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Geo Urbanismo
Geo Urbanismo
TEMA DO TRABALHO
Resolução de Exercícios
Turma: A
Ano de frequência: 4º
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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1
1.1. Objectivos...............................................................................................................2
Referências bibliográficas...............................................................................................19
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A geografia de urbanismo se ocupa, portanto, da análise e compreensão dos fenômenos
que são resultantes directos da ação humana sobre o meio urbano e de como os fluxos
de informações, pessoas, capitais e mercadorias se efetivam e atuam na organização e
reorganização do espaço."
Mediante o estudo da geografia urbana, nos inteiramos acerca da dinâmica das cidades
no país e no mundo, além de refletirmos sobre questões fundamentais, como a
urbanização, a segregação sócio - espacial nas cidades e a mobilidade urbana, por
exemplo. A importância da geografia urbana se estende ainda para o campo prático,
tendo em vista que os temas e conceitos abordados são muito utilizados no
planejamento e na gestão urbana."
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
Conhecer a origem das cidades;
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CAPITULO II: ANÁLISE E DISCUSSÃO
Segundo Carlos, (2009, p. 73 - 74), cidade é condição geral da produção, e este facto impõe
uma determinada configuração ao urbano, aparecendo enquanto fenômeno concentrado,
fundamentado numa complexa divisão espacial do trabalho, formando uma aglomeração que,
no capitalismo, tem em vista o processo de acumulação. Um aglomerado que busca diminuir a
distância entre processo de produção da mercadoria e seu processo de consumo.
A compreensão da natureza da cidade não é essencialmente algo definitivo e não pode ser
analisada como um fenômeno pronto e acabado, pois as formas que a cidade assume ganham
dinamismo no decorrer do tempo. A cidade aqui é pensada como “uma realização humana,
uma criação que vai se constituindo ao longo do processo histórico e que ganha
materialização concreta diferenciada, em função de determinações históricas específicas”
(Carlos, 2009, p. 77).
A cidade mais antiga do Mundo acredita – se que seja “Jericó”, na Palestina, as casas eram
feitas de tijolos confeccionados á mão e recobertos de uma camada espessa. As primeiras
cidades das quais se tem registro surgiram há 5.000 anos, na Mesopotâmia, território onde
encontra-se hoje o Iraque, desde então as mesmas passaram por uma série de mudanças e
evoluções.
A sociedade urbana começou a aparecer com a revolução agrícola do Neolítico, que garantiu a
passagem do nomadismo á sedentarismo. Os aglomerados transformaram – se rapidamente
dado o excedente agrícola. A aldeia torna – se mercado e foi crescendo e algumas tornam – se
cidade quando desenvolveram o artesanato.
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A revolução urbana desenvolveu – se na Palestina, na Mesopotâmia e no Vale do Rio Nilo,
Região do Crescente Fértil. A partir desta região a civilização urbana estendeu – se para Oeste
e Leste até ao Vale do Indo. A cidade é a consequência da especialização de actividades do
meio rural. E cada época histórica vai corresponder sempre uma geração de cidades que vai
dominar o espaço rural vizinho. A intensificação da urbanização no mundo iniciou-se a partir
da Revolução Industrial, a nova actividade econômica atraiu uma grande quantidade de
pessoas para as cidades, uma vez que essas abrigavam as indústrias, figurando assim o
fenômeno do êxodo rural (migração de trabalhadores rurais para as cidades).
Segundo Arruda, (1993, p. 56), como a Mesopotâmia não era uma região isolada, tornou-se
muito difícil determinar exactamente a composição dos povos que lá viveram; por outro lado,
também seria difícil que um mesmo reino ou império tivesse sobrevivido durante muito
tempo.
Nos centros urbanos são identificadas todas as relações sociais e também a infra - estrutura e
os serviços públicos, como ruas pavimentadas, transporte público, colecta de lixo, rede de
esgoto, iluminação, saúde, educação e muitos outros. É bom ressaltar que nem sempre ocorre
desse modo, embora seja o ideal.
De acordo com Correa (2007, p. 13), a economia urbana está directamente ligada ao sector
terciário (comércio e prestação de serviços) e também industrial, incluindo ainda as
repartições públicas, tais como prefeitura, câmara dos vereadores e demais órgãos
governamentais. Essas áreas urbanizadas de médio e grande porte abrangem redes de lojas de
diversos seguimentos, instituições financeiras, universidades, hospitais, clínicas e outras
atividades ligadas às cidades. O campo estabelece uma estrita dependência em relação às
cidades, pois a última disponibiliza todos os produtos e serviços necessários para o
desenvolvimento das atividades rurais (insumos, máquinas, assistência técnica e outros).
Todo aglomerado urbano é dinâmico, em razão de vários factores, dentre eles o histórico,
arquitetônico, econômico, cultural, turístico entre muitos outros, esses promovem alterações
contínuas na paisagem, uma vez que a todo o momento acontecem demolições, reformas,
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construções e até mesmo deterioração das paredes, praças e monumentos ocasionados por
fenômenos climáticos como chuva, vento e calor.
Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados nos países em
desenvolvimento. O crescimento das cidades pode resultar na formação de aglomerado, tas
como as conurbações, as metrópoles e as megalópolis.
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Ao mesmo tempo, com a independência nacional e como consequência de uma série de
factores conjunturais, as cidades moçambicanas viram muito aumentada a sua população, sem
que isso tivesse sido acompanhado pelo correspondente crescimento de infraestruturas e
serviços urbanos. Esta situação fez com que os espaços urbanos do país se degradassem e
neles proliferassem atividades informais, como estratégia de sobrevivência de uma parte
considerável da sua população. Face a tudo isto, as cidades moçambicanas sofrem
transformações demasiado rápidas, o que tem dificultado as ações de planeamento. Por isso
impera uma estrutura espontânea onde as condições de vida são bastante degradadas. O
crescimento das cidades de Moçambique, tanto em quantidades como em tamanho, é a grande
característica do mundo moderno. A urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo.
Entretanto, cumpre observar que o fenómeno da urbanização não teve o mesmo ritmo e não se
deu por igual nos diversos países e regiões do mundo (Geiger, 1963, p. 75).
Com efeito, os mais elevados índices de urbanização no país são encontrados nas e regiões
mais desenvolvidos do país, como é o caso da Cidade de Maputo, cidades da Beira e na
cidade capital de Nampula.
Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados nas regiões do país onde a
industrialização é mais recente e restrita. São regiões de economia agrícola com elevada
percentagem da população activa no sector primário.
Conforme Araujo (2003, p.54), o crescimento das cidades, tanto em quantidades como em
tamanho, é a grande característica do mundo moderno. A urbanização é geral e atinge todas as
partes do mundo. Os mais elevados índices de urbanização são encontrados nos países mais
desenvolvidos do mundo, como é o caso da Europa Ocidental, América do Norte e Japão. A
Inglaterra, pais mais urbanizado do mundo, possui mais de 80% de sua população vivendo em
cidades.
Dada a falta de espaço esta análise não poderá fazer justiça a todas as caraterísticas do
processo da urbanização moçambicana. As características mais predominantes nesse processo
são, nomeadamente: a dualidade urbana, a ruralidade no urbano, a informalidade e o
crescimento demográfico.
É sem dúvida a partir da década de 1990 que se teve início o crescimento das periferias
urbanas em Moçambique sem que isso tivesse sido acompanhado pelo correspondente
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crescimento de infraestruturas e serviços urbanos” (Araújo, 2003, p. 170). Como aponta
Raposo (2010, p. 1), é dramático ver as imagens das extensas “periferias das cidades com
habitações precárias, densamente ocupadas, sem infraestruturas, nem serviços. Há nesse
processo uma “urbanização extensiva” (Viana, 2012), provocada pelo papel do mercado de
terra, que acaba configurando esses espaços como o mais barato e atraindo mais residências
em condições precárias. Conforme Andreatta, (2011, p 12), as vias de acesso à “cidade de
cimento” parecem ter sido implantadas atravessando os bairros e, de nenhum modo, tiveram
algum componente de articulação com eles, gerando um efeito barreira na sua execução. O
equilíbrio funcional da cidade é precário. No aspecto de mobilidade e acessibilidade, a
“estrutura viária exígua e a falta de acessibilidade e transportes oferecidos condenam a
população periférica”. Uma representação da dimensão da urbanização moçambicana,
provocada pelo crescimento extensivo da periferia.
Em seu aspecto económico, a cidade define-se pela especialização das funções. Numa região
exclusivamente agrícola, que viva em economia de subsistência — onde cada indivíduo
produz quanto é necessário à existência familiar, não se estabelecendo relações de troca —
não há cidades. Económica e historicamente, a cidade nasceu em razão de uma ou várias
funções elementares: o comércio, a indústria, a administração e a defesa (Araujo, 2003, p.33).
A função de cidade-mercado encontra-se na origem da maioria das cidades, e o seu
desenvolvimento está naturalmente ligado ao da economia de troca. As relações de troca são
facilitadas pelas vias de comunicação; daí que as cidades se localizem de preferência nos
entroncamentos dessas vias; os nós privilegiados das redes de comunicações são os pontos
mais favoráveis ao surgir e ao crescer das grandes cidades.
A relação entre a industrialização e o urbanismo, tanta vez posta em relevo, afigura-se menos
característica. Com efeito, e por um lado, a indústria é um fenómeno recente, enquanto que as
cidades quase sempre existiram; por outro lado, o estabelecimento da indústria não é condição
suficiente do nascimento de uma verdadeira cidade.A cidade é um centro de relações e de
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decisões, é um núcleo aglutinador de população, onde se trocam produtos, onde se difundem
ideias e onde se reúnem actividades diferenciadas (comércio, serviços, actividades industriais.
Situação urbana é a posição que a cidade ocupa em relação aos factos naturais da sua região
que pode ser um rio, uma jazida mineira, o mar, cruzamento de rotas terrestres, etc. Critérios
de definição de cidade Embora seja difícil dar uma definição universal de cidade de modo que
seja aceite por todos, há critérios comuns que servem de base à sua definição, apesar de
variarem no seu conteúdo (Wirth, 1970, p. 99).
Não há dúvidas que para chamar “cidade” a um centro populacional deve ai residir um
número mínimo de habitantes. Este número é tão variável de país para país, sendo impossível
chegar a um consenso. Assim, as cidades que crescem em altura apresentam uma densidade
populacional muito superior que as cidades que crescem em superfície. Nos países
desenvolvidos, apenas os sectores secundários e terciários devem prevalecer, enquanto o
sector primário nunca deve ultrapassar 25% da população activa residente. Se a percentagem
ultrapassar este valor deverá ser considerado um aglomerado rural.
Nos países em vias de desenvolvimento, com 80% ou mais de activos no sector primário, as
cidades albergam elevada percentagem de efectivos agrícolas. Como se conclui, há uma
grande dificuldade em uniformizar critérios para a definição universal de cidade. Sendo
assim, é preferível aceitar a definição local e seguir os critérios adoptados individualmente.
Em suma, cidade é uma aglomeração importante, organizada pela vida colectiva e onde que
certa percentagem da população não vive de agricultura.
De acordo com Bagli (2006, p. 66), no urbano, o cotidiano é construído sobre um tempo
mecânico. As formas como as pessoas se apropriam do tempo e dele se utilizam não são
compassadas pelas mudanças naturais. O ritmo do tempo segue a velocidade da mobilidade
excessiva dos processos de produção, circulação, troca e consumo de mercadorias. As pessoas
encontram-se impregnadas por uma lógica em que a rapidez dos acontecimentos determina o
ritmo de seu modo de vida. Trabalho, descanso, compras e lazer são cadenciados pelo
compasso da lógica do capital de maneira efectiva. Nesse tempo, o relógio é o condutor:
controla a hora de dormir, acordar, trabalhar, alimentar e descansar. Tempo acelerado e curto,
rapidez que encanta e desencanta, que atrai e expulsa. Há quem ame ou quem odeia tal
peculiaridade (Bagli, 2006, p. 83 - 84).
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4. Contribuição da revolução industrial no desenvolvimento das cidade
metropolitana no sul do pais.
Segundo o autor (p. 27), como consequência do aumento das unidades de produção, o que
exigiu a concentração de grandes massas de trabalhadores, novas cidades industriais
apareceram. A acrescentar a este factor terá uma serie de causas que se relacionam todas entre
si; uma delas foi o progresso agrário ligado a passagem de uma agricultura de subsistência
para uma agricultura quase exclusivamente comercial.
O desenvolvimento das cidades da zona sul do país ficou a dever – se ao progresso das
indústrias, e dos transportes. Neste sentido, o avanço mais significante produziu – se nas
cidades da Matola com a utilização dos canais, com vista a facilitar o trafico de mercadorias e,
ao mesmo tempo, assistiu – se, também, ao desenvolvimento de estradas com vista a facilitar
o transito de pessoas e de produtos. Isto permitiu a indústria pesada se concentrasse em
cidades especializadas pois as novas fábricas podiam servir um mercado mais amplo e as
matérias – primas mais volumosas e pesadas, poderiam vir de lugares cada vez mais
afastados.
A expansão urbana continuava, no entanto, submetida a certos limites visto que o transporte
de alimentos a grande distancia se mantinha e a agricultura de subsistência continuou nos
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arredores imediatos das grandes cidades. Mas a cidade continuava a crescer e daí a subida dos
salários e dos custos de produção o que entravava o crescimento da cidade, obrigava a um
percurso a pé o que limitava a sua extensão. A melhoria dos transportes no interior das áreas
urbanas reduziu outro grande obstáculos que se opunha à expansão da cidade, pois veio a
permitir a separação nítida entre local de residência e o local de trabalho. Estas mudanças
técnicas contribuíram para o desaparecimento dos vários impedimentos ao crescimento
urbano e explicam em grande parte o facto das cidades do mundo ocidental estarem a crescer.
A população urbana cresceu rapidamente.
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Diante desse contexto, Raposo, (2010, p. 90), refere que pode-se enumerar os problemas
gerados pelo processo de urbanização ocorrido principalmente na grandes metrópoles.
Cortiço - corresponde a moradias que abrigam um grande número de famílias, quase sempre
são cômodos alugados em antigas casas enormes situadas no centro, essas construções se
encontram em condições deterioradas. Essa modalidade de moradia geralmente oferece
péssimas condições sanitárias e de segurança aos seus moradores.
Enchentes - os centros urbanos possuem extensas áreas cobertas por concreto e asfalto,
dificultando a infiltração da água da chuva no solo. As chuvas em grandes proporções
ocasionam um acúmulo muito grande de água e as galerias pluviais não conseguem absorver
toda enxurrada e essas invadem residências, prédios públicos, túneis e comprometem o
trânsito.
A poluição deve vir no plural, pois existem poluições em vários locais e de várias formas:
lixo, outdoors, barulho, veículos, indústrias. Poluição sonora, visual e do ar são as mais
comuns e degradantes para a vida nas cidades. No século XXI, a maioria da população
mundial estará nas cidades, algo que já acontece em grande parte das metrópoles. Dessa
maneira, garantir qualidade do ar nesses ambientes é fundamental.
A mobilidade – o aumento no número de veículos nas grandes cidades tem cada vez mais
preocupado as autoridades. Com esse aumento, a população urbana gasta muito tempo indo de
um local para o outro, o que pode atrapalhar nas relações profissionais e desgasta quem passa
mais tempo indo para o trabalho e voltando para casa do que no próprio trabalho. Esse tempo
absurdo gasto no deslocamento urbano (engarrafamentos, filas em pontos de ônibus, terminais
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e metrôs) pode gerar estresse, ansiedade e outros problemas crônicos. Assim, a mobilidade
urbana não é só um problema urbano, mas também de saúde populacional.
A violência nas médias e grandes cidades deve ser tratada com seriedade pelas autoridades
públicas. Assaltos, homicídios, brigas de trânsito, brigas domésticas, agressão a moradores de
rua, entre outros, são algumas das violências cometidas nos ambientes urbanos. A falta de
segurança pode ser associada ao desemprego, baixos índices educacionais e desigualdade
social.
Esses são alguns dos problemas vividos nas cidades Moçambicanas podem ser realidade
também em outros países, pois todas as cidades possuem problemas, porém, os acima citados
fazem parte de grandes aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As autoridades não
conseguem monitorar todos os problemas devido o acelerado crescimento ocorrido no
passado.
Desde que o ser humano se tornou majoritariamente urbano, os problemas nas cidades se
agravaram, confundindo-se a linha entre “problema urbano” e “problema ambiental”.
Actualmente se discute que os problemas urbanos são problemas ambientais, pois ambos
estão interligados
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O grande desenvolvimento das cidades e das formas de vida urbana é um fenómeno que
caracteriza melhor a civilização contemporânea.
Na Europa, a taxa de urbanização não ia além dos 19% em 1800, era de 28% em 1850, em
1900 de 44% e hoje aproxima – se dos 70%. Também em 1800 a população dos EUA era de
6.1%, no princípio do século XX, 39.7% e hoje ultrapassa os 70%. Nas áreas colonizadas
recentemente (Austrália e Nova Zelândia) a população urbana actual é superior a 85%.
O fenómeno urbano, acelerado entre as duas guerras, deu origem a variadas paisagens urbanas
e determinou os novos arranjos internos e a expansão recente das cidades os subúrbios.
Nos países desenvolvidos a tendência actual aponta para um papel cada vez menos activo da
cidade, mas o mesmo não acontece nos países subdesenvolvidos, como nova a sua
urbanização galopante.
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Este desenvolvimento global da população urbana, que desde 1900 aumento 10 vezes mais
rapidamente que a população mundial, corresponde a quatro tipos de concentração urbana:
- O Tipo Europeu, onde um movimento precose de expansão urbana, tem hoje tendência a
afrouxar;
- O Tipo Dos Países de Colonização Europeia, (EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia)
onde o impulso foi grande e apesar de ainda muito vigoroso tem tendência a diminuir;
- O Tipo dos Países do Leste Europeu e de Influência Soviética, cuja expansão das cidades é
medida de acordo com os planos de desenvolvimento económico;
- O Tipo dos Países do Terceiro Mundo, onde a população sofre actualmente um crescimento
vertiginoso, depois de uma longa estagnação.
Para Benévolo (1992, p.33), toda a Europa novas ideias sobre arquitectura surgiram e
transformaram – se as cidades. As cidades do renascimento apareceram com novos aspectos
arquitéctónicos, edifícios monumentais, palácios e novos planos de urbanização. Foram os
arquitectos Italianos que dão novas formas á arquitetura e ao planeamento urbano em que
ponham em evidência a arte, o fácil acesso e o aperfeiçoamento das muralhas e fortificações
que rodeavam as cidades.
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As cidades antigas foram transformadas na morfologia pela abertura de grandes avenidas em
linha recta com as casas bem alinhadas, de fachadas regulares e loteamento 2º plano
geométricos, percursores de novos bairros.
Estas reformas conduziram a uma planificação rádio concêntrica em Páris, Londres, Moscovo
e noutras capitais europeias. Mas é, no entanto, nas cidades planeadas de novo que se afirma
esta concepção do traçado das ruas e avenidas. É, por isso, que cidades como Palma Nuova,
nascidas no momento oportuno e como consequência de uma necessidade militar, adquirem a
nova planificação.
As outras ruas radiais não vão ter à praça central, mas sim ao primeiro anel concêntrico: o
esquema é completado por outros anéis. Os árabes fundaram, também, cidades novas,
puramente islâmicas, como Bagdade, Samarcanda, Cairo, Fez, Marraqueche.
Desde o Norte de África até ao Golfo Pérsico e à Índia as cidades muçulmanas apresentam
características semelhantes e próprias que não se parecem nada com as outras civilizações. A
maneira de ser dos árabes, os seus conceitos religiosos e o seu espirito guerreiro marcaram
profundamente todas as cidades sob o seu domínio. As sucessivas destruições e reconstruções
do espaço urbano deram um aspecto uniforme às cidades conquistadas, e uma característica
idêntica às das cidades construídas e concebidas de novo.
Conforme Goitia (1992, p. 93), a cidade muçulmana com o seu casario compacto, os seus
terraços, os seus pátios (únicos espaços abertos), as suas ruelas tortuosas e insignificantes,
aparece como algo próprio e inconfundível – a cidade tem um carácter privado e secreto. É
uma cidade secreta, porque não se vê, não se exibe, não procura a monumentalidade, as
grandes praças ou as grandes avenidas. A rua pequena e estrita perde todo o seu valor
estrutural, num emaranhado caótico e sem plano. Os sucessivos becos e esquinas mostram o
interesse pelo individual e o culto do privado. Fechadas por uma ou mais voltadas de muralha
possuíam um núcleo interno, chamado Medina, onde se encontrava a mesquita e as ruas
comerciais. Vinham a seguir, os bairros residenciais e por último, os bairros dos arrabaldes
que se encontravam fora do recinto da Medina e onde se agrupavam rua e a população
segundo os modos de vida e os ofícios; cada grupo social possuía os bairros distinto.
Esta estrutura original das cidades muçulmanas conservou – se até época moderna nos seus
núcleos antigos parece que o tempo parou. E no entanto, a ambição da monumentalidade na
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construção das cidades, que marca transformações renascentistas. Deste modo, a arquitectura
da Renascença realiza seu ideal de proporção e de regularidade em alguns edifícios, praças
isoladas, mas sim transforma uma cidade inteira.
Os colonizadores europeus quando estabeleciam uma cidade nova davam – lhe os aspectos
particulares da sua própria cultura. Os espanhóis no México e no Perú encontraram grandes
cidades indígenas, como Tenochtitlan (que se tornara cidade do México) e Cuzco, que
transformam segundo as suas necessidades. Destroem os conjuntos habitacionais originais e
obrigam as do planalto espanhol (Goitia, 1992, p. 55).
A maneira de ser dos Árabes, os seus conceitos religiosos e o seu espirito guerreiro marcaram
profundamente todas as cidades sob o seu domínio. As sucessivas destruições e reconstruções
do espaço urbano deram um aspecto uniforme às cidades conquistadas, e uma característica
idêntica às das cidades construídas e concebidas de novo.
De acordo com Mombeig (1994, p. 44), no passado, muitas pequenas aldeias surgiram ao
longo da costa marítima, de um rio, cruzamento de estradas, caminhos-de-ferro, com
facilidade de acesso e de trocas comerciais. Estas aldeias foram-se expandindo ao longo dos
séculos XVI a XIX e hoje tornaram-se em cidades importantes.
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Para além das vias de comunicações, como o principal factor atractivo, estas surgem também
pela urbanização causada pela atração da população do campo para as cidades em busca da
maior oferta de emprego gerada pela industrialização, além da existência de melhores
condições de renda e de vida. O rápido e fácil acesso a produtos, bens de consumo e serviços,
como escolas e hospitais, além de uma maior interação cultural, também pode ser listado
como um fator atrativo da urbanização, (Bagli, 2006, p. 17)
Mas, a actual localização dos centros urbanos é justificada por determinados factores como
vias de comunicação, comércio, turismo, defesa, cultural e religioso.
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dando origem a um fenômeno que, apesar de transitório, "ruraliza" os espaços urbanos, por
muito polêmico que seja este termo.
Referências bibliográficas
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Paulo: Ática.
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19
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