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1 - Contabilista Ou Parasita. PRF Do Profissional Angolano
1 - Contabilista Ou Parasita. PRF Do Profissional Angolano
Ficha Técnica
Título:
CONTABILISTA OU PARASITA? PERFIL, RESPONSABILIDADE E
FUNÇÃO DO PROFISSIONAL ANGOLANO
AUTOR
Luís Adão Gonfulo
EDITOR
CENTRO DE ESTUDOS KANJAYA
Maianga, Luanda - Angola
kanjaya.lda@outlook.com
932 401 223
www.kanjaya.net
ISBN: 978-65-00-03971-9
Índice
Índice de Tabelas ...................................................................... 7
Índice de Exemplos ................................................................... 8
Índice de Quadros ..................................................................... 9
Índice de Caixas ....................................................................... 10
Abreviaturas ............................................................................ 11
Prefácio .................................................................................... 14
Agradecimentos ...................................................................... 16
Introdução ............................................................................... 18
Introduction ............................................................................ 22
Introduction ............................................................................ 26
引言 .......................................................................................... 30
Estado da Profissão Contabilística em Angola ...................... 34
1.1. Surgimento, Classificações, Cédula ...........................34
1.2. Angola, Nacionalidade, Angolano..............................44
1.3. Profissão, Profissional, Profissionalismo .................46
1.4. Independente e Independência ................................56
1.5. Serviço público e o interesse público .......................60
Contabilista ou Parasita? ........................................................ 64
2.1. Abordagem sistémica.................................................64
2.2. Abordagem laboral ....................................................67
2.3. Abordagem contingencial ..........................................68
2.4. Abordagem evolucionista ..........................................70
2.5. Abordagem parasítica ................................................71
Estudo empírico e as estatísticas ........................................... 74
3.1. Organização unipessoal profissional independente75
3.2. Estrutura do mercado do contabilista ......................76
3.3. Envolvente ao contabilista ........................................81
3.4. De técnico de contas à Contabilista, e depois? .........84
3.5. Capacidade adquirida ou merecida?.........................85
3.6. Ponto da situação das estatísticas sobre a profissão
contabilística em Angola ....................................................87
3.7. Estatísticas ..................................................................89
5
Índice de Tabelas
Tabela 1: Distribuição de Contabilistas e Peritos Contabilistas
admitidos até 31 de Dezembro de 2018 ...................................................90
Tabela 2: Distribuição dos Membros Colectivos da OCPCA
admitidos até 31 de Dezembro de 2018 ...................................................90
Tabela 3: Distribuição Geral das MPME 2012-2019 ...........................91
Tabela 4: Distribuição das MPME por províncias 2012-2019 ........92
Tabela 5: Distribuição das empresas por província, segundo a
situação perante a actividade em 2017 ....................................................93
8
Índice de Exemplos
Exemplo 1 - tenho uma só profissão ..........................................................39
Exemplo 2 - tenho várias profissões ..........................................................39
9
Índice de Quadros
Quadro 1: Síntese histórica do surgimento do Contabilista
Angolano .................................................................................................................35
Quadro 2: Classificador de Profissões de Angola - CPA/97 .............37
Quadro 3: Categorias conforme Estatutos da OCPCA .........................37
Quadro 4: Classificação de Profissões de Angola – Contabilistas e
Auditor .....................................................................................................................38
Quadro 5: Várias profissões ...........................................................................39
Quadro 6: Classificação das Actividades Económicas de Angola ...41
Quadro: 7 Primeiro Contabilista Angolano Inscrito na OCPCA ......42
Quadro: 8 Da Certidão à Cédula ...................................................................42
Quadro 9: Estrutura do mercado de trabalho e de RH .......................77
Quadro: 10 Factores a ter em conta no apuramento e fixação de
honorários (Artigo 86º EOCPC) ....................................................................79
Quadro: 11: Ambiente interno ......................................................................82
Quadro: 12 Fontes de dados contabilísticos ...........................................88
Quadro: 13 Ficha técnica do processo metodológico .........................89
Quadro 14: Estrutura Curricular e Modular do Curso de
Actualização ..........................................................................................................98
Quadro: 15 Escolas de formação na área de contabilidade .......... 113
Quadro: 16 Funções estatutivas dos Contabilistas ........................... 161
Quadro: 17 Funções estatutivas dos Peritos Contabilistas ........... 162
10
Índice de Caixas
Caixa 1: Uma só profissão ................................................................. 39
Caixa 2: Várias profissões ................................................................. 40
Caixa 3: Trabalhador independente ............................................. 58
Caixa 4 Visão dos Órgãos Sociais da OCPCA .............................. 80
Caixa 5: Contabilidade Zero, comer o pão que o diabo
amassou.................................................................................................... 86
Caixa 6: Porque os contabilistas se especializam?............... 108
Caixa 7 Responsabilidade pela Assinatura ............................. 139
Caixa 8: Simulação de Seguro de Responsabilidade Civil . 152
Caixa 9: Definições a que refere a Lei nº 1/00, de 3 de
Fevereiro, Lei Geral da Actividade Seguradora, o seu Anexo I
................................................................................................................... 153
Caixa 10: Classificação da Profissão - Contabilista .............. 158
Caixa 11 Classificação da Profissão CPA-Rev.1 - Contabilista
................................................................................................................... 163
Caixa 12 Relatório de verificação de entrada dos sócios .. 168
Caixa 13: Declaração sobre responsável pela prestação de
contas da empresa ............................................................................ 187
11
Abreviaturas
AGT - Administração Geral Tributária
APC – Administração Pública Central
APCM – Administração Pública Municipal
APP – Administração Pública Provincial
BNA - Banco Nacional de Angola
CITE/ISCED Classificação Internacional Tipo de Ensino
CITP/ISCO - Classificação Internacional Tipo de Profissões
CMC - Comissão de Mercado de Capitais
CNEST - Conselho Nacional de Estatística
CONTIF - Plano de Contas das Instituições Financeiras
CPA - Classificação de Profissões de Angola
CPA - Classificador de Profissões de Angola
CRA - Constituição da República de Angola
DNCP - Direcção Nacional da Contabilidade Pública
DNPC - Direcção Nacional da Contabilidade Publica
DPC - Desenvolvimento Profissional Contínuo
DSI – Departamento de Supervisão de Instituições
Financeiras
ENAD - Escola Nacional de Administração
ENDRH - Estratégia Nacional de Desenvolvimento de
Recursos Humanos
ENFQ - Estratégia Nacional de Formação de Quadros
FPC - Formação Profissional Contínua
IDREA – Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em
Angola
IES - International Education Standards - Normas de
Educação Internacional
IFAC - International Federation of Accountants
IFMC - Instituto de Formação do Mercado de Capitais
12
Prefácio
Dr. Flaviano Ferraz Macanga
15
16
Agradecimentos
A DEUS JEOVÁ
Introdução
O livro «Contabilista ou parasita? Perfil,
Responsabilidade e Função do profissional Angolano», é o
resultado de uma pesquisa contínua e da análise da realidade
cujo objecto de estudo é o contabilista no contexto angolano.
O estudo surge da necessidade de elucidar, de modo
geral, os empresários, chefias, gestores públicos e privados,
funcionários públicos, e de modo especial os contabilistas,
acerca do perfil, responsabilidades e funções do contabilista
nas organizações.
O perfil do contabilista, no que concerne as suas
competências, é multidisciplinar, e muitas vezes lhe é
atribuída funções e responsabilidades que defrontam os
estatutos e normas éticas. Os empresários e outros entes
querem o contabilista do seu jeito. Pessoalmente, vivi a forma
incompreensiva em como fui abordado e tratado na relação
contratual, era exigido a fazer tarefas de outras índoles, ao
longo de anos, nas organizações, fora do preceituado da
contabilidade.
Este livro foi elaborado com intuito de ser uma
ferramenta de apoio à actividade diária dos profissionais
contabilistas, estudantes e investigadores.
Na sua elaboração o autor teve a preocupação de tornar
o seu manuseamento e a sua leitura de fácil acesso,
procurando sistematizar a informação através de uma
abordagem cronológica, utilizando uma linguagem clara e
precisa sem descurar o facto de esta ter de primar pela
compreensibilidade quer de especialistas quer do público em
geral.
A abordagem explícita foi completada com referências
legislativas e as estatísticas que se espera não destorcidas.
Objectivamos no geral, estudar o estado da profissão
contabilística em Angola, especificamente, procuramos,
identificar o perfil do contabilista angolano, suas
responsabilidades e suas funções; revelar as organizações
19
Introduction
The book «Accountant or parasite? Profile,
Responsability, Function of the Angolan Professional» is the
result of ongoing research and the analysis of the reality,
which study objective is the accountant in the angolan
context.
This study comes out of the need to clarify
businesspeople, leaders, public and private managers, public
agents, and more specially accountants, about their profile,
responsabilities and functions in organizations.
Regarding competencies, the profile of the accountant is
multidisciplinary, and often they are given functions and
responsabilities that confront the statutes and ethical norms.
The businesspeople and others want the accountant their
way. Personally, throughout the yearsI have experienced
incomprehension by the way I was approached and treated
in the contratual relationship with different organizations,
with demands to perform tasks that were from other nature
than accounting.
This book was written with the intention of serving as a
supporting tool for the daily activity of professional
accountants, students an researchers.
While writing it, the author was concerned with making
its handling and reading easy and user friendly, on one hand,
systematizing the information through a chronological
approach, on the other hand, using a clear and precise
language that would serve both experts and the general
public.
The explanation has been supplemented with legislative
references and the statistics that are hopefully to be correct.
In general, we aim to study the state of the accounting
profession in Angola, specifically, we seek to identify the
profile of the Angolan accountant, his responsibilities and his
functions; reveal the organizations related to the profession;
inventory books dealing with Angolan accounting by
23
Introduction
Le livre «Comptable ou parasite? Profil, responsabilité,
fonction du professionnel angolais », est le résultat d'une
recherche et d'une analyse continues de la réalité dont l'objet
d'étude est le comptable dans le contexte angolais.
L'étude découle de la nécessité d'élucider, en général, les
entrepreneurs, les gestionnaires, les gestionnaires publics et
privés, les fonctionnaires et en particulier les comptables, sur
le profil, les responsabilités et les fonctions du comptable
dans les organisations.
Le profil du comptable, en ce qui concerne ses
compétences, est pluridisciplinaire, et il lui est souvent confié
des rôles et des responsabilités confrontés aux statuts et aux
normes éthiques. Les entrepreneurs et autres veulent le
comptable à leur manière. Personnellement, j'ai fait
l'expérience de la manière incompréhensible dont j'ai été
approchée et traitée dans la relation contractuelle, j'ai été
amenée à effectuer des tâches d'autres types, au fil des
années, dans des organisations, en dehors du précepte de la
comptabilité.
Ce livre a été créé avec l'intention d'être un outil pour
soutenir l'activité quotidienne des comptables
professionnels, des étudiants et des chercheurs.
Dans son élaboration, l'auteur souhaitait rendre sa
manipulation et sa lecture faciles d'accès, cherchant à
systématiser l'information par une approche chronologique,
en utilisant un langage clair et précis sans négliger le fait qu'il
doit exceller dans la compréhension des deux experts et le
grand public.
L'approche explicite a été complétée par des
références législatives et des statistiques qui ne devraient
pas être déformées.
En général, nous visons à étudier la situation de la
profession comptable en Angola, en particulier, nous
cherchons à identifier le profil du comptable angolais, ses
27
引言
«会计还是寄生虫?安哥拉专业人员的简介,责任和职能»
是对现实进行持续研究和分析的结果,其现实的研究对象
是安哥拉语境中的会计师。
该研究产生于一般需要阐明企业家,管理人员,公共和私
人管理人员,公务员,尤其是会计师的会计信息,其在组
织中的职责,职责和职能。
就其能力而言,会计师的资历是多学科的,并且经常被赋
予面对法规和道德标准的角色和职责。企业家和其他人希
望以自己的方式去做会计师。就个人而言,我经历了在合
同关系中与我接触和对待的一种难以理解的方式,这些年
来,我被要求在会计准则之外的组织中执行其他类型的任
务。
创建这本书的目的是成为支持专业会计师,学生和研究人
员的日常活动的工具。
在阐述过程中,作者关注的是使信息的处理和阅读更易于
访问,试图通过按时间顺序使用清晰准确的语言,将信息
系统化,而又不忽略必须在理解这两种信息方面都表现出
色的事实。专家和公众。
明确的方法已得到立法参考和统计数据的补充,这些信息
预计不会被扭曲。
总的来说,我们旨在研究安哥拉会计职业的状况,特别是
,我们试图确定安哥拉会计师的形象,其职责和职能;揭
31
示与该行业有关的组织;由不同作者处理安哥拉会计的库
存书;综合了安哥拉会计界的立法。
作为一名会计和研究人员,我们考虑有能力的人员对该主
题的重要性的看法。更客观地说,我们考虑该主题的专家
,专业组织和相关组织的观点。
我们的目标是引起人们的科学兴趣,因为它知道这是重要
的,当前的,目前很少探索和鲜为人知的,但是具有良好
的发展前景。
选择主题的原因是,根据社会现实,由于缺乏科学文献,
与专业人员有关的问题很少或根本没有得到解决。
在这种情况下,我们认为具有实际意义的是,能够以专业
的态度解决会计师的职业并为之作出贡献。
我们通常走的路来自书目研究,访谈,包括机构,作者和
作家,管理者和技术人员,有关安哥拉会计的文件调查,
特别是安哥拉会计。
该方法包括关于会计师的外观和分类以及安哥拉,国籍和
安哥拉国家的总体框架;以及会计师作为职业,专业和专
业行为的形象。建立与职业独立的独立关系。
方法包括个人简介,我们在班级代表机构中定义和代表专
业人员的进入简介,我们专注于通过持续培训来培养技能
。
方法包括责任,专业人员必须履行的,必须了解的各种责
任,以充分行使其职责。
方法包括会计和审计专业人士在其职责范围内(内部和外
部组织)以内部员工和外部提供者的身份执行的功能。
32
方法包括在国家,地区和国际各级与会计的会计活动有关
的机构,例如院长,主管,监管人员和合伙人等。
方法包括演化理论,涉及寄生或自由职业者的演化状态,
偶然性(着重于外部规范性因素),市场作为独立机构的
定位以及我们提出的具有更大独立性的全球观点和专业人
员框架的系统的理论。专业理论。
方法包括统计和将有关专业人员的相关信息作为可量化资
源进行处理。
方法包括与会计专业有关的立法,以及法律从业人员必须
严格执行其职能所需的其他法律,法令,他对发布该法律
的参考。
方法包括在安哥拉范围内由安哥拉和外国作家和作家在会
计领域出版的库存,文章和杂志,以及手册,书籍和专着
。
最后,该方法包括从会计账簿汇编的术语和表达词汇表。
2020年5月1日在罗安达的Kanjaya学习中心
33
Nota Importante
Neste livro, o termo «Contabilista» é muitas vezes utilizado,
de modo geral, indiscriminadamente para se referir, tanto ao
contabilista, quanto ao perito contabilista, que exerce a sua
actividade de forma individual, quer seja sócio ou empregado
de uma sociedade de contabilistas, assim como, aqueles
colaboradores, assistentes ou estagiários de Contabilistas e
ou de Peritos Contabilistas.
34
(Kurz, 2013)
Surgimento
Na década de 70, através do chamado processo de
inscrição, veio a ocorrer o início do processo de
profissionalização do contabilista em Angola, apoiamos a
nossa afirmação, no Diploma Legislativo nº 35/72, de 31 de
Julho. Embora, anteriormente a esse processo já existissem
os Técnicos de Contas da então República Portuguesa.
Só em 1973, em Angola, Província de Portugal, passou-
se a fazer a inscrição de Técnicos de Contas Angolanos,
conforme a Portaria nº 441/73 de 14 de Julho, e também a
ser aceite inscrição na província, das pessoas que já estavam
oficialmente consideradas técnicos de contas em outro
espaço fiscal nacional de Portugal.
Por volta de 1978, foi decretado à todos os técnicos de
contabilidade, nomeadamente técnicos de contas,
contabilistas ou peritos contabilistas, nacionais ou
estrangeiros, exercendo ou não a respectiva actividade,
incluindo os que prestavam serviço na função pública,
procederem à sua inscrição, no Departamento Nacional de
35
Classificações de contabilistas
Classificador de Profissões de Angola CPA/97 (INE,
1997)
GRUPO BASE
PROFISSÕES
SUB GRUPO
Técnico de Contabilidade,
Contabilistas Associado Geral (aqueles com grau
elevado de contabilidade, mas sem qualificação
profissional),
Afiliados (aqueles que passaram a qualificação
profissional, mas que aguardam finalizar a
formação prática),
Consultor,
Docente,
Outros.
GRUPO BASE
PROFISSÕES
DESIGNAÇÃO
SUB GRUPO
% DE TEMPO
GRUPO BASE
PROFISSÕES
SUB GRUPO
OCUPADO
PROFISSÃO
Subclass
Divisão
SECÇÃO K - SERVIÇOS
Classe
Grupo
PRESTADOS ÀS EMPRESAS
74 e Outras actividades de
serviços prestados
principalmente às empresas:
Cédula profissional
Consideramos, como sendo, o primeiro contabilista
angolano, por ser detentor da primeira cédula [vide Quadro:
7], no exercício em regime liberal de profissão, com a
categoria de perito contabilista, na OCPCA tendo sido
condicionado a inscrição prévia, e cumprindo o imposto pela
obrigação universal de registo profissional.
42
de Dezembro
43
Técnico de contas
Executivo nº Normas e
82/78, de 12 Orientação
Comprovante
de Dezembro
Técnico de contas
Executivo nº de Contabilidade
82/78, de 12
Comprovante
de Dezembro
Executivo nº Produção de
82/78, de 12 Informação
Comprovante
de Dezembro Contabilístico
Contabilistas de
Angola
Cédula
ANGOLA
18
Províncias
164 Municípios
518 Comunas
44
Distritos Urbanos
1.246.700 Km2 Superfície territorial
25.789.024 Habitantes
20,6
Pessoas por cada Km2
71% Fala em casa na língua portuguesa
65% 0 à 24 anos de idade
86,5% Taxa de actividade
61,6% Taxa de emprego
28,8% Taxa de desemprego
13,5% Taxa de inactividade
42,2% População empregada na actividade
económica primário
14.735.487 População em idade activa
12.749.140 População economicamente activa
9.073.321 População empregada
3.675.819 População desempregada
2,3% População de nacionalidade
estrangeira
38% População com acesso as TIC
88% População pratica a religião
76% População habita em casa própria
45
Nacionalidade
Nacionalidade, segundo (Birou, 1978) é o conjunto
humano constituído por todos os homens que têm uma
origem ou, pelo menos, uma história e tradições comuns, e
laços também comuns de homogeneidade cultural.
46
Angolano
Consideram-se cidadão angolano, aquele a quem foi
atribuída essa nacionalidade pela Lei da Nacionalidade, de 11
de Novembro de 1975 e pela Lei 8/84, de 7 de Fevereiro
(Artigo 7º da Lei da Nacionalidade).
Profissão
Na abordagem neoweberiana, a profissão consiste numa
estratégia de fechamento, excluindo do seu âmbito aquele
que não possui diploma e nem credenciamento, ou seja,
autorização formal e legal para exercer determinada
actividade.
Uma profissão corresponde ao conjunto dos postos de
trabalho cujas principais tarefas e funções detêm um elevado
grau de afinidade e pressupõe conhecimentos semelhantes.
Por posto de trabalho entende-se as tarefas e funções a
realizar por uma pessoa, trabalhador por conta de outrem ou
por conta própria. A tarefa refere-se a uma actividade física
ou intelectual executada por uma pessoa que integra um
posto de trabalho, conforme (Instituto Nacional de
Estatística, 2016).
Portanto, na visão da corrente sociológica neoweberiana,
as profissões consistiriam naquelas «[...] ocupações
particularmente bem-sucedidas em seu projecto de
fechamento com base em credenciais educacionais, e de
controle das condições de mercado [...]», garantindo
legalmente, dessa forma, o monopólio na prestação de
serviços profissionais (Diniz, 2001, p. 31).
Para os neoweberianos, a profissionalização surge como
um mecanismo excludente, capaz de limitar e controlar a
entrada em uma ocupação, com o objectivo de garantir ou
maximizar o seu valor de mercado.
As profissões além de envolver «fechamento» e
monopólios profissionais, possibilitam, também, a formação
de jurisdições que são constantemente disputadas como
«domínios profissionais exclusivos». Segundo (Diniz, 2001, p.
33), são as pretensões jurisdicionais que «fornecem o ímpeto
e os padrões das formas organizacionais das profissões.»
Como exemplo de disputas jurisdicionais «nos Estados
Unidos a dos contadores contra os advogados». Em Angola,
os contabilistas contra os juristas.
48
Profissional
Para a (OCPCA, 2018) profissional, refere-se a um
Contabilista ou um Perito Contabilista, inscrito nas
respectivas listas de registo da OCPCA.
De acordo com a abordagem interacionista das
profissões, teoria dominada por Everett Hughes, há duas
51
Profissionalismo
Existe um importante processo de profissionalização, na
sociedade angolana, é possível encontrar actualmente várias
evidências:
Independência
O uso do termo «independência» por si só, pode criar
mal-entendidos. Em isolado, a palavra pode conduzir os
observadores a supor que uma pessoa que exerça julgamento
59
Serviço público
Conforme o direito administrativo angolano, os serviços
públicos, são organizações humanas, parte integrante da
pessoa colectiva pública, que desempenham as atribuições
da pessoa colectiva pública, e são dirigidas e actuam sob
direcção dos órgãos da pessoa colectiva pública.
De acordo com (Neto A. P., 2011, pp. 21, 22) o serviço público:
Interesse público
No que respeita o «Interesse público» é o Estado que os
titula e lhes dá sentido e alcance jurídicos, são inerentes à
própria condição e estrutura da comunidade.
Contabilista ou Parasita?
Como comparar, por exemplo, o homem e os primatas?
Pelas suas anatomias biológicas, pelos comportamentos,
pelas capacidades de produção de artefactos, ou de bens afectivos,
artísticos e culturais?
Como compatibilizar estas comparações com outras
espécies animais?
Como poderemos caracterizar uma sociedade de caçadores
e recolectores do paleolítico Inferior, aparentemente portadores
de consciência, mas tão diferentes de nós, capazes de pensar
colectivamente o passado, o presente e o futuro?
E como resolver o problema da coexistência de várias
espécies de australopitecos com diferentes espécies de homos
quando pretendemos fazer a história da humanização encadeada
em estruturas cerebrais?
Quando, casuisticamente, queremos passar de uma história
zoológica para uma história humana?
3.7. Estatísticas
Questões respondidas
1
referente ao I trimestre de 2019
92
Aguardam Em Actividade
Província % % % Dissolvida % Total
inicio actividade suspensa
Bengo 3 154 2,73 681 1,38 244 12,73 1 0,18 4 080
Benguela 7 339 6,36 3 784 7,66 211 11,01 121 21,42 11 455
Bié 1 348 1,17 797 1,61 62 3,23 13 2,3 2 220
Cabinda 3 774 3,27 1 688 3,42 40 2,09 35 6,19 5 537
Cuando Cubango 929 0,8 465 0,94 64 3,34 24 4,25 1 482
Cuanza Norte 1 415 1,23 454 0,92 15 0,78 12 2,12 1 896
Cuanza Sul 3 041 2,63 2 244 4,54 73 3,81 32 5,66 5 390
Cunene 768 0,67 769 1,56 31 1,62 8 1,42 1 576
Huambo 3 517 3,05 2 026 4,1 27 1,41 69 12,21 5 639
Huíla 2 592 2,24 2 068 4,19 125 6,52 11 1,95 4 796
Luanda 76 658 66,39 28 775 58,28 842 43,92 172 30,44 106 447
Lunda Norte 1 074 0,93 992 2,01 13 0,68 4 0,71 2 083
Lunda Sul 1 365 1,18 534 1,08 10 0,52 16 2,83 1 925
Malange 2 709 2,35 980 1,98 33 1,72 10 1,77 3 732
Moxico 1 570 1,36 580 1,17 13 0,68 11 1,95 2 174
Namibe 1 420 1,23 1 034 2,09 41 2,14 10 1,77 2 505
Uíge 1 951 1,69 988 2 42 2,19 5 0,88 2 986
Zaire 848 0,73 517 1,05 31 1,62 11 1,95 1 407
115 472 100 49 376 100 1 917 100 565 100 167 330
Perfil do Contabilista
«As competências profissionais
são a articulação de três registros de variáveis:
saberes, esquemas de acção, um repertório de condutas e
de rotinas disponíveis.»
Formação inicial
A existência de uma habilitação, profissional ou
curricular, oficialmente reconhecida, exigida legalmente para
o exercício da profissão, é um princípio, estabelecido pela lei
de bases das associações profissionais, no acesso a profissão
(Artigo 23º da LBAP).
O candidato deve possuir habilitações académicas
exigidas pelo estatuto da OCPCA (Artigo 45º, e) do EOCPC).
97
Inscrição
É através do processo de inscrição que os profissionais
se integram na Ordem dos Contabilistas e Peritos
Contabilistas de Angola.
99
Estágios
Eventualmente, a verificação das capacidades
profissionais pela sujeição a estágio ou a período probatório
se consubstancia como um dos requisitos de que depende a
inscrição definitiva em associação pública profissional, desde
que, estejam taxativamente definidos pelo decreto
presidencial de criação da associação ou pelo diploma legal
de regulação da profissão (Artigo 23º da LBAP).
Um dos objectivos da OCPCA visa estabelecer um regime
de estágios para os candidatos a contabilistas e peritos
contabilistas (Artigo 3º, nº 1, g) do EOCPC)
Compete ao Conselho de Inscrição da OCPCA, verificar a
regularidade e as condições de acesso, duração, tramitação e
em todos os aspectos relacionados ao estágio (Artigo 29º do
EOCPC)
O candidato deverá realizar, com aproveitamento, o
estágio para Contabilista ou Perito Contabilista e obter
aprovação no exame final (Artigo 45º, h) do EOCPC).
Exame
Um dos objectivos da OCPCA visa estabelecer um regime
de exames para os candidates a contabilistas e peritos
contabilistas; (Artigo 3º, nº 1, g) do EOCPC)
Excepcionalmente de acordo com o artigo 48º dos
estatutos da OCPCA, que regula o período transitório, os
contabilistas e os peritos contabilistas que se enquadrem nos
artigos 48º e 49º ficam dispensados de realizar, com
aproveitamento, o estágio para contabilistas e o exame final
subsequente referido na alínea h) dos artigo 45º, ficando no
entanto obrigados de acordo com o nº 4 do artigo 48º a, no
período de 36 meses apos tomada de posse dos órgãos socias
(este período termina em Dezembro de 2017), frequentarem
uma formação obrigatória ministrada pela Ordem ou por
organismo por ela certificada, formação essa que recebe o
nome de «curso de actualização».
Registo
Salvo se regime diferente for estabelecido na lei de
criação, ou impor pelo menos uma obrigação universal de
registo profissional (Artigo 23º da LBAP).
102
1) O nível de competências
2) A competência especializada
a) Os conhecimentos requeridos
b) As ferramentas e máquinas usadas
c) Os materiais trabalhados
d) Os produtos e serviços produzidos
104
Construção de competências
profissionais de contabilistas
Competências, qualidades de quem é capaz de analisar
uma situação, apresentar soluções e resolver assuntos ou
problemas.
Para (Charlier, 2001) as competências são significativas
apenas quando se traduzem em actos e quando estes
assumem um sentido em função dos projectos que encarnam.
Para o autor, as competências profissionais são a
articulação de três registos de variáveis: saberes, esquemas
de acção, um repertorio de condutas e de rotinas disponíveis.
Neste contexto, entendemos, que a construção de
competências, significa uma formação progressiva associada
ao ensino e à experiencia.
A informação e formação inicial dos contabilistas, apesar
de muito diversificadas, criam as condições em termos de
aquisição de saber, saber fazer, saber ser, importantes como
mobilizadores de competências.
Qualidade
Qualidade é o «conjunto das características de um
produto ou serviço que lhe conferem aptidão para satisfazer
necessidades explícitas ou implícita» (Lobo, 2010)
De um modo geral, o preâmbulo do Decreto Presidencial
nº 232/10, de 11 de Outubro, considerou que a qualidade do
exercício das funções de contabilidade e auditoria depende,
em grande medida, do nível de organização dos agentes que
a desenvolvem.
Todavia, para garantir uma elevada qualidade dos
serviços prestados pelos Contabilistas, bem como a defesa da
concorrência entre os mesmos, ficou acometida, ao Conselho
Directivo da OCPCA a obrigação de propor à Assembleia
geral, a provação de um sistema de limitação do exercício de
actividades que fixe, nomeadamente, o numero máximo de
empresas a que os Contabilistas podem prestar os seus
serviços (Artigo 72º do EOCPC).
À OCPCA no âmbito do exercício do controlo da
qualidade que ela efectuar, o dever de sigilo profissional não
abrange a prestação de informações que ela venha a exigir
(Artigo 67º, nº 2, d) do EOCPC).
Um serviço de qualidade profissional exige o exercício
de julgamento sólido na aplicação de conhecimentos e
habilitações profissionais no desempenho de tal serviço.
Está previsto pelos estatutos da OCPCA a elaboração de
um projecto de Regulamento de Controlo de Qualidade, a
submeter à apreciação e votação do Conselho Directivo
(Artigo 33º do EOCPC).
De modo em particular, na administração pública,
concretamente, no tribunal de contas, os auditores devem
aplicar procedimentos para salvaguardar a qualidade,
garantido que se cumpram os requisitos aplicáveis e
enfatizando os relatórios apropriados, equilibrados, que
agregam valor e respondem as questões de auditoria.
111
4.3. Escolas
Escola, para o nosso livro, entendem-se as Academias,
Centros de Formação, Institutos, Faculdades e Universidades.
Licenciamento
O licenciamento consiste na autorização para o início de
funcionamento da instituição de ensino, concedida pelo
118
Certificação e homologação
Com a pretensão de se munir o mercado, de quadros
qualificados e certificados em matérias de contabilidade e
auditoria, e para atender a demanda do sector público e
privado do País, realizou-se ó Curso de Actualização
Profissional as suas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª edição, cujo conteúdo
corresponde à formação obrigatória a que se refere do artigo
48º do OCPCA (Ordem dos Contabilista e Peritos
Contabilistas de Angola, 2017)
Com efeito, foi passado um certificado final de
participação no curso de actualização aos membros que
tenham estado presente a todos os módulos numa
percentagem de pelo menos 90% do tempo de cada módulo
do curso (Artigo 20º Certificados do Regulamento do Curso
de Actualização).
Especificamente, aos membros que optaram por ser
avaliados na decorrência do curso, foi passado um certificado
de presença e aproveitamento, com a menção da classificação
(Artigo 20º Certificados do Regulamento do Curso de
Actualização).
No que toca a homologação de cursos, os estatutos da
OCPCA determinam a homologação pelo Ministério da
119
Acreditação
As Instituições de Ensino Superior licenciadas são
submetidas periodicamente a um processo de acreditação
institucional, nos termos da Legislação em vigor (Artigo 15º
do RCLIES).
Uma das atribuições das associações públicas, nos
termos da lei, visa a participação nos processos oficiais de
acreditação e na avaliação dos cursos que dão acesso a
profissão (Artigo 7º da Lei nº 3/12, de 13 de Janeiro. Lei de
Bases das Associações Públicas)
O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) é um
instrumento facilitador que articula o sistema de educação,
formação profissional e o mercado de trabalho, através da
identificação, caracterização e validação de competências
profissionais, promovendo o desenvolvimento humano,
profissional e social.
Surge da necessidade de articular as qualificações
obtidas no âmbito dos subsistemas de educação e formação
num quadro único e valorizar as competências adquiridas ao
longo da vida em contextos informais e não formais.
(Ministério da Economia e Planeamento, 2018)
Trata-se de um elemento essencial no caminho da
Qualificação e Certificação Profissional dos indivíduos, mas,
também, responsável por determinar o que é relevante em
matéria de produção de perfis profissionais para o mercado
de trabalho.
Ou seja, dos requisitos essenciais inerentes ao trabalho
e ao desempenho de uma profissão, devendo, assim,
contribuir para a promoção da adequação da oferta
120
Objectivos Específicos:
viii) Melhorar as condições de funcionamento e de prestação de
serviços da Administração Pública, através da valorização e
capacitação dos seus recursos humanos, com particular
incidência nos dirigentes e quadros superiores e técnicos,
nomeadamente, em áreas prioritárias como sejam: (…),
carreiras de auditoria e (…) e afins;
4) SÍNTESE (PONTO 9)
para 2013-
2020.
Responsabilidades do Contabilista
Se, pois, o faço de vontade própria, tenho recompensa;
mas, se não é de vontade própria, estou apenas incumbido
de uma mordomia.
I Coríntios 9:17
5.1. Conceptualização de
responsabilidade
Segundo (Birou, 1978) responsabilidade é a capacidade
de ser responsável, quer dizer, de assumir inteiramente a
decisão dos seus actos, sem referência à vontade de outra
pessoa.
Para (Abbagnano, 2007) o termo e seu conceito
aparecem pela primeira vez em inglês e em francês em 1787.
O primeiro significado do termo foi político, em
expressões como «governo responsável» ou «Responsável do
governo», indicativas do carácter do governo constitucional
que age sob controlo dos cidadãos e em função desse
controlo.
Em filosofia, o termo foi usado nas controvérsias sobre a
liberdade e acabou sendo útil principalmente aos empiristas
ingleses, que quiseram mostrar a incompatibilidade cio juízo
moral com a liberdade e a necessidade absolutas.
O termo responsabilidade segundo (Pinto, Santos, &
Melo, 2014, p. 256) é utilizado conjugado com a palavra
accountability, confundindo-se, muitas vezes, os dois
conceitos:
Enquanto a responsabilidade consiste na obrigação de agir no
interesse público [vide página 61], accountability consiste na
obrigação de prestar informação (que pode não ser apenas
financeira), de prestar contas pelas acções pelas quais se é
responsável. Assim, accountability envolve duas responsabilidades: a
135
Solidariamente:
respondem, pelos danos causados pela fusão aos
sócios, desde que, na verificação da situação
patrimonial da sociedade e na conclusão da fusão,
144
Solidariamente:
Responde, pelos danos causados pela fusão aos
credores, desde que, na verificação da situação
patrimonial da sociedade e na conclusão da fusão,
não tenham observado a diligencia de um gestor
criterioso (Artigo 116º da LSC)
5.17. Salvaguardas
Papel da OCPCA
Certificar, sempre que tal for solicitado, que os seus
membros se encontrem no pleno exercício da sua capacidade
funcional nos termos dos seus estatutos e demais legislações
aplicáveis (Artigo 3º do EOCPC).
Propor às entidades legalmente competentes medidas
relativas à defesa da classe profissional e dos seus interesses
(Artigo 3º do EOCPC).
Exercer jurisdição disciplinar sobre os seus membros
(Artigo 3º do EOCPC).
Estabelecer princípios e normas de ética e deontologia
profissional (Artigo 3º do EOCPC).
Para a defesa da dignidade e do prestígio dos seus
membros e da função, a OCPCA pode intervir como assistente
aos processos judiciais em que seja parte um dos seus
membros e em que estejam em causa questões relacionadas
com o exercício da profissão, bem como garantir patrocínio
judiciário aos mesmos, em qualquer tipo de processo (Artigo
3º do EOCPC).
Compete ao Conselho disciplinar da Ordem instruir os
processos disciplinares, bem como propor as sanções a
aplicar, nos termos dos seus estatutos e do regulamento que
vier a ser aprovado para o efeito (Artigo 33º do EOCPC).
Dar parecer sobre as reclamações das entidades a quem
os membros da OCPCA prestem os seus serviços,
relativamente ao desempenho das suas funções (Artigo 33º
do EOCPC).
Proceder às averiguações que entenda necessárias, por
iniciativa própria ou mediante participação de outro órgão
da OCPCA ou de terceiros, tendentes a fiscalizar a actividade
dos seus membros em termos de observância dos princípios
técnicos e deontológicos da actividade (Artigo 33º do
EOCPC).
152
Sindicatos
Os direitos dos trabalhadores são reflexo directo, em
grande parte, das transformações no mundo do trabalho.
Apresentamos em síntese alguns marcos etnográficos
angolanos e algumas referências internacionais.
Portaria nº 441/73, de 14 de Julho. Técnicos de Contas –
Exigia certificado de Inscrição sindical do requerente,
como requisito à inscrição de Técnico de Contas,
conforme nº 3, alínea d). Aprovada em de 14 de Julho de
1973. [revogado].
Resolução nº 7/01, de 16 de Fevereiro. Convenção nº 87
sobre a liberdade sindical e a protecção do direito
sindical – Defesa dos interesses do trabalhador com vista
a melhorar as suas condições de vida. Aprovada em 17 de
Janeiro de 2001.
Constituição da República de Angola de 2010 CRA –
Liberdade Sindical (Artigo 50º da CRA). Entrou em vigor
em 3 de Fevereiro de 2010.
Dia do Contabilista Angolano. Não foi institucionalizado
nem se fazem comemorações.
Lei nº 7/15, de 15 de Junho. Lei Geral do Trabalho LGT –
Visa garantir maior responsabilização e dignificação dos
sujeitos da relação laboral. Promulgada aos 4 de Junho de
2015.
155
Funções do Contabilista
O exercício das funções de contabilidade e auditoria
constituem actividades de primordial importância para o
desenvolvimento político e económico nacional e para todos os
agentes económicos, nos quais se inclui o Estado, enquanto
entidade directamente interessada na informação financeira
produzida por esses profissionais relativamente às diversas
empresas.
Surgimento
Em Angola, a função e ou funções do contabilista, a sua
origem encontra respaldo, na legislação, conforme abaixo
descrito:
Com a publicação da Lei 3/01, de 23 de Março, Lei do
Exercício da Contabilidade e Auditoria, veio instituir um novo
quadro legal do exercício de funções que coincidem
parcialmente com aquela que anteriormente se encontravam
cometidas aos técnicos de contas.
De acordo com o novo enquadramento socioprofissional
que é dado ao exercício das funções próprias dos
contabilistas e peritos contabilistas.
O Decreto Presidencial nº 232/10, de 11 de Outubro,
considerou que o exercício das funções de contabilidade e
auditoria constituem actividades de primordial importância
o que torna indispensável a tomada de medidas necessárias
para a regulamentação de tão importantes funções.
Contabilistas (1-10)
Os trabalhadores classificados neste grupo-base
organizam e dirigem os serviços de contabilidade.
As suas funções consistem em: dar conselhos sobre
problemas contabilísticos; organizar e efectuar a
159
Contabilista (1-10.10)
Organiza e dirige os serviços de contabilidade e dá
conselhos sobre problemas de natureza contabilística a
empresa ou instituições:
Estuda a planificação dos circuitos contabilísticos
analisando os diversos sectores da actividade da
empresa, de forma a assegurar uma recolha de
elementos precisos com vista à determinação de custos
e resultados de exploração; elabora o plano de contas a
utilizar, tendo em vista o tipo de indústria ou comércio,
para a obtenção dos elementos mais adequados a gestão
económico- financeira e cumprimento da legislação
comercial e fiscal; supervisiona a escrituração dos
registos e livros de contabilidade, coordenando,
orientando e dirigindo os trabalhadores encarregados
dessa execução; fornece os elementos contabilísticos
necessários à definição da política orçamental e
organiza e assegura o controlo da execução do
orçamento; elabora ou certifica os balancetes e outras
informações contabilísticas a submeter à administração
ou a fornecer a serviços públicos para fins fiscais,
estatísticos ou outros; procede ao apuramento de
resultados dirigindo o encerramento das contas e o
respectivo balanço, que apresenta na forma devida e
assina; efectua os desdobramentos das contas de
resultados nos quadros necessários a uma clara
interpretação; elabora o relatório explicativo que
acompanha a apresentação de contas ou fornece
indicações para essa elaboração; efectua as revisões
contabilísticas necessárias verificando os livros ou
registos para se certificar da correcção da respectiva
escrituração.
Pode ser incumbido de fazer inquéritos ou
investigações, em caso de fraude presumida, ou de
participar como perito ou liquidatário em casos de
falência ou de liquidação de sociedades.
160
Fiscalizar
10) A administração da sociedade
a) Livros e registos
b) Capital social
c) Acções/quotas próprias
d) Reserva legal
Emitir parecer
O órgão de fiscalização ou o contabilista ou o perito
contabilista independente, emite pareceres sobre o aumento,
redução, perda do capital social e sobre os documentos de
prestação de contas, bem como, sobre os projectos de fusão,
cisão e transformação das empresas (Artigo 294º da LSC)
1) Prestação de contas
7) Projecto de Fusão
8) Projecto de Cisão
9) Projecto de Transformação
Examinar
nas empresas do sector empresarial público,
examinar a contabilidade e proceder à verificação dos
valores patrimoniais (Artigo 50º c) da LBSEP);
no Banco Nacional de Angola, examinar a
escrituração, as casas-fortes e os cofres do Banco
182
Participar
nas empresas do sector empresarial público, as
irregularidades de que tenha conhecimento aos órgãos
competentes (Artigo 50º d) da LBSEP);
Pronunciar-se
nas empresas do sector empresarial público, sobre
qualquer assunto de interesse da empresa (Artigo 50º
e) da LBSEP);
6.8. Funcionamento
Fiscal Único
1) Composição:
4) Reuniões
5) As deliberações
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da empresa (Artigo
49º, nº 1, da LBSEP).
1) Composição:
Por ser verdade fazemos esta declaração que vai assinada por
ambas as partes.
Kanjaya, Lda: Ka n ja ya
O Profissional: Al fr e do I sr a el
Por Eleição
nas sociedades comerciais, em assembleia geral pelo
período estabelecido no contracto (Artigo 436º, nº 1,
da LSC)
Por Reeleição
nas cooperativas, só é permitida a reeleição de 1/3
dos seus membros (rotatividade) (Artigo 54º, nº 2 da
LC),
Por nomeação
judicialmente pelo tribunal, a pedido da
administração ou dos sócios (Artigo 437º, nº 1 da LSC).
Por designação
1) Situações várias
Por caducidade
1) Os membros do órgão de fiscalização e auditoria
perdem o cargo:
Por destituição
2) Os membros do órgão de fiscalização são destituídos:
Por substituição
por se encontrar temporariamente impedidos
(Artigo 439º da LSC)
6.11. Conflitos
(OCPCA, 2018) existe um conflito de interesses sempre
que um Perito Contabilista exerça funções de interesse
público, nos termos estabelecido no Estatuto da OCPCA, e,
simultaneamente, mantenha vinculo laboral com organismos
ou entidades públicas em que exerça funções de inspecção,
fiscalização tributária ou de supervisão pública. Devendo
resignar a uma delas e comunicar a sua escolha à OCPCA.
Outras determinações
nas cooperativas,
6.14. Impedimentos
Determinadas pela Lei nº 3/12, de 13 de Janeiro – Lei de
Bases das Associações Públicas:
Nas organizações
1) aconselhar sobre critérios de classificação contabilística,
deficiência de organização e outros elementos que
possibilitem uma melhor gestão;
2) analisar a conta de «ganhos e perdas» mais
pormenorizado, explicando devidamente o significado de
diversos saldos;
3) analisar as contas do balanço, verificando se os
respectivos valores têm base correcta, quer através de
documentos, quer pedindo informações a bancos,
clientes e fornecedores;
4) assessorar em diversas matérias, determinadas por lei
5) certificar os balancetes e outras informações
contabilísticas a submeter à administração ou a fornecer
a serviços públicos para fins fiscais, estatísticos ou
outros;
6) consultar as actas da sociedade para se assegurar de que
a constituição das reservas está correcta e devidamente
fundamentada, para outras resoluções de interesse na
certificação das contas ou para outros fins;
7) dar conselhos sobre problemas contabilísticos;
8) dirigir os serviços de contabilidade
199
Organizações relacionadas à
Profissão Contabilística
A redução das funções do Estado permitiu a emergência do
terceiro sector, um conjunto diverso de grupos e organizações
sociais que são privadas, mas não visam fins lucrativos e
perseguem objectivos públicos ou colectivos, numa multiplicidade
de formas (...).
(Pacheco, 2011, p. 179)
Órgão reitor
OCPCA: ORDEM DOS CONTABILISTAS E PERITOS CONTABILISTAS
DE ANGOLA
Organismos nacionais
MINFIN: MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
Organizações internacionais
FINANCIAL ACCOUNTING STANDARD BOARD / IASB
LEGISLAÇÃO GERAL
Constituição da República de Angola, 2010. Diário da
República I Série nº 23, de 5 Fevereiro de 2010
Decreto Presidencial nº 299/14, de 4 de Novembro. Estatuto
Orgânico do Ministério das Finanças. Diário da
República I Série nº 198, de 4 de Novembro de 2014
Lei nº 3/12, de 13 de Janeiro, Lei de Bases das Associações
Públicas. Estabelece um novo regime jurídico para a
organização e funcionamento das associações públicas.
Diário da República I Série nº 9, de 13 de Janeiro de
2012
NORMAS INTERNACIONAIS DE
CONTABILIDADE
NI – NORMAS INTERPRETATIVAS
NI 1 Consolidação – entidade de finalidades especiais
NI 2 Uso de técnicas de valor presente para mensurar o valor de uso
[NIRF] NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATÓRIO FINANCEIRO
[IFRS] INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS
IFRS 1 Adopção pela primeira vez das normas internacionais de
relato financeiro
IFRS 2 Pagamento com base em acções
IFRS 3 Concentrações de actividades empresariais
IFRS 4 Contractos de seguros
IFRS 5 Activos não correntes detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas
IFRS 6 Exploração e avaliação de recursos minerais
IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgações
IFRS 8 Segmentos operacionais
IFRS 9 Instrumentos financeiros
IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas
IFRS 11 Acordos conjuntos
IFRS 12 Divulgações de interesses em outras entidades
IFRS 13 Mensuração do justo valor
[SIC] STANDING INTERPRETATIONS COMMITTEE
SIC 7 Introdução do Euro
SIC 10 Apoios governamentais – sem relação especifica com
actividades operacionais
SIC 15 Locações operacionais – incentive
SIC 25 Impostos sobre o rendimento – alterações na situação fiscal
de uma entidade ou de accionistas
SIC 27 Avaliação da substancia de transacções que envolvam a
forma legal de uma locação
SIC 29 Divulgação – acordos de concessão de serviços
SIC 31 Rédito – transacções de troca directa envolvendo serviços de
publicidade
SIC 32 Activos intangíveis – custos com web sites
[IAS] INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARD
IAS 1 Apresentação das demonstrações financeiras
IAS 2 Inventários
228
Inventário bibliográfico da
Contabilidade em Angola
Resultado de uma experiência de levantamento
bibliográfico, que consistiu junto das tendas, livrarias,
editoras e bibliotecas angolanas, mediante solicitação verbal
ou por escrito, das listagens, dos livros, das monografias, dos
artigos, cuja temática aborda sobre a contabilidade e ciências
afins.
Cujo objectivo, visou identificar quais os escritores,
autores, editores e publicadores, angolanos e estrageiros, de
livros, manuais, monografias, artigos técnicos, escritos sobre
a Contabilidade e Auditoria em Angola.
LIVROS
Almeida, Bruno Machado. (2014). Manual de Auditoria
Financeira: uma análise integrada baseada no risco. São
Paulo: Escolar Editora.
Almeida, Rui M. P. (2014). Plano Geral de Contabilidade
Angolano - explicado. Cacém: ATF – Edições Técnicas.
Edição 2014, compilado por Rui M. P. Almeida.
Almeida, Rui M. P. (coordenador). Sabino, José Miranda;
Nogueira, Ana; Silva, José Luís. & Pinheiro, Pedro M.
(2017). Plano Geral de Contabilidade Angolano –
Explicado. (2ª ed). Cacém: ATF – Edições Técnicas.
Almeida, Rui M. P. (coordenador). Sabino, José Miranda;
Nogueira, Ana; Silva, José Luís. & Pinheiro, Pedro M.
(2014). Plano Geral de Contabilidade Angolano –
Explicado. (1ª ed). Cacém: ATF – Edições Técnicas.
Amaral, José Gonçalves Dias. (2014). Contabilidade geral,
conceitos fundamentais. (Tomo I). Luanda:
Universidade Católica de Angola UCAN.
231
MONOGRAFIAS
CAPITA, Francisco Ernesto - O ensino de auditoria em angola
estudo de caso: as instituições de ensino superior na
região norte de angola (região académica III). Porto:
Instituto Superior de Contabilidade e Administração
do Porto; Instituto Politécnico do Porto, 2015. 116 f.
Dissertação de Mestrado
GILBERTO Caliatu. A Evolução da Normalização Contabilística
e o Caso de Angola.
235
Referências
Abbagnano, N. (2007). Dicionário de Filosofia. São Paulo:
Martins Fontes.
Almeida, R. M., Miranda, S. J., Nogueira, A., Silva, J. L., &
Pinheiro, P. M. (2017). Plano Geral de Contabilidade
Angolano - Explicado. Cacém: ATF - Gorete Araújo e
Silva Garcia.
Angola. (2010). Constituição da República de Angola. Luanda,
Luanda, Angola.
Birou, A. (1978). Dicionário das Ciências Sociais. Lisboa:
publicações Dom Quixote.
Charlier, É. (2001). Formar professores profissionais para
uma formação contínua articulada à prática. Em L.
Paquay, P. Perrenoud, M. Altet, & É. Charlier,
Formando professores profissionais: Quais
estratégias? Quais competèncias? (pp. 85 - 102). Porto
Alegre: Artmed Editora.
Chiavenato, I. (2003). Introdução à Teoria Geral da
Administração. São Paulo: Elsevier.
Chiavenato, I. (2003). Introdução à Teoria Geral da
Administração. Rio de Janeiro: Elsevier.
Chiavenato, I. (2003). Introdução à teoria Geral da
Administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro:
Elsevier.
Cooperativa de Ensino Universitário - CRL. (2014). O estado
do Estado. Janus 2014 anuário de relações exteriores,
60.
Darwin, C. (2003). A Origem das Espécies, no meio da seleção
natural ou a luta pela existência na natureza (Vol. 1).
(J. d. Paul, Trad.) Porto: Lello & Irmãos - Editores.
Diniz, M. (2001). Os donos do saber: profissões e monopólios
profissionais. Rio de Janeiro: Revan.
Dubar, C. (2005). A Socialização: construção das entidades
sociais e profissionais. Porto: Porto Editora.
247
Sítios visitados
www.atf-edições.pt
www.ocpcangola.org
www.valoracrescentado-online.com
250
Apêndices
Apêndice I - Diagnóstico da situação profissional
Seja sincero,
Escolha apenas uma pontuação em cada coluna: sim 1; talvez 2;
não 3.
Perguntas Valor
1 Exerço a profissão de contabilista dispondo da cédula
2 Assino as demonstrações financeiras nos termos legais
3 Obtenho rendimentos exclusivos de serviços de contabilidade
4 Aplico os regulamentos que conformam a profissão
5 Tenho as minhas quotas regularizadas com a OCPCA
6 Actuo com ética e deontologia profissional
Calcule:
4- Função do contabilista?
6- Responsabilidades do contabilista?
Assinatura do entrevistado
Assinatura do entrevistado
3- Endereço da escola?
Anexos
Anexo A - Primeira Cédula
Fonte: www.ocpcangola.org
256
Fonte: www.ocpcangola.org
257
Fonte: www.ocpcangola.org
258
Fonte: www.ocpcangola.org
259
Fonte: www.ocpcangola.org
260
Fonte: www.ocpcangola.org
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