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A IGREJA DO VÉU

PR. JOSÉ MARQUES DO AMARAL

A IGREJA DO VÉU: IGREJA OU HERESIA?


TODA A VERDADE SOBRE A CONGREGAÇÃO
CRISTÃ NO BRASIL

• Este livro já fo i lido por mais de 130.000 pessoas

GOIÂNIA
2005
© Copyright: JOSÉ MARQUES DO AMARAL

CIP. Brasil. Catalogação na Fonte


BIBLIOTECA MUNICIPAL MARIETTA TELLES MACHADO

A515i Amaral, José Marques do


A Igreja do Véu: Igreja ou heresia? Toda
a verdade sobre a Congregação Cristã no Brasil.
José Marques do Amaral - Goiânia:
Edição do Autor, 2002
150p.

2002 - 277 1. Congregação Cristã no Brasil. 2. Igreja do Véu. I. Título

CDU: 285/288

IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
2005
TODA A VERDADE SOBRE

A CONGREGAÇÃO
CRISTÃ NO BRASIL

A Igreja do Véu
IGREJA OU HERESIA?

Pr. José Marques do Amaral


Fone: (62) 259-1698
Cel.: 9614-3386

9aEdição
CATEGORIA: Seitas

I a EDIÇÃO
Outubro de 1998

Capa: Máximo
Lay-Out - Ricardo Cassiano

Disgramação por Editoração Eletrônica: Carlos Augusto Tavares

Revisão: Andréia Lúcia

Todos os direitos reservados pelos autores; ficando permitida a re­


produção de partes deste livro, desde que citada a fonte e com autoriza­
ção escrita dos autores.

Todas as citações foram extraídas da Bíblia Edição Revista e Atualizada


da Sociedade Bíblica do Brasil.
DEDICATÓRIA

Dedico este livro aos meus pais Fortunato Marques e Maria dos
Anjos Marques, que já dormem com o Senhor.
Estes fizeram em vida o que puderam, a fim de agradar ao nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, trabalhando muito pelo engrandecimen­
to do Evangelho, renunciando suas vidas dos bens materiais e de toda a
vaidade.
Neste livro faço uma completa análise sobre essa religião com
referência aos seus dogmas, sua administração e outros conceitos estra­
nhos às Santas Escrituras.
Estive na Igreja do Véu por 54 anos, e deu para ter um pleno
conhecimento sobre sua estrutura humana e crenças.
Por amor a Deus, aos meus filhos, e por todos aqueles que não
quero ver caindo da Graça do Nosso Senhor, e se enfileirando no engodo
desta seita, dedico este livro.

José Marques do Amaral


PREFÁCIO

Tive o privilégio de ler o livro "Algreja do Véu, Igreja ou heresia?


Fiquei surpreso com muitas minúcias ali registradas".
Muitos outros escritores discorreram sobre o aludido tema, po­
rém, o autor Pr. José Marques do Amaral, com riquezas de detalhes,
registra no seu compêndio abundantes informações indestrutíveis, experi­
mentadas, vividas por um homem que deseja morar no céu.
A análise feita pelo autor, trás à luz a maneira como vivem, como
se constituíram desde suas origens, fundação, funcionamento, constitui­
ção do corpo direcional, sistema de culto, como dissimulam as doutrinas
bíblicas, induzindo seus adeptos a cometerem graves erros doutrinários.
O Pr. José Marques do Amaral escreve com linguagem escorreita
e de fácil entendimento, revelando aos que desejam conhecer por dentro
como se comporta a seita em epígrafe, especialmente nos capítulos 3 e 4
deste precioso livro. De forma incontestável, mostra-nos como os líderes
desta organização religiosa matam seus fiéis recalcados e distanciados
dos demais evangélicos, arvorando-se como os únicos detentores do céu.
Aconselho a leitura deste livro a todos que desejam uma vida san­
ta, pois o seu conteúdo revela de forma insofismável o Verdadeiro Cami­
nho de Jesus Cristo, o Salvador do mundo.

Pr. José Wellington Bezerra da Costa


Presidente da C onvenção das A ssem bléias de D eus do Estado de São Paulo
Presidente da C onvenção Geral das A ssem bléias de D eus no Brasil
V ice-Presidente da C onvenção Internacional das A ssem bléias de D eus
APRESENTAÇÃO

Foi com muito temor e zelo pela Igreja do Senhor, que resolvi
ajudar o irmão José Marques neste sonho de editar este livro.
Sou pastor de uma grande Igreja em Goiânia, e zelo pela unidade
do Corpo de Cristo em todo o Brasil.
Viajo por todo o país e prego em vários ministérios e denomina­
ções diferentes, e mesmo recebendo uma porção da unção e da revela­
ção de Deus, preciso da expressão e da unção que o Senhor distribuiu a
todo o seu corpo.
A Congregação Cristã no Brasil por ser facciosa, divisiva em rela­
ção ao Corpo de Cristo, e por pregar um evangelho distorcido e aberrante,
levou-nos a fazer o que ainda não existia no Brasil: documentar, através
da história desta igreja, desde sua fundação, o desvio do seu alvo.
Aprofundaremos nas suas falsas doutrinas, a fim de proteger aqueles ir­
mãos que estão se firmando no Evangelho do Senhor Jesus Cristo e aos
frágeis na fé.
Que este livro sirva a todos como um manual de orientação contra
toda e qualquer tentativa de nos desviar do verdadeiro e vivo caminho de
servir ao Senhor Jesus de forma integral.

Aprendi que bondade é muito mais do que ser bom e fazer o que
é bom, é primeiramente ser contrário do mal.

Pr. Ricardo Cassiano O. de Almeida.


É com muito prazer e alegria que apresento ao diletíssimo público
famense e aos ilustres leitores evangélicos, este egrégio trabalho do irmão
José Marques do Amaral, que por ser homem muito distinto e de reco­
nhecido talento, é ainda estudioso da matéria qué permeia este livro,
descortinando conceitos antes impenetráveis.
Como obra literária, serve-nos como um referencial bibliográfico
imprescindível no combate aos falsos ensinos nos dias hodiernos, explíci­
to e alertado pelas Escrituras Sagradas através do apóstolo Pedro em sua
segunda carta, no capítulo 2, verso 1, que diz: "Mas houve também en­
tre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os
quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando
até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina
destruição".
Espero, sinceramente, que a 4a edição atinja ainda mais o seu
objetivo, e tome converso àqueles que por circunstâncias alheias e ausên­
cia deste estudo, não descobriram as verdades deste compêndio doutri­
nário, mas agora, através de uma leitura simples e respondida dentro de
moldes bíblicos, possam esclarecer-se e chegarem ao pleno conhecimen­
to da verdade de Deus.
Com votos de sucesso literário e expansão de bênçãos, recomen­
do "Igreja do Véu, Igreja ou heresia?".

Pr. Abigail Carlos de Almeida


Presidente da Assembléia de Deus Ministério Fama - Goiânia-GO
Presidente da Junta Conciliadora das Assembléias de Deus no Estado de Goiás
2o Vice-Presidente da Convenção Nacional dos Ministros das
Assembléias de Deus Ministério de Madureira.
Parabenizo o senhor José Marques do Amaral, pelo lançamento
do livro Igreja do Véu, Igreja ou heresia?
Com muito carinho li o referido, e gostei do seu conteúdo, e reco­
nheço de real importância, sendo muito bom que os ministros e pastores
que labutam pela grar deza do evangelho em honra e nome do Senhor
Jesus, assim como a mim, lerem o referido.

Pr. Albino G Boaventura


Presidente do Ministério de Campinas, Goiânia-GO
Membro da Mesa Diretora da CONAMAD
Membro do Conselho Administrativo da Editora Betei.
índice

CAPÍTULO i

A Chegada ao Brasil...................................................................... . 17
A origem da Congregação Cristã no B rasil......... ...................................... ...........

CAPÍTULO n

O Funcionamento do Sistema de Governo da Congregação Cristã


no Brasil.................................................................... ......................... ....21
Os A nciãos.... .......................................................... .......................... ...21
Os Cooperadores................................... ................ .......... . 21
Os D iáconos...................................................... ............ ............... ......22
Os M em bros............. ................................................................... ....... 23
0 Sistema de C u lto ............................................................. ........ ........ 29

CAPÍTULO m

Por que a congregação Cristã no Brasil não está crescendo? ............ 33


A difícil opção de ser da Congregação Cristã no Brasil para
ser salvo..................................................................... ............. ......... . 33
Como Disseminam as Doutrinas....................................................... .....36
Identificando com os Judaizantes................................. ........................ .39
Coando o Mosquito e Engolindo o C am elo............................ . 44

CAPÍTULO IV

Os Erros Doutrinários da Congregação Cristã no Brasil.......... . 45


1 - O livre arbítrio................................................................. .................................
2 - 0 uso do v é u .............................................. .............................. 45
í - A Separação dos Homens e Mulheres no Momento do C u lto .... 51
4 - A Posição da Mulher na Ig reja.........................................................52
5 - O B atism o ............................................................................ 59
O Ensino Contrário aos Ministérios na Ig reja........................... . 65
7 - Cerimônias de C asam entos........................................... ....... 67
H Não apresentam, nem Consagram as Crianças........... . 71
9 - A Comemoração do N a ta l............................................ ..73
10 - As Saudações e o Ósculo S anto................................. ..74
11 - Como se deve O rar?.................................................. ..76
1 2 - 0 Dízimo, as Ofertas e o S a lá rio ................................ .. 82
1 3 - 0 Beber Socialm ente.................................................. ..98
14 - Os cultos fora da Igreja............................................... 103
15 - Os Dons do Espírito e o Dom de Línguas Estranhas 106
16 - A Santa C e ia ............................................................... 114
17 - Os mesmos Cânticos.................................................... 117
1 8 - 0 Banco dos P ecadores............................................. 118
19 - A Predestinação........................................................... 119
20 - Os anciãos no contexto bíblico................................... 125
21 - Os pastores no contexto bíblico.................................. 131
22 - É certo saudar com a paz de D eus?........................... 136
23 - Saudações evangélicas................................................ 139

CAPÍTULO V
Um Testemunho.................................................................... 141
Um grande milagre............................................................... 146
Conclusão............................................................................. 151
CAPÍTULO I

A CHEGADA AO BRASIL

A Congregação Cristã no Brasil teve seu início no Brasil com a


chegada de um imigrante italiano vindo dos Estados Unidos nos meados
de 1910. Seu nome Luigi (Louis) Francescon. Ex-membro da Igreja
Presbiteriana em Chicago - EUA. Ele trouxe a ênfase pentecostal e se
estabeleceu em duas regiões de imigrantes italianos no Brasil: uma ao nor­
te do estado do Paraná e outra no estado de São Paulo.
Aproximadamente após quatro anos de permanência no país, Luis
Francescon retornou para Chicago, onde inicia também o mesmo movi­
mento naquele país. Chegou a ser considerada a maior igreja pentecostal
dos E.U.A. isso até os anos 60. De lá para cá foi se definhando e hoje
têm entre congregações e igrejas, aproximadamente 30 locais de reuni­
ões. Sendo considerada uma igreja quase que extinta naquele país.
Fazendo um paralelo, hoje temos quase que 62% dos evangélicos
pentecostais americanos nas Assembléias de Deus, que tiveram sua fun­
dação muitos anos posteriores aos da Congregação Cristã.
No Brasil a Igreja do Véu teve um expressivo crescimento até aos
meados dos anos 50. Das religiões no Brasil, foi uma das que mais se
desenvolveu em crescimento numérico.
A partir dos anos 60, iniciou-se seu declínio, ao ponto de hoje ser
desconhecida em grandes áreas do território brasileiro, e de forma insig­
nificante nos outros países do mundo.
Nas décadas de 70 e 80, quando o Brasil foi tremendamente in­
fluenciado pelo movimento das comunidades, e que o crescimento evan­
gélico foi extremamente significativo, chegando a mais de 1.000%, sendo
reconhecido como o 3omaior reduto evangélico do mundo, a Congrega­
ção Cristã por outro lado se manteve estacionada, e já com grandes sinais
de retrocesso. Sendo que como igreja, não é mencionada em nenhuma
pesquisa feita atualmente, demonstrando assim, sua total apatia entre o
mover do Espírito no nosso país.
Hoje, a sua sede está no bairro do Brás em São Paulo, e de lá
saem todas as direções e resoluções desta seita. Todas as igrejas têm
seus patrimônios amarrados juridicamente a esta sede, ficando os mem­
bros destas igrejas locais destituídos de quaisquer direitos sobre suas con­
gregações, ficando atados e reféns da cúpula desta seita.
O maior exemplo da sua fase de decadência é a falta de cresci­
mento. A igreja no bairro do Brás, sua sede mundial, foi construída nos
anos 50, e desde então não foi edificada nenhuma igreja do mesmo porte
ou mesmo maior que ela, que comporta não mais que 5.000 pessoas.
Na região do norte do Paraná, onde se fixaram desde 1910, estão
estacionados se compararmos com o crescimento evangélico nos últimos
20 anos.
Pelos relatórios da própria Congregação, suas avaliações de 1987
até 1997, seu crescimento em nível nacional não superou a marca dos 5
% anuais, o que equivale a quase 0%
Isto tudo porque não existe de forma alguma nenhum trabalho de
evangelização, e nem há incentivo para que seja feita missões em nível
transcultural.
Lamentavelmente é uma igreja que copiou o modelo de adminis­
tração da Igreja Católica Apostólica Romana, tornando-se muito diferen­
te das Igrejas Evangélicas. Ela desaconselha o estudo das Sagradas Es­
crituras, não forma discípulos e possui uma hierarquia centralizadora com
os poderes absolutos nas mãos do mais velho ancião, que inclusive está
na direção de sua sede em São Paulo, no Brás. Da mesma forma que os
católicos romanos se submetem ao Vaticano, os "glórias" como são mais
conhecidos os adeptos da Igreja do Véu estão submissos à igreja do
Brás. A Igreja do Véu como a Igreja Católica, considera hereges todos
os que a ela não pertencem.

A ORIGEM DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

Sua fundação nos Estados Unidos


Sua visão inicial e seu antigo nome
Este movimento pentecostal se iniciou em 1907 na periferia da
cidade de Chicago no estado de Illinois, E.U .A ., entre os colonos italia­
nos que viviam ali.

18
Até os meados dos anos 30, esse movimento era um dos maiores
naquele país. Havia centenas de igrejas espalhadas por todo o país.
Hoje, daquele mover espiritual, restam poucas igrejas, o movi­
mento acabou, ficaram grandes monumentos, e a igreja comparada a ou­
tros grupos denominacionais, está morrendo.
A Congregação Cristã no Brasil não liga sua origem ao grupo de
fiéis que juntos buscavam a revelação dos dons espirituais e suas mani­
festações, na Igreja Presbiteriana em Chicago- E.U.A.
Luís Francescon saiu com mais dois irmãos com destino ao Brasil,
inclusive estes outros dois começaram o movimento pentecostal em Belém
do Pará, dando origem à Assembléia de Deus no Brasil.
Francescon, sozinho, seguiu para a cidade de Santo Antônio da
Platina no estado do Paraná, criando uma igreja com o nome de Assem­
bléia Cristã. 20 anos depois, pela semelhança do nome com a Assem­
bléia de Deus no Brasil, a Assembléia Cristã muda seu nome para a Con­
gregação Cristã do Brasil, e nos meados dos anos 60 passam a se chamar
Congregação Cristã no Brasil.
Lamentavelmente, Luís Francescon esqueceu daqueles que com
ele participaram do mover inicial em Chicago. Passou a ser pessoa ve­
nerada e endeusada na Igreja do Véu, tornando-se o único e exclusivo
líder deste grupo.

19
CAPÍTULO II

O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE GOVERNO DA CON­


GREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

OS ANCIÃOS

Dentro deste sistema de governo, existe um ancião mais velho que


detém absolutamente todo o poder e honra, e que se considera dono da
verdade. Os anciãos são insubstituíveis, a não ser por caso de morte, é
cargo vitalício. Dificilmente são admoestados pelos membros da igreja,
pois se consideram "guias espirituais" de seus adeptos, "falando" o Senhor
através deles pelo Espírito Santo.
Como são considerados ungidos de Deus, consideram -se
intocáveis, dignos de honra e respeito por parte dos fiéis. Acham-se pre­
destinados, já que são escolhidos nas reuniões de oração, onde se pede
uma direção por parte do Espírito Santo de Deus.
O grande problema aqui é que a congregação ( os mem bros) não
tem o direito de opinar, aprovar ou desaprovar. São líderes nomeados
( biônicos) e os fiéis são obrigados a aceitá-los com alegria, disposição e
reverência.
O ancião com os poderes que lhe são atribuídos pelo sacramento
da "Unção", se torna senhor "digno" da Graça de Cristo, dono do poder,
concentrando em si todas as funções espirituais da igreja.

OS COOPERADORES

Estes são membros comuns, que na falta dos anciãos são os res­
ponsáveis pelas pregações e pelos cultos em geral. Na sua maioria são
homens iletrados, com muito pouco conhecimento das Escrituras. São
totalmente subordinados ao ancião, perdendo todas as suas funções e
autoridade quando o ancião se faz presente.
OS DIÁCONOS

Estes irmãos apesar de terem uma função bastante expressiva nas


igrejas evangélicas, estão subordinados aos caprichos do ancião da igre­
ja. Vejamos primeiramente como foram escolhidos os diáconos na igreja
primitiva:
"Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disse­
ram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para
servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de
boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encar­
regaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à
oração e ao ministério da palavra". Atos 6:2-4

Notemos as qualidades que deveriam ter os diáconos: Homens de


boa reputação, cheios do Espírito e sábios, ou seja, muito tementes a
Deus. E ainda deveriam ter a aprovação da maioria dos discípulos. As
igrejas evangélicas usam deste modelo para a ordenação de diáconos,
sendo estes escolhidos por eleições livres entre os fiéis.
Na Congregação Cristã no Brasil não é aceita a doutrina dos após­
tolos. Lá, os adeptos não têm direito ao voto. Os anciãos são quem esco­
lhem seus líderes. Como num partido político, os indicados sempre têm
uma participação financeira, ou são bastante pacíficos, sendo pessoas
bem próximas dos anciãos mais velhos, sempre aceitam as decisões su­
periores, sem nunca contestar. Estas são as qualidades principais para ser
um diácono na Congregação Cristã no Brasil, e não a capacidade cultu­
ral, ou a vivência e aprovação dos demais membros da igreja. Os cargos
são impostos de cima para baixo, e não pela aprovação e vontade da
totalidade da igreja. Os demais membros são obrigados a acatá-los sem
nenhuma oposição. Não há bom senso nas escolhas, mas, infelizmente só
os exclusivos interesses dos anciãos são levados em conta. O mais triste
é que estes cargos de anciãos são vitalícios, não dando oportunidade de
mudança para a igreja. Existem casos de mais de 40 anos sem renovação
numa mesma igreja. O líder já não tem as faculdades mentais no seu pleno
juízo, mas, pela forma de governo estará alí até a sua morte.
Como nesta seita (escrevendo este livro,vendo tantas coisas con­
trárias às Escrituras Sagradas, fica difícil chamá-la de igreja) não há elei­

22
ção por parte dos membros, mesmo assim ela é obrigada por lei ter em
seus registros e arquivos, atas com as assinaturas de seus membros con­
ferindo aos seus líderes autonomia para fazerem as nomeações. Num dos
c l i 1tos é colocado a porta da igreja um livro onde são recolhidas as assi­
naturas dos fiéis ( que em sua maioria não sabem por que devem assinar),
cm seguida é recolhido o livro e entregue ao ancião que vai presidir a
convenção. Só que por imposição da liderança, neste livro, sem que os
fiéis tenham o conhecimento, já estão os nomes dos indicados para os
cargos eletivos. Na convenção, os indicados sobem ao púlpito e são apre­
sentados em público, como eleitos naquele mandato. Como estão no po­
der há muitos anos, e coíbem todos os opositores, são reeleitos todas as
vezes, sem que a própria igreja participe.
Nesta seita, nunca é anunciada uma eleição, nem tão pouco os
candidatos são apresentados para apreciação. As imposições vêm de
cima para baixo.É negado aos demais membros o direito de escolha, ou
mesmo sugestões.
Como podemos notar nesta seita, eleição é simplesmente uma farsa.

OS MEMBROS
Vamos ver como o apóstolo Paulo definia as funções dos membros.

"Porque, assim como num só corpo temos m uitos m em­


bros, mas liem todos os membros tem a mesma função;
assim também nós, conquanto muitos, som os um só cor­
p o em C risto e m em bros uns dos outros, tendo porém ,
diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se
profecia, seja segundo a p roporção da fé ; se m in isté­
rio, dediquem o-nos ao m inistério; ou o que ensina, es­
m ere-se no fazê-lo; ou o que exorta, fa ç a -o com d ed i­
cação; o que contribue, com liberalidade; o que p resi­
de, com diligência; quem exerce m isericórdia com a le­
gria". Romanos 12:4-8

Membros são as partes integrantes ou separadas de um corpo,


lornando-se um conjunto, que unificado, apesar das diversificações entre

23
si, são todos especiais, e importantes para a perfeita função de todo o
corpo. O corpo já é o conjunto dos membros que tem o pleno poder de
articulação entre si, sob o comando da cabeça. A igreja é composta de
muitos membros, com funções diversas, tornando-se um poder
participativo, e sem preconceitos, onde o cabeça é Cristo Jesus.
Após tantos anos, conheci várias igrejas e denominações evangé­
licas todas elas se enquadram exatamente dentro dos ensinos legados por
Jesus e seus apóstolos, preservados pela luz do Espírito Santo. A seita
que estamos estudando, não admite o funcionamento de seus membros
como discípulos de Cristo. Fazem de seus membros simples adeptos,
como veremos a seguir.
O adepto é simplesmente um partidário que segue ou acompanha
um líder, mas, não tem poder nenhum de decisão. Lá, os únicos direitos
que o membro tem é de pedir os hinos ( que também são sempre os
mesmos), fazerem algumas orações, testemunhar milagres ( Eu até creio
que exista, pois Deus não se limita à nossa pequenez). Agora, é vedado o
uso do púlpito aos estranhos (os não chegados dos anciãos), mesmo que
seja pertencente a esta seita. Não é permitida a participação nas reuniões
da liderança, cabendo aos adeptos somente a total obediência às deci­
sões tomadas a portas fechadas.
Somente são reconhecidos como membros, com direito a suges­
tões e liberdade de diálogo, os que fazem parte no ministério e que têm
nomes constantes nas atas. Mesmo assim suas atribuições são extrema­
mente limitadas. Nenhum membro tem o direito de dialogar ou sugerir
algo referente à doutrina, ou qualquer assunto, mesmo que de vital impor­
tância para a igreja. E somente por meio dos anciãos, que se consideram
seres "especiais", "usados" e "guiados" pelo Espírito, que vêm as direções
aos fiéis.
Qualquer movimento por parte dos fiéis que venha a diminuir a
autoridade destes anciãos, por mais justo que seja, não será atendido.
Estes ainda serão considerados rebeldes, ficando-lhes negado o poder
de comunhão com a igreja, inclusive na participação da Ceia e outras
solenidades.
Como em todo lugar, ele é chamado a participar da compra de
áreas e nas construções dos prédios, mas, quando chega seu real mo­
mento de participar, lhe é podada qualquer ação.

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Em 1994, estive em Porto Alegre, e visitei a Congregação ali.
Pude notar que, apesar de imensa, não tinha mais de 36 pessoas, e que a
oferta tirada ali, era inferior aos gastos que eu tive com o táxi para chegar
àquela igreja.
Um corpo sem membros é um corpo disforme, feio e defeituoso.
E um corpo que seus membros não funcionam é um amontoado de mem­
bros, ou um coipo que foi esquartejado. Este corpo está morto, pois não
transmite vida. Esse foi o quadro que vi ali.
Sem exagero nenhum, os membros da Congregação Cristã no
Brasil são tratados exatamente como os da Igreja Católica Apostólica
Romana. São os leigos, a maior de suas atribuições é vender suas propri­
edades (ofertas muitas vezes com extremo sacrifício) para a construção
de grandes prédios (templos), que legalmente nunca lhes pertencerão, e
que ainda terão que sustentá-los em sua manutenção. Ficando somente o
direito de freqüentar, se tiverem total submissão aos anciãos.
Os estatutos da Congregação regem que: havendo divisão por
qualquer motivo, ou mesmo que não fique nenhum de seus membros com
esta seita, fica com a sede desta seita o direito legal sobre todos os bens
e propriedades.Um dos grupos que saíram desta seita, certa vez, ficou
proibido de usar e até mesmo cantar os hinos que são usados na Congre­
gação.
E notório nesta religião o elitismo, e o poder absoluto sobre a
pessoa do ancião. A liderança da igreja não é conduzida por aqueles que
têm um reconhecimento real em Deus de autoridade, sabedoria e mani­
festação de Vida em Deus. Mas, simplesmente é a idade que determina a
direção desta igreja. Não se é valorizado um membro comum cheio do
Espírito de Deus e cheio da unção do Espírito, ou aquele que é maduro no
domínio das Escrituras Sagradas, mas, é valorizado o mais velho na igre­
ja, mesmo sendo ele um leigo nas Escrituras, não importando também o
seu grau de conhecimento ou espiritualidade. Não podemos confundir
idade com sabedoria.
No livro Ide Samuel, capítulo 2:22 a 3:21 no Velho Testamento
vemos que Deus havia rejeitado o sacerdote Eli. Ele fora rejeitado não
por ser velho, mas por não mais corresponder ao que o Senhor lhe orde­
nara para fazer. Eli fora desobediente para com Deus no que tange à
criação de filhos. Da parte de seus filhos só se via um mau testemunho. E
neste contexto que o Senhor Deus escolhe a Samuel, uma criança de

25
aproximadamente seis anos de idade e que mais tarde se tornaria o pri­
meiro profeta de todo o Israel.
No sistema de governo da Igreja do Véu fica impossível Deus
levantar alguém, pois são homens que dirigem esta igreja e não o Senhor
Jesus, que é o dono e cabeça da Igreja.
Devemos respeitar os idosos que há em nosso meio, como aos
pais, pois têm sobre os seus ombros a experiência de toda uma vida.
No livro de Eclesiaste 4:13 Salomão diz:
"Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensa­
to, que já não se deixa admoestar".
A igreja precisa tanto dos velhos como dos jovens. A experiência
e vivência dos mais velhos somados ao vigor e vitalidade dos mais jovens.
Infelizmente na Congregação Cristã no Brasil você não verá isso
ocorrer, pois não há a valorização da mocidade. Completamente contrá­
ria a todos os ensinamentos de Cristo Jesus que valorizavam tanto ho­
mens, quanto mulheres, crianças e adultos, jovens e velhos.
Outra ilustração é a vitória de Davi sobre o filisteu Golias. Davi
era um jovem quando lutou contra um já conhecido e experiente homem
de guerra. Davi prevaleceu!
Deus não está se importando muito com sua idade, o que Ele se
importa é: quanto você tem de intimidade e comunhão com Deus e seu
Filho Jesus Cristo, se você vive em santidade, fortalecido na fé e revesti­
do de poder ministrado pelo Espírito Santo.
Os anciãos desta religião se valorizam tanto por suas idades que
acabam sendo idolatrados, pois se veneram. Podemos confirmar estas
atitudes numa carta enviada as igrejas desta denominação, quando foi
cortado desta, o ancião José Valério, que na época dirigia a igreja em Boa
Vista - Roraima.
"Vimos p o r esta circular, advertir a todos os irmãos, o
movimento de heresias e de difamação, que vem desen ­
volvendo o an cião J o sé Valério. E sse ex-ancião, vem
de m uitos anos m anifestando um espírito contrário ao
que tem os apren dido do servo do Senhor, o n osso ir ­
m ã o L u iz F ra n c esco n , e r e b e la n d o -s e c o n tr a a o s
ensinamentos e a atuação dos irmãos m ais velhos, p ro ­

26
curando m esm o fa z e r a d ep to s aos seu s pen sam en tos,
aos quais são contrários a sã doutrina.
A gora as suas h eresias têm ch egado ao auge,
tendo José Valério se desviado da C ongregação C ristã
no Brasil, procura com seus escritos ludibriar a queri­
da irmandade, tentando fa ze r adeptos p ara a nova sei­
ta que ele fundou, procurando aliar-se com outros que
também se desviaram da fé.
Para conseguir este seu intento através de c ir­
culares , cartas e outros meios, difama a Congregação
C ristã no Brasil, e seus anciãos m ais velhos, os quais
p elo s seus p a ssa d o s procuram o seu bem e o de seus
fam iliares.
A dou trin a d a C o n grega ção C r istã no B ra sil
ensina e tem fu n dam ento nas E scritu ras S agradas, e
fo i delegada pelos anciãos m ais velhos, inclusive o sau­
doso irm ão Luiz Francescon.
G u a rd a i d o s f a l s o s ir m ã o s e d o s f a l s o s
dou trin adores.

Foi com esta circular totalmente materialista e sem fundo espiritu­


al, e que não se referiu nem sequer por uma vez sobre a pessoa de Jesus,
que vemos a vaidade, a arrogância e o cúmulo de mencionar, por 5 vezes,
que a liderança desta denominação vem dos anciãos mais velhos, vivem
como se estivessem olhando para trás esperando que seu antigo líder e
fundador ressuscite e volte a orientá-los como no passado. Uma igreja
viva olha somente para frente e forma discípulos, assim como fez Jesus. E
não é isso que vemos acontecer na Congregação Cristã no Brasil.
Esta seita prega ser a única e exclusiva religião verdadeira que
garante um lugar no céu. Outra afirmação que fazem é que são os únicos
como igreja que têm o mesmo governo em qualquer cidade do país, dife­
rentes das igrejas evangélicas onde há diferenças entre igrejas da mesma
denominação.
Em todo o Novo Testamento vemos que cada igreja era diferente,
exatamente porque tinham pessoas de culturas diferentes. Deus nos co­
nhece e sabe que não somos iguais, e desta maneira nos fala e nos trata de
formas diferentes.

27
Fica fácil manter a uniformidade quando uma denominação, ou
melhor uma estrutura denominacional, é governada por um único homem
que retarda e expulsa qualquer pessoa que vier a divergir de seus pensa­
mentos e decisões.
As igrejas da Congregação Cristã são tão idênticas umas das ou­
tras que fica fácil responder. O ancião decidiu. Está decidido! Note que
Deus não tem acesso ao governo desta igreja. São os homens que defi­
nem tudo. É por isso que a Congregação Cristã no Brasil tem cara de
velha, pois só tem pensamento velho.
Em I Coríntios 13, o apóstolo Paulo nos ensina que o maior dom
é o amor.
"O am or ja m a is acaba; mas, havendo profecias, d esa ­
p a recerão; havendo línguas cessarão; havendo ciên ­
cia passará; porque, em parte conhecemos e, em parte,
profetizamos. Quando porém , vier o que é perfeito, então
o que é em parte será aniquilado. Agora, pois, perm a­
necem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém ; o
m aior destes é o amor". I Coríntios 13:8-10,13

A falta de amor da parte do homem, manifesta exatamente a natu­


reza inversa e contrária àquela de Deus. O condenar e julgar não são
vistos em homens maduros, cheios do Espírito de Deus.
É como se salvação pertencesse exclusivamente àCongregação
Cristã no Brasil. Eles se esquecem que somente pela obra de Cristo Jesus
na cruz do Calvário é que temos acesso ao Pai. Esta igreja tem atitudes
diferentes das atitudes de Jesus, que não veio para condenar e sim, salvar.
Esta não é diferente da Igreja Católica, onde o que um homem diz, tem o
mesmo valor da Palavra de Deus.
No ano de 1303, o santo concílio da Igreja Católica baixou uma
lei eclesiástica determinando que: A Igreja Católica Apostólica Romana
é proclamada a única e verdadeira igreja de Jesus Cristo, e só através
dela se poderá chegar à vida eterna, e será considerado herege todo aquele
que não aceitar a determinação deste clero.
Mais tarde no ano de 1500, esta igreja foi além. Proclamou a
Santa Inquisição e levou à morte muitos que não concordavam com esta
religião. Todas estas pessoas eram consideradas hereges e indignas de

28
viver, por isso foram levados ao extermínio e queimados. A Igreja Cató-
lifii pensava que desta maneira exterminaria aquilo que considerava ser as
heresias.
A Congregação Cristã no Brasil faz o mesmo com outros irmãos
i|iie não aceitam os absurdos contrários à Palavra de Deus que são deter-
ininados por estes anciãos: um exemplo claro é o meu próprio pai, que
era membro na cidade de Itapeva ( interior de São Paulo). Mesmo sendo
ui n crente fiel e de testemunho exemplar, foi discriminado por estes líde-
ics por não apoiar os princípios e dogmas impostos por estes anciãos.
Outra característica marcante de meu pai é que nunca foi bajulador de
homens. Isto o desqualificava como líder nesta denominação. A ele foi
negado o culto, onde era ministrada a unção, estando ele já em estado
terminal. Não faltou só o amor, mas o respeito e a honra para com a
lamília, como último ato na vida deste homem que tanto serviu a esta
igreja, e isso aconteceu por ordem do ancião de Itapeva.
Meu pai foi com toda a certeza marginalizado e desprezado por
esta seita, mas nunca teve o seu nome apagado do Livro da Vida.
Existe uma grande diferença entre o estilo de vida dos apóstolos
de nosso Senhor e os líderes desta seita. Os apóstolos trabalhavam para
o engrandecimento do Reino de Deus com humildade, amor e fé somente
em Cristo Jesus, enquanto os anciãos desta seita possuem o espírito
luciferiano de reivindicar toda a autoridade, considerando-se superiores
arrogantemente em seus corações.

O SISTEMA DE CULTO
Comparando o púlpito na Congregação com o Tabernáculo de
Moisés no Velho Testamento, podemos dizer que ele pode ser compara­
do ao Santo dos Santo. Só aos pregadores, e elementos ligados a "cúpu­
la" é liberado o púlpito. E em todas as suas igrejas temos o mesmo
procedimento, sendo eles os campeões em formalidades e liturgias.
Aqueles que farão uso do púlpito devem estar muito bem traja­
dos, e são obrigados a usar ternos e gravatas. O direito de celebrar os
cultos pertence ao ancião mais velho (na maioria das vezes o mais influen­
te financeira ou politicamente) e depois segue-se uma certa hierarquia. A
oportunidade para o uso do púlpito é bastante restrita, se tornando uma
área isolada do restante da igreja.

29
Fora do púlpito, são instalados dois microfones, sendo um para
os homens e outro para as mulheres. Ficando estes para aqueles que não
podem subir ao púlpito. Estes microfones são usados somente para tes­
temunhos.
Não é permitido de maneira alguma que pessoas com conheci­
mento cultural elevado, teólogos etc, subam ao púlpito. Os anciãos ale­
gam que sobre estes o Espírito Santo não tem espaço para se manifestar,
e que Deus não opera na sabedoria, e sim na simplicidade. O apóstolo
Paulo além de ser um estudioso da Palavra, incentivava a todos a conhe­
cerem a Plenitude das Escrituras, p o is, fazendo assim encontrariam o
caminho da Vida Eterna, além de se aproximarem da vontade de Deus.
A Congregação Cristã no Brasil não concorda com esta doutrina.
Primeiro, por que fica mais difícil conduzir pessoas que pensam, e conse­
qüentemente discordam de direções equivocadas. Outro fator é que es­
tão se distanciando cada vez mais do verdadeiro significado da Palavra
de Deus. Se conduzem por auto-sugestão e por puro fanatismo. Não é
pregado para a igreja como corpo, mas para determinadas pessoas. Os
assuntos são isolados sem qualquer ligação, e para piorar, os textos são
usados fora do seu contexto, distorcendo completamente o sentido origi­
nal. O maior pecado que os anciãos cometem é pegar textos (versículos)
isoladamente e aplicá-los sem o conhecimento devido.
Se você ver como um "glória"defende suas doutrinas, chega a se
sensibilizar e acreditar que esteja com a razão, mas a verdade é que estão
completamente equivocados. Exatamente por não estudarem e se
aprofundarem no conhecimento da palavra de Deus.
Estive na Igreja do Véu por mais de 54 anos, e poucas foram as
vezes que pude notar humildade e simplicidade. Conhecendo depois a
Verdade, percebi que um dos homens mais usados por D eus, o apóstolo
Paulo, seria um dos mais rejeitados nesta seita, pelo grande conhecimento
que tinha.
Eles defendem a simplicidade, mas só demonstram vaidade e
prepotência, negando assim o Evangelho de Cristo Jesus. Outra curiosi­
dade é que sempre afirmam:" Foi o Senhor que fez!" fazendo alusão de tudo.
Na Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos ensina que deve­
mos ter decência e ordem nos cultos. Aqueles que orassem em línguas

30
que as interpretassem. Aos que profetizassem, que aguardassem o pri­
meiro terminar, para que fosse ouvido por toda a igreja. Que orassem em
outras línguas para edificarem seus própios espíritos, e orassem com a
mente, ou seja, para que outras pessoas entendessem o que estivesse
sendo falado.

"Pois quem fala em outra língua, não fala a homens, se­


não a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito
fala mistérios. Mas o que profetiza, fala aos homens,
edificando, exortando e consolando. O que fala em outra
língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a
igreja. Pelo que, o que fala em outra língua, ore para que
a possa interpretar. Porque, se eu orar em outra língua, o
meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífe­
ra. Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o
meu entendimento, para instruir outros a falar dez mil pa­
lavras em outra língua". I Coríntios 14:2-4,13-14 e 19

E o próprio Cristo nos advertiu para que consultássemos as Escri­


turas, pois nelas acharíamos a Vida Eterna, e que testificaria a obra dEle

"Respondeu-lh.es Jesus: Errais, não conhecendo as Es­


crituras nem o poder de Deus". Mateus 22:29
"As palavras que eu vos tenho dito, são espírito e são
vida". João 6:63b

A Congregação, por não aprofundar nos estudos das Escrituras,


está cada vez mais se distanciando do propósito de Deus. As mensagens
propõem auto-sugestões, não visando a edificação dos membros, mas a
defesa de interesses de determinadas pessoas. Os assuntos são quase
sempre fora da palavra de Deus. Como os assuntos tratados nas tribunas
são poucos envolventes, por se tratarem de interesses pessoais, as prega­
ções se tornam bastante materialistas.
Por ser defendida a tese de que somente o ancião recebe as "dire­
ções" do Espírito, os fiéis, antes de realizarem quaisquer negócios, sejam
viagens, compras, mudanças, devem ir a igreja buscar do ancião a "dire­
ção", a fim de terem uma confirmação para que se concretize o negócio.
Com essa doutrina de manipulação, os membros perdem o direito
31
de pensar e agir, sendo isso extremamente perigoso e anti-bíblico. Aban­
donam a Palavra de Deus, e passam a depender de falsas inspirações,
assim os anciãos se tornam videntes, ditando o caminho que seus fiéis
devem seguir. Em geral, os pregadores falham nas interpretações dos tex­
tos, exatamente por não terem profundidade bíblica. Uma característica
marcante de um adepto da Congregação Cristã é o seu nível cultural. Por
não terem apoio de seus líderes, são limitados, deixando espaço para que
a inocência e a ignorância os conduzam ao erro. E o perigo maior é que
caminhem para o espiritismo por deixarem as bases cristãs e se dirigem
por experiências espirituais particulares.
CAPÍTULO III

POR QUE A CONGREGAÇÃO


CRISTÃ NO BRASIL NÃO ESTÁ CRESCENDO?
Como em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, por que ela não cres­
ce como as Comunidades, as Batistas, as Assembléias de Deus, ou mes­
mo como as Presbiterianas, e por que não falarmos da Universal? Será
que a direção nacional desta seita não vê que ela está se extinguindo no
Brasil?
Percebo que uma das maiores dificuldades de alguém que é ido­
so, é aceitar que sua visão já está superada. Não temo em dizer que os
líderes dessa seita, são tão prepotentes, que estão cegos ao ponto de não
verem nada do que está acontecendo. É lamentável, pois sei que ali há
muitos membros verdadeiramente desejosos pelo mover de Deus. Seria
tão bom ver um "glória" (apelido dado aos adeptos da Congregação)
trabalhando junto com todos os irm ãos na trem enda tarefa da
Evangelização do mundo.
Por toda a Bíblia, e na história de todas as civilizações, vemos que
o autoritarismo antecede o fracasso. Agora, existe a unanimidade, que é
fruto do Espírito de Deus em nós.
Como pode haver crescimento, se existe uma enorme diferença
entre os membros e os anciãos, e no seu sistema de governo o regime é
classista e poucos são valorizados? Em oposição à Bíblia, os membros
não participam das doutrinas. Não há incentivo aos estudos, para se
aprofundarem nos conhecimentos bíblicos.
Outro fator que impede o crescimento desta igreja, é o fato de
não evangelizarem. Se algum crescimento houve, foi devido o nascimento
dos filhois dos adeptos dessa seita.

A DIFÍCIL OPÇÃO DE SER DA CONGREGAÇÃO


CRISTÃ NO BRASIL PARA SER SALVO
" E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do
céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens,
pelo qual importa que sejamos salvos". Atos 4:12
"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-
vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e
vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou
estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu
vou.
Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais;
como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão
por mim". João 14:1-6
"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu
em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em
tempos oportunos." I Timóteo 2:56
"O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo;
arrependei-vos e crede no evangelho". Marcos 1:15

"Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel,


de que a este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Se­
nhor e Cristo. Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-
lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais após­
tolos: Que farem os, irmãos? Respondeu-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo". Atos 2:36-38

"Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha


palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna,
não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo: que vem a hora, e já
chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus;
e os que a ouvirem, viverão.
Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também
concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E lhe deu autori­
dade para julgar, porque é o Filho do homem ". João 5:24-27
N a Congregação Cristã do Brasil é ensinado aos seus adeptos
que a salvação é um direito exclusivo de seus seguidores. Para alguém

34
ser salvo deve converter-se aos dogmas da igreja e ser batizado ou
rebatizado. Isso vale para todos aqueles que vieram de outras igrejas
evangélicas para a Congregação, pois eles não aceitam o batismo de ou­
tras igrejas evangélicas, mesmo por imersão, considerando essas igrejas
como falsas doutrinas.
Eles baseiam essa doutrina em apenas um texto da Bíblia Sagrada.
"Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes
chamados numa só esperança da vossa vocação; há um
só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobretudo, age por meio de todos e está em
todos." Éfesios 4:4-6

Os membros da Congregação Cristã no Brasil se consideram pri­


vilegiados e donos exclusivos da salvação. É lamentável a maneira como
eles interpretam erroneamente os textos bíblicos. No texto acima Paulo
não está se referindo a seitas ou religiões, mas à salvação única por Jesus
Cristo.
Como se vê, é imposta ao adepto uma cultura fanatizante contrá­
ria à fé apostólica.
Os seguidores que discordam da liderança, lamentavelmente, fi­
carão prejudicados, pois não reconhecem outra igreja evangélica, e quando
chegam a abandonar a Congregação ficam completamente desassistidos
espiritualmente, e não procuram outras igrejas evangélicas devido as grandes
frustrações nesta seita. Todo esse radicalismo pode ser o motivo da des­
truição de muitas almas que poderiam encontrar a salvação em Jesus Cristo
por intermédio de outras igrejas.
O menosprezo às outras igrejas é tão profundo que os membros
da Igreja do Véu evitam frequentá-las, procurando evitar também conta­
to e diálogos com crentes que tenham um certo conhecimento das Escri­
turas. Eles são proibidos de assistirem cultos em outras igrejas evangéli­
cas, e se desobedecerem, serão repreendidos até com perda de direitos.
Eles estão repetindo o erro de Paulo antes de sua conversão, que
por falta de conhecimento, perseguia, prendia e consentia na morte dos
fiéis ao Senhor Jesus. Convertido passou de perseguidor a perseguido.
Não tenho nada contra os fiéis desta seita, lamento sim a maneira

35
como são ensinados e doutrinados. Que o Senhor abra o coração desses
anciãos para entenderem o mal que estão praticando contra os seus fiéis.
Deveriam seguir o exemplo do apóstolo Paulo, após sua conversão, que
junto com os demais evangélicos trabalhou para a salvação e para o
crescimento da Igreja do Senhor.
Mas para isso ocorrer, é preciso que estes anciãos reconheçam
que a Igrej a Congregação Cristã é humana e falível, como todo o sistema
terreno. Esse conceito exclusivista que defendem é errado e não condiz
com os ensinamentos do Senhor Jesus como veremos ainda.
Moisés dividiu o povo em 12 tribos, cada tribo tinha seu líder.
Eram tribos distintas, mas para Moisés e para Deus, eram um só povo.
O Senhor Jesus enviou 70 discípulos de dois em dois para lugare
diversos, a fim de anunciarem a salvação, o Evangelho a todas as nações.
Será que uma única denominação teria condição de em seu próprio nome
abranger todas as nações? Jamais! Mas, se todos estiverem unidos na fé
em Jesus, será possível, pois este é o cumprimento da ordem de Jesus
Cristo e do poder do Espírito Santo.
Está escrito que os salvos serão como a areia do mar e como as
estrelas do céu, que jamais serão contadas. É maravilhoso o poder da
salvação por meio de Jesus Cristo. Porém um pequeno grupo jamais terá
condições de cumprir as ordens divinas. Se formos unidos, chegaremos
ao cumprimento das Sagradas Escrituras e alcançaremos a glória eterna
para gozarmos com os salvos e remidos de Deus. Todos que caminham
contrários à unidade do Corpo de Cristo, estão na contramão do mover
do Espírito Santo, e o seu fim será a derrota, a frustração. Não somos nós
quem escolhemos o futuro ou nosso próprio destino. Deus é quem esco­
lhe e determina todas as coisas.

COMO DISSEMINAM AS DOUTRINAS


Como são proibidos os estudos Bíblicos em profundidade, a Con­
gregação se baseia sempre em textos isolados, mal interpretados, e não
existe nenhum respeito às regras de hermenêutica bíblica. Todas as dou­
trinas saem unicamente da cabeça do ancião mais velho.
Quase todos os protestantes nos dias de Lutero foram unânimes
em afirmar que o homem poderia buscar a Deus, ao seu próprio modo,

36
através da oração e do estudo das Escrituras, cultivando assim a fé.
Eles dizem também, que devem se ater apenas aos 4 evangelhos,
pois neles estão as palavras ditas por Jesus. Não aceitam toda a Bíblia
como inspirada por Deus. Você dificilmente verá um membro desta seita
pregando o evangelho, mas, você sempre será surpreendido por eles ao
evangelizar, pois, estarão te opondo e te contradizendo. Como gostam de
discussões e facções!
Estão sempre certos, sua igreja é a única que será arrebatada.
Saúdam somente os membros de sua própria seita, e têm uma saudação
diferente de todas as demais igrejas evangélicas, isso para que sejam iden­
tificados.
Jesus classifica e chama estas pessoas de hipócritas, e da mesma
forma todas as que ensinam preceitos de homens (Tiago 4:11).
A Igreja do Véu acredita queD eu sjátem alistad aq u élesq u e
serão salvos, ou seja, que foram predestinados. Se a pessoa tem que ser
salva, mais cedo ou mais tarde ela estará na Congregação Cristã, esse é
mais um dos motivos de não evangelizarem.
"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que
foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que des­
de a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-
te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para repreensão, para a correção, para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito habi­
litado para toda boa obra." II Timóteo 3:14-17
"Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora;
aproveitai as oportunidades.
A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com
sal , para saberdes como deveis responder a cada um".
, Colossenses 4:5-6
"A sabedoria, porém, lá do alto, é, primeiramente, pura;
depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericór­
dia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento". Tiago 3:17
"As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pre­
gos bem fixados as sentenças coligidas , dadas pelo único
pastor". Eclesiastes 12:11

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"A lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma; o testemu­
nho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices". Sal­
mo 19:7
"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas
os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução". Pro­
vérbios 1:7
"Eis que um etíope eunuco, alto oficial de Candace, rai­
nha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu
tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta, e
assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. En­
tão disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te deste carro e
acompanha-o. Correndo, Filipe ouviu-o ler o profeta Isa­
ías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele res­
pondeu: como poderei entender, se alguém não me expli­
car? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.
Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:
Foi levado como ovelha ao matadouro; e como um cordei­
ro, mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abre a
sua boca. Na sua humilhação lhe negaram justiça; quem
lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua
vida é tirada.
Então o eunuco disse a Filipe:
Peço-te que me explique a quem se refere o profeta. Fala
de si mesmo, ou de algum outro?
Então Filipe explicou; e começando por esta passagem da
Escritura, anunciou-lhe a Jesus.
Seguindo eles caminho a fora, chegando a certo lugar onde
havia água, disse o eunuco: Eis aqui água, que impede
que seja eu batizado?

[Filipe respondeu: "E lícito, se crês de todo o coração. E,


respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho
de Deus.] Então mandou parar o carro, e ambos desce­
ram à água, e Filipe batizou o eunuco." Atos 8:27-38

Podemos ver neste texto, que Filipe conhecia com profundidade


e sabia até a referência do texto. E dessa forma levou o eunuco a uma
experiência mais profunda na Palavra.
Outro exemplo que podemos dar, está no Evangelho de Lucas
2:41-52. Esse texto relata a fome de Jesus pelas Escrituras Sagradas.

38
Aos doze anos de idade,assentou-se na sinagoga em Jerusalém, ouvia e
interrogava os doutores da Lei. E todos se admiravam de sua inteligência
e sabedoria.
"Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me
mandou o Senhor meu Deus, para que assim façais no
meio da terra que passais a possuir.
Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa
sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos
povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certa­
mente este grande povo é gente sábia e entendida".
Deuteronômio 4:5-6

Como vimos, é extremamente necessário que estudemos as San­


tas Escrituras, procurando sempre segui-la, orando e meditando. Somen­
te através do estudo da Bíblia e que poderemos conhecer com mais pro­
fundidade o coração de Deus.
A Congregação é a única igreja no mundo que proibe a
evangelização em presídios e penitenciárias, locais onde encontramos os
verdadeiros necessitados do Evangelho. Como uma igreja assim, pode
cumprir o maior mandamento do Senhor Jesus de fazei discípulos de to­
das as tribos, povos, línguas e nações?
"Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao jus­
to, e ele crescerá em entendimento". Provérbios 9:9
"As palavras dos sábios são como aguilhões; e como pre­
gos bem fixados são as palavras coligidas dos mestres, as
quais foram dadas pelo único pastor". Eclesiaste 12:11
Exatamente por todo esses extremos, a Congregação Cristã no
B rasiljá passou por 3 rachas. A primeira em 1949, a segunda em 1961 e
a última em 1990.

IDENTIFICANDO COM OS JUDAIZANTES


Não há um texto que melhor identifica "os glórias" que o capítulo
23 do Evangelho de Mateus.
"Então falou Jesus às multidões e aos seus discí­
pulos: Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e
fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disse­
rem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e

39
não fazem. Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e
os põem sobre os ombros dos homens, entretanto eles mes­
mos nem com o dedo querem movê-los. Praticaram , po­
rém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos
homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas
franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primei­
ras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças, e o
serem chamados mestres pelos homens.
Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque
um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém
sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso
Pai, aquele que está no céu. Nem sereis chamados guias,
porque um só é vosso Guia, o Cristo.
Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a
si mesmo se exaltar, será humilhado; e quem a si mesmo se
humilhar será exaltado.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque
fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós não
entrais, nem deixais entrar os que estão entrando. [Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as
casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas ora­
ções; por isso sofrereis juízo muito mais severo.] Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque rodeais o mar
e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais
filho do inferno duas vezes mais do que vós. Ai de vós,
guias cegos! que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é
nada; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica
obrigado pelo que jurou.
Insensatos e cegos! Pois, qual é o maior: o ouro,
ou o santuário que santifica o ouro? E dizeis: Quem jurar
pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que
está sobre o altar, fica obrigado pelo que jurou.
Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que
santifica a oferta?
Portanto, quem jurar pelo altar, jura por ele e por
tudo que sobre ele está. Quem jurar pelo santuário, jura
por ele e por aquele que nele habita; e quem jurar pelo
céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono
está sentado.
A i de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque
dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a jus­
tiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas
cousas, sem omitir aquelas. Guias cegos! que coais o mos­
quito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque
limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro
estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! lim­
pa primeiro o interior do copo, para que também o seu
exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque
sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se
mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de
mortos, e de toda imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos
homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque
edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos
dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nos­
sos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos
profetas.
Assim, contra vós mesmos, testificais que sois f i ­
lhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a me­
dida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! como
escapareis da condenação do inferno? Mateus 23:1-33.
Apesar de ser um dos textos mais usados por eles
para atacarem o próprio corpo de Cristo, que é a Igreja, não
há texto melhor em identificação com a Congregação Cristã
no Brasil.
"Saulo, porém, mais e mais 'se fortalecia e confundia os
judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Je­
sus é o Cristo. Decorridos muitos dias, os judeus delibera­
ram entre si tirar-lhe a vida". Atos 9:22-23
"Por aquele tempo mandou o rei Herodes prender alguns
da igreja para os maltratar, fazendo passar ao fio da es­
pada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isso agradavél
aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro. E
eram os dias dos pães asmos". Atos 12:1-3

Paulo sendo perseguido pelos judaizantes em Antioquia:


"No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ou-

41
vir a palavra de Deus. Mas os judeus, vendo as multidões,
tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que
Paulo falava.
Então Paulo e Barnabé, falando ousadamente disseram:
Cumpria que a vós outros em primeiro lugar fosse pregada
a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mes­
mos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos
volvemos para os gentios".
"Mas os judeus incitaram as mulheres devotas de alta po­
sição e os principais da cidade, suscitaram uma persegui­
ção contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus
termos". Atos 13:44-46
"Em Icônio, Paulo e Barnabé entraram juntos na sinago­
ga judaica, e falaram de tal modo que veio a crer grande
multidão, tanto de judeus como de gregos. Mas os judeus
incrédulos incitaram e irritaram os ânimos dos gentios
contra os irmãos".
"Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, ins­
tigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-
no para fora da cidade, dando-o por morto". Atos 14:1-
2,19
"Os judeus, porém movidos de inveja, trazendo consigo
alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a
turba, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jasom,
procuravam trazê-los para o meio do povo".
"Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a
palavra de Deus era anunciada por Paulo também em
Beréia, foram lá excitar e perturbar o povo”. Atos 17:5,13
"Porque com grande poder convencia publicamente os
judeus, provando por meio das escrituras que o Cristo é
Jesus." Atos 18:28
"Quando amanheceu, os judeus se reuniram e, sob anáte­
ma, juraram que não haviam de comer nem beber, en­
quanto não matassem a Paulo". Atos 23:12
"Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para
aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servirmos
em novidade de espírito e não na caducidade da letra".
Romanos 7:6
Por não terem preocupação nenhuma em evangelizar, os mem­
bros da Congregação Cristã não estão nem um pouco preocupados com
o testemunho que dão. Não têm vida de santidade e consagração diante
de Deus, pois não lêem a Palavra, que tem a função de renovar a nossa
mente para que experimentemos a boa, perfeita e a agradável vontade de
Deus (Romanos 12:1 e 2).
Essas pessoas vivem uma absoluta vida religiosa Você nunca des­
cobrirá um "glória" por seu testemunho, mas apenas quando chegar o dia
e a hora do culto, eles se transformarão e se vestirão com uma grande
capa de piedade.
Quantas vezes evangelizei pessoas pelo interior de Goiás, enfren­
tando a miséria, a fome, as hostes espirituais, macumbeiros, padres que
se achavam donos de cidades. Mas as piores experiências foram quando
evangelizando lares, famílias, que nunca tinham ouvido falar da Palavra de
Deus ou da pessoas de Jesus, apareciam no meu caminho esses judaizantes,
cheios de leis, cheios de dógmas, e que jamais haviam falado ou sequer
mencionado sobre o nome de Deus àquelas pessoas. Por várias vezes
isso aconteceu, mas, nunca deixei de evangelizar na presença de um "gló­
ria", e hoje escrevo este livro para que mais pessoas não desistam da
grande missão de evangelizar a sua cidade, estado, nação ou mundo, por
causa de uma seita, que se coloca como dona da verdade, e que tem
como principal missão obstruir o verdadeiro Corpo de Cristo. Esta é a
principal razão por que não reconheço esse movimento como uma igreja,
ou parte do Corpo de Cristo, pois, o considero divisivo e faccioso.
"Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não
ajunta, espalha." Mateus 12:30

E por am or a todas as igrejas evangélicas, aos pastores,


evangelistas, mestres de seminários e de institutos bíblicos, que decidimos
escrever este livro.
Fui professor de Heresiologia, e encontrei pouquíssimos estudos
sobre a Congregação Cristã no Brasil. Os estudos eram superficiais e
pobres, exatamente porque faltava uma pesquisa aprofundada, e fontes
que nos mostrasse a realidade dessa seita.

43
COANDO O MOSQUITO E ENGOLINDO O CAMELO
A Congregação Cristã do Brasil acredita ser a única igreja que
será arrebatada por Cristo Jesus, e por isso despreza todas as outras
igrejas. Ela é completamente facciosa, e não participa de forma alguma de
manifestações, passeatas ou cultos sobre a unidade do Corpo de Cristo.
Para os membros desta seita, tudo o que acontece em suas vidas
é a vontade ou o sinal de Deus (apesar de não fazerem nada que possa­
mos dizer ser a vontade de Deus).
Esta é mais uma razão porque saí desta seita. Há muita formalida­
de e presunção e pouco do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
Gostaria de todo o meu coração que eles acordassem para a ver­
dade do Evangelho do Senhor Jesus Cristo em sua totalidade, e alcanças­
sem o fundamento da graça e da fé. E justo dizer que há entre eles muitos
fiéis a Cristo, precisando de alimento sólido na Palavra, e beber do Ma­
nancial de Águas Vivas.
Por causa de todo esse radicalismo, já aconteceram várias tenta­
tivas de cisão dentro da Congregação. O primeiro em 1949, outro em
1957, e o mais recente em 1990. Apesar do poder centralizador, há mui­
tos descontentes com as doutrinas, com os líderes, com os cultos, e
principalmente com esta visão de que são os únicos que serão salvos.
Criou-se um fanatismo que leva medo e terror a todos os que se opõem
aos dogmas impostos.
Os membros da Igreja do Véu tem medo de ir a outras igrejas,
são proibidos de participar ou mesmo assistir a um culto em qualquer que
seja a igreja, a não ser na Congregação Cristã do Brasil.
E se infringir essa regra, são ameaçados de ir para o banco dos
pecadores, onde serão envergonhados e desprezados.
Os cinco principais pontos onde baseiam suas afirmações de que
somente através da congregação é que se consegue a salvação são:
1 - Eles são os únicos que só oram de joelhos.
2 - Somente suas fiéis e as seguidoras de Maria na igreja católica
usam o véu sobre o cabelo.
3 - Seus líderes não recebem salários.
4 - Não aceitam a ordenação de pastores.
5 - Não entregam o dízimo, condenando as outras igrejas evangé­
licas que fazem tal prática.

44
CAPÍTULO IV

OS ERROS DOUTRINÁRIOS DA
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
1 - O LIVRE ARBÍTRIO
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e Deus nos deu a
capacidade de escolher o nosso próprio caminho, por isso nos fez alma
vivente, com vontade própria.
Apesar de ser um membro na igreja, sou eu quem escolho o meu
tipo de vida, onde vou morar, com que vou trabalhar. Não sou obrigado a
nada. Se obedeço ou me submeto à minha liderança, é em amor e reco­
nhecimento. Quando membro da Congregação Cristã do Brasil, a minha
única escolha era ser totalmente sujeito às ordens do ancião da igreja,
jamais contestá-lo, mesmo que ele estivesse errado.
" Admira-me que estejais passando tão depresssa daque­
le que vos chamou na graça de Cristo, para outro evange­
lho; o qual não é outro, senão que há alguns que vos per­
turbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas,
ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
outro evangelho que vá além do que já vos temos pregado,
seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se
alguém vos prega evangelho que vá além daquele que
recebestes, seja a n á te m a Gálatas 1:6-9

A Igreja do Véu acha o máximo não ter pastores, mas alí há


líderes incultos, insensatos e que têm total autoridade sobre o povo. "Cada
povo tem o líder que merece." Ditado popular

2 - O USO DO VÉU
A Congregação Cristã do Brasil também é chamada de Igreja do
Véu, exatamente pelo uso desse ornamento, o que é algo marcante nessa
seita. Eles defendem com unhas e dentes o uso do véu, baseado em I
C oríntiosll.
Vamos estudar este texto, para vermos onde se encontra o erro
doutrinário.
"De fato eu vos louvo porque em tudo vos lembrais de mim,
e retendes as tradições assim como vo-las entreguei. Que­
ro, entretanto que saibais ser Cristo o cabeça de todo o
homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça
de Cristo.
Todo homem que ora, ou profetiza, tendo a cabeça cober­
ta, desonra a sua própria cabeça. Toda mulher, porém
que ora, ou profetiza, com a cabeça sem véu, desonra a
sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.
Portanto, se a mulher não usa o véu, nesse caso que rape o
cabelo . Mas se lhe é vergonhoso o tosquiar-se, ou rapar-
se, cumpre-lhe usar véu". I Coríntios 11:2-6
Uma das regras mais importantes para se fazer uma interpretação
bíblica correta é estudar o contexto histórico, o período, os costumes de
quem escreveu etc.
Como os anciãos não estudam a Palavra como foi escrita, por
que foi escrita, por quem foi escrita e para quem foi endereçada, come­
tem o erro grosseiro de se defender o uso do véu.
A igrej a do véu está mais para o Islamismo, cheio de leis e morte,
bem diferente da Igreja de Jesus Cristo, livre e operante.
A carta do apóstolo Paulo foi primeiramente endereçada aos ir­
mãos da cidade de Corinto, na Grécia. Corinto é até hoje uma cidade
portuária muito importante na Grécia, pois recebe embarcações de todas
as nações através do Mar Mediterrâneo.
Naqueles dias, havia um culto a uma deusa chamada Diana, que
era tida como a deusa da fertilidade. E nesses cultos havia a presença de
prostitutas cultuais, que tinham relações sexuais durante a cerimônia. A
maioria delas tinha a cabeça raspada ou o cabelo curto. Este culto infeliz­
mente existe até hoj e na Grécia.
O motivo maior que levou o apóstolo Paulo a escrever a metade
do capítulo onze da carta de I Coríntios, foi para proteger as irmãs de
Corinto que tinham cabelos curtos de serem confundidas com as prostitu­
tas cultuais. É este o único motivo de Paulo pedir que as irmãs usassem o
véu. Pois não há motivo para o uso do véu se o próprio cabelo foi dado

46
no lugar do véu. Além disso, o apóstolo não menciona o uso do véu em
nenhuma outra igreja em que passou. Será que ele se esqueceu desse
mandamento? Não, p ois, era somente em Corinto que havia a necessida­
de do uso do véu para separar as irmãs das mulheres mundanas da cidade.

O verso 13 também deve ser analisado.


"Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a
Deus sem trazer o véu”.

Quem era para julgar aqui, era somente os irmãos de Corinto,


pois a eles foi endereçada a carta, e nas outras igrejas não havia o proble­
ma que existia em Corinto.
No original grego o versículo 14 de I Coríntios diz assim:
"Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso
para o homem usar cabelo comprido. E que, tratando-se
da mulher, é para ela uma glória? Pois a cabelo lhe foi
dado em lugar (ou como o) de véu.
Se o cabelo foi dado em lugar do Véu, por que então usar-se o
véu?
É porque havia irmãs que não tinham o cabelo longo, e somente
para estas havia a necessidade do uso do véu, para não serem confundi­
das com as prostitutas cultuais. O véu que as mulheres da Congregação
usam, é meramente um fardo colocado pela liderança desta seita e que
não traz nenhum beneficio ou edificação em Deus. A Congregação cai no
mesmo erro dos judaizantes, que defendiam a circuncisão, mas deixavam
de lado o mais importante: manifestar a glória de Deus e testemunhar do
Salvador Cristo Jesus.
Vou destacar este próximo versículo, pois os "glórias" não os co­
nhecem:
"Contudo se alguém quer ser contencioso, saiba que nós
não temos tal costume, nem as igrejas de Deus". I
Coríntiosll:16

O problema é que os irmãos da Congregação usam textos que se


referem a usos e costumes, que denominamos Didaquê, e os aplicam
como se fossem doutrinas importantes como a salvação, a ressurreição, e
todas as outras que se referem à obra que Cristo Jesus fez por nós na cruz

47
do calvário, que chamamos de Kerigmática.
Será que eu preciso dizer mais alguma coisa? O uso do véu era
um problema localizado somente em Corinto. Outra prova é que este
assunto não mais aparece no Novo Testamento, mostrando assim a sua
falta de importância. Este é outro princípio de Interpretação. Quanto mais
aparece na Bíblia, mais importante é o assunto para Deus.
A verdade é que o uso do véu na Congregação Cristã do Brasil
serve mais para trazer disputa entre as mulheres que ali congregam, pois
usam o véu simplesmente como um adereço e enfeite. Usam tecidos ca­
ros e trabalhados, bem finos, quase transparentes, muito bem bordados e
muitas vezes até com pedrarias caras. Fazendo disto uma competição de
beleza, procurando uma ser superior a outra. Elas não têm, na maioria das
vezes, o menor conhecimento da doutrina do véu ou nunca leram o texto.
Este é um assunto irrelevante para Deus.
Deus não nos avalia pela roupa que usamos, mas, se estamos re­
vestidos com seu Espírito, se nossas vestes foram lavadas no precioso
sangue de Jesus e se nossas obras foram aprovadas por Ele.
Mesmo sendo conhecida com a "Igreja do Véu", eles não obede­
cem completamente ao texto de I Coríntios 11, que diz: "que a mulher
deve trazer a cabeça coberta com o véu". Isso não acontece com as irmãs
dessa organização, pois cobrir a cabeça, é cobrir toda a cabeça, e não só
partes do cabelo. A cabeça é formada por toda a parte superior do cor­
po, então o que deveria acontecer, era o mesmo que ocorre com as mu­
lheres islâmicas, que realmente cobrem toda a cabeça, portanto, na con­
gregação não conseguem seguir nem mesmo o que mais defende.
Sinônimos de cobrir é: esconder, tapar, isolar, guardar...
O véu de nylon que suas fiéis usam são totalmente transparentes,
não tampam nada, nem mesmo o cabelo, quanto mais a cabeça, toman­
do, assim, seu uso inútil e contrário ao próprio texto de I Coríntios 11.
Jesus Cristo não quer aparência e sim humildade, amor, dedica­
ção para com seu santo Evangelho. Cobrir a cabeça é prova de humilda­
de, de obediência e resignação, e não de forma alguma de exterioridade
ou beleza.
Alguns dos leitores já tiveram a oportunidade de ver uma campo­
nesa com os cabelos cobertos evitando queimaduras devido à exposição
excessiva ao sol, e poderiam avaliar que ela, usa o tecido de cobertura

48
por necessidade, mesmo sabendo que sua formosura estará escondida.
Será que as irmãs da Congregação Cristã do Brasil gostariam, como ato
de resignação, de se apresentarem nas suas Igrejas com panos amarra­
dos sobre seus cabelos, cumprindo exatamente as ordens do apóstolo,
ou melhor, cumprindo em partes, porque ele foi bem claro: a mulher
quando ora ou profetisa, tem que ter a cabeça coberta. Só encontramos
a doutrina de cobrir a cabeça em I Coríntios 11, e por sinal, este costume
entre aquele povo era obrigação, como também o é entre árabes, e por
todos os países controlados pelo islamismo nos dias de hoje. Lá as mu­
lheres trazem a cabeça coberta como ato de subordinação ao marido e
aos pais. São proibidas de mostrarem seus rostos a estranhos, podendo
ficar sem a cobertura dentro de suas casas, mas quando chega alguém
estranho, são obrigadas a irem recebê-lo com a cabeça coberta, não po­
dendo mostrar nem seus rostos. Elas realmente cobrem as cabeças. A
partir da adolescência elas já não podem falar mais com os homens, exceto
os parentes mais próximos. São impedidas de trabalhar e estudar, só saem
às ruas por um motivo justificado, assim mesmo acompanhadas de um
parente e cobertas da cabeça aos pés Mas, as mulheres da Congregação
não cobrem por completo, portanto não obedecem I Coríntios 11:5-6.
Mas se elas cobrissem a cabeça nas Igrejas não seria um verdadeiro es­
cândalo para nós que somos latinos e não árabes? Será que com este
triste costume essa denominação encontraria adeptos? Seria bastante di­
fícil. O apóstolo Paulo nos escreve ainda que:
"E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os
pobres,e ainda que entregue o meu próprio corpo para
ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveita­
rá. " I Coríntios 13:3

Só o amor é o fundamento da perfeição. É uma negação que essa


seita se firme em dogmas ou formalismos como doutrina. Poderemos
alcançar a salvação por meio da nossa fé, pela graça de Jesus Cristo,
servindo-o de todo o coração com sã consciência. Devemos ser fiéis a
Ele por convicção, não servindo de manequins, desfilando nas Igrejas,
cada uma com um véu mais belo que a outra, e mais bem bordado para
serem vistas por todos. Seria apenas hipocrisia, não levando em conta o
mais importante que é a nossa fé que nos salva e nos dá vitória sobre
todas as coisas do mundo.

49
Outra descoberta é que este véu tem a sua origem nas irmãs
catól icas, mais uma prova de que este adereço é mais uma herança cultu­
ral e de tradições dos povos de que uma verdade bíblica.
Em Israel as mulheres nunca cobriram a cabeça, e sim o cabelo,
sempre com tecidos rústicos. Agora, a origem do véu transparente esta
datado de 1854, usado pela primeira vez pela ordem católica das irmãs
de Maria, quando feito o coronário de Maria como "mãe de Deus". Este
dogma da Imaculada Conceição, que decretou que Maria seria uma dis­
tinta da raça Adâmica, portanto concebida sem mácula do pecado origi­
nal. O véu portanto que a Congregação herdou da Igreja Católica não
tem absolutamente nenhuma ligação com as Sagradas Escrituras.

RESUMO
A mulher quando ora ou profetiza deve ter a cabeça coberta com
o Véu. I Coríntios. 11-5.

- O que se entende por cobertura? - Tapar, Ilizar, Guardar...


- O véu que a Congregação Cristã usa cobre alguma coisa? -
Não cobre. - O véu que eles usam não cobre nada por ser transparente,
sendo uma negação ao texto que lemos. - O que é cabeça? - Cabeça é a
parte superior do corpo, composto de pescoço, olhos, boca, nariz e cou­
ro cabeludo. O Apóstolo São Paulo é muito objetivo. Ele manda a mulher
cobrir a cabeça toda. Em nenhum lugar nas escrituras sagradas encontra­
remos mandamento obrigando a mulher a cobrir o cabelo. Outra vez eles
negam o texto bíblico, impondo uma doutrina totalmente errada a suas
fiéis.
A Bíblia Sagrada só se refere ao uso do véu em I Coríntios e não
se encontra em lugar nenhum no restante da Bíblia. O uso do véu mesmo
em I Coríntios não se refere a doutrina de salvação, e sim objeto de uso
e costumes tradicionais na época dos gregos e palestinos. As mulheres
israelenses não tinham tais costumes, e o Apóstolo São Paulo, lá, nunca
tratou desse assunto.
Por todos os lugares que São Paulo anunciou o evangelho, nunca
mais ele falou sobre o uso do véu, ficando bem claro que a salvação não
vem por costumes e tradições, e sim pelo crer e obedecer as doutrinas do
Evangelho. O Apóstolo São Paulo escreve aos Coríntios: Julgai entre vós

50
aqui; mostrando que se trata de um assunto totalmente regional e não
universal.
Na igreja de Corinto houve conversão de muitas mulheres que
cortavam e raspavam seus cabelos. Mulheres estas que vinham de outras
regiões, de costumes e tradições diferentes, São Paulo mandou que elas
cobrissem a cabeça para não escandalizar a Igreja.
Vejamos o que escreveu o Apóstolo no versículo 15:16 para aque­
las que tinham os cabelos compridos, não havia razão para pôr o véu
sobre a cabeça. Aqui poderemos perfeitamente entender que o Apóstolo
fez a diferença entre a Igreja de Coríntios e as demais Igrejas, mostrando
perfeitamente que o uso do véu não era doutrina e sim uso de costume,
para as outras o cabelo foi dado em lugar do Véu.
Pior ainda, é que o véu que a congregação usa, não é bíblico, foi
criado pela Igreja Romana, no ano de 1.854 quando da beatificação de
Maria, como mãe de Deus. Esse véu foi criado para fazer uma distinção
entre as irmãs de Maria e as demais ordens da Igreja. Portanto, é um
objeto idólatra, nada tendo a ver com a doutrina apostólica.

3 - A SEPARAÇÃO DOS HOMENS


E MULHERES NO MOMENTO DO CULTO
Na Congregação Cristã no Brasil as mulheres não podem ter ne­
nhum cargo de responsabilidade, vivendo totalmente à margem do siste­
ma, chegando ao cúmulo de nas igrejas, os maridos não poderem se as­
sentar junto com suas esposas. É proibido cumprimentos entre homens e
mulheres, e há o costume da igreja terem duas portas de saída na igreja,
uma para homens e outra para mulheres.
Certa vez fui a uma igreja da Congregação Cristã, e além de ter
portas separando homens e mulheres, havia um cordão de isolamento
dentro da igreja. Para mim aquilo soou como algo humilhante, nunca havia
visto algo parecido, dando uma impressão de ser um ambiente duvidoso e
de risco em se tratando de questões morais. Esse acontecimento foi para
mim chocante, mas infelizmente verdadeiro. Sendo uma das razões que
me levou a sair desta igreja.
Essa é mais uma característica da Congregação Cristã no Brasil
que a identifica mais com a Igreja Católica do que com as igrejas evangé­
licas.

51
Apesar de poderem se casar, as mulheres dessa seita são proibi­
das de participar do ministério. A elas é vedada o direito de participarem
das convenções ou qualquer ato de liderança. São proibidas de usar a
tribuna ou qualquer tipo de manifestação, ficando somente o direito de
orar e testemunhar em um microfone de uso popular. É lamentável tanta
cegueira e desonra às mulheres, pois ficam sujeitas e subordinadas aos
caprichos dos homens. Novamente a falta de conhecimento da palavra é
nitidamente comprovada no meio deles. A lei, a obrigação, só é vista
onde não há maturidade, conhecimento.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do
Senhor aí há liberdade". II Coríntios 3:17
4 - A POSIÇÃO DA MULHER NA IGREJA
N a Congregação Cristã no Brasil, as mulheres não são valoriza­
das, não podendo ter nenhum cargo. São sujeitas à liderança, só poden­
do ouvir, e nunca falar na igreja. Todas as responsabilidades desta seita
são exclusivas dos homens, sendo uma negação aos ensinamentos das
Sagradas Escrituras.
A mulher deve ficar sempre calada, ou de vez em quando, usar o
microfone de uso geral para dar testemunhos.
Por toda história da humanidade, é certo que Deus espera do
homem o cumprimento de Sua vontade, mas todas as vezes que os ho­
mens foram omissos, o Senhor levantou mulheres. Dando a elas sabedo­
ria, autoridade e honra.
Rebeca, a nora de Abraão, era muito mais dependente de Deus
que Isaque. Foi a ela que Deus falou a respeito do nascimento e escolha
de Jacó. Foi Débora escolhida quando faltou juiz em Israel. Débora foi
conselheira e profetisa sobre todo o Israel, chegando a ser comandante
do exército de Israel, que sob seu comando prevaleceu contra Sísera
(Jz.4:4). Outro exemplo de igualdade, encontramos em Joel 2:8-9.
"E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre
toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os
vossos velhos sonharão, os vossos jovens terão visões;
até sobre os servos e sobre as servas derramarei do meu
Espírito naqueles dias".
Neste texto podemos observar que o Espírito de Deus não é pro­
priedade exclusiva de ninguém. Ele o dá a todos, sejam eles jovens ou

52
velhos, homens ou mulheres, ricos ou pobres... para Deus todos são
iguais diante d'Ele.
Outra mulher digna de ser mencionada é a prostituta Raabe, que
deu guarda aos espias de Israel, quando estes observavam Jericó, e esta­
va sendo perseguidos pelos homens daquela cidade. Raabe arriscou sua
própria vida por eles, tendo recebido da parte deles o compromisso de
que quando conquistassem Jericó poupariam a vida dela e de seus famili­
ares. Sendo simplesmente uma mulher, teve ousadia de se colocar diante
dos enviados de Deus, reivindicando o que havia feito. Outra qualidade
de Raabe é que ela fez parte da linhagem do rei Davi, de quem veio um rei
que reinaria para sempre: O nosso Rei Jesus. Raabe por suas decisões se
tomou uma grande heroína passando para a história de Israel.
Esther foi outra mulher usada por Deus para livrar Israel da des­
truição e morte por ordem do rei Assuero, pondo sua vida em risco,
salvou todo o seu povo.

Ana era profetisa, e por meio dela fo i anunciado em pri­


meira mão o nascimento do Messias (Lucas 2:36)
E fo i a Maria Madalena que pela primeira vez o Senhor
Jesus se manifestou após ter ressucitado, e enviando-a
aos seus discípulos para que anunciasse que o Mestre havia
ressucitado dentre os mortos (Mateus 28:1-10).

N as cartas de Paulo, são citados várias irm ãs que eram


cooperadoras dos apóstolo e até profetisas.
Se as mulheres tivessem que ser esquecidas nas obrigações da
igreja em nossos dias, não teríamos os exemplos deixados na Palavra de
Deus, como estes acima.
Jesus em todas as suas atitudes demonstrou que para Deus não
existe distinção entre homens e mulheres, Ele as curava da mesma forma
que curava aos homens, Ele as perdoava da mesma forma que perdoou
os homens. E a única vez que menciona sobre ter fé como a de alguém, foi
da mulher Síro-Fenícia que lhe respondeu: - Os cachorrinhos comem
das migalhas que caem da mesa dos filhos. Jesus impressionado com a
resposta disse: que nunca havia visto tal fé em todo o Israel. Outro exem­
plo extraordinário é de Maria de Betânia em Mateus 26.

53
"Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
aproximou-se dele uma mulher que trazia um vaso de
alabastro cheio de bálsamo precioso, e lho derramou so­
bre a cabeça, estando ele reclinado à mesa.
Quando os discípulos viram isso, indignaram-se, e disse­
ram: Para que este desperdício? Pois este bálsamo podia
ser vendido por muito dinheiro, que se daria aos pobres.
Jesus, porém, percebendo isso, disse-lhes: Por que
molestais esta mulher? pois praticou uma boa ação para
comigo. Porquanto os pobres sempre os tendes convosco;
a mim, porém, nem sempre me tendes. Ora, derramando
ela este bálsamo sobre o meu corpo, fê-lo a fim de prepa­
rar-me para a minha sepultura.
"Em verdade vos digo que onde quer que for pregado em
todo o mundo este evangelho, também o que ela fez será
contado para memória sua".
Se todos os direitos estivessem sobre a responsabilidade
exclusiva dos homens, por que o Senhor Jesus fez. da mu­
lher samaritana de João capítulo quatro uma missionária,
a fim de levar as Boas Novas a Samaria, e ali muitos cre­
rem. por meio do testemunho dela?
O que você entende por missionária?
Deus nos chama a todos para a sua obra, e o que põe a
mão no arado não pode mais olhar para trás. O campo de
Deus já está branco para a colheita, mas o Senhor precisa
de trabalhadores para a sua seara. Será que Deus não
deseja que nuuheres trabalhem em sua seara? Não existe
nenhum texto na Bíblia que diga isso.
O apóstolo Filipe teve quatro filhas que eram profetisas
na Igreja (Atos 21:9).
Priscila tinha uma igreja em sua casa, e trabalhou mais
que muitos homens ( Rm. 16:3-5)
Temos muitos outros exemplos deixado nas cartas do apóstolo
Paulo:
"Rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no
Senhor. E peço também a ti, meu verdadeiro companheiro,
que as auxilies, porque trabalharam comigo no evange­
lho, e com Clemente, e com os outros meus cooperadores,
cujos nomes estão no livro da vida". Filipenses 4:2-3
"Saudai a Trifena e a Trifosa, que trabalham no Senhor.

54
Saudai a amada Pérside, que muito trabalhou no Senhor".
Romanos 16:12

A Congregação Cristã no Brasil fundamenta sua doutrina sobre


as mulheres em apenas dois versículos do Novo Testamento:
I Coríntios 14:34, e i Timóteo 2:11-12.
"Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas; porque
lhes não é permitido falar; mas estejam submissas como
também a lei o determina". ( Esta era uma das leis gregas
que influenciou-nos a manter as mulheres afastadas do
conhecimento.)
"A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois
não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio so­
bre o homem, mas que esteja em silêncio".
É estranho, porque a Bíblia é composta por 39 livros no Velho,
testamento e 27 no Novo testamento, e eles se firmam em apenas dois
versículos sem observarem o contexto. Criando um distanciamento sem
precedente entre o homem e a mulher. O próprio apóstolo Paulo na mai­
oria das suas cartas, valorizou e aproveitou ministerialmente o serviço de
muitas mulheres.
A preocupação de Paulo ao dizer que as mulheres deveriam ficar
caladas, e proibi-las de ensinar, era porque a elas era negado o acesso
aos estudos, sendo que a grande maioria das mulheres eram realmente
despreparadas. Outra característica a ser mencionada, é que as mulheres
por serem mais emotivas, se deixavam guiar pelas emoções e não pela
razão, o que dificultavam o governo da igreja. Mas o fato é que este
mesmo apóstolo aproveitou de poucas, mas significativas ajudas femini­
nas.
Não podemos esquecer que estamos quase na virada do segundo
milênio, e que as mulheres conquistaram o mesmo espaço dos homens na
maioria dos campos de qualquer atividade, e que nos dias em que o após­
tolo Paulo escreveu estas cartas, as mulheres não tinham o espaço que
têm hoje. Os costumes gregos e judaicos eram totalmente diferentes, em
Corinto e Éfeso. Quando a mulher saísse com seu marido era obrigada a
andar sempre atrás do esposo, nunca ao lado ou à frente. Não podia
fazer perguntas a ele em público, somente em casa; era vedado todos os
direitos de agir ou de se pronunciar; eram semi-escravas. Existem ainda

55
hoje alguns países que mantêm esses costumes. A essas nações é preciso
levar o conhecimento do Evangelho de Jesus Cristo, contudo sem destruir
suas tradições e costumes.
Hoje, na maior igreja evangélica do mundo, a igreja presbiteriana
de David Yong Cho na Coréia do Sul, a grande maioria dos líderes é
composta por mulheres.
Novamente o problema na Igreja do Véu é a falta de visão de sua
liderança, que ainda é machista e retrógrada. Infelizmente tenho que dizer
que a Congregação trata suas fiéis como as mulheres de Corinto e Efeso
de 1900 anos atrás, sendo que a Grécia hoj e j á aboliu todas estas tradi­
ções, sendo muito parecidas com as nossas. E as irmãs desta seita, por
causa de suas doutrinas de usos e costumes, são penalizadas e marginali­
zadas.
Se a Congregação proíbe o direito de falar na igreja, deveria fazer
valer toda a lei e não apenas porções isoladas das Escrituras. Deveria
então proibir os estudos e cursos superiores, que elevam o conhecimento
da mulher.
O Homem é o cabeça do lar, mas sem a mulher seria impossível
existir o lar, e sem o lar, a igreja de Cristo. A obra de Deus foi divinamen­
te perfeita, criando homem e mulher para viverem em perfeita harmonia e
comunhão.
Você por acaso conhece alguma mulher da Congregação que é
feliz, alegre, espontânea, sadia em nível de alma? Observe essas mulhe­
res, na sua totalidade são amarguradas, frustradas, sempre aborrecidas, e
para piorar, sempre desprezadas e mal cuidadas.
"Quero, portanto, que as mulheres se ataviem (se enfeitem,
se tratem, se cuidem) com modéstia e bom senso (sobrie­
dade), não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou ves­
tuário dispendioso (roupas caras)" I Timóteo 2:9
"Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da
tribo de Aser. Era já avançada em idade, tendo vivido com
o marido sete anos desde a sua virgindade; e era viúva, de
quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo,
servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Chegan­
do ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a res­
peito do menino a todos os que esperavam a redenção de
Jerusalém". Lucas 2:36-38

56
Infelizmente algumas igrejas evangélicas ainda têm mais ou menos
essa ótica ultrapassada sobre as irmãs. Mas, graças a Deus, a grande
maioria tem aberto a sua visão e dado o devido valor às mulheres.
Deus, mais do que todos nós, é sábio e fiel, e jamais deixará de
realizar e cumprir a sua vontade, e as mulheres têm se colocado à sua
disposição, por isso são tremendamente usadas.
N a revista VEJA, de 25 de Fevereiro de 1998, em sua matéria
central, destaca exatamente isto: O posicionamento das mulheres onde só
existiam homens. Elas estão avançando um espaço antes dominado por
homens.
Conheço algumas mulheres que têm muito mais unção, vida de
Deus, maturidade espiritual e o mais extraordinário: autoridade de Deus.
As mulheres estão se colocando dejoelhos e orando, jejuando e
buscando a face do Senhor, e o resultado disso é que Deus as tem usado
mais que muitos "homens" que se imaginam os únicos usados por Deus.
A Bíblia Sagrada nos mostra, em diversas ocasiões, Deus usando
a mulher. No Reino celestial, não haverá separação entre homens e mu­
lheres, mas serão todos iguais na presença do Senhor. Em I Coríntios 12-
8 a 11 nós lemos sobre a distribuição dos dons na Igreja e podemos
entender que não há distinção entre homens e mulheres. Vemos em Joel
2-28.29.
E acontecerá depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a
came; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão e
vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei o
meu espírito naqueles dias.
Gênesis 2-18- Disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem
esteja só; Farei-te uma companheira e auxiliadora que seja idônea.
Gênesis 2-14 - Por isso deixa o homem seus pais e se unirá a uma
mulher, e serão os dois uma só came.
- O que é companheiro? - São pessoas que compartilham sua
sorte e que vivem no mesmo teto, um pelo outro podendo ser um colega
ou marido e mulher. É justo que os dois saibam cumprir com dignidade
suas obrigações entre ambos.
Gênesis 27 - Deus lança suas bênçãos sobre Abraão depois so­
bre Isaaque, cuja bênção deveria ter continuidade até o fim dos séculos
quando nós viríamos a participar por intermédio do Senhor Jesus. Porém,

57
Isaaque já muito velho e cego, com pouca disposição pela vida, não fez
uma avaliação justa a quem repassar a bênção que Deus lhe deu por
intermédio de Abraão, seu pai.
Tinha ele dois filhos, Esaú e Jacó. Um irresponsável, desobedien­
te, não temia ao Senhor, o outro era amoroso por sua mãe, obediente aos
pais e temente ao Senhor. Isaaque resolve abençoar o primeiro contra a
vontade de Deus, sendo que o escolhido deveria ser o segundo. Deus usa
de uma mulher, que foi Rebeca, com artimanha, fez que as bênçãos de
Isaaque viesse a ser dada a Jacó. Deus usa de uma mulher para realizar a
sua santa vontade, por ter o homem falhado.
Quando Moisés tinha apenas três meses de idade, sua mãe não
podendo tê-lo em sua companhia, fez um cesto de junto e betumou, lan­
çando este sobre o Rio Nilo, a mercê da sorte.
A filha do Faraó, ouvindo este chorar, por certo sentindo fome e
frio se compadeceu, mandando suas criadas o apanhar, sendo um menino
muito belo, ela o levou para seu Palácio, educando este nas melhores
escolas do Egito.
Esse Moisés foi o redentor de Israel, e considerando até nossos
dias pela nação de Israel como o seu maior herói. Se não fosse o heroís­
mo de sua mãe, e aquela Rainha Egípcia, ele teria morrido e desaparecido
nas águas do Rio Nilo, não havendo a grande e bela história de Israel. A
mulher sempre teve seu lugar na história da humanidade. A mulher no
passado era responsável pela educação dos filhos, da parte financeira do
lar, sendo ela que fiava, tecia o linho e a lã, era responsável pela confec­
ção da roupa e respondia pelo comércio de tudo que produzia. Na Igreja,
mais de setenta por cento da freguesia é de mulher; porque não fazer
parte das obrigações na casa do Senhor?
A Igreja do Senhor é congregacional, sendo que pode e deve
emanar de seu todo que é seus membros e convencionais, o prestar obe­
diência a Cristo e sua Santa palavra.
Nas Igrejas Batista do Brasil existe mais de novecentas mulheres
ocupando lugares de destaque; em pesquisas ficou provado este fato,
sendo a razão de seu grande progresso nos últimos anos.
Nos Estados Unidos, os Batistas deram apoio ao trabalho femini­
no, chegando estas a Pastoras. Em razão disso, teve crescimento expres­
sivo a Igreja lá, sendo hoje a maior igreja Evangélica no País.
À luz da história, à luz da teologia, à luz da palavra de Deus, não

58
há como, se analisarmos bem os acontecimentos da humanidade, deixar
de dar lugar à mulher na obra do Senhor Jesus. Desde o início da era
Cristã as mulheres serviam junto aos homens na Igreja. Quem estudar
com avidez a história, há de descobrir junto aos homens a presença da
mulher.
Como já mencionei no início deste capítulo, temos os exemplos
de Rebeca, Débora, Raabe e muitas outras no velho testamento. Maria
de Betânia, Maria Madalena, Maria Mãe de Jesus, as quatro filhas de
Felipe, Evódia, Sintique, Trifena, Trifósia, Percides, Priscila que foi uma
pastora junto ao Apóstolo São Paulo, no Novo Testamento.
Por que a Igreja deve ser diferente hoje, separando a mulher do
homem no serviço do Senhor Jesus? A Congregação Cristã no Brasil
deveria estudar mais a palavra de Deus, e deixar de fazer doutrinas usan­
do pequenos textos isolados, para defenderem o direito só dos homens
na sua igreja.
Na Igreja, quando havia mais liberdade espiritual, eles serviram e
mostraram seus valores. No lado exterior, na capela de San Remo, na
Igreja de Santa Priscila, em Roma, há uma inscrição, sendo uma evidên­
cia histórica e poderosa que originalmente se lia Episcopisa Theodóra.
Para diminuir o prestígio desta mulher, foi trocado o seu nome de Theodóra
para Theodóro, pela vergonha de ter uma mulher superiora assim chama­
da. Mais tarde, para excluir definitivamente a mulher do conselho da Igre­
ja, proibiram os líderes de se casarem e os que se rebelassem contra a
ordem, seriam expulsos, perdendo a comunhão da igreja.
É lamentável a Congregação Cristã no Brasil cometer os erros do
século IX em pleno século XXI, negando o contexto bíblico. Se fôssemos
escrever sobre os grandes homens da história sagrada ou sobre a história
dos povos, teríamos que escrever muitos livros. Mas nem por essa razão
cabe o menosprezo à mulher junto a Igreja ou à sociedade que vivemos.

5 - O BATISMO

Apesar da palavra de Deus em Mateus 28:19 nos ensinar que


devemos ser batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, a
Congregação Cristã ensina a prática de um rebatismo criado pelo
Unitarianismo Modernista, afirmando que o batismo nas águas deve ser

59
somente no nome de Jesus.
Que o batismo deve ser feito em nome do Senhor Jesus, e em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Pergunta-se: Cristo não é o
Filho? Não há porque repetir a frase duas vezes, negando o texto original
como está acima.
"E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada
toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a obser­
var todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos". Mateus 28:18-20

O argumento dos unitaristas, afirmando que o apóstolo Pedro re­


cebera uma nova revelação, quando discursou em Atos 2:38, exatamente
no dia do Pentecoste, é completamente absurdo e incoerente. O Senhor
Jesus não mudaria um ensinamento tão importante poucos dias antes de
sua ascensão. E a tradução literal é: "seja batizado sobre o nome de
Jesus", sendo essa palavra dirigida aos judeus e moradores de Jerusalém
a respeito de depositarem a confiança na promessa da volta de Jesus.

"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e


perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que fare­
mos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo,
para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a
vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o
Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras palavras
dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta
geração perversa". Atos 2:37-40
Por toda a história da Igreja, Deus levantou homens santos que
preservaram a fidelidade dos ensinamentos de Jesus, defendendo süa Pa­
lavra contra maléficas heresias.
Novamente nos deparamos com uma grave heresia da Congrega­
ção Cristã no Brasil. Não posso aceitar estes ensinamentos contrários à
Palavra de Deus. Atos 2:37 a 40 é mais um texto que os caducos anciãos
desta organização distorceram, e que, pela falta de um estudo verdadeiro

60
da Palavra, ensinam erroneamente.
A Congregação é uma igreja que firma a sua doutrina em textos
isolados. Pedro em sua afirmação: "Sede batizados" falou assim devido a
pergunta de seus ouvintes, sobre a necessidade de receberem a Jesus
Cristo como seu salvador. Naquele momento ele não estava batizando, e
sim anunciando a necessidade de se batizar. Por isso a sua afirmação
aparece no tempo futuro. Assim a Igreja do Véu só considera batizados
de fato aqueles que se batiza lá, pois, na Congregação é que está a "ver­
dade" e recebem só o batismo em Jesus.
Se Jesus é o Filho de Deus, por que não batizam usando toda a
expressão de Mateus 28:18-20? Defendem-se usando o pretexto de que
Pedro só menciona o batismo em nome de Jesus. Só que voltando ao
texto, naquele momento o apóstolo Pedro estava anunciando a morte e
ressurreição do Senhor Jesus. E da necessidade de que houvesse arre­
pendimento e batismo, nunca se desfazendo do que Jesus dissera em
Mateus 28:18-20. Naquele momento Pedro não estava batizando, mas
fazendo sua primeira pregação após a morte e ressurreição de Cristo, e
também logo após o enchimento do Espírito Santo no dia de Pentecoste.
Eles se consideram salvos pelo batismo enquanto as Escrituras
Sagradas nos ensinam o contrário.
"Arrependei-vos e sede batizados". O arrependimento é o único
caminho que nos leva de fato à presença do Pai. É pelo arrependimento
que podemos chegar a convicção do perdão de Deus e conseqüente­
mente da salvação.
Através do conhecimento das Escrituras Sagradas alcançamos o
entendimento de que somos pecadores é que carecemos da glória de
Deus, e ainda que, o batismo é o cumprimento desse processo para a
nossa salvação. Quando nos batizamos estamos declarando diante de
Deus, dos homens e das hostes espirituais, que a partir daquele momento,
estamos abandonando o pecado, o mundo, as paixões da carne e toda
sorte de concupisciência. Em outras palavras: estamos morrendo para o
mundo, mas vivificando o nosso corpo mortal para Deus.
O batismo toma-se sem efeito a partir do momento em que essa
verdade cristã passa a ser um ritual sem frutos e sem transformação em
Deus.
A Congregação Cristã do Brasil não prepara seus adeptos de
forma correta e bíblica para o batismo. As pessoas são levadas ao batis­

61
mo sem o mínimo conhecimento do evangelho, e muitas vezes são levadas
pessoas em estado de embriaguês, e com outros vícios mais, revelando
um despreparo total para com o padrão bíblico.
Eles apoiam o batismo de pessoas despreparadas argumentando
que João Batista era um inculto e batizava as pessoas sem o menor pre­
paro. Outro argumento que usam é o exemplo de Filipe e o eunuco. Eles
defendem que o eunuco era completamente ignorante das verdades
bíblicas, mas, mesmo assim o apóstolo Filipe o batizou. Isso não é verda­
de, o eunuco não era uma pessoa ignorante como dizem, mas tinha co­
nhecimento das Escrituras Sagradas, prova disso é que ele estava
retornando de Jerusalém, de onde voltava de uma adoração verdadeira
ao Senhor. Ele viera de um país distante para ministrar sua oferta ao Se­
nhor. A única coisa que desejava alcançar era a sua salvação, mas ainda
não havia ouvido falar, nem entendido sobre o messias chamado Jesus.
O eunuco não tinha nada de ignorante, era um homem justo, te­
mente a Deus, conhecedor e estudioso da Palavra de Deus. Pois assim
que recebeu as instruções de Filipe, imediatamente ele decidiu que neces­
sitava do batismo nas águas, como prova de arrependimento e decisão
em servir o Senhor completamente. Vejamos o texto:
"Eles, pois, havendo testificado e falado a palavra do Se­
nhor, voltando para Jerusalém, evangelizavam muitas al­
deias dos samaritanos. Mas um anjo do Senhor falou a
Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo
caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está de­
serto.
E levantou-se e foi; e eis que um etíope, eunuco, mordomo-
mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superin­
tendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém
para adorar, regressava e, sentado no seu carro, lia o pro­
feta Isaías.
Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.
E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse:
Entendes, porventura, o que estás lendo?
Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não
me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sen­
tasse.

Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:

62
Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo
o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a
sua boca.
Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem con­
tará a sua geração? porque a sua vida é tirada da terra.
Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem
diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro?
Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escri­
tura, anunciou-lhe a Jesus.
E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia
água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu
seja batizado?[E disse Filipe: é lícito, se crês de todo o
coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cris­
to é o Filho de Deus.] mandou parar o carro, e desceram
ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batiz.ou.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou
a Filipe, e não o viu mais o eunuco, que jubiloso seguia o
seu caminho.
Mas Filipe achou-se em Azoto e, indo passando,
evangelizava todas as cidades, até que chegou a Cesaréia".
Atos 8:25:40

O tempo em que Filipe e o eunuco estiveram juntos foi bastante


prolongado, pois a distância entre Jerusalém e Gaza é de 120 kilometros
aproximadamente, essa região é bastante montanhosa, há pouquíssimos
rios e como se não bastasse, as estradas eram precárias, e provavelmen­
te, eles não gastariam menos de 3 dias no percurso.
Podemos então constatar que Filipe permaneceu um bom tempo
com o eunuco, tirando suas possíveis dúvidas sobre a salvação, sendo ele
batizado, consciente do que estava fazendo. O Eunuco não poderia de
forma alguma ser uma pessoa ignorante e inculta, pois ocupava uma posi­
ção de autoridade no seu país.
O discurso de Pedro em Atos capítulo dois, com a conversão de
mais de três mil almas, é outra passagem que a Congregação usa para
justificar o batismo de pessoas despreparadas e ignorantes, argumentan­
do que toda aquela multidão não tinha um conhecimento necessário,
mesmo assim foram batizadas.
Todos eles eram judeus, bastante conhecedores das Escrituras,
como o eunuco. Também só lhes faltava a revelação, o conhecimento da
salvação através de Jesus Cristo, que veio através da pregação reveladora

63
do apóstolo Pedro.
Já o apóstolo Paulo, batizou a poucos, priorizando o ensino das
Sagradas Escrituras aos gentios, por serem estes, totalmente ignorantes e
desconhecedores da Bíblia.
"Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a
voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em
Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras”.
"Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o
nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com mila­
gres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis; a este, que fo i entregue
pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós
matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos;ao qual
Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não
era possível que fosse retido por ela".
"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e
perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que fare­
mos, irmãos?
Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remis­
são de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito
Santo".
"De sorte que foram batizados os que receberam a sua
palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil al­
mas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na co­
munhão, no partir do pão e nas orações". Atos 2:14; 23-
24; 37-38; 41-42
Por toda a Escritura Sagrada há um só conceito: conhecer, crer,
ser batizado e por último, receber e ser cheio do Espírito Santo.
A prova de nossa salvação é a paz interior que Deus coloca em
nossos corações, uma convicção que nem mesmo o diabo pode tirar de
nós. É o que nenhum membro da Congregação Cristã no Brasil tem.
A conversão de Paulo a caminho de Damasco foi uma experiência
muito dura. Ele era doutor na lei, foi discípulo de Gamaliel, o maior sábio
daqueles dias, mas, Paulo não chegou a conhecer o Senhor Jesus pesso­
almente. Foi o único que decididamente resolveu prender os discípulos e
havia recebido cartas das autoridades para isso. Mas Deus o escolheu, e
não o usaria como era, segundo seus conhecimentos. Deus o quebrou, o
humilhou, deixando-o por três dias sem enxergar.

64
Somente depois da visita e das instruções de um discípulo chama­
do Ananias, foi que, em oração e jejum, conheceu o Senhor Jesus na sua
plenitude, e então foi batizado.
É possivel então batizai- aqueles que nunca conheceram o evange­
lho e nunca tiveram noções do senhorio de Cristo, sendo cheios de vícios
e pecados, não tendo noção do que é certo e errado? Por persistir nessa
prática, a maioria dessas pessoas que se batizam na Congregação Cristã
no Brasil não permanece ali.

6 - O ENSINO CONTRÁRIO AOS MINISTÉRIOS NA IGREJA


A Igreja do Véu é completamente contra a ordenação de pasto­
res na igreja. Mas a posição do ancião é semelhante a do pastor, a única
diferença é que o pastor pode ser removido da igreja, enquanto que o
ancião tem sua posição mantida, mesmo sendo ele um péssimo líder.
Essa seita acusa as igrejas evangélicas, dizendo que seus pastores
são na verdade lobos e exploradores do povo. Posso até concordar que
existem muitos pastores que mancham este grande chamado, mas, não
podemos ir contra a Palavra de Deus que ensina a constituição de líderes
na Igreja.
Vejamos o texto:
"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito
acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E
ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e ou­
tros como evangelistas, e outros como pastores e mestres,
tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra
do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que
todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimen­
to do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida
da estatura da plenitude de Cristo". Efésios 4:10-13

A Congregação está longe de compreender isto, mas, Deus não


só colocou pastores na igreja, mas colocou também evangelistas, mes­
tres, profetas e apóstolos. Isto significa que Deus constitui homens quali­
ficados para cada cargo, não levando apenas a idade avançada. A pala­
vra pastor, presbítero ou bispo tem o mesmo significado no original em
grego. E Deus estabeleceu qualificações para a escolha e ordenação des­
ses homens.

65
"Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o
qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu
próprio sangue". Atos 20:28
"Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, ex­
celente obra deseja". "E necessário, pois, que o bispo(
presbítero ou pastor) seja irrepreensível, marido de uma só
mulher, temperante, sóbrio, modesto, ordeiro, hospitaleiro,
apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, mas
moderado, inimigo de contendas, não avarento (gananci­
oso); que governe bem a sua própria casa, tendo seus f i ­
lhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não
sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igre­
ja de Deus?); não seja neófito (inexperiente, ignorante,
desqualificado), para que não se ensoberbeça e venha a
cair na condenação do Diabo.
Pelo contrário que tenha bom testemunho dos que estão
de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Di­
abo. " I Timóteo 3:1-7
"Depois do amanhecer, chamou seus discípulos, e esco­
lheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de
apóstolos". Lucas 6:13
"E a uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente após­
tolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, de­
pois operadores de milagres, depois dons de curar, socor­
ros, governos, variedades de línguas". I Coríntios 12:28

Ser ancião é muito mais cômodo que ser um pastor, pois a autori­
dade do ancião não pode ser questionada, por ser ele mais velho e se
achar mais experiente, enquanto o pastor pode ser removido da igreja.
Esta é mais uma estratégia dos anciãos de nunca mudarem os ensinamentos,
pois jamais perderão sua autoridade, sua posição e sua influência.
Agora me respondam uma pergunta: Se Deus removeu os sacer­
dotes no Velho Testamento porque não obedeciam a Deus, removia os
profetas que não tinham coerência com sua palavra (exemplo de Balaão),
e removeu até mesmo reis que ele havia estabelecido ( Saul - 1 Samuel
14), não pode remover anciãos?
A palavra de Deus nunca menciona que o fato de uma pessoa ser

66
um ancião, o qualifica como líder, ou autoridade sobre a igreja, muito
menos que o Espírito Santo seja propriedade particular.
Tenho todo o respeito pelos mais velhos, mas, a idade nunca foi o
critério usado por Deus, para escolher seus líderes. Deus , por várias
vezes adverte-nos a escutá-los, a pedir conselhos, mas nunca afirmou que
suas direções viriam somente por meio dos mais velhos.
Repare um homem de idade que conhece a Deus. Ele tem fé, ele
usa seus dias para abençoar a todos os que estão ao seu derredor. Já um
idoso que não conhece ao Senhor, a sua vida é de queixas, lamentações.
Sempre está doente, insatisfeito, infeliz. Só possui lembranças, não acre­
dita que possa haver algo de novo e de bom ainda no restante de sua vida.
Comece a observar aqueles que estão ao seu derredor e perceba
quais atitudes têm em relação ao dia de hoje. Os homens de Deus falarão
do amanhã, e os homens naturais falarão do passado, de algo que tiveram
ou experimentaram, de algo que já passou, mas, que não virá mais.
7 - CERIMÔNIAS DE CASAMENTOS
Não são permitido cerimônias religiosas para casamentos e noi­
vados na Igreja do Véu, pois estas são consideradas rituais materiais,
nada tendo a ver com a religião. Por essa razão, a Igreja não deve parti­
cipar. Não sendo permitido aos anciãos fazerem casamentos e noivados.
Nem mesmo orações como ato de agradecimento. Essa é mais uma con­
tradição dessa seita com referência à Santas Escrituras.
Não entendo de onde eles encontraram essa proibição nos
ensinamentos sagrados. Desde o Velho.Testamento o casamento tem
sido um acontecimento de real importância para aqueles que servem ao
Senhor.
No Velho Testamento o casamento era considerado uma celebra­
ção divina, instituída por Deus para acabar definitivamente com a solidão
do homem. Partiu de Deus, a idéia de o homem ter uma mulher, uma
auxiliadora idônea, uma companheira.
A instituição de uma família é o cumprimento de uma ordem de
Deus, que disse: "crescei e multiplicai." Se o Casamento é uma insti­
tuição divina, deve merecer todo o respeito e consideração pela Igreja do
Senhor Jesus.
"Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem má-

61
cuia; pois aos impuros e adúlteros, Deus os julgará".
Hebreus 13:4

Bastava mencionar somente este versículo, para revelar o desca­


so e a desvalorização do casamento por parte da Congregação Cristã no
Brasil.
Esta é outra faceta da decadente visão desta seita. Até os incré­
dulos sabem que uma sociedade forte é uma sociedade formada por fa­
mílias estruturadas. Não estou afirmando que essas estruturas sejam na
área financeira, mas sim, na área moral, ética.
A própria Palavra diz que um lar firmado na rocha, é um lar
edificado sobre a pessoa de Jesus, e onde os princípios cristãos sejam de
fato e de verdade permanentes, pois o que é aparente logo se revelará
reprovado.
"Quem acha uma esposa acha o bem; e alcançou a bene­
volência do Senhor " Provérbios 18:22

" Mas para o homem não se achava auxiliadora que lhe


fosse idônea. Então o Senhor Deus fe z cair um pesado
sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então,
uma das suas costelas, e fechou o lugar com carne. E da
costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transfor-
mou-a numa mulher e a trouxe ao homem.
Então disse o homem: Esta afinal é osso dos meus ossos, e
carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquan­
to do varão fo i tomada.
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-
se-á à sua mulher, e serão uma só carne". Gênesis 2:20b-24
No passado, os casamentos em Israel eram comemorados com
festas que duravam semanas e os sacerdotes, escribas e todo o povo
faziam parte do evento, buscando de Deus as bênçãos aos nubentes e
seus futuros filhos, com orações e súplicas e com muitos louvores e danças.
Será que é justo destruirmos as verdadeiras tradições e os belos,
costume do passado?
Observe que no Novo Testamento o Senhor Jesus e os seus dis­
cípulos estavam constantemente nas festas das bodas, da páscoa, e em
tantas outras que se mencionam na palavra, e o Senhor sempre deu aten­

68
ção especial a estes acontecimentos, e ainda os usou até como exemplo
de temas de muitas parábolas.
"O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as
bodas de seu filho". Mateus 22:2
"E, tendo elas ido comprar o azeite, chegou o noivo; e as
que estavam preparadas entraram com ele para as bodas,
e fechou-se a porta". Mateus 25:10
"Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; por­
que são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva
se preparou". Apocalipse 19:7

O casamento não é somente uma cerimônia ou um rito, é a figura


mais real e verdadeira da aliança de Deus com a nação de Israel, o casa­
mento fala profeticamente da aliança eterna que temos da parte do noivo
(Jesus) conosco, a sua noiva (Sua única Igreja). Onde recebemos o com­
promisso do regresso do noivo para levar a sua imaculada e santa Igreja.
Como, diante de tamanha grandeza de importância, realizar um
casamento sem a bênção de Deus, dos pais, dos familiares, dos amigos
que mais nos amam, fazendo-o num clube, num ambiente destituído da
presença do Espírito de Deus?
"Três dias depois, houve um casamento em Caná da
Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus; e fo i também convi­
dado Jesus com seus discípulos para o casamento. E, ten­
do acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não
têm vinho. Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu
contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele
vos disser.
Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as puri­
ficações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três
metretas.
Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E enche­
ram-nas até em cima.
Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles
o fizeram. Quando o mestre-sala provou a água tornada
em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os
serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala
ao noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho
bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu

69
guardaste até agora o bom vinho.
Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia,
e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele".
João 2:1-11
Fiz questão de mencionar todo este texto acima, porque repre­
senta a grande importância do casamento para Deus e para seu filho
Jesus.
Não foi por coincidência (pois Deus não age assim), mas foi por
um grande propósito que Jesus manifestou sua glória pela primeira vez,
exatamente num casamento. Percebo que onde Deus mais deseja nos
abençoar é no convívio do lar, onde nossos filhos podem ser edificados
de forma saudável, física intelectual espiritualmente e emocionalmente.
Chega a ser intrigante ler em Gênesis capítulo um, pois no final de
cada dia da criação de Deus, o próprio Deus afirma:
"E viu Deus que isto era bom". Esta frase se repete até o mo­
mento da formação do homem. Mas no verso 18 do capítulo dois de
Gênesis, há esta afirmação acerca do homem: E viu Deus que isto não
era bom. O texto está mencionando a solidão, a tristeza, e a incapacida­
de de Adão de se multiplicar. Observe que o alvo de Deus era dar a
Adão o maior presente que ele poderia receber: sua própria esposa, al­
guém que o amasse, respeitasse e fosse para ele companheira e auxiliadora
idônea.
Deus já havia criado tudo, todas as coisas, mas faltava ao homem
a felicidade.
Novamente eu pergunto: Como desvalorizar o ato do casamento,
quando Deus e seu Filho dão a ele tão grande valor?
Devemos refletir sobre o quanto o Senhor fica feliz ao ver o início
de mais um lar sobre as bênçãos de Deus.
Se o Casamento é o início de um novo lar, e a continuação de
uma família, por que não merecer as bênçãos da Igreja?
É graças a este ato solene que estamos servindo ao Senhor junto
a nossos queridos filhos, dando continuidade aos exemplos de nossos
pais. Faremos o possível para que o matrimônio seja sempre acompanha­
do de uma cerimônia sagrada, e que as Igrejas do Senhor Jesus continu­
em realizando este ato de fé, e que jamais deixem de realizá-lo.
Tudo o que se inicia de forma correta tem continuidade, por isso o
70
casamento que é iniciado aos pés do do Senhor Jesus, sempre goza de
suas bênçãos. Será que existe outro lugar melhor que a casa de Deus para
se dar início a esta grande e longa caminhada pela vida até nos encon­
trarmos com o Senhor na sua glória?
Enquanto os evangélicos realizam seus casamentos nas Igrejas
sobre o poder da palavra do Senhor e com orações e louvores, os adep­
tos da Congregação Cristã no Brasil se casam em clubes mundanos, em
ambientes impróprios para a comemoração de um acontecimento tão im­
portante paia um casal. Os casamentos são realizados aos sons de músi­
cas profanas e mundanas, sem ambiente até mesmo para se fazer uma
simples oração de agradecimento, tomando-se em um acontecimento es­
tranho àqueles que cultuam o Santo Evangelho.
Façamos uma análise: como ficaria um verdadeiro cristão numa
festa tão especial como a de um casamento, totalmente ausente da pre­
sença do Senhor Jesus?

8 -NÃO APRESENTAM, NEM CONSAGRAM AS CRIANÇAS


Outro absurdo que observamos, é a proibição de apresentação
dos recém-nascidos nas igrejas da Congregação Cristã no Brasil.
Onde é que eles encontraram razões para impor esta doutrina em
suas Igrejas? Nas Escrituras Sagradas posso citar várias menções da
importância da apresentação de crianças.
"Sucedeu, pois, no oitavo dia, que vieram circuncidar o
menino; e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias".
Lucas 1:59 te
"Quando se completaram os oito dias para ser circuncida­
do o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo
lhe fora posto antes de ser concebido.
Terminados os dias da purificação, segundo a lei de Moisés,
levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor (con­
forme está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito será
consagrado ao Senhor), e para oferecerem um sacrifício
segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas, ou
dois pombinhos". Lucas 2:21-24
Já podemos perceber os erros absurdos cometido por esses reli­
giosos. O que mais nos irrita, é o fato de defenderem com unhas e dentes

71
assuntos tão insignificantes e medíocres, e desprezarem aspectos e assun­
tos tão importantes para Deus.
Abraão e Sara, quando do nascimento de Isaque, não só deram
graças ao Senhor Deus, como também ofereceram sacrifícios de louvores
ao Senhor pelo acontecimento, recebendo aquele filho como uma grande
bênção Divina. Abraão, jácom quase 100 anos e Sara, sendo tambémjá
idosa e não podendo gerar filhos, suplicaram a Deus para que lhe desse
filhos e o Senhor ouviu as suas súplicas e então abriu a madre de Sara,
que deu luz a Isaque.
Podemos perceber neste acontecimento o envolvimento do Ser
Divino e do ser humano.
Por estes e muitos outros exemplos que analizamos, podemos ver
que não existe razão para isolarmos uma coisa da outra. Está provado
que a família é parte fundamental da Igreja e de toda a sociedade humana.
O Senhor Jesus foi levado ao Templo para ser abençoado no oi­
tavo dia de seu nascimento, para Simeão e Ana apresentarem-no a Deus
e o abençoarem-no.
João Batista ao oitavo dia foi levado ao templo para receber as
bênçãos, como era costume e tradição em Israel. Em seguida, vemos a
oração maravilhosa de gratidão que Zacarias fez pelo nascimento de seu
filho.
Começando pelo Velho Testamento passando até o Novo Testa­
mento vemos que, sempre foi usado o templo do Senhor a fim de serem
apresentados os recém-nascidos, não havendo texto nenhum que proíba
tal cerimônia.
"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que
foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que
desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fa-
zer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Je­
sus II Timóteo 3:14 e 15

O apóstolo Paulo escreve a seu discípulo Timóteo aconselhando-


o apermanescer naquilo que aprendeu desde sua infância, isso prova que
é obrigação dos pais e também da Igreja, dar a educação precisa às
crianças desde os seus primeiros dias de nascimento, conscientizando-a
de que seu lar e a Igreja são partes importantes do seu desenvolvimento.
O nascimento de um filho, é motivo de alegria e felicidade para os

72
pais, sendo o maior de todos os milagres da vida. A oração de entrega e
consagração a Deus com louvores e gratidão pelo acontecimento é uma
grande prova de amor a Deus.
"Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o
fruto do ventre o seu galardão.
Como flechas na mão do homem valente, assim os filhos
da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a
sua aljava; não serão confundidos, quando encontrarem
com os seus inimigos à porta". Salmo 127:3-5
9 - A COMEMORAÇÃO DO NATAL
Não é permitido para os adeptos dessa religião, comemorar o
Natal, que é considerado por seus líderes como uma festa idólatra. Eles
alegam que não se deve comemorar o natal, porque não há confirmação
definitiva da data do nascimento de Jesus.
Mas para nós que cremos no Senhor Jesus Cristo, o dia, o ano ou
o mês, não são o mais importante. Importante sim, é termos a real certeza
de que ele nasceu da virgem chamada Maria, esteve entre nós, tendo
como testemunhas fiéis os apóstolos que com ele viveram e participaram
de seus grandes e tremendos milagres e prodígios. O Senhor ainda nos
trouxe a remissão de nossos pecados, através de sua morte na cruz do
calvário.
Os "crentes" da Congregação Cristã no Brasil não admitem qual­
quer comemoração.
Realmente não precisamos comemorar o nascimento do Senhor
Jesus Cristo em 25 de dezembro, pois esta data foi instituída pela Igreja
Católica Romana, e que há muito comemora o dia de São Nicolau, do
qual surgiu a imagem de que temos hoje do papai Noel. Trocaram o mo­
tivo das festividades, que é o nascimento do ser humano mais importante
de todos, que foi Jesus, por um velho caridoso que nunca morreu por
você e que jamais poderá dar a salvação eterna. Mas os "glórias" come­
moram o dia primeiro de Janeiro com festas e bebidas à vontade, não
faltando as tradicionais cervejas, vinhos, whiskys, e uma caipirinha na
maioria de suas comemorações.
E lamentável esta contradição, deixam de comemorar o nasci­
mento do Senhor, mesmo que seja em 25 de Dezembro e comemoram o
dia da circuncisão e da consagração oito dias após o nascimento de seus
73
filhos. Parecem que são como os Adventistas do Sétimo Dia, guardando
algumas tradições do Antigo Testamento e abandonando outras.
A maioria dos glórias é comerciante, e como todo comerciante
concentram seus esforços no final de ano, estruturando seus negócios
para conseguir grandes lucros no período do Natal.
Vejamos o erro. Não comemoram o Natal, considerado por eles
como pecado, mas usam da data para especulação financeira.
Para os que estão em Cristo Jesus esse dia é importante para que
mantenhamos na memória a lembrança do nascimento e do sofrimento de
Cristo Jesus na cruz , com o único objetivo de nos remir do pecado,
trazendo para nós a viva esperança da vida eterna.

10 - AS SAUDAÇÕES E O ÓSCULO SANTO

As igrejas evangélicas têm várias formas de saudações como a


"Paz do Senhor Jesus", ou simplesmente" A Paz do Senhor", e ainda o
simples "bomdia".
"A Paz de Deus" é a sua saudação exclusiva da Congregação
que também nos prova a sua tendência facciosa.
Eles se consideram cumpridores fiéis das escrituras, cumprindo as
doutrinas que os outros evengélicos, segundo eles deixam de obedecer.
Os seguidores desta seita saúdam com o ósculo santo ou seja, com beijo,
o que as demais Igrejas rejeitam. Pergunta-se: o beijo é uma doutrina ou
tradição do povo judeu, grego e outros daquela região?
Resposta: nunca foi tido como doutrina e sim como um hábito,
como se vê em quase todas as epístolas dos apóstolos. Esse sistema de
saudações eram apenas mais um costume entre aqueles povos, sendo
uma expressão de amor e santidade. O beijo era parte da liturgia da Igre­
ja Ortodoxa, e ainda era parte integrante no culto nos tempos de Justino,
o Mártir.
Não podemos desprezar a saudação com o beijo, pois foi real­
mente usada em diversas Igrejas no passado. Mas nós como evangélicos,
devemos abraçar as Escrituras Sagradas no seu todo e cumprí-la da me­
lhor maneira possível.
O ósculo santo também não quer dizer muita coisa, se verdadeira­
mente não for feito com sincero amor. O que o homem mais consegue

74
fazer é transformar algo vivo e verdadeiro em rituais frios, vazios e exter­
nos. Como é comum ver em Igrejas cheias do Espírito de Deus a liberda­
de de se dar um ósculo santo em irmãos, sem que isso seja um dogma.
"Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as
igrejas de Cristo vos saúdam". Romanos 16:16
"Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros
com ósculo santo ". I Coríntios 16:20 e II Coríntios 13:12
"Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz seja
com todos vós que estais em Cristo". I Pedro 5:14
O ósculo santo deve e tem que ser santo, sem fingimento, sendo
impossível ser usado por uma comunidade evangélica com centenas ou
mais de mil pessoas. Isso seria difícil de se avaliar, pois como identificar
os santos dos que não são, pois sempre temos conosco muitos visitantes
que nunca ouviram falar de ósculo santo.
Esse tipo de saudação nos textos acima, foi abrangedor, não dife­
renciando homens e mulheres, e deveria ser uma saudação entre todos,
pois é uma saudação santa. O motivo pelo qual não saímos beijando a
qualquer um é pelo fato de que em nossa cultura não temos este hábito de
beijarmos homens e mulheres, levando os visitantes de nossas igrejas ao
escândalo. Para que não ocorra tal incidente, dê um ósculo santo somente
em alguém que você saiba que não irá se escandalizar, e com quem você
tenha liberdade.
N a Congregação Cristã no Brasil o beijo ocorre de homem para
homem e entre as mulheres. Se existe malícia em beijar-se, essa saudação
já deixou de ser santa, tomando-se em uma simples formalidade vazia e
sem sentido.
Em uma parte da Europa e da Asia, é costume a saudação com
beijos entre homens e mulheres, mas somente entre pessoas íntimas, e
sem malícia. Cada povo tem seu costume, existem aqueles que beijam no
rosto, outros que beijam as costas da mão, outros como, nós latinos, que
saúdam abraçando um ao outro ou batendo as mãos sobre as costas. Os
Orientais se saúdam curvando um para o outro. Em síntese, cada povo
com seu costume.
Que diferença faz saudar com beijos ou abraços ou simplesmente
com um aperto de mãos, se o coração está cheio de malícia e pecado?

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Muito melhor seria uma saudação simples, sem formalismo ou dogmas,
mas com uma alma pura, cultivando o verdadeiro amor em Jesus Cristo e
com o nosso próximo.

11 - COMO SE DEVE ORAR?


Outra infeliz distorção de textos bíblicos na Congregação é a or­
denança de orar somente de joelhos. O que dá para perceber é que al­
guém ( um ancião sem estudo), certa vez ensinou desta maneira na igreja,
e a partir daí se estabeleceu que as orações seriam somente de joelhos.
Apesar de termos textos tremendos sobre orações em que gran­
des homens de Deus oravam de joelhos, temos também inúmeras passa­
gens de outros grandes homens de Deus que não oravam somente de
joelhos, entre eles o próprio Senhor Jesus.
É muita infantilidade espiritual achar que vai ser por algo tão exte­
rior que Deus responderá a oração. De que adianta eu ter uma vida inco­
erente com a palavra de Deus, sem nenhum temor, e me ajoelhar e orar?
Não é o ato em si de ajoelhar que vai tocar o coração de Deus, mas a
motivação do coração.
Dentro deste assunto também, eles dizem que devemos orar no
nosso quarto, em secreto. Somente assim Deus ouvirá a oração, o texto
base que se baseiam é o Sermão da Montanha. Isso revela a total igno­
rância dos tipos de orações que o Senhor Jesus nos ensinou. É por esse
motivo que eles não evangelizam, por acharem que orando em público,
mesmo em favor de alguém, essas orações não terão respostas. Sobre
isso trataremos mais adiante.

Vejamos os textos em que eles se apoiam:


"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe
deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai". Filipenses 2:9- 11

"Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando


a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que
vê em secreto, te recompensará.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios;

76
porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o
que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão
nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nos­
sos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas
livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a gló­
ria, para sempre, Amém.j Mateus 6: 6-13
"Então saiu e, segundo o seu costume, fo i para o Monte
das Oliveiras; e os discípulos o seguiam. Quando chegou
àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em
tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e
pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres afas­
tar de mim este cálice; todavia não se faça a minha vonta­
de, mas a tua. Então lhe apareceu um anjo do céu, que o
confortava". Lucas 22:39 -43

A oração de joelhos é nobre pelo reconhecimento de prostração,


e que a oração que fizermos em nossa intimidade deve ser incentivada
para que de fato experimentemos as manifestações e respostas do Se­
nhor. Mas de forma alguma devemos afirmar que Deus não ouve, ou não
se alegra com quem o busca em pé ou sentado. Quando um filho seu se
levanta no meio de uma geração perversa e faz uma oração de clamor, de
intercessão, está cumprindo a vontade divina.
Vejamos agora os textos onde encontraremos grandes homens
orando sem estarem de joelhos:
A primeira menção de oração na Bíblia foi feita por Isaque, em
Gênesis 25:21 não diz que ele estava de joelhos.
Em II Samuel 7:18-27, Davi estava perante o Senhor orando, e
não se diz que ele estava de joelhos. Em I Reis 8:22-66, Salomão orava
de joelhos diante da congregação, mas no verso 54, ele se levanta e, em
pé, continua a sua oração abençoando todo o povo de Israel.
Em II Reis 20, vemos que o rei Ezequias recebe uma palavra para
arrumar a sua casa pois em pouco tempo morreria. No verso três, a
palavra diz que ele, voltando o rosto para a parede, pediu o perdão de
Deus. Por isso Deus lhe acrescentou mais 15 anos de vida. Este episódio

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também é narrado em Isaías 3 8. Como o rei estava com uma enfermidade
mortal, certamente ele estava deitado quando recebeu a visita do profeta
Isaías, e o verso três diz apenas que ele virou o rosto para a parede, e
orou.
A oração que Jonas fez dentro do ventre do peixe derruba as
duas afirmações defendidas pela Congregação Cristã. Primeiro, Jonas
não estava no seu quarto e dificilmente também estaria de joelhos.
Mas o que dizer da oração de Jesus no Evangelho de João capí­
tulo 11 , quando na presença de muitas testemunhas, ele, de pé, ressuscita
Lázaro?
Se Deus atendesse apenas as orações feitas de joelhos, jamais
ouviria a última oração de Jesus narrada em Lucas 23:34, quando crucifi­
cado pediu a Deus para que perdoasse aqueles que o estavam crucifi­
cando, pois não sabiam o que faziam.
Atos 2:1-4 diz que os discípulos estavam reunidos e assenta­
dos, quando foram cheios do Espírito Santo. E em outros três textos, a
Bíblia nos ensina que devemos orar em todo o tempo e em todos os
lugares. Deus não está atrás de lugares especiais, ele está atrás de cora­
ções especiais.
"Tomai também o capacete da salvação, e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e
súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo
fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por to­
dos os santos". Efésios 6:17-18
"Orai sem cessar". I Tessalonicenses5:17
"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, ora­
ções, intercessões, e ações de graças por todos os homens,
pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para
que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a
piedade e honestidade.
Pois isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salva­
dor, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantan­
do mãos santas, sem ira nem contenda". I Timóteo 2:1-4 e 8

Os membros da Congregação Cristã no Brasil, oram somente de

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joelhos e condenam as outras Igrejas por assim não procederem, e ainda
usam esse costume para convencer os crentes das demais igrejas evangé­
licas a aderir para a doutrina deles, afirmando que assim estarão se aper­
feiçoando na fé.
Os verdadeiros crentes para eles não podem orar em pé, mas
somente de joelhos, e quem desta forma não faz, é considerados como
hipócritas e fariseus.
É um absurdo o julgamento que eles fazem às demais denomina­
ções.
Como eles só oram de joelho, então quem desobedece à doutrina
não somos nós, e sim eles. A ordem do nosso Senhor Jesus Cristo foi
muito clara: orai e vigiai, dia e noite, para não vires a caires em tentação.
Eles, orando somente de joelhos são os piores religiosos da face da terra,
pois não mostram mudança substanciais que possam demonstrar que são
servos de Deus. E de todo o meu coração, não acredito que fazem ora­
ções. São tão carnais que é difícil acreditar que possam ter alguma comu­
nhão com Deus.
E tão fácil diagnosticar uma pessoa que realmente tem comunhão
com Deus. Estas pessoas são maleáveis, dóceis, humildes, sábias e têm
um forte discernimento da vontade do Pai e sempre estão buscando a
presença de Deus, onde quer que estejam.
E por tudo isso que eu não acredito que eles orem nem mesmo
quando estão de joelhos. Não vejo os frutos de Deus na vida desses (se
assim podemos dizer) irmãos. Sendo assim de todos os religiosos, os que
menos cumprem o dever de orar dia e noite são os da Congregação Cris­
tã no Brasil.
A doutrina sobre os tipos de oração é tão clara e objetiva, exata­
mente para vivermos em completa comunhão com o Senhor. Temos que
orar continuamente, não importando aposição física e sim a comunhão
com Cristo. Seja em pé, de joelhos, deitado, andando, viajando... não
importa o lugar e nem a posição, mas buscando a Deus em todo o tempo
e de todo o coração.
Jesus condenou a prepotência e a hipocrisia em Mateus 16:3-5.
Esse texto se refere a um crente que só tinha aparência, exterioridade,
mas que interiormente nada tinha de um verdadeiro cristão, como tam-

79
bém falou o Senhor no seguinte texto: "Ai de vós escribas e fariseus,
que p o r fo ra são como sepulcros caiados (sepulturas bem pintadas),
porém dentro estão cheios de ossos secos".
O Senhor Jesus rejeita totalmente que estas pessoas orem de jo ­
elhos ou em qualquer outra posição. E condena aqueles que simplesmen­
te usam as religiões como cobertura de seus maus procedimentos, se pas­
sando de crente quando não são.
Uma lição importante e sábia sobre a posição ao orar, nós en­
contramos na parábola do fariseu e do publicano.
"Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e
0 outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo
mesmo: Oh Deus, graças te dou que não sou como os de­
mais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda
com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o
dízimo de tudo quanto ganho.
Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda que­
ria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
Óh Deus, sê propício a mim, o pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não
aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será hu­
milhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exalta­
do". Lucas 18:10-14
Nesta parábola o que o Senhor Jesus quer enfatizar é a maneira
bem simples, sem formalidades espontânea e bem singela de orar, deixan­
do claro que orar não depende de formas físicas e exteriores como
justificativa de santidade e humildade. Todos os exemplos bíblicos de
homens que receberam respostas de Deus, estão num contexto de
quebrantamento e dependência do Senhor. Prepotência, jactância e espí­
rito de superioridade são posturas de pessoas que não recebem resposta
de Deus, pois são contrárias à natureza do Pai.
"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, ora­
ções, intercessões, e ações de graças por todos os homens ".
1 Timóteo 2:1
"Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma
coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está
no céu, vos perdoe as vossas ofensas." Marcos 11:25

80
Oração não é formalismo e sim ato de fé em nosso salvador e
advogado. Temos muitos exemplos de homens consagrados que não ora­
ram de joelho, e mesmo assim, o Senhor os ouviu.
Será que aqueles que dizem que só eles são verdadeiramente
crentes, pois só oram de joelhos e ainda menosprezam os outros que
oram com fé e humildade de outras maneiras, não são os verdadeiros
fariseus?
Usam dessa formalidade e pretexto para condenar os demais cren­
tes em Cristo Jesus.
É triste, se consideram donos da verdade, quando na verdade são
homens carnais, iguais e muitas vezes inferiores aos demais.
"No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde
julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, faláva­
mos às mulheres ali reunidas. E certa mulher chamada
Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que
temia a Deus, nos escutava e o Senhor lhe abriu o cora­
ção para atender às coisas que Paulo dizia. Depois que
fo i batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis
julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e
ficai ali. E nos constrangeu a isso. Ora, aconteceu que
quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro
uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivi­
nhando, dava grande lucro a seus senhores. Ela, seguin­
do a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus
Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de
salvação.
E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, vol­
tou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus
Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu". Atos 16:13-18.

N este texto vem os o apóstolo Paulo à beira de um rio


evangelizando. O texto não diz mas a narração era do apóstolo Lucas que
também o acompanhava, e se assentou junto aos que ali se encontravam
reunidos para oração, não é dito que se ajoelharam, mas sim que estavam
assentados.
E não foi de joelhos e nem no seu quarto que Paulo ordenou que
àquele demônio de advinhação saísse daquela moça em Atos 16.0 mes­
mo apóstolo em Efésios 6:18 ensina-nos que devemos orar em todo o
tempo, porém não especificou posições. Se fôssemos cumprir esse manda­

81
mento, ficaríamos todo o nosso tempo dentro de nosso quarto de joelhos.
Será que é assim que Deus nos quer?
Em I Timóteo 2:8, Paulo escreve: "Queropois que os homens
orem em todos os lugares, levantando suas mãos santas, sem ira e
sem contendas Não há também nenhuma ordem sobre outras posições.
Em Marcos 6:27 e 39, vemos o Senhor Jesus multiplicando cinco
pães e dois peixinhos. Ele orou ao Pai, buscando a bênção sobre aquele
alimento que se tomou em um grande milagre. Eles estavam todos senta­
dos, e não consta que o mestre estivesse de joelho.
Em Daniel 9:2,5; 10:2-12 e 6-2 lemos o relacionamento de Daniel
e Deus. O Senhor falou com Daniel estando ele de joelhos, em pé,
deitado... Deus nunca olhou a posição que ele se encontrava e sim na
pureza de seu coração.
Em II Reis 18:31,38 quando o profeta Elias orou ao Senhor para
que descesse fogo do céu a fim de queimar o holocausto que ofereceu ao
Senhor, para mostrar aos profetas de Baal que só o Senhor é Deus, orou
de pé, e Deus não só ouviu suas orações, como as respondeu lambendo
com fogo o seu holocausto.
Em Juizes 6:11-12, Gideão estava trabalhando, debulhando o tri­
go, mesmo ali no seus afazeres, o Senhor falou com ele e o abençoou.
Gideão é o exemplo de uma pessoa que está continuamente junto ao
Senhor, seja trabalhando, deitado, andando ou em qualquer posição.
Em Juizes 6:35-40, outra vez o Senhor fala com Gideão quando
ele já estava dormindo e lhe deu as orientações de tudo que deveria fazer
para libertar o povo de Deus das mãos dos medianitas.
Não ouve razão para Gideão levantar e se ajoelhar para ouvir e
falar com o Senhor. Ele se manteve na posição em que se encontrava em
seu leito.
"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto". Isaías 55:6
Devemos sim entregar-nos completamente ao Senhor, com humil­
dade, reverência e amor sem formalismo, dogmas e protocolos.

12 - O DÍZIMO, AS OFERTAS E O SALÁRIO


Apesar de se posicionarem contrários ao dízimo, os anciãos pe-

82
dem ofertas que em sua maioria superam em muito o equivalente ao dízimo
de seus adeptos. São com estas ofertas que eles sustentam os zeladores
de suas igrejas e fazem suas construções. Por não terem pastores (vere­
mos a seguir), defendem-se, afirmando que não há necessidade do dízimo.
Infelizmente eu tenho que dizer a verdade para estes irmãos: a
Bíblia Sagrada chama de ladrão àquele que não entrega o dízimo do Se­
nhor, e que o dízimo foi dado anterior à Lei, e que Jesus não aboliu o
dízimo. Deus não quer 10% de seu dinheiro, Ele quer é o seu coração,
pois se Ele conquista o seu coração, terá 100% de você e tudo o que Ele
deu a você.
"E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimi­
gos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo".
Gênesis 14:20
"Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e
me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão
para comer e vestes para vestir, de modo quê eu volte em
paz à casa de meu pai, e se o Senhor fo r o meu Deus,
então esta pedra que tenho posto como coluna será casa
de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o
dízimo". Gênesis 28:20-22
"Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer
do fruto das árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao
Senhor". Levítico 27:30
"A esse lugar trareis os vossos holocaustos e sacrifícios, e
os vossos dízimos e a oferta alçada da vossa mão, e os
vossos votos e ofertas voluntárias, e os primogênitos das
vossas vacas e ovelhas". Deuteronômio 12:6
"Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao
Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos.
E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha
veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os
que juram falsamente, contra os que defraudam o traba­
lhador em seu salário, a viúva, e o órfão, e que pervertem
o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos
exércitos.
Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de
Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais
vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes.

83
Tomai vós para mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor
dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e
dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas al­
çadas.
Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me
roubais, sim, vós, esta nação toda.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim,
diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas
do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida, que
dela vos advenha a maior abastança.
Também por amor de vós repreenderei o devorador, e ele
não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide
no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Se­
nhor dos exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-
aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o
Senhor dos exércitos". Malaquias 3 : 4 - 1 2
Os Anciãos da Congregação Cristã no Brasil se consideram privi­
legiados junto ao Senhor Jesus porque trabalham de graça e sem receber
salários da Igreja.
Mas será que realmente eles trabalham e se dedicam ao Senhor e
ao trabalho espiritual?
Primeiramente, os anciãos desta Igreja são com raras excessões,
empresários, comerciantes, industriais, preocupados mais em ganhar di­
nheiro e se enriquecerem, por isso dando muito pouco tempo de trabalho
ao Senhor Jesus. Não dão nem 10% de seu tempo para a obra do Se­
nhor. Para eles, em primeiro lugar estão os interesses materiais, e por
último, ou o que sobrar, oferecem ao Senhor, esquecendo do seguinte
ensinamento de Jesus: "buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas". Mateus 6:33
Existe sim, uma pequena minoria que dá um pouco mais. São apo­
sentados ou idosos que deixaram de trabalhar, mas se dedicaram quase
toda a vida exclusivamente aos interesses materiais e pessoais. Como se
lá seria injustos homens como estes receberem salários da Igreja.
Essa minoria pouca coisa ou nada faz uns pelos outros. Vão às
Igrejas em horários de cultos, que duram uma hora e meia, sempre à
noite e no máximo 4 dias por semana ou 16 dias ao mês, então, não

84
corresponde a um trabalho normal. Se contarmos o mês, os serviços que
prestam à igrej a não somam 24 horas, ou seja, não equivale nem mesmo
a um dia sequer de serviço por mês para a igreja. Realmente seria um
pecado receber por tal atividade.
Não há expediente nenhum além do acima referido. Não há mais
nenhum compromisso com a Igreja fora desses horários. Lá não existe
nenhum sistema de assistência social, como asilos, creches, hospitais, es­
colas ou internatos ou ainda ajuda aos carentes.
"A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é
esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guar-
dar-se isento da corrupção do mundo". Tiago 1:27
Seria justo um ancião que não faz nada e que dá somente o
mínimo para a obra, ser sustentado pela Igreja?
Se estes recebessem salários de suas Igrejas, seria realmente uma
vergonha.
Nas outras Igrejas, os pastores dispõem de tempo integral aos
seus fiéis, na maioria das vezes trabalham até fora de hora à disposição
dos compromissos do rebanho.
As Igrejas evangélicas, quase todas ficam abertas o tempo todo à
disposição de seus fiéis que ali se reunem, buscando o Senhor em ora­
ções. A maioria dos pastores que conheço e que têm uma vida coerente
com a Palavra é pobre, vive de um pequeno salário, e no final da vida vive
de uma pequena aposentadoria, muito bem merecida pelo muito que fez
pela obra do Senhor e pelo seus fiéis em Cristo Jesus.
Conheço diversos irmãos que renunciaram tudo pela fé, a fim de
servirem a Deus, esperando unicamente a recompensa que o Senhor pro­
meteu aos seus fiéis.
A maioria dos pastores evangélicos leva vida difícil, morando mal
e comendo migalhas pelo amor ao evangelho. Todos estes fatos nós co­
nhecemos. Enquanto que os anciãos dessa religião, levam vidas de reis,
tendo boas casas, bons carros. Uma parte desses anciãos melhorou de
vida depois que foi nomeado para esse posto na "Igreja do Véu".
Agora entendo porque esta igreja tem este apelido. É porque to­
dos os seus adeptos têm um grande véu nos olhos, e não percebem quem
realmente os explora.

85
Eu poderia citar muitos nomes de anciãos que tiveram sua sorte
mudada após se tomarem anciãos, mas seria muita falta de elegancia da
minha parte.
Os anciãos da Igreja do Véu, por não darem tempo integral às
necessidades da igreja, têm bastante tempo para desenvolverem seus
projetos pessoais, e muitas vezes se envolvem em especulações financei­
ras. Esse é o segredo de terem uma vida tão equilibrada e abastada.
Como posso dizer que sirvo a Deus, se vivo da exploração de
juros.
O que a palavra de Deus nos ensina é emprestar e não tomar
emprestado. Mas não levando os outros a banca rota.
A Bíblia diz que aqueles que anunciam o evangelho e as boas
novas de salvação, e dedicam suas vidas ao Senhor são trabalhadores de
Deus. O Senhor honra a essas pessoas. E essas devem ser respeitadas e
honradas pelos fiéis pelos serviços prestados.
Jesus quando ainda moço trabalhava com seu pai como carpintei­
ro. Mais tarde ele deixou essa profissão para se dedicar integralmente à
obra de seu Pai Celestial, vivendo de ofertas. Os discípulos, que também
abandonaram seus afazeres e profissões para junto ao mestre se dedica­
rem ao Sagrado Ministério também viviam pela fé. Judas Scariotes era o
responsável pela guarda das ofertas recebidas e também das compras
que necessitavam fazer.
O Senhor Jesus nunca misturou coisas materiais com as espiritu­
ais, Ele renunciou as coisas deste mundo para se dedicar exclusivamente
para ao seu ministério. Sabemos que para cumprir sua missão como mes­
sias, Jesus viveu como homem, teve sede, fome, cansaço, não tendo lugar
par repousar sua cabeça, e por muitas vezes chorou por nós pecadores.
"Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de
Deus". Mateus 22:21
Ele deu tudo o que era de Deus para Deus, chegando à triste e
amarga morte na cruz pelos nossos pecados. Nunca misturou as coisas
celestiais com as terrenas, simbolizado pela figura terrena e carnal de César.
Será justo uma pessoa trabalhar 48 horas por semana em busca de bens
materiais e apenas quatro horas semanais para o Senhor? Estes que as­
sim fazem terão tempo suficiente para se revestirem do poderes espiritu­

86
ais? Essas pessoas não ganham nada ou quase nada da igreja, porém
nada ou quase nada fazem por ela, dando muito pouco do seu tempo
para o que chamamos de ministério. Esta é outra razão da fragilidade dos
líderes e dos adeptos da Congregação. O fato de buscarem pouco a face
do Senhor, revela a sequidão da Vida de Deus no meio deles.
Os apóstolos viveram do evangelho, mas por outro lado, traba­
lharam em prol do evangelho. Vejarnos como foram ordenados por Jesus:
"Depois disso designou o Senhor outros setenta, e os en­
viou adiante de si, de dois em dois, a todas as cidades e
lugares aonde ele havia de ir. E dizia-lhes: Na verdade, a
seara é grande, mas os trabalhadores são poucos; rogai,
pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a
sua seara.
Ide; eis que vos envio como cordeiros ao meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem alparcas; e a ninguém
saudeis pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes,
dizei primeiro: Paz seja com esta casa. E se ali houver um
filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e se não,
voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo
do que eles tiverem; pois digno é o trabalhador do seu
salário. Não andeis de casa em casa. Também, em qual­
quer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do
que puserem diante de vós.
Curai os enfermos que nela houver, e dizer-lhes: E chega­
do a vós o reino de Deus.
Voltaram depois os setenta com alegria, dizendo: Senhor,
em teu nome, até os demônios se nos submetem". Lucas
10:10-17
"E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes auto­
ridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para
curarem toda sorte de doenças e enfermidades.
Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Si-
mão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão; Felipe e Bartolomeu; Tomé e
Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Si-
mão Cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
A estes doze enviou Jesus, e ordenou-lhes, dizendo: Não
ireis aos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;

87
mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e
indo, pregai, dizendo: E chegado o reino dos céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os le­
prosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça
dai.
Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em
vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas
túnicas, nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é
o trabalhador do seu alimento.
Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai
saber quem nela é digno, e hospedai-vos aí até que vos
retireis". Mateus 10:1-1]

Jesus nestes textos deixou bem claro que os seus discípulos deve­
riam abandonar todos os seus afazeres e trabalhar exclusivamente na pro­
pagação do evangelho, e ainda deveriam no seus trabalhos apostólicos
comer e beber e dormir onde estivessem em função do evangelho.
Quando o Senhor Jesus chamou Pedro disse: "Pedro vem e se­
gue-me, e eu tefarei pescador de homens". Pedro era pescador profis­
sional, deixou tudo e o seguiu. Pedro então viveu com Jesus e por Jesus,
e quando voltou à sua antiga profissão Jesus o exortou para que cuidasse
das ovelhas e dos cordeirinhos, ou seja, que se dedicasse ao Reino de
Deus.
"Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípu­
los junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo,
Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filh o s de
Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Si­
mão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também
vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela
noite nada apanharam. Mas ao romper da manhã, Jesus
se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam
que era ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes
nada que comer? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele:
Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-
na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande
quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Je­
sus amava disse a Pedro: Senhor. Quando, pois, Simão
Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica,
porque estava despido, e lançou-se ao mar; mas os outros

88
discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os
peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca
de duzentos côvados.
Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe
posto em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei al­
guns dos peixes que agora apanhastes. Entrou Simão Pedro
no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cin­
qüenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos,
não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Ne­
nhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu?
sabendo que era o Senhor. Chegou Jesus, tomou o pão e
deu-lho, e semelhantemente o peixe. Foi esta a terceira
vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de
ter ressurgido dentre os mortos. Depois de terem comido,
perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, f i ­
lho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe:
Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os
meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho
de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes
que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Per­
guntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me?
Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira
vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as
coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as
minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quan­
do eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por
onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos
e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres".
João21:l:18

Como desprezar este texto que Jesus tanto valorizou? O fato de


ter chamado a Pedro, e este momentâneamente ter abandonado a sua
responsabilidade quanto ao que o Senhor havia depositado em suas mãos.
Pedro sendo pescador desde criança, tinha esta como sua única profis­
são, e logo após a morte de Jesus, foi a sua primeira porta e oportunidade
que teve para retomar às suas antigas atividades. Jesus somente relembrou
o chamado de Pedro e prometera que faria dele um pescador de ho­
mens, e que o escolhera para cuidar de suas ovelhas, ou seja, todos aque­
les que o receberam e dos que ainda seriam alcançados pelo poder do
Evangelho.

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O fato é que Jesus o colocou como Pastor, dando-lhe um re­
banho para cuidar. Pedro desde então, não mais trabalhou em serviço
natural, dedicando toda sua vida ao Reino.( Lucas 10:9 e Marcos 6:8).
Paulo também viveu do evangelho
"Também vós sabeis, ó filipenses, que, no princípio do evan­
gelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja co­
municou comigo no sentido de dar e de receber, senão vós
somente; porque estando eu ainda em Tessalônica, não uma
só vez, mas duas, mandastes suprir-me as necessidades.
Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça
para a vossa conta. Mas tenho tudo; tenho-o até em abun­
dância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que
da vossa parte me fo i enviado, como cheiro suave, como
sacrifício aceitável e aprazível a Deus. Meu Deus suprirá
todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na
glória em Cristo Jesus." Filipenses 4:15-19
"Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram to­
das as minhas necessidades, nada me faltando, em tudo
me guardei de vós e, continuarei me guardando." II
Coríntios 11:7-9

Em todas as igrejas em que trabalhou, o apóstolo Paulo recebeu


salários e o sustento, e por algum motivo não muito claro, não aceitou
oferta e ajuda da igreja de Corinto.
Conheço pastores que renunciaram a todos os favores da igreja,
inclusive o próprio salário, alguns por isso até passaram necessidades
financeiras. Esses merecem nossa admiração, pois é uma questão de fé
renunciar a tudo para servir ao Senhor e depender exclusivamente d'Ele.
A Congregação Cristã no Brasil condena a doutrina do Dízimo e
ofertas, explicitada tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Uma
organização religiosa tem custos financeiros altos e só por meio das ofer­
tas é possível a sua sobrevivência. Uma Igreja bem estruturada deve
levar muito a sério o espiritual, mas sem se esquecer dos aspectos finan­
ceiro e Social. Os templos têm seus custos que não são baixos. Temos
também a manutenção pastoral, o trabalho de missões, que depende de
muitos recursos. Mesmo com as ofertas recebidas dos fiéis estamos bas­
tante atrasados em missões, por isso o trabalho é bastante lento. A obra
precisa de mais obreiros, os dias do fim estão chegando e como faremos
se não houver vontade e disposição no rebanho do Senhor Jesus?

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"Senhor Deus nosso, toda abundância que preparamos,
para edificar a tua casa, em louvores ao teu Santo nome
vem de tuas mãos, e tudo te pertence". I Crônicas 29:16

Enquanto nós estamos caminhando, o mundo árabe está gastando


fortunas gigantescas na difusão do Islamismo. Será que vale a pena dor­
mirmos, enquanto eles avançam? Essa guerra é ferrenha, precisamos orar
para alcançarmos a vitória prometida por Jesus.
As obras malignas são fortes e poderosas. Não são só o poder
asiático e oriental que nos espreitam, temos também a cultura materialista,
tão perigosa quanto as demais. Eles tem todos os meios e recursos que
precisam para difundir suas idéias contrárias à sã doutrina de Cristo. Elas
tem em suas mãos os meios de comunicação, abrangendo todo o univer­
so e entrando na maioria dos lares 24 hora por dia, pervertendo milhões
de pessoas, tentando trazer confusões e dúvidas até mesmo aos lares
Cristãos, que não estão orando e vigiando incessantemente.
Vamos ver alguns exemplos importantes sobre ofertas na casa do
Senhor.
O povo de Israel tinha três festas muito significativas; A primeira
era "A Festa dos Pães Asmos", que ocorria no tempo em que começa­
vam as primeiras colheitas. Nesta ocasião o povo era admoestado a tra­
zer um molho das primícias da sega (colheita) ao Senhor Deus como oferta.
"São estas as festas fixas do Senhor, as santas convoca­
ções, que proclamareis no seu tempo determinado: No mês
primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a
páscoa do Senhor. E aos quinze dias deste mês é a festa
dos pàes asmos. No primeiro dia tereis santa convocação;
nenhuma obra servil fareis; mas sete dias oferecereis ofer­
ta queimada ao Senhor: ao sétimo dia haverá santa con­
vocação: nenhuma obra servil fareis". Levítico 23:10
A segunda era "A Festa das Semanas", que ocorria sete semanas
após a primeira sega da cevada, e quando o trigo e a cevada já estavam
todas cortadas e unidas.
"Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu Deus
segundo a medida da oferta voluntária da tua mão, que
darás conforme o Senhor teu Deus te houver abençoado.

91
E te regozijarás perante o Senhor teu Deus, tu, teu filho e
tua filha, teu servo e tua serva, o levita que está dentro das
tuas portas, o peregrino, o órfão e a viúva que estão no
meio de ti, no lugar que o Senhor teu Deus escolher para
ali fazer habitar o seu nome. Também te lembrarás de que
foste servo no Egito, e guardarás estes estatutos, e os cum­
prirás. " Deuteronômio 16:10-12

A terceira festa era chamada de " Festa dos Tabernáculos", cele­


brada quando todas as colheitas já estavam concluídas. Esta festa estava
relacionada com com as colheitas, e os israelitas faziam as ofertas ao
Senhor Deus, como gratidão pelas bênçãos recebidas, não apareciam de
mãos vazias perante o Senhor Deus.
"Três vezes ao ano trarás de todo o macho conforme o
dom de tua mão, e conforme as bênçãos que o Senhor te
deu". Deuteronômio 16:15-17
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e de
toda a tua força é de todo o teu entendimento". Marcos
12:30

Como poderemos demonstrar este grande amor ao Senhor? E


certamente Ele nunca fechará as mãos para a sua própria obra, e sem­
pre estará pronto para nos servir.
São estas, portanto, as razões fundamentais pelas quais devemos
contribuir. Deus é o criador e preservador de tudo. Deus é o doador de
todas as bênçãos que recebemos. Ele é o nosso redentor, a Ele devemos
tudo o que temos e somos.
Os apóstolos nos deixaram exemplo, como vemos em Atos 2:44 e 45
"E vendiam as suas propriedades e bens, e destribuiam o
produto da venda entre si, de acordo com suas necessida­
des
Barnabé foi notável, chegando a vender tudo que tinha, sem se
preocupar com o seu futuro, e pela fé acreditava que o Senhor jamais
deixaria faltar algo em sua vida.
Vendendo um campo o trouxe a venda integral e depositou a
oferta aos pés dos apóstolos.

92
"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha a parte
que puder, conforme suas posses guardando, para que
não se façam coletas quando eu chegar. E quando tiver
chegado, mandarei os que por cartas aprovardes para le­
var as vossas dádivas a Jerusalém". Atos 4:34
Mas se valer à pena que eu vá, também irei com eles.
Em I Coríntios 16:2-34 vemos que é importante, que à medida
em que os cristãos avançam, é necessário que creçam em fé, em pala­
vras, em conhecimento, em cuidados e amor com os líderes da igreja para
que estes também cresçam na graça do Senhor Jesus.
Quanto maior a obra do Senhor, maior serão as necessidades e os
problemas financeiros.
Contribuir é graça divina tão importante como pregar, falar, dar
testemunhos. Desde o Velho Testamento, os ministros de Deus tinham
que ser sustentados pelas dádivas dos fiéis, pelo povo de Israel.
Os levitas e sacerdotes, não tinham direito a heranças na terra; se
entregavam inteiramente ao serviço de Deus no seu santuário e cada israelita
tinha como obrigação partilhar uma porção de sua renda com eles, e Deus
aceitava isto como oferta ao próprio Senhor.

" Eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos
em Israel por herança, pelo serviço que prestam, o serviço
da tenda da revelação". "Por quanto eu lhes disse; no meio
dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão”. Núme­
ros 18:21,23

Vemos assim que os levitas tinham obrigações integrais sobre as


coisas de Deus, sendo-lhes vedado a possibilidade de assumir obriga­
ções fora da casa do Senhor. Da mesma form a, os nosso ministros de
hoje, por se dedicarem integralmente na casa do Senhor, toma-se impos­
sível e desaconselhável que continuem tratando de interesses materiais.
O que está sobre o novo pacto não está sob o pacto da lei e sim da
graça. O Cristão não está limitado a guardar as ordenanças e regulamen­
tos, mas está sob o mais completo preceito do amor. Conseqüentemente
o Novo Testamento, nunca ordena a oferta de dízimo, dos primeiros fru­
tos ou de primícias, mas reitera o princípio das ofertas voluntárias, como
uma resposta do homem ao grande amor de nosso Deus em Jesus.
Entre os discípulos de Antioquia cada um ofertou conforme suas
posses.

93
"E os discípulos resolveram mandar, cada um conforme
suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia."
Atos 11:29

O fariseu da parábola de Jesus, deu parte de sua renda.


"Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quan­
to ganho." Lucas 18:12
Zaqueu deu a metade do que possuía, ou seja, 50%.
" Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui,
Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em
alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo
quadruplicado. "Lucas 19:8

A viúva de Serepta e Bamabé deram tudo o que possuiam, ou


seja, 100% dos bens que possuíam.
Como se vê, o Cristão não está sujeito às leis do dízimo, como
não está obrigado a guardar e observar as festas judaicas, e nem tão
pouco o Sábado. Mas conforme o Senhor vier a pedir, nunca deve negar,
seja pouco ou muito, ou muitas vezes tudo que tem. Deus deu tudo ao
homem, inclusive o seu amado e único filho que padeceu a tremenda
morte na cruz pelos nossos pecados fazendo-nos herdeiros de seu glori­
oso Reino.
Portanto é preciso que a relação do homem para com Ele seja de
profunda gratidão, reconhecimento e amor.
Movido por tal amor, o homen redimido deve determinar por si
mesmo qual será a sua responsabilidade em termos de dinheiro, para a
grande obra do Senhor Jesus Cristo, o Salvador.
A quem muito se ama muito se perdoa e pelo amor tudo se faz.
A consciência e o reconhecimento do amor e do perdão de Deus,
deve determinar o tamanho da nossa oferta.
"Para aquele que muito fo i dado muito será cobrado, e
aquele que pouco recebeu, pouco será exigido, e para
aquele que muito se confiou, muito mais lhe pedirão". Lucas
12:48

Se os cristãos reconhecem, a medida, a altura e a profundidade


do amor de Deus que nos tomou participantes da redenção feita na cruz,

94
não haverá necessidade de traçar normas e regulamentos a respeito de
contribuições materiais.
Os filhos de Deus devem perceber adequadamente que a prospe­
ridade material e as oportunidades sociais que temos, vêm das mãos do
Pai celestial.
Contribuir com má vontade é a evidência de que o reconhecimen­
to de que tudo vem de Deus é falho, ou em outras palavras, a vida espiri­
tual está em baixo nível. Nesses casos, a Igreja deve orar incessantemen­
te por um derramamento de nova vida entre os irmãos, com uma nova
visão do amor de Deus e perdão de pecados em seus próprios corações.
A Igreja de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo tem que cres­
cer em força e em submissão, é ordem do Mestre.
Enquanto este evangelho não for pregado a todas as nações não
virá o fim. Por essa razão é preciso que haja muito esforço para cumprir a
ordem do Senhor. E para que tudo venha ser realizado conforme a von­
tade do Senhor, temos que cumpir nossas obrigações, sejam com nossos
bens ou ainda pelos nossos testemunhos e palavras. É mais importante
que o evangelho seja levado a todos os lugares por mais longínquos que
possam ser.
A Congregação Cristã no Brasil tem uma doutrina bem contrária
ao ensinamento do evangelho como tenho crido. Eles se firmam em pe­
quenos versículos, isolando-os sempre do contexto do capítulo ou do
assunto que o autor estava tratando. Rejeitam o conteúdo (a luz seria
mais importante).
Seus anciãos não recebem salários da Igreja, e usam isto como
pretexto para condenar os outros cristãos, ao passo que nenhum dos
apóstolos como analisamos nos textos anteriores, serviu a dois senhores.
Optaram sim em servir exclusivamente ao Senhor Jesus renunciando a
tudo o que é deste mundo, vivendo somente pelo evangelho e para o
evangelho.
O exemplo do Senhor Jesus é o mesmo. Quando assumiu o seu
ministério deixou de ser carpinteiro e ficou à serviço do Pai Eterno.
Quanto ao apóstolo Paulo, está mais que provado que ele dedi­
cou ao Senhor o seu tempo integral e recebia das igrejas o que precisava
para sua manutenção.
Não sei onde esses anciãos encontraram na Bíblia esse tipo de

95
doutrina. É lógico que, quem dá o seu tempo integral para a obra do
Senhor não terá tempo nem condições de se envolver com coisas mate­
riais, tendo por obrigação estar constantemente em comunhão com Deus
e a serviço da Igreja.
Os anciãos como escrevi anteriormente, realmente não podem e
não devem receber ajuda da igreja, pois suas vidas estão completamente
envolvida com coisas matérias, vivendo em função de bens desta vida e
gastando muito pouco tempo para o Senhor. O pior é que pela influência
dos seus cargos, são favorecidos indiretamente com ajudas feita pelos
fiéis. Eu mesmo já presenciei muitas vezes estes anciãos recebendo di­
nheiro e bens para o conforto de si e de suas familias. Isso é muito pior
que ter ajuda direta para trabalhar pelo engrandecimento da obra do Se­
nhor.
Conheço anciãos dessa igreja que nunca trabalharam, nunca pro­
duziram nada, e estão bem de vida, têm ótimas residências e bons carros.
De onde vieram esses recursos, se não procederam de doações espontâ­
neas de seus fiéis? Eu poderia dar nomes aqui, mas preferi não fazê-lo,
mas se for preciso eu poderei dar provas. Eles não são melhores que os
pastores de outras igrejas, pois vivem também indiretamente das igrejas.
Como podemos analisar neste capítulo, os fiéis da igreja primitiva
entregavam suas ofertas não só para manutenção do ministério, mas tam­
bém para que fosse feita assistência social, ajudando os mais pobres.
As Igrejas Evangélicas em nossos dias têm assumido responsabi­
lidade para com os pobres. O exemplo que temos aqui em Goiânia é
maravilhoso. Não vemos mais crianças de rua em nossa cidade. A igreja
assumiu seu papel, e tem cuidado de mais de mil crianças abandonadas e
menores de rua, dando alimentação, teto e amor, muito amor através dos
princípios da Palavra.
As ofertas que damos são para cobrir infinidades de obrigações
que a igreja tem junto aos fiéis, e mesmo com a sociedade.
As Igrejas mantém asilos para idosos, internatos para viciados,
escolas, creches, hospitais, e muitos outros sistemas de apoio àqueles que
precisam de ajuda. Há inclusive distribuição de alimentos às pessoas
carentes.
A Igreja Batista de Manaus mantém um trabalho de distribuição
de alimentos aos doentes dos hospitais. Em uma vila pobre no subúrbio

96
da cidade também são levadas as doações a um bom número de pessoas.
Eu acompanhei esse belo trabalho, todo feito com apoio das ofertas dos
fiéis. Lá também conheci o trabalho de assistência social da Assembléia
de Deus. Essa igreja tem uma organização de irmãs que se dedicam do
trabalho de tirar os meninos de rua para serem educados nos princípios
da Palavra de Deus. Vi um número de aproximadamente 200 crianças
sendo educadas e alimentadas, aprendendo profissões e podendo retomar
aos seus lares, educados e preparados para a vida e para servirem ao
Senhor Jesus.
Como é importante esse trabalho social. Em Santarém, A Igreja
da Paz leva assistência médico-hospitalar à todos os ribeirinhos da região
da Bacia Amazônica, realizando o que é de responsabilidade dos gover­
nos federal e estadual. Eles tem uma frota de aviões somente para dar
assistência gratuita aos pobres da região nos casos de urgência. Isto tudo
não custa nada àqueles que precisam, mas é feita das ofertas dos irmãos
daquela igreja em Santarém. Em Porto Velho e Goiânia também existem
grandes internatos para recuperação de viciados, e não são poucos os
que passam por lá, e hoje, além da cura, encontraram o Senhor Jesus e a
felicidade.
Temos exemplos em todo o Brasil, por isso seria impossível
relacioná-los aqui. Esses são trabalhos que os evangélicos fazem sem
muito alvoroço, mas que realmente são maravilhosos. Isto tudo fruto de
ofertas e do amor à causa do Senhor. Este é o cumprimento do que falou
Jesus em uma de suas parábolas.
"Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me
destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava
nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão
e fostes ver-me.
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos
com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos
de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou
nu, e te vestimos ?
Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-
te?
E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sem­
pre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos
mais pequeninos, a mim o fizestes.

97
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e
não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes;
estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não
me visitastes.
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos
com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo,
ou na prisão, e não te servimos?
Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre
que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos,
deixastes de o fazer a mim." Mateus 25:35-40;41-45

A igreja do Senhor Jesus tem essa obrigação de zelar dos pobres


e tem que cumprir. E como será feito tudo isto? Por meio das ofertas.
A Congregação Cristã condena todos os que fazem a obra soci­
al, alegando que Jesus disse que os pobres sempre existirão, e aos milha­
res, e que não devemos socorrê-los. Eles nada fazem para mudar esse
quadro. Não têm uma escola, nenhum asilo, nem internatos para viciados,
não se dedicam a nada disto, que segundo eles, são coisas materiais, e
eles vivem somente do "espiritual".
Uma igreja que não interessa e não faz assistência social, realmen­
te não precisa de ofertas, pois o dinheiro que entra em seus cofres é
somente para construir prédios de igrejas, ou seja, aumentar o patrimônio
dos detentores do poder.

13 - O BEBER SOCIALMENTE
A Congregação Cristã no Brasil não tem restrição quanto ao uso
do álcool. O uso deste produto é liberado ao seus fiéis, que podem até
mesmo viver da venda de produtos alcoólicos.
A maioria de seus anciãos não só toma bebidas alcoólicas, como
também chega a ter bares domésticos, geladeiras e frízeres cheios de be­
bidas alcóolicas para si, e claro, para os amigos que os visitam. Eles usam
todas as espécies de bebidas, não faltando o próprio whisky. Eu sou tes­
temunha ocular desse mau procedimento, pois estive por lá muitos anos.
Eu não estou tratando sobre o liberalismo e menosprezo às Sa­
gradas Escrituras com satisfação, mas com tristeza, especialmente por­
que todos que se dizem cristãos.
Nos eventos como casamentos, aniversários, festa de final de ano,
o álcool é o principal produto, sendo distribuído à vontade, até para os

98
menores de idade, o que é lamentável. M uita gente sai dessas festas
embriagadas. Será que existe vício mais maldito que o uso do álcool?
De cada dez usuários dessa droga que se chama álcool, um se
torna dependente.
Nessas reuniões festivas é muito raro um ato de louvor ao Senhor.
São servidos bons pratos, sempre acompanhados pelo álcool e
por músicas profanas. Pergunto, será que Jesus está nesses ambientes?
Paulo em Efésios 5:1 lescreve: "Sejamos imitadores de Deus como f i­
lhos amados".
Será que o Senhor se sentirá à vontade nesse meio cheirando a
álcool?
Em Efésios 5:15 e 18, Paulo nos esereve:
"Vede prudentemente como andais, não como néscios, mas
como sábios, usando bem cada oportunidade, pois os dias
são maus.Por esta rasão não sejais insensatos mas entendei
qual é a vontade do Senhor."
"Não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução,
mas enchei-vos do Espírito Santo, falando entre vós com
salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando
de coração. Dando graças ao Senhor por tudo ao que nos
deu".

Será que no meio de músicas profanas e derrame de bebidas al­


coólicas poderá se cumprir o que o apóstolo requereu acima?

"Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem


as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas
sem causa? e para quem os olhos vermelhos? Para os que
se demoram perto do vinho, para os que andam buscando
bebida misturada". Provérbios 23:29 e 30
"Ai dos que se levantam cedo para correrem atrás de bebi­
das fortes, e continuam até a noite, até que o vinho os
esquente". Isaías 5:11

"Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos cora­


ções se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos
cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improvi­
so como um laço". Lucas 21:34

99
"Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração:
Meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os seus
conservos, e a comer e beber com os ébrios, virá o senhor
daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora
de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua
parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de den­
tes ." Mateus 24:48 -51
"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e
todo aquele que neles errar não é sábio." Provérbios 20: 1
"Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias
e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em
contendas e inveja." Romanos 13-13
"As invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes
a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos
preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o
reino de Deus." Gálatas 5- 21
"O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus
grandes, e bebeu vinho na presença dos mil. Havendo
Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro
e de prata que Nabucodonozor, seu pai, tinha tirado do
templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por
eles o rei, e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.
Então trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do
templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e bebe­
ram por eles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e
concubinas. Beberam vinho, e deram louvores aos deuses
de ouro, e de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de
pedra. Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de
homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da
parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que
estava escrevendo." Daniel 5-1-4

A bebida forte é coisa de ímpios, que não servem ao Senhor,


como nos textos citados. As igrejas que seguem a doutrina evangélica e
que procuram obedecer e servir ao Senhor Jesus, não podem permitir
bebidas fortes, e muito menos comercializá-las ou dar apoio àqueles que
a consomem. Devem sim ajudá-los a deixar o vício para servirem o Se­
nhor.

100
O Dr. Tércio, médico do Hospital dos Servidores Públicos de
São Paulo, tem constatado que o trabalho religioso seguidos de acompa­
nhamento, tem sido marcante na vida dos viciados, e que na maioria dos
casos, tem revelado a recuperação e libertação total do vício.
Em "O Atalaia", uma revista evangélica, em sua edição especial,
na página cinco, o mesmo Dr. Tércio, comenta que mesmo em lares onde
os pais não usam bebidas ou fumo, os filhos sofrem com os problemas de
relacionamentos. Imagine então o futuro dos filhos nos lares onde o álcool
é liberado? E como ficam as igrejas onde a bebida é liberada para os seus
fiéis? E triste e lamentável.
O Dr. Harold Shryock faz uma avaliação muito triste sobre o uso
do álcool. Em uma pesquisa feita nos Estados Unidos constatou-se que o
uso do álcool causa pelo menos um em cada cinco acidente automobilís­
tico naquele país. Cerca de 30% dos pedestres morrem atropelados de­
vido a embriaguez. Aproximadamente 50% das mortes traumáticas aci­
dentais, homicídios e suicídios são provocados pelo uso do álcool.
No Brasil 30% dos acidentes do trabalho são provocados pelo
uso do álcool. Em outra pesquisa, foi comprovado que em 22% dos
casos de internação em hospitais psiquiátricos no Brasil, suas causas é o
alcoolismo. Porém 80% dos alcoólatras são pessoas de baixa renda e
sem condições financeiras para custear o tratamento.
É estarrecedor para nós evangélicos estes resultados. Eles são um
alerta para aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo, para que façam
todo o possível, a fim de reverter tamanha desgraça em nossa sociedade,
trazendo essas pobres criaturas para o seio da casa de Deus.
Estatísticas feita na Rússia constataram que 60% dos crimes pra­
ticados por jovens, são provocados por uso do álcool, e mais de 50%
daqueles que furtam e roubam são alcoólatras.
"O Atalaia" relata um fato muito triste, acontecido nos Estados
Unidos. Há alguns anos um pregador defendeu o uso do vinho como
bebida, e demonstrou que e seu uso era saudável e bíblico. Quando
terminou o seu discurso, um idoso senhor se levantou e pediu permissão
para dizer algumas palavras.
- Certo jovem amigo meu, disse ele, por muito tempo havia sido
intemperante, decidiu finalmente, para alegria de seus amigos, fazer um

101
voto, que seu corpo ficaria completamente abstido de tudo o que fosse
vício. Manteve fielmente sua promessa durante alguns anos lutando con­
tra o vício, até que numa reunião social, foram oferecido copos de licores.
Quando aquele licor foi oferecido a um clérigo que se achava presente,
este não só aceitou um copo como também defendeu a prática do uso do
álcool. Bem, pensou o jovem, "Se um clérigo pode beber vinho e ainda
justificar o uso com tanta eloquência, porque eu não haveria de beber
também?" E aceitou um copo. Num instante seu apetite adormecido des­
pertou com maior intensidade e continuou a beber até ser levado às
profundezas do vício e ao delírio, morrendo logo depois louco e furioso.
O ancião fez uma pausa e em seguida acrescentou: esse jovem era
o n ,eu próprio filho, e o clérigo desta estória era este respeitável ministro
que acaba de falar.
Estes fatos são uma constante na sociedade em razão da grande
publicidade que incentiva o uso do álcool, sendo que essa propaganda
deveria ser expressamente proibida por lei. Muito mais decepcionante, é
quando uma igreja que se diz cristã, defende o alcoolismo no seio de suas
lideranças.
Estive em Ourinhos-SP, em janeiro de 1996, visitando algumas
famílias crentes, conversando sobre a doutrina do Senhor Jesus, surgiu
um caso que muito nos entristeceu.
Houve dois casamentos, e por coincidência a festa foi no mesmo
clube, em salões diferentes. Um era de crentes da Assembléia de Deus e
a outra da Congregação Cristã no Brasil.
Para a primeira, o uso e costume são rígidos sobre o uso do álco­
ol, sendo vedado o consumo entre os fiéis. Na outra o uso é liberado
para todos.
No primeiro, como de costume, não houve bebidas alcoólicas,
sendo servido refrigerantes e sucos de frutas. A segunda festa foi regada
a bebidas alcoólicas, saindo dali uma quantidade de embriagados, uma
vergonha para aqueles que se dizem cristãos.
Estes acontecimentos jamais poderiam acontecer no meio daque­
les que se julgam cristãos e se consideram superiores aos demais. Eles
têm como base doutrinária o uso e comercialização de bebidas alcoólicas
em apenas um versículo.
"Não continues a beber somente água; usa um pouco de

102
vinho, por causa do teu estômago e de suas freqüentes
enfermidades". I Timóteo 5:23

Paulo aqui se refere ao vinho como remédio e não como vício. O


Próprio apóstolo condenou profundamente o vício e embriaguez.
"E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassi­
dão, mas enchei-vos do Espírito, não vos embriagues com
vinho". Efésios 5:18

As Igrejas evangélicas são severas quanto a questão do álcool, e


sofrem grandes problemas com este vício. Você já pensou como seria se
esse maldito vício fosse liberado? Eu gostaria que os anciãos da Congre­
gação Cristã no Brasil pudessem sentir o grande erro que estão cometen­
do na liberação e venda de bebidas alcóolicas e mudassem de posição
enquanto é tempo de arrependimento em Jesus Cristo.
No livro "As 20 Razões por que não posso ser crente da Congre­
gação Cristã no Brasil", na página 16, sétimo capítulo está escrito: "Infe­
lizmente conheço muitos Glórias que bebem bebidas alcoólicas e se em­
briagam, fumam e fazem outras coisas também que não devemos mencioná-
las, e por causa dessas coisas não tenho condições de pertencer a essa
religião.
Eu lamentavelmente confirmo que estes fatos realmente são ver­
dadeiros e bem comuns entre eles.

14 - OS CULTOS FORA DA IGREJA


Na Congregação Cristã do Brasil não é recomendável a realiza­
ção de cultos fora da Igreja, ou seja, não são aceitos os cultos em praças,
ou em outros lugares públicos, sendo evitados mesmo em casas particula­
res.
Na reunião ministerial do ano de 1995 foi proibida a realização de
cultos em presídios ou casas de detenção. Eles não fazem cultos familia­
res ou domiciliares, nem orações coletivas. Estes costumes, segundo eles,
"contrariam" as Sagradas Escrituras.
Em Gênesis, nos capítulos 13 el4 , o Senhor fala com Abraão
fora de sua tenda e faz a ele várias promessas. Em Gênesis 18:1, três
anjos vêm falar com Abraão, ele quando os vê, corre ao encontro deles,
prostra aos seus pés e os adora ao ar livre ou seja, fora da tenda. Em

103
Gênesis 28:10, Jacó parou para descansar e dormiu e o Senhor em so­
nhos falou com ele fortalecendo sua fé em sua caminhada.
Em Êxodo 3:1, Moisés leva o rebanho de seu sogro para trás do
deserto, e chegou até o monte Horebe, foi ali que Deus falou com Moisés
sendo o marco da redenção do Seu povo do Egito.
Em I Reis 19:8, Deus fala com o profeta Elias dentro de uma
caverna no monte Horebe.
No livro do profeta Jonas, no capítulo 1versículos um e dois, Deus
manda Jonas para Nínive anunciar àquele povo o castigo por sua desobe­
diência. Ele não mandou ir a Társis e muito menos para qualquer outro
lugar. Depois do grande susto que passou dentro barriga do peixe, Jonas
decide obedecer as Palavras do Senhor e vai então anunciar a todos os
moradores de Nínive. Jonas 3:14.
Como vemos, foi um trabalho missionário de Jonas, andando pelas
ruas daquela grande cidade anunciando ao povo, a necessidade de arre­
pendessem de seus pecados, e se vestissem de sacos e se cobrissem de
cinzas, como prova de arrependimento e obediência.
No evangelho de Marcos o Senhor Jesus ordena a seus discípu­
los o seguinte: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a
criatura". Ele jamais falou: "Ide às Igrejas".
Em Atos 8:4, os discípulos que foram dispersos iam por todos os
lugares, e anunciavam as boas novas do Senhor.
Em Mateus 3:1, vemos que João Batista ensinava e era conheci­
do como aquele que pregava nos desertos.
Mateus 9:35, Jesus percorria as cidades e aldeias ensinando nas
sinagogas e pregando o evangelho do Reino, curando toda a sorte de
enfermidades. O próprio Senhor Jesus pregou nas sinagogas e fora dali,
em todos os lugares.
Marcos 16:20 diz que os discípulos saindo, pregavam por toda
parte, e cooperando com eles, o Senhor confirmava a palavra com os
sinais e milagres.
"E vi outro Anjo voando pelo meio do Céu, e tinha um
evangelho eterno para ser proclamado aos que habitam
sobre a terra, e a todas as nações, tribos e línguas e Po­
vos". Apocalipse 14:6
Os Anjo estavam voando nos céus , não dentro de uma Igreja.

104
Em Lucas 14:21 -23, percebemos com clareza como deveríamos
pregar o evangelho. "Ide pelas ruas e becos da cidade e trazei para aqui
os pobres; saí pelas ruas e veredas, e obrigai a todos para que minha casa
fique cheia.
Jesus pregava nas ruas. Lucas]3:2
Jesus pregava nas praças. Marcos 1:15.
Jesus pregava nos montes. Mateus 8-1-6. O sermão da mon­
tanha.
Jesus pregava nas casas. Mateus 9:9-13.
Jesus pregava às margens dos rios. Lucas 14:1-5 e Mateus 19.
Jesus pregava e fazia milagres nas praias. João 6:1-14,
Mateus 14: 13-21; Lucas 9:10,17.
Jesus fez sua pregação dentro de um barco e falou à mul­
tidão que estava na praia. Lucas 5:1-11
Jesus, montado em um jumento, passa pelas ruas de Jerusa-
1ém como Rei anunciando a Glória de seu Pai.
Paulo pregava e orava em praças públicas. Atos 17:17; 21:5
Paulo pregava também nas margens dos rios. Atos 16:13 .
Os demais apóstolos fizeram a mesma coisa, pregando em todos
os lugares. Não haviam os prédios que hoje denominamos igrejas, a mai­
oria dessas pregações foi feita de casa em casa e nas ruas, e não em
templos.
Na Congregação Cristã no Brasil é proibido pregar em presídios
e em casas de detenção. Isto é uma negação às Escrituras. Jesus socorreu
os mais carentes e necessitados que havia nos seus dias. Os rejeitados e
marginalizados foram seus seguidores e discípulos.
Encontramos muitos relatos de Paulo, Pedro e outros apóstolos
pregando nos cárcerces e realizando sempre prodígios e sinais.
Como ficou bem claro acima, nunca nos ensinamentos bíblicos foi
estipulado lugares para se anunciar ou pregar o evangelho. A ordem foi
explícita:
"Anunciai o evangelho em todos os lugares; praças, mon­
tes, becos, penitenciarias, hospitais, asilos, internatos, centro de
recuperação..."
É falsa a idéia de salvação somente na Igreja. A salvação é um
irabalho missionário de divulgação, levando a mensagem de Jesus Cristo
onde estiver alguém que busque a fé.
A Congregação Cristã no Brasil não aceita que se prega o evan­
105
gelho em todos os lugares. Para eles realmente não é necessário. O cos­
tume deles é bem diferente dos ensinamentos bíblicos dos demais evan­
gélicos que trabalham dia e noite em busca de pecadores ao arrependi­
mento.
Os glórias tem como prática, tomar crentes das outras igrejas,
menosprezando todos os demais evangélicos, considerando-os como
desobedientes. Só eles seriam os perfeitos servidores do Senhor, julgam-
se privilegiados, e os únicos predestinados para a salvação.
Essa prepotência os leva a se esquecerem que a seara é grande e
os trabalhadores são poucos.

15 - OS DONS DO ESPÍRITO E O DOM


DE LÍNGUAS ESTRANHAS
O dom de línguas sendo um dom muito pessoal, o mais comum
nas Igrejas, se tornando perigoso também por ser facilmente imitado.
Billy Graham em um de seus livros escreveu sobre três espécies
de manifestações em línguas; O Espírito Santo, a influência psicológica e a
influência satânica. O Espírito Santo e os dons que ele concede aos cren­
tes não tem por objetivo dividir os fiéis. Quando uma comunidade coloca
ênfase sobremaneira neste dom está discriminando os que não falam, e
isto se torna em pecado.(Transcrito do livro Seitas Neo-Pentecostais,
página 166).
Porém as Escrituras Sagradas também nos pedem certa atenção
sobre este assunto.
Quanto ao dom de língua é preciso que tenha junto o dom de
discernimento e o de interpretação. O apóstolo Paulo sabia muito bem o
que poderia acontecer nas Igrejas, procurou doutriná-las da melhor for­
ma possível a respeito do uso dos dons espirituais, ensinando a melhor
maneira para seus usos.
O dom que mais preocupou o apóstolo foi realmente o dom de
línguas, e procurou esclarecer todas as dúvidas referente a esse assunto
junto à Igreja.
"Segui o Amor, e procurai com zelo os dons espirituais,
mais de preferencia o dom de profecia". I Coríntios 14:9

O dom de línguas é um dom que a Igreja deve buscar, porém,

106
poderá ser um dom exclusivo. Existe outros dons de maior importância
para a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Paulo em I Coríntios 14:2 e 28 deixa bem claro o uso dos dons, e
mostra-nos como se deve usar o dom de línguas estranhas na Igreja.
"Quando vos reunis, um tem salmo,outro doutrina este traz
revelação, aquele outra língua, e ainda outro interpreta­
ção. Seja tudo feito para a edificação. No caso de alguém
falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou
quando muito três e isto sucessivamente, e haja quem in­
terprete. Mas não havendo intérprete, fique calado na igre­
ja, falando consigo mesmo e com Deus".
I Coríntios 14:26-28

Sendo com ordem e decência. Não é proibido falar em línguas


estranhas na Igreja, nem mesmo fora. O que Deus espera de nós é que
comuniquemos com Ele a todo momento. Os dons do Espírito Santo são
repartido a cada um para a edificação de sua Santa Igreja, que é o Coipo
de Cristo na Terra.
"Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos,
que sejais ignorantes. Ora, há diversidade de dons, mas o
Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o
Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém,
é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum.
Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedo­
ria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a
outro, pelo mesmo Espírito, a fé.; a outro, pelo mesmo Espí­
rito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a
outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a
outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de
línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas
coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.
Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e
todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só
corpo, assim também é Cristo". I Coríntios 12:1,4 a 12
"Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus
membros. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente após­
tolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, de­
pois operadores de milagres, depois dons de curar, socor­
ros, governos, variedades de línguas. Porventura são to-

107
dos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são
todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar?
falam todos em línguas? interpretam todos? Mas procurai
com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um
caminho sobremodo excelente." I Coríntios 12: 27 a 31.
Por isso nem todos recebem o mesmo dom.
A Congregação Cristã no Brasil não aceita na íntegra a doutrina
dos apóstolos. Para seus líderes existe três classes: os privilegiados que
são portadores dos dons especiais e de profecias, auras, sabedoria, ciên­
cias. Os anciãos que se consideram ungidos do Senhor e dignos das mai­
ores bênçãos. E a "palavra" que os fiéis devem ouvir sem contestação,
sendo que estas "palavras" são dadas em suas bocas pelo Espírito Santo
e a Igreja deve obedecê-la.
Os adeptos são divididos em dois grupos: os que falam em lín­
guas e os que não falam. A maioria dos fiéis não fala em línguas estranhas.
Estes como ficam entre os demais?
Escreve o apóstolo:
"Dou graças ao meu Deus, porque falo mais em línguas
que todos vós. Contudo, prefiro falar na Igreja, cinco pa­
lavras com o meu entendimento, para instruir outros, a
falar dez. mil palavras em línguas estranhas que ninguém
entende". I Coríntios 14:18,19

O Espírito Santo é a fonte de todo o entendimento e identificado


por muitos como divina sabedoria. Todo conhecimento e entendimento
dado aos homens procedem da inspiração do Todo Poderoso.
O ápice das dispensação dos dons espirituais pode-se dizer que
foi o dom da profecia. Moisés quando aconselhado por Josué a proibir
Eldade e Medade de profetizar disse-lhe:
"Tens tú ciúmes por mim? Oxalá que do povo do Senhor
todos fossem profetas, que o Senhor pusesse o seu Espíri­
to sobre eles". Números 11:29
Seria de valor extraordinário para o povo escolhido, se todos se
tornassem profetas, porque assim mais depressa se cumpriria o plano de
Deus. Na Congregação Cristã no Brasil, o direito ao púlpito é vedado,
para os demais fiéis, sendo o púlpito considerado o Santos dos Santos,
por isso o povo não pode fazer uso dele.

108
No tocante ao cumprimento das profecias no dia de Pentecostes,
abservamos a evidência da sábia orientação de Deus em fazer com que
se realizasse aquele espetáculo inédito.
A festa de Pentecostes era uma das três grandes celebrações anu­
ais em Israel ( Páscoa, Pentecostes, e Tabernáculos) em que todos eram
obrigados a comparecer. Jerusalém estava repleta de gente de todas as
partes do mundo até então conhecido, 16 nacionalidades são menciona­
das na passagem de Atos 2. Essa era uma ótima oportunidade para a
evangelização do mundo, falando na própria língua daqueles que assisti­
am e ouviam a mensagem do Evangelho. Foram batizados quase três mil
almas sendo este o marco fundamental para a obra e poder do Espírito
Santo.
O Espírito Santo edificou a igreja e continua concedendo os dons
para os cristãos de todas as épocas. Os dons do Espírito Santo que são o
maior presente que Deus poderia nos dar na vida Cristã. A manifestação
do Espírito Santo está ligada à transformação da pessoa, ao abandono
do pecado, para o conhecimento e aceitação do Evangelho em Cristo
Jesus.
Para que o cristão tenha vida abundante, é preciso ser constante
na oração e fortalecido na fé. Quando o cristão está cheio do Espírito
Santo, então está preparado para ter um encontro com Deus e ter o seu
espírito aberto para no conhecimento da palavra do Senhor discernir o
verdadeiro sentido do texto. O Espírito Santo que nos convence do pe­
cado, da justiça e do juízo. Quando nos convertemos, recebemos o Es­
pírito Santo, e não há razão para perder a segunda bênção, pois já estamos
completos para caminhar junto ao Senhor Jesus Cristo. Primeiramente
devemos ser batizado, e receber o Espírito Santo, vivendo em novidade
de vida. O verdadeiro cristão de acordo com as Santas Escrituras em
cumprimento com as promessas do Senhor Jesus vivem cheios do Espíri­
to Santo, fortalecido n'Ele. Estamos com certeza realizando a caminhada
da vida eterna, o descanso com o Senhor.
Os crentes reunidos pediram ousadia para falar de Jesus, e foram
cheios do Espírito, como se lê em Atos 4:31.

"E tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reu­


nidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anuncia­
vam com intrepidez a palavra do Senhor".

109
Estar cheio do Espírito é estar plenamente governado e controla­
do pelo Seu poder. O principal objetivo do Espírito Santo é glorificar a
Jesus Cristo e torná-lo real para nós cristãos. A outra maneira de dizer
que estamos sobre o completo controle de Jesus Cristo encontrado em
Gálatas capítulo dois verso vinte.
O crente cheio do Espírito Santo sempre está dando graças por
tudo e não algumas vezes.
A Submissão não é atitude de pessoas comuns, e sim daqueles
que são e estão sempre cheios d'Ele.
ICoríntios 13:1,3 , está escrito:
"Ainda que eu fale as línguas dos anjos e dos homens se
não tiver o amor, serei como sino que retine ou como o
metal que sibila. E ainda que eu tivesse o dom cla profecia,
e se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ain­
da que tivesse toda a fé de maneira tal de transportar mon­
tes, se não tivesse o amor de nada seria. Se eu destribuísse
todos os meus bens aos pobres e ainda que entregasse meu
corpo para ser queimado, se não tivesse o amor, nada dis­
so me aproveitaria. O maior de todos os dons é o amor. O
amor jam ais acaba , mas havendo profecias
cessarão;havendo línguas cessarão; havendo ciência de­
saparecerão, porque em parte conhecemos e em parte pro­
fetizamos; mas quando vier o que é perfeito, o que é
em parte será aniquilado".
A vontade humana pode mover-se para o mal; nunca porém , a de
Deus. Na vida do homem observa-se que o pecado tem a propriedade
de retardar a capacidade de amar. O Espírito de Deus, que é santíssimo,
porém não tem essa limitação, Ele ama como ninguém jamais amaria.
O apóstolo Paulo nos instrui a sermos seus imitadores, como ele
foi do Senhor Jesus Cristo. É procurando isto, que estamos a caminho da
perfeição de Jesus Cristo.
Em todo o Antigo Testamento vemos o Espírito Santo de Deus
operando na natureza e dando poderes extraordinários aos homens. Es­
ses poderes não são naturais, são dons de Deus concedidos aos homens
para uma finalidade divina, e são recebidas como dons, que são graça de
Deus, e não merecimento humano.
O Espírito é a fonte de todo entendimento e identificado por mui-

110
tos como a fonte da divina sabedoria. O conhecimento e toda a sabedoria
dados aos homens para o bem e engrandecimento de Sua obra procedem
d'Ele mesmo, do Todo Poderoso. "Na verdade, há um espírito no ho­
mem, e o sopro do Todo Poderoso o fa z entendido". Jó 32:8
Segundo Efésios capítulo quatro, o Espírito Santo promove a uni­
dade da Igreja; concedendo dons também em diversidade de formas.O
Espírito Santo trabalha intimamente relacionado com a Unidade.
O Espírito Santo estimula a comunhão dos fiéis. "A graça do Se­
nhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós". II Coríntios 13:13
"Se há pois alguma exortação em Cristo, alguma consola­
ção de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entra­
nhados afetos de misericórdias, completai a minha alegria
de modo que pensei a mesma coisa, tenhais o mesmo amor,
sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada
façais por partidarism o ou vanglória, mas por
humildade,considerando cada um os outros superiores a
si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamen­
te seu, senão também cada qual o que é dos outros."
Filipeses 2:1-4

O Espírito Santo concede um pouco de si mesmo a todos os cren­


tes, de modo que todos sejam igualmente participantes d'Ele; ele inspira o
conhecimento nas escrituras:
"Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e per­
feitamente habilitado para toda a boa obra". II Timóteo
3:16,17
"Sabendo primeiramente, isto, que nenhuma profecia da
Escritura provém de particular elucidação;porque nunca
jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana,
entretanto homens {santos) falaram da parte de Deus mo­
vidos pelo Espírito Santo". II Pedro 1:20-21

O Espírito Santo fala através das pregações vivificando e orde­


nando a Igreja em Cristo Jesus. Ele atua na vida do cristão levando-o a se
santificar cada vez mais.

111
Pela análise feita neste capítulo, podemos compreender que tudo
provém de um mesmo Espírito, que é derramado sobre a Igreja de nosso
Senhor Jesus Cristo, não para honra e glória daqueles que são usados, e
sim para afirmação e fé daqueles que procuram servir ao Senhor.
O Espírito Santo é o pleno poder de Deus sobre sua Igreja, tendo
um envolvimento global com os Santos em função do desenvolvimento da
obra do Senhor Jesus.
Para concluir este assunto, a Igreja de nosso Senhor e Salvador
Jesus tem por obrigação buscar o poder e a ajuda do Espírito Santo em
sua plenitude, não esquecendo de procurar os melhores dons para o
engradecimento da obra do Senhor.
A Congregação Cristã no Brasil, como as demais igrejas
pentecostais, crê nos dons espirituais. Só que esta, tem o dom de línguas
como a terceira bênção, e os fiéis deverão buscar com perseverança o
falarem línguas estranhas.
Nas reuniões de orações, a prioridade é falar em línguas estra­
nhas.
O dom de língua é um dom muito pessoal, que traz bons efeitos a
quem exercita, mas como escreveu o apóstolo Paulo, não edifica a Igreja,
mas sim àquele que ora, salvo se interpretar.
As Igrejas de Jesus Cristo devem buscar todos os dons sem dife­
renciação, com amor, sabedoria, ciência e entendimento. São eles: o
dom da fé, da cura de enfermidades, de milagres, profecias, discernimento
de espíritos, línguas e interpretação das línguas.
Não importando quem seja o portador, mas, é preciso que a San­
ta Igreja esteja constantemente revestida do poder do alto, que o Senhor
há muito prometeu, destribuindo os dons a cada um conforme a necessi­
dade de sua obra nesta terra.
Não podemos e não devemos nos reunir e ficarmos somente bus­
cando o falarem línguas estranhas. Este conceito não se acha fundamen­
tado nas Sagradas Escrituras. Durante os muitos anos que estive na Con­
gregação a prioridade sempre foi ser batizado com línguas estranhas.
Esta prioridade leva a igreja a ser dividida em dois grupos: os que falam
e os que não falam em línguas estranhas. E comum nos cultos os fiéis se
levantarem e usando o microfone, dar graças a Deus por terem sido
selados com o dom doEspírito Santo, falando em línguas entranhas. As­
sim dão a entender, que foram privilegiados mais que os demais que não
112
receberam ou que não falam em línguas entranhas. Será que os demais
dons não seriam muito mais importante para a Igreja?
É preciso que a Igreja busque todos os dons e não priorize apenas um.
Os "cargos superiores" da Igreja são privilégio somente dos que
têm o "dom de línguas" . Deixo uma nova pergunta: Quem não fala
línguas estranhas não é crente, nem filho de Deus digno da graça do Se­
nhor Jesus Cristo?
Este conceito deles é muito errado, e não tem base nenhuma na
Palavra de Deus.
A salvação jamais foi privilégio de quem fala em línguas estranhas
e sim de todos aqueles que pela fé lavaram suas vestes no sangue do
Cordeiro. E como está escrito: "todos os que crerem eforem batizados
serão salvos, e receberão o Espírito Santo."
Está bem claro que se nós não formos revestido pelo Poder do
Santo Espírito jamais teríamos forças ou condições de resistir ao pecado
e viver em novidade de vida.
O maior dom que existe por parte do Espírito Santo foi o dom da
graça, que em Jesus Cristo, nos perdou e nos purificou dos pecados e da
maldição, livrando- nos das garras de Satanás.
O maior de todos os dons é o amor; porém nenhuma pessoa po­
derá alcançá-lo se não for pela obra do Santo Espírito de Deus, que é o
único capaz de mudar as nossas vidas, como num apagar e acender de
uma luz. Este sim, é o grande milagre de Deus em Jesus Cristo para a
salvação da humanidade.
Fomos batizado pelo Espírito Santo, perdoados pelo poder do
Sangue de Jesus, e transformados, mesmo quando estávamos longe do
Senhor Jesus, e pela sua misericórdia e poder, alcançarmos o direito ben­
dito da salvação.
Não consta nas escrituras que o eunuco quando creu em Deus na
pregação de Filipe, falou línguas estranhas como sinal de salvação.
Poderia dar muitos nomes de pessoas que se converteram ao Se­
nhor que se transformaram em Jesus Cristo que não falavam línguas estra­
nhas.
Pelas escrituras sagradas está bem claro, como veremos neste
capítulo, que ter o Espírito Santo, não é só falar línguas estranhas e sim ser
revestido pelo poder de Deus, para viver uma vida de santidade.
É justo que o dom de línguas estranhas faça parte dos demais

113
dons que o Senhor dispensou a sua amada Igreja, mas de forma alguma
ele é prioridade.
Os demais dons são para o fortalecimento da Igreja, enquanto
que o dom de línguas é para a edificação pessoal.
Quem fala línguas estranhas edifica a si próprio, não edifica a
Igreja e foi o único dom que Paulo preocupou em doutriná-lo para a
Igreja de Corinto.
Paulo escreveu: Buscai com cuidado os principais dons. Quais
são os principais dons? sabedoria, ciência; fé,cura, milagres, profecias,
discernimento de espíritos, dons de línguas e interpretação das línguas.
Mas o que Paulo pede, é que se busque com perseverança o dom da
Caridade, ou seja, o Amor e a Profecia e escreve:
"Quando, porém vier o que é perfeito, então o que é em
parte será aniquilado.Agora, pois, permanecem a fé,a es­
perança e o amor, estes três; porém o maior destes é o
amor". I Coríntios 13: 10 e 13

Quando a Igreja de Jesus Cristo exercita o dom do amor com


dedicação, os demais automaticamente já lhes pertencerão e estaremos
caminhando para a perfeição.

16 - A SANTA CEIA
A Congregação Cristã no Brasil celebra a Santa Ceia totalmente
diferente das demais Igrejas evangélicas. Não sei se por contestação ou
falta de conhecimento.
Os membros das igrejas evangélicas celebram a Santa Ceia sen­
tados, a Congregação celebra de joelho em torno do púlpito. As igrejas
evangélicas servem o vinho em cálices individuais, eles em um único cálice
para todos, fazendo reposição constante antes que termine o conteúdo.
As Igrejas evangélicas primeiro consagram e servem o pão e de­
pois o vinho, eles servem o pão e o vinho em ato contínuo.As outras
celebram a Santa Ceia de trinta em trinta dias, eles servem de ano em ano.
As outras usam a celebração da Santa Ceia em memória pela cruscificação
e morte do Senhor Jesus. Os glórias apesar de realizarem uma cerimônia
como aquela, usam a Santa Ceia como meio de recenciamento, avaliando
o número quantitativo dos adeptos.

114
Em lugar algum na Bíblia há referência à adequada posição para
participar da Santa Ceia, mas é bem provável que sempre foi sentado. As
Igrejas evangélicas participam sentados, e não há razão alguma para
constestar nem para discutir dogmas ou doutrinas sobre este caso.
Em todos os textos bíblicos quando se diz que serviram a Santa
Ceia em um único cálice e porque estavam reunidos apenas os apóstolos,
sendo um número bem resumido de pessoas, em uma comunidade onde
as pessoas viviam intimamente juntas e se conheciam muito bem, sendo
costume em reuniões de famílias ou de amigos servirem refeições em va­
silhas únicas. Ainda em nossos dias existem muitas famílias e igrejas me­
nores, que têm por costume servirem bebidas em um só copo, sendo isto
exemplo de intimidade e bom relacionamento social. Mas quando se trata
de reuniões de maior número de pessoas, forna-se perigoso e anti-higiê­
nico fazê-lo.
Por questão de ética e de educação, seria uma aberração servir
qualquer tipo de alimento ou bebidas a uma quantidade relativa de pesso­
as em um único copo, como no caso da Santa Ceia.
Hoje pela grande abrangência do Evangelho, é impossível manter
aqueles costumes por muitas razões. Primeiro, porque numa igreja com
centenas ou milhares de fiéis seria impossível existir uma aproximação
íntima entre todos, pois na maioria das vezes só se encontram nas reuni­
ões de domingo, não havendo o menor relacionamento entre si. Não é
possível conhecer o estado de saúde de cada u m , tornando anti-higiênico
o uso de um único cálice para todos. O pior é que a reposição do vinho é
feita antes de acabar o conteúdo do cálice, sendo a renovação constante.
Essa razão aumenta as impurezas produzidas pelas saliva acumulada no
cálice. Os glórias deveriam evoluir no entendimento para saber que o
sacramento não está no objeto e sim no conteúdo que simboliza o sangue
de Jesus Cristo.
Não há fundamento algum em se santificar o objeto que é o cálice,
que apenas contém o vinho que é a razão da celebração da Ceia do
Senhor. Não podemos materializar este ato solene santificando o objeto,
e esquecendo do mais importante, que é o conteúdo. Não seja um ou
mais cálice o mais importante, e sim, o cumprimento do Evangelho na
celebração da Santa Ceia.
Se o pão simboliza o corpo do Senhor Jesus, e o fruto da vide, o
seu sangue derramado por nós na cruz do Calvário, pergunta-se: qual o
mais importante? O objeto ou o conteúdo? Em lugar algum está escrito
que aquele que beber neste cálice, mas está escrito aquele que beber
deste cálice. O cálice simboliza somente angústia, o pão o corpo do
Senhor e o fruto da vida seu sangue derramado na cruz.
Vejamos: beber neste cálice, está se consagrando o objeto, e be­
ber deste cálice está se consagrando o conteúdo. É justo que fiquemos
com o conteúdo que é o verdadeiro símbolo do sangue.
Eles servem a Santa Ceia partindo o pão e usando um cálice de
grande porte, enchendo-o de vinho.Um ora pelo pão e outro pelo vinho,
e é servida a ceia indo na frente um com o pão, e logo em seguida outro
com o vinho sendo que, na maioria das vezes, o fiel ainda está com o pão
na boca e já está bebendo o vinho, misturando o pão e o vinho.
A Santa Ceia apostólica não foi servida assim.O Senhor Jesus
instituiu a Santa Ceia da seguinte maneira:
"Primeiro partiu o pão e o abençoando-o partiu e o deu
aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo,
Depois tomou o cálice e tendo graças o deu aos discípulos
dizendo .Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o
sangue da Nova Aliança, derramado em favor de muitos,
para remissão de pecados". Mateus 26:17-30 ; Lucas 22:14-
23 ; I Coríntios 11:23-34

O Senhor Jesus não estipulou datas a serem celebradas a


Ceia. "Todas as vezes que comerdes o pão e tomardes o cálice estareis
lembrando da morte do Senhor até que Ele venha ".
Paulo também como doutrinador do evangelho não estipulou da­
tas e deixou bem claro que a Santa Ceia deve ser um ato solene da Igreja
para servir de reforço na fé em qualquer oportunidade.
I Coríntios 11:17-29 deixa bem claro que a Ceia do Senhor, não
tinha dia estipulado para ser celebrada, mas conforme a necessidade da
Igreja.
O costume dos apóstolos era celebrar a Santa Ceia aos domin­
gos, ou seja no primeiro dia da semana.
"No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o
fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no
dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à
meia-noite". Atos 20-7
Na Congregação Cristã no Brasil a Santa Ceia é celebrada ape­
nas uma vez por ano.
Vejamos a contradição:
"Todas as vezes que comerdes o pão e beberdes o cálice estareis
anunciando a morte do Senhor até que venha".
Eles fazem a ceia de ano em ano, e usam esse dia para conferir a
igreja, a fim de saberem o número de adeptos que possuem.
A Santa Ceia é tão importante aos cristãos que seria ótimo que
participassem como no tempo dos apóstolo, ou seja, todas as semanas.
As igrejas evangélicas estão mais que certas em celebrar a ceia de
trinta em trinta dias.
Façamos uma análise: Pode um crente ficar 365 dias no ano sem
participar da Ceia do Senhor?
Esse cristão será um crente muito longe de Cristo e da fé. Se a
Santa Ceia é o meio de nos aproximarmos dos irmãos e ainda mais do
Senhor, confessando os erros, quanto mais participarmos melhor será
para a nossa segurança em Jesus Cristo.
A Santa Ceia é o meio que o crente faz um exame de consciência
junto ao Senhor, refletindo sobre suas últimas ações, relembrando o san­
gue vertido na cruz em remissão dos nossos pecados.
A Santa Ceia não deve ser usada por dogmas ou formalidades
apenas, e sim por fé.

17 - OS MESMOS CÂNTICOS

Como a igreja tem a cara de sua liderança, os cânticos da Con­


gregação Cristã no Brasil data dos dias da chegada de seu fundador ao
Brasil.
Bem, o problema não é esse, o fato é que os cânticos são sempre
os mesmos e sempre o serão...
A liderança é bem velha, e tenta preservar os rituais do culto,
mantendo-o semelhante os cultos em todas as igrejas.
Isso pode até parecer interessante, mas mostra o total controle
desta organização por homens que, primeiramente não dão ao Senhor
Jesus a liberdade de ser expressado com cânticos novos e adorado em

117
espírito e em verdade, e que ainda proibem seus membros de até mesmo
ouvirem cânticos de outras igrejas evangélicas, colocando para seus mem­
bros que, aqueles que ouvirem estarão cometendo pecado.
O que a ignorância não faz!
Amarram o Espírito, e não reconhecem o homem que morreu pela
igreja, e controlam os membros para que não sejam livres em adoração.
Será que é preciso mencionar que Deus se agrada de louvores, e
que por repetidas vezes nos salmos aparecem a expressão: "Cantai ao
Senhor um cântico novo". Salmo 33:3; 40:3; 96:1; 98:1; 144:9; 149:1;
Isaías 42:10 e Apocalipse 5:9.
Enquanto todas as igrejas cresceram muito nos últimos anos na
área de louvor, a Congregação está no mesmo lugar, pois está amarrada
pela visão de seus líderes.
Conhecemos uma igreja forte pelo seu ministério de louvor, pois é
no meio dos louvores que Deus habita. O louvor traz a presença de Deus
e com isso, a cura, a transformação da alma, a alegria de estarmos na
casa de Deus.
Se nós que somos homens não gostamos de coisas repetidas, quan­
to mais o Senhor nosso Deus que procura adoradores.
"Mas a hora vem, e já chegou, quando os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; por­
que são estes que o Pai procura para seus adoradores".
João 4:23

18 - O BANCO DOS PECADORES


Outro absurdo nesta seita é que nos cultos, quem está em obser­
vação ou em pecado, fica sentado separado dos demais membros e com
o objetivo de serem conhecidos pela igreja. E ficará lá, até vencer os dias
de sua culpa.
Isto é inacreditável! É o cúmulo da falta de perdão, falta de sabe­
doria e falta de amor. Alguém que quer abandonar o pecado necessita ser
amado, repudiando o pecado. Mas este tratamento só vai afastar ainda
mais aquele que já está debaixo da acusação do diabo de permanecer na
igreja.
Os pecados para eles são somente aqueles que contestam a lide­
rança, pois os anciãos criam um poder arbitrário, e tudo o que dizem em
suas igrejas, seus adeptos são obrigados a ouvir e acatar.
O pecado na Congregação é muito relativo. Por ser uma igreja
que não cultiva as doutrinas evangélicas, ela deixa práticas de admoesta­
ções e exortações corretas e bíblicas, para agir simplesmente pela intui­
ção de sua liderança.
O julgamento é muito individualista. Os adeptos que são mais
achegados da liderança recebem uma proteção e um tratamento diferen­
ciado dos demais . Sendo que os que forem julgados pelos anciãos, tor-
nam-se marginalizados, até mesmo perdendo o direito da salvação.
Como pregam que são os únicos detentores da salvação, aqueles
que se afastam da comunhão da Congregação Cristã no Brasil, estão
condenados à perdição eterna.
São considerados membros somente aqueles que estão freqüen­
tando assiduamente os cultos e participando da ceia que é feita apenas
uma vez ao áno ( assunto que já tratam os).
19 - A PREDESTINAÇÃO
Como os Testemunhas de Jeová, os Mórmons e os Adventistas, a
Congregação Cristã no Brasil, se considera no privilégio de ser a "única"
que leva seus adeptos para o céu, considerando-se os predestinados.
Chegam ao cúmulo de valorizar sua religião mais que o próprio Senhor
Jesus. Eles doutrinam seus adeptos dizendo que só existe salvação para
aqueles que professam a fé em suas crenças, e que as outras igrejas
evangélicas são falsas e suas doutrinas heresias.
Seus dogmas,'tradições, ritos e crenças são mais importantes que
o ensino verdadeiro da Bíblia Sagrada, e ainda que a verdade de que
Jesus é o único que concede a salvação. Pois.foi ele mesmo o autor de
nossa salvação, quem nos comprou a preço de sangue, e morreu pelos
nossos pecados, quando ainda éramos pecadores.
Jesus como o Filho de Deus trouxe a salvação para toda
a humanidade e não exclusivamente para esta ou aquela
religião. Ele disse: " Eu sou o Caminho a Verdade e a
Vida, aquele que crer em mim não perece, mas tem a Vida
Eterna". João 14:6
"Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e
eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis des­
canso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e
o meu fardo é leve". Mateus 11:28-30

119
Ele não disse procurai uma religião e segue-me. Pois não há outro
que esteja entre Deus e os homens, a não ser o próprio Senhor Jesus.
"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem". I Timóteo 2:5
Um crente que for de outra igreja evangélica, que tenha sido bati­
zado por imersão, e venha a passar para esta religião, necessitam passar
novamente pelo batismo.
Se a salvação estivesse nas religiões, não seria necessário o nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo ter deixado sua glória padecer na cruz do
calvário pelos nossos pecados.
Esta seita foi fundada em 1910 no Brasil, tendo ela aproximada­
mente 800 mil adeptos em estatísticas, sendo que 80% deles estão nos
estado de São Paulo e Paraná e os 20% restantes espalhados por todo o
país. Sendo eles os "únicos predestinados", para onde foram aqueles que
viveram antes de 1910?
Hoje, somos mais de 160 milhões de brasileiros, e o total de adep­
tos da Congregação Cristã do Brasil não chega a 1% de nossa popula­
ção. Será que Deus abandonaria mais de 149 milhões de almas, (isso só
no Brasil) para salvar um número tão baixo?
Deus desejou a salvação de todas as criaturas, mas esta igreja
nunca se comprometeu com esse projeto. Deus não estaria saindo vitori­
oso desta guerra, e sim completamente derrotado. Como pode o Senhor
dos Exércitos perder uma guerra, que envolve o maior projeto que Ele
mesmo idealizou, que foi o resgate de toda humanidade através de seu
filho Jesus Cristo.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16

O fanatismo é muito perigoso, como temos visto em muitos exem­


plos por toda a história da igreja. A Igreja Católica Romana se considera
a única predestinada, e por este absurdo criou a Santa Inquisição levando
muitos fiéis a serem mortos e queimados.
Temos um exemplo não muito recente próximo a nós, nas Guianas,
onde milhares de fiéis suicidaram-se, pensando em abreviar a sua ida
para a glória eterna.

120
E mais recentemente, nos E.U.A.,vários adeptos de um a seita,
colocaram fogo em sua própria igreja e morreram todos queimados.
O fanatismo é algo muito perigoso, e que as vezes se transforma
em uma verdadeira lavagem cerebral, as pessoas passam a desconhecer
a razão, deixando se levar pelas emoções e intuições distorcidas de um
único líder.
E lamentável estarmos em plena mudança de milênio e ainda con­
vivermos com estes fatos.
Gostaria de todo o coração que os líderes desta seita repensas­
sem os absurdos de suas doutrinas, buscando mais a direção do Espírito
Santo, estudando mais as Escrituras Sagradas, e aprendendo mais de
Jesus Cristo e de seus santos apóstolos.
Para esses líderes, nas outras igrejas é impossível se encontrar a
salvação, eles porém esquecem que são dependentes desses grupos.
Cerca de 80% dos hinos usados por eles não lhes pertencem,
foram criados por igrejas que eles mesmo menosprezam.
Todas suas Bíblias são impressas pelas publicadoras das igrejas
que veemente condenam.
As sete igrejas da Ásia, em Apocalipse capítulos 2 e 3, eram di­
ferentes uma das outras. Aliás, cada igreja local vai ter particularidades,
pois a igreja é formada pelo mais diverso tipo de gente de várias culturas
e modos. E Deus sabe disso, e respeita as nossas diferenças. Um exem­
plo do que estou dizendo é o fato de Paulo tratar de assuntos diferentes
nas suas cartas às igrejas. Se todas fossem iguais, seria necessário que ele
escrevesse somente uma carta e a recomendasse a todas as congrega­
ções.
A obra do Senhor Jesus nunca foi fanatizante, nem centralizadora,
mas abrangedora e universal, não importanto o nome dessa ou daquela
igreja, sendo Ele mesmo o marco de nossa Salvação.
Não podemos condenar outras igrejas que verdadeiramente têm
como fundamento de fé a Palavra de Deus na sua totalidade, e o Senhor
Jesus como o nosso salvador através da fé. Elas são muito úteis e respon­
sáveis pela aproximação dos homens a Deus, devido aos seus trabalhos e
dedicações a favor do Evangelho.
No exemplo citado das Igrejas de Apocalipse 2 e 3 , vemos que
cada uma tinha suas características próprias, suas qualidades e defeitos,
seus anjos individuais que as guardavam, porém estavam ligadas, unidas
pelo Espírito Santo na fé.
Hoje temos milhares de igrejas como aquelas de Apocalipse, e
que desempenham suas funções no corpo de Cristo, e quem somos nós
para julgá-las?
O Senhor as julgará por suas obras, e cada uma receberá seu
galardão como prêmio pelo que realizaram. Devemos dar muitas graças
a Deus, por nos ter dado o direito de sermos chamados filhos e herdeiros
de seu reino, se formos fiéis a Ele até o último dia que aqui estivermos.
Nos sentimos ofendidos por sermos tratados como hereges, pois
sabemos em quem temos crido, e que Ele é Fiel e Poderoso para nos
guiar até a eternidade. Os glórias se colocam na posição dos fariseus,
com justificação plena, e quanto a nós, para eles seremos sempre
publicanos.
E com muita humildade, reconhecendo que somos fracos e neces­
sitados da obra de Cristo, que o buscaremos de dia e noite, buscando
com orações e súpicas o perdão e a remissão de nossos pecados.

"Não que j á a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas


vou p rossegu in do, p a ra v e r se p o d e re i a lc a n ç a r aqu ilo
para o que fu i também alcançado p o r C risto Jesus.

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;


mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas
para atrás ficam, e avançando para as que estão adian­
te, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial
de Deus em Cristo Jesus". Filipenses 3:12-14

É de estranhar: como pode uma seita que diz ser evangélica impor
um doutrina fanatizante, manipulando seus adeptos, levando-os ao cúmu­
lo de se considerarem os únicos predestinados à salvação e julgarem que
os demais crentes não poderão herdar essa graça. Esse conceito é pura e
simples negação às Sagradas Escrituras e aos ensinamentos do Senhor
Jesus Cristo.
Pesquisadores do assunto nunca fizeram prognóstico numérico
referente aos salvos, quando da volta do Senhor Jesus, porém, todos
concordam com os registros bíblicos, os quais são contestados pela
Congregação Cristã no Brasil, que diz ser a única privilegiada e herdeira

122
da vida eterna. E que os demais evangélicos não terão o mesmo direito de
se encontrar com Cristo e nem herdar a vida eterna. Ela contradiz as
Sagradas Escrituras, negando as verdades divinas.
Vejamos:
Dando início em Gênesis até o Apocalipse, não encontramos nada
que confirme o que eles falam, que apenas uma única denominação é
predestinada. Deus levou Abraão para fora da tenda e disse: "olha agora
para os Céus e conte as estrelas. As estrelas do firmamento são incontáveis,
assim como a geração de Abraão".

A geração de Abraão simboliza os números dos salvos - Gênesis 15-5


"E porei meu conserto entre mim e ti, e te multiplicarei
grandemente. Então Abraão caiu por sobre seu rosto, e
falou Deus com ele, dizendo: Quando fiz o meu conserto
contigo, para que tu viesse ser pai de multidões de Na­
ções".

Outra vez simbolizando o número dos salvos - Gênesis 17-2 a4.


"Disse Deus a Abraão: Sua mulher não se chamará mais
Sarai, e sim Sara. Porque hei de abençoá-la grandemente
e será mãe de muitas nações, reis, povos".

Outra vez se confirma o número infinito dos salvos - Gênesis 17-6.


"Em tua geração serão benditas todas as nações da Terra
porquanto obedeceste a minha voz". Gênesis 22-18.
"Deus amou o mundo de tal maneira, dando seu filho
unigénito, para que todo que nele crer e for batizado não
pereça, mas tenha a vida eterna". João 3-16.
"E todas as nações se reunirão diante dele, e apartará um
dos outros como o Pastor aparta os bodes das ovelhas.
Aos justos dirá: vinde benditos de meu pai, possuir o Rei­
no que vos está preparado desde a fundação do mundo".
Mateus 25-32 a 34.

Ora, tendo as escrituras previsto que Deus haveria de justificar


pela fé os gentios, anunciou primeiro a Abraão, dizendo: "todas as na­
ções serão benditas em ti. Gálatas 3-8.
"Depois destas coisas olhei e eis uma multidão, a qual não
123
se poderia contar de todas as nações, tribos, línguas e
povos, que estavam diante do trono de Deus, e perante o
cordeiro; trajando vestes brancas e com palmas nas mãos".
Apocalipse 7-9.
" E será pregado este evangelho do Reino por todo o mun­
do e todas as nações, e então virá o fim". Mateus 24-14.
"Ide portanto e fazei discípulos de todas as Nações, bati­
zando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
Mateus 28-19
"E necessário que este evangelho seja pregado para to­
das as nações". Marcos 13-10.
"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a cri­
atura". Marcos 24-47.
"E que em seu nome se pregasse arrependimento, para
remição de pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém". Lucas 24-47.
"Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evange­
lho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra
e a cada nação, tribo, língua e povo. Apocalipse 14-6.

Nos quatorze textos referidos, poderemos entender que a salva­


ção não é privilégio de seitas ou pequenos grupos religiosos. O que se
entende por Povos, Tribos e Línguas? O que se pode entender é que se
encontrará na presença do Senhor, um povo diversificado como uma só
igreja, a fim de ficar com Cristo. O número dos salvos naquela dia será
incontável, conforme já lemos no início deste capítulo.
Isoladamente, qual seita ou religião teria condições de cumprir a
vontade do Senhor Jesus Cristo? Só será possível com a participação de
todos os fiéis para que o evangelho seja levado à todas as criaturas da
Terra. Devemos ser unidos, assim como foram as doze tribos de Israel,
ou como as sete Igrejas da Ásia, em Apocalipse 2 e 3, que tinham suas
diferenças, e estavam em uma mesma comunhão, cada uma tendo o seu
Anjo que as guiavam.
Portanto, é uma negação às Sagradas Escrituras uma seita que foi
fundada no ano de 1910, há noventa anos apenas, tendo menos de um
milhão de adeptos, se considerar a única e exclusiva privilegiada para
herdar a salvação. Pergunta-se: aqueles que viveram antes de 1910 e que
não conheceram essa seita irão para a perdição eterna?

124
Essa doutrina é improcedente e nega as Escrituras Sagradas. É
lamentável. Como podemos analisar nos textos referidos neste capítulo, a
salvação é um direito de todos que crerem em Jesus Cristo e forem
batizados, vivendo em novidade de vida. Jesus Cristo jamais deixará o
Reino de seu Pai, para satisfazer o capricho de uma tão pequena minoria.
Mas, se a Congregação Cristã no Brasil se considera um grupo
separado da grande multidão dos salvos e remidos, no sangue do Senhor
Jesus Cristo, onde é e com quem eles irão ficar, naquele grande e glorioso
dia da volta do Senhor nas nuvens? E uma pena por falta de conhecimen­
to às Sagradas Escrituras, serem excluídos dos salvos e remidos por não
aceitarem a comunhão com os Santos.
Exemplo:
Quem não pertencer a esta grande multidão será considerado ex­
cluído da vida eterna. Devemos dar graças ao Senhor, por sermos nós
parte daquela grande multidão que irá se encontrar com Jesus nas nuvens.

20 - OS ANCIÃOS NO CONTEXTO BÍBLICO


Os anciãos no velho testamento, do Egito até o profeta Malaquias,
nunca exerceram funções de ministros. Essas funções foram ocupadas
pelos sacerdotes, profetas e escribas, homens letrados, responsáveis pe­
las escritas e redações.
Como poderemos avaliar em qualquer dicionário da língua portu­
guesa, ancião é uma pessoa idosa ou velha, com mais de sessenta e cinco
anos de idade. Portanto, não é um título eclesiástico.
No velho testamento e mesmo no novo, com razão da idade, sem­
pre foram usados como conselheiros, mas nunca como ministros.
Desde a saída do Egito e pelo deserto, Moisés deu a estes a in­
cumbência de conselheiros junto ao povo de Israel, porém, ministros fo­
ram sacerdotes e profetas.
Na história de Israel, estes foram respeitados pelos valores que
possuíam, adquiridos pela idade avançada que tinham.
Mas, apesar dos seus conhecimentos, cometeram muitos erros e
deslizes, deixando para o povo de Israel, maus exemplos.
Vejamos alguns:
Êxodo: 14.10-14 - O povo se rebelou contra Moisés às margens
do Mar Vermelho quando se viram perseguidos pelo Faraó. Pergunto: o

125
que foi que incitou o povo a rebelião? Foram os mais velhos, portanto,
os anciãos.
Êxodo: 16.3 - Nova rebelião é provocada por faltar alimento.
Quem liderou? Foram os mais velhos, portanto, os anciãos.
Êxodo: 17.1-7- Por falta de água no deserto, outra rebelião é
deflagrada pelos Anciãos.
Êxodo 24.12-14 - Então disse o Senhor a Moisés: Sobe ao mon­
te, e fica lá, dar-te-ei tábuas de pedra, a lei e os mandamentos que escrevi
para os ensinares. Levantou-se Moisés com Josué, seu servidor, e subin­
do Moisés ao Monte de Deus, disse aos anciãos: esperarai aqui até que
voltemos à vós.
Eis que Arão e Hur ficarão convosco, quem tiver alguma questão
a ser resolvida chegará a eles.
Aqui podemos bem entender que Arão e Hur eram os mediado­
res entre Moisés e o povo, e não os anciãos.
Êxodo 3.10 - Deus fala a Moisés: ajunta todos os Anciãos de
Israel, e dize-lhe: Em verdade vos tenho visitado e visto o que vós tem
feito no Egito. Aqui, Moisés chama os Anciãos para transmitir as ordens
dada ao povo, sendo estes usados corno conselheiros e não ministros.
Êxodo 5.29-30 - Então se foram Moisés e Arão e juntaram todos
os Anciãos dos filhos de Israel.
Arão falou todas as palavras que o Senhor tinha dito a Moisés, e
este fez todos os sinais à vista do povo. Aqui os Anciãos não foram minis­
tros e sim intermediários, entre o povo e Arão.
Êxodo 32.1 - Vendo o povo que Moisés tardava no monte, acer­
caram-se de Araão e falaram-lhe: levanta-te e faze-nos deuses que vão
diante de nós, pois quanto a Moisés o homem que nos tirou do Egito, não
sabemos o que lhe aconteceu.
Novas rebelião liderada pelos Anciãos do povo, levando estes a
adorarem bezerro de ouro.
Números 20.1-13 - Outra grande revolta: o povo se rebela con­
tra Moisés, com maldição pela falta de água, levando Moisés a pecar
contra o Senhor, e perdendo o direito de entrar na terra de Canaã.
Quem foi que liderou essa infeliz revolta? Foram jovens e adoles­
centes.
Neste estudo que estou fazendo, não quero, em hipótese alguma,
desmerecer os idosos, que tanto fizeram e estão fazendo para a grandeza

126
da obra de Deus no passado, no presente e irão fazer no futuro e sim,
mostrar aos leitores que estão sujeitos ao erro tanto os velhos quanto os
demais. Porém, são duas forças que jamais poderão separar, as dos jo ­
vens e a dos velhos. Nos jovens estão a força física, a vontade e nos
idosos têm-se a experiência de vida, muito útil aos jovens que são menos
experientes.
Em Provérbios está escrito: "No velho está ci experiência e o
conhecimento, no jovem está a coragem, a força e a vontade
Jamais poderemos menosprezar os idosos sábios e experientes
na vida, porém, não há regra sem exceção, temos também muitos ido­
sos prepotentes e não muito sábios, que não aceitam serem repreendi­
dos em suas falhas.

"Homem inteligente é aquele que nunca percebeu que era


sábio e com humildade respeita o conhecimento de seu semelhante.
Êxodo 19.7 - Veio Moisés e chamou todos os Anciãos do povo e
expôs diante deles as palavras que o Senhor lhes falou. Aqui encontramos
outra vez Moisés como ministro e os anciãos como intermediários entre
ele e o povo.
Êxodo 24-1 - Disse também Deus a Moisés: sobe ao Senhor, tu,
Arão, Nadabe, Abiú e mais setenta Anciãos de Israel e adorai de longe.
Porém, só Moisés chegará aoSenhor.
NB. Moisés era ministro e guia do povo de Deus, Arão, sacerdo­
te, sendo Nadadabe, ajudante de Arão.
Como podemos ver aqui, os Anciãog não tinham o privilégio que
tinha Moisés de poder falar com o Senhor.
A unção também só foi privilégio de sacerdotes, profetas, reis,
nem consagração recebiam como conselheiros em Israel.
Rute 4.1-2 - Móaz chama os Anciãos da cidade como testemu­
nhas das intenções que tinha Noemi e Rute.
Josué 24.1 - Depois reuniu Moisés todas as tribos de Israel, em
Siquem, e chamou os Anciãos, os líderes, os juizes e os oficiais, e estes se
apresentaram diante do povo.
Aqui podemos entender que os Anciãos não tinham poderes como
líderes e sim os que ministravam no tabernáculo junto ao povo.
Fazendo uma avaliação, se descobre que os Anciãos não eram

127
ministros, não consta nas escrituras sagradas que eles falassem com Deus,
como os sacerdotes e os profetas.
Eles eram sim, parte do povo, sendo representantes destes junto
aos ministros, eram intermediários entre o povo e os profetas e sacredotes,
na verdade, eram importantes, mas não ministros.

No novo testamento e em histórias apostólicas não se tem conhe­


cimento de Anciãos como ministros.

Temos alguns exemplos sobre Anciãos que não são agradáveis:


Mateus 15.1 - Porque transgride seus discípulos as tradições
dos Anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem. Novamente a
arrogância dos Anciãos.
Mateus 27.1-2 - Ao romper do dia, todos os principais sacerdo­
tes e Anciãos do povo, entraram em conselhos a fim de matarem a Jesus.
Marcos 15.1 - Logo pela manhã, entraram em conselhos os
principais dos sacerdotes, os Anciãos, os escribas e todos do Cinédrio, e
amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
Os principais sacerdotes e os Anciãos acusaram-no de muitas
coisas e o condenaram.
Atos 22.4-5 - Persegui este caminho, até a morte, prendendo e
metendo em cárcere homens e mulheres
Por ordem de todos os sacerdotes e dos Anciãos, deles receben­
do ordens para ir a Damasco no propósito de trazê-los amarrados para
Jerusalém os que lá estivessem para serem punidos.
NB. - Entre estes está o apóstolo Estevão que foi morto por Paulo com
ordem dos sacerdotes e dos Anciãos.
Mateus 26.1-5 - Tendo Jesus acabado todos os ensinamentos,
disse aos seus discípulos: sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se-á
Páscoa e o filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores para
ser crucificado.
Então, os principais sacerdotes e os Anciãos do povo, se reuni­
ram no palácio do sumo sacerdote chamado Caifaz. E deliberaram pren­
der Jesus, à traição e matá-lo, disseram: não durante a festa para que não
haja tumuldo entre o povo. Que grande traição!
Atos 24.4 - Cinco dias depois desceu o sumo sacerdote Ananias
com alguns Anciãos, os quais apresentaram ao governador acusações
contra Paulo.

128
Mateus 26.45-46 - Então voltou para os discípulos e lhes disse:
dormis e repousais, eis que é chegada a hora do Filho do Homem ser
entregue nas mãos de pecadores. Quem foram estes nomes taxados de
pecadores? Foram os anciãos e os sacerdotes.
Mateus 27.1 - Então Judas que o trai, vendo que Jesus fora
condenado, teve grande remorso pelo que tinha feito ao Senhor, e devol­
veu as trinta moedas de prata que tinha recebido aos principais dos sacer­
dotes e os Anciãos, dizendo: pequei traindo o sangue desse Justo, eles,
porém, responderam: que nos importa: Isso é contigo.
Ficamos comovidos em relembrar a grande traição e maldade
sofrida pelo Senhor, por esses homens ímpios; com sangue frio e sem
remorso mataram o Senhor.
Mateus 27.13-14 - E sendo acusado pelos principais sacerdotes
e os Anciãos, nada respondeu.
Então lhes falaram: Não ouve quantos acusam-te? Porém, Jesus
não respondeu nenhuma palavra e o governador se admirou, não tendo
nada a ver com as religiões dos sacerdotes e Anciãos, e se compadeceu,
e admirou a humildade do Mestre.

É lamentável pensar na frieza destes al gozes.

Mateus 28.11-12 - E indo eles, eis que alguns guardas foram à


cidade e contaram aos principais sacerdotes e Anciãos o que aconteceu.
Reunidos eles em conselhos, deram muito dinheiro aos soldados a
fim de mentirem dizendo: Ele não ressuscitou, mas seus discípulos foram à
noite, roubaram o seu corpo e esconderam para não ser achado.
Isto que acabamos de ler, é o verdadeiro exemplo de homens
pecadores, hipócritas, mentirosos, prepotentes, desumanos e perversos.
Conforme estudo feito no Velho e Novo Testamento, acredito que
não existe dúvidas sobre os poderes que exercem os idosos ou Anciãos.
Poderemos entender que nunca deixaram de ser conselheiros en­
tre o povo, nunca sendo ministros, nunca foram dignos de consagração e
nem de unção com óleo, como foram merecedores os reis, sacerdotes e
profetas, homens que em conjunto alcançaram a graça de se comunica­
rem com Deus.
Eles nunca puderam chegar à arca do Senhor, nos santos dos san­
tos, onde só homens escolhidos por Deus entraram, que foram os filhos
da tribo de Levi.

129
Como já escrevi antes, é certo que entre pessoas idosas ou Anciãos
existiram muitos homens de grande valor, símbolo de grandeza e honra­
dez.
Mas como é feito de matéria e sujeito a falhas, temos Anciãos que
cometem erros e muitos deles imperdoáveis, como os relatados neste
capítulo.
Foram eles responsáveis por todas as maldades que sofreu o Se­
nhor Jesus, participaram e apoiaram todo o mal que ele sofreu até a amar­
ga morte na cruz.

EXEMPLOS:
Eles estiveram presentes nos seus açoites, quando foi colocada
sobre sua cabeça a coroa de espinhos pela infâmia, farsas, mentiras, pela
prisão e pelo sofrimento no caminho do Gólgota, não suportando o peso
da cruz que lhe obrigaram a carregar, sendo que para homens pecadores
como os que com ele foram crucificados tiveram quem os levou na cruz,
mas com o Senhor amado não foi assim.
Também sua divina ressurreição foi negada por esses algozes, ne­
gando ele como filho unigénito de Deus.
Sei que alguns religiosos não gostariam de pertencer a uma triste
procedência como esta que aqui está.
Eu não entende onde esses religiosos foram encontrar elementos
para ter como doutrina que só Anciãos podem ser ministros do evangelho.
Será que foi em Apocalipse 4.4, ou Apocalipse 19.4, ou Daniel 7.9?
Se eles pensam assim é porque são muito presunçosos, soberbos,
vaidosos, orgulhosos e têm vontade de serem iguais a Deus.
É lamentável nós, seres humanos, pensarmos em ser divindade
enquanto aqui vivermos em matéria. Podemos sim, pensarem alcançar a
perfeição, que será quando estivermos junto ao trono bendito do Senhor.
Os vinte e quatro Anciãos que encontramos em Daniel e em
Apocalipse, representam as doze tribos de Israel e os doze patriarcas do
Velho Testamento e os doze apóstolos do Senhor Jesus Cristo.
Aí não estão representando pessoas, e sim, a unidade dos salvos
por Deus no Sangue do Senhor Jesus.
130
RESUMO
Anciãos são pessoas idosas, não lhes cabendo o título de minis­
tros, sendo um erro gramatical e confuso.
Confundir pessoas acima de sessenta e cinco anos com outros de
vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos, é lamentável.
Vejamos um exemplo: Um ancião de uma determinada seita com
trinta anos, tem lógica?
Anciãos, nas escrituras sagradas, não eram ungidos como minis­
tros, não eram consagrados para este fim e não tinham permissão como
os sacerdotes e os profetas de falarem com Deus, sendo conselheiros e
vivendo em segundo plano eclesiástico.

Para demonstrar que o conceito de Ancião não se relaciona com


ministros, veiamos o que Paulo escreve em Efésios 4.11 -13
Ele mesmo concedeu uns para Apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e outros para doutores.
Aqui Paulo nunca se referiu ao ministro como Ancião. Ele poderia, se
fosse certo, tirar o pastor e colocar o Ancião.
Porque Paulo não usou assim? É porque Paulo, que era grande
apóstolo, foi formado em letras com o maior sábio da época, que era
Gamaliel, tendo consciência do certo e do errado.
Sendo assim, eu pergunto: O ministro é Ancião ou Pastor? Minis­
tro é Pastor com direito de consagração e também de unção por ordem
daquele que foi usado para organizar a santa igreja do Senhor Jesus Cris­
to, que foi o nosso amado apóstolo São Paulo.

21 - OS PASTORES NO CONTEXTO BÍBLICO

A história sobre pastores é muito antiga, e inicia-se em Gênesis 4-


2. O primeiro pastor na Bíblia foi Abel, filho de Adão. Deus amou de tal
maneira Abel, que de ciúmes, Caim o matou.
Depois de Abel nós tivemos muitos outros pastores que merece­
ram o amor, a confiança e as bênçãos do Senhor.
Temos como exemplo Abraão, Isaque, Jacó, José. E por que es­
quecer do grande homem de Deus que foi o Rei Davi?
É interessante observar nas sagradas escrituras, que desde o iní­
cio da História, o Senhor Deus teve grande afinidade com ovelhas e pas­
tores.
131
Vemos na história algo muito importante: o primeiro homem ama­
do por Deus foi um pastor de ovelhas. É interessante que desde Gêneses
até o livro Apocalipse, o Senhor tratou com grande distinção aqueles que
o seguiam e com muita amabilidade os chamou de ovelhas.
O Senhor Jesus Cristo sempre teve seus seguidores como ovelhas
e ele como sumo pastor. Até os dias atuais, a igreja é considerada como
rebanho do Senhor Jesus. O que entendemos como Sumo Pastor? Sumo
pastor é aquele que tem domínio sobre todas as ovelhas, como suas que
são.
Sendo o Sumo Pastor o dono das ovelhas, então os pastores são
subordinados a ele, seguindo e obedecendo suas ordens e dando assis­
tência plena ao rebanho. Esta é a razão da Igreja ser estruturada da forma
que segue:
Sumo Pastor das Ovelhas: Jesus Cristo
Pastor das ovelhas: Os responsáveis pela sua manutenção, dis­
tribuindo o alimento que o Sumo Pastor lhe concede pelo Espírito Santo,
sendo estes ministros do Senhor.
Ovelhas: Somos nós, sua santa e amada igreja, que foi lavada no
sangue do cordeiro imaculado, e por nós, suas ovelhas, Ele pagou um
preço muito alto sobre a cruz.
Mais que ovelhas, somos lavados e remidos na sua morte e res­
surreição.
Exemplos de pastores:
Isaías 40:10-11 - Como pastor apascentará minhas ovelhas, e
nos meus braços carregará os cordeirinhos e os que amamentam Ele se­
guirá mansamente.
Vemos aqui o quanto é gratificante ser um bom Pastor.
Ezequiel 34:23 - Os cuidados de Deus pelo seu rebanho, um só
Pastor e ele apascentará. O meu servo Davi as apascentará, ele lhe servi­
rá de pastor. Aqui é Jesus, filho de Davi o Sumo Pastor das ovelhas.
O profeta Ezequiel fala de Jesus, filho de Davi, mas o fundamento
que levou o profeta a esta comparação, foi que Davi, por suas grandes
virtudes foi considerado o Homem que era segundo o coração de Deus.
Davi foi um grande Rei.
Davi foi um grande Pastor e sacerdote, e tudo que ele foi com
justiça, amor e muita dedicação.
Na história sagrada podemos ler o que fez Saul: este desobede-

132
ceu a Deus, por prepotência não respeitou o profeta samuel. Se for rela­
tar todas as maldades que Saul cometeu, tomaria muito tempo do leitor.
Ele acabou com o respeito de seu povo ao Senhor.
Davi merece as honras que Deus lhe dá pelo profeta Ezequiel:
Restaurou o altar, a fé e o amor em Israel. Deus fez de Israel uma grande
nação, respeitada por todos os reis.
Davi, apesar de seus erros, fez tudo o que pode para agradar seu
criador. Davi, sem dúvida nenhuma, foi rei, grande pastor e sacerdote de
Deus.
Jeremias 31:10 - Ouvi a palavra do Senhor, oh! nações, e
anunciai até as terras longínquas do mar e dizei: Aquele que espalhou
Israel o congregará e o guardará, como o pastor guarda seu rebanho.
Mais uma vez o Senhor compara seu povo como ovelhas suas.
Jeremias 23.4 - Levantarei sobre minhas ovelhas pastores que
as apascentarão, e elas jamais temerão, nem se espantarão, nem uma
delas faltará, diz o Senhor.
Outra vez o povo de Deus é comparado a ovelhas.
Mateus 9.36 - Vendo ele a multidão compadeceu-se dela, por­
que estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem Pastor.
Aqui o Senhor considera aqueles que se encontram dispersos,
pelo mundo, como ovelhas que não tem Pastor.
Lucas 15.4-6 - Qual dentre vós é o homem que, possuindo cem
ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove,
e vai em busca da que está perdida? Achando, põe-na sobre os ombros,
cheio de júbilo.
Jesus fez questão de mostrar o seu carinho pelo seu povo, consi­
derando ovelhas de seu aprisco.
João 10.1-3 - Jesus é o bom pastor e nós suas amadas ovelhas.
Interessante: em vez de bom Pastor, porque Jesus, como querem
alguns, não é bom Ancião?
Jesus nunca poderia ser Ancião, porque não era idoso, tinha apro­
ximadamente 32 anos, portanto, era um homem de pouca idade. Jesus
era o sumo Pastor de suas amadas ovelhas.
João 10.28 - As minhas ovelhas conhecem a minha voz, eu as
conheço e elas me seguem.
Outra vez somos considerados ovelhas do Senhor.

133
Atos 20.28-29 - Escreve Paulo: atender por vós e por todo o
rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu Bispo para pastorear
a igreja de Deus, a qual Ele com seu próprio sangue resgatou.
Eu sei que depois de minha partida, entre vós penetrarão lobos
vorazes, que não pouparão o rebanho.
Aqui Paulo tira toda e qualquer dúvida sobre o rebanho e os pas­
tores. Ele mesmo se considera pastor, como todos os bispos da igreja de
Cristo são pastores.
Nós somos as ovelhas do Senhor e se somos ovelhas, temos que
ter pastores como ministros.
João 21.17 - Pela terceira vez Jesus pergunta a Pedro: Pedro, tu
me amas? Pedro entristeceu por lhe falar pela terceira vez: Tu sabes que
eu te amo. E Jesus disse: então apascenta as minhas ovelhas.
Jesus, em todo o seu percurso missionário, foi muito claro em suas
expressões sobre o seu ministério. Ele declarou com muita firmeza: que
nós éramos suas ovelhas e os apóstolos eram pastores.
Pedro 5.1-4 - Rogo pois os presbíteros que há entre vós, eu,
presbítero como eles, testemunha do sofrimento de Cristo e ainda co-
participante da glória de Deus que há de ser revelada: pastoreai o reba­
nho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontane­
amente, como Deus quer, nem por sórdida ganância, mas de boa vonta­
de.
Nem como dominadores dos que foram confiados, antes, toman­
do vós modelos para o rebanho.
Ora, logo que o supremo Pastor se manifestar, saberei a imarcescível
coroa da Glória.
Aqui, outra vez está provado a supremacia dos pastores, e a igre­
ja como rebanho do Senhor.
Efésios 4.11 - Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e outros
para doutores.
A expressão: Ele mesmo concedeu, é o Espírito Santo de Deus
falando por intermédio de Paulo. Portanto, tudo que estiver fora do con­
texto de Efésios 4.11,1 Pedro 5.1-4, Mateus 9.16, Lucas 15.4-6, Mateus
9.16, João 10.1-3, João 21.17, Atos 20.28-29 e muitos outros vai de
encontro à doutrina Apostólica.
A razão dos salvos e remidos no sangue de Jesus serem conside­

134
rados ovelhas é porque entre todas as criaturas de Deus são: as mais
mansas, obedientes, não sendo revoltosas e nem agressivas.
Dito por alguns estudiosos de animais: as ovelhas não sabem viver
por conta própria, elas precisam dos pastores para guiá-las, apascentá-
las e protegê-las.
Para que possamos alcançar a plenitude da salvação, temos que
ser ovelhas do Senhor Jesus.
Usam eles um único texto bíblico que é em:
Jeremias 23.1-2 - Ai dos pastores que destroem e dispersam as
ovelhas do meu pasto! Diz o Senhor.
Portanto, assim diz o Senhor, Deus de Israel contra os pastores
que apascentam o meu povo, vós dispersaste as minhas ovelhas e as
afugentastes, e delas não cuidastes, mas eu cuidarei de vós, castigarei a
maldade de vossas ações, diz o Senhor.
Eles só lêem esses dois versículos, e esquecem de ler os que
seguiem: Não sei se é por má-fé, ignorância ou medo de conhecer o con­
texto.
Vejamos os versos 3 e 4.
"Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de
todas as terras para onde estiverem afugentadas, e as fa ­
rei voltar aos seus apricos, serão fecundas e multiplica­
rão.
"Levantarei sobre eles pastores que as apascentarão, e elas
jamais temerão, nem se espantarão, nem uma delas falta­
rá, diz o Senhor".

Não foi aqui substituído os maus pastores por outros tipos de


líderes e sim por outros pastores fiéis, humildes, cuidadosos e que amas­
sem as ovelhas do Senhor.
As igrejas evangélicas estão absolutamente certas em usar o
pastorado em cumprimento as doutrinas de Jesus, confirmada pelos após­
tolos e por Paulo, que foi o responsável na formação do sistema eclesiás­
tico na igreja primitiva, e que nós obedecemos e vamos continuar aceitan­
do. Não vamos deixar de cumprir tudo que foi determinado por Deus,
confirmado por seu amado filho Jesus e também pelos ungidos e consa­
grados de Deus no Velho e no Novo Testamento.
Está escrito: Aquele que diminuir as palavras deste livro será tira­

135
do sua parte no reino do Céu. Aquele que aumentar um jota, um til nas
minhas palavras será aumentado a este as pragas no dia do juízo eterno.
Somos gratos a Deus por aceitarmos a santa palavra de Deus em
toda a sua plenitude e grandeza.

22 - É CERTO SAUDAR COM A PAZ DE DEUS?


Não é certo, pois Deus nunca teve relação íntima com os homens,
e sim pelos seus seguidores mais próximos que foram usados para falar
com o povo em nome o Senhor.
Exemplo: Abrão, Isaque, Jacó, Noé, e outros, foram portadores
de ordens divinas para com os homens.
Moisés - Um símbolo de Jesus Cristo, sendo o portador das
mensagens de Deus a Israel e também sendo o meio de comunicação
entre Israel e Deus, até aqui não houve relação do homem com Deus, e
sim, por meios de personagens que tinham contato com os anjos mensa­
geiros de Deus.
Depois Deus se comunicou com os homens por meios dos profe­
tas e sacerdotes, sendo estes mediadores entre Deus e os homens, con­
forme já exposto acima.
Deus conviveu com o homem diretamente só no Jardim do Para­
íso, com Adão e Eva que por razão do pecado essa intimidade foi desfei­
ta. E daí em diante o relacionamento de Deus com o homem foi feito por
patriarcas, profetas e sacerdotes, assim foi até a vinda de Jesus Cristo,
ficando assim o Senhor, o único intercessor entre Deus e os homens.
Começando o ministério de Jesus Cristo no seu batismo no rio
Jordão por João Batista, quando o Espírito Santo em forma de uma pom­
ba desceu sobre ele, e veio uma voz do céu que todos ouviram: "este é
meu filho amado em que eu tenho me comprazido".
Mais tarde Jesus confirma a sua autoridade recebida de Deus: "A
MIM É DADO TODO O PODER NOS CÉUS E NA TERRA", falou o
Senhor Jesus: "Tudo que pedires a Deus em meu nome eu farei até mais
do que aquilo que pedires.
Portanto, não existe nenhum intercessor entre Deus e o homem se
não for Jesus, pelas sagradas escrituras, o homem não teve contato direto
com Deus, a não ser por patriarcas, profetas, sacerdotes e anjos e depois
por Jesus Cristo, o salvador do mundo.
Fica bem claro que jamais poderemos ir a Deus sem primeiro
buscarmos a Jesus como único intecessor. Desde que foram instituídas as

136
leis por Moisés, o homem tem sofrido o julgamento por meio dela, nunca
o ser conseguiu cumprí-Ia.
Sendo que a lei só foi cumprida por Jesus Cristo em sua plenitude,
tornando-se mediador entre Deus e o homem. Dando nos o direito a
salvação por sua bondade, graça e misericórdia.
Se Jesus é o único intercessor entre o homem e Deus, jamais che­
garemos a Ele sem a intercessão de Jesus, e se assim fizermos, por certo
não seremos ouvidos. Está bem claro que "jamais poderemos ir ao Pai se
não por Jesus Cristo".
Tentar ir a Deus sem a intermediação do Senhor Jesus é anti-
bíblico, não havendo respeito ao filho unigénito de Deus.
Essa é a razão que não devemos saudar com a Paz de Deus e sim
com a Paz do Senhor Jesus, ou a Paz de Deus em nome de Jesus Cristo,
nunca menosprezando o nome do Senhor Jesus Cristo, o filho amado de
Deus.
Em lugar nenhum na Bíblia, encontramos doutrina sobre saudação
exclusiva com a Paz de Deus.
Como podemos avaliar, nem no velho testamento, antes de Jesus,
não havia essa saudação.
Os israelitas tinham e tem um temor muito grande com Deus, o
criador, que sempre evitaram o pronunciamento desse nome usando Se­
nhor ou Jeová, para estes, a pronúncia de Deus seria feita somente por
profetas e sacerdotes que na maioria dos textos bíblicos, eles também
pronunciavam Senhor ou Jeová.
Isaias já profetizava a Paz que haveria de vir por Jesus. Mas ele
foi transpassado pelas nossas transgressões e moídos pelas nossas
iniquidades; o sofrimento que nos trouxe a Paz sobre Ele e pelas suas
pisaduras fomos curados. (Isaias 53-5).
Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel. Anuncian-
do-lhes o evangelho da paz por meio de Jesus Cristo, sendo Ele o Senhor
de todos. (Atos 10-36).
Justificados pois mediante a fé, tenhamos Paz com Deus por meio
de Jesus Cristo nosso senhor, fica bem claro que Jesus é realmente o
nosso senhor. (Romanos 5-1).
Jesus é nossa Paz a qual ambos fez um e tendo derrubado a pare­
de da separação que estava no meio a iniquidade. (Efésios 2-14).
A Paz legada por Cristo: "deixo-vos ci minha Paz, a minha Paz
vos dou, não vo-las dar como o mundo os dá; não se turbe os vossos

137
corações nem se atemorizem com estas coisas, vos tenho dito para
que tenhais Paz entre si.
Jesus é dono da Paz e somente Ele poderá nos fornecê-la. (João
14-27).
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais Paz em mim. No
mundo tereis aflições mas, tende bom ânimo. Eu venci o mundo.
Mais uma vez a Paz é com o Senhor Jesus. (João 16-33).
E que havendo feito a Paz, por meio dela reconciliou consigo mes­
mo todas as coisas, quer sobre a terra ou nos céus. (Colossenses 1-20)
Seja a Paz de vosso Senhor Jesus Cristo, o árbitro em vossos
corações a qual também fostes chamados em um só coipo e sedes agra­
decidos. (Colossenses 3-15; I Pedro 3-11)
Deus muitas vezes se revoltou contra o homem por suas perversi-
dades, pensando na destruição total da terra e seus habitantes.
Eis que os olhos do Senhor Deus estão contra este reino pecador.
Eu os destruirei de sobre a face da terra. (Amós 9-8)
Disse o senhor: Farei desaparecer da terra o homem que criei; os
homens, os animais, os répteis e as aves que voam nos céus por que me
arrependo de os ter feito (Gênesis 6-7).
Em Orebe provocaram tanta ira do senhor, que a ira do senhor se
acendeu contra vós para os destruirdes. (Deuteronômio 9-8).
A maldade do homem o distanciou muito de Deus e pelo pecado
e o não cumprimento as leis de Deus houve uma inimizade deste com o
Criador, só havendo a reconciliação em Cristo Jesus, nosso senhor.
Mais uma vez está provado que nossa Paz está com Cristo que
nos reconciliou com Deus e nada poderemos alcançcar de sua divindade
sem a presença de Jesus Cristo, o senhor.
Jesus é a paz, como foi revelado no seu nascimento: "subitamen­
te apareceu com o anjo uma multidão de milícias celestiais, louvan­
do a Deus e dizendo: glória a Deus nas maiores alturas e Paz. na terra
entre os homens que Ele quer bem, mais uma vez a nossa Paz está em
Jesus Cristo que nos quer bem, que em prova cie seu amor deu sua
vida num madeiro horrendo da cruz., onde o seu precioso sangue foi
derramado". (Lucas 2-13, 14)
Só temos Paz com Deus por Jesus Cristo.
Só Cristo consegue a Paz. (II Tessalonessenses)

138
Só Cristo guia pelos caminhos da Paz. (Lucas 1-79).
Cristo é a nossa Paz (Efésios 2-14).
Nossa Paz veio por meio da expiação de Cristo (Isaías 53-5,
Efésios 2-14, 15, Crônicas 2-20).
A Paz foi proporcionada por Cristo (João 14-27).
A Paz por meio de Cristo (Efésios 2-7), (Atos 10-36).
Temos a Paz em Cristo: estas coisas vós tenho dito para que tenhais
Paz em mim. No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu
venci o mundo (João 16-33).
Se for tratar mais sobre este assunto, teríamos muitas coisas a
escrever. Até aqui só encontramos saudações com a Paz em Cristo, a Paz
do Senhor e a Paz de Deus em Jesus Cristo. A saudação única e exclusiva
não consta na pesquisa ora feita.

23 - SAUDAÇÕES EVANGÉLICAS
A Graça do Senhor Jesus Cristo seja convosco (Romanos 16-24).
A Graça do Senhor Jesus Cristo seja convosco e meu amor seja
com todos vós em Cristo Jesus (I Coríntios 16-23).
A Graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comunhão
do Santo Espírito seja com todos nós (II Coríntios 13-13), (Gálatas 6-
12), (Tessalonessense 5-28), (Efésios 60-24), (II Tessalonessenses 3-
18), (Filemon 4-23), (I Timóteo 6-21), (II Timóteo 4-22), (I Pedro 5-
14), (Apocalipse 22-21).
Pela avaliação feita sobre o comportamento da saudação, enten­
demos que não existe nenhuma doutrina sobre o assunto.
Só e exclusivamente a Paz de Deus está errada por falta de obe­
diência e respeito a pessoa de Jesus, jamais deveremos deixar Jesus Cris­
to em segundo plano na reverência com Deus.
Só teremos paz com Deus por meio de seu santo e unigénito filho
Jesus Cristo, o salvador do mundo.

A Congregação Cristã no Brasil é exclusivista até na saudação,


não admitindo as saudações eclesiásticas a pessoas de outras seitas. A
saudação dentro do contexto bíblico deve ser universal a todos que aceitem.
Exemplo: em qualquer casa que chegares, saúda-os com a Paz
(Juizes 18-15), (Mateus 10-12), (Lucas 10-5), (I Samuel 25-6), (Ruth 2-4),
(Salmo 129-8).
139
CAPÍTULO V

UM TESTEMUNHO

Uma de minhas netas, certo dia, interpelando com o seguinte ar­


gumento:
- Meu avô, o senhor esteve durante 60 anos na Congregação
Cristã no Brasil, e depois de tanto tempo deixa esta Igreja?
Fazendo uma avaliação sobre o que minha neta Margaret me fa­
lou, senti-me na obrigação de dar uma satisfação à minha família e a todos
que se interessem.
Meus pais se converteram na Igreja Presbiteriana no ano de 1924.
Meu pai era um alcoólatra, sem esperança de recuperação, espancava
minha mãe com freqüência, e as nossas vidas eram um verdadeiro sofri­
mento, mas o Senhor pela sua misericórdia fez um grande milagre, trans­
formando o meu pai pelo seu Espírito. E desde esse dia meu pai se tornou
um crente exemplar, dedicado aos filhos e à esposa. Nos ensinou o Ca­
minho do Senhor e a valorizar o trabalho com dignidade. Jamais podere­
mos esquecer de seus valores como pai, cidadão, servo de Deus e líder
na casa do Senhor.
No ano de 1930, mudamos para a cidade de Faxina - SP, hoje
Itapeva. Tínhamos muito respeito e estima por parte dos irmãos da Igreja
Presbiteriana desta cidade. Foi ali, que eu e meus irmãos começamos a
dar os primeiros passos rumo ao Senhor.
Mas, foi no ano de 1932 que as coisas começaram a mudar. Veio
do estado do Paraná, um tio de meu pai, por nome Emílio Marques, tra­
zendo uma nova religião, mudando tudo o que até então havíamos apren­
dido. Ele, levou meu pai a mudar de religião, mostrando que o caminho
que seguiam era errado, e se continuassem onde estavam, jamais encon­
trariam a salvação, e disse ainda que o único caminho verdadeiro para a
Vida Eterna seria na Congregação Cristã no Brasil.
Meus pais foram os primeiros crentes da Congregação Cristã no
Brasil na antigo povoado de Faxina, hoje Itapeva. Sendo também os pri­
meiros a serem batizados na região sul do estado de São Paulo.
Por ser uma religião nova na região, tinha um trabalho pequeno na
capital, e para o sul do estado só havia trabalho nas cidades de São Ro­
que, Sorocaba, Votorantim e Tatuí.
Meu pai começou como atendente, sendo o seu início na sala de
nossa casa, tornando-se o fundador e o primeiro cooperador nas cidades
de Itapeva, Itararé, Itaberá, Itapetininga, Buri, Ribeirão Branco, Apiaí,
Ribeira, guapiara, Barra do Chapéu, Bairro das Pedras e muitas outras.
A Congregação no Rio Grande do Sul também teve sua origem
ligada à igreja de Itapeva, pois o irmão que ali fundou o trabalho era
cooperador de meu pai em Itapeva.
Meu pai tinha muitas qualidades, os mais marcantes foram a sua
honestidade e o cumprimento de suas responsabilidades. Nunca foi
bajulador, sendo irrepreensível quanto à fé. Viveu no meio do pecado,
mas não se contaminou e manteve suas vestes limpas. Foi estimado por
todos que o conheciam. Sabia amar e perdoar, gostava de respeitar e
exigir respeito, nunca foi falso ou interesseiro, a fim de tirar vantagens.
Mas, pagou caro por suas lindas virtudes, não podendo terminar seus
dias na Igreja, que ele mesmo fundou. Deu toda a sua vida para o pro­
gresso dela, oferecendo mais de 50 anos de sua vida, sendo tudo isso
inútil. Tudo isso porque não era bajulador e complacente com o pecado.
Teve que terminar sua vida expulso dessa igreja, porque os bajuladores
tiveram mais força que ele, tomando o seu lugar.
A prepotência humana superou seus valores, mas com toda a
certeza o seu nome está escrito no Livro da Vida junto ao Cordeiro de
Deus. Tenho absoluta certeza de que o Deus que servimos é justo e fiel,
e tudo o que meu pai fez de todo o seu coração será creditado como
galardão, pois fez em favor daqueles que tinham sede de salvação.
Para os líderes desta igreja, tudo o que ele fez, foi completamente
esquecido, e já com sua idade bastante avançada, com a visão fraca e a
mente cansada, quando mais precisou de ajuda e atenção daqueles a quem
tudo dera, foi marginalizado, desprezado e rejeitado. Nada nuncajustifi-
cará a ingratidão dos líderes desta falsa Igreja.
No dia de sua morte toda a cidade o homenageou, chorando por
sua partida.
Por parte da Congregação Cristã no Brasil foi negado ao meu pai
até a unção quando estava muito doente, já nos últimos dias de sua vida,
algo que desejava muito. Quando já falecido, no seu velório, sendo todos

142
os familiares desta religião, inclusive eu, fomos procurar o ancião para
fazer uma cerimônia na sua despedida de corpo presente, o ancião não
aceitou pois era o próprio culpado da saída de meu pai desta religião.
Para mim, foi o ápice do desamor, da falta de consideração, não só pela
vida de meu p a i, como a de toda a minha família.
Não é este o exemplo que vemos nas Santas Escrituras por parte
do Senhor Jesus. Jesus amou o mais vil pecador, curou leprosos que nem
se quer voltaram para agradecê-lo, comeu e bebeu com pecadores e
ainda assim ofereceu tremenda salvação, consolo e libertação a todos os
que a ele buscavam.
A prepotência deste ancião somente realçou a falta de maturidade
e do mais peifeito dom de Deus: o Amor. Sendo este homem digno de dó
e piedade.
Tudo isso porque eu e meu pai não aceitamos a omissão e o
pecado no seio da igreja, e fomos pedir a este ancião que removesse o
pecado da congregação. E aquilo que pensávamos ser o correto se tor­
nou para nós uma guerra, onde a mentira e a falsidade prevaleceram.
Meus pais saíram da Igreja Presbiteriana no ano de 1933 e passa­
ram para a Congregação Cristã no Brasil, à procura de uma Igreja que
estivesse cumprindo com mais perfeição os ensinamentos das Sagradas
Escrituras, porém no seu zelo, esqueceram que onde está o homem estão
também as falhas humanas, e por esta razão não devemos seguir Jesus
Cristo na Igreja, e querer alcançar o Senhor pela Igreja.
A Igreja é importante para vivermos em comunhão com Cristo,
sentindo ali o calor daqueles que junto a nós estão buscando o Reino dos
Céus, mas é pelo nosso procedimento e retidão que santificamos a Igreja
em Jesus Cristo.
Desde os meus seis anos de idade estive na Congregação Cristã
no Brasil, estive quase três gerações e conheço muito bem essa seita.
No ano de 1946 sofri a minha primeira decepção nessa seita, na
Cidade de Ourinhos-SP.
Lá houve um grande e vergonhoso escândalo que lameou aquela
Igreja. Eu era bem jovem quando isto aconteceu, e por inexperiência e
falta de fé, fui usado pelos irmãos mais velhos, e com o apoio da maioria
dos fiéis, como porta-voz dos demais, junto aos líderes dessa igreja a fim
de se encontrar uma solução honrosa para o caso. Junto aqueles fiéis

143
procuramos as autoridades da igreja para tratar do assunto Estivemos
com o ancião de Sorocaba, que nada resolveu, fomos aos anciãos de
São Paulo, mas, que não deram a menor atenção à igreja, menosprezan­
do a maioria dos fiéis, deixaram de fazer justiça, agindo com prepotência
e menosprezo.
Este acontecimento foi muito vergonhoso, não seria elegante rela­
tar aqui item por item, mas pessoalmente poderei dar melhor esclareci­
mento.
Com todo o menosprezo que sofremos não desanimamos, e fo­
mos em frente, procurando uma solução para o fato, e então veio de
Jacarezinho -PR, e de Santo Antônio da Platina, um ancião a mando do
ancião de Sorocaba-SP.
Mas ele também veio com as cartas marcadas a fim de dar pleno
apoio aos autores do escândalo vergonhoso.
O caso que foi apoiado por esses anciãos foi fornicação e sodomia
no meio da Igreja.
Como porta-voz neste caso tornei-me uma pessoa perseguida
pelos anciãos desta igreja durante quarenta e oito anos, fui marcado de
pai para filho.Foi tão grande a perseguição que sofri, que me obrigaram a
ficar aproximadamente três anos fora desse meio, em protesto pela pouca
vergonha. Após esse período que fiquei fora, imaginando que viriam a
esquecer do fato em reverência, resolvi voltar. Passei 19 anos lá e mais 35
anos sem participar em nada nessa seita, não fiz isso por falta de conheci­
mento, mas, achava que com esse procedimento viessem a esquecer o
meu passado. Para mim seria importante, pois, queria viver em paz o
restante de minha vida. Mais uma vez fui decepcionado. Este povo não
conhece verdadeiramente a Deus, pois não sabe o significado da palavra
Perdão, não perdoa e jamais esquece. São arrogantes e prepotentes.
Em 1994 meu genro foi nomeado cooperador desta seita em
Goiânia, fez um banquete em sua casa em comemoração ao "fato" e cha­
mou diversas autoridades desta seita, e eu também fui. Estavam reunidos
diversos anciãos e cooperadores, e para minha decepção, no melhor da
festa alguém no meio deles relembra o meu passado. Esse alguém me
conhecia há pouco tempo, mas estava ali para me acusar. Eu não fiquei
sabendo deste ocorrido naquele dia e sim 18 meses após, por intermédio
de minha filha Marily, esposa do Cooperador citado. Para mim, foi o fim
nessa seita, aprenderam julgar e condenar o próximo sem a mínima con­
sideração pelo ser humano.
144
Depois de alguns tempo que sai desse meio, fui visitado pelo an­
cião pai de meu genro, tentando me convencer a voltar para o meio
deles. Pela sua insistência fiz com uma simples condição: que só voltaria
para o meio deles se oficialmente me recebecem esquecendo o meu pas­
sado. Sabia que era humanamente impossível o meu pedido ser aceito,
pois no passado briguei com um ancião o que era um grande problema.
Um ancião jamais me perdoaria, pois era "ungido do Senhor", merecen­
do a máxima consideração e respeito pelos membros.
Eles têm como regra o seguinte:" Aí daqueles que tocarem nos
ungidos do Senhor". Como se vê, eles se consideram donos da verda­
de, dignos de todas as honras e respeito, pois se consideram "deuses". A
Igreja só tem o direito de ouvi-los, não podendo contestá-los. Aos anciãos
pertence a verdade, pois falam pelo Espírito Santo, e se consideram os
únicos mediadores entre o Senhor e a igreja e ainda santos e irrepreesíveis,
Têm como doutrina perseguir, odiar e condenar. Enquanto que a doutrina
do Senhor Jesus é o amor, mostrando pelo amor o caminho que conduz
ao Reino Celestial.
Está escrito nas Santas Escrituras:
"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra,
onde a traça e a ferrugem corroem, e onde ladrões esca­
vam e roubam;porque onde está o teu tesouro, alí estará o
teu coração". Mateus 6:19 e 21
Como um líder religioso pode ser agiota, ter negócios ilícitos? Na
Congregação Cristã no Brasil muitos se sustentam, com a especulação
finaceira. Como vários cooperadores se enriqueceram? Praticando agio­
tagem. Seria possível esses homens estarem cheios do Espírito e minis­
trando a palavra de Deus, estando em pecado?
Como pode esses homens se dizerem guiados pelo Espírito San­
to, fazendo algo condenado pela própria palavra do Senhor Jesus? Pela
justiça humana sabemos que um agiota comete crime e pelas Santas Es­
crituras sabemos que estes nunca entrarão no Reino dos Céus. Como
Poderiam ter ministérios na Igreja?
A Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo tem e deve ser guiada pe­
las Santas Escrituras em todo o seu conteúdo e fortalecida pelo poder do
Santo Espírito, prevalecendo a fé, a razão e o direito.

145
A Congregação Cristã no Brasil é diferente sim, eles só agem pela
intuição, e a intuição nega o direito e a razão.
Estive nesta seita infelizmente por 54 anos, e pensei que, com o
tempo, pudesse haver um amadurecimento de seus líderes, e que as coi­
sas pudessem também mudar, porém só vi o aumento de prepotência,
vaidade e falta de amor, se tornando uma igreja exclusivamente
estabelecida nas tradições familiares.
Hoje estou na Igreja Assembléia de Deus, me sinto feliz por estar
congregando numa igreja verdadeiramente apostólica, onde se ve o amor
uns pelos outros, onde o perdão é visto e onde os arrependidos são esta­
belecidos ao convívio dos santos. Uma igreja transparente, aberta, onde
há espaço para todos os que querem trabalhar em prol do Reino de Deus.
Estas são algumas das razões porque sai desta Igreja, não me
conformando com a injustiça. E sinto realizado em poder ainda contem­
plar com os meus olhos este livro, que há muitos anos gostaria de tê-lo
publicado.
"Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e escudo
para os que caminham em integridade" . Provérbios 2:7

UM GRANDE MILAGRE
No início do ano de 1994, comecei a ter um sério problema de
saúde e por insitência de minha esposa procurei um hospital a fim de fazer
um check-up especificamente na área que vinha me perturbando.
Em março deste mesmo ano, fiz os primeiros exames, sendo cons­
tatado tumores na próstata. Então já se sabia que seria necessário efetuar
uma cirurgia para exterminar os tumores, e fui informado pelo médico que
o caso obrigaria a fazer uma cirurgia radical, sendo que eu não teria mais
controle do funcionamento do sistema urinário, ficando com incontinência
urinária e sem mais condições de ter qualquer chance de manter uma
relação sexual.
Foi me pedido para fazer os exames pré-operatório, e como de
costume, foram realizados. Foi constatado que haviam vários tumores
malignos. E que se tratavam de um com 1 cm3e um outro com 1,8 cm3.
Se tratando de tumores malignos, me foi pedido também o exame
de sangue conhecido no meio oncológico como "PSA". Este exame tem

146
como média normal de 0 a 4 miligramas, e o meu alcançou o limite de
184,7, sendo este valor alarmente e assustador, tornando-se um caso
único na medicina, surpreendendo os médicos. E na avaliação não havia
mais condições para se efetuar a cirurgia. Com este alto volume de "PSA",
se me fosse aplicada a anestesia traria uma queda nos glóbulos vermelhos
e eu provavelmente não resistiria, sendo aconselhado então a fazer a radi­
oterapia.
Não havia mínimas condições de um ser humano viver com um
índice de "P.S.A." tão alto, havendo uma preocupação por quem me as­
sistia. Já tínhamos pleno conhecimento que o mau realmente era um cân­
cer, e com um "P.S.A." muito alto. Isso me abateu sobremaneira. Saben­
do que para este mal ainda não há cura, principalmente quando se detecta
num estado adiantado como já se encontrava o meu, e as informações
que eu e minha família tivemos foram arrasadoras. E sabendo que era um
caminho sem volta comecei a chorar. Não por medo da morte, e sim por
tristeza de ter que deixar minha esposa que esteve ao meu lado por
cinquenta anos e também os meus filhos e netos que tanto amo. Fui fazer
a radioterapia no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, hospital especializa­
do em câncer.
Antes de iniciar o tratamento e ciente da gravidade do momento
que eu estava vivendo, fui a minha igreja e pedi uma oração com unção
para que Deus pudesse me abençoar com a cura desta enfermidade. A
partir de então passei a confiar mais no Senhor Jesus, sabendo que para
Ele tudo seria possível.
A médica do Hospital me fez um relato de tudo que haveria de
acontecer durante o período das aplicações da radioterapia. Eu teria a
perda total dos cabelos, náuseas, queda do número de heácias, sendo
que o total seria 55 aplicações.
Mas ali o Senhor Jesus já começara a fazer a sua maravilhosa
obra, sendo que não perdi nenhum fio de cabelo sequer, suportando rela­
tivamente bem as seções das terapias, e não tive náuseas, sendo aqui o
começo do grande milagre do Senhor Jesus na minha vida.
Estranhamente o índice de "P.S.A.", continuou alto, tornando o
caso preocupante, não havendo solução. Apareceram outros focos
cancerígenos em todo o coipo. Porém, nos exames que se fazia não de­
tectavam nenhum. Esclarecendo novamente com a médica que me assis­
tia no Araújo Jorge, ela me respondeu: "Nunca tinha ouvido falar que um
ser humano pudesse viver com um "PS A" tão alto por tanto tempo". E se
referiu a um paciente que acabara de atender. Nesse paciente o "P.S.A."
não chegava a 50 miligramas. E esta provavelmente seria a última vez que
viria ao hospital, considerando o estado deste outro paciente como termi­
nal. E o senhor com 184,7 de "P.S.A." continha vivo. Eu como médica lhe
digo que este é realmente um grande milagre que Deus está fazendo em
sua vida. O senhor deve ser um homem que tem uma grande fé para
receber tão grande graça de Deus.
Louvo ao meu Senhor por ter ouvido deste médica a bendita con­
fissão que ela declarou ao poder do nosso D eu s, e de sua misericórdia
para aqueles que crêem no poder que há no Seu nome.
Terminei minhas aplicações, mas o índice do "P.S.A." não regredia,
não havendo solução para o caso. O médico que me atendia levou os
meus exames para os E.U.A. para que o caso fosse analisado num con­
gresso internacional, porém, não houve resposta, nem solução.
Logo que finalizei com a radioterapia, fui assistir um culto numa
Assembléia de Deus, num bairro chamado Fama, em Goiânia. Ao entrar
naquela igreja, saudei os irmãos como de costume, e sabia que não co­
nhecia, bem como não era conhecido de ninguém ali. Por coincidência um
deles era o Pastor que dirigiria a reunião naquela noite. Houve um fato
que jamais esquecerei. Ao término de sua mensagem, ele apontou para
mim no meio dos dos fiéis e falou sobre tudo o que eu estava passando.
Depois de informar a igreja de tudo que estava acontecendo em minhavida,
me chamou ao púlpito a fim de confirmar a palavra que Deus havia lhe
dado, quando me abordou na entrada da igreja. Quando este pastor fala­
va sobre os acontecimentos de minha vida, ele dizia à igreja que eu estava
passando por uma situação irreversível em minha vida, mas que desta
enfermidade eu seria curado. Apesar de ser impossível aos homens, não
seria ao Senhor. Mais uma vez fui fortalecido na minha fé em Cristo. E
tiver certeza que grandes coisas irão acontecer. Mas, o "P.S.A.", persistia
sem solução. Voltei a realizar novos exames. Todos os que foram exigidos
para o meu caso e não foi pequena a minha surpresa quando o médico
que atendia me falou que eu estava curado e que eu não tinha mais ne­
nhum resíduo de câncer na próstata. Bendito o nome do Senhor que ou­
viu as palavras daquele pastor e me deu a divina cura. Estava agora cura­
do. Mas o "P.S.A." continuava ainda muito alto.

148
Em janeiro de 1998 voltei a ter crises e a paralisação do rim direi­
to. Retornei ao hospital para averiguar o que estava acontecendo. Havi­
am algumas anormalidades. Fiz em janeiro novos exames, sendo consta­
tado que eu estava com vários focos cancerígenos. Os exames foram
todos positivos. Eu estava com o rim direito realmente paralisado e com
sete focos de câncer, sendo um na calota craniana, outro na herniface
direita, uma na escapola direita, um no fêmur e os demais na coluna. Este
exame ficou escondido com os meus familiares por mais de três meses,
até que passei a sofrer fortes dores no corpo e resolvei fazer novos exa­
mes para saber o que estava acontecendo comigo.
Relatei ao médico do meu passado e de toda minha luta contra o
câncer. Ele pediu estes últimos exames e me orientou que eu voltasse a
procurar o Hospital Araújo Jorge para fazer novo tratamento, e fui nova­
mente a minha igreja pedir oração e unção.
Em julho de 1998, minha nora insistiu para que eu fizesse novos
exames, e me levou a uma amiga sua que também era especialista nesta
área. Sua amiga ficou chocada quando em mãos pode constatar a gravi­
dade do estado de minha saúde, e disse que seria necessário a retomada
do tratamento, pois o câncer nos ossos acarretaria uma osteoporose, que
enfraqueceria os ossos e que o inevitável seria a quebra destes e
consequentemente a minha invalidez.
Vem aqui o grande milagre de Deus.
Fiz todos os exames novamente, inclusive o de Cintilografia óssea
do corpo inteiro. Para a minha surpresa todos negativos, não aparecendo
mais nada como havia nos anteriores. Eu estava completamente curado.
Hoje, estou gozando de perfeita saúde pela grande bondade do
Senhor Jesus Cristo, que não nos abençoa pela metade. Ele sim, realmen­
te é o médico dos médicos.
Como no relato daquela médica do Hospital Araújo Jorge, nem
se eu servisse o Senhor por todos os dias da minha vida, jamais pagaria as
graças que Ele me dispensou.
Foram dois milagres que Jesus operou em mim. A cura da prósta­
ta e a recuperação dos meus ossos. Por isso sou agradecido a Deus, por
ter ouvido as minhas orações. E por minha igreja Assembléia de Deus em
Campinas - Goiânia e de Manaus e a Presbiteriana. E por minha família
que buscou o Senhor para me curar.

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Fiz meus últimos exames e me deparei com o completo milagre,
pois, o meu "P.S.A." que era de 184,7, hoje está em 0,07 miligramas,
sendo que o normal é de 0 até 4 miligramas.
Disse Jesus: "Tuclo o que pedires ao meu Pai em meu nome eu
o farei e muito mais do que pedires será feito" . João 14:13
CAPÍTULO V

CONCLUSÃO

Após um ano e meio de pesquisas, estudos, discussões, debates,


chegamos ao término deste livro. O que dependeu de uma boa pesquisa e
de muita seriedade e da ajuda do Senhor. Não foi fácil tratar de um assun­
to doutinário de uma igreja que não é evangélica. Mas hoje, tenho a
alegria de dizer, não existe no Brasil nada similar publicado sobre a Con­
gregação Cristã no Brasil. Primeiro, pela falta de informações. Depois
pela frieza que todos comumente tratam esta seita, não dando importân­
cia aos malefícios que trouxe a todos os evangélicos neste país.
Meditei e orei muito antçs de publicar este livro, e hoje cheguei na
seguinte conclusão: Temos uma seita bem perto de nós, que se diz Igreja,
se dizem os detentores da salvação, são partidaristas, não conhecem e
muito menos estudam a Palavra de Deus.
Por não incentivar os estudos de seus membros confundem toda a
população brasileira, quanto ao nível cultural dos evangélicos. A sua lide­
rança não tem a "Unção de Deus" como dizem. Falo isso porque, onde
está a Unção de Deus está a bênção, o crescimento, o desenvolvimento.
Algo que não tem ocorrido na Congregação há décadas. E por todas as
heresias ( como já vimos) que defendem e que destoam do Evangelho
segundo o nosso Senhor Jesus Cristo.
Agradeço o apoio que me deu o.pastor Ricardo Cassiano que
ajudou muito com sua inteligência, experiência e grande vivência no Evan­
gelho do Senhor Jesus Cristo usando de muita lealdade para que eu pu­
desse ver esse livro concluído.
E por fim, jamais aceitarei uma seita que não prega o evangelho, e
que o seu único objetivo é confundir aqueles que já estão recebendo o
leite espiritual da Bíblia, desviando-os do verdadeiro caminho da Graça
de Deus.
Quem age desta maneira é comparado a lobo. E, este o objetivo
deste livro é advertir toda irmandade, e principalmente os recém-nasci-
dos na fé, destes lobos malignos.

José Marques do Amaral


Este livro mostra: a luz da palavra de Deus, toda a verdade
sobre esta seita que se denomina evangélica. Mas tem feito
grandes feridas no corpo de Cristo.
Pregam que somente eles são os predestinados e os únicos
que subirão com Cristo. Que as outras igrejas evangélicas,
são apenas seitas e que os que vivem nelas estão perdendo
tempo. Que se quiserem ser salvos serão obrigados um dia a
se batizarem nessa seita.

Pr. José Amaral


José Marques do Amaral, nasceu em Buri, São Paulo, em 01
de setembro de 1927. Desde sua infância esteve com seus pais
na Igreja Presbiteriana, e no ano de 1933, seus pais passaram
para a Congregação Cristã no Brasil, tinha apenas seis anos
de idade quando isto aconteceu. Ficando durante 54 anos.
Saindo no ano de 1994, passando à Igreja Assembléia de Deus
na cidade de Goiânia, bairro de Campinas.
Durante este tempo que esteve na Congregação Cristã no
Brasil, deu para conhecê-la muito bem e essa é a razão que
levou-me a escrever este livro.

í e-mail: pastoram aral@ hotm ail.com

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