AULA 02:

CONSERVAÇÃO DO MOMENTO
LINEAR E ANGULAR

Curso Específico
de Física
SEED AP 2022

Prof. Guilherme Serravalle

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© 2022 Guilherme Serravalle dos S. Barros
Prof.: Guilherme Serravalle

IMPULSO MECÂNICO
▪ Impulso Mecânico 𝑰𝑴
É a medida de interação de uma força sobre um corpo durante o intervalo de
tempo que ela é aplicada.

𝐼Ԧ = 𝐹Ԧ ∙ ∆𝑡

[𝐼] = 𝑁 ∙ 𝑠
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IMPULSO MECÂNICO
▪ Energia Cinética de Translação 𝑬𝒄
Novamente podemos obter uma grandeza física a partir de um gráfico que relaciona
duas grandezas, neste caso força e intervalo de tempo.

𝐼 ≡ 𝐴𝐺(𝐹𝑥∆𝑡)
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QUANTIDADE DE
MOVIMENTO
▪ Quantidade de Movimento ou Momentum 𝑄
Observamos colisões a todo momento em jornais, em esportes e em outras atividades
do dia a dia. A grandeza física que medimos no estudo destas transferências de movimento é a
quantidade de movimento, ou ainda momento linear.

𝑄 = 𝑚𝑣Ԧ
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TEOREMA DO IMPULSO
▪ O Teorema do Impulso
Da 2ª Lei de Newton,
∆𝑣Ԧ
𝐹Ԧ = 𝑚𝑎Ԧ = 𝑚
∆𝑡
𝐼Ԧ = 𝐹∆𝑡
Ԧ = 𝑚∆𝑣Ԧ

𝐼Ԧ = 𝑚𝑣Ԧ − 𝑚 𝑣Ԧ0

𝐼Ԧ = ∆𝑄
O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual
a variação da quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo
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CONSERVAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
▪ Conservação da Quantidade de Movimento
Assim como num sistema conservativo a energia mecânica se conserva, em um sistema
mecanicamente isolado a quantidade de movimento (ou momentum) é conservada.

𝐹Ԧ = 0 então 𝐼Ԧ = 0

Assim ∆𝑄 = 0

𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
É o que acontece por exemplo nas colisões,
em que os corpos só trocam forças de contato.
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COLISÃO MECÂNICA
▪ Choques ou colisões mecânicas
Uma das aplicações imediatas dos estudos de impulso e quantidade de movimento são
as situações de colisões mecânicas.
Em qualquer choque entre dois ou mais corpos, sem a existência de forças externas
ao sistema, haverá sempre a conservação da quantidade de movimento.

De acordo com a consequência provocada pela

colisão podemos classificá-las em:
▪ Colisão elástica
▪ Colisão parcialmente elástica
▪ Colisão inelástica
Faremos essencialmente uma abordagem UNIDIMENSIONAL,
pois assim deverá ser cobrado (se for)!
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COLISÃO MECÂNICA
ATENÇÃO! No estudo das colisões o respeito ao referencial deve ser rigoroso!

▪ Analisando as colisões
As colisões são situacionais, evite gravar
fórmulas, aprenda apenas a aplicar corretamente a
conservação da quantidade de movimento!

𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Exemplo:
𝑄𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑄𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Convencionando o referencial x para direita, temos:

𝑚𝑣𝐴 − 𝑚𝑣𝐵 = −𝑚𝑣 ′𝐴 + 𝑚𝑣′𝐵

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COLISÃO MECÂNICA
▪ Colisão Elástica
É o tipo de choque que ocorre quando, após a
colisão, os corpos seguem separados (velocidade diferentes)
e o sistema não perde energia cinética.
▪ Colisão Parcialmente Elástica
É o tipo de choque que ocorre quando, após a
colisão, os corpos seguem separados (velocidade diferentes),
tendo o sistema uma perda de energia cinética.
▪ Colisão Inelástica
É o tipo de choque que ocorre quando, após a
colisão, os corpos seguem juntos (com a mesma velocidade).
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COLISÃO MECÂNICA
▪ Análise Energética das Colisões
Assim como no estudo da conservação de energia, sabemos que a energia se conserva em
sistemas conservativos, mas pode sofrer dissipações em sistemas dissipativos.
No choque entre dois corpos podem ocorrer perdas de energia em virtude do atrito da
colisão, da deformação e até mesmo do som emitido pelo impacto, porém, jamais haverá ganho
de energia. O IMPORTANTE É QUE A QUANTIDADE DE MOVIMENTO SE CONSERVA!
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COLISÃO MECÂNICA
▪ Coeficiente de Restituição da Colisão 𝒆
Relembrando o movimento relativo unidimensional
Antes do choque (colisão), os corpos A e B se aproximam com velocidade 𝒗𝒂𝒑
𝒗𝒂𝒑 = 𝒗𝑨 − 𝒗𝑩
Após o choque, os corpos A e B se afastam com velocidade 𝒗𝒂𝒇
𝒗𝒂𝒇 = 𝒗′𝑩 − 𝒗′𝑨
O coeficiente de restituição (e) de um choque é definido pela razão entre as velocidades
de afastamento e velocidade de aproximação.
𝒗𝒂𝒇 𝒗′𝑩 − 𝒗′𝑨
𝒆= =
𝒗𝒂𝒑 𝒗𝑨 − 𝒗𝑩
O coeficiente será simplificado a depender da situação, ex.: 𝑣𝑎𝑓 = 0 na colisão inelástica.
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MOMENTO ANGULAR DE
UMA PARTÍCULA
▪ Momentum Angular
O momento angular de uma partícula é definido pelo produto vetorial do vetor posição 𝑟Ԧ da
partícula (em relação a um ponto de referência) pelo seu momento linear 𝑝Ԧ.

𝐿 = 𝑟𝑥
Ԧ 𝑝Ԧ

𝐿 = 𝑟𝑝𝑠𝑒𝑛𝜃
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MOMENTO ANGULAR DE UM
CORPO EXTENSO
▪ Momentum Angular
O momento angular de um corpo de massa m usando seu centro de massa 𝑟𝑐𝑚 é definido por
Caso o corpo execute um movimento
composto, deve-se adicionar o momento
angular deste movimento, ex:
𝐿𝐶𝑀 = 𝑚𝑟𝐶𝑀 𝑥𝑣𝐶𝑀

Semelhante ao de uma partícula, mas

a coordenada 𝑟𝐶𝑀 é a distância do
eixo de referência ao centro de massa
e m é a massa total do corpo rígido.

𝐿𝐶𝑀 = 𝑚𝑟𝐶𝑀 𝑥𝑣𝐶𝑀 + 𝐿′

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COMO O MOMENTO ANGULAR

VARIA NO TEMPO?
▪ Momentum Angular
O momento angular de um corpo girando em torno de um eixo fixo, em relação a esse eixo, pode ser
calculado através do seu momento de inércia e sua velocidade angular 𝜔

𝐿 = 𝐼𝜔

𝐿 é o análogo rotacional de Q
I é o análogo rotacional de m
𝜔 é o análogo rotacional de 𝑣
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COMO O MOMENTO ANGULAR

VARIA NO TEMPO?
▪ Momentum Angular
O momento angular de um corpo de massa m usando seu centro de massa 𝑟𝑐𝑚 é definido por

Este resultado é extremamente intuitivo!

Se o momento linear se conserva quando
𝑑 a força resultante sobre o corpo é nula,
𝐿 = ෍ 𝜏Ԧ𝑒𝑥𝑡
𝑑𝑡 então quando pensamos em rotação,
associado ao momento angular teremos
o torque resultante deverá ser nulo.

Ou seja, caso o momento angular não

varie no tempo, significa que o torque
resultante sobre o corpo rígido é nulo!
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CONSERVAÇÃO DO MOMENTO
ANGULAR
▪ Momentum Angular
O momento angular de um corpo girando em torno de um eixo fixo, em relação a esse eixo, pode ser
calculado através do seu momento de inércia e sua velocidade angular 𝜔

𝐿𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐿𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐼0 𝜔0 = 𝐼𝑓 𝜔𝑓
𝐼0 Nesta situação a
𝜔𝑓 = 𝜔0 energia cinética NÃO se
𝐼𝑓
conserva. PROVE!
 EXERCÍCIOS
1 – (FGV - 2º Tenente Bombeiro Militar (CBM AM)/2022)
Uma partícula de massa m1 = 1,2 kg e velocidade 0,5 m/s, colide com outra de massa m2 = 0,8
kg inicialmente em repouso e a ela adere instantaneamente.

A perda de energia cinética do sistema é de

A) 20% da energia cinética inicial

B) 40% da energia cinética inicial
C) 50% da energia cinética inicial
D) 60% da energia cinética inicial
E) 80% da energia cinética inicial
 EXERCÍCIOS
2 – (FGV - Professor (SEDUC AM)/FÍSICA/2014)
Considere duas esferas, A e B, com as mesmas dimensões e massas iguais. A esfera A se aproxima
velozmente da esfera B, inicialmente em repouso, com a qual irá colidir direta e frontalmente, como
ilustra a figura.
Considere desprezíveis os atritos entre as esferas e a
superfície plana e horizontal sobre a qual estão apoiadas.

A razão entre o valor máximo e o valor mínimo da energia

cinética que a esfera B pode adquirir após a colisão é
A) 5/4
B) 4/3
C) 3/2
D) 2
E) 4
 EXERCÍCIOS
3 – (FGV - Professor (SEDUC AM)/FÍSICA/2014)
Em uma seção de fisioterapia, um dos exercícios propostos, consiste em rebater uma bola de tênis de massa
igual a 50 g com uma raquete. Ao entrar em contato com a raquete, a velocidade 𝑣0 da bola é perpendicular a
ela e de módulo igual a 36 km/h.
Após a rebatida, ao perder o contato com a raquete, a velocidade 𝑣Ԧ da bola tem a mesma direção que 𝑣0 mas o
sentido contrário, e seu módulo é igual ao de 𝑣0
Suponha que o módulo da força 𝐹Ԧ exercida pela raquete sobre a bola varia em função do tempo durante o
contato, como mostra o gráfico abaixo
Sendo assim, o valor máximo do módulo da força 𝐹Ԧ durante o contato, foi de
A) 5 N
B) 10 N
C) 20 N
D) 40 N
E) 50 N
 EXERCÍCIOS
4 – (FGV - Perito Criminal (PC RJ)/Física/2009)
O pêndulo balístico é um dispositivo utilizado para medir a velocidade de balas de armas de fogo. Considere o
caso em que uma bala de massa 16g é disparada contra um bloco de 4984g suspenso por fios ideais. Em uma
colisão considerada instantânea e totalmente inelástica, a bala aloja-se no bloco e o centro de massa do
conjunto formado pelo bloco e a bala sobe a uma altura máxima de 3,2cm (com relação à posição inicial, antes
da colisão).
Considerando g = 10m/s², o módulo da velocidade da bala, imediatamente antes de atingir o bloco é:
A) 120 m/s
B) 180 m/s
C) 200 m/s
D) 210 m/s
E) 250 m/s
 EXERCÍCIOS
5 – (UFMT - Oficial Bombeiro Militar (CBM MT)/2022)
Num trecho de estrada em linha reta, ocorreu uma colisão frontal entre um carro de passeio e uma carreta. A
análise dos detritos da colisão permitiu a obtenção das seguintes informações: a posição onde a colisão
ocorreu; que carro e carreta se transformaram numa única massa; a posição final dessa massa; que as regras da
companhia de transporte a que a carreta pertence impõem rigorosamente o deslocamento numa velocidade
específica conhecida. Uma maneira correta de se estimar a velocidade do carro é:

A) Considerar a conservação da quantidade de movimento numa colisão elástica e o movimento

retilíneo acelerado por uma força de atrito.
B) Considerar a conservação da quantidade de movimento numa colisão inelástica e o movimento
retilíneo acelerado por uma força de atrito.
C) Considerar a conservação da quantidade de movimento do carro e o trabalho realizado pela força de
atrito.
D) Considerar a conservação de energia do carro e o trabalho realizado pela força de atrito.
E) Considerar a conservação do momento angular e o torque realizado pela força de atrito.
 EXERCÍCIOS
6 – (MACK-SP)
O corpo C, de massa m, é abandonado do repouso no ponto A do trilho liso abaixo e, após realizar o looping
de raio R, atinge o trecho horizontal. Desprezando qualquer resistência ao deslocamento e sabendo que a
aceleração gravitacional local é g, o módulo da quantidade de movimento desse corpo, ao passar pelo ponto B
do trilho, é:
A) 𝑚 𝑅𝑔
B) 𝑚𝑅 𝑔
C) 𝑚𝑔 𝑅
5
D) 𝑚𝑅𝑔
2
2
E) 𝑚𝑅𝑔
5
 EXERCÍCIOS
7 – (Unitau-SP)
Um corpo de massa m desloca-se sobre um plano horizontal, sem atrito. Ao chocar-se com uma mola de
constante elástica k, causa uma deformação máxima x, como indica a figura. No momento do choque, a
quantidade de movimento do corpo é igual a:

A) 𝑥𝑚𝑘
B) 𝑥 2 𝑚𝑘
C) 𝑥𝑚2 𝑘²
1
D) 𝑥 𝑚𝑘 2
1
E) 𝑥 𝑚𝑘
2
 EXERCÍCIOS
8 – (TIPO FGV)
Um hamster é colocado numa gaiola cilíndrica, que pode girar sem atrito em torno de seu eixo r. O hamster,
de massa m, começa a se deslocar com velocidade escalar constante igual a v, em relação ao solo. O raio da
gaiola é R e seu momento de inércia, em relação ao eixo r, é I. O módulo do momento angular do hamster
em relação ao eixo r (considere o hamster um ponto material e a velocidade angular da gaiola.
𝑚𝑣𝑅
A) 𝑚𝑣𝑅 e
𝐼
𝑚𝑣𝑅
B) 2𝑚𝑣𝑅 e
𝐼
𝑚𝑣𝑅
C)𝑚𝑣𝑅 e
2𝐼
𝑚𝑣𝑅
D)𝑚𝑣𝑅² e
𝐼
𝑚𝑣𝑅
E) 𝑚𝑣𝑅 e
𝐼²
 EXERCÍCIOS
9 – (TIPO FGV)
Um atleta numa banqueta percebe na prática um fenômeno conhecido pelos físicos. Ao rotacionar a cadeira e
movimentar seus braços percebe que sua velocidade muda. Sendo a energia cinética inicial 𝐸0 ,podemos
𝐼
determinar, sabendo que a razão do seu momento de inércia final e inicial é 𝐼𝑓 = 0 , que a energia cinética
3
final do atleta ao fechar os braços será
𝐸
A) 0
3
B) 3𝐸0
4𝐸
C) 0
3
3𝐸
D) 0
2
2𝐸0
E)
3
 EXERCÍCIOS
10 – (IDECAN - Professor , Técnico e Tecnológo (IF Baiano)/Física/2019)
Uma esfera maciça rola suavemente em um solo horizontal. Alguns segundos após o início do movimento, a
esfera começa a subir uma rampa com uma inclinação de 30°. A esfera para momentaneamente após ter rolado
2 m ao longo da rampa. A velocidade inicial da esfera, vale, (se preciso, utilize g = 10 m/s²)

A) 10 7
10 7
B)
5
10 7
C)
7
7 10
D)
5
7 10
E)
9
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