calculado para a realimentação série-paralelo, desliga-se a fonte de
entrada, então:
𝑉𝑜
𝑅𝑜𝑓 =
𝐼𝑜
𝑉𝑜
𝐼𝑜 = −𝛽𝐼𝑜𝐴 +
𝑅𝑜
Dai:
𝑉𝑜
𝐼𝑜 (1 + 𝐴𝛽) =
𝑅𝑜
Tem-se:
𝑹𝒐𝒇 = 𝑹𝒐 (𝟏 + 𝑨𝜷)
65
Aula 11 – Realimentação (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
• Diminuiu o ganho
• Aumenta a resistência de entrada
• Diminui a resistência de saída
66
Aula 12 – Realimentação (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Perceba que existem agora duas resistências acopladas ao circuito, diferentemente, do da situação
ideal, isto acontece pois agora está sendo considerado os valores de impedância de entrada “R22” e
uma impedância de saída “R11” da malha de realimentação.
Agora, sabendo o conceito por trás destas impedâncias, fica fácil calcular tanto a impedância de
entrada “R22”, quando a impedância de saída “R11”.
Observe que para poder calcular a resistência de saída “R11”, basta fazer um curto circuito no lado
direito da malha de realimentação e, a partir daí calcular a resistência vista por esta entrada.
Para calcular a resistência de entrada “R22”, deixa-se aberto o lado esquerdo da malha de realimentação,
e é calculado então, a resistência vista.
Este circuito é bem mais simples, pois para sua confecção só é necessário utilizar a malha de
realimentação. Para calcular o ganho β basta colocar uma tensão “Vo” na entrada medir a tensão de saída
Vf, do circuito, a partir daí calcular a função transferência da malha.
𝑉𝑓
𝛽=
𝑉𝑜
𝑉𝑜 𝐴
𝐴𝑓 = =
𝑉𝑠 1 + 𝐴𝛽
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Aula 12 – Realimentação (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Os valores de “Ri” e Ro” são obtidos zerando as fontes independentes, então, 𝑉𝑖’ = 0 e 𝑉𝑥 = 0 ,
realiza-se a partir daí os cálculos padrões de lei de Ohm, neste caso:
𝑅𝑖 = 𝑅𝑠 + 𝑅𝑖𝑑 + 𝑅11
𝑅𝑜 = 𝑅𝑜\\𝑅22\\𝑅𝐿
Como resultado:
𝑅𝑜\\𝑅22\\𝑅𝐿
𝑅𝑜𝑓 =
1 + 𝐴𝛽
Observe que “R22” se encontra em série com a carga RL, pois a entrada da malha de
realimentação é em série, “R11” da mesma forma se encontra em série, pois a saída da malha de
realimentação também é em série.
69
Aula 12 – Realimentação (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
R11 Série-Série
No caso da impedância R11 em Série-Série o circuito na direita agora fica ABERTO, a partir daí
calcula-se a resistência vista por esta entrada.
R22 Série-Série
Para calcular a resistência de entrada “R22”, deixa-se aberto o lado esquerdo da malha de realimentação,
e é calculado então, a resistência vista.
Agora, o circuito β:
𝑉𝑓 ′
𝛽=
𝐼𝑜 ′
O Ganho realimentado Af
𝐼𝑜 𝐴
𝐴𝑓 = =
𝑉𝑠 1 + 𝐴𝛽
70
Aula 12 – Realimentação (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Os valores de “Ri” e Ro” são obtidos zerando as fontes independentes, então 𝑉𝑖’ = 0 e 𝑉𝑥 = 0
, realiza-se a partir daí os cálculos padrões de lei de Ohm, neste caso:
𝑅𝑖 = 𝑅𝑠 + 𝑅𝑖𝑑 + 𝑅11
𝑅𝑜 = 𝑅𝑜 + 𝑅22 + 𝑅𝐿
Como resultado:
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Aula 13 – Circuitos Formadores de Onda (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
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Aula 13 – Circuitos Formadores de Onda (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Encontra-se:
𝑥𝑜 𝐴(𝑠) 𝐴(𝑠)
𝐴𝑓 = = =
𝑥𝑠 1 − 𝐴(𝑠)𝛽(𝑠) 1 − 𝐿(𝑠)
“Supondo que existe wo tal que L(jwo) = 1, pode ser observado que o ganho da realimentação é
necessariamente infinito 𝐴𝑓(𝑗𝑊𝑜) = ∞. Portanto, temos duas soluções possíveis.”
Barkhausen percebeu que ao ter um ganho de malha igual a 1(um) é possível encontrar um sistema
que se auto-mantém oscilando (isto na prática é impossível sem um controle linear de amplitude, porém,
quando estudamos os casos ideais a afirmativa ainda é válida rs):
Para elucidar na prática como aplicar os conceitos de osciladores de onda, observe o seguinte exemplo:
Observe que o realimentador neste exemplo é um filtro passa faixa, ou seja, só vai deixar passar
uma determinada frequência central, com isso, é possível ajustar os termos do realimentador para
alcançar o ganho malha aberta unitário (para uma única frequência de sinal que o passa-faixa deixa
passar).
A primeira coisa a se fazer ao se deparar com este tipo de circuito oscilador é calcular o ganho de
malha aberta, para isso, basta abrir a malha em algum ponto da malha de realimentação. O ponto de
escolha para abrir a malha, geralmente, é um ponto com o qual a impedância vista para frente é infinita,
também, quando a malha é aberta tem que ser possível calcular o ganho no ponto “vi” até o ponto “vo”,
ou seja, basicamente precisa ser um circuito “fechado” sendo possível calcular a relação entre “vi” e
“vo”. Do exemplo acima, o circuito de malha aberta é da seguinte forma:
73
Aula 13 – Circuitos Formadores de Onda (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Quando for calculado o ganho de malha aberta, a ideia de Barkhausen é impor com que este ganho
seja igual a 1(um), e assim ser possível determinar os parâmetros necessários para que o realimentador
cumpra os requisitos impostos.
𝑥𝑜 = 𝑣𝑖 ∗ 2
𝑣𝑜 = 𝑥𝑜 ∗ 𝐻(𝑠)
Tem-se:
𝑣𝑜 2𝑎1 (𝑗𝑤)
𝐿(𝑗𝑤) = = 2 ∗ 𝐻(𝑠) =
𝑣𝑖 (𝑗𝑤)𝑤𝑛
(𝑗𝑤)2 + 2
𝑄 + 𝑤𝑛
2𝑎1 (𝑗𝑤)
𝐿(𝑗𝑤) = =1
2 (𝑗𝑤)𝑤𝑛 2
(𝑗𝑤) +
𝑄 + 𝑤𝑛
𝑤𝑛
(𝑗𝑤)2 + (𝑗𝑤) [ − 2𝑎1 ] + 𝑤𝑛2 = 0
𝑄
A partir daqui a ideia é separar os coeficientes em uma parte Real e parte Imaginária:
𝑤𝑛
[𝑤𝑛2 − 𝑤 2 ] + 𝑗 [ − 2𝑎1 ] = 0
𝑄
Perceba que a única forma da equação acima ser 0(zero) é para quando a parte Real e a parte Imaginária
sejam também 0(zero), daí consegue-se tirar algumas conclusões deste exemplo como:
74
Aula 13 – Circuitos Formadores de Onda (Parte I) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Frequência de oscilação:
𝑤 = 𝑤𝑛
Condição de oscilação:
1 𝑤𝑛
𝑎1 = ∗
2 𝑄
OBS: Os valores acima são obtidos a partir do exemplo dado, NÃO SÃO AXIOMAS.
75
Aula 14 – Circuitos Formadores de Onda (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Estes ganhos ainda sim são muito próximos, para um pouco mais ou para um pouco menos de
1(um), contudo, conforme o sinal se auto mantém no sistema, a propagação de erro faz com que ou sinal
exploda (instável) na saída em um determinado instante, para quando o sinal é um pouco maior que
1(um), ou tenda a 0(zero) (Estável) na saída, para quando o sinal é um pouco menor que 1(um).
Por outro lado, o circuito estável irá perder amplitude com o tempo:
Para driblar estes problemas basicamente é feito, de forma proposital, um circuito instável, ou
seja, um ganho de malha aberta maior que 1(um), e no final se controla-se a amplitude do sinal dentro
de um limite projetado. Este tipo de circuito é chamado de circuito limitador:
76
Aula 14 – Circuitos Formadores de Onda (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Neste circuito limitador são conectados dois diodos na entrada “negativa” do amplificador, um
destes diodos é conectado no nó 𝑉𝑎 e outro conectado ao nó 𝑉𝑏 , com estes dois diodos conectados,
quando a saída do sistema começa a ser muito alta ou muito baixa, acaba fazendo com que um dos
diodos entre em condução (Um diodo entra em condução quando o sinal é muito baixo e o outro entra
em condução quando o sinal é muito alto, os diodos não conduzem ao mesmo tempo).
Quando os diodos entram em condução, o nó que está na parte “negativa” do amplificador ganha
uma determinada tensão, esta tensão causa uma diferença de potencial que acaba limitando a tensão de
saída 𝑉𝑜 , fazendo com que o circuito fique estável:
Análise do circuito:
1- Quando 𝑣𝑖 e 𝑣𝑜 são muito pequenos, os diodos estão em corte, o circuito equivalente fica:
Figura 14.1.2: Circuito equivalente caso I
77
Aula 14 – Circuitos Formadores de Onda (Parte II) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
𝑅𝑓
𝑉𝑜 = −𝑉𝑥 ( )
𝑅1
𝑅3 𝑅2
𝑉𝑎 = 𝑉𝑐𝑐 ( ) + 𝑉𝑜 ( )
𝑅2 + 𝑅3 𝑅2 + 𝑅3
𝑅4 𝑅5
𝑉𝑏 = 𝑉𝑠𝑠 ( ) + 𝑉𝑜 ( )
𝑅4 + 𝑅5 𝑅4 + 𝑅5
2- Quando 𝑣𝐼 > 0V, conforme a Eq (1), 𝑣𝑜 < 0V. Se consideramos 𝑣𝐼 grande suficiente, o diodo
D1 entrará em condução. Isso “Grampeará” a tensão 𝑣𝐴 = −0.7𝑉.
Figura 14.1.3: Circuito equivalente caso II
𝑅4 𝑅4
𝑉𝑜 |𝑉𝑎= −0.7𝑉 = 𝐿+ = −𝑉𝑠𝑠 ∗ + (0.7) [1 + ]
𝑅5 𝑅5
Como visto, na prática, o limitador tem uma pequena inclinação devido as resistências 𝑅𝑓 , 𝑅4 e
𝑅1 no limite superior, e outra inclinação no limite inferior devido as resistências 𝑅𝑓 , 𝑅3 e 𝑅1 , perceba
que no instante em que nenhum dos dois diodos está conduzindo o sinal é próprio ganho do inversor
79
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
15 OSCILADORES LC SINTONIZADOS
Estes circuitos formadores de onda são compostos por indutores e capacitores, as duas topologias
mais conhecidas nestes casos são os LC sintonizados de Colpitts e Hartley
OBS: o circuito mostrado nestas figuras não inclui o circuito de polarização CC, somente mostra o
equivalente de pequenos sinais.
80
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Então:
A polarização CC do circuito:
𝑍𝐿 = 𝐿(𝑗𝑤) → 𝑍𝐿 = 0
1
𝑍𝐶 = → 𝑍𝐶 = ∞
𝑗𝑤𝐶
𝛽𝐼𝛽 𝑉𝐴
𝑔𝑚 = 𝑒 𝑟𝑜 =
𝑉𝑇 𝛽𝐼𝛽
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Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Agora que foi calculado os parâmetros em CC, é necessário calcular os parâmetros em pequeno
sinal, uma observação importante é que no circuito de Colpitts existem capacitores que são considerados
infinito e outros capacitores que não são considerados infinitos, o indutor 𝐿𝐶𝐻𝑂𝐾𝐸 também é considerado
infinito, isto muda tudo em pequeno sinal, em pequeno sinal os capacitores “infinitos” vão ficar em
curto e o indutor 𝐿𝐶𝐻𝑂𝐾𝐸 se comporta como um circuito aberto, ficando:
Depois de feito o circuito em pequeno sinal é escolhido um lugar conveniente para abrir o circuito:
82
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
A impedância vista para frente 𝑍𝑉 precisa ser calculada para que o circuito funcione de forma
plena, uma vez que a resistência vista para frente não é infinita, se fosse um transistor MOSFET não
precisaria calcular a resistência vista para frente. Já que neste tipo de transistor a resistência de entrada
é “infinita”.
Neste caso, podemos fazer uma simplificação do sistema eliminando a resistência 𝑍𝑉 , Para simplificar
os cálculos, vamos assumir que próximo da frequência e oscilação do circuito se cumpre a seguinte
1
condição, 𝑤 ≪ 𝑅𝐵2 \\𝑟𝜋 , resultando:
𝑜 𝐶2
Perceba que é possível analisar somente a parte direita do circuito, com ela é possível obter as relações
necessárias para a malha aberta para L(jw) = 1:
83
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Nó 𝑉𝑥 :
𝑣𝑥 𝑣𝑥 𝑣𝑥 − 𝑣𝑜
−𝑔𝑚 𝑣𝑖 − − − =0
𝑟𝑜 𝑍𝑐1 𝑍𝐿
Nó 𝑉𝑜 :
𝑟𝑜
(𝑉𝑥 − 𝑟𝑜 )/𝑍𝐿 − =0
𝑍𝑐2
Resolvendo o sistema:
𝑉𝑜 𝑔𝑚 𝑟𝑜
𝐿(𝑗𝑤) = (𝑗𝑤) =
𝑉𝑖 [𝐶2 𝐿𝑤 − 1] + (𝑗𝑤)[𝑅(𝐶1 𝐶2 𝐿𝑤 2 − 𝐶1 − 𝐶2 )]
2
Frequência de oscilação:
𝐶1 + 𝐶2
𝑤𝑜 = √
𝐶1 𝐶2 𝐿
Condição de oscilação:
𝐶2
𝑔𝑚 𝑟𝑜 =
𝐶1
Na prática a condição de oscilação precisa ser um pouco maior que 1(um), com isso:
𝐶2
𝑔𝑚 𝑟𝑜 >
𝐶1
84
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Uma coisa interessante sobre o circuito de Colpitts é que não é necessário um controle de
amplitude pois quando a senoide for ficando muito pequena o transistor entra em saturação, no instante
em que o transistor entra em saturação ele acaba perdendo a transcondutância, ou seja a limitação do
circuito transistorizado fica automática, se auto ajusta, por conseguinte é possível chegar a uma oscilação
sem precisar controlar a amplitude do circuito.
85
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Em CC:
𝛽𝐼𝛽 𝑉𝑎
𝑔𝑚 = 𝑒 𝑟𝑜 =
𝑉𝑇 𝛽𝐼𝛽
86
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
_____________________________________________________________________________
Utilizando o mesmo argumento que foi usado para Colpitts, é possível remover a resistência vista para
frente:
87
Aula 15 – Circuitos Formadores de Onda (Parte III) – Eletrônica 2
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Nó 𝑉𝑥 :
𝑣𝑥 𝑣𝑥 𝑣𝑥 − 𝑣𝑜
−𝑔𝑚 𝑣𝑖 − − − =0
𝑟𝑜 𝑍𝐿1 𝑍𝑐
Nó 𝑉𝑜 :
𝑣𝑥 − 𝑣𝑜 𝑣𝑜
− = ∞
𝑍𝑐 𝑍𝐿2
Resolvendo o sistema:
𝑣𝑜 𝑔𝑚 𝑟𝑜 (𝐿1 𝐿2 𝑟𝑜 𝐶𝑤 3 )𝑗
𝐿(𝑗𝑤) = (𝑗𝑤) = −
𝑣𝑖 𝑗[𝐿1 𝑤 + 𝐿1 𝐿2 𝐶𝑤 3 ] + [(𝐿1 + 𝐿2 )𝑟𝑜 𝑐𝑤 2 − 𝑟𝑜 ]
Frequência de oscilação:
1
𝑤𝑜 =
√𝐶(𝐿1 + 𝑙2 )
Condição de oscilação:
𝐿1
𝑔𝑚 𝑟𝑜 =
𝐿2
𝐿1
𝑔𝑚 𝑟𝑜 >
𝐿2
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Aula 16 – Circuitos Formadores de Onda (Parte IV) – Eletrônica 2
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16 MULTIVIBRADORES
Os multivibradores são circuitos osciladores relativamente simples, com estes tipos de circuito,
por exemplo, não é necessário aplicar o critério de Barkhausen. Neste capítulo serão estudados os
multivibradores biestáveis e Astaveis. Um elemento biestável contém duas soluções estáveis, já um
circuito astável oscila entre duas soluções estáveis:
𝑅1
𝑉𝑜 = 𝑉𝑐𝑐 → 𝑉 + = 𝑉𝐶𝐶 ∗ ( )
𝑅2 + 𝑅1
𝑅1
𝑉𝑜 = 𝑉𝑠𝑠 → 𝑉 + = 𝑉𝑠𝑠 ∗ ( )
𝑅2 + 𝑅1
Através deste circuito Biestável é possível construir um circuito astável, para entender a transição entre
os dois estados estáveis coloca-se uma fonte de tensão no nó 𝑣 − :
Perceba que a única forma de mudar o estado de saturação 𝑉𝑐𝑐 é quando e entrada 𝑉𝑖 vale uma tensão
maior que o nó 𝑣 + , isso faz com que o amplificador fique em histerese, vide o gráfico:
Em suma, a transição entre os dois estados estáveis é modificada em função da entrada 𝑣𝐼 , como
mostrado na figura acima.
Então perceba que é possível construir um circuito que oscile periodicamente na entrada 𝑣𝐼 , e,
com isso criar um circuito Astável, ou seja que varie entre duas soluções estáveis.
Perceba que o circuito composto pelo capacitor e a resistência pode ser visto como a fonte “Vi”,
ou seja:
“Incluindo uma malha de realimentação RC, o circuito multivibrador biestável pode ser forçado
a mudar de estado periodicamente” [Fabian Oliveira, 2022, Aula 16; notas de aula]
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Aula 16 – Circuitos Formadores de Onda (Parte IV) – Eletrônica 2
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Observe o gráfico:
A saída do amplificador operacional já estará saturada em Vcc ou Vss, no nosso caso Vcc, fazendo
a análise na carga do capacitor observe que em um determinado tempo ele se carregará com um valor
próximo ao valor da porta de saída “Vcc”, contudo, quando ele fica próximo de alcançar tal, o valor da
entrada do amplificador “V+” muda de sinal, neste momento a saída do sinal que era Vcc satura
instantaneamente para Vss. E a partir daí recomeça o ciclo, gerando uma fonte de sinal de onda quadrada.
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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17 ESTAGIOS DE SAIDA
Até agora foram vistos vários tipos de amplificadores para pequenos sinais que entregam um
ganho de tensão elevada em sua saída, contudo a principal função dos estágios de saída e amplificadores
de potência é entregar uma corrente de qualidade para a carga acoplada a ela.
Neste capitulo será analisado os três tipos de estágios de saída de potência, assim como destacar
a importância dos estágios de saída em sistemas eletrônicos.
Foi visto nos capitulo passadas que os amplificadores em pequeno sinal recebem, como o próprio
nome já diz, um pequeno sinal e, em sua saída amplificam este sinal para uma faixa desejada, contudo,
estes amplificadores de pequeno sinal não têm a capacidade de entregar uma corrente um pouco mais
elevada para a carga, lembre-se que se for demandada muita corrente do amplificador de pequenos sinais
ele acaba saindo do ponto de operação e, por conseguinte, não funcionando direito. Para contornar esta
situação os estágios finais de potencias são pensados para este tipo de problema.
17.1 RENDIMENTO
Uma das primeiras definições necessárias para compreender os amplificadores de potência é o
rendimento:
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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Sendo:
Como sabemos, a situação ideal do sistema seria que toda a potência gerada pela fonte de
alimentação seja entregue para a carga, nesta situação ideal o amplificador de potência atingiria 100%
de rendimento, de acordo com a formula:
𝑃𝐿
𝜂= ∗ 100%
𝑃𝑆
Contudo, em uma situação real existe uma fração da potência que acaba se dissipando ao longo
do caminho, principalmente por calor, nos estágios de saída. Ao considerar esta potência dissipada, a
formula acima é calculada da seguinte forma:
𝑃𝐷
𝜂% = [1 − ( )] ∗ 100
𝑃𝑆
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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17.3 CLASSE A
O amplificador de potencia classe A tem a seguinte topologia
“Os amplificadores de potência são projetados para entregar a máxima potência à carga de saída.
Portanto, a análise começa pela corrente de saída considerando um funcionamento pico-pico máximo.”
[Fabian Oliveira, 2022, Aula 17; notas de aula]
Considerando o funcionamento em senoide pico a pico (de -Vcc até + Vcc) na sua saída:
𝐼𝑄 = 𝐼𝐿 + 𝐼
Para termos um amplificador classe A, o transistor precisa conduzir 100% do tempo, ou seja, a fonte de
corrente precisa ser:
𝑉𝑐𝑐
𝐼=
𝑅𝐿
𝑉𝑐𝑐 2𝑉𝑐𝑐 𝑉
Perceba o seguinte, quando a corrente 𝐼𝐿 = 𝑅𝐿
a corrente 𝐼𝑄 = 𝑅𝐿
e quando a corrente 𝐼𝐿 = − 𝑅𝑐𝑐 a
𝐿
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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A partir das características do gráfico acima é possível defini-lo como um amplificador de classe
A, pois conduz durante todo o tempo.
𝑉𝐼 𝑉 𝑅𝐿 𝐼
𝑃= = =
2 2𝑅𝐿 2
𝑣𝑜 2 𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝐿 = =
2𝑅𝐿 2𝑅𝐿
2𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝑆 = 𝑃+𝑉𝑐𝑐 + 𝑃−𝑉𝑐𝑐 = 2𝑉𝑐𝑐 𝐼 =
𝑅𝐿
𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝐿 2𝑅𝐿 1
𝜂= = 2 = ≅ 0.25
𝑃𝑆 2𝑉𝑐𝑐 4
𝑅𝐿
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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17.5 CLASSE B
O amplificador de potência classe B tem uma eficiência um pouco melhor, é composto por um
transistor NPN que conduz em uma metade do ciclo e o transistor PNP que conduz na outra metade do
ciclo, aproveitando melhor a corrente que passa pelo transistor.
Perceba que existe uma pequena distorção no instante 0(zero) isto acontece porque no momento
em que a entrada fica no ponto 0(zero) os dois transistores acoplados no sistema deixam de conduzir,
causando essa pequena distorção na tensão de saída do amplificador de potência.
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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Importante notar que no ciclo negativo um transistor irá conduzir, e no ciclo positivo outro
transistor irá conduzir, funcionando de forma complementar, melhorando bastante a eficiência do
circuito:
𝑣𝑜 2 𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝐿 = =
2𝑅𝐿 2𝑅𝐿
Como sabemos o valor médio da senoide funcionando na metade do ciclo, basta substituir os valores:
𝑖𝑄
𝐼𝑄 =
𝜋
𝑉2
• Fonte +𝑉𝐶𝐶 : 𝑃+𝑉𝑐𝑐 = 𝑉𝑐𝑐 ∗ 𝐼𝑄 = 𝜋𝑅𝑐𝑐
𝐿
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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𝑉2
• Fonte −𝑉𝐶𝐶 : 𝑃−𝑉𝑐𝑐 = −𝑉𝑐𝑐 ∗ −𝐼𝑄 = 𝜋𝑅𝑐𝑐
𝐿
2𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝑆 = 𝑃+𝑉𝑐𝑐 + 𝑃−𝑉𝑐𝑐 = 2𝑉𝑐𝑐 𝐼 =
𝜋𝑅𝐿
2𝑉𝑐𝑐2 𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝐷 = 𝑃𝑆 − 𝑃𝑠 = −
𝜋𝑅𝐿 𝑅𝐿
𝑉𝑐𝑐2
𝑃𝐿 2𝑅𝐿 𝜋
𝜂= = 2 ≅ ≅ 78.54%
𝑃𝑆 2𝑉𝑐𝑐 4
𝜋𝑅𝐿
Perceba que o rendimento do amplificador Classe B (78.4%) é muito maior do que o amplificador
Classe A (25%).
17.7 CLASSE AB
Contudo, o maior problema do amplificador Classe B, é a distorção harmônica que acaba
acontecendo quando ambos os transistores não conduzem, para contornar este problema foi projetado o
amplificador Classe AB.
Este amplificador é bem parecido com o amplificador Classe B a diferença é que ele é projetado
de uma forma a não deixar os transistores desligarem, diminuindo bastante a distorção na saída do
sistema. Para isso, é acrescentado fontes de tensão na entrada dos transistores, deixando-os conduzir um
pouco mais de tempo.
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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“O objetivo deste circuito é eliminar a distorção causada pelo amplificador classe B. A análise de
potência e igual à classe B, dando o mesmo resultado de rendimento de 78.54%” [Fabian Oliveira, 2022,
Aula 17; notas de aula].
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Aula 17 – Estágios de Saída e Amplificadores de Potência – Eletrônica 2
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Aula 18 – Dissipadores para Transistores de Potência – Eletrônica 2
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2𝑉𝑐𝑐 24
𝐼𝑄𝑀𝐴𝑋 = 𝐼𝑄 = 2𝐼 = = = 3𝐴
𝑅𝐿 8
E:
3𝑉𝑐𝑐2 3(12)2
𝑃𝐷 = = = 27 𝑊
2𝑅𝐿 2∗8
Perceba que são valores de corrente e potência muito elevados que podem danificar os componentes,
existem algumas alternativas para solucionar este problema:
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Aula 18 – Dissipadores para Transistores de Potência – Eletrônica 2
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• 𝑇𝐽 : Temperatura de junção
• 𝑇𝑗𝑚𝑎𝑥 : Temperatura de junção máxima
𝑇𝑗𝑚𝑎𝑥 é a máxima temperatura que o transistor funciona sem sofrer danos permanentes:
• 𝑇𝑐 : Temperatura Capsulado
• 𝜃𝑗𝑎 : Representa a resistência térmica entre a junção e o ambiente.
𝑇𝑗 − 𝑇𝑎 = 𝜃𝑗𝑎 ∗ 𝑃𝐷
Agora a equação de condutividade térmica tem mais componentes, a resistência térmica entre o
dissipador e a temperatura ambiente e a resistência térmica entre o equipamento e o dissipador,
transformando a equação de condutividade térmica:
Portanto, o dissipador aumenta a potência que o circuito pode dissipar, por conseguinte, aumenta
a potencia que pode ser entregue à carga.
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Observações – Fim da matéria da P2:
• Estas aulas contemplam somente parte da matéria da PROVA 02 e PROVA FINAL, por isso,
também estude pelas listas e pelos livros indicados pelo docente.
• Esta apostila foi feita por um aluno a partir notas de aulas, caso haja alguma discrepância
entre esta apostila e o que foi apresentado em aula, confie no que foi dito pelo professor!