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Variantes geográficas de Boana pombali (Caramaschi et al.

, 2004) (Anura,

Hylidae) identificadas com base em dados citogenéticos

Marina dos Santos Faraulo1, Millena Santos Figueredo1, Jamille Freitas Dias1*, Juliana

Zina1 e Caroline Garcia1

1. Departamento de Ciências Biológicas (DCB), Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia (UESB) – Campus Jequié, Avenida José Moreira Sobrinho, s/n, Jequiezinho, CEP

45208-409, Jequié, Bahia, Brasil.

* Autor correspondente. E-mail: jamillefdias@gmail.com

Boana é um dos gêneros mais especioso e amplamente distribuído dentro da família


Hylidae, com espécies descritas ao longo de toda a região Neotropical, sendo muitas
endêmicas da Mata Atlântica, como é o caso de Boana pombali. Estudos citogenéticos
recentes com hilídeos estão trazendo contribuições significativas à caracterização das
espécies do grupo, com a descrição de muitos caracteres diagnósticos e identificação de
diversidade críptica. Estas informações são obtidas a partir de estudos comparativos
entre populações ao longo de um gradiente geográfico. Assim, no presente estudo
descrevemos o cariótipo de B. pombali e comparamos estes dados com a literatura
disponíveis para o gênero e espécie, visando estabelecer os possíveis mecanismos de
diferenciação cromossômica envolvidos na evolução cariotípica da espécie. Para tanto,
coletamos 10 indivíduos de B. pombali no Parque Estadual Serra do Conduru (PESC) e
03 indivíduos na Fazenda Barra do Tijuípe (FBP), ambos localizados em Serra Grande,
distrito de Uruçuca-BA, entre os anos de 2015 e 2016. Ambas as subpopulações
estudadas de Boana pombali apresentaram 2n = 24 cromossomos, NF = 48 e mesma
fórmula cariotípica. Também evidenciamos a ocorrência de Ag-RONs simples nos
espécimes da FBT e Ag-RONs múltiplas nos espécimes do PESC. Para a população do
PESC o bandamento C mostrou blocos de heterocromatina pericentroméricos e
terminais, tanto no braço curto quanto no braço longo e Ag-RONs eucromáticas. Não
obtivemos bandamento C para a população da FBP. Provavelmente, a família Hylidea
passou por eventos de redução cromossômica, sendo esta manutenção da estrutura
cromossômica generalizada dentre os Amphibia. Apesar de raras, outras espécies de
Boana apresentam RONs múltiplas, podendo esta ser consequência de eventos de
translocação ou transposição cromossômica com manutenção do número e tamanho
cromossômico. Observamos que a maioria das espécies do gênero apresentam blocos
heterocromáticos distribuídos pericentricamente em todos os cromossomos do
complemento.

Palavras-chave: Ag-RONs, Bandamento C, Genética, Mata Atlântica

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