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  • Safatle - O Circuito Dos Afetos. Corpos Políticos, Desamparo e o Fim Do Indivíduo

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    Safatle_O Circuito Dos Afetos. Corpos Políticos, Desamparo e o Fim Do Indivíduo

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    Vladimir Safatle O circuito dos afetos | auténtica — 2 edicio revista Jo findamen- st " > ftuncimen: em sta dimensio tin Soctedides Go, J.circuitos de afotos, Elas constmpent vinculos ee dhe maneira com que corpos Sto al hae objetos sentidos ¢ desejos inepuionados A wma graimiitica de atetos que organiza wx qualquer sociedade, que fornece @osatura de nossas formas de vida. Mas ha também ewes Momentos FATS Nos quais AconteciMeNtos nos fazem ser, a0 menos por um instante, afetados de outra forma, Eles quebram os circuitos de vam até entio, nos despos- afetos que impe suindo de nowos trajetos, nos desamparando de nossos ritmos e, principalmente, decompondo 0 corpo politico que até entio existia, Conta tal decomposigio, hi os que procuram fazer de tudo para dar vida a corpos politicos em extado terminal, Melhor seria se comegissemos a pensar outras formas de corporeidade politica Formas § altura desses acontecimentos que ti. veram a forca de nos desamparar. Por isso, 0 objetivo central deste livro é pensar as dinamicas da a¢io social ¢ dy te constituigio de identidades, sejam individuais, sejam coletivas, a partir de uma teoria dos tos. Argumentar que a filosofia conten hea esti, em larg; ate~ mpori- a medida, dependente de uma Perspectiva que elevou o individuo, interesses e estruturas identitarias a de regulagio para a racionalidade Sociais. Tal dependéncia representa funda limitag3o e um empobrecim. nos impede de pensar a possibilidad, Que nao so simples expressio de i Mas ages nas quais individuos aceit despossuidos de seus atriby Permitindo com isso a con Outras de sujeitos politicos, apropriagdes da psicanilis, ele demonstra como uma constituigao de Hossa liberdade passa, atualmente, Por sermos Cibwes de nos abrir a afetos que suem de nossa condigio de seus atetos, horizonte das agdes uma pro- ento, pois le de agdes individuos, am ser utos € predicados, figuragio de formas Tépico baseado em e de Jacques Lacan, nos despos. individuos, Para falar de tais agdes, o livro insiste que teorias que compreendem o medo, a segu- ranga e a esperanga como afetos politicos centrais (os interlocutores principais sio Hobbes ¢ Spinoza) nio nos permitem atual- mente pensar experiéncias politicas realmente essdrio se transformadoras. Para tanto, € nec voltar a Freud e desdobrar sua ideia de que © desamparo é 0 afeto politico central, nio apenas por ser o afeto que nos abre as relagdes er uma espécie de afirmagio € da despossessio. sociais, mas por s da contingénci Tal desdobramento é, por sua vi condigio primeira para um segundo movi- ra mento presente no livro, a saber, a tentativa de recuperar conceitos da filosofia de Marx (como proletariado e a critica do trabalho) e de Hegel (como tempo e histéria), a fim de propor uma renovagio dos modes de compreensio do proceso de formacio de r sujeitos politicos. Desta forma, um peculia “freudo-marxismo” aparece como condi¢io para pensarmos © processo de constitui¢io de sujeitos agentes com forte potencial de e dai também uma transformagio. Segue-s critica a teorias hegeménicas do reconhe- cimento (como as de Axel Honneth), muito vinculadas aos limites das exigéncias de re- imento da individualidade ¢ de suas conhe exigéncias identitiria Por fim, tal movimento que nos le fora de nossa condigio de individuos é fun- damentado em uma filosofia da natureza li- va pal gada a uma recuperagio ampla do conceit de “vida”, em didlogo com a filosofia de Georges Canguilhem € com teorias contemporiness da biologia. Maneira de afirmar que a recupe- nea da capacidade especula ragio contempori tiva da filosofia politica pasa por restabelecer novas articulagdes entre teoria do sujet. tile sofia da historia ¢ filosotia da nacureza COPyTIGNt © 2016 Viadimir Safatle Copyright © 2016 Autentica Editora Todos os deitos reservados pela Auténtica Editora Nenhuma parte desty Podera ser reproduzida, seja por meios mecss, a $05: eetrOnicos, seja via copes No sem a autorizagdo prévia da Editora, "8 Yer0nK Fe, EoORA REsPoNsAvEL Rejane Dias OTTORA ASsisENTE Cecilia Martins Revsto Livia Martins cara Diogo Droschi (Sobre imagem de Marcus Galan, Isolante, 2009, colegio particular: fotografia Edouard Frajpont) DAGRAMACAO Larissa Carvalho Mazzoni Waldénia. Alvarenga Santos. Ataide Cosac Naify COORDENACAO EDITORML: Milton Ohata PREPARACAO: Livia Lima fewsto: Ellane Santoro, Maria Fernanda Alvares Dados Internacionais de Catalogacao na Publicaco (c1P) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Safatle, Vladimir O Circuito dos afetos : co individuo/ Vladimir Safatle. —- Editora, 2016, "POs politicos, desamparo e o fim do 2.0. tev. -- Belo Horizonte : Auténtica ISBN 978-85-8217-871.3 1. Biopolitica 2. Filosofia politica 3. 16-01173 Teoria social |, Titulo, C0D-320.01 | Indices para catdlogo sistematico 1. Filosofia politica 320.01 @ cruro aurennica Belo Horizonte Rio de Janeiro $80 Paulo Rua Cartos Turner, 420 Rua Debret, 23, sala 401 Av. Paulista, 2.073, Siveita, 31140.529 Centro . 20030-080 Coniunto Nacional, Horsa Belo Horizonte. MG Rio de Janeivo . RI 23 andar. Cony 2307 Tel (85 31) 3465-4500 Tel. (85 21) 3179 1975 SeW09 Ce5ar- 01317 940 $80 Paula. sp Tel wor grupoautentica com br 8810 3034 ses 33 37 a 7 131 135, 159 193 197 223 253 283 315 327 343 349 357 358 INTRODUGAO POLITICA INC. Medo, desamparo e poder sem corpo Da arte de ser afetado por corpos que quebram Esperar: tempo e fogo LEBENSFORM Ascensio e ascensio da plasticidade mercantil do corpo O trabalho do impréprio e os afetos da flexibilizagio PERSONA FICTA Abaixo de zero: psicanilise, politica e o “deficit de negatividade” em Axel Honneth Por um conceito “antipredicativo” de reconhecimento © devedor que vem até mim, o Deus que aposta e os amantes que se desencontram Uma certa latitude: Georges Canguilhem, biopolitica e vida como errancia POSFACIO Marcus Coelen Referncias bibliograficas Indice de nomes Indice de obras Sobre 0 autor Agradecimentos es ‘Ascensao e ascensao da plasticidade mercantil do corpo Eu creio que 0 corpo é obsoleto. Orlan Economics are the method. The object is to change the heart and soul. Margaret Thatcher Hi de se sentir a queda das mascaras que nos faziam acreditar na qualidade narrativa do dinheiro. Ha de senti-las até mesmo, ou talvez principalmente, no corpo, nesses corpos cujos desejos seguem uma economia libidinal que celebra, “como principio basico do pensamento capitalista’, “a vontade de destruir como impulso criativo”? Pois a corporeidade nao poderia ficar intacta a destruicio mer- canti] das formas estaticas. Sobretudo, ela nao poderia ficar intacta a incitagiio mercantil da destruicdo. Um tipo muito especifico ¢ controlado de violéncia (pois, como jé foi dito, nem todas as violéncias se equivalem, nem todas as destruigdes produzem os mesmos resultados) que celebra a unidade de uma forma muito especifica de incorporagao, a saber, a produzida por um corpo social sintetizado pela dinamica continua de fluxos equivalentes cada vez mais amplos. Violéncia que sintetiza unidades através da destruicao de tudo o que nio se deixa configurar em fluxo codificado pela forma-mercadoria. Por isso yioléncia que desconhece © tempo, ndo como unidade de medida, mas como qualidade: que desconhece morte, no como culto da finitude, mas como experigncia da impredicayio. ‘AS pessoas ndo vo morrer. Nao é este 0 credo da nova cultura? As pessoas we Ser absorvidas em fluxos de informagao” Em vez de trabalho de luto do conceito, 0 trabalho de luto asséptico patrocinado pelo fluxo doCapiah pe o impacto dessas transfOrnyoes Seria entéo necessdrio perguntar so sts mo as meeificagoes de corBe soci Corporeidade, ou seja, perguntar vorpo social ¢ corpo swejetive munca ujeitos, como COrP? pe mutacdes na corporeidade dos st ras, 2003, p93. » Don Delillo, Cosmépolis, S30 Paulo: Compania has St * Id, ibid. p. 103. 135 srmanep ponies rows sani pon ome uo eprpuaaidwio> 19s apod opt — sop ETON sae sneer a om ms eps “to 9p oppo eon " scenery mono Peter Saou 9 Seu es 3 me mcm comes : aqam Sapfou 3 > ‘steed ap po sox omar spi 2pm * Wen. eumapieaaay oa RU 1d qg61 soue sop ned €2053°898 saeliaiuatares 3 pepiind 2 me npg eee op DI 2am EEE z marae runpey sro» os naar poops si my TENT DUE ae teu es ab 0 ee e828 85 OF a, Pasbuo YEP apnasts or aut "sodios sound oe Ran eogands operon Sexe i 2 aH soar srrew wu opeaseg se2usque”” Pp, ‘ade 9 ou ows ss “1 etioce ° 30 ep ogdersdosd? oer S0SS0N "9PEIUON EI eu apepyrenb © wes9pzadS0dz09 persue gos sens os idosd op ‘apepaudosd squop op oBsu21X9 EP OH Spun epe> wreurssoap amb seus enuuo> oFsei tppaio> ap sanes9S29S8UTESIP ap soa on spesuad su oft S049 gs euros 1d) oppaedod 0d idxo as nb sapepHuapl ‘(.S2P°P! ajap 8 B150022h rape, 095 0851200) osqe anb ope e Fea os 2p SUI Fa EHS venga 9pepsan ON SPINURPL seynus sade Oust psazedeopu2s osu! 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Na auséncia de seus senhores, os escravos se rebe- Jaram, demonstrando grande bravura nas lutas de resisténcia. Sua forca e desejo de liberdade pareciam intransponiveis, até que um dos citas inventou 0 moderno Departamento de Recursos Humanos eas primeiras técnicas de psicologia do tra- balho, Munido de seu conhecimento recém-adquirido, 0 cita gritou no meio da luta: Vedes, homens da Citia, o que fazemos! Lutando assim com nossos escravos, eles nos matam € nos tornamos menos numerosos, e nds os matamos e, portanto, nos restam menos escravos as nossas ordens. Opino, portanto, no sentido de abandonarmos nossas lancas e arcos e irmos combaté-los empunhando cada um de nds um chicote dos que usamos com os cavalos. Enquanto eles nos virem armadbs, julgar-se-do iguais ‘anés; vendo-nos com chicotes em ver de armas, eles compreenderdo que s Jo nossos. escravos; percebendo isto, nao resistirao.* E assim foi. Ao verem os chicotes e ouvirem seu barulho, o medo desfaz a revolta dos escravos e estes fogem, para acabar por retornar Aantiga cond © que esse cita descobriu em situagio de guerra foi o wso politico da disciplinar do trabalho, maneira como 0 instrumento de trabalho er. ens3et.N") de um principio de sujei¢io capaz de quebrar vontad acondivio de servidao, Nao era possivel combater os escravos rebelados cdo, do desejo mudo de sul ligio. toga .s ¢ perpetuat g- mas era possivel explort ene pmeter-se A disciplina apoténcia da internalizagio da suj bmeter-sea discip € preservar a autoridade encarnada na visio de um instrumento ae 7 elagdes determinad las de as relagoes servis, Esses sujeitos foram produzidos por relasoes Jetern capar de sintetizat * Herédoto, Historia. Brasilia: Editora da UnB, 1985. p.202- 159 cae oS autoridade; a partir delas con, € seu circuito de. noe ner poderiamos trabalhar, mas o trabalho ‘oltar contra o que ndo era exataments lente a ‘eno que organiza otempe dot ‘Par com suas funcdes espe ot Ba ir na existencia de um modelo de cileul, Nest ae ver icacao derivado da gca do trablhoeestranho“in- jo, de quanti 11 como a festa e 0 jogo. Tal modelo é wavam pr o ge modos de relagdo social cor Hes poderiam se rebelar contra as rege ena sim vjidade” de ™ de, assim como de um tempo no qual as tiie e investiments,a “ficica, ra as representacées da autor as determinagses, Bas idade, ¢estrutura, com sua ordem, su, lica se encamasce ; ase no chicot ou que com st ‘ue tev tal nticio pode eae tee mete da eosatvs om Sg, Hi uma capacidade de con Humanos de nossas grand. dade de ea randeza que funda o trabalho como modo de apropisd0 ei S Brandes empresas é de prever resultados € do no primado da ti itigdo se constr je jtos. Controle encarnado n0p “Onstri, principalmente, deminha foo abe que devemos entend ‘Mas, se 00S Pé Zemos que apel discipinare es em cis lara um texto do inicio dos anos esse context teremos “Annagio de dispendio" Ne Aaridade tem teoriamente como finda oper tmoderada, pois praze violent étido como pal raticamente & produ) € 8 con ; das humanas[..] Noconjunto quslgue ag io e& conservagio das vi ‘Ou sea, fica claro comoa descrigio da racionalidade propria a un ‘ma principalmente como o principio fundamental dos sujetos inerente a lsmo sto aqueles que organizar 4 manutengio de seus bens, 0 caleulo econdmico ds mas de pra. 4 nosso proprio dor an submeterem sua afetividade &reflextio sobre das relagbes entre coisas: le balho &em nds o que nos redus 2 costs Para além da propriedade. faz urgente uma Se acum, que conta, que se dispde como unid, discisnard ces dasmeoon eon Likacs, para quem tempo perde o seu can se fxa num continuum d pleno de cosas qua am a debater on dstios a cdo problema da esol, se eo process de reconbecMeo e 10s 0 trabalho como a producdo sell que meé Imente pensar inhas préprias determinagOes, mesmo do ae pri no se 0 indi isla, | a consciéncia de classe, duo a0 ser soc! ca se a eritica a0 trabalho |, cooperagio jados, nio se muda © duos da aco de alguns homens sobre o: fo propriedade privada ou ~ aPropriagio desses “poder sendo propr © domnaam na cond de potency onosperpntnne de deer di pratenss como forma denquerns de daveseatua de donate 4s conscience ee inddulon comer Lexie dotable aca Se propre tem mesuaea di 140 aceitar que . mina separ no espa ma pp la me se tr oo os aft 0 SU rime ans guar 2g rte dn on teres pens paps isn Tengah pee ose asm ion one creda por ct gh 80 Ere dasegarnea denon POSE stim seca capa Asn gen obo “rami name's omnes a siren notin dbl, C50 inclusive, os mébiles da ¢ aa 1 home, os objetos que contam seus fe sviagens exéticas ¢ lembrangas, @ cons ‘a natureza a sua ¥ ressio de sua pr ou justamente di sido do que se dispde diante de mi ara comigo, sua verdadeira essé eto histéricos tuindo-se econs Por isso, ao menos dentro de tal ‘como categoria de cor ‘mente vinculado as tranhamento precis tho a0 homem que reencontra a si mes * Ninda ale nests aemagio previa de apoio: ismo, ja que ele est nda. ares de formagiio da lidade liberal e seus conc dels, So Pal: Mar Fred Ee Aiagi * CCM Poston op cts a © 1d. td. p98 lend Ride ace: Ci 362 dizia o liberal Locke, que parece ter trabalho é meu, éme ps Melhor seria, no entant ade rem cores i de impor para cos 7 ia vontade.™ Existe uma cicio mais importante para a ho 6 0€xer otra a evident a ner cotta ene que £017 Me lades, submet vega ona one on sr essa submissio porque compr Se cca ue me os seo regomta sum“ fons do grime Meno scan atin 0 err denne compli Nese ronsor ean ion dts ‘Guus Tbuhamos pate eres ina do trabalho fantasias, que nos observa como se es ve rnos"chama” para assumir um tipo de Teetemos fandamentar melhor a estatégias de dic : ‘compreender de forma mais sistematica a, i Plinares préprias ao trabalho, I 80 NOs permitir’, mais & es capt "at tadiconal dee sen Lemremos genau Yeibes mais bom scan suopoera Pos, ance auedeveserseonhectn pg aude ate bmet outasvontaerequeepurne inven er gut de mero pe ined desu Aeautnomia Porta coon fundamentas para a formacio sul 'sso pode nos explicar por que. onrelags gos periodos de dese 19 us0 teme! noass pes pres ‘ a a paraen lade psicologica vepalho capi | Lm conceto de autonomia trib, i da internal | A teologia protestant ott piss | Relembremos alguns aspctos fundamentas da Sti que aracionalidade econ jeben) e capacidades prod rep se proceso ipivaléncias desse pr Pa mica dependiafundamars TF dosstjitos em adatar SE70Stpos de conduta, Weber 3 Weralzasdo psquica de ume g, < a comieto.extranhaaocieals 1 sentimento pa _ deitsna Biss gue Webern manifesta como s 3 mnt deatsenero deta mucin capital ter rage . a 0 ca Faas Widinal que leve em co aati pea reensiodo si i wo importante aa cOMP a éum disp "ho ret anio Ser a sensac: "0 itracional de. haver inar a ética prot sspont + Wierchepaaftaremunn anit picclgic™ prodaiie Freee ber charou de"o20 eo! pee tBE da realsario ne 1 tabalho como fim em \tvidadedaguio que We ano BEST gina Ue no inte amen 2 deere ca Una an 4 | aka eigtecas de cot ccemmnoeae arb 3 esta obsessive compas de Moke gra denerose bss ce ripe «cee eng ee wes cunhar a categoria p. "388 Compreenc rm eee Eocene! “ Tee een ee «Pe att due deat te probi * eMtan0, vimos ne Pricing ‘a matriz ideol6gica dos discursos contemporineos de porch ideologi temp d jo universe do pimais e 0s humanos Marts 08 4 melhor comp 2 Fadi uma especie de parcntese. oeentio uma ceta radio Me as processos dsciplinares que nos levaiam, ne ‘yea mais evidentes de reificagao social ede sofrimer co, Por que para além da estruturadisciplinar da autonomia,em lembrar render essa mutagio na estrutura: sans ne Sieotrabalho dever pedo sbjetiva no interior der: pono de eeviclo Guntamente com o deseo ea linguager) i condicio sretxos de consttuigdo daquilo que podemos entender por “forma de vida"? A ‘posta no trabalho como processo emancipatrio de econhecimento er, de fio de fon idulidade gue se tele necessria ou ndo passava da expressio dos equivocosd Plancjamentoe sent! 4 Y°CAsi0 profisions Jas dinimicas de tansformagio que tendiam a neg indice gt 28¢¥0 do trabathe ialmenteavalizadasfuncionam fundamentalmente como procesos = Motto compen Sine ergo! ‘ on tho é com meres SOMA deter cumprign Pensado pels cha sin * 20 model com seu dever" luenciad lo tayloristae fo Nico po 15 Pelasteorias Freud, Partaos,paraisso da defnigbo do trabalho como mo (Entauserung) do sujeto 0b a forma de um objet. Lembremos, ae da famosa comparagio de Karl Mars, certamente um dos pens ue melhor configurou certa via ainda hegemOnica na car ‘Uma aranha executa operagbe ___Comolembra Habermas, por meio ‘io apenas a ums a a categoria, Moris do conhecimento, que a compr * permite. desvelamento da natureza hi * Kats, 11. Sto Pa: Bote. 2913. f~ da experiéncia, Marx pa responsivel pela const agao de um ;nagio do trabalho nos de determi patural, Todo org! ainércia ea jr de nor otencial $0b catego a rodenee tm ¢, por sin omtolégicas. Apro 8 de ap Pals que formas soc opriaggoc sea animal eimedatrers ne la, Ohomem faz da sua al jidade ae sa consign Fle te devido a0 comp do meio ambiet jdentidade imediata fato de arelagio de ya vontade € 0m jpoderia produzir mesmo dessa forma, o homem, lve das determinagoes proprias necess le coincide imediat ‘Assim, se 0 trabi concebé-lo come simples passagem da int ‘onsttulda, Ble & expressio do estranhamento {ue se colocam como “representagdes natura re ona Renomenotogia do Espirito. 150 taver 39) Pear ice eben neem eee coer vr tmpasigao de umsa norma ago du eS ‘aftr, A yontade humana precisa ser sori cla pode, a todo momento, subvert da vontade presente na capacidade que mnho de encontrar, em operagio no interior do trabalho social Gao, mesma forma de subsuno do diverso da sensiildag, ‘que animava a atividade tedrica, e Melhor seria lembrar como o trabalho mente aguele em que, a Marx, ado que de mo ideal qual, “no final do processo de trabalho, vemos um rey «io estava na representasao do trabalhador, presente co «250, a imaginagdo do trabalhador é apenas a faculdad, do esquematismo pr matismo transcendental capaz de determinar previamente sf hia ser representado. Esse trabalho jé € o trabalho indus produz objetos que sio exemplares ‘um pensamento materi final aceitar que, no processo de trabalho, o re estava determinado no inicio como representacio. Po tar que a passagem & existéncia, que no idealismo ales nada acrescentaria a determinagao categor -mao chamava-se“po ‘como se na det ‘A existencia ndo houvesse processo, Se assim fosse, nunca poderiamos enenier como, no interior do processo de trabalho, categorias sio reco de determinadas negagées produzidas pelo “metabolismo” da a com seus objetas. Nao pod formalmente idéntico, ésemant 108 compreender como o: smente outro, mesmo quando Se quisermos procurar outa via para encaminharo problema da supeaco 4a alienacio, talvez valha a pena lembrar uma importante dimensiod ‘araista& dvisio social do trabalho, No primeitolivro de O c linha como o modo indus isjecta, como se seus corpos tivessem sido ms pelo caréter unidimensional do trabalho industrial, mada no motor automatic de realidae dfUbulaabsurda de Menénio ACP 'Prerenta um ser hamano como mero fragmento de seu proprio corpo™ de que om tlre esi so conte 8 uy Fausto op cit ue se impoe ata ns uma individualizaio pelo trabalho z 0 dda personalidade ¢ da “repressio mundo idade e da “repressio de um ic a perso alizagao OM i aun corr J que os emprega simulta- sujeitoe ‘mero efeito do capital que parse ain ss fren ‘sua unidade como corpo pro reine os mate no nado 140 funcional dos sujeitos, vo construidoa partir da ae tore passagem de A ideologia alema: ar esta célebre passagem de A ideolog jembrat duo ni tem para sium ides no ramo que gasecomunistasonde cada} aeons pode desenv ONE! S28 rea de regular produ Nasa - deatvi avocedade er Tornar eacador, pescador pastor 04 cH poristome como veremos em outto capitulo, prcebe-se aa a nates pres capitulo, percebe-se aqui iva sinks proposto por Marx. Nao me defno como ca;ador “do reconhecimento proposto por Marx. N: 2 pecador,pasor ou critico,emors possa cavst sss 08 ar. Nio es artempo de apreenso reflex rahe stints em mas Tomine nem aotraalho man ssar completame! esas egges demonstam como, porno Pasar SOUP riamente dsponives,o suit presen quebrando assim a natura fonconsio® tm ponto importante: a negatividade co da na necessidade de |, pede também mani .dos, Poiso problema {ao historico-tempor ‘espeito apenas a uma configuraca0 hi Serefere também a uma sgica da ident ‘todo pensamento dialético. Pois, no comunis mo, ‘dominacdo disciplinar da identidade. poderiamos comple? aro dugnstio de Epo se ends sen “Wetec Engl, Aiello oP as eaquele diagndstico a respei os Estados Unidos presente + POF exemple, do, dese NOS Grundrisse. “ A indiferengaem relasdo a0 trabalho d sociedad em que os indviduos passye ‘outro, em que otipo determinad, Seguinte,indiferente. Nesse caso, 9 mas na ef deixou de est ‘as coisas ago" de qu ati que osindi 0 a expresso der sio do que: le & expres pessoas jedade commu & proprié is50 0 sujet, POF sagen ° Enesse contexto que Ut reeomenuniete te no ideaismo Ro momento em que afl ‘abandonada em directo veedade! Produaida pela regulagdo racional a producéo universal Masinsitamosem um pontoco ee earn |Questio no process isi pet ‘sudo por Marx no € apenas « deuma’ ;Deracio da divisio social do trabalho, nema. "epulagio socal da prod, ss sociedades mais avangadas, como veremosriti 80 pode ser eta at fortes intervengdes esata 0 tle pertenceenguantoo homem sabe produzir segundo a me cre tae sa caracterizagio do homem como ser sem espécie def adequada, ou sea, capaz de produzir segundo a medida de gn a possibilidade para uma indiferenga genérica em relacig ae eapéce transforma o meio ambiente, o que 0 leva a enconteas 2S 20 proprio objeto.™ Liberado da condigio de ser apenas obj Ar a med ledeve pode canceber nenbuma forma mais bel, mais subline qe a humans read ser ana a simesMO, 8543 3 at le ser expresso daquilo que, no sujeito, na 9 Pate u an jeto pode ser expressio daquilo que, no sujeto,ndo se redur ae para-um-outr. Dai por que encontrar a medida inerene a o tempo speraraalienagio do sueito. Eo que, no su vida do gene de ser para-um-outro & 0 que nele ndo se configura sob a fo poe nfo ver su sa pois sua “vida do génera” (Gattungsleben) que se ob cpa subtended da Ce loi No entanto, diferente do que encontramos ¢ So eee sm far parte € desprovido de toda. se shomem eexatmentese sr re ce anitage como que” WE algo Press ora a fo ter uma forma essencial que Ihe seja préy da praxis. Um género desprovido. ua imagem POF aera ids rs por completo, as qUE NOS atravessa pr “objetifica sem ser espécie alguma, género nos apropriamos por comp! ’ lore eae Jeoma profunda impropriedade? maneira figurada de afirmar qui ‘ssa éapenasuma s exiténcia no pode ex ono se determinam espécies particulares, como se ‘anos bos abelhas... animais’ Pois nio. tha de atribuigda, De certa forma, “animais ddesariculagio do campo de determinagdes que peri alienada apenas quando age conscientemente como cendo que sua esséncia ¢ seu “ser so Se assim fosse, a afirma ante de uma universalidade por excesso em re ies. Essa é outra maneira de de euch, go prorat aber tema se a posure tbe ingularidade ied a expressio de lidar anio nto maneia sing o geal ent lgado ® fehabita todo nda iam anit stab ec apessoal epreindvide elem aro fata deg mo a fonte inesgot sem se determinar por com de ressoat i ao de te que se deter 10, Processus ‘expressam em sua forma mais bem-acabada, ba 8 or nconta do género que o suje sda beleza que fundam as formas Feuerbach parece nos evar a acre vara a respeito das qu ‘smo diante do estado da er Mais nang 2 neces €2 een do ee 3 yalhado enquant a Geant agul conciéncis enquano 230° itor 3 a a yue nos libera das ame ow equtnian de PERM texto sobre conceit ded sea medos de apropriags Como gonarncn nts a prduiowne ee seripdsuaidade | sade ode serpresuponte ns cee nes a cera do rer na hora do cea™¥8M genius o deus ao qual todo etre de am esvaziamento ~ Parl io egerar Por nce? ASMENIO, Resultado da afidace ermal outs sa Ge cera forma, a divinizagio da pesoa0 olen ee oe a reap da produin coum produzit social. Tal sofrimento pod. a espoliagdo psiquica do estranh Notemos inicialmente que essa mundo do trabalho e seus imp: fim da sociedade do tabalhoe. talvez fosse mais correto ver, le ser definido, nto actos ps da obsol oligo mas amen ivo do trabalho calcado nat = cera expecttva depositadsna critica doa Partamos, a ese respeito, dde um dos estudos mais in lutagdes do capitalismo contemporineo,a saber, o desea logos Luc Boltanski e Eve Chiapello. Ambos airman compulsiva do trabalho tematizado por Weber tenderia ciedades capit tas contemporineas, gragas a0 adv a dan vetentes dain sall quesdesemale api [ene nino asi cpa det nt She 1968 VsENN como 0 e200 da riglder do tempo contolad, dos ge Ne gentictdade. acto tayorista eda estereotipia de empresas fortemente a tea emt devil pls oes J 168 eae gna: 1970 demonstram conscincia ds Svan edo ce valores pene, 0s sn inserios em um trabalho eem um trabalho regular a ira voluntaria de evitar a empregos, mas a uma maneit oe yt modo devs cones taba i 10s horérios € ritmos, “combinagbes” transité- to desigado,dstate em re 10 soci io submetdos autridade Peet penta seem atoni0m0s vt jabato, 0 ave ESP 0 do nicleoideologico da a sido a reconfiguracio dk -agdo do éthos do trabalho, Exemplo pitalismo por endogeneizacio da sro dsc : f i italista e a consequente modifi este “capacidade de sobrevivencia en con cle iad espa rae LPS, tee resarial trouxe de organizagbes como 0 Exército eq A ane dee don aos 19801980, cOmD sn om coe jretamente do universo fa - 1m lugar a um conjunto de valores vindos diretamente de het er Bo univers no por aco decalcado do oe 0 au dr nts formas aplasia, Capacdade de near rate epost “tag neers eat oe senor compe sls Saat | modelo era aquelé eon tro as paradigmsética Infntos de reengenharia, nice idoldgico, Se, ainda na década de 1960, 0 profi ou de inpor-se uma fancionlizagio de sua petsonaltdade, aprinort {ecidade ehabidades até se transforma no corpo de um seo SA ‘sserito por Marx, hoje ele seria visto como alguém acomodado, sem a vente cea a Made de inovagioe criatvidade. O dese reinvent e, por iso, com baixa capacidade de i ‘aermodel¢atualmente escrito de our formas ide, sua ‘manager omer das eds Ete por qualidade prima ss mobilise 8 Sepciade dese deslocar sem se dena prender por ontiras~ sem #208 tip asa 183 0 derivadasdeligacdes profissionaisou tat de papel dori de de uma atividade labora que t 90, amos dante de um au ria se recontiado um conato esa com euttosatnee pe etariames f eapacidade da vida de produzirasimesma Asempresas sfe™ 4a, 0850) apacidade. O horizonte pet iaentio quando alhadores se avi tal coast jariado desaparecesse para que os pessoas devem se transformar em em Esseé um erempo doegosmenta da tanto doadreno dem modeede ena Pais esa desterrtoriliago py valores préprio gules que nto tinhe socal ou ea boemia atta controle dé lugar a identi dasbsorio deuma tho der do trabalho deriva 220 manager ni dey inima independente de grande diferenga entre a experiéncia de ‘se a precarizagio que atinge fu {sso no muda um stigio atual do des am do trabalho no €: a da hegemonia do toyotismo. force este se sequent : mas importante compreender que valores transformaram no horizonte regulad jalmente no mundo do trabalho. tramatv rabalho ea precarizagao sejam rev falar de um retorno a forma prim Juta produzida pelo aumento da qu: |, nio € desprovido de int pas Proce agers devera ecorrer i Nessa crcunst wincia na qual « produgdo nao seria mais vista co ni me ial Loni al: Annu Sofrimento de flexibilizacso Diante disso, temos duas saidas Possiv que as modaldades de critica datrabal, pene Pe "um horizonte muito distinto daquel iba avancadas. A desteulasdo neoliberal dona mas de recusa a estrutura disciplinar das Nese sentido, ndo caberia outra, coi Presents no horizonte normativo do setor my Poti e sua relizacio, fazendo uma. a realidade a seu prdprio canceito, O prege » de transformacio social que denune Pogaré a tarmos que uma soc m seguidos, Uma sociedade define as que ea msm de pat vo. No mesmo moment nda reconfiguragio devido a Organiagto Mondial da Sade, % da populacso indo a OF al causa conhecida de 30- see arn 2010, endo 2 princi ce depres 6 ino Unio, em cada 5 dul sofe fo eo Ee oe eps ces, m meds Deana fe Pe gepessi0, OF a de 91% da populagio sore da doen, € se oe 1 no guardara ta paraeism temporal io Soa sa elaftmar que mod ne aie uicas? Nio se tr oiestatendencalente soba forma de 1 como as formas de con social e psiquico. trica dos transtornos depressivos encon “a comum de todos esses transtornos é cde ce demas somites = um ten viade individual para funcionar (to function eR Jas Semanas env ec jeaalguma, devem durar ao menos du: ha nos depressivos maior ‘erst transtornos depressivosinduzidos por me

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