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A PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS A NO ESTADO DE SAO PAULO ‘SERVICO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA, Geréncia Executiva em Sao Paulo Wilson Almeida Lima -Gerente ) PLANO DE MANEJO DE CAPIVARAS (Hydrachoerus hydrochaeris) DBE VIDA LIVRE = NO ESTADO DE SAO PAULO y SHY ) ) a ies Cuda ae Ma ae fecuna Ch ure Suewlakie de —mue Am Bont /C BRN/ DaFaun/OMES » A eneuoanwancle : Csnrats anges INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE. £ DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 1 1BAMA Representagdo em So Paulo —Setor de Fauna é Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiedt, 637 ~8° andar/Cerqueira César ‘Sti Paulo / SP - cep: 01417- 020 = Fone/fax: 30831300 A PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS A NO ESTADO DE SAO PAULO m Coordenactio e Organizacio Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros da A Geréncia Executiva do IBAMA de Séo Paulo Cooperactio Técnica " Laboratério de Ecologia Animal da “Escola Superior de mn Agricultura Luiz de Queiroz"da Universidade de Séo Paulo mo Textos, Manuais e Planilhas m Marli Penteado - analista ambiental do IBAMA/GEREX/SP -~ Carlos Yamashita - analista ambiental do TBAMA/GEREX/SP Qn Carola Alice Reimann - consultora IBAMA/SP ns Katia Ferraz - doutoranda LEA/ESALQ/USP INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 IBAMA, Representa em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros Alameda Tite, 637- 8° andar/Cerqueira César A '$8o Paulo / SP - cep: O1417- 020 = Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO INDICE PLANO DE MANEJO DE CAPIVARAS (Hydrochoerus hydrochaeris) DE VIDA LIVRE NO ESTADO DE SAO PAULO ANEXO 1 - Resumo Explicativo do Projeto de Capivaras ANEXO 2 - Questiondrio Preliminar ANEXO 3 - Ficha de Vistoria Técnica ANEXO 4 - Manual de Diagnéstico Populacional e Tabela de Contagem de Capivaras para Diagnéstico Populacional (TABELA 1) ANEXO 5 - Manual para Diagndstico e Avaliagéio de Danos Agricolas ANEXO 6 - Ficha de Diagnéstico e Avaliagdo de Danos Agricolas ANEXO 7 - Manual para Monitoramento e Tabela de Monitoramento Populacional de Capivaras (TABELA 2) ANEXO 8 - Manual de Montagem das Cevas, Construgfo de Brete, Manejo e Captura e Tabela de Captura (TABELA 3) ANEXO 9 - Modelo de Brete fixo e Brete Mével ANEXO 10 - Planilha de Localidades das Areas de Reclamacdo ANEXO 11 -Planilha de vistoria ANEXO 12 - Planilha de captura —ANEXO 13 - Fluxograma do Plano de Manejo INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 3 IBAMA Representagio em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueire César ‘Sd Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPLVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO Introdugéo O desmatamento indiscriminado, a fragmentagao da vegetacao natural e 0 processo de urbanizagao crescente tem ocasionado modificagées drasticas na paisagem que refletem na estrutura e dindmica das populagdes naturais de animais silvestres, alterando em muitos casos 0 padrao de distribuigao e abundancia A capivara é uma das espécies que tem sido afetada pelo processo de alteragbes ambientais, uma vez que grandes agregados populacionais podem ser observados em ambientes alterados, areas agricolas e urbanizadas. A disponibilidade de alimento, desaparecimento de seus predadores naturais e 0 seu potencial reprodutivo, resultam no crescimento demasiado de suas populagdes e, conseqiientemente no aumento significativo das reclamagdes por parte de proprietarios rurais, prefeituras municipais e propriedades proxima a areas urbanas, associando ainda a capivara a infestacdo de carrapatos e ao risco de transmissao de doengas como a leptospirose e a febre maculosa. Embora aparentemente abundante no Estado de Sao Paulo, nao existem levantamentos populacionais da espécie na regio, visando um diagnéstico do estado atual das populagdes, conservagao da espécie e seus recursos disponiveis. © Plano de Manejo de capivaras de vida livre no Estado de Sao Paulo vem preencher esta lacuna, sistematizando a coleta de dados e fornecendo instrugao e orientagao para técnicos do IBAMA e outros instituigdes afins. Com a Cooperagao Técnica de Instituigdes de Pesquisa (LEAESALQ/USP e FMVZ/USP), de Orgaos Governamentais (SUCEN) e de empresas de consultoria (PRO-FAUNA Assessoria & Comércio Ltda), o Plano de Manejo ven sendo aprimorado e integrado a pesquisas de dinamica e estrutura populacional de capivaras e de zoonoses associadas @ espécie. Finalmente, medidas de adequago do uso do solo e recuperagéo de areas degradadas poderao garantir o controle populacional, a conservagao da espécie e seu ambiente. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 4 IBAMA Representagdo em Sto Paulo —Setor de Fauna ¢ Recursos Pesqueiros ‘Alamneds Tieté, 637 - 8° ander/Cerqueire César ‘Sti Paulo / SP - cep: O1417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPLVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO Justificativa © setor de Fauna e Recursos Pesqueiros do IBAMA/SP recebe anualmente inumeras solicitagdes de retirada de capivaras tanto em areas agriculturais como em Areas urbanas. Durante alguns anos a conduta do setor era a autorizagdo de retirada de excedente populacional apés a avaliagdo técnica. As capivaras capturadas eram encaminhadas a criadouros registrados no IBAMA para composigao de matrizes. Na maioria das vezes os proprios criadores providenciavam a retirada dos animais na natureza, sem equipamentos adequados, pessoal qualificado, sem passar por um controle sanitario ou quarentena e sem definicao de percentual de machos, fémeas e filhotes de cada grupo. Dessa forma, 0 IBAMA deixava de registrar de forma sistematica, informagoes sobre a populagdo de capivaras antes da retirada (numero estimado de individuos, dinamica dos grupos, etc.) e também informagdes sobre as conseqiiéncias do manejo, uma vez que esses grupos nao eram monitorados posteriormente. Além disso, perdia-se também a oportunidade de coleta de material biolégico para pesquisas de zoonoses vinculadas 4 espécie, considerando a escassez de dados conclusivos sobre os potenciais reservatorios silvestres de varias zoonoses. Na regiao sudeste, particularmente, a populagao de capivaras tem apresentado um aumento em determinadas regides, com agravamento a cada ano devido a varios fatores de mudangas ambientais, como: auséncia de predadores, disponibilidade de alimento (plantagdes diversas), alteragdes nas areas de preservagao permanente (APP), manejo inadequado dos grupos de vida livre, deslocamentos, etc, propiciando 0 aumento populacional dessa espécie. AA suspeita de focos regionais de febre maculosa aumentou o niimero de reclamagées, tornando a capivara um animal de risco para a populagao, pois a capivara, associada a infestacao de carrapatos, é um reservatério natural de rickétsias (bactéria causadora da doenga). O carrapato, por sua vez, € um teservatério secundario e vetor biolgico da transmissao da reckétsia no ambito humano. No Brasil a rickétsia (Rickettsia rickettsi) € transmitida ao homem por carrapatos do género Amblyomma. Varios trabalhos tem citado a espécie Amblyomma cajannense, 0 carrapato-estrela, como principal vetor da febre maculosa no Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais e So Paulo. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 5 1BAMA Representago em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesquciros Alameda Tiet, 637- 8° andar/Cerqueira César ‘iio Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fox: 30831300 PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO Metodologia Diante deste quadro, surgiu entao a necessidade de sistematizar uma Proposta de Manejo da espécie, com protocolos de coleta de dados (questionario preliminar, planilha de vistoria técnica, diagnéstico populacional e capturas), protocolos de instrugao/orientagao (manual de diagnéstico de populagao de capivara e manual de diagnéstico de danos agriculturais, construgao de brete, colocagdo de ceva e prevengao em reas infestadas de carrapatos), além de protocolo para coleta de material biolégico para pesquisa de zoonoses e oritérios para credenciamento de empresas interessadas em manejo de capivaras. Estabeleceu-se ainda uma Cooperagao Técnica com a ESALQIUSP, através do Laboratério de Ecologia Animal, que vinha monitorando a populagao de capivares no campus da ESALQIUSP e direcionando pesquisas no sentido de elucidar a dinamica de populagées de capivaras e estrutura populacional em fungao da qualidade de habitat, contribuindo desta forma, ao diagnéstico de populagées e definicéo das diretrizes de manejo da espécie. Para pesquisa de zoonoses, foi estabelecida a Cooperagdo Técnica com as Instituigdes: Faculdade de Medicina Veterinaria/USP e Instituto Biolégico. Estabeleceu-se como um dos pontos de monitoramento intensivo, os grupos de capivaras da ESALQ/USP que seriam monitoradas, manejadas e sacrificadas para coleta de material biolégico e encaminhado para tais instituigses. Com a demanda de capivaras associadas a infestagdo de carrapatos e a proposta de manejo de capivaras de parques plblicos do Estado, a SUCEN -Superintendéncia de Controle de Endemias também se integrou na Cooperagao, desenvolvendo pesquisas e atuando conforme a rotina da Instituigo na avaliagao acarolégica No processo de retirada de animais na natureza contamos com a Cooperagao Técnica da Empresa Pré-Fauna Assessoria e Comércio, que possui equipamentos e transporte adequados para captura dos animais, além de recursos humanos especializados para manejo e coleta de material para exames. Dentro da proposta do Plano de Manejo de Capivaras estabelecemos critérios para Gredenciamento de outras empresas interessadas em efetuar 0 manejo de animais de vida livre. Os protocolos de coleta de dados do Plano de Manejo de Capivaras foram criados conforme as necessidades, estabelecendo uma metodologia padronizada para todas as areas de reclamag6es, que devera ser utilizada por todos os escritérios regionais do IBAMA, Prefeituras e demais instituigses envolvidas. Sao eles: INSTITUTO BRASILEIRO DO MEO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 6 IBAMA Representagio em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueitos ‘Alameda Tiet, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘So Paulo / SP cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO 4, Protocolos de coleta de dados: « planilha de localidades das éreas de reclamagao ‘* questionario preliminar planitha de diagnéstico populacional planilha de vistoria técnica planilha de capturas 2. Protocolos de instrugao e orientacao: manual de diagnéstico populacional e monitoramento = manual de diagnéstico de danos agriculturais «manual de construgao de brete , colocagao de ceva e captura + manual de prevengdo em areas infestadas de carrapatos 3. Protocolos para coleta de material biolégico para pesquisa de zoonoses O protocolo de investigagao de zoonoses estabelecido para capivara, inclui ensaio celular e molecular de febre maculosa, leptospirose, brucelose, lyme, trypanossoma, tuberculose, parvovirus e pesquisa parasitoldgica. A coleta implicara no sacrificio de animais para pesquisa para retirada de soro (10ml), orgaos (intestino, figado, rim, pulmo) além da coleta de carrapatos. 4, Critérios para credenciamento de empresas interessadas em manejo de capivaras. Orientacées Como proposta de encaminhamento de animais para monitoramento de Zoonoses e coleta de carrapatos orientamos a implantacao de um quarentenario, onde seréo depositados machos e fémeas adultos para posterior encaminhamento a criadouros como reprodutores e jovens para engorda e recria. Os casos positives para qualquer das zoonoses pesquisadas sero analisados por técnicos do Termo de Cooperagao com indicagao de procedimentos de manejo de carrapato. O controle de carrapatos em animais silvestres confinados em parques pilblicos sera objeto de proposta submetida a Representacao do IBAMA/SP. As areas de quarentena poderdo ser implantadas inicialmente nas Universidades, ou nos criadouros que recebem os animais provenientes da natureza ou ainda em areas das empresas credenciadas para retirada dos animais. Apés 0 diagnéstico da populagao de capivaras no Estado de Sao Paulo, realizado a partir dos procedimentos descritos acima, o WWAMA/S0 Paulo devera propor solugdes a curto, médio e longo prazos visando o manejo adequado desta espécie no estado. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 7 BAMA Representagdo em Suo Paulo Seto de Fauna e Recursos Pequitos ‘Alameda Tet, 637 8° andar/Cerqueira César ‘Sto Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fox: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPLVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO Proposta de Manejo de Capivaras Termo de Cooperagao Técnica IBAMA/ ESALQ-USP/ Faculdade de Medicina Veterinaria-USP/ SUCEN/ Pro-fauna; Registro de Reclamag6es IBAMA/SP e diagnéstico de populagies; Programas integrados IBAMA/ Prefeituras Municipais/ Centros de Controle de Zoonoses/ Secretarias da Agricultura para diagnéstico da populagao de capivaras no Estado (associado ao SIG); Definigao de pontos de monitoramento em casos especiais; Definigao de percentuais de retirada de excedente populacional, Analise do efeito de manejo sobre a dindmica e estrutura da populacao; Definigao de etapas do Manejo (questionario, tabela de diagnéstico, vistoria técnica e avaliagdo, indicagao retirada, monitoramento de cevas, captura por empresa credenciada e quarentena), Implantagao de quarentendrios para recepgao, coleta de material para pesquisa de zoonoses e posterior encaminhamento para criadouros; Credenciamento de empresas e instituiges para retirada de capivaras INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Representagdo em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiete, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘Sti Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO Objetivos Gerais Avaliar a demografia de capivaras em diferentes habitats e areas submetidas a diferentes niveis de mudangas ambientais. Diagnosticar e monitorar a populagéo de capivaras no Estado a partir de dados coletados durante as etapas do Plano de Manejo. Controlar a papulagéio excedente de capivaras no Estado de Sao Paulo. Desenvolver pesquisa zooepidemiolégica de interesse @ satide ptiblica e ambiental. Propor sistema adequado de controle sobre a infestagdo de carrapatos, a médio e longo prazo, nas areas de suspeita de focos da febre maculosa e dreas de super populaco de capivaras. Desenvolver trabalhos cientificos em pontos definidos de experimentagao para uma andlise da dinamica de populagdes de capivara no Estado de Sao Paulo. Diagnéstico da populagao de capivaras no Estado a partir do Banco de Dados integrado a um SIG (Sistema de Informagao Geogréfica) Objetivos Especificos Responder as solicitagdes de retirada de capivaras tanto em areas rurais como em areas urbanas e distribuir os questionarios e os manuais de diagnéstico das populagGes de capivaras de vida livre. Determinar as dreas de suspeita de focos de febre maculosa e orientar a populacao com medidas preventivas em caso de infestagao de carrapatos Implantar quarentendrios para recep¢do de animais retirados do local de origem com coleta de material para pesquisa de zoonoses e posterior ‘encaminhamento para criadouros registrados no IBAMA. Analisar e registrar novos criadouros em processo de legalizagéo para o destino de animais capturados. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 9 IBAMA Representacdo em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘Sti Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO MATERIAL DE ORIENTAGAO PARA TECNICOS DO IBAMA QUAL OS PASSOS QUE O TECNICO DEVE PROSSEGUIR PARA ATENDER AS RECLAMACOES DE EXCEDENTE POPULACIONAL DE CAPIVARAS, INFESTACAO DE CARRAPATOS OU CASOS DE ZOONOSES? QUEM CONTACTAR PARA REALIZAR AS VISTORIAS CONJUNTAS? INFESTAGAO HUMANA => CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES E EPIDEMIOLOGICO DAS PREFEITURAS = SUCEN (Superintendéncia de Controle de Endemias) DANO AGRICULTURAL. => CASA DA AGRICULTURA EXCEDENTE DE CAPIVARAS => IBAMA REGIONAL E/OU IBAMA/SP_ CAPTURAS => EMPRESAS CREDENCIADAS INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 10 1BAMA Representagio em Sto Paulo ~Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘So Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO ANALISE DO DIAGNOSTICO E ORIENTAGAO DA POPULACAO NAS REGIOES VISITADAS APRESENTAGAO DO PROJETO CAPIVARA: 1. Apresentagao de um “Resumo Explicativo do Projeto de Manejo de Capivaras de Vida Livre” (anexo 1) as Prefeituras Municipais e/ou responsaveis pelas areas de excedente populacional de capivaras, contendo a biologia da espécie, procedimentos nas areas de reclamagao e prevengao da infestagao de carrapatos 2. Delegar as Prefeituras, Secretarias e outros érgaos piblicos interessados, a distribuigao do resumo explicativo aos proprietérios de terras afetadas pelo aumento da populagao de capivaras e outros reclamantes em areas urbanas e industriais. QUESTIONARIO E LEVANTAMENTO POPULACIONAL: 3. Distribuigdo para os proprietarios e/ou responsaveis das areas de reclamagao, de um "Questionério Preliminar” (anexo 2), para identificagao do problema. VISTORIA: 4. Antes da visita técnica, contactar funcionarios das Prefeituras ou Secretarias dos Municipios, para realizar as vistorias conjuntas requisitando laudos das Instituigées afins a cada vistoria realizada. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 11 IBAMA Representagdo em Sio Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8 andar/Cerqueira Césor ‘Sti Paulo / SP ~ cep: O1417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPLVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO 5. Vistoria técnica do IBAMA regional em conjunto com instituig6es afins, para diagnéstico pontual (agriculturais e/ou urbanos), estimando o tamanho e estrutura populacional dos grupos de capivaras no local e preenchendo a “Ficha de vistoria técnica” (anexo 3) juntamente com o “Manual de Diagnéstico Populacional de Capivaras de Vida Livre” (anexo 4) e uma “Tabela de Contagem de Capivaras para Diagnéstico Populacional” (Tabela 1) 6. Para estimar o dano agricultural, o técnico ira utilizar o “Manual para Diagnéstico e Avaliagdo de Danos Agricolas” (anexo 5), preenchendo a “Ficha de diagnéstico e avaliagéo de danos agricolas” (anexo 6) INDICAGAO DE MEDIDAS: Em caso de infestagao de carrapatos, efetuar a coleta de carrapatos na vegetagao e encaminhar conforme protocolo da SUCEN. «Em caso de danos agriculturais efetuar o diagnéstico, utilizando 0 manual de diagnéstico e avaliagao de danos agricolas solicitar Laudo Técnico da Casa da Agricultura com estimativa do dano. + Em caso de infestagao humana de carrapatos e/ou casos de zoonoses, deve ser encaminhado a Secretaria da Satide (Centro de Zoonoses) da prefeitura mais proxima e também a SUCEN, que identificara a espécie de carrapato, assim como a presenga de rickétsia. + Em_caso_de_indicagéo_de_manejo_sanitario_periédico, sem a retirada das capivaras, com retirada total ou retirada parcial dos animais com manejos periddicos, um técnico capacitado deve proceder a um monitoramento populacional dos grupos no local INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 12 IBAMA Representago em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueitos ‘Alameda Tieté, 637 -8° andar/Cerqueira César ‘Sti Paulo / SP - cep: O1417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO MONITORAMENTO 7. Em todos os caso indicados acima, é necessario que um técnico capacitado execute 0 monitoramento dos animais de vida livre, seguindo o “Manual para Monitoramento” (anexo 7). e preenchendo a “Tabela de Monitoramento Populacional de Capivaras (Tabela 2) PREPARACAO PARA MANEJO PERIODICO 8. Para efetivar o manejo dos animais, € preciso determinar os locais de possiveis cevas, definir os encargos da construgao do brete e alimentagao e, proceder a distribuigéo do “Manual de montagem da(s) cevas, construgao do(s) brete(s), manejo e captura” (anexo 8) e Tabela de Captura (TABELA 3). CEVA E CONSTRUGAO DO BRETE: 9. O técnico responsavel ou o proprietério da area com excedente populacional de capivaras, deve indicar um funciondrio que reside préximo ao local, para montar, monitorar e reabastecer as cevas, seguindo as instrugées do manual. O funcionario deve cevar os animais durante 15 dias no minimo. 10.Para iniciar a construgao do brete fixo ou montagem de um brete movel (modelos anexo 9) deve-se observar a freqiiéncia dos animais nas cevas, indicando o local mais apropriado. 11.Depois de construido-o brete, o-monitoramento- deve ter-continuidade -para assegurar a presenga dos animais no brete, definindo a frequéncia e hordrio de alimentagao dos animais. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 13 (BAMA Represetagao em Sto Paulo ~Setor de Fauna e Recursos Pesguciros ‘Alameds Tet, 637- 8° endar/Cerqueira Césor ‘Sti Paulo / SP - cep: O1417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMETRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO CAPTURA: 42.0 técnico responsavel do local devera contactar 0 setor de Fauna do IBAMA/SP que autorizaré uma Empresa (cadastrada no IBAMA/SP) a efetuar a captura, assim que os animais apresentarem condigdes de captura, ou seja, comendo no brete todos os dias, no mesmo hordrio € no minimo a uma semana. 13.Os dados do manejo de controle e sanitario serdo preenchidos em uma “Tabela de Captura” (tabela 3), encontrada junto com o Manual de montagem da(s) cevas, construgao do(s) brete(s), manejo e captura, no anexo 8. 44.No dia e horatio determinado, o(s) técnico(s) e/ou funcionarios treinados da empresa irao executar a captura com caminhao e equipamentos adequados. 45.Os animais deverdo ser encaminhados ao quarentenario para coleta de material biologico e ectoparasitas. MANEJO DE CONTROLE E SANITARIO: 46.Se a retirada dos animais (parcial ou total) for efetuada, o manejo serd realizado no local da quarentena, no dia seguinte apés o transporte (geralmente notumo), com posterior soltura dos animais em um piquete. 17.Se os animais permanecerem na area de reclamagao (formagao de um novo criadouro ou simples manejo para controle de carrapatos), ou os remanescentes continuarem freqlentando o brete, o manejo deve ser efetuado no momento da captura; no mesmo local.—— ee 48.0 manejo de controle é definido com: sexagem, pesagem, marcagao e biomettia. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 14 1BAMA Representagdo em Séo Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° ondar/Cerqueire Césor ‘Sto Poul / SP - cep: 01417-020 Fone/fox: 30831300 PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO 49.0 manejo sanitario é definido com: pulverizagao e/ou banho com carrapaticida, coleta de sangue, urina e fezes para exames de zoonoses, coleta de amostras de carrapatos e aplicagao de outros medicamentos se necessério. 20.Os dados do manejo de controle e sanitario serao preenchidos na “Tabela de Captura” (tabela 3), mencionada acima. 21.0 material coletado para exame zooepidemiolégico, sera encaminhado para o FMVZ e para SUCEN, dependendo do local de origem dos animais e das pesquisas. 22.£m caso de retirada de excedente populacional e posterior encaminhamento a criadouros, orientamos a implantagao de um quarentenério para monitoramento de zoonoses e coleta de carrapatos. Os casos positivos para qualquer das zoonoses pesquisadas, serao analisados por técnicos do Termo de Cooperagao com indicagao de procedimentos de manejo. 23.As areas de quarentena poderao ser implantadas inicialmente, ou nas Universidades, ou nos criadouros que recebem os animais provenientes da natureza ou ainda em areas das empresas credenciadas para retirada dos animais. 24.0 controle de carrapatos em animais silvestres confinados em parques publicos serd objeto de proposta submetida a Representagao do IBAMA/SP. ANALISE DOS DADOS: 25. Todas as solicitagées de retirada de capivara, serao anotadas numa “Planilha de Localidades das Areas de Reclamagao” (anexo 10), onde constara a regiao de ocorréncia, a data de solicitagdo, a coordenada geogréfica € 0 tipo de reclamagao ocorrida, INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 15, IBAMA Representaglo em Sto Paulo —Setor de Fauna ¢ Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet, 637 -8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 PRIMELRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPLVARAS NO ESTADO DE SAO PAULO 26. Todos os pontos visitados e nao visitados serao plotados em um mapa do Estado através de um SIG (Sistema de Informagéio Geografica). 27.Todas as areas visitadas constarao na “Planilha de vistoria” (anexo 11), identificando os problemas causados pelas capivaras e 0 ntimero estimado de capivaras na area de solicitagao. 28.As capturas realizadas serao controladas através de uma “Planilha de captura” (anexo 12), onde constara os locais de origem e locais de destino (aps a quarentena) dos animais capturados. 29.Apés as capturas os locais deverdo ser monitorados por técnicos da prefeitura municipal. CRITERIOS PARA CADASTRAMENTO DE EMPRESAS PARA RETIRADA DE CAPIVARAS DE VIDA LIVRE: ‘+ Registro de empresa transportadora de fauna silvestre ou de criador comercial ou conservacionista, no |BAMA. + Caminho adequado para o transporte de capivaras com inclusao de uma rampa adaptada para estes animais. + Equipamentos necessérios para captura, transporte e manejo de capivaras. « Area de quarentena para os animais retirados da natureza * Construgao de um embarcadouro com no minimo 10 baias para os animais em transigao (se o ntimero de animais for maior que 40) na area de captura e na area de destino. * _Dois funcionarios (no minimo) treinados, para efetuar a captura, o transporte 0 manejo dos animais. * Acompanhamento técnico da area. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 16 1BAMA Representago em So Paulo —Setor de Fauna ¢ Recursos Pesquelros ‘Alameda Tiett, 637 - 8° andar/Cerqueire César ‘So Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 - PRIMEIRO CURSO DE DIAGNOSTICO E MANEJO DE CAPIVARAS i" NO ESTADO DE SAO PAULO 4 CRITERIOS PARA UMA QUARENTENA: A * Distancia minima de criadouros de capivaras para 0 isolamento no caso de doengas, mas em area de boa localizagao (regiao central) para que o tempo de transporte dos animais seja minimo. + Embarcadouro de no minimo 10 baias para os animais em transi A Minimo cinco (5) piquetes de 5 mil m2 cada, com agua, area de mata, area de pasto e um brete para o manejo. * Facil aquisigao de alimento (milho, cana de agticar ou napier) para An distribuigao nos bretes diariamente. A * Dols funcionarios (no minimo) treinados, para efetuar a captura, 0 transporte @ 0 manejo dos animais. + Laboratério para andlise dos materiais coletados no manejo sanitario & ® controle biolégico. + Area de necropsia A FLUXOGRAMA DO PLANO DE MANEJO DE CAPIVARAS DE VIDA my LIVRE NO ESTADO DE SAO PAULO a O fluxograma esta em anexo 13 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE £ DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 17 i BAMA Representagto em Sto Paulo Seto de Fauna ¢ Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tit, 637 -8° endar/Cerqueira César a ‘Séo Paulo / SP - cep: O1417- 020 Fone/fox: 30831300 ) EE SITF ERED PPD PHOS PF PNT PF HOD PHY F PII PED DY > IBAMA/SP LEA/ESALQ/ USP. ANEXO 1 RESUMO EXPLICATIVO DO PROJETO DE MANEJO DE CAPIVARAS DE VIDA LIVRE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS Regrseriaglo em Sto Paul —Selor de Fauna e Recryos Peequetoe Tiet6, 637 -8° andarlCerqueira César ‘Sao Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fone/fax: 30831300 1 IBAMA/SP- =ALESAL SERVIGO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA. Representagao em Sao Paulo Projeto Capivara - IBAMA/LEA-ESALQ-USP/FMVZ-USP/SUCEN/PRO-FAUNA, RESUMO EXPLICATIVO DO PROJETO DE MANEJO DE CAPIVARAS DE VIDA LIVRE Com 0 objetivo de planejar um trabalho voltado a propostas eficientes de manejo de capivara na natureza, integrado com o manejo desta espécie em cativeiro (criadouros), além do monitoramento de zoonoses (incluindo febre maculosa), o IBAMA Sao Paulo celebrou um termo de Cooperagao Técnica com a ESALQ/USP (Laborat6rio de Ecologia Animal), FMVZ/USP, SUCEN e Pré-Fauna. Deu-se entao, inicio de um diagnéstico da situagéo desta espécie no Estado, atendendo as solicitagées de retirada de capivaras tanto em areas agrigulturais como em areas urbanas delimitadas ou nao por alambrados. Justificativas do aumento da populagéio no Estado de SP O setor de Ecossistemas IBAMAVSP recebe anualmente intimeras solicitagées de retirada de capivaras tanto em dreas agriculturais como em areas urbanas. O aumento da populagao de capivaras no Estado de SP agravou-se nos tltimos anos, devido a varios fatores de mudangas ambientais como, auséncia de predadores, disponibilidade de alimento (plantagées), alteragdes nas areas de preservagao permanente (desmatamento principalmente de matas ciliares ou que contornam os rios), manejo inadequado dos grupos de vida livre, etc. A suspeita de focos regionais de febre maculosa, aumentou o numero de reclamagées,-tornando-a capivara-um-animal-de “risco"paraa_populagao. As capivaras, assim como outros roedores silvestres, cachorros (domésticos e selvagens) e cavalos, infestados de carrapatos, podem transmitir a reckétsia (microorganismo causador da febre maculosa) para os humanos, pois o carrapato & um reservatério natural e vetor biolégico de rickétsias. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 BAMA Representacdo em Sio Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘alameda Tite, 637 - 6° andav/Gerqueira César ‘Sao Paulo / SP - cop: 01417- 020 Fonetfax: 30831300 IBAMA/SP ae LEA SALOU SP Necessidade de apoio técnico Durante alguns anos, 0 setor autorizou a retirada do excedente populacional, apds uma avaliagao técnica nos locais de reclamagao. As capivaras capturadas foram encaminhadas a criadouros registrados no IBAMA para composigao de matrizes. Na maioria das vezes, os proprios criadores providenciavam a retirada dos animais na natureza, sem o acompanhamento de técnicos do IBAMA e sem autorizacao do mesmo. Os criadores realizavam as capturas e transportes dos animais sem conhecer os procedimentos necessdrios para se efetuar a retirada de um grupo selvagem da natureza, causando uma série de problemas tanto para os animais, como riscos para os funcionarios sem experiéncia. O ntimero de machos, fémeas e filhotes de cada grupo retirado deve ser controlado € um nlimero minimo de animais deve ser mantido na area dependendo da regiao. A captura e 0 transporte devem ser efetuados com licengas autorizadas pelo IBAMA, assim como outras providéncias e precaugdes devem ser tomadas antes de realizar uma captura. Um pouco da histéria da capivara.. A capivara 6 0 maior roedor do mundo atualmente vivo. Sao animais que vivem em grupos sociais, estabelecendo territérios as margens de rios, lagos, etc. Possuem habito diurno com atividades no periodo crepuscular (final de tarde) e notumo, este Ultimo acentuado em regides com alta pressdo de caga ou reas urbanas de muita movimentagao humana. Seu habitat € composto de uma area com Agua para banho, refiigio e cépula; uma parte com mata para repouso e parigao de filhotes; e uma area de campo para pastoreio e descanso. Sendo um animal essencialmente herbivoro, sua dieta é composta de vegetacao fresca, especialmente gramineas e vegetais aquaticos. Sempre que possivel, a capivara seleciona seus pastos preferindo gramineas curtas e de alto valor proteico, portanto no competem com bovinos, podendo perfeitamente consorcié-los (viver junto). Em cativeiro, tm sido utiizados como dieta, feno, tubérculos, frutos e alimentos concentrados (ragéo ou milho). Sao bastante conhecidas no meio rural devido ao ataque as plantacées de cana — de - agitcar, milho e arroz, além de relatos de que também se alimentam de ramas de mandioca, batata e outros. ‘A capivara se reproduz durante todo o ano, embora os acasalamentos tendem a ser mais intensos no inicio da estagao chuvosa, concentrando suas parigdes nos meses de maior chuva. O acasalamento se realiza geralmente dentro da agua, mas também pode ocorrer em terra. O periodo de gestagao de uma capivara varia de 120 a 150 dias, gerando de 1 a 8 filhotes por ninhada, em média 4 filhotes. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 3 1BAMA Representaglo em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 IBAMASP EA/ESALQ/ USP A capivara é usada especialmente para produgo de carne, pois esta apresenta excelentes qualidades nutricionais, além de 6timo sabor e textura, dependendo da dieta e da idade do animal. O couro é também bastante valioso, podendo ser usado para produgao de artigos como vesturio, bolsas, calgados, etc. A gordura (6leo) € aproveitada como propriedades medicinais ou cosméticas, embora sem comprovagao cientifica de sua eficdcia. E 0 pélo também pode ser aproveitado para fabricagdo de pinceis. O abate é realizado quando o animal atinge peso acima de 35 kg, com 10 a 12 meses de idade e o rendimento da carcaga é de 50%. A comercializago da came fresca é feita na forma de lingwigas, salsichas, carne defumada, etc. A eliminagao da gordura, antes do cozimento, torna a came de qualidade superior, uma vez que a gordura é responsavel pelo cheiro forte. Quem procurar para realizar as vistorias conjuntas? + EXCEDENTE DE CAPIVARAS => IBAMA REGIONAL E/OU IBAMA/SP * DANO AGRICULTURAL => CASA DA AGRICULTURA * INFESTAGAO HUMANA => CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES E EPIDEMIOLOGICO DAS PREFEITURAS => SUCEN (Superintendéncia de Controle de Endemias) * CAPTURAS => EMPRESAS CREDENCIADAS Como Vocé Pode Contribuir? Prefeituras Municipais As Prefeituras Municipais podem colaborar fazendo um levantamento preliminar de grupos de capivaras existentes no Municipio, com a estimativa do numero de individues de cada grupo. Essas informagdes deverao ser encaminhadas ao IBAMA/SP_com a i 0 de casos de excedente populacional, problemas zoosanitarios ou danos agriculturais. O IBAMA enviara questionarios e manuais de diagnéstico da populagao de capivaras e manual de diagnéstico de danos agriculturais, que deverao ser distribuidos e preenchidos pelos técnicos da Prefeitura e proprietarios ou INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 4 IBAMA Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo/ SP - cep: 01417-020 Fonelfax: 30831300 yi y ¥ IBAMA/SP __LEAESALQ/ USP responsaveis pelas areas. Apés retorno dos questionarios, o IBAMA devera proceder a vistoria técnica indicando ou nao a retirada de excedente populacional. No caso de presenga de capivaras em areas plblicas, como pragas ou parques urbanos, sob responsabilidade da Prefeitura, esta, deve seguir 0 mesmo procedimento, respondendo ao questionario e monitorando a populacao do local. Propriedades Particulares © proprietario ou responsavel pela propriedade que apresenta populacdes de capivaras de vida live prejudicando sua propriedade ou invadindo Areas urbanas (residenciais), devera entrar em contato com 0 IBAMA, no escritério mais proximo de sua regidio (enderegos em anexo). IBAMA ira enviar um questionario preliminar para a avaliagao do problema, que sera analisado antes da vistoria técnica. A vistoria tem como objetivo verificar o tamanho da populagao, estimar o dano causado na area, analisar o ambiente e definir 0 tipo de resolugao a ser tomada. Na vistoria, 0 técnico ira instrui-lo no que for preciso, em relagéo ao manejo dos animais e no controle de carrapatos INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 5, IBAMA. Representaco em S40 Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S40 Paulo / SP - cep: 01417- 020 Fonelfax: 30831300 IBAMA/SP. m~ EMESALQ/USP : ANEXO 2 4 QUESTIONARIO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA A Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 - 8° andarfCerqueira César ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417-020 i Foneffax: 30831300 IBAMAISP EA/ESALQ/ USP. ‘SERVIGO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Geréncia Executiva em S80 Paulo Wilson Almeida Lima - Gerente Projeto Capivara-IBAMA/LEA-ESALQ-USP/FMVZ-USP/SUCEN/PRO-FAUNA Questiondrio Preliminar para Identificacéo do Problema Data Municipio. 1. Dados do interessado: Nome (pessoa fisica ou juridica).. Enderego para contato....... 2. Dados da area: Nome da propriedade/regiao. Enderego.... INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS REGURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 TBAMA Representacio em Séo Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alomeda Tie, 637-8 andariCerqueira César ‘Sdo Paulo /SP- cep: 01617-020, Fonetfax: 30831300 IBAMA/SP_ ae Bairro. Acesso... Fone. Area total... Coordenadas geogréficas (se for possivel). Numero das propriedades particulares envolvidas. (A relagao das propriedades particulares envolvidas deve ser dada em anexo) Descrigéo do tipo de problema causado pelo excedente populacional de capivaras. Namero estimado de capivaras na area... Numero de vistorias realizadas pelo IBAMA na area........ Namero de capturas realizadas. Nome da empresa e do técnico responsavel pela captu Especificagdes do problema causado: (marcar as alternativas) 1) Caracterizacao da area: DAreas Agriculturais: tipo de cultura....... Areas de pastagens: animal criado... CCapineiras: tipo de capim..... Propriedade particular (chacaras) DAreas Urbanas: Udelimitadas por alambrado (nao delimitadas OParques urbanos: Udelimitados por alambrados nao delimitadas Clubes e Associagdes: Cdelimitadas por alambrado indo delimitadas Unidades de Conservagao: classificagao... Outros: INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 3 1BAMA Representagdo em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417-020 Foneffax: 30831300 IBAMA/SP eA Ue 2) Identificagao do problema causado pela populagao de capivara: Excedente populacional em areas piblicas: Cidestruigao de areas de paisagismo Dlinfestagao de carrapatos(humana, na vegetagao ou em outros animais) Oriscos de acidentes (mordidas ou agressdes) causados pelas capivaras em areas de visitagao publica Ceasos de doengas ou contaminagdo: especificar... Coutros:. Danos a Agricultura: Cidanos nos produtos agricolas (comestiveis pela capivara) Cpastagens (competi¢do com outros herbivoros domésticos) Opisoteio de areas cultivadas Danos a saiide publica: Orisco de ocorréncia da transmisséo de febre maculosa, causada pelo microorganismo rickétsia, transmitido pelo carrapato. jocorréncia de caso na regiao de febre maculosa Cocorréncia de caso na regido de outras zoonoses 3) Intengao do responsavel e/ou proprietario: Formagao de criadouro comercial ou conservacionista ORetirada da populagao excedente (parcial) ORetirada de toda populagao (total) 4)Caracterizacao das areas (Rurais e Parques): + Area total da propriedade:. * Atividades principais: * Atividades de dominio na regiao: * Vizinhanga: -urbana:__[érea residencial_parques tural Dagricuttura Coriagao + Topografia: Cmontanhoso —lacidental_l plano INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 4 IBAMA Representago em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘Sao Paulo / SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 IBAMA/SP. ~ LEAWESALQ/USP » Vegetagao: =mata nativa: area estimada... * “reflorestamento: area estimada. Xplantagao: area estimada Scampolpasto: area estimada. + Matas nativas: “ Smata ciliar: area estimada..... cerrado: area estimada.. “eapao de mata ou cerradao: area estimada... + Arvores frutiferas: A Slaranja Camora = Gmamao—Oisiriguela = jaca. igoiaba = banana Doutras... + Areas plantadas: “mandioca Ucana de agticar Dabébora Lmilho Disoja Doutras.. A + Capins: - tipo: Onativo Caquatico Cintroduzido > localizacao: Obeira riofagudes Ccapineiras Opastos —Clpaisagismo A -espécies: Cleapim Angola (Brachiaria matica) a Cicapim Gordura (Melinis minitifiora) Cicapim Napier roxo(Pennisetum americanum) m outros:.... . : A « Agu Glagos Orios Dagudes Obrejo/varzea A Ctanques Dp « Infra-estrutura: Cicurral casas Odepésitos be Cveiculos (imao-de-obra disponivel ‘A. -» Animais: domésticos...... - Usilvestre em cativeito: cue. > + Espécies nativas: — Cicapivaras Ccotias —_Cicateto 5 Cqueixada Coutros.. = ~ INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS. 3 A Representa em Séo Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueros ‘Alameda Tieté, 637 ~ 8° andar/Cerqueira César ‘So Paulo/ SP - cep: 01417- 020 Az Foneffax: 30831300 IBAMA/SP LEA/ESALQ/ USP 5 ANEXO 3 om FICHA DE VISTORIA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAM/ A Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César b Sao Paulo / SP - cep: 01417-020 A Fonetfax: 30831300 IBAMA/SP. - LQ/ USP _ ~ ‘SERVIGO PUBLICO FEDERAL ~ MINISTERIO 00 MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS a 1BAMA Geréncia Executiva em Séo Paulo Wilson Almeida Lima - Gerecte zo Projeto Capivara - IBAMA/LEA-ESALQ-USP/FMVZ-USP/SUCEN/PRO-FAUNA ~ Ficha de Vistoria Técnica N° Processo / A Reclamagao: Data Hora... > Técnico(s) responsavel (s):.. om Municipio. Estado....... Tipo de reclamagao:.. 5. Dados do interessado: Nome (pessoa fisica ou juridica).. Enderego para contato Fa. > Fone... ~ Responsavel técnico e/ou administrador .. 6. Dados da area: Nome da propriedade/regido. Nimero de propriedades particulares envolvidas... INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 IBAMA - Representagao em Séo Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ~ ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417-020 Foneftax: 30831300 IBAMA/SP. <-eooseecrmceeransrs ec neces all amma acne a Coordenadas geograticas: LATITUDE... LONGITITUDE. N° estimado de capivaras na area... N° estimado de grupos na érea .. 7. Vistoria: Horério Vistoria.... Descrigao do tipo de problema causado pelo excedente populacional de capivaras: 8. Contagem: + Método de observagao ..... * N°decontagens.. GRUPO N° de adultos | N° de juvenis | N°de N° Total Filhotes animais INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Representagao em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet8, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo/ SP - cep: 01417-620 Foneffax: 30831300 IBAMASP LEA/ESALQ/ USP 9. Localizagao dos inc paisagem (mata, pasto, cultura, estradas, etc) juos no mapa da drea e também dos componentes da Vestigiosos da presenca de capivara no local: Ofezes Gdano agricultural Cdanos vegetagao nativa U area de pisoteio Cpegadas Otrilhas e carreiras 5. Area rural: + Tipo de atividade:.. Area total plantada.. Estimativa de dano agricultural: Numero de areas encontradas com danos: % de Area danificada em cada cultura: 910% 025% 050% 075% 100% Dano agricultural estimado: INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet8, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘Sao Paulo / SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 IBAMA/SP. on EA/ESALQ/ USP = 6. Area urbana: ~ Tipode area: Tipos de danos: ba 1 locais de acesso piiblico 0 carrapatos nm 0 area residencial 0 excesso capivaras (aumento populacional) a 1 parques com alambrados amedrontamento O agressées 0 zoonoses z, 5. Carrapatos: + Epoca de maior incidéncia de carrapatos........... * Ocorréncia de alum caso de zoonoses na regio. B 6. Manejo: A 0 presenga de cevas ou bretes 0 disponibilidade de cultura (milho, napier ou cana) para suprir cevas 0 presenga de funcionarios disponiveis 10 técnico disponivel para monitoramento a 7. Indicagao: A 0 colocagao de cevas e retirada total da populagao 0 colocagao de cevas e retirada do excedente populacional (definir percentual de retirada e monitoramento populacional) 5, 1 monitoramento do crescimento populacional A 1 ponto experimental intensivo UU ponto experimental parcial 8. Justificativ J y ) a INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 5 BAMA a Representagso em S80 Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 - 8° andariCerqueira César ‘$30 Paulo / SP - cep: 01417- 020 - Foneffax: 30831300 1BaMassP oi ese pl eter toeede a cocina B, ANEXO 4 ” MANUAL DE DIAGNOSTICO ~ INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS BAMA, * Representago em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiel, 637 -8° andariCerqueira César ‘S40 Paulo / SP - cep: 01817-020 FFonerfax: 30831300 IBAMA/SP, ‘SERVIGO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS, IBAMA, Unidade multifuncional de S40 Paulo. Projeto Capivara - IBAMA/LEA-ESALQ-USP/FMVZ-USP/SUCEN/PRO-FAUNA Manual de Diagnéstico Populacional de Capivaras de Vida Livre Introdugdéo ‘A Cooperagao Técnica celebrada entre o IBAMA/SP, LEA/ESALQJUSP, FMVZ/USP, SUCEN e Pré - Fauna Ltda tem como objetivo elaborar e implantar 0 "Plano de Manejo de Capivaras em Vida Livre” encontradas em areas urbanas e rurais, piblicas e privadas, no Estado de SP. Este Plano de Manejo consiste basicamente em monitorar as populagdes de capivaras, procedendo retiradas (total ou parcial) de animais de alguns locais onde for diagnosticado excedente populacional e/ou houver risco comprovado a sade publica, encaminhando-os para criadouros comerciais e conservacionistas. O que é e qual o objetivo do diagnéstico de populagées de capivaras? O diagnéstico dos grupos de capivaras de vida livre consiste na contagem dos animais, em uma area determinada, seguindo um método de visualizagao direta. A pessoa responsdvel devera caminhar todos os dias, seguindo o mesmo transecto definido no local de ocorréncia de capivaras e em hordrio determinado de facil visualizagao (crepisculo, por exemplo), anotando o ntimero de animais avistados. Estas orientagées de diagnéstico tm como objetivo instruir os reclamantes de areas de excedente populacional de capivaras, para contagem de individuos de uma populacao de capivaras em vida livre resultando ‘Apés 0 diagnéstico populacional do grupo, sera realizada a vistoria técnica com propostas para solucionar o problema apresentado. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 TBAMA Fepresentagdo em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueios ‘Alameda Tit, 637 8° andariCerqueira César ‘Sto Paulo / SP -cep: 01417- 029, Fonelfax: 30831300, IBAMA/SP. EAESALQ/ USP Como contar o ntimero de capivaras de vida livre, em sua propriedade ou em dreas urbanas? Estimativa populacional: (Tabela 1 em anexo) * Percorrer toda a area, diariamente (de preferéncia nas horas de possivel avistamento dos animais); * Anotar a data, 0 horério, o local (dar um nome ao local) e 0 ntimero de animais avistados. ‘+ Se ocorrer mais de um grupo, anotar o nlimero do grupo, local de ocorréncia de cada grupo e algum tipo de observacaio que possa marcar esse grupo como: fémeas com filhotes, animal machucado, etc. * Se for avistado um animal solitario, este deve ser considerado como um grupo, de um sé individuo, pois sao geralmente machos satélites que foram expulsos de outro grupo pelo macho dominante. = Preencher a Tabela 1 (em anexo) com os dados acima © Sugestdo: Tire algumas cépias da tabela antes de preenché-la. Obs: Os dados devem ser anotados somente quando os animais forem realmente avistados. Se esses dados nao forem precisos e o numero médio da populacao na Area nao for estimado, nenhuma providéncia poderd ser tomada. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 3 BAMA Representagio em Sao Pavlo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiete, 657 - 8 andar/Cerquela César ‘So Paulo / SP - cep: 01417- 020, Fonetfax. 30831300 cottegor 2xeyu04 0 deo - dg /o1ned o¢s “209 #4. epawery = ined OFS wa OFSeruassidoy souenbsag sossnoey @ Bune ap 2) vnvel SIRAYAONSU SIVUNLYN SOSUNDR SOA 3 SLNSISMY O13W OG OMIZTISYES OLNLUSN! sonpy | suaaor | SeiouUihy SVAVAIdVO OyOVAwaASIO AQ IVLOL.N| Oanyy Od N Tvo01 yuou viva :payp160a6 "pio0D" 10907 “jog “JOPDAIESqo BWOU" @popeyidoid Dp OWON [DUO DiNdod OdI|soUDDIp D1Dd SDIDAIADD Sp WebDjUOD «| Djeqn] ASNTOWSIVST S/W EI C.CHA MK CCMA MA OCA OCCA & OCKe COG a rxo's. FFF dD I FIMO D SMO DF FRY TF EK P KK) PY FH" ¢ LO/USP IBAMA/SP ANEXO 5 MANUAL PARA DIAGNOSTICO E AVALIAGAO DE DANOS AGRICOLAS INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Represertago em Sto Pao “Setor de Fauna o Recursos Pesqueos a Tete, 637 9° ancaCerquo César 580 Patio SP cop. 0 Tonefnc S0831300 1 MANUAL PARA DIAGNOSTICO E AVALTACAO DE DANOS AGRICOLAS Kama M. P. MICH! DE BARROS FERRAZ E-mail: kferraz@esala.usp.br LABORATORIO DE ECOLOGIA ANIMAL LPA/ESALQ/USP Cx. P. 09- CEP 13418-900 Piracicaba, SP SITUAGAO ATUAL A capivara é um herbivoro que originalmente se alimenta de gramineas e plantas aquaticas (Ojasti, 1973). Entretanto, as capivaras se adaptam facilmente a0 consumo de outros itens alimentares como milho, cana-de-agiicar, arroz, feijdo, soja etc, causando danos agricolas consideraveis em algumas situagdes. O fato do alimento ndo se constituir uma barreira para a espécie se manter tem feito com que a capivara se adapte aos mais diversos tipos de habitats, incluindo os drasticamente alterados pelo homem (Ferraz et al. No prelo). A grande disponibilidade de alimento, possivelmente aliada ao desaparecimento em larga escala de seus predadores naturais tem transformado a capivara em uma grande ameaca para a agricultura, devido ao grande impacto dos danos causados (Ferraz e Verdade, no prelo, Ferraz et al., no prelo, Rechenberg 2000). PORQUE DIAGNOSTICAR E AVALIAR? © coreto diagnéstico do problema desencadeard certamente agdes adequadas e, principalmente, efefivas para 0 controle do problema e, ndo apenas, ages paliativas como ocorre na maioria das vezes. © ponto mais importante para a avaliacdo de danos agricolas causados por animais silvestres é um correto diagnéstico do problema com-a definiggo clara de objetivos, metas e métodos. Para um correto diagnéstico, a avaliago nao s6 qualitativa mas também quantitativa do dano 6 extremamente necesséria. Wywialowski (1996) ressalta que a quantificagao dos danos causados por herbivores, principalmente quando eles tem um impacto econémico significativo, é Pagina 1 do6 fundamental para 0 estabelecimento de adequadas politicas de manejo e controle em areas agricolas. COMO DIAGNOSTICAR E AVALIAR? © primeiro passo para solucionar o problema é tentar entendé-lo do ponto de vista técnico. O diagnéstico do problema deve ser feito no apenas qualitativamente mas, principalmente, quantitativamente. Dentro deste enfoque, algumas questées, como as que segue, devern nortear 0 diagnéstico e devem ser inicialmente investigadas e respondidas pelo técnico responsavel. como? porque ? onde? guanto ? > QUEM esté causando o dano? Uma espécie? Varias? Indicar corretamente a espécie que esta causando o dano ¢ fundamental para decisdes acertadas sobre o problema. Observar a espécie diretamente na érea causando o dano 6 o melhor indicative que se pode ter. Caso isso no seja possivel, o animal normalmente delxa rastros na area que indicam a sua presenga, como por exemplo, fezes, pegadas, areas de pisoteio etc. (veja abaixo exemplos de rastros de capivara). Esses sinais podem ser usados como indicativo de dano por pastoreio e/ou por pisoteio. Feres de Pegada de ‘Area de pisoteto cepivara capivara de copivara Paginaz det » ONDE 0 dano esté ocorrendo? Préximo ao corpo d’égua? No habitat da espécie? > COMO 0 dano ocorre espacialmente na rea? Ele esta homogeneamente distribuido? Ocorre somente nas bordas ou também No interior do plantio? A distribuigéo espacial do dano na cultura {onde e como), quando avaliado corretamente, revelara aspectos importantes sobre o uso da rea pela espécie em questo. Essa andlise pode dar a resposta 20 problema. © simples afastamento da cultura dos corpos d’Agua ja pode minimizar o prejuizo. Uma boa dica 6 dividir a rea espacialmente em eae quadrantes homogéness (dela To mesmo tamanho) e indicar a porcentagem estimada de dano em \ 99% [100% Area cada um dos quadrante (veja o aberta ‘exemplo hipotético ao lado). waa ~ [sore [oar ioe sv | oe foo fis Lpeianilaye ‘Agua > PORQUE este dano esta ocorrendo? Acontecia no passado? O que mudou na area ou com a espécie para desencadear a ocorréncia de dano? Na maioria das vezes, 0 dano esta associado a inadequacies ntais da area em questo (plantios irregulares, auséncia de vegetagao nativa, etc.) Alteragées recentes na érea devem ser consideradas porque, na maioria das vezes, elas desencadeiam a ocorréncia do dano. Retirada de vegetagao nativa no entomo de corpos d’égua por exemplo, além de faciltar 0 acesso dos animais ao plantio, permite 0 aumento da capacidade de suporte do habitat 2s espécies de areas abertas, como é © caso da capivara. Isso pode estimular crescimentos populacionais, com consegiiente aumento de danos agricolas. Trabalhar apenas na retirada da populagao de capivaras, neste caso, soluciona o problema apenas parcialmente. Agdes consorciadas de adequacdo ambiental e manejo populacional sao indicadas por serem mais eficazes. Outra situagéo comum 6 @ ocoréncia do dano em uma dada cultura imediatamente apés a retirada de outra que estava servindo como fonte de alimento para a(s) espécie(s) danosa. Paginas doe Em ambas situagdes, sugerimos o acompanhamento periédico do problema (dano) @ da causa (alteragdes do habitat e da populagao 7 animal) antes de qualquer deciso pratica. a > QUANDO 0 dano ocorre? Durante todo o ano? Somente durante um 7 periodo? A Neste caso, 0 fator tempo deve ser considerado. A avaliagdo em ~ periodos sazonais distintos (como por exemplo, seca e chuva ou safra e entre safra), consegue, na maioria das vezes elucidar melhor esta questéo. Muitas vezes, o dano se intensifica no periodo de seca quando a © alimento é mais escasso na rea ficando, desta forma, mais evidente. > QUANTO em termos de drea representa este dano? 25% da area? 50%? Uma estimativa, ainda que qualitativa, indicard a gravidade do problema. E possivel estimar a porcentagem de érea danificada considerando a “ rea total plantada. Outra altemativa é estimar o dano através da produtividade alcangada. Neste caso, é necessério rigorosidade na estimativa porque a queda de produtividade pode ser conseqiiéncia de diferengas de plantio, influéncia climética, perda na colheita etc. Depois de respondidas estas questées, seré possivel identificar a corretamente a causa do problema que muitas vezes nao é apenas a espécie, A considerada erroneamente como praga, mas as agdes humanas inadequadas. Dentre as agées humanas mais comuns estéo a substituigéio indevida da vegetagao natural por culturas agricolas, plantios na margem de corpos d’égua, supressao do transito de animais para areas de alimentagao natural (como, por ~ exemplo, estradas, construgées etc.), dentre outras. a A real compreensao do problema ajuda na definicéo de agées adequadas om de manejo populacional e de habitats A ACOES POSSiVEIS a jiagnosticar liar o dane icola: avaliar o dano agricola qualitativa a © quantitativamente respondendo as questdes sugeridas no protocolo de hy coleta (ANEXO 1) (consultar o IBAMA ou a Casa da Agricultura da sua a Fegiao em caso de dano agricola). : = ~ » Elaborar agdes efetivas de manejo da paisagem: afastar plantios dos corpos d’agua deixando a vegetacao natural, pelo menos, o minimo exigido pela legislacdo brasileira (consultar 0 Cédigo Florestal), plantar am Pagina 4 deé um excedente para o consumo alimentar da espécie, proteger a rea afetada com barreiras fisicas, etc; > Monitorar_a_populacéo_danosa: estimar a densidade e taxa de crescimento da populagéo danosa através da contagem direta da populago e/ou de captura-marcagao-recaptura (consultar 0 IBAMA sobre como proceder adequadamente); > Elaborar agées efetivas de manejo da espécie: controlar a populago de animais mantendo-a abaixo do nivel danoso se o monitoramento indicar desequilibrios populacionais, tendo sempre por base o estudo acompanhamento da estrutura e dinamica populacional da espécie (consultar 0 IBAMA sobre como proceder adequadamente).. COMO PROCEDER? QUEM CONSULTAR? As providéncias a serem tomadas apés constatagdo de danos estado listadas abaixo: > Contactar 0 érgao competente da sua regiéo (IBAMA ou Casa da Agricultura) para a comunicagao formal do dano; Solicitar 0 envio do material para diagnéstico e avaliagao de danos; Ler o manual e preencher adequadamente o formu Enviar 0 formulério preenchido ao IBAMA regional; vvvyv Aguardar contato para agendamento de visita técnica na area pelo responsavel do IBAMA regional PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO E AVALIACAO Anexo seguem um protocolo de coleta (ANEXO |) e um protocolo de orientagéo para preenchimento da ficha (ANEXO Il) visando o diagnéstico e avaliagao de danos agricolas causados por capivaras em propriedade particulares. © questionario deve ser preenchido pelo proprietério, apés a leitura completa do Manual de Diagnéstico e Avaliagao de Danos e das orientagdes para © seu correto preenchimento. Apés o preenchimento, enviar a ficha de coleta (ANEXO 1) para o IBAMA regional. Apés 0 envio, aguardar contato do responsével para a agendamento de visita técnica na area, A visita técnica s6 sera realizada mediante o completo preenchimento da ficha de avaliagaio. Caso contrario, nenhuma providéncia sera tomada, Paginas des LITERATURA CLTADA Ferraz, K. M. P. M. B., L. M. Verdade. No prelo. Biologia e manejo da capivara. Manual Técnico. FEALQ, Piracicaba. Ferraz, K. M. P. M. B., M. Lechevalier, H. T. Z. Couto, L. M. Verdade. No prelo, Damage caused by capybaras in a com field, Sao Paulo, Brasil. Scientia Agricola. Ojasti, J. 1973. Estudio Biologico del Chigilire o Capibara, Caracas: Ed. Fondo Nacional de Investigaciones Agropeouarias. 257 p. Rechenberg, E. 2000. Uma proposta de ago para gerenciar os conflitos associados a capivara_Hydrochaeris hydrochaeris (Mammalia; Rodentia), nas margens. Blumenau, 274p. Dissertagao (mestrado) — Universidade de Regional de Blumenau, Blumenau, Brasil. Wywialowski, A. P. 1998. Wildlife damage to field com in 1993. Wildlife Society Bulletin 24:264-271. Pagina6 dee DF FIST PPS PKS PY FIO PY PHD YF IOI Y FPO Y WD dD. LEAESALQ/ USP IBAMA/SP ANEXO 6 FICHA DE DIAGNOSTICO E AVALIAGAO DE DANOS AGRICOLAS LEAIESALQ/ USP a IBAMA/SP FICHA 9: E AVALTACAO DE DANOS AGRICOLA: (Leia atentamente as instrugSes no final deste documento, antes do preenchimento) 1. DADOS DA AVALIAGAO z DA op HORARIO: RESPONSAVEIS (Nome/Orgao): 2. DADOS DO PROPRIETARIO NOME (pessoa fisicaljuridica): ENDEREGO COMPLETO: FONE: FAX: E-MAIL: 3. DADOS DA PROPRIEDADE NOME DA PROPRIEDADE: Pe MUNICIPIO: ESTADO: ENDEREGO COMPLETO: RESPONSAVEL (Proprietario/Administrador): ATIVIDADE(S) PRINCIPAL(S): AREA TOTAI 4. DADOS DO LOCAL COORD. GEOGR. (DD, MM, SS): Latitude: CULTURAS EXISTENTES: = EXISTE DANO AGRICOLA? ( ) Néo ( ) Sim NUMERO DE CULTURAS DANIFICADAS: __ ‘QUAL(S) A(S) CULTURA(S) DANIFICADA(S): ASSINALE OS COMPONENTES PRESENTES NO ENTORNO DA CULTURA MAIS. DANIFICADA: ( ) Agua ( ) Pasto ( ) Mata ( ) Reflorestamento: () Construgdes ( ) Vias de acesso ( ) Culturas: Longitude: Outros: LEA/ESALQ/ USP IBAMA/SP. ‘SE HOUVER MAIS DE UMA CULTURA DANIFICADA INDIQUE E DESCREVA OS COMPONENTES PRESENTES NO ENTORNO DA OUTRA(S) CULTURA(S): FAGA UM ESQUEMA SIMPLIFICADO (CROQUI) DA LOCALIZAGAO DA CULTURA DANIFICADA EM RELAGAO AOS DEMAIS COMPONENTES DO ENTORNO E MARQUE COM UM X OS LOCAIS ONDE ESTA 0 DANO (Em caso de mais de uma cultura faga esquemas separados para cada uma delas. Se precisar de mals espaco use o verso da folha). Cultura 4: Cultura 2: 5. DADOS DA ESPECIE CAUSADORA DO DANO QUAL A ESPECIE QUE ESTA CAUSANDO DANO? VOCE VIU A ESPECIE NO LOCAL? ( ) Nao ( ) Sim EXISTEM VESTIGIOS DA ESPECIE PRESENTES NO LOCAL? ( ) Nao ( ) Sim QUAIS? ( ) Fezes ( ) Pegadas ( ) Area de Pisotelo ( ) Trihas ( ) Outros: QUAL A PORCENTAGEM APROXIMADA DA AREA DANIFICADA? ( )0% ( ) 25% ( ) 50% () 75% () 100% 6. DADOS COMPLEMENTARES Quando o dano comegou a ocorrer? © dano tem aumentado nos ditimos meses? ( ) Nao ( ) Sim Desde quando? Houve alguma mudanga na area anterior ao inicio do dano? ( ) Nao( ) Sim Se sim, o que mudou? LEA/ESALQ/ USP IBAMA/SP. A cultura danificada est4 em 4rea ilegal (p. ex. préxima a cursos d’agua)? ( ) No ( ) Sim Ouso na Area de Preservacao Permanente esta adequado? ( ) Nao () Sim © dano foi avaliado por outro método? ( ) Nao ( ) Sim Se 7. OUTRAS OBSERVAGOES: ) yF PPG FT PPS FY PPI TPP FP FID F PFO Y FIO YP PI LEA/ESALQ/ USP IBAMAISP ANEXO 7 MANUAL PARA MONITORAMENTO TABELA 2 TABELA DE MONITORAMENTO POPULACIONAL DE CAPIVARAS Pagina de 4 LEA/ESALQ/ USP IBAMA/SP MANUAL PARA MONITORAMENTO POPULACIONAL KATIA M. P. MICHI DE BARROS FERRAZ E-mail: kferraz@esala.usp.br LABORATORIO DE ECOLOGIA ANIMAL LPA/ESALQ/ USP Cx. P. 09- CEP 1348-900 Piracicaba, SP O QUE E MONITORAMENTO POPULACIONAL? © monitoramento populacional consiste no acompanhamento dos grupos de capivaras ao longo do tempo. O acompanhamento é feito através do método de contagem direta dos individuos (i. e., observagao). O & tempo de realizagéo do monitoramento é definido para 3 cada caso em particular. Estudos prévios tem mostrado 4.) ) que 0 ideal é a realizagao de pelo menos 1 (um) anode = monitoramento, com contagens consecutivas mensais. PORQUE MONITORAR? O monitoramento revela aspectos importantes da dinamica populacional da espécie em questo. Através das contagens periédicas é possivel analisar a flutuagao e taxa de crescimento da populagao foco do estudo. Como a populacao se comporta (i.e. flutua) ao longo do tempo (se estd estavel, se esta crescendo ou diminuindo) e 0 quanto ela cresce sao informagées essenciais para a elaboragao de agées efetivas de manejo racional visando o controle populacional. QUANDO MONITORAR? © monitoramento € indicado nos casos suspeitos de excedente Populacional e/ou nos casos em que existe 2 ocorréncia de danos agricolas consideraveis e riscos a satide publica, anteriormente a realizagao do manejo de controle. As informagées advindas do monitoramento direcionarao as futuras agdes de manejo e por isso ele deve ser realizado. Pagina 2 de 2 LEA/ESALQ/ USP IBAMA/SP ONDE MONITORAR? O monitoramento deve ser feito no préprio habitat da espécie. Devem ser utilizados locais de facil visualizacao dos animais. Normalmente, as areas de alimentagao sao as mais indicadas porque permitem uma boa visualizagao do grupo. COMO MONITORAR? © horario, dia € freqléncia de monitoramento deverao ser definidos pelo responsavel do IBAMA juntamente com o Proprietario e/ou responsavel da area no momento da 1* vistoria técnica. O monitoramento deveré ser feito por um técnico responsavel do IBAMA e/ou a servigo do IBAMA, previamente capacitado para tal atividade. > HORARTO: 0 monitoramento deve ser feito nos horarios de maior movimentagao dos animais na area quando entéo & ‘mais facil 0 seu avistamento para as contagens. Normalmente, o melhor horario para avistamento dos animais é no final da tarde ou no inicio do anoitecer. Entretanto, o hordrio pode ser ajustado de acordo com o ritmo de atividades dos animais na area em questao. Uma vez definido 0 hordrio, este deve ser seguido até o fim, ou seja, todos os monitoramentos subseqiientes devem ser realizados no mesmo horario. Contagens em horarios diferentes sero descartadas. > PONTO/PERCURSO DE MONITORAMENTO: 0 ponto e/ou percurso de monitoramento deve ser sempre 0 mesmo. Recomenda-se cuidado maximo para nao fazer dupla contagem de individuos. A superestimativa da populacéo pode acarretar eros no processo de andlise e desencadear, conseqiientemente, acdes erradas de manejo. > FREQUENCIA: o monitoramento deve ser realizado uma Unica vez por més (por exemplo, sempre na primeira semana de cada més) ao longo de no minimo 1 (um) ano. Em alguns casos especificos pode-se optar pelo monitoramento de 6 (seis) meses, prolongaveis ou n&o apés analise dos dados coletados. > © QUE ANOTAR?: Seguir as orientagbes da tabela de monitoramento (ANEXO 1): Anotar 0 nome da propriedade e do observador. Recomenda-se que a observagao seja feita sempre pela mesma pessoa para diminuir as fontes de erros no processo de contagem. Anotar 0 numero de adultos, jovens e filhotes separadamente e o numero total de animais observados por grupo (se houver grupos distintos). Se tiver dificuldades diferenciar os animais, anote somente o numero total de individuos observados. Pagina 5 de 3 LEA/ESALQ/ USP IBAMA/SP - O QUE FAZER APOS O MONITORAMENTO? A Apés 0 término do monitoramento as fichas devem ser encaminhadas a ao IBAMA para analise dos dados a ser realizada em conjunto com Instituigdes de “ Pesquisa conveniadas. Apés andlise, medidas para solugao do problema deverao ‘ser apresentadas ao proprietario e/ou responsavel. a RESUMO DE PROCEDIMENTOS A > Realizar vistoria técnica na area a fim de diagnosticar o problema m (geralmente feito pelo técnico responsavel do IBAMA apés 0 diagnéstico Populacional). Em caso de suspeita de excedente populacional,, e dentro das possibilidades, recomendar o monitoramento populacional de preferéncia a longo prazo; > Definir o(s) local(s), horério(s), pontofpercurso e freqliéncia do ‘monitoramento junto com o proprietério e/ou responsavel pela area: ~ » Ler atentamente o manual de monitoramento antes de iniciar as praticas ny de monitoramento; a > Preencher as tabelas de monitoramento populacional; > Enviar as tabelas devidamente preenchidas apés o término do monitoramento ao IBAMA; > Aguardar contato para agendamento de nova visita técnica na area para definigao dos proximos passos (continuagéo do monitoramento, a sugestdo de medidas preventivas e/ou indicagao de retirada de animais os. em caso de excedente populacional) Pagina 4 de 4 Lola | ec |) omar SVUVATAVO Ad oN Od wN eos VuOH | Viva OdNUd Od (S)AGVGIALLY ‘MOAVAUASAO Od TWON ™ ‘adVaartdOud Vd AWON SVAVAIdVO AG TVNOIDV1NdOd OLNANVUOLINOW Ad WIAdV.L Ca K Or Ch & OOGH & Co Cal & CoC kl & GaGa I FHI) TS FF HY TFT FIO FT F HOOF IHD I FH RNIY FHI IY HD 5 F HY IBAMA/SP LEAESALQ/ USP ANEXO 8 MANUAL DE MONTAGEM DE CEVA, CONSTRUGAO DE BRETE, CAPTURA E MANEJO TABELA 3 TABELA DE CAPTURA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE & DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS P: aun Sr x do Fauna © Recursos Penquetes = “Foneliax S0831 1 IBAMAISP LEA/ESALQ/ USP ‘SERVICO PUBLICO FEDERAL MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Geréncia Executiva em Sao Paulo Wilson Almeida Lima - Gerente Projeto Capivara - IBAMA/LEA-ESALQ-USP/FMVZ-USP/SUCEN/PRO-FAUNA Manual de montagem de cevas, constructio do brete, captura e manejo para Capivaras de Vida Livre Como efetuar o Manejo de Capivaras na Natureza? Na tentaliva orientar e efetivar 0 manejo nas dreas de reclamagao de excedente Populacional de capivaras, das quais foi constatado algum tipo de dano depois de ealizada a vistoria, foi criado este manual para o monitoramento e manejo das. capivaras de vida livre, integrado a0 manejo do animal em cativeiro (criadouros). Para iniciarmos um trabalho de capturas periédicas e manejo de grupos de capivaras, contamos com 0 trabalho de um técnico responsavel ou com o apoio de Instituiges de Pesquisas, funciondrios de Prefeituras Municipais ou Orgdos Governamentais de cada regiéo afetada, para assegurar 0 monitoramento dos animais. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 2 1BAMA Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘$80 Paulo / SP - cep: 01417-020 Foneffax: 30831300 IBAMA/SP LEA/ESALQ/ USP Como e onde montar as cevas? Depois de realizada a vistoria no local e determinado a retirada e/ou manejo de animais em sua propriedade ou area urbana, seguir os procedimentos a seguir, para ‘0 manejo dos animais: * caso nao tenha ainda definido junto ao técnico os locais de maior ocorréncia, ou pontos estratégicos para montagem das cevas, o primeiro procedimento sera continuar preenchendo a Tabela 1 de monitoramento. Percorrer e observar a 4rea de maior ocorréncia, diariamente (de preferéncia nas horas de possivel avistamento dos animais), anotando a data, 0 horério, 0 numero de animais avistados e principalmente o local onde foram avistados. Se ocorrer mais de um grupo, anotar o némero do grupo, local de ocorréncia de cada grupo e algum tipo de observagéo que possa marcar esse grupo como: fémeas com filhotes, animal machucado, ete. Caso ja tenha sido determinado, junto com o técnico responsavel do IBAMA durante a vistoria, as areas de maior ocorréncia ou pontos estratégicos para montagem das cevas, manter esses locais determinados sempre limpos e colocar alimento palatavel para capivara (milho, cana de agiicar com o verde, capim napier, ete) O alimento deve ser colocado, se possivel, no final de tarde e sempre no mesmo horario. Espalhar o alimento no local. Monitorar os locais de ceva diariamente, pelo menos durante uma hora, apés colocar o alimento. Anotar 0 numero de animais que comem e se aproximam da ceva, a data e 0 horario (ver Tabela 1 monitoramento, em anexo) Avisar 0 responsavel do IBAMA quando os animais estiverem comendo na ceva. Quando, onde e como construir o brete? * O brete deve ser construido quando os animais estiverem comendo na ceva praticamente todos os dias, no minimo duas semanas apés o primeiro dia em que foram vistos no local INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 3 BAMA Representago em So Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet8, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘S80 Paulo / SP - cep: 01417-020 Fone: 30831300 IBAMAISP. LEA/ESALQ/ USP * No caso da construgao de um brete fixo, construir 0 brete no mesmo local das cevas determinado pelo técnico € local de maior aceitagao dos animais. ‘* O brete deve ser construido de acordo com o modelo (demonstrado em anexo). E necessério que a seringa, dentro do brete seja construida o quanto antes, para melhor aceitagao dos animais. * No caso da colocac&o temporaria de um brete mével, marcar a data com o responsavel do IBAMA. © Continuar o fornecimento de alimento dentro do brete (com as portas abertas) e um pouco espalhado em volta do brete para atrair os animais mais ariscos. Os bretes devem ser monitorados? © Continuar o monitoramento das cevas com brete, utilizando o mesmo modelo da Tabela 1 e avisar o responsavel do IBAMA quando os animais estiverem comendo dentro do brete todos os dias, aproximadamente no mesmo horario. © Marcar com o IBAMA o dia do manejo e/ou retirada dos animais. Quem ira fazer as capturas? * A captura deve ser realizada por uma Empresa credenciada no IBAMA com todos os requisites exigidos para se efetuar o trabalho e também é obrigatério o acompanhamento de um técnico especializado e a licenga de captura e transporte deve ser retirada junto ao IBAMA. Quando realizar as capturas? * Accaptura deverd ser realizada a partir do momento em que os animais estiverem comendo dentro do brete, todos os dias, no mesmo horario, no minimo a uma semana. * O responsavel devera avisar 0 técnico do IBAMA ou Empresa responsavel pela captura registrada no IBAMA. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 4 IBAMA Representago em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesquetros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César ‘Sao Paulo/ SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 IBAMA/SP. =e lene leap * No dia determinado pelo técnico e/ou Empresa para realizar a captura, o brete deve permanecer aberto e nao deve ser colocado alimento até o caminhao ou responsével técnico chegar na area. * Aseringa no interior do brete jé deve estar montada de acordo com 0 modelo do brete em anexo. © que é necessario para o momento da captura? +» E imprescindivel que o brete permanega com o menos movimento de gente e maquinas possivel, durante todo o dia da captura, especialmente no momento da captura * Sera o técnico responsavel ¢ os funcionarios da Empresa que iréo coordenar a captura, colocar alimento na ceva, montar a armadilha, orientar os demais participantes e decidir o momento fechar a entrada do brete. * No momento de fechar a entrada do brete, no maximo dois funcionarios, devem se aproximar do brete, SEM CORRER, para fixar a porta. * No ato da captura, o responsdvel técnico deve utilizar a tabela 2 caso algum manejo seja realizado com os animais, como marcagao, coleta de sangue, etc. * Os animais seréo colocados em um caminhao apropriado e transportados para um local de quarentena ja licenciado pelo |BAMA, * Para realizar a captura eo transporte é obrigatoriamente necessario retirar junto IBAMA, a Licenga para Captura e Transporte de Fauna Silvestre Nacional. OBS: Os animais que permanecerem nas areas de captura, podem ser manejados com carrapaticidas mensalmente desde que mantenham o manejo alimentar dentro dos bretes fixos. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 5 1BAMA Representag3o em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tete, 637 - 8° andar/Cerqueira César S80 Patio/ SP - cop: 01417-020 Fone: 30831300 IBAMA/SP EA/ESALQ/ USP Para onde serdo levados os animais e 0 que sera feito em relagao ao controle de doengas e carrapatos? Os animais serdo levados a um local de quarentena (registrado e controlado pelo IBAMA), onde serao realizados os manejos necessérios e entéo seguirem para o local de destino (criadouros comerciais e conservacionistas registrados no BAMA). MANEJO DE CONTROLE: + Pesagem, sexagem e marcagao no momento de soltura dos animais no local de quarentena e, no momento de nova captura apés quarenta dias para transferéncia ao local de destino. MANEJO SANITARIO: * Coleta de carrapatos e material para pesquisa de zoonoses em todos animais capturados. * Aplicagao de carrapaticidas em animais que vo para o quarentenario e posterior encaminhamento a criadouros registrados no IBAMA. A aplicagao pode ser feita por puiverizagao ou banhos em tanques construidos no nivel do solo dentro da seringa (mais eficiente). MANEJO GENETICO: + Avaliar a origem dos animais retirados da natureza e parques, para formagao de banco de DNA e distribuigao genética adequada nos criadouros. MONITORAMENTO DE ZOONOSES: * Coleta de sangue dos animais de vida livre, animais confinados em parques e animais de criadouros. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 6 IBAMA Representagao em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tieté, 637 - 8° andar/Cerqueira César Sao Paulo / SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 . IBAMA/SP ¢ LEAESALQ/ USP Qual o papel das Prefeituras e/ou Orgaos Municipais responsaveis no controle 2 de zoonoses ? + Levantamento de outros grupos de capivaras nas proximidades causando problemas ou riscos 4 populagdo. Distribuiggo dos manuais, questionario e cartilha de informagoes sobre febre maculosa (elaborado pelo IBAMA) para as Pe reas que apresentarem problemas. R * Orientagéio da populacao e responsaveis no manejo dos animais e como fazer 0 controle de protegao individual contra infestacao de carrapatos. + Limpeza nas areas de infestagao de carrapatos a ‘+ Auxilio com funciondrios, técnicos e materiais necessdrios, para o A monitoramento, construgao de bretes, manejo, captura e transporte dos animais, em areas publicas e residenciais urbanas. ‘ INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS 7 IBAMA ~ Representagéo em Sto Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 - 8° andarlCerqueira Cesar So Paulo / SP - cep: 01817- 020 is Foneffax 30831300 y PFO ) ANEXO 9 MODELO DE BRETE FIXO MODELO DE BRETE MOVEL DPPH YT FFP 'Y PHOS oyso; ee VdVuINa opeiquieye prppeLo.4 = opwod BBULIOg ogquiureo o ered edury ‘OfANVW 4d OXId ALA Ces 6 CECE CCHS EGE SEC CCE CCCREEOCCES EOC EC IFFY FP YD P55 J PIH3 F FFHH5 FPF PPI YY PP MEDIDAS: Tela: 1,5m altura / fio 12 / malha 2” Comprimento: 15,0 m Largura: 5,0 m Altura da cerca : 1,5 m Portas de madeira (leve) com tela: e 0,15 Altura e 0,20 largura ¢ 2,0 comprimento PunOYyTmMs ody ejy10d epres/fepexqua L eBurteag tad t BITEpeUuT No ETAT, CI iy case AP eplesfepexjua SVAVAIdVD AQ OLANVW 3d TAAOW alae C6, CO © CCK & OC ee GOCE & OCS GOCE GC Sy PIS FP FEMS YP FOI SF PIS FF KOS FT PI'S FT > yy IBAMA/SP LEAESALQ/ USP ANEXO 10 PLANILHA DE LOCALIDADES COM PRESENCA DE CAPIVARAS INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA, Representago em Sao Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueros ‘Alameda Tieté, 637 - & andariCerqueira César 340 Paulo / SP - cep: 01417- 020 se899 eujanbiaauepue 9 - 269 Soujenbsag sosunoey @ euney ap s0}ag— 0} wwe Ooebeaoe 2xey/eu04 020 -L1PL0 :da0 - gg / o1neg oes \L epawery eS we opbeiuesaiday SIBAYAONAY SIVENLVN SOSUNDAY SOG 3 SLNSIGWY O13N OG OYITTISVUG OLNLILSNI ol 6 30. 10, 50. so 10. £0. zo 10 Vandy nonaaa| svavu and|-ludvo| —sva} 1v901 Yeauawa | ‘Aldvo| “.dV9| ON ¥Ri oySvIVTOaY sao| __vaaWon sN|aG.N] -O1SIA ad Oat, OLVINOD osauaana| eG) _o1ajoiNaw| «Nw i(stiaoyso.spay sidanyoro4pAap]) SVAVAIdVI 30 VINASAad VI SAODVWY 13a WOD SAQVOTIVIOT 30 VHTINV 1d cA 4 ¢ BN TWSVST ds/wwvel (ae ( IBAMA/SP. =A/ESAL ANEXO 11 PLANILHA DE VISTORIA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Representagio em Sdo Paulo —Setor de Fauna e Recursos Pesqueiros ‘Alameda Tiet®, 637 -8° andar/Cerqueira César ‘Sao Paulo / SP - cep: 01417- 020 Foneffax: 30831300 P 1 soujenbsag sosinoay 2 eune, ap 0195: 28899 ooeLegoe -xeyoues 020 -L110 :d89 - ds o1neg oes eulonbieguepue “sie. epewery ned OBS Wo oBSeyvasoidoy ‘wwe SIBAYAONSY SIVEALVN SOSUNDTY SOO 3 SINSIBNY OFM OG ONETISYUB OLNLILSNI 7 ‘a u ‘ol 6 ‘8 L ‘9 ‘s +b € t a (%) sopeuinso oumazidosd | opewnss coup | opepieiow srourue seosis worsta sodv oysuaipuy op oysuayuy ounq: ap ody ap exe 2? oN ap .Nameq| oN :O1NVWd OYS Ad VIVAL O'TAd SVGVZITVAa SVIAOLSIA 4d VHTINV Id ASM TOWSIVST aswel ££ CCG & CrCak

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