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NUTRIÇÃO

PARENTERAL
COMO PRESCREVER EM 8 ETAPAS

GUIA PRÁTICO
DE PRESCRIÇÃO
A DU LTO
NUTRIÇÃO
PARENTERAL
COMO PRESCREVER EM 8 ETAPAS
5

Apresentação

Este material tem como objetivo oferecer de modo prático e


conciso informações para apoiar os prescritores e toda a Equipe
Multiprofissional envolvida na Terapia Nutricional, a iden-
tificar os pacientes que necessitam de recurso terapêutico
nutricional e, principalmente, elucidar as etapas distintas
para a formatação da prescrição de Nutrição Parenteral.
Através do acesso fácil às diretrizes e cálculos, baseados em lite-
raturas atuais sobre Terapia Nutricional, Nutrição Parenteral
Como Prescrever em 8 etapas, torna-se uma importante
ferramenta para obtenção de terapia nutricional adequada
ao paciente.

1a edição, 2015.

Todos os direitos reservados.


Distribuição exclusiva ao profissional da saúde.

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Sumário

1. Terapia Nutricional, vamos prescrever? .......................... 8

2. Indicação da TN ............................................................. 10

3. Insumos da NP .............................................................. 20

4. Como prescrever a NP em 8 etapas ............................... 30


4.1 Etapa 1 - Determinar as necessidades nutricionais
do paciente ............................................................................ 30
4.2 Etapa 2 - Determinar a quantidade de macronutrientes
(proteína e glutamina, carboidrato e lipídio) em gramas ...... 31
4.3 Etapa 3 - Prescrever os macronutrientes ..................... 34
4.4 Etapa 4 - Prescrever os eletrólitos ................................ 35
4.5 Etapa 5 - Prescrever as vitaminas e oligoelementos ..... 43
4.6 Etapa 6 - Prescrever o volume final da bolsa de NP ...... 44
4.7 Etapa 7 - Conferir a compatibilidade de cálcio + magnésio
e cálcio x fósforo ............................................................... 44
4.8 Etapa 8 - Prescrever o volume de infusão (mL/h) ....... 48

5. Recomendações ............................................................ 50

6. Prescrição Eletrônica ...................................................... 68

Lista de Abreviações ............................................................ 70

Referências ........................................................................... 70
7

1. TERAPIA NUTRICIONAL,
VAMOS PRESCREVER?

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


1. Terapia Nutricional, vamos prescrever?
8 A desnutrição apresenta alta prevalência em todo o mundo,
variando de 20 a 50%. No Brasil, a desnutrição está presente
em 48,1% dos doentes internados na rede pública do país1. Os
pacientes considerados desnutridos apresentam aumento
do tempo de internação e da morbimortalidade com con-
sequente aumento de custos2. O estado nutricional é ainda
mais determinante no desfecho de pacientes mais graves,
principalmente naqueles com catabolismo exacerbado3-5.
Pacientes em estado crítico geralmente não apresentam
adequada ingestão oral, sendo a terapia nutricional (TN)
fundamental em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
A TN é um conjunto de procedimentos que visa reconstituir
ou manter o estado nutricional do paciente. Pacientes com
TN inadequada são mais suscetíveis a complicações infec-
ciosas e não infecciosas, podendo apresentar maior tempo
de ventilação mecânica, maior permanência na UTI e no
hospital, e maiores taxas de mortalidade3,5. Assim, quando
indicada a nutrição parenteral deve-se sempre avaliar a
possibilidade de individualização da mesma, visto que atingir
a meta energética e proteica melhora a evolução clínica do
paciente5. Por outro lado, uma TN mal conduzida está sujeita
a complicações e piora de desfecho clínico.
A administração de TN é uma prática multiprofissional
empregada em quase todos os tipos de doentes, tais como,
hospitalizados, ambulatoriais ou domiciliares. As metas da TN
se iniciam com a triagem nutricional e passam por diferentes
etapas até a definição do tratamento nutricional. Fazem
parte deste processo a operacionalização do plano de cui-
dados nutricionais, a reavaliação e atualização do mesmo4.
9

2. INDICAÇÃO DA TN

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


2. Indicação da TN
10 O processo de TN pode ser realizado em etapas. A figura 1
apresenta um algoritmo para ser utilizado na indicação da
TN e de nutrição parenteral (NP) em adultos.
Figura 1 – Algoritmo para indicação de TN e NP para adultos32

32
Recomendação A.S.P.E.N. Adaptado de August et al., 2002.
A. Triagem nutricional 11
O objetivo da triagem nutricional é reconhecer pacientes
desnutridos ou com risco nutricional, para instituir medidas
precoces de intervenção nutricional e evitar o desenvolvi-
mento de complicações nutricionais relacionadas32.
Segundo a A.S.P.E.N, a triagem nutricional é um processo
dinâmico para identificar mudanças que afetam o estado
nutricional do paciente32. Os questionários de triagem nutri-
cional inicial e final, demonstrados nas figuras 2 e 3, podem
ser utilizados como uma ferramenta para facilitar o processo
da triagem nutricional do paciente.
Figura 2 – Triagem de risco nutricional inicial9

Triagem Inicial
Sim Não
1 O Índice de Massa Corpórea (IMC) é < 20,5 kg/m ? 2

O paciente apresentou perda de peso nos últimos


2
3 meses?

O paciente apresentou redução da ingestão


3
alimentar na última semana?

O paciente está em estado grave


4
(por exemplo, em terapia intensiva)?
Não: se a resposta for “não” para todas as questões, o paciente deve
ser submetido à nova triagem em intervalos semanais. Para o paciente
submetido a uma cirurgia de grande porte, considerar um plano de
cuidado nutricional preventivo, para evitar o risco associado.
Sim: se a resposta for “sim” para qualquer questão, seguir com o
questionário de triagem final (figura 3).
9
Recomendação ESPEN

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12
Figura 3 – Triagem de risco nutricional final9
Triagem Final
Gravidade da doença
Estado Nutricional
(aumento das necessidades)
Ausente Ausente Necessidades
Estado nutricional normal.
Escore 0 Escore 0 nutricionais normais.
Perda de peso > 5% em 3 meses Fratura de quadril, pacientes crônicos,
Leve ou ingestão alimentar na última Leve em particular com complicações agudas:
Escore 1 semana entre 50-75% das Escore 1 cirrose, DPOC, hemodiálise, diabetes
necessidades nutricionais. e oncologia.
Perda de peso > 5% em 2 meses
ou IMC entre 18,5-20,5 + condição
Cirurgia abdominal de grande porte, AVC,
Moderado geral prejudicada (enfraquecida) Moderado
pneumonia grave e doença hematológica
Escore 2 ou ingestão alimentar na última Escore 2
maligna.
semana entre 25-60% das
necessidades nutricionais.
Perda de peso > 5% em 1 mês
(> 15% em 3 meses) ou IMC < 18,5
+ condição geral prejudicada Trauma, transplante de medula óssea
Grave Grave
(enfraquecida) ou ingestão e paciente em terapia intensiva
Escore 3 Escore 3
alimentar na última semana (APACHE > 10).
entre 0-25% das necessidades
nutricionais.
Continuação da Figura 3
Triagem Final

Escore total = Escore do estado nutricional + Escore da gravidade da doença

Escore total ajustado à idade = para pacientes ≥ 70 anos, adicione um ponto ao Escore total calculado.

Escore total ≥ 3: o paciente está sob risco nutricional, sendo necessário o início de um plano de cuidado
nutricional.

Escore < 3: triagem semanal do paciente. Caso o paciente seja submetido a uma cirurgia de grande porte,
um plano de cuidado nutricional preventivo deve ser considerado para evitar o risco associado.
9
Recomendação ESPEN

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13
O paciente em risco nutricional deve ser encaminhado para
14 a avaliação do estado nutricional, planejamento e início da
TN, quando necessária.

B. Avaliação do risco e estado nutricional atual


A avaliação do estado nutricional auxilia a recuperação e/ou
manutenção do estado de saúde do paciente e monitora a
evolução. Pode ser realizada por antropometria, composição
corpórea, exame físico, avaliação subjetiva global, exames
bioquímicos e funcionais e medida de consumo alimentar, pe-
riodicamente durante sua internação. O diagnóstico precoce
dos distúrbios nutricionais e o início da TN podem influenciar,
favoravelmente, na evolução clínica do paciente.
Em 2011, a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral
e Enteral (SBNPE) publicou as Diretrizes Brasileiras para TN,
com o objetivo de normatizar e promover a uniformização
das práticas de TN em triagem e avaliação nutricional
conforme o grau de recomendação e aplicabilidade na prática
clínica. Nesta diretriz a avaliação nutricional subjetiva global
(ANSG) foi considerada eficiente para avaliação do estado
nutricional, com boa reprodutibilidade e capacidade de
prever complicações relacionadas à desnutrição, com grau
A de recomendação8. A figura 4 ilustra um modelo adaptado
de ANSG.
Figura 4 – Avaliação nutricional subjetiva global10,11

A. Anamnese
1- Peso Corporal
(1) Perdeu nos últimos 6 meses? ( ) Sim ( ) Não
(2) Perde atualmente? ( ) Sim ( ) Não
Continuação da Figura 4

(2) Quantidade de perda_______kg 15


Peso atual________kg Peso habitual_______kg
Perda de peso_______%
(1) < 10% (1 ponto) (2) > 10% (2 pontos)
Subtotal:_______pontos

2- Mudança na dieta
(1) Há mudança na dieta? ( ) Sim ( ) Não
A mudança foi para:
(1) ( ) Dieta hipocalórica
(1) ( ) Dieta pastosa hipocalórica
(2) ( ) Dieta líquida > 15 dias ou solução de infusão
intravenosa > 5 dias
(3) ( ) Jejum > 5 dias
Subtotal:_______pontos

3- Sintomas gastrointestinais (persistentes por mais


de 2 semanas)
(1) ( ) Disfagia e/ou odinofagia
(1) ( ) Náuseas
(1) ( ) Vômitos
(1) ( ) Diarreia
(2) ( ) Anorexia, distensão abdominal e/ou dor
abdominal
Subtotal:_______pontos

4- Capacidade funcional básica


(persistentes por mais de 2 semanas)

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Continuação da Figura 4
16 (1) ( ) Abaixo do normal
(2) ( ) Tornou-se acamado
Subtotal:_______pontos

5- Diagnóstico
(1) ( ) Estresse baixo
(2) ( ) Estresse moderado
(3) ( ) Estresse alto
Subtotal:_______pontos

B. Exame físico
( ) Perda de gordura subcutânea (tríceps/tórax)
( ) Músculo estriado
( ) Edema sacral
( ) Ascite
( ) Edema de tornozelo

(0) Normal
(1) Leve ou moderada depleção
(2) Grave depleção
Subtotal:_______pontos

Somatório total de pontos:______________

C. Conclusão da ANSG
Desnutrido < 17 pontos
Desnutrição moderada 17 a 22 pontos
Desnutrição grave mais de 22 pontos
10,11
Adaptado de Garavel et al., 1988 e Detsky et al., 1987.
C. Contraindicação ao uso de via digestiva
Quando a TN é indicada, a via digestiva deve ser a de primeira 17
escolha. Entretanto, existem contraindicações ao uso desta
via como, por exemplo, íleo prolongado, fístulas do trato
gastrointestinal (TGI) com alto débito (> 500 mL), diarreia ou
vômitos intratáveis, peritonite, obstrução do TGI e isquemia
intestinal, que impedem a TN via oral e/ou enteral.

D. Indicação de suplementação oral e/ou NE


A suplementação oral é indicada a pacientes sem contraindi-
cação ao uso de dieta oral e com aceitação alimentar acima
de 60% das necessidades nutricionais12,13. Indica-se o uso da
NE a pacientes contraindicados ao uso da via oral ou aceitação
inferior a 60% das necessidades13.

E. Necessidade nutricional inferior a 60% pela via


digestiva
A associação da NP é indicada quando houver sinais de into-
lerância durante a progressão da dieta por via digestiva,
sendo impossível atingir mais de 60% das necessidades nutri-
cionais utilizando exclusivamente esta via de alimentação13.
A suplementação com NP costuma ocorrer em casos de doenças
inflamatórias intestinais (Crohn e Retocolite), síndrome do
intestino curto, obstruções intestinais parciais, queimados,
fístulas do TGI, diarreia de difícil controle e vômitos incoercíveis.

F. NP Periférica
A via periférica é indicada para administração de soluções
mais diluídas que não ultrapassem a osmolaridade limite de
900 mOsm/L6.

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Atenção! Havendo um acesso central disponível, a via peri-
18 férica deve ser desencorajada, pois é muito difícil atingir as
necessidades nutricionais do paciente com o uso exclusivo
desta via. Portanto, havendo acesso central disponível, a NP
central deve ser a via de escolha, independente do tempo
de terapia proposto.

G. NP Central
A via central é indicada para soluções que apresentam
osmolaridade maior que 900 mOsm/L e para administração
da NP a longo prazo6.
Atenção! Quando um cateter central estiver disponível,
a via central deve ser utilizada independente da concentração
da NP ou do tempo da TN.

H. Possibilidade de utilização da via digestiva


A via digestiva deve ser utilizada, quando possível. A transição
da NP para a NE/oral deve ser gradual, avaliando a tolerância
do paciente ao uso desta via. Reduza a NP conforme aumenta
a aceitação de dieta pela via digestiva, para evitar déficits
energéticos.
3. INSUMOS DA NP
3. Insumos da NP
20
3.1 Carboidratos
A glicose é o principal carboidrato utilizado como fonte caló-
rica na NP, devendo ser prescrita em quantidade suficiente
para atenuar o catabolismo proteico. Um grama de glicose
anidra corresponde a 3,75 kcal, enquanto um grama de
glicose monoidratada corresponde a 3,4 kcal. Desta forma,
a glicose é usualmente prescrita em g/L ou g/kg/dia. Neste
manual, os cálculos utilizam a glicose anidra (3,75 kcal/g),
mais comumente encontrada no país.
A glicose é o componente que mais altera a osmolaridade
da NP. No caso de utilização de veia periférica, é importante
atentar-se a concentração deste insumo de maneira que
a composição final da NP não ultrapasse 900 mOsm/L. Caso
contrário, quando a osmolaridade for > 900 mOsm/L, a NP
deve ser administrada por via central. Nestes casos, a con-
centração de glicose mais utilizada é a 50%, para diminuir
o volume final da bolsa.
A VIG (velocidade de infusão de glicose) ou TIG (taxa de
infusão de glicose) expressa a quantidade de glicose ofertada
em mg/kg/minuto. Para adultos, recomenda-se que a infusão
de glicose não ultrapasse 5 g/kg/dia em pacientes críticos
ou 7 g/kg/dia em pacientes estáveis12.

Soluções de glicose disponíveis para adição à NP


- Glicose a 50% (cada 100 mL contém 50 g de glicose).
- Glicose a 10% (cada 100 mL contém 10 g de glicose).
3.2 Aminoácidos (AA)
O fornecimento das metas proteicas e energéticas são fun-
damentais para a manutenção do estado nutricional. A 21
proteína é um macronutriente importante para a cicatrização
de feridas, manutenção do sistema imune e a prevenção da
perda de massa muscular. A suplementação proteica deve-se
basear nas necessidades de cada paciente, entretanto esta
determinação é difícil. Uma forma aproximada para deter-
minação das necessidades proteicas é a utilização de reco-
mendações específicas para determinadas patologias, como
demonstrado nas tabelas de 14 a 26.
As soluções de aminoácidos utilizadas nas formulações para
pacientes adultos possuem de 13 a 20 aminoácidos com-
binados em essenciais e não essenciais, sendo classificadas
em soluções padrões e especiais. Alguns aminoácidos não
essenciais podem ser classificados em condicionalmente
essencial (tabela 1).
Tabela 1 – Classificação dos aminoácidos essenciais e não essenciais52
Aminoácidos
Aminoácidos Aminoácidos condicionalmente
essenciais não essenciais essenciais
Fenilalanina Ácido Aspártico Histidina
Isoleucina Ácido Glutâmico Cisteína
Leucina Alanina Taurina
Lisina Asparagina Tirosina
Metionina Glicina
Treonina Prolina
Triptofano Serina
Valina Glutamina
Arginina

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A solução de AA totais a 10% adulto contém uma mistura
22 balanceada de aminoácidos essenciais e não essenciais para
os pacientes com função orgânica normal. As soluções espe-
ciais contêm mistura de aminoácidos necessários a determi-
nadas doenças, como renal e hepática.
O uso de soluções com AA ramificados segundo Fisher
a 8% restringe-se a pacientes hepatopatas com encefalopatia
grau 3 e 412,13. Entretanto, os pacientes com falência renal
aguda ou agudizada devem receber a solução de AA totais
a 10% adulto, pois a soluções especiais, composta por AA
essenciais e histidina, não mostraram vantagens para este
perfil de paciente36.
Uma avaliação frequentemente utilizada na análise da
formulação final da NP é a relação de calorias não proteicas
por grama de nitrogênio. Essa relação é realizada soman-
do-se o valor calórico não advindo da proteína (carboidrato
e lipídios) e relacionando o seu valor com a quantidade de
nitrogênio prescrita (valor obtido dividindo-se o teor de
proteína prescrito por 6,25). Tal valor é estabelecido devido
ao fato de que o nitrogênio presente na proteína equivale
a 16% dela, portanto 100/16 = 6,25. O valor dessa relação
é bastante variável, e decorrente da condição clínica e das
necessidades do paciente.

Relação kcal não proteica: gN2 = kcal carboidrato + kcal lipídio


g proteína/6,25
Soluções de aminoácidos disponíveis para adição à NP
- AA totais a 10% adulto 23
- AA ramificados segundo Fisher a 8%
- AA essenciais a 10% com histidina

3.3 Glutamina
A L-glutamina (Gln) é o aminoácido livre mais abundante
no plasma. Em condições normais, a Gln é considerada um
aminoácido não essencial, pois é produzida em quantidade
suficiente pelo organismo (principalmente músculo esque-
lético), dispensando sua suplementação. A Gln atua como
substrato em diversas vias metabólicas, como metabolismo
da glicose, regulação do metabolismo da amônia, balanço
ácido-base, na síntese das bases nitrogenadas purina e
pirimidina, é precursora da glutationa e modula o fluxo de
carbono e nitrogênio no organismo.
Em condições patológicas de alto catabolismo, o organismo
torna-se incapaz de produzir quantidade suficiente de Gln,
causando uma depleção plasmática e tissular. A suplemen-
tação de Gln é favorável em certas condições como: trauma,
sepse, neoplasias, transplante de células-tronco hemato-
poiéticas e para pacientes queimados, cirúrgicos e com
pancreatite aguda12-15.
Estudos mostram que a suplementação com glutamina pode
reduzir a mortalidade hospitalar, o tempo de internação em
UTI e no hospital13,16. Entretanto, um estudo randomizado
multicêntrico de larga escala mostrou que a administração
precoce de glutamina e antioxidantes foi prejudicial aos
desfechos clínicos em pacientes com disfunção múltipla de
órgãos e sistemas, em ventilação mecânica17. Embora os

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


próprios autores reconheçam as limitações deste estudo, as
24 diretrizes do The Canadian Critical Care Nutrition Guidelines
não recomendam a prescrição de Gln em pacientes críticos
em choque e com disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.
Entretanto, para pacientes livres desta condição, a suple-
mentação de Gln na NP deve ser considerada18.
Cada 100 mL da solução de L-alanil L-glutamina a 20% con-
tém 8,20 g de L-alanina e 13,46 g de L-glutamina. As reco-
mendações estão descritas na tabela 2.
Tabela 2 - Recomendação de suplementação de Gln na NP13,19
Indicação Recomendação
0,2-0,4 g/kg/dia de Gln
Pacientes em UTI ou 0,3-0,6 g/kg/dia do dipeptídeo
L-alanil-L-glutamina13
Pacientes com indicação de NP 0,3 a 0,5 g/kg/dia19
Recomendações 13ESPEN e 19 SBNPE.

3.4 Emulsões lipídicas (EL)


Existem EL com diferentes teores de ácidos graxos essenciais
e não essenciais. Estas emulsões apresentam alta densidade
calórica (EL a 10% = 1,1 kcal/mL, EL a 20% = 2 kcal/mL)
e concentrações de 10 e 20%. As EL a 20% possuem uma me-
nor proporção de fosfolipídios, o que permite o clareamento
mais eficiente dos triglicerídios, resultando em menor
acúmulo de colesterol e lipoproteínas de baixa densidade.

EL óleo de soja
EL óleo de soja é fonte de ácidos graxos (AG) poli-insaturados,
contendo grandes quantidades de ácido linoleico (ômega-6
ou n-6). Doses excessivas de n-6 podem comprometer o
sistema imunológico, com indução de imunossupressão, 25
reações inflamatórias sistêmicas e aumento da produção
de mediadores pró-inflamatórios, como prostaglandinas
e leucotrienos6,20.
Além disso, a administração de EL contendo somente tri-
glicerídios de cadeia longa (TCL) pode influenciar de forma
negativa a resposta inflamatória, estado imunológico e des-
fecho clínico de pacientes críticos. Assim, é uma recomen-
dação das diretrizes internacionais e nacionais que EL a base
de óleo de soja seja evitada.

EL TCM/TCL
As misturas de TCL e TCM (triglicerídios de cadeia média)
possuem vantagem em relação à EL TCL, pois apresentam
clareamento mais rápido e influência positiva sobre o sis-
tema imune devido à quantidade reduzida de AG n-6. A EL
TCM/TCL pode ser administrada de forma segura para do-
entes críticos na NP. As doses recomendadas são demons-
tradas na tabela 3.
Tabela 3 - Recomendação EL TCM/TCL13
EL Recomendação
EL TCM/TLC 0,7 g/kg/dia a 1,5 g/kg/dia
em 12 ou 24 horas
Recomendação ESPEN
13

EL óleo de oliva
EL óleo de oliva é fonte de ácidos graxos monoinsaturados,
especialmente o ácido oleico. Esta emulsão é mais estável
quanto à peroxidação lipídica. Além disso, estudos demons-

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tram a relação com a redução do estresse oxidativo e o
26 aumento do efeito anti-inflamatório21,22.

EL óleo de peixe
EL óleo de peixe é fonte de AG ômega-3 (n-3), como o ácido
eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA),
que são importantes na resposta inflamatória. A EL óleo
de peixe a 10% contém 27 g de EPA (20:5, n-3) e 59 g de
DHA (22:6, n-3), na proporção de 1:8 de AG poli-insaturados
n-6:n-3. Os AG n-3 alteram a expressão gênica e modulam
as vias de transdução de sinais, pois controlam fatores de
transcrição que se ligam ao DNA e estão envolvidos na re-
gulação do metabolismo lipídico e da resposta inflamatória,
além de mediar a apoptose e a resposta imunológica23.
Segundo a ESPEN, o uso de emulsões enriquecidas com
óleo de peixe reduz o tempo de permanência hospitalar em
doentes graves. Entretanto, as diretrizes canadenses consi-
deram que os resultados obtidos, até o momento, são in-
suficientes para fazer alguma recomendação, quanto a esta
emulsão, para pacientes críticos13.
Pesquisas demonstram que a EL óleo de peixe previne e re-
verte a colestase quando administrada na NP24. Resultados
promissores têm sido observados em casos de lactentes e
crianças que apresentam melhora hepática relacionada ao
uso de NP com EL óleo de peixe e em monoterapia com do-
ses de 1 g/kg/dia, com boa tolerabilidade25.

EL soja/TCM/Oliva/Peixe a 20%
Atualmente, há disponível no mercado uma mistura que
combina os quatro tipos de óleos utilizados na NP, conten-
do 30% de óleo de soja, 30% de TCM, 25% óleo de oliva
e 15% de óleo de peixe, além do alfa-tocoferol. Embora seja 27
bem tolerada, ainda há carência de estudos que demonstrem
as vantagens de sua utilização em relação aos outros tipos
de EL26,27.
A tabela 4 ilustra as características das EL, que poderão ser
utilizadas para avaliar as diferenças presentes entre elas.

EL disponíveis para adição à NP


- EL TCM/TCL a 10%
- EL TCM/TCL a 20%
- EL óleo de oliva a 20%
- EL óleo de peixe a 10%
- EL soja/TCM/oliva/peixe a 20%

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28
Tabela 4 - Características das EL22

Relação Relação Vit E Teor de Teor de Teor de


EL Observação
ω6:ω3 (mg): g AGPI (g) ω-3/100 mL ω-6 /100 mL ω-9 /100 mL

Recomendação 2 a 4:1 0,4:1 - - -


O uso de emulsões a 20%,
quando comparadas com
TCM/TCL Não as a 10%, apresentam
7:1 1,36 a 2,82 4,8 a 5,8 0
a 20% especificado vantagens devido
à menor relação
triglicerídios/fosfolipídios,
apresentando
clareamento sérico
TCM/TCL Não de triglicerídios mais
7:1 0,68 a 1,41 2,4 a 2,9 0 eficiente, com menor
a 10% especificado
acúmulo sérico de
colesterol LDL
Soja/TCM/Oliva/
30% Soja, 30% TCM, 25%
Peixe 2,5:1 0,6:1 1,6 3,84 5,56
Oliva, 15% Peixe
a 20%

Óleo de Peixe Não deve ser a única


1:8 3,8 a 5:1 2,84 a 6,56 0,2 a 1,1 0,65 a 1,75
a 10% EL na NP
4. COMO PRESCREVER
A NP EM 8 ETAPAS
4. Como prescrever a NP em 8 etapas
30 Para a prescrição da NP, este manual utiliza 8 etapas para
determinar e prescrever os macronutrientes, eletrólitos,
oligoelementos e vitaminas. Segundo a A.S.P.E.N., os macro-
nutrientes devem ser prescritos em g/dia ou g/L, assim como
os eletrólitos em mEq/dia ou mEq/L. Neste manual, o volume
final das soluções está em mL6.

4.1 Etapa 1 - Determinar as necessidades


nutricionais do paciente
Utilize a seção 5 de recomendações e as tabelas de 14 a 26 para
determinar as necessidades calóricas, em kcal/kg/dia, e pro-
teicas, em g/kg/dia, de pacientes com patologias específicas.
4.2 Etapa 2 - Determinar a quantidade
de macronutrientes (proteína e glutamina, 31
carboidrato e lipídio) em gramas
Para determinar os macronutrientes em gramas
utilize a tabela 5 e siga as etapas abaixo ou utilize as
recomendações da seção 5:

1. Localize a coluna correspondente à quantidade de


kcal/kg que você determinou.
2. Localize o percentual de proteína, que irá prescrever, na
coluna “percentual de necessidade calórica total (NCT)
almejado”. Na coluna “Recomendação” há os percen-
tuais recomendados, assim como valores máximos de
g/kg/dia.
3. Para determinar a quantidade de proteínas em gra-
mas, cruze a linha correspondente ao percentual de
proteína e a coluna “kcal/kg”, que você encontrará o
valor em g/kg.
4. Com o percentual de proteínas já determinado, esta-
beleça o quanto vai ofertar, em termos percentuais, de
carboidrato e lipídio. A soma dos percentuais de proteína,
carboidrato e lipídio deve somar 100%. Na coluna “Re-
comendação” há os percentuais recomendados, assim
como valores máximos de g/kg/dia.
5. Determine a quantidade de carboidratos e lipídios
em gramas. Basta observar o valor expresso em g/kg,
na linha correspondente aos percentuais e kcal/kg de-
terminados.

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Tabela 5 - Determinação de gramas para cada macronutriente6,9
32
Percentual
20 25 30 35 40
Macronutriente da NCT Recomendação
kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg
almejado
10% 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg
15% 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1,12 g/kg 1,3 g/kg 1,5 g/kg 10 a 35% das
kcal totais,
20% 1,00 g/kg 1,25 g/kg 1,5 g/kg 1,75 g/kg 2 g/kg sendo o mais
Proteína (AA)
25% 1,25 g/kg 1,6 g/kg 1,90 g/kg 2,2 g/kg 2,5 g/kg usual 10 a 20%
ou 0,75 a 2 g/
30% 1,5 g/kg 1,8 g/kg 2,30 g/kg 2,7 g/kg 3 g/kg kg/dia
35% 1,75 g/kg 2,2 g/kg 2,65 g/kg 3,1 g/kg 3,5 g/kg
35% 1,87 g/kg 2,33 g/kg 2,80 g/kg 3,27 g/kg 3,73 g/kg
40% 2,13 g/kg 2,66 g/kg 3,20 g/kg 3,73 g/kg 4,26 g/kg
45% 2,40 g/kg 3,00 g/kg 3,60 g/kg 4,20 g/kg 4,80 g/kg
50% 2,67 g/kg 3,33 g/kg 4,00 g/kg 4,67 g/kg 5,33 g/kg 45 a 65% das
Carboidrato
kcal totais ou
(Glicose) 55% 2,93 g/kg 3,66 g/kg 4,40 g/kg 5,13 g/kg 5,86 g/kg < 7 g/kg/dia
60% 3,20 g/kg 4,00 g/kg 4,80 g/kg 5,60 g/kg 6,40 g/kg
65% 3,46 g/kg 4,33 g/kg 5,20 g/kg 6,06 g/kg 6,93 g/kg
70% 3,73 g/kg 4,66 g/kg 5,60 g/kg 6,53 g/kg 7,46 g/kg
Continuação da Tabela 5
Percentual
20 25 30 35 40
Macronutriente da NCT Recomendação
kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg
almejado
20% 0,4 g/kg 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,7 g/kg 0,8 g/kg
25% 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg
30% 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg 1,2 g/kg
35% 0,7 g/kg 0,9 g/kg 1,1 g/kg 1,3 g/kg 1,4 g/kg 20 a 30% das
Lipídio kcal totais ou
40% 0,8 g/kg 1 g/kg 1,2 g/kg 1,4 g/kg 1,6 g/kg < 2,5 g/kg/dia
45% 0,9 g/kg 1,1 g/kg 1,3 g/kg 1,5 g/kg 1,8 g/kg
50% 1 g/kg 1,25 g/kg 1,5 g/kg 1,75 g/kg 2 g/kg
55% 1,1 g/kg 1,4 g/kg 1,65 g/kg 1,9 g/kg 2,2 g/kg

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


33
O valor calórico considerado para os cálculos são:
34 proteína = 4 kcal/g, carboidrato = 3,75 kcal/g (glicose anidra),
lipídio = 10 kcal/g.

Glutamina
Para definir a quantidade de glutamina que será prescrita,
utilize a Tabela 6. As recomendações de glutamina estão
descritas nas seções 3 e 5.
Tabela 6 - Recomendação de Glutamina14

Insumo Concentração
L-Alanil L-Glutamina 20% 0,1346 g Gln/mL
14
Recomendação A.S.P.E.N.

Para a prescrição final dos aminoácidos totais, subtraia deles


a quantidade de glutamina que determinou em g/kg, caso
queira contabilizar a glutamina na oferta proteica.
Com esses valores em mãos, multiplique pelo peso do
paciente. Você acabou de obter a quantidade total de cada
macronutriente e da glutamina em gramas.

4.3 Etapa 3 - Prescrever os macronutrientes


Para determinar a concentração dos macronutrientes em g/mL,
na tabela 7, escolha os insumos que vai utilizar. Os mais
comuns são: solução de glicose a 50% (NP central), AA to-
tais a 10% adulto e EL a 20%. Com a quantidade em gramas
total de glicose que você determinou na etapa 2, divida esse
valor pelo valor da coluna “Concentração (g/mL)”, na linha
do insumo escolhido. Você acabou de obter a quantidade
em mL que deve prescrever. Repita este procedimento para
também determinar a concentração em g/mL de lipídio,
proteína e glutamina.
Tabela 7 – Macronutrientes
35
Concentração
Macronutriente Insumo (g/mL)
AA totais a 10% adulto 0,1
AA ramificados
0,08
segundo Fischer a 8%
Proteína AA essenciais a 10%
0,1
com histidina
L-Alanil L-Glutamina
0,1346
a 20%
Solução de Glicose
0,1
Anidra a 10%
Carboidrato
Solução de Glicose
0,5
Anidra a 50%
EL TCM/TCL a 10% 0,1
EL TCM/TCL a 20% 0,2
EL Óleo de Peixe a 10% 0,1
Lipídio
EL Óleo de Oliva a 20% 0,2
EL Soja/TCM/Oliva/
0,2
Peixe a 20%

4.4 Etapa 4 - Prescrever os eletrólitos


Através dos exames laboratoriais e do exame clínico, deter-
mine a quantidade que deseja prescrever. Utilize a tabela
8 para verificar as recomendações de cada um deles. Lem-
bre-se de que você pode optar por colocar ou não qualquer
um desses insumos na bolsa de NP. Utilize a tabela 9 para
prescrever os eletrólitos em mL.

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


36
Tabela 8 - Eletrólitos6

Eletrólitos Insumo Recomendação

Sódio (Na+) NaCl 20% 1 a 2 mEq/kg/dia

Potássio (K+) KCl 19,1% 1 a 2 mEq/kg/dia

Fosfato de potássio 2 mEq/mL


Fósforo (P) 20 a 40 mmol/dia
Fósforo Orgânico 1 mmol/mL

Cálcio (Ca2+) Gluconato de cálcio 0,46 mEq/mL 10 a 15 mEq/dia

Magnésio (Mg2+) Sulfato de magnésio a 10% (0,81 mEq/mL) 8 a 20 mEq/dia


6
Recomendação A.S.P.E.N.
Tabela 9 – Prescrição de eletrólitos em mL

Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
5 17,10 12,80 5,50 10,00 5,00 10,00 2,30 4,05
6 20,52 15,36 6,60 12,00 6,00 12,00 2,76 4,86
7 23,94 17,92 7,70 14,00 7,00 14,00 3,22 5,67
8 27,36 20,48 8,80 16,00 8,00 16,00 3,68 6,48
9 30,78 23,04 9,90 18,00 9,00 18,00 4,14 7,29
10 34,20 25,60 11,00 20,00 10,00 20,00 4,60 8,10
11 37,62 28,16 12,10 22,00 11,00 22,00 5,06 8,91
12 41,04 30,72 13,20 24,00 12,00 24,00 5,52 9,72
13 44,46 33,28 14,30 26,00 13,00 26,00 5,98 10,53
14 47,88 35,84 15,40 28,00 14,00 28,00 6,44 11,34

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


37
38
Continuação da Tabela 9

Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
15 51,30 38,40 16,50 30,00 15,00 30,00 6,90 12,15
16 54,72 40,96 17,60 32,00 16,00 32,00 7,36 12,96
17 58,14 43,52 18,70 34,00 17,00 34,00 7,82 13,77
18 61,56 46,08 19,80 36,00 18,00 36,00 8,28 14,58
19 64,98 48,64 20,90 38,00 19,00 38,00 8,74 15,39
20 68,40 51,20 22,00 40,00 20,00 40,00 9,20 16,20
21 71,82 53,76 23,10 42,00 21,00 42,00 9,66 17,01
22 75,24 56,32 24,20 44,00 22,00 44,00 10,12 17,82
23 78,66 58,88 25,30 46,00 23,00 46,00 10,58 18,63
24 82,08 61,44 26,40 48,00 24,00 48,00 11,04 19,44
Continuação da Tabela 9

Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
25 85,50 64,00 27,50 50,00 25,00 50,00 11,50 20,25
26 88,92 66,56 28,60 52,00 26,00 52,00 11,96 21,06
27 92,34 69,12 29,70 54,00 27,00 54,00 12,42 21,87
28 95,76 71,68 30,80 56,00 28,00 56,00 12,88 22,68
29 99,18 74,24 31,90 58,00 29,00 58,00 13,34 23,49
30 102,60 76,80 33,00 60,00 30,00 60,00 13,80 24,30
31 106,02 79,36 34,10 62,00 31,00 62,00 14,26 25,11
32 109,44 81,92 35,20 64,00 32,00 64,00 14,72 25,92
33 112,86 84,48 36,30 66,00 33,00 66,00 15,18 26,73
34 116,28 87,04 37,40 68,00 34,00 68,00 15,64 27,54

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


39
40
Continuação da Tabela 9

Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
35 119,70 89,60 38,50 70,00 35,00 70,00 16,10 28,35
36 123,12 92,16 39,60 72,00 36,00 72,00 16,56 29,16
37 126,54 94,72 40,70 74,00 37,00 74,00 17,02 29,97
38 129,96 97,28 41,80 76,00 38,00 76,00 17,48 30,78
39 133,38 99,84 42,90 78,00 39,00 78,00 17,94 31,59
40 136,80 102,40 44,00 80,00 40,00 80,00 18,40 32,40
41 140,22 104,96 45,10 82,00 41,00 82,00 18,86 33,21
42 143,64 107,52 46,20 84,00 42,00 84,00 19,32 34,02
43 147,06 110,08 47,30 86,00 43,00 86,00 19,78 34,83
44 150,48 112,64 48,40 88,00 44,00 88,00 20,24 35,64
Continuação da Tabela 9

Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
45 153,90 115,20 49,50 90,00 45,00 90,00 20,70 36,45
46 157,32 117,76 50,60 92,00 46,00 92,00 21,16 37,26
47 160,74 120,32 51,70 94,00 47,00 94,00 21,62 38,07
48 164,16 122,88 52,80 96,00 48,00 96,00 22,08 38,88
49 167,58 125,44 53,90 98,00 49,00 98,00 22,54 39,69
50 171,00 128,00 55,00 100,00 50,00 100,00 23,00 40,50
51 174,42 130,56 56,10 102,00 51,00 102,00 23,46 41,31
52 177,84 133,12 57,20 104,00 52,00 104,00 23,92 42,12
53 181,26 135,68 58,30 106,00 53,00 106,00 24,38 42,93
54 184,68 138,24 59,40 108,00 54,00 108,00 24,84 43,74

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


41
Continuação da Tabela 9 42
Eletrólitos com necessidade por dia

Cloreto Gluconato Sulfato de


Cloreto Fósforo
de Fosfato de potássio de cálcio magnésio
de sódio orgânico
potássio 2 mEq/mL 0,46 0,81
20% 1 mmol/mL
19,1% mEq/mL mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
55 188,10 140,80 60,50 110,00 55,00 110,00 25,30 44,55
56 191,52 143,36 61,60 112,00 56,00 112,00 25,76 45,36
57 194,94 145,92 62,70 114,00 57,00 114,00 26,22 46,17
58 198,36 148,48 63,80 116,00 58,00 116,00 26,68 46,98
59 201,78 151,04 64,90 118,00 59,00 118,00 27,14 47,79
60 205,20 153,60 66,00 120,00 60,00 120,00 27,60 48,60
4.5 Etapa 5 - Prescrever as vitaminas e oligoelementos
Utilize as tabelas 10 e 11 para prescrever os oligoelementos 43
e as vitaminas. Geralmente, uma ampola de cada produto
escolhido supre a necessidade basal de vitaminas e oligoele-
mentos. Pode-se prescrever 1 ou 2 ampolas (Trezevit® A + B).
Prescreva em mL.
Tabela 10 - Oligoelementos29
Oligoelemento Insumo Concentração Recomendação
Zinco (Zn) 1000 mcg/mL 2,5 a 5 mg/dia
Oligoelementos
Cobre (Cu) 100 mcg/mL 0,3 a 0,5 mg/dia
Adulto
Manganês (Mn) 20 mcg/mL 60 a 100 mcg/dia
(1 ampola = 5 mL)
Cromo (Cr) 2 mcg/mL 10 a 15 mcg/dia
Selênio 6mcg/mL 6mcg/mL
Selênio (Se) 20 a 60 mcg/dia
Selênio 100 mcg/mL 100 mcg/mL
Zinco (Zn) Sulfato de Zn 1 mg/mL 1 mg/mL 2,5 a 5 mg/dia
Recomendação A.S.P.E.N
29

Tabela 11 - Vitaminas29
Vitamina Insumo Concentração Recomendação
A Trezevit A® 1,83 mg/5 mL = 3.300 UI vit A 3.300 UI vit A/dia
D Adulto 5 mcg/5 mL = 200 UI vit D 200 UI vit D/dia
E (1 ampola = 5 mL) 10 mg/5 mL = 11 UI vit E 10 UI vit E/dia
K 150 mcg/5 mL 150 mcg vit K/dia
B1 6 mg vit B1 /5 mL 6 mg B1 /dia
B2 3,6 mg vit B2 /5 mL 3,6 mg B2 /dia
B3 40 mg vit B3 /5 mL 40 mg B3 /dia
B5 15 mg vit B5 /5 mL 15 mg B5 /dia
B6 6 mg vit B6 /5 mL 6 mg B6 /dia
C 200 mg vit C/5 mL 200 mg vit C/dia
B7 Trezevit B® 60 mcg vit B7 /5 mL 60 mcg B7 /dia
B9 Adulto 600 mcg vit B9 /5 mL 600 mcg B9 /dia
B12 (1 ampola = 5 mL) 15 mcg vit B12 /5 mL 5 mcg B12 /dia
Recomendação A.S.P.E.N
29

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


4.6 Etapa 6 - Prescrever o volume final da bolsa de NP
44 Para determinar o volume final da bolsa de NP, some todos
os volumes (em mL) dos componentes prescritos nas etapas
anteriores.

4.7 Etapa 7 - Conferir a compatibilidade de cálcio


+ magnésio e cálcio x fósforo
A presença de cátions divalentes pode desestabilizar a EL.
Esta condição só deve ser considerada se houver lipídio na
prescrição.
Os cátions que mais influenciam são o cálcio (Ca2+) e o magné-
sio (Mg2+). A concentração total Ca2+ ou Mg2+, ou a soma des-
tes dois insumos, deve ser menor que 16 mEq/L de solução.
Para facilitar a prescrição dos insumos Ca2+ e Mg2+ utilize
a tabela 12, que mostra o volume mínimo da bolsa de NP,
necessário para a prescrição, para não haver incompatibi-
lidade com a quantidade de eletrólitos prescritos e evitar
separação de fases. Para tal cálculo, considera-se que cada mL
de solução de gluconato de cálcio contém 0,46 mEq de Ca2+.
Esta tabela considera volume máximo da bolsa de 3000 mL.
Tabela 12 – Volume mínimo da bolsa necessário para a prescrição de insumos, cálcio e magnésio.
Gluconato
de cálcio Sulfato de magnésio a 10% (0,81 mEq/mL)
(0,46 mEq/mL)
Volume (mL) 5 10 15 20 25 30 35 40

5 396,9 650,0 903,1 1156,3 1409,4 1662,5 1915,6 2168,8

10 540,6 793,8 1046,9 1300,0 1553,1 1806,3 2059,4 2312,5

15 684,4 937,5 1190,6 1443,8 1696,9 1950,0 2203,1 2456,3

20 828,1 1081,3 1334,4 1587,5 1840,6 2093,8 2346,9 2600,0

25 971,9 1225,0 1478,1 1731,3 1984,4 2237,5 2490,6 2743,8

30 1115,6 1368,8 1621,9 1875,0 2128,1 2381,3 2634,4 2887,5

35 1259,4 1512,5 1765,6 2018,8 2271,9 2525,0 2778,1 *

40 1403,1 1656,3 1909,4 2162,5 2415,6 2668,8 2921,9 *

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


45
Se o fósforo (P) for adicionado como fosfatos de potássio,
46 pode ocorrer precipitação de fosfato de cálcio, que depende
do pH e, principalmente, das concentrações molares de
cálcio e fósforo presentes na solução. Esta precipitação não
ocorre se for utilizado o fósforo orgânico.
A concentração de Ca2+ (mmol/L) e P como fosfatos inorgâ-
nicos (mmol/L) deve ser menor que 72 mmol/L de solução.
Para facilitar a prescrição destes insumos, utilize a tabela
13, que mostra o volume mínimo da bolsa de NP necessário
para a prescrição Ca2+ e P, para não haver incompatibilidade
com a quantidade de eletrólitos prescritos e evitar precipi-
tação. Para tal cálculo, considera-se que cada mL de solução
de gluconato de cálcio contém 0,46 mEq de Ca2+. Esta tabela
considera volume máximo da bolsa de 3000 mL.
Tabela 13 - Volume mínimo da bolsa necessário para a prescrição de insumos, cálcio e fósforo
Gluconato
de cálcio Fosfato de Potássio (2mEq/mL)
(0,46 mEq/mL)

Volume (mL) 5 10 15 25 30 35 40 45 50 55 60
5 299,1 423,0 518,0 668,7 732,6 791,3 845,9 897,2 945,8 991,9 1036,0
10 423,0 598,1 732,6 945,8 1036,0 1119,0 1196,3 1268,9 1337,5 1402,8 1465,2
15 518,0 732,6 897,2 1158,3 1268,9 1370,5 1465,2 1554,0 1638,1 1718,0 1794,4
20 598,1 845,9 1036,0 1337,5 1465,2 1582,5 1691,8 1794,4 1891,5 1983,8 2072,0
25 668,7 945,8 1158,3 1495,4 1638,1 1769,3 1891,5 2006,2 2114,8 2218,0 2316,6
30 732,6 1036,0 1268,9 1638,1 1794,4 1938,2 2072,0 2197,7 2316,6 2429,7 2537,7
35 791,3 1119,0 1370,5 1769,3 1938,2 2093,5 2238,1 2373,8 2502,2 2624,4 2741,0
40 845,9 1196,3 1465,2 1891,5 2072,0 2238,1 2392,6 2537,7 2675,0 2805,6 2930,3
45 897,2 1268,9 1554,0 2006,2 2197,7 2373,8 2537,7 2691,7 2837,3 2975,7 *
50 945,8 1337,5 1638,1 2114,8 2316,6 2502,2 2675,0 2837,3 2990,7 * *
55 991,9 1402,8 1718,0 2218,0 2429,7 2624,4 2805,6 2975,7 * * *

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


47
4.8 Etapa 8 - Prescrever o volume de infusão (mL/h)
48 Para prescrever o volume de infusão (mL/h) na prescrição
médica, o volume somado da bolsa (volume total) deve ser
divido pelo tempo de infusão em horas, não devendo ultra-
passar um período de 24 horas.
5. RECOMENDAÇÕES
5. Recomendações
50 As recomendações descritas neste capítulo seguem os guias
de Terapia Nutricional da Sociedade Europeia para Nutrição
Clínica e Metabolismo (ESPEN), do Canadian Clinical Practice
Guidelines, da Sociedade Americana para Nutrição Parenteral
e Enteral (A.S.P.E.N.) e das Diretrizes de Terapia de Nutrição
Enteral (DITEN). A inclusão dos graus de recomendação e
dos níveis de evidência adotados por essas sociedades torna
este guia um parceiro confiável e indispensável para o pla-
nejamento da TN do paciente.
É importante atingir o volume calórico e proteico total
necessário ao paciente em 3 dias, um terço é prescrito no
primeiro dia, dois terços no segundo e no terceiro dia as
necessidades totais são atingidas. Tal medida visa à obser-
vação da tolerância do paciente à oferta hídrica e, principal-
mente, calórica. As vitaminas e eletrólitos não precisam ser
fracionados no início da NP.
Pacientes desnutridos devem ser realimentados com maior
cautela. Muitas vezes, demora-se mais do que 3 dias para
atingir as necessidades nutricionais. Nesses pacientes,
deve-se dosar os níveis séricos de fósforo, potássio e mag-
nésio, pois durante a realimentação eles tendem a ser con-
sumidos, havendo a necessidade de reposição intravenosa.
A retirada (desmame) da NP costuma ser progressiva, con-
forme a aceitação da dieta oral e/ou enteral. Para pacientes
com absorção intestinal preservada, a soma da oferta calórica
e proteica pela dieta oral/NE, somada à NP, deve atingir
100% das necessidades do paciente.
5.1 Recomendações para adultos
• Para detecção de pacientes em risco nutricional recomen- 51
da-se a realização de triagem nutricional durante as primeiras
72 horas da admissão. A ferramenta recomendada é o Nutrition
Risk Screening 9 (figura 2 e 3).
• Quando o paciente não atingir as necessidades nutricionais
por via oral, utilize TN especializada (grau B) 31.
• O uso de NP é indicado quando o TGI não estiver funcionante
ou as necessidades nutricionais não podem ser atingidas
pelo uso exclusivo da via digestiva (via oral ou enteral) (grau B)31.
• O uso de NP suplementar a NE deve ser avaliado em pa-
cientes desnutridos, com redução da ingestão nos últimos
7-10 dias e que não atingem pelo menos 60% das necessi-
dades nutricionais pela via digestiva (grau C)31.
• A correção eletrolítica deve preceder o início da NP e a
monitorização dos eletrólitos deve ser realizada ao longo da
TN, a fim de diagnosticar precocemente a síndrome de rea-
limentação (grau C)32.
• O desmame de NP não é necessário (grau A)31.
• Preferir o uso de bolsas 3-em-1 (aminoácidos, glicose
e lipídios) (grau B)31.

5.2 Recomendações em patologias específicas


Legenda conforme grau de recomendação:

* A.S.P.E.N
** ESPEN
*** Canadian Clinical Practice Guidelines
**** DITEN

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Tabela 14: Recomendações para paciente adulto estável

Nutriente/Indicação Recomendação
52 Energia 6
Eutróficos: 25-30 kcal/kg
Desnutridos: 30-40 kcal/kg/dia
Em caso de risco de realimentação:
20-25 kcal/kg/dia
Proteína6
Não catabólicos: 0,8 a 1 g/kg/dia
Catabólicos: 1,2 a 2,0 g/kg/dia

Carboidrato6 3 g/kg/dia
Máximo 7 g/kg/dia. Insulina: 0,1 - 0,2 UI/g
de glicose (quando indicado)
Lipídio6 Máximo 2,5 g/kg/dia
Eletrólitos 6
Cálcio: 10-15 mEq
Magnésio: 8-20 mEq
Fósforo: 20-40 mmol
Sódio: 1-2 mEq/kg
Potássio: 1-2 mEq/kg
Acetato e cloreto: o necessário para
manutenção do equilíbrio ácido-base
Oligoelementos6,29 Cromo: 10-15 mcg
Cobre: 0,3-0,5 mg
Manganês: 60-100 mcg
Selênio: 20-60 mcg
Zinco: 2,5-5 mg
Ferro: 1,2 mg
Molibdênio: 19 mcg
Iodo: 131 mcg
Flúor: 0-0,95 mcg
Vitaminas A: 3300 UI B5: 15 mg
(necessidades/dia)6 D: 200 UI B6: 6 mg
E: 10 UI B12: 5 mcg
K: 150 mcg
B1: 6 mg B7: 60 mcg
B2: 3,6 mg C: 200 mg
B3: 40 mg Ácido fólico: 600 mcg

Fluidos6 30-40 mL/kg/dia


Tabela 15: Recomendações para paciente crítico

Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Iniciar TN nas primeiras 24 a 48 horas da 53
admissão na UTI (grau C)*13
A NP deve ser indicada sempre que a via
digestiva seja contraindicada.
O uso de NP suplementar deve ser
considerado quando a NE não atingir as
necessidades nutricionais em 2 dias (grau C)*13
Nos pacientes de baixo risco e curta
permanência na UTI a NP suplementar não
deve ser utilizada***33
Energia Na ausência de calorimetria indireta as
necessidades energéticas devem ser
estimadas em 25 kcal/kg (grau C)**13
Proteína 1,3 a 1,5 g/kg/dia
Gln: 0,2-0,4 g/kg/dia ou 0,3-0,6 g/kg/dia
de L- Ala-L-Gln (grau A)
Evitar seu uso nos pacientes portadores
de falência de múltiplos órgãos***33
Carboidrato Mínimo: 2 g/kg/dia (grau B)**13
A glicemia deve ser mantida entre 120
e 160 mg/dL***34
Lipídio EL: 1-2 g/kg/dia (grau A)**. Infundir em no
mínimo 12 horas (grau B)**13
EL com óleo de peixe: auxilia na recuperação
do paciente e diminui o tempo de estadia em
hospitais (grau B)**13
Deve-se considerar a redução da oferta de
emulsão a base de óleo de soja***33
Oligoelementos Recomenda-se aumentar a quantidade de
selênio, cromo e zinco, e reduzir cobre, ferro,
iodo e manganês (grau C)**13
Vitaminas NP deve incluir dose diária de polivitamínicos
(necessidade/dia) (grau C)**13

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Tabela 16: Recomendações em caso de doenças hepáticas

Nutriente/Indicação Recomendação
54
Indicações específicas Iniciar imediatamente a NP nos pacientes
desnutridos moderados a grave que não se
alimentam adequadamente por via oral ou
com NE, (grau A)** ou em jejum superior
a 72 horas (grau C)**35
Usar NP precoce no pós-operatório de
pacientes que não podem ser nutridos por
via digestiva (grau A)**35
Energia 1,3 vezes a taxa metabólica basal (grau C)**
na ausência de calorimetria indireta 35
Proteína Usar solução padrão nas encefalopatias grau I
e II. Nos graus III e IV administrar AA (0,6-1,2
g/kg/dia) ricos em cadeia ramificada e baixo
teor de AA aromáticos (grau A)**35
Ofertar 1,2 a 1,5 g/kg/dia (grau C)**, exceto
na insuficiência hepática aguda (IHA) ou
subaguda quando a oferta deve ser de 0,8-1,2 g/kg/
dia (grau C)**35
Carboidrato Glicose: 50-60% do total de calorias não
proteicas (grau C)**35
Em pacientes em jejum por mais de 12 horas
fornecer 2-3 g/kg/dia de glicose (IV) a fim de
evitar hipoglicemia (grau C)**35
Monitorar glicemia para evitar hiperglicemia
relacionada à NP (grau C)**35
Em caso de hiperglicemia, reduza a
quantidade de glicose e considere o uso de
insulina (IV) (grau C)**35
Lipídio Utilizar EL com baixo teor de AG n-6 (grau C)**35
IHA: 0,8-1,2 g/kg/dia (grau C)**35
Oligoelementos Fornecer diariamente oligoelementos (grau C)**35
Vitaminas Fornecer diariamente vitaminas
(necessidade/dia) hidrossolúveis e oligoelementos (grau C)**35
Na cirrose ou esteatose induzidas por álcool
administrar tiamina antes de infundir glicose
para minimizar o risco de encefalopatia de
Wernicke (grau C)**35
Tabela 17: Recomendações em caso de doenças renais

Nutriente/Indicação Recomendação
55
Indicações específicas As indicações de NP são semelhantes as
dos pacientes não nefropatas: TGI não
funcionante e pacientes que não atingem
suas necessidades por via digestiva (grau C)**36
Nos pacientes críticos com IRA, a combinação
de NE e NP permite um suporte nutricional
adequado, com boas taxas de sucesso na
maioria dos casos (grau D)****6
Pela restrição de fluidos recomenda-se via
central (grau C)**36
Energia A necessidade calórica na doença renal deve
ser avaliada por calorimetria indireta quando
possível (grau D)*37
IRA: a quantidade de energia parece
depender principalmente da doença de base
(grau B)****36
IRC: 30-35 kcal/kg/dia (grau A)**37
Proteína Solução de aminoácidos padrão deve ser
usada em pacientes com IRA (grau C)*37
IRA: tratamento conservador - 0,6-0,8 (máx.
1,0) g/kg/dia; catabolismo moderado- 1,0-1,5
g/kg/dia NE ou NP e hipercatabolismo grave -
máx. 1,7 g/kg/dia (grau C)**37
IRC: 0,55-0,60 g/kg/dia. Caso haja perda
proteica devido à proteinúria excedendo
1 g/dia, deve-se suplementar de acordo
com a relação de ingestão de proteína/AA
necessária baseada no peso ideal (kg x 0,6-
0,8 x proteinúria) (grau B)**36
HD: 1,2-1,4 g/kg/dia (grau B)**36
Diálise peritoneal ambulatorial contínua
(DPAC): 1,2-1,5 g/kg/dia(grau B)**** 34,36
Carboidrato IRA: 3-5 (máx. 7) g/kg/dia ou 45%-60% do
valor calórico total ofertado 34
Lipídio IRA: 0,8-1,2 (máx. 1,5) g/kg/dia 38 ou 20%
(sepse) a 35%****34

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Continuação da Tabela 17

Nutriente/Indicação Recomendação
56 Eletrólitos HD e DPAC: fosfato: 800-1000 mg/dia; K+:
2000-2500 mg/dia; Na+: 1,8-2,5 g/dia 36
IRA: associada com um maior desequilíbrio
de fluidos, ácido-básico e de eletrólitos.
Nestes casos, fórmulas 3-em-1 sem
eletrólitos ou personalizadas podem ser
vantajosas (grau C)**36
Administração eletrólitos deve ser
ajustada pelo monitoramento conforme
concentrações séricas (grau D)*37
IRC: fósforo: em torno de 800 mg, ou 10 a 12
mg/kg; potássio: individualizado; geralmente
não restrito, ou restrição de 1000-3000 mg/
dia e sódio: 1000-2300 mg/dia****6
Oligoelementos Terapia de substituição renal contínua (CRRT):
uso prolongado diminui concentrações
plasmáticas de selênio (grau A)**37
HD e DPAC: suplementar zinco (15 mg/dia) e
selênio (50-70 mcg/dia) 37
Vitaminas CRRT: uso prolongado diminui concentrações
plasmáticas de vit. B1 (grau A)**36
HD e DPAC: suplementar vitaminas
hidrossolúveis, ácido fólico (1 mg/dia), B6
(10-20 mg/dia), C (30-60 mg/dia) (grau C)**37
Vit. D de acordo com as concentrações
plasmáticas de cálcio, fosfato e hormônios
paratireoidianos 36
IRA: pacientes em UTI requerem
suplementação de vitaminas, principalmente
hidrossolúveis, mas devem ser monitorados
os sinais de toxicidade de vit. A e C, que não
deve exceder 30-50 mg/dia, devido ao risco
de oxalose (grau C)**36
IRC: pode ocorrer acúmulo de vit. A quando
NP é utilizada por mais de 2 semanas (grau C)* 38
Pacientes em diálise: suplementar vitaminas
hidrossolúveis.
Monitorar vit. A (grau A)*33
Continuação da Tabela 17

Nutriente/Indicação Recomendação
Fluidos Oferta hídrica: 500-750 + diurese de 24 h + 57
outras perdas (ex.: dreno, vômito, fístulas)33
Necessidade hídrica pode variar e deve ser
individualizada36

Tabela 18: Recomendações em caso de pancreatite aguda (PA)

Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas PA leve a moderada: usar TN em caso de
alguma complicação inesperada ou quando
a dieta oral não possa ser iniciada dentro de
5-7 dias (grau C)*12
Esse período deve ser menor em pacientes
desnutridos**38
PA Grave: utilizar TN dentro de 24-48 horas
após a admissão hospitalar (grau C)*12
NP: deve ser considerada para pacientes
com PA Grave que não podem ou não tole-
ram NE (grau C)*9
Inicie NP após o 5º dia de hospitalização
(grau E)*12

Energia 25-30 kcal/kg/dia (grau B)**38

Proteína NP: aminoácidos não interferem na secreção


ou função pancreática (grau A)**38
1,0 - 1,5 g/kg/dia*39
Recomenda-se 0,30 g/kg/dia de L-Ala-L-Gln
(grau B)**38

Carboidrato Glicose: fonte calórica preferencial (grau A)**38

Lipídio 0,8-1,5 g/kg/dia (grau C)**38


Manter concentração plasmática de TAG
abaixo de 12 mmol/L.
AG n-3 suplementados na NP podem elevar
os níveis de IL-10, diminuindo a resposta
inflamatória (grau B)****

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Continuação da Tabela 18
58
Nutriente/Indicação Recomendação
Eletrólitos PA Crônica pode levar a hipocalemia e
hipomagnesemia, além de anormalidades
no funcionamento hepático e em outros
parâmetros metabólicos*9
Esteatorreia: provoca má absorção de cálcio,
magnésio e zinco*9
Oligoelementos Recomenda-se suplementação (grau C)**38

Vitaminas Recomenda-se suplementação (grau C)**38


(necessidade/dia)

Tabela 19: Recomendações em caso de doença cardíaca

Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Não existe indicação de PN na profilaxia
de caquexia cardíaca (grau C)**. Tendo em
vista que a função cardíaca é diminuída e
a retenção hídrica é frequente, a NP deve
ser reservada a pacientes com evidência de
má absorção nos quais a NE não for eficaz
(grau B)**40
Energia Sempre que disponível: calorimetria, na
ausência utilizar equações preditivas (grau
A)**40
Proteína ICC desnutridos: 1,37 g/kg/dia;
ICC eutróficos: 1,12 g/kg/dia 40
Eletrólitos Na+: <2000 mg 40

Fluidos 1400-1900 mL/dia 40


Tabela 20: Recomendações em caso de doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC) 59
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas DPOC avançada: 25-40% dos pacientes estão
malnutridos (B)**40
NE é a TN de primeira escolha (B)**40
Geralmente, pacientes com doenças
pulmonares possuem o TGI disponível, mas
aqueles com insuficiência respiratória aguda
podem necessitar de NE ou NP para alcançar
suas necessidades nutricionais*31
SDR: não é indicado o uso de teor elevado de
lipídios e baixo teor de carboidratos (E)*12
Indicada restrição de fluidos em pacientes
com SDR (E)*40

Energia O fornecimento de energia deve ser mantido


abaixo das necessidades estimadas para
pacientes com doença pulmonar que
apresentam retenção de CO2 (B)*31
25 a 30 kcal/kg de peso atual (aproximadamente)
25 kcal/kg para pacientes idade ≥ 80 anos)*40

Proteína Mínimo de 1 g/kg/dia 41

Carboidrato Restritos a 150 a 250 g/dia, VIG não deve


exceder 5 mg/kg/min 41
Lipídio Devem ser a fonte principal de energia. Em
pacientes com DPOC estável, NP com alto
teor de glicose pode gerar CO2 excessivo 41
Evitar a infusão rápida de emulsões lipídicas
(especialmente a base de soja) em pacientes
que de insuficiência pulmonar grave*39

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Tabela 21: Recomendações para pacientes oncológicos
Nutriente/Indicação Recomendação
60 Indicações específicas Desnutrição moderada a grave: pacientes
podem ser beneficiados por NP perio-
peratória 7-14 dias antes da cirurgia,
quando NE não é possível. Mas pondere
os benefícios da TN frente aos riscos po-
tenciais da própria TN e ao possível atraso
no procedimento cirúrgico (grau A)***42
Não existem evidências de que a NP esti-
mule o crescimento de tumores (grau C)**43
NP é recomendada para pacientes com
mucosite e enterite graves causadas pela
radiação, para prevenir e tratar caquexia,
aumentar adesão ao tratamento, con-
trolar alguns efeitos adversos da terapia
antitumoral e melhorar a qualidade de
vida (grau C)**43
NP prolongada: em caso de falência
intestinal, quando NE não for possível
(grau C)**43
NP suplementar: pode ser benéfica para
pacientes com caquexia utilizando uma
quantidade maior de lipídios,
(grau C)**43 com câncer incurável, perda
de peso e ingestão de nutrientes reduzida
(<60% das necessidades calóricas estima-
das) (grau B)**43
Pacientes que desenvolvem DEVH mode-
rada a grave, acompanhada de um perío-
do de alimentação falha e/ou significante
má absorção de nutrientes (grau C)*42
NP: se indicada no TCTH, descontinuar
assim que o efeito tóxico do tratamento
após o enxerto tenha sido eliminado
(grau B)*
Energia Pacientes acamados: 20-25 kcal/kg/dia e
pacientes deambulando: 25-30 kcal/kg/
dia (grau C)****44
TCTH: 30 a 35 kcal/kg/dia ou 1,5 × gasto
energético basal*39
Continuação da Tabela 21
Nutriente/Indicação Recomendação
Proteína Pacientes com comprometimento
hepático ou renal: 0,5-0,8 g/kg/dia (grau
61
D)****44
Pacientes não estressados: 1,0-1,5 g/kg/
dia (grau D) ****44
Pacientes hipermetabólicos ou com
perda aumentada: 1,5-2,0 g/kg/dia (grau
D)****44
TCTH: 1,5 g/kg/dia durante os primeiros 3
meses após o transplante*39
Pacientes podem ser beneficiados com
suplementação de Gln (grau B)****44
Lipídio 20-30% do valor calórico total (grau D)****44

Tabela 22: Recomendações para pacientes com síndrome do intestino


curto (SIC)

Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas NP indicada com objetivo de manutenção e/
ou melhoria do estado nutricional, correção
de distúrbios hidroeletrolíticos e melhoria na
qualidade de vida (grau B)**45
A maioria dos pacientes com ressecções
intestinais amplas, e consequente SIC,
necessitará da NP, por no mínimo sete a 10
dias, mas em geral este período pode durar
até um ou mais meses (grau D)****46
Energia 0,85 a 1,5 vezes o gasto energético de
repouso (grau D)****46
25-33 kcal/kg (grau C)**45

Proteína A necessidade proteica está em 15% a 20% da


usual, isto é, 1,0 a 1,5g/kg/dia, levando-se em
consideração as perdas proteicas aumentadas
pelo tubo digestivo (grau D)****46
A suplementação de Gln não é recomendada
(grau B)**45

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Continuação da Tabela 22
Nutriente/Indicação Recomendação
62 Carboidrato Ofertar cerca de 2/3 das calorias não proteicas
como glicose (grau C)**45
Lipídio Não ultrapassar 1 g/kg/dia, afinal maiores
quantidades aumentam o risco para colestase
e disfunção hepática associada a NP (grau C)**46
Eletrólitos Suplementar com água e eletrólitos,
especialmente sódio e magnésio (grau B)****46
A deficiência de magnésio pode ser associada
com deficiência de cálcio e deficiência de
potássio.
Oligoelementos Administrar a necessidade total de
micronutrientes por via parenteral na fase
de adaptação (grau B) **45
Vitaminas Monitorar as vitaminas lipossolúveis
e suplementar se necessário*31
Está recomendado administrar a necessidade
total de micronutrientes por via parenteral na
fase de adaptação (grau B)**45
Suplementação mensal de vit. B12 por via IV
para pacientes com mais de 60 cm da porção
terminal do íleo ressecada (grau A)**45
Fluidos O objetivo é manter a boa hidratação, com
um débito urinário de pelo menos 800-1000
mL com a concentração de sódio na urina
maior que 20 mmol/L**45
Tabela 23: Recomendações em caso de doenças inflamatórias
gastrointestinais (DII)

Nutriente/Indicação Recomendação
63
Indicações específicas PN é indicado para pacientes que estão
desnutridos ou em risco e que têm uma
ingestão inadequada ou insegura, um mau
funcionamento intestinal, ou em que o
intestino é inacessível. Razões específicas
em pacientes com DC incluem um intestino
obstruído, um intestino curto, ou uma fístula
enterocutânea (grau B)**45
A NP não deve ser utilizada como um
tratamento primário da DII em atividade
(grau A)**45
O repouso do intestino não provou ser mais
eficaz do que a via digestiva para
manutenção de remissão 45
O uso de NP no período pré-operatório em
pacientes com DII é semelhante ao de outros
procedimentos cirúrgicos (grau B)**45 , ou
seja, em pacientes gravemente desnutridos
cuja cirurgia pode ser atrasada
(grau B)*31
Energia 25 a 30 kcal/kg/dia é geralmente adequada
para atingir as necessidades de energia e
nutrientes 47
Proteína Não há consenso sobre o benefício da
utilização de fórmulas enriquecidas com AG
n-3 e Gln (grau B)**45
Oligoelementos Déficits específicos devem ser supridos de
acordo com a condição nutricional de cada
paciente (grau B)*45
Vitaminas Déficits específicos devem ser supridos de
(necessidade/dia) acordo com a condição nutricional de cada
paciente (grau B)*45

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Tabela 24: Recomendações em caso de fístula gastrointestinal (FGI)
Nutriente/Indicação Recomendação
64 Indicações específicas O início da TN deve ser imediato ao
diagnóstico da fístula, desde que o paciente
esteja hemodinamicamente estável (grau
B)****48
Inicialmente, o paciente deve permanecer
sem dieta oral e a TNP deve ser instituída
(grau B)****48
A NP será a primeira opção nas fístulas de
alto débito (> 500 mL em 24h) e nas fístulas
de intestino delgado****48
Quando o acesso distal não é possível, a NP
também é a opção em fístulas esofágicas,
gástricas****48
NP é geralmente uma opção segura em
fístulas pancreáticas, porém não indicada
para todos os pacientes (grau B)****48
Energia Baixo débito (< 500 mL em 24 h)
com sepse: 20-25 kcal/kg/dia
sem sepse: 25-30 kcal/kg/dia (grau D)****48
Alto débito (> 500 mL em 24 h)
com sepse: 20-25 kcal/kg/dia
sem sepse: 30-35 kcal/kg/dia (grau D)****48

Proteína Baixo débito (< 500 mL em 24 h): 1,2-1,5


kcal/kg/dia
Alto débito (> 500 mL em 24 h): 1,5-1,8 kcal/
kg/dia (grau D)****48
Lipídio 20%-30% do total de calorias****48

Oligoelementos Doses maiores que as RDA para zinco e


selênio (grau D)****48
Vitaminas Baixo débito (< 500 mL em 24 h):
RDA, 2 vezes RDA p/ vitamina C
Alto débito (> 500 mL em 24 h):
2 vezes RDA para as vitaminas (grau D)****48
Tabela 25: Recomendações para geriatria

Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas A TN deve levar em consideração as 65
necessidades nutricionais modificados para
a faixa etária do paciente (grau B)*31
NP: quando via oral ou NE não são possíveis
por mais de 3 dias ou há desnutrição do
paciente por mais de 7-10 dias (grau C)****48
Avaliar interações fármaco-nutriente de
todos os medicamentos que o paciente idoso
estiver tomando (grau B)*31
NP - indicações similares aos adultos jovens
(grau B)****48
Energia 30 kcal/kg de peso/dia**50
Proteína Embora sugerido 1,5 g/kg/dia, são
necessários mais estudos para estabelecer a
quantidade adequada**49
Lipídio NP com alto teor lipídico (> 50% das calorias
totais) pode ser necessária, em casos
de resistência à insulina e hiperglicemia
juntamente com danos nas funções cardíacas
e renais em idosos (grau C) 49
40-60% da energia total para pacientes
acometidos por afecções agudas, mas para
NP prolongada deve ser reduzida para 30% 49
Eletrólitos Limitar teor de sódio**49

Oligoelementos Suspeitar de deficiências (grau B)**49


A deficiência destes são fatores de piora do
prognóstico****51
Vitaminas Suspeitar de deficiências (grau B)**49
É frequente a baixa ingestão de vitaminas (A,
C, D, E, Folato) e de minerais como o cálcio, o
iodo e o zinco.
A deficiência destes são fatores de piora do
prognóstico****51
Fluidos Limitar fluidos**49

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Tabela 26: Recomendações para preoperatório

Nutriente/Indicação Recomendação
66
Indicações específicas Pré-operatório: administre TN a
pacientes com desnutrição moderada a
grave, que se submeterão a cirurgia de
médio a grande porte por 7-14 dias, caso
a cirurgia possa ser adiada (grau A)*31
NP: quando via oral ou NE não são
possíveis por mais de 3 dias ou no pré-
operatório de pacientes desnutridos
graves que não toleram NE ou em caso
de desnutrição do paciente por mais de 7
dias (grau A)**32
NP suplementar deve ser considerada
quando a via digestiva não for capaz de
atingir 60% das necessidades (grau C)**32
NP pós-operatória deve ser considerada
em pacientes desnutridos nos quais a NE
não for factível (grau A)**32

Energia NP: 25-30 kcal/kg/dia (grau B)**32


Proporção calórica (kcal) de proteína:
lipídio: glicose - 20:30:50 (grau C)**32
Proteína 1,5 g/kg de proteína (20% do total de
energia a ser fornecida) 33

Carboidrato A proporção de glicose deve ser maior


que a de lipídios para evitar colestase
e hiperlipidemia 32
Lipídio A suplementação com AG n-3 é
recomendada (grau C)**32
6. PRESCRIÇÃO
ELETRÔNICA
6. Prescrição eletrônica
68 A TN é um processo complexo que favorece a ocorrência
de erros especialmente na etapa da prescrição, quando
manuscrita. Estudos demostram que de 15 a 21% destas
prescrições apresentam pelo menos uma divergência que
incluem a omissão de dados, erros nos cálculos de dose, em
especial a prescrição de doses mais altas que a recomendada,
e transcrição de dados equivocada54-56. Adicionalmente,
interações entre os nutrientes da NP, quando prescritos
indevidamente, podem causar a instabilidade da formulação
através da separação de fases e precipitação. Desta forma,
a avaliação clínica e farmacotécnica da NP é de exterma
importância em toda prescrição57.
A A.S.P.E.N recomenda o uso de um sistema de prescrição
eletrônica de NP para padronizar a forma de prescrição e
melhorar a sua legibilidade, minimizando a probabilidade
de erros e garantindo segurança para o paciente. O método
informatizado é definido como um sistema computadorizado
que possibilita a transmissão da prescrição de forma segura,
eficiente e rápida. Além disso, o sistema eletrônico contém
informações de suporte à decisão clínica53. Dentre os
benefícios da prescrição eletrônica destacam-se: segurança
do processo, legibilidade, agilidade e rastreabilidade.

6.1 Sistema de prescrição eletrônica:


parenteralNET
Visando proporcionar maior segurança, eficácia e rapidez na
prescrição de NP, a Farmoterápica desenvolveu o sistema de
prescrição eletrônica parenteralNET. O sistema contempla
a avaliação clínica das doses de cada insumo prescrito
e farmacotécnica da NP. A avaliação é realizada de forma 69
dinâmica e automática durante a precrição eletrônica, e é
baseada nas recomendações atuais das principais diretrizes
nacionais e internacionais da TN. Além disso, o parenteralNET
é um sistema Web, facilmente acessado através da Internet
e apresenta informações técnicas que apoiam a decisão
clínica e mensagens de alerta de advertência quando doses
maiores que as recomendadas são prescritas.

Nutrição Parenteral Adulto. Como prescrever em 8 etapas.


Lista de Abreviações
70 AA - Aminoácido
AG - Ácido Graxo
CRRT - Terapia de Substituição Renal Contínua
DC - Doença de Crohn
DEVH - Doença do Enxerto versus Hospedeiro
DII - Doença Inflamatória Intestinal
DPAC - Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DRC - Doença Renal Crônica
EL - Emulsão Lipídica
FGI - Fístula Gastrointestinal
Gln - Glutamina
HD - Hemodiálise
ICC - Insuficiência Cardíaca Congestiva
IH - Insuficiência Hepática
IHA - Insuficiência Hepática Aguda
IRA - Insuficiência Renal Aguda
IV - Intravenosa
L-Ala-L-Gln - dímero L-alanil-L-glutamina
NE - Nutrição Enteral
NP - Nutrição Parenteral
PA - Pancreatite Aguda
RDA - Recomendações de Ingestão Diária
SDR - Síndrome do Desconforto Respiratório
SIC - Síndrome do Intestino Curto
TAG - Triacilgliceróis
TCTH - Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas
TGI - Trato Gastrointestinal
TMB - Taxa Metabólica Basal
TN - Terapia Nutricional
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
VIG - Velocidade de Infusão de Glicose

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