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‘Assim, a constituicéo de uma sociedade empresaria garante, via de regra, a separagiio patrimonial dos bens da empresa em relac&o aos bens dos sécios, bem como a limitagio de responsabilidade dos sécios pelas dividas da empresa ao valor de suas respectivas quotas, salvo em caso de desconsider- ago da personalidade juridica (assunto que serd visto mais adiante). Essas so razdes relevantes que levam algumas pessoas a constituirem sociedades empresérias em detrimento da figura do empresério individual. 1.2.9. EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada AEIRELI — Empresa Individual de Responsabilidade Limitada — foi in- stitufda por meio da Lei n. 12.441, de 11 de julho de 2011, cuja vigéncia teve infcio em janeiro de 2012. Esta lei promoveu importantes alteragbes no Cédigo Civil, especificamente em seus arts. 44, 980 ¢ 1.033. Regulamentando a matéria, o DREI - Departamento de Registro Empresarial e Integragdo ed- itou a Instrug&io Normativa n. 10/2013, que aprovou o Manual de Atos de Re- gistro de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, e da outras providéncias. Pode-se afirmar que a EIRELI é um instituto juridico parecido com uma sociedade limitada, mas tendo apenas uma pessoa. Também se assemelha & figura do empresdrio individual, no entanto, com responsabilidade limitada deste empresdrio. Ou seja, a EIRELI é uma mistura do empresario individual e da sociedade empresiria. Assim, a EIRELI 6 0 instituto pelo qual se possibilita a um empreen- dedor, individualmente, utilizar-se dos principios da separagdo patrimonial e da limitagdo da responsabilidade (j4 tratados anteriormente) para assim desenvolver uma atividade econdmica. Lembrando que estes principios até entdo eram exclusivos as sociedades, nao sendo aplicaveis ao empresario individual. _ Isso sempre foi uma forte razo para levar muitas pessoas a constituirem sociedades empresarias em detrimento da figura do empresario individual. Como se sabe, via de regra, uma sociedade é composta de no minimo duas pessoas. Ento, para formar uma sociedade e assim obter a limitagao da re- sponsabilidade, o empreendedor se torna sécio de uma sociedade com parti- cipagdo de 99,5% do capital social, convidando outra para ser sua s6cia com uma participagdo de 0,5%, meramente para fins de s compor a sociedade, tue se conhece vulgarmente por “sociedade de fachada” ou y gus sesonhece vale Por'socs Fomande a) Por isso, pode-se dizer que a EIRELI seria uma espécie de empresério in- dividual com direito a separagio patrimonial e limitagao de responsabilidade. Obviamente, que nao impede que haja a desconsideracao da personalidade jurfdica (tema que ser tratado mais adiante), caso ocorra abuso na utilizagao da empresa. Neste caso, podendo o patriménio pessoal do empreendedor pagar por dividas da EIRELI. Guardadas as devidas peculiaridades, a criagéo da EIRELI foi inspirada em modelos europeus, em especial da Itélia e de Portugal. O art. 2.463 do ‘digo Civil italiano prevé a denominada “sociedade unipessoal de ‘4 em Portugal, o Decreto-Lei n. 248/86 criou o responsabilidade limitada”. “estabelecimento individual de responsabilidade limitada’ 23. A lei preferiu denominar essa figura juridica “empresa individual de re- sponsabilidade limitada”, No entanto, nos parece que o emprego da palavra “empresa”, neste caso, foi equivocado, haja vista que o vocabulo “empres: significa atividade. Ou melhor, no direito empresarial “empresa” significa atividade econdmica, que consiste no conjunto de atos coordenados pelo empresario a fim de alcancar o lucro. Por isso, a terminologia mais adequada seria “empresdrio individual de responsabilidade limitada’. Isso, pois empresario quer dizer “aquele que exerce profissionalmente atividade econ- ‘6mica organizada para a produgio ou a circulagio de bens ou de servicos” (conforme o caput do art. 966 do Codigo Civil de 2002). E mais, porque a limitagdo de responsabilidade se d em relac&o ao empr ade (empresa) Vale ter em conta que a lei dé A EIRELI 0 status de ser uma nova espécie de pessoa juridica de direito privado em razo do ine. VI acrescido ao art. 44 do Cédigo Civil, por forca da Lei n. 12.441/2011. Quanto a criacio da EIRELI, parece-nos que o mais adequado é que 0 seu ato constitutivo seja feito por requerimento, semelhantemente ao que ocorre com a inscrigdo do empresério individual, uma vez que a figura juridica do contrato social se dé, como regra geral, quando ha duas ou mais pessoas, portanto, uma sociedade. Na Itélia ¢ por ato unitaleral. No que se refere aos requisitos, a EIRELI ser constituida observando os seguintes critérios (CC, art. 980-A): a) formada por uma tinica pessoa; b) a pessoa natural nao pode constituir mais de uma EIRELI. ‘A pessoa fisica (natural) poder ser titular tio somente de uma EIRELI. Quanto a possibilidade de uma pessoa juridica ser titular de EIRELI, a pre- o do art, g80-A dé margem a dupla interpretag&o. Pode-se depreender de que seria possivel uma pessoa juridica ser titular de uma ou mais EIRELIs; ou que nao seria admissivel uma pessoa juridica ser titular de EIRELI, o que por sinal est previsto na Instrucdo Normativa do do DREI n. 10/2013 (Anexo 5, item 1.2.11). Tal disposi¢ao muito question4vel juridicamente, pois a fungio do DREI é regulamentar a lei e nao a de legislar na omissio dela. Permane- cendo esta segunda op¢io, as Juntas Comerciais deverdo segui-la, por ser a posigdo do DREI, érgao hierarquicamente superior as Juntas. Mas vale res- saltar que a intengdo da Lei n. 12.441/2011 foi a de tentar regularizar situ- agées faticas de atividades empres ‘is, como a das sociedades de fachada. A redagio srcinal do Projeto de Lei n. 4.605/2009, que deu ensejo a criagao da EIRELI, previa a criac&o por uma “tnica pessoa natural’, mas a palavra “nat- ural” foi suprimida da redaco durante o tramite legislativo. Ainda, vale ter em conta que, mantendo esta tese, as sociedades estrangeiras, que até entao precisam ter ao menos um sécio minoritério brasileiro, no poderao con- stituir EIRELI. Contudo, apesar de nio ter sido a vontade do legislador, no siléncio da norma jurfdica de cardter privado, entendemos que é posstvel uma pessoa juridica ser titular de EIRELI (¢ até mais de uma), sendo que, se Cédigo Civil nao restringiu tal possibilidade, nao cabe ao DRE ) a pessoa deveri ser a titular da totalidade do capital social; 4) o capital nao pode ser inferior a 100 vezes o maior salério minimo vigente no Pais. 24; e) o capital deve ser totalmente integralizado (integralizado de fato e de direito, nao meramente documental); Quem nao dispor desta cifra, deveré faz« 1 inscrigo como empresario in- dividual ou associar-se para constituir uma sociedade limitada com capital social inferior. £) o nome empresarial deverd ser formado pela inclusio da expresso “EIRELI” apés a firma ou a denominagao (temas que estudaremos adiante). Cabe destacar que a EIRELI também poderé resultar da concentracao das quotas de outra modalidade societaria num inico sécio, independente- mente das razées que motivaram tal concentraciio (CC, art. 980-A, § 39). Por exemplo, um sécio majoritario podera comprar a parte do minoritério e assim transformar uma sociedade em EIRELI. Outro aspecto interessante se d4 quanto ao art. 1.033. Tal dispositivo previa que, em uma sociedade com dois sécios, em que um deles viesse a fale~ cer, a se retirar ou a ser excluido, o scio remanescente tinha até 180 dias para encontrar outro sécio, sob pena de dissolugao. Agora, pelo acréscimo do paragrafo tinico ao art. 1.033, pode o sécio remanescente requerer A Junta Comercial sua transformacao em EIRELI ou empresério individual. Tudo isso sem prejudicar quaisquer direitos de terceiros (CC, arts. 1.113 a 1.115). Poderd a EIRELI ser constitufda para fins de prestagdo de servicos de qualquer natureza, podendo por isso ser atribuida a ela a remuneragio decor- rente da cessio de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa juridica, vinculados a atividade profissional (CC, art. 980-A, § 5} Essa situagao trata de casos em que a atividade intelectual é elemento de empresa, sendo um reconhecimento do le~ gislador quanto ao fato de intimeros profissionais constitufrem, nos iltimos anos, pessoas juridicas a fim de desenvolverem suas atividades profissionais por meio delas; e assim obterem redugao da carga tributaria. Quanto as atividades intelectuais passiveis de formagio de sociedades simples, registréveis no Registro Civil de Pessoas Juridicas, compreendemos que o legislador nao teve a intengao de permitir a constituicao de EIRELI para quem pretenda desenvolver individualmente uma atividade intelectual, como, por exemplo, a de arquitetura ou a de psicologia, sendo que, nestes casos, restaria apenas a atuagéio como profissional liberal. Ou seja, enten- demos que uma EIRELI pode ser registrada somente na Junta Comercial, 6r- s Ci gao apto para o re; , ndo nos Registr ro de atividades empresariai Seahessny duces aints gre se denbanaice ds bee dter geerieaey, com objeto intelectual, ser registrada no Registro Civil de Pessoas Juridicas. Contudo, tal argumento é precario na medida em que o tema deve ser visto 4 luz dos arts. 966 e 1.150 do Cédigo Civil, sendo que apenas se a atividade in- telectual for elemento de empresa é que uma “EIRELI intelectual” poderd exi- stir, porém registrada na Junta Comercial. 50. RM a aang a PSSBE GS feueas peaiatae SRS as sociedades limitadas (CC, art. 980-A, § 68). Para efeitos burocraticos e tributdrios (como no caso do Simples Nacion- al), a EIRELI poder ser tida como microemp bruta anual seja limitada a R$ 360.000,00; ou como empresa de pequeno porte — EPP — caso sua receita bruta anual esteja entre R$ 360.000,00 e RS 3.600.000,00 (LC n. 123/2006, art. 32). Quanto As questées de recuperagao de empresas e faléncia, entendemos que a EIRELI se submete as regras da Lei n. 11.101/2005, a partir de uma ap- licag&o por analogia, pois ainda que seu art. 1° expresse apenas a figura do empresario individual e da sociedade empreséria, a EIRELI ter4 por objeto 0 desenvolvimento de atividade empresarial, essencialmente. Também pode ser acrescido a esse argumento o fato de que as atividades econémicas nao sujeitas A Lei n. 11.101/2005 esto exclufdas expressamente em seu art. 2°, = que por sua vez nao exclui a EIRELI. Por iltimo, a EIRELI poderd utilizar seus livros empresariais como prova em proceso judicial, desde que a escrituragdo contdbil preencha os requisitos legais. Isso também a partir de uma aplicago por analogia dos arts. 226 do Cédigo Civil e 379 do Cédigo de Processo Civil Civil [novo CPC, art. 418]. 1.2.10. ME —- Microempresa e EPP - Empresa de Pequeno Porte A Constituigao Federal, art. 170, inc. IX, prevé tratamento favorecido as empresas de pequeno porte constituidas de acordo com as leis nacionais e que tenham sede e administrago no Brasil. O art. 970 do Cédigo Civil também expressa a necessidade de garantia de tratamento diferenciado tanto para 0 pequeno empresério quanto para o empresério rural, no que se refere a in- scricdo e a seus efeitos, A necessidade de tratamento especial para pequenos empresérios se da por varias razes: excesso de carga tributdria, burocracia administrativa dos érgfios piblicos, complexidade das exigéncias contabeis, falta de preparo dos empreendedores, insuficiéncia de capital de giro e linhas de crédito, entre outros, Pesquisas do SEBRAE divulgadas no inicio de 2014 davam conta de que uma a cada quatro empresas nao chegam ao segundo ano de existencia; sendo que entre as micro e pequenas empresas, sete a cada 10 nao chegam ao quinto ano de funcionamento. £ importante salientar que 0 Codigo Civil néo distingue microempresa de empresa de pequeno porte, além disso, é timido no tratamento favorecido ao pequeno empresario. Mas hé algumas disposigées benéficas, como a prevista no art. 1.179, § 2°, ao prever um tratamento diferenciado ao pequeno empresario (como aquele que opera por meio de microempresa ou empresa de pequeno porte) ao liberé-lo da escrituragiio contabil e do levantamento de balangos. A distingZo entre micro e pequeno empresério deve ser buscada no Estat- tuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Lei Comple- mentar n. 123/2006. De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, microempresa (ME) 6 aquela que possui receita bruta anual de até R$ 360.000,00 por ano (art. 3, ine. D. Ja a empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que possui receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 até o limite de R$ 3.600.000,00 (art. 38, ine. ID. Por isso, o que vai caracterizar 0 empresdrio como micro ou pequeno é a receita bruta que ele auferir em cada ano-calendario, Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte estabelece um regime juridico diferenciado e favoravel para o micro e pequeno empresdrio em varias searas, inclusive quanto burocracia e a di- minuigao da carga tributaria e das obrigagées trabalhistas e previdenciarias. Para concretizar o tratamento diferenciado 4 ME’s e EPP’s, a LC n. 123/ ificado de Ar- 2006, art. 12, criou o Simples Nacional — Regime Especial Ui recadacao de Tributos e Contribuigdes devidos pelas Microempresas e Em- presas de Pequeno Porte. De fato o Simples Nacional trouxe uma simplificagao no sistema de como proceder para efeitos de arrecadaco. Por este sistema deverd haver o recolhi- mento mensal via um documento tinico de arrecadac&o de uma série de trib- utos (LC n. 123/2006, art. 13): a) ICMS - Imposto sobre Operagées Relativas a Circulagio de Mercadorias e sobre Prestagdes de Servigos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comuni b) ISS — Imposto sobre Servigos de Qualquer Natu c) IRPJ — Imposto sobre a Renda da Pessoa Juridic 4) IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; ©) CSLL = Contribuigdo Social sobre o Lucro Liquido; £) COFINS — Contribuigdo para o Financiamento da Seguridade Social; g) Contribuicdo para o PIS/Pasep; h) CPP - Contribuigéo Patronal Previdenciaria para a Seguridade Social (exceto no caso de algumas atividades de prestagio de servicos previstas no § 52-C do art. 18 da LC n. 123/206). A micro e a pequena empresa podem ser: empresério individual, so- ciedade empresaria, empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELD ou sociedade simples (Lei Complementar n. 123/2006, art. 3°, = caput). Por diltimo, vale a pena destacar que a micro e a pequena empresa podem ter por objeto a exploracdo de quaisquer atividades econémicas de carater empresarial. O objeto também pode ser intelectual (sociedade simples ME ou EPP), haja vista tratar-se de um formato destinado a um regime tributdrio mais benéfico. 1.2.11. MEI - Microempreendedor Indi Empreendedor Individual) ‘idual (EI — A luz do § 18 do art. 18-A da Lei Complementar n. 123/2006, considera- se MEI — Microempreendedor Individual — 0 empresario individual (previsto no art. 966 do Cédigo Civil) que tenha auferido receita bruta no ano- calendario anterior de até R$ 60.000,00 e que seja optante do regime tributario Simples Nacional. Essa figura jurfdica também é conhecida por El — Empreendedor Individual No caso de inicio de atividade, esse limite sera de R$ 5.000,00 multiplic- ados pelo ntimero de meses compreendidos entre o inicio da atividade e o fi- nal do respectivo ano-calendario, considerando as fragées de meses como um més inteiro (LC n. 123/2006, art. 18-A, § 28). 0 MEI foi criado, fundamentalmente, para efeitos de redugio da carga tributaria e da burocracia aos empreendedores. A legislacao citada visa prim- ordialmente regularizar a situagéo de milhares de empresdrios irregulares no Brasil, que permanecem nesta condico entre outras razoes pelo custo buro- cratico e tributario, sem prejuizo do tempo necessdrio para se formalizar per- ante os érgdos competentes, entre eles a Junta Comercial. E bom ressaltar que todo o processo de formalizagao é gratuito, pois ha isencfio de taxas para inscric&io e concessio de alvard para funcionamento. O nico custo da formalizagio 6 0 pagamento mensal de R$ 59,95 referente ao INSS e R$ 5,00 se prestador de servicos (ou R$ 1,00 para comércio e in- distria). Esse pagamento deve ser realizado por meio de carné emitido exclu- sivamente no site do empreendedor. A propésito, foi criado um site exclusivamente para o MEI: www.portal- doempreendedor.gov.br, pois ha muita vontade politica nessa regularizacao dos empreendedores. Tem-se noticia de que jé so mais de 5 milhdes de pessoas inscritas como microempreendedor individual, sendo que o marco de 1 milhao foi comemorado em solenidade com a participagao da Presidéncia da Republica no dia 7 de abril de 2011. Nesse portal do empreendedor stio encontradas as atividades que podem ser desenvolvidas por meio da inscrigio como microempreendedor individual. A relago € extensa, porém taxativa. Atividades que nao estejam 14 listadas nfio podem ser desenvolvidas por essa categoria, Diferentemente, a micro ¢ a pequena empresa podem ter por objeto a explorag&o de quaisquer atividades econémicas, de caréter empresarial ou intelectual. Uma vez regularizado, o empreendedor passa a ter cobertura previden- ciéria para si e para sua familia, por meio do auxilio-doenca, aposentadoria por idade, salrio-maternidade, pensao e auxflio-reclusio, efetuando uma contribuicao mensal reduzida de 5% sobre o valor do salério minimo. Outro beneficio ao MEI é a possibilidade de contratar e registrar até 1 fanciondrio com um custo menor (3% para a Previdéncia Social e 8% de FGTS do salério minimo por més, consistindo em um valor total de R$ 59,95, sendo que o empregado contribuird com 8% do seu salario para a Previdéncia). Esse beneficio permite ao empreendedor desenvolver melhor o seu negécio ao poder admitir até um empregado por um custo mais baixo. Assim, a norma procura dar um tratamento mais simplificado ao mi- croempreendedor individual, por isso 0 seu processo de registro devera ter tramite especial, preferencialmente eletrénico (LC n. 123/206, art. 48, § 18 e CC, art. 968, § 4%, visando mais rapidez na abertura, alteraco e baixa do MEI. Vale ter em conta que, quanto inscrigio do microempreendedor indi- vidual, poderao ser dispensados 0 uso da firma, com a respectiva assinatura autégrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informagées relativas ao estado civil e ao regime de bens, bem como a necessidade de remessa de documentos, conforme o que dispor o CGSIM - Comité para Gestdio da Rede Nacional para Simplificagdo do Registro e da Legalizagio de Empresas e Negocios as (LC n. 123/2006, art. 48, § 19, ine. I, e CC, art. 968, § 59), ‘Ainda, no que tange a recuperacio de empresas e a faléncia, entendemos que o MEI se submete as regras da Lei n. 11.101/2005, a partir de uma ap- licago por analogia, ainda que o art. 14 desta norma expresse apenas a figura do empresério individual e da sociedade empreséria, o MEI tera por objeto, fandamentalmente, o desenvolvimento de atividade empresarial. Acrescente- se a isso 0 fato de que as atividades econémicas nao sujeitas 4 Lei n. 11.101/ 2005 esto excluidas expressamente em seu art. 2% que por sua vez nfo ex- clui o MEI. Nao é demais explicitar que ao MEI, por ser empresdrio individual, nao é conferida a separag&o patrimonial e a limitagio de responsabilidade dada & EIRELI e a sociedade empresarial. E, que nao é aplicdvel a desconsideragao da personalidade juridica, justamente porque a responsabilidade do titular 6 ilimitada. 1.2.12. Empresa rural Pode ser considerado empresario rural aquele que desenvolve atividade: agricola (cultivo/produgio de vegetais em geral); pastoril/pecudria (cri- agdo e engorda de animais); exirativa (obtengdo de recursos prontos da natureza, sem a necessidade de manejo humano, como a pesca, a caga ou a extrac&io de létex de seringueiras); ou agroindustrial _(industrializacio/

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