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Getúlio Vargas assume o controle do país durante a chamada Revolução de 30, que marca o
fim da República do Café com Leite (quando São Paulo e Minas Gerais se alternavam no
controle do país).
Durante a Revolução de 30, o presidente Washington Luís foi deposto e exilado do país.
A Revolução de 30 teve o apoio das oligarquias mineiras, dos tenentistas, dos caudilhos do Rio
do Sul, todos capitaneados por Getúlio Vargas para “purificar” a República.
Após a deposição do presidente, o poder do país ficou a cargo de uma Junta Governativa, que
governou o país enquanto os revolucionários (inclusive Getúlio Vargas) se deslocavam até o
Rio de Janeiro.
Suspeitou-se que esta junta não daria o poder a Vargas, pois tinha o controle da capital. Após
avisos “poucos amigáveis” do general Góes Monteiro (braço direito de Vargas e chefe militar
do golpe), que comandava 30 mil homens, a junta cedeu normalmente o poder a Vargas, que
assumiria o controle do país por 15 anos.
Nomes de ambos os grupos foram nomeados para compor o governo, o que causaria
problemas a Getúlio mais a frente.
Com o poder nas mãos, Getúlio incorporou para si – como chefe do Governo Provisório – os
poderes Executivo e Legislativo. Dissolveu o Congresso Nacional, assim como os poderes
legislativos estaduais e municipais, e demitiu todos os governadores dos estados (à exceção de
Minas Gerais), trocando-os por interventores federais, que não eram eleitos, mas nomeados
pelo chefe do Executivo.
Em 25/02/1932, o jornal Diário Carioca (frequentemente censurado) foi atacado por ordem de
um grupo chamado Clube 3 de Outubro, cuja liderança concentrava figurões do governo
(ligados aos tenentistas). Getúlio repreendeu o ataque, mas ninguém foi punido.
O ataque foi a gota d’água para os liberais, que foram um a um se retirando o governo.
Getúlio até tentou conter a debandada promulgando ainda em 1932 o Código Eleitoral, que
instituía: voto secreto, participação feminina e justiça eleitoral independente.
O código, porém, não trazia provisões verificáveis para a elaboração de uma Constituição,
apenas promessas em forma de lei.
Nada foi suficiente para conter a debandada dos liberais. A oposição crescia, principalmente
em São Paulo.
Em 25/01/1932, uma multidão entre 50 e 100 mil pessoas se reuniu na Praça da Sé, pedindo a
constitucionalização do país.
Getúlio até tentou controlar a crise nomeando outros 3 interventores para o Estado. O último
(Pedro de Toledo) era “civil e paulista”, mas não agradou por ser muito idoso e alheio à política
nacional.
Os líderes da revolta paulista acusavam o chefe do Governo Provisório de não cumprir suas
promessas de renovação política da nação.
Para evitar que a situação piorasse, em 13/05/1932, Getúlio prometeu a convocação de uma
Assembleia Nacional Constituinte para o dia 03 de maio de 1933. A mensagem não recebida
com ceticismo e não surtiu efeito.
Em 09 de Julho de 1932, São Paulo se rebela contra o governo, iniciando a Revolução
Constitucionailsta de 1932. Ao se rebelarem os paulistas esperavam o apoio dos gaúchos e do
general Bertoldo Klinger, estacionado no Mato Grosso.
O apoio dos gaúchos não veio e o general Klinger trouxe menos homens do que havia
prometido. São Paulo se vê lutando sozinho contra o restante do Brasil.
Calcula-se que as tropas federais tivessem em torno de 50 mil homens, enquanto os paulistas,
apenas 20 mil.
Quando as tropas legalistas obtiveram o controle das cidades de Itu e Jundiaí, às portas de São
Paulo, a cidade percebeu que não poderia mais resistir. Desse modo, capitulou em 2 de
setembro de 1932.
Consequências da Revolução
Armando Sales de Oliveira foi nomeado interventor do estado de São Paulo, ele atendia às
demandas dos paulistas.
A Constituição de 1934 foi promulgada em 16 de julho, mais de um ano depois do início de sua
elaboração. Paralelamente à promulgação da Carta, uma eleição indireta (ou seja, realizada
pela própria assembleia) escolheu Getúlio Vargas presidente, em um mandato que se
estenderia de 1934 a 1938.
A partir de 1938, o Brasil retornaria a um regime liberal democrático, com eleições diretas.
Segundo o calendário, a primeira ocorreria em 1937.