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Título: 1.000 Questões Comentadas de Concursos e Residências em Medicina
Editor: Rafael Hidalgo
Projeto gráfico e Diagramação: Deborah Silva e Fabrício Sawczen
Capa: Fabrício Sawczen
Revisor ortográfico: André Christophe e Pedro Muxfeldt
Copidesque: Editorando Birô
Conselho Editorial: Caio Vinicius Menezes Nunes, Paulo Costa Lima, Sandra de
Quadros Uzêda e
Silvio José Albergaria da Silva Lima
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
1.000 Questões Comentadas de Concursos e Residencias em Medicina /
Anderson Sena Barnabé, Bruno Picanço, Estevão Tavares de
Figueiredo, Fabiana Figueredo de Oliveira Maia, Haroldo Ramanzini,
Harue Santiago Kumakura, José Roberto Ancelmo, Rogério Anton Faria
e Thiago Emanuel Verás Lemos. – 1. ed. - Salvador, BA : Editora Sanar,
2020. 592 p.; il.
ISBN 978-65-86246-17-9
1. Concursos. 2. Questões. 3. Medicina. 4. Questões. 5. Residencia. I. 1.000
Questões Comentadas de Concursos e Residencias em Medicina. II.
Medicina. III. Autores.
CDD 610
CDU 61
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARNABÉ, Anderson Sena et al. 1.000 Questões Comentadas de Concursos e
Residencias em Medicina. 1. ed. Salvador: Editora Sanar, 2020.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
Editora Sanar Ltda.
Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores
Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770 – Salvador/BA
Telefone: 0800 337 6262
sanarsaude.com
atendimento@sanar.com
Apresentação
Olá, tudo bem?
Espero que esta obra faça a diferença em seus estudos e que o tão sonhado
objetivo de ser aprovado na prova seja alcançado. Por este motivo, fizemos uma vasta
análise no cenário de provas de concursos e residências em Medicina nos últimos
anos. Captamos questões dos mais diversos tipos de provas: prefeituras, EBSERH,
tribunais e senado federal, forças armadas, títulos de especialista, dentre outros.
Desta forma, conseguimos ter uma visão mais clara sobre os conteúdos mais
relevantes. Este trabalho prévio nos permitiu criar um produto mais completo e mais
eficiente que atende às necessidades de um médico que prestará concurso público e
residência.
Vamos às ferramentas didáticas:
Fácil
Intermediário
Difícil
4. COMENTÁRIOS EM CADA ALTERNATIVA. Todas as alternativas possuem
breves comentários, independentemente de estarem certas ou erradas.
5. DICA DO AUTOR. Explicação adicional aos comentários das alternativas.
Aparecerá nas questões que o autor julgar importante incluir este recurso.
6. RESUMO PRÁTICO. Síntese do assunto abordado nas questões estruturado
de forma esquematizada.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. As fontes utilizadas privilegiam os livros
mais recomendados em editais e estão devidamente identificadas nas
referências.
Como ler este livro?
1. Para começar, preciso lhe dizer que este livro não é um livro qualquer!
2. Acreditamos que a ausência de um método de estudo é o principal fator de
reprovação. Como o nosso papel é ajudá-lo a alcançar o seu sonho de ser
aprovado em um concurso público, incluímos nesta obra um roteiro de
estudo para guiá-lo e alimentá-lo com as ferramentas necessárias ao
aprendizado.
3. Então as suas missões são: estudar, consumir e devorar estas páginas!
Esteja livre para rabiscar, sublinhar, destacar, circular e escrever! O
importante é produzir e garantir o seu sucesso nas provas!
4. O nosso objetivo é ajudá-lo a conquistar a sua meta! Muitas vezes,
encorajando-o e incentivando-o para continuarmos juntos na missão!
1. L E I A com atenção
2. Marque/grife as palavras-chave
2. Evite distrações
3. Exercite seu conhecimento resolvendo as questões e depois analise os
comentários validando seu raciocínio
4. Leia os resumos práticos com bastante atenção e quando necessário,
assista a videoaulas.
De olho no edital!
Faça aqui o acompanhamento dos próximos editais das provas que você irá
realizar e em breve virá a sua aprovação!
A organização, estudo e acompanhamento é fundamental!
Autores
Anderson Sena Barnabé
Professor de saúde pública e epidemiologia em várias instituições de ensino
superior de SP. Tem graduação em Biologia, Mestrado e Doutorado em saúde
pública pela USP, onde desenvolve pesquisas sobre epidemiologia das doenças
infectoparasitarias. Tem também especializações em Bioestatística e em
Entomologia médica, já tendo trabalho junto a secretaria municipal de saúde em
pesquisas sobre dengue, estatísticas em saúde e validação de técnicas
diagnóstica para enteroparasitoses
Bruno Picanço
Formado em matemática pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor
voltado para olimpíadas de matemática, premiado por menção honrosa em 2018.
Haroldo Ramanzini
Doutor em Linguística, pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em Teoria
Literária, pela Universidade Estadual Paulista. Bacharel e Licenciado em Letras,
pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor, escritor e tradutor.
Harue Kumakura
Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN). Cirurgiã Geral e Cirurgiã Vascular e Endovascular
pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Título
de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular e Título de Especialista em
Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
(SBACV). Médica Assistente do Pronto-Socorro de Cirurgia Vascular do HC-FMUSP.
Sumário
Cirurgia
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático
Clínica Médica
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático
Ginecologia e Obstetrícia
Questões Para Concursos
Pediatria
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático
Preventiva
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático
Informática
Resumo Prático
Língua Portuguesa
Resumo Prático
Matemática
Resumo Prático
Sumário
Capa
Créditos
Apresentação
Autores
Sumário
01 - Cirurgia - Concursos
01 - Cirurgia - Residência
04 - Pediatria - Concursos
04 - Pediatria - Residência
05 - Preventiva - Concursos
05 - Preventiva - Residência
06 - Informática
07 - Língua Portuguesa
08 - Matemática
Cirurgia
Questões Para Concursos
A. Baço e pâncreas.
B. Fígado e pâncreas.
C. Baço e fígado.
D. Baço, apenas.
E. Nenhuma das alternativas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lesão pancreática é rara, correspondendo a 10 a
12% de todos os traumas abdominais. A maioria delas é secundária a trauma
penetrante.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Estatisticamente, baço e fígado são os órgãos mais
lesados em traumatismos abdominais fechados, sendo o primeiro mais
frequentemente lesado em relação ao segundo. O trauma abdominal fechado é o
principal mecanismo de lesão abdominal. O fígado (35 a 45%) e o baço (40 a 55%)
são os órgãos mais acometidos.
Alternativa D: INCORRETA. Na questão é perguntado, no plural, quais são os
órgãos mais afetados; no entanto, nesta alternativa temos apenas um.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C
A. Doença de Crohn.
B. Apendicite.
C. Diverticulite.
D. Coledocolitíase.
E. Nenhuma das alternativas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paciente apresenta quadro sugestivo de
apendicite, sem histórico de diarreia crônica ou outras lesões em trato
gastrointestinal.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa descreve achados típicos de apendicite na
tomografia computadorizada: borramento da gordura periapendicular, apêndice
> 6 mm de diâmetro, espessamento focal apical do ceco, apendicolito, líquido
pericecal, abscesso e adenopatia regional.
Alternativa C: INCORRETA. A paciente apresenta evidência de acometimento do
apêndice cecal em tomografia, sem sinais de inflamação colônica.
Alternativa D: INCORRETA. A paciente não apresenta quadro de icterícia
obstrutiva ou sinais de dilatação das vias biliares em tomografia.
Alternativa E: INCORRETA. Quadro sugestivo de apendicite, com alternativa
disponível na letra B.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser a neoplasia sólida mais comum, a
hiperplasia nodular focal (HNF) ainda é menos frequente que o hemangioma. A
prevalência nos tumores hepático benignos é de < 0,1%.
Alternativa B: INCORRETA. Este é um tumor benigno menos frequente que o
HNF e o hemangioma, mas deve ser sempre lembrado pelo risco de
sangramento e transformação maligna; está correlacionado com o uso de
terapêutica hormonal. A prevalência nos tumores hepático benignos é de <
0,01%.
Alternativa C: CORRETA. É o tumor hepático benigno mais comum, com
incidência estimada na população entre 1 a 20%, e prevalência nos tumores
hepáticos benignos de 2 a 7%.
Alternativa D: INCORRETA. Tumor maligno e raro do fígado.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de a CPRE poder ser um método diagnóstico
de coledocolitíase, a exploração laparoscópica do colédoco não é a primeira
opção terapêutica.
Alternativa B: CORRETA. Alternativa correta, que não só exemplifica os métodos
diagnósticos como também apresenta duas modalidades terapêuticas para o
tratamento da coledocolitíase.
Alternativa C: INCORRETA. Diferente das vias urinárias, não realizamos
litotripsia para cálculos biliares.
Alternativa D: INCORRETA. Assim como na alternativa A, em geral a exploração
da via biliar não é a primeira opção de tratamento, mas sim a CPRE.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar do risco aumentado de pancreatite nos
pacientes com hipertrigliceridemia, a litíase biliar e o abuso de álcool são
etiologias mais frequentes de pancreatite aguda.
Alternativa B: CORRETA. Juntas, essas duas etiologias são responsáveis por mais
de 80% dos casos de pancreatite aguda, podendo chegar a 95% em algumas
referências.
Alternativa C: INCORRETA. A litíase biliar é a principal causa de pancreatite
aguda, responsável por 70% dos casos. A hipercalcemia também é uma etiologia
para a doença, porém rara.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B
A. paralisia motora.
B. perda da propriocepção.
C. vasodilatação periférica.
D. perda da sensibilidade térmica e dolorosa.
E. perda de sensibilidade ao tato e à pressão.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paralisia motora é a última alteração induzida
pelos anestésicos locais.
Alternativa B: INCORRETA. Esta é a penúltima das alterações a ocorrer com
anestésicos locais.
Alternativa C: CORRETA. Todas as alterações sensoriais causadas pelo
anestésico local ocorrem posteriormente à vasodilatação periférica e na seguinte
sequência: primeiro as autonômicas (e por isso a vasodilatação), depois a
sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, a seguir as relações de pressão e vibração
e, por último, as propriocepção e motoras.
Alternativa D: INCORRETA. Comentado na alternativa C.
Alternativa E: INCORRETA. Comentado na alternativa C.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É indicada punção venosa única com jelco 18, não o
16.
Alternativa B: INCORRETA. O ATLS ainda mantém a orientação o uso do ácido
tranexâmico dentro de 3 horas do trauma, diminuindo mortalidades.
Alternativa C: CORRETA. Quando o paciente necessita de mais de 10 bolsas de
hemácia em 24 h (ou > 4 bolsas em 1 hora), recomenda-se transfusão empírica de
plasma e plaquetas na proporção 1:1:1.
Alternativa D: INCORRETA. A ressuscitação inicial deve ser feita com 1 L de
cristaloides.
Alternativa E: INCORRETA. A arteriografia continua indicada para pacientes com
trauma pélvico com instabilidade hemodinâmica, excluídas outras causas de
instabilidade hemodinâmica.
▶ resposta: C
A. 0,5
B. 1,0
C. 1,5
D. 2,0
E. 2,5
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Sobre a ressuscitação volêmica em pacientes vítimas
de queimaduras, a fórmula de Brooke modificada propõe 2 ml x kg x %SCQ de
cristaloides para reposição volêmica, diferente da tradicional formula de
Parkland, que utiliza 4 ml de ringer lactato especificamente.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Por ser um choque com maior componente
distributivo, apesar de uma resposta transitória à reposição de volume no
choque séptico, a melhor resposta ocorre com a utilização de vasopressores.
Alternativa B: INCORRETA. O choque neurogênico apresenta como
característica a hipotensão associada a bradicardia por interrupção do estímulo
simpático cardioacelerador no trauma raquimedular.
Alternativa C: CORRETA. Resposta correta e bem descrita quanto à fisiopatologia
do choque cardiogênico.
Alternativa D: INCORRETA. Segundo a classificação de choque do ATLS, o
choque grau I ocorre por uma perda volêmica de até 750 ml.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O paciente apresenta vacinação contra tétano
recente (3 doses ou mais e última dose há menos de 5 anos), sem indicação de
reforço de dose.
Alternativa B: INCORRETA. Tradicionalmente, recomenda-se não suturar
ferimentos por mordedura por ter alto grau de contaminação. Porém, a American
Academy of Family Physicians (AAFP) revisou os estudos envolvendo fechamento
de feridas por mordedura e as incidências de complicações. As evidências levam
a recomendações de nível B e orientam que feridas de baixo risco de infecção
podem ser fechadas caso haja desejo de melhor resultado estético.
Alternativa C: CORRETA. Atualmente não indicamos a limpeza com água
oxigenada para prevenção de infecção por agentes anaeróbicos, uma vez que ela
agride o tecido.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente vítima de mordedura de cão
obrigatoriamente deve receber antibioticoterapia como tratamento pré-emptivo
de infecções com drogas voltadas a microrganismos aeróbios e anaeróbios. A
primeira linha seria a amoxicilina/clavulonato.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Lembre-se de que o paciente vítima de queimadura
é um paciente vítima de trauma e, com isso, deve seguir as normas do ALTS e
receber oxigênio suplementar inicialmente.
Alternativa B: INCORRETA. Esse paciente deve receber analgesia potente, com
uso de opioides, mas por via intravenosa para absorção e efeito rápidos.
Alternativa C: CORRETA. A reposição volêmica do paciente queimado nas
primeiras 24 h deve ser realizada com Ringer Lactato, utilizando como cálculo
para o volume a ser administrado a fórmula de Parkland.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente sem sinais de comprometimento da via
aérea (escarro carbonáceo, fuligem em oro/nasofaringe, rouquidão pós-
queimadura, queimadura de vibrissas) inicialmente pode receber oxigênio
suplementar por máscara de O2 não reinalante.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A preferência de antibiótico é por drogas
bactericidas, sendo mais comum as cefalosporinas de primeira geração, por
terem baixo custo, meia-vida prolongada e serem mais eficientes que as de
segunda e terceira geração.
Alternativa B: CORRETA. Como a dose é utilizada por pouco tempo, é
infrequente o surgimento de cepas resistentes às drogas utilizadas.
Alternativa C: INCORRETA. As drogas utilizadas devem cobrir a flora bacteriana
dos tecidos que serão lesados pelo procedimento cirúrgico, como, por exemplo,
pele e trato gastrointestinal, mas não necessariamente todos os microrganismos
que possam causar infecção.
Alternativa D: INCORRETA. Idealmente, a profilaxia deve começar
aproximadamente 60 minutos antes do procedimento cirúrgico. Em casos
específicos, em que a profilaxia for realizada com vancomicina, deve ser feita 2
horas antes do procedimento.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A necrosectomia pancreática é um procedimento de
altíssima morbimortalidade e deve ser postergada sempre que possível. Acredita-
se que qualquer procedimento deva ser postergado até a terceira ou quarta
semana de evolução.
Alternativa B: INCORRETA. A icterícia pode ser sugestiva de coledocolitíase ou
até mesmo de colangite, mas não é critério diagnóstico da origem biliar.
Alternativa C: INCORRETA. Ambas são utilizadas para o diagnóstico de
pancreatite; a amilase tende a retornar mais precocemente ao seu nível basal (4
dias) em à lipase (7 a 14 dias).
Alternativa D: CORRETA. Este é um dado que deve ser sempre valorizado nos
quadros de pancreatite e decorre da saponificação com deposição de cálcio do
pâncreas e tecidos adjacentes. Níveis de cálcio inferiores a 7,0 mg/dl indicam
prognóstico ruim.
▶ resposta: D
Estão corretas:
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Afirmativa correta e didática sobre o assunto. O
delirium pós-operatório pode ser definido como distúrbio transitório e flutuante
da consciência, atenção, cognição e percepção que complica a evolução de até
36,8% dos pacientes cirúrgicos. A mortalidade associada ao DPO é de 13%. Cerca
de 72% dos pacientes idosos com DPO morrem dentro de cinco anos após o
procedimento cirúrgico, comparados com 34,7% dos que permanecem lúcidos
durante todo o pós-operatório.
Assertiva II: VERDADEIRA. A presença de déficit cognitivo prévio aumenta muito
risco de um delirium pós-operatório.
Assertiva III: FALSA. A broncoaspiração é comum nesta faixa etária e pode
desencadear desfechos catastróficos.
Assertiva IV: VERDADEIRA. De modo semelhante à assertiva anterior, é
importante a avaliação do risco de broncoaspiração e lembrar sempre que idosos
possuem também um retardo no esvaziamento gástrico.
▶ resposta: C
A. Aspirina.
B. Drogas anti-inflamatórias não esteroides.
C. Bloqueadores de canais de cálcio.
D. Diuréticos de alça.
E. Dipirona.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Apesar de a aspirina também ser um anti-inflamatório
não esteroidal, em baixas doses ela é segura para o uso em pacientes com
disfunção renal.
Alternativa B: CORRETA. De modo geral, não se deve prescrever um anti-
inflamatório não esteroidal para pacientes com insuficiência renal, uma vez que
isso pode agravar o quadro de insuficiência e aumentar o nível de potássio
sérico.
Alternativa C: INCORRETA. Bloqueadores de canal de cálcio têm pouco efeito
sobre o potássio sérico.
Alternativa D: INCORRETA. Diuréticos de alça causam hipopotassemia, sendo
inclusive utilizados no tratamento da hiperpotassemia.
Alternativa E: INCORRETA. Dipirona não tem efeito sobre o potássio sérico.
▶ resposta: A B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estes são procedimentos que podem ser
necessários, mas não consistiriam na melhor conduta inicial para este paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Assim como a alternativa anterior, não adiantaria
drenar o tórax sem o tratamento inicial adequado para o ferimento apresentado.
Alternativa C: CORRETA. Esta, sim, é a conduta inicial mais adequada para esse
tipo de lesão, uma vez que impede a livre entrada e saída de ar, fisiopatologia
primária do pneumotórax aberto. Após o curativo de três pontas, deve-se realizar
a drenagem torácica e o fechamento da ferida.
Alternativa D: INCORRETA. O dreno de tórax não deve ser posicionado por
dentro do ferimento do paciente, mas sim no 4º ou 5º espaço intercostal, na linha
hemiaxilar.
Alternativa E: INCORRETA. Deve ser realizado curativo em 3 pontas para oclusão
do ferimento.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de se realizar a expansão volêmica durante o
transporte à sala de cirurgia, isso não irá resolver a causa da hipotensão
apresentada pelo paciente.
Alternativa B: CORRETA. No caso de um tamponamento pericárdico, a medida
imediata para tirar o paciente do risco de morte iminente é a pericardiocentese
guiada por ultrassom.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente sem indicação de toracotomia de
reanimação. A toracotomia neste caso pode ser realizada em centro cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA. Em nenhuma situação é realizada a toracoscopia na
sala de emergência.
Alternativa E: INCORRETA. Há indicação evidente de necessidade de drenagem
pericárdica guiada por ultrassonografia.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Exame de alto custo, demorado e de baixa
disponibilidade que não deve ser realizado em uma situação de trauma.
Alternativa B: INCORRETA. Em ferimentos de zona III (do ângulo da mandíbula à
base do crânio), a ultrassonografia possui grande valia no auxílio ao diagnóstico,
porém a angiotomografia computadorizada possui maior sensibilidade.
Alternativa C: INCORRETA. Atualmente, as indicacões de cervicotomia
exploradora de urgência são instabilidade hemodinâmica, hematoma em
expansão e sinais evidentes de lesões aerodigestivas (como difonia, escape
aéreo, enfisema de subcutâneo).
Alternativa D: CORRETA. Alternativa adequada para paciente estável.
Alternativa E: INCORRETA. Pacientes com zona III não apresentam lesão
esofágica pelo simples fato de ainda existir faringe nesta altura e não esôfago,
que se inicia na zona II.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia incisional e não
femoral.
Alternativa B: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia umbilical e não
femoral.
Alternativa C: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia inguinoescrotal
e não femoral.
Alternativa D: CORRETA. Descrição correta de uma hérnia femoral. A hérnia
femoral é uma protrusão do saco peritoneal, que contém gordura pré-peritoneal
e massa abdominal ou pélvica, através do anel femoral no canal femoral inferior
ao ligamento inguinal. O anel femoral é delimitado lateralmente pela veia
femoral, anteriormente pelo ligamento inguinal, medialmente pelo ligamento
lacunar e posteriormente pelo ligamento pectíneo.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com dor abdominal, mas sem sinais de
irritação peritoneal, evisceração ou instabilidade hemodinâmica com FAST
positivo, situações que indicariam a laparotomia exploradora, por exemplo.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente sem quadro sugestivo de lesão de zona III
e, mesmo considerando as zonas retroperitoneais, este paciente não teria
indicação de abordagem cirúrgica.
Alternativa C: CORRETA. O ABC score indica o protocolo de transfusão maciça na
presença de pelo menos dois dos seguintes critérios: PAS < 90, FC > 120, FAST + e
trauma penetrante.
Alternativa D: INCORRETA. Não há indicação formal de TC: Glasgow menor que
15 ou de 15 com dor cervical, cefaleia intensa, vômitos mantidos, déficit
neurológico focal, fístula liquórica, hematoma retroauricular ou periorbitário. A
lesão axonal difusa (LAD) deve-se ao comprometimento das fibras nervosas por
aceleração ou desaceleração. Tem espectro variável de comprometimento
nervoso, com expressão mínima de perda transitória da consciência, fenômeno
denominado comoção cerebral. Compatível com o quadro do paciente.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para abertura do protocolo de morte encefálica, o
paciente deve apresentar sinais vitais estáveis, incluindo temperatura corpórea
central. Esta deve ser maior que 35 ºC.
Alternativa B: INCORRETA. Valor dentro da normalidade de sua concentração
sérica; não contraindica.
Alternativa C: INCORRETA. Drogas vasoativas podem e devem ser utilizadas
para manutenção da perfusão em doadores.
Alternativa D: INCORRETA. Pelo contrário, o trauma cranioencefálico é uma das
principais causas de morte encefálica.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser um possível diferencial do nosso
diagnóstico, também conhecido como Mittelschmerz, o quadro álgico
apresentado não é compatível com rotura folicular. Este geralmente é unilateral
ou no hipogastro, durando poucas horas.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com úlcera péptica perfurada costuma
apresentar dor no andar superior do abdome.
Alternativa C: CORRETA. Descrição correta da evolução típica da dor de
apendicite aguda.
Alternativa D: INCORRETA. O divertículo de Meckel costuma ser indolor e
apresentar-se principalmente com hemorragia digestiva baixa em crianças
Alternativa E: INCORRETA. A dor geralmente é lombar.
▶ resposta: C
A. Urwell.
B. Murphy.
C. Romaña.
D. Cullen.
E. Battle.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O enunciado apresenta uma descrição exata de um
dos sinais de colecistite, também conhecida como sinal de Murphy.
Alternativa B: CORRETA. Outros sinais associados a colecistite são Abrams.
Alternativa C: INCORRETA. Caracteriza-se por edema palpebral indolor,
associado à doença de Chagas.
Alternativa D: INCORRETA. Este sinal consiste na equimose periumbilical
associada à hemorragia retroperitoneal, bastante lembrada nos casos de
pancreatite aguda.
Alternativa E: INCORRETA. Equimose retroauricular, na ponta do mastoide,
sugestiva de fratura de base de crânio.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com via aérea pérvia, sem sinais de
comprometimento iminente que justifique uma proteção de vias aéreas com
entubação e com outra condição que melhor explica o quadro apresentado.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com bulhas normofonéticas, sem estase
jugular e com abolição dos murmúrios em hemitórax esquerdo, ou seja, quadro
não compatível com tamponamento cardíaco.
Alternativa C: INCORRETA. No novo ATLS é indicada punção venosa única com
jelco 18.
Alternativa D: CORRETA. Alternativa correta e que descreve o tratamento efetivo
de um pneumotórax hipertensivo.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na colecistite aguda litiásica, a febre costuma ser
mais branda e a icterícia, discreta.
Alternativa B: INCORRETA. Dificilmente pacientes evoluem de hepatite
medicamentosa secundária a hipervitaminose. Além disso, nos quadros de
hepatite, o aumento de bilirrubinas ocorre às custas de bilirrubinas indiretas pela
disfunção na conjugação da bilirrubina.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa que melhor descreve o quadro apresentado
pela paciente. A medida importante a ser tomada é a desobstrução da via biliar.
Alternativa D: INCORRETA. Incorreta, justamente pensando na desobstrução da
via biliar, uma vez que a CPRE é muito dificultada por procedimentos com
derivações do trânsito intestinal.
▶ resposta: C
A. I apenas.
B. I e II apenas.
C. II e III apenas.
D. I, II e III.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questão bastante didática sobre o assunto, em que
todas as afirmativas descritas são verdadeiras e de grande importância no
estadiamento do câncer de pâncreas.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O feocromocitoma é um tumor secretor de
catecolaminas e apresenta sintomas associados ao aumento do estímulo
adrenérgico, como cefaleia, sudorese e taquicardia, podendo ser associado a
picos hipertensivos.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com metástases adrenais costumas ser
mais idosos, possuir sítio primário definido e não costumam apresentar
Síndrome de Cushing.
Alternativa C: INCORRETA. O hiperaldosteronismo causaria uma hipertensão
refratária associada a hipocalemia e não justificaria o quadro apresentado pela
paciente.
Alternativa D: CORRETA. Quadro compatível com tumor adrenal funcionante
produtor de hormônios da via do cortisol, apresentando sintomas típicos da
Síndrome de Cushing.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Afirmativa correta em relação ao diagnóstico e
tratamento.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com quadro mais sugestivo de apendicite, o
que afasta o diagnóstico de infecção urinária, em especial considerando-se um
homem jovem.
Alternativa C: INCORRETA. Em geral, a diverticulite se apresenta com dor em
fossa ilíaca esquerda, flanco esquerdo ou hipogastro, com nítida reação
peritoneal. Deve ser realizada a retossigmoidectomia a Hartman apenas nos
casos de peritonite generalizada por pus ou fezes (Hinchey III e IV).
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de existir o conceito de apendicectomia de
intervalo, este é reservado apenas para casos específicos de abscessos
periapendiculares bloqueados, em que deve ser realizada antibioticoterapia e
drenagem percutânea da coleção (se > 4 cm), com apendicectomia em um
segundo momento, em torno de 6 semanas.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com quadro de obstrução intestinal, sim,
mas com válvula ileocecal competente, o que justifica a distensão colônica.
Alternativa B: CORRETA. Afirmativa que apresenta o provável diagnóstico e a
conduta correta. A abordagem cirúrgica de urgência está indicada pelo quadro
obstrutivo e pelo risco iminente de perfuração do ceco. No paciente idoso, as
causas mais frequentes de obstrução são os carcinomas de reto e sigmoide,
ambos por serem do tipo anular e estenosante. O risco de perfuração colônica
aumenta quando a dilatação cecal ultrapassa 10 a 12 cm ou quando a dilatação
perdura por mais de 6 dias, sendo a duração o quesito mais importante em
relação ao risco de perfuração.
Alternativa C: INCORRETA. A obstrução aguda (inflamação local, ou aderências,
formação pseudotumoral, estenoses crônicas) e fístula são, na maioria das vezes,
tratadas por ressecção, preferencialmente, laparoscópica.
Alternativa D: INCORRETA. Em paciente com obstrução intestinal, não devemos
realizar preparo intestinal pelo risco de piora do quadro obstrutivo.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O principal objetivo da cirurgia metabólica é o
controle da doença por meio da redução da resistência insulínica e perda de
peso. Isso se dá pela diminuição da síntese de grelina (hormônio relacionado à
sensação de fome) e aumento do GLP-I, entero-hormônio capaz de reduzir a
resistência periférica à insulina.
Alternativa B: INCORRETA. O mecanismo pelo qual ocorre melhora da
hiperglicemia é a queda da resistência insulínica e não por regeneração de
células beta pancreáticas.
Alternativa C: CORRETA. Afirmativa verdadeira. Isso ocorre pelo aumento da
concentração de GLP-I sérico.
Alternativa D: INCORRETA. A cirurgia metabólica se propõe ao controle da DM e
síndrome metabólica. Apesar de frequentemente haver a suspensão da insulina
no pós-operatório, este ponto não é o objetivo.
▶ resposta: C
A. I e II.
B. I e IV.
C. II e III.
D. III e IV.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Pacientes com pancreatite aguda grave submetidos a
terapia nutricional enteral precoce possuem melhor prognóstico do que
pacientes com jejum prolongado, pois há diminuição da translocação bacteriana.
Assertiva II: VERDADEIRA. O preparo nutricional pré-operatório é de extrema
importância em cirurgias do trato gastrointestinal para a prevenção de fístulas
digestivas nos casos de pacientes com desnutrição crônica.
Assertiva III: FALSA. O débito das fístulas digestivas aumenta na presença de
alimentos, sendo indicada para seu tratamento a nutrição por via parenteral.
Assertiva IV: FALSA. Pacientes com íleo paralítico prolongado não conseguem
tolerar a dieta por via enteral até a resolução do íleo.
▶ resposta: A
A. I.
B. II.
C. I e II.
D. I e III.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Afirmativa correta que descreve exatamente as
“queimaduras especiais” às quais precisamos ficar atentos quanto à gravidade e
ao risco de sequelas futuras.
Assertiva II: VERDADEIRA. O paciente vítima de queimadura é antes de tudo
um paciente vítima de trauma e deve ser avaliado de maneira sistemática, a
iniciar pela via aérea.
Assertiva III: FALSA. A fórmula de Parkland calcula o volume que deve ser
infundido em 24 horas e a solução usada é cristaloide (ringer lactato).
▶ resposta: C
A. Hipercalemia.
B. Hipocalemia.
C. Hiponatremia.
D. Hipercalcemia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A hipercalemia geralmente é secundária ao aumento
de liberação de K das células ou diminuição de sua excreção renal; apresenta
sintomatologia vaga, fraqueza muscular, insuficiência respiratória e arritmias
cardíacas.
Alternativa B: CORRETA. O paciente apresentou perda de potássio pelo vômito,
evoluindo com uma complicação da hipocalemia, que é o íleo paralítico.
Alternativa C: INCORRETA. Pacientes com hiponatremia grave apresentam
sintomas sistêmicos inespecíficos e manifestações neurológicas, como
sonolência, convulsão e coma.
Alternativa D: INCORRETA. 90% dos casos de hipercalcemia são consequência
de hiperparatireodismo ou neoplasia. A hipercalcemia leve geralmente é
assintomática, e nos casos agudos pode cursar com confusão, psicose orgânica e
letargia.
▶ resposta: B
A. O o divertículo de Meckel.
B. A doença ulcerosa péptica.
C. A Síndrome de Mallory-Weiss.
D. A ocorrência de varizes esofageanas/gástricas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Divertículo de Meckel é um divertículo verdadeiro, em
geral situado a cerca de 60 a 100 cm da válvula ileocecal e, portanto, distal ao
ângulo de Treitz. Sendo assim, por definição é um sagamento digestivo baixo nos
casos de sangramento.
Alternativa B: INCORRETA. A hemorragia digestiva alta (HAD) é o sangramento
intraluminal que ocorre entre o esôfago superior e o ligamento de Treitz. Sua
maior causa é a úlcera péptica, com incidência de 38%.
Alternativa C: INCORRETA. Esta síndrome ocorre por lacerações da mucosa da
transição gastroesofágica, levando a sangramento e ocorrendo principalmente
após episódio de vômitos repetidos.
Alternativa D: INCORRETA. Importante causa de mortalidade em pacientes
cirróticos, também ocorre proximal ao ângulo de Treitz.
▶ resposta: A
A. Síndrome de Dumping.
B. Síndrome de alça aferente.
C. Síndrome de alça eferente.
D. Úlcera de boca anastomótica com sangramento.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro típico de síndrome de Dumping
precoce, em que há esvaziamento gástrico rápido ou a exposição súbita do
intestino delgado aos nutrientes, levando a sintomas vasomotores e
gastrointestinais.
Alternativa B: INCORRETA. Na síndrome da alça aferente, o paciente apresenta
quadro de dor e desconforto abdominal associado a náuseas e que tipicamente
melhora após o vômito.
Alternativa C: INCORRETA. É menos comum que a síndrome da alça aferente e
ocorre por mau esvaziamento do estômago. Caracteriza-se por vômito pós-
prandial de conteúdo alimentar, precedido de náusea e distensão abdominal.
Alternativa D: INCORRETA. Como o paciente se apresenta sem exteriorização de
sangramento do trato gastrointestinal, mas em quadros de hipotensão súbita,
este é um diagnóstico que vale a pena ser considerado.
▶ resposta: A
A. Hérnia hiatal.
B. Gastrite atrófica.
C. Doença ulcerosa péptica.
D. Gastrite enantematosa do antro.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser um distúrbio anatômico, não há
aumento da incidência de adenocarcinoma gástrico nos pacientes com hérnia de
hiato.
Alternativa B: CORRETA. A gastrite atrófica crônica e a metaplasia intestinal
podem evoluir para adenocarcinoma, sendo fatores de risco bem documentados
na literatura.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de o adenocarcinoma poder mimetizar uma
úlcera péptica e por isso dever ser sempre lembrado na presença de uma, não há
relação causal entre ambos.
Alternativa D: INCORRETA. A gastrite enantematosa configura apenas um
processo inflamatório da mucosa, sem risco de aumento para o desenvolvimento
de adenocarcinoma gástrico.
▶ resposta: B
A. Cisto renal.
B. Tumor de Wilms.
C. Hepatocarcinoma.
D. Metástase de sarcoma
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O cisto renal apresenta-se de maneira hipoecogênica
no ultrassom e não como massa sólida.
Alternativa B: CORRETA. O tumor de Wilms é a neoplasia renal primária mais
comum nas crianças, e apresenta as características descritas pela questão na
ultrassonografia. O tumor maligno intra-abdominal mais comum em crianças é o
neuroblastoma.
Alternativa C: INCORRETA. No hepatocarcinoma a lesão tumoral é encontrada
dentro do parênquima hepático, geralmente ocorrendo em homens idosos.
Alternativa D: INCORRETA. A metástase de sarcoma é uma hipótese pouco
provável na ausência de um sarcoma primário já identificado.
▶ resposta: B
A. Cirrose hepática.
B. Trombose de veia porta.
C. Síndrome de Budd-Chiari.
D. Hepatopatia esquistossomótica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paciente não apresenta hepatomegalia, circulação
colateral abdominal, ascite, icterícia ou outros estigmas de cirrose hepática.
Alternativa B: CORRETA. A trobofilia levou à trombose de veia porta, que
aumenta a pressão portal e pode levar à HDA de modo semelhante a pacientes
cirróticos.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome de Budd-Chiari é caracterizada pela
oclusão das veias supra-hepáticas, geralmente de natureza trombótica, com ou
sem envolvimento associado da veia cava inferior. Causa congestão hepática
centrilobular progressiva, com consequente cirrose. O paciente apresenta, na
grande maior parte das vezes, hepatomegalia e ascite.
Alternativa D: INCORRETA. Cursa com hepato-esplenomegalia associado a
sintomas de hipetertensão portal.
▶ resposta: B
A. Intussuscepção.
B. Hérnia inguinal encarcerada.
C. Aderências intra-abdominais.
D. Trombose de vasos mesentéricos.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com intussuscepção apresenta quadro de
obstrução intestinal decorrente da invaginação de uma alça intestinal no seu
segmento adjacente.
Alternativa B: INCORRETA. A hérnia encarcerada é a segunda causa benigna
mais frequente de obstrução intestinal, impedindo o trânsito gastrointestinal
normal.
Alternativa C: INCORRETA. As aderências são a principal causa de abdome
agudo obstrutivo em adultos.
Alternativa D: CORRETA. A trombose de vasos mesentéricos é uma causa
infrequente de abdome agudo vascular. Tem difícil diagnóstico e apresenta alta
morbimortalidade.
▶ resposta: D
A. Colecistite aguda
B. Colangite aguda
C. Coledocolitíase
D. Neoplasia periampular
E. Hepatite viral
grau de dificuldade:
dica do autor:
Cuidado com questões que tentam confundir o quadro clínico de doenças
obstrutivas benignas, malignas e infecciosas das vias biliares!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de possuir dor em QSD, paciente apresenta
dor abdominal já prolongada (1 semana), sem sinais de piora inflamatória e com
sinais importantes de síndrome colestática, o que afasta o diagnóstico de
colecistite aguda.
Alternativa B: INCORRETA. Diagnóstico diferencial importante, que deve ser
sempre lembrado e inclusive pode ser uma complicação do quadro
diagnosticado na questão! Ainda assim, trata-se de paciente sem febre ou outro
sinal inflamatório que justifique a hipótese de processo infeccioso das vias
biliares.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa correta para um paciente que apresenta
uma causa possivelmente benigna de síndrome colestática, sem sinais de alarme
para malignidade.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente com ictericia obstrutiva devemos sempre
lembrar de tumores periampulares. Todavia, no caso apresentado, paciente não
apresenta sinais sugestivos de malignidade como perda de peso, por exemplo
Alternativa E: INCORRETA. Paciente sem clínica ou epidemiologia compatível
com o diagnóstico, sendo uma hipótese pouco provável.
▶ resposta: C
Referências
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90.
Cirurgia
Questões Para Residência
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A varfarina deve ser suspensa 5 DIAS antes do
procedimento. Para manter a anticoagulação, a estratégia é iniciar uma heparina
em dose PLENA, de modo a suspender a heparina não fracionada 6 horas antes da
cirurgia e a heparina de baixo peso molecular 24 horas antes.
Alternativa B: INCORRETA. Ver comentário da alternativa A.
Alternativa C: CORRETA. Ver comentário da alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. Poderia ser feita uma ponte para o inibidor do fator
Xa, porém este deveria ser suspenso 24 horas se a cirurgia for de baixo risco de
sangramento ou 48 horas antes do procedimento, se este tiver alto risco de
sangramento.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Paciente vítima de trauma torácico apresenta-se com
hipoxemia (saturação < 90%). Ao exame do tórax, nota-se a presença de
movimento paradoxal, que é o colabamento do segmento lesionado quando o
indivíduo inspira e o abaulamento quando ele expira. Isso é típico de tórax
instável, determinado quando temos fraturas de dois ou mais arcos costais
consecutivos, sendo que cada arco está fraturado em no mínimo dois pontos. O
afundamento torácico pode interferir na dinâmica respiratória através de três
mecanismos: deformidade da caixa torácica, dor na movimentação e contusão
pulmonar. A contusão do parênquima pulmonar causa sangramento para dentro
do parênquima e os alvéolos são preenchidos por sangue, diminuindo o espaço
para troca gasosa. No caso de um trauma de alto impacto como esse, temos um
raio X e exame físico compatíveis com contusão pulmonar, que, juntamente com a
dor gerada pelas fraturas, resulta na principal hipótese da origem da hipóxia. As
medidas clínicas iniciais são: oferecer O2 umidificado, reposição volêmica
cuidadosa, analgesia adequada e fisioterapia.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
A. Hipocalcemia.
B. Hipercalemia.
C. Hipernatremia.
D. Hipocalemia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. É clássico o conceito de que em hemotransfusões
maciças o paciente pode evoluir com hipocalcemia, pelo fato de o citrato existente
nas bolsas de sangue ser um quelante de cálcio. Entretanto, o erro da questão foi
também ter como resposta a hipocalemia, pois o principal distúrbio eletrolítico em
pacientes transfundidos é a alcalose metabólica, a qual sempre vem acompanhada
de uma hipocalemia compensatória causada por translocação do potássio do
extracelular para o intracelular.
Alternativa B: INCORRETA. A concentração extracelular de K+ aumenta
progressivamente durante a estocagem das hemácias; a cada unidade
transfundida, seriam administrados 7 mEq de potássio. A hipercalemia esperada
durante a transfusão maciça só chega a ser um problema em pacientes com
insuficiência renal.
Alternativa C: INCORRETA. Os distúrbios hidroeletrolíticos por transfusão são
apenas do cálcio e potássio.
Alternativa D: CORRETA. Espera-se o aumento do potássio, não sua redução.
▶ resposta: anulada Ae D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A questão nos traz um paciente que apresenta quadro
agudo de oclusão arterial (4 horas), sem nenhum antecedente de claudicação. Por
ser um quadro agudo, este paciente não desenvolveu circulação colateral a tempo,
o que é perceptível pela ausência de pulso (pulseless), dor (pain), esfriamento
(poiquilotermia). A principal etiologia é embólica, por êmbolos cardíacos (o
paciente teve infarto com provável área de hipocinesia) e o tratamento é a
embolectomia por cateter de Fogarty (MAIS CLÁSSICO), ou tratamento
endovascular com aspiração de trombos ou uso de fibrinolítico.
Alternativa B: INCORRETA. Um paciente sem história de claudicação não deve ter
trombose aguda.
Alternativa C: INCORRETA. A origem emboligênica está correta; deve-se fazer
imediatamente a heparinização plena terapêutica, mas apenas isso não será
suficiente em um paciente com risco de perda de membro. Deve-se associar um
tratamento cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A
A. Flebografia.
B. Fasciotomia.
C. Otimização da analgesia.
D. Embolectomia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diagnóstico da síndrome compartimental é clínico,
não sendo necessário qualquer exame complementar.
Alternativa B: CORRETA. Questão clássica de síndrome compartimental. Esta é
uma consequência da alteração da relação entre conteúdo e continente de um
compartimento. As principais causas da redução do espaço são imobilização
gessada ou por tala e queimadura de terceiro grau. Como causas de aumento do
volume temos sangramentos (por fraturas ou lesão vascular) e edema muscular
(por esmagamento, reperfusão e TVP). A síndrome geralmente cursa com os 6
“P”s: palidez, pulsação ausente, parestesia, paralisia, hipotermia (poikilothermia) e
dor (pain). Deve-se fazer a descompressão das estruturas por uma incisão na pele
e abertura das fáscias que limitam os compartimentos acometidos, a fasciotomia.
Alternativa C: INCORRETA. É fundamental fazer a analgesia, porém ela não trata
a doença e não é a prioridade, pois somente alivia sintomas.
Alternativa D: INCORRETA. A redução de pulso não é por embolização, logo, não
há indicação de embolectomia.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deve-se solicitar ultrassonografia de testículo, mas
não com doppler, e a cintilografia é solicitada em casos com suspeita de metástase
óssea.
Alternativa B: INCORRETA. Apenas após o diagnóstico do tumor de testículo
devemos solicitar TC de abdome para avaliar acometimento ganglionar e TC de
tórax para avaliar acometimento do mediastino e metástase pulmonar.
Alternativa C: CORRETA. Como se trata de um paciente jovem com nódulo
testicular palpável, temos que pensar na possibilidade de um tumor testicular,
sendo o principal exame de imagem a ultrassonografia. Além disso, os principais
marcadores tumorais do CA de testículo são a alfa-feto proteína (AFP) e o beta-
HCG, lembrando que os CA testiculares são quase sempre de células germinativas,
sendo classificados em “seminomas” e “não seminomas”. A AFP se elevará apenas
nos não seminomas, enquanto o b-HCG pode estar elevado nos dois tipos. A
presença de nodulação, com a elevação de qualquer um desses marcadores, é
sugestiva de malignidade.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Crohn geralmente ocorre no íleo e cólon,
não no ângulo de Treitz (região duodeno jejunal). É a segunda principal causa de
fístula enterovesical, após a diverticulite.
Alternativa B: INCORRETA. A fístula enterovesical no câncer de colo de útero
geralmente ocorre após radioterapia. A paciente não tem relato desse tratamento.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de câncer de bexiga poder causar disúria, este
não justificaria a presença de ar no fim da micção, característico de fístula
enterovesical.
Alternativa D: CORRETA. Mulher de meia-idade com dor em FIE, o que pensar?
Diverticulite aguda. Entretanto, temos associado ao quadro disúria e pneumatúria.
O que está acontecendo? Essa paciente está evoluindo com uma complicação da
diverticulite, que é a formação de fístula colovesical, sendo mais comum nos
homens ou nas mulheres histerectomizadas.
▶ resposta: D
A. Ondasetrona e metoclopramida.
B. Rocuronium e piridostigmina.
C. Midazolan e tramadol.
D. Propofol e fentanil.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente que foi submetido a cirurgia, apresentando,
após extubação, desvio da visão para cima, rigidez muscular e pescoço fixo. Esse é
um quadro típico de síndrome extrapiramidal, que poderia estar acompanhada
também de discinesia, hipertonia, acatisia e acinesia. A droga usada
frequentemente nos pronto-socorros, e que classicamente associamos à Síndrome
Extrapiramidal, é o Plasil (metoclopramida). Outros antieméticos, como a
ondasetrona e a bromoprida, também podem causar essa síndrome.
Alternativa B: INCORRETA. Drogas não relacionadas ao efeito extrapiramidal,
assim como as citadas na letra C e D.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os anestésicos locais não se ligam às proteínas
plasmáticas e, por isso, chegam rapidamente ao SNC.
Alternativa B: INCORRETA. Seu efeito é potencializado quanto maior for sua
concentração plasmática.
Alternativa C: INCORRETA. O efeito estimulatório dos anestésicos locais é o
resultado indireto de uma depressão de centros inibitórios cerebrais.
Alternativa D: CORRETA. A toxicidade pode ser manifestada como uma crise
convulsiva, e os benzodiazepínicos aumentam esse limiar de convulsão, além de
serem utilizados para tratar eventuais crises causadas pela intoxicação por
anestésicos locais.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em um pneumotórax, devese realizar toracocentese
de alívio e, na sequência, a drenagem em selo d´água.
Alternativa B: INCORRETA. Pela clínica, já se tem o diagnóstico de pneumotórax,
portanto, não há necessidade nem tempo para o raio-X.
Alternativa C: CORRETA. Paciente apresentando dispneia + instabilidade
hemodinâmica + estase jugular bilateral + desvio de traqueia para a esquerda +
murmúrio vesicular abolido + percussão pulmonar hipertimpânica, um quadro
típico de pneumotórax hipertensivo. Esse quadro tipicamente está associado a
situações de trauma. Embora menos comum, também existe o pneumotórax
espontâneo, que geralmente ocorre em homem jovem, longilíneo e tabagista.
Alternativa D: INCORRETA. Deve-se retirar o paciente da urgência com uma
toracocentese de alívio e depois, se necessário, fazer o encaminhamento.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre queimaduras, em que precisamos saber
calcular a superfície corporal queimada (SCQ) e, posteriormente, saber hidratar
esse paciente. Primeiramente, qual a SCQ desse paciente? Tome cuidado com a
“pegadinha”, pois queimaduras de primeiro grau não entram no cálculo. Portanto,
consideramos apenas faces anteriores do MSE (4,5), tórax (9) e abdome (9), o que
resulta numa soma de 22,5. De acordo com a fórmula de Parkland, obteremos o
quanto precisamos hidratar o paciente em 24 horas: peso (kg) x SCQ (%) x 4.
Portanto, 100 x 22,5 x 4 = 9.000 mL/24h. E se a questão perguntasse o volume a
ser feito nas PRIMEIRAS 8 HORAS? Dividiríamos o valor obtido por 2, ministrando
metade do volume nas primeiras 8 horas, e a outra metade seria dividida nas 16
horas restantes.
Observação: Qual o cristaloide de escolha em queimados? Ringer Lactato!
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quadro clássico de atelectasia, sem necessidade de
excluir outras complicações no momento.
Alternativa B: CORRETA. Questão clássica de complicações pós-operatórias! Qual
a principal causa de febre pós-operatória, ocorrendo em até 72h da cirurgia?
Atelectasia. Ocorre principalmente em cirurgias torácicas e abdominais, por dor no
pós-operatório, que limita a ventilação e a tosse. Além disso, as operações em
órgãos abdominais resultam em diminuição da função do diafragma por
interferência nos impulsos nervosos para a musculatura respiratória, sobretudo o
diafragma. Seu tratamento consiste em analgesia + fisioterapia respiratória.
Também deve-se estimular a mobilização precoce no pós-operatório, propiciando
melhora da ventilação, e hidratação adequada com fluidificação das secreções.
Alternativa C: INCORRETA. Pediríamos se houvesse suspeita de infecção.
Alternativa D: INCORRETA. Solicitaríamos se houvesse suspeita de complicação
pós-operatória.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há tempo e necessidade de exames
complementares, pois o diagnóstico é clínico.
Alternativa B: INCORRETA. O tratamento deve ser imediato.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de uma Síndrome de Fournier, fasceíte
necrotizante polimicrobiana grave do períneo e parede abdominal, que possui
como principais fatores de risco a imunossupressão (diabetes mellitus
descompensada, alcoolismo crônico, doença maligna subjacente, uso de
quimioterápicos), doenças colorretais e urogenitais, pós-operatório, estados
debilitantes (desnutrição, sepse). O que fecharia o diagnóstico da questão, além
da febre, necrose e odor fétido, seria a presença de crepitação. Nesta doença, à
medida que ocorre disseminação de bactérias aeróbias e anaeróbias, a
concentração de oxigênio nos tecidos é reduzida; com a hipóxia e a isquemia
tecidual, o metabolismo fica prejudicado, provocando maior disseminação de
microrganismos facultativos, que se beneficiam das fontes energéticas das células,
formando gases (hidrogênio e nitrogênio) responsáveis pela crepitação,
demonstrada nas primeiras 48 horas a 72 horas de infecção. Além de iniciar
antibiótico endovenoso de amplo espectro, o desbridamento cirúrgico deve ser
imediato.
Alternativa D: INCORRETA. A cultura é enviada do material desbridado.
▶ resposta: C
14 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 26 anos, foi atropelado por um ônibus. Foi
levado ao hospital, onde foram constatadas fraturas fechadas, de fêmur direito e
pelve. Foi submetido a tração do membro, deixado em repouso e aguardando
procedimento cirúrgico das fraturas. No segundo dia de internação, apresentou
desconforto respiratório. Exame físico: estado geral regular, FR = 28 irpm;
oximetria de pulso (ar ambiente) = 91%, rebaixamento do nível de consciência,
petéquias nas axilas. Tomografia de crânio: sem alterações; angiotomografia de
tórax: infiltrado intersticial bilateral. AS CONDUTAS SÃO:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. TEP geralmente ocorre após o terceiro dia de
internação; se houvesse esse diagnóstico, teríamos a indicação de heparinização
plena.
Alternativa B: INCORRETA. Na tomografia não há presença de consolidação e não
há indicação clínica de tosse ou febre para pensarmos em pneumonia e, assim,
iniciar antibiótico de amplo espectro.
Alternativa C: INCORRETA. O suporte ventilatório é fundamental na embolia
gordurosa, porém, heparinização plena ou trombolítico não apresenta benefícios.
Alternativa D: CORRETA. Tema que vem aparecendo cada vez mais em provas.
Cabe ao aluno detectar um quadro que faz diagnóstico diferencial com TEP, diante
de uma fratura de osso longo. A tríade clássica da embolia gordurosa é composta
de insuficiência respiratória aguda, trombocitopenia e disfunção neurológica,
exatamente como no caso clínico da questão. A embolia gordurosa já aparece nas
PRIMEIRAS 24 a 72 horas, por obstrução da microvasculatura por micropartículas
de gordura e consequente vasculite inflamatória. Qual a conduta diante da
embolia gordurosa? SUPORTE (Suplementação de Oxigênio + Estabilização
hemodinâmica). Como preveni-la? É fundamental evitar o choque e a hipóxia
desde a cena do acidente, e proceder a fixação precoce das fraturas.
▶ resposta: D
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. O pulmão deve estar totalmente expandido, mas
ainda pode haver alterações no parênquima.
Alternativa D: CORRETA. Critérios para retirada de um dreno pleural: radiografia
de tórax com o pulmão completamente expandido; pequeno volume da drenagem
(menor que 100 ml em 24 h); aspecto claro (seroso) do volume drenado; o dreno
não borbulhar há pelo menos 24 horas.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Questão interessante sobre triagem de vítimas em
situações de catástrofes. “Múltiplas vítimas” são aquelas de eventos súbitos que
produzem um número de vítimas que leva a um desequilíbrio entre os recursos
médicos disponíveis e as necessidades, mas em que se consegue manter um
padrão de atendimento adequado com os recursos locais. Nessa situação, é dada
prioridade a quem tem maior risco de vida. Já o “desastre”, segundo a OMS, é um
fenômeno de magnitude suficiente para necessitar de ajuda externa. Nesta
situação, as necessidades de cuidados médicos excedem os recursos
imediatamente disponíveis, havendo a necessidade de medidas extraordinárias e
coordenadas para se manter a qualidade básica ou mínima de atendimento.
Então, neste caso, o atendimento é feito com quem tem a maior chance de
sobreviver.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os vasoconstrictores não causam intoxicação, apenas
alterações hemodinâmicas. A intoxicação ocorre pelo anestésico local.
Alternativa B: INCORRETA. A crise de pânico pode cursar com dormência da
língua, visão dupla e zumbido, mas não com gosto metálico.
Alternativa C: CORRETA. Questão frequente em provas! Paciente submetida a
procedimento para sutura de ferimento cortante, com anestesia local, refere,
durante a infiltração, um quadro típico de intoxicação por anestésico local, sendo a
lidocaína o mais utilizado na prática clínica. Ocorre entre 1-5 minutos ou até 60
minutos da aplicação. O principal sistema acometido na intoxicação é o sistema
nervoso central. Pode cursar também com acometimento cardiovascular mais
tardiamente. Por isso, é fundamental sabermos a dose tóxica da lidocaína: sem
adrenalina, é de 5 mg/kg e, com adrenalina, 7 mg/kg.
Alternativa D: INCORRETA. A reação alérgica ao anestésico local é rara e
geralmente cursa com prurido, urticária, broncoespasmo e angioedema.
▶ resposta: C
A. Trombectomia venosa.
B. Substituir a heparina por anticoagulante oral.
C. Filtro de cava abaixo das veias renais.
D. Associar antiagregante plaquetário.
E. Terapia fibrinolítica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Realiza-se trombectomia venosa em casos de exceção,
geralmente para phlegmasia cerulea dolens ou TVP ilíaco-femoral extensa na qual
a terapia anticoagulante falhou.
Alternativa B: INCORRETA. Nos casos em que há anticoagulação correta com
heparina e ainda assim há nova TVP, não há melhor substituto medicamentoso.
Alternativa C: CORRETA. As indicações de colocação de filtro de veia cava são: 1)
Tromboembolismo recorrente mesmo com anticoagulação adequada; 2) TVP em
paciente com contraindicação à anticoagulação; 3) Embolia pulmonar crônica e
hipertensão pulmonar resultante; 4) Complicações da anticoagulação; e 5)
Propagação do trombo venoso iliofemoral na vigência de anticoagulação.
Alternativa D: INCORRETA. Não se usa fibrinolítico de rotina, visto que em
estudos recentes descobriu-se que ele apenas diminui a intensidade da de
síndrome pós-trombótica, não sua incidência.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ainda que a paciente tenha obesidade mórbida, ela só
será indicado para cirurgia bariátrica se não tiver sucesso no tratamento clínico
por no mínimo dois anos.
Alternativa B: INCORRETA. Indica-se porque preenche critério para a cirurgia.
Existem outras possibilidades para perda ponderal: medicamentosa (orlistate,
liraglutina), balão gástrico.
Alternativa C: CORRETA. Temos duas indicações clássicas para cirurgia bariátrica:
1) Pacientes com IMC > 40, independente de comorbidades; 2) indivíduos com IMC
> 35 kg/m2 e com comorbidades, tais como alto risco cardiovascular, diabetes
melito e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono,
doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal
realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos. No
caso, essa paciente possui relato de “estigmatização social” (considerada
comorbidade por algumas instituições) e já tentou tratamento clínico por 4 anos
(sibutramina e dieta), sem sucesso. Poderia ter sido citado na questão que a
mesma seguiu protocolos clínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Ter diabetes ou hipertensão são critérios necessários
para IMC entre 35-40.
Alternativa E: INCORRETA. A falta de reposta ao tratamento clínico protocolado é
uma indicação para a cirurgia.
▶ resposta: C
20 (UNIFESP - SP - 2018) Dentre as complicações possíveis durante um
procedimento abdominal por videolaparoscopia, é correto afirmar:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Independente da técnica, a colocação de um trocater
sempre traz risco de complicações, como sangramento e lesões de viscerais.
Alternativa B: INCORRETA. Como no item A, sempre existe o risco de
complicações.
Alternativa C: INCORRETA. A realização do pneumoperitônio precede apenas o
método às cegas.
Alternativa D: CORRETA. Durante o procedimento laparoscópico, o
pneumoperitônio causa elevação do diafragma, gerando uma diminuição da
capacidade vital e do volume respiratório e consequente aumento das pressões
necessárias para ventilação mecânica. Esse aumento causa desvio do sangue na
circulação pulmonar para regimes de menor pressão e leva a uma alteração da
relação entre ventilação e perfusão, aumentando o efeito shunt e a ventilação do
espaço morto.
Alternativa E: INCORRETA. O índice de complicações (lesões viscerais e
vasculares) é menor na técnica aberta quando comparada à técnica às cegas.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deve-se aguardar em média 24 horas.
Alternativa B: INCORRETA. Geralmente a colostomia é necessária, mas não
sempre.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de um quadro de RN masculino com
ânus imperfurado, e a conduta correta é aguardar entre 24-48 horas enquanto é
realizada avaliação de outras malformações (há uma alta incidência de
malformações urogenitais associadas, realizar USG de abdome e pelve) e de um
possível surgimento de fístula anal.
Alternativa D: INCORRETA. Em mais de 80% dos meninos é possível fazer o
diagnóstico da necessidade ou não de colostomia apenas com a inspeção perineal.
Fístula perineal, malformação em “alça de balde”, estenose anal e membrana anal
não necessitam de colostomia e podem ser tratadas com anoplastia ainda no
período neonatal. A presença de nádegas achatadas ou mecônio na urina é
indicação de colostomia, com abaixamento intestinal realizado com 6-12 meses de
idade. Se não for possível chegar a nenhuma decisão apenas com o exame clínico,
o RN deve ser reexaminado após 24 horas de vida. Se, nesse momento, persistir a
dúvida de fazer ou não a colostomia, deve-se realizar o invertograma (após colocar
marcador radiopaco no lugar onde deveria estar o ânus, obtém-se radiografia
simples com o RN de cabeça para baixo, com as pernas e coxas fletidas). Se o
intestino estiver mais distante do que 1 cm da borda anal, está indicada a
realização de colostomia; se o reto estiver a 1 cm ou menos do botão anal, está
indicada a realização da anoplastia perineal.
▶ resposta: C
A. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal e a presença de trombo pode ser
indicação de iminência de rotura e, portanto, deve ser operado imediatamente.
B. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal cujo reparo pode ser feito por
técnica cirúrgica convencional ou endovascular.
C. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal, porém, não tem indicação
cirúrgica devido ao tamanho.
D. Trata-se de aneurisma na transição toraco-abdominal da aorta e seu
tratamento deve ser feito por reparo convencional com toraco-freno-
laparotomia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A presença de trombo não aumenta a chance de
ruptura do aneurisma.
Alternativa B: CORRETA. A questão apresenta um paciente com exames de
imagem que demonstram um aneurisma de aorta abdominal infrarrenal com
presença de trombo intramural. Como a presença de trombo intramural não é por
si só contraindicação de terapia endovascular e o paciente aparentemente tem
uma anatomia favorável, a alternativa correta é a letra B.
Alternativa C: INCORRETA. O diâmetro é maior que 5,5 cm, então existe indicação
cirúrgica.
Alternativa D: INCORRETA. O aneurisma está abaixo das artérias renais, logo, não
é toracoabdominal.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A Letra D está correta, pois, em pacientes com menos de
40 anos que serão submetidos a um procedimento de baixo risco cirúrgico
(paciente hígido, cirurgia até médio porte), não é necessário solicitar exames.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A nefrectomia é indicada em lesões renais graves em
pacientes instáveis.
Alternativa B: CORRETA. Questão que nos traz um paciente com trauma renal,
com extravasamento de contraste e volumoso hematoma perirrenal. Em um
ambiente que disponha de serviço de radiologia intervencionista, quando houver
“blush” na fase arterial ou sangramentos tardios (10-14 dias após lesão inicial),
devemos indicar a embolização arterial seletiva.
Alternativa C: INCORRETA. Atualmente a tendência é evitar ao máximo
procedimentos invasivos, como a laparotomia nos casos de traumas abdominais
com acometimento de fígado, baço ou rins.
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos apenas observar um paciente com
extravasamento de contraste arterial associado a volumoso hematoma.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A terapia a vácuo demonstrou-se uma modalidade de
tratamento segura, confiável e econômica para mediastinite pós-operatória.
Alternativa B: CORRETA. As contraindicações para uso da terapia por pressão
negativa são: 1) osteomielite, 2) neoplasia, 3) presença de tecido necrótico (caso da
questão), 4) fístulas não controladas e 5) exposição de vasos sanguíneos e nervos.
Alternativa C: INCORRETA. O curativo à vácuo pode ser usado como fechamento
temporário de peritoneostomia.
Alternativa D: INCORRETA. Também tem indicação para úlcera crônica, evitando
troca de curativos frequentes e aumentando a velocidade de granulação,
auxiliando no fechamento.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os sinais e sintomas são complicações abdominais,
sem necessidade de exames torácicos.
Alternativa B: INCORRETA. Tropo e eletrocardiograma deveriam ser pedidos na
suspeita de IAM, que justificaria a instabilidade hemodinâmica, mas não a oligúria
e as alterações respiratórias.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico de síndrome compartimental não
necessita de TC.
Alternativa D: CORRETA. Questão que nos traz um paciente com uma hérnia
incisional há 18 anos e que foi corrigida sem preparo (fisioterapia, perda de peso,
pneumoperitôneo pré-operatório progressivo), o que levou a uma síndrome
compartimental abdominal. O diagnóstico é dado através da medida da pressão
intravesical. A síndrome compartimental abdominal é definida como pressão intra-
abdominal sustentada acima de 20 mmHg e que se associa a nova disfunção ou
falência de órgão.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão confusa e polêmica, uma vez que existem
divergências na literatura. Vejamos os conceitos primeiro: cirurgia CONTAMINADA
é aquela em que existe uma ferida traumática com lesão visceral com < 6 horas e,
nesse caso, utilizamos antibioticoprofilaxia por 24-48 horas. Caso tenha ocorrido a
mais de 6 horas, teremos uma ferida/cirurgia INFECTADA e, neste caso, está
indicada antibioticoterapia. No caso da questão, podemos classificar como uma
cirurgia contaminada (ocorreu há 90 minutos) e realizaremos antibioticoprofilaxia.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
28 (USP - SP - 2018) Mulher de 48 anos de idade, sem antecedentes mórbidos
relevantes, apresenta massa fibroelástica de 8 cm no antebraço esquerdo. A
massa aumentou progressivamente nos últimos 9 meses (figura abaixo), e não
está associada a trauma local. A ressonância magnética não evidenciou invasão
osteomuscular ou vascular. A tomografia de tórax é normal. Qual é a conduta para
o caso?
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O tratamento curativo ideal após o diagnóstico
confirmado por biópsia com agulha grossa é a ressecção com margem
tridimensional de 2 cm
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. No caso clínico da questão, foi abordado um paciente
com sarcoma de partes moles e no qual, por ser maior que 5 cm, não é possível
realizar a biópsia excisional, mesmo com a informação de que não existe invasão
osteomuscular ou vascular. É então indicada a realização de múltiplas biópsias por
punção com agulha grossa (core biopsy) guiadas por US, em um único sítio na
pele, para evitar espalhar células tumorais por continuidade.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A palpação de pulsos de membros inferiores é
importante para sabermos se há invasão vascular com comprometimento da
circulação distal, porém não dá a etiologia da massa.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Toque retal é fundamental para ajudar a excluir
câncer de reto e próstata, porém não são as principais causas de massa
retroperitonais.
Alternativa D: CORRETA. A letra D é a alternativa correta, pois a palpação dos
testículos e dos linfonodos axilares cervicais e inguinais são informações omitidas
que podem ser úteis para investigar duas importantes etiologias da lesão, linfoma
e neoplasia de testículo. No tumor de retroperitôneo deve-se descartar a presença
de tumores funcionantes e não funcionantes de adrenal (com provas funcionais),
tumores renais, pancreáticos, gastrointestinais (com endoscopia digestiva), de
células germinativas (com exame testicular e marcadores tumorais) e linfomas
(com palpação de cadeias linfonodais e biópsia excisional).
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os principais fatores de risco são tempo de internação
pré-operatório maior que 24 horas; tempo de duração da cirurgia, em horas;
potencial de contaminação da ferida operatória, classificado em potencialmente
contaminada, contaminada e infectada; e índice ASA, classificado em ASA II, III e
IV/V.
Alternativa B: CORRETA. A infecção do sítio cirúrgico ocorre entre 0 e 30 dias após
o procedimento ou até um ano após uma cirurgia com implantação de corpo
estranho (próteses, telas etc.).
Alternativa C: INCORRETA. A sepse é a principal causa de óbito em UTI.
Alternativa D: INCORRETA. Cultura positiva de fluidos ou de tecido obtido da
incisão é apenas um dos critérios para diagnóstico. Podemos ainda ter: drenagem
de pus da incisão superficial, pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor).
▶ resposta: B
A. Deiscência da aponeurose.
B. Infecção de sítio cirúrgico.
C. Fístula intestinal.
D. Hematoma na parede abdominal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Essa questão nos traz um quadro clínico clássico de um
paciente que está próximo da evisceração, com presença de uma secreção de
conteúdo sero-hemático em grande quantidade no pós-operatório. Esse aspecto
da secreção é ocasionado em partes por sangue originado do plano
músculoaponeurótico que está se rompendo, e em partes por líquido ascítico
devido ao quadro de inflamação peritoneal (pós diverticulite aguda), lembrando
que o aspecto desse líquido também pode ser chamado de “água de carne”.
Alternativa B: INCORRETA. Não havia hiperemia na ferida operatória ou saída de
pus.
Alternativa C: INCORRETA. Na presença de fístula intestinal há secreção
fecaloide.
Alternativa D: INCORRETA. No hematoma de parede, a secreção é hemática.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O FAST será útil para excluir sangramento, mas não
lesão de alça.
Alternativa B: INCORRETA. A tomografia não conseguirá excluir lesão de alça.
Alternativa C: CORRETA. A questão nos traz um paciente vítima de lesão em
região toracoabdominal, após realizar o ATLS e Rx de tórax. Frente a um paciente
com ferimento por arma branca estável, sem exposição de alças, o melhor exame
para avaliar essa região é a laparoscopia.
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de drenar o tórax se o Rx não
possui pneumotórax.
▶ resposta: C
33 (USP - SP - 2018) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta com relação à
antibioticoterapia e aos micro-organismos envolvidos nas infecções de tratamento
operatório?
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quando há necrose e perfuração do apêndice deve-se
instituir antibiótico terapêutico de 5 a 7 dias.
Alternativa B: INCORRETA. As bactérias mais comuns associadas à colangite
aguda são aquelas Gram negativas intestinais, como E. Coli e Klebsiela.
Alternativa C: INCORRETA. Não existe benefício do uso de antibioticoprofilaxia
nos casos de pancreatite aguda necro-hemorrágica; o tratamento deve ser
terapêutico.
Alternativa D: CORRETA. Os agentes mais associados com a fasceíte necrotizante
são o Streptococcus hemolítico do grupo a e o Staphylococcus aureus.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A quimioembolização portal é indicada pra lesões
irressecáveis, a fim de reduzir o seu tamanho. Visa induzir atrofia do hemifígado a
ser ressecado e hipertrofia compensatória do fígado remanescente.
Alternativa B: CORRETA. Questão que exige do candidato um conhecimento da
anatomia hepática, em que o candidato deveria saber que os segmentos II e III do
fígado correspondem à região lateral esquerda do fígado. A ressecção hepática é a
melhor escolha para o tratamento da metástase colorretal. Os pacientes que
apresentam quatro lesões hepáticas ou mais, linfonodos hilares extra-hepáticos
comprometidos ou doença extra-hepática irressecável devem ser excluídos, a
princípio, do grupo com indicação de ressecção. Logo, a conduta adequada para o
caso seria a realização de uma hepatectomia lateral esquerda com controle
intraoperatório por ultrassom.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
35 (UNIFESP - SP - 2018) Qual das situações abaixo NÃO representa critério para
drenagem torácica em selo d ‘água?
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A alternativa nos traz um paciente com derrame bilateral
causado por insuficiência cardíaca, e que não deve ser drenado e, sim, submetido
à toracocentese de alívio, diuréticos e compensação cardíaca.
Alternativa B: INCORRETA. A drenagem pleural deve ser o tratamento de escolha
para os derrames parapneumônicos volumosos (maiores que a metade do
hemitórax) ou que se apresentem com Gram ou cultura positivos ou pH < 7,2, e no
empiema franco. Neste exemplo, temos a cultura positiva.
Alternativa C: INCORRETA. Derrame com cultura positiva, predomínio de
neutrófilos, glicose < 60 mg/dl e DHL > 200 deve ser drenado e investigado.
Alternativa D: INCORRETA. Quadro de pneumotórax traumático; deve ser
drenado com urgência em selo d’ água.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com abscesso cervical proveniente de foco
dentário. Esses abscessos têm alto risco potencial por poderem progredir para o
mediastino, levando a grave mediastinite caso não sejam tratados precocemente.
Assim como outros abscessos, a conduta baseia-se na drenagem. O detalhe é que,
pela localização dita pelo enunciado (próximo ao feixe vascular), a drenagem
percutânea é perigosa, sendo a cervicotomia com drenagem o tratamento mais
adequado.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Se houvesse deiscência, o dreno teria secreção com
suco gástrico. O exame de escolha seria a tomografia para definir a conduta.
Alternativa B: CORRETA. Mulher, 47 anos, portadora de CA gástrico, submetida à
cirurgia de grande porte e evolução com dispneia de início súbito no segundo dia
pós-operatório. Ao exame físico, apresenta-se com taquipneia. A radiografia de
tórax é normal. Qual a provável hipótese? Tromboembolismo pulmonar. Diante
dessa paciente com alta probabilidade pré-teste (Escore de Wells > 4) para TEP,
devemos pensar nesse diagnóstico. Dispneia é o sintoma mais frequente e
taquipneia e taquicardia são os achados de exame físico mais prevalentes.
Alternativa C: INCORRETA. Observe a alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. Pouco provável um jovem com Rx normal apresentar
pneumonia.
Alternativa E: INCORRETA. Atelectasia pulmonar caracteristicamente cursa com
febre no pós-operatório, o que a nossa paciente não apresenta; além disso, há a
radiografia de tórax normal.
▶ resposta: B
38 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um senhor de 70 anos
tem hérnia inguinal direita, sempre redutível, há 2 anos. É obeso (IMC = 40 kg/m²),
hipertenso e diabético. Tem apneia do sono grave e queixas urinárias que
sugerem prostatismo moderado. Conduta no pré-operatório:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para um controle glicêmico ideal, devemos manter a
hemoglobina glicada < 7%.
Alternativa B: INCORRETA. Não há evidência de desnutrição para suplementar a
proteína.
Alternativa C: INCORRETA. Já foi estabelecido que os pacientes hipertensos mal
controlados geralmente apresentam alterações hemodinâmicas mais intensas
durante a cirurgia. A PAS deve ser menor que 120 mmHg. Antagonistas α1-
adrenoceptores (bloqueadores α1) constituem comumente a primeira linha de
tratamento para STUI masculino, devido a sua rápida ação e boa eficácia; logo, a
tansulosina será bem indicada se confirmar hiperplasia prostática benigna.
Alternativa D: INCORRETA. Podemos operar antes de alcançar IMC < 30 kg/m2. O
ideal seria que o paciente não tivesse obesidade, mas não é determinante para
contraindicar.
Alternativa E: CORRETA. Idoso com indicação cirúrgica de hernioplastia eletiva,
obeso grau III, hipertenso e diabético, com apneia do sono grave e prostatismo
moderado. Devemos obter um controle glicêmico de hemoglobina glicada < 7%, a
fim de evitar complicações como dificuldade na cicatrização, além de infecções de
ferida operatória. Em relação ao prostatismo, um fator de risco para hérnia, deve
ser corrigido, por isso a necessidade de avaliação urológica pré-operatória. A
obesidade aumenta o risco cirúrgico, por isso a necessidade de perda de peso. A
apneia do sono grave aumenta a pressão intra-abdominal, aumentando a chance
de recidiva da hérnia, de modo que o CPAP também estaria recomendado.
▶ resposta: E
A. Toque retal.
B. Palpação do canal inguinal.
C. Ausculta dos ruídos hidroaéreos.
D. Pesquisa de círculos de Skoda.
E. Descompressão brusca.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atenção aos sinais que o enunciado nos dá! Paciente de
75 anos com quadro sugestivo de obstrução intestinal, sem perda ponderal
(remete um pouco a câncer), é acamado e totalmente dependente (remete à nossa
hipótese principal). O que é o Sinal de Gersuny? É quando comprimimos uma
massa abdominal de maneira profunda e demorada e, ao reduzirmos a pressão da
mão, percebemos que a parede intestinal desprega-se subitamente do bolo fecal,
produzindo uma sensação peculiar de crepitação, resultante da interposição de ar
entre a parede intestinal e o bolo fecal. Quando virem esse sinal em uma prova,
vocês provavelmente estarão diante de um quadro de fecaloma. Diante disso, o
toque retal possibilita a confirmação do diagnóstico, além de poder também ser
terapêutico.
Alternativa B: INCORRETA. Seria o caso de suspeita de hérnia inguinal
encarcerada. O paciente não tem dor na virilha.
Alternativa C: INCORRETA. A ausculta é parte fundamental do exame físico,
porém não fecharia o diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Seria importante na hipótese de ascite.
Alternativa E: INCORRETA. A descompressão brusca é importante na suspeita de
peritonite.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente de 20 anos, em pós-operatório imediato de
hernioplastia inguinal com anestesia peridural que causa retenção urinária, evolui
com dor crescente em hipogástrio + agitação + massa dolorosa em hipogástrio.
Este é um quadro clássico de BEXIGOMA, de modo que a melhor conduta é a
sondagem.
Alternativa B: INCORRETA. O diagnóstico de bexigoma é clínico, não necessita de
exame de imagem, o que torna a alternativa C incorreta também.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Não há sinal de complicações cirúrgicas, logo, não há
necessidade de laparoscopia ou revisão da incisão (alternativa E).
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente sem sinais de insuficiência respiratória, não
necessitando de intubação.
Alternativa B: INCORRETA. Também não é necessário realizar ECG, pois o próprio
enunciado nos diz que a janela pericárdica está intacta.
Alternativa C: INCORRETA. Não necessariamente será feita drenagem torácica
imediata em todo paciente com lesão penetrante de tórax (alternativa C incorreta).
Nosso paciente em questão não possui nenhuma evidência clínica de
pneumotórax, hemotórax, tamponamento cardíaco, etc., ou seja, ele está BEM!
Alternativa D: CORRETA. Paciente vítima de ferimento por arma branca em
terceiro espaço intercostal esquerdo, próximo à linha axilar anterior. Ao exame
físico, encontramos um paciente consciente e orientado, eupneico e saturando
bem. O enunciado relata ainda que não são encontrados outros sinais de trauma e
que o FAST não mostra alteração do pericárdio nem líquido livre no abdome. Ou
seja, é um paciente que está bem apesar da lesão. Devemos realizar radiografia do
tórax, para avaliar se será necessário drenar o tórax.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Em todas as alternativas temos medidas para conduzir
uma possível hipertensão intracraniana (manitol, corticoide, cabeceira elevada,
solução hipertônica, hipotermia). Entretanto, a questão quer saber duas medidas
básicas para evitar progressão da lesão cerebral durante o atendimento INICIAL
do traumatizado, sendo a oxigenação e a reanimação volêmica essenciais para
qualquer atendimento, de modo a manter uma perfusão cerebral adequada.
Alternativa B: INCORRETA. A trepanação não faz parte do atendimento inicial.
Alternativa C: INCORRETA. Ambos têm indicação na hipertensão intracraniana,
mas serão feitos após oxigenação e reposição volêmica. O efeito mais importante
do barbitúrico está relacionado ao adequamento do fluxo sanguíneo cerebral à
demanda metabólica regional, conseguindo um controle da PIC refratária. O uso
do manitol é efetivo para o controle da PIC após TCE grave.
Alternativa D: INCORRETA. Elevar a cabeceira faz parte do tratamento, mas não
está entre os dois pontos mais importantes.
Alternativa E: INCORRETA. A hipotermia também faz parte do tratamento, mas
não está entre os dois pontos mais importantes.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Provavelmente será um paciente candidato a
transplante hepático (Child C + Lesão única < 5 cm), entretanto, não será feita de
urgência!
Alternativa B: INCORRETA. Poderia ser realizada a laparotomia, mas é pouco
provável que o argônio fosse capaz de hemostasiar a lesão, visto que sua ação é
superficial.
Alternativa C: INCORRETA. Ver a alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Pacientes portadores de cirrose hepática estágio Child
B e C não devem ser submetidos à ressecção hepática parcial. Para esses
pacientes, as opções terapêuticas curativas restringem-se ao transplante de
fígado, desde que selecionáveis para esse procedimento, o que na maioria dos
países dá-se através dos Critérios de Milão.
Alternativa E: CORRETA. Muito cuidado quando a questão fala em “condições
ideais”, pois, apesar de não ser o que mais vemos no dia-a-dia, esse paciente se
beneficiaria de uma embolização por arteriografia para tratar esse sangramento
agudo. A laparotomia para damage control poderia ser feita, mas em condições
IDEAIS, o melhor é mesmo a embolização. Atenção aos enunciados!
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O paciente em questão apresenta uma pancreatite
aguda sem critérios de gravidade. Após um dia de tratamento clínico, apresentou
febre, porém não há motivos para se suspeitar de necrose infectada por ter
quadro clínico estável. Nesse caso, a conduta deve ser manter a observação clínica
e pesquisar um foco infeccioso associado.
Alternativa B: INCORRETA. A tomografia deve ser reservada para casos de dor
persistente, PCR elevado, para investigação de complicações locais. Não se aplica
ao nosso paciente no momento.
Alternativa C: INCORRETA. A ressonância magnética tem valores diagnóstico e
prognóstico comparáveis aos da TC, mas apresenta algumas desvantagens no
cenário clínico: são mais longos e caros.
Alternativa D: INCORRETA. Ainda que houvesse necrose com infecção
pancreática, a drenagem ou necrosectomia deve ser postergada para terceira ou
quarta semana de evolução, exceto em doentes com piora progressiva.
Alternativa E: INCORRETA. Deve-se reservar o uso de antibiótico para os
pacientes com infecção de necrose pancreática ou ainda outros focos infecciosos
confirmados, a fim de evitar infecções por bactérias resistentes e fungos.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A conduta adequada para este paciente é aquecê-lo, já
que ele está hipotérmico (T < 35 °C) e o risco de fibrilação ventricular aumenta em
temperaturas abaixo de 32 °C.
Alternativa B: INCORRETA. Aquecimento central ativo é geralmente reservado
para pacientes com hipotermia grave, não responsivos ao aquecimento passivo
externo e/ou com alterações do ritmo cardíaco.
Alternativa C: INCORRETA. É necessária a correção da glicemia, mas não será o
próximo passo.
Alternativa D: INCORRETA. As plaquetas estão normais.
Alternativa E: INCORRETA. Os traumas esplênicos graus I, II e III com
hemoperitôneo pequeno e estabilidade hemodinêmica têm tratamento não
operatório.
▶ resposta: A
A. NEM 1;
B. NEM 2A;
C. NEM 2B;
D. Doença de von Recklinghausen;
E. Doença de von Hippel-Lindau.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM 1) é
caracterizada por gastrinoma/insulinoma, prolactinoma e hiperparatireoidismo.
Alternativa B: INCORRETA. O NEM 2A é caracterizado por carcinoma medular na
tireoide, feocromocitoma, hiperparatireoidismo, líquen amiloidocteo cutâneo.
Alternativa C: INCORRETA. O NEM 2B caracteriza-se por carcinoma medular da
tireoide (mais precoce e mais agressivo), hábitus marfanoide e neuromas de
mucosa.
Alternativa D: INCORRETA. A doença de von Recklinghausen, também conhecida
como Neurofibromatose do tipo 1, é caracterizada pela presença de manchas café
com leite, neurofibromas múltiplos e hamartomas. Trata-se de doença
autossômica dominante de alta penetrância e expressividade variável, com
envolvimento da cabeça e do pescoço em 22 a 47% dos pacientes.
Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de von Hippel-Lindau é uma doença genética
rara que envolve o crescimento anormal de tumores em partes do corpo
particularmente irrigadas por sangue. É caracterizada pela presença de
hemangioblastomas e carcinoma renal (carcinoma renal de células claras),
anormalidades adrenais, pancreáticas e escrotais. Afeta igualmente homens e
mulheres. O início da doença ocorre na 2ª e 3ª décadas de vida.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questão sobre ATLS! Paciente de 10 anos, vítimas de
atropelamento, apresentando-se com muita dor abdominal, evolui com
rebaixamento de nível de consciência e instabilidade hemodinâmica, além de
abdome tenso e equimose periumbilical. Qual sequência devemos sempre seguir?
ABCDE! As únicas alternativas que seguem essa sequência são as A, C e D.
Entretanto, a A está incorreta, pois, além de escolher “coloides”, não deve ser feita
tomografia computadorizada nesse paciente instável. A letra C também erra nesse
sentido, pois indica TC de corpo inteiro, ao invés de encaminhar o paciente
imediatamente para laparatomia, devido à instabilidade hemodinâmica, em que
muito provavelmente o foco é abdominal.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como principais fatores de risco para câncer de próstata
temos: idade (a doença afeta principalmente homens acima de 65 anos); história
familiar (ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata
mais do que duplica o risco de um homem de desenvolver a doença);
etnia/cor (pessoas de raça negra têm o dobro da probabilidade de morrer de
câncer de próstata do que os homens brancos); obesidade.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questões como essas não são raras na prova do SES-PE.
A Residência foi criada por William Halsted em 1889, na Johns Hopkins University.
No Brasil, a primeira Residência Médica, como nós a concebemos atualmente, foi
criada em 1945 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (HCFMUSP), sendo uma Residência em Ortopedia.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. A principal complicação em uma raquianestesia é a
cefaleia pós-punção, que piora em ortostase devido à perfuração da dura-máter.
Conduta: decúbito em zero grau (e não deambulação precoce), hidratação
vigorosa, analgesia com dipirona/cafeína ou opioides e Blood Patch (conduta mais
eficaz, que consiste na injeção de sangue autólogo, no espaço epidural, que fará
um tampão no orifício por onde extravasa o líquo).
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A USG é um bom exame inicial, porém não o melhor.
Alternativa B: CORRETA. Pelos hábitos e vícios do paciente, como etilismo e
tabagismo, além da clínica associada ao emagrecimento, a hipótese diagnóstica
mais provável é uma neoplasia maligna. Para realizarmos a investigação
diagnóstica de tumores de cabeça e pescoço, o primeiro passo é realizar a
anamnese e o exame físico do pescoço e da cavidade oral, uma PAAF para concluir
o diagnóstico histológico/citológico, e uma TC, para avaliar o estadiamento e
acometimento de estruturas adjacentes.
Alternativa C: INCORRETA. Biópsia cirúrgica a céu aberto não é indicada na
avaliação inicial por causa da possibilidade de alterar a disseminação de um
eventual tumor maligno, complicar o planejamento de seu tratamento e diminuir
as possibilidades de cura.
Alternativa D: INCORRETA. Todo tumor cervical em adultos deve ser considerado
como câncer primário ou metástase cujo primário localiza-se acima das clavículas,
até que se prove o contrário. Associado aos hábitos de vida e emagrecimento,
nossa principal hipótese não será toxoplasmose.
Alternativa E: INCORRETA. A relação com os vasos pode ser vista na tomografia,
exame menos invasivo.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A “Regra de Goodsall” é utilizada para traçar
clinicamente o trajeto das fístulas perianais. Fístulas com orifício externo posterior
(abaixo de uma linha traçada no ânus com o paciente em litotomia) têm trajeto
curvilíneo e entrarão sempre no canal anal na linha média posterior. Fístulas com
orifício externo anterior (acima de uma linha traçada no ânus com o paciente em
litotomia) têm trajeto reto/radial, e entrarão na cripta mais próxima. Se o
enunciado diz que o orifício está próximo à bolsa escrotal, é porque está localizado
anteriormente.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. O rastreamento do câncer de próstata pode acarretar
excesso de tratamento e excesso de diagnóstico. O rastreio não tem impacto na
taxa de letalidade da doença e a dosagem do PSA (antígeno prostático) produz
muitos falsos positivos, por isso não há recomendação para a organização de
programas de rastreio de acordo com a literatura, pois os riscos superam os
benefícios.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) e o hematoma
intramural (HIM), assim como a dissecção de aorta aguda, fazem parte do grupo
das síndromes aórticas agudas. O HIM ocorre por uma hemorragia na camada
média da parede da aorta, sem que haja lesão da camada intima, e evolui para
dissecção em 33% dos casos. A UAP se dá por uma úlcera em região de placa
ateromatosa na aorta que pode atingir a camada elástica interna e levar ao
sangramento na camada média, raramente evoluindo para dissecção.
Alternativa B: INCORRETA. Fatores de risco para dissecção são: homem; idade;
uso de cocaína; valva aórtica bicúspide congênita; coarctação de aorta; síndrome
de Marfan; Síndrome de Turnner; Síndrome de Noonan; Síndrome de Ehlers-
Danlos; Síndrome de Loeys-Dietz; gravidez, entre outros; porém, diabetes melito
não é um dos fatores de risco para a doença.
Alternativa C: INCORRETA. Cirurgia aberta para dissecção de aorta tipo B
apresenta alto índice de morbimortalidade, chegando a ser >30%.
Alternativa D: INCORRETA. A aortografia, apesar de ser considerada padrão-ouro,
perde espaço para a angiotomografia, a qual não é invasiva e possibilita
diagnóstico e avaliação com alta precisão de fenestras proximais e distais. A
vantagem da aortografia em relação à angiotomografia vem do fato de ser um
exame dinâmico. A aortografia atualmente está praticamente restrita quando
indicado tratamento cirúrgico endovascular.
▶ resposta: A
A. Mayo.
B. Stoppa.
C. MacVay.
D. Separação de componentes.
E. Técnica laparoscópica TEP.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A técnica de Mayo é utilizada em hérnias umbilicais.
Alternativa B: INCORRETA. As técnicas Stoppa, Macvay e laparoscópica TEP são
utilizadas em hérnias inguinais.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Apenas a “separação de componentes” é utilizada em
grandes defeitos incisionais. Uma das principais causas de recidiva após o
tratamento cirúrgico de uma hérnia é o excesso de tensão no fechamento. Com
objetivo de diminuir esta tensão, algumas medidas têm sido utilizadas no pré-
operatório, como perda de peso, pneumoperitônio progressivo e aplicação de
toxina botulínica. Com o mesmo objetivo, utiliza-se a técnica cirúrgica de
separações de componentes. A musculatura lateral do abdome é composta de 3
músculos que, quando contraem, exercem força contra o fechamento da hérnia.
Na cirurgia é realizada a separação e a secção de um desses músculos, diminuindo
a resistência contra o fechamento da hérnia.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
A. Oxigenioterapia peroperatória.
B. Antibioticoprofilaxia por 48 horas.
C. Banho pré-operatório com sabão antimmicrobiano.
D. Preparo do sítio cirúrgico com clorexidina alcoólica.
E. Não remover pelos, apenas se necessário.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Sabemos que a antibioticoprofilaxia deve ser feita
apenas por 24 HORAS, e não 48. Entretanto, também não há evidências de que o
banho pré-operatório com antisséptico diminua as infecções de ferida operatória.
Portanto, a questão merecia ter sido anulada.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Também deve haver quimioterapia e radioterapia
neoadjuvantes.
Alternativa B: INCORRETA. Se o linfonodo for positivo, será feita quimioterapia e
não radioterapia.
Alternativa C: INCORRETA. Ver alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa E.
Alternativa E: CORRETA. Paciente com tumor de reto tocável ou localizado em até
10 cm da margem anal deve ser submetido a quimioterapia + radioterapia
neoadjuvantes, seguidos de cirurgia. Além disso, se o linfonodo for positivo, deve
ser feita a quimioterapia adjuvante.
▶ resposta: E
A. Rovsing.
B. Psoas.
C. Obturador.
D. Chandelier.
E. Dunphy.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sinal de Rovsing: dor na FID após compressão da FIE.
Alternativa B: CORRETA. Sinal do Psoas: dor à extensão da coxa direita com
paciente em decúbito esquerdo. Boa para apendicite retrocecal.
Alternativa C: INCORRETA. Sinal do obturador: dor com a rotação interna da coxa
direita flexionada. Bom para apendicite pélvica.
Alternativa D: INCORRETA. Sinal de Chandelier: mobilização do colo uterino,
provocando dor pélvica; é altamente sugestiva de doença inflamatória pélvica e
não de apendicite.
Alternativa E: INCORRETA. Sinal de Dunphy: dor na FID que piora com tosse.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A primeira conduta em qualquer quadro de HDA é a
estabilização hemodinâmica. Além disso, em um paciente cirrótico com
possibilidade de sangramento por varizes esofágicas, faremos um análogo da
somatostatina para parada temporária do sangramento (octreotide, terlipressina).
A infecção bacteriana complica pacientes com sangramento varicoso em até 66%
dos casos, em especial na forma de peritonite bacteriana espontânea (PBE); deve-
se fazer sua profilaxia para todo paciente. A norfloxacina por 7 dias é a escolha; se
houver possibilidade da via enteral, utilizar ciprofloxacina ou ceftrianoxa venoso.
Como ainda não sabemos a causa exata do sangramento, devemos iniciar
inibidores de bomba (omeprazol ou pantoprazol), pois pode ser também por
úlcera péptica.
Alternativa B: INCORRETA. Para controle da pressão portal e redução do
sangramento inicial são utilizados betabloqueadores e não bloqueadores do canal
de cálcio.
Alternativa C: INCORRETA. O hidróxido de alumínio (componente do sucralfato) e
o magnésio nunca tiveram sua eficácia comprovada em diminuir sangramento
gástrico. Por isso, devemos usar os inibidores de bomba de prótons.
Alternativa D: INCORRETA. A vancomicina não está inclusa nos antibióticos
profiláticos para PBE.
Alternativa E: INCORRETA. A treonina é um aminoácido de origem animal que
não tem relação com o tratamento das hemorragias digestivas. Ela faz parte das
proteínas essenciais para casos de cirrose, exceto durante a encefalopatia
hepática.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. O ácido tranexâmico é um medicamento usado para
neutralizar o sistema fibrinolítico por meio de bloqueio da formação de plasmina,
mediante a inibição da atividade proteolítica dos ativadores de plasminogênios,
que inibem a dissolução dos coágulos. Ou seja, é classificado como
antifibrinolítico, diminuindo sangramento.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para a realização de uma punção venosa central é
necessário uso de técnica asséptica, com material esterilizado e paramentação
adequada: capote, luva estéril, gorro, máscara e campos cirúrgicos.
Alternativa B: INCORRETA. A bata não é estéril; usa-se o capote.
Alternativa C: INCORRETA. Faltou o campo cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA. Faltou o capote.
Alternativa E: INCORRETA. Deve-se usar campo cirúrgico estéril e não
compressas.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O problema não está no dreno, pois ele não está
sendo obstruído; o problema é a multiloculação.
Alternativa B: INCORRETA. Deve-se manter o antibiótico, mas também retirar o
foco.
Alternativa C: INCORRETA. Não devemos apenas drenar por radiologia (C) ou
laparoscopia (D), mas sim retirar o foco.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. Se se tratar de um abscesso esplênico multilobulado
com drenagem prévia sem sucesso, a melhor conduta é realizar a esplenectomia
laparoscópica ou por laparotomia.
▶ resposta: E
A. Hidratação intravenosa.
B. Laparoscopia.
C. Tiamina intramuscular.
D. Ferro intravenoso.
E. Antibiótico.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há relato de desidratação.
Alternativa B: INCORRETA. Não há sinais de complicações do procedimento.
Alternativa C: CORRETA. Devemos nos atentar ao fato de que o paciente realizou
uma cirurgia bariátrica por técnica disabsortiva e agora vem apresentando
vômitos de repetição, o que leva à deficiência de vitamina B1 (tiamina),
manifestando-se por fadiga, confusão mental e desequilíbrio. Deve ser tratada
com reposição.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas clínicos não são de anemia, apesar de
descorado.
Alternativa E: INCORRETA. Não há sinal de infecção.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O refluxo tem vômito bilioso.
Alternativa B: INCORRETA. As manifestações clínicas na forma aguda da
insuficiência adrenal caracterizam-se por hipoglicemia, respiração fraca e curta,
febre, taquicardia, náusea, vômitos, cefaleia, dor abdominal inespecífica, diarreia,
desidratação, hipovolemia, obnubilação (ofuscação da vista) e sonolência. Não há
nódulo palpável em epigástrio.
Alternativa C: INCORRETA. Erro Inato do Metabolismo pode cursar com vômitos,
mas biliosos, e outros sintomas inespecíficos.
Alternativa D: CORRETA. Estenose hipertrófica do piloro é uma condição comum
em infantes com 2 a 12 semanas de idade e cuja causa permanece desconhecida.
O diagnóstico clínico baseia-se na história de vômitos não biliosos em jato, sinais
de hiperperistalse gástrica e tumor pilórico palpável ao exame físico.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O choque obstrutivo caracteriza-se por débito
cardíaco inadequado na vigência de volume intravascular e função miocárdica
normais por obstrução mecânica à entrada e/ou saída de sangue do coração (ex.:
tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e embolia pulmonar maciça).
Alternativa B: CORRETA. As manifestações clínicas da doença são bastante
variáveis, podendo abranger formas subclínicas, como dilatação e disfunção
ventricular assintomática, ou mesmo manifestações clínicas agudas de
insuficiência cardíaca descompensada, fulminante, com quadro de choque
cardiogênico, dor precordial, palpitações, síncope e morte súbita. A despeito do
fato de que a maioria das formas de miocardite tem sua gênese em um quadro
viral, a presença de infecção respiratória, gastrointestinal ou sistêmica de infecção
viral é observada em somente cerca de 30% dos pacientes nas formas agudas de
manifestação.
Alternativa C: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. O choque cardiogênico é compensado, não há
hipotensão arterial.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Parafimose ocorre quando o prepúcio é retraído atrás da
corona (ou coroa) do pênis e não pode ser devolvido para a posição anterior ou
normal. Isso pode causar o aprisionamento do pênis, prejudicando a drenagem do
sangue – e as consequências podem ser graves. O tratamento para parafimose
pode envolver lubrificação do prepúcio e da ponta do pênis e, em seguida,
redução. Se isso for ineficaz, uma pequena incisão para aliviar a tensão pode ser
realizada. Uma circuncisão de emergência (remoção cirúrgica de todo ou parte do
prepúcio) pode ser recomendada.
Alternativa C: INCORRETA. A balanopostite é uma reação inflamatória aguda da
glande e do prepúcio de origem bacteriana na maioria dos casos. Deve ser tratada
com pomada de antibiótico local e anti-inflamatório sistêmico.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. A ITU não causa essas alterações no pênis.
▶ resposta: B
A. Interrupção da aorta.
B. Coarctação da aorta.
C. Estenose aórtica valvar.
D. Estenose aórtica supravalvar.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na interrupção da aorta não há pulso femoral.
Alternativa B: CORRETA. Temos um quadro clássico de coarctação de aorta não
crítica, uma história de hipertensão arterial com diminuição dos pulsos em
membros inferiores (irrigação distal à obstrução). A coarctação é caracterizada por
uma constrição na aorta que pode ser em qualquer parte do seu trajeto; quando
mais grave, as manifestações clínicas aparecem nos primeiros dias de vida. O
desenvolvimento gradual da obstrução leva ao surgimento de circulação colateral,
que pode causar erosão nos arcos costais devida a essa pressão exercida, como
traz o caso.
Alternativa C: INCORRETA. A estenose de valva aórtica geralmente cursa com
angina, dispneia e desmaio. Não há alteração dos pulsos.
Alternativa D: INCORRETA. As principais características clínicas da EAS são
síncope, dispneia e palpitações, e a incidência desses sintomas é tão precoce
quanto for a progressão da doença. Em geral, essa doença é mais comumente
diagnosticada na criança, devido à presença de sopro relacionado à obstrução.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há indicação cirúrgica inicial. Se não houver
melhora com o enema ou soro fisiológico, daí é feita uma laparotomia com
ileostomia. Alternativa D também incorreta.
Alternativa B: CORRETA. RN de 3 dias de vida, com distensão abdominal, vômitos
e sem eliminar mecônio, nos faz pensar em íleo meconial ou megacólon
agangliônico, mas este último geralmente tem um diagnóstico mais tardio e os
vômitos não são comuns. A conduta inicial para íleo meconial é lavagem intestinal
com solução fisiológica aquecida, para alívio sintomático.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico é clínico e pode ser complementado
com radiografia de abdome simples. Não é necessário TC.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
69 (SUS - SP - 2018) Vítima de atropelamento por automóvel, um paciente de 24
anos é atendido no pronto-socorro com os seguintes achados na avaliação
primária: A: via aérea pérvia; B: frequência respiratória: 20 irpm, murmúrio
vesicular presente bilateralmente, saturação de oxigênio: 96%; C: Pulso: 120 bpm,
PA: 60 × 40 mmHg, enchimento capilar: 5 segundos, FAST (Focused Assessment with
Sonography for Trauma): negativo; pelve instável; toque retal: sem alterações;
sondagem vesical: sem hematúria; D: Glasgow: 14, pupilas isofotorreagentes, sem
déficits motores ou sensitivos; E: ferimento lacerante extenso de todo o períneo,
com perda de pele, comprometendo a região perianal e o escroto, com
sangramento difuso, “em babação”. Foi feito o tamponamento extraperitoneal de
pelve com compressas e o paciente recebeu vacinação antitetânica e
antibioticoterapia. Conduta frente à lesão perineal, além da hemostasia e do
desbridamento dos tecidos desvitalizados:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O curativo deve ser hemostático, compressivo.
Alternativa B: CORRETA. O paciente apresenta um ferimento em uma área de alta
contaminação e difícil higiene. A colostomia em alça é ideal pois podemos desviar
o trânsito intestinal da região e reverter a colostomia em segundo momento.
Deve-se deixar um curativo compressivo para hemostasia.
Alternativa C: INCORRETA. Ferimento extenso não teria como ser fechado
primário, a reconstrução deve ficar para um segundo momento quando houver
estabilidade hemodinâmica.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pode cursar com acidose metabólica e hipercalemia.
Alternativa B: CORRETA. O retorno do fluxo vascular após a desobstrução de um
membro pode causar congestão vascular e edema dentro do compartimento
fascial, levando a aumento da pressão e síndrome compartimental. Caso o
paciente curse com paresestesias, dor desproporcional e que piora com a
extensão do membro, devemos proceder a fasciotomia descompressiva, ainda que
na presença de pulso.
Alternativa C: INCORRETA. A antiagregação imediata deve ser com heparina por
causa do risco de reoperação.
Alternativa D: INCORRETA. A evolução dos casos embólicos geralmente é mais
desfavorável que a dos por trombose.
▶ resposta: B
A. Ureteropielostomia.
B. Ureteroureterostomia.
C. Ureteroneocistostomia.
D. Vesicopielostomia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Em um transplante renal, o rim do doador leva consigo o
ureter. O órgão é revascularizado a partir das anastomoses da artéria e da veia
renal com os vasos ilíacos, e então é feita uma ureteroneocistostomia, que é o
implante do rim em cima da bexiga.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para cálculos maiores que 7 mm, pode-se realizar a
ureterolitotripsia com laser e a litotripsia extracorpórea (alternativa C), seguidas do
implante de duplo J (alternativa B).
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Diante de um paciente com cálculo ureteral menor que 7
mm, a chance de eliminação espontânea é muito grande, logo, a conduta é
expectante. Podem ser prescritos alfabloqueadores para relaxar a musculatura do
ureter e facilitar a expulsão do cálculo, mas sem nenhuma outra intervenção.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Tanto o fio de nailon quanto o de polipropileno são
monofilamentares, inabsorvíveis e sintéticos, no entanto, quando a sutura é feita
em pele, a agulha faz diferença; nossa pele é um tecido de elevada resistência e
agulhas com secção triangular (cortante) são mais indicadas. As agulhas cilíndricas
penetram a pele com dificuldade.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
A. Laparotomia exploradora.
B. Videolaparoscopia diagnóstica.
C. Observação da paciente em esquema de UTI.
D. Lavado peritoneal diagnóstico.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Já havia o diagnóstico de lesão hepática por TC.
Alternativa C: CORRETA. Questão controversa, pois temos uma paciente com
lesão esplênica de baixo grau, estável hemodinamicamente, que poderia receber
uma conduta expectante e suporte de UTI. No entanto o enunciado traz “discreta
irritação peritoneal”, que seria uma indicação para laparotomia exploradora. A
banca considerou correta a observação em UTI, e a dor referida provavelmente era
devida à presença de líquido periesplênico mostrado na TC de abdome.
Alternativa D: INCORRETA. Já havia o diagnóstico de lesão hepática por TC, logo,
o líquido periesplênico é sangue, não necessitando do lavado.
▶ resposta: C
A. Ultrassonografia de abdome.
B. Tomografia de abdome.
C. Ressonância de abdome.
D. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão simples; paciente com um quadro de colestase
clássica, com sintomatologia de icterícia obstrutiva, dados laboratoriais com
aumento de bilirrubina direta e de enzimas canaliculares, com transaminases
pouco alteradas. A ultrassonografia de abdome é o primeiro exame que deve ser
solicitado em casos de colestase, pois pode confirmar a obstrução biliar e
identificar o ponto onde está ocluído.
Alternativa B: INCORRETA. A TC e a RM podem ser utilizadas para investigação
nos casos colestáticos com USG inconclusivo.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. A CPRE tem papel diagnóstico e terapêutico nas
coledocolitíase. Mas não é o primeiro exame a ser realizado.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Há risco de perda iminente do membro, uma vez que
está pálido, frio, com déficit sensitivo e motor (Rutherford IIb). O tratamento é
cirúrgico imediato; não há tempo para trombólise sistêmica ou local (Alternativa
D).
Alternativa B: INCORRETA. O diagnóstico é clínico, não necessitando de
angiografia ou Doppler (Alternativa E).
Alternativa C: CORRETA. A conduta mais apropriada para os casos de embolia
arterial é a tromboembolectomia cirúrgica imediata. Neste caso, o paciente
apresenta sinais de comprometimento isquêmico do membro e tal procedimento
possibilita uma abordagem rápida e eficaz para o salvamento deste.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C
A. Diencefálico.
B. Mesencefálico.
C. Pontino.
D. Bulbar.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diencéfalo é composto por epitálamo, tálamo,
subtálamo, metatálamo, hipotálamo, glândula hipófise. Os sintomas associados ao
TCE dessa região dependerão de qual segmento foi atingido. Este é o centro
primário para o processamento de informações sensoriais e o controle
autonômico.
Alternativa B: CORRETA. Após um TCE, o coma associado com hiperventilação e
dilatação pupilar aponta para lesão no núcleo de Edinger-Westphal, que fica no
mesencéfalo, na região anterolateral ao aqueduto cerebral, e é responsável pela
convergência ocular, pela acomodação do cristalino e pela contração pupilar.
Alternativa C: INCORRETA. A lesão da ponte causa hiperventilação e o paciente
respira com uma frequência respiratória rápida. Porém, não temos os outros
comemorativos do caso clínico, como dilatação pupilar.
Alternativa D: INCORRETA. O bulbo controla as funções cardíaca e respiratória.
Sua lesão traz consequências graves.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A cirurgia aberta geralmente está reservada para
TASC C e D, normalmente com prótese de dacron ou PTFE.
Alternativa B: CORRETA. Questão sobre a classificação de TASC. Na classificação
de TASC II para doença aorto-ilíaca tipo A temos a presença de estenose unilateral
ou bilateral da artéria ilíaca comum ou estenose curta (< 3 cm) unilateral ou
bilateral da artéria ilíaca externa, que é o que a questão nos traz, sendo que, no
caso dessas lesões, o reparo endovascular é a terapia de escolha.
Alternativa C: INCORRETA. Tenta-se inicialmente apenas o tratamento
endovascular.
Alternativa D: INCORRETA. Pela existência de lesão trófica, está indicada
revascularização do membro.
Alternativa E: INCORRETA. A cirurgia aberta geralmente está reservada para TASC
C e D; a safena é usada no território aorto-ilíaco em caso de exceção, quando há
infecção associada, por exemplo.
▶ resposta: B
79 (UNIFESP - SP - 2018) Homem, 70 anos de idade, vítima de atropelamento por
moto em via de média velocidade, há 30 minutos. A: via aérea pérvia, em uso de
prancha rígida e colar cervical. B: murmúrio vesicular presente bilateral, SpO2
88%, FR 22 ir/min, forte dor e escoriações em gradil costal à esquerda. C: sem
sangramento externo ativo, PA 160 x 90 mmHg, FC = 95 bc/min, TEC = 2 s, abdome
doloroso em flanco esquerdo, pelve estável. D: Glasgow 12, pupilas sem
alterações, sem déficit neurológico focal, E: dorso e extremidades com pequenas
escoriações. Colocada máscara de oxigênio, ocorreu melhora da saturação para
SpO2 90%. Foi realizada ultrassonografia à beira do leito (eFAST), que evidenciou: 1
cm de líquido livre em espaço hepatorrenal, “sinal da praia” presente e linhas B
ausentes em hemitoráx esquerdo. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial em uso
de varfarina. Qual a conduta mais adequada para este paciente?
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há indicação de drenar o tórax, uma vez que não
há evidência de pneumotórax ao exame físico ou de imagem (FAST).
Alternativa B: INCORRETA. Pelo mecanismo do trauma em paciente idoso, já há
indicação de tomografia de corpo inteiro.
Alternativa C: INCORRETA. Em um local com tomografia não há indicação de
fazer lavado peritoneal. Este não mostra a localização ou a extensão das lesões,
nem mostra lesões do retroperitônio.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa B.
Alternativa E: CORRETA. A questão nos traz um paciente vítima de politrauma
com lesões em todo o corpo. Vamos avaliar o quadro clínico e estabelecer as
condutas: 1) TCE moderado (Glasgow = 12); conduta: TC de crânio; 2) Trauma
torácico com fratura de costelas e contusão pulmonar (dor em gradil costal e SpO2
= 88%); conduta: TC de tórax; 3) Trauma de abdome contuso (FAST com líquido
livre no espaço hepatorrenal); conduta: TC de abdome e pelve. Assim, pelos
motivos citados e pelo mecanismo do trauma, devemos realizar TC de corpo
inteiro.
▶ resposta: E
A. Complexo protrombínico.
B. Plasma fresco congelado e vitamina K.
C. Concentrado de plaquetas.
D. Crioprecipitado.
E. Protamina.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atualmente recomenda-se a reversão do efeito
anticoagulante da varfarina a partir do complexo protrombínico. Estudos clínicos
comparando este e o plasma fresco congelado demonstram a correção do INR
mais rapidamente pelo primeiro (média de 30 min). O plasma fresco congelado
demora em média 2 horas, devido à necessidade de ser aquecido, tipado e
transportado do banco de sangue. A vitamina K deveria estar associada ao
complexo protrombínico.
Alternativa B: INCORRETA. Nos locais em que não há disponibilidade do
complexo protrombínico, visto que possui um preço elevado, podemos usar o
plasma fresco congelado na dose de 15-30 mL/kg.
Alternativa C: INCORRETA. Não há alteração plaquetária com o uso da varfarina.
Alternativa D: INCORRETA. O crioprecipitado contém os fatores de coagulação
XIII, VIII, Fator de von Willebrand e fibrinogênio. É indicado em sangramento ativo
ou preventivo em caso de procedimentos invasivos em casos de
hipofibrinogenemia ou disfibrinogenemia; deficiência de Fator XIII da coagulação
(quando não houver o concentrado liofilizado específico); doença de von
Willebrand, quando não responsivo ao DDAVP ou quando não
houver disponibilidade do concentrado liofilizado específico; sangramento
microvascular difuso com fibrinogênio < 100 mg.
Alternativa E: INCORRETA. A protamina é usada para reverter o efeito
anticoagulante da heparina.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão clássica. A conduta imediata para um quadro de
pneumotórax espontâneo é a drenagem torácica em selo d’água, que é feita no 5º
ou 6º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e média, na borda superior da
costela.
Alternativa B: INCORRETA. A borda da costela deve ser superior para não haver
lesão do feixe vascular que fica na borda inferior.
Alternativa C: INCORRETA. Este sistema é mais indicado em casos de fístulas
pulmonares com escapes aéreos.
Alternativa D: INCORRETA. A drenagem no 2º espaço intercostal, linha
hemiclavicular, é usada para toracocentese de alívio em pneumotórax
hipertensivo, mas é realizada na borda superior.
Alternativa E: INCORRETA. Somente nos casos de pós-operatório de
pneumonectomia ou de drenagem de pacientes com cavidade pleural residual e
pulmão encarcerado admite-se a possibilidade de drenagem em sistema aberto
sem selo d’água.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A artéria mesentérica superior é um ramo que sai da
aorta abaixo do tronco celíaco.
Alternativa B: CORRETA. Os ramos do tronco celíaco são as artérias hepática
comum, esplênica e gástrica esquerda.
Alternativa C: INCORRETA. A artéria gastroepiploica esquerda tem origem da
artéria esplênica e a gastroepiploica direita tem origem na gastroduodenal.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. A gástrica direita é ramo da artéria hepática própria.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O principal método diagnóstico, padrão-ouro, é a
angiotomografia. Com esse exame, também é possível avaliar a extensão e
diferenciação entre os tipos A e B de Stanford, necessário para o tratamento
direcionado.
Alternativa B: INCORRETA. A úlcera aterosclerótica penetrante é uma variante da
DA, uma lesão da íntima em região de doença aterosclerótica, porém sem
evidência de dissecção das camadas internas. Lembrar também que outra variante
da DA é o Hematoma intramural, que acontece devido ao rompimento dos vasa
vasoruns com formação de hematoma entre as camadas, porém sem evidência de
lesão da íntima.
Alternativa C: INCORRETA. A dissecção de aorta é uma grave condição clínica em
que uma lesão da camada íntima da artéria permite que o fluxo sanguíneo crie um
falso lúmen entre a camada média e adventícia.
Alternativa D: CORRETA. Diversas condições são descritas como fator de risco
para DA, o mais importante deles é a hipertensão seguido pela aterosclerose. A
presença de aneurisma de aorta e condições que levem a picos hipertensivos (uso
crack/cocaína, halterofilismo e outras atividades físicas extenuantes) também são
fatores bem conhecidos. Doenças do tecido conjuntivo (Síndrome de Marfan,
Ehlers-Danlos, Turner) têm um papel importante na fisiopatologia e estão
presentes em boa parte dos casos com menos de 40 anos. A gravidez também
está associada.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Criança com dor abdominal em cólica, distensão
abdominal, náuseas e vômitos de conteúdo alimentar associado à evacuação
mucossanguinolenta e massa palpável em fossa ilíaca direita tem que nos fazer
pensar na hipótese diagnóstica de invaginação intestinal. A conduta inicial, em
paciente estável, deve ser a redução com enema contrastado (bário ou ar). Como
no caso há elevação de LDH, devemos pensar em isquemia e necrose intestinal,
logo, a conduta seria a realização de uma laparotomia exploradora.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Na apendicite teríamos uma leucocitose.
Alternativa D: INCORRETA. Hérnia interna pode ser definida como deslocamento
de víscera através de abertura normal ou anormal, por forames, recessos, fóveas,
defeitos congênitos ou adquiridos do peritônio. Essas afecções são responsáveis
por 0,9% dos casos de obstrução intestinal mecânica. Não cursa com massa
palpável.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Dor musculoesquelética generalizada por mais de 3
meses associada a distúrbio do sono, fadiga e depressão, em mulher idosa, na
ausência de outro diagnóstico aparente, são achados bastante sugestivos de
fibromialgia. O tratamento consiste na prática regular de atividades físicas
aeróbicas, podendo-se utilizar moduladores centrais da dor como os
antidepressivos. Como a paciente tem o diagnóstico de depressão não tratada,
está indicado o uso dos antidepressivos, que podem ser tricíclicos (ex.:
amitriptilina) ou então inibidor dual (serotonina/noradrenalina), como a
duloxetina.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Não há contraindicação da ingesta de líquidos sem
resíduos em pequena quantidade até 2 horas antes do procedimento, exceto para
pacientes com gastroparesia importante, como diabéticos e gestantes em trabalho
de parto.
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta porque o jejum de 8 horas é para
sólidos. O jejum de líquidos é de 2 horas.
Alternativa C: INCORRETA. A reposição oral deve ser em até 2 horas.
Alternativa D: INCORRETA. Nem todas as cirúrgicas ginecológicas necessitam de
antibioticoprofilaxia.
Alternativa E: INCORRETA. Os anestésicos por si só, a hipotensão e diversos
outros fatores podem desencadear náusea e vômito. Por isso deve-se fazer
profilaxia.
▶ resposta: A
87 (SUS - SP - 2018) Um homem de 72 anos notou discreto abaulamento na região
inguinal esquerda, há três meses. Não tem história de dor no local nem outras
queixas ou sintomas. Seu hábito intestinal é normal e não tem antecedentes
cirúrgicos. Também não tem sintomas que sugiram prostatismo. É hipertenso
controlado e não tem outras morbidades. Vive sozinho e trabalha 3 vezes por
semana como voluntário em um hospital universitário. Um cirurgião o examina e
faz o diagnóstico de hérnia inguinal e recomenda apenas observação. Essa
conduta é:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A observação pode ser uma alternativa segura para
pacientes do sexo masculino com comorbidades que aumentem o risco cirúrgico e
aqueles com hérnia pouco sintomática ou assintomática, porém, vale ressaltar que
esse último subgrupo possui uma chance acima de 70% de desenvolver sintomas
ao longo da observação e necessitar de tratamento cirúrgico. Logo, observar este
paciente com hérnia inguinal é uma conduta cabível, pois a hérnia é assintomática,
o paciente é idoso e hipertenso.
Alternativa B: INCORRETA. Somos mais tolerantes com as indicações cirúrgicas
em idosos.
Alternativa C: INCORRETA. As hérnias crurais são mais frequentes em mulheres
de 30 a 70 anos, e não há suspeita de hérnia femoral no caso, só de inguinal.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. Os pacientes assintomáticos, sem constipação, sem
prostatismo, têm baixa probabilidade de desenvolver complicações.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Existe necessidade, e o controle deve ser feito após 8
semanas do fim do tratamento.
Alternativa B: CORRETA. Se paciente apresenta úlcera e Helicobacter pylori
positivo, deve-se realizar o controle endoscópico após 8 semanas do tratamento
de erradicação da bactéria.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. O controle deve ser feito se houver suspeita de
malignidade, etiologia da úlcera não esclarecida, biópsia não realizada ou
sintomas persistentes.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do professor:
Questão sobre tema frequente em provas de residência: as diferenças entre as úlceras gástrica e
duodenal, sua fisiopatologia e quando realizar sua biópsiar.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A relação entre úlcera péptica e H. pylori é comum,
porém é mais comum na úlcera duodenal. O mesmo vale para a letra C e D.
Alternativa B: INCORRETA. O despertar noturno é mais comum na úlcera
duodenal.
Alternativa C: CORRETA. Toda úlcera deve ser biopsiada, independente se
cicatrizada ou não
Alternativa D: INCORRETA. As prostaglandinas são fatores protetores.
Alternativa E: INCORRETA. Todas as úlceras que tenham associação com H. pylori
devem ser biopsiadas, não apenas as gástricas.
▶ resposta: C
A. Síndrome de Zollinger-Ellison.
B. Síndrome Verner-Morrison (VIPoma).
C. Somatostatinoma.
D. Glucagonoma.
grau de dificuldade:
dica do professor:
Tumores neuroendócrinos liberam substâncias vasoativas e podem causar
sintomas diarreicos, por hipermobilidade ou secreção. Úlceras pépticas de difícil
controle sugerem hipergastrinemia por gastrinoma ou síndrome de Zollinger-
Ellison.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome de Zollinger-Ellison caracteriza-se por
hipergastrinemia, gerando úlceras numerosas, em localizações não habituais, e
recidivantes, geralmente secundárias a gastrinoma duodenal ou pancreático.
Alternativa B: INCORRETA. Altos níveis de peptídeo intestinal vasoativo (VIP) com
tumor pancreático e diarreia secretória sugerem VIPoma ou síndrome de Verner-
Morrison.
Alternativa C: INCORRETA. O somatostatinoma é um tumor produtor de
somatostatina que inibe a produção de hormonios pancreáticos e gastrintestinais.
Apenas 2,5% são funcionantes. Os não funcionantes cursam com sintomas
relacionados ao espaço ocupado pelo tumor, como dor abdominal, obstrução
gastrintestinal ou pancreatobiliar. Os funcionantes podem cursar com algum grau
de diabetes, devido a inibição de insulina, esteatorreia e colelitíase, por inibição da
colecistoquinina, e acloridria por inibição da gastrina.
Alternativa D: INCORRETA. O glucagonoma, como o nome já o define, é um
tumor pancreático produtor de glucagon e cursa com um quadro de
hiperglicemia, induzindo diabetes no paciente, com perda ponderal e poliúria,
além de manifestar uma lesão de pele característica – o eritema necrolítico
migratório.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. um dos principais fatores de risco para o câncer de
pâncreas é a pancreatite crônica (de qualquer tipo, mas especialmente a forma
hereditária).
Alternativa B: INCORRETA. Não há relação entre o consumo de café e o aumento
da incidência do câncer de pâncreas.
Alternativa C: CORRETA. Os principais sintomas de neoplasia pancreática são:
anorexia e desconforto abdominal e, quando o tumor evolui para um estágio
avançado (quando normalmente os pacientes procuram auxílio médico), já estão
com perda ponderal e dor abdominal (rotineiramente em região epigástrica).
quando há acometimento da cabeça do pâncreas, soma-se a esses achados a
icterícia, devido à obstrução biliar (com acolia fecal, colúria e prurido em até 50%
dos casos).
Alternativa D: INCORRETA. Um dos principais fatores de risco para o câncer de
pâncreas é o tabagismo.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do professor:
No hemangioma, sintomas são tão raros que, se presentes, torna-se necessário descartar outra
doença como causa.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A relação dos hemangiomas com hormônios femininos é
sugerida por alguns autores pela maior prevalência no sexo feminino (5:1).
Alternativa B: INCORRETA. Sintomas devido ao hemangioma são muito raros,
normalmente constituem achado de exame de imagem.
Alternativa C: INCORRETA. No hemangioma, o risco de ruptura é desprezível e
não há malignização.
Alternativa D: INCORRETA. A conduta padrão é expectante.
Alternativa E: INCORRETA. Síndrome de Mirizzi é causada por um cálculo biliar
que comprime a via biliar extra-hepática.
Os hemangiomas têm mais associação com o sexo feminino e, por isso, para alguns autores os
hormônios femininos influenciam no surgimento dessa lesão. Isso é muito discutível. A alternativa
A é a mais adequada.
▶ resposta: A
Resumo Prático
1. Apendicite Aguda
Anatomia
O apêndice cecal localiza-se na junção das três tênias colônicas no ceco, logo
abaixo da válvula ileocecal, sendo sua posição variável, o que influencia na
apresentação clínica. Sua vascularização se dá pela artéria apendicular, ramo da
cecoapendicocólica, originada da artéria mesentérica superior.
A principal doença do apêndice, e uma das patologias mais comuns da cirurgia
geral, é a apendicite aguda, com uma incidência de 7% da população, em especial
em homens jovens.
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Diagnósticos diferenciais
Tratamento
Uma vez feito o diagnóstico ou a suspeita de apendicite, o paciente deve ser
encaminhado para avaliação cirúrgica de urgência e devem ser iniciadas medidas
gerais como jejum, hidratação, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e
antibioticoterapia.
O tratamento convencional da apendicite é a apendicectomia, podendo ser
realizada tanto por via aberta quanto laparoscópica. Em casos de mulheres com
dúvida diagnóstica em relação a patologias ginecológicas, obesos e com peritonite
difusa, a abordagem videolaparoscópica possui maior vantagem por proporcionar
melhor inspeção da cavidade abdominal.
Existe também o tratamento conservador em apendicites COMPLICADAS. Se a
coleção for menor que 4 centímetros, faz-se uso de antibiótico por 10 dias,
colonoscopia eletiva em pacientes com mais de 40 anos e a cirurgia é feita em 2 a
6 semanas, com o processo inflamatório esfriado. Em coleções maiores que 4
centímetros, é feita drenagem percutânea durante o estágio agudo e segue-se o
mesmo fluxograma citado.
Anatomia
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Diferentemente da apendicite, a colecistite baseia seu diagnóstico em um tripé
clínico, laboratorial e de imagem, sendo a ultrassonografia de abdome o exame de
escolha. Esses critérios são conhecidos como os critérios de Tokyo, que são:
Classificação
A colecistite aguda pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave,
com repercussões quanto ao tratamento a depender da classificação:
Tratamento
Questões Para Concursos
subtópico:
Hematologia, Anemias, Anemia Ferropriva.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A anemia ferropriva é a causa mais comum de anemia entre pacientes
ambulatoriais, enquanto a anemia de doença crônica é a principal causa entre
pacientes internados. Além do perfil microcítico e hipocrômico no hemograma, a
cinética do ferro auxiliará para que o diagnóstico seja firmado.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Depleção de ferro não reduz a hemoglobina de
maneira imediata. Há um processo de depleção dos estoques, quantificados
pelos níveis séricos de ferritina, seguido pela redução do ferro sérico, alteração
da morfologia das hemácias e queda dos níveis de hemoglobina.
Alternativa B: INCORRETA. A anemia por deficiência de ferro também pode ser
causada por sangramentos crônicos.
Alternativa C: INCORRETA. Mulheres no pós-parto integram o grupo de
pacientes vulneráveis ao desenvolvimento de anemia. Além de sangramentos
decorrentes do parto, temos anemia dilucional durante a gestação e maior
consumo de ferro, principalmente ao final da gestação, devido ao
desenvolvimento do feto.
Alternativa D: INCORRETA. O ferro é mais bem absorvido como sal ferroso em
ambiente mais ácido. Por isso, recomendamos sua ingestão com suco de frutas
cítricas, como laranja e limão. O leite dificulta a absorção do ferro.
Alternativa E: INCORRETA. A dosagem da hemoglobina é o exame básico inicial
de investigação de anemia, detectando a queda dos níveis de Hb. Porém, não
apresenta sensibilidade ou especificidade para determinar a causa da anemia.
▶ resposta: A
subtópico:
Endocrinologia, Diabetes Mellitus, Complicações do Diabetes.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Diabetes mellitus é rico em complicações microvasculares e macrovasculares,
sendo doença crônica com acometimento de múltiplos órgãos e sistemas e
responsável por morbimortalidade elevada.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diabetes pode contribuir para complicações no
sistema musculoesquelético (artropatia de Charcot), sistema digestório
(neuropatia autonômica causando gastroparesia ou obstipação), função cognitiva
e saúde mental (demência vascular por doença microangiopática), além de
aumentar risco de cânceres como o de pâncreas.
Alternativa B: INCORRETA. O risco de amputações de membros inferiores está
ligado não apenas aos controle da doença e de outros fatores de risco, como HAS
e tabagismo, mas também ao manejo oferecido pelo sistema de saúde, com
rastreamento, estratificação e tratamento.
Alternativa C: CORRETA. Em pacientes com sintomas cardinais de diabetes
mellitus, como poliúria, polifagia e polidipsia, perda de peso inexplicada, glicemia
casual ≥ 200 mg/dl é critério laboratorial suficiente para diagnóstico. Um valor
de glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl deve ser confirmado em um segundo exame,
mesmo na presença de sintomas.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa C responde à questão, por ser
incorreta, excluindo essa opção.
▶ resposta: C
A. II.
B. I.
C. III.
D. IV.
E. V.
subtópico:
Neurologia, Traumatismo cranioencefálico, Coma e nível de consciência, Escala
de Glasgow
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão envolve conceitos sobre avaliação do nível de consciência após
traumatismo cranioencefálico (TCE). Embora não cite a escala utilizada, ao
mencionar abertura ocular, resposta verbal e motora e pontuar estes atributos,
nos remete à famosa Escala de Coma de Glasgow.
resolução:
A ausência de abertura ocular (1 ponto), resposta verbal (1 ponto) e resposta
≤
motora (1 ponto) configura Glasgow 3, classificado como grave ( 8 pontos) e
indicando corretamente intubação orotraqueal imediata.
▶ resposta: B
A. V – V – V.
B. V – V – F.
C. V – F – F.
D. F – F – V.
E. F – V – F.
subtópico:
Emergência, Intoxicações Exógenas.
grau de dificuldade:
dica do autor.
Em questões de concurso, o tema intoxicações exógenas quase sempre será
voltado para a abordagem inicial geral, envolvendo conceitos como lavagem
gástrica em casos de ingestão recente e uso de carvão ativado, ou enfoque no
uso de antídotos específicos para o agente envolvido na intoxicação.
resolução:
Assertiva I: Verdadeira. O flumazenil pode ser utilizado como antídoto em casos
de intoxicação grave por benzodiazepínicos, com depressão do sistema nervoso
central e respiratória.
Assertiva II: Verdadeira. Em caso de intoxicação por opioide, naloxona é o
antídoto de escolha para reversão em caso de risco à vida.
Assertiva III: Falsa. Na intoxicação aguda por cocaína, não devemos utilizar
betabloqueadores, pois, devido à ausência de antagonização com bloqueio dos
receptores alfa-1 adrenérgicos, ocorreria piora da hipertensão. Além disso, o
nitroprussiato ajuda no controle pressórico, mas pode piorar a taquicardia.
▶ resposta: B
subtópico:
Psiquiatria, Neurologia, Emergências, Síndromes Medicamentosas
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em pacientes com quadros psiquiátricos em uso de terapia farmacológica, alguns
sintomas podem não ser decorrentes da doença em si, mas do uso de
determinadas medicações. É importante reconhecer quais sintomas se
enquadram na doença ou podem ser atribuídos a efeitos colaterais.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O transtorno psicótico delirante cursa com delírio
sem sintomas de esquizofrenia como ouvir vozes e embotamento afetivo.
Persiste por no mínimo um mês. Alteração do humor e agitação não fazem parte
do quadro, muito menos febre, diarreia, tremores e rigidez.
Alternativa B: INCORRETA. É uma síndrome colinérgica em que predominam
sintomas de ativação dos receptores nicotínicos, como neuromusculares e de
hiperativação simpática, com fasciculações, paralisia, taquicardia, hipertensão.
Alternativa C: INCORRETA. É transtorno de personalidade que envolve paranoia
e padrão invasivo de desconfiança, com impacto negativa no bem-estar.
Alternativa D: CORRETA. Paciente em tratamento psiquiátrico com febre, rigidez,
tremores, diarreia, taquicardia e taquipneia remete a síndromes decorrentes de
medicações psiquiátricas: síndrome neuroléptica maligna (uso de neurolépticos,
antipsicóticos) e síndrome serotoninérgica (uso de inibidores de receptação de
serotonina ou inibidores de monoaminooxidase). Pode ser difícil a diferenciação
clínica e a principal diferença entre as síndromes, além da medicação causadora,
é ocorrência de clônus e hiperreflexia na serotoninérgica.
Alternativa E: INCORRETA. Denominação genérica para transtornos do humor,
como transtorno depressivo maior e bipolar. Envolvem alterações do humor e
comportamento, não cursando com tremores, rigidez, febre ou diarreia.
▶ resposta: D
06 (FEMA – Prefeitura de Alegria/RS – 2019) Durante o atendimento de uma
Parada Cardiorrespiratória foi necessário realizar intubação orotraqueal para
mantermos uma via aérea avançada, após esse procedimento, de acordo com as
Diretrizes da American Heart Association, 2015, para Suporte Avançado de Vida, é
necessário modificar a relação da frequência das compressões torácicas e das
ventilações? Marque a resposta CORRETA:
subtópico:
Cardiologia, Emergência, Suporte Avançado de Vida Cardiovascular, Reanimação
Cardiopulmonar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questões envolvendo conceitos sobre ACLS e RCP nos concursos costumam ser
fáceis e não envolvem necessariamente raciocínio clínico, uma vez que são
derivadas de protocolo bem estabelecido e sem maiores variações de conduta.
Porém, devem ser respondidas prestando atenção aos detalhes, como a
frequência adequada das compressões torácicas ou diferença na frequência das
ventilações com máscara e através de tubo orotraqueal, por exemplo.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A relação das frequências muda, sendo que a relação
de 30 compressões para 2 ventilações ocorre apenas enquanto o paciente não
for intubado.
Alternativa B: INCORRETA. A frequência de ventilação intubado de fato deve ser
de uma a cada 6 segundos, porém, a frequência de compressões deve estar entre
100 e 120 por minuto.
Alternativa C: INCORRETA. A frequência de compressões de fato deve ser entre
100 e 120 por minuto, porém a frequência das ventilações intubado deve ser de
uma a cada 6 segundos, e não a cada 3 segundos.
Alternativa D: CORRETA. A frequência de compressões entre 100 e 120 por
minuto e de uma ventilação a cada 6 segundos resume o procedimento correto a
ser adotado.
▶ resposta: D
subtópico:
Infectologia, HIV/Aids, Profilaxia Pós-Exposição.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Conceito sempre presente no que diz respeito a questões sobre HIV/Aids, a
profilaxia pós-exposição (PEP) possui tempo máximo para ser indicada e
realizada. Não podemos confundir com a profilaxia PRÉ-exposição (PrEP). A PEP é
feita durante 28 dias, utilizando o esquema padrão tenofovir + lamivudina +
dolutegravir (TDF+3TC+DTG). A PrEP têm como medicações utilizadas o tenofovir
+ entricitabina.
resolução:
O tempo máximo após exposição para início da PEP é de 72 horas.
▶ resposta: C
subtópico:
Escreva aqui a qual subtópico essa questão se refere.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em paciente de meia idade, com fator de risco cardiovascular e tratamento
irregular, com dor torácica típica (precordial, aperto com irradiação e sintomas
associados), o primeiro diagnóstico a ser aventado é o de infarto agudo do
miocárdio. O principal sintoma no quadro de tromboembolismo pulmonar é a
dispneia. Dor torácica costuma ser do tipo pleurítica na maioria dos casos.
resolução:
O IAM é o principal diagnóstico provável, porém, inicialmente o ecocardiograma
não é o exame mais adequado. Necessitamos de exame mais rápido, barato,
disponível e capaz de detectar alterações que modifiquem a conduta
precocemente na avaliação. O eletrocardiograma seria o exame mais adequado,
junto aos biomarcadores cardíacos (troponina). Raio-X de tórax não é prioritário,
embora acessível, barato e pode afastar outras causas, podendo ser realizado.
Um ECG com supradesnivelamento de segmento ST indica reperfusão
coronariana como terapia, seja por angioplastia (preferencialmente) ou
trombólise química.
▶ resposta: C
A. L2
B. L3
C. L4
D. L5
E. S1
subtópico:
Neurologia, Dor Lombar, Radiculopatia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A dor lombar pode ser originada em diversas estruturas (coluna vertebral,
musculatura paravertebral, rins e ureteres). A presença de irradiação para
membro inferior, com parestesia associada e alteração de força muscular e
reflexos tendíneos, além de sinal de Lasègue positivo, favorecem radiculopatia,
geralmente por compressão radicular por hérnia discal lombar, cuja raiz afetada
pode ser topografada através dos achados clínicos.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sintomas de compressão da raiz L2 são parestesia
em região de virilha e medial da coxa, não afeta reflexos Aquileu ou patelar e
altera a força proximal da região do quadril, devido à inervação do iliopsoas,
afeta deambulação, sustentação e rotação externa do membro inferior.
Alternativa B: INCORRETA. Sintomas de compressão da raiz L3 são similares aos
de L2 em termos de sensibilidade, não alterando reflexos, mas o músculo mais
afetado é o quadríceps femoral, o que influi no movimento de extensão da perna.
Alternativa C: INCORRETA. Os sintomas de compressão da raiz L4 são parestesia
da região anterior e medial da coxa, afetando o reflexo patelar, a força do
quadríceps e a flexão dorsal do pé e do hálux.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas de compressão da raiz L5 são
parestesia da região lateral da perna e dorsomedial do pé, não alterando
reflexos. Afeta a flexão dorsal do pé e do hálux, bem como a eversão e inversão
do pé.
Alternativa E: CORRETA. A compressão de S1 é a única entre as alternativas que
pode justificar uma redução da força no movimento de flexão plantar do pé e
afetar o reflexo Aquileu, além de causar parestesia na face lateral do pé.
▶ resposta: E
A. Define-se como diarreia aguda aquela que apresenta duração menor que
uma semana.
B. A reposição hidroeletrolítica é de importância primordial em todas as
formas de diarreia aguda.
C. O uso de antibióticos é apropriado em todos os casos de diarreia aguda .
D. São raros os casos de disenteria quando o agente etiológico é a Entamoeba
histolytica.
E. A diarreia do viajante é causada mais frequentemente por espécies de
Salmonella.
subtópico:
Gastroenterologia, Diarreia aguda, Doenças do intestino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Ao lidarmos com quadros de diarreia, é importante definir o tempo desde o início
do quadro, dividindo em agudas, prolongadas ou crônicas. Diarreia aguda
geralmente é de etiologia infecciosa, causada por vírus e bactérias ou alguns
protozoários. Quadros crônicos geralmente envolvem causas como doença
inflamatória intestinal, causas disabsortivas, intolerâncias e protozoários. Os
quadros prolongados geralmente são quadros agudos que persistem e demoram
mais a se resolver ou quadros que irão se cronificar.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A definição de diarreia aguda envolve os quadros
que apresentam duração de até 14 dias, ou seja, duas semanas.
Alternativa B: CORRETA. Uma vez que ocorre perda de água e eletrólitos, com
alterações da absorção, a reposição hidroeletrolítica é um dos principais pilares
do manejo de pacientes com diarreia que apresentam distúrbios, não
importando qual a sua etiologia.
Alternativa C: INCORRETA. O uso de antibióticos somente é apropriado em
situações específicas. Está indicado uso de antibiótico nos casos de disenteria
(diarreia com sangue), que indicam provável etiologia bacteriana, bem como nos
casos causados por Giardia lamblia (giárdia) e Entamoeba hystolitica (ameba),
casos de cólera, diarreias em imunossuprimidos, entre outros.
Alternativa D: INCORRETA. A Entamoeba hystolitica, a ameba, é uma das
principais causadoras de quadros de disenteria, podendo se apresentar de forma
aguda, prolongada ou até mesmo crônica.
Alternativa E: INCORRETA. A diarreia do viajante é causada principalmente pela
E.coli enterotoxigênica (ETEC).
▶ resposta: B
A. Espondilite anquilosante
B. Insuficiência cardíaca
C. Sarcoidose
D. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
E. Neoplasia pulmonar
subtópico:
Pneumologia, Tosse, Síndrome Consumptiva.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O baqueteamento digital, ou hipocratismo digital, se caracteriza pela hipertrofia
das falanges distais e unhas dos dedos da mão. As pontas dos dedos assumem
conformação similar a uma baqueta devido ao alargamento das falanges distais.
O aumento da convexidade do leito ungueal gera “unhas em vidro de relógio”.
Geralmente ocorre em patologias pulmonares. Postula-se que seja associada à
hipóxia crônica ou osteoartropatia hipertrófica.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma espondiloartropatia soronegativa que afeta o
esqueleto axial, ou seja, acomete ossos da coluna vertebral, apresentando-se
geralmente como sacroileíte, com acometimento ascendente das articulações da
coluna. Não é o caso em questão. A doença não costuma cursar com
baqueteamento, a não ser que haja outra doença associada.
Alternativa B: INCORRETA. Não é a principal condição associada ao
baqueteamento, embora ocorra em alguns casos, geralmente associados a cor
pulmonale que, por sua vez, envolve, por definição, uma pneumopatia. Além
disso, o paciente em questão não possui indícios de insuficiência cardíaca.
Alternativa C: INCORRETA. É causa incomum de baqueteamento, embora esteja
na lista de possíveis causadores. A causa mais importante é a neoplasia de
pulmão. Ainda que esteja descrito um quadro típico de sarcoidose numa questão,
não deixaremos de pensar na possibilidade de câncer.
Alternativa D: INCORRETA. Embora DPOC seja condição que pode envolver
hipoxemia crônica, não existe associação estabelecida entre baqueteamento e
DPOC, embora muitos acreditem e reproduzam essa informação. A presença de
baqueteamento em paciente com DPOC obriga a investigação de neoplasia de
pulmão associada.
Alternativa E: CORRETA. O baqueteamento digital está fortemente associado ao
câncer de pulmão. Osteoartropatia hipertrófica é manifestação paraneoplásica,
predominante nos quadros de adenocarcinoma de pulmão, e cursa com
baqueteamento digital, entre outras alterações. A presença de síndrome
consumptiva favorece ainda mais a suspeita.
▶ resposta: E
subtópico:
Cardiologia, Síndrome coronariana aguda, Infarto agudo do miocárdio.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão polêmica que envolve conceitos mais específicos em relação às opções
terapêuticas de reperfusão no infarto com supra ST de acordo com o tempo de
dor. As estratégias são angioplastia primária ou trombólise química. Vamos
analisar as alternativas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A angioplastia primária deve ser realizada o quanto
antes, idealmente nas primeiras duas horas, podendo ser realizada em até 48
horas, segundo diretrizes da ESC. Quando a estratégia escolhida é angioplastia
primária, devemos preferencialmente utilizar heparina não fracionada. Para
trombólise, enoxaparina pode ser utilizada.
Alternativa B: INCORRETA. As medidas iniciais para o paciente envolvem dupla
antiagregação plaquetária, com aspirina e clopidogrel/ticagrelor/prasugrel, além
de anticoagulação. Oxigênio apenas para os que dessaturam (SpO2 < 90-92%).
Morfina não deve ser utilizada rotineiramente. Drogas antianginosas
preferenciais são os nitratos. O encaminhamento para angioplastia primária deve
ocorrer o quanto antes, mesmo acima de 6 horas de dor.
Alternativa C: INCORRETA. A angioplastia primária é a terapia de reperfusão de
escolha, ainda que o tempo de dor seja superior a 3 horas. Preferimos a
trombólise na indisponibilidade imediata de angioplastia primária ou
impossibilidade de realização em até duas horas, envolvendo transferência para
outro centro.
Alternativa D: CORRETA. A angioplastia primária é superior e, portanto, sempre
é preferencial à trombólise, com exceção do cenário comentado na alternativa C.
Quanto mais horas se passaram desde o início da dor, menor o benefício da
trombólise.
Alternativa E: INCORRETA. O paciente apresenta infarto de parede anterior
extensa, de V2 a V6. O infarto de parede inferior envolve as derivações DII, DIII e
AVF.
▶ resposta: Gabarito liberado pela banca C. Gabarito da nossa equipe D.
subtópico:
Emergência, Acidentes com animais peçonhentos.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Acidente com cobra peçonhenta com reação, sintomas importantes no local da
mordida e sangramento (petéquias) e fenômenos hemorrágicos, com alteração
da coagulação, deve gerar suspeita de acidente botrópico, ou seja, provocado por
jararaca (Bothrops jararaca).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Jamais se deve realizar torniquete ou realizar sucção
do veneno da cobra. Condutas proscritas.
Alternativa B: INCORRETA. Está correta a indicação de administração do soro
antibotrópico e observação clínica, porém, a conduta é incompleta. Essa seria a
conduta suficiente em caso de acidente leve, sem sinais sistêmicos e sintomas
locais de pouca intensidade.
Alternativa C: INCORRETA. Devemos evitar o uso de AINEs e preferir analgésicos
comuns, devido ao risco de lesão renal aguda.
Alternativa D: INCORRETA. O uso de corticoides e anti-histamínicos está
indicado no contexto de reação alérgica ou anafilática ao uso do soro
antibotrópico, não estando indicado para esse paciente.
Alternativa E: CORRETA. Opção mais completa e resposta da questão, pois em
acidentes moderados e graves, indicam-se exames laboratoriais, monitorando
coagulação, função renal e eletrólitos, além de realizar hidratação venosa e
administração do soro antibotrópico, podendo ser necessária internação.
▶ resposta: E
subtópico:
Gastroenterologia, Doença inflamatória intestinal, Doença de Crohn, Retocolite
ulcerativa.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Paciente jovem, com recorrência de quadro de disenteria e dor abdominal em
três meses, sem indícios que favoreçam etiologia infecciosa, levando à suspeita
de doença inflamatória intestinal. Devemos lembrar dos dois principais espectros
dessa entidade clínica: doença de Crohn (acometimento pode ser transmural, em
qualquer ponto do trato gastrointestinal, pode haver área não afetada
entremeada às áreas de doença) e retocolite ulcerativa (doença restrita à mucosa
e ao cólon e reto, contínua, sem área sã entremeada).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória
intestinal restrita à mucosa colônica, sendo uma proctocolite, ou seja, não há
acometimento oral ou de intestino delgado, que pode ser afetado por ileíte de
refluxo e não pela doença em si. Úlceras orais podem ocorrer na doença de
Crohn.
Alternativa B: INCORRETA. A doença de Crohn de fato pode se apresentar
apenas com ileíte terminal, porém essa forma de apresentação não cursa com
diarreia sanguinolenta ou disabsorção, e sim com dor abdominal.
Alternativa C: CORRETA. O risco de câncer é aumentado em pacientes
portadores de retocolite ulcerativa, e o risco é diretamente proporcional à
duração e extensão da doença.
Alternativa D: INCORRETA. Colectomia profilática não é indicada,
principalmente em jovens com pouco tempo de doença, quando o tratamento
clínico costuma ser eficaz. A cirurgia pode até ser curativa na retocolite ulcerativa,
mas não na doença de Crohn.
Alternativa E: INCORRETA. O megacólon tóxico pode ocorrer em ambas as
doenças (Crohn e retocolite). A resposta terapêutica da doença inflamatória
intestinal ao infliximabe é boa, sendo medicação indicada nos casos que não
respondem às terapias iniciais com imunossupressores.
▶ resposta: C
subtópico:
Pneumologia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O diagnóstico de DPOC é clínico, epidemiológico e espirométrico. O paciente em
questão possui sintomas respiratórios compatíveis, com história de tabagismo
importante e necessita de espirometria para caracterizar doença obstrutiva de
caráter não reversível com uso de broncodilatadores para fechar o diagnóstico.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. De fato ocorre redução do VEF1 (volume expiratório
forçado no primeiro segundo), fração da capacidade vital, o que reduz a relação
VEF1/CVF. Porém, não há resposta com uso de broncodilatadores.
Alternativa B: INCORRETA. A capacidade pulmonar total pode estar aumentada
devido ao aumento do volume residual (VR) como consequência do
aprisionamento aéreo secundário ao enfisema e à doença de vias aéreas.
Alternativa C: CORRETA. Conforme discutido nas alternativas A e B, há redução
da relação VEF1/CVF e aumento do volume residual (VR).
Alternativa D: INCORRETA. A capacidade de difusão pulmonar pelo CO (DLCO)
está reduzida devido à destruição alveolar e redução da superfície de trocas
gasosas.
Alternativa E: INCORRETA. A relação VEF1/CVF está reduzida e a CVF pode estar
normal ou reduzida (de maneira menos intensa que a CVF).
▶ resposta: C
subtópico:
Infectologia, Raiva, Profilaxia pós-exposição.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O esquema de profilaxia pós-exposição para raiva sofreu alterações, o que pode
gerar confusão. A depender de qual o causador, o status vacinal do animal e a
gravidade do acidente, podemos indicar desde observação sem aplicação de
vacina até o número máximo de doses com uso de soro antirrábico.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No protocolo do Ministério da Saúde, não existe
esquema com aplicação de três doses de vacina para acidente com cão
desconhecido.
Alternativa B: INCORRETA. O esquema envolvendo duas doses de vacina é
inicialmente aplicado nos dias 0 e 3, em caso de acidente leve com animal
observável suspeito ou acidente grave com animal observável não suspeito, com
a continuidade do esquema dependendo do desfecho do animal em 10 dias. Não
se aplica a casos de cão desconhecido.
Alternativa C: CORRETA. Em caso de mordedura de cão desconhecido, ou seja,
não observável, devemos presumir que o animal é suspeito. Logo, devemos
administrar o esquema com quatro doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14 via
intramuscular em todos os casos (se intradérmica = 0, 3, 7 e 28). O uso de soro
antirrábico está indicado apenas em caso de acidente grave.
Alternativa D: INCORRETA. O esquema com cinco doses foi abandonado. Desde
2017, o Ministério da Saúde preconiza um máximo de quatro doses.
▶ resposta: C
subtópico:
Reumatologia, Artropatias por cristais, Gota, Hiperuricemia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A gota é uma doença em que ocorre deposição articular de cristais de monourato
de sódio em consequência de altos níveis séricos de ácido úrico. Os mecanismos
envolvidos são o aumento da produção ou a redução da excreção desse ácido.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O uso de alopurinol não está indicado nas crises
agudas devido ao potencial de precipitar uma piora, afinal, a variação nos níveis
de ácido úrico, para mais ou menos, precipita a ocorrência de crises ou sua piora.
A colchicina, por sua vez, está bem indicada.
Alternativa B: CORRETA. A articulação mais acometida pelas crises de gota é a
metatarsofalangeana, ocorrendo a típica “podagra”.
Alternativa C: INCORRETA. A gota geralmente se apresenta como mono ou
oligoartrite/artralgia, não migratória, geralmente em membros inferiores.
Alternativa D: INCORRETA. A hiperuricemia é o principal fator de risco para
desenvolvimento de artrite por cristais de monourato de sódio, estando
associada a outras patologias, como doença renal e HAS. Portanto, deve ser
tratada antes que a gota se desenvolva.
▶ resposta: B
Classes medicamentosas
1. Diuréticos.
2. Betabloqueadores.
3. Antagonistas de receptores angiotensina II.
4. Bloqueadores seletivos dos canais de cálcio.
5. Inibidores da enzima conversora de angiotensina.
Efeitos adversos
subtópico:
Cardiologia, Hipertensão Arterial Sistêmica, Efeitos Adversos.
grau de dificuldade:
resolução:
A terapia farmacológica para HAS envolve medicações de primeira e segunda
linhas. Cada uma possui efeitos adversos relativamente comuns, específicos ou
não de cada classe/droga.
subtópico:
Infectologia, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Síndrome do Corrimento
Uretral.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em paciente do sexo masculino com corrimento uretral e comportamento sexual
de risco, devemos suspeitar de infecção sexualmente transmissível (IST).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O quadro em questão é típico de gonorreia, causada
geralmente por gonococo (Neisseria gonorrhaeae) e/ou clamídia (Chlamydia
trachomatis). Logo, estamos autorizados a realizar tratamento empírico, não
havendo necessidade de solicitar exames visando tratamento. No entanto, há
indicação de pesquisa de outras IST.
Alternativa B: INCORRETA. A sífilis se apresenta como úlcera genital, geralmente
única e indolor. O quadro em questão é de corrimento uretral, por provável
gonorreia. Em caso de confirmação de sífilis em investigação adicional, há
indicação de tratamento. É mandatória a convocação de parceiras(os).
Alternativa C: CORRETA. O tratamento para gonococo e clamídia deve ser
realizado empiricamente, bem como realizada investigação de outras IST, como
sífilis, HIV, HBV e HCV e convocação, notificação e tratamento de parceiras(os).
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de encaminhamento para
especialista.
▶ resposta: C
subtópico:
Endocrinologia, Tireoide, Tireotoxicose.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O perfil hormonal nos ajuda a topografar qual a provável origem do quadro de
tireotoxicose – tireoide ou hipófise? Primária ou secundária? Porém, outras
etiologias também podem estar envolvidas e pode haver necessidade de outros
exames, como tireoglobulina sérica e cintilografia de captação de iodo.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A presença de adenoma hipofisário secretor justifica o
perfil hormonal encontrado nos exames laboratoriais. Quando a causa da
tireotoxicose não é hipofisária, esperamos supressão do TSH. Os níveis de TSH
inadequadamente normais para a situação, ou ainda elevados, são indício de
provável causa hipofisária para o quadro.
Alternativa B: INCORRETA. O bócio nodular tóxico cursa com elevação dos níveis
de T4L, com feedback negativo e supressão dos níveis de TSH como
consequência, considerando uma hipófise saudável.
Alternativa C: INCORRETA. A tireoidite de Hashimoto pode cursar inicialmente
com tireotoxicose antes da fase hipotireoidiana. A destruição da glândula com
liberação de hormônio tireoidiano gera aumento dos níveis de T4L, com
supressão do TSH como consequência.
Alternativa D: INCORRETA. O uso exógeno de levotiroxina (hormônio tireoidiano
de origem exógena) provoca elevação dos níveis de T4L, que deve suprimir o TSH
e reduzir os níveis séricos do mesmo.
Alternativa E: INCORRETA. O struma ovarii é um tumor ovariano, geralmente
benigno e unilateral, com tecido tireoidiano em sua composição, sendo uma
variante de teratoma, podendo produzir hormônio tireoidiano e elevar os níveis
de T4L, cursando com tireotoxicose. Consequentemente, esperamos também
supressão dos níveis de TSH.
▶ resposta: A
A. Presença de microcalcificações;
B. Hiperfluxo sanguíneo;
C. Ausência de fluxo ao Doppler colorido;
D. Aumento do diâmetro anteroposterior;
E. Margens irregulares.
subtópico:
Endocrinologia, Tireoide, Nódulo tireoidiano.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Embora cerca de 95% dos nódulos tireoidianos sejam causados por entidades
benignas, tem se tornado cada vez mais comum a realização de punção de
nódulos tireoidianos sem indicação adequada. Algumas características
ultrassonográficas devem ser observadas, visando submeter o paciente ao
procedimento de punção apenas se necessário.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A presença de microcalcificações é uma
característica que aumenta o risco de malignidade em cerca de seis vezes.
Lembremos dos carcinomas papilíferos de tireoide, que podem apresentar
microcalcificações na forma dos chamados “corpos psamomatosos”.
Alternativa B: INCORRETA A presença de hiperfluxo sanguíneo é indício de
hipervascularização nodular, o que pode ser indício de malignidade. Quando a
vascularização é intranodular, o risco de malignidade aumenta em cerca de três
vezes.
Alternativa C: CORRETA. De forma oposta ao que ocorre na hipervascularização,
a ausência de fluxo ao doppler colorido é indício de nódulo benigno.
Alternativa D: INCORRETA. Nódulos com maior diâmetro anteroposterior em
relação aos demais é característica que favorece malignidade. O crescimento do
nódulo não está acompanhando as características anatômicas da glândula, que
possui o tamanho anteroposterior menor que as outras dimensões.
Alternativa E: INCORRETA. A presença de margens irregulares favorece causas
malignas e aumenta em média seis vezes o risco de malignidade.
▶ resposta: C
A. Fasciíte necrosante;
B. Trombose venosa profunda;
C. Tromboflebite superficial;
D. Erisipela;
E. Celulite.
subtópico:
Infectologia, Dermatologia, Infecções de pele e subcutâneo.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A presença de lesões eritematosas em pele com sinais flogísticos associados
envolve uma série de diagnósticos diferenciais. No entanto, os sintomas
associados, cronologia da história clínica e características mais específicas das
lesões poderão nos guiar em direção a uma suspeita principal.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A fasciíte necrotizante é uma infecção geralmente
polimicrobiana de curso catastrófico, envolvendo acometimento da fáscia, com
necrose da mesma. Geralmente há febre, dor intensa e lesões vermelho-
purpúricas, que progridem rapidamente, com crepitação de membros, pela
presença de anaeróbios e liberação de gases no tecido. Pacientes diabéticos,
vasculopatas e imunossuprimidos têm maior risco.
Alternativa B: INCORRETA Trombose venosa profunda (TVP) geralmente envolve
quadro de edema assimétrico de membro, podendo apresentar sinais flogísticos
e lesões varicosas visíveis ou palpáveis em pacientes com fatores de risco. A febre
favorece quadro infeccioso, embora possa ocorrer em quadros de TVP. A
presença de linfonodomegalia também favorece quadros infecciosos.
Alternativa C: INCORRETA. Tromboflebite superficial afeta veias superficiais,
com inflamação local sem quadro sistêmico. Em geral está ligada a cateteres
intravenosos. Costuma ter resolução espontânea, mas pode exigir uso de AINEs.
Alternativa D: CORRETA. Erisipela é infecção de pele atingindo a derme,
geralmente sem acometimento de subcutâneo. Pode se assemelhar à celulite,
porém costuma ser mais bem delimitada. A suspeita é reforçada pela presença
de febre e linfonodomegalia em membro afetado.
Alternativa E: INCORRETA. A celulite é o principal diferencial da erisipela.
Também é uma infecção de tecidos da pele, porém com acometimento de
subcutâneo. As lesões são mal delimitadas, com aspecto mais difuso.
▶ resposta: D
A. Síndrome de Goodpasture.
B. Sarcoidose.
C. Lúpus eritematoso sistêmico.
D. Poliarterite nodosa.
E. Púrpura de Henoch- Schonlein.
subtópico:
Nefrologia, Pneumologia, Síndrome pulmão-rim, Glomerulonefrite rapidamente
progressiva.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão menciona paciente com uma semana de febre (sintoma sistêmico),
hemoptise e dispneia (hemorragia alveolar por capilarite) evoluindo com
hematúria e rápida perda de função renal (glomerulonefrite rapidamente
progressiva). Algumas doenças podem causar a chamada síndrome pulmão-rim,
como o quadro pode ser caracterizado.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome de Goodpasture envolve o
desenvolvimento de anticorpos antimembrana basal glomerular (anti-MBG), que
se dirigem a uma subunidade do colágeno tipo IV, encontrada nos rins e
pulmões. É mais comum em homens jovens e está associada ao tabagismo,
sendo causa de glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP).
Alternativa B: INCORRETA. A sarcoidose não é causadora de síndrome pulmão-
rim, com hemorragia alveolar e GNRP. É uma doença granulomatosa que cursa
com nódulos pulmonares e intersticiopatia. O acometimento renal é raro e ocorre
devido à presença de granulomas no rim.
Alternativa C: INCORRETA. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é causa de
síndrome pulmão-rim, com hemorragia alveolar e GNRP. No entanto, é mais
comum em mulheres em idade reprodutiva. A presença de hemorragia alveolar
no LES é rara (2%) e quando ocorre, geralmente há acometimento renal.
Alternativa D: INCORRETA. A poliarterite nodosa na forma clássica (PAN) não
afeta pulmões. Isso pode ocorrer somente na poliangeíte microscópica (PAM),
que pode cursar com síndrome pulmão-rim, gerando hemorragia alveolar e
GNRP pauci-imune.
Alternativa E: INCORRETA. A púrpura de Henoch-Schonlein (PHS) é doença na
qual ocorre depósito de IgA em órgãos como pele, trato digestivo e rins. Pode
ocorrer muito raramente acometimento de sistema nervoso central ou pulmões
por vasculite. Alguns autores caracterizam a PHS como forma sistêmica de
nefropatia por IgA, que pode causar desde hematúria ou proteinúria sem outros
sintomas, até síndrome nefrótica e doença renal terminal.
▶ resposta: A
subtópico:
Infectologia, Hanseníase.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, ou Mycobacterium leprae, bacilo
álcool-ácido resistente. Alguns exames podem ser utilizados para auxílio
diagnóstico na hanseníase, bem como classificação em uma das formas de
doença. Entre eles, temos a baciloscopia de raspado intradérmico e a biópsia de
nervo periférico.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como o nome diz, no paciente paucibacilar, ou seja,
com poucos bacilos, forma de doença dos subtipos indeterminado e
tuberculoide, o raspado intradérmico tem baciloscopia negativa.
Alternativa B: INCORRETA. No paciente multibacilar, a baciloscopia de raspado
intradérmico é positiva na forma virchowiana, e pode ser positiva ou negativa na
forma dimorfa.
Alternativa C: INCORRETA. Na hanseníase virchowiana, ao exame
histopatológico, encontra-se infiltrado histiocitário xantomizado ou macrofágico,
e a pesquisa de bacilos mostra incontáveis bacilos dispersos e organizados em
grumos, as globias.
Alternativa D: INCORRETA. Na hanseníase tuberculoide, ao exame
histopatológico, há granulomas com células epitelioides e gigantes e necrose
caseosa, o que pode levar a extensa perda da arquitetura do nervo. O encontro
de bacilos com a coloração de Ziehl é difícil.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Existem diversas classificações de gravidade da HAS, mas a questão se refere
especificamente à classificação pelas Diretrizes Brasileiras, da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Relembrando: Pressão Normal = PAS ≤ 120 mmHg e
PAD ≤ 80 mmHg / Pré-Hipertensão = PAS 121-139 mmHg e PAD 81-89 mmHg /
Hipertensão Estágio 1 = PAS 140-159 mmHg e PAD 90-99 mmHg / Hipertensão
Estágio 2 = PAS 160-179 mmHg e PAD 100-109 mmHg / Hipertensão Estágio 3 =
PAS ≥ 180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg. Na divergência entre classificações pela
PAS e PAD, prevalece o maior valor para classificação.
▶ resposta: A
subtópico:
Infectologia, Pneumologia, Tuberculose.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A tuberculose ainda é extremamente prevalente, principalmente nos países em
desenvolvimento, e a principal maneira de evitar a propagação da doença é o
tratamento dos casos, evitando disseminação da doença. Para maior adesão e
eficácia terapêutica, foram desenvolvidas ferramentas como o tratamento
diretamente observado e a combinação de todas as quatro medicações do
esquema básico em um comprimido, em proporções fixas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O tratamento diretamente observado (TDO) não
altera o esquema terapêutico, apenas modifica a estratégia de administração dos
medicamentos, de forma que o profissional treinado presencie a tomada da
medicação do paciente. Nem todas as doses precisam ser presenciadas, mas a
observação ocorre do início do tratamento até a cura.
Alternativa B: CORRETA. A tuberculose pleural é de fato a forma de doença
extrapulmonar mais comum em indivíduos HIV soronegativos, enquanto nos HIV
soropositivos é a tuberculose ganglionar. Não devemos confundir com o conceito
de forma mais comum de doença extratorácica, que é a tuberculose ganglionar.
Alternativa C: INCORRETA. Tuberculose pós-primária, forma mais comum de
apresentação da tuberculose pulmonar, geralmente se apresenta como infiltrado
pulmonar ou cavitação. Adenopatia geralmente ocorre na forma primária, sem
infiltrado ou cavitação.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta e responde a questão.
▶ resposta: B
27 (Instituto de Excelência – Prefeitura de Barra Velha/SC – 2019) A doença de
chagas é considerada a quarta maior doença de impacto social entre todas as
doenças infecciosas e parasitárias da América Latina. Com relação a doenças de
chagas é CORRETO afirmar que:
subtópico:
Cardiologia, Infectologia, Doença de Chagas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A doença de Chagas é uma das maiores causas de insuficiência cardíaca crônica,
podendo também causar quadros agudos. Pode acometer os órgãos do trato
gastrointestinal, mais precisamente esôfago e cólon.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Análises laboratoriais - testes sorológicos,
visualização do parasito - e exame clínico são úteis para diferenciação entre as
formas aguda e crônica. O anticorpo IgM e a parasitemia costumam se elevar na
fase aguda. A fase aguda geralmente é assintomática mas pode ter chagoma de
inoculação, febre, adenopatia, hepatoesplenomegalia. Formas crônicas estão
ligadas a insuficiência cardíaca dilatada, arritmia, megaesôfago e megacólon.
Alternativa B: CORRETA. O Trypanossoma cruzi, agente etiológico da doença de
Chagas, possui formas evolutivas variadas. A forma infectante é o tripomastigota
metacíclico. O vetor (Triatoma infestans), ao realizar o repasto sanguíneo, elimina
fezes e urina junto com o parasito, que penetra no organismo através de mucosa
ou pele não íntegra, invadindo as células monofagocíticas.
Alternativa C: INCORRETA. Na fase crônica, as manifestações clínicas não
desaparecem. Ao contrário, a cardiopatia chagásica crônica, megaesôfago e
megacólon são formas de doença crônica sintomática. Porém, a parasitemia se
reduz e os anticorpos se elevam (IgA nas formas digestivas e agudas, IgG em
todas as formas).
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta e responde a questão.
▶ resposta: B
28 (Instituto de Excelência – Prefeitura de Barra Velha/SC – 2019) As doenças
diarreicas agudas são caracterizadas pela diminuição da consistência das fezes,
aumento do número de evacuações, com fezes aquosas; em alguns casos, há
presença de muco e sangue (disenteria). Com relação a essa doença é CORRETO
afirmar que:
subtópico:
Gastroenterologia, Doenças dos intestinos, Diarreias agudas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As diarreias agudas geralmente são de origem infecciosa e em sua maioria são
quadros autolimitados. No entanto, podem ocorrer quadros mais graves com
desidratação e necessidade de terapia de reidratação endovenosa e internação.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O plano B de tratamento está indicado em pacientes
com sinais de desidratação não grave e envolve observação na unidade de
atendimento, não sendo domiciliar. O plano A é que envolve tratamento com
reidratação oral em domicílio, para pacientes sem sinais de desidratação.
Alternativa B: INCORRETA. Os principais agentes etiológicos de origem
infecciosa nas diarreias agudas são vírus e bactérias, com alguns protozoários
também como causa, mas os últimos tendem a causar afecções prolongadas ou
crônicas.
Alternativa C: INCORRETA. O estado de hidratação do paciente orientará a
escolha entre os três planos. O erro aqui está no trecho “realizar a DESIDRATAÇÃO
oral no domicílio”. O correto é “realizar a REIDRATAÇÃO oral no domicílio”,
referente ao plano A.
Alternativa D: CORRETA. Como as três alternativas anteriores estão incorretas, a
alternativa D é a resposta da questão.
▶ resposta: D
A. V F V V F
B. V V F F V
C. F F V V F
D. F V F V F
subtópico:
Infectologia, Urologia, Infecção do trato urinário.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As infecções do trato urinário são extremamente prevalentes e por isso são tema
de importância clínica relevante. Alguns detalhes em relação a exames
complementares, apresentação clínica das formas de ITU (baixa x alta,
complicada x não complicada) merecem atenção. Vejamos as alternativas.
resolução:
Assertiva I: Verdadeira. A ITU é mais comum em gestantes, idosos e diabéticos,
notadamente em situações em que há alguma alteração fisiológica das vias
urinárias ou da imunidade.
Assertiva II: Falsa. Atividade sexual é um fator de risco para ITU apenas em
mulheres, principalmente no início da vida sexual.
Assertiva III: Verdadeira. A pielonefrite aguda se apresenta geralmente com
sintomas sistêmicos como febre e calafrios, além de dor lombar, que pode
irradiar para abdômen e pelve. Não são os únicos sintomas, mas compõem a
tríade mais comum.
Assertiva IV: Verdadeira. Bacteriúrias assintomáticas geralmente não tem
indicação de tratamento, com algumas exceções, como gestantes e pacientes
que irão realizar manipulação/procedimento do trato urinário.
Assertiva V: Falsa. O teste do nitrito positivo favorece o diagnóstico de
colonização do trato urinário ou ITU, no entanto, sua negatividade não afasta o
diagnóstico. O mesmo pode-se dizer em relação à piúria. O diagnóstico definitivo
é dado através de urocultura.
▶ resposta: A
30 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Analise as seguintes afirmativas
sobre os distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos:
A. I e II, apenas.
B. I e III, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.
subtópico:
Nefrologia, Distúrbios hidroeletrolíticos, Distúrbios acidobásicos.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os distúrbios acidobásicos e hidroeletrolíticos estão entre os assuntos mais
cobrados da nefrologia nas provas de Clínica Médica. No entanto, geralmente
refletem as consequências de entidade clínica de base que acomete o paciente e
devemos interpretar as questões sempre considerando todo o quadro, e não
apenas o distúrbio em si.
resolução:
Assertiva I: CORRETA. A hipocalemia possui alterações típicas no
eletrocardiograma, que são o achatamento da onda T, com surgimento de onda
U em sequência à onda T.
Assertiva II: CORRETA. A alcalose hipoclorêmica geralmente ocorre como
consequência de perdas de volume e de cloreto (lembrem do termo “alcalose de
contração”), com mecanismo de compensação renal ao reter bicarbonato, que é
um ânion como o cloreto. Vômitos repetidos e uso de diuréticos são exemplos
adequados.
Assertiva III: CORRETA. Em caso de uso de espironolactona, diurético poupador
de potássio e antagonista da aldosterona, o risco de hipercalemia é maior, bem
como no uso de bloqueadores do receptor de angiotensina e inibidores da
enzima conversora de angiotensina, devido ao mecanismo de ação, bloqueando
o eixo renina-angiotensina-aldosterona e contribuindo para o acúmulo de
potássio.
▶ resposta: D
31 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) São fatores predisponentes ao
câncer de estômago, exceto:
A. Coledocolitíase.
B. Infecção pelo Helicobacter pylori.
C. Tabagismo.
D. Úlcera péptica crônica.
subtópico:
Gastroenterologia, Oncologia, Doenças do estômago, Câncer de estômago.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O câncer de estômago possui fatores de risco bem estabelecidos. O tipo mais
comum é o adenocarcinoma, que pela classificação de Lauren pode ser do tipo
intestinal ou difuso. No que diz respeito a questões que abordam cânceres em
geral, é comum cobrar conceitos como fatores de risco em provas de Clínica
Médica.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Não existe associação estabelecida entre
coledocolitíase e câncer gástrico.
Alternativa B: INCORRETA. A infecção pelo H.pylori pode provocar inflamação da
mucosa gástrica cronicamente e causar doença ulcerosa péptica. Está bem
estabelecida como fator de risco para o câncer gástrico.
Alternativa C: INCORRETA. O tabagismo está associado ao câncer gástrico e é
um fator de risco prevenível ou modificável.
Alternativa D: INCORRETA. Além da doença ulcerosa péptica, outras condições
gástricas como anemia perniciosa e cirurgia gástrica prévia, elevam o risco de
câncer gástrico.
▶ resposta: A
subtópico:
Infectologia, Hepatologia, Hepatites virais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Quanto às hepatites virais, a interpretação de sorologias representa a maioria
das questões, principalmente referente à Hepatite B, que possui um número
maior de exames a serem realizados.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O marcador de replicação viral ativa é o HBeAg, que
se encontra não reagente. O anti-HBeAg representa a formação de anticorpos e é
um dos marcadores de fase não replicativa. O tratamento, entre outros objetivos,
visa negativar o HBeAg e formar anti-HBeAg.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar do anti-HBsAg positivo, que poderia indicar
vacinação prévia, paciente tem Anti-HBcAg total reagente, indicando contato
prévio com o vírus. Logo, a presença de anticorpo anti-HBsAg se justifica por
infecção prévia, que na ausência de HBsAg indica cura.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente possui anti-HCV não reagente. A sorologia
para HCV é muito sensível e exame não reagente afasta o diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. Conforme a alternativa B, a presença de anti-HBsAg
indica que a paciente desenvolveu imunidade e a presença de Anti-HBc, contato
prévio com o vírus. Logo, a imunidade se deu após infecção e não vacinação.
Alternativa E: INCORRETA. Nas infecções agudas por HBV, esperamos encontrar
Anti-HBcAg total e IgM reagentes, com HBsAg reagente e anti-HBsAg não
reagente.
▶ resposta: D
A. Ramipril e digoxina.
B. Espironolactona e enalapril.
C. Digoxina e dinitrato de isossorbida.
D. Bisoprolol e furosemida.
E. Furosemida e espironolactona.
subtópico:
Cardiologia, Insuficiência cardíaca.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A terapia farmacológica da insuficiência cardíaca visa evitar progressão da
doença, evitando o remodelamento cardíaco e reduzindo a morbimortalidade
com uso de drogas com evidência comprovada dos benefícios. Algumas drogas
se enquadram como apenas sintomáticas, sem os benefícios citados, o que não
significa que não devem ser utilizadas, muito pelo contrário, devemos lançar mão
delas quando preciso.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ramipril é IECA e faz parte dessas medicações.
Digoxina é um digitálico, com ação inotrópica positiva, que é sintomático, capaz
de reduzir internações, porém não altera o curso da doença e nem a sobrevida.
Alternativa B: CORRETA. Espironolactona (antagonista de aldosterona) e
enalapril (IECA) fazem parte destas medicações.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa A, a digoxina
não faz parte dessas medicações. O dinitrato de isossorbida é um vasodilatador
com ação preferencialmente venosa e coronariana, utilizado como antianginoso,
e não altera sobrevida.
Alternativa D: INCORRETA. O bisoprolol é um betabloqueador e faz parte desse
grupo de medicações com efeitos benéficos no curso da doença. No entanto, a
furosemida é um diurético de alça, utilizado como sintomático, visando controle
da congestão e compensação da doença, sem efeito na sobrevida ou no curso da
doença.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado nas alternativas acima, a
espironolactona faz parte dessas medicações, porém a furosemida não faz.
▶ resposta: B
A. Poiquilocitose.
B. Microcitose e linfocitose.
C. Macrocitose e hipersegmentação de neutrófilos.
D. Esferocitose e plaquetopenia.
E. Microcitose e eosinofilia.
subtópico:
Neurologia, Hematologia, Anemias, Cirurgia bariátrica, Ataxia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Cirurgias bariátricas normalmente provocam deficiências nutricionais ao longo
do tempo. Pode haver anemia por deficiência de ferro (absorvido principalmente
no duodeno), síndromes disabsortivas com deficiência de vitaminas lipossolúveis
(quando há intervenção biliopancreática) e deficiência de vitamina B12 (comum
em cirurgias redutoras do estômago) devido à produção gástrica de fator
intrínseco, necessário à absorção intestinal. A deficiência de B12 se apresenta
como anemia macrocítica com quadro neurológico de ataxia sensitiva, síndrome
cordonal medular posterior, com ou sem quadro cognitivo.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É alteração no formato das hemácias. Os formatos
variam, recebendo denominações específicas. Hemácias em lágrima (dacriócitos)
ocorrem na mielofibrose, em foice (drepanócitos), anemia falciforme, em forma
de capacete (esquizócitos), microangiopatias trombóticas.
Alternativa B: INCORRETA. A microcitose geralmente ocorre em anemia por
deficiência de ferro, talassemias e problemas da hematopoese. Linfocitose
costuma ocorrer em infecções virais e doenças linfoproliferativas. Essa
combinação não é esperada em quadros de deficiência de vitamina B12.
Alternativa C: CORRETA. A deficiência de vitamina B12 leva à anemia
megaloblástica, com macrocitose, tal qual a deficiência de ácido fólico. Além
disso, podemos encontrar neutrófilos hipersegmentados.
Alternativa D: INCORRETA. Esferocitose pode ser hereditária (defeito de
membrana da hemácia) ou adquirida por anemia hemolítica autoimune, cuja
associação com plaquetopenia pode ser indício da síndrome de Evans.
Alternativa E: INCORRETA. Anemia microcítica com eosinofilia faz suspeitar de
perda sanguínea crônica associada a verminose, como na ancilostomíase.
▶ resposta: C
subtópico:
Infectologia, Infecção por HIV, Diagnóstico de HIV.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão muito cobrada e importante! O algoritmo de investigação da infecção
por HIV atualmente privilegia a estratégia com uso de dois testes rápidos para
fechar o diagnóstico, seguido de outros testes.
resolução:
Com dois testes rápidos reagentes, confirma-se o diagnóstico de HIV. No entanto,
devemos solicitar a quantificação de carga viral e iniciar o tratamento
imediatamente, que não deve esperar pelo resultado. A carga viral é solicitada
por motivos não diagnósticos, e sim visando estabelecer um valor inicial para
monitorar resposta terapêutica. Os testes rápidos não precisam ser realizados
em dias diferentes. Podem ser realizados na mesma ocasião, porém, devem ser
testes/kits diferentes. Eles são extremamente sensíveis e específicos,
proporcionando alta confiabilidade.
▶ resposta: C
subtópico:
Endocrinologia, Diabetes mellitus, Insulinoterapia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Temos um paciente em tratamento para DM 2 com total descontrole de níveis
glicêmicos, sintomas diabéticos clássicos, mesmo em uso de dose otimizada de
metformina XR. Glicemia esporádica acima de 300 mg/dl já indica início de
insulinização, bem como valores de hemoglobina glicada acima de 10%
(considerar a partir de 9%). Não havendo contraindicação ou intolerância ao
antidiabético oral, o mesmo deve ser mantido.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo as diretrizes, o início da insulinização deve
respeitar o princípio “start low and go slow”, ou seja, sem pressa e sem doses
elevadas. Uma forma adequada de iniciar é com introdução de insulina NPH
bedtime, ao deitar. A dose pode ser de 10 UI ou 0,2 UI/kg.
Alternativa B: INCORRETA. Para paciente “virgem de insulina”, provavelmente
mais sensíveis, iniciar com esquema basal-bolus (NPH + regular) pode ser não
somente de difícil adesão, mas também arriscado. Insulinizar é difícil e deve ser
um processo gradual. Além disso, o diabético oral deve ser mantido.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme discutido na alternativa B, basal-bolus não
é a melhor opção. Insulina NPH bedtime é a opção mais adequada.
Alternativa D: INCORRETA. Não devemos suspender o antidiabético oral. O
melhor horário para iniciar insulinização é com uso noturno, visando controle das
glicemias de jejum e posterior titulação das doses, com monitoramento de
glicemias capilares em domicílio, pré e pós prandiais.
Alternativa E: INCORRETA. O paciente já possui indicação de insulinização.
▶ resposta: A
subtópico:
Cardiologia, Febre reumática.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A febre reumática se caracteriza por quadro de febre com poliartrite migratória,
com ou sem alterações cardíacas e alguns fenômenos característicos, estando
associada à infecção por Streptococcus beta-hemolítico do Grupo A de Lancefeld.
Para diagnosticar febre reumática, usamos os critérios de Jones e firmamos o
diagnóstico pela comprovação de infecção estreptocócica associada a dois
critérios maiores ou um critério maior e dois menores.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O intervalo P-R pode estar presente na febre reumática,
sendo critério diagnóstico menor de Jones. Porque a alternativa está correta, ou
seja, porque o “exceto” está sendo dado como verdadeiro? Questão mal redigida.
O enunciado solicita a alteração que não é “característica” da febre reumática. De
fato, entre as opções da questão, é menos específica que as demais. Não vamos
brigar com a questão.
Alternativa B: INCORRETA. A coreia é uma manifestação que se caracteriza por
movimentos amplos e desorganizados, com hipercinesia e hipotonia, podendo
estar associada a alterações do humor. É manifestação tardia, muito específica,
não é observada em concomitância ao surto de febre reumática com os sintomas
típicos de febre, poliartrite e cardite. Compõe um dos critérios maiores de Jones.
Alternativa C: INCORRETA. Os nódulos subcutâneos são pouco comuns, porém
são manifestações que denotam inclusive gravidade, geralmente associados à
presença de cardite. Compõem um dos critérios maiores de Jones.
Alternativa D: INCORRETA. Inúmeras doenças podem causar artrite ou dor
articular, no entanto, febre reumática sem dor articular não é esperado. Apesar
de não ser manifestação específica, é extremamente comum e sua ausência,
embora não exclua a hipótese, torna o diagnóstico, no mínimo, menos provável.
Artrite é um dos critérios maiores de Jones enquanto artralgia é um dos critérios
menores.
▶ resposta: A
A. Doença de Still.
B. Síndrome de Reiter.
C. Síndrome de Sjögren.
D. Síndrome de Felty.
E. Artrite reumatoide.
subtópico:
Reumatologia, Artropatias soronegativas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em paciente jovem, do sexo masculino, com artrite, muitos diferenciais estão
envolvidos. Devemos levar em consideração a síndrome como um todo, tempo
de instalação e epidemiologia, bem como achados laboratoriais. História de três
semanas, aguda, com conjuntivite e úlceras orais associadas e fator reumatoide
negativo nos aproxima de uma das opções.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Still é forma sistêmica da artrite
idiopática juvenil. O quadro típico inclui febre, rash cor salmão evanescente, febre
intermitente e possibilidade de acometimento orgânico.
Alternativa B: CORRETA. A síndrome de Reiter, ou artrite reativa, pode ocorrer
em resposta a diversas infecções, geralmente em indivíduos com HLA B27
infectados por clamídia, causadora de corrimento uretral. A combinação artrite,
conjuntivite e úlceras orais é típica de artrite reativa, principalmente com
corrimento uretral. O detalhe epidemiológico fica por conta do paciente ser do
sexo masculino, 15 anos, presumindo relação sexual desprotegida.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome de Sjogren, conhecida como “síndrome
seca”, cursa predominantemente com ressecamento mucoso oral e ocular devido
ao acometimento glandular e redução do volume de secreções. Geralmente
cursa com artralgia e não artrite, mas o quadro articular é frustro.
Alternativa D: INCORRETA. A síndrome de Felty é uma agudização da artrite
reumatoide, geralmente com fator reumatoide fortemente positivo, que cursa
com esplenomegalia e neutropenia, ou seja, um quadro de hiperesplenismo.
Alternativa E: INCORRETA. A artrite reumatoide é quadro geralmente
soropositivo, acometendo pequenas articulações (interfalangeanas proximais,
metacarpofalangeanas, metatarsofalangeanas), por mais de seis semanas.
▶ resposta: B
A. LDH.
B. CPKMB.
C. Troponina.
D. CPK.
E. Mioglobina.
subtópico:
Cardiologia, Síndrome coronariana aguda, Infarto agudo do miocárdio,
Marcadores de necrose miocárdica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Marcadores de necrose miocárdica nos auxiliam no diagnóstico de infarto,
diferenciando lesões por isquemia estabelecidas da angina instável. Atualmente,
troponinas específicas (T e I) são adotadas para diagnosticar infarto.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lactato desidrogenase (LDH) é enzima presente em
diversos tipos celulares, participa do metabolismo energético, sendo altamente
inespecífica. Não é marcador de necrose miocárdica.
Alternativa B: INCORRETA. A creatinoquinase fração-MB (CKMB ou CPKMB) é
uma das formas da CK (CPK) encontrada no sangue e mais presente no músculo
cardíaco. Porém, apresenta detecção inicial de 3 a 4 horas após necrose
miocárdica, com pico em 24 horas e normalização em dois a quatro dias.
Alternativa C: INCORRETA. As troponinas (T e I) são os marcadores mais
específicos, porém, apresentam detecção inicial em torno de 4 a 6 horas após a
necrose miocárdica, com pico em 12 horas e normalização em sete a 14 dias.
Alternativa D: INCORRETA. A CPK total é inespecífica, comum a diversos tipos
celulares onde ocorre consumo elevado de ATP, como músculo estriado
esquelético e cardíaco, tecido cerebral, espermatozoides e células ciliadas. Pode
ser detectada em 4 a 8 horas após necrose miocárdica, com pico de 12 a 24 horas
e normalização em três a quatro dias.
Alternativa E: CORRETA. A mioglobina é uma enzima presente nos miócitos do
tecido muscular estriado esquelético e cardíaco, sendo a que apresenta detecção
mais precoce, em torno de 1 a 3 horas, com pico de 6 a 9 horas e normalização
em 24 a 36 horas.
▶ resposta: E
subtópico:
Cardiologia, Urgência e emergência, Crises hipertensivas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A diferenciação entre emergência hipertensiva, urgência hipertensiva e
pseudocrise hipertensiva reside na presença ou não de lesão aguda de órgão-
alvo ou risco em desenvolvê-la/agravá-la de maneira aguda.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nas urgências hipertensivas, de fato não há lesão
aguda de órgão-alvo ou agravo de lesão já existente. No entanto, a pressão
arterial diastólica está acima de 120mmHg e o paciente possui fatores de risco
que aumentam as chances de que ela ocorra. A presença de lesão de órgão-alvo
é própria das emergências hipertensivas.
Alternativa B: INCORRETA. O tratamento em UTI não é obrigatório em todas as
crises hipertensivas. Geralmente é necessário nas emergências, mas não
imediatamente, devendo ocorrer estabilização em Sala de Emergência.
Alternativa C: INCORRETA. Alguns autores defendem que não há valor
específico de corte, mas a literatura aceita pressão arterial diastólica (PAD) >
120mmHg como valor diagnóstico de crise hipertensiva.
Alternativa D: INCORRETA. Medicações parenterais são exigidas no tratamento
da emergência hipertensiva devido à necessidade de redução pressórica de
maneira mais rápida e intensa. Nas urgências, o controle pode ser feito com
drogas via oral/enteral.
Alternativa E: INCORRETA. As condições que apresentam risco iminente de
morte envolvem lesões agudas de órgão-alvo e ocorrem nas emergências
hipertensivas, e não nas urgências.
▶ resposta: A
subtópico:
Meningites.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As meningites infecciosas são caracterizadas por quadro afebril associado a
cefaleia e rigidez de nuca. Os sinais semiológicos clássicos são os testes de
Brudzinski e Kernig.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No líquor das meningites bacterianas, ocorre
consumo de glicose e aumento de proteínas, além de predomínio celular de
neutrófilos. O tratamento empírico pode ser realizado com ceftraxone.
Alternativa B: CORRETA Na neuroinfecção por herpes, é esperado o líquor com
predomínio de linfo-monocitário, glicose normal e proteína normal ou
discretamente aumentada. A doença evolui rapidamente e com gravidade, sendo
frequente alterações de comportamento ou nível de consciência. O tratamento é
realizado com aciclovir.
Alternativa C: INCORRETA. Hemorragia subaracnoidea é um diagnóstico
diferencial importante, mas é acompanhado de alterações na tomografia
computadorizada ou aumento de hemácias no líquor.
Alternativa D: INCORRETA. Meningites virais apresentam o mesmo padrão
liquórico da encefalite herpética, mas espera-se um quadro clínico mais brando.
Seu tratamento é realizado com sintomáticos.
Alternativa E: INCORRETA. As meningites fúngicas se apresentam com quadro
clínico mais arrastado (subagudo ou crônico), predomínio linfo-monocitário no
líquor e glicose consumida. Pode ser tratada com anfotericina B.
▶ resposta: B
A. A toxicidade hepática.
B. A miopatia.
C. A pancreatite.
D. A nefropatia.
subtópico:
Dislipidemias.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A toxicidade hepática é um efeito colateral menos
frequente do que a miopatia. Ocorrem, em geral, elevações assintomáticas de
transaminases.
Alternativa B: CORRETA É o efeito colateral mais comum da classe,
apresentando-se principalmente com dor muscular (proximal de membros
inferiores) e elevação de CPK.
Alternativa C: INCORRETA. Estatinas são potenciais indutoras de pancreatite
medicamentosa, mas sua ocorrência é pouco frequente.
Alternativa D: INCORRETA. Estatinas podem causar proteinúria, também de
modo infrequente.
▶ resposta: B
A. Imipenem.
B. Metronidazol.
C. Clindamicina + Ciprofloxacina.
D. Vancomicina
subtópico:
Pancreatite aguda.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Antibioticoterapia não é recomendada de modo profilático para pancreatite,
independentemente do tipo e gravidade. Devemos prescrever antibiótico no caso
de necrose pancreática infectada ou com suspeita de infecção.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Carbapenêmicos são as drogas de primeira linha para
necrose pancreática infectada pela ampla cobertura e penetração no parênquima
necrosado.
Alternativa B: INCORRETA Não deve ser utilizado isoladamente, mas associado a
quinolonas.
Alternativa C: INCORRETA. Quinolonas podem ser utilizadas, mas o agente
anaerobicida de escolha é metronidazol e não clindamicina.
Alternativa D: INCORRETA. Não é indicada de modo empírico para necrose
pancreática infectada.
▶ resposta: A
A. Glicoinsulinoterapia.
B. Bicarbonato de sódio.
C. Gluconato de cálcio.
D. Fenoterol
subtópico:
Hiperpotassemia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A solução de glicose com insulina reduz o potássio
sérico, mas não tem efeito de estabilização miocárdica.
Alternativa B: INCORRETA O bicarbonato fica reservado para hiperpotassemias
graves e não tem efeito de estabilização miocárdica.
Alternativa C: CORRETA. Na presença de hipercalemia e alterações
eletrocardiográficas (apiculamento de onda T, alargamento de QRS), gluconato
de cálcio é a medicação de escolha para evitar arritmias por estabilizar a
membrana das células do miocárdio.
Alternativa D: INCORRETA. Fenoterol também é uma medicação que reduz o
potássio sérico sem influência na estabilização miocárdica.
▶ resposta: C
subtópico:
Diabetes Mellitus.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os critérios para diagnóstico de cetoacidose diabética são acidose metabólica
(pH < 7,3 ou bicarbonato < 18) associada a glicemia > 250 e presença de
cetonemia (ou cetonúria fortemente positiva).
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A hidratação deve ser realizada com cristaloides,
podendo ser iniciada com soro fisiológico 0,9%. Em pacientes com potássio
normal, inicia-se a insulina regular endovenosa em bomba de infusão, associado
a correção de potássio.
Alternativa B: INCORRETA Ringer lactato é uma opção para hidratação, mas o
bicarbonato é reservado para acidoses graves com pH < 6,9 e a insulina
endovenosa utilizada é a regular.
Alternativa C: INCORRETA. Para expansão volêmica, deve ser utilizado
cristaloide, a via de administração da insulina é endovenosa e o gluconato só é
indicado quando há hiperpotassemia com alterações eletrocardiográficas.
Alternativa D: INCORRETA. Utiliza-se NPH subcutânea apenas na fase final de
compensação da CAD.
▶ resposta: A
A. Haloperidol.
B. Lactulose e metronidazol.
C. Quetiapina.
D. Manitol e gentamicina.
subtópico:
Cirrose e suas complicações.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A encefalopatia hepática é causada por sangramentos digestivos, constipação,
infecções, alcalose metabólica e desidratação. Essas condições aumentam a
quantidade de amônia no sangue, afetando o sistema nervoso central.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Haloperidol é um antipsicótico prescrito em casos de
delirium ou agitação. Deve ser utilizado com cautela em hepatopatas e não tem
efeito no fator causal da encefalopatia hepática.
Alternativa B: CORRETA A lactulose trata a encefalopatia hepática por dois
mecanismos diferentes: acidifica o lúmen intestinal e aumenta o trânsito,
reduzindo a quantidade de amônia que poderia ser absorvida para a corrente
sanguínea. Já o metronidazol reduz a quantidade de bactérias colônicas
produtoras de amônia.
Alternativa C: INCORRETA. A quetiapina também é um antipsicótico e merece as
mesmas observações que o haloperidol.
Alternativa D: INCORRETA. Manitol e gentamicina não têm papel algum sobre o
tratamento específico da encefalopatia hepática.
▶ resposta: B
A. 1 e 2.
B. 2 e 3.
C. 3 e 4.
D. 1 e 4.
subtópico:
Insuficiência cardíaca.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para determinar o tratamento da insuficiência cardíaca aguda, devemos
determinar seu perfil de acordo com o grau de congestão e perfusão tecidual. O
perfil mais comum é o B: boa perfusão periférica e congesto, como apresentado
no enunciado.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A base do tratamento da IC perfil B é o uso de
diuréticos de alça (furosemida) associado a vasodilatadores (IECA, BRA, nitratos).
Alternativa B: INCORRETA Betabloqueadores não devem ser iniciados em
vigência de descompensação da IC. Caso o paciente já faça uso dessa medicação,
pode-se reduzir a dose pela metade ou manter a dosagem usual.
Alternativa C: INCORRETA. Bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridínicos
(verapamil e diltiazem) têm efeito cardiodepressor e não devem ser iniciados em
vigência de descompensação da IC.
Alternativa D: INCORRETA. Mesmas considerações feitas acerca dos
bloqueadores de canal de cálcio.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma doença frequente, ocorrendo em até 30% da
população.
Alternativa B: INCORRETA Hérnias hiatais são fatores de risco, mas nem sempre
estão relacionados à doença.
Alternativa C: CORRETA. São as complicações mais comuns da DRGE.
Alternativa D: INCORRETA. A doença do refluxo é fator de risco para
adenocarcinoma e não para CEC.
▶ resposta: C
subtópico:
Pneumonia adquirida na comunidade.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O agente etiológico bacteriano mais comum da pneumonia adquirida na
comunidade é o S. pneumoniae, que deve ser coberto em qualquer esquema
empírico de antibiótico.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Azitromicina é uma opção terapêutica, mas a
penicilina cristalina não é utilizada no tratamento empírico pois age em
pneumococos de menor resistência.
Alternativa B: CORRETA O tratamento empírico de PAC que necessite
hospitalização deve conter beta-lactâmico (no caso, ceftriaxone) associado a um
macrolídeo (claritromicina ou azitromicina). A alternativa é uma quinolona
respiratória isolada.
Alternativa C: INCORRETA. Nenhuma das medicações é escolha para PAC por
não apresentar espectro antibiótico conta pneumococo.
Alternativa D: INCORRETA. A piperacilina-tazobactan é um beta-lactâmico que
pode ser utilizado no tratamento de PAC, mas fica reservado em casos de falha
terapêutica ou suspeita de pneumonia por anaeróbios.
▶ resposta: B
subtópico:
Doenças inflamatórias intestinais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
No contexto das diarreias crônicas, os principais diagnósticos diferenciais são
infecções, doenças disabsortivas, doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa
e doença de Crohn), neoplasias e síndromes funcionais.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Polipose intestinal não é achado diagnóstico de RCU.
Alternativa B: CORRETA A RCU é uma doença inflamatória que acomete as
porções superficiais da mucosa, que se apresenta friável e ulcerada. Espera-se
um acometimento contínuo de porções do cólon.
Alternativa C: INCORRETA. Diverticulose é um achado comum na população,
principalmente em idosos, e pode não ser patológico. Não tem relação com a
RCU.
Alternativa D: INCORRETA. Na doença de Crohn, há lesões ulceradas e
profundas em qualquer porção do trato gastrointestinal, sendo mais frequente
no íleo terminal. Essas lesões costumam ser descontínuas (segmentares).
▶ resposta: B
A. Retenção nitrogenada.
B. Queda do ritmo da filtração glomerular.
C. Microalbuminúria.
D. Edema de membros inferiores.
subtópico:
Insuficiência renal crônica
grau de dificuldade:
dica do autor:
Na evolução da doença renal crônica, o organismo apresenta inúmeros
mecanismos regulatórios para manter a função renal em níveis satisfatórios com
perda de até 50% dos néfrons.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A retenção de escórias nitrogenadas ocorre em
níveis avançados de nefropatia, em geral com clearance inferior a 60
ml/min/1,73m2.
Alternativa B: INCORRETA A queda da taxa de filtração glomerular não é o
mecanismo patológico mais precoce.
Alternativa C: CORRETA. O primeiro achado patológico na nefropatia diabética é
o aumento da albuminúria, sendo um marcador de lesão renal na nefropatia
diabética.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas clínicos são mais frequentes em
estágios avançados da nefropatia.
▶ resposta: C
A. Propanolol.
B. Isordil.
C. Enoxaparina.
D. AAS.
subtópico:
Síndrome coronariana aguda
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Devemos evitar betabloqueadores em pacientes sob
risco ou em vigência de choque cardiogênico. No caso, o paciente apresenta-se
hipotenso.
Alternativa B: CORRETA Classicamente há contraindicação de uso de nitratos
com inibidores do PDE5 (sildenafil, taldalafil) pelo risco de hipotensão refratária.
Alternativa C: INCORRETA. Enoxaparina está indicada e faz parte do tratamento
usual das síndromes coronarianas agudas.
Alternativa D: INCORRETA. AAS também está indicado e faz parte do tratamento
usual das síndromes coronarianas agudas.
▶ resposta: A/B
subtópico:
Anemia falciforme.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: INCORRETA. A icterícia pode ocorrer no paciente falciforme, mas não
é um achado universal, estando mais presente em situações de hemólise
importante e doença descompensada.
Assertiva II: INCORRETA. Nos primeiros meses de vida, há taxa maior de
hemoglobina fetal circulante, de modo que o sequestro esplênico é menos
frequente.
Assertiva III: INCORRETA. Existem diversas complicações pulmonares da anemia
falciforme: síndrome torácica aguda, hiperreatividade brônquica e hipertensão
pulmonar, por exemplo.
Assertiva IV: CORRETA. Na anemia falciforme, há anemia crônica e necessidade
de aumento do trabalho cardíaco como mecanismo compensatório. Assim,
espera-se dilatação do ventrículo esquerdo. Em fases mais avançadas, a doença
evolui com hipertensão pulmonar e hipertrofia do ventrículo direito.
▶ resposta: B
subtópico:
Cefaleias.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os tipos de cefaleia apresentam extensa gama de
diagnósticos diferenciais entre si, sendo divididos em primárias (a cefaleia em si é
a patologia) e secundárias (outro distúrbio causa a cefaleia).
Alternativa B: CORRETA As cefaleias primárias são as mais frequentes, estando o
tipo tensional em primeiro lugar, seguido da enxaqueca.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa aponta o quadro clínico típico da
cefaleia tensional.
Alternativa D: INCORRETA. A enxaqueca pode apresentar aura, fenômeno
neurológico autolimitado que costuma preceder a crise álgica. A aura se
apresenta frequentemente como alterações visuais (escotomas) ou sensoriais
(parestesias).
Alternativa E: INCORRETA. Na crise migranosa, há quatro fases evolutivas,
conforme descrito na questão.
▶ resposta: B
subtópico:
Meningites
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sinal de Kluge é a alteração da coloração da mucosa
vaginal durante a gravidez.
Alternativa B: INCORRETA Sinal de Trousseau é a indução do espasmo da
musculatura do carpo na hipocalcemia.
Alternativa C: INCORRETA. Sinal de Chadwick é presença de congestão da
mucosa da vulva durante a gestação.
Alternativa D: CORRETA. Sinal de Kernig é um dos sinais clássicos da meningite
e consiste na presença de dor na região lombar quando realizada flexão da coxa
sobre o quadril com a perna em extensão.
Alternativa E: INCORRETA. Sinal de Zileri é a alteração da coloração cutânea
durante tração da pele, presente na pitiríase versicolor.
▶ resposta: D
subtópico:
Síndromes coronarianas agudas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Dores induzidas pela palpação ou movimentação de
membros superiores são sugestivas de afecções osteomusculares locais.
Alternativa B: INCORRETA Dor isolada abdominal fala a favor de afecções
gastrointestinais.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa autoexplicativa para características de dor
cardíaca isquêmica típica. Outras apresentações poderiam ser piora com esforço
físico, melhora com repouso ou uso de nitrato e semelhança com dor isquêmica
prévia.
Alternativa D: INCORRETA. Dor prolongada epigástrica também fala a favor de
afecções gastrointestinais.
Alternativa E: INCORRETA. Dor restrita ao dermátomo estão associadas a
afecções neurológicas periféricas, em especial herpes zoster.
▶ resposta: C
A. Miastenia Gravis.
B. Síndrome de Guillain-Barré.
C. Lúpus Eritematoso Sistêmico.
D. Doença de Paget.
E. Síndrome de Eaton-Lambert.
subtópico:
Miopatias.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Nas miopatias, o sintoma principal é a fraqueza muscular. A localização da
musculatura acometida, bem como os sintomas associados, nos auxiliam no
diagnóstico diferencial.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na miastenia, as musculaturas mais comumente
acometidas são ocular, palpebral e bulbar.
Alternativa B: INCORRETA. A SGB apresenta-se como paralisia flácida aguda
iniciada em membros inferiores com progressão ascendente.
Alternativa C: INCORRETA. A inflamação muscular pode ocorrer no LES,
causando principalmente dor e fraqueza muscular discreta e pouco específica.
Miopatias graves são raras nessa doença.
Alternativa D: INCORRETA. Doença de Paget é um distúrbio primário ósseo.
Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de Eaton-Lambert é marcada por fraqueza
muscular progressiva e proximal.
▶ resposta: E
58 (IBADE – UPAS Rio – 2019) A opção que indica a doença glomerular primária,
que esteja entre causas de insuficiência renal crônica é:
subtópico:
Glomerulopatias.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nefropatia por IgA é uma glomerulopatia primária,
passível de evoluir para doença renal crônica em estágio final. Outros exemplos
de glomerulopatias primárias são doença por lesões mínimas,
glomeruloesclerose segmentar e focal, glomerulonefrite membranosa etc.
Alternativa B: INCORRETA Nefroesclerose diabética é a principal causa de
doença renal crônica no mundo, mas não é uma glomerulopatia primária.
Alternativa C: INCORRETA. Pielonefrite aguda está mais associada à doença do
parênquima renal e NTA, sendo uma causa secundária.
Alternativa D: INCORRETA. Nefropatia obstrutiva é uma causa secundária a
cálculos, neoplasias e obstruções extrínsecas.
Alternativa E: INCORRETA. Nefropatia do HIV é outra glomerulopatia infecciosa
de causa secundária.
▶ resposta: A
A. Doença de Crohn.
B. Esôfago de Barret.
C. Síndrome do Cólon Irritável.
D. Câncer Retal.
E. Retocolite ulcerativa.
subtópico:
Doença do refluxo gastroesofágico.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na doença de Crohn, ocorrem ulcerações focais e
inflamação crônica na histologia.
Alternativa B: CORRETA. A mucosa esofagiana é revestida fisiologicamente com
epitélio escamoso. Em condições de refluxo crônico, esse tecido é substituído por
epitélio colunar, condição denominada metaplasia intestinal.
Alternativa C: INCORRETA. Síndrome do intestino irritável é uma doença
funcional, isto é, sem alterações histológicas patológicas.
Alternativa D: INCORRETA. Neoplasias apresentam-se com multiplicação celular
anômala e atipias.
Alternativa E: INCORRETA. Na retocolite ulcerativa, observa-se inflamação
contínua na mucosa, abscessos e atrofias de criptas.
▶ resposta: B
A. Sugammadex.
B. Naloxona.
C. Flumazenil.
D. Etomidato.
E. Midazolan.
subtópico:
Intoxicações exógenas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Agente reversor de drogas bloqueadores
neuromusculares esteroides (rocurônio, vecurônio e pancurônio).
Alternativa B: CORRETA. A naloxona é o agente reversor de opióides, obtendo
rápido início de ação, já sendo inclusive disponível forma de uso via nasal, dada a
atual epidemia de opióides nos EUA.
Alternativa C: INCORRETA. Agente reversor de benzodiazepínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Medicação sedativa e hipnótica derivado de
imidazol.
Alternativa E: INCORRETA. Medicação sedativa e hipnótica da classe dos
benzodiazepínicos.
▶ resposta: B
subtópico:
Acidente vascular encefálico.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A tomografia computadorizada não é um método
adequado para avaliar a extensão do AVCi na fase precoce, pois começa a alterar-
se após 24 a 48 horas. Nesses casos, a ressonância magnética é mais adequada.
Alternativa B: INCORRETA A tomografia sem contraste é incapaz de avaliar a
vascularização intracraniana.
Alternativa C: INCORRETA. A principal suspeita diagnóstica no caso apresentado
é um acidente vascular cerebral.
Alternativa D: CORRETA. A tomografia é um exame essencial para diferenciar
acidentes vasculares hemorrágicos e isquêmicos, além de direcionar a conduta. A
presença de um exame normal com quadro clínico compatível fala a favor de um
AVCi.
Alternativa E: INCORRETA. O exame é capaz de avaliar atrofia cortical, mas esse
dado é pouco relevante em contexto de suspeita de AVC agudo.
▶ resposta: D
A. Hematócrito.
B. Bilirrubina.
C. TAP.
D. Encefalopatia hepática.
E. Albumina.
subtópico:
Insuficiência hepática.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A escala de Child-Pugh se utiliza de parâmetros relacionados com a função
hepática para determinar gravidade e prognóstico da insuficiência hepática. Após
sua aplicação, o paciente é classificado como A, B ou C (gravidade da doença
progressiva).
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O hematócrito não está relacionado diretamente com a
função hepática e por isso não é utilizado na classificação.
Alternativa B: INCORRETA O metabolismo da bilirrubina é uma das principais
funções hepáticas.
Alternativa C: INCORRETA. O TAP avalia a função de coagulação sanguínea e,
indiretamente, a produção hepática desses fatores.
Alternativa D: INCORRETA. A encefalopatia hepática é causada por aumento da
concentração de amônia no sangue, substância que deveria ser depurada pelo
fígado.
Alternativa E: INCORRETA. Outra importante função hepática é a produção de
albumina.
▶ resposta: A
63 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Acerca das características da asma brônquica pode-
se dizer que:
subtópico:
Asma
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A asma é uma doença inflamatória das vias
respiratórias terminais caracterizada por obstrução reversível dessas vias.
Alternativa B: INCORRETA É uma doença que responde muito bem a
broncodilatadores inalatórios. Casos refratários são a exceção.
Alternativa C: INCORRETA. A sintomatologia piora em períodos noturnos e no
início da manhã.
Alternativa D: CORRETA. Um efeito colateral comum dos beta-agonistas é
surgimento de tremores. Em geral, apresentam-se de forma discreta e
autolimitada. Esse é um efeito esperado da medicação e não uma forma de
alergia.
Alternativa E: INCORRETA. Os beta-agonistas tem efeito de induzir a entrada de
potássio para o meio intracelular, causando hipocalemia.
▶ resposta: D
64 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Paciente internado na Sala Vermelha há 30 dias por
falta de vagas em CTI no SUS, entubado sob ventilação mecânica assistido-
controlado. Foi submetido à punção venosa profunda em veia subclávia
esquerda, sem ter realizado raio-X de tórax de controle após o procedimento.
Decorrentes 2 horas, paciente se encontra com baixo volume corrente, queda da
saturação de oxigênio e mal adaptado a ventilação. Ao examinar o paciente, o
mesmo apresenta desvio da traqueia a direita. O diagnóstico mais provável e
primeira conduta mais indicada para este caso são, respectivamente:
subtópico:
Pneumotórax.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A primeira medida adotada no manejo do
pneumotórax hipertensivo é a punção de alívio, sendo a drenagem em selo
d’água realizada em seguida.
Alternativa B: CORRETA O pneumotórax hipertensivo é uma complicação da
punção venosa profunda, caracterizada por hipoventilação, diminuição da
expansibilidade e da ausculta pulmonar, hipertimpanismo e desvio contralateral
da traqueia. A punção de alívio é a primeira medida a ser adotada.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico do pneumotórax no contexto
apresentado é clínico.
Alternativa D: INCORRETA. A atelectasia é uma complicação relacionada a
intubação seletiva, rolha de muco ou obstrução brônquica extrínseca, podendo
causar quadro semelhante ao enunciado. O início do quadro após a punção
venosa fala mais a favor de pneumotórax do que de atelectasia.
Alternativa E: INCORRETA. Pneumonia com derrame pleural extenso poderia
justificar o quadro e o tratamento seria baseado em toracocentese ou drenagem
torácica.
▶ resposta: B
subtópico:
Doenças inflamatórias intestinais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As doenças inflamatórias intestinais causam diarreia e dor abdominal crônicas,
devendo ser investigadas nesse contexto clínico. Sua diferenciação pode ser
realizada a partir de biópsias teciduais, colonoscopia e exames laboratoriais
específicos (ANCA e ASCA).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Crohn (DC) tem diversas manifestações
extraintestinais como uveíte, episclerite, eritema nodoso e colangite
esclerosante.
Alternativa B: INCORRETA A DC afeta qualquer porção do tubo digestivo (da
boca ao ânus), sendo mais frequente no íleo terminal, cólon e região perianal.
Alternativa C: INCORRETA. Os inibidores de bomba de próton são
medicamentos de escolha para doença péptica associada.
Alternativa D: CORRETA. À histopatologia, pode-se apresentar com granulomas
não caseosos.
▶ resposta: D
subtópico:
Derrame pleural
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para diferenciar exsudato de transudato, podemos utilizar o critério de Light
revisado.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Tanto o pH quanto a glicose não são incluídos nos
critérios.
Alternativa B: INCORRETA Os triglicerídeos não fazem parte do critério.
Alternativa C: CORRETA. Os critérios de Light tradicionais comtemplam apenas a
razão de proteínas e DHL do líquido pleural com o plasma. Após a revisão desses
critérios, foi adicionado o colesterol como terceiro fator.
Alternativa D: INCORRETA. A citologia auxilia na avaliação etiológica do
derrame, mas não é contemplada na classificação entre exsudato e transudato.
Alternativa E: INCORRETA. O hematócrito não é utilizado em nenhum critério.
▶ resposta: C
A. Angiotomografia computadorizada
B. Ecocardiograma
C. Raio-X de tórax
D. D-dímero
E. USG doppler de membros inferiores
subtópico:
Tromboembolismo pulmonar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A partir da suspeita de TEP, deve-se aplicar escores para avaliar o risco de o
paciente apresentar a doença. Os principais escores utilizados são os de Genebra
e Wells.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O exame de escolha para pacientes com alta suspeita
clínica de TEP é a angiotomografia de tórax.
Alternativa B: INCORRETA O ecocardiograma fica reservado para avaliar a
gravidade da disfunção cardíaca ou achados indiretos de TEP, mas não é utilizado
como método diagnóstico definitivo.
Alternativa C: INCORRETA. O raio-X de tórax apresenta baixa sensibilidade para
TEP, sendo muitas vezes normal. Os achados clássicos no raio-X são os sinais de
Westermarck, corcova de Hampton e sinal de Palla.
Alternativa D: INCORRETA. O D-dímero fica reservado para pacientes de baixo
risco, como método de exclusão para TEP.
Alternativa E: INCORRETA. A ultrassonografia evidencia sinais indiretos de TEP,
mas não o diagnóstico definitivo.
▶ resposta: A
subtópico:
Delirium.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os principais desencadeantes de delirium são desidratação, distúrbios
hidroeletrolíticos, doenças infecciosas e constipação. Para seu diagnóstico,
podemos utilizar o escore CAM-ICU.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Antipsicóticos são apenas medicações sintomáticas
para delirium já instituído e não medidas preventivas. A prevenção se baseia em
resolver o fator desencadeante, adaptações ambientais (luz, óculos, dentadura,
familiares nas proximidades) e desospitalização.
Alternativa B: INCORRETA. Os principais tipos de alucinação são visuais ou
auditivas e, de forma menos comum, somatossensoriais.
Alternativa C: CORRETA. De acordo com os critérios CAM-ICU, para seu
diagnóstico são necessários períodos de desatenção com início agudo ou
flutuante associados a alteração no nível de consciência ou pensamento
desorganizado.
Alternativa D: INCORRETA. O delirium pode se apresentar na forma hipoativa,
sem agitação importante.
Alternativa E: INCORRETA. Apesar de ser uma etiologia possível,
frequentemente o delirium é multicausal ou sem causa definida.
▶ resposta: C
subtópico:
Pneumonia adquirida na comunidade.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A pneumonia adquirida na comunidade é definida como a infecção pulmonar
obtida fora do ambiente hospitalar ou até 48 horas da admissão.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Em pacientes internados, a escolha de tratamento
empírico é a associação de beta-lactâmico endovenoso com macrolídeo ou
quinolona respiratória isolada.
Alternativa B: INCORRETA O escore CURB-65 é utilizado para avaliar a gravidade
da pneumonia a indicar local do tratamento: ambulatorial ou hospitalar. É
composto das seguintes variáveis: confusão mental, uremia, frequência
respiratória, pressão arterial e idade.
Alternativa C: INCORRETA. A resposta ao tratamento é baseada na melhora
clínica (estado geral, padrão respiratório, febre) e não na melhora radiológica.
Nas pneumonias, os achados radiológicos podem persistir por algumas semanas
após a cura da infecção, sem relação com mau prognóstico.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a última diretriz brasileira, uso de
corticoides na PAC grave mostrou-se seguro e benéfico em diversos desfechos
clínicos importantes, sem evidência de redução na mortalidade. Por outro lado,
deve-se evitar o uso indiscriminado dessa terapia. Assim, sugere-se o uso nas
infecções grave, mas sem a obrigatoriedade que a questão refere.
Alternativa E: INCORRETA. O termo pneumonia associada aos cuidados em
saúde se refere à infecção obtida após 48 horas de internação, nos 90 dias
precedentes ou por contato com outros recursos (quimioterapia, diálise,
antibiótico etc.).
▶ resposta: A
subtópico:
Vacinação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O calendário vacinal não se restringe à infância. Na atenção à saúde do adulto,
outros fatores indicam diferentes esquemas de vacinação: comorbidades,
gestação, idade.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vacinação contra HPV é indicada para meninos de 11
a 14 anos. A vacina de zoster pode ser aplicada em homens acima de 50 anos,
mas não está disponível na rede pública como parte do calendário obrigatório.
Alternativa B: INCORRETA. Influenza e dT são indicados para idosos, mas não
são as únicas.
Alternativa C: CORRETA. Além da dT e influenza, vacinação contra pneumococo
entra no calendário vacinal para idosos. Outras vacinas podem ser aplicadas em
idosos: hepatite B (a depender do status vacinal) e febre amarela (zonas de risco).
Alternativa D: INCORRETA. Conforme já citado, não é a única vacina.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já citado, não é a única vacina.
▶ resposta: C
Clínica Médica
Questões Para Residência
A. Hipertensão portal
B. Rotura de varizes esofágicas.
C. Esquistossomose
D. Choque hipovolêmico.
E. Diabetes mellitus
subtópico:
Preventiva; Clínica Médica; Hepatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
No preenchimento da declaração de óbito (DO), lembra-se que a causa básica é
definida como a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos
patológicos que conduziram diretamente à morte ou as circunstâncias do acidente
ou violência que produziram a lesão fatal.
resolução:
Vamos preencher essa DO? Parte II: Diabetes mellitus (condição significativa que
contribuiu para a morte, mas que não entrou na cadeia direta de acontecimentos).
Parte I: causa básica (linha d = Esquistossomose); causa intermediária (linha c =
Hipertensão portal); causa intermediária (linha b = Rotura de varizes esofágicas);
causa imediata (linha a = Choque hipovolêmico).
▶ resposta: A
A. Ondas T apiculadas
B. Elevação do segmento ST
C. Encurtamento do intervalo QT.
D. Bloqueio AV do segundo grau Mobitz II.
subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As alterações eletrocardiográficas produzidas por distúrbios eletrolíticos são uma
tônica em provas de concurso. Portanto, estes padrões devem ser gravados.
resolução:
Fraturas recorrentes por pequenos traumas + osteopenia + nefrolitíase +
constipação intestinal. Isso soa familiar? São dados clínicos frequentes nas
questões relativas a hipercalcemia. E essa hipertensão, está aí por acaso? Embora
nem sempre lembrada, o hiperparatireoidismo é causa de HAS secundária. Mas
qual o achado clássico da hipercalcemia? Encurtamento do intervalo QT. Lembre-
se, excesso de cálcio traz a onda T para perto. Déficit de cálcio leva para longe
(alargamento do intervalo QT)
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A diferenciação entre quadro virais e bacterianos deve ser baseada nos achados
de anamnese e exame físico.
resolução:
Paciente com quadro típico de rinossinusite há três dias. Lembremos que é um
quadro com diagnóstico clínico e estaria errada a alternativa que sugerisse realizar
exame de imagem. Qual o próximo passo? Avaliarmos a possibilidade de se tratar
de rinossinusite bacteriana, embora a viral seja a mais frequente. Embora na
prática muitas vezes a diferenciação não seja assim tão fácil, a questão quer em
alguns momentos nos dizer que se trata de fato de uma rinossinusite viral: “três
dias”, “secreção nasal esbranquiçada e fluida”, “hiperemia conjuntival bilateral”
(atenção nessa), “secreção perolácea em retrofaringe” e “hiperemia de pilares
amigdalianos”. Faremos ATB em quadro viral? Não Faremos budesonida aerossol
oral numa rinossinusite? Não.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atentar para as novas recomendações do Ministério da Saúde.
resolução:
Paciente com sorologia e imunoblot positivos para o HIV, sendo testes com alta
especificidade, ou seja, poucos falso positivos, o que queremos mais para iniciar
tratamento? Lembremos que a nova recomendação, recorrente nas últimas
provas, é de que tratemos todos os pacientes infectados, independentemente da
sua carga viral e CD4. Qual o novo esquema recomendado? Tenofovir (TDF) +
Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG).
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Faremos essa questão por eliminação. É possível dizer que tal paciente possui
hepatite fulminante? Não, pois o conceito dessa condição diz respeito ao
“surgimento de encefalopatia hepática dentro de oito semanas após o início da
doença em pacientes sem hepatopatia prévia” ou “surgimento de encefalopatia
hepática dentro de duas semanas após o início da icterícia em pacientes com
hepatopatia prévia”. O paciente nem mesmo apresenta encefalopatia hepática, já
que seu exame neurológico se encontra normal e, portanto, letras A e C
descartadas. Podemos dizer que o paciente tem choque séptico? O novo conceito
de choque séptico diz respeito à necessidade de vasopressores para manter PAM >
65 mmHg ou dosagem de lactato > 2 mmol/l. Ora, nosso paciente é um
hepatopata crônico que claramente apresenta quadro de pneumonia. Sabemos
que o paciente cirrótico está sempre vasodilatado, em estado de hipovolemia
relativa, de modo que qualquer infecção pode piorar essa condição e afetar a
hemodinâmica desse paciente.
▶ resposta: B
A. Antidepressivo tricíclico.
B. Cocaína.
C. Benzodiazepínico.
D. Carbamato
subtópico:
Clínica Médica; Preventiva; Neurologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O estado das pupilas fornece um direcionamento fundamental para a resolução da
questão. As síndromes decorrentes das intoxicações exógenas são bastante
cobradas em concursos.
resolução:
A dica da questão é o estado das pupilas, pois, se estão mióticas, pensaremos em
substância que esteja gerando síndrome colinérgica. Ora, a cocaína é um
simpaticomimético, gerando midríase intensa (B incorreta). Já os tricíclicos
possuem efeitos anticolinérgicos, também podendo causar midríase (A incorreta).
Os benzodiazepínicos não produzem alterações pupilares. Já o carbamato, o
popular chumbinho, é um agente anticolinesterásico, ou seja, aumenta a
concentração da acetilcolina, provocando bradicardia, broncoespasmo, sialorreia e
miose.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão é mais comum de se ver em crianças com desnutrição.
resolução:
Paciente com desnutrição grave é alimentada em grande quantidade e evolui com
piora do quadro? Esse quadro é típico da síndrome da realimentação, onde o
alimento reposto promove a liberação de muita insulina, hipocalemia,
hipomagnesemia e hipofosfatemia, sendo a última a mais característica e o
grande marcador dessa complicação.
▶ resposta: B
A. Hiperparatiroidismo primário
B. Osteomalácia por deficiência de vitamina D
C. Osteíte fibrosa por hipocalcemia
D. Osteodistrofia renal
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembrar da fisiopatologia da doença renal.
resolução:
Paciente com DRC avançada + hipocalcemia + hiperfosfatemia + PTH aumentado?
Estamos diante de hiperparatireoidismo secundário à DRC, o que repercute na
chamada osteodistrofia renal (ou osteíte fibrosa cística), havendo elevado turnover
ósseo.
▶ resposta: D
09 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 43 anos, procura o Pronto Socorro queixando-
se de mal-estar geral, inapetência, cefaleia e febre (38 ~ 38,5°C) há dois dias. Nega
vômito ou alterações do hábito intestinal ou urinário. Mora na divisa
Campinas/Sumaré (SP), chegou há 5 dias de Diamantina (MG), onde havia
permanecido também por cinco dias. Exame físico: Regular estado geral,
descorada ++/4+, desidratada ++/4+, ictérica +++/4+, FC = 120 bpm, FR = 23irpm,
PA = 100 x70 mmHg. Pele: sem lesões, Abdome: plano, flácido, fígado a 10 cm da
borda costal direita, superfície lisa, consistência diminuída e doloroso à palpação;
Baço palpável a 5 cm da borda costal esquerda. A conduta além da coleta de
exames laboratoriais e de reposição volêmica é solicitar:
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Síndromes febris! Tônica nos pronto atendimentos e nos concursos.
resolução:
Paciente com quadro de febre há dois dias, icterícia , hepatomegalia dolorosa e
esplenomegalia. Possui relato ainda de ter vindo recentemente de área endêmica
para febre amarela (Minas Gerais). A única resposta plausível é a letra C, afinal,
apesar da suspeita mais forte ser realmente para Febre Amarela, não podemos
descartar dengue com complicações. A paciente não apresenta quadro sugestivo
de meningite bacteriana (letra A incorreta), não vem da Amazônia para pensarmos
inicialmente em malária (letra B incorreta), além de zika e chikungunya não
costumarem apresentar com esse quadro do enunciado
▶ resposta: C
A. Trocar
B. Suspender
C. Manter.
D. Diminuir a dose
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
resolução:
O principal efeito das estatinas é a toxicidade muscular. Entretanto, se o paciente
se encontra sintomático, suspenderemos se a dosagem de CPK ultrapassar 10
vezes o LSN, isto é, maior que 1.700. Caso estivesse sintomático, aí sim teríamos
motivos para suspender.
▶ resposta: C
A. Iniciar espironolactona.
B. Diminuir a dose de carvedilol.
C. Iniciar diálise
D. Suspender o diurético e hidratar
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os perfis hemodinâmicos da IC têm sido muito abordados no contexto de
concursos pela sua fácil padronização e memorização.
resolução:
Paciente com cardiomiopatia dilatada em tratamento é internado com
descompensação do quadro em perfil hemodinâmico B (quente e úmido). Durante
a internação, são feitas altas doses de diurético e, embora o paciente apresente
melhora da congestão pulmonar, evolui com instabilidade hemodinâmica e IRA de
padrão pré-renal. Nesse momento, devemos suspender o diurético, além de
reidratá-lo de maneira cuidadosa, evitando sobrecarga hídrica. Não há critérios,
ainda, para diálise de urgência.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Quadro clássico de esclerose sistêmica. Paciente apresentando fenômeno de
Raynaud + úlceras digitais + FAN positivo com padrão anticentromérico +
pneumopatia intersticial restritiva. Não temos como marcar outra alternativa.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão de semiologia médica (sinal de Jobert).
resolução:
Paciente com abdome agudo associado a relato de uso crônico de AINEs, faz
lembrar imediatamente de úlcera péptica perfurada. Ao exame físico, paciente
encontra-se com abdome em tábua, doloroso à percussão. Qual a nossa primeira
conduta diagnóstica frente a um caso como esse? Raio-X de tórax. Em busca de
quê? Pneumoperitônio. Para fechar, qual o nome do sinal semiológico que, à
percussão do hipocôndrio direito, desaparece a macicez hepática e surge
timpanismo? Sinal de Jobert.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Qual a primeira conduta diante de um paciente com
HDB? Endoscopia digestiva alta! Como assim? Além de mais prevalente, as
hemorragias altas (acima do ângulo de Treitz) podem se apresentar com
hematoquezia, e não apenas melena. Dessa forma, antes de realizar colonoscopia
no paciente, não podemos passar batido. Além disso, iniciaremos tratamento
empírico com IBP para a causa mais importante de HDA: doença ulcerosa péptica.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que o paciente do cenário está estável.
resolução:
Paciente vítima de trauma torácico com fraturas de primeiros arcos costais
(necessitam de maior impacto) + alargamento de mediastino? Pensaremos em
trauma aórtico. Como o paciente está estável, podemos submetê-lo a um exame
que guiará a abordagem terapêutica, a angio-TC.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão clássica sobre complicações de cirurgia torácica.
resolução:
O que aconteceu com essa criança, que foi submetida a cirurgia de tórax e evoluiu
com líquido leitoso no dreno? Uma provável lesão do ducto torácico, que
transporta a linfa, rica em gordura. Devemos lembrar que em grande parte dos
casos ocorre fechamento espontâneo da fístula, de modo que a terapia será
inicialmente conservadora, com NPT + jejum oral, na tentativa de repor as perdas
lipídicas sem aumentar o débito do quilo. Em caso de evolução desfavorável,
quando essa conduta é ineficaz, a cirurgia pode ser indicada.
▶ resposta: A
A. Perfuração duodenal.
B. Hepatite medicamentosa
C. Lesão de colédoco
D. Sepse de foco abdominal.
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia
grau de dificuldade:
resolução:
Quanto às complicações clássicas de CPRE, temos a pancreatite aguda, que quase
sempre é lembrada. Entretanto, não podemos deixar de lembrar de outra
complicação bastante associada a esse procedimento, a perfuração duodenal, que
inicialmente se manifesta apenas com intensa dor epigástrica, podendo ter
descompressão brusca negativa no começo do quadro, pelo fato da coleção se
acumular no retroperitônio. Assim, só apresenta sinais mais tardiamente. E a
icterícia? Ora, nada mais é do que consequência da própria condição que motivou
o procedimento, a coledocolitíase
▶ resposta: A
A. Colón ascendente
B. Estômago
C. Sigmoide
D. Intestino delgado.
subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção ao passado cirúrgico.
resolução:
Paciente dá entrada no PS com dor + distensão abdominal difusa há três dias +
náuseas + parada de eliminação de fezes e flatos? Isso é a clínica de uma síndrome
obstrutiva intestinal. No radiograma simples de abdome em ortostase e decúbito
dorsal, temos a presença de nível hidroaéreo (sugerindo realmente obstrução) e a
presença de “pregas coniventes”, característico de obstrução de intestino delgado.
Qual a principal causa de obstrução de delgado? Brida. Não é para menos que a
questão cita que a paciente foi submetida no passado a duas cesáreas e uma
histerectomia. Essa não podemos errar!
▶ resposta: D
19 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 65 anos, procura o Pronto Socorro referindo
parada de eliminação de flatos e fezes, aumento do abdome e náuseas há cinco
dias. Nega febre e vômitos. Antecedentes pessoais: tabagismo 1 maço/dia/50 anos
e hipertensão arterial. Exame físico: bom estado geral, desidratado +/4+,
descorado +/4+, FR = 18 irpm, acianótico; Abdome: distendido e hipertimpânico
globalmente. Radiograma do abdome: distensão desde o ceco até cólon
descendente, ausências de pregas coniventes e de ar em ampola retal. O
diagnóstico é:
subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se do diagnóstico sindrômico e suas principais causas.
resolução:
Paciente de 65 anos dá entrada no PS com distensão abdominal difusa há cinco
dias + náuseas + parada de eliminação de fezes e flatos? Isso é a clínica de uma
síndrome obstrutiva intestinal. No radiograma simples de abdome, temos
distensão desde o ceco até o cólon descendente, ausência de pregas coniventes e
de ar em ampola retal. O que isso quer dizer? Que o paciente apresenta ponto de
obstrução no intestino grosso que está impedindo a passagem após o cólon
descendente (ausência de ar em ampola retal), mas que temos também algo
impedindo o retorno das fezes para o intestino delgado (ausência de pregas
coniventes). O que seria? A válvula ileocecal, que nesse caso é competente. Qual
será o diagnóstico desse paciente? Provavelmente a causa mais comum de
obstrução de intestino grosso, o CA colorretal e, de acordo com a descrição da
radiografia, a topografia indica a região sigmoide como sendo a acometida
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Diante de taquiarritmia, a conduta sempre se baseará na presença ou ausência de
instabilidade hemodinâmica causada pela arritmia.
resolução:
Lactente apresenta-se grave com taquicardia de QRS estreito + ausência de onda P
+ ritmo regular. O que é isso? Taquicardia supraventricular. Isso bastava para
responder, mas qual a conduta? Diante de um paciente com sinais de instabilidade
hemodinâmica (hipotensão, hipoxemia e tempo de enchimento capilar
prolongado), sem dúvidas a conduta é a cardioversão elétrica imediata.
▶ resposta: A
A. Crotálico
B. Elapídico
C. Loxoscélico
D. Botrópico
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Fácies miastênica diante de quadro de acidente ofídico.
resolução:
Questão de acidentes por animais peçonhentos, tema frequente na prova da
Unicamp. No caso em questão, paciente apresenta quadro neurológico (diplopia,
ptose palpebral e alteração da fala) associado a altos níveis de CPK e sumário de
urina com Hb positiva, sugerindo rabdomiólise. Pelo relato de ter “pisado em
espinho”, isso sugere fortemente acidente com a famosa cascavel, ou apenas
acidente crotálico. Revisando as outras alternativas, quais os pontos-chave?
Acidente botrópico (jararaca) = fenômenos hemorrágicos; acidente loxoscélico
(aranha-marrom) = lesão cutânea necrótica e anemia hemolítica; acidente
elapídico (cobra coral) = quadro neurológico semelhante, mas sem rabdomiólise.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Calcular o PaCO2 esperado.
resolução:
Questão que apenas com um cálculo poderíamos matá-la, afinal, paciente com pH
7,21 + HCO3 de 13 mEq/l, trata-se de acidose metabólica, restando calcular se a
mesma se encontra compensada ou não. Vamos lá: PaCO2 = HCO3 x 1,5 + 8,
obtendo o resultado de 27,5 como o PaCO2 esperado, ou seja, o paciente está
retendo mais CO2 do que deveria, uma acidose mista, sendo a alternativa A a única
que apresenta essa resposta. Mas vamos lá, é um paciente com cardiopatia
congênita com CIV, em uso de digoxina e furosemida, portanto, também tem ICC.
O paciente apresenta piora do quadro há dois dias associado a taquipneia,
retração intercostal e hipóxia, logo, insuficiência respiratória aguda, oriunda de
provável ICC descompensada. Poderíamos ficar em dúvida entre as letras A e B,
mas a gasometria, já explicada, nos faria chegar à resposta correta.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Dermatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
atenção à via de administração.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Criança após picada de abelha evoluindo com
irritabilidade + taquipneia + SIBILOS PULMONARES + ESTRIDOR LARÌNGEO +
ANGIOEDEMA + PLACAS DE URTICÁRIA. O que está acontecendo? Isso é um
quadro típico de ANAFILAXIA, onde a medida salvadora é a pronta administração
de ADRENALINA. Atenção, pois é pegadinha constante de prova: a via de
administração da adrenalina na Anafilaxia é INTRAMUSCULAR e não subcutânea!
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Preventiva.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão polêmica.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. A partir dos 50 anos, está indicado o rastreio do CA
colorretal, que pode ser feito com Colonoscopia (10/10 anos),
Retossigmoidoscopia (5/5 anos) ou PSOF (anual). Aos 55, indica-se o rastreio para
CA de pulmão, de maneira anual, até os 74 anos , por meio de TC DE TÓRAX DE
BAIXA DOSAGEM, sendo apenas para fumantes ou ex-fumantes com pelo menos
30 maços/ano, que deixou até 15 anos. O mais polêmico dessa questão é em
relação ao rastreio do CA de próstata, em que embora de fato seja feito com o PSA
e o toque retal, o MS não endossa a sua realização. A realização de Endoscopia
Digestiva Alta ou Radiografia de tórax não faz parte dos exames preconizados para
rastreio periódico de doenças. Apesar da polêmica em relação ao CA de próstata, o
gabarito foi mantido
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
A. Taquipneia
B. Diarreia.
C. Poliuria
D. Mioclonia.
subtópico:
Clínica Médica
grau de dificuldade:
dica do autor:
Mais fácil resolução com a técnica de eliminação.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A morfina sabidamente pode causar depressão do
sistema respiratório, causando BRADIPNEIA (alternativa A incorreta). No TGI, os
opioides causam CONSTIPAÇÃO, por diminuir a peristalse. (alternativa B incorreta).
Além disso, seus efeitos anticolinérgicos são responsáveis por causar, por
exemplo, RETENÇÃO URINÁRIA, e consequentemente, oligoanúria. Por fim, a
mioclonia é um raro efeito colateral da morfina. Questão difícil, mas que
poderíamos fazer por eliminação, já que as outras alternativas tratam de efeitos
contrários aos que classicamente estão associados a morfina.
▶ resposta: D
26 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 68 anos, refere dorsalgia há 20 anos com
irradiação para face anterior das pernas e melhora com o uso de anti-
inflamatórios não esteroidais. Há 10 dias apresentou piora da dor lombar e há 24
horas apresenta incontinência fecal e urinária. Exame neurológico: força grau II
em membros inferiores, ausência de hiperreflexia e de sensibilidade abaixo da
cicatriz umbilical. O EXAME A SER SOLICITADO PARA O DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
É:
A. Eletroneuromiografia
B. Cintilografia óssea.
C. Ressonância nuclear magnética.
D. Pesquisa de células neoplásicas no líquor.
subtópico:
Clínica Médica; Neurologia; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção aos sinais de alarme em pacientes com lombalgia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Sabemos que lombalgia é uma das causas mais
frequentes de atendimento médico. Diante disso, precisamos estar familiarizados
com os SINAIS DE ALARME da Lombalgia, que demandam investigação
aprofundada da sua causa. Nota-se que o paciente do caso apresenta dorsalgia
com um mesmo padrão há 20 anos, e que há 10 dias, apresentou MUDANÇA DE
PADRÃO, havendo piora da dor lombar, associada a incontinência fecal e urinária.
Além disso, no exame físico, apresenta paresia e perda de sensibilidade em
membros inferiores. Sendo um paciente de 68 anos, a principal hipótese
diagnóstica é a de compressão epidural da medula espinhal por metástases
vertebrais, sendo a RESSONÂNCIA MAGNÉTICA um ótimo exame para avaliação.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C
A. Aplástica.
B. Veno-oclusiva.
C. Hemolítica.
D. De sequestro esplênico.
subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção aos sinais e exames laboratoriais.
resolução:
Questão simples. Paciente com diagnóstico de anemia falciforme, apresentando
dor torácica + infiltrado pulmonar novo, estamos diante de síndrome torácica
aguda (STA), uma das principais causas de óbito nesses pacientes. Pelo
afoiçamento no leito do capilar, serão formados plugs de hemácias, gerando
quadros de isquemia crônica ou aguda, esta última responsável pelos quadros
álgicos em que a STA se inclui. Lembremos que os pacientes falcêmicos > 5 anos
não possuem mais baço devido ao processo de autoesplenectomia (alternativa D
incorreta). Já a crise aplástica cursaria com reticulocitopenia (letra A incorreta). Por
fim, a crise hemolítica cursaria com valores de hemoglobina bem mais baixos do
que os do enunciado, em torno de 6 ou 7 g/dl.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia
grau de dificuldade:
dica do autor:
Analise atentamente o espectro de ação dos antimicrobianos apresentados em
contraste com o principal agente causador de ITU.
resolução:
O médico do PSF recebe urocultura com crescimento de cocos gram-positivos, que
pode muito bem ser enterococo ou estafilococo. Qual a única alternativa, dentre
as opções que cobriria esse tipo de germe? Ampicilina. As demais são usadas
especialmente contra o principal germe causador de ITU, a Escherichia coli.
▶ resposta: A
29 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 27 anos, previamente hígido, procura o Pronto
Socorro com queixa de dor torácica súbita há uma hora, em pontada, que piora
com a respiração e acompanhada de leve dispneia. Exame físico: afebril,
normotenso e com perfusão periférica normal. Tórax: inspeção estática: sem
alterações, inspeção dinâmica: diminuição da expansibilidade à direita; percussão:
som timpânico e murmúrio vesicular diminuído à direita. O diagnóstico é:
A. Pneumonia
B. Derrame pleural
C. Embolia de pulmão.
D. Pneumotórax.
subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia; Cirurgia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Semiologia básica.
resolução:
Questão clássica! Paciente jovem com dor torácica súbita, em pontada, que piora
com a respiração (pleurítica? pericárdica?) e leve dispneia (provavelmente
ventilatório-dependente). No exame físico, notamos diminuição da expansibilidade
à direita e murmúrio vesicular diminuído. Será que é derrame pleural? Não sei,
vamos percutir. À percussão, apresenta-se com som timpânico. Matamos a
questão! Estamos diante de provável pneumotórax. Juntando agora as peças do
quadro, temos um quadro típico de pneumotórax espontâneo que, quando
ocorre, é mais comum em jovens altos e magros.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Não se assuste com a questão. Analise os padrões de herança e os princípios
genéticos básicos e encontrará a resposta.
resolução:
Questão muito mais fácil do que parece. Ao iniciar a leitura, você pode ter se
assustado, achando que se tratava de pergunta sobre padrão de herança sobre
alguma doença genética específica. Mas não! Ele apenas quer saber sobre herança
genética de maneira geral. Ora, se um homem evolui com doença hereditária e o
enunciado fala que o pai possui a doença e a mãe é assintomática, qual padrão de
herança pode estar relacionado? As mitocôndrias são provenientes da mãe, de
modo que não se encaixaria no caso (letra A incorreta). Lembremos que o filho
herdou o cromossomo Y do pai, e não o X (alternativa B e C incorretas). Por fim,
doença autossômica dominante justificaria o quadro do enunciado, de modo que
a chance de transmissão para a prole é de 50%, independentemente do sexo da
criança.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Analise o quadro sindrômico e depois correlacione com as alternativas.
resolução:
Paciente com quadro de anemia autoimune (AHAI), evidenciada por anemia
hemolítica (reticulocitose, LDH alta e haptoglobina baixa) do tipo autoimune
(Coombs direto positivo). Quais das condições apresentadas podem estar
associadas a AHAI? Ora, os desencadeantes mais frequentes de AHAI são
justamente LES, linfoma e drogas (como a penicilina). E o VCM aumentado não fala
a favor de anemia megaloblástica? Nesse contexto, pensaremos em aumento de
VCM pelo fato de hemácias imaturas de grande tamanho estarem sendo lançadas
na circulação, evidenciado pela reticulocitose da paciente.
▶ resposta: A
32 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 73 anos, procura atendimento médico
referindo visão amarelada, anorexia e náuseas. Antecedentes pessoais:
Insuficiência cardíaca, em uso de enalapril, carvedilol, furosemida e digoxina. A
alteração eletrolítica que contribui para o desenvolvimento deste quadro é:
A. Hipernatremia
B. Hiponatremia
C. Hipercalemia
D. Hipocalemia.
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Acontecimento frequente em usuários de digoxina e furosemida, sem a devida
reposição de um certo eletrólito.
resolução:
Paciente apresentando visão amarelada (xantopsia) em uso de enalapril,
furosemida e digoxina. Qual dessas drogas classicamente pode causar esse
quadro? Digoxina! O paciente está apresentando intoxicação digitálica. Qual o
distúrbio hidroeletrolítico que, quando presente, predispõe a esse quadro?
Hipocalemia.
▶ resposta: D
A. Uretrite
B. Escroto agudo
C. Hidrocele
D. Orquiepididimite
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Análise da fisiopatologia das alternativas pode ajudar ainda mais a chegar na
alternativa correta.
resolução:
Questão tranquila. Paciente com dor testicular súbita, apresentando edema e
hiperemia à direita. Além disso, o sinal de Prehn (ausência de melhora da dor com
elevação do testículo) e abolição do reflexo cremastérico corroboram com a
hipótese da síndrome escroto agudo, em que o principal representante é a torção
testicular. Não há relato de corrimento uretral (alternativa A incorreta) ou
transiluminação escrotal (letra C incorreta). Além disso, na orquiepididimite não
teríamos sinal de Prehn e o reflexo cremastérico estaria normal (alternativa D
incorreta).
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Rotina de investigação de nódulo tireoidiano.
resolução:
Questão fácil sobre investigação de nódulos de tireoide. Lembremos que PAAF não
é a primeira conduta na investigação, de modo que primeiro buscaremos fatores
de risco diante da história + exame físico, como a história de radioterapia que o
paciente possui. Depois, precisamos dosar os hormônios tireoidianos para avaliar
se não se trata de nódulo hiperfuncionante, no caso de TSH reduzido, o que
mudaria totalmente a abordagem, já que partiríamos para cintilografia. Porém, o
paciente apresenta TSH normal, o que nos faz pensar em nódulo frio, de modo
que o nosso próximo passo é partir para ultrassonografia para avaliar as
características do nódulo, além de guiar a punção com agulha fina (PAAF).
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção ao hemograma.
resolução:
Paciente de 64 anos com quadro de abaulamento + dor supra púbica, sugestiva de
bexigoma. Nossa principal hipótese, em paciente dessa idade, é HPB. Entretanto,
há três dias ele apresenta febre + dor perineal + urgência miccional. O que é isso?
O paciente complicou com uma prostatite bacteriana. Ao olharmos o hemograma,
vemos um paciente neutropênico, de modo que, nesses casos, é contraindicada a
realização de toque retal pelo alto risco de bacteremia e possível evolução para
sepse. O ideal seria iniciar ATB e realizar a drenagem vesical.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Análise do estado geral, do aspecto e da localização contribuem muito para
acertar a questão.
resolução:
Estamos diante de quadro de adenomegalia cervical crônica, sem sintomas como
febre, tosse ou outras queixas. À palpação, um linfonodo endurecido, indolor e
sem sinais inflamatórios. Diante disso, já poderíamos excluir toxoplasmose aguda
ou mono-likes, como mononucleose (alternativas A e C incorretas). A doença da
arranhadura do gato, causada pela Bartonella hanselae, tem evolução mais aguda,
caracteristicamente cursando com formação de pústula no local da arranhadura
(alternativa D incorreta). A chave da questão é a linfonodomegalia insidiosa +
calcificação, típica de tuberculose. Qual o principal sítio de acometimento
extrapulmonar da TB em crianças e imunodeprimidos? Ganglionar. Portanto, o
teste de Mantoux (PPD) e a investigação de contactantes certamente é a melhor
alternativa.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Nefrologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção aos eletrólitos.
resolução:
Criança que, após cirurgia, evolui com quadro de acidose metabólica leve
associado a hipocalemia. Inicialmente, podemos estranhar pelo fato de
normalmente acidose vir acompanhada de hipercalemia. Entretanto, a questão
nos pede a melhor conduta para fazer a devida reposição hidroeletrolítica. Não
faremos soro glicosado (alternativas A e D incorretas), afinal, a liberação de
insulina promove o shunt do potássio para o interior da célula (lembremos da
“solução polarizante” no tratamento de hipercalemia). Como o paciente está
visivelmente desidratado e com hipocalemia, a melhor resposta é a alternativa C,
fazendo SF 0,9% e KCl 19,1%.
▶ resposta: C
A. Reposição de plaquetas
B. Reposição de plasma fresco congelado
C. Reposição de crioprecipitado
D. Reposição de Fator VIII.
subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Defeito na hemostasia secundária.
resolução:
A dica é criança com hematoma pós-vacina ou hemartrose, pensaremos em
deficiência na hemostasia secundária (fatores de coagulação). Por outro lado,
sangramento de pele (petéquias/púrpura/equimose) ou mucosas (gengival/nariz),
iremos para o lado dos defeitos na hemostasia primária (plaquetas). A principal
doença da hemostasia secundária é a hemofilia, em que temos os tipos A
(deficiência fator 8), B (deficiência fator 9) ou C (deficiência fator 11). A mais
comum é a A, sendo B mais comum que C. As hemofilias A e B (mais comuns) são
de herança recessiva ligada ao X. Sendo assim, praticamente todos os indivíduos
acometidos são homens. Por ser doença hereditária, o diagnóstico costuma ser
dado na infância. O tratamento inclui a reposição do devido fator deficiente.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção ao resultado da ultrassonografia.
resolução:
O enunciado nos traz um paciente com cirrose alcoólica + hipertensão portal. O
paciente ainda não precisa fazer profilaxia de sangramento de varizes esofágicas
com propranolol, já que o enunciado diz que a EDA é normal. Estaria indicada
restrição de sódio pela ascite, mas não de proteínas, que poderia ser prejudicial. O
paciente deveria cessar o alcoolismo e não reduzir para < 30 g/dia. O paracetamol
não é contraindicação absoluta para cirróticos, devendo apenas ter cuidado,
utilizando doses mais baixas. Já os AINEs sempre devem ser evitados, pelo risco de
síndrome hepatorrenal. As vacinas que a alternativa D apresentam estão indicadas
no paciente hepatopata para profilaxia de infecções respiratórias e outros agentes
que poderiam prejudicar ainda mais o quadro hepático, com os da hepatite.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A salmonelose septicêmica prolongada deve ser tratada com antibióticos de
reconhecida ação antissalmonela, como a associação sulfametoxazol-
trimetoprima, a ciprofloxacina e o cloranfenicol. Em uma etapa subsequente, o
tratamento da esquistossomose poderá ser feito com praziquantel ou
oxamniquina. Nos casos de menor gravidade, o uso do esquistossomicida é
suficiente para a cura de ambas as infecções com eficácia em torno de 90%.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pela história epidemiológica, é mais provável que o
primeiro contato com os hospedeiros intermediários da esquistossomose tenha
ocorrido na infância.
Alternativa B: INCORRETA. A visualização ou a demonstração da presença de
ovos de S. mansoni nas fezes ou tecidos ou de antígenos circulantes do parasito
são suficientes para diagnóstico de esquistossomose.
Alternativa C: CORRETA. Há associação da esquistossomose com bactérias Gram-
negativas, em especial as do gênero Salmonella. As salmonelas têm sido
encontradas associadas à esquistossomose mansônica e produzindo doença febril
prolongada peculiar e conspícua. Acomete, preferencialmente, jovens entre 10 e
30 anos. Os pacientes queixam-se de fadiga, perda de peso e febre. A presença de
hepatoesplenomegalia é evidenciada na maioria dos casos.
Alternativa D: INCORRETA. Não é comum haver reativação de esquistossomose.
Em indivíduos imunocomprometidos, devemos estar atentos à possibilidade de
hepatite tóxica na ausência de granuloma, redução da eliminação de ovos nas
fezes por diminuição da resposta inflamatória, disseminação de ovos por vários
tecidos, diminuição da eficácia terapêutica dos esquistossomicida.
Alternativa E: INCORRETA. Febre é comum na fase aguda e na presença de
salmonelose. Não é esperada na esquistossomose hepatoesplênica.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que molécula de amiodarona tem grande quantidade de iodo em sua
composição e pode promover alterações clássicas na tireoide.
resolução:
Paciente que usa amiodarona e evolui com sintomas de hipo ou hipertireoidismo.
Temos basicamente que pensar em duas situações: efeito Wolff-Chaikoff
(hipotireoidismo induzido pelo iodo) e o efeito Jod-Basedow (hipertireoidismo
induzido pelo iodo). O betabloqueador seria uma ótima droga para controle de
sintomas nesse caso evidente de tireotoxicose (perda ponderal involuntária +
taquicardia + TSH suprimido + T4 livre aumentado) por efeito Jod-Basedow.
▶ resposta: D
A. Eosinofilia >1500/mm³
B. Níveis reduzidos de complemento.
C. ANCA positivo
D. Tomografia de tórax mostrando infiltrados e nódulos pulmonares não
cavitários
E. Biópsia cutânea, mostrando vasculite necrotizante com infiltrado eosinofílico
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção para as vasculites que acometem classicamente as vias aéreas.
resolução:
Paciente com sintomas e sinais como mononeurite múltipla, púrpura palpável e
episódios de rinossinusite deve nos fazer lembrar da granulomatose de Wegener.
As vasculites são pauci-imunes e não consomem complemento, sendo a única
exceção à crioglobulinemia.
▶ resposta: B
A. Hemodiálise
B. Resinas de troca sônica
C. Bicarbonato de sódio.
D. Furosemida
E. Expectante, monitorizando diariamente os níveis séricos de potássio
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Distúrbios hidroeletrolíticos e suas repercussões eletrocardiográficas são uma
tônica nos concursos.
resolução:
Paciente renal crônico apresentando hipercalemia grave, com alterações
eletrocardiográficas, de modo que foi feito corretamente o gluconato de cálcio. As
alternativas B, C e D trazem medidas que não seriam capazes de corrigir a
hipercalemia na velocidade desejada em paciente com DRC agudizada. Dessa
forma, a melhor opção é realizar hemodiálise, já que uma das indicações é a
hipercalemia refratária
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual.
resolução:
De maneira geral, o rastreio de CA colorretal é indicado para pacientes com > 50
anos. Entretanto, caso haja histórico familiar da condição, ela se manifestar aos 40
anos ou 10 anos antes da idade do familiar acometido, o que ocorrer primeiro, o
exame deve ser repetido a cada cinco anos
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Não confunda tratamento abortivo da crise com a profilaxia da mesma.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Estamos diante de caso típico de enxaqueca. Note que a
questão está se referindo ao tratamento abortivo, em que a principal droga são os
triptanos, que devem ser tomados precocemente, já quando tiver apresentando a
aura. O propranolol pode ser utilizado na profilaxia, entretanto, note que o
paciente só apresenta uma ou duas crises por mês, sendo que a indicação de
profilaxia é na presença de três ou mais crises ao mês.
▶ resposta: A
A. Diltiazem.
B. Amiodarona
C. Ecocardiograma transesofágico
D. Cardioversão elétrica.
E. Warfarin
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual sobre a “arritmia do clínico” associada a valvopatia (atenção ao
sopro diastólico).
resolução:
Paciente com quadro de fibrilação atrial, provavelmente há mais de 48 horas, o
que contraindica a cardioversão química com amiodarona ou elétrica pelo risco de
embolização de possível trombo. A cardioversão elétrica imediata também não
tem indicação no caso, pois a paciente encontra-se estável. O caso relata ainda
que a paciente é provavelmente portadora de estenose mitral, que está
descompensada pela taquiarritmia. Certamente ela teria indicação de fazer
anticoagulação como planejamento para cardioversão ou até mesmo realizar
ecocardiograma para excluir trombo, entretanto, a questão nos pede a medida
imediata, e o que está causando os sintomas é a elevação da frequência cardíaca,
de modo que o mais recomendado agora é fazer o controle da FC, que pode ser
feita com BCC, como o diltiazem.
▶ resposta: A
A. Piperacilina-tazobactam.
B. Cefepime + amicacina
C. Meropenem
D. Cefepime + vancomicina
E. Ceftazidima
subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Neutrófilos abaixo de 500 associado a febre com lesão de tegumentar e pulmonar.
resolução:
Quadro sugestivo de neutropenia febril, em paciente em tratamento para linfoma
não Hodgkin. Devemos usar drogas com cobertura inclusive para pseudomonas,
sendo o cefepime o de escolha, embora possamos usar outras drogas anti-
pseudomonas (ceftazidime, carbapenêmico, pipetazo, etc). Quando cobrir gram-
positivo MRSA? Quando houver algum indício (lesão de pele, cateter, pulmão,
hipotensão, mucosite grave) ou positividade na cultura. Como? Vancomicina ou
linezolida. O enunciado apresenta lesão de pele indicativa de celulite e pneumonia.
Assim, devemos associar a cobertura empírica aos cocos gram-positivos.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção à solicitação dos familiares quanto aos procedimentos invasivos.
resolução:
A questão nos diz que o paciente está sem contactar, o que denota rebaixamento
do nível de consciência, que é uma contraindicação com a ventilação não invasiva.
Entretanto, também não faremos a intubação, já que, segundo os familiares, não
deve ser indicado qualquer tipo de suporte invasivo, prolongando o sofrimento
desse doente. A melhor conduta seria reduzir o desconforto respiratório com
morfina
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A resolução pode ser facilmente alcançada por eliminação.
resolução:
Questão mais de semiologia médica do que propriamente de DPOC. Paciente
DPOC, com alterações em hemitórax direito (MV e FTV diminuídos + macicez à
percussão). Diante disso, já excluímos as alternativas A (FTV seria aumentado), D
(haveria timpanismo à percussão) e E (alterações na ausculta seriam no lado
esquerdo). Também não pode ser letra C, pois o enunciado relata que há desvio do
ictus para a esquerda e uma atelectasia do pulmão direito “puxaria” o mediastino
para a direita. Uma carcinomatose pleural à direita pode justificar esses sinais,
com derrame pleural que esteja “empurrando” o mediastino para a esquerda.
▶ resposta: B
A. Doença celíaca
B. Doença de Crohn
C. Insuficiência pancreática exócrina
D. Retocolite ulcerativa
E. Síndrome do intestino irritável
subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção ao diagnóstico sindrômico.
resolução:
Paciente com diarreia crônica + perda ponderal + elastase fecal reduzida? Estamos
provavelmente diante de caso de pancreatite crônica, com insuficiência exócrina. O
enunciado não fala, mas esses pacientes apresentam esteatorreia como o sinal
mais precoce. Dentre outros exames que poderíamos utilizar para investigar
esteatorreia (gordura fecal, D-xilose), temos a elastase fecal, que, em valores <
200, denota justamente a insuficiência pancreática exócrina.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção à contagem de células.
resolução:
A questão nos traz um paciente com leucócitos > 10.000/mm³ e micro-organismos
gram positivos no líquido ascítico, o que nos leva a pensar em uma peritonite
bacteriana secundária, que pode ser devido a uma ruptura de víscera oca, logo, o
primeiro passo seria realizar uma tomografia de abdome em busca da víscera
rompida, para determinar se a conduta será cirúrgica ou não.
▶ resposta: C
A. Doença de Parkinson
B. Tremor cerebelar
C. Abstinência alcóolica
D. Tremor essencial
subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
resolução:
A questão nos faz pensar em tremor essencial, uma vez que o paciente
tem histórico familiar de tremor semelhante, sendo que esse tremor é
de ação e postura, além de referir melhora com pouca quantidade de
álcool e apresentar exame neurológico normal.
▶ resposta: D
A. Hipoxemia central
B. Osteoartrose de joelho
C. Hipotensão postural
D. Quadro demencial inicial
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Reumatologia; Ortopedia; Geriatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção à definição de hipotensão postural para não se deixar levar
pela tabela apresentada.
resolução:
Questão traz um paciente com história de múltiplas quedas, com
queixa de dor nos joelhos ao andar e exame físico com crepitações em
joelho, o que nos faz pensar na hipótese de osteoartrose de joelho, o
que estaria causando as quedas. Não temos nenhuma informação no
texto que nos leva a pensar em hipoxemia central ou hipotensão
postural. Além disso, o paciente apresenta um resultado de mini-
mental normal para sua faixa de escolaridade.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual sobre SCA. Raciocínio frequentemente cobrado em concursos.
resolução:
Paciente com quadro típico de IAM com supradesnivelamento de ST. Não há
obrigatoriedade em aguardar o resultado das enzimas cardíacas para tomar
conduta terapêutica, uma vez que está confirmado por ECG. A angioplastia
primária é sempre superior à trombólise, quando disponível. Foram pedidos
recursos, pois o enunciado não trouxe a antiagregação dupla, sendo utilizado
apenas o AAS. De qualquer forma, a alternativa B ainda é a melhor resposta.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Paciente com quadro de dor articular no 1° pododáctilo nos faz pensar no
diagnóstico de gota. Na doença, o tratamento da fase aguda normalmente deve
ser feito com anti-inflamatórios não esteroidais ou colchicina. Como o paciente
apresentou quadro prévio de alergia à diclofenaco, utilizaremos colchicina na fase
aguda. Já para a fase crônica, como o intuito é diminuir os níveis séricos de ácido
úrico, podemos utilizar alopurinol, que inibe a sua síntese.
▶ resposta: B
56 (USP – SP - 2018) Mulher de 42 anos procura o ambulatório com dúvidas sobre
o resultado de sua sorologia de hepatite B. Qual padrão sorológico indica uma
imunidade naturalmente adquirida?
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia; Infectologia.
grau de dificuldade:
resolução:
A questão nos pede o perfil sorológico de uma paciente que já entrou em contato
com o vírus da hepatite B previamente, logo, o Anti-HBs estará positivo (indica
imunidade), o HBsAg negativo (indica que não existe infecção ativa) e o Anti-HBc
total positivo (indica contato prévio com o vírus).
▶ resposta: A
A. Naproxeno
B. Azatioprina
C. Cloroquina.
D. Pregabalina
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção ao que é cobrado: droga modificadora do curso da doença.
resolução:
Essa questão nos traz uma paciente com quadro clínico clássico de artrite
reumatoide. Qual dessas drogas é modificadora do curso da doença? Dentre as
alternativas apresentadas, apenas a cloroquina tem essa função, sendo uma droga
imunomoduladora.
▶ resposta: C
58 (USP – SP - 2018) Homem de 32 anos queixa-se de fadiga associada à
sobrecarga de trabalho. Exame clínico sem alterações. Realizou exames
complementares cujos resultados estão apresentados a seguir. Qual exame está
indicado nesse momento para investigação etiológica da anemia?
VCM 78 fl
HCM 28 pg
A. Cobalamina sérica.
B. Eletroforese de hemoglobina
C. Teste de Coombs.
D. Atividades de G6PD
subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Classifique a anemia encontrada no hemograma para facilitar o raciocínio.
resolução:
Paciente apresenta quadro de anemia microcítica, logo excluímos de cara a
alternativa de cobalamina sérica (refere à anemia megaloblástica), e também a
atividade de G6PD e teste de Coombs, pois ambos se referem a anemias
hemolíticas, que cursariam como normocítica ou macrocítica. Sobra então apenas
a alternativa de eletroforese de hemoglobina, para irmos em busca de uma
provável talassemia.
▶ resposta: B
A. Endoscopia Digestiva Alta.
B. Broncoscopia com lavado
C. Ecodopplercardiograma
D. Angiografia torácica
subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Radiografia traz achado clássico.
resolução:
A questão nos traz um quadro que nos faz pensar em refluxo gastroesofágico com
sintomas atípicos (tosse arrastada, piora ao decúbito e esforços) associado a uma
radiografia que demonstra a bolha gástrica acima da hemicúpula diafragmática,
ou seja, existe hérnia paraesofágica, o que pode explicar esses sintomas. Nesse
caso, o melhor exame para fechar o diagnóstico, entre as alternativas, seria a
endoscopia digestiva alta.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção às opções de tratamento. Nem sempre a banca vai cobrar apenas a
primeira escolha, tanto de tratamento agudo quanto de profilaxia.
resolução:
Paciente se apresenta com cefaleia hemicraniana, lancinante, acompanhada de
sintomas autonômicos em hemiface ipsilateral à dor (congestão nasal e
conjuntival). Este é o quadro clínico clássico da cefaleia em salvas. Qual seria o
tratamento proposto? Para a fase aguda, a primeira escolha é o uso de oxigênio
inalatório sob máscara a 100%, no entanto, o sumatriptano também é alternativa
no tratamento das crises. Já para a profilaxia, o tratamento de escolha deve ser o
verapamil. Uma alternativa é o lítio, com menor eficácia e mais efeitos colaterais.
▶ resposta: D
A. Tratá-la com antibiótico por via oral para erradicar a bactéria do intestino.
B. Tratá-la com hidratação e probióticos.
C. Tratá-la com antibiótico, afastá-la de suas atividades profissionais.
D. Usar antibióticos nos portadores assintomáticos da salmonela e não tratar a
paciente.
E. Não prescrever antibiótico para ela, pois a doença é autolimitada.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O tratamento da Febre Tifoide em pacientes sensíveis é feito preferencialmente
com quinolona, sendo que um fator determinante para introdução do antibiótico é
a resistência bacteriana geográfica para Salmonella, isto é, dependendo da região,
a escolha do antibiótico pode variar, especialmente nos casos de Salmonella não
typhi.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Além de antibioticoterapia, é necessário o
afastamento das atividades, pois a transmissão pode ser direta (contato com as
mãos do doente ou portador) ou indireta (oro-fecal). Além disso, após invasão da
mucosa intestinal, há disseminação hematogênica e alojamento da bactéria no
sistema reticuloendotelial.
Alternativa B: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
Alternativa C: CORRETA. É necessário antibioticoterapia e afastamento de suas
atividades (cozinheira), pois a paciente pode se tornar carreadora crônica da
Salmonella.
Alternativa D: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
Alternativa E: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
▶ resposta: C
62 (USP - SP - 2018) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre a
epidemiologia da doença meningocócica?.
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Preventiva
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que traz como resposta correta a afirmativa de que a transmissão da
Neisseria meningitidis ocorre predominantemente no domicílio, pois são situações
de aglomeração, como casas, escolas, creches etc, que aumentam a transmissão
da N. meningitidis por serem ambientes fechados.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão traz paciente com quadro de nefrolitíase e infecções urinárias de
repetição que provavelmente se devem à própria nefrolitíase. A litotripsia por
ondas de choque está indicada para cálculos até 2 cm, enquanto a nefrectomia
está indicada em casos de cálculos renais ou ureterais complexos. Já a
nefrolitotripsia percutânea está indicada para cálculos maiores que 2 cm
(alternativa C Correta). O uso de antibioticoterapia deve ser guiada sempre que
possível por urocultura para evitar o uso de antibióticos de largo espectro e
indução de resistência bacteriana.
▶ resposta: C
A. Nefrostomia bilateral
B. Sondagem com Foley.
C. Finasterida e seguimento ambulatorial.
D. Passagem de cateter duplo J
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
resolução:
A questão traz um paciente do sexo masculino, 61 anos e quadro de obstrução
urinária aguda, com dor em palpação hipogástrica (provável bexigoma). O quadro
nos leva a pensar que esse quadro está sendo causado por hiperplasia prostática
benigna. A conduta nesse momento é a desobstrução, da forma menos invasiva
possível. Entre as alternativas apresentadas, a melhor é a passagem de uma sonda
de Foley.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se das fases de um empiema pleural que podem ditar o tratamento
adequado.
resolução:
Questão que aborda paciente com empiema pleural. Vamos relembrar como é
feita a classificação das fases do empiema: 1) fase exsudativa/aguda = ocorre até o
3° dia e há líquido claro e não espesso, sem septações, 2) fase fibrinopurulenta ou
subaguda = ocorre até o 6° dia e há secreção purulenta, espessa e com fibrina,
além de grande número de células, 3) fase de organização/crônica = ocorre entre o
6° e 10° dia e forma-se membrana mais espessa e resistente, que pode inclusive
restringir a capacidade de expansão pulmonar. A conduta é a realização de uma
videotoracoscopia com decorticação/desbridamento pulmonar.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os achados que não são característicos da radiografia de um paciente com
pneumocistose são frequentemente cobrados. Memorize-os!
resolução:
Vamos falar sobre a pneumocistose pulmonar. Etiologia? Pneumocystis jirovecii.
Quem tem? HIV + CD4 < 200 e geralmente apresenta candidíase oral ao exame
físico. Clínica? Quadro arrastado, com tosse seca, dispneia, hipoxemia + LDH
elevada (lesão grave, que destrói células) Raio-X? Pode estar normal, como
também pode apresentar infiltrado difuso, bilateral perihilar e eventualmente
pneumatoceles. Entretanto, a pneumocistose pulmonar caracteristicamente não
causa adenopatia hilar derrame pleural ou cavernas.
▶ resposta: D
A. Cesárea imediata
B. Angioplastia primária.
C. Captopril sublingual
D. Heparina em dose plena
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Ginecologia e Obstetrícia; Obstetrícia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão traz paciente com ECG de supra ST de V1 a V6 e em DI e aVL,
configurando infarto de parede anterior de grande extensão. Como o início do
quadro clínico foi há 30 minutos, está indicada reperfusão. Nesse caso, não é
recomendável realizar com trombolítico por não existir estudos que relacionem
seu uso em gestantes, logo, a conduta adequada será realizar angioplastia
primária.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Devemos tratar toda e qualquer hiperuricemia?
resolução:
Lembremos que os tiazídicos causa hiperuricemia, e gota é contraindicação formal
desses anti-hipertensivos. Em pacientes assintomáticos, hiperuricemia
assintomática geralmente não é tratada, com exceção de alguns casos em que os
níveis são extremamente elevados (> 13 em homens e > 10 em mulheres).
▶ resposta: E
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual em que é necessário o conhecimento da classificação para
indicar o tratamento.
resolução:
Utilizamos a classificação de Siewert para diferenciar os tumores de cárdia, de
acordo com a sua localização. Quanto mais próximo do esôfago, mais o
tratamento será parecido com o tratamento do tumor de esôfago, e vice-versa.
Siewert Tipo 1: esôfago distal, com a maior distância da JEG de 5 cm e a menor de
1 cm. Siewert Tipo 2: 1 cm acima e 2 cm abaixo da JEG. Siewert Tipo 3: estômago,
com distância da JEG de 2 cm e a menor 5 cm.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Ginecologia e Obstetrícia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão sobre prevenção secundária na população idosa, por meio de
rastreamento de doenças. Considerando uma mulher de 70 anos, temos que CA
de colo não mais, pois apenas até os 64 anos. Dislipidemia a partir dos 45 anos em
mulheres. Diabetes a partir dos 45 anos. CA de mama + CA colorretal a partir dos
50 anos. A partir dos 55 anos, CA de pulmão apenas para fumantes ou ex-
fumantes com pelo menos 30 maços/ano e interrupção até 15 anos. A partir dos
65 anos, osteoporose (apenas mulheres/densitometria). O rastreamento de
aneurisma de aorta abdominal deve ser feito apenas para homens, de 65 a 75
anos, que já fumaram, por meio de USG.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Otorrinolaringologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Existem indicações bem específicas para exames complementares diante da
patologia apresentada. Atenção.
resolução:
Questão do nosso dia a dia. Temos um paciente com quadro típico de sinusite
bacteriana aguda (tosse seca arrastada + secreção nasal + dor na face em peso +
secreção posterior em orofaringe). Diferentemente do que costumamos ver na
prática, o correto é não submeter inicialmente o paciente a exames de imagem
como TC de seios da face, muito menos radiografia. Portanto, podemos iniciar o
tratamento empírico desse paciente apenas com exame clínico.
▶ resposta: E
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Não foi difícil reconhecer o diagnóstico, não é? Quadro
típico de artrite reumatoide, poliartrite crônica simétrica cumulativa/aditiva. O
enunciado ainda traz um dado que mataria o diagnóstico, pois a artrite
reumatoide costuma poupar interfalangeanas distais e região lombar. Por ser
doença inflamatória crônica, PCR e VHS estarão aumentados. Por ser doença
autoimune, a dosagem de auto-anticorpos como FR e anti-CCP podem corroborar
com o diagnóstico, embora não seja obrigatório. É uma doença sistêmica que
pode acometer outras regiões extra-articulares, como olhos, pulmão etc. São
drogas que alteram evolução da doença: metotrexato, cloroquina, leflunamida,
sulfassalazina. Os AINEs são drogas apenas sintomáticas na artrite reumatoide,
não alterando a evolução da doença.
▶ resposta: B
A. Asma está fora do diagnóstico diferencial etiológico, uma vez que não se
inicia nessa faixa etária
B. Doença do refluxo gastroesofágico não é etiologia de tosse crônica
C. Substituir o enalapril por anlodipino pode esclarecer a etiologia
D. Lúpus eritematoso sistêmico é um diagnóstico diferencial
E. DPOC é uma etiologia comum de tosse mesmo em não fumantes
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Situação comum no dia a dia do clínico.
resolução:
Questão tranquila! Quais os principais efeitos adversos do uso de IECAs? Tosse
crônica por aumento de bradicinina (exclusivo do IECA), além de angioedema.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Diagnóstico sindrômico.
resolução:
Quadro clássico de enxaqueca, também conhecida como migrânea. Vamos
lembrar as principais características desse quadro? Mais comum em mulheres de
25 a 45 anos, frequentemente com história familiar positiva. É a segunda cefaleia
primária mais comum, perdendo apenas para a tensional. Cefaleia do tipo pulsátil,
com foto/fonofobia, associado a náuseas/vômitos, normalmente unilateral, piora
com movimento, intensidade moderada a grave, com limitação de atividades
diárias, durando normalmente entre 4 a 72 horas. Possui alguns desencadeantes,
sendo muito comum a bebida alcoólica (vinho, principalmente), além de TPM e
chocolate.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Paciente asmático em uso de corticoide inalatório, beta-2-agonista de longa e
beta-2-agonista de curta para resgate, com a doença descontrolada. O que
devemos fazer? Antes de mudar de passo, a primeira coisa a fazer é verificar o
ambiente, aderência e a técnica do tratamento. Como o CTC inalatório é o pilar no
tratamento de manutenção da asma e a paciente está usando-o em doses baixas,
certamente deveríamos aumentar a dose. Também poderíamos aumentar a dose
do beta-2-agonista de longa e até associar outras drogas, como tiotrópio (LAMA)
ou antileucotrienos.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O painel de interpretação da sorologia das hepatites deve estar medular!
resolução:
Questão frequente, sobre interpretação de sorologias contra hepatites A, B e C.
Paciente apresenta-se com anti-HBs negativo (não está imunizada para hepatite
B), HBsAg negativo (não está infectada pelo vírus da hepatite B), anti-HCV negativo
(não está imunizada ou infectada pelo vírus da hepatite C), anti-HVA IgM negativo
(não está infectada pelo vírus da hepatite A) e anti-HVA positivo (está imunizada
para hepatite A). Como não temos vacina para hepatite C, não podemos marcar a
letra B.
▶ resposta: E
A. Anti-inflamatório
B. Levotiroxina
C. Metimazol
D. Tireoidectomia
E. Radioiodoterapia.
subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Analise o quadro sindrômico antes que se ramifique para fechar o diagnóstico.
resolução:
Estamos diante de paciente com tireotoxicose. O paciente poderá apresentar
insônia, nervosismo, confusão mental, sudorese excessiva, intolerância ao calor,
pele quente úmida, perda de peso, polifagia, hiperdefecação, tremor, taquicardia,
hipercalcemia, baqueteamento digital, onicólise (unhas de Plummer) etc. Porém,
qual a provável etiologia nesse paciente? Há um dado que mata o diagnóstico: a
dor cervical. É a tireoidite subaguda granulomatosa dolorosa de Quervain”. Nela,
depois de cerca de três semanas de quadro viral, normalmente de VAS, surge o
quadro com dor + tireotoxicose. Além disso, VHS aumentado. Se é subagudo, há
resolução espontânea, dando apenas sintomáticos (AINEs e prednisona), além do
propranol. Lembremos que as tionamidas (metimazol, propiltioracil) agem
inibindo a TPO e, consequentemente, diminuindo a produção de hormônios
tireoidianos. Por isso, utilizaremos apenas quando estivermos diante de
tireotoxicose por hipertireoidismo, como na doença de Graves. Na tireoidite de
Quervain, a tireotoxicose ocorre por liberação de hormônios pré-formados
estocados no coloide, quando da ruptura inflamatória dos folículos.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Sempre calcule a resposta esperada para cada distúrbio metabólico ou
respiratório.
resolução:
Paciente com pneumonia apresenta gasometria arterial com pH de 7.3, ou seja,
acidose. Quem está causando essa acidose, um bicarbonato diminuído ou
acúmulo de PCO2? É a diminuição do bicarbonato que está causando. Portanto,
estamos diante de acidose metabólica. Uma das formas que você não pode ir para
a prova sem saber é a da compensação da acidose metabólica: PCO2 = HCO3 x 1.6
+ 8. Aplicando os valores do enunciado, chegamos ao resultado de PCO2 = 24
mmHg, exatamente o valor do pCO2 da gasometria, ou seja, está compensada.
▶ resposta: D
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Endocrinologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual.
resolução:
A grelina é um hormônio orexígeno, ao contrário da leptina (anorexígeno), que é
produzida pelo fundo gástrico, agindo sobre o sistema límbico e estimulando a
fome. A distensão gástrica diminui sua produção, além de não ter atividade sobre
motilidade gástrica.
▶ resposta: E
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Paciente de 88 anos é trazido apresentando sonolência e queda do estado geral.
Quando são feitos os exames laboratoriais, nos deparamos com hiponatremia
grave (120 mEq/l), o que pode justificar o quadro. A questão quer saber qual a
provável causa da hiponatremia. Dentre as drogas que ele faz uso, a
hidroclorotiazida (HCTZ) é a mais classicamente associada à hiponatremia,
entretanto, lembremos que olanzapina e donepezila também podem causá-la.
Além disso, temos um paciente de 88 anos, hipertenso, que pode muito bem ter
insuficiência cardíaca associada, o que contribuiria para esse quadro.
Hipotireoidismo e insuficiência adrenal entram no diagnóstico diferencial? Claro!
Apesar de serem hipóteses menos prováveis, não podemos descartá-las. A
correção do sódio sérico nunca deve ultrapassar 12 mEq/l nas primeiras 24 horas
(B errada). A hipercolesterolemia e hiperglicemia estão associadas à pseudo-
hiponatremia (D errada). O sódio urinário é útil, pois quando está baixo, por
exemplo, podemos deduzir que o paciente está hipovolêmico.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A compreensão da classificação das anemias perante o hemograma, com suas
respectivas causas e demais achados laboratoriais, deve estar “medular” no
candidato.
resolução:
Questão tranquila! Qual a causa mais comum de anemia hipo/micro? Anemia
ferropriva. Entretanto, nem todas as anemias hipo/micro serão tratadas com
sulfato ferroso. Todas as condições da letra D podem se apresentar como anemia
hipo/micro: anemia ferropriva, talassemia e anemia da doença crônica
(geralmente normo/normo, mas que também pode ser hipo/micro). Com exceção
da talassemia, essas citadas são hipoproliferativas, não cursando com aumento de
reticulócitos.
▶ resposta: D
A. Uretrorragia
B. Equimose perineal
C. Fratura fechada de pelve
D. Próstata não acessível ao toque.
E. Ferimento transfixante de períneo
subtópico:
Clínica Médica; Urologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Ainda que o candidato não tenha gravado diretrizes relacionadas ao trauma, é
possível, com bom senso de anatomia e fisiologia, resolver a questão.
resolução:
Em pacientes com suspeita de lesões pélvicas associadas a lesão de uretra (sangue
no meato, hematoma perineal ou escrotal, retenção urinária, ferimento perineal
transfixante, toque retal com próstata alta), não devemos passar cateter urinário
às cegas. Primeiro, fazemos uretrocistografia retrógrada. Se houver alguma lesão
de uretra, faremos cistostomia suprapúbica. Se estivermos diante de fratura
fechada de pelve, mas que não contenha esses sinais descritos anteriormente, o
trauma uretral é improvável.
▶ resposta: C
83 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Um homem de 39 anos
procurou o pronto-socorro com dor em fossa ilíaca esquerda e febre de 38,3°C há
três dias. Leucócitos: 15.000/mm³, com desvio à esquerda. A tomografia de
abdômen revelou espessamento do sigmoide, sem evidência de ar extraluminal ou
líquido livre. Foi tratado com antibióticos e teve remissão completa do quadro
agudo. A colonoscopia, feita 8 semanas após o quadro agudo, mostra divertículos
em todo o cólon. Melhor conduta:
A. Acompanhamento clínico
B. Colectomia total por laparotomia
C. Probióticos.
D. Sigmoidectomia
E. Colectomia total por videolaparoscopia.
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Quadro típico de diverticulite (‘apendicite à esquerda’ + febre + leucocitose +
espessamento de sigmoide), Hinchey I, que foi corretamente conduzido com
antibióticos, havendo remissão completa do quadro agudo. Lembrando que após
quatro a oito semanas de tratamento, quando esfriar o processo, faremos
colonoscopia para excluir CA de cólon, pois a TC às vezes não pode bater o
martelo. Ou seja, tem que provar que é por doença diverticular. No nosso caso, a
colonoscopia comprovou a doença diverticular. Apenas em quais pacientes
faremos cirurgia eletiva diante de um Hinchey I? Apenas se imunodeprimido,
fístula ou quando incapaz de excluir CA. Portanto, nesse paciente é necessário
apenas fazer acompanhamento clínico.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em questões sobre febre reumática, sempre estar atento para não confundir
artralgia com atrite. Embora se correlacionem, a primeira é critério menor e a
segunda, critério maior.
resolução:
Os critérios de Jones foram revisados, entretanto, ainda são critérios maiores:
poliartrite, cardite, coreia, eritema marginado e nódulos subcutâneos (alternativas
C e E incorretas). Três critérios menores + evidência de infecção pode ser utilizada
para diagnóstico de recorrência nas populações de alto risco, mas não para o
diagnóstico inicial (alternativa A incorreta). Em populações de baixo risco,
poliartralgia é um dos critérios menores enquanto em populações de alto risco
poliartrite, poliartralgia ou monoartrite podem ser considerados critérios maiores.
(alternativa B incorreta). A letra D está correta. O VHS, como critério menor, deve
ser maior ou igual a 30 mm na primeira hora nas populações de risco
moderado/alto e maior ou igual a 60 nas de baixo risco. Já a PCR deve ser maior ou
igual a 3 mg/dl em todas as populações.
▶ resposta: D
A. Tomografia de abdômen.
B. Ecoendoscopia
C. Colecistectomia laparoscópica.
D. Controle ultrassonográfico em 6 meses
E. Colangiorressonância.
subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Hepatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Grave de uma vez por todas as indicações de colecistectomia em pacientes
assintomáticos.
resolução:
Lembre-se da VACA que fará você acertar várias questões diferentes. Quais são as
indicações de colecistectomia mesmo em pacientes assintomáticos? VACA! Vesícula
em porcelana, Associação com pólipos de risco (> 1 cm , > 60 anos, associados a
cálculos, em crescimento, sintomáticos); Cálculos grandes (> 2,5 cm); Anemias
hemolíticas + cálculos. Ou seja, o paciente não se encaixa nas indicações de
colecistectomia devido aos pólipos, pois, embora tenha dor abdominal, ela deve
ser específica de cólica biliar, e o enunciado diz que é uma dor inespecífica.
▶ resposta: D
A. Tromboangeíte obliterante
B. Doença de Behçet
C. Doença de Kawasaki
D. Arterite de Takayasu
E. Poliarterite nodosa.
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Diagnóstico diferencial das vasculites, sempre em voga nas provas de clínica.
resolução:
Questão sobre diagnóstico diferencial em vasculites que traz características da
arterite de Takayasu, que acomete comumente mulher com < 40 anos,
apresentando-se com claudicação em membro superior, por acometer
principalmente a subclávia. Além disso, pulsos e pressão assimétricos em MMSS
ou MMII (quando pega aorta). Pode ter ainda sopros em subclávia, carótida ou
aorta abdominal. Pode ter síncope, quando acometer carótida. Como complicação,
pode evoluir com hipertensão renovascular, pois pode pegar a aorta abdominal,
estreitando a base das renais. O diagnóstico é dado por angiografia, mostrando
estenoses em ramos do arco aórtico (subclávia, carótida) ou aorta abdominal.
▶ resposta: D
A. Acidose por acúmulo de ácidos não mensuráveis, pois ânion gap é normal
B. Acidose hiperclorêmica, pois ânion gap é aumentado.
C. Acidose hiperclorêmica, pois ânion gap é normal
D. Acidose por acúmulo de ácidos não mensuráveis pois ânion gap é
aumentado.
E. Acidose mista: hiperclorêmica + cetoacidose.
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembra-se como calcula o ânion gap? Ele pode ser divisor de águas.
resolução:
Questão bacana sobre distúrbios do equilíbrio acidobásico. Paciente de 3 anos,
masculino, diabético (DM 1) há seis meses, admitido com quadro sugestivo de
cetoacidose diabética. Recebeu hidratação com 1.500 ml de SF 0,9%, além de
insulina regular contínua. O enunciado nos traz então a gasometria colhida após
esse período de hidratação, apresentando acidose metabólica. Ao calcular o ânion
gap (AG = Na – Cl + HCO3), temos um resultado de 9, ou seja, normal. Então, qual a
provável causa da acidose nesse momento? Ora, se temos acidose metabólica com
AG normal, estamos diante de acidose hiperclorêmica, em que uma de suas
causas é a hidratação excessiva com SF 0,9%. Certamente, antes da hidratação o
paciente apresentava acidose metabólica com AG aumentado, devido ao acúmulo
de cetoânions.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Qual a evolução eletrocardiográfica típica da hipercalemia? Apiculamento de onda
T - Onda P achatada - Alargamento de QRS - Ondas senoidais - FV/Assistolia.
Portanto, a onda P é achatada, e não apiculada.
▶ resposta: E
Ú
89 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)
Um paciente de 25 anos recebeu o diagnóstico de linfoma e está em programação
para tratamento com esquema R-CHOP (rituximabe + ciclofosfamida +
doxorrubicina + vincristina + prednisona). Os resultados das sorologias foram os
seguintes: HBsAg negativo, Anti-HBc positivo, anti-HBs negativo. Sobre o caso
descrito, assinale a alternativa Correta
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Exige conhecimento pormenorizado do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Hepatite B e Coinfecções de 2017, do Ministério da Saúde.
resolução:
Questão difícil. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Hepatite B e Coinfecções de 2017, temos que “pacientes com HBsAg reagente ou
HBsAg não reagente com anti-HBc reagente (independentemente dos títulos de
anti-HBs), que são candidatos à terapia com anti-CD20 (rituximabe), anti-CD52
(alemtuzumabe), quimioterapia para neoplasias hematológicas e transplante de
medula óssea, são considerados de alto risco para reativação viral, devendo
receber terapia profilática independentemente dos níveis de HBV-DNA”. Portanto,
nosso paciente é candidato à profilaxia, que deve ser feita com entecavir (escolha),
tenofovir ou lamivudina.
▶ resposta: D
A. Fundo fibrinoso
B. Lesão com 2,5 cm
C. Pregas mucosas assimétricas
D. Bordas elevadas.
E. Úlcera de diferentes colorações.
subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção aos sinais de alerta.
resolução:
Em relação a uma úlcera gástrica, todas as alternativas, com exceção da letra A,
trazem características que podem estar associadas a maior probabilidade de
estarmos diante de malignidade. O fundo fibrinoso (cicatricial), em vez de
sangrativo/exsudativo, é característico de lesões exclusivamente pépticas.
▶ resposta: A
subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Em relação ao adenocarcinoma de vesícula biliar, quando o tumor não invade a
camada muscular, invadindo apenas a lâmina própria, basta a colecistectomia
simples. Quando invade a camada muscular, é necessária a cirurgia de Fain com
hepatectomia dos segmentos IVb e V + linfadenectomia regional + ressecção dos
portais dos trocânteres (se feita por videolaparoscopia). Se ultrapassa a serosa,
colecistectomia radical (associar hepatectomia direita e estendida). Para os
tumores irressecáveis (M1), terapia paliativa
▶ resposta: C
Ú
92 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)
No Brasil, a transmissão da dengue vem ocorrendo de forma continuada, desde
1986, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com
a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente sem registro da doença
ou alteração do sorotipo predominante. O maior surto no Brasil ocorreu em 2013,
com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Sobre esse tema, assinale a
alternativa Incorreta.
subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção aos diferentes intervalos de reavaliação laboratorial e clínica.
resolução:
Questão maldosa, pois a alternativa D está incorreta na medida que indica que a
reavaliação clínica e laboratorial deve ser feita a cada duas horas, entretanto, a
reavaliação clínica é feita a cada hora. O hematócrito realmente deve ser aferido a
cada duas horas. As demais alternativas estão corretas.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativas A e D: INCORRETAS. Atualmente, a primeira linha de TARV no Brasil é
a combinação tenofovir + lamivudina + dolutegravir.
Alternativa B: CORRETA. A recomendação de genotipagem pré-tratamento é para
pessoas que tenham se infectado com um parceiro que já usa ou usou TARV;
gestantes infectadas pelo HIV, indivíduos coinfectados TB-HIV e crianças
infectadas pelo HIV. Resposta correta, apesar de não ser obrigatória a realização
de genotipagem nesse caso
Alternativa C: CORRETA. O tratamento está indicado para todos os indivíduos
com diagnóstico de HIV, independente da carga viral e contagem de CD4.
▶ resposta: B e C
grau de dificuldade:
dica do autor:
A própria questão já te indica que a suspeita é de tuberculose pleural, num
paciente jovem com derrame pleural do tipo exsudato de médio volume, e
descreve predomínio linfocitário no líquido, com ADA elevado (> 40 U/L) e sem
células neoplásicas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há necessidade de coleta de BAAR para autorizar
início do tratamento! A forma pleural geralmente é não bacilífera, uma vez que
não haja acometimento pulmonar, o que não justifica exame do escarro para início
de terapia. Já temos um diagnóstico clínico-epidemiológico-laboratorial bem
firmado.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de drenagem torácica, pois não se
trata de um empiema, nem de biópsia pleural. Não temos dúvida diagnóstica!
Alternativa C: CORRETA. Estamos autorizados a iniciar o tratamento com o
esquema I (ou esquema RIPE/RHZE), sendo uma forma pleural, caso novo.
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de bacterioscopia e cultura do
líquido pleural para autorizar início do tratamento. Os exames podem ser
realizados, embora a recuperação de BAAR no líquido seja em torno de 5%, e a
cultura positiva em 15%, o que não justifica pedir os exames visando início da
terapia.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
De todas as intoxicações por cogumelos, a intoxicação por amatoxinas (produzidas
pela espécie Amanita phalloides) corresponde a mais de 90% das fatalidades.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. PH alcalino não é um bom marcador de gravidade
neste caso.
Alternativa B: CORRETA. Paciente apresentando quadro clássico de insuficiência
hepática aguda. Transaminases acima de 1000 restringem as hipóteses
diagnósticas: hepatites virais, isquemia hepática ou intoxicação (paracetamol,
amatoxinas). Pela história apresentada, intoxicação por cogumelos é a principal
hipótese diagnóstica. Distúrbio de coagulação e encefalopatia hepática são os
principais marcadores de gravidade.
Alternativa C: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite B aguda (há cicatriz
sorológica).
Alternativa D: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite A aguda (há
cicatriz sorológica).
Alternativa E: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite B aguda (há cicatriz
sorológica).
▶ resposta: B
A. Sífilis com duração indeterminada ou terciária deve ser tratado com uma
dose de penicilina g benzatina (totalizando 2.400.000 UI).
B. O diagnóstico geralmente é feito com testes treponêmicos ou específicos
como o VDRL, sendo que, após tratamento, aguarda-se a negativação do FTA-
abs.
C. Em torno de 5 dias após o contato sexual com paciente infectado, ocorre
aparecimento da lesão e sempre deve ser visualizado para o diagnóstico.
D. O VDRL pode ser utilizado para rastreio e controle pós-tratamento. Tende a
negativar após tratamento efetivo.
E. Gestante com VDRL positivo deve ser submetida a teste treponêmico para
confirmação diagnóstica e início do tratamento.
grau de dificuldade:
dica do autor:
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral
às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, de
2015, para o diagnóstico da sífilis, devem ser utilizados um dos testes
treponêmicos (ex.: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA) MAIS um
dos testes não treponêmicos (ex.: VDRL ou RPR ou TRUST).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sífilis latente tardia (mais de um ano de duração) ou
latente com duração ignorada e sífilis terciária devem ser tratadas com Penicilina
G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, (1,2 milhão UI em cada glúteo), semanal, por três
semanas. Dose total de 7,2 milhões UI.
Alternativa B: INCORRETA. VDRL é um teste não treponêmico (não específico).
Além disso, na maioria das vezes, os testes treponêmicos (como o FTA-Abs)
permanecem positivos, mesmo após o tratamento, pelo resto da vida do paciente.
Alternativa C: INCORRETA. A lesão aparece 10 a 90 dias após contato (em média
três semanas) e não é obrigatória para o diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. O VDRL quantitativo é usado para seguimento. A
redução de dois ou mais títulos do teste não treponêmico ou a negativação após
seis meses a nove meses do tratamento demonstra a cura da infecção. A completa
negativação dos testes não treponêmicos é diretamente proporcional à
precocidade da instauração do tratamento.
Alternativa E: INCORRETA. Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado
com apenas um teste reagente, treponêmico ou não treponêmico, sem aguardar o
resultado do segundo teste.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os óbitos por dengue são absolutamente evitáveis com a adoção de medidas de
baixa densidade tecnológica e sua ocorrência é um indicador de fragilidade da
rede de assistência; portanto, devem ser imediatamente corrigidas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A identificação precoce, a monitoração da evolução e
o tratamento imediato dos pacientes com sinais de alerta são fundamentais para a
redução da mortalidade pela dengue.
Alternativa B: CORRETA. O extravasamento plasmático pode ser percebido pelo
aumento do hematócrito. Quanto maior sua elevação, maior será a gravidade.
Alternativa C: INCORRETA. Pode haver dengue com sinais de gravidade, porém
sem hemorragia.
Alternativa D: INCORRETA. Nas crianças com dengue, o choque hipovolêmico
refratário grave é a principal causa de óbito.
Alternativa E: INCORRETA. O achado laboratorial mais precoce, que pode ajudar
no diagnóstico da dengue, é a elevação do hematócrito.
▶ resposta: B
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRANDÃO NETO, RA (ed.). Medicina de Emergência: abordagem prática. 13. ed. Barueri:
Manole, 2019.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde,
2019.
4. Longo DL et al (eds.). Medicina Interna de Harrison. Porto Alegre: Amgh, 2013.
5. Lopes AC (ed.). Tratado de Clínica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016.
6. Porto CC, Porto AL. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
7. Sanches PCR, Moffa PJ. Eletrocardiograma: uma abordagem didática. São Paulo: Roca, 2010.
Resumo Prático
ANEMIAS
• HAS resistente – uso adequado de três ou mais drogas, sendo uma delas
um diurético, sem controle da PA, ou uso de quatro ou mais fármacos
mesmo com PA controlada. Droga a ser introduzida – espironolactona
25-50 mg/dia.
HIPERTIREOIDISMO E TIREOTOXICOSE
HIPOTIREOIDISMO
Questões Para Concursos
subtópico:
Corrimentos genitais/ vulvovaginites.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Dentre os três principais corrimentos estudados (vaginose bacteriana,
tricomoníase e candidíase vulvovaginal), somente a tricomoníase é considerada
uma DST e exige tratamento do parceiro.
Assertiva I: CORRETA. Os quadros de candidíase recorrente sempre exigem
cultura para excluir cepas não albicans, como a Candida glabrata e Candida
tropicalis que são resistentes aos tratamentos convencionais.
Assertiva II: INCORRETA. Candidíase vulvovaginal NÃO é uma DST e, portanto,
não implica tratamento do parceiro.
Assertiva III: CORRETA. Em casos de candidíase recorrente, o tratamento
prolongado por 6 meses é indicado. Na falha, considerar prescrever óvulos de
ácido bórico, efetivos para o tratamento das cepas não albicans ou resistentes
aos compostos azólicos.
A. Eclâmpsia.
B. Pré-eclâmpsia.
C. Hipertensão crônica.
D. Hipertensão gestacional.
E. Pré-eclâmpsia sobreposta.
subtópico:
Doenças hipertensivas específicas da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Gestante com menos de 20 semanas de gestação apresentando PA maior ou
igual a 140x90mmHg é considerada hipertensa crônica, mesmo negando história
de hipertensão prévia à gestação. A associação de proteinúria ou sinais de
gravidade após essa idade gestacional configura pré-eclâmpsia sobreposta ou
superajuntada.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Eclâmpsia é a ocorrência de crises convulsivas
tônico-clônicas generalizadas na gestante/puérpera com história de doença
hipertensiva da gravidez, sem outra causa mais provável (exemplo: pacientes
epilépticas).
Alternativa B: INCORRETA. A paciente apresentou níveis tensionais acima de
140x90mmHg antes de 20 semanas de gestação, logo, pré-eclâmpsia não é o
melhor diagnóstico nesse caso.
Alternativa C: INCORRETA. A paciente de fato é hipertensa crônica (PA maior ou
igual a 140x90mmHg antes de 20 semanas), porém, evoluiu com um novo
quadro clínico-laboratorial após essa IG, merecendo agora um novo diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Hipertensão gestacional se define como ocorrência
de dois picos pressóricos > ou = 140 (PAS) OU > ou = 90 (PAD) mmHg APÓS 20
semanas de IG e SEM proteinúria ou sinal de gravidade. Nesse caso, a paciente
não só apresentou elevação de PA ANTES das 20 semanas, como tem proteinúria
e sinal de gravidade.
Alternativa E: CORRETA. Inicialmente, a paciente apresentava hipertensão antes
de 20 semanas de IG, tendo o diagnóstico de hipertensão arterial crônica. No
entanto, após 20 semanas, apresentou proteinúria, além de sinal de gravidade
(PA maior ou igual a 160x110mmHg), “ganhando” o diagnóstico de pré-eclâmpsia
superposta.
▶ resposta: E
subtópico:
Endometriose / Dismenorreia secundária.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Paciente nulípara, dismenorreica, com toque vaginal doloroso em fundo de saco
posterior (de Douglas), deve imediatamente nos sugerir o diagnóstico de
endometriose.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Essa terapia é indicada para pacientes próximas à
menopausa, no intuito de controlar a doença até que se tornem menopausadas –
lembrar que a endometriose é como uma “fogueira” que se alimenta de
estrógenos.
Alternativa B: INCORRETA. Culdocentese é a punção de fundo de saco posterior
para aspirar eventual conteúdo líquido na cavidade abdominal; não faz parte da
propedêutica indicada nesse caso – endometriose é lesão sólida.
Alternativa C: INCORRETA. Antes da abordagem cirúrgica, podemos prosseguir
com métodos menos invasivos como imagens de ressonância magnética ou USG
com preparo intestinal. Além disso, diante de quadro clínico sugestivo, estamos
autorizados a tratar a paciente empiricamente, o que serve até mesmo como
teste terapêutico para corroborar o diagnóstico, tendo em vista que os métodos
complementares citados são pouco acessíveis.
Alternativa D: CORRETA. Endometriose consiste em focos de endométrio fora da
cavidade uterina, que respondem de forma exatamente igual ao endométrio
“tópico” às variações hormonais do ciclo menstrual, se proliferando e
decidualizando, gerando sintomas. Logo, o melhor tratamento para os sintomas
da endometriose é o bloqueio do ciclo menstrual por meio do uso contínuo de
anticoncepcionais orais combinados ou isolados.
Alternativa E: INCORRETA. Nem a USG TV nem o marcador CA 125 são bons
métodos para diagnóstico de Endometriose, logo, o fato destes exames estarem
normais não exclui o diagnóstico, e o uso de AINES ou analgésicos simples não é
o melhor tratamento nestes casos.
▶ resposta: D
subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Quando solicitar diretamente colposcopia frente a um primeiro resultado de
citologia alterado? ASC-H, AGC ou Lesão intraepitelial de alto grau.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Biópsia nunca pode ser realizada antes da
colposcopia.
Alternativa B: INCORRETA. Vide comentário da letra D. Um único resultado de
ASC-US não é indicação de colposcopia.
Alternativa C: INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. O exame deve ser
repetido em 6 meses, não 12.
Alternativa D: CORRETA. ASC-US = Células escamosas atípicas de significado
indeterminado, possivelmente não neoplásicas. Como o próprio nome sugere,
são na maioria das vezes alterações benignas do colo relacionadas, por exemplo,
a uma colpite. Logo, não necessitam de colposcopia e biópsia imediatamente.
Mulheres menores de 30 anos devem repetir a citologia em 12 meses. Já aquelas
com 30 anos ou mais, como a da nossa questão, repetem a citologia em 6 meses.
É importante ficar atento a sinais de infecção genital, que, se presente, deve ser
tratada antes da nova citologia.
Alternativa E: INCORRETA. Em casos de infecção, uma nova citologia deve ser
colhida somente após 3 meses do tratamento, tempo necessário para que as
células do colo se renovem.
▶ resposta: D
subtópico:
Restrição de Crescimento Intrauterino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As principais causas de restrição do crescimento intrauterino podem ser de
origem fetal, como cromossomopatias e malformações; ou maternas,
frequentemente associadas a condições que comprometem as trocas
placentárias, como infecções, uso de drogas, desnutrição, hipertensão arterial,
cardiopatias, entre outras.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de mais frequentemente ser causa de
macrossomia fetal devido ao status hiperinsulinêmico, não podemos nos
esquecer que o diabetes é também uma vasculopatia, podendo comprometer as
trocas placentárias e causar RCIU.
Alternativa B: INCORRETA. Um achado grave de centralização fetal (desvio da
circulação para o cérebro) ou inversão de fluxo (diástole zero ou reversa) indicam
resolução da gestação.
Alternativa C: CORRETA. Malformações estão entre as causas fetais mais
importantes de crescimento intrauterino restrito. Já o tabagismo e a hipertensão
são causas maternas que levam à insuficiência placentária, podendo culminar
com RCIU.
Alternativa D: INCORRETA. Devem ser acompanhadas em serviços de referência
devido ao maior risco de complicações.
Alternativa E: INCORRETA. As duas condições frequentemente andam juntas,
mas não são indissociáveis. Distúrbios do líquido amniótico são sinais agravantes
e podem sugerir, por exemplo, sofrimento fetal crônico, mas a RCIU por si só
também oferece riscos para o concepto.
▶ resposta: C
06 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Sobre a
placenta prévia, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F
as falsas.
A. V F V F
B. V F F V
C. V V F F
D. F F F V
E. F V V F
subtópico:
Hemorragias da 2ª metade da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Placenta prévia e descolamento prematuro de placenta são os dois principais
diagnósticos diferenciais de sangramento da segunda metade da gravidez.
Enquanto na placenta prévia o sangramento costuma ser vermelho vivo, indolor,
intermitente e de pequena monta, raramente levando à instabilidade
hemodinâmica; a hemorragia do descolamento prematuro de placenta é súbita,
dolorosa, com sangue mais escurecido, frequentemente associado à hipertonia
uterina e níveis tensionais elevados, o volume do sangramento é geralmente
intenso (porém, nem sempre se exterioriza completamente, o que pode gerar
dúvida no diagnóstico), podendo causar instabilidade hemodinâmica e
sofrimento fetal agudo.
Assertiva I: VERDADEIRA. Os três procedimentos citados deixam cicatrizes
intrauterinas, onde se forma uma área de neovascularização pelo próprio
processo de cicatrização. No momento da implantação da decídua, esta terá
trofismo pela área mais vascularizada, podendo então implantar-se fora do seu
sítio habitual.
Assertiva II: VERDADEIRA. Em qualquer situação de risco para parto prematuro
está indicada corticoterapia para maturação pulmonar entre 24 e 34 semanas.
Isso porque abaixo de 24 semanas não se tem vitalidade fetal garantida e o
prognóstico seria muito reservado, e acima de 34 semanas os estudos são
inconclusivos quanto ao benefício da corticoterapia pois, em tese, os pulmões
fetais já estariam maduros o suficiente.
Assertiva III: FALSA. O sangramento por placenta prévia ocorre na segunda
metade da gestação e não no primeiro trimestre, mesmo porque a implantação
placentária só se completa por volta das 28 semanas, e é tipicamente vermelho
vivo, indolor e intermitente (vários episódios, cada vez mais frequentes e
intensos), não súbito.
Assertiva IV: FALSA. A ultrassonografia é, de fato, o método de eleição para o
diagnóstico de placenta prévia, entretanto, o acretismo placentário (invasão da
placenta além do endométrio) está intimamente relacionado com placentação
anormal.
▶ resposta: C
subtópico:
Amenorreia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O que aumenta e o que diminui laboratorialmente na SOP? SHBG diminui e FSH
pode estar diminuído ou normal, todos os outros marcadores hormonais estarão
aumentados (testosterona total e livre, androstenediona, SDHEA, LH, estradiol e
estrona).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma endocrinopatia muito comum, caracterizada
pela presença de dois ou mais critérios de Rotterdam: Anovulação,
hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial) e 12 ou mais cistos ovarianos, na
ausência de outras causas (é um diagnóstico de exclusão!). Não são nódulos e
sim cistos.
Alternativa B: CORRETA. O espectro de padrões de sangramento na SOP é
amplo e imprevisível, podendo ir desde amenorreia (ausência de menstruação
por mais de 6 meses ou 3 ciclos) e oligomenorreia (ciclos longos, maiores de 35
dias) a menometrorragia (intervalor irregulares, com aumento da duração e da
intensidade do sangramento) episódica.
Alternativa C: CORRETA. A SHBG é produzida pelo fígado e modulada pelos
níveis de insulina; esta glicoproteína “quela” a testosterona, reduzindo os níveis
circulantes de andrógeno ativo. No hiperinsulinismo (típico da SOP) há redução
dos níveis de SHBG, permitindo maior circulação de testosterona e causando o
hiperandrogenismo característico da síndrome. Logo, apesar da banca ter
colocado esta alternativa como incorreta, nós discordamos e acreditamos que o
gabarito deveria sem ampliado, incluindo também a letra C.
Alternativa D: INCORRETA. São queixas extremamente frequentes, já que
anovulação é um dos pilares da síndrome.
A. V, V, F, V;
B. F, V, F, V;
C. V, V, F, F;
D. F, F, V, F.
subtópico:
Uroginecologia – Incontinência urinária.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Principais fatores de risco para IU: idade, obesidade, multiparidade, partos
vaginais e climatério.
Assertiva I: VERDADEIRA. Incontinência Urinária aos Esforços se caracteriza pela
perda involuntária de urina em situações de aumento da pressão intra-
abdominal, como as citadas na alternativa (esforço físico, tosse ou espirro).
Assertiva II: VERDADEIRA. Com a idade, ocorre enfraquecimento das fibras
colágenas responsáveis pela sustentação dos órgãos pélvicos, dentre os quais
consta a bexiga. Mudanças na angulação da uretra com o corpo vesical
predispõem à IU por “afrouxar” a ação esfincteriana.
Assertiva III: FALSA. A obesidade traz consigo aumentos da pressão intra-
abdominal, fator importante para ocorrência de IU.
Assertiva IV: FALSA. Iniciamos o tratamento com métodos não invasivos:
medicamentos, fisioterapia pélvica, mudanças comportamentais como perda de
peso, e em significativa parte dos casos obtém-se bons resultados. Apenas em
casos refratários é que se deve avaliar correção cirúrgica.
▶ resposta: C
subtópico:
Planejamento familiar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para as questões de planejamento familiar e contracepção, você precisa ter em
mente quais são os métodos hormonais combinados (anticoncepcional oral,
injetável mensal, anel vaginal e adesivo transdérmico) e os métodos
progestínicos isolados (pílula oral de progesterona, injetável trimestral, implante
subdérmico e SIU de levonorgestrel), além das contraindicações absolutas de
cada grupo (não deixe de dar uma olhada nos critérios de elegibilidade da OMS).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Tabagista com mais de 35 anos e consumo de mais
de 15 cigarros/dia, história pregressa de tromboembolismo e múltiplos fatores
de risco para DCV (tabagismo, HAS e DM, apesar de controladas) são
contraindicações absolutas (categoria 4 pelos critérios de elegibilidade da OMS)
para uso de métodos hormonais combinados. Ademais, o uso de alguns
anticonvulsivantes, como a fenitoína, pode interferir com o anticoncepcional oral,
reduzindo sua eficácia.
Alternativa B: INCORRETA. Progestínicos isolados são considerados categoria 3
para mulheres com história de tromboembolismo; isso significa que não são o
melhor método e só devem ser utilizados na ausência de outras opções.
Alternativa C: CORRETA. Melhor opção, pois se trata de um método altamente
eficaz, não hormonal, de ação local, portanto não vai interferir com o seu
anticonvulsivante, e de longa duração, permitindo que a paciente provavelmente
fique com o dispositivo até a menopausa. Além disso, todas as condições clínicas
apresentadas na questão são consideradas categoria 1 ou 2 para uso do DIU de
cobre.
Alternativa D: INCORRETA. O anel vaginal é um método hormonal combinado,
contendo etinilestradiol e etonogestrel, logo possui contraindicações
semelhantes aos anticoncepcionais orais combinados, as quais já foram citadas
na alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. O implante subdérmico é um dispositivo contendo
etonogestrel, um progestínico, inserido no braço da paciente, com duração de 3
anos e absorção sistêmica, logo, possui as mesmas contraindicações que os
demais progestágenos, já comentadas na alternativa B.
▶ resposta: C
A. Herpes vírus.
B. Vaginose citolítica.
C. Tricomoníase.
D. Gonococo.
E. Neoplasia intraepitelial.
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Corpúsculos de inclusão é o nome que se dá, em virologia, às estruturas que se
formam no interior de células infectadas durante a multiplicação viral.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Estes corpúsculos são característicos (embora não
patognomônicos) da infecção pelo herpes vírus. Para os aficionados por
epônimos, o método citológico para detecção dessas estruturas se chama
método de Tzanck.
Alternativa B: INCORRETA. A vaginose citolítica não é uma infecção, ocorre por
excesso de lactobacilos (habituais na flora vaginal), gerando pH vaginal ainda
mais ácido e citólise das células da camada intermediária da vagina, com
corrimento semelhante ao da candidíase vaginal, o qual, na citologia, revela
elevado número de lactobacilos e presença de citólise (núcleos desnudos), sem
outros micro-organismos.
Alternativa C: INCORRETA. Na microscopia do corrimento vaginal próprio da
tricomoníase veríamos o protozoário com seus quatro flagelos, além de número
aumentado de leucócitos.
Alternativa D: INCORRETA. O método padrão ouro para diagnóstico de
gonococcia é a cultura da secreção vaginal, onde são visualizados os diplococos
gram-negativos.
Alternativa E: INCORRETA. As neoplasias intraepiteliais são diagnosticadas
observando-se presença de atipias nas células cervicais e classificadas em baixo
ou alto grau de acordo com o nível de penetração dessas alterações celulares no
epitélio.
▶ resposta: A
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembrem-se que o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica exige: 3 critérios
maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado. Os critérios maiores dizem respeito à
queixa de dor (dor abdominal infraumbilical, dor à mobilização do colo uterino e
dor à palpação dos anexos), enquanto os menores estão relacionados às demais
alterações do exame físico ou de exames laboratoriais (conteúdo vaginal
purulento, febre, massa pélvica, leucocitose, PCR ou VHS elevados, mais de cinco
leucócitos/campo na microscopia da secreção vaginal ou cultura positiva para os
patógenos frequentemente mais envolvidos). E os critérios elaborados, como o
próprio nome sugere, diz respeito aos achados em procedimentos, como biópsia
de endométrio sugestiva de endometrite, presença de abscesso tubo-ovariano
ou em fundo de saco de Douglas em exame de imagem (USG ou RNM da pelve)
ou evidências de DIP em videolaparoscopia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Mycoplasma hominis não está entre os principais
agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa B: INCORRETA. Mycoplasma hominis não está entre os principais
agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa C: INCORRETA. Gardnerella vaginalis e Trichomonas vaginalis não
estão entre os principais agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Gardnerella vaginalis e Enterococcus faecalis não estão
entre os principais agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa E: CORRETA. A paciente em questão apresenta dor pélvica, dor à
palpação do colo uterino e dos anexos, além de corrimento vaginal fétido e febre.
Logo, ela preenche os 3 critérios maiores e 2 critérios menores para Doença
Inflamatória Pélvica, fechando assim o diagnóstico. Sabemos que os agentes
primários envolvidos na DIP são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
▶ resposta: E
A. HPV 16 e 18
B. HPV 6 e 18
C. HPV 45 e 56
D. HPV 6 e 11
E. HPV 16 e 56
subtópico:
HPV e câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Temos que memorizar 4 subtipos de HPV: 2 considerados de baixo risco, pelo seu
reduzido poder oncogênico, mais comumente causadores de leões vulvares,
vaginais ou perianais benignas, as verrugas genitais (condilomas); e outros 2
considerados de alto risco pelo seu grande poder de malignização, principais
agentes envolvidos no câncer de colo do útero. Os 4 subtipos são cobertos pela
vacina quadrivalente oferecida pelo Ministério da Saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os subtipos 16 e 18 são aqueles com maior potencial
de malignização, principais causadores das neoplasias intraepiteliais cervicais e
do câncer de colo do útero.
Alternativa B: INCORRETA. O subtipo 18 tem alto poder oncogênico e não
costuma causas verrugas genitais, conforme comentário da alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. Os subtipos 45 e 56 são considerados de alto risco,
isto é, têm potencial oncogênico (embora não sejam os mais frequentemente
envolvidos no câncer de colo do útero) e raramente aparecem associados a
lesões verrucosas.
Alternativa D: CORRETA. Os subtipos 6 e 11 são os principais causadores das
verrugas genitais, conhecidas como condilomas. São bastante comuns na
população sexualmente ativa, mas felizmente têm baixo poder de malignização.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado acima, os subtipos 16 e 56 são
considerados de alto risco e portanto estão mais envolvidos nas neoplasias
intraepiteliais e no câncer cervical, não nas verrugas genitais.
▶ resposta: D
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Devemos ter na ponta da língua a propedêutica e os diagnósticos diferenciais
para os três principais corrimentos genitais: vaginose bacteriana, tricomoníase e
candidíase vulvovaginal. De modo geral, prurido vulvar é o principal sintoma da
candidíase vulvovaginal, enquanto o odor fétido sugere vaginose bacteriana. As
questões de tricomoníase geralmente trarão o aspecto do colo “em framboesa”
ou “tigroide”.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Prurido vulvar associado a corrimento vaginal
branco, com grumos e sem odor é fortemente sugestivo de candidíase
vulvovaginal. Sabemos que a candidíase não é considerada uma DST e, portanto,
não implica tratamento do parceiro.
Alternativa B: INCORRETA. Metronidazol não é o tratamento de escolha para os
quadros de candidíase (trata vaginose bacteriana e tricomoníase), e sim
antifúngicos, como fluconazol, itraconazol, entre outros.
Alternativa C: CORRETA. O diagnóstico mais provável é de candidíase, um fungo
que se apresenta como pseudo-hifas no exame a fresco.
Alternativa D: INCORRETA. O uso de duchas vaginais deve ser fortemente
contraindicado para todas as mulheres, pois altera o pH e a flora vaginal habitual,
predispondo à colonização de micro-organismos patogênicos, e não prevenindo
infecções.
Alternativa E: INCORRETA. O teste das aminas consiste em misturar uma gota
da secreção vaginal com hidróxido de potássio a 10% (KOH) e é considerado
positivo quando exala um forte odor fétido (ou “de peixe”), sugerindo vaginose
bacteriana e não candidíase.
▶ resposta: C
subtópico:
Hemorragias da 2ª metade da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Sempre que houver história de trauma abdominal, pensar em Descolamento
Prematuro de Placenta, mesmo que não haja exteriorização de sangramento
genital (frequentemente, o sangramento pode ser retroplacentário e não se
exteriorizar).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. História de trauma associado com dor abdominal e
presença de coágulo retroplacentário, além de hipotensão e taquicardia materna
e bradicardia fetal sugerem fortemente Descolamento Prematuro de Placenta
grave com instabilidade hemodinâmica da mãe (por sangramento oculto) e
sofrimento fetal. Logo, a conduta é resolução imediata da gestação pela via mais
rápida, que nesse caso é a via alta, considerando que a paciente tem apenas 4 cm
de dilatação.
Alternativa B: CORRETA. A amniotomia está indicada em todos os casos de DPP,
visando reduzir o volume uterino, facilitando assim a compressão das artérias
espiraladas. Com isso, além de conseguir diminuir o sangramento no local do
descolamento, reduz-se também a entrada de tromboplastina na circulação
materna, diminuindo o risco de CIVD.
Alternativa C: INCORRETA. O quadro clínico é fortemente sugestivo de DPP, a
paciente está instável hemodinamicamente e o feto já se apresenta em
sofrimento (lembrar que a FCF deve estar entre 110 e 160 bpm). Logo, o parto
deve ser imediato, não se deve atrasar a conduta para realização de
tococardiografia.
Alternativa D: INCORRETA. Deve-se sim lançar mão de medidas para
estabilização hemodinâmica da mãe, como dois acessos periféricos calibrosos e
infusão de volume, entretanto, tais medidas não devem atrasar a conduta
principal, que é o parto. Porém, não há tempo para realização de perfil biofísico
fetal, já se sabe que o feto está em sofrimento agudo e a melhor intervenção é a
resolução imediata da gestação.
Alternativa E: INCORRETA. A face materna é que descola, rompendo inúmeros
vasos da implantação, sendo, portanto, o hematoma/sangramento
predominantemente de origem materna.
▶ resposta: B
A. Hepatite A
B. Influenza
C. Hepatite B
D. HPV quadrivalente
E. dTpa
subtópico:
Assistência pré-natal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Calendário vacinal é tema quente tanto em Obstetrícia como em Pediatria e deve
estar na ponta da língua. Então fiquem atentos: a gestação é um estado de
“imunossupressão relativa”, logo gestantes só podem receber vacinas que não
contenham componentes vivos.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vacina de antígeno inativado, portanto, pode ser
administrada na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Além da vacina da Influenza ser inativada, essa
patologia tem maior potencial de gravidade durante a gestação, logo, a gestante
não só pode como deve recebê-la em períodos de campanha.
Alternativa C: INCORRETA. A vacina da Hepatite B é composta pelo antígeno de
superfície HBsAg, devendo ser administrada em todas as gestantes não
vacinadas ou com esquema incompleto.
Alternativa D: CORRETA. Apesar de composta por antígenos de capsídeo viral, a
vacina do HPV é relativamente nova e ainda não temos estudos comprovando a
sua segurança na gestante, portanto, por enquanto a recomendação é evitar a
sua administração na gestação.
Alternativa E: INCORRETA. A vacina dTpa está indicada em todas as gestantes
independente do seu status vacinal prévio devido ao potencial de gravidade da
coqueluche na gestação.
▶ resposta: D
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Mais uma questão de infecções genitais e vulvovaginites. Não se esqueça das
três principais causas e seus agentes etiológicos: vaginose bacteriana
(Gardnerella vaginalis), candidíase vulvovaginal (Candida albicans – principal) e
tricomoníase (Trichomonas vaginalis).
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Corrimento vaginal fluido, não aderente, bolhoso,
branco-acinzentado e com odor fétido é fortemente sugestivo de vaginose
bacteriana. Nesses casos, o achado esperado ao exame a fresco é a presença das
chamadas células alvo ou clue cells.
Alternativa B: INCORRETA. O teste das aminas é positivo na Vaginose Bacteriana
e isso significa que ao misturar uma gota da secreção vaginal com hidróxido de
potássio a 10% (KOH) exala um odor desagradável, semelhante ao de peixe
podre.
Alternativa C: INCORRETA. Embora a relação sexual seja um fator de risco, a
vaginose bacteriana não é considerada uma DST, sendo entendida como um
desequilíbrio da flora vaginal com aumento da concentração de bactérias
anaeróbias em detrimento dos lactobacilos.
Alternativa D: INCORRETA. Colo tigroide é achado característico de
tricomoníase.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa C, o aumento da
concentração de bactérias anaeróbias e diminuição dos lactobacilos torna o pH
vaginal mais alcalino, isto é, acima de 4,5, o que inclusive faz parte de um dos
critérios de Amsel, utilizados no diagnóstico da Vaginose Bacteriana.
▶ resposta: A
subtópico:
Planejamento familiar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Você sabe o que são os critérios de elegibilidade da OMS? A maioria das questões
de planejamento familiar vai cobrá-lo quanto a isso, direta ou indiretamente. Os
critérios de elegibilidade determinam algumas situações clínicas em que os
métodos contraceptivos podem ou não ser utilizados, classificando cada um
deles em quatro categorias: Categoria 1: não há restrições para o uso do método;
categoria 2: as vantagens no uso do método superam seus riscos; categoria 3: os
riscos no uso do método superam seus benefícios; categoria 4: o método
apresenta um risco inaceitável para indicar o seu uso. De um modo geral, basta
você pensar que aqueles classificados como categoria 1 ou 2 podem ser
prescritos livremente; já as categorias 3 ou 4 não devem ser indicadas naquela
situação, sendo a categoria 4 uma contraindicação absoluta (ou seja, não
prescrever em nenhuma hipótese), e a categoria 3 contraindicação relativa,
podendo ser prescrito apenas na impossibilidade de outras opções.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não podemos de forma alguma prescrever
estrógeno sem associação com progestágeno para pacientes que tenham útero,
devido ao risco de hiperplasia e câncer endometrial.
Alternativa B: INCORRETA. A paciente já apresenta fluxo menstrual aumentado
e deseja amenorreia, logo o DIU de cobre não é o método mais indicado, pois
sabemos que este frequentemente pode aumentar a intensidade do
sangramento menstrual.
Alternativa C: CORRETA. Sabemos que o SIU-LNG é um método contraceptivo
altamente eficaz, que apresenta ainda o benefício de reduzir o fluxo menstrual e
em uma parcela significativa das mulheres vai provocar amenorreia no 1º ano de
uso. Ademais, por se tratar de um progestágeno isolado com ação
predominantemente local e pequena interferência sistêmica, a paciente em
questão não apresenta contraindicações ao seu uso.
Alternativa D: INCORRETA. Hipertensão arterial controlada é considerada
categoria 3 para os anticoncepcionais orais combinados, logo, esse método só
deveria ser utilizado na paciente em questão na impossibilidade de outras
opções.
Alternativa E: INCORRETA. A ablação endometrial NÃO é considerada um
método contraceptivo, sendo utilizada somente para controle de sangramento
uterino anormal intenso, de origem benigna, e que não respondeu à terapia
medicamentosa e a outros métodos menos invasivos, o que não é o caso da
paciente em questão.
▶ resposta: C
subtópico:
Amenorreia primária / Embriologia do trato genital feminino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Na investigação de amenorreias primárias, ajuda raciocinar a partir da presença
ou não de caracteres sexuais secundários (CSS). A presença de CSS, de um modo
geral, indica função ovariana preservada (exceção é a síndrome de Morris, em
que a produção de estrogênio ocorre por aromatização periférica), direcionando
a investigação para causas anatômicas (exame físico e de imagem). Por outro
lado, quando não há CSS pode significar disfunção hormonal, implicando
dosagem de FSH para investigação etiológica.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Insensibilidade androgênica completa, conhecida
também como síndrome de Morris, trata-se de uma condição em que o fenótipo
é feminino, mas o cariótipo é 46 XY. Há testículos produzindo testosterona,
porém, devido à ausência de resposta dos receptores a esse hormônio, a
genitália externa, que se forma ainda no período embrionário, é feminina, não há
genitália interna (vagina em fundo cego e agenesia de útero), e os caracteres
sexuais secundários femininos também estão presentes devido à aromatização
periférica da testosterona em estrogênio.
Alternativa B: CORRETA O protótipo da agenesia uterovaginal é Síndrome de
Rokitansky, que consiste na ausência de fusão dos ductos paramesonéfricos (ou
ductos de Muller), responsáveis pela formação do útero e 2/3 proximais da
vagina. Nesses casos, portanto, a paciente é 46 XX, tem ovários com produção
hormonal normal (logo, tem caracteres sexuais secundários) e genitália externa
feminina, no entanto, a ausência da genitália interna (agenesia de útero e vagina
curta, em fundo cego) é responsável pela ausência de menstruação.
Alternativa C: INCORRETA. Na síndrome de Turner, as pacientes têm um
cromossomo X ausente e o cariótipo é, portanto, 45X. A genitália externa e o
útero são normais, porém, os ovários são atrofiados (em fita), fazendo com que
durante a puberdade essa menina não apresente os caracteres sexuais
secundários, permanecendo com a genitália infantilizada. Outros estigmas da
síndrome incluem: pescoço alado, baixa estatura, tórax em escudo etc.
Alternativa D: INCORRETA. Os distúrbios do desenvolvimento do seio urogenital
desenvolvem genitália ambígua, que não é o caso da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Na agenesia ovariana, os caracteres sexuais
secundários (desenvolvimento de mamas e pelos) estão ausentes.
▶ resposta: B
19 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 23 anos, solteira, atendida com
dor em andar inferior de abdômen, mais intensa na fossa ilíaca esquerda iniciada
há cinco dias com piora progressiva no período. DUM há oito dias. Exame físico:
secreção amarelada, moderada, oriunda do canal cervical, dor ao toque uterino e
dos anexos. Tax: 38,1oC Pulso: 72bpm PA: 100x60mmHg. O diagnóstico mais
provável é:
A. Cervicite;
B. Tricomoníase;
C. Gravidez tubária;
D. Endometriose;
E. Doença inflamatória pélvica.
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Corrimento genital ambulatorial é para ser “chato”, não grave! Atenção para
sinais de acometimento sistêmico como febre, os quais sugerem ascensão dos
micro-organismos e não mais uma vulvovaginite isolada.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não seria incorreto dizer que temos nesse caso
também uma cervicite, afinal, a secreção anormal é oriunda do canal cervical,
entretanto, a paciente apresenta outros sinais e sintomas que não fazem parte
do quadro típico de cervicite isolada (dor abdominal e ao toque uterino e dos
anexos, além de febre), o que torna esta resposta não mais a melhor alternativa.
Certamente, o quadro se iniciou com uma cervicite, geralmente causada pelos
mesmos micro-organismos da doença inflamatória pélvica, Clamídia e Gonococo,
os quais ascenderam pelo trato genital superior.
Alternativa B: INCORRETA. Na tricomoníase, o corrimento é fluido, acinzentado,
bolhoso e exclusivamente vaginal, normalmente, não há secreção exteriorizando
pelo colo uterino (este é um sinal de cervicite). Além disso, dor e febre não fazem
parte dos quadros clínicos típicos das vulvovaginites.
Alternativa C: INCORRETA. Infecções do trato genital podem até ser fator de
riso para uma gestação tubária e, portanto, podem ocorrer concomitantemente,
porém, gravidez ectópica NÃO é causa de corrimentos vaginais! Essas pacientes
habitualmente apresentam a tríade clássica de: atraso menstrual (a paciente
referia DUM há 8 dias), sangramento (não referido na questão) e dor
abdominopélvica.
Alternativa D: INCORRETA. A endometriose é caracterizada por dismenorreia
intensa e cíclica (isto é, que apresenta relação com o fluxo menstrual), não se
manifestando com corrimentos genitais ou febre.
Alternativa E: CORRETA. Vale lembrar: Diagnóstico de Doença Inflamatória
Pélvica (DIP) – 3 critérios maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado. A paciente
em questão apresenta os três critérios maiores (dor pélvica, dor à mobilização do
colo uterino e dor à palpação dos anexos) e dois critérios menores (febre e
secreção genital anormal). Ou seja, bingo! Diagnóstico de DIP fechado.
▶ resposta: E
A. Candidíase;
B. Tricomoníase;
C. Clamídia trachomatis;
D. Vaginose bacteriana;
E. Gonorreia.
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Devemos sempre ter em mente os critérios de Amsel para avaliação de
corrimentos vaginais: aspecto da secreção, pH vaginal (corte 4,5), exame a fresco
e teste das aminas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na candidíase, o corrimento é esbranquiçado
grumoso, pruriginoso, inodoro, com pseudo-hifas ao exame a fresco.
Alternativa B: INCORRETA. Na tricomoníase, o corrimento é acinzentado, fluido,
bolhoso e normalmente a questão vai trazer o aspecto do colo “em framboesa”
ou “tigroide”. Ao exame a fresco da secreção vaginal, são visualizados os
protozoários flagelados.
Alternativa C: INCORRETA. A Clamídia trachomatis é um dos principais
patógenos envolvidos nos quadros de cervicite, onde há corrimento purulento se
exteriorizando pelo colo uterino e não apenas na vagina.
Alternativa D: CORRETA. A vaginose bacteriana é causada pela Gardnerella
vaginalis e se manifesta com corrimento vaginal amarelado, que tem como
principal característica o odor fétido (semelhante ao de peixe podre), o qual se
intensifica ainda mais ao misturarmos uma gota da secreção ao Hidróxido de
Potássio (KOH) – teste das aminas positivo. Nesta vulvovaginite, há substituição
da flora de lactobacilos pelas bactérias anaeróbias, tornando o pH vaginal mais
alcalino (acima de 4,5), e ao exame a freso, são visualizadas as células-guias ou
clue cells. Três desses quatro critérios, chamados critérios de Amsel, fecham o
diagnóstico de Vaginose Bacteriana.
Alternativa E: INCORRETA. A Gonorreia também é um quadro de cervicite. Como
comentado na alternativa C, nesses casos, a secreção é cervical e não apenas
vaginal.
▶ resposta: D
21 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 30 anos, com dor pélvica,
mais intensa em fossa ilíaca direita há 1 dia. Hoje é atendida na emergência, pois
a dor está mais intensa e refere dor no ombro direito, além de sangramento
vaginal leve. Nega febre. Última menstruação há 50 dias. Ao exame:
hipoidratada, obnubilada, descorada 2+/4, afebril, anictérica e acianótica. PA:
80X40mmHg FC:120 bpm FR:20 irpm. Descompressão dolorosa em fossa ilíaca
direita, distensão abdominal moderada. A principal hipótese diagnóstica é:
subtópico:
Hemorragias da 1ª metade da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Na prova e na vida: Em mulheres, nunca esquecer de incluir as causas
ginecológicas e obstétricas no diagnóstico diferencial de um abdômen agudo! E
um B-hCG sempre vai bem, ainda mais em casos com atraso menstrual
importante. Aproveitando o espaço, vamos recordar do sinal de Lafond – dor
irradiada para ombro por irritação do nervo frênico.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atraso menstrual + sangramento genital + dor pélvica é
a tríade clássica de gestação ectópica. A paciente em questão apresenta ainda
dor à descompressão abdominal, dor em ombro (sinal de Lafond), taquicardia,
hipotensão e alterações do sensório, que representam irritação peritoneal e
instabilidade hemodinâmica, sugerindo gravidez ectópica rota.
Alternativa B: INCORRETA. É um diagnóstico diferencial importante, porém essa
paciente evoluiu muito rapidamente. Os quadros de apendicite são
habitualmente insidiosos, não cursam com sangramento genital e
frequentemente apresentam febre.
Alternativa C: INCORRETA. Litíase urinária é importante causa de dor lombar,
não cursa com sangramento genital, irritação peritoneal, nem instabilidade
hemodinâmica e, normalmente, a questão fará menção ao sinal de Giordano
positivo.
Alternativa D: INCORRETA. Outro diagnóstico diferencial importante, porém,
com o atraso menstrual e o sangramento genital, a hipótese de gravidez ectópica
rota impera. O destino da paciente seria sala de cirurgia nos dois casos.
Alternativa E: INCORRETA. A dor típica da endometriose é crônica e não aguda,
além de habitualmente não causar sinais e sintomas de instabilidade
hemodinâmica e irritação peritoneal.
▶ resposta: A
subtópico:
Diabetes gestacional.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Diabetes Mellitus Gestacional está intimamente ligado ao lactogênio
placentário, um hormônio contrainsulínico produzido pela placenta, com pico a
partir das 24 semanas de gestação. Logo, é nesse período em que há maior
chance de se desenvolver DMG.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O rastreio do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
utilizando apenas critérios clínicos aumenta a chance de falsos negativos, visto
que corriqueiramente diagnosticamos DMG em pacientes sem fator de risco
algum; isso significa que a sensibilidade desse teste é baixa e, portanto, ele não
deve ser utilizado como meio de triagem. O rastreamento do Diabetes
Gestacional é realizado por meio da glicemia de jejum para todas as pacientes na
primeira consulta de pré-natal.
Alternativa B: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, o rastreio de
DMG é universal e rotineiro, devendo ser realizado através da solicitação de
glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal.
Alternativa C: INCORRETA. O melhor teste para diagnóstico de DMG (maior
especificidade) é o Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) com sobrecarga de
75g de glicose em jejum e 120 minutos após a ingestão, enquanto o melhor
método de rastreio (maior sensibilidade) é a glicemia sérica em jejum.
Alternativa D: INCORRETA. As principais complicações do DMG são
macrossomia fetal por hiperinsulinemia e sofrimentos fetal agudo por distúrbios
metabólicos, podendo levar até mesmo a óbito fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Valores de glicemia de jejum entre 92 e 125 mg/dL
sugere Diabetes Mellitus Gestacional, enquanto níveis maiores ou iguais a
126mg/dL são sugestivos de Diabetes Mellitus prévia. Ambos devem ser
confirmados por uma segunda dosagem.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembrar a classificação de prematuridade: Prematuro extremo – nascido entre
20/22 semanas e 27 semanas e 6 dias; prematuro moderado – entre 28 semanas
e 33 semanas e 6 dias; prematuro tardio – entre 34 semanas e 36 semanas e 6
dias. Antes de 20/22 semanas considera-se abortamento e a partir de 37
semanas, RN a termo (Essa classificação pode variar de acordo com o autor,
convém então observar qual a referência que será cobrada na sua prova).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A administração de progesterona, na atualidade, é
sim considerada o método mais eficaz na prevenção de parto pré-termo em
gestações de risco, no entanto, a via de escolha é vaginal e não oral.
Alternativa B: INCORRETA. A avaliação ultrassonográfica do colo, conhecida
como cervicometria, é recomendada de rotina em todas as gestantes entre 20 e
24 semanas (com o morfológico de 2º trimestre), permitindo identificar aquelas
com maior risco para parto prematuro (colo < 25 mm) e intervir com medidas que
minimizem esse risco.
Alternativa C: CORRETA. Principal risco para parto prematuro é a história prévia
de prematuridade, seguido pela medida do colo uterino menor que 25 mm no 2º
trimestre. Ambos os casos indicam uso de progesterona vaginal para diminuir
esse risco.
Alternativa D: INCORRETA. Estudos mais atuais demonstram que o uso da
progesterona parece diminuir as taxas de prematuridade em gestantes de maior
risco, apesar dos dados serem menos consistentes quando comparado àqueles
que demonstram os benefícios nas gestações únicas. Sendo assim, a avaliação
cervical de rotina também está indicada nas gestações gemelares.
Alternativa E: INCORRETA. Os resultados neonatais são totalmente
dependentes da Idade Gestacional. No caso de fetos pré-termo, cada dia ganho
dentro do útero representa maior chance de sobrevida e menor risco de
complicações.
▶ resposta: C
A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
subtópico:
Assistência pré-natal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
É importante conhecer as recomendações de boas práticas de atenção ao parto e
nascimento divulgadas pela OMS, as quais têm sido cada vez mais cobradas em
provas de concurso.
resolução:
Afirmativa I: INCORRETA. A presença de acompanhante de escolha da gestante
é direito assegurado por lei.
Afirmativa II: CORRETA. Todas as informações acerca do parto devem ser
compartilhadas com a gestante durante o pré-natal. Durante o trabalho de parto,
a gestante pode ingerir líquidos claros (sem resíduo), exceto se indicação de
cesariana. Sobre a lavagem intestinal, de fato, está proscrita, pois piora os
desfechos materno-fetais. E quanto à polêmica episiotomia, não está indicada de
rotina, porém, quando bem indicada protege a gestante de lacerações perineais
mais extensas.
Afirmativa III: CORRETA. Conhecer e se familiarizar com a maternidade antes do
parto é extremamente importante por reduzir a ansiedade da gestante,
contribuindo assim para melhores resultados durante o trabalho de parto, e
construir esse vínculo (maternidade x gestante) é sim papel do pré-natal.
▶ resposta: D
subtópico:
Interrupção legal da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
É importante conhecer as leis que regem a interrupção legal da gestação no
Brasil; elas têm sido cada vez mais cobradas em prova.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Violência sexual é agravo de notificação compulsória.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a notificação deve
ser realizada somente à autoridade de saúde. Qualquer comunicação diferente
dessa fere o princípio do sigilo médico.
Alternativa C: INCORRETA. A mulher NÃO é obrigada a realizar boletim de
ocorrência ou exame de corpo delito para garantir seu atendimento como vítima
de violência sexual. Não cabe ao médico exercer qualquer juízo de valor sobre a
palavra da vítima, devendo somente realizar a notificação compulsória e prestar
assistência à vítima, conforme garantido por lei. Na eventualidade de a paciente
estar mentindo, o ônus será inteiramente dela perante a lei.
Alternativa D: INCORRETA. Casos de estupro são uma das situações em que, no
Brasil, se permite a interrupção legal da gestação.
▶ resposta: A
A. Candida sp.
B. Gardnerella vaginalis.
C. Mobiluncus.
D. Trichomonas vaginalis.
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. Logo, mesmo os micro-
organismos que compõem a flora vaginal habitual podem ser patogênicos e
causar sintomas se em excesso.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Candida sp. faz parte da flora vaginal habitual.
Alternativa B: INCORRETA. Gardnerella vaginalis também faz parte da flora
vaginal habitual.
Alternativa C: INCORRETA. Mobiluncus também é parte da flora vaginal habitual.
Alternativa D: CORRETA. Trichomonas vaginalis não faz parte da microbiota
vaginal e quando presente é considerada uma infecção sexualmente
transmissível.
▶ resposta: D
subtópico:
Planejamento familiar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Qualquer sangramento uterino anormal em mulheres na peri/pós menopausa
convém excluir hiperplasia ou câncer de endométrio.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar da fertilidade está diminuída na
perimenopausa devido ao maior número de ciclos anovulatórios, eventualmente
ainda ocorre ovulação, havendo risco de gravidez para mulheres sexualmente
ativas e, portanto, indicação de contracepção se não houver desejo de gestar.
Alternativa B: INCORRETA. A paciente em questão apresenta um sangramento
uterino anormal (períodos de amenorreia intercalados com sangramento
abundante) de origem (apesar de ser um padrão comum na perimenopausa,
outras causas precisam ser excluídas), o que configura contraindicação ao uso do
DIU de cobre.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico de menopausa é essencialmente
clínico (12 meses de amenorreia), não havendo necessidade de dosagem
hormonal para tal, exceto quando se suspeita de menopausa precoce, isto é, em
mulheres abaixo de 40 anos. Além disso, a orientação contraceptiva é medida
primordial nesse caso considerando-se sobretudo o risco da idade materna sob
uma possível gestação não planejada.
Alternativa D: CORRETA. Sangramento uterino anormal de origem desconhecida
é contraindicação para o uso de qualquer método hormonal, como também para
o DIU de cobre. Sendo assim, até que se exclua outras causas de SUA (que não
somente a perimenopausa), a recomendação é utilizar métodos de barreira,
como o preservativo.
▶ resposta: D
subtópico:
Fisiologia do ciclo menstrual.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Essa dica não é sobre o tema da questão em si, mas é muito importante. Na hora
da prova, tenha muita atenção com as questões que solicitam a alternativa
incorreta! Grife, sublinhe, circule (chame a atenção de alguma forma!) a palavra
incorreta no enunciado para não esquecer o que realmente pede a questão.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Na fase folicular tardia, ocorre aumento dos níveis de
estrogênio produzido pelos próprios folículos em desenvolvimento, exercendo
assim feedback negativo sobre o FSH. Essa redução nos níveis de FSH permite que
somente o folículo mais sensível a esse hormônio (isto é, com maior número de
receptores) seja selecionado como folículo dominante.
Alternativa B: CORRETA. Na primeira fase do ciclo menstrual, FSH e Estrogênio
atuam aumentando o número de receptores de FSH no folículo e proliferando as
células da granulosa, as quais vão produzir estradiol a partir dos androgênios sob
estímulo da enzima aromatase. (Esse mecanismo se chama “Teoria das duas
células – duas gonadotrofinas”).
Alternativa C: CORRETA. Conforme comentado nas alternativas anteriores, os
altos níveis de FSH no início do ciclo promovem o recrutamento e
desenvolvimento dos folículos. À medida que a fase folicular avança e o
estrogênio exerce feedback negativo sobre o FSH, os seus níveis mais baixos
permitem que apenas um folículo (aquele com maior número de receptores) se
torne o dominante.
Alternativa D: INCORRETA. Os níveis de FSH começam a se elevar ainda no final
do ciclo anterior (devido à regressão do corpo lúteo e queda da progesterona) e
continuam em ascensão durante a fase folicular inicial, atingindo seu pico na
metade do ciclo.
▶ resposta: D
subtópico:
Assistência pré-natal/ imunizações na gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Vacinas de vírus/bactérias vivos são contraindicadas na gestação!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado,
portanto, não deve ser administrada na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Mulheres com esquema incompleto para Hepatite B
não só podem como devem completar o esquema na gestação, visto que essa
vacina contém apenas o antígeno de superfície HbsAg.
Alternativa C: CORRETA. A cada gestação deverá ocorrer nova imunização com a
vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação (preferencialmente entre 27 e 36
semanas), para fornecer o componente pertussis e evitar coqueluche no recém-
nascido.
Alternativa D: INCORRETA. A vacina do HPV deve ser administrada
preferencialmente antes de se iniciar a vida sexual, por isso a faixa etária
escolhida pelo Ministério da Saúde para distribuição gratuita da vacina são
meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14.
▶ resposta: C
subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Veja que a questão cobra especificamente as recomendações do Ministério da
Saúde em 2016 (mesmo sendo uma prova de 2019), as quais diferem das
recomendações mais atuais do INCA, por exemplo. Por isso é tão importante
conhecer quais as referências cobradas na sua prova.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento
do Câncer do Colo do Útero divulgadas pelo Ministério da Saúde em 2016,
mulheres menores de 25 anos (que por algum motivo foram submetidas à
citologia oncótica, pois elas se encontram fora da faixa etária recomendada para
rastreio) com resultado do exame citopatológico ASC-US deverão repetir a
citologia em 3 anos.
Alternativa B: CORRETA. Segundo as mesmas diretrizes, resultado LSIL em
menores de 25 anos também requer repetição da citologia somente com 3 anos.
Essas recomendações partem do princípio que nesta faixa-etária há maior
incidência de resolução espontânea das lesões e baixíssima taxa de neoplasias,
justificando assim condutas mais conservadoras.
Alternativa C: INCORRETA. Se presente lesão intraepitelial de alto grau não
podendo excluir microinvasão, deve-se realizar colposcopia imediatamente.
Alternativa D: CORRETA. Em resultados de carcinoma escamoso invasor é
mandatório realizar colposcopia para qualquer faixa etária.
▶ resposta: C
subtópico:
Doenças hipertensivas específicas da gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembrar que o diagnóstico de Síndromes Hipertensivas na gestação exige duas
medidas de PAS maior ou igual a 140 mmHg OU PAD maior ou igual a 90 mmHg.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A fisiologia da hipertensão arterial gestacional está
relacionada com falha na 2ª onda de invasão trofoblástica (mecanismo pelo qual
há remodelamento das artérias espiraladas, tornando-as menos resistentes), a
qual se inicia em torno da 16ª semana de gestação e se desenvolve durante cerca
de 4 semanas. Logo, qualquer elevação pressórica (confirmada em duas
medidas) que ocorra antes das 20 semanas representa hipertensão arterial
crônica e não gestacional, assim como, obviamente, aquelas que já são
hipertensas antes da gravidez.
Alternativa B: INCORRETA. Dieta hipossódica não previne a ocorrência de pré-
eclâmpsia sobreposta. As únicas medidas que de fato reduzem risco de pré-
eclâmpsia são o uso do AAS e do carbonato de cálcio.
Alternativa C: INCORRETA. Todas as gestantes com hipertensão arterial
sistêmica devem ser submetidas a rastreio de lesão de órgão-alvo na 1ª consulta
de pré-natal por meio dos seguintes exames: eletrocardiograma,
ecocardiograma, fundoscopia e USG renal (tais exames podem variar de acordo
com o protocolo de cada serviço).
Alternativa D: INCORRETA. Os IECAs são contraindicados em qualquer período
gestacional pelo risco de oligodrâmnio, RCIU, anormalidades cardiovasculares
etc.
▶ resposta: A
A. Menarca precoce
B. Sedentarismo
C. Hipermenorreia
D. Tabagismo
E. História familiar
subtópico:
Sangramento uterino anormal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A principal teoria que postula o mecanismo fisiopatológico da endometriose
chama-se “teoria da menstruação retrógrada”, a qual sugere que durante o
período menstrual, além do fluxo descendente que exterioriza pela vagina, há
também um fluxo retrógrado que dá origem aos implantes endometriais
ectópicos. Logo, tudo que aumenta o tempo de exposição à menstruação (ou
exposição estrogênica) é considerado fator de risco para essa patologia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pacientes com menarca precoce estão expostas à
ação estrogênica desde muito cedo, sendo, portanto, considerado um fator de
risco.
Alternativa B: INCORRETA. Não se sabe exatamente qual o mecanismo, mas
sabe-se que a prática de atividade física é um fator protetor para endometriose.
Logo, o sedentarismo é um fator de risco.
Alternativa C: INCORRETA. Seguindo o mesmo raciocínio comentado
anteriormente de que quanto maior a exposição à menstruação, maior o risco de
endometriose, fica fácil entender que hipermenorreia é um fator de risco e não
protetor.
Alternativa D: CORRETA. Por estar associado a maiores índices de anovulação
crônica, o tabagismo é considerado um fator protetor para endometriose. Mas é
claro que não vamos orientar tabagismo para as pacientes!
Alternativa E: INCORRETA. História familiar sugere maior risco e não proteção,
visto que mulheres que têm parente de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com
endometriose têm maior chance de também apresentar a doença.
▶ resposta: D
33 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Paciente chega para iniciar o pré-
natal no ambulatório de obstetrícia. Sem queixas, informa atraso menstrual de
cerca de três meses. G1P0, DUM= 12/10/2018. Considerando a data do dia da
consulta 10/01/2019, qual a idade gestacional na data da consulta (10/01/2019) e
qual a provável data do nascimento?
subtópico:
Assistência pré-natal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Qual a regra utilizada para cálculo da data provável de parto? Regra de Naegele
(soma-se 7 dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrai-se 3 meses ao
mês em que ocorreu a última menstruação ou soma-se 9 meses se corresponder
aos meses de janeiro a março).
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para cálculo da idade gestacional, somamos a
quantidade de dias entre a DUM e o dia da consulta (19 dias em outubro + 30
dias em novembro + 31 dias em dezembro + 10 dias em janeiro = 90 dias) e
dividimos por 7 (90 : 7 = 12 e “sobra” 6). Isso significa que a idade gestacional é 12
semanas e 6 dias. Já para calcular a DPP, conforme a regra de Naegele, somamos
7 ao dia da última menstruação (12 + 7 = 19) e subtraímos 3 do mês da última
menstruação (10 – 3 = 7). Logo, a DPP será em 19/07.
Alternativa B: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
▶ resposta: A
subtópico:
Assistência pré-natal/ Imunizações na gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
São três as vacinas que fazem parte do calendário da gestante: dT/dTpa, hepatite
B e Influenza. É necessário conhecer as suas indicações e periodicidade!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Todas as gestantes devem receber uma dose da
dTpa a partir da 20ª semana, independentemente do status vacinal prévio.
Alternativa B: INCORRETA. Gestantes com a vacinação completa (3 doses) em
menos de 5 anos não necessita do reforço da dT, apenas uma dose da dTpa.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa B, gestantes
com a vacinação completa (3 doses) em menos de 5 anos não necessita de doses
adicionais da dT, apenas uma dose da dTpa.
Alternativa D: CORRETA. Como a paciente já recebeu as três doses da dT há
menos de 5 anos, necessita somente de dose única da dTpa a partir da 20ª
semana.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já mencionado nas alternativas anteriores,
não são necessárias doses adicionais da dT.
▶ resposta: D
subtópico:
Estática fetal / O Parto.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os pontos de referência da apresentação fetal cefálica são: lambda, bregma,
glabela e mento.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na deflexão de 1º grau, o ponto de referência ao
toque é o bregma.
Alternativa B: CORRETA. Na deflexão de 2º grau, a referência é mesmo a glabela.
Esse tipo de apresentação não nasce via vaginal!
Alternativa C: INCORRETA. Na apresentação fletida, tocamos a sutura
lambdoide. Não há classificação em primeiro, segundo ou terceiro graus para as
apresentações fletidas.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa C, não existe
classificação para as apresentações fletidas e o seu ponto de referência é o
lambda.
Alternativa E: INCORRETA. O termo “extensão total” não costuma ser utilizado,
mas entendendo seu significado como deflexão de 3º grau, o nosso ponto de
referência ao toque seria o mento.
▶ resposta: B
subtópico:
Assistência ao parto.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Você lembra quais são as fases do trabalho de parto? 1ª fase: Dilatação; 2ª fase:
Expulsão; 3ª fase: Dequitação; 4ª fase: Primeira hora pós-parto (alguns autores
não adotam essa última fase).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O uso de ocitócitos não está indicado de rotina na
assistência ao parto, devendo ser resguardado somente para as situações de
indução com colo favorável ou nas distocias funcionais com hipocontratilidade
uterina.
Alternativa B: INCORRETA. A prevenção de hemorragia pós-parto universal é
feita com administração de Ocitocina (10 UI) intramuscular, logo após o
nascimento do RN (a rigor, após o delivramento do ombro anterior). Derivados do
ergot como metilergotamina são a segunda linha no manejo de hemorragia pós-
parto em curso.
Alternativa C: INCORRETA. De fato, temos uma tolerância de 30 minutos para a
dequitação completa da placenta (terceira fase do trabalho de parto), porém
neste período já intervimos através da administração de 10 UI de ocitocina
intramuscular, além da tração controlada do cordão, associado ou não à
massagem uterina para prevenção de HPP (hemorragia pós-parto).
Alternativa D: CORRETA. De um modo geral, toleramos um intervalo de 2 horas
para o período expulsivo, especialmente em multíparas (nulíparas podem
estender essa fase em até 3h).
Alternativa E: INCORRETA. A frequência ideal de contrações durante o período
de dilatação é de 2 a 5 contrações em 10 minutos.
▶ resposta: D
subtópico:
Menopausa.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Muito importante diferenciar conceitualmente climatério de menopausa. O
primeiro é o período de transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da
mulher e vai desde os primeiros sinais de falência ovariana (perimenopausa) até
a senilidade (65 anos). Enquanto menopausa é definida como a última
menstruação da vida da mulher, sendo determinada retrospectivamente após um
período de 12 meses de amenorreia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O climatério se inicia com os primeiros sinais de
falência ovariana, os quais devem ocorrer fisiologicamente a partir dos 40 anos.
Quando acontece antes dessa faixa etária, é dito precoce e deve ser investigado.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de os fogachos representarem uma das
queixas mais frequentes das mulheres climatéricas, cada uma passará por essa
fase de uma maneira diferente e algumas poderão ser até mesmo totalmente
assintomáticas.
Alternativa C: INCORRETA. A única indicação de dosagem do FSH para
diagnóstico de climatério é quando se suspeita de menopausa precoce, isto é,
antes dos 40 anos.
Alternativa D: CORRETA. O diagnóstico de climatério é essencialmente clínico
quando ocorre na faixa etária habitual (após os 40 anos) e baseia-se nos
principais sinais e sintomas desse período: irregularidade menstrual, sintomas
vasomotores (fogachos), atrofia urogenital, labilidade emocional, alterações de
sono, distúrbios sexuais, entre outros. Quando associado a esses sintomas há um
período mínimo de 12 meses de amenorreia, fechamos também o diagnóstico de
menopausa.
Alternativa E: INCORRETA. Não há necessidade de nenhum exame
complementar para diagnóstico de climatério, exceto na suspeita de menopausa
precoce, como já comentado.
▶ resposta: D
38 (COSEAC – UFF – 2019) Acerca das infecções vaginais, está correto afirmar
que:
subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O principal diagnóstico diferencial dos corrimentos vaginais de causa não
infecciosa é a vaginite citolítica, também chamada de inflamatória descamativa.
O quadro clínico mimetiza uma candidíase.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A droga de escolha para tratamento da Vaginose
Bacteriana é o Metronidazol via oral, que pode ser administrado 2g em dose
única ou 500 mg, de 12/12h, por 7 dias.
Alternativa B: INCORRETA. Na candidíase vulvovaginal, de fato, o teste das
aminas é negativo, porém, o pH vaginal é ácido (< 4,5).
Alternativa C: INCORRETA. A Gardnerella vaginalis, bactéria implicada na
vaginose bacteriana, faz parte da flora vaginal habitual. Logo, não é considerada
uma DST e não é recomendado tratar o parceiro.
Alternativa D: INCORRETA. Na vaginite inflamatória descamativa, também
chamada vaginite citolítica, a descamação e citólise ocorrem devido ao excesso
de lactobacilos, que tornam o pH vaginal excessivamente ácido (< 4,5).
Alternativa E: CORRETA. Uma das principais características clínicas da
Tricomoníase é o aspecto do colo uterino “em framboesa” ou “tigroide”, a
chamada colpite macular.
▶ resposta: E
39 (SEAC – UFF – 2019) Com base nas diretrizes brasileiras (INCA – Ministério da
Saúde) para o rastreamento do câncer do colo de útero, é correto afirmar que:
subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Não se esqueça! Principal fator de risco para câncer de colo do útero e lesões pré-
neoplásicas? Infecção pelo HPV.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O rastreamento do câncer de colo do útero (CCU) por
meio da citologia oncótica é recomendado pelo Ministério da Saúde na faixa
etária de 25 aos 65 anos.
Alternativa B: INCORRETA. Mulheres sem atividade sexual não fazem parte do
rastreio, tendo em vista que o principal evento envolvido nesse tipo de neoplasia
é a infecção pelo HPV, contraída quase que exclusivamente pela relação sexual.
Alternativa C: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, o início do
rastreio deve ser aos 25 anos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Alternativa D: CORRETA. Pacientes imunossuprimidas necessitam de rastreio
mais rigoroso, a cada 6 meses.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já comentado, o rastreio deve se estender
até os 65 anos, em mulheres sem história prévia.
▶ resposta: D
Ginecologia e Obstetrícia
Questões Para Residência
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os fluxogramas para diagnóstico de sífilis sempre suscitam um segundo exame
para confirmar o diagnóstico. A única situação em que estamos autorizados a
tratar a paciente com um único teste positivo é na gestação.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O CMIA (ensaio imunológico quimioluminescente
magnético) é um teste treponêmico utilizado para triagem de sífilis por apresentar
sensibilidade acima de 99%. Caso seja positivo, devemos solicitar um teste não
treponêmico (VDRL) aliado a outro treponêmico diferente (FTA-Abs ou TPHA) para
confirmação do diagnóstico. Além disso, nesses casos, sempre lembrar de
oferecer rastreio para outras ISTs e orientações de prevenção primária (uso de
preservativos e vacinação).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o CMIA é
considerado um teste de triagem, logo, considerando que a paciente não é
gestante, não estamos autorizados a tratá-la antes da confirmação com um
segundo teste.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o CMIA é
considerado um teste de triagem, logo, considerando que a paciente não é
gestante, não estamos autorizados a tratá-la antes da confirmação com um
segundo teste. Ademais, em adultos, a coleta do líquor está indicada somente
quando há suspeita clínica de neurossífilis.
Alternativa D: INCORRETA. A infecção pelo Treponema pallidum (bactéria
causadora da sífilis) pode permanecer latente no organismo da pessoa infectada
por muitos anos, período no qual não aparecerão sintomas. No entanto, tal fato
não nos isenta da investigação e tratamento corretos, visto que se não tratada,
essa IST pode ter consequências sérias, e a única maneira de esclarecer se um
teste de triagem é mesmo positivo ou trata-se de um falso positivo é por meio da
confirmação com um segundo exame diferente (já comentado na alternativa A).
▶ resposta: A
subtópico:
Vulvovaginites.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que dentre os corrimentos vaginais mais comuns (candidíase, vaginose
bacteriana e tricomoníase), o único considerado uma DST é a tricomoníase.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não é sugestivo de candidíase, o qual é caracterizado por corrimento vaginal
branco, grumoso, inodoro e associado principalmente a prurido vulvovaginal,
podendo haver ainda ardência e hiperemia local.
Alternativa B: INCORRETA. Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, com odor
fétido e pH = 5 poderia até nos fazer pensar inicialmente em vaginose bacteriana.
Entretanto, a presença de colpite difusa (colo em framboesa e aspecto tigroide ao
teste do iodo) suscita imediatamente o diagnóstico de tricomoníase.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A e D, o quadro
clínico não é sugestivo de candidíase.
Alternativa D: CORRETA. Questão de diagnóstico diferencial em vulvovaginites
em que paciente apresenta Corrimento AMARELO-ESVERDEADO ABUNDANTE (que
pode ser dito como “bolhoso”) + Odor fétido + Dispareunia + Disúria + pH = 5 +
Colpite (COLO EM FRAMBOESA) + teste do iodo com ASPECTO TIGROIDE. Ora,
diante de tantas características clássicas, não há como ter dúvidas. É um quadro
típicas de TRICOMONÍASE, DST causada pelo Trichomonas vaginalis, PROTOZOÁRIO
anaeróbio oval FLAGELADO MÓVEL. Lembrando que nesses quadros o Whiff-test
(teste das aminas) pode ser positivo, assim como na vaginose bacteriana. Como é
o seu tratamento? Metronidazol, 500 mg, VO, 12/12h, 7 dias ou 2g, dose única.
Lembrando sempre que, por ser uma DST, o parceiro também deve ser convocado
e tratado.
▶ resposta: D
03 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, G0P0, vem referindo dor pélvica cíclica há
5 anos, retorna em consulta ginecológica para resultado de exame. Nunca fez uso
de método contraceptivo. Ecografia transvaginal e abdominal: cisto ovariano de
conteúdo espesso 3 cm e nódulo em região de ureter direito, com hidronefrose
leve à direita. A CONDUTA É:
subtópico:
Endometriose.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Dor pélvica cíclica em mulheres na menacme sempre deve nos fazer pensar em
Endometriose!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o quadro clínico é
sugestivo de Endometriose. Podemos até prescrever contraceptivo contínuo para
bloquear o ciclo e obter melhora da dor pélvica, entretanto, não é necessário
repetir a ultrassonografia, pois o uso do ACO é apenas sintomático, não vai “tratar”
as imagens vistas no exame de imagem, as quais devem ser abordadas
cirurgicamente.
Alternativa B: INCORRETA. Mesma situação descrita na alternativa A.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com dor pélvica cíclica há 5 anos, o que sugere?
Isso mesmo, ENDOMETRIOSE. Realizada ultrassonografia, é identificado tumor
ovariano de 3 cm, com conteúdo espesso, sugestivo de ENDOMETRIOMA.
Entretanto, também há relato de nódulo em ureter direito que resulta em
hidronefrose. Portanto, precisamos evitar a sobrecarga renal pela obstrução, de
maneira cirúrgica, já que tratamento clínico dificilmente teria sucesso, podendo
essa paciente perder a função renal. Além disso, o endometrioma é de difícil
tratamento clínico, quando há indicação de tratamento, também é cirúrgico, de
modo que pode ser feita exérese (“cistectomia”).
Alternativa D: INCORRETA. Mesma situação descrita na alternativa A.
▶ resposta: C
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Principais indicações de terapia hormonal no climatério: sintomas vasomotores,
atrofia urogenital e menopausa precoce. Mas lembre-se sempre de excluir as
contraindicações!
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro típico do Climatério, apresentando
sintomas vasomotores (“fogachos”) intensos, que é a principal indicação da terapia
de reposição hormonal (TRH). Nesse caso, como não há contraindicações ao uso
do hormônio, deve ser prescrita a TRH combinada, pois todas as mulheres que
possuem útero devem usar estrógeno combinado com progesterona para
proteção endometrial. Além disso, por meio da densitometria óssea, notamos a
presença de Osteopenia (T-score entre – 1 e – 2,5 DP) em coluna lombar e fêmur. A
própria TRH já exercerá um papel de manutenção da massa óssea como benefício
secundário, no entanto, essa paciente deverá receber também suplementação de
cálcio e vitamina D para prevenção de fraturas, já que a sua ingesta de cálcio é
baixa.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não contempla a medida mais eficaz
para tratar os sintomas do climatério (especialmente os vasomotores), que é a
TRH.
Alternativa C: INCORRETA. Os bisfofonatos (alendronato de sódio) não são
necessários nesse momento, a menos que já tivesse osteoporose (< – 2,5 DP) ou
uma osteopenia associado a fator de risco para fratura.
Alternativa D: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, todas as
pacientes que possuem útero (não histerectomizadas) precisam associar ao
estrógeno o uso da progesterona para proteção endometrial e prevenção da
hiperplasia e câncer de endométrio.
▶ resposta: A
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A classificação de Monif divide os quadros de Doença Inflamatória Pélvica em
quatro grupos: Estágio 1, ausência de peritonite. Estágio 2, presença de peritonite.
Estágio 3, abscesso tubo-ovariano íntegro. Estágio 4, abscesso tubo-ovariano roto.
A conduta a ser adotada depende dessa classificação.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o quadro clínico e
ultrassonográfico sugerem Doença Inflamatória Pélvica complicada com abscesso
tubo-ovariano roto. Nesse caso, de forma alguma, o tratamento pode ser
ambulatorial.
Alternativa B: CORRETA. Temos uma paciente de 32 anos queixando-se de dor
em baixo-ventre há 7 dias. Ao exame físico, apresenta-se febril, hipotensa (80x50
mmHg), com descompressão brusca positiva, secreção endocervical abundante
exteriorizando-se pelo colo. Ao toque vaginal, a paciente apresenta dor à
mobilização do colo e anexo direito doloroso. Ou seja, a paciente apresenta os 3
critérios mínimos para DIP (Dor em hipogástrio + Dor à mobilização do colo + Dor
anexial), além de apresentar 2 critérios menores (Febre e Cervicite). Dessa forma,
sem dúvidas estamos diante de um quadro de DIP. Porém, o mais importante da
questão seria classificar e tratar o quadro. A ultrassonografia transvaginal nos
mostra uma tuba direita dilatada com nodulação de 3,5 x 3,0 cm de aspecto
heterogêneo. Num quadro de DIP, o que é isso? ABSCESSO TUBO-OVARIANO, o
que colocaria essa paciente no mínimo em Estágio 3 da classificação de Monif.
Nessa paciente, apresentando abscesso tubo-ovariano, com relato de
DESCOMPRESSÃO BRUSCA POSITIVA + INSTABILIDADE HEMODINÂMICA +
MODERADA QUANTIDADE DE LÍQUIDO ESPESSO em cavidade peritoneal, estamos
muito provavelmente diante de um quadro de rotura desse abscesso, colocando a
paciente em Estágio IV de Monif, sendo o tratamento CIRÚRGICO, por meio de
laparotomia exploradora, além de, obviamente, associarmos antibiótico
endovenoso, pela gravidade do quadro.
Alternativa C: INCORRETA. A ausência de menstruação há vários meses
provavelmente está ocorrendo pelo próprio uso do contraceptivo (injetável
trimestral), o qual parece ser utilizado corretamente. Ademais, a paciente não
apresenta sangramento vaginal no momento do exame, critério que faz parte da
tríade sugestiva de gravidez ectópica (atraso menstrual + dor pélvica +
sangramento vaginal), enquanto manifesta outros sintomas, como febre e
corrimento vaginal purulento, que não fazem parte do quadro típico dessa
patologia.
Alternativa D: INCORRETA. O quadro clínico e ultrassonográfico sugerem Doença
Inflamatória Pélvica complicada com abscesso tubo-ovariano roto. Nesse caso,
como comentado nas alternativas anteriores, o tratamento é cirúrgico.
▶ resposta: B
A. Aborto retido; prescrever misoprostol 100 µg via vaginal de 6/6 horas e após
4 doses proceder com curetagem uterina.
B. Aborto incompleto; internação hospitalar, estabilização hemodinâmica e
curetagem uterina.
C. Aborto incompleto; prescrever misoprostol 100 µg via vaginal de 4/4 horas e
após 3 doses proceder com curetagem uterina.
D. Aborto em curso; internação hospitalar e reavaliação em 6 horas.
subtópico:
Abortamento.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Abortamento por definição é a interrupção da gestação antes de 20 semanas
(alguns autores adotam 22) OU a expulsão de um feto/embrião pesando menos
que 500g.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No aborto retido, a paciente habitualmente não
apresenta sangramento e o colo está fechado.
Alternativa B: CORRETA. Paciente de 27 anos com idade gestacional de 12
semanas e 4 dias por USG realizada há duas semanas, queixa-se de sangramento
vaginal volumoso e cólicas intensas. Estamos diante de uma questão de
diagnóstico diferencial “Sangramentos da 1ª metade”, e como vemos nas
alternativas, mais especificamente, em “Abortamentos”. Ao exame especular e
toque vaginal, temos: SANGRAMENTO COM SAÍDA DE RESTOS OVULARES +
CÓLICAS + ÚTERO MENOR QUE A IG + COLO VAGINAL PÉRVIO. Esse quadro é
compatível com o diagnóstico de ABORTO INCOMPLETO, em que a conduta
consiste na internação hospitalar para esvaziamento uterino. Neste caso, a
paciente ainda apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica (taquicardia,
hipotensão), devendo-se obviamente proceder as medidas de estabilização.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa B, o quadro
clínico realmente é sugestivo de abortamento incompleto, entretanto, o colo já
está pérvio, não sendo necessário preparação cervical com misoprostol.
Alternativa D: INCORRETA. Poderíamos de fato confundir o quadro clínico com o
de “Aborto em curso”, entretanto, este cursa com útero compatível com a IG, além
de ser inadmissível uma conduta expectante nesse caso.
▶ resposta: B
subtópico:
Pré-natal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão fácil sobre pré-natal, envolvendo vacinação. São
duas as vacinas que, independentemente da situação sorológica, devem ser feitas
no pré-natal em todas as gestações: Influenza e dTpa. Além dessas duas vacinas, a
vacina contra Hepatite B é recomendada nas gestantes, entretanto, só é
necessário fazê-la caso a gestante apresente o cartão vacinal incompleto ou
desconhecido (se Anti-Hbs negativo).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, além da vacina
contra Influenza, a dTpa também é obrigatória no pré-natal independentemente
do status vacinal prévio ou idade materna.
Alternativa C: INCORRETA. Pelo contrário, a vacina dTpa deve ser administrada a
partir da 20ª semana (de preferência entre 27 e 36 semanas) visando reduzir a
incidência de Coqueluche neonatal.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a vacina contra
Hepatite B só deve ser administrada se vacinação incompleta ou Anti-Hbs negativo
em casos de status vacinal desconhecido.
▶ resposta: A
subtópico:
Anticoncepção.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O método de lactação e amenorreia só é considerado eficaz se respeitado três
critérios: amamentação exclusiva, ausência de menstruação e menos de 6 meses
pós-parto.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como a paciente está em aleitamento misto, devemos
excluir uma possível gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Além disso, anticoncepcionais orais combinados são considerados categoria 3
entre 6 semanas e 6 meses pós-parto em mulheres que amamentam; isso significa
que só devem ser prescritos na impossibilidade de outros métodos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado em outras alternativas, devemos
excluir gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado em outras alternativas, devemos
excluir gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Alternativa D: CORRETA. Paciente em 70º dia pós-parto procura orientações em
relação a contracepção. Apresenta-se em aleitamento materno misto, tendo
reiniciado as atividades sexuais há 15 dias, sem utilizar qualquer método
contraceptivo, logo, antes de prescrever anticoncepção é necessário excluir uma
nova gravidez. Então, primeiramente, orientaremos o uso de preservativo e
aguardamos o teste de gravidez. Caso negativo, podemos orientar um método
como DIU ou progestínico isolado (pílula, injetável trimestral ou implante
subdérmico).
▶ resposta: D
subtópico:
Assistência ao Parto.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com inversão
uterina.
Alternativa B: CORRETA A questão nos traz uma paciente em trabalho de parto,
na sua fase ativa, com dilatação de 4cm, colo 100% esvaecido e apresentação
cefálica em plano – 2 de De Lee. A avaliação fetal é normal, mas notamos que em
apenas DUAS HORAS ela evolui para parto vaginal, o que configura um parto
TAQUITÓCITO (< 4 horas), já que o esperado é que o colo dilate em média 1 cm por
hora. A questão nos pede então complicações de uma evolução de parto desse
tipo, em que a alternativa B nos traz algumas clássicas: Atonia uterina, laceração
de trajeto e hemorragia cerebral no recém-nascido. Também pode estar
relacionada a sofrimento fetal.
Alternativa C: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com acretismo
placentário e hemorragia retiniana.
Alternativa D: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com retenção
placentária.
▶ resposta: B
subtópico:
Doença Hemolítica Perinatal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Anticorpos do tipo IgM não atravessam a barreira placentária.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, o anti-Lewis IgM não
atravessa a barreira placentária e, portanto, não provoca Doença Hemolítica
Perinatal. Logo, não há necessidade de dopplerfluxometria das artérias cerebrais
fetais e tampouco de investigação para anemia fetal por esse motivo.
Alternativa B: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, o anti-Lewis IgM não
atravessa a barreira placentária e, portanto, não provoca Doença Hemolítica
Perinatal. Logo, não há necessidade de cordocentese (utilizado para investigação
de anemia fetal).
Alternativa C: CORRETA. Questão bem específica e minuciosa! Esse tal anticorpo
anti-Lewis IgM é um anticorpo contra hemácias irregulares, que pode positivar o
Coombs indireto, mas não provoca Doença Hemolítica Perinatal (DHP). Dessa
forma, enquanto não houver positividade do anti-D (grande causador da DHP),
continuaremos acompanhando essa gestante como se ela fosse Coombs Indireto
negativo e após o parto ela deverá receber imunoglobulina anti-D caso seu filho
seja Rh NEGATIVO (nesse caso específico, mesmo com o Coombs indireto positivo).
Alternativa D: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, a positividade do
Coombs indireto nesse caso específico não representa risco para DHP, logo, não há
necessidade de investigação para anemia fetal.
▶ resposta: C
subtópico:
Rotura Prematura de Membranas Ovulares.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Após quanto tempo de bolsa rota devemos administrar antibioticoprofilaxia da
GBS? 18h.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Múltiplas cesarianas (maior ou igual a duas)
constituem contraindicação para indução do parto, visto que há risco aumentado
para rotura uterina.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de conduta expectante em roturas
prematuras de membranas ovulares após 34 semanas. Nesses casos, deve-se
proceder a interrupção da gestação, tendo em vista que os riscos relacionados à
prematuridade nessa idade gestacional já são mais baixos e não superam os riscos
infecciosos associados à rotura da bolsa.
Alternativa C: CORRETA. Questão de Amniorrexe prematura. Paciente de 35 anos
com idade gestacional de 38 semanas, evolui com ruptura prematura das
membranas ovulares (RPMO). O detalhe é que a questão nos traz que ela já tem
antecedentes de três cesarianas prévias, o que aumenta o risco de rotura uterina
em um parto vaginal, contraindicando a indução do parto, como comentado na
alternativa A. Além disso, apesar da banca não referir o tempo de bolsa rota, a
paciente tem uma pesquisa de GBS positiva com 36 semanas, o que também
indica a antibioticoprofilaxia intraparto, pois embora seja cesariana, as
membranas ovulares estão rotas, o que aumenta o risco de sepse neonatal por
GBS (somente a “cesariana eletiva” – fora de trabalho de parto e com bolsa íntegra
– dispensaria a profilaxia).
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, um resultado de
cultura (seja swab vaginal/anal ou urocultura) positiva para GBS em qualquer
momento da gestação já é indicação de antibioticoprofilaxia para GBS,
independentemente de outros fatores de risco.
▶ resposta: C
subtópico:
Prematuridade.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Qual o nome da principal técnica de realização da cerclagem? Técnica de
McDonald.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A história clássica de insuficiência istmocervical (IIC)
inclui abortamentos tardios e/ou partos prematuros extremos (antes de 34
semanas) que se caracterizam por dilatação progressiva e indolor do colo uterino,
com protusão da bolsa amniótica e eliminação do feto vivo e morfologicamente
normal, que vai a óbito logo em seguida pela prematuridade extrema. Uma única
história clássica já nos permite fazer o diagnóstico clínico de IIC e em uma próxima
gestação, essa mulher deve ser cerclada profilaticamente entre 12 e 16 semanas
após exclusão de malformações fetais pela USG morfológica do 1º trimestre.
Nesse caso, a questão cita apenas dois partos prematuros com 24 e 27 semanas,
mas não os caracteriza. De qualquer forma, toda gestante com passado de
prematuridade extrema deve ser submetida a cervicometria a cada 7 ou 14 dias (a
depender da medida do colo encontrada) a partir de 16 semanas, e ao encontrar
um colo curto (< 25mm), também podemos fechar o diagnóstico de IIC (se
associado com a história de prematuridade extrema prévia). Caso a gestante
esteja com menos de 24 semanas, indica-se então cerclagem do colo uterino. A
paciente em questão tem história positiva, cervicometria de 15mm e estava com
19 semanas, logo estamos diante de uma incompetência istmocervical e a conduta
é cerclagem uterina. Mas atenção: Os critérios descritos acima valem apenas para
gestações únicas. A realização de cerclagem em gestação gemelar é controversa e
não tem sido recomendada, exceto em casos com história prévia muito clássica de
IIC, em que podemos considerá-la.
Alternativa B: INCORRETA. Os dados sobre a eficácia e segurança do pessário na
prevenção da prematuridade em casos de incompetência istmocervical ainda são
escassos. Portanto, apesar de cada vez mais utilizado na prática clínica com esse
fim, não há nenhuma recomendação na literatura ou guideline que respalde o seu
uso.
Alternativa C: INCORRETA. A medida do colo uterino curto não faz diagnóstico de
trabalho de parto. Os dados que nos permitem diagnosticar um trabalho de parto
prematuro (TPP) são a dinâmica uterina (pelo menos 4 contrações em 20 min ou 8
em 60 min) associada com o toque vaginal (no mínimo 2cm de dilatação e 80% de
apagamento do colo). Logo, não temos dados suficientes na questão para fechar
diagnóstico de TPP.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos dados
suficientes para afirmar que ela está em trabalho de parto prematuro.
▶ resposta: A
subtópico:
Câncer de mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Obesidade e dieta rica em gordura são
comprovadamente fatores de risco para CA de mama.
Alternativa B: INCORRETA. Tratamento radioterápico para linfomas e neoplasias
não sólidas de tórax aumenta a probabilidade de um CA de mama futuro.
Alternativa C: CORRETA. Guarde este conceito! Embora o tabagismo seja fator de
risco comum para várias malignidades, no CA de mama essa relação ainda não foi
comprovada. Em relação aos anticoncepcionais orais combinados, embora sejam
contraindicados em pacientes com história de CA de mama, ainda não está bem
elucidado qual o verdadeiro papel desse tipo de hormônio nessa neoplasia, sendo
considerado um fator de risco controverso.
Alternativa D: INCORRETA. A amamentação por induzir ciclos anovulatórios,
diminuindo assim a exposição estrogênica, é considerado um fator protetor para o
CA de mama.
▶ resposta: C
subtópico:
Câncer de mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão batida sobre CA de mama. Qual o principal
fator isolado de mau prognóstico no CA de mama? LINFONODOS AXILARES
POSITIVOS, tanto é que esse acometimento serve de guia para a definição da
conduta nesse tipo de câncer.
Alternativa B: INCORRETA. O tamanho tumoral é fator prognóstico, no entanto,
não é o principal.
Alternativa C: INCORRETA. O teste Ki-67 é um marcador de proliferação tumoral,
também considerado fator prognóstico, porém não o principal.
Alternativa D: INCORRETA. O Her-2 é um receptor hormonal, que quando
positivo tem impacto no prognóstico, embora não seja também o principal fator.
▶ resposta: A
subtópico:
Planejamento Familiar.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
Alternativa B: CORRETA. Os anticonvulsivantes, de modo geral, interagem com os
anticoncepcionais orais reduzindo a sua eficácia, por isso são considerados
categoria 3 (contraindicação relativa) nesses casos. No entanto, o detalhe é que o
ácido valproico NÃO ESTÁ contemplado nessa lista, e, portanto, não há
necessidade de suspender o método.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
▶ resposta: B
subtópico:
Planejamento Familiar.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Até quando podemos administrar anticoncepção de emergência?
Preferencialmente até 72h pós-coito, mas pode ser feito em até 5 dias.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é uma
alternativa para anticoncepção de emergência.
Alternativa B: INCORRETA. Esta opção, chamada método de Yuzpe, foi
historicamente recomendada como anticoncepção de emergência, no entanto, na
atualidade, o método de levonorgestrel é considerado superior e os ACOs têm
caído em desuso para esse fim. Outro detalhe é que o método de Yuzpe
classicamente é utilizado em duas tomadas (4 comprimidos, 12/12h).
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de uma questão de ANTICONCEPÇÃO DE
EMERGÊNCIA, pois a paciente pretende evitar uma gravidez relativa a uma relação
sexual desprotegida que ocorreu há apenas 20 HORAS. O método de maior
eficácia, devido a ter menos efeitos colaterais e melhor comodidade posológica é o
de LEVONORGESTREL, em duas doses de 0.75 mg, 12/12h, ou 1,5mg, dose única.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é uma
alternativa para anticoncepção de emergência.
▶ resposta: C
subtópico:
Planejamento Familiar.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa D: CORRETA. Questão do dia a dia! A paciente comparece ao
ambulatório preocupada com o risco aumentado de TVP pelo fato de estar
fazendo uso de ACO. Apesar de ser um assunto extremamente divulgado pela
mídia, o aumento do risco é EXTREMAMENTE BAIXO (passa de 4/10.000 na
população feminina geral para 8-12/10.000 nas usuárias de ACO, enquanto que no
ciclo gravídico-puerperal esse risco sobe para 16-20/10.000 gestantes) e por isso
história de TVP em parente de primeiro grau é considerado categoria 2 para uso
dos anticoncepcionais orais combinados, ou seja, o método pode ser mantido,
devendo-se somente esclarecer as dúvidas da paciente.
▶ resposta: D
A. Endometriose.
B. Infecção do Trato Urinário.
C. Síndrome da Bexiga Dolorosa.
D. Incontinência Urinária de Esforço.
subtópico:
Uroginecologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A questão não nos traz outros dados como dor pélvica
cíclica (relacionada com o ciclo menstrual) que nos faça pensar em Endometriose
das vias urinárias.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, urocultura
negativa exclui ITU.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com quadro de urgência miccional e polaciúria,
qual a primeira hipótese que nos vem à cabeça? Certamente ITU! Porém, observe
o tempo: 1 ANO. Além disso, o enunciado nos traz uma DOR PÉLVICA
RELACIONADA AO ENCHIMENTO VESICAL. Apesar do EAS ter demonstrado
numerosas bactérias, a urocultura foi NEGATIVA e a USG TV normal. O que essa
paciente está apresentando é a SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA, ou “Cistite
intersticial”, em que o diagnóstico é de exclusão, documentado por uroculturas
negativas.
Alternativa D: INCORRETA. A paciente não apresenta queixa de perda miccional
aos esforços.
▶ resposta: C
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o hormônio de
eleição nos casos de atrofia urogenital é o estrogênio tópico.
Alternativa B: INCORRETA. O quadro clínico não sugere candidíase vaginal
(conteúdo vaginal esbranquiçado, porém sem grumos, não há relato de prurido,
ardência ou hiperemia vulvar/vaginal).
Alternativa C: CORRETA. Questão tranquila! Mulher de 67 anos com DISPAREUNIA
(DOR ÀS RELAÇÕES SEXUAIS) há aproximadamente 10 anos, o que nos vem à
cabeça? ATROFIA UROGENITAL relacionada ao climatério. A questão ainda facilita,
falando que a paciente teve a menopausa aos 51 anos e não utiliza medicações
hormonais. No exame ginecológico, constata-se a mucosa vaginal friável e seca, o
que corrobora o diagnóstico. A síndrome urogenital é muito comum nas mulheres
climatéricas devido à privação estrogênica característica dessa fase e constitui,
portanto, uma das principais indicações para terapia de reposição hormonal, que
no caso de sintomas vaginais e/ou urológicos isolados, deve ser administrada
topicamente (via vaginal) e sem a necessidade da contraposição progestínica, ou
seja, apenas o componente estrogênico.
Alternativa D: INCORRETA. O quadro clínico de vaginose citolítica simula uma
candidíase vulvovaginal e como comentado na alternativa B, não é o caso da
paciente em questão. Ademais, em hipótese alguma devemos recomendar o uso
de duchas vaginais (muito menos com bicarbonato de sódio), pois elas retiram a
flora vaginal habitual, modificando o seu pH e predispondo a infecções.
▶ resposta: C
20 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 47a, G3P3C0, retorna a Unidade Básica de
Saúde para checar exame de ultrassonografia pélvica solicitada em consulta de
rotina há dois meses. Nega qualquer sintoma. Apresenta ciclos menstruais
regulares, com volume de sangramento normal. Antecedente pessoal: laqueadura
após o parto do último filho. Exame ginecológico: útero discretamente aumentado
ao toque vaginal, indolor à mobilização. Ultrassonografia pélvica: útero
antevertido com volume de 200 cm³ (normal de 90 – 120 cm³), apresentando dois
nódulos intramurais compatíveis com miomas de 2,0 x 2,0 cm e de 1,8 x 2,3 cm;
ovários visualizados e sem alterações; ausência de ascite. A CONDUTA É:
subtópico:
Miomatose Uterina.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
Alternativa C: CORRETA. Levem para a vida: Não há necessidade de tratar
miomatose uterina assintomática! As indicações de tratamento para miomas são
sobretudo sangramento uterino anormal, aumento importante do volume uterino
cursando com dor abdominopélvica ou outros sintomas, e quando a paciente
apresenta desejo de gestar (desde que a localização do mioma possa representar
um empecilho para tal – o que nem sempre acontece). Nesses casos, sempre que
possível, deve-se tentar inicialmente o tratamento mais conservador
(farmacológico) e apenas em casos refratários e selecionados partir para uma
cirurgia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
▶ resposta: C
subtópico:
Rotura Prematura de Membranas Ovulares.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O termo “Rotura Prematura das Membranas Ovulares” (RPMO) não se refere à
bolsa rota que ocorre antes das 37 semanas, mas sim daquela que acontece antes
de se iniciar o trabalho de parto (logo, quando ocorre concomitante ao trabalho de
parto, devemos chamar de amniorrexe). É dita RPMO pré-termo quando ocorre
antes de 37 semanas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É contraindicado realizar tocólise em casos de
amniorrexe e pelo avanço do trabalho de parto, não haverá tempo hábil para a
ação do corticoide.
Alternativa B: INCORRETA. Nesse caso, não se trata de uma rotura prematura de
membranas ovulares, mas sim de trabalho de parto prematuro (presença de 4
contrações uterinas/10min associado a dilatação do colo 5/6cm e esvaecimento
total), bastante avançado por sinal. Logo, não há mais o que se fazer além de
permitir o parto pela melhor via.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o parto vaginal
está contraindicado em apresentações pélvicas com menos de 34 semanas.
Alternativa D: CORRETA. Questão difícil que cobra um conceito específico de que
o parto vaginal pélvico não é recomendado para fetos prematuros extremos, visto
que nesse período a cabeça do feto é maior que o restante do corpo, aumentando
a chance de cabeça derradeira. Portanto, estaria indicada a cesariana para fetos
em apresentação pélvica com IG < 34 semanas. A questão não colocou, mas uma
conduta adicional e também necessária nesse caso é a antibioticoprofilaxia para
GBS, que deve ser prescrita para partos com maior risco infeccioso (prematuridade
é um fator de risco) vaginais ou cirúrgicos com membranas rotas.
▶ resposta: D
subtópico:
Síndromes hipertensivas na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Inibidores da enzima conversora de angiotensina
(IECA) são contraindicados na gestação.
Alternativa B: CORRETA. A paciente em questão, já com diagnóstico de pré-
eclâmpsia, apresenta alguns critérios de gravidade: PA > ou = 160x110mmHg,
oligodrâmnia, restrição do crescimento fetal, além de cefaleia, que dentro deste
contexto sugere fortemente um sinal de iminência de eclampsia. A conduta mais
atual na pré-eclâmpsia com critério de gravidade é a interrupção da gestação com
34 semanas ou imediatamente a depender das condições materno-fetais. Esta
paciente já está com 35 semanas e 4 dias de gestação e, portanto, antes disso
devemos estabiliza-la: controlar a pressão arterial, prevenir eclampsia com sulfato
de magnésio (extrapolando a resposta da banca), avaliar a vitalidade fetal e enfim
programar o parto.
Alternativa C: INCORRETA. Pré-eclâmpsia com critério de gravidade (conforme
comentado na alternativa B) de forma alguma pode ser conduzida
ambulatorialmente.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a conduta nesse
caso não pode ser expectante, deve ser ativa com interrupção da gestação.
▶ resposta: B
subtópico:
Diabetes Mellitus Gestacional.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o TTOG com
100mg de dextrose é pouquíssimo utilizado e não referência de um valor acima do
qual se defina DM 2 (No TTOG com 75g de dextrose, valores em jejum ou após 2h
maiores ou iguais a 126 ou 200 respectivamente determinam DM 2 e não DMG).
Alternativa B: CORRETA. Questão muito minuciosa! Os valores tradicionalmente
utilizados para diagnóstico de diabetes na gestação (Jejum > ou = 92 / Após 1h >
ou = 180 / Após 2h > ou = 153) são baseados no teste de tolerância oral à glicose
(TTOG) com 75g de dextrose. E como se já não bastasse decorarmos esses valores,
a banca cobrou também os valores de referência do TOTG com 100g de dextrose,
pouquíssimo usado na prática. Felizmente, os valores são semelhantes: Jejum > ou
= 95 / Após 1h > ou = 180 / Após 2h > ou = 155 / Após 3h > ou = 140, de modo que
poderíamos acertar a questão de qualquer maneira. A paciente do caso
apresentou então todos os valores do teste alterados, nos permitindo o
diagnóstico de diabetes gestacional (um único valor alterado já fecha diagnóstico),
em que a droga de primeira linha não são os hipoglicemiantes orais e sim a
insulina, que deve ser prescrita após análise do perfil glicêmico (para tatear as
doses) e associado com mudanças dos hábitos alimentares.
Alternativa C: INCORRETA. Não há valores de referência para diagnóstico de
intolerância à glicose na gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a droga de
primeira linha para DMG é a insulina e não os hipoglicemiantes orais (que em bula
são contraindicados na gestação, entretanto, alguns estudos recentes têm
mostrado a segurança e a eficácia da metformina para essas gestantes e muitos
serviços já utilizam essa droga de forma off label).
▶ resposta: B
subtópico:
Vitalidade fetal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Quais são os 5 parâmetros avaliados no Perfil Biofísico Fetal? Movimentos
corporais, movimentos respiratórios, tônus, líquido amniótico e cardiotocografia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a cardiotocografia
é reativa ou tranquilizadora e o PBF recebe nota 8, com único critério alterando a
redução do líquido amniótico, o qual sugere sofrimento fetal crônico e não agudo.
Alternativa B: CORRETA. Primeiramente, vamos descrever o que deve ser
observado numa cardiotocografia (CTG) para considerarmos esse feto reativo ou
com padrão tranquilizador: linha de base entre 110 e 160bpm, variabilidade de 10
a 25bpm, presença de acelerações transitórias e ausência de desacelerações (a
questão não refere isso, logo, entendemos que está ausente). Então, a primeira
coisa que podemos inferir é que de acordo com a CTG, este feto apresenta boa
vitalidade. Passamos agora ao Perfil Biofísico Fetal (PBF) que avalia os 5 critérios
descritos acima dando uma nota 0 ou 2 para cada critério (2 se o parâmetro
observado está presente ou 0 se está ausente ou alterado – não existe nota 1), de
modo que o total do exame pode ser uma nota de 0 a 10. No exame em questão,
foi observado movimentos corporais (2) e respiratórios (2), ao observarmos
extensão dos membros, podemos inferir que o tônus também estava normal (2), e
a cardiotocografia revelou padrão tranquilizador (2), entretanto o líquido está
acentuadamente diminuído (0). Logo, temos um PBF com nota 8 às custas de
oligodrâmnia acentuada (< 3), o que nessa idade gestacional (a partir de 34 a 37
semanas a depender da causa) já indica resolução da gestação.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o PBF recebe nota
8.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o PBF recebe nota
8.
▶ resposta: B
subtópico:
Pré-natal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Consideramos como anemia fisiológica da gestação
valores de Hb até 11g/dL, abaixo disso é preciso investigar outras causas de
anemia. Nesse caso, os valores do VCM e HCM estão abaixo dos normais,
sugerindo anemia ferropriva (microcítica e hipocrômica). O tratamento, portanto,
deve ser sulfato ferroso em doses TERAPÊUTICAS.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, anemia fisiológica
da gravidez é considerada com valores até 11g/dL.
Alternativa C: INCORRETA. O padrão revelado na Eletroforese de Hemoglobina é
o AA (esse padrão é formado pelas duas Hb mais prevalentes: A1 – 98% e A2 –
1,5%) – padrão normal, logo, não há traço falciforme.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, anemia fisiológica
da gravidez é considerada com valores até 11g/dL.
▶ resposta: A
subtópico:
Pré-natal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa D: CORRETA. A rotina pré-natal de risco habitual contempla uma
urocultura na primeira consulta e outra no terceiro trimestre. A partir do momento
que essa gestante cursa com um episódio de infecção urinária (seja bacteriúria
assintomática, cistite ou pielonefrite), as uroculturas devem ser repetidas
periodicamente (com qual frequência ainda não é consenso, mas a maioria dos
autores recomendam mensalmente). E caso apresenta 2 episódios de cistite ou 1
de pielonefrite, está indicado antibioticoprofilaxia até o final da gestação (apesar
de também não ser um consenso na literatura, essa é a recomendação da
FEBRASGO e do Ministério da Saúde).
▶ resposta: D
subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. ASC-US = Células escamosas atípicas de significado
indeterminado, possivelmente não neoplásicas. Como o próprio nome sugere, são
na maioria das vezes alterações benignas do colo relacionadas, por exemplo, a
uma colpite. Logo, não necessitam de colposcopia e biópsia imediatamente.
Mulheres menores de 30 anos, como a da nossa questão, devem repetir a citologia
em 12 meses. Já aquelas com 30 anos ou mais repete a citologia em 6 meses. É
importante ficar atento a sinais de atrofia ou infecção genital, que se presente,
devem ser tratados antes da nova citologia.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
▶ resposta: A
subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo o Ministério da Saúde, o rastreio do câncer de
colo do útero por meio da citopatologia oncótica deve ser iniciada aos 25 anos (se
sexarca) e mantida até 64 anos, com frequência inicial anual e após 2 negativos, a
cada 3 anos. Essa recomendação é válida para todas as mulheres sexualmente
ativas, independentemente da idade da coitarca.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa não é a faixa
etária para rastreio do câncer de colo do útero.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a paciente ainda
não se encontra na faixa etária para rastreio do câncer de colo do útero.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a coleta da
citopatologia oncótica deve ser iniciada aos 25 anos, independentemente do
tempo da sexarca.
▶ resposta: A
A. Cauterização da JEC.
B. Histerectomia total.
C. Nova citologia e colposcopia em 6 meses.
D. Conização do colo uterino.
subtópico:
Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Cauterização em hipótese alguma é uma opção de
tratamento para lesões suspeitas.
Alternativa B: INCORRETA. Não há necessidade de conduta tão invasiva em um
NIC 3.
Alternativa C: INCORRETA. Também não podemos ser tão conservadores, já que
se trata de uma lesão de alto grau, o que representa maior risco de progressão
para carcinoma invasor.
Alternativa D: CORRETA. Questão frequente sobre conduta no CA de colo uterino.
No NIC I (lesão de baixo grau), fazemos o acompanhamento com citologia e
colposcopia semestrais, mas se em 2 anos não regredir, realizaremos a exérese. No
NIC II, III e CA in situ (lesão de alto grau), a conduta é partir logo para a exérese da
lesão, que pode ser por Cirurgia de Alta Frequência (CAF) ou CONIZAÇÃO.
▶ resposta: D
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Aproveitando o tema, no climatério, a partir de qual medida consideramos o
endométrio espessado? Não é um consenso na literatura, mas a maioria dos
autores consideram 4mm para aquelas que não utilizam hormônio e 8mm para as
usuárias de TH.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Memorizem: Qualquer sangramento pós-menopausa
deve nos fazer pensar primeiramente em hiperplasia endometrial. Embora não
seja o mais frequente nessa faixa etária (atrofia genital e uso de TH chegam na
frente em números), é o mais grave, então é o que devemos excluir inicialmente.
Essa hipótese se corrobora ainda mais na paciente em questão pelo fato de
possuir inúmeros fatores de risco para essa patologia: obesidade, hipertensão e
diabetes mellitus. O diagnóstico de HIPERPLASIA endometrial é sempre
histopatológico (a ultrassonografia pode até revelar ESPESSAMENTO endometrial,
mas somente a biópsia confirma a hiperplasia).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tão pouco a mais sugestiva de acordo com o caso (JEC
visível, sem lesões suspeitas).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tampouco a mais sugestiva de acordo com o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tampouco a mais sugestiva de acordo com o caso.
▶ resposta: A
subtópico:
Atendimento à adolescente.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É papel do médico prestar todas as orientações à
paciente, bem como oferecer apoio e esclarecer as suas dúvidas, não havendo
necessidade de encaminhá-la ao psicólogo.
Alternativa B: INCORRETA. O médico não pode e não deve conversar com a mãe
da paciente sem a sua autorização (exceto em situações que coloquem em risco a
vida da adolescente), o que se configura quebra do sigilo médico.
Alternativa C: INCORRETA. O médico não pode deixar de prescrever o
anticoncepcional nesse contexto, pois estaria sendo omisso ao permitir uma
gestação não planejada com todas as suas consequências biológicas, sociais e
psíquicas na vida dessa paciente.
Alternativa D: CORRETA. Adolescente busca atendimento relatando que iniciou
atividade sexual, solicitando método anticoncepcional e que não contasse sobre
isso aos pais. Você vai contar? Obviamente que NÃO! O sigilo médico é um dos
preceitos do Código de Ética Médica. Você também vai deixar de prescrever o
anticoncepcional? NÃO! (Já comentamos sobre isso na alternativa C). Certamente
devemos solicitar sorologias para DSTs nessa adolescente que está fazendo sexo
desprotegido, além de orientar o uso de preservativo. No máximo, o que
poderíamos fazer era aconselhá-la para que conversasse com seus pais.
▶ resposta: D
32 (UNICAMP – SP – 2018) Homem de 26 anos de idade apresenta há 10 dias lesão
peniana ulcerada indolor de 2 cm de diâmetro com bordas elevadas e infiltradas,
fundo granuloso, sem secreção purulenta. Apresenta linfonodo inguinal à direita,
indolor, fibroelástico de 1,0 cm, sem supuração. Qual é a principal hipótese
diagnóstica?
A. Cancro mole.
B. Herpes simples.
C. Condiloma acuminado.
D. Sífilis primária.
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O cancro mole, causado pelo Haemophilus ducreyi,
manifesta-se normalmente com lesões múltiplas, dolorosas, com bordas
escavadas e fundo sujo, contendo material purulento de odor fétido.
Alternativa B: INCORRETA. O herpes simples se apresenta como lesões com
múltiplas vesículas, dolorosas e evoluem com formação de crosta.
Alternativa C: INCORRETA. O condiloma acuminado é uma lesão verrucosa
causada pelo vírus HPV.
Alternativa D: CORRETA. Lesão ulcerada, única, indolor, com bordas elevadas e
fundo limpo é sífilis primária até que se prove o contrário, podendo ser
acompanhada de adenopatia regional não supurativa, móvel e indolor.
▶ resposta: D
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão que aborda uma paciente com herpes genital.
Devemos lembrar que sempre que estivermos diante de uma paciente com DSTs,
nós não devemos revelar aos parceiros o risco de contaminação, mas sim
esclarecer ao próprio paciente os riscos e quais são as abordagens necessárias
para seus parceiros, estimulando o paciente a contar ele mesmo para os parceiros,
sempre prezando por uma boa relação médico-paciente e pelo princípio do sigilo
médico.
Alternativa B: INCORRETA. De forma alguma o médico deve incentivar a paciente
a não contar ao seu parceiro, visto que se trata de uma doença sexualmente
transmissível, a qual ele também está exposto.
Alternativa C: INCORRETA. De forma alguma o médico deve incentivar a paciente
a não contar ao seu parceiro, visto que se trata de uma doença sexualmente
transmissível, a qual ele também está exposto.
Alternativa D: INCORRETA. É vedado ao médico tratar outro paciente sem que ele
esteja presente na consulta e ao menos examiná-lo, até porque não sabemos se
ele realmente contraiu a infecção, se tem sintomas e, portanto, qual seria a melhor
conduta.
▶ resposta: A
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Questão que nos leva a pensar inicialmente em uma
vaginose bacteriana, entretanto como o corrimento é em pequena quantidade e
com prurido eventual pensamos em outra hipótese, principalmente por ser uma
mulher que não tem menstruação há 1 ano. O exame físico apresentado mostra
vulva e vagina atróficas e em conjunto com a microscopia descrita confirma nossa
hipótese diagnóstica de vaginite atrófica. O tratamento é realizado por meio do
uso de estrogênio tópico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
▶ resposta: C
A. Clindamicina e gentamicina.
B. Não é necessária.
C. Metronidazol.
D. Amoxicilina com clavulanato.
subtópico:
Cirurgia Ginecológica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. As histerectomias são cirurgias contaminadas, com
indicação de antibioticoprofilaxia segundo a maioria dos autores. A droga de
escolha é a Cefazolina, entretanto, pacientes alérgicos a betalactâmicos devem
utilizar Clindamicina, podendo associar Gentamicina ou Ciprofloxacino quando se
deseja cobrir gram-negativos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.
▶ resposta: A
36 (UEPA – PA – 2018) Sífilis é uma infecção epidêmica, no Brasil, e alarmante
devido ao aumento da sífilis congênita. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
correta:
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis - ISTs.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A sífilis secundária se manifesta com lesões
cutaneomucosas não ulceradas, simétricas, difusas ou localizadas, que aparecem
entre 4 a 8 semanas após o desaparecimento do cancro duro. As manifestações
cardiovasculares e neurológicas são características da fase terciária, e essa sim
pode ocorrer décadas após a primoinfecção.
Alternativa B: INCORRETA. A droga de escolha para o tratamento da sífilis é a
Penicilina G Benzatina, e a dose varia de acordo com a forma clínica. Pacientes
alérgicas à Penicilina (e não grávidas) devem ser tratadas com Doxiciclina ou
Ceftriaxona.
Alternativa C: CORRETA. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e
também pode haver sífilis congênita por transmissão vertical, a qual pode ser
evitada com o diagnóstico e tratamento correto das gestantes e parceiros sexuais.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, essas são algumas
das medidas para prevenção da sífilis congênita.
Alternativa E: INCORRETA. O VDRL é um teste não treponêmico, e o FTA-abs é um
teste treponêmico usado para confirmação do contato com o Treponema
pallidum.
▶ resposta: C
subtópico:
Massas anexiais.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Essa questão nos traz uma paciente com dismenorreia
há 4 meses e com uma tumoração anexial direita no toque vaginal. O exame de
ultrassonografia demonstra um tumor anexial de 10cm, com aspecto
hipoecogênico, homogêneo e bem delimitado, o que nos leva a pensar em um
ENDOMETRIOMA. A conduta mais adequada consiste na retirada do tumor e de
sua cápsula, com preservação do ovário da paciente, devido ao fato de ser jovem e
nuligesta.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
▶ resposta: C
subtópico:
Patologias da mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Paciente jovem com nódulo mamário doloroso, de
surgimento rápido, limites regulares e móvel ao exame físico, associado a achado
ultrassonográfico de imagem anecoica, bem delimitada. Essas características são
compatíveis com um cisto mamário, e a conduta mais adequada nesse caso é a
punção aspirativa com agulha fina (PAAF), que além de permitir a análise
citológica, permite também o esvaziamento do cisto, com melhora da queixa de
dor da paciente.
▶ resposta: C
A. Inibidor de prostaglandina.
B. Inibidor de recaptação de serotonina.
C. Bromoergocriptina.
D. Filoestrogênios.
subtópico:
Ciclo menstrual.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
Alternativa B: CORRETA. Questão que traz uma paciente com o diagnóstico de
transtorno disfórico pré-menstrual, com sintomas que ocorrem na semana pré-
menstrual e melhoram após a menstruação. Quando há necessidade de
tratamento medicamentoso, a droga de escolha é um inibidor da recaptação de
serotonina.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
▶ resposta: B
subtópico:
Anticoncepção.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de o risco aumentar após os 35 anos, não está
presente apenas a partir dessa idade.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar do aumento de o risco ser discreto, ele vale
para todas as usuárias e não apenas para as portadoras de trombofilias (apesar de
estas possuírem um risco maior).
Alternativa C: CORRETA. Apesar de ser um assunto extremamente divulgado pela
mídia, o aumento do risco é EXTREMAMENTE BAIXO, passa de 4/10.000 na
população feminina geral para 8-12/10.000 nas usuárias de ACO, enquanto que no
ciclo gravídico-puerperal esse risco sobe para 16-20/10.000 gestantes.
Alternativa D: INCORRETA. O rastreamento apenas é indicado se a paciente
possuir história familiar importante para TVP.
▶ resposta: C
A. Conização.
B. Histeroscopia.
C. Genotipagem do HPV.
D. Curetagem de canal cervical.
subtópico:
HPV e Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão que trouxe bastante discussão, em que 2
alternativas podem ser consideradas corretas, mas a banca considerou apenas a
letra A (Conização). Essa questão traz uma paciente com lesão intraepitelial de alto
grau na citologia e colposcopia normal. De acordo com o Ministério da Saúde, a
conduta adequada é avaliar o canal endocervical, e para isso a conização seria
uma opção, entretanto, também poderia ser realizada uma curetagem de canal
cervical (alternativa D).
Alternativa B: INCORRETA. Histeroscopia é exame de escolha para avaliar
endométrio, não canal cervical.
Alternativa C: INCORRETA. Genotipagem do HPV não seria útil nesse caso, pois
não nos ajudaria a encontrar a lesão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, estava opção
também pode ser considerada correta, embora não tenha sido aceita pela banca.
▶ resposta: A
subtópico:
HPV e Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa C: CORRETA. A conduta recomendada em caso de citologia mostrando
LIE-AG (HSIL), segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do
Colo do Útero de 2016, é a imediata indicação de colposcopia. Em caso de
colposcopia satisfatória (junção escamocolunar identificada) e com achados
compatíveis com o diagnóstico citológico, a conduta deve seguir o “ver e tratar”,
que orienta o tratamento com exérese da zona de transformação no mesmo
momento da colposcopia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
▶ resposta: C
subtópico:
Lesões da mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa D: CORRETA. A neoplasia lobular in situ não deve ser considerada
uma neoplasia maligna verdadeira, mas um fator de risco para o desenvolvimento
subsequente de carcinoma ductal ou lobular infiltrantes da mama, e costuma ser
tratado por biópsia excisional seguida por acompanhamento rigoroso com
exames clínicos da mama e mamografia. Eventualmente, uma paciente pode
solicitar mastectomia profilática bilateral ou tamoxifeno para quimioprofilaxia.
Assim, dentre as alternativas, como foi colocado pelo enunciado, a melhor opção
realmente seria o tamoxifeno.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
▶ resposta: D
44 (UNIFESP – SP – 2018) Tercigesta, 2 partos cesáreos prévios, na 30a semana
apresenta sangramento genital. Ao exame: pressão arterial 120 x 80 mmHg, pulso
= 85 bpm, dinâmica uterina ausente, altura uterina = 30 cm, batimento cardíaco
fetal = 140 bpm. A hipótese diagnóstica e conduta são:
subtópico:
Sangramento da 2ª metade.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o método de
escolha para confirmação diagnóstica de placenta prévia é a ultrassonografia.
Alternativa B: INCORRETA. Na vasa prévia, os vasos sanguíneos fetais estão
presentes nas membranas entre a apresentação fetal e o orifício interno do útero.
Desse modo, ocorre sangramento vaginal após a ruptura da bolsa amniótica,
acompanhado de anormalidades da frequência cardíaca fetal, que não é caso da
paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Uma paciente com 30 semanas de gravidez apresenta
sangramento genital aparentemente indolor, sem sinais de sofrimento fetal e sem
alteração hemodinâmica. A principal hipótese diagnóstica para o caso é de
placenta prévia e a confirmação deverá ser feita por meio da ultrassonografia, que
pode ser abdominal ou preferencialmente via transvaginal, já que esta possui uma
acurácia maior para avaliar a distância da placenta para o orifício interno do colo.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o método de
escolha para confirmação diagnóstica de placenta prévia é a ultrassonografia.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o quadro clínico
em questão não sugere rotura de vasa prévia.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
O diagnóstico da distocia de ombros se dá quando ocorre o desprendimento
cefálico sem progressão para desprendimento dos ombros após um período de 60
segundos (um minuto) devido à impactação do diâmetro biacromial na pelve
materna.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Manobra utilizada na assistência ao parto pélvico.
Alternativa B: INCORRETA. O vácuo extrator é utilizado para auxiliar a saída do
polo cefálico.
Alternativa C: INCORRETA. A única posição que facilita a liberação das espáduas e
pode ser tentada em caso de distocias de ombro é a posição de quatro apoios, que
amplia o diâmetro anteroposterior da pelve.
Alternativa D: CORRETA. Algumas manobras podem ser realizadas para facilitar a
liberação das espáduas, sendo as duas primeiras: a manobra de McRoberts, que
consiste na abdução e hiperflexão das coxas; e a pressão suprapúbica externa, que
consiste na compressão do ombro anterior fetal, promovendo adução do ombro
sobre o tórax.
▶ resposta: D
subtópico:
Anticoncepção.
grau de dificuldade:
dica do autor:
LARCs = Contraceptivos reversíveis de longa duração (> 01 ano).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Injetável mensal não é método de longa duração.
Alternativa B: CORRETA. São três os tipos de LARCs disponíveis: DIU de cobre,
DIU de Levonorgestrel e o implante subcutâneo, todos esses dispositivos podem
ser utilizados em adolescentes nuligestas.
Alternativa C: INCORRETA. Os injetáveis mensal e trimestral não são métodos de
longa duração.
Alternativa D: INCORRETA. Não são métodos de longa duração.
Alternativa E: INCORRETA Não são métodos de longa duração.
▶ resposta: B
A. 13/03/2018
B. 20/05/2018.
C. 20/06/2018.
D. 27/06/2018
E. 27/07/2018
subtópico:
Pré-Natal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa D: CORRETA. A Regra de Naegele é uma forma padronizada de
calcular a data provável do parto de uma gestante, subtraindo três meses e
adicionando sete dias à data da última menstruação relatada pela mulher. Se a
DUM ocorreu entre janeiro a março em vez de subtrair, vamos somar 9 meses.
Logo, se a DUM é 20/09/2017, a data provável do parto é (20+7)/(09-3)/2017+1 =
27/06/2018.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
▶ resposta: D
subtópico:
Prolapso Genital.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A colpossuspensão retropúbica, que inclui tanto a
cirurgia de Burch como a de Marshall-Marchetti-Krantz, era utilizada para correção
de incontinência urinária de esforço (IUE) por hipermobilidade do colo vesical,
quando a perda urinária no estudo urodinâmico ocorre acima de 90 cm de H2O.
Portanto, ela não está indicada no tratamento do prolapso dos órgãos pélvicos.
Convém lembrar que atualmente a cirurgia de Sling é a preconizada no manejo
cirúrgico da IUE, seja por hipermobilidade do colo vesical ou por defeito
esfincteriano intrínseco.
Alternativa B: INCORRETA. Trata-se de uma das opções para correção de
prolapso uterino.
Alternativa C: INCORRETA. Técnica empregada para correção de prolapso de
cúpula vaginal.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia realizada para correção de retocele.
Alternativa E: INCORRETA. Medida conservadora que pode ser empregada nos
prolapsos genitais.
▶ resposta: A
subtópico:
Climatério
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
Alternativa C: INCORRETA. Curetagem uterina seria uma das opções para
avaliação endometrial, porém, não a melhor opção por ser “às cegas”,
aumentando as chances de falsos negativos. Biópsia endometrial guiada por
histeroscopia é considerada o método padrão ouro.
Alternativa D: CORRETA. Sabemos que a terapia hormonal é uma das principais
causas de sangramento uterino pós-menopausa, entretanto, nesta faixa etária
SEMPRE devemos excluir hiperplasia ou câncer de endométrio antes de fechar
qualquer diagnóstico e tomar qualquer conduta. Logo, a biopsia endometrial seria
a primeira medida nesse caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
▶ resposta: D
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma via de administração sistêmica e, portanto,
também necessita da oposição progestínica. Apenas a via vaginal dispensa essa
associação.
Alternativa B: INCORRETA. Os efeitos adversos parecem ser realmente mais
amenos na via transdérmica em comparação com a oral, entretanto, isso se dá
justamente pela ausência (e não presença) da primeira passagem hepática nessa
via.
Alternativa C: CORRETA. De fato, a via oral exerce mais influência sobre o
metabolismo lipídico do que a via transdérmica, porém, esse efeito é de redução
dos níveis de colesterol e não aumento, o que, portanto, é considerado um
benefício da via oral (e não da transdérmica). Entretanto, por eliminação, esta é a
única alternativa CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos afirmar isso! Qualquer via sistêmica
(oral ou transdérmica) e segundo alguns autores, até mesmo a vaginal PODE
aumentar o risco de câncer de mama nas usuárias de TRH.
▶ resposta: C
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O climatério é uma fase biológica da vida de toda mulher. Logo, não tratamos o
climatério, mas sim os seus sintomas, quando existirem.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para o uso
de antidepressivos e moduladores seletivos do receptor de estrogênio, como o
raloxifeno (nova modalidade terapêutica para os SINTOMAS climatéricos).
Alternativa B: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para TRH.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para TRH.
Alternativa D: CORRETA. Se a paciente apresentar sintomas climatéricos, estaria
indicado terapia de reposição hormonal. No caso de sintomas geniturinários
isolados, a via vaginal é a melhor opção.
Alternativa E: INCORRETA. Não temos evidências científicas de que a ingesta de
soja melhore a qualidade de vida nesta faixa etária. Além do que a recomendação
seria de estímulo à exposição solar visando maior síntese de vitamina D, e não
evitar.
▶ resposta: D
subtópico:
Rastreamento de Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa D: CORRETA. Questão frequente em provas de residência, seja qual
for o local! São vários os resultados do colpocitológico em que devemos saber a
conduta. Entretanto, são dois os que mais caem em prova: “Lesão intraepitelial de
baixo grau” (LIE-BG) e “Atipia de células escamosas de significado indeterminado”
(ASC-US). No LIE-BG, vamos repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 25 anos) ou 3
anos (se < 25 anos, pois não tinha nem que ter colhido). Se ao repetir, vier
novamente LIE-BG, faz COLPOSCOPIA. Já no ASC-US, que é o da questão, devemos
repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29 anos)
ou em 3 anos (< 25a). Se ao repetir, vier novamente ASC-US, faz COLPOSCOPIA.
Lembrando que paciente HIV basta 1 resultado de LIE-BG ou ASC-US para indicar
colposcopia diretamente.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
▶ resposta: D
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa B: CORRETA. Mulher com SUA após menopausa: 1º) Atrofia (30%); 2º)
TRH (30%) – não fala no caso; 3º) CA endométrio (15%). A USTV é o exame indicado
para avaliar sangramento PÓS-MENOPAUSA, e, assim, podemos diferenciar um
sangramento devido ATROFIA de um possível CÂNCER DE ENDOMÉTRIO. Quando
ESPESSURA < ou = 4-5mm, muito provavelmente o sangramento se deve à
ATROFIA. Devemos suspeitar de CA de endométrio quando, sem TH, >4-5mm //
com TH, até 8mm. A questão não nos dá dados ultrassonográficos, mas sugere
que a vagina, colo do útero e CORPO UTERINO estão normais para a idade, sendo
a hipótese de atrofia a mais provável.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa E: INCORRETA. Não é a hipótese mais provável nesta faixa etária,
predomina em mulheres adultas, durante a idade reprodutiva.
▶ resposta: B
subtópico:
Câncer de mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso. Não citou a radioterapia obrigatória pós
cirurgia conservadora, além de quimioterapia.
Alternativa B: CORRETA. Questão com resposta INCOMPLETA, mas que
poderíamos fazer por eliminação. Até 3,5cm ou 20% da mama, podemos fazer
cirurgia conservadora, como a QUADRANTECTOMIA. Porém, para optar pela
conservadora, é OBRIGATÓRIA A RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA. Além disso,
Sempre que for TUMOR INFILTRANTE, INDEPENDENTEMENTE DO TAMANHO, caso
a AXILA ESTEJA NEGATIVA, DEVE-SE ABORDAR LINFONODO, por meio da BIÓPSIA
DO LINFONODO SENTINELA. Caso axila positiva clinicamente ou pelo sentinela,
faremos o ESVAZIAMENTO AXILAR COMPLETO. Já a QUIMIOTERAPIA faremos
quando Tumores > 1 cm (toda lesão palpável, já que só se palpa > 1 cm), casos de
axila positiva ou metástase. Pode-se ainda fazer QT neoadjuvante, em lesões > 5
cm. Portanto, apesar da alternativa B não ter citado o esvaziamento axilar em caso
de linfonodo positivo, é a melhor resposta dentre as opções.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
▶ resposta: B
subtópico:
Planejamento familiar.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há no mercado implante com essa composição. E
mesmo que existisse, estaria contraindicado nessa paciente pela presença do
estradiol.
Alternativa B: INCORRETA. Método combinado (contém estrogênio), portanto,
contraindicado nessa paciente com história atual de TVP.
Alternativa C: INCORRETA. Método combinado (contém estrogênio), portanto,
contraindicado nessa paciente com história atual de TVP.
Alternativa D: INCORRETA. Não há no mercado pílulas contendo somente
estrogênio. E mesmo que existisse, estaria contraindicado nessa paciente.
Alternativa E: CORRETA. Questão fácil, pois basicamente ela quer que você saiba
qual alternativa não trata de contraceptivos hormonais à base de estrogênio, já
que estes estariam contraindicados nessa paciente com TVP. Portanto, DIU
hormonal, medicado somente com levonorgestrel (progestínico).
▶ resposta: E
A. Na suprarrenal.
B. No ovário.
C. No hipotálamo.
D. Na adenoipófise.
E. Na neuroipófise.
subtópico:
Hiperandrogenismo.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro de ACNE + HIRSUTISMO (Índice de
Ferriman-Gallway > 8) sugerindo HIPERANDROGENISMO. Será que essa paciente
tem SOP? A questão descreve um nível elevado de SDHEA (sulfato de
desidroepiandrosterona) produzido exclusivamente nas ADRENAIS, em que níveis
muito altos, pensaremos em TU adrenal. Deveríamos assim prosseguir
investigação com TC abdominal.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
▶ resposta: A
A. Ooforectomia bilateral.
B. Quimioterapia adjuvante
C. Radioterapia pélvica.
D. Exenteração pélvica anterior.
E. Seguimento clínico mensal com citologia e colposcopia.
subtópico:
Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Paciente de 43 anos com CEC de colo uterino, estádio Ib,
é submetida a cirurgia de Wertheim-Meigs. No anatomopatológico, é
demonstrado INFILTRAÇÃO DOS PARAMÉTRIOS. Porém, a questão foi bastante
polêmica uma vez que não especificou o tamanho da lesão, para sabermos se
tratava-se de um Ib1 ou Ib2, já que as duas apresentam tratamentos distintos.
Considerando a infiltração dos paramétrios, poderíamos considerar como IIb, de
modo que estaria indicado QT + RXT, o que não consta nas alternativas. A
radioterapia adjuvante deve ser indicada em casos de invasão de paramétrios
laterais, o que poderia nos fazer pensar mais na alternativa C, embora não esteja
completa. De qualquer forma, a resposta da banca foi letra C.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
▶ resposta: C
A. Do endocérvice
B. Do fundo de saco vaginal
C. Do introito vaginal
D. Periuretral
E. Perianal
subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis - ISTs.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O método ideal para diagnóstico da cervicite por
gonococo é a cultura por meio de AMOSTRAS ENDOCERVICAIS. Lembremos que a
Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis são os principais micro-
organismos responsáveis pelas CERVICITES.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
▶ resposta: A
A. Endometrioma.
B. Teratoma cístico benigno.
C. Cistoadenocarcinoma seroso.
D. Cistoadenocarcinoma mucinoso.
E. Cistoadenoma mucinoso.
subtópico:
Massas anexiais.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa B: CORRETA. O mais importante dessa questão seria interpretar os
achados ultrassonográficos do enunciado. Paciente de 25 anos, assintomática,
apresenta-se à USTV com massa em região anexial esquerda, sólido-cística, com
7cm, contendo áreas HIPERECOGÊNICAS PRODUTORAS DE SOMBRA ACÚSTICA
(CALCIFICAÇÕES), ÁREAS HIPOECOICAS COM DEBRIS e ALGUMAS SEPTAÇÕES.
Í
Estamos diante da descrição do TERATOMA CÍSTICO BENIGNO, o tumor benigno
de células germinativas MAIS COMUM, ocorrendo principalmente na MENACME. É
muitas vezes chamado de cisto dermoide. Esses tumores ou cistos podem conter
diferentes tipos de tecidos benignos, incluindo osso, cabelo e dentes. As pacientes
são curadas com a retirada cirúrgica do cisto.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
▶ resposta: B
A. Sangramento intracraniano.
B. Infarto agudo do miocárdio
C. Atonia uterina aguda
D. Embolia amniocaseosa
E. Eclâmpsia pós-parto
subtópico:
Puerpério patológico.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa D: CORRETA. Lembremos de um quadro nem sempre cobrado em
provas, que é caracterizado por aparecimento SÚBITO de hipotensão, hipóxia e
CIVD em gestantes nas fases finais do trabalho de parto, a EMBOLIA AMNIÓTICA.
Pode ser bastante similar a TEP, no entanto, ocorre no MOMENTO DA
DEQUITAÇÃO.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
▶ resposta: D
61 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Primigesta de 36
semanas refere sangramento vaginal em moderada quantidade, com alguns
coágulos, associado à dor em cólica contínua e sudorese, há 30 minutos. Ao
exame físico, a pressão arterial é de 130 × 80 mmHg, pulso de 110 bpm, altura
uterina de 30 cm, útero hipertônico, BCF = 120 bpm. Ao toque, o colo é pérvio para
2 cm e observa-se sangue escuro com coágulos na vagina. Está indicado:
subtópico:
Sangramento da 2ª metade da gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida e nunca
conduta conservadora.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
Alternativa D: CORRETA. Gestante de 36 semanas com SANGRAMENTO VAGINAL
+ CÓLICA CONTÍNUA + ÚTERO HIPERTÔNICO. Qual a possível causa?
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA. Qual a conduta? Primeiramente,
apesar de a alternativa não ter colocado, faremos AMNIOTOMIA em todas,
diminuindo a pressão intrauterina nos casos de sangramento oculto, diminuindo a
velocidade do descolamento, poupando feto e diminuindo risco de CIVD. Se o feto
estiver vivo, optaremos pela via de parto MAIS RÁPIDA POSSÍVEL, e como nossa
paciente encontra-se com apenas 2 cm de dilatação, não podemos aguardar o
trabalho de parto.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
▶ resposta: D
A. Sulfadiazina + azitromicina.
B. Sulfadiazina + pirimetamina
C. Espiramicina.
D. Repetir a sorologia em 2 semanas.
E. Seguimento pré-natal (infecção antiga)
subtópico:
Toxoplasmose na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Questão típica sobre sorologia de Toxoplasmose, em que
na maioria das vezes será cobrada apresentando uma paciente com IgM + e IgG +.
Infecção aguda ou crônica? Pediremos a AVIDEZ IgG. Se a avidez for ALTA (>60%),
mostra que se trata de uma infecção ANTIGA. Se BAIXA (<30%) avidez, trata-se de
uma infecção recente, com menos de 4 meses, devendo-se tratar. Como tratar
infecção aguda? Tratamos a mãe com ESPIRAMICINA, 1g, 8/8h, com o objetivo de
reduzir a transmissão vertical. Além disso, é OBRIGATÓRIO programar (16
semanas) a INVESTIGAÇÃO FETAL com AMNIOCENTESE ou Cordocentese, fazendo
um PCR-DNA. Se na investigação fetal confirmar infecção, tratamos o feto com
SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLÍNICO.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
▶ resposta: C
A. Elevação aguda do bhCG no 10º mês, após estar negativo desde o 6º mês.
B. bhCG detectável após 3 meses (dois valores).
C. Elevação aguda do bhCG no primeiro mês.
D. bhCG em títulos maiores que 1.000 mUI/mL na primeira semana.
E. Manutenção de bhCG por três semanas consecutivas (quatro valores).
subtópico:
Doença Trofoblástica Gestacional.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Qual o local mais comum de metástase na Neoplasia Trofoblástica Gestacional?
PULMÃO!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa E: CORRETA. Questão sobre SEGUIMENTO PÓS-MOLAR. Após
esvaziamento uterino, fazemos o Beta-HCG SEMANAL até zerar e dar 3 negativas
(inferior a 5 mUI/mL). Depois disso, passa a ser MENSAL por até 6 meses. Quando
pensaremos em malignização? Se 3 valores mostrando aumento ou 4 valores
estáveis ou Beta-hCG ainda detectável após 6 meses ou em caso de metástases.
▶ resposta: E
A. Completa.
B. Pélvico-Podálica.
C. Modo de pés.
D. Modo de joelhos.
E. Modo de nádega.
subtópico:
Mecanismo de Parto.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembrem-se: Apresentação pélvica completa é aquela em que a apresentação
ocupa a pelve completamente, ou seja, o feto está “sentado” com as pernas e as
coxas fletidas (também chamada pelvipodálica). E apresentação pélvica incompleta
é aquela que a apresentação não ocupa toda a pelve materna, estando os
membros inferiores estendidos para cima (modo de nádegas) ou para baixo (modo
de pés ou de joelhos).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa E: CORRETA. Questão conceitual. A apresentação pélvica do tipo
“agripina” é o mesmo que apresentação pélvica incompleta “de nádegas”, ou seja,
todo o membro inferior se encontra rebatido sobre a face ventral do feto e não em
flexão. Lembremos que esse tipo de apresentação possui pior prognóstico em
relação à apresentação pélvica completa.
▶ resposta: E
A. Ácido fólico
B. Vitamina E
C. Vitamina A
D. Zinco
E. Cálcio
subtópico:
Pré-Natal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão tranquila! Durante o pré-natal, fazemos a
suplementação com o ÁCIDO FÓLICO, visando principalmente evitar problemas no
fechamento do tubo neural.
Alternativa B: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa C: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa D: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa E: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
▶ resposta: A
subtópico:
Sangramento da 2ª metade da gravidez.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.
Alternativa B: CORRETA. Clássica! Qual o principal fator de risco envolvido no
Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)? HIPERTENSÃO ARTERIAL.
Alternativa C: INCORRETA. Até o momento, não existem dados científicos que
comprovem esta relação causal.
Alternativa D: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.
Alternativa E: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.
▶ resposta: B
A. Útero septado
B. Útero bicorno
C. Útero didelfo
D. Mioma uterino
E. Incompetência istmocervical
subtópico:
Abortamento de repetição.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa C: CORRETA. Apesar de haver divergências, alguns autores defendem
que as malformações uterinas prejudicam a gestação, especialmente o útero
didelfo, sendo causa de abortamentos precoces de repetição.
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa E: INCORRETA. A incompetência istmo-cervical é causa de
ABORTAMENTO TARDIO.
▶ resposta: C
A. Piskacek
B. Nobile Budin
C. Puzos
D. Hegar
E. Osiander
subtópico:
Alterações fisiológicas da gravidez.
grau de dificuldade:
dica do autor:
São três os sinais de certeza de gravidez: batimentos cardíacos fetais audíveis,
movimentação fetal percebida pelo médico e o sinal do rechaço fetal.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
na assimetria uterina observada no início da gestação devido ao abaulamento da
região onde houve implantação ovular.
Alternativa B: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
no abaulamento do útero gravídico ao toque do fundo de saco.
Alternativa C: CORRETA. O sinal do rechaço fetal é chamado sinal de Puzos e é
percebido ao toque vaginal quando se impulsiona o fundo de saco anterior com o
dedo, podendo perceber o retorno da apresentação fetal (rechaço fetal).
Alternativa D: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
na consistência mais amolecida do útero gravídico.
Alternativa E: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste na
percepção da pulsação arterial no fundo de saco vaginal.
▶ resposta: C
A. Dilatação
B. Tampão mucoso
C. Apagamento
D. Consistência
E. Posição
subtópico:
Indução do Parto.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa B: CORRETA. O “ÍNDICE DE BISHOP” consiste em cinco características
(4 do colo + altura da apresentação), cada uma pontuando de 0 a 3, dando
pontuação máxima de 15. São eles: Dilatação do colo, Apagamento do colo,
Consistência do colo e Posição do colo. Ou seja, tampão mucoso não faz parte dos
critérios de Bishop.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
▶ resposta: B
subtópico:
Anatomia pélvica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa B: CORRETA. Basicamente a questão quer saber quais músculos
compõem o Músculo Elevador do Ânus. Ele é formado pelo “ileococcígeo”,
“pubococcígeo” e “puborretal”. Junto com o músculo isquiococcígeo ele forma o
DIAFRAGMA PÉLVICO.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
▶ resposta: B
71 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Paciente
com 35 anos de idade, gestante no curso de 28 semanas procura o serviço de
emergência de uma maternidade com dor progressiva e localizada que não cessa
com analgésicos habituais, há três dias, Nega febre ou perdas genitais, informa
boa movimentação fetal. Ao exame, percebe-se grande massa adjacente ao útero
gravídico, amolecida, no entanto a dinâmica uterina e o sinal de Blumberg estão
ausentes. No hospital, não respondeu aos analgésicos mais potentes. Realizou
USG que revelou nódulo miometrial/subseroso ecoico de 400cm³, heterogêneo,
com áreas císticas. Distancia-se da cavidade uterina por 5 mm. Considerando esse
cenário, assinale a alternativa que reúne o provável diagnóstico e a conduta mais
adequada.
A. Mioma torcido/morfina
B. Cisto hemorrágico/codeína
C. Degeneração hialina/expectante
D. Degeneração carnosa/miomectomia
E. Cisto torcido/laparoscopia
subtópico:
Miomatose Uterina.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Qual a degeneração miomatosa mais comum durante a
gestação? É a DEGENERAÇÃO RUBRA ou CARNOSA. A paciente do enunciado
possui um quadro sugestivo de mioma, com dor progressiva que não responde a
analgésico venoso. Dessa forma, a conduta é a miomectomia já que os sintomas
são refratários ao tratamento medicamentoso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
▶ resposta: D
subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Qual a conduta diante de uma colpocitologia com ASC-
US? Repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29
anos) ou em 3 anos (< 25a). Se ao repetir, vier novamente ASC-US, faz
COLPOSCOPIA. Portanto, nossa paciente já tem indicação de colposcopia.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
▶ resposta: D
A. Estádio Ia
B. Estádio Ib
C. Estádio IIa
D. Estádio III
E. Estádio IVa
subtópico:
Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Carcinoma epidermoide, também chamado escamoso ou espinocelular, é o tipo
histológico mais comum de câncer do colo do útero.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa B: CORRETA. Temos uma paciente com um Carcinoma Epidermoide
limitado ao colo uterino com três centímetros no seu maior diâmetro e percebido
durante exame clínico. Portanto, estamos diante de um “Estádio I” (limitado ao
colo). Temos que: Ia corresponde à lesão identificada apenas microscopicamente,
enquanto Ib se aplica àquelas já reconhecidas clinicamente, como no caso da
paciente em questão. Se quiséssemos ir além, poderíamos classificar ainda Ib1
(tumor menor que 4cm).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
▶ resposta: B
A. Prolapso anterior (E I)
B. Prolapso posterior (E II)
C. Prolapso anterior (E II)
D. Prolapso posterior (E IV)
E. Prolapso apical (E 0)
subtópico:
Prolapso genital.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Questão sobre Prolapsos genitais. Vemos que a paciente
apresenta um Aa de 0 e um Ba de +2, configurando um prolapso genital de
PAREDE ANTERIOR, ESTÁGIO II. A dificuldade da questão foi porque a banca não
colocou a legenda do POP-Q. Vamos revisar: Primeiro Grau: o órgão prolapsado
não alcança o introito, atingindo < – 1. Segundo Grau: o órgão prolapsado atinge o
introito ou ultrapassa PARCIALMENTE (entre – 1 e +1). Terceiro grau: o órgão
prolapsado se exterioriza acima de +1, mas não total (CVT). Quarto grau: total.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
▶ resposta: C
A. Solicitar mamografia
B. Realizar biópsia da lesão
C. Solicitar mamografia e citopunção
D. Indicar corticoide local e posterior biópsia
E. Prescrever corticoide local e sistêmico
subtópico:
Patologias da Mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa B: CORRETA. A “Doença de Paget” é um tipo de tumor que acomete a
aréola e/ou mamilo, representando 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma
mamário. A paciente apresenta geralmente descamação, prurido e hiperemia local
unilateral, com evolução para destruição/deformação da papila mamária (principal
característica dessa doença em prova). A paciente em questão apresenta um
quadro semelhante e diante da suspeita, deve-se sempre solicitar biópsia da lesão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
▶ resposta: B
A. I
B. II
C. III
D. IV
E. V
subtópico:
Doença Inflamatória Pélvica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Vamos lembrar a conduta adota na DIP de acordo com a classificação de Monif:
Apenas o estágio 1 permite tratamento ambulatorial, estágios 2 e 3 exigem
internamento para antibioticoterapia venosa, e o estágio 4 é cirúrgico.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Vamos relembrar a classificação de Monif na DIP?
Estágio 1: SEM peritonite; Estágio 2: COM peritonite; Estágio 3: Oclusão de trompa
ou Abscesso tubo-ovariano íntegro; Estágio 4: Abscesso > 10 cm ou Roto. Nesse
caso, uma discreta quantidade de líquido em fundo de saco pode ser uma
alteração normal, não significando que o abscesso está roto. O fato da paciente
não estar com estado geral comprometido corrobora com essa hipótese
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
▶ resposta: C
subtópico:
Amenorreia Primária.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa B: CORRETA. Distúrbio autossômico recessivo. Quando precoce, é a
MAIOR causa de GENITÁLIA AMBÍGUA na mulher (causa clássica de “Pseudo-
hermafroditismo feminino”). A maior causa da hiperplasia adrenal congênita é a
DEFICIÊNCIA DE 21-HIDROXILASE. A alteração enzimática impede a produção
adequada de glicocorticoides, estimulando a secreção de ACTH com consequente
hiperplasia do córtex adrenal e aumento de andrógenos e seus precursores (ex.:
17-OH-progesterona). A presença de androgênios ainda no período embrionário
leva a formação de genitália ambígua em graus variados. Em 75% dos casos, a
deficiência compromete também a produção de mineralocorticoides (“forma
clássica perdedora de sal”), cursando com hipotensão, hiponatremia, hipercalemia
e acidose metabólica.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
▶ resposta: B
subtópico:
Interrupção legal da gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, apesar de ser uma
das condições em que se permite a interrupção legal da gestação, não foi essa a
determinação de 2012 do STF.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, apesar de ser uma
das condições em que se permite a interrupção legal da gestação, não foi essa a
determinação de 2012 do STF.
Alternativa C: INCORRETA. Não é condição permitida para interrupção legal da
gestação.
Alternativa D: CORRETA. Em que situações que é permitido provocar aborto no
Brasil? Estupro (“aborto sentimental”) até 20 SEMANAS; Anencefalia (tem que ter
MAIS DE 12 SEMANAS + diagnóstico por DOIS MÉDICOS) + Risco de vida
comprovado para gestante (qualquer momento). O enunciado se refere
exclusivamente à decisão do STF de 2012, que garantiu a interrupção da gestação
nos casos de Anencefalia fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Não é condição permitida para interrupção legal da
gestação.
▶ resposta: D
subtópico:
Sífilis na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Os testes indicados para controle do tratamento de sífilis
são os não treponêmicos (VDRL). Os testes treponêmicos, como o FTA-Abs, de fato
permanecem reagentes por toda a vida, não podendo ser parâmetro para
avaliação terapêutica.
Alternativa B: INCORRETA. O teste de triagem para sífilis (VDRL) deve ser
realizado, segundo o Ministério da Saúde, em três situações: na primeira consulta
de pré-natal, no 3º trimestre e no momento da internação para parto ou
curetagem.
Alternativa C: INCORRETA. Não é contraindicado amamentação em mães
portadoras de sífilis. As únicas condições que representam contraindicações
absolutas e definitivas ao aleitamento materno são HIV, HTLV, crianças portadoras
de galactosemia e uso de alguns medicamentos, como antineoplásicos e
radiofármacos.
Alternativa D: INCORRETA. Na gestante, a única droga que é considerada como
tratamento adequado é a penicilina G Benzatina. Mulheres alérgicas devem ser
dessensibilizadas.
Alternativa E: INCORRETA. VDRL é um teste NÃO treponêmico.
▶ resposta: A
subtópico:
Rastreamento para câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
dica do autor:
ASC-US é o principal resultado citopatológico cobrado em prova! Dentre todos os
fluxogramas apresentados pelo INCA/Ministério da Saúde, esse é o que não dá
para esquecer!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa B: CORRETA. Qual a conduta diante de uma colpocitologia com ASC-
US? Repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29
anos) ou em 3 anos (< 25a). Como a nossa paciente tem 23 anos, a conduta é
repetir a citologia cervicovaginal em 3 anos, visto que a paciente é jovem e nesta
idade o acometimento por HPV é comum e costuma ter regressão espontânea (Na
verdade, segundo o Ministério da Saúde, esta paciente nem deveria ter coletado
citopatológico, visto que o rastreio é recomendado somente a partir dos 25 anos).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
▶ resposta: B
subtópico:
Câncer de colo do útero.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, seria uma conduta
aceitável, entretanto, a banca não considerou.
Alternativa B: CORRETA. Questão bastante controversa, na qual a banca quer
saber a conduta para uma paciente de 52 anos que apresentou uma lesão NIC
III/Carcinoma in situ com margens comprometidas, mas não há uma conduta
muito bem-estabelecida para esse caso. Seriar colposcopia, fazer reconização ou
histerectomia total são condutas aceitáveis, no entanto a banca considerou como
correta apenas histerectomia total, mesmo após recurso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, seria uma conduta
aceitável, entretanto, a banca não considerou.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia de Wertheim-Meigs, também chamada
histerectomia total ampliada (retirada do útero, paramétrio, trompas, ovários e 1/3
superior da vagina) está indicada apenas em casos mais avançados da doença.
▶ resposta: B
A. Expectante
B. Curetagem uterina de prova
C. Biópsia excisional dirigida
D. Biópsia às cegas
subtópico:
Sangramento Uterino Anormal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
Alternativa C: CORRETA. Temos uma paciente de 68 anos com queixa de
sangramento na pós-menopausa, apresentando na USG um espessamento
endometrial focal de 8 mm com pedículo único, sugestivo de pólipo endometrial.
Considerando que se trata de uma paciente na faixa etária e com fatores de risco
(obesidade, hipertensão e DM2) para câncer de endométrio, a conduta mais
acertada é a biópsia excisional dirigida (por vídeo-histeroscopia) para avaliação do
risco de malignidade.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
▶ resposta: C
subtópico:
Cirurgia Ginecológica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão específica sobre cuidado perioperatório em
cirurgia ginecológica. Ao analisarmos as alternativas, vemos que a letra A está
correta porque não há contraindicação da ingesta de líquidos sem resíduos em
pequena quantidade até 2 horas antes do procedimento.
Alternativa B: INCORRETA. O jejum de 8 horas para evitar a síndrome de
Mendelson é recomendado apenas em pacientes gestantes.
Alternativa C: INCORRETA. Em geral, no período pré e perioperatório basta
realizar a reposição de sódio e potássio, e a reposição de fluidos não pode ser
liberal, visto que também pode trazer consequências pela hiper-hidratação (EAP
por exemplo).
Alternativa D: INCORRETA. Nem todas as pacientes submetidas à cirurgia
ginecológica precisam de antibiótico profilático.
Alternativa E: INCORRETA. A profilaxia para náuseas e vômitos deve ser sim
realizada nas cirurgias ginecológicas com acesso pélvico.
▶ resposta: A
A. Histerectomia vaginal
B. Colpoperineoplastia posterior
C. Colpoperineoplastia anterior
D. Sling transobturatório
subtópico:
Prolapso genital.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Existem inúmeras classificações para os prolapsos genitais, porém o mais cobrado
em prova é o POP-Q. Fiquem ligados!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Técnica utilizada para correção de prolapso uterino,
que não é o caso dessa paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Indicada para correção de prolapso da parede
posterior ou retocele.
Alternativa C: CORRETA. O POP-Q da paciente evidencia um prolapso de parede
anterior, avaliado a partir do ponto Ba +4, que vem a ser o ponto da parede
anterior mais distante de Aa durante o esforço na avaliação do prolapso. A
cistocele, provável causa dessa distopia, é tratada com colpoperineoplastia
anterior (colporrafia), ou cirurgia de Kelly-Kennedy.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia utilizada para correção de incontinência
urinária.
▶ resposta: C
subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os bifosfonatos estão indicados para tratamento de
osteoporose, que não é o caso desta paciente, como comentado na alternativa D.
Alternativa B: INCORRETA. Não estaria completamente inadequada, pois
exercícios físicos são de fato recomendados nesta faixa etária, além de reduzir o
risco cardiovascular, também pode contribuir para preservação da massa óssea.
Entretanto, a banca considerou apenas a alternativa D.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, os bifosfonatos
não estão indicados.
Alternativa D: CORRETA. Trata-se de uma paciente com 52 anos,
histerectomizada, com sintomas climatéricos há 02 anos e apresentando uma
densitometria óssea compatível com osteopenia (T score entre – 1 e – 2,5). No caso
de pacientes histerectomizadas a terapia de reposição hormonal é feita apenas
com estrogênio (sem progesterona). O cálcio e a vitamina D estão indicados como
profilaxia de fraturas, considerando que a paciente se encontra osteopênica.
▶ resposta: D
subtópico:
Patologias da mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.
Alternativa B: CORRETA. O carcinoma ductal in situ é considerado uma lesão
precursora do câncer de mama, e é caracterizado na mamografia como
microcalcificações agrupadas, pleomórficas e numerosas em um setor da mama.
Apenas 10% dos carcinomas ductais in situ se apresentam como formações
nodulares. Já o carcinoma ductal infiltrante se apresenta como nódulos densos de
bordas irregulares na mamografia.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.
▶ resposta: B
subtópico:
Síndrome dos Ovários Policísticos.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não faz parte dos
critérios diagnósticos da síndrome.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não fazem parte
dos critérios diagnósticos da síndrome.
Alternativa C: CORRETA. Questão sobre o diagnóstico de síndrome dos ovários
policísticos, para o qual nós usamos o consenso de Rotterdam, no qual é
necessário ter 2 dos seguintes critérios: oligo ou anovulação crônica, sinais clínicos
ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à USG com 12 ou mais
folículos de 2 a 9 mm de diâmetro ou ovário maior ou igual a 10 cm³. Ou seja,
nenhum critério é indispensável para o diagnóstico, logo, a alternativa que
contempla a questão é a letra C. Apesar das pacientes com SOP apresentarem com
frequência resistência à insulina, diabetes mellitus e obesidade, estes não são
critérios diagnósticos.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, pode haver ou não
padrão ovariano policístico na ultrassonografia.
▶ resposta: C
subtópico:
Placenta prévia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não
podemos dar diagnóstico de placenta prévia.
Alternativa B: CORRETA. O processo de migração placentária só é finalizado com
28 semanas, logo não podemos nomear de placenta prévia uma placenta que
recobre o orifício interno do colo uterino com 16 semanas, apenas chamamos de
inserção baixa da placenta. A conduta adequada é repetir o exame
ultrassonográfico com 28 semanas, sem a necessidade de exames
complementares para rastreio de acretismo até então.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não
podemos dar diagnóstico de placenta prévia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não há
necessidade de investigação para acretismo placentário.
▶ resposta: B
subtópico:
Diabetes Gestacional.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. De acordo com o protocolo do estudo HAPO, o
diagnóstico de diabetes gestacional é dado da seguinte forma: se glicemia de
jejum < 92 mg/dl (rastreio negativo) no primeiro trimestre, a paciente é submetida
ao teste oral de tolerância à glicose com 75 g entre 24 a 28 semanas. Se glicemia
de jejum maior ou igual a 92 mg/dl, após 1 h maior ou igual a 180 mg/dl ou após
2h maior ou igual a 153 mg/dl, fecha diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional.
Apenas um valor alterado é necessário para o diagnóstico e essa paciente
apresenta valor de 155 mg/dl após 2h de sobrecarga (logo, temos o diagnóstico de
DMG). Se o valor em jejum for maior ou igual a 126 mg/dl ou se após 2 horas de
sobrecarga for maior ou igual 200 mg/dl, seria diagnóstico de Diabetes Mellitus
prévio (overt diabetes).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
▶ resposta: A
subtópico:
Alterações fisiológicas da gravidez.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para evitar a rejeição do feto e da placenta como corpos
estranhos ao organismo materno, há uma mudança na resposta imunológica com
predomínio da resposta tipo Th2 e redução da resposta Th1 na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Ao final da gestação, há modificação dessa resposta
imunológica, permitindo a ocorrência do parto.
Alternativa C: INCORRETA. A resposta imunológica durante a gravidez está
intrinsicamente associada às alterações hormonais.
Alternativa D: INCORRETA. Pelo contrário, a placenta funciona como uma
comunicação entre mãe e feto, por onde passam diversas substâncias, inclusive
anticorpos no caso de uma possível rejeição fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apenas a resposta
Th1 está reduzida na gestação.
▶ resposta: A
subtópico:
Sífilis na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos como
determinar se é uma sífilis latente recente (adquirida há menos ou 1 ano) ou tardia
(mais de 1 ano).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos como
determinar se é uma sífilis latente recente (adquirida há menos ou 1 ano) ou tardia
(mais de 1 ano).
Alternativa C: CORRETA. Temos o caso de uma gestante com 13 semanas de
gestação e que apresenta 2 testes treponêmicos reagentes para sífilis, negando
qualquer tratamento anterior (ou seja, não trata-se de cicatriz sorológica). O
tempo de doença não se relaciona com o valor do resultado dos exames e sim com
a história do aparecimento de sintomas e sinais compatíveis, portanto, estamos
diante de um caso de sífilis latente (assintomática) com duração indeterminada. É
importante lembrar que em gestantes apenas um resultado positivo, treponêmico
ou não, já é suficiente para indicar tratamento para ela e o para o parceiro.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o tratamento
adequado para a sífilis na gestação sempre inclui tratar o parceiro.
▶ resposta: C
subtópico:
Descolamento Prematuro de Placenta.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Ausência de sangramento NÃO exclui DPP! Muitas vezes a hemorragia pode ser
oculta.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Quadro de paciente que já possuía diagnóstico de pré-
eclâmpsia e evolui com dor em baixo-ventre, piora da hipertensão, aumento de
tônus uterino, além de taquicardia materna e fetal, que sugere instabilidade
hemodinâmica materna e sofrimento fetal agudo, respectivamente. Trata-se de
um quadro de descolamento prematuro de placenta (DPP) com hemorragia oculta.
A conduta é amniotomia, que deve ser realizada em todos os casos de DPP, e
interromper a gestação pela via mais rápida, que nesse caso é a via alta.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o diagnóstico é de
DPP, não trabalho de parto.
Alternativa C: INCORRETA. Jamais realizar conduta expectante ou atrasar a
interrupção para solicitar ultrassonografia em quadros sugestivos de DPP.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o diagnóstico é de
DPP, não trabalho de parto.
▶ resposta: A
subtópico:
Massas anexiais.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
Alternativa C: CORRETA. Questão comum de provas de residência, a Síndrome de
Meigs, composta por presença de tumor ovariano benigno + derrame pleural +
ascite. Dos tumores que mais levam a esse quadro, temos os fibromas, que são
derivados do cordão sexual e tem bom prognóstico, mas outros tumores como o
tumor de Brenner e tumor de Krukenberg também podem levar à síndrome.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
▶ resposta: C
subtópico:
Câncer de mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A positividade para HER2 confere maior resistência ao
tamoxifeno, e não menor.
Alternativa B: INCORRETA. Pelo contrário, o HER2 é comumente detectado pela
imunoistoquímica.
Alternativa C: CORRETA. O HER2 é pesquisado por métodos de imunoistoquímica
e em algumas situações específicas pode ser feito com o método molecular (FISH).
Alternativa D: INCORRETA. A presença do HER2 seleciona de fato os pacientes
para uso do trastuzumabe, no entanto é sempre um sinal de mau prognóstico.
▶ resposta: C
95 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 69 anos, hipertensa, diabética e sem
antecedentes psiquiátricos apresentou, no segundo dia após mastectomia por
câncer mamário, inquietação, desorientação temporoespacial, discurso
incoerente, alucinações visuais, ideação delirante de cunho paranoide e déficit de
memória de fixação. O quadro oscila durante o dia, apresentando períodos de
melhora durante o dia e piora ao final da tarde ou noite. O diagnóstico mais
provável, segundo a CID 10, é:
subtópico:
Câncer de mama.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. A paciente apresentou um quadro agudo de alteração
global das funções psíquicas, com curso flutuante, associado a uma condição
subjacente, logo, compatível com delirium. O delirium melhora com a retirada do
fator causal (drogas, confinamento, infecção).
▶ resposta: D
A. Agonistas alfa-adrenérgicos
B. Antagonistas de cálcio
C. Bloqueadores beta-adrenérgicos
D. Diuréticos
E. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina
subtópico:
Anti-hipertensivos na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não só podem, como são considerados os anti-
hipertensivos de primeira linha para uso crônico na gestação (ex.: metildopa).
Alternativa B: INCORRETA. Podem ser utilizados na gestação tanto cronicamente
como em crises agudas.
Alternativa C: INCORRETA. Podem ser utilizados na gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Embora devam ser evitados, não são contraindicação
absoluta na gestação.
Alternativa E: CORRETA. Os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina
(IECA) são contraindicados na gestação, pois estão associados a alterações graves
no feto, como malformações, agenesia renal, oligodrâmnia, e mesmo óbito fetal.
▶ resposta: E
subtópico:
Ciclo menstrual.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na fase folicular, o FSH eleva-se progressivamente até
ocorrer o pico de estradiol, seguido pelo de LH, o que indica a ocorrência da
ovulação.
Alternativa B: INCORRETA. Na fase folicular, apenas o FSH estará elevado
(aumentando progressivamente). Ao final dessa fase, ocorre uma elevação rápida
do estradiol, seguida pelo pico de LH e pela ovulação.
Alternativas C e D: INCORRETAS. O FSH declina após a fase lútea, mas o LH
mantém-se elevado, estimulando a produção de progesterona pelo corpo
amarelo, havendo queda no estradiol e pico da progesterona.
Alternativa E: CORRETA. Após a regressão do corpo lúteo, ocorrem quedas no
estradiol, na progesterona e na inibina A, elevando-se novamente o FSH pouco
antes da menstruação.
▶ resposta: E
98 (HOSPITAL DE OLHOS APARECIDA - GO - 2018) O melhor dia do ciclo menstrual
para realização de biópsia para avaliação de ovulação é o:
A. Primeiro dia.
B. Quinto dia.
C. Oitavo dia.
D. Vigésimo sexto dia.
subtópico:
Ciclo menstrual.
grau de dificuldade:
resolução:
A histologia endometrial relaciona-se com a produção de progesterona pelo corpo
lúteo, o que possibilita o diagnóstico de ovulação pela biópsia de endométrio.
Deve ser realizada na fase lútea, preferencialmente 7 a 10 dias após a ovulação,
para reduzir o risco de uma biópsia em útero gravídico. Porém, por ser um método
invasivo, ele é pouco utilizado, sendo substituído pela dosagem sérica de
progesterona e pela ultrassonografia transvaginal seriada.
▶ resposta: D
subtópico:
HPV.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão pouco usual. A vacina bivalente protege somente contra os tipos
altamente oncogênicos (16 e 18); não é adequada para homens por estes serem os
grandes transmissores do vírus.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Bivalente = subtipos de alto risco oncogênico (16 e 18),
quadrivalente = baixo risco (6 e 11) e alto risco (16 e 18).
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: CORRETA. O HPV evade o sistema imune por não causar destruição
celular, não ocorrendo liberação de citocinas que estimulariam resposta imune
adequada.
Alternativa D: INCORRETA. Sendo os grandes “vetores” do vírus, não se pode
oferecer a vacina bivalente e deixar de cobrir os subtipos causadores de verrugas.
Alternativa E: CORRETA. A vacina é composta por proteínas do capsídeo viral, não
havendo quaisquer contraindicações para pacientes
imunossuprimidos/imunodeprimidos (pelo contrário, o Ministério da Saúde
oferece a vacinação gratuitamente para soropositivos entre 9 e 26 anos de idade).
▶ resposta: D
subtópico:
Modificações fisiológicas da gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Ocorre diminuição da pressão arterial, principalmente
no primeiro e segundo trimestre, devido à queda importante da resistência
vascular periférica.
Assertiva II: VERDADEIRA. Ocorre diminuição do tônus vesical durante a gestação
por ação da progesterona.
Assertiva III: FALSA. Há um aumento considerável do volume eritrocitário
absoluto, mas como, concomitantemente, ocorre uma hemodiluição fisiológica,
podemos observar, muitas vezes, queda da hemoglobina.
Assertiva IV: FALSA. Podemos observar na gestação uma discreta alcalose
respiratória, compensada pela maior excreção renal de bicarbonato. A alcalose
ocorre para facilitar as trocas gasosas fetais.
▶ resposta: A
subtópico:
Medicina fetal.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os marcadores ultrassonográficos alterados
consistem em um rastreio positivo, não sendo suficientes para o diagnóstico das
trissomias.
Alternativa B: CORRETA. A associação de marcadores bioquímicos e
ultrassonográficos aumenta a sensibilidade do rastreio de cromossomopatias.
Alternativa C: INCORRETA. Na trissomia do cromossomo 21 o BHC encontra-se
aumentado e o PAPP-A diminuído. Já nas trissomomias do 13 e do 18, tanto o
BHCG quanto o PAPP-A estão diminuídos.
Alternativa D: INCORRETA. A síndrome de Edwards e de Patau geralmente são
incompatíveis com a vida, mas seu rastreio é importante no sentido de aconselhar
e preparar essa família para esses diagnósticos.
Alternativa E: INCORRETA. Mulheres com baixo risco para síndrome de Down não
tem indicação de amniocentese.
▶ resposta: B
A. Gestação incipiente.
B. Gravidez ectópica.
C. Gestação tópica inviável (abortamento) e corpo lúteo.
D. Moléstia trofoblástica com cisto tecaluteínico.
E. Pseudossaco gestacional e corpo lúteo.
subtópico:
Ultrassonografia obstétrica.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O motivo para que essa alternativa esteja incorreta
está no enunciado da questão. A banca está pedindo o diagnóstico mais provável.
Poderia se tratar de uma gestação incipiente ou inicial, mas isso não é o mais
provável. Um saco gestacional com ausência de embrião medindo em seu
diâmetro médio entre 16 e 24 mm tem uma grande probabilidade de não se tratar
de uma gestação viável.
Alternativa B: INCORRETA. A imagem anexial relatada não é sugestiva de
gestação ectópica, uma vez que elementos trofoblásticos ou embrionários não
foram visualizados na topografia do anexo.
Alternativa C: CORRETA. O diagnóstico mais provável é gestação tópica inviável
(ou o que, antigamente, se chamava gestação anembrionada), com presença de
corpo lúteo visualizado em região anexial direita. A maioria dos guidelines
definem que esse diagnóstico deve ser dado com saco gestacional a partir de 25
mm de diâmetro médio com ausência de embrião. Porém, a medida do saco
gestacional entre 16 e 24 mm seria de alta suspeição desse diagnóstico, sendo
prudente repetir a ultrassonografia em 7 a 14 dias para confirmação. Já a imagem
anexial com circulação periférica em paciente gestante inicial é altamente
sugestiva de corpo lúteo, o qual mantém a gestação nas primeiras semanas.
Alternativa D: INCORRETA. A imagem de saco gestacional regular descrita não é
sugestiva de moléstia trofoblástica. Pensaríamos nesse diagnóstico se houvesse a
descrição de formações císticas ou vesiculares (em “cacho de uva”) no interior do
útero.
Alternativa E: INCORRETA. Não se trata de um pseudosaco gestacional, pois foi
descrita vesícula vitelínica em seu interior, o que fala a favor de a imagem
realmente corresponder a um saco gestacional.
▶ resposta: C
subtópico:
Placenta prévia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A placenta prévia é fator de risco importante para
acretismo placentário, principalmente quando associada a cesarianas anteriores. A
taxa de acretismo na placenta prévia pode variar de 3 a 67%, a depender do
número de cesarianas anteriores.
Alternativa B: INCORRETA. A incidência de placenta prévia é maior em
multíparas.
Alternativa C: INCORRETA. Alternativa polêmica, uma vez que alguns estudos
mostram um maior risco de CIUR na placenta prévia. Como não é consenso entre
os pesquisadores, consideraremos a alternativa errada, mas caberia recurso nessa
questão.
Alternativa D: INCORRETA. O sangramento geralmente não é vultuoso e, na
maior parte das vezes, não está associado a sofrimento fetal.
▶ resposta: A
subtópico:
Síndromes Hipertensivas na gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Vamos agora observar uma importante questão que exige conhecimentos sobre a
definição das síndromes hipertensivas na gestação e detalhes do manejo da pré-
eclâmpsia grave.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A piora importante do quadro hipertensivo, a despeito
do tratamento medicamentoso com metildopa, sinaliza a ocorrência de possível
pré-eclâmpsia sobreposta/superajuntada à hipertensão crônica. Por contar com
uma PA de 160 x 110 mmHg, o quadro de pré-eclâmpsia pode ser considerado
grave e a gestante deve ser internada para estabilização clínica e posterior
interrupção da gestação.
Alternativa B: INCORRETA. O aumento dos anti-hipertensivos orais nesse cenário
não é a prioridade, pois a gestante tem pré-eclâmpsia grave e deve ser tratada em
ambiente hospitalar com hidralazina intravenosa.
Alternativa C: INCORRETA. É fato que houve piora do quadro hipertensivo, mas é
preciso reconhecer que, nesse caso, existe pré-eclâmpsia sobreposta, e os níveis
tensionais exigem a correção com uso de medicação intravenosa (hidralazina).
Alternativa D: INCORRETA. Está tudo correto, até a parte que cita a cesárea.
Devemos nos lembrar de que a pré-eclâmpsia grave NÃO é indicação absoluta de
cesárea, devendo a via de parto ser escolhida de acordo com a própria evolução
do trabalho de parto e a vitalidade fetal.
Alternativa E: INCORRETA. De fato, estamos diante de um quadro de pré-
eclâmpsia grave, e o uso de hidralazina se faz necessário pois a PA é 160 x 110
mmHg (valores iguais ou maiores do que esse merecem redução com o uso da
hidralazina IV), porém, nesse caso, não há indicação formal do uso de sulfato de
magnésio, já que a gestante não apresenta sinais e sintomas de iminência de
eclâmpsia (distúrbios visuais, distúrbios cerebrais, dor abdominal ou reflexos
profundos exaltados). Observe que alguns autores também indicam o uso de
sulfato de magnésio em situações de pré-eclâmpsia grave, que é o caso da
questão, gerando controvérsia na conduta. Porém, basta manter em mente que
na vigência de sinais/sintomas de iminência de eclâmpsia, é consenso que o uso
de sulfato de magnésio é necessário, e, devido à ausência desses indicadores na
paciente em questão, podemos prescindir dessa medicação no contexto
apresentado.
▶ resposta: A
subtópico:
Vitalidade fetal.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Durante o sofrimento fetal crônico, os mecanismos compensatórios fisiológicos do
feto atuam de modo a privilegiar a perfusão de órgãos nobres, como cérebro,
coração e adrenais. Isso equivale a dizer que há aumento do fluxo (diminuição dos
índices de resistência) na artéria cerebral média, a fim de manter a irrigação
cerebral, e redução do fluxo (aumento dos índices de resistência) na artéria
umbilical, a fim de reduzir a irrigação para órgãos menos nobres, como o trato
gastrointestinal. Quando esse fenômeno ocorre, dizemos que há “centralização”
fetal, ou seja, o feto é capaz de compensar a insuficiência placentária. Esse
processo mantém o feto normoxêmico por cerca de 3-4 semanas, quando então
passa a ocorrer hipoxemia grave e acidemia (que se manifestam como
desacelerações tardias à cardiotocografia). Com base nessa informação, vamos
analisar as alternativas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Doppler de artérias uterinas não é uma ferramenta
diagnóstica de sofrimento fetal, e sim uma ferramenta de RASTREIO utilizada no
segundo trimestre (entre 24-26 semanas) para identificar as gestantes que têm
maior probabilidade de evoluir com pré-eclâmpsia e sofrimento fetal. Nesses
casos, a presença de incisura protodiastólica pode significar o primeiro sinal de
pré-eclâmpsia ou restrição do crescimento intrauterino, mas a presença desse
achado não necessariamente indica que haverá sofrimento fetal.
Alternativa B: INCORRETA. Como vimos anteriormente, a centralização por si só
não indica que o feto está hipoxêmico e com acidemia, e sim que há insuficiência
de fluxo uteroplacentário e que o feto está sob risco de agravamento nas próximas
semanas.
Alternativa C: CORRETA. O ducto venoso é uma medida ultrassonográfica
utilizada em fetos abaixo de 32 semanas de idade gestacional com a finalidade de
avaliar a função cardíaca fetal. A ausência de onda A ou a presença de onda A
reversa (negativa) são indicadores de falência cardíaca, indicando gravidade e
demandando interrupção imediata da gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Artéria cerebral média com aumento de resistência
faz parte do fenômeno de centralização, mas não necessariamente indica
hipoxemia ou acidose, pois o feto pode estar lançando mão desse mecanismo
justamente para se manter compensado diante de um cenário de suprimento
inadequado de sangue e nutrientes.
▶ resposta: C
subtópico:
Diabetes Mellitus Gestacional.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A hiperglicemia no período da organogênese, nas
primeiras 6-8 semanas, aumenta o risco de malformações fetais. É fundamental o
controle metabólico no período periconcepcional nas pacientes com diabetes
prévio, devendo manter a hemoglobina glicada < 7%, para prevenir e diminuir o
risco de malformações.
Alternativa B: CORRETA. O tratamento da diabetes gestacional baseia-se
inicialmente em dieta fracionada, atividade física e controle do perfil glicêmico.
Logo, é fundamental uma mudança no estilo de vida da paciente.
Alternativa C: CORRETA. No puerpério imediato das pacientes que utilizaram
insulina por diagnóstico de diabetes gestacional sem controle com dieta e
atividade física, deve-se suspender a insulina, bem como as medidas da glicemia.
Essas pacientes devem ser investigadas novamente com TOTG 75 g seis semanas
após o parto, para definir o diagnóstico de diabetes gestacional ou diabetes tipo 2.
Alternativa D: INCORRETA. Os hormônios contra insulínicos liberados pela
placenta aumentam a resistência periférica à insulina durante a gestação.
Alternativa E: CORRETA. Pacientes que já são diabéticas ao engravidarem têm
maior risco de desenvolver ou piorar o quadro de hipertensão, retinopatia e
nefropatia diabética.
▶ resposta: D
subtópico:
Cardiopatias na gestação.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Mulheres com doenças cardíacas estruturais ou com
arritmias preexistentes encontra-se em maior risco para desenvolvimento de
arritmias durante a gestação.
Assertiva II: FALSA. As gestantes com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca
podem manter o quadro estável no início da gestação.
Assertiva III: FALSA. Tanto captopril quando losartana são contraindicados na
gestação. Uma possível substituição medicamentosa para hipertensas crônicas
seria com uso de metildopa.
▶ resposta: A
subtópico:
Infecções na gestação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão pergunta a opção INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O rastreamento para sífilis deve ser realizado no
momento do acolhimento no pré-natal, repetido no 3º trimestre da gestação (a
partir da 28ª semana), no momento do parto e caso a paciente interne por
abortamento.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de a maioria dos casos de toxoplasmose
acontecer sem sintomas ou com sintomas inespecíficos e o diagnóstico ser feito
pelo exame laboratorial, todos os casos devem ser notificados.
Alternativa C: CORRETA. Em gestantes suscetíveis (IgG -), devemos orientar em
relação à prevenção da doença (evitar comer salada e alimentos crus, evitar
contato com gatos) e repetir as sorologias de 3 em 3 meses.
Alternativa D: CORRETA. Gestante com resultado IgG e IgM positivos para
toxoplasmose pode representar infecção nova ou antiga, sendo necessário realizar
o teste de avidez de IgG para avaliar a necessidade de tratamento.
▶ resposta: B
Resumo Prático
1. Ginecologia
1.2 Anticoncepção
1.3 Amenorreia
1.8 Climatério
1.9 Vulvovaginites
1.9.3 Tricomoníase
Principal patógeno envolvido: Trichomonas vaginalis.
Quadro clínico: corrimento vaginal amarelo ou esverdeado, bolhoso e com mau
cheiro, associado à presença de colpite focal ou difusa no exame físico (“colo em
framboesa” ou “tigroide” ao teste de Schiller).
Diagnóstico: clínico. O exame microscópico a fresco da secreção vaginal revela
o protozoário flagelado.
Tratamento: metronidazol 500 mg, VO, 12/12 h por 7 dias OU metronidazol 2 g,
VO, dose única.
É considerada uma DST, logo, o parceiro também deve ser tratado.
1.10 Cervicite
1.12.2 Sífilis
Doença infectocontagiosa, transmitida sexualmente, mas também por via
transplacentária.
Principal patógeno envolvido: Treponema pallidum.
Quadro clínico:
a. Sífilis primária: lesão ulcerada, única, indolor, com fundo limpo e bordas
endurecidas (cancro duro);
b. Sífilis secundária: placas múltiplas de base ampla com coloração rosa-
acinzentada a branca (condiloma plano), normalmente associadas a lesões
cutâneas difusas, como máculas/pápulas nas palmas e plantas das mãos e pés
(sifílides);
c. Sífilis terciária: manifestações tardias e mais graves, com acometimento
sobretudo do SNC e aparelho cardiovascular.
2. OBSTETRÍCIA
2.3 O parto
Estática fetal:
Apresentações clínicas:
a. Hipertensão arterial;
b. Trauma abdominal;
c. Tabagismo;
d. Polidramnia;
e. Rotura prematura de membranas ovulares.
Fatores de Risco:
Conceitos:
Fatores de risco:
a. PAS ≥160 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg em duas ocasiões com intervalo
de 30 minutos;
b. Distúrbios visuais ou cerebrais (cefaleia frontoccipital, confusão mental,
amaurose, turvação visual ou escotomas cintilantes);
c. Dor epigástrica ou em quadrante superior direito do abdome;
d. Edema agudo de pulmão;
≥
e. Oligúria (< 25 ml/h) ou creatinina 1,2;
f. Elevação das aminotransferases em mais de 2 vezes o valor de referência;
g. Trombocitopenia (< 100.000);
h. Hemólise (presença de esquizócitos no sangue periférico, LDH > 600 ou
bilirrubinas > 1,2, às custas de indireta);
i. Crescimento intrauterino restrito.
a. Macrossomia fetal;
b. Distocia de ombros;
c. Hipoglicemia neonatal;
d. Crescimento intrauterino restrito (nas pacientes com vasculopatias);
e. Prematuridade;
f. Abortamento;
g. Polidramnia;
h. Infecções (especialmente ITU e candidíase);
i. Malformações congênitas (principalmente cardíacas);
j. Morte fetal súbita.
Tratamento:
2.8 Prematuridade
Definição: Parto pré-termo é definido como aquele que ocorre entre 20/22
semanas e 37 semanas de gestação. Classifica-se como pré-termo extremo o parto
ocorrido antes de 28 semanas de gestação, moderado entre 28 e 34 semanas, e
pré-termo tardio aquele entre 34 e 37 semanas (essa classificação pode variar de
acordo com o autor).
Etiologia:
a. Infecções genitais;
b. Exames invasivos (amniocentese, cordocentese);
c. Incompetência istmocervical;
d. Inserção baixa da placenta;
e. Sobredistensão uterina;
f. Traumas.
Complicações associadas:
a. Corioamnionite;
b. Endometrite;
c. Sepse;
d. Descolamento prematuro de placenta;
e. Prolapso de cordão;
f. Compressão de cordão;
g. Sofrimento fetal agudo;
h. Malformações fetais (sequência de Potter);
i. Distocias de parto;
j. Prematuridade.
Conduta:
a. Leucocitose;
b. Taquicardia materna;
c. Taquicardia fetal;
d. Sensibilidade uterina aumentada;
e. Líquido amniótico com odor fétido.
2.10.1 Sífilis
Definição: toda gestante com evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia não
treponêmica reagente (com qualquer titulagem e mesmo na ausência de teste
treponêmico) no pré-natal ou no momento do parto/curetagem.
O risco de acometimento fetal varia de 70 a 100% quando não tratada e é maior
no 3º trimestre (apesar de mais grave no primeiro trimestre).
É
É agravo de notificação compulsória.
Patógeno envolvido: Treponema pallidum.
Quadro clínico:
a. Sífilis primária: lesão ulcerada, única, indolor, com fundo limpo e bordas
endurecidas (cancro duro);
b. Sífilis secundária: placas múltiplas de base ampla com coloração rosa-
acinzentada a branca (condiloma plano), normalmente associadas a lesões
cutâneas difusas, como máculas/pápulas nas palmas e plantas das mãos e pés
(sifilídes);
c. Sífilis terciária: manifestações tardias e mais graves, com acometimento
sobretudo do SNC e aparelho cardiovascular.
2.10.2 Toxoplasmose
Patógeno envolvido: Toxoplasma gondii.
A transmissão vertical ocorre na fase aguda da doença, quando a mulher
ingere carne crua ou mal cozida contendo os cistos do protozoário ou
água/comida contaminada pelas fezes de gatos infectados.
Quadro clínico: se a infecção é exclusivamente materna, os sintomas são
incomuns e inespecíficos, podendo incluir fadiga, mal-estar, linfadenopatia cervical
etc. Nos casos de infecção fetal, além de maiores taxas de abortamento e óbito
fetal, observa-se ainda hepatoesplenomegalia, calcificações cerebrais, alterações
oculares e neurológicas.
Rastreamento e diagnóstico: sorologia universal para toxoplasmose (IgG e
IgM) na primeira consulta de pré-natal e no 3º trimestre (se gestante susceptível).
a. IgG reagente e IgM não reagente: gestante imune – não precisa repetir
sorologia;
b. IgG reagente e IgM reagente: infecção crônica ou aguda – confirmar com
teste de avidez se IG < 16 semanas ou tratar se IG > 16 semanas.
c. IgG não reagente e IgM reagente: infecção recente – tratar;
d. IgG não reagente e IgM não reagente: gestante susceptível – orientar
medidas de profilaxia e repetir sorologia no 3º trimestre (segundo Ministério
da Saúde).
Teste de avidez com baixa avidez indica infecção recente, devendo-se tratar.
O tratamento inclui espiramicina 1 g, VO, 8/8 h durante toda a gestação e
encaminhamento da paciente para pesquisa de infecção fetal através do PCR do
líquido amniótico (amniocentese) e ultrassonografia obstétrica. Se a infecção fetal
for confirmada ou suspeita (por alterações ultrassonográficas sugestivas de
infecção fetal), deve-se acrescentar pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico.
Etiologias:
Fatores de Risco:
a. Multiparidade;
b. Placentação anômala;
c. Trabalho de parto prolongado;
d. Trabalho de parto precipitado;
e. Sobredistensão uterina;
f. Cicatriz uterina prévia;
g. Parto vaginal operatório;
h. Hipertensão materna;
i. Descolamento prematuro de placenta.
a. Choque hipovolêmico;
b. Anemia;
c. CIVD;
d. Síndrome de Sheehan.
a. Ingurgitamento mamário;
b. Fissura mamária;
c. Técnica inadequada de amamentação;
d. Má higiene.
a. Manter a amamentação;
b. Esvaziamento completo da mama (ordenha, se necessário);
c. Analgésicos e antitérmicos;
d. Antibioticoterapia (cefalosporinas de 1º geração);
e. Drenagem cirúrgica (se presença de abscesso);
f. Se houver fissuras, passar o próprio leite materno sobre o mamilo.
Pediatria
Questões Para Concursos
subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O tema doenças exantemáticas é bastante abordado em concursos em nosso
país.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As manchas de Koplik correspondem a um exantema
patognomônico do sarampo e não da rubéola. Consistem em pequenas manchas
branco-azuladas com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso comumente
identificadas na mucosa jugal na altura dos pré-molares. Na rubéola, temos
algumas alterações características, embora não patognomônicas, que são as
manchas de Forchheimer. As manchas consistem em lesões puntiformes rosadas
identificadas no palato mole e podem ser identificadas quando o exantema
surge.
Alternativa B: CORRETA. A caxumba é uma doença viral transmitida pela saliva
infectada cuja maioria dos pacientes é assintomática. Quando os sintomas
ocorrem, inicialmente temos febre, mal-estar, hiporexia e fadiga. Após evolução
da doença e consequente inchaço das glândulas salivares é que podemos pensar
no seu diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. A entrada do vírus no organismo ocorre pela mucosa
do trato respiratório e conjuntiva. O vírus é transmitido pelo indivíduo infectado
através de gotículas de secreção respiratória ou por pequenas partículas de
aerossol que o mantém em suspensão no ar por até uma hora. A primeira fase
clínica da doença é a prodrômica. Nessa fase, o paciente apresenta febre, tosse,
conjuntivite tipicamente não purulenta e manchas de Koplik. Somente depois há
o surgimento do exantema.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta conforme comentário da
própria alternativa invalidando a alternativa D.
▶ resposta: B
A. Esquistossomose.
B. Ascaridíase.
C. Ancilostomíase.
D. Nenhuma das alternativas
subtópico:
Parasitoses.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O S. mansoni tem como hospedeiro definitivo o ser
humano, no qual vive no sistema venoso mesentérico, e tem como hospedeiro
intermediário o caramujo do gênero Biomphalaria. No Brasil, as principais
espécies de caramujos capazes de se infestar com a larva do S. mansoni vivem na
água doce de córregos e lagoas de água parada nas regiões endêmicas do país
(epidemiologia positiva da questão). O quadro clínico inicia-se abruptamente com
febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia etc. Uma das formas da doença é
a hepatointestinal na qual podemos identificar emagrecimento e hepatomegalia
Alternativa B: INCORRETA. A ascaridíase habitualmente não causa
sintomatologia, mas pode se manifestar por dor abdominal, diarreia, náuseas e
anorexia. A sua transmissão ocorre por ingesta de ovos através de água ou
alimentos contaminados ou ainda pelo contato direto das mãos com solo
contaminado (mecanismo comum em crianças).
Alternativa C: INCORRETA. A ancilostomíase acontece pela penetração da larva
através dos pés descalços, espaços interdigitais ou folículos pilosos. A infestação
intestinal por ancilostomídeos pode ser totalmente assintomática na maioria dos
pacientes, mas também pode causar quadro de gastroenterite marcado por
náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. De modo crônico, pode
causar anemia ferropriva, hipoalbuminemia, desnutrição proteica e anasarca.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa A está correta conforme comentário na
própria alternativa invalidando a alternativa D.
▶ resposta: A
A. Amebíase.
B. Ascaridíase.
C. Ancilostomíase.
D. Giardíase.
E. Oxiuridíase.
subtópico:
Parasitoses intestinais.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estudo demonstrou que, em regiões de alta
endemicidade, somente 10% dos parasitados desenvolve sintomas ao longo de
um ano. O estado de portador assintomático representa a forma mais comum de
infecção. Pode desenvolver forma intestinal com diarreia mucossanguinolenta
acompanhada por náuseas, vômitos, cefaleia, febre e tenesmo. Sua forma
invasiva pode gerar abscessos hepáticos, pulmonares ou cerebrais.
Alternativa B: INCORRETA. A ascaridíase habitualmente não causa
sintomatologia, mas pode se manifestar por dor abdominal, diarreia, náuseas e
anorexia. Sua transmissão ocorre por ingesta de ovos através de água, alimentos
contaminados ou contato direto das mãos com solo contaminado (mecanismo
comum em crianças).
Alternativa C: CORRETA. A ancilostomíase acontece pela penetração da larva
através dos pés descalços, espaços interdigitais ou folículos pilosos. A infestação
intestinal por ancilostomídeos pode ser totalmente assintomática na maioria dos
pacientes, mas também pode causar quadro de gastroenterite marcado por
náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. De modo crônico pode
causar anemia ferropriva, hipoalbuminemia, desnutrição proteica, anasarca,
eventual síndrome desabsortiva e prejuízo no desenvolvimento físico e mental
das crianças nos casos de hiperinfestação.
Alternativa D: INCORRETA. A infecção sintomática pode apresentar-se de forma
aguda (enterite aguda) ou crônica (enterite crônica). O quadro clássico é de
diarreia e cólica. Esse quadro pode ser de natureza crônica, recidivante,
caracterizado por fezes amolecidas, com aspecto gorduroso, acompanhadas de
fadiga, anorexia, flatulência e distensão abdominal. Anorexia associada à má
absorção intestinal pode ocasionar perda de peso e anemia.
Alternativa E: INCORRETA. Nessa infecção, prurido anal é o sintoma mais
comum. Esse prurido exacerba-se no período noturno causando irritabilidade,
desconforto e sono intranquilo. As escoriações provocadas pelo ato de coçar
podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, com congestão na
região anal, ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos.
▶ resposta: C
subtópico:
Puericultura; Neonatologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Puericultura e conhecimento da caderneta da criança deve estar bem fixada em
quem vai prestar prova para residência médica.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Alternativa correta. Autoexplicativa.
Alternativa B: INCORRETA. A cianose relacionada às doenças
cardiorrespiratórias é a cianose central e não a periférica.
Alternativa C: INCORRETA. A conjuntivite neonatal está relacionada aos germes
da microbiota materna. Assim, S. aureus, S. pneumoniae, Streptococcus viridians e
Staphylococcus epidermidis são agentes frequentemente encontrados
Alternativa D: INCORRETA. Antes de tudo, o médico deve ter certeza de que se
trata de um caso de criptoquirdia e não de alguma variante normal de posição
testicular (como testículo retrátil). Em sendo criptoquirdia, o tratamento pode ser
clínico ou cirúrgico. A avaliação do especialista só é válida após os 9 meses, tendo
em vista que a descida testicular pode ocorrer entre o 3º e o 6º-9º mês (variando
de literatura).
▶ resposta: A
subtópico:
Convulsão febril.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A crise febril acontece em período do
desenvolvimento cerebral caracterizado por grande excitabilidade neuronal e
formação de redes neurais (seis meses até cinco anos). Em muitas famílias, a
crise febril parece ser um traço herdado de forma autossômica dominante. Vários
genes já foram identificados: FEB 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Alternativa B: INCORRETA. Define-se como crise febril ou convulsão febril toda
convulsão que ocorre em vigência de doença infecciosa febril (excluindo-se
infecções do sistema nervoso central e desequilíbrios hidroeletrolíticos), com
temperatura maior ou igual a 38°C.
Alternativa C: INCORRETA. A crise febril simples é caracterizada por crise tônico-
clônica generalizada com duração inferior a 15 minutos, com sonolência breve no
período pós-ictal e costuma ser apenas uma crise em 24 horas. A crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo,
mesmo que a criança tenha várias crises febris simples. Além disso, a ocorrência
de crise febril simples na infância não aumenta o risco de epilepsia no futuro. O
risco de epilepsia futura nas crianças com crise febril é similar ao encontrado na
população geral, ou seja, em torno de 1% a 3%.
Alternativa D: CORRETA. Conforme comentário da alternativa C, a crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo.
▶ resposta: D
A. I e II, apenas.
B. II e III, apenas.
C. III e IV, apenas.
D. I e IV, apenas.
E. I, II e III, apenas.
subtópico:
Pneumonias.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: INCORRETA. A azitromicina costuma ser utilizada na dose de 10 a 30
mg/kg/dia em dose única diária por cinco dias.
Assertiva II: CORRETA. A amoxicilina é utilizada na dose de 50 mg/kg/dia de 8/8
horas de 7 a 10 dias conforme a assertiva.
Assertiva III: CORRETA. Quando utilizada, a penicilina procaína é feita na dose
de 50.000 UI/kg/dia com intervalo de 12/12 horas durante sete dias.
Assertiva IV: INCORRETA. A eritromicina, quando utilizada, deve ser feita na
dose de 40 a 50 mg/kg/dia com intervalo de 6/6 horas por 7 a 10 dias.
▶ resposta: B
A. Bombas elétricas
B. Conchas
C. Protetores flexíveis de silicone
D. Suplementadores
E. Sondas de relactação
subtópico:
Puericultura; Aleitamento materno.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A bomba (elétrica ou manual) realiza apenas a
ordenha. Não tem a função de armazenar leite. De tal forma, não propicia
crescimento bacteriano desde que seja higienizada corretamente.
Alternativa B: CORRETA. Dispositivo feito de plástico, com orifício no centro. A
pressão na concha pode lesionar o mamilo, assim, não deve ser utilizada durante
o sono. Como a concha passa bastante tempo “coletando o leite que goteja”, é
um ótimo meio de cultura para micro-organismos, sendo contraindicado para a
coleta do leite que será oferecido à criança.
Alternativa C: INCORRETA. O protetor de silicone é colocado sobre o mamilo e a
aréola antes da mamada, para facilitar a pega. Não tem a função de
coletar/armazenar leite.
Alternativas D e E: Incorretas. Nada mais são do que recipientes ligados a uma
sonda que vai em direção ao mamilo materno. Auxiliam no aleitamento materno,
enquanto o bebê realiza sucção ao seio materno, favorecendo a fisiologia para
produção láctea. Como o leite só é colocado no recipiente no momento da oferta,
não há tempo suficiente para proliferação bacteriana.
▶ resposta: B
subtópico:
Dermatoses neonatais; Neonatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O eritema tóxico é uma erupção autolimitada e
benigna encontrada em 20% a 60% dos recém-nascidos a termo. Costuma ter
início entre o segundo ou terceiro dia de vida. Caracteriza-se principalmente por
vesículas, pápulas ou pústulas com 1 a 3 mm de diâmetro e presença de halo
eritematoso ao redor das lesões. Costumam surgir na face e se espalham para
tronco e extremidades sendo as regiões palmar e plantar poupadas. Não há
indicação de tratamento específico.
Alternativa B: INCORRETA. Os cistos de milia são pequenos cistos de inclusão
epidérmicos que podem estar presentes ao nascimento ou surgirem depois. São
encontrados em cerca de 40% a 50% dos recém-nascidos e desaparecem ainda
no primeiro mês. Consistem em pápulas peroladas com 1 a 2 mm de diâmetro
localizadas comumente na fronte e/ou mento, mas podem ocorrer em qualquer
local do corpo. Não há indicação de tratamento específico.
Alternativa C: INCORRETA. A miliária é o resultado da sudorese associada à
obstrução das glândulas sudoríparas e constituem pequenas vesículas
puntiformes, com 1 a 2 mm de diâmetro, na face, região cervical, tronco e áreas
flexurais. A miliária é mais comum em climas quentes, durante episódios febris e
em crianças mantidas muito agasalhadas. Existem dois tipos: a) cristalina (como
o próprio nome diz são vesículas cristalinas sem eritema que surgem nos
primeiros dias de vida) e b) rubra (tem processo inflamatório associado e
apresenta formação de pápulas, vesículas e pústulas com eritema subjacente que
costuma aparecer apenas após a primeira semana de vida).
Alternativa D: INCORRETA. A melanose pustular neonatal transitória é uma
dermatose benigna e autolimitada que acomete de 1% a 4% dos recém-nascidos
e caracteriza-se por vesículas e pústulas presentes ao nascimento que se
rompem em 24 a 48 horas com surgimento de máculas hiperpigmentadas com
colarete descamativo que podem persistir por meses.
Alternativa E: CORRETA. A hiperplasia sebácea é caracterizada pela hipertrofia
das glândulas sebáceas e caracterizam-se por pápulas amareladas distribuídas
principalmente na região nasal, malas e lábio superior. Não há tratamento
específico já que involuem nas primeiras semanas de vida.
▶ resposta: E
A. Streptococcus pyogenes
B. Streptococcus pneumoniae
C. Haemophilus influenzae
D. Moraxella catarrhalis
E. Vírus respiratórios
subtópico:
Infecção de vias aéreas superiores.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Streptococcus pyogenes costuma ser encontrado
nos casos de sinusite subaguda prolongada e na sinusite crônica.
Alternativa B: INCORRETA. O Streptococcus pneumoniae é responsável por cerca
de 30% dos casos de rinossinusite bacteriana aguda.
Alternativa C: INCORRETA. O Haemophilus influenzae é responsável por cerca de
20% dos casos de rinossinusite bacteriana aguda.
Alternativa D: INCORRETA. A Moraxella catarrhalis é o terceiro agente mais
comum nos casos de rinossinusite bacteriana aguda respondendo em cerca de
20% dos casos.
Alternativa E: CORRETA. A causa mais comum de rinossinusite é uma infecção
viral das vias aéreas superiores, geradora de edema e inflamação da mucosa com
produção de muco espesso, que obstrui os seis paranasais e permite proliferação
bacteriana secundária. Aproximadamente 0,5% a 2% dos resfriados comuns
complicam com sinusite bacteriana aguda.
▶ resposta: E
subtópico:
Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor; Puericultura.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança adquire a habilidade de sentar-se sozinha,
sem apoio e com a coluna reta apenas aos 10 meses.
Alternativa B: INCORRETA. Aos 7 meses, a criança é capaz apenas de balbuciar e
fazer sons de vogais repetidas. Aos 10 meses, é capaz de emitir sons de
consoantes repetidas como “mama” e “dada”. A fala de palavras claras será
adquirida apenas acima dos 12 meses.
Alternativa C: CORRETA. A capacidade de “dar tchau” costuma surgir por volta
do nono mês enquanto a capacidade de apontas para objetos que deseja só
costuma surgir por volta dos 15 meses.
Alternativa D: INCORRETA. A capacidade de rabiscar inicia-se por cerca de 15
meses quando a criança é capaz de fazer uma linha com o lápis. Por volta dos 18
meses, a criança é capaz de imitar rabiscos e só é capaz de realizar rabiscos
circulares por volta dos 2 anos.
Alternativa E: INCORRETA. A criança só se torna capaz de inclinar-se para pegar
objetos por volta do sétimo mês. Inicia a pega de objetos com o polegar e o
indicador apenas ao redor dos 10 meses. No primeiro ano, começa a fazer o
movimento de pinça entre polegar e indicador de forma precisa. A montagem de
uma torre de 3 cubos torna-se possível por volta do 15º mês.
▶ resposta: C
subtópico:
Aspectos básicos da neonatologia; Puericultura.
grau de dificuldade:
dica do autor:
No que diz respeito à neonatologia, temos que tratar de alguns tópicos de
classificação do recém-nascido: a) idade gestacional; b) peso de nascimento e c)
relacionando idade gestacional ao peso de nascimento. Quanto à idade
gestacional, teremos pré-termo (prematuro) abaixo de 37 semanas; a termo de
37 a 41 semanas e 6 dias e pós-termo maior ou igual a 42 semanas. Quanto ao
peso de nascimento, teremos baixo peso ao nascer com menos de 2.500 gramas,
muito baixo peso com menos de 1.500 gramas e extremo baixo peso com menos
de 1.000 gramas. Também existe a classificação que considera a relação
peso/idade gestacional ao nascimento, cujos dados são expressos em um gráfico.
Nessa classificação, teremos pequeno para a idade gestacional (PIG) abaixo do
percentil 10, adequado para a idade (AIG) entre os percentis 10 e 90 e grande
para a idade gestacional (GIG) acima do percentil 90.
resolução:
Conforme a explicação da classificação acima, o RN deve ser classificado como
pré-termo tardio (nascido entre 34 e 36 semanas e 6 dias de idade gestacional),
baixo peso ao nascer (abaixo de 2.500 gramas) e adequado para a idade
gestacional (entre os percentis 10 e 90).
▶ resposta: D
12 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Considerando um recém-nascido
que nasceu a termo (39 semanas), saudável e que mama exclusivamente ao seio,
pode-se afirmar que:
subtópico:
Aspectos básicos da neonatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A perda de peso fisiológica que ocorre a partir do
nascimento consiste em perda de água e mecônio. No RN a termo, há perda de
até 10% do peso de nascimento nos primeiros 7 dias de vida, enquanto no pré-
termo há perda de até 14% do peso de nascimento nas primeiras semanas de
vida.
Alternativas B e D: Incorretas. A recuperação do peso de nascimento costuma
ocorrer por volta do décimo quarto dia de vida.
Alternativas C e E: Incorretas. Durante o primeiro trimestre de vida de uma
criança nascida a termo há, normalmente, um ganho ponderal de cerca de 700
gramas ao mês, ou seja, uma média de 25 a 30 gramas ao dia.
▶ resposta: A
subtópico:
Diarreia aguda e desidratação.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Diante de quadro de diarreia aguda e desidratação, é primordial que saibamos
classificar o grau de desidratação para, assim, tomarmos a melhor decisão
terapêutica. O paciente pode ser classificado como: a) sem desidratação; b)
desidratação leve e c) desidratação grave. A classificação é feita baseando-se em
alguns critérios que devem ser observados, como estado geral, olhos da criança,
presença de lágrimas, verificar a hidratação a partir da boca e da língua, sede da
criança, sinal da prega, pulsos e tempo de enchimento capilar. Na questão, temos
um paciente irritado, com olhos fundos, bebendo avidamente líquidos com
pulsos rápidos e fracos. Dessa forma, classificamos como um quadro de
desidratação leve, ou seja, devemos instituir o plano B.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O tratamento de uma criança com desidratação leve a
moderada, ou seja, o Plano B deve ser realizado com reidratação por via oral na
unidade de saúde. A reidratação oral com a Solução de Reidratação Oral (SRO) é o
tratamento de escolha para os pacientes com desidratação em razão da diarreia
e vômitos. Como orientação inicial, a criança deve receber de 50 a 100 ml/kg de
SRO no período de quatro a seis horas.
Alternativa B: INCORRETA. O uso de 30 ml/kg de solução fisiológica endovenosa
em período de 30 minutos está indicado para crianças com desidratação grave
maiores de cinco anos.
Alternativa C: INCORRETA. O soro glicosado costuma ser utilizado apenas na
fase de manutenção e reposição após o controle da desidratação.
Alternativa D: INCORRETA. O volume de 100 a 200 ml/kg de SRO é utilizado em
crianças acima de 12 meses de vida sem sinais de desidratação (Plano A).
Alternativa E: INCORRETA. Nos casos de desidratação grave, deve ser realizada
fase rápida de expansão com soro fisiológico 0,9% na dose de 20 ml/kg por 30
minutos para menores de 5 anos ou 10 ml/kg por 30 minutos para neonatos.
▶ resposta: A
A. Exantema súbito
B. Doença de Kawasaki
C. Sarampo
D. Rubéola
E. Escarlatina
subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Nas questões de doenças exantemáticas, devemos focar nos sinais e sintomas
mais frequentes e até mesmo patognomônicos das diversas doenças.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
Alternativa B: INCORRETA. Para o diagnóstico de Kawasaki, o paciente deve
apresentar febre por cinco dias ou mais associada a quatro ou cinco dos
seguintes sintomas: a) conjuntivite bilateral, b) lesões em lábios, língua ou
cavidade oral, c) linfadenopatia cervical, d) exantema polimorfo, e) lesões
palmoplantares, edema endurecido ou descamação periungueal.
Alternativa C: CORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em três
fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença. A fase prodrômica
costuma durar entre dois e quatro dias e caracteriza-se por febre progressiva que
costuma atingir valor máximo no início do exantema por volta do segundo ou
terceiro dia, conjuntivite não purulenta associada a fotofobia, tosse bastante
intensa e o surgimento das manchas de Koplik. Essas manchas consistem em
exantema patognomônico do sarampo e pequenas manchas branco-azuladas
com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso identificadas na mucosa jugal na
altura dos pré-molares. Na fase exantemática, a criança apresenta lesões
maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio, ou seja,
exantema morbiliforme. Ele costuma ter progressão craniocaudal lenta iniciando
na fronte (próximo à linha de implantação capilar), região retroauricular e nuca.
As lesões progridem para tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da
fase exantemática. Na fase de convalescença, o exantema adquire aspecto
acastanhado e desaparece na mesma sequência em que surgiu, dando lugar a
uma fina descamação da pele, com aspecto furfuráceo.
Alternativa D: INCORRETA. As infecções subclínicas pelo vírus da rubéola são
frequentes e até 25% a 40% das crianças não apresentam exantema. Caracteriza-
se por duas fases distintas: prodrômica e exantemática. Os pródromos costumam
estar ausentes nas crianças e podemos encontrar sintomas inespecíficos como
febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, mal-estar e anorexia. Nessa fase, o que
mais ajuda na identificação é a presença de linfadenomegalia cujas cadeias mais
acometidas são suboccipital, retroauricular e cervical posterior. Na fase
exantemática, há surgimento de exantema maculopapular róseo que surge na
face e pescoço e dissemina-se para tronco e extremidades de forma mais rápida
que no sarampo. Na rubéola, podemos encontrar manchas de Forchheimer, que
consistem em lesões puntiformes rosadas identificadas no palato mole e não
patognomônicas.
Alternativa E: INCORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a
15 anos com evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico, podemos encontrar faringe hiperemiada com
amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença, temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
▶ resposta: C
subtópico:
Transtorno do Espectro do Autismo.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O diagnóstico de autismo de acordo com o DSM V deve incluir aspectos como
deficiências persistentes na comunicação e interação social, padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, presentes nas primeiras
etapas do desenvolvimento, sintomas que causam prejuízo clinicamente
significativo nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de
funcionamento do paciente e distúrbios não explicados por deficiência cognitiva
ou atraso global do desenvolvimento.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pacientes com diagnóstico do transtorno do
espectro do autismo apresentam limitação na reciprocidade social e emocional,
limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos e limitação nos
comportamentos de comunicação não verbal utilizados para interação social.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com esse diagnóstico tende a apresentar-se
hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente.
Alternativa C: INCORRETA. Por apresentar incapacidade nítida para fazer
amizade com seus pares e acentuada falta de alerta da existência ou sentimentos
dos outros, esses pacientes apresentam tendência ao isolamento.
Alternativa D: INCORRETA. O paciente diagnosticado com esse transtorno
apresenta dificuldade na comunicação não verbal como, no olhar fixo olho no
olho, expressão facial, postura corporal ou gestos para indicar ou modular a
interação social.
Alternativa E: INCORRETA. É comum que o paciente portador desse transtorno
apresente interesse marcadamente restrito e preocupação com interesse
limitado, por exemplo, interessado somente em enfileirar objetos. Ele apresenta
preocupação insistente com parte de objetos ou apresenta vinculação com
objetos inusitados.
▶ resposta: E
subtópico:
Aleitamento materno; puericultura.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que o aleitamento materno será descontinuado apenas em último
caso.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Já é conhecido que o leite materno possui
imunoglobulinas que auxiliam no combate a infecções, inclusive na mama. Além
disso, auxilia no processo de cicatrização. Qual a principal causa para lesão do
mamilo? Pega incorreta.
Alternativa B: INCORRETA. O leite materno só será substituído pela fórmula
láctea em último caso ou, então, quando houver alguma contraindicação. O
descanso ao seio é dado iniciando a mamada pela mama contralateral,
orientando a pega correta e nos cuidados para cicatrização.
Alternativa C: INCORRETA. O uso de antibiótico só é indicado nos casos de
mastite. Mama túrgida, quente, com sinais flogísticos. Mesmo na presença de
mastite, o aleitamento não é contraindicado.
Alternativa D: INCORRETA. A mamada deve ser iniciada pelo seio não lesionado,
pois no começo da mamada o lactente realiza sucção mais vigorosa. Quando há
mais saciedade, a mamada é mais suave, momento no qual a criança deve ser
colocada na mama com lesão.
Alternativa E: INCORRETA. O uso de protetores pode auxiliar, tendo em vista
que há redução de atrito com o sutiã, por exemplo.
resposta: A
subtópico:
Emergência pediátrica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Urgência/emergência e puericultura são questões frequentes em provas de
pediatria, principalmente nas especialidades de entrada direta.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A má rotação com volvo ocorre por alterações da
rotação e fixação do volvo no período embrionário. Mais de 50% dos casos
ocorrem antes de completar o primeiro mês de vida. A manifestação mais
frequente são os vômitos corados por bile.
Alternativa B: INCORRETA. A apendicite aguda é a principal causa de abdome
agudo em pediatria, porém é mais frequente em pacientes a partir dos quatro
anos. Os vômitos podem estar presentes, mas sangramento ao evacuar não é
comum. Dor abdominal, abdome em tábua e febre são frequentes.
Alternativa C: INCORRETA. A ausência de hérnias no exame físico afasta a
possibilidade.
Alternativa D: CORRETA. Lactente previamente saudável, com dor abdominal
súbita. A principal faixa etária acometida ocorre do 3º ao 9º mês. A principal
invaginação é íleo-ceco-cólica. Quando ocorre invaginação, pode haver isquemia,
distensão abdominal e massa palpável. Há eliminação de muco com sangue
pelas fezes (aspecto de geleia de morango) e pode ser palpada massa abdominal
(aspecto de chouriço). A USG é o exame de escolha para o diagnóstico, com
presença de imagem em alvo. Em 90% dos casos a causa é desconhecida (causa
primária).
Alternativa E: INCORRETA. Normalmente desencadeado por quadro infeccioso
prévio (principalmente viral). A USG evidencia o diagnóstico.
▶ resposta: D
subtópico:
Violência e maus-tratos.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na maior parte das vezes, o bebê pode não mostrar,
ao exame físico, sinais exteriores do traumatismo craniano sofrido. Em raras
ocasiões, a SBS é acompanhada de hematomas visíveis ou de fratura de ossos do
crânio ou de ossos longos.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome da criança sacudida engloba alterações
causadas por movimentos de aceleração e desaceleração, associados a forças de
rotação impostas a crianças de 0 a 5 anos.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome do bebê sacudido pode ser fatal ou gerar
danos incapacitantes definitivos. As evidências demonstram que, ao redor de
30% das crianças nos casos graves, morrem como resultado do trauma repetitivo
sobre a cabeça.
Alternativa D: INCORRETA. A movimentação repetitiva e exagerada da cabeça
pode causar ruptura dos delicados vasos cerebrais e retinianos e gerar
hematoma subdural agudo, hemorragia subaracnóidea, hemorragia
intraparenquimatosa e hemorragia intraocular, vítrea ou retiniana.
Alternativa E: CORRETA. Estudos demonstram que 60% dos bebês sobreviventes
apresentam sequelas de moderadas a graves, dentre elas déficit motores e
visuais.
▶ resposta: E
A. Menos 3 e mais 3;
B. Zero e mais 2;
C. Menos 2 e mais 2;
D. Mais 1 e mais 3;
E. Menos 1 e mais 1.
subtópico:
Puericultura.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Precisamos saber todos os detalhes das curvas da OMS e do Ministério da Saúde
por aparecer em diversas provas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Crianças nessa idade com peso acima do Z escore +2
devem ser classificadas como peso elevado para a idade.
Alternativa B: INCORRETA. Crianças que se encontram com Z escore entre -2 e 0
também são consideradas com peso adequado para a idade.
Alternativa C: CORRETA. Crianças com Z escore entre -2 e +2 são consideradas
com peso adequado para a idade.
Alternativa D: INCORRETA. Crianças com Z score acima de +2 já são
consideradas como peso elevado para a idade.
Alternativa E: INCORRETA. Crianças com Z escore entre -2 e -1 e aquelas com Z
escore entre +1 e +2 também são considerados com peso adequado para a idade.
▶ resposta: C
A. O leite materno nos primeiros dois anos de vida reduz o risco de obesidade
e os eventos crônicos futuros, como hipertensão e diabetes.
B. O leite materno promove o desenvolvimento de microbiota favorecedora
do desenvolvimento em recém-nascidos pré-termos.
C. A lactação reduz o risco de câncer de mama e de ovário para a mulher
nutriz.
D. O leite materno deve ser complementado com fórmula láctea a partir da
idade na qual o crescimento estiver abaixo do percentil 50.
subtópico:
Aleitamento materno.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O aleitamento materno promove diversos benefícios
sobre a saúde da criança e da mulher. Para a criança, podemos perceber redução
da mortalidade infantil, da incidência e gravidade da diarreia, da morbidade por
infecção respiratória, das alergias e de doenças crônicas como obesidade,
diabetes tipo 2 e níveis menores de colesterol total. Além disso, promove melhor
desenvolvimento cognitivo e da cavidade bucal.
Alternativa B: INCORRETA. O leite humano possui vários fatores imunológicos
específicos e não específicos que conferem proteção ativa e passiva contra
infecções nas crianças amamentadas. A IgA secretória é a principal
imunoglobulina, que atua contra micro-organismos que colonizam ou invadem
superfícies mucosas. Outros fatores de proteção no leite materno são leucócitos,
que matam micro-organismos; lisozima e lactoferrina, que atuam sobre
bactérias, vírus e fungos, oligossacarídeos, que previnem ligação da bactéria na
superfície mucosa e protegem contra enterotoxinas no intestino, ligando-se à
bactéria, fator bífido, que favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, que
acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia.
Alternativa C: INCORRETA. Há evidências de proteção do aleitamento materno
contra o câncer de mama e de ovário na mulher que amamenta. Além disso, há
redução do desenvolvimento de diabetes tipo 2 e efeito anticoncepcional.
Alternativa D: CORRETA. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de
Pediatria orientam que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses para
todas as crianças. A introdução alimentar deve ser realizada a partir dos 6 meses
mas o leite materno deve ser mantido, preferencialmente, até pelo menos os
dois primeiros anos. A introdução de fórmulas infantis deve ser realizada apenas
em condições específicas como crianças com doença do refluxo gastroesofágico,
alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância à lactose.
▶ resposta: D
A. Rubéola.
B. Eritema Infeccioso.
C. Exantema Súbito.
D. Sarampo.
subtópico:
Infectologia; doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Doença exantemática caracterizada por quadro febril
moderado, cefaleia, faringite, rash eritematoso e hipertrofia de linfonodos
cervicais posteriores.
Alternativa B: INCORRETA. Doença viral benigna causada pelo Parvovírus B19. O
exantema ocorre após a resolução dos pródromos virais que o antecedem. É
comum a presença de exantema em face (face esbofeteada), que após alguns
dias dissemina-se para tronco e membros.
Alternativa C: INCORRETA. Doença viral benigna, causada por herpes vírus tipo
6 e 7. Normalmente, acomete crianças até quatro anos. O quadro clínico é
caracterizado por início súbito com febre alta (39 a 40°C) e exantema
maculopapular que acomete primeiro o tronco e depois a face Dura de 24 a 72
horas.
Alternativa D: INCORRETA. Febre alta, exantema maculopapular generalizado,
tosse, coriza e mancha de Koplik (exantema patognomônico).
▶ resposta: A
A. Paramixovírus.
B. Togavírus.
C. Parvovírus B19.
D. Herpes Vírus Humano 6.
subtópico:
Infectologia; doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sarampo: febre alta, exantema maculopapular
generalizado, tosse, coriza e mancha de Koplik (exantema patognomônico).
Alternativa B: INCORRETA. Rubéola: doença exantemática caracterizada por
quadro febril moderado, cefaleia, faringite, rash eritematoso e hipertrofia de
linfonodos cervicais posteriores.
Alternativa C: CORRETA. Eritema infeccioso: doença viral benigna causada pelo
Parvovírus B19. O exantema ocorre após a resolução dos pródromos virais que o
antecedem. É comum a presença de exantema em face (face esbofeteada), que
após alguns dias dissemina-se para tronco e membros.
Alternativa D: INCORRETA. Exantema súbito: doença viral benigna causada por
herpes vírus tipos 6 e 7. Normalmente, acomete crianças até quatro anos. O
quadro clínico é caracterizado por início súbito com febre alta (39 a 40°C) e
exantema maculopapular que acomete primeiro o tronco e depois a face). Dura
de 24 a 72 horas.
▶ resposta: C
A. 8
B. 5
C. 7
D. 6
subtópico:
Urgência e Emergência em pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A escala de coma de Glasgow leva em consideração três tipos de resposta: a)
abertura ocular (pontuação máxima de 4 pontos), b) resposta verbal (pontuação
máxima 5) e c) melhor resposta motora (pontuação máxima 6).
resolução:
A abertura ocular realizada após estímulo doloroso pontua apenas 2 pontos. A
expressão de gemido ao estímulo doloroso pontuaria também apenas 2 pontos
(sons incompreensíveis). A flexão anormal na avaliação da resposta motora
pontua 3 pontos. Dessa forma, o total seria de 7.
▶ resposta: C
A. 9%
B. 36%
C. 18%
D. 72%
subtópico:
Queimadura.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Ao avaliar a extensão da lesão, somente as lesões de segundo e terceiro graus
devem ser consideradas. Nas crianças, as áreas têm sua porcentagem
dependente da idade da criança, mas observe que o autor da questão pediu para
que fosse realizada a “regra dos 9”, que é a mesma utilizada para adultos.
resolução:
Considerando todo o membro inferior esquerdo, tem-se uma área de
aproximadamente 17%. Além disso, considerando o tronco, temos mais uma área
de cerca de 13%. Assim, a SCQ estimada se aproxima dos 36%.
▶ resposta: B
A. Peritonite.
B. Alopecia.
C. Vômitos incoercíveis.
D. Choro inconsolável.
E. Diarreia com raias de sangue nas fezes.
subtópico:
APLV; Puericultura; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
resolução:
A alergia à proteína de leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum na
infância. O paciente pode apresentar quadro mediado por IgE (com clínica
imediata, como dispneia, angioedema ou anafilaxia), quadro não mediado por
IgE (manifestações gastrointestinais como colite) e os mecanismos mistos.
▶ resposta: E
26 (IBADE – UPAS Rio – 2019) R.J.V, 14 anos, chega ao atendimento médico com
história de intoxicação alcoólica, apresentando vômitos. A conduta imediata a ser
tomada deve ser:
A. Hidratação venosa.
B. Antídoto para álcool.
C. Analgesia venosa.
D. Coleta de exames laboratoriais.
E. Radiografia de tórax.
subtópico:
Urgência e emergência.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como o álcool é um diurético a nível central, o
consumo excessivo pode cursar com desidratação aumentando, ainda mais, a
concentração na corrente sanguínea. A reposição volêmica auxilia na diluição do
álcool no sangue, além de aumentar o transporte para excreção.
Alternativa B: INCORRETA. A tiamina deve ser administrada apenas no paciente
que apresenta ataxia, disartria, amnesia, hipotermia, anestesia (estágio I)
Alternativa C: INCORRETA. Não há relato de dor.
Alternativa D: INCORRETA. Não irá interferir na conduta inicial, já que o
diagnóstico é baseado na anamnese e exame clínico.
Alternativa E: INCORRETA. Não há finalidade para solicitar raio-X de tórax nesse
momento.
▶ resposta: A
subtópico:
Infecções de vias aéreas superiores.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os agentes etiológicos frequentemente identificados
nos casos de otite média aguda são Streptococcus pneumoniae (30% a 50%),
Haemophilus influenzae não tipável (25% a 30%) e Moraxella catarrhalis (10% a
15%).
Alternativa B: CORRETA. A OMA é uma das doenças mais frequentes na criança.
A maior prevalência da OMA ocorre durante os dois primeiros anos. Cerca de 80%
das crianças abaixo de três anos terão pelo menos um episódio de OMA. As
crianças menores de 2 anos apresentam imaturidade imunológica e anatomia da
trompa de Eustáquio mais curta e horizontal, prejudicando seus mecanismos
antirrefluxo e de drenagem da orelha média.
Alternativa C: INCORRETA. O exame otoscópico é uma ferramenta fundamental
para o diagnóstico da OMA e deve ser sempre realizado diante de quadro clínico
típico ou em crianças pequenas com sintomas inespecíficos (choro, irritabilidade
e vômitos) iniciados após quadro de resfriado comum. Além disso, o
abaulamento da membrana timpânica é o dado mais específico para o
diagnóstico da OMA. Na OMA, a otoscopia revela membrana timpânica
hiperemiada, convexa e abaulada, de coloração alterada (hiperemia difusa,
opacificação e pontos esbranquiçados) e com perda de mobilidade.
Alternativa D: INCORRETA. Crianças acima de dois anos com diagnóstico de
OMA com oteorreia e sintomas graves tem, necessariamente, que receber
antibiótico. Crianças acima de 2 anos com OMA bilateral sem otorreia ou OMA
unilateral sem otorreia podem ficar apenas em observação, mas, de acordo com
a avaliação médica, podem iniciar tratamento com antibiótico.
▶ resposta: B
subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) de convalescença. Na fase
exantemática, a criança apresenta lesões maculopapulares eritematosas com
áreas de pele sã de permeio, ou seja, exantema morbiliforme. Costuma ter
progressão craniocaudal lenta iniciando na fronte (próximo à linha de
implantação capilar), região retroauricular e nuca. As lesões progridem para o
tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da fase exantemática. Na fase
de convalescença, o exantema adquire aspecto acastanhado e desaparece na
mesma sequência em que surgiu, dando lugar a uma fina descamação da pele,
com aspecto furfuráceo.
Alternativa B: INCORRETA. As infecções subclínicas pelo vírus da rubéola são
frequentes e até 25% a 40% das crianças não apresentam exantema. Caracteriza-
se por duas fases distintas: prodrômica e exantemática. Na fase exantemática, há
surgimento de exantema maculopapular róseo que surge na face e pescoço e
dissemina-se para tronco e extremidades de forma mais rápida que no sarampo.
Além disso, quando o exantema desaparece não deixa qualquer descamação.
Alternativa C: CORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a 15
anos com uma evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico podemos encontrar uma faringe hiperemiada
com amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
Alternativa D: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
Alternativa E: INCORRETA. A micoplasmose costuma ocorrer em escolares e
adolescentes e apresenta período prodrômico com febre, mal-estar e fadiga. O
exantema costuma ser maculopapular, tem tendência a confluir e acomete
principalmente o tronco e o dorso.
▶ resposta: C
subtópico:
Distúrbios alimentares.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A anorexia é caracterizada pela redução ou perda do
apetite.
Alternativa B: INCORRETA. A neofobia é caracterizada pela dificuldade em
aceitar alimentos novos ou desconhecidos, isto é, a criança nega-se a
experimentar qualquer tipo de alimento desconhecido e que não faça parte de
suas preferências alimentares.
Alternativa C: INCORRETA. Pica é o desejo de ingerir substâncias não nutritivas.
Alternativa D: CORRETA. A seletividade alimentar é um dos mais frequentes
distúrbios alimentares, caracterizado pela recusa alimentar, pouco apetite e
desinteresse por alimentos e variedade inadequada, sendo comum na fase pré-
escolar.
▶ resposta: D
subtópico:
Diarreia aguda e desidratação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A orientação atual do Ministério da Saúde do Brasil é
de uso apenas dos sais de reidratação oral sem indicar mais o uso do soro
caseiro. A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente, mas,
como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100 ml/kg para ser
administrado de 4 a 6 horas.
Alternativa B: INCORRETA. A fase rápida de expansão só está indicada para
pacientes considerados do Plano C, ou seja, com sinais de desidratação grave,
quando haverá necessidade de reposição hídrica por via endovenosa. No Plano B,
ainda devemos utilizar a via oral como a preferencial.
Alternativa C: INCORRETA. Nos pacientes classificados como desidratação leve,
deveremos indicar reposição hídrica por via oral.
Alternativa D: CORRETA. O Plano B instituído pelo Ministério da Saúde deve ser
realizado por via oral na unidade de saúde sob supervisão. Durante a reidratação,
o profissional deve reavaliar o paciente e, se desaparecem os sinais de
desidratação, devemos utilizar o Plano A (plano realizado em ambiente
domiciliar). Caso o paciente evolua para desidratação grave, devemos seguir para
o Plano C e realizar a hidratação por via endovenosa.
▶ resposta: D
subtópico:
Puericultura.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para crianças abaixo de cinco anos, devemos utilizar algumas classificações de
acordo com as curvas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para crianças
nessa idade existem as curvas de Peso x Idade, Peso x Estatura, IMC x Idade e
Estatura x Idade.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. No que diz respeito ao peso em crianças abaixo de
cinco anos, todos aqueles que estejam em Z escore entre +2 e +3 são
considerados com peso elevado para a idade na curva de Peso x Idade. Na curva
de Estatura x Idade, toda criança com Z escore entre -2 e +2 apresenta estatura
adequada para a idade. Na curva de IMC x Idade, o paciente com menos de cinco
anos que apresentar Z escore acima de +3 deve ser diagnosticado com
obesidade.
Alternativa B: INCORRETA. A classificação de obesidade grave só existe para
crianças acima de cinco anos que possuam Z escora maior que +3.
Alternativa C: INCORRETA. A estatura do paciente está adequada para a idade
(conforme comentário da alternativa A) e não podemos classificar uma criança
abaixo de 5 anos como obeso grave (conforme comentário da alternativa B).
Alternativa D: INCORRETA. A classificação de peso muito elevado para a idade
não existe.
▶ resposta: A
subtópico:
Alimentação.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O leite de vaca é constituído por quantidades
insuficientes de ácido linoleico e colesterol. Além disso, apresenta em sua maioria
ácidos graxos saturados e em excesso.
Alternativa B: INCORRETA. Além de possuir quantidade insuficiente de ácido
linoleico, o leite de vaca possui maior quantidade de proteínas, o que acaba
sendo responsável por maior sobrecarga renal do bebê.
Alternativa C: CORRETA. O leite de vaca contém a mesma quantidade de ferro
quando comparado ao leite materno e, em ambos, essa quantidade é
considerada baixa. Entretanto, a biodisponibilidade do ferro presente no leite de
vaca é menor que do leite materno. A quantidade de sódio no leite de vaca é
cerca de três vezes maior que a quantidade encontrada no leite materno.
Conforme comentários anteriores, o leite de vaca possui baixa quantidade de
ácido linoleico e grande concentração de proteínas.
Alternativa D: INCORRETA. O leite de vaca possui baixa quantidade de ferro,
assim como o leite materno.
▶ resposta: C
A. 2 a 4 meses.
B. 4 a 8 meses.
C. 8 a 10 meses.
D. 10 a 12 meses.
E. 12 a 14 meses
subtópico:
Odontopediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O processo embriológico da formação dentária decídua, também conhecida
como dentes de leite, começa na sexta semana de vida intrauterina e termina por
volta dos quatro meses de gestação. A dentição permanente tem o início de sua
formação aos quatro meses de vida intrauterina e é finalizada aos 10 meses de
idade, com o dente que será o segundo pré-molar. No período de 24 a 30 meses,
os segundos molares erupcionam, o que completa a dentição decídua, composta
por 20 dentes, sendo 10 na região da maxila e 10 na mandíbula. Essa dentição
permanece até por volta dos 5 anos e meio ou 6 anos de vida da criança, quando
então começam a erupcionar os primeiros molares permanentes, no espaço
posterior aos molares decíduos, conseguido pelo prévio crescimento contínuo da
mandíbula em tamanho.
resolução:
A cronologia da erupção é variável e dependente de múltiplos fatores, como
alimentação, clima, etnia, gênero e fatores endócrinos. Entretanto, nos primeiros
6 a 8 meses de vida, os primeiros dentes, geralmente os incisivos centrais
inferiores, começam a irromper na cavidade bucal do bebê.
▶ resposta: B
subtópico:
Dermatoses na infância.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Ectima é uma infecção piogênica, ou seja, produtora de
pus, que acomete a pele de forma profunda, sendo habitualmente causada pela
bactéria Strptococcus pyogenes. Enquanto isso, a Larva migrans forma apenas
pápula pruriginosa.
Alternativa B: INCORRETA. A Larva migrans ou bicho geográfico é uma erupção
cutânea autolimitada causada pela penetração e migração das larvas do
Ancylostoma caninum e do Ancylostoma braziliensis contidas nas fezes de cães e
gatos.
Alternativa C: INCORRETA. As lesões podem se localizar em qualquer área do
corpo, mas preferencialmente nos pés e região glútea. A larva penetra
ativamente na pele formando uma pápula pruriginosa.
Alternativa D: INCORRETA. O principal sintoma é o prurido que, por ser intenso,
pode prejudicar o sono da criança e resultar em escoriações e, frequentemente,
infecção secundária.
▶ resposta: A
A. Está indicado para prematuros com idade gestacional ao nascer menor que
37 semanas.
B. Deve ser administrado nos meses de sazonalidade do vírus, entre
novembro e março.
C. Deve ser administrado em 5 doses mensais consecutivas, após a alta
hospitalar.
D. Está indicado em portadores de doença pulmonar crônica
independentemente da idade gestacional ao nascer.
subtópico:
Imunização.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O palivizumabe está indicado para lactentes
nascidos com menos de 28 semanas de idade gestacional.
Alternativa B: INCORRETA. O período de aplicação depende da sazonalidade de
cada região do país. Na região Norte, a sazonalidade ocorre entre fevereiro e
junho, ou seja, deve ser administrado de janeiro a junho. Nas regiões Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste, o período de sazonalidade vai de março a julho com
aplicação sendo feita entre fevereiro e julho. Já na região Sul, o período de
sazonalidade é de abril e agosto e sua aplicação deve ser entre março e agosto.
Alternativa C: INCORRETA. O palivizumabe deve ser administrado de forma
intramuscular a cada 30 dias iniciando no período de sazonalidade. O número de
doses é de até cinco e, para crianças cujo nascimento ocorre entre o período de
aplicação, poderá ser necessário um número menor de doses.
Alternativa D: CORRETA. O palivizumabe está indicado para crianças menores de
dois anos om doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia
broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita com repercussão
hemodinâmica.
▶ resposta: D
subtópico:
Anemia falciforme.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A anemia falciforme é marcada por mutação pontual
havendo substituição do ácido glutâmico pela valina. Essa substituição acaba
levando à formação de um novo tipo de hemoglobina, a S (HbS).
Alternativa B: INCORRETA. Os portadores de traço falcêmico geralmente são
assintomáticos, não apresentam anemia e não têm anormalidades físicas. Dessa
forma, não são considerados doentes e podem ter vida normal, necessitando
apenas de acompanhamento médico de rotina, como qualquer outra criança.
Alternativa C: INCORRETA. O estado hemolítico crônico acelera a produção de
hemácias pela medula óssea, podendo levar a um rápido esgotamento das
reservas endógenas de folato, o que culmina na chamada crise megaloblástica.
Por esse motivo, todo falcêmico deve fazer reposição contínua de 1 mg/dia de
ácido fólico (dose profilática). Existem fortes evidências na literatura de que, em
crianças falcêmicas, a profilaxia com penicilina V oral iniciada no segundo mês de
vida reduz em mais de 80% a chance de infecção invasiva pelo pneumococo.
Alternativa D: INCORRETA. As complicações pulmonares constituem a principal
causa de óbito em falcêmicos na atualidade.
▶ resposta: A
37 (FUNDEP – Prefeitura de Pará de Minas/MG – 2018) Para o
diagnóstico de rinossinusite aguda, é incorreto afirmar:
subtópico:
Infecção de vias aéreas superiores.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em crianças, o emprego de estudo radiológico dos
seios da face na busca de opacificações, nível hidroaéreo e espessamento de
mucosa é desnecessário, pois tem pouca sensibilidade e especificidade em
menores de cinco anos. A presença de achados radiológicos de sinusite define
apenas um processo inflamatório do seio, mas não auxiliam na diferenciação
etiológica do processo.
Alternativa B: INCORRETA. Nenhum exame de imagem é indicado para crianças.
Para o diagnóstico na criança, a história clínica e o exame físico, incluindo a
endoscopia nasal, são fundamentais e suficientes. Pelas manifestações clínicas
pouco específicas na maioria das crianças, uma rinossinusite apresenta sinais e
sintomas muito semelhantes a qualquer infecção viral de vias aéreas superiores,
diferenciando-se principalmente pela duração do quadro.
Alternativa C: INCORRETA. O seio maxilar só se torna visível nos exames de
imagem por volta dos quatro anos. O seio maxilar hipoplásico aparece na
radiografia de seios da face como opacificação de modo a confundir com o
diagnóstico de sinusite.
Alternativa D: CORRETA. Embora aproximadamente 50% das crianças evoluam
para cura espontânea, a antibioticoterapia é indicada para resolução mais rápida
dos sintomas e para se evitar complicações orbitárias ou intracranianas. A
tomografia só deve ser solicitada em pacientes com sintomas persistentes
mesmo após tratamento adequado, recorrentes ou com complicações.
▶ resposta: D
A. Escarlatina.
B. Síndrome da pele escaldada.
C. Eritema infeccioso.
D. Síndrome de Kawasaki.
E. Sarampo.
subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a 15
anos com evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico, podemos encontrar faringe hiperemiada com
amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença, temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome da pele escaldada é causada por toxina
pidermolítica liberada por algumas cepas de estafilococos. Caracteriza-se pelo
aparecimento de eritema macular e edema em áreas intertriginosas e
periorificiais que se espalha por todo o corpo, poupando áreas pilosas,
geralmente precedido por quadro de vias aéreas superiores ou conjuntivite. O
estado geral pode estar comprometido com irritabilidade e febre. A pele começa
a exsudar e esfoliar, criando crostas melicéricas e fissuras radiais ao redor da
boca e olhos, dando à doença seu aspecto característico. Ao longo de dois ou três
dias, a camada superficial da epiderme se torna enrugada e pode se desprender
com facilidade à fricção leve (Sinal de Nikolsky). Nos dias seguintes, se não
houver intercorrência infecciosa, toda pele descama, sem deixar cicatriz ou
sequela.
Alternativa C: INCORRETA. O eritema infeccioso é a manifestação mais comum
da infecção pelo Parvovírus B19. Seu quadro clínico é composto por três
diferentes fases. Na primeira fase, há eritema malar bilateral que dá ao paciente
o aspecto de “face esbofeteada”. Na segunda fase, ocorre a disseminação do
exantema para o tronco e extremidades proximais, principalmente nas
superfícies extensoras, comumente poupando a região palmoplantar. Lesões
maculares eritematosas sofrem clareamento central adquirindo aspecto
rendilhado ou reticulado são observadas nessa fase. Finalmente, ocorre a terceira
fase, caracterizada por período em que o exantema recidiva quando o paciente
se expõe ao sol, calor, estresse e exercício.
Alternativa D: INCORRETA. Para o diagnóstico de Kawasaki, o paciente deve
apresentar febre por cinco dias ou mais associada a quatro ou cinco dos
seguintes sintomas: a) conjuntivite bilateral, b) lesões em lábios, língua ou
cavidade oral, c) linfadenopatia cervical, d) exantema polimorfo, e) lesões
palmoplantares, edema endurecido ou descamação periungueal.
Alternativa E: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença. A fase prodrômica
costuma durar entre dois e quatro dias e caracteriza-se por febre progressiva que
costuma atingir valor máximo no início do exantema por volta do segundo ou
terceiro dia, conjuntivite não purulenta associada a fotofobia, tosse bastante
intensa e o surgimento das manchas de Koplik. Essas manchas consistem em
exantema patognomônico do sarampo e pequenas manchas branco-azuladas
com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso identificadas na mucosa jugal na
altura dos pré-molares. Na fase exantemática, a criança apresenta lesões
maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio, ou seja,
exantema morbiliforme. Ele costuma ter progressão craniocaudal lenta iniciando
na fronte (próximo à linha de implantação capilar), região retroauricular e nuca.
As lesões progridem para tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da
fase exantemática. Na fase de convalescença, o exantema adquire aspecto
acastanhado e desaparece na mesma sequência em que surgiu, dando lugar a
uma fina descamação da pele, com aspecto furfuráceo.
▶ resposta: A
39 (Organização
Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de
Borborema/SP – 2019) Criança pré-escolar com história de febre baixa,
hiporexia, odinofagia, mal-estar. Ao exame físico apresenta linfadenopatia, lesões
vesiculares em mucosa, palato e língua, além de exantema papulovesicular
acometendo mãos, pés e nádegas. Diante desta descrição, a principal hipótese
diagnóstica é:
A. Síndrome mão-pé-boca.
B. Varicela.
C. Sarampo.
D. Eritema infeccioso.
E. Eritema súbito.
subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome mão-pé-boca em geral é uma doença febril
causada pelo vírus coxsackie A16 ou enterovírus. Essa infecção é caracterizada
pelo surgimento de erupção vesicular nas mãos, pés e mucosa oral. As vesículas,
ocasionalmente, podem atingir a região glútea ou órgãos genitais. Importante
destacar que a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por período de
febre alta, gânglios aumentados seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e
diarreia.
Alternativa B: INCORRETA. Na varicela, podemos observar um período
prodrômico no qual as crianças apresentam febre, geralmente moderada, mal-
estar, adinamia, anorexia e dor abdominal. Esses sintomas surgem um a dois dias
antes do exantema. Em sequência, temos a fase exantemática cuja lesão inicial
consiste em mácula eritematosa e pruriginosa, que se converte em uma pápula,
que evolui em vesícula de conteúdo cristalino. Essa vesícula lembra uma “gota de
orvalho sobre uma pétala de rosa”. Em 24 a 48 horas, essa vesícula evolui como
pústula com umbilicação central e formação de crostas. Essas crostas irão
finalmente desaparecer entre uma e duas semanas deixando áreas de hipo ou
hiperpigmentação.
Alternativa C: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença . Na fase
exantemática, a criança apresenta lesões maculopapulares eritematosas com
áreas de pele sã de permeio, ou seja, exantema morbiliforme. Ele costuma ter
progressão craniocaudal lenta iniciando na fronte (próximo à linha de
implantação capilar), região retroauricular e nuca. As lesões progridem para
tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da fase exantemática. Na fase
de convalescença, o exantema adquire aspecto acastanhado e desaparece na
mesma sequência em que surgiu, dando lugar a uma fina descamação da pele,
com aspecto furfuráceo.
Alternativa D: INCORRETA. O eritema infeccioso é a manifestação mais comum
da infecção pelo Parvovírus B19. Seu quadro clínico é composto por três
diferentes fases. Na primeira fase, há eritema malar bilateral que dá ao paciente
o aspecto de “face esbofeteada”. Na segunda fase, ocorre a disseminação do
exantema para o tronco e extremidades proximais, principalmente nas
superfícies extensoras, comumente poupando a região palmoplantar. Lesões
maculares eritematosas sofrem clareamento central adquirindo aspecto
rendilhado ou reticulado são observadas nessa fase. Finalmente, ocorre a terceira
fase, caracterizada por período em que o exantema recidiva quando o paciente
se expõe ao sol, calor, estresse e exercício.
Alternativa E: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
▶ resposta: A
40 (Organização
Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de
Borborema/SP – 2019) O aleitamento materno é o alimento ideal para o
lactente nos primeiros 6 meses de vida, isso porque atende às necessidades
nutricionais, metabólicas e calóricas. Traz inúmeros benefícios ao bebê, à mãe e à
sociedade e está relacionado à diminuição da incidência e gravidade de algumas
doenças como:
A. Escabiose.
B. Impetigo.
C. Infecção do trato urinário.
D. Diarreia.
E. Conjuntivite.
subtópico:
Aleitamento materno.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não podemos esquecer que a escabiose é
transmitida pelo Sarcoptes scabiei por contato direto com doentes e também pelo
simples contato com as roupas ou roupas de cama do paciente.
Alternativa B: INCORRETA. O impetigo é uma piodermite superficial causada
geralmente por cocos gram-positivos, como Streptococcus e Staphylococcus. A
higiene precária e os quadros de desnutrição são fatores que predispõem a
manutenção da doença.
Alternativa C: INCORRETA. A principal forma de infecção é pela via ascendente,
na qual os patógenos da flora intestinal que colonizam a região perineal
ascendem através da uretra para colonizar as vias urinárias. A infecção urinária
nas crianças pode ser a complicação clínica de malformações do trato urinário
(hidronefrose) ou mesmo de alterações funcionais (refluxo vesicoureteral).
Alternativa D: CORRETA. O aleitamento materno promove diversos benefícios
sobre a saúde da criança e da mulher. Para a criança, podemos perceber redução
da mortalidade infantil, da incidência e gravidade da diarreia, da morbidade por
infecção respiratória, das alergias e de doenças crônicas como obesidade,
diabetes tipo 2 e níveis menores de colesterol total. Além disso, promove melhor
desenvolvimento cognitivo e da cavidade bucal.
Alternativa E: INCORRETA. A conjuntivite é toda inflamação da mucosa
conjuntival caracterizada por hiperemia, vasodilatação, quemose e exsudação. As
conjuntivites podem ser bacterianas, virais, cicatriciais e alérgicas (aguda, sazonal
ou atópica).
▶ resposta: D
A. Engatinhar.
B. Ficar de pé com apoio.
C. Ficar de pé sem apoio.
D. Sentar-se com apoio.
E. Andar com apoio.
subtópico:
Desenvolvimento neuropsicomotor.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança adquire a capacidade de engatinhar por
volta do nono mês de vida. Importante destacar que esse marco não
necessariamente aparece em todas as crianças antes da fase da deambulação.
Alternativa B: INCORRETA. A criança consegue ficar de pé com apoio por volta
do décimo mês de vida.
Alternativa C: INCORRETA. Aos 12 meses, a criança começa a andar com apoio
e, por volta dos 15 meses, é capaz de andar sem apoio.
Alternativa D: CORRETA. A capacidade de sentar-se com apoio costuma estar
presente nas crianças por volta dos seis meses.
Alternativa E: INCORRETA. A criança começa a andar com apoio por volta de um
ano de vida.
▶ resposta: D
subtópico:
Convulsão febril.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Nas situações em que há recorrência da convulsão
febril, pode-se recomendar o uso de benzodiazepínicos como diazepam,
clonazepam e nitrazepam. O antitérmico está indicado para impedir que ocorra
convulsão febril.
Alternativa B: INCORRETA. A crise febril acontece em período do
desenvolvimento cerebral caracterizado por grande excitabilidade neuronal e
formação de redes neurais, ou seja, mais comumente ocorre entre seis meses e
cinco anos.
Alternativa C: CORRETA. A crise febril simples é caracterizada por crise tônico-
clônica generalizada com duração inferior a 15 minutos, sonolência breve no
período pós-ictal e costuma ser apenas uma crise em 24 horas. A crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo,
mesmo que a criança tenha tido várias crises febris simples.
Alternativa D: INCORRETA. O diagnóstico da convulsão febril é essencialmente
clínico. O exame de líquor está indicado apenas nas seguintes condições: enos de
6 meses de vida, sintomatologia de infecção do sistema nervoso central,
recuperação lenta ou alteração neurológica pós-ictal e uso de antibióticos.
▶ resposta: C
A. F – V – V – F – V.
B. F – V – F – F – F.
C. V – V – F – V – F.
D. V – F – V – V – V.
E. V – F – V – V – F.
subtópico:
Hipovitaminose.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria,
todas as crianças devem receber de forma profilática a vitamina D a partir da
primeira semana de vida de modo que o banho de sol não apareça como
orientação confiável. Da primeira semana de vida até os 12 meses, deve ser feita
suplementação com 400 UI/dia de vitamina D a todas as crianças. Dos 12 até os
24 meses, todas as crianças devem receber 600 UI/dia de vitamina D. As
principais fontes alimentares de vitamina D incluem óleo de fígado de peixe e
gema de ovo.
Alternativa B: INCORRETA. A terceira assertiva está correta de acordo com o
comentário da alternativa A (a suplementação de vitamina D entre 12 e 24 meses
de vida deve ser feita com 600 UI/dia). .
Alternativa C: INCORRETA. Não há orientação de banho de sol como
suplementação da vitamina D de modo que deve ser realizada de forma
profilática a suplementação com a própria vitamina D conforme a idade da
criança.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria,
todas as crianças devem receber de forma profilática a vitamina D a partir da
primeira semana de vida de modo que o banho de sol não apareça como
orientação confiável invalidando a primeira afirmativa.
Alternativa E: INCORRETA. As dietas vegetarianas são responsáveis por
promover uma redução da oferta de vitamina B12 aos pacientes que fazem uso
desse tipo de hábito alimentar. Dessa forma, a afirmativa 5 torna-se incorreta.
▶ resposta: A
subtópico:
Aleitamento materno.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A mastite é um processo inflamatório da mama,
podendo acompanhar-se ou não de infecção. Quando ocorre durante a lactação,
denomina-se de mastite lactacional ou puerperal. Qualquer condição que leve à
estase do leite favorece o desenvolvimento da mastite, como bloqueio de ductos,
produção excessiva de leite, pega inadequada, sucção ineficiente, esvaziamento
incompleto da mama, restrição da frequência e duração das mamadas, entre
outras causas. A mastite puerperal geralmente tem início na segunda ou terceira
semana pós-parto. Acontece, na maioria das vezes, unilateralmente em área
localizada ou vários pontos da mama. A mama costuma apresentar-se vermelha,
quente, edemaciada e dolorida, e a mulher refere febre e sintomas semelhantes
à síndrome gripal. Seu tratamento baseia-se no esvaziamento adequado da
mama, por meio da manutenção da amamentação e/ou ordenhas para retirada
manual do excesso de leite produzido. Além disso, a antibioticoterapia sistêmica
(por 10 a 14 dias) está indicada quando o quadro clínico for significativo
conforme o caso apresentado.
Alternativa B: INCORRETA. Importante destacar que a amamentação não deve
ser interrompida nos casos de mastite.
Alternativa C: INCORRETA. O ingurgitamento mamário é comum na apojadura,
entre o terceiro e quinto dia após o parto, como resultado do aumento do
volume de leite e da circulação linfática. A mama fica cheia, pesada, com discreto
aumento de temperatura, porém sem sinais de hiperemia ou edema. O
ingurgitamento é geralmente bilateral, podendo envolver toda a mama ou
somente a região areolar. Para alívio dos sintomas, recomendam-se algumas
medidas, como manter a amamentação, amamentar com mais frequência e em
livre demanda, ordenhar o excesso de leite por ordenha manual ou mecânica,
massagear toda a mama e as regiões com ingurgitamento mais intenso,
ordenhar um pouco a mama antes da mamada, orientar repouso, sutiãs
confortáveis com alças firmes e largas, dentre outras medidas.
Alternativas D e E: Incorretas. Uma complicação grave da mastite é o abscesso
mamário, definido como coleção de pus localizada dentro da mama e protegida
por uma cápsula. O quadro clínico é definido por dor intensa, febre, mal-estar,
calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação no local do abscesso.
Geralmente só uma das mamas é acometida. O abscesso exige intervenção
rápida, com drenagem cirúrgica e antibioticoterapia. A amamentação pode ser
mantida dependendo da localização do abscesso.
▶ resposta: A
subtópico:
Dermatologia infantil.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A escabiose inicia com aparecimento de lesões
papulovesiculares eritematosas e pruriginosas, com prurido principalmente
noturno. Em geral, os familiares costumam ser contaminados. Costuma ser
caracterizada pela presença de pápulas eritematosas, vesículas, nódulos, túneis e
prurido intenso, sinais de escoriações que alteram o aspecto da lesão, com
impetiginização secundária determinando o aparecimento de pústulas. Nos
lactentes há grande extensão das lesões e acometimento peculiar de palmas e
plantas.
Alternativa B: CORRETA. A apresentação clínica mais comum do prurido é o
surgimento de pápulas eritematosas com distribuição linear e aos pares.
Geralmente, as regiões expostas do corpo são as mais acometidas. A presença de
escoriações é determinada por intenso prurido e a infecção secundária é comum.
As lesões características duram de 4 a 6 semanas e evoluem para discromia pós-
inflamatória, deixando máculas hipo ou hipercrômicas que melhoram após
alguns meses. Geralmente as lesões são provocadas por picada de insetos e, por
esse motivo, o tratamento deve ser focado na prevenção dos insetos, ou seja,
medidas ambientais.
Alternativas C e D: Incorretas. Nos lactentes, as lesões ocorrem na face,
poupando a região central (triângulo nasolabial), couro cabeludo, tronco e região
extensora dos membros. Para seu diagnóstico, é importante que se tenha
prurido associado a pelo menos três dos seguintes aspectos: pele seca ou xerose,
história pessoal ou familiar de rinite ou asma, início antes dos 2 anos de vida,
presença de eczema com envolvimento das pregas cubital e poplítea e região
anterior dos tornozelos. O tratamento da dermatite atópica inclui a educação
sobre os fatores desencadeantes, correta hidratação e higienização da pele,
evitar contato com substâncias desencadeadoras das lesões e só depois utilizar o
corticoide tópico.
Alternativa E: INCORRETA. A alergia alimentar costuma apresentar lesões
cutâneas: urticária aguda, angioedema, urticária de contato e a própria dermatite
atópica. O seu manejo requer basicamente a restrição do alimento em questão e
tratamento das reações em caso de ingestão acidental.
▶ resposta: B
subtópico:
Coqueluche.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na infecção pelo Mycoplasma pneumoniae, a maioria
dos pacientes apresenta quadros de traqueobronquite ou infecção das vias
aéreas superiores. A infecção geralmente ocorre de modo gradual e prolongado.
São comuns faringite, dor de garganta, rouquidão, cefaleia, mal-estar, febre,
adinamia, mialgia e tosse, presente em quase todos os casos.
Alternativa B: INCORRETA. O espectro das manifestações da infecção pela
Chlamydia pneumoniae é variado. Um número significativo de infecções pode
cursar com poucos sintomas e até ser assintomáticas. Geralmente a doença
inicia-se de forma insidiosa. Ocorre disfonia, odinofagia e febre. O episódio pode
ser autolimitado ou progredir para tosse com envolvimento do trato respiratório
inferior, sendo a pneumonia e a bronquite os quadros clínicos mais frequentes.
Alternativa C: INCORRETA. O vírus sincicial respiratório é o principal agente
causador da bronquiolite. O quadro caracteriza-se por obstrução nasal, coriza
hialina, tosse, febre, recusa alimentar e irritabilidade. O quadro pode evoluir para
tosse mais intensa, dispneia e sibilância.
Alternativa D: CORRETA. O quadro descrito é bastante condizente com infecção
pela Bordetella pertussis, ou seja, coqueluche. Inicialmente é comum termos o
surgimento de tosse e outros sintomas semelhantes aos sintomas de resfriado
comum. Ocasionalmente pode ocorrer febre de baixa a moderada. Em período
de 7 a 10 dias após o início dos sintomas, o paciente apresenta tosse paroxística
característica da coqueluche. O acesso de tosse é súbito, as tossidas são rápidas,
curtas, em uma única expiração e seguidas por inspiração profunda que dá
origem ao “guincho” característico e/ou vômito pós-tosse. Durante os acessos de
tosse, podem ser observadas congestão facial, cianose e, algumas vezes, apneia,
principalmente entre os menores de três meses.
▶ resposta: D
subtópico:
Refluxo gastroesofágico.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Importante não confundir refluxo gastroesofágico fisiológico e doença do refluxo
gastroesofágico, que sempre será patológica. Sinais e sintomas que podem estar
associados à doença do refluxo gastroesofágico são regurgitações, vômitos,
perda de peso ou não ganho de peso, irritabilidade e choro e recusa alimentar.
Nos lactentes em geral, as regurgitações do refluxo fisiológico tornam-se mais
evidentes por volta do segundo ao quarto mês de vida.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo
gástrico para o esôfago, com ou sem regurgitação e/ou vômitos. Pode ser
considerado normal quando ocorre várias vezes ao dia em lactentes, crianças,
adolescentes e adultos e ocasiona poucos ou nenhum sintoma. É exatamente o
caso do lactente em questão visto que mantém boa aceitação do aleitamento
materno, não tem distúrbios do sono e ganho ponderoestatural. A evolução do
refluxo gastroesofágico é benigna e autolimitada, não sendo necessários exames
diagnósticos nem uso de medicamentos.
Alternativa B: INCORRETA. Mesmo que estivéssemos diante de caso de doença
do refluxo gastroesofágico (DRGE), o diagnóstico é basicamente clínico. Apesar
da gama de exames diagnósticos disponíveis, nenhum é considerado padrão-
ouro. A radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno é um exame de
baixo custo e fácil execução, mas não é adequado para diagnóstico da DRGE.
Alternativa C: INCORRETA. A pHmetria avalia o paciente em condições mais
fisiológicas e por longos períodos, quantifica o refluxo gastroesofágico e
correlaciona episódios de refluxo com sinais e sintomas. Especialmente em
lactentes, com dieta exclusivamente láctea, o refluxo pós-prandial pode não ser
detectado pela neutralização do refluxo ácido provocado pelo leite.
Alternativa D: INCORRETA. A cintilografia gastroesofágica avalia apenas o
refluxo gastroesofágico pós-prandial imediato, sendo importante na detecção de
aspiração pulmonar.
resposta: A
subtópico:
Criança politraumatizada.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Uma das indicações de intubação orotraqueal é
pontuação menor ou igual a 8 nas Escala de Coma de Glasgow.
Alternativa B: INCORRETA. Para se avaliar o percentil 5 da pressão sistólica da
criança, devemos multiplicar sua idade por 2 e somar com 70. Não podemos
esquecer que essa regra prática não deve ser utilizada para recém-nascidos.
Alternativa C: CORRETA. O atendimento inicial da criança politraumatizada
obedece a sequência “ABCDE”, segundo rotina do curso de Suporte Avançado de
Vida em pediatria, de modo que a prioridade inicial é a manutenção das vias
áreas pérvias.
Alternativa D: INCORRETA. A insuficiência circulatória deve ser tratada com
controle das perdas sanguíneas, elevação dos membros inferiores, reposição
rápida de volume através de dois acessos vasculares de grosso calibre em
extremidades não lesadas. Caso a obtenção do acesso venoso periférico for difícil
(não tentar por mais de 90 segundos ou mais de três tentativas), recomenda-se a
punção intraóssea. Caso a punção não seja possível, deve-se buscar outras
formas de acesso como jugular externa, dissecção venosa e, por último, punção
de acesso venoso profundo.
▶ resposta: C
Referências Bibliográficas
1. BOLGAR P, ZONATO AI, BUTUGAN O, MINITI A. Hipoplanisa de seio maxilar: relato de dois
casos. Rev Bras Otorr 1996; 62: 80-82.
2. BURNS DAR et al (org.). Tratado de Pediatria. 4. ed. Baurueri: Manole, 2017. 2 v.
3. CORREIA P et al. Infecção respiratória a Chlamydia pneuminiae. Acta Med Port 2005;18:315-
322.
4. MARQUES HHR. Considerações da SBP em relação às indicações de Palivizumabe em
populações de risco. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2015. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/SBP-VRS-2015.pdf. Acesso em
10 de 0ut. 2019.
5. MONTEIRO MR. Síndrome da pele escaldada estafilococica. Hospital Infantil Sabará. Out,
2019. Disponível em: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas
tratamentos/sindrome-da-pele-escaldada-estafilococica/. Acesso em 10 de out 2019.
6. SOUZA EL, GALVÃO NA. Infecções Respiratórias por Mycoplasma pneumoniae em Crianças.
Pulmão RJ 2013;22(3):31-36.
Pediatria
A. Choque séptico
B. Síndrome hemolítico urêmica.
C. Choque hipovolêmico
D. Púrpura de Henoch-Schonlein.
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Provas de pediatria não exigem que você decore gráficos ambulatoriais (como
peso, PC, estatura e IMC). Todavia, sinais vitais da urgência e emergência devem
estar impregnados tanto em quem irá se submeter às provas quanto no médico
que dá assistência no PS.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Choque séptico é a sepse associada a alteração da
perfusão sistêmica. Sepse = SIRS + infecção. Critérios de SIRS (dois ou mais dos
seguintes critérios, sendo obrigatória a presença de leucocitose ou temperatura
anormal): temperatura < 36°C ou > 38,5°C, taquicardia, taquipneia e leucocitose.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) é uma patologia
grave, desencadeada principalmente por infecção pela E. coli O157:H7. É comum a
presença de diarreia aguda (que não está presente na paciente) antecedendo a
tríade clínica clássica: insuficiência renal aguda, anemia microangiopática e
trombocitopenia.
Alternativa C: INCORRETA. Essa seria uma boa alternativa para a questão, se a
paciente não estivesse com febre.
Alternativa D: INCORRETA. Para o diagnóstico de púrpura de Henoch-Scholein, é
necessário, pelo menos, a presença de dois dos seguintes critérios: púrpura
palpável sem plaquetopenia (a paciente do caso tem sangramento profuso), idade
de início inferior a 20 anos, dor abdominal e alterações na biópsia de pele
(granulócitos nas arteríolas e vênulas).
▶ resposta: A
A. Anticolinérgica
B. Anticolinesterásica
C. Simpatomimética.
D. Extrapiramidal.
subtópico:
Pediatria; Clínica Médica; Infectologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na síndrome anticolinérgica, o paciente apresenta
pupilas midriáticas, não reativas, diplopia, pele e bocas secas, rubor facial,
taquicardia, taquipneia, mioclonia e rabdomiólise.
Alternativa B: INCORRETA. A Síndrome anticolinesterásica cursa com sudorese,
lacrimejamento, salivação, bradicardia e fasciculações musculares.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com midríase, hiperreflexia, sudorese,
hipertensão, taquicardia, distúrbios psíquicos são sinais de um excesso de
catecolaminas, que, nesse caso, está relacionado a uma “toxíndrome” em paciente
em investigação de meningite, por provável estimulação de nervos simpáticos.
Alternativa D: INCORRETA. Pacientes com síndrome extrapiramidal apresentam
sintomas clínicos como Distonias (contrações musculares involuntárias) e Acatisia
(condição psicomotora na qual o paciente tem grande dificuldade em permanecer
parado, sentando ou imóvel).
▶ resposta: C
A. Meningite bacteriana.
B. Supraglotite.
C. Abscesso retrofaríngeo.
D. Adenite bacteriana.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Criança com quadro sugestivo de faringite pela odinofagia associado à febre passa
a apresentar dor à mobilização do pescoço + febre alta +
odinofagia/disfagia/sialorreia. O que está acontecendo? Isso é uma complicação
do seu quadro inicial, consequência da adenite do espaço retrofaríngeo, podendo
ser complicação de qualquer infecção de VAS recente.
▶ resposta: C
A. Não se preocupe, pois após um ano de vida nada mais será percebido.
B. Não se preocupe, pois como tomou cerveja, não haverá problemas.
C. A SAF não tem cura, mas a intervenção precoce ameniza os efeitos.
D. O uso de ácido fólico poderá reverter as sequelas causadas pelo álcool.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As sequelas são permanentes, porém, com o estímulo
correto, pode-se amenizar as sequelas. Quanto mais precocemente for iniciado o
acompanhamento multidisciplinar, melhor serão as chances de alívio das sequelas.
Alternativa B: INCORRETA. A ingesta de álcool é o desencadeante da SAF,
independentemente do tipo de bebida alcoólica e da quantidade ingerida.
Alternativa C: CORRETA. Eventualmente, a síndrome alcoólica fetal (SAF) pode
aparecer em provas. Qual o quadro clínico clássico? Criança PIG + microcefalia +
lábio superior fino + filtro nasal apagado e alongado + pequena abertura das
pálpebras + deficiência intelectual + defeitos cardíacos. É resultado do consumo de
álcool durante a gestação em que mesmo pequenos consumos podem levar a
essas alterações, independentemente da bebida consumida. É uma condição que
não tem cura, embora a intervenção precoce, de reabilitação com equipe
multidisciplinar, possa amenizar alguns dos seus efeitos.
Alternativa D: INCORRETA. O ácido fólico, quando ingerido durante a gravidez,
previne malformações do tubo neural.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Doenças exantemáticas é um tema muito frequente em provas de residência e
concursos médicos. Merece atenção especial, principalmente arboviroses e
sarampo.
resolução:
Quadro clássico de eritema infeccioso, ou “quinta doença”, causado pelo
Parvovírus B19, um eritrovírus, pois infecta hemácias. Na sua fase exantemática,
apresenta o clássico exantema trifásico: eritema facial (“face esbofeteada”) ->
exantema reticular/rendilhado em tronco e extremidades -> regressão do
exantema, que ressurge quando submetido a situações como frio/estresse/luz
solar/exercícios. Como já foi dito, é um vírus que infecta as hemácias, de modo
que pacientes hígidos não terão problemas, mas sim os fetos e os portadores de
anemia hemolítica, podendo evoluir com crise aplásica, que, embora a principal
característica envolva a interrupção da eritropoese, podemos ter relato de
plaquetopenia e, consequentemente, manifestações hemorrágicas.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Criança com mais de um ano apresentando quadro grave de obstrução das vias
aéreas por corpo estranho, em que não é capaz de respirar, qual a manobra
utilizada para desobstrução? Manobra de Heimlich, que consiste na aplicação de
compressões na região epigástrica. Se a criança tivesse menos de um ano? Apoie a
criança na perna, com a cabeça mais baixa que o tórax, e dê cinco tapas no dorso
da criança. Depois, vire a criança em posição supina e faça cinco compressões no
esterno, até que o corpo estranho seja expelido ou a criança torne-se responsiva e
reaja.
▶ resposta: D
A. Chlamydia trachomatis
B. Streptococcus pneumoniae
C. Influenza H1N1
D. Bordetella pertussis
subtópico:
Pediatria; Infectologia; Pneumologia.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em pediatria, as doenças das vias aéreas (superiores e inferiores) sempre são
cobradas em provas. Além disso, é uma das principais causas de consulta de
crianças em PS.
resolução:
Temos na questão um lactente com taquipneia (FR > 60 ipm), que denota infecção
de vias aéreas inferiores além de sinais de gravidade, como retração subcostal e
de fúrcula esternal. Poderíamos pensar em quadro de bronquiolite viral aguda,
todavia, o autor da questão coloca dois dados importantes: a presença de cianose
e pausas respiratórias. Isso nos faz pensar em um quadro clássico de coqueluche,
causada pela bactéria Bordetella pertussis, cocobacilo gram-negativo. Em crianças
maiores e adultos, a coqueluche se apresenta com tosse arrastada, acesso de
tosses com guincho, petéquias em face, hemorragia conjuntival. Entretanto, em
crianças abaixo de três meses, não cursa com quadro clássico com guincho, de
modo que a apneia e cianose podem ser as únicas manifestações. O hemograma
nos casos de coqueluche apresenta leucocitose com predomínio linfocitário. Já na
radiografia de tórax, encontramos descrição de hiperinsuflação e infiltrado
paracardíaco, chamado de coração felpudo.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria; Infectologia; Clínica Médica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Mais uma vez, o autor da questão cobra condutas que devem ser adotadas em PS.
Isso é comum principalmente em prova para R1.
resolução:
Boa parte das crianças com febre sem sinais de localização terão apenas doença
viral benigna autolimitada e, em poucos dias, estarão curadas, mesmo sem
nenhum tratamento. Porém, um percentual dessas crianças pode ter infecção
bacteriana subjacente em algum sítio corporal ou ter bacteremia oculta. Crianças
abaixo de três meses precisam ser avaliadas em ambiente hospitalar, e o
isolamento do agente é de extrema importância, devendo ser colhidas
hemograma, EAS, culturas de sangue, urina e líquor (não é possível afastar
meningite pelo exame físico nessa idade). Porém, é importante que o resultado
desses exames não retarde o início da antibioticoterapia intravenosa, devendo ser
precoce e empírica.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Dermatologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Diagnóstico de anafilaxia é clínico, sem necessidade de exames. A anafilaxia é
diagnosticada quando há um dos três critérios: quadro cutâneo/mucoso + quadro
respiratório ou cardiovascular, exposição ao alérgeno provável e presença de pelo
menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro respiratório ou cardiovascular ou
gastrointestinal e exposição a um alérgeno conhecido + hipotensão. Confirmado o
diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com adrenalina intramuscular.
▶ resposta: C
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A estenose hipertrófica de piloro normalmente ocorre
após a 1ª semana de vida, com sintomas ocorrendo gradualmente, sendo um dos
sinais a perda de peso apesar da fome. É mais comum em meninos (5:1) e
classicamente há manutenção do apetite entre vômitos. A questão não traz alguns
dos achados clássicos: alcalose metabólica hipoclorêmica + oliva palpável em
hipocôndrio direito + ondas peristálticas pelo abdome + USG com sinal do alvo. De
qualquer forma, é a melhor resposta e poderíamos acertá-la por eliminação.
Alternativa B: INCORRETA. O refluxo gastrointestinal não cursaria com esse
quadro predominante de vômitos e perda ponderal.
Alternativa C: INCORRETA. Para falar em hérnia umbilical encarcerada, teria que
haver alguma alteração ao exame abdominal.
Alternativa D: INCORRETA. A invaginação intestinal apontaria um quadro de
obstrução intestinal, apresentando dor abdominal, além de sinais como fezes em
geleia de framboesa e massa abdominal em salsicha.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria
grau de dificuldade:
dica do autor:
Não é necessário decorar gráficos de puericultura. Sempre que necessário, o autor
irá colocá-los na questão ou então dirá em qual percentil a criança está. Saber
interpretar os percentis é necessário.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança apresenta erro alimentar grave. Além disso,
o exame físico já demonstra consequências dessa má alimentação, podendo-se
observar pelas curvas de crescimento, que apesar de ainda estar dentro dos
percentis normais, está tendendo ao baixo pesoe baixa estatura.
Alternativa B: INCORRETA. A desnutrição ainda não é tida como diagnóstico pois
a criança ainda encontra-se acima do percentil 3. Além disso, não há
comemorativos para se pensar em infecção urinária, como febre, choro intenso ou
mudança no aspecto da urina.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de lactente de 11 meses que possui
como alimentação básica o leite de vaca integral com amido, além de iogurtes
adoçados. A questão refere ainda que se alimentou com leite materno por apenas
três meses. Claramente é uma criança com alimentação deficiente. Não é para
menos que o enunciado nos traz um quadro sugestivo de anemia ferropriva,
comum em crianças que não fizeram a alimentação e suplementação adequadas.
Os percentis de peso e estatura ainda estão adequados para a idade, entretanto,
certamente é uma criança que precisa de acompanhamento. Guarde essa dica:
com algumas exceções, a maioria das questões não tem como a resposta certa o
encaminhamento a especialistas.
Alternativa D: INCORRETA. O ganho ponderal deve ser avaliado de perto,
principalmente quando há erro alimentar e a mãe considera a criança descorada
como normal. Já a avaliação da endocrinologia ainda não se faz necessário pois há
um erro evidente (má alimentação – fator exógeno) que precisa ser corrigido antes
de se atribuir a clínica do paciente à causa endócrina.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria; Oftalmologia
grau de dificuldade:
resolução:
A conjuntivite neonatal é a doença ocular mais comum do neonato. Paciente
apresenta edema, eritema, descarga purulenta conjuntival, com possibilidade de
ruptura de córnea e evolução para cegueira, bem como disseminação e sepse. Os
principais agentes são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrheae. Para o
segundo existe profilaxia com nitrato de prata. Além disso, o tratamento dessa
condição é sempre com ATB sistêmico, de modo que o esquema habitual para o
gonococo é a ceftriaxona, que possui ótima resposta.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O que mata a questão é o relato de que a criança brinca empilhando e enfileirando
objetos, além de ter movimentos estereotipados (bater de asas). Ainda nos traz
um sinal típico da doença que é o não estabelecimento de contato social. Do que
estamos falando? Do transtorno do espectro autista. Para dizer que uma criança
tem TEA, há três pilares clínicos: déficit de comunicação verbal não compensada
por outros meios não verbais (mímica, apontar), déficit de interação
social/emocional e comportamento/interesse/atividades repetitivos e
estereotipados. Portanto, analisando o enunciado, não há dúvidas do diagnóstico,
de modo que encaminharemos para avaliação especializada para dar o devido
seguimento
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Dentre as causas cirúrgicas, a estenose hipertrófica de piloro é uma das doenças
que mais acomete o RN, sendo bastante cobrada em provas. Vale a pena rever
fisiopatologia, diagnóstico e tratamento.
resolução:
Questão clássica e batida! Quais as alterações no equilíbrio acidobásico e de
eletrólitos na estenose hipertrófica de piloro? Alcalose metabólica, hipocloremia e
hipocalemia. Lembre-se que o paciente com vômitos repetitivos tendem a perder
HCl. A perda de H+ aumenta o pH sanguíneo, gerando alcalose, e a perda de Cl-
gera hipocloremia. Na tentativa de reter íons H+, os rins começam a excretar
potássio, gerando hipocalemia.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que vem caindo muito sobre morte súbita do lactente. São alguns dos
fatores de risco que aumentam a prevalência dessa doença: tabagismo da mãe,
ambiente de dormida com cobertas, travesseiros., dormir em posição de prona
(decúbito ventral), não amamentação. Sabe ainda que as chupetas são fatores de
proteção. Além disso, recomenda-se que , nos primeiros meses, durmam no
mesmo quarto dos pais, mas em camas separadas.
▶ resposta: D
A. Hipotireoidismo.
B. Deficiência de GH
C. Síndrome de Turner
D. Síndrome de Russel Silver
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Enunciado que facilmente nos leva à resposta. Nota-se que a paciente, além do
atraso puberal e da baixa estatura, apresenta dados como baixa implantação dos
cabelos na nuca e orelhas rodadas. Isso fala a favor de uma doença genética.
Várias síndromes podem levar a baixa estatura, porém, fala-se de Turner pois é
uma síndrome que pode ter como única manifestação inicial a baixa estatura, de
modo que, em meninas, a primeira conduta diante de baixa estatura patológica é
solicitar um cariótipo. Outras características da doença: disgenesia gonadal (atraso
puberal + hipergonadismo hipergonadotrófico -> FSH e LH elevados) + baixa
estatura, pescoço alado, baixa implantação capilar, cúbito valgo, hipertelorismo
mamilar, linfedema (mãos e pés), entre outros.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Puericultura é uma matéria bastante cobrada nas provas de residência médica,
principalmente para entrada direta, tendo em vista que é assunto de atenção
primária. A síndrome de Down tem uma página dedicada na caderneta da criança.
Vale a pena dar uma olhada nessa caderneta como leitura complementar.
resolução:
Questão que aborda as complicações relacionadas à trissomia do 21, a síndrome
de Down, sendo algumas clássicas. Por exemplo: hipotireoidismo, leucemia e
luxação atlantoaxial. Por esse motivo, devem ser pesquisadas periodicamente
nesses pacientes. Para acrescentar, qual a cardiopatia congênita típica da
síndrome de Down, comum em provas? Defeito do septo atrioventricular (DSAV).
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Estamos diante da neurofibromatose tipo 1 (doença de Von Recklinghausen).
Precisamos de dois dos seguintes sinais para fazer o diagnóstico: seis ou mais
lesões café-com-leite + glioma óptico + sardas (efélides) axilares + dois ou mais
neurofibromas (consistência gelatinosa) ou um plexiforme + dois ou mais nódulos
de Lisch (hamartomas pigmentados da íris) + lesão óssea característica (displasia
do esfenoide) + parente de primeiro grau com NF-1. Essa é uma doença
hereditária, de padrão autossômico dominante.
▶ resposta: B
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Gastroenterologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão com quadro típico de doença que cai bastante em provas. Após
introdução da alimentação, o paciente inicia quadro de diarreia com fezes claras
de odor fétido. Quando a questão fala isso, quer dizer que o paciente apresenta
esteatorreia. Além disso, o paciente apresenta anemia + hipotrofia de musculatura
glútea, sinais altamente sugestivos da doença celíaca. O diagnóstico baseia-se em
biópsia duodenal + anticorpos, em que o principal é a antitransglutaminase IgA.
▶ resposta: B
A. C
B. A
C. D
D. E
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deficiência de vitamina C causa escorbuto. A clínica
consiste na presença de manifestações hemorrágicas, artrite, hiporexia, dentes
abalados e cabelos quebradiços.
Alternativa B: INCORRETA. Deficiência de vitamina A afeta diretamente as células
epiteliais, além da manutenção da visão (xeroftalmia) e da imunidade.
Alternativa C: CORRETA. Alguns sinais característicos da hipovitaminose D na
questão nos faria chegar até o diagnóstico. Sua deficiência em crianças acarreta
raquitismo (osteomalácia, no adulto) onde a matriz cartilaginosa neoformada não
recebe o depósito mineral adequado, acarretando a formação de osso amolecido
e fraco, que se curva com o peso corporal. Possui algumas características clássicas:
bossa frontal (fronte olímpica), atraso no fechamento das fontanelas, craniotabes
(amolecimento da calota craniana), rosário raquítico (alargamento e nodosidades
nas junções costocondrais), alargamento de punho e joelhos, genuvaro e
genuvalgo etc.
Alternativa D: CORRETA. Deficiência de vitamina é causa de alterações de
reflexos, marcha e coordenação.
▶ resposta: C
A. Meningoencefalite herpética
B. Coréia de Sydeham
C. Doença de Parkinson juvenil.
D. Doença de Huntington.
subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia; Neurologia; Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que traz um paciente com descrição de quadro de coreia. A causa mais
comum na faixa pediátrica é a coreia de Sydenham, que pode ocorrer em até 20%
dos pacientes com febre reumática. Essa informação nos chama atenção, pois na
questão é informado que o paciente apresentou quadro de faringite há um mês.
Logo, a principal hipótese diagnóstica para essa paciente é que seja coreia de
Sydenham.
▶ resposta: B
A. Salbutamol inalatório
B. Dexametasona endovenosa
C. Epinefrina intramuscular.
D. Expansão volêmica com soro fisiológico.
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Doenças Respiratórias.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Casos de atenção primária e PS são muito frequentes em provas de residência,
principalmente de entrada direta, pois são temas que devem ser dominados pelo
generalista.
resolução:
Diagnóstico de anafilaxia é clínico, sem necessidade de exames. A anafilaxia é
diagnosticada quando há um dos três critérios: quadro cutâneo/mucoso + quadro
respiratório ou cardiovascular, exposição ao alérgeno provável e presença de pelo
menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro respiratório ou cardiovascular ou
gastrointestinal e exposição a um alérgeno conhecido + hipotensão. Confirmado o
diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com adrenalina intramuscular. Questão nos
traz um paciente que logo após comer amendoim começou a apresentar vômitos,
dor abdominal e súbita falta de ar, o que nos leva preencher o segundo critério.
▶ resposta: C
23 (USP – SP - 2018) Menino de 4 anos apresenta quadro de febre diária (até 39°C)
iniciada há 7 dias. No segundo dia de febre, a mãe notou redução de aceitação
alimentar e levou ao pronto-socorro. Na ocasião, foi feito o diagnóstico de
amigdalite e prescrita penicilina benzatina. Desde então, não houve melhora dos
sintomas. Há 2 dias, a criança evoluiu com hiperemia conjuntival, sem prurido ou
secreção ocular. Hoje pela manhã a criança foi levada novamente ao pronto-
socorro. No exame clínico de hoje, a criança se encontra em regular estado geral,
descorada 1+/4+, febril (38°C). Hiperemia conjuntival bilateral. Notam-se enantema
e fissuras labiais. Linfonodo em cadeia cervical anterior direita, com 2 cm de
diâmetro, móvel, fibroelástico, sem sinais flogísticos. Semiologia pulmonar,
cardíaca e abdominal normais. Edema em ambas as mãos, com discreta
descamação periungueal. Foram feitos os seguintes exames:
Ht 33,4% pH 6,8
Qual outro exame complementar está indicado para o caso?
A. Anti-estreptolisina O (ALSO)
B. Teste tuberculínico (PPD)
C. Cultura aeróbica de urina
D. Ecodopplercardiograma
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão nos traz um paciente com doença de Kawasaki. Vamos relembrar os
critérios diagnósticos, sendo necessários cinco dos seis sinais a seguir: febre por
mais de cinco dias (critério obrigatório), conjuntivite bilateral não exsudativa,
alterações na cavidade oral , adenomegalia cervical, exantema e alterações nas
extremidades (edema e eritema de mãos e pés). Não podemos nos esquecer que
uma das principais complicações da doença de Kawasaki é a formação de
aneurismas coronarianos e, por isso, o exame essencial é a realização do
ecodopplercardiograma.
▶ resposta: D
A. Fenitoína
B. Furosemida
C. Ceftriaxone.
D. Insulina
subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia; Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Menina de 9 anos que vinha apresentando confusão mental e cefaleia intensa há
um dia e presença de hipertensão arterial nos leva a pensar na hipótese de
encefalopatia hipertensiva, hipótese corroborada pela provável glomerulonefrite
que a paciente vinha apresentando com hematúria (urina mais escura) e
congestão volêmica (estertoração em bases pulmonares), além dos níveis elevados
de pressão arterial. Lembre-se da tríade clássica: hipertensão, hematúria e edema.
A conduta mais adequada para esse caso é o tratamento da hipertensão, que deve
ser realizado com restrição hidrossalina e diuréticos, como a furosemida.
▶ resposta: B
A. Alanina aminotransferase
B. Insulina de jejum
C. Teste de tolerância oral à glicose
D. Hormônio tireoestimulante.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Criança de sete anos com percentil 97, o que corresponde ao diagnóstico
nutricional de obesidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os
exames para avaliação inicial desses pacientes são glicemia de jejum, perfil lipídico
(colesterol total, HDL, LDL e TG) e alanina aminotransferase (TGP/ALT), sendo que
o último deve ser solicitado devido ao risco de esteatose hepática, importante
comorbidade que pode ocorrer na obesidade.
▶ resposta: A
A. Infecção congênita
B. Fenilcetonúria
C. Hipotireoidismo
D. Doença de xarope de bordo (MSUD)
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Mais uma questão de puericultura. Vale a pena ler a caderneta da criança!
resolução:
Teste de triagem (teste do pezinho) daria o diagnóstico. Infelizmente, a criança
nunca tinha ido ao médico. Lembre quais as doenças podem ser diagnosticadas:
Fase I = hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria; Fase II = Fase I +
hemoglobinopatias; Fase III = Fase II + fibrose cística; Fase IV = Fase III +
hiperplasia adrenal congênita. No hipotireoidismo congênito, as maiores causas
são disgenesias, sendo a tireoide ectópica a principal (produz níveis insuficientes
de hormônio). Clínica de retardo mental, surdo-mudez, alterações piramidais e
extrapiramidais, choro rouco, dificuldade de deglutição, icterícia prolongada,
hipotonia, protrusão da língua e hérnia umbilical.
▶ resposta: C
27 (USP – SP - 2018) Menino de 13 anos é levado por sua mãe para Unidade Básica
de Saúde. Eles procuram orientação médica sobre a vacinação para HPV. Qual
alternativa reflete as recomendações atuais do Ministério da Saúde?
A. Ele não pode receber a vacina, pois é disponibilizada apenas para meninas
B. Ele só pode receber a vacina ser for transplantado, portador de câncer ou
HIV.
C. Ele não pode receber a vacina, pois ela é indicada aos 11 anos ou menos
D. Ele pode receber duas doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre as
doses.
subtópico:
Pediatria; Preventiva.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que aborda diretamente o calendário vacinal para HPV. Para 2018, a
vacina do HPV está indicada com duas doses (0 e 6 meses) para meninos entre 11
e 14 anos e para meninas entre 9 e 14 anos. A vacina HPV também está disponível
para mulheres e homens de nove a 26 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados
de órgãos sólidos e medula óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema
vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses).
▶ resposta: D
28 (UNICAMP – SP - 2018) Menino de 13 anos é levado por sua mãe para Unidade
Básica de Saúde. Eles procuram orientação médica sobre a vacinação para HPV.
Qual alternativa reflete as recomendações atuais do Ministério da Saúde?
A. Ele não pode receber a vacina, pois é disponibilizada apenas para meninas.
B. Ele só pode receber a vacina ser for transplantado, portador de câncer ou
HIV.
C. Ele não pode receber a vacina, pois ela é indicada aos 11 anos ou menos.
D. Ele pode receber duas doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre as
doses.
subtópico:
Pediatria; Preventiva.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que aborda diretamente o calendário vacinal para HPV. Para 2018, a
vacina do HPV está indicada com duas doses (0 e 6 meses) para meninos entre 11
e 14 anos e para meninas entre 9 e 14 anos. A vacina HPV também está disponível
para mulheres e homens de nove a 26 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados
de órgãos sólidos e medula óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema
vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses)
▶ resposta: D
A. Ascaridíase
B. Tricuríase.
C. Giardíase.
D. Enterobíase.
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que aborda as parasitoses, sendo que a paciente em questão apresenta
principalmente prurido anal noturno, que é característico da oxiuríase, também
chamada de enterobíase.
▶ resposta: D
30 (USP – SP - 2018) Menina de 7 anos está internada pois irá ser submetida a
amigdalectomia amanhã. Ela acorda no meio da noite chorando, dizendo que tem
“um urso” no seu quarto. Ela fica mais tranquila quando a enfermeira acende a luz,
mostrando que o urso era uma cadeira que estava coberta com uma capa. Qual é
a principal hipótese diagnóstica para o caso?
A. Delírio
B. Ilusão
C. Alucinação simples.
D. Reação dissociativa.
subtópico:
Psiquiatria; Pediatria
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Delírio é acreditar em algo que não existe, como uma
sensação de que está sendo perseguido.
Alternativa B: CORRETA. Menina de 7 anos que está tendo percepção equivocada,
ou seja, está olhando para uma coisa (cadeira) e vendo outra (urso), ou seja, está
apresentando uma ilusão.
Alternativa C: INCORRETA. Alucinação é ver algo que não existe, como ouvir
vozes na cabeça.
Alternativa D: INCORRETA. A reação dissociativa é quando existe mais de uma
personalidade na pessoa.
▶ resposta: B
31 (USP – SP - 2018) Menino de 2 meses foi levado pela mãe ao pronto-socorro por
tosse e coriza há 3 dias, com piora do cansaço hoje, sem febre. Ele nasceu em
parto cesárea, prematuro (idade gestacional de 35 semanas) com peso ao nascer
de 2600 g e boletim de Apgar de 8/9/10. Teve alta do berçário com 3 dias de vida e,
desde então, está em aleitamento materno exclusivo. O pré-natal foi feito
adequadamente e não houve outras intercorrências. Não tem outros antecedentes
mórbidos relevantes. No exame clínico de entrada, estava em regular estado geral,
ativo e reativo. Presença de tiragem subcostal e intercostal. Temperatura axilar:
36,8°C, frequência respiratória: 70 ipm, frequência cardíaca: 160 bpm, tempo de
enchimento capilar: 2 segundos, saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%.
Fontanela plana e normotensa. Bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos sem
sopros. Ausculta pulmonar com estertores grossos, roncos e sibilos difusos. Fígado
palpável a 3cm do rebordo costal direito e baço palpável no rebordo costal
esquerdo. Restante do exame clínico normal. Qual é a principal hipótese
diagnóstica para o caso?
A. Síndrome gripal
B. Pneumonia afebril do lactente
C. Bronquiolite viral aguda.
D. Insuficiência cardíaca congestiva.
subtópico:
Pediatria; Pneumologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão nos traz um menino de dois meses com tosse e coriza há três dias e piora
atual do cansaço sem presença de febre. No exame físico, existem diversas
alterações no aparelho respiratório, mas o que mais nos chama atenção é a
presença de sibilância difusa. Com esse quadro clínico, devemos pensar na
hipótese clínica de bronquiolite viral aguda. A presença de fígado e baço palpáveis
se devem à presença de hiperinsuflação pulmonar.
▶ resposta: C
Ureia 48 mg/dl
Creatinina 0,3 mg/dl
Glicemia 92 mg/dl
Qual é a principal hipótese diagnóstica etiológica para a hipernatremia nesse
caso?
A. Inadequação do soro de reidratação oral..
B. Secreção inapropriada de hormônio antidiurético
C. Reabsorção tubular de sódio.
D. Perda excessiva de bicarbonato
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Menina de 1 ano e 2 meses com febre, vômitos, diarreia e dor abdominal há duas
dias que não está aceitando adequadamente o soro de reidratação oral (SRO) e
que nos exames laboratoriais apresenta hipernatremia (Na = 158 mEq/l). A
hipernatremia é esperada em paciente que apresenta diarreia, mas geralmente é
leve, uma vez que o indivíduo está recebendo líquido hipotônico, entretanto, como
essa paciente não está aceitando adequadamente o SRO, está cursando com
hipernatremia mais acentuada. Assim, a causa é a inadequação do soro de
reidratação oral.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria; Pneumologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão nos traz um pré-escolar de quatro anos devido a uma pneumonia, sem
melhora clínica, e mantendo febre e taquipneia. Diante desse quadro, devemos
investigar a principal complicação que pode ocorrer, que é a presença de derrame
pleural, o que exige uma nova radiografia de tórax.
▶ resposta: D
34 (USP – SP - 2018) Menina de 2 anos está internada em enfermaria de pediatria
por quadro de febre a esclarecer, há 2 dias. O exame de Hemocultura apresenta
diplococos gram negativos em identificação. A infecção por qual agente é a
hipótese etiológica principal?
A. Streptococcus pneumoniae
B. Neisseria meningitidis
C. Escherichia coli
D. Staphylococcus aureus
subtópico:
Infectologia; Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão direta, em que o único diplococo gram negativo das alternativas é a
Neisseria meningitidis (meningococo). O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e
o Staphylococcus aureus (estafilococos) são gram-positivos. A E. Coli é um bacilo
gram-negativo.
▶ resposta: B
35 (USP – SP - 2018) Menino de 3 anos foi levado a consulta médica por queixa de
tosse, coriza e obstrução nasal há 12 dias, sem melhora. Apresenta secreção nasal
esverdeada intensa, principalmente ao acordar, que vai melhorando ao longo do
dia. Queixa-se de cefaleia em região frontal durante todo o período de doença.
Não há alterações do exame clínico. Traz radiografia de seios da face realizada
hoje, com nível hidroaéreo em seios maxilares. Considerando a principal hipótese
diagnóstica para o caso, qual das alternativas abaixo justifica a introdução de
antibioticoterapia?
subtópico:
Pediatria; Pneumologia; Doenças Respiratórias.
grau de dificuldade:
resolução:
A questão nos pergunta, nesse quadro clínico com provável evolução para sinusite
bacteriana aguda, qual a justificativa para utilizarmos antibioticoterapia. A sinusite
bacteriana aguda é uma possível complicação de resfriado comum e seu
diagnóstico pode ser realizado através de três cenários distintos: quadro
respiratório por mais de 10 dias, doença grave, com febre e rinorreia
mucopurulenta por três ou mais dias consecutivos e doença que estava evoluindo
com melhora clínica e começa a piorar novamente. No caso da nossa questão, a
única justificativa é a presença dos sintomas respiratórios por 12 dias.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão traz um recém-nascido com 16 horas de vida e icterícia até a zona II de
Kramer, caracterizando icterícia patológica (altos níveis, com surgimento antes das
24 horas iniciais). Sempre que ocorrer isso, deve ser levantada a hipótese de
doença hemolítica, que pode ser caracterizada por incompatibilidade materno-
fetal (incompatibilidade ABO ou Rh). Como os níveis de bilirrubina encontram-se
elevados de forma precoce, pode-se optar por começar desde já a fototerapia,
enquanto se prossegue com a investigação.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão traz uma gestante que, apesar de ter feito o tratamento para sifilis, não
pode ser considerada adequadamente tratada, pois o VDRL no dia do parto
mostrou aumento maior que duas titulações (Era 1/2 e hoje está 1/64). Isso pode
ter ocorrido porque a gestante se reinfectou após o tratamento. Ou seja, todos os
exames do RN devem ser colhidos, incluindo VDRL do sangue periférico,
hemograma completo, radiografia de ossos longos e análise do líquor (VDRL,
celularidade e proteína). Como a questão já nos informou o VDRL do RN, o
tratamento adequado nesse momento é com penicilina cristalina durante 10 dias.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão que aborda a reanimação neonatal. Na questão, fica subentendido que já
foram feitos todos os passos iniciais da reanimação, ou seja, o RN foi colocado em
fonte de calor, a cabeça posicionada em leve extensão, as vias aéreas foram
aspiradas e o corpo secado. Logo depois, a frequência cardíaca se mantinha
abaixo de 100 bpm e a questão nos pergunta o próximo passo para um RN termo,
que é a ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e O2 21%.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A questão traz lactente de 10 dias nascido a termo com sangue nas fezes há dois
dias. As sorologias estão normais e ele recebeu vitamina K IM ao nascer, estando
em aleitamento misto (materno + fórmula láctea). Em lactente com sangramento
retal, temos que investigar alergia à proteína do leite de vaca, principalmente
quando a criança tem bom crescimento ponderoestatural e a colite é a única
apresentação. A questão deixa claro que não há outra causa aparente para o
sangramento. Assim, não pensamos em sangramento por deficiência de vitamina
K, pois a forma clássica ocorre na primeira semana de vida e é prevenida com uso
da vitamina K ao nascer, enquanto a forma tardia, apesar de ocorrer na segunda
semana, necessita de fator de risco, como uso de nutrição parenteral total ou
comprometimento da absorção da vitamina K.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O abscesso retrofaríngeo é consequência da adenite do espaço retrofaríngeo,
podendo ser complicação de qualquer infecção de VAS recente. Apesar do
paciente da questão não apresentar tantos sinais, o quadro típico é de paciente
com febre alta, odinofagia/disfagia/sialorreia e dor à mobilização do pescoço. A
etiologia costuma ser polimicrobiana, devendo internar a criança e iniciar ATB
endovenoso, pela possibilidade de ser bacteriana, além da drenagem cirúrgica.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Menino de 6 anos mordido na mão por cão da vizinha pego na rua há duas dias.
Qual a conduta para a profilaxia de raiva? Como a mordida foi na mão, considera-
se como acidente grave. A princípio, o enunciado não fala que o cão apresentava
sinais suspeitos de raiva, de modo que devemos iniciar a profilaxia com duas
doses da vacina (0,3), além de observar o animal por 10 dias, pois se ele
permanecer sadio o caso está encerrado. Entretanto, se o animal morrer,
desaparecer ou se tornar raivoso, completaremos o esquema vacinal (0,3,7,14),
além de administrar o soro. Recentemente houve mudança na indicação e não é
mais necessária a quinta dose no esquema 0,3,7,14,28.
▶ resposta: A
A. Staphylococcus aureus
B. Mycobacterium tuberculosis.
C. Streptococcus pneumoniae.
D. Haemophylus influenzae
E. Neisseria meningitidis.
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.
grau de dificuldade:
resolução:
Paciente pediátrico com quadro de tosse e febre há 21 dias, que evoluiu com
derrame pleural, tendo iniciado ATB EV sem resposta adequada. Alguns dados no
enunciado falam contra pneumonia: quadro arrastado, líquido pleural com
predomínio de linfócitos, além da ausência de resposta à ceftriaxona. Lembremos
que na população pediátrica constantemente a tuberculose pulmonar é
confundida com pneumonia, de modo que é utilizado escore para o diagnóstico de
TB nessa população. Toda pneumonia que não melhora com antibioticoterapia
inicial deve ser levantada a hipótese de TB. Além disso, vale lembrar que a
principal apresentação de TB extrapulmonar em pediatria é o acometimento de
linfonodo cervical.
▶ resposta: B
43 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Tetralogia de Fallot é uma
cardiopatia congênita cianótica mais comum na infância. A forma clássica consiste
em defeito do septo:
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Quais os componentes na tetralogia de Fallot? São quatro alterações na estrutura
cardíaca resultado de um único erro embrionário, a anteriorização do septo conal:
CIV, obstrução na via de saída do VD (estenose pulmonar), dextroposição da aorta
e hipertrofia de VD. Já a pentalogia de Fallot, além dos critérios descritos
anteriormente, soma-se a comunicação interatrial (CIA).
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Em relação aos efeitos adversos da BCG, todos serão tratados com isoniazida e
deverão ser notificados. São eles ulceração maior que 1 cm (acompanhar por 12
semanas; se não melhorar, usar isoniazida), abscesso subcutâneo frio (frio -
granuloma pelo Mycobacterium bovis; quente - granuloma por outro MO),
linfadenite regional supurada (gânglio maior que 3 cm e que fistuliza, não sendo
indicada isoniazida se não houver fístula).
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão para separar os fortes dos fracos. Todas as alternativas mostram
patologias que podem cursar com hipoglicemia, todavia, a questão quer que
sejam citadas apenas as que tem estoques inadequados de glicogênio e
inadequadas fontes de substratos para a gliconeogênese.
resolução:
Quais os RN de risco para hipoglicemia neonatal, GIG ou PIG? Os dois, pois
quando GIG, normalmente filhos de mães diabéticas, ocorre por maior nível de
insulina fetal, de modo que quando nasce, há bloqueio da glicose, mas ainda está
cheia de insulina, fazendo hipoglicemia grave nas primeiras horas. Já o PIG,
geralmente relacionado à prematuridade, também é de alto risco, pois não
possuem glicogênio suficiente. Além disso, seus estoques de gordura e proteína
também são reduzidos, com capacidade reduzida para gliconeogênese. Temos
ainda as causas mistas, em que podemos citar a sepse neonatal, em que haverá
aumento do consumo periférico de glicose, sem haver hiperinsulinismo, além da
redução da gliconeogênese.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão conceitual. Muitos médicos querem estudar as doenças, fisiopatologia,
tratamentos. Mas na pediatria existe a puericultura, que é muito cobrada em
prova de residência. Peso, estatura, PC, idade gestacional, pré-natal, marcos do
desenvolvimento, vacinação, prevenção de injúrias, conceitos, são temas que não
podem ficar de fora.
resolução:
Vamos às classificações. Quanto à idade gestacional, teremos pré-termo
(prematuro) abaixo de 37 semanas; a termo de 37 a 41 semanas e 6 dias e pós-
termo maior ou igual a 42 semanas. Quanto à relação peso/idade gestacional ao
nascimento, os dados são expressos em um gráfico. Nessa classificação, teremos
pequeno para a idade gestacional (PIG) abaixo do percentil 10, adequado para a
idade (AIG) entre os percentis 10 e 90 e grande para a idade gestacional (GIG)
acima do percentil 90. Alguns autores recomendam que se trabalhe com P3 e P97,
mas é a mesma ideia. Como o comprimento e o perímetro cefálico estão na média,
isto é, no percentil 50, chamamos de PIG desproporcionado, pois o peso sofreu
impacto por alguma intercorrência de terceiro trimestre gestacional, mas o
comprimento e o tamanho da cabeça foram preservados.
▶ resposta: B
A. Antibioticoterapia local
B. Encaminhar para o cirurgião infantil..
C. Antibioticoterapia sistêmica
D. Corticoide tópico.
E. Cauterização com bastão de nitrato de prata
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O granuloma umbilical é uma lesão saliente, rosada/avermelhada e com aspecto
molhado que geralmente se torna evidente após a queda do coto umbilical. É
relativamente frequente e surge devido a um excesso de tecido de cicatrização
que se forma com a separação do cordão, sendo mais frequente nos casos em que
houve infecção prévia. O tratamento pode ser feito com nitrato de prata.
▶ resposta: E
A. 2 anos
B. 3 anos
C. 4 anos.
D. 6 anos
E. 8 anos
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
De acordo com o PNI, em 2017, a vacina da hepatite A deve ser feita aos 15 meses,
dose única, podendo ser feita até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão tranquila sobre imunizações. Todas as alternativas apresentam agentes
de doenças que possuem vacinas, de acordo com o Calendário Nacional de
Vacinação do Ministério da Saúde, com exceção do meningococo tipo B.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Temos um paciente com quatro anos que, ao utilizarmos a tabela fornecida e
calcularmos o IMC, apresenta escore Z + 2 e Z+3, o que nos permite classificar o
grau de obesidade como sobrepeso. Atenção pois a partir dos cinco anos esse
paciente apresentaria obesidade.
▶ resposta: E
A. Autoritária
B. Indulgente.
C. Cognitivo-comportamental.
D. Permissiva
E. Responsiva
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão difícil e conceitual, em que o enunciado descreve aspectos relacionados
ao conceito de alimentação responsiva. Na alimentação responsiva, o adulto é um
facilitador, auxilia o bebê em sua alimentação. A diferença está na maneira como o
adulto percebe as reações da criança: ele presta atenção às respostas que o bebê
dá para controlar a quantidade de alimento, percebe quando o bebê está com
fome e sempre aguarda pacientemente que o bebê coma no seu ritmo.
▶ resposta: E
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Vamos por eliminação. A alternativa A está incorreta pois a descamação da
escarlatina não poupa a região palmoplantar. A letra C está incorreta pois a
panencefalite esclerosante subaguda está classicamente relacionada ao sarampo.
A alternativa D está incorreta pois o período de transmissibilidade inicia-se já na
fase de pródromos. A última alternativa também está equivocada, pois
adenomegalia retroauricular é associado à rubéola. A alternativa correta é então a
letra B, que é autoexplicativa.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Os critérios de Jones foram revisados, entretanto, ainda são critérios maiores:
poliartrite, cardite, coreia, eritema marginado e nódulos subcutâneos. A regra de
três critérios menores + evidência de infecção pode ser utilizada para diagnóstico
de recorrência nas populações de alto risco, mas não para o diagnóstico inicial. Em
populações de baixo risco, poliartralgia é um dos critérios menores, enquanto em
populações de alto risco poliartrite, poliartralgia ou monoartrite podem ser
considerados critérios maiores. O VHS, como critério menor, deve ser maior ou
igual a 30 mm/hora nas populações de risco moderado/alto e maior ou igual a 60
mm/h nas de baixo risco. Já a PCR deve ser maior ou igual a 3 mg/dl em todas as
populações.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Lactente com febre sem sinais localizatórios. A ITU é a infecção bacteriana mais
comumente identificada. Temos no caso em questão um EAS com presença de
bactérias, além de 15 leucócitos p/c e hemácias, o que sugere diagnóstico de ITU.
Entretanto, a confirmação só virá com a urocultura. Como a paciente em questão
não apresenta indicações de internação hospitalar, aguardaremos o resultado do
exame e, caso confirmado, iniciaremos antibiótico oral em ambiente ambulatorial.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Vamos por eliminação. A letra B não faz nenhum sentido, pois, caso seja
necessária, a aspiração de vias aéreas pode ser feita, assim como em qualquer RN.
A alternativa C está incorreta pois deve-se iniciar a zidovudina nas primeiras
quatro horas, idealmente. A letra D está incorreta pois a nevirapina está indicada
em pacientes cujas mães não fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou
não tem carga viral menor que 1.000 cópias/ml. O aleitamento cruzado é
totalmente contraindicado. Por fim, temos a letra A, que está correta, sendo
conduta importante no periparto, já que a redução do tempo de contato da
criança com o sangue e secreções maternas pode reduzir o risco da contaminação.
▶ resposta: A
A. Comprometimento do sono
B. Prejuízo no rendimento escolar
C. Presença de espirros, prurido nasal ou ocular por 4 ou mais dias na semana
e em 4 ou mais semanas consecutivas.
D. Presença de obstrução nasal e espirros em salva, em 4 ou menos dias na
semana por 3 semanas consecutivas
E. Rinorreia hialina que prejudica as atividades de lazer.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A rinite é considerada persistente quando apresenta manifestações por quatro ou
mais dias e/ou mais do que quatro semanas. Além disso, é moderada ou grave
quando apresenta comprometimento do sono, limitações das atividades diárias,
lazer e/ou esporte ou prejuízo no desempenho escolar ou laboral. Caso não
apresente nenhum desses critérios, é considerada leve.
▶ resposta: C
A. Prednisolona endovenosa
B. Anti-histamínico parenteral.
C. Adrenalina 0,01 mg/kg da solução 1:1000 intramuscular.
D. Prednisolona endovenosa associada à droga anti-histamínicos
E. Nebulização com b2 agonista de curta ação
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Criança após entrar em casa que estava sendo pintada evolui com desconforto
respiratório súbito, sibilos pulmonares, hipotensão e placas de urticária. O que
está acontecendo? Isso é um quadro típico de anafilaxia. Lembra-se dos critérios?
Quadro cutâneo/mucoso + quadro respiratório ou cardiovascular, exposição ao
alérgeno provável e presença de pelo menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro
respiratório ou cardiovascular ou gastrointestinal e exposição a um alérgeno
conhecido + hipotensão. Confirmado o diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com
adrenalina intramuscular. Atenção, pois é pegadinha constante de prova: a via de
administração da adrenalina na Anafilaxia é intramuscular e não subcutânea.
▶ resposta: C
Ú
58 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Recém-nascido com 39
semanas de idade gestacional, nasceu de parto vaginal, chorando e com bom
tônus. Genitora fez pré-natal com sete consultas. Refere que apresentou
vulvovaginite no terceiro mês de gestação. Apresentando teste rápido para HIV e
VDRL, não reagentes. Para esse paciente, o pediatra deve:
A. Prover calor, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas e secar, junto com a
mãe.
B. Prover calor, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas, se necessário, e
secar a criança em campos aquecidos e em berço aquecido e, em seguida,
entregá-lo à genitora para amamentação ainda na sala de parto.
C. Prover calor e secar o recém-nascido. Em seguida, posicionar a cabeça e
aspirar as vias aéreas, se necessário, em berço aquecido. Após esses cuidados
iniciais, avaliar FC e respiração, e, se normais, entregá-lo à mãe em campos
aquecidos.
D. Dar os cuidados de rotina junto com a mãe (com contato pele a pele e
cobertos com campos aquecidos), provendo calor, mantendo as vias aéreas
pérvias, secando e avaliando FC e respiração de modo contínuo.
E. Prover calor e secar. Em seguida, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas,
se necessário, e deixá-lo aquecendo em berço aquecido por duas horas para
reavaliação, uma vez que possui fatores de risco para sepse neonatal precoce
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Três perguntas devem ser feitas, que vão nortear todo o atendimento ao RN: RN a
termo? Está respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão? Respondeu sim
para todas? Entrega para a mãe e dá cuidados de rotina. Não devem ser feitos
sequer os passos iniciais da reanimação, como sugere, por exemplo, a letra B.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Quais os sinais de icterícia patológica? Icterícia precoce, com menos de 24h,
velocidade de acumulação > 5mg/dl, nível elevado de bilirrubina (a termo >12
mg/dl e pré-termo > 14 mg/dl), Zona de Kramer ≥ III, colestase (icterícia às custas
de BD), icterícia persistente (a termo até o final da primeira semana e pré-termo
até o final da segunda semana), icterícia + alteração clínica (petéquias, anemia,
pancitopenia, hepatoespleno). Vemos que nosso paciente não preenche nenhum
critério, além de nenhuma outra alternativa poder explicar o seu quadro, já que,
por exemplo, na incompatibilidade materno-fetal Rh, obrigatoriamente a criança
teria Coombs direto positivo. Trata-se, portanto, de icterícia fisiológica.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A sinusite aguda tem como terapia lavagem nasal, analgésico e antitérmicos. Os
medicamentos contraindicados são corticoide, anti-histamínico e
descongestionante. Antibioticoterapia é semelhante a OMA com variabilidade de
espectro pela gravidade: duração de 7 a 14 dias.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
É difícil a diferenciação clínica entre pneumonias virais e bacterianas. As virais
geralmente têm início mais gradual e os sintomas mais comuns incluem tosse,
coriza e febre baixa. Podem ser verificados sibilos em pneumonias virais ou por
micoplasma, assim como em crianças com asma.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
As maiores causas são disgenesias, sendo a tireoide ectópica a principal (produz
níveis insuficientes de hormônio). A clínica compreende retardo mental, surdo-
mudez, alterações piramidais e extrapiramidais, choro rouco, dificuldade de
deglutição, icterícia prolongada, hipotonia, protrusão da língua e hérnia umbilical.
A triagem deve ser feita entre o 3º e 5º dia.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Presença de mamas ingurgitadas causa reclamação de fissuras e má pega. As
mamas devem ser massageadas e o excesso de leite deve ser retirado antes da
mamada.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Limpeza local e hidratação oral deve ser sempre realizada. Como os principais
efeitos de venenos por serpentes é o anticoagulante, o tempo de coagulação (TC)
deve ser solicitado. É de fácil execução e sua determinação é importante para
elucidação diagnóstica e acompanhamento dos casos.
▶ resposta: E
Á
65 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Qual a orientação de
tratamento na alergia à proteína do leite de vaca nos primeiros 6 meses de vida?
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Intolerância à lactose é completamente diferente de
APLV. No primeiro caso, há ausência da enzima lactase, no segundo, reações
alérgicas, mediadas ou não por IgE.
Alternativa B: INCORRETA. Até os 6 meses, apenas leite materno e fórmula
podem ser ofertados.
Alternativa C: INCORRETA. De nada adianta retirar tudo da dieta materna e
deixar a proteína de leite de vaca.
Alternativa D: CORRETA. Em toda criança em AME (até 6 meses) que tem suspeita
de APLV, a conduta inicial é retirar a proteína de leite de vaca da dieta materna. O
uso de fórmulas só está indicado na impossibilidade de manter o AME isento de
proteína de leite de vaca. Nesses casos, está indicado o uso de fórmulas
extensamente hidrolisadas. Se, mesmo com o uso desse tipo de fórmulas, houver
persistência dos sintomas de APLV, indica-se o uso de fórmulas de aminoácidos.
Alternativa E: INCORRETA. As fórmulas de soja estão indicadas após o 6º mês.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A vacina contra varicela é composta por vírus vivo atenuado. O indivíduo em
indução para remissão encontra-se em quimioterapia, com importante redução da
imunidade, sendo indicado apenas o uso de Imunoglobulina específica.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Nas infecções e na anemia ferropriva, ocorre liberação de fatores estimuladores
para a eritropoiese, causando leucocitose nas infecções e maior produção
hemática nas anemias. Em ambas há também estimulação das unidades
formadoras de plaquetas.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
O diagnóstico diferencial de crises convulsivas inclui síncope precedida por
tonteira, visão borrada e palidez, refluxo gastroesofágico com posição arqueada
em criança chorosa, consciente, associada com alimentação, crise de birra
cianótica que ocorre após episódio de birra, com perda do tônus e da consciência
com postura anômala e crise de ausência. Normalmente, o quadro é benigno e
não deixa sequelas, mesmo quando ocorre perda da consciência.
▶ resposta: D
A. Rim único
B. Artrogripose
C. Cardiopatia congênita.
D. Osteogênese imperfeita.
E. Displasia congênita do quadril
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O torcicolo congênito é a terceira anomalia ortopédica congênita mais comum,
perdendo apenas para displasia congênita do quadril e pé torto congênito. As
patologias mais relacionadas ao TC são, em ordem decrescente, displasia
congênita do quadril, fratura de clavícula e pé torto congênito.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Devem receber a profilaxia todas as crianças com menos de um ano que nasceram
prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas; crianças com até
dois anos com doença pulmonar crônica ou com doença cardíaca congênita com
repercussão hemodinâmica demonstrada.
▶ resposta: D
A. 1ª gestação
B. Mais de 4 gestações
C. Doença Rh previa.
D. Tipo sanguíneo materno “O” e tipo sanguíneo do recém-nascido “A”.
E. Anemia materna preexistente
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Questão estranha, mas fácil. Para ocorrer incompatibilidade ABO, a mão deve ser
O (com anti-A e anti-B) e a criança A ou B. A criança não pode ser nunca AB se a
mãe for O.
▶ resposta: D
A. Ultrassonografia cerebral
B. Gasometria arterial
C. Dosagem de metahemoglobina.
D. Dosagem de cálcio-sérico.
E. Hematócrito
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Hematócrito > 65% tem como causas hipóxia relativa fetal com aumento da
eritropoetina e Hb (insuficiência placentária ou diabetes mellitus), excessiva
transfusão de sangue a partir da placenta e idiopática. A clínica compreende
hiperviscosidade nos grandes vasos e microcirculação, agravada pela baixa
deformabilidade dos eritrócitos, pletora, taquipneia, cianose, irritabilidade,
tremores, convulsão, hipoglicemia, trombocitopenia, fluxo sanguíneo cerebral e
veias de fluxo mais lento (renal) ficam reduzidos e aumenta a pressão da artéria
pulmonar.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Infecção por citomegalovírus é a infecção viral congênita mais frequente, sendo a
principal causa de surdez neurossensorial não hereditária. A prevalência é maior
nos países em desenvolvimento. Cegueira e calcificações periventriculares são
indicativas.
▶ resposta: E
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atenção. Esse ano foi lançado o novo protocolo mundial de combate à asma, o
GINA, com mudanças importantes desde o quadro leve. Então, há grande
possibilidade do tema ser cobrado em provas.
resolução:
Sibilantes tardios iniciaram crise após três anos de vida. Se houver teste positivo
para aeroalérgeno (6 anos), há maior associação com asma e sibilância, mais
hiperresponsividade brônquica e perda da função pulmonar.
▶ resposta: D
A. Síncope
B. Mioclonias benignas
C. Crises de perda do fôlego.
D. Crise não-epiléptica psicogênica.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A presença de hipotonia e perda da consciência após episódio de apneia
caracteriza a crise de perda de fôlego.
▶ resposta: C
Ã Ê É Á
76 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE
- 2018) Chega ao ambulatório uma criança de 3 anos e 6 meses de idade,
previamente saudável, apresentando quadro agudo de febre, tosse e
taquidispneia. Na avaliação clínica, o médico detecta: frequência respiratória de 52
respirações por minuto, tiragem subcostal, recusa de tomar líquidos, sonolência
excessiva, batimento de asa do nariz. Segundo critérios da Organização Mundial
da Saúde, qual a principal hipótese diagnóstica?
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A classificação da OMS tem como objetivo classificar as crianças em pneumonia
grave ou muito grave (que requerem antimicrobiano e internação hospitalar/UTI),
pneumonia sem sinais de gravidade (tratamento ambulatorial) e criança sem
pneumonia (não necessitam de antibiótico). São admitidos no protocolo crianças
com tosse e/ou dificuldade para respirar. Sem taquipneia, não há pneumonia. Caso
a criança tenha taquipneia, é classificada como tendo pneumonia. A pneumonia
grave está associada à tiragem subcostal e a pneumonia muito grave está
associada a sinais de comprometimento sistêmico, como sonolência, estridor em
repouso, dificuldade para ingesta de líquidos, cianose central, insuficiência
respiratória e convulsão. A presença de FR > 50 entre dois meses e um ano de
idade é característica de pneumonia. Se houver sinais de desconforto respiratório,
classifica-se o quadro em pneumonia muito grave.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A avaliação pupilar, da motilidade ocular extrínseca e da postura motora mostram
se há hipertensão intracraniana e se houve acometimento vascular.
▶ resposta: A
A. Ingestão cáustica
B. Ingestão de moedas
C. Ingestão de ímãs ou baterias.
D. Ingestão de objetos pontiagudos.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A ingestão de magnetos de forma única ou simultânea normalmente não causa
complicações e eles são eliminados nas fezes. Todavia, quando os dois corpos
estranhos se encontram em porções distintas do TGI, pode ocorrer atração entre
eles, causando compressão das alças intestinais, isquemia e necrose local do
tecido, com consequente perfuração.
▶ resposta: C
A. Vespa
B. Arraia
C. Abelha.
D. Formiga.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A presença de abscesso complicando picada de inseto deve ser lembrada. Das
alternativas, somente a abelha possui inoculador ferroado, que é eliminado após a
picada.
▶ resposta: C
A. Anemia falciforme
B. Leishmaniose visceral
C. Mononucleose infecciosa
D. Lúpus eritematoso sistêmico.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A leishmaniose visceral cursa com invasão do sistema retículo endotelial, ocupa a
medula óssea e sistema retículo endotelial com neutropenia, plaquetopenia,
anemia e esplenomegalia. Há ativação da imunidade humoral (Th2) e ocorre
hipergamaglobulinemia com inversão do gradiente albumina/globulinas.
▶ resposta: B
A. Transtorno de hiperatividade
B. Síndrome de Asperger
C. Transtorno de humor
D. Transtorno de pânico.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No transtorno de hiperatividade, está presente
sintomas como desatenção e impulsividade.
Alternativa B: INCORRETA. Síndrome de Asperger está dentro do grupo de
transtornos de espectro autista e é caracterizada por dificuldade de interação
social.
Alternativa C: INCORRETA. Ocorrem episódios de mania/depressão.
Alternativa D: CORRETA. Os sintomas do TP em criança e adolescente se
assemelham aos dos adultos, manifestando-se com palpitação, tremores,
agitação, tonturas, falta de ar, fraqueza, sudorese, dor no peito, desconforto
abdominal, náuseas, parestesia e medo de perder o controle. Embora o TP seja
considerado raro em jovens, a frequência do transtorno pode variar entre 0,5% e
6% para TP e de 15% a 18% para agorafobia.
▶ resposta: D
A. Hipotireoidismo
B. Baixa estatura familiar
C. Deficiência de hormônio do crescimento.
D. Retardo Constitucional do Crescimento e Puberdade.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A baixa estatura familiar (que é de origem genética – herdada dos pais) é a causa
mais frequente de baixa estatura. Os pacientes com esse fenótipo sempre
seguiram no limite inferior nas curvas de crescimento, pois possuem um alvo
familiar baixo. Todavia, possuem uma velocidade de crescimento normal e uma
idade óssea compatível com a idade cronológica.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Se o total sérico de bilirrubina (TSB) estiver em nível no qual a
exsanguineotransfusão é indicada ou > 25, intervenção imediata é necessária.
Indicações na isoimunização RH: feto hidrópico, bilirrubina no cordão > 4mg/dl ou
Hb < 12 com Coombs direto positivo, aumento da BI > 0,5mg/dl/h apesar da
fototerapia, BT > 20mg/dl.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Se a mãe for adequadamente tratada e o VDRL em amostra de sangue periférico
for menor ou igual ao nível materno e a criança estiver assintomática,
acompanhar clinicamente.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O crescimento do perímetro cefálico é de 2 cm ao mês no primeiros três meses de
vida. Portanto, a criança tem crescimento normal. O ideal é plotar na curva de PC
por idade.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O refluxo gastroesofágico deve ser considerado fisiológico caso não ocorra
alteração da curva de peso e de crescimento. Reforçar junto à mãe o caráter
essencial da manutenção do aleitamento materno.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Fase lactente: pode ocorrer entre 2 meses e 2 anos. O mais comum é manifestar-
se do segundo ao terceiro mês. A lesão elementar predominante é o eczema
agudo, afetando principalmente face, couro cabeludo e pescoço. Inicia com lesões
eritematosas, papulosas ou papulovesiculares, evoluindo para descamação com
exsudato seroso (crosta melicérica). Menos comumente, pode atingir a região
anterior do tórax, deltoide, glútea, genitoanal e extremidades.
Fase infantil: abrange de 2 a 12 anos. Acomete preferencialmente áreas
extensoras e flexoras, com especial afinidade pelas fossas poplíteas e cubitais,
assim como dorso das mãos, tornozelos e pescoço. O padrão típico é o eczema
vesiculoso subagudo e numular em mãos e pés. Existe menor tendência à
exsudação e destaca-se prurido intenso, pele muito seca e liquenificação residual
persistente, sobre a qual se desenvolvem lesões agudas sucessivas.
Fase da adolescência: inicia-se a partir dos 12 anos. Predomina a morfologia
liquenoide, com formação de placas. Acometem, principalmente, as superfícies de
flexão, punhos, dorso das mãos, pescoço e pálpebras inferiores.
▶ resposta: A
Í Á
88 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) A respeito da medicina do
sono, assinale a alternativa CORRETA.
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Recém-nascidos precisam dormir de 14 a 17 horas por dia (orientação anterior era
de 12 a 18 horas). Entre os bebês de quatro a onze meses, a necessidade passou a
ser de 12 a 15 horas. Conforme a idade aumenta, a necessidade de sono diminui.
Crianças de um a cinco anos precisam de 10 a 14 horas de sono. Já os
adolescentes de catorze a dezessete anos devem dormir de 8 a 9 horas por noite
para manter a saúde em dia. A melatonina é o hormônio do sono.
▶ resposta: D
A. 4 apenas
B. 1 e 2 apenas
C. 1 e 3 apenas.
D. 2 e 4 apenas.
E. 1, 2, 3 e 4
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A única das alternativas acima para suplementar leite materno são crianças que
não ganham peso adequado para a idade, apesar de todas as medidas preventivas
e terapêuticas adotadas. A ausência de ganho de peso é alarmante para o pediatra
e deve ser avaliada em relação a outras doenças ou sobre a técnica do aleitamento
materno.
▶ resposta: A
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A criança apresenta desidratação, perdendo de 3% a 9% do peso. A principal
etiologia é viral. Nunca se deve interromper o aleitamento materno. SRO: solução
glicosalina com 75 mEq/l de sódio. Zinco: VO por 10 a 14 dias, durante e após a
diarreia. Reduz a duração e a gravidade da diarreia.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Na síndrome de Turner, há baixa estatura por dano genético. Pacientes portadores
das síndromes de Down e Turner possuem maior risco de desenvolver
hipotireoidismo. Prader-Willi pode haver diabetes mellitus tipo 2.
▶ resposta: B
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O tumor de córtex adrenal (TCA) é raro, acomete ambos os sexos, e atinge mais a
faixa etária abaixo de quatro anos ou acima de 50 anos. A diferenciação entre
doença de Cushing (microadenoma hipofisário produtor de ACTH) e tumor de
córtex adrenal é feita pela presença de virilização já que ambas podem causar
síndrome de Cushing com hipertensão.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Apresentação da diabetes tipo 1: pode variar desde não emergência (poliúria,
polidipsia, perda de peso e enurese) até desidratação grave, choque e Cetoacidose
Diabética (CAD). O diagnóstico pode ser feito em indivíduos assintomáticos na
maioria dos casos, se houver seguimento de indivíduos com alto risco. Algumas
crianças têm sintomas de início rápido e CAD em dias. Outras demoram meses.
Glicemia > 200 confirma o diagnóstico. Deve ser feita no sangue e não no
hemoglucoteste.
Apresentação não emergencial: Enurese nova em criança sem escapes
noturnos, podendo ser diagnosticada erroneamente como infecção do trato
urinário (ITU) ou excesso de líquidos, candidíase vaginal especialmente se pré-
púbere. Perda de peso crônica ou incapacidade de ganhar peso, irritabilidade e
diminuição da performance escolar, infecções de pele recorrente
▶ resposta: C
Í Á
94 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) J.G.L., masculino, 3 anos,
apresenta-se em consulta médica com palidez de mucosas e queixa de dor
abdominal, diarreia com presença de alimentos mal digeridos e aspecto de
gordura. No exame parasitológico de fezes, são achados cistos de Giardia
intestinalis e ovos de Ascaris lumbricoides. Levando em consideração os dados
apresentados, assinale a alternativa Correta no que se refere à conduta
terapêutica
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Mebendazol não é indicado para tratamento de giardíase. Albendazol deve ser
usado por cinco dias para tratamento da giardíase. O secnidazol ou o metronidazol
associado ao albendazol é uma excelente opção terapêutica.
▶ resposta: B
A. 3 apenas
B. 1 e 3 apenas
C. 2 e 4 apenas
D. 1, 2 e 4 apenas.
E. 1, 2, 3 e 4
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O RN não deve ser vacinado para BCG, e sim iniciar quimioprofilaxia primária com
prova tuberculínica em três meses. Não há contraindicação para amamentação,
devendo a mãe usar máscara durante a primeira semana de tratamento.
▶ resposta: A
A. Leucemia aguda
B. Síndrome hemolítico-urêmica
C. Púrpura trombocitopênica trombótica.
D. Púrpura trombocitopênica idiopática.
E. Doença de Gaucher
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
Na PTI, a clínica é de sangramento de peles e mucosas. No laboratório, há
plaquetopenia, alargamento de TS, hiperplasia do setor megacariocítica. A
fisiopatologia corresponde a resfriado pregresso, ativação de anticorpos
antiplaqueta. O tratamento compreende menos de 30 mil plaquetas e
sangramento mucoso ou menos de 20 mil plaquetas com corticoide: prednisona.
▶ resposta: D
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A saturação alvo, de acordo com o Consenso Brasileiro de Asma, é ≥92%. Além
disso, fármacos anticolinérgicos, como o brometo de ipratrópio, podem auxiliar no
tratamento.
▶ resposta: C
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
A afirmação 1 é verdadeira. Esteatorreia é o nome dado quando se encontra
gordura nas fezes do paciente, independente da etiologia.
A afirmação 2 é verdadeira. A Doença celíaca ocorre devido a uma reação
imunológica pela ingesta do gluten, criando uma inflamação no intestino delgado,
resultando em planificação do epitélio. Essa planificação dificulta a absorção de
substancias, dentre elas lipídios e vitaminas, resultando em esteatorreia, diarreia,
perda de peso.
A afirmação 3 é verdadeira. A fibrose cística ocorre por mutação na proteína
transmembrânica que regula a entrada de clono nas células. Essa mutação faz
com que fluidos corporais fiquem mais espessos, incluindo a bile. Isso faz com que
haja maior dificuldade em sua liberação, com consequente absorção de liídios e
vitaminas lipossolúveis. O quadro clínico é de diarreia com esteatorreia, perda de
peso e hipovitaminose. Quadros respiratórios podem estar associados.
A afirmação 4 é verdadeira. Neutropenia cíclica com esteatorreia é uma das
características da síndrome de Shwachman-Diamond
Assim, todas as alternativas estão corretas.
▶ resposta: E
subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:
resolução:
O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico e deve obedecer
aos seguintes critérios: tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais
durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo, os tiques
devem ocorrer diversas vezes por dia (geralmente em salva), quase todos os dias
ou intermitentemente por período de pelo menos três meses consecutivos e o
quadro deve começar antes dos 18 anos.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A suspeição diagnóstica deve ser fundamentalmente clínica, mediante história de
sintomas típicos de DRGE, sem exames laboratoriais para confirmação
diagnóstica, para os casos que não apresentem sinais agravantes. Essa prática é
estabelecida para os adultos; no entanto, ainda não é consensual para o grupo
pediátrico, em que a investigação da DRGE se faz necessária para lactentes e
crianças que apresentem sinais de complicações. A decisão pela investigação
diagnóstica dependerá do julgamento da gravidade e da repercussão do conjunto
de sinais e sintomas e deve ser sempre individualizada.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A pHmetria é de 24 horas e está reservada para casos
como avaliação dos sintomas atípicos ou extraesofagianos, avaliação da resposta
ao tratamento dos pacientes não responsivos na prática e para análise pré e pós-
cirúrgica.
Alternativa B: INCORRETA. A pHmetria/inpedanciometria esofágica está indicada
nos casos de endoscopia normal.
Alternativa C: INCORRETA. A radiografia de esôfago-estômago-duodeno (REED) é
indicada para a avaliação de anomalias estruturais anatômicas que podem causar
sintomas similares aos da DRGE, como hérnia, estenose e volvo. Pode ser útil na
avaliação do esvaziamento gástrico.
Alternativa D: CORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Alergia alimentar é uma entidade clínica resultante de reações imunológicas após
a ingestão de proteínas alimentares, em indivíduos previamente sensibilizados.
Ocorre em cerca de 8% das crianças. Os alimentos mais frequentemente
envolvidos são leite de vaca, ovo, trigo e soja, sendo responsáveis por cerca de
90% dos casos. A maioria das reações ocorre devido à sensibilização a apenas um
ou dois alimentos. Pacientes portadores de alergia a três ou mais alimentos
diferentes são menos frequentes. A lactose, por ser um carboidrato, não provoca
alergia, e sim intolerância, por deficiência da enzima de lactase. O número de
aditivos alimentares (incluídos os corantes) implicados em reações alérgicas é
muito pequeno.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não é sempre que o paciente vai desenvolver
intolerância secundária à lactose.
Alternativa B: INCORRETA. O teste de tolerância oral de lactose ou o teste do
hidrogênio molecular (H2) expirado são indicados na suspeita de intolerância à
lactose.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Para as crianças maiores de três anos, para evitar a
confusão diagnóstica entre a alergia à proteína do leite de vaca e a intolerância à
lactose por deficiência ontogenética de lactase, pode se utilizar, para desafio oral,
fórmulas poliméricas de proteína do leite de vaca sem lactose.
Alternativa E: INCORRETA. A enteropatia induzida por proteínas alimentares
caracteriza-se pela presença de diarreia crônica (fezes aquosas e ácidas), eritema
perianal, distensão abdominal, vômitos, anemia, perda de peso e insuficiência do
crescimento. De modo semelhante à doença celíaca, pode cursar com
esteatorreia, enteropatia perdedora de proteínas, edema e variáveis graus de
desnutrição. Assim, trata-se de um quadro de má absorção, que pode ocasionar
importantes repercussões nutricionais e alta morbidade.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A manifestação dermatológica clássica da doença
celíaca é a dermatite herpetiforme e costuma responder à retirada do glúten da
dieta.
Alternativa B: CORRETA. Os pacientes geralmente apresentam HLA DQ2 e DQ8,
os dois tipos mais envolvidos.
Alternativa C: CORRETA. O anticorpo antitransglutaminase e o antiendomisio são
utilizados para diagnóstico de doença celíaca, ambos com boa sensibilidade, e o
primeiro tem sensibilidade discretamente maior, além de maior facilidade de
dosagem, o que contribui para que seja o teste sorológico de escolha.
Alternativa D: CORRETA. Pode haver anemia associada à doença celíaca, seja de
doença crônica ou devido à disabsorção, causando deficiência de ferro e vitamina
B12.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Massa abdominal aguda em lactentes entre 3 a 12 meses de idade com fezes
sanguinolentas sugere quadro de intussuscepção intestinal, necessitando de
pronta avaliação cirúrgica. É a principal causa de obstrução intestinal em lactentes,
comumente, pode haver quadro de infecção aguda das vias aéreas superiores
(IVAS) prévio, e o segmento invaginado aparece como uma massa palpável em
abdome, como se fosse uma salsicha. Podem existir fezes do tipo geleia de
groselha.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ao exame físico, não se faz referência a sinais
meníngeos.
Alternativa B: INCORRETA. A história clínica e o exame físico não sugerem
problema neurológico, mas sim alterações semiológicas abdominais.
Alternativa C: CORRETA. vide comentário.
Alternativa D: INCORRETA. No texto, não há referência sobre alteração renal.
Alternativa E: INCORRETA. O quadro de apendicite não é comum em pacientes
com menos de 5 anos de idade.
▶ resposta: C
A. I e IV.
B. III e IV
C. IV e V.
D. I, II e III.
E. I, II e V.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O ferro, na forma de hemoproteína, é fundamental para o transporte de oxigênio,
geração de energia celular e detoxificação. O heme é sintetizado em todas as
células nucleadas, sendo que a maior quantidade é produzida pelo tecido
eritroide. Sua síntese é controlada por mecanismos enzimáticos e de degradação,
e esse controle tem que ser rigoroso, uma vez que o excesso de ferro irá reagir
com o oxigênio, gerando radicais hidroxil e ânions superóxidos.
resolução:
Assertiva I: FALSA. O fitato é um derivado do ácido fítico, presente naturalmente
nas cascas de castanhas, nozes, sementes e grãos, que se liga aos minerais
essenciais como o cálcio, magnésio, ferro e zinco, impedindo que sejam
absorvidos pelo organismo.
Assertiva II: FALSA. A proteína transportadora de metal divalente (DMT-1) absorve
o ferro inorgânico na forma Fe2+. Por isso, o Fe3+ geralmente encontrado na dieta é
convertido a Fe2+ pela redutase citocromo b duodenal, e depois transportado pela
DMT-1. O ferro na forma heme é absorvida pela proteína transportadora de heme-
1 (HCP-1).
Assertiva III: FALSA. O ácido ascórbico e o ácido cítrico convertem o estado de
ferro de sulfato férrico para ferroso.
Assertiva IV: VERDADEIRA.
Assertiva V: VERDADEIRA.
▶ resposta: C
dica do autor:
Ao avaliarmos uma criança contactante de um caso de tuberculose, devemos
definir em qual dos três seguintes grupos ela se encaixa: a) no grupo dos não
infectados; b) no grupo dos indivíduos com infecção latente ou c) no grupo dos
indivíduos com infecção ativa. Sabemos que o diagnóstico de tuberculose em
crianças com menos de 10 anos é feito usando um escore de pontos, que envolve
cinco variáveis: clínica (febre ou sintomas como tosse, adinamia, expectoração,
emagrecimento, sudorese há mais de 2 semanas), radiologia (adenomegalia hilar
ou padrão miliar, condensação ou infiltrado inalterado há 2 semanas ou
condensação/infiltrado há mais de 2 semanas evoluindo com piora ou sem
melhora com antibióticos para germes comuns). Devemos considerar também a
prova tuberculínica (maior ou igual a 10 mm em crianças vacinadas com BCG há
menos de 2 anos ou maior ou igual a 5 mm em vacinados há mais de 2 anos ou
não vacinados ou imunossuprimidos). O estado nutricional também deve ser
levado em consideração. Diante disso, pontuação maior ou igual a 40 pontos
corresponde a diagnóstico muito provável; pontuação entre 30 e 35 seria
diagnóstico possível; e pontuação igual ou inferior a 25 pontos considera
diagnóstico pouco provável. A descrição de melhora clínica após o tratamento para
germes comuns e uma radiografia de tórax normal nos faz pensar em excluir o
diagnóstico de tuberculose. Diante disso, deveríamos solicitar a prova
tuberculínica (PT) para comprovar se está reatora ou não, ou seja, maior que 5 mm
no caso de uma criança vacinada há mais de 2 anos. O tratamento de infecção
latente será feito com a isoniazida.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Conforme comentário do autor.
Alternativa B: INCORRETA. Mesmo crianças com infecções ativas podem ter
pesquisa de BAAR no lavado gástrico negativa. Além disso, a alternativa traz o
ponto de corte da PT de 10 mm, quando, na verdade, nesse caso, é de 5 mm.
Alternativa C: INCORRETA. A presença de linfadenomegalia hilar é bastante
sugestiva do diagnóstico de atividade da doença, e o tratamento não é feito com
RIP.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentários anteriores.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
A dosagem do tripsinogênio imunorreativo é feita para o rastreamento da fibrose
cística. Nas crianças com esta enfermidade, a lesão pancreática faz com que
ocorra um aumento nos níveis séricos desta substância nas primeiras semanas de
vida. Quando há este aumento na triagem neonatal, a primeira medida é repetir o
teste ainda nos primeiros 30 dias de vida. Caso a alteração se confirme, o
diagnóstico deve ser confirmado pelo teste do suor.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Caso a amostra coletada no exame de triagem
neonatal seja positiva, ou seja, com valor de tripsinogênio imunorreativo (TIR)
maior que 70 ng/mL, o recém-nascido será convocado para a coleta de uma
segunda amostra, preferencialmente colhida em torno do décimo quinto dia de
vida.
Alternativa B: INCORRETA. Alguns países mais desenvolvidos realizam testes
para diagnosticar de 50 a 100 tipos de mutações relacionadas à fibrose cística,
diferentemente do que é realizado no Brasil.
Alternativa C: INCORRETA. A sensibilidade do teste de triagem neonatal se situa
ao redor de 95%, porém sua especificidade varia de 32 a 74%.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentário da alternativa A.
Alternativa E: CORRETA. Todo neonato com duas amostras positivas coletadas
dentro do período estabelecido devem ser encaminhados para o teste do suor.
Aqueles neonatos que tiveram a primeira amostra positiva e não conseguiram
repetir o teste até os primeiros 30 dias de vida também precisam ser
encaminhados.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para crianças em idade pré-escolar com sintomas
leves ou prejuízo funcional restrito a um ambiente, é recomendada como primeira
linha a terapia comportamental dirigida aos pais (treinamento parenteral) e/ou
professores, seguida da prescrição de estimulante caso as intervenções
comportamentais não produzam melhoras e os sintomas continuem a causar
prejuízo funcional. Para crianças em idade escolar (6 a 11 anos) e adolescentes (12
a 18 anos), recomenda-se tratamento medicamentoso e/ou tratamento
comportamental, preferencialmente as duas opções em combinação, sobretudo
na presença de múltiplas comorbidades.
Alternativa B: CORRETA. A terapia comportamental tem o objetivo de modificar o
ambiente físico e social a fim de modificar o comportamento. A terapia dirigida
aos pais visa desenvolver as habilidades dos pais de modificar o comportamento
da criança e de melhorar a capacidade de a criança regular o seu próprio
comportamento. Estratégias comportamentais também podem ser aplicadas na
escola, por exemplo: sala de aula bem estruturada, com poucos alunos, rotinas
diárias consistentes, assento preferencial (mais perto da professora e longe da
janela), atividades e testes modificados.
Alternativa C: CORRETA. O acompanhamento psicopedagógico e reeducativo
psicomotor pode ter indicação para melhorar a organização e o planejamento das
atividades e aumentar o controle dos movimentos. A terapia cognitivo-
comportamental é uma atribuição exclusiva do psicólogo. O acompanhamento
com o fonoaudiólogo está recomendado em casos de comorbidade com
transtorno de leitura (dislexia) ou transtorno da expressão escrita (disortografia).
Alternativa D: CORRETA. Alguns estudos apontam que os seguintes fatores
psicossociais são estatisticamente significativos: brigas conjugais no passado,
separação dos pais, depressão materna, violência entre os pais, etilismo materno,
assassinato de um familiar, assassinato do pai e aglomeração domiciliar.
▶ resposta: A
Resumo Prático
1. ALEITAMENTO MATERNO
Além da sua função principal de alimentação, o aleitamento materno protege a
criança contra algumas doenças e promove o desenvolvimento cognitivo e
emocional da criança e o bem-estar físico e psíquico da díade mãe e filho.
Definições:
2. DIARREIA AGUDA
Definição: eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com frequência
igual o maior a três vezes por dia e duração de até 14 dias. Não podemos esquecer
que neonatos e lactentes em aleitamento materno exclusivo podem apresentar tal
padrão evacuatório sem que seja considerado quadro de diarreia aguda.
Para determinar o tratamento, é necessário identificar se o paciente apresenta
sinais de desidratação e, caso apresente, se é caso de desidratação leve ou grave.
Deve-se avaliar estado geral da criança, olhos, presença ou não de lágrimas, sede,
sinal da prega e pulso. A partir desses aspectos clínicos, pode-se classificar o
paciente em três planos de tratamento: A, B e C.
No plano A, estão pacientes sem sinais de desidratação e que poderão ser
manejados apenas com ingesta de líquidos maior que habitual para impedir a
desidratação e manter alimentação habitual. Estando o paciente com sinais de
desidratação leve, deve ser conduzido o plano B. Nessa situação, administra-se
solução de reidratação oral de acordo com a sede do paciente. Para aqueles
pacientes com sinais de desidratação grave, está indicada a reposição volêmica via
endovenosa no serviço de saúde.
Quadro para classificação do paciente
Tratamento Plano A
Fonte:Ministérios da Saúde
Tratamento Plano B
Fonte:Ministério da Saúde
Tratamento Plano C
Fonte:Ministério da Saúde
3. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
Questões Para Concursos
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão muito simples; basta interpretar o texto e procurar a alternativa que fala
de “acesso universal e igualitário”.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O Art. 196 diz: “Art. 196. A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
Alternativa B: INCORRETA. Os três princípios colocados neste Artigo são: I -
descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento
integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais; III - participação da comunidade. Mas nenhum desses é o conceito
que o enunciado pediu.
Alternativa C: INCORRETA. O Art. 194 fala sobre a seguridade social, não sobre o
acesso à saúde.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa A responde à questão.
▶ resposta: A
02 (FUNDATEC - Prefeitura de Seberi/RS - 2019) A utilidade de um exame em
uma determinada situação clínica, tal como a suspeita de infarto agudo do
miocárdio, depende não só das características do exame, por exemplo, a _________
e a ________, como também da probabilidade de o paciente ter a doença antes
que o resultado do exame seja conhecido, ou seja, da __________. Assinale a
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para interpretar corretamente o resultado de um exame diagnóstico, é preciso
conhecer os valores preditivos de um resultado positivo ou negativo, definindo a
probabilidade pós-teste de o paciente ter ou não a doença. Esses valores são
determinados por apenas dois fatores:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Incidência é uma característica de uma população,
não de um exame, além de não ter papel na interpretação do resultado de um
exame. Prevalência é uma característica de uma população, não de um exame. As
Razões de Verossimilhança são calculadas diretamente pela sensibilidade e
especificidade, sendo uma característica do exame, não do indivíduo.
Alternativa B: INCORRETA. Razão de Verossimilhança não se encaixa na
estrutura do texto como um par da sensibilidade. A prevalência é usada para
determinar a probabilidade pré-teste, mas a definição usada no texto do
enunciado foi a de probabilidade pré-teste, não de prevalência. Prevalência pós-
teste é um outro nome usado para a probabilidade pós-teste.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Ver o comentário da alternativa A. O último termo
seria a probabilidade PRÉ-teste.
Alternativa E: INCORRETA. Ver o comentário da alternativa A para a incidência.
▶ resposta: C
03 (FEMA - Prefeitura de Alegria/RS - 2018) A Equidade é um dos princípios
fundamentais do SUS, segundo Art. 7º da lei 8.080.4 Assinale a alternativa que
NÃO está relacionada a este princípio:
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Art. 7º da lei 8.080 fala sobre os princípios do SUS, mas o enunciado cometeu
um deslize ao utilizá-la como referência para a definição da Equidade, pois a
Equidade não é mencionada na lei 8.080! O referido artigo fala de “IV - igualdade
da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”,
princípio que foi posteriormente modificado para dar lugar ao conceito atual de
Equidade. Este equívoco, no entanto, não deveria atrapalhar a realização da
questão, e deve, inclusive, ter passado despercebido por muitos na época do
concurso.
Granja GF et al. (2010)5 identificam o conceito central de Equidade como:
“tratar cada usuário dos serviços segundo suas necessidades de saúde,
priorizando no atendimento os mais necessitados, por critérios clínicos ou
epidemiológico-sociais, depois de garantir acesso igualitário e sem discriminação
a todos.”.
As palavras equidade e igualdade existem na língua portuguesa e estão
corretas. Igualdade se refere a situações idênticas e equivalentes para todas as
pessoas e situações. Significa também o sinal aritmético de igual. Equidade se
refere à capacidade de apreciar e julgar com retidão, imparcialidade e justiça. O
enunciado pede a alternativa que NÃO se encaixa no conceito de Equidade.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Não, equidade na saúde é desigualdade, tratar de
forma desigual aqueles que não são iguais; quem precisa de mais, recebe mais.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
Exceto pela Equidade, os princípios do SUS estão dispostos no Art. 7º da Lei 8.080
de 1990.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Esta definição seria parte do conceito de Equidade.
Alternativa B: INCORRETA. Esta definição é parte do Art. 196 da constituição de
1988, sobre a saúde de forma geral. Participação popular fala sobre a
participação da população no controle da execução e dos gastos nas políticas de
saúde.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Esta seria a definição de Universalidade.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Redefinida pela Portaria Nº 2.446 de 2014, a Política Nacional de Promoção da
Saúde (PNPS) se autodescreve tendo como
resolução:
Alternativa A: CORRETA. “III - práticas corporais e atividades físicas, que
compreende promover ações, aconselhamento e divulgação de práticas
corporais e atividades físicas, incentivando a melhoria das condições dos espaços
públicos, considerando a cultura local e incorporando brincadeiras, jogos, danças
populares, dentre outras práticas”.
Alternativa B: INCORRETA. Promoção da saúde não trata de prevenção de
patologias específicas, mas de promover a saúde de forma geral, ampliada,
atuando em seus aspectos biológicos, sociais, culturais e econômicos de forma
individual e coletiva.
Alternativa C: CORRETA. “V - enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras
drogas, que compreende promover, articular e mobilizar ações para redução do
consumo abusivo de álcool e outras drogas, com a corresponsabilização e
autonomia da população, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas,
ambientais, culturais e sociais”.
Alternativa D: CORRETA. “VII - promoção da cultura da paz e de direitos
humanos, que compreende promover, articular e mobilizar ações que estimulem
a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e o fortalecimento de vínculos,
para o desenvolvimento de tecnologias sociais que favoreçam a mediação de
conflitos, o respeito às diversidades”.
▶ resposta: B
dica do autor:
Segundo o próprio Decreto Presidencial n 7.508, de 28 de junho de 2011, o
documento “Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde,
a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.”
Basicamente o decreto fala sobre a organização do SUS, das Regiões de Saúde,
da Hierarquização (define as portas de entrada), do Planejamento da Saúde em
cada esfera do governo, da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
(RENASES), da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), das
Comissões Intergestoras e do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
Alternativa D: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
Segundo a referência do enunciado, os componentes do MCCP são:
I. Explorar a doença e a experiência da pessoa com a doença;
II. Entender a pessoa como um todo (sua história, família, cultura e
comunidade);
III. Estabelecimento de plano terapêutico singular;
IV. Incorporar a prevenção e a promoção de saúde;
V. Aprofundar a relação médico-pessoa;
VI. Ser realista.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Anamnese, exame físico e diagnóstico fazem parte
do modelo biomédico tradicional. O único correto seria “ciclo de vida”, porém o
termo já está escrito no texto do enunciado, então por que apareceria
novamente entre parênteses?
Alternativa B: INCORRETA. Além de os termos não fazerem sentido no
preenchimento das lacunas, esta alternativa está mais próxima de descrever o
modelo de registro de atendimento SOAP, que é uma ferramenta do MCCP, e não
o próprio MCCP.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. “exame físico, diagnóstico e terapêutica” são etapas
no atendimento pelo modelo SOAP, e “ciclo de vida” já está escrito no texto logo
antes.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em termos de características diagnósticas, a mais
importante seria a sensibilidade, para evitar que indivíduos doentes passem
despercebidos (não queremos que o exame seja uma “rede furada”). Mas isso
não significa que a especificidade não seja importante, pois é preciso reduzir
grande número de falsos positivos que invariavelmente ocorrem em rastreios, e
assim reduzir os custos e danos causados por exames confirmatórios que muitas
vezes são invasivos e de menor disponibilidade.
Alternativa B: INCORRETA. Este seria um exame de diagnóstico, não de rastreio.
Alternativa C: INCORRETA. Rastreio é a realização de exames em indivíduos sem
sintomas ou queixas, se diferenciando de exames diagnósticos, que são
solicitados para investigar indivíduos que apresentam sintomas ou queixas.
Alternativa D: CORRETA. Correto, e existem muitos outros fatores a serem
considerados ao estabelecer um exame de rastreio, sendo os mais conhecidos os
publicados pela OMS no trabalho de Wilson e Jungner em 19689, junto com
outros publicados mais recentemente pela OMS para complementar os antigos,
abrangendo questões mais atuais, como autonomia e equidade.
▶ resposta: D
A. I e II estão corretas.
B. I e III estão corretas.
C. II e III estão corretas.
D. II e IV estão corretas.
E. III e IV estão corretas.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: FALSA. A primeira modalidade de seguro de saúde no Brasil foram
as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), organizadas por empresas e
empregados.
Assertiva II: FALSA. Centrado na atenção primária, promoção da saúde, e com
ações preventivas e curativas.
Assertiva III. VERDADEIRA. A saúde consta na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948, no artigo XXV, que define que todo ser humano tem direito a
um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar,
incluindo alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços
sociais indispensáveis. Ou seja, o direito à saúde é indissociável do direito à vida,
que tem por inspiração o valor de igualdade entre as pessoas. No contexto
brasileiro, o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma
Sanitária, refletindo na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição
Federal de 1988, cujo artigo 196 dispõe que “A saúde é direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”.
Assertiva IV. VERDADEIRA. É o oposto do modelo anterior, que seguia a lógica de
Seguro Social, baseado no modelo alemão bismarkiano. A definição da
Seguridade Social como conceito organizador da proteção social brasileira foi
uma das mais relevantes inovações do texto constitucional de 1988. A
Constituição Federal (CF) ampliou a cobertura do sistema previdenciário e
flexibilizou o acesso aos benefícios para os trabalhadores rurais, reconheceu a
Assistência Social como política pública não contributiva que opera tanto serviços
como benefícios monetários, e consolidou a universalização do atendimento à
saúde por meio da criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, a
Seguridade Social, articulando as políticas de seguro social, assistência social,
saúde e seguro-desemprego, passa se fundar em um conjunto de políticas com
vocação universal.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
dica do autor:
Quando uma questão fala de equidade, atenção integral e humanizada, ela está
se referindo ao modelo centrado na pessoa, baseado na atenção primária, e que
se estabelece como um substituto do modelo médico hospitalar tradicional, que
é centrado na doença, com foco em diagnóstico e tratamento.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A questão fala de um sistema baseado na atenção
primária, e centros especializados de referência são baseados em atenção
secundária.
Alternativa B: CORRETA. Organizar a saúde em redes de atenção facilita o
encaminhamento dos pacientes pelos níveis de atenção, assim como facilita que
o médico da atenção básica coordene o cuidado do paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Cada local tem sua própria realidade, portanto, não
adianta importar um protocolo internacional, nem adotar um único protocolo
indiscriminadamente para todo o país.
Alternativa D: INCORRETA. Estratégias de prevenção devem ser permanentes e
longitudinais; campanhas pontuais não são efetivas a nível populacional.
Alternativa E: INCORRETA. Tradicionalmente, o termo “busca ativa” é usado para
designar práticas de vigilância epidemiológica, sanitária e de saúde do
trabalhador por meio da busca por indivíduos sintomáticos. Apesar de ser
importante, não é disso que trata o enunciado.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O Pacto pela Vida “Significa uma ação prioritária no
campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a
explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o
alcance desses resultados.” – Portaria Nº 399 de 2006;11
Alternativa B: CORRETA. O Pacto em Defesa do SUS se concretiza como um
“movimento de repolitização da saúde, com uma clara estratégia de mobilização
social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limites do
setor e vinculada ao processo de instituição da saúde como direito de cidadania,
tendo o financiamento público da saúde como um dos pontos centrais.” –
Portaria Nº 399 de 2006; 11
Alternativa C: CORRETA. O Pacto de Gestão do SUS “parte de uma constatação
indiscutível: o Brasil é um país continental e com muitas diferenças e iniquidades
regionais... radicaliza a descentralização de atribuições do Ministério da Saúde
para os estados, e para os municípios, promovendo um choque de
descentralização, acompanhado da desburocratização dos processos
normativos.” – Portaria Nº 399 de 2006; 11
Alternativa D: INCORRETA. Não existe “Pacto Popular no SUS”. a participação da
população no SUS foi definida pela Lei 8.142 de 1990,12 e acontece por meio dos
conselhos e conferências de saúde, não pelas comissões intergestores e muito
menos com financiamento direto da população.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
A. V, F, V
B. V, V, F
C. F, F, V
D. V, V, V
grau de dificuldade:
dica do autor:
As leis orgânicas do SUS (Lei nº 8.080/90 e Lei nº 8.142) são um tema muito
frequente nas provas. Uma leitura atenciosa vai fazer muita diferença, mesmo
que você não vá decorar linha por linha.
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente como escrito no Art. 19-G.
Assertiva II: FALSA. “Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios,
financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.”4
Assertiva III: VERDADEIRA. Exatamente como escrito no Art. 19-G § 2o.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
A lei 8.142/90 é tema muito frequente em provas, e na verdade é bem curta,
então vale a pena dar uma lida para se preparar, porque existem muitas questões
que, como esta, cobram citações exatas da lei. O enunciado pede a alternativa
INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 1° da lei 8.142/90.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 4° da lei 8.142/90.
Alternativa C: INCORRETA. “... definidas em regimento próprio, aprovadas pelo
respectivo conselho.” - Art. 1 § 5° da lei 8.142/90.12
Alternativa D: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 3° da lei 8.142/90.
▶ resposta: D
A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão é bem simples; basta eliminar a assertiva I (que é a mais fácil) e resta
apenas a alternativa correta. É sempre importante, na hora da prova, prestar
atenção a palavras como “único”, “apenas”, “exclusivo”, pois quase sempre
falseiam a alternativa.
resolução:
Assertiva I: FALSA. A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada
preferencial do SUS; possui um espaço privilegiado de gestão do cuidado das
pessoas e cumpre papel estratégico na rede de atenção, servindo como base
para o seu ordenamento e para a efetivação da integralidade. As portas de
entrada do SUS são: I - Atenção primária; II - Urgência e emergência; III - Atenção
psicossocial; IV - Especiais de acesso aberto.
Assertiva II: VERDADEIRA. Resolutividade é um dos princípios do SUS descritos
na lei nº 8.080/90. É importante lembrar também que atenção básica lida com
tecnologias de alta complexidade e baixa densidade.
Assertiva III: VERDADEIRA. “A totalidade das ações e de serviços de atenção à
saúde, no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida em um conjunto de
estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada, e
disciplinados segundo subsistemas, um para cada município…” - Norma
Operacional Básica do SUS (1996).14
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Lei complementar nº141 de 2012 dispõe sobre a transferência de recursos
aplicados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assim como normas
de fiscalização e controle dos mesmos.
Questões como esta são bem chatas, pois são cobradas citações diretas da lei,
então não há muito o que ser discutido. O segredo é lembrar que todos os
concorrentes estão no mesmo “barco”, então tente manter a concentração e
identificar alguma forma de raciocínio sobre o enunciado e as assertivas.
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 2 da lei.
Assertiva II: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 12 da lei.
Assertiva III: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 38 da lei.
Assertiva IV: FALSA. Está contradizendo a assertiva II (Art. 12 da lei): o repasse
dos recursos da união é feito ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades
orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, e não diretamente
aos estados e municípios.
▶ resposta: B
A. repressão da saúde.
B. defesa da saúde.
C. reabilitação de saúde.
D. interrupção do ciclo.
E. promoção de saúde.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Portaria nº 399 de 2006 compõe o Pacto pela Saúde, sendo o documento que
determina suas diretrizes. A questão fala do conceito que foi inserido na Carta de
Ottawa em 1986 (na 1ª conferência mundial de promoção da saúde), que recebeu
atenção especial no Pacto pela Saúde e logo depois tornou-se política nacional
com a Portaria nº 687 de 30 de março de 2006 (Política Nacional de Promoção da
Saúde).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Reprimir a saúde?!
Alternativa B: INCORRETA. A portaria fala em “Defesa do SUS”, que tem
propósito de promover a cidadania, garantir o financiamento e repolitizar a
saúde como um movimento de reforma sanitária.
Alternativa C: INCORRETA. Reabilitação é importante, mas apenas um pedaço
do conceito geral que foi solicitado pelo enunciado.
Alternativa D: INCORRETA. Interrupção de qual ciclo? Não adianta perder tempo
tentando entender, quando uma alternativa como esta não faz sentido; é bom
deixá-la como está e procurar por alguma que responda bem à questão.
Alternativa E: CORRETA. A Portaria nº 399 de 2006 diz: “Elaborar e implantar a
Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos
saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a
responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação
saudável e combate ao tabagismo”.11
▶ resposta: E
19 (IBADE - UPAS Rio - 2019) Com base na Norma Operacional Básica (NOB) nº
1/96 do Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção à Saúde encerra todo o
conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo, para
o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais,
compreendendo três grandes campos, a saber: o da assistência, o das
intervenções ambientais e o das políticas externas ao setor saúde. Nos três
campos referidos, enquadra-se, então, todo o espectro de ações compreendidas
nos chamados níveis de Atenção à Saúde, que são representados por:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Entre várias outras coisas, a NOB 96 fala dos três campos de atenção à saúde,
citados no enunciado, e que neles se enquadram todos os espectros de ações
dos níveis de atenção à saúde: Promoção; Proteção e Recuperação, que devem
priorizar a prevenção.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. “... todo o espectro de ações compreendidas nos
chamados níveis de atenção à saúde, representados pela promoção, pela
proteção e pela recuperação” - NOB 9616
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
20 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019) De acordo com a Lei nº
8.142/90, o SUS contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do
Poder Legislativo, com as instâncias colegiadas da Conferência de Saúde e do
Conselho de Saúde, sendo que:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Segundo Lei nº 8.142/90:12
Art. 1° ...
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a
representação dos vários segmentos sociais...
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários...
Trata-se de uma questão direta e conceitual, pois é o que está escrito na lei, não
há muito o que discutir.
De qualquer forma, esta é uma lei pequena e que cai muito, portanto vale a pena
procurá-la para a ler na íntegra.
resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa inverteu os conceitos entre conferência
e conselhos de saúde.
Alternativa C: INCORRETA. Conferências se reúnem a cada quatro anos, e os
conselhos têm caráter permanente.
Alternativa D: INCORRETA. Conferências se reúnem a cada quatro anos.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão bem específica sobre a lei nº 8.080/904, uma vez que as alternativas são
citações da própria lei, mas com uma ou outra palavra trocada, exceto pela
alternativa correta.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lei nº 8.080/90 institui o Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena, sendo um componente do SUS, definindo que: “Art. 19-C. Caberá
à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena.”
Alternativa B: INCORRETA. O Art. 19-I estabelece o atendimento e internação
domiciliares no SUS, determinando que: “§ 3o O atendimento e a internação
domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa
concordância do paciente E DE SUA FAMÍLIA.”
Alternativa C: INCORRETA. Seriam comissões PERMANENTES, sendo estas
atualmente reconhecidas na Tripartite e a Bipartite.
Alternativa D: CORRETA. Uma citação direta do Art. 19-H.
▶ resposta: D
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Muito bem colocado: é bom lembrar que epidemia é
um aumento do número de casos ACIMA DO ESPERADO em um local e período.
Alternativa B: INCORRETA. Surto é definido como um aumento do número de
casos em UM local ou em UM grupo de pessoas, sendo que, para uma doença
rara, um único caso pode ser considerado surto.
Alternativa C: INCORRETA. Se fossem trocadas de lugar as palavras “epidemia” e
“surto”, estaria correto.
Alternativa D: INCORRETA. Quando HOUVER diferença. Se não houver diferença
entre expostos e não expostos, então a exposição não estará correlacionada à
doença.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
As competências do SUS estão descritas na Constituição Federal, em seu Art.
2001, e também na lei nº 8.080/90, Art. 5º.4 O enunciado pede a alternativa que
NÃO é competência do SUS.
Trata-se de uma questão pegadinha e de muito mau gosto, pois todas as
alternativas são citações diretas da Constituição Federal, com o único detalhe de
uma palavra trocada na alternativa que responde à questão.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Competência número II do Art. 200 da Constituição
Federal.
Alternativa B: INCORRETA. Competência número III do Art. 200 da Constituição
Federal.
Alternativa C: CORRETA. “...bebidas e águas para consumo HUMANO”.
Alternativa D: INCORRETA. Competência número IV do Art. 200 da Constituição
Federal.
▶ resposta: C
24 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) Sobre a
Programação Pactuada e Integrada – PPI, é correto afirmar:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Outra questão preguiçosa e de mau gosto, que usa citações diretas de um
documento (no caso, a NOB 9614), mudando uma ou outra palavra em cada
alternativa, pedindo para que você encontre a correta.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Está escrita exatamente como foi retirada da Norma
Operacional Básica do Sistema Único de Saúde de 1996 (NOB 96).
Alternativa B: INCORRETA. Ambulatorial e hospitalar também.
Alternativa C: INCORRETA. Vigilância sanitária também.
Alternativa D: INCORRETA. Hospitalar e ambulatorial também.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Portaria nº 399 de 2006 divulga o Pacto pela Saúde 2006, consolidando o SUS e
aprovando as diretrizes operacionais deste pacto.
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. As prioridades do Pacto pela Saúde são: saúde do
idoso; câncer de colo de útero e de mama; mortalidade infantil e materna;
doenças emergentes e endemias; promoção da saúde e Atenção Básica.
Assertiva II: VERDADEIRA. É uma citação direta da portaria.
Assertiva III: VERDADEIRA. “Reitera a importância da participação e do controle
social com o compromisso de apoio à sua qualificação.” – NOB 96 sobre o Pacto
de Gestão do SUS.
▶ resposta: D
dica do autor:
A Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de
Saúde Pública está definida na Portaria de Consolidação Nº 4, de 201717, que
consolida as normas dos sistemas do SUS (esta lista faz parte do Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica).
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como está escrito no Anexo V, Capítulo I,
Seção II, Art. 3º, § 2º da portaria.
Alternativa B: CORRETA. A notificação é de obrigação dos médicos, profissionais
de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, mas pode ser
realizada por qualquer cidadão desta forma.
Alternativa C: CORRETA. As notificações semanais devem ser feitas em até 7
dias.
Alternativa D: INCORRETA. As notificações imediatas devem ser feitas em até 24
horas da suspeita/ocorrência da doença ou agravo.
▶ resposta: D
A. Febre Amarela.
B. Hantavirose.
C. Acidente de trabalho com exposição a material biológico.
D. Botulismo.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão pede a doença/agravo que NÃO é de notificação compulsória
IMEDIATA.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
Alternativa B: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
Alternativa C: INCORRETA. É de notificação semanal. Apenas acidentes de
trabalho graves, fatais ou envolvendo menores são de notificação imediata.
Alternativa D: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
▶ resposta: C
28 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) Considerando a Portaria n°
3.194/201718, que dispõe sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas
de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde, assinale a
alternativa INCORRETA:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Todas as alternativas estão no Art. 3º da Portaria, que dispõe sobre seus objetivos
específicos. Apesar de parecer mais uma questão “decoreba”, ela é bem tranquila,
pois basta ler o enunciado e as alternativas com atenção.
O enunciado pede a alternativa INCORRETA, então basta encontrar um único
erro em alguma delas para responder à questão e, neste caso, o erro é bem
evidente.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º I da Portaria.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º II da Portaria.
Alternativa C: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º II da Portaria.
Alternativa D: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º IV da Portaria.
Alternativa E: INCORRETA. A Portaria fala sobre o fortalecimento da educação
permanente, então por que haveria de impedir a participação das instituições de
ensino? No documento original lê-se “... compartilhados entre instituições de
ensino ...”
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Os Sistemas de Informações do SUS (sobre
Mortalidade – SIM, de Nascidos Vivos – SINASC, de Agravos de Notificação –
SINAN etc.) fornecem dados de forma contínua e padronizada, permitindo a
tomada de decisões em nível municipal, estadual ou federal.
Assertiva II: VERDADEIRA. O SINAN fornece dados de incidência (componente da
morbidade) das doenças e agravos de notificação compulsória.
Assertiva III: VERDADEIRA. Não há muito mistério aqui; o Sistema de Informações
de Mortalidade fornece dados de… mortalidade.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A NOAS-SUS 01/200219 teve como propósito organizar a regionalização no SUS,
ampliando as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica e
estabelecendo o processo de regionalização como estratégia de hierarquização
dos serviços de saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O PPI é mencionado na NOAS-SUS 01/02, porém o
documento que o definiu foi a Norma Operacional Básica do SUS de 1996 (NOB-
96).16
Alternativa B: INCORRETA. O Pacto de Gestão do SUS faz parte do Pacto pela
Saúde, divulgado pela Portaria nº 399 de 2006.11
Alternativa C: CORRETA. A NOAS-SUS 01/02 teve como propósito reorganizar a
regionalização, instituindo então o Plano Diretor de Regionalização.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe este comitê no SUS.
▶ resposta: C
A. I, II e III, apenas.
B. I, III e IV, apenas.
C. II, III e IV, apenas.
D. I, II e IV, apenas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Os princípios dos SUS estão descritos na famosa lei nº 8.080/90, no Art. 7º.4
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Princípio número I, “universalidade de acesso aos
serviços de saúde em todos os níveis de assistência”.
Assertiva II: FALSA. A assistência no SUS segue o princípio da Equidade,
priorizando os atendimentos seguindo critérios clínicos e epidemiológico-sociais
(e não por ser minoria ou menos favorecido), de forma a garantir acesso sem
discriminação. No entanto, é interessante saber que na lei nº 8.080/90 a Equidade
ainda não está descrita; nela se lê: “IV - igualdade da assistência à saúde, sem
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”.
Assertiva III: VERDADEIRA. Princípio número VI, “divulgação de informações
quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário”.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Princípio número XIII, “organização dos serviços
públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos”.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre o controle social na gestão do SUS, tema disposto na lei nº
8.142/9012, que também fala sobre as transferências intergovernamentais de
recursos.
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Mesmo que você não tenha estudado nada, basta
prestar atenção ao que está escrito. O enunciado fala sobre a importância do
controle social na gestão do SUS, e logo na primeira alternativa não menciona a
participação popular! Os conselhos são compostos por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. No conselho
é vetada a participação de políticos, conforme resolução do conselho Nacional de
Saúde nº 453, de 10 de maio de 2012.
Alternativa B: CORRETA. Exato, e “atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive
nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo”.12
Alternativa C: CORRETA. Lembre-se de que elas devem ocorrer com a
representação dos vários segmentos sociais.
Alternativa D: CORRETA. Tanto nos conselhos como nas conferências, a
representação dos usuários deve ser de 50%, ou seja, igual (paritária) à
representação dos demais grupos juntos.
▶ resposta: A
A. I e II, apenas.
B. II e III, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e IV, apenas.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Decreto nº 7.508 de 2011 dispõe sobre a organização do SUS, seu
planejamento, regionalização e a hierarquização.
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente a definição usada no decreto. Isso
significa que a comunicação, a referência e a transferência de pacientes entre os
serviços dentro de uma mesma região são facilitadas, pois já há uma organização
para tal.
Assertiva II: VERDADEIRA. A função desta alternativa é você ficar esperto, pois
esse tipo de especificidade regional pode cair. É sempre bom conhecer o perfil da
prova que você vai fazer.
Assertiva III: FALSA. Isso cai muito! Uma região de saúde precisa conter, no
mínimo: “I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção
psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância
em saúde.”7
Assertiva IV: FALSA. Os elementos definidos pelos entes federativos são: “I -
seus limites geográficos; II - população usuária das ações e serviços; III - rol de
ações e serviços que serão ofertados; e IV - respectivas responsabilidades,
critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços.”7
▶ resposta: A
34 (IESES - Prefeitura de Palhoça/SC - 2019) Sobre a Lei nº 8.142/199012,
assinale a alternativa INCORRETA:
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Lei nº 8.142/90, junto com a Lei nº 8.080/904, são as leis orgânicas do SUS,
então elas caem MUITO nas provas. A lei nº 8.142/90, particularmente, fala sobre
a participação popular no SUS (conselhos e conferências) e sobre as
transferências de recursos. É uma lei pequena e que cai muito, vale a pena lê-la
por inteiro.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atenção especial para o “caráter permanente e
deliberativo” dos conselhos, pois isso cai bastante.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como está escrito na lei.
Alternativa C: CORRETA. Os usuários devem ter representação de 50% nos
conselhos e conferências, sendo então igual (paritária) à representação dos
demais grupos juntos.
Alternativa D: INCORRETA. As conferências acontecem a cada QUATRO anos.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina é bem claro. Em seu
Capítulo IX, diz que é vedado ao médico:
“Art. 75. Fazer referência a casos clínicos IDENTIFICÁVEIS, exibir pacientes ou
imagens que os tornem reconhecíveis em anúncios profissionais ou na
divulgação de assuntos médicos em meios de comunicação em geral, mesmo
com autorização do paciente.”20
O enunciado não diz que os dados identificáveis do paciente foram omitidos
no caso, ou que a identidade da criança foi preservada na foto compartilhada.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Independente de qual tenha sido o meio de
divulgação ou aplicativo usado, a identidade do paciente foi divulgada.
Alternativa B: INCORRETA. Não importa se o interesse do médico foi nobre ou
não, a infração ao CEM foi cometida.
Alternativa C: INCORRETA. Mesmo que seja o caso clínico mais extraordinário
do mundo, ou que a criança pertença a alguma família real, não importa o
interesse universal. Todos têm direito à preservação de sua privacidade e à
confidencialidade de suas informações médicas.
Alternativa D: CORRETA.
▶ resposta: D
36 (IBADE - UPAS Rio - 2019) De acordo com a Lei nº 8.080/904, sobre os serviços
privados de assistência à saúde é correto afirmar que:
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Lei nº 8.080/90 diz que à assistência à saúde é livre à iniciativa privada,
determinando que, mesmo nos serviços privados, devem ser observados os
princípios éticos e as normas do SUS quanto às condições para seu
funcionamento.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A lei diz que a participação dos serviços privados no
SUS é de caráter complementar, com preferência aos serviços filantrópicos e sem
fins lucrativos.
Alternativa B: INCORRETA. É VEDADO a estes exercerem tais cargos.
Alternativa C: INCORRETA. Não! As filantrópicas e sem fins lucrativos é que têm
prioridade.
Alternativa D: INCORRETA. Esta participação é feita justamente por meio de
contratos e convênios.
Alternativa E: INCORRETA. Estes valores são estabelecidos pela direção nacional
do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A representação dos usuários deve ser PARITÁRIA ao
conjunto dos demais segmentos.
Alternativa B: INCORRETA. As conferências de saúde se reúnem a cada QUATRO
anos.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. “... composto por representantes do governo,
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros ...”.12
Alternativa E: INCORRETA. São definidas em regimento próprio, aprovadas pelo
respectivo conselho.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. O SUS foi criado com a Constituição Federal de 1988,
porém, não havia como implementá-lo da noite para o dia. Os primeiros anos do
SUS se caracterizaram por um período de transição, em que foram publicadas
normas e leis para a definição e ajuste de estratégias, entre elas, as NOB de 1991,
de 1993 e de 1996.
Assertiva II: VERDADEIRA. O INAMPS foi criado durante o regime militar na
década de 1970, dando lugar ao SUS após a nova Constituição. Porém, foi
necessário um período de transição para que os municípios e serviços se
adaptassem ao novo modelo e, para que isso pudesse ocorrer dentro das normas
da legislação, foi feita a NOB 91, estabelecendo a transferência de recursos da
forma como era antes do SUS, e as leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90.
Assertiva III: FALSA. Processo de DESCENTRALIZAÇÃO do estado, colocando os
MUNICÍPIOS como gestores.
Assertiva IV: VERDADEIRA. A NOB de 96 concretiza a descentralização,
colocando os municípios como gestores plenos da atenção básica.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
A questão usa como referência a publicação “A Declaração de Óbito: documento
necessário e importante” (2009)21, do Ministério da Saúde e CFM. Nesta obra,
existe um tópico denominado “O que o Médico Deve Fazer”, que contém quatro
itens, e a questão coloca cada item em uma das assertivas corretas.
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA.
Assertiva II: VERDADEIRA.
Assertiva III: VERDADEIRA.
Assertiva IV: VERDADEIRA.
Assertiva V: FALSA. O médico não pode cobrar pela emissão da DO, mas ele
pode cobrar pelo ato médico de examinar e constatar o óbito, o que só pode ser
feito caso se trate de um paciente particular a quem não tenha prestado
assistência.
▶ resposta: A
40 (IFPA - 2019) O Conselho Federal de Medicina, no uso de suas atribuições,
através do Código de Ética Médica24, regulamenta que é vedado ao médico,
EXCETO:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Exceto pela alternativa que responde à questão, todos os itens estão no capítulo
XI do código de ética médica do CFM, sobre auditoria e perícia médica.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Art. 95. do código de ética médica.
Alternativa B: INCORRETA. Art. 96. do código de ética médica.
Alternativa C: CORRETA. Este trecho está no item VI do capítulo 2, que fala dos
DIREITOS do médico.
Alternativa D: INCORRETA. Art. 97. do código de ética médica.
Alternativa E: INCORRETA. Art. 98. do código de ética médica.
▶ resposta: C
Referências
1. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal; 1988.
2. Conselho Nacional de Secretários de Saúde: Para entender a gestão do SUS. Brasília:
CONASS; 2003.
3. SILVEIRA MS et al. Processo regulatório da Estratégia Saúde da Família para a assistência
especializada. Saúde Debate. 2018 Jan-Mar;42(116):63-72.
4. BRASIL. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Diário Oficial da
União 20 set 1990; Seção 1:18055.
ç
5. GRANJA GF, ZOBOLI ELCP, FORTES PAC, FRACOLLI LA. Equidade no Sistema de Saúde
Brasileiro: Uma Teoria Fundamentada em Dados. Rev. Baiana de Saúde Púb. 2010
Mar;34(1):72-86.
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a
Política Nacional de Promoção da Saúde. Diário Oficial da União 2014.
7. BRASIL. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
providências. Diário Oficial da União 2011.
8. STEWART, 2007
9. WILSON E JUNGNER, 1968
10. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
11. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o
Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do
Referido Pacto. Diário Oficial da União 2006.
12. BRASIL. Lei nº 8142, de 19 de dezembro de 1991. Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Diário Oficial da União
1990.
13. FIGUEIREDO E CAMPOS, 2003.
14. Norma Operacional Básica do SUS (1996).
15. BRASIL. Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Regulamenta o § 3 do Art.
198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados
anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços
públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a
saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3
(três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de
1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências. Diário Oficial da União
2012.
16. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2203, de 5 de novembro de 1996. Aprova a
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde, NOB - SUS 01/96. Diário Oficial da
União 1996.
17. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017.
Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de
Saúde. Brasília: Diário Oficial da União 2017.
18. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 3.194, de 28 de novembro de 2017. Dispõe
sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em
Saúde no Sistema Único de Saúde - PRO EPS-SUS. Brasília: Diário Oficial da União 2017.
19. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 373, de 27 de fevereiro de 2002. Aprova a
Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS -SUS 01/2002. Diário Oficial da União
2002.
20. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.217, de 27 de setembro de 2018,
modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. Código de Ética Médica.
Diário Oficial da União 01 Nov 2018; Seção 1:179.
21. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro de Classificação
de Doenças. A Declaração de Óbito: documento necessário e importante. 3 ed. Brasília:
Ministério da Saúde; 2009.
22. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Cadernos de Atenção Básica: acolhimento a demanda
espontânea. 28(2). Brasília: Ministério da Saúde; 2003.
23. Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. Institui a Rede de Atenção à Saúde das
pessoas com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial
da União 19 Fev 2013
24. Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica: Resolução CFM nº 1.931/09, de 17
de setembro de 2009. Brasília: Conselho Federal de Medicina; 2010.
25. Conselho Federal de Medicina. Resolução nº 1.851/2008, de 18 de agosto de 2008. Diário
Oficial da União 18 Ago 2008; Seção 1:256.
26. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.436 de 21 de setembro de 2017. Aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário
Oficial da União 2017.
27. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 545, de 20 de maio de 1993. Estabelece
normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das
ações e serviços de saúde, através da Norma Operacional Básica - SUS 01/93. Diário
Oficial da União 1993.
28. GABRIEL OSELKA (coord.). Atestado médico – prática e ética. São Paulo: Conselho Regional
de Medicina do Estado de São Paulo; 2013.
29. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia para Investigações de Surtos ou Epidemias.
Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
30. R. BONITA, R. BEAGLEHOLE, T. KJELLSTRÖM. Epidemiologia básica. 2 ed. Santos; 2010.
31. FUZIKAWA AK. O método clínico centrado na pessoa: um resumo. NESCON: Biblioteca
Virtual [Internet]. Belo Horizonte; 2013; acesso em: 31 ago. 2019. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1684.pdf
32. TAKAO KAWAMURA. Interpretação de um Teste sob a Visão Epidemiológica. Eficiência de
um Teste. Arq Bras Cardiol. 2002;79(4):437-41.
Preventiva
01 (UNICAMP - SP - 2018) Em uma escola de ensino médio com 200 alunos foram
notificados três casos de caxumba no último mês em estudantes de 15 a 18 anos.
Assinale a alternativa correta:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Essa questão requer conceitos relacionados a “Processo Epidêmico”, em que
precisamos saber o conceito de “surto”, que nada mais é que uma epidemia
restrita, localizada (por exemplo, em creches, escolas, bairros, vila, quartel etc.).
Vale a pena também inteirar-se sobre a portaria de notificação de doenças,
sem esquecer que ela é sempre atualizada. Lembre-se de que a listagem de
notificação compulsória pode ser acrescida por Estado e por Municípios, e que
nenhum item da mesma pode ser excluído.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para ser considerado surto, basta que a incidência
ultrapasse o “limite superior endêmico”, de modo que, se uma doença
apresentava uma média de incidência de 0 em vários anos, basta que tenhamos
um caso para ser considerada uma epidemia.
Alternativa B: CORRETA. Lembremos que um dos grupos das doenças de
notificação compulsória inclui aquelas que são alvos de profilaxia primária por
meio de vacinas. Entretanto, temos algumas exceções, como o caso da tríplice
viral, em que tanto o sarampo como a rubéola fazem parte da lista de notificação
compulsória, enquanto a caxumba, não, nem mesmo nos casos graves
(alternativa C incorreta). Entretanto, qualquer agravo inusitado deve ser
notificado, incluindo essas situações de surtos, mesmo aqueles de doenças não
notificáveis de maneira normal.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com a Portaria nº 204 de 17/02/2016, na
Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de
saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território
nacional, não consta a caxumba ou parotidite.
Alternativa D: INCORRETA. O período de incubação (até o aparecimento dos
sintomas) é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de
transmissibilidade da doença varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações
clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus da caxumba pode ser
encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Epidemiologia é definida como o estudo da distribuição e dos determinantes
das doenças ou condições relacionadas à saúde em populações especificadas.
Mais recentemente, foi incorporada à definição de Epidemiologia a “aplicação
desses estudos para controlar problemas de saúde”. Estudo inclui vigilância,
observação, pesquisa analítica e experimento. Distribuição refere-se à análise por
tempo, local e características dos indivíduos. Determinantes são todos os fatores
físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais que influenciam a saúde.
Condições relacionadas à saúde incluem doenças, causas de mortalidade, hábitos
de vida (como tabagismo, dieta, atividades físicas etc.), provisão e uso de serviços
de saúde e de medicamentos. Populações especificadas são aquelas com
características identificadas, como, por exemplo, determinada faixa etária em
uma dada população.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O coorte é um estudo longitudinal (há o
acompanhamento), individualizado (é observado de pessoa para pessoa) e
observacional prospectivo.
Alternativa B: CORRETA. Muito cuidado com essa questão! Trata-se de um
estudo em que não houve acompanhamento, mas apenas uma “foto” de
determinada população, “agregado” (pois foi escolhida uma população de
maneira geral, e não com reconhecimento de cada indivíduo) e “observacional”
(pois não houve qualquer tipo de intervenção). Qual é o estudo que possui essas
características? O estudo ecológico.
Alternativa C: INCORRETA. O transversal seria um estudo com características
semelhantes ao ecológico, mas considerando uma população específica, um
“indivíduo”.
Alternativa D: INCORRETA. O caso controle diz respeito a um estudo
longitudinal, individualizado e observacional retrospectivo.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, além de evidenciar os
principais fatores de morbimortalidade, explicita o reconhecimento de
determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população masculina
aos agravos à saúde, considerando que representações sociais sobre a
masculinidade vigente comprometem o acesso à atenção integral, bem como
repercutem de modo crítico na vulnerabilidade dessa população a situações de
violência e de risco para a saúde. Mobilizar a população masculina brasileira pela
luta e garantia de seu direito social à saúde é um dos desafios dessa política. Ela
pretende tornar os homens protagonistas de suas demandas, consolidando seus
direitos de cidadania.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O que mais mata pessoas de 1 a 59 anos? São as
causas externas, seguidas das doenças do aparelho circulatório, neoplasias e
doenças do aparelho digestivo.
Alternativa B: CORRETA. Se considerarmos todas as faixas etárias, a sequência
das causas que mais matam são: circulatórias – neoplasias – causas externas.
Portanto, o “novembro azul”, com o rastreamento de câncer de próstata, não tem
impacto na principal causa de morte da população tratada no enunciado.
Alternativa C: INCORRETA. O impacto na mortalidade rastreando o CA de
próstata é muito pequeno.
Alternativa D: INCORRETA. As pesquisas qualitativas apontam várias razões,
mas, de modo geral, podemos agrupar as causas da baixa adesão em dois
grupos principais de determinantes, que se estruturam como barreiras entre o
homem e os serviços e ações de saúde (Gomes, 2003; Keijzer, 2003; Schraiber et
al, 2000): barreiras socioculturais e barreiras institucionais.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
O atestado médico é um documento que serve para justificar e abonar faltas de
empregados ao trabalho por motivos de doença ou acidente. Ele auxilia os
funcionários a não perderem o salário daqueles dias em que precisaram ficar
ausentes, caso a falta tenha sido por motivo de problema de saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Encerrar a consulta contraria o método clínico
centrado no paciente, que deve ver a pessoa de forma holística.
Alternativa B: INCORRETA. Cabe ao médico prestar um atendimento
humanizado, marcado pelo bom relacionamento pessoal e pela dedicação de
tempo e atenção necessários. De acordo com o Código de Ética, capítulo III, é
vedado ao médico: “Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão,
caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência...”
Alternativa C: CORRETA. Para algumas questões da Preventiva nem precisamos
conhecer algum conceito específico, mas apenas entender o “jeitão” das
perguntas. São comuns as questões em que devemos pensar no paciente como
um todo, de maneira que, nesta questão em específico, não deveríamos julgar o
paciente antes de entender o porquê do pedido do atestado.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com o Código de Ética, capítulo III, é
vedado ao médico: “Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições
exclusivos da profissão médica, como é o caso do atestado.”
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
A taxa de mortalidade geral expressa a intensidade com a qual a mortalidade
atua sobre uma determinada população.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela
estrutura da população quanto à idade e ao sexo, e não pela concentração de
pessoas.
Alternativa B: INCORRETA. Taxas elevadas podem estar associadas a baixas
condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na
população total, e não se relacionam com a capacidade de notificação.
Alternativa C: INCORRETA. A base de dados demográficos utilizada para o
cálculo do indicador pode apresentar imprecisões inerentes à coleta de dados ou
à metodologia empregada para elaborar estimativas populacionais, e não à
qualidade dos registros.
Alternativa D: CORRETA. A “Mortalidade Geral” ou “Bruta” não serve como base
para comparar a qualidade de vida em regiões diferentes, pois possui estruturas
etárias. Não é possível, por exemplo, comparar Brasil com Noruega ou RJ com SP.
Se quiséssemos comparar, teríamos que fazer a padronização da idade, pois uma
taxa de mortalidade geral tanto pode estar associada a baixas condições
socioeconômicas, como a uma proporção maior de pessoas idosas na população.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
O enunciado já fornece uma grande ajuda descrevendo a classificação de
Schilling, então o único trabalho necessário para responder a esta questão é de
interpretação de texto.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para fins legais e previdenciários, doenças
ocupacionais também são consideradas acidentes de trabalho, então vamos
considerar que a alternativa se refere aos acidentes típicos/de trajeto, que podem
ser considerados em diferentes categorias de acordo com sua natureza. Mas,
apesar desta ambiguidade, podemos descartar a alternativa, uma vez que asma
é um clássico exemplo de categoria III, e câncer, de categoria II.
Alternativa B: INCORRETA. Doenças osteomusculares (II), intoxicação por
chumbo (I) e câncer (II)
Alternativa C: CORRETA. Silicose (I), doenças osteomusculares (II), dermatite de
contato (III).
Alternativa D: INCORRETA. Intoxicação por chumbo (I), silicose (I), HAS (II).
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Febre amarela é uma doença infecciosa, de gravidade variável, causada por um
arbovírus (vírus transmitidos por mosquitos) do gênero Flavivirus febricis da
família Flaviviridae, cujo reservatório natural são os primatas não humanos que
habitam florestas e matas tropicais. Estudos genéticos demonstraram que esse
vírus surgiu na África há cerca de três mil anos e chegou no Brasil nos navios que
traziam escravos para trabalhar nas minas e na lavoura, numa época em que as
cidades não dispunham de saneamento básico e estavam infestadas de
mosquitos. O resultado desse encontro do vírus da febre amarela com os
mosquitos urbanos trouxe trágicas consequências para a saúde da população.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Endemia não está relacionada a uma questão
quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região
quando acontece com muita frequência no local.
Alternativa B: INCORRETA. Se os casos são humanos, nada têm a ver com o
conceito de epizootia.
Alternativa C: CORRETA. Em Epidemiologia, uma epizootia (do grego clássico:
epi, por sobre + zoon, animal) é uma doença que ocorre em uma população
animal não Homo sapiens, semelhante a uma epidemia em seres humanos.
Alternativa D: INCORRETA. O conceito de epizootia independe do potencial de
circulação entre seres humanos.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de
apresentação do câncer. Nessa estratégia, destaca-se a importância da educação
da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e
sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos
serviços de saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Aumentar a oferta de mamografia poderá ser uma
prioridade, mas reforçar campanhas de sensibilização não irá abreviar o tempo
entre o diagnóstico e o tratamento!
Alternativa B: INCORRETA. Estimular o autoexame será apenas um dos
componentes desta política.
Alternativa C: CORRETA. Qual o problema exposto na situação? Primeiramente,
uma demora para iniciar a terapia após ser dado o diagnóstico, e, depois, uma
demora para o diagnóstico precoce, pois a maioria dos tumores estão sendo
detectados já quando palpáveis. O que fazer para resolver essas situações? Fazer
o diagnóstico mais precocemente (qualificar a Atenção Primária) e referenciar
mais rapidamente o paciente para a atenção secundária ou terciária para iniciar
tratamento (aumentar a oferta de Atenção Especializada).
Alternativa D: INCORRETA. Em nível mundial, entre todos os tipos de câncer, o
de mama é o que mais mata mulheres na faixa dos 20 aos 59 anos. Apesar do
aumento das taxas de câncer de mama em mulheres mais jovens, ainda assim, a
faixa etária entre 40 e 50 anos representa 74% dos casos. Portanto, a prioridade
será para o exame de mamografia.
▶ resposta: C
A. Metanol.
B. Benzeno.
C. Etanol.
D. Chumbo.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão difícil, pois nos acostumamos a associar o
trabalho com tintas a intoxicação por chumbo. Entretanto, o que resolve esta
questão é o quadro clínico, cursando com cegueira abrupta, típico da intoxicação
por metanol, também utilizado em tinta, funilaria etc.
Alternativa B: INCORRETA
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Nas últimas décadas, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido revitalizada, haja
vista sua centralidade para a melhoria dos cuidados e dos resultados em saúde.
Estudos internacionais apontam que a APS forte e articulada a outros níveis de
atenção em sistemas universais contribui para impactos positivos na saúde da
população. São eles: maior e melhor acesso aos serviços de acordo com a
necessidade; maior enfoque em prevenção e promoção; redução da mortalidade;
maior qualidade no atendimento; diagnóstico e tratamento precoce de doenças;
redução de procedimentos especializados desnecessários e potencialmente
prejudiciais.
O funcionalismo público é muitas vezes associado ao mau atendimento. O
Código Penal estipula punição para quem desacata funcionário público, mas não
prevê pena para o comportamento do servidor. Essa omissão abre espaço para a
intimidação de cidadãos que recorrem a repartições públicas.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A concepção de uma Atenção Primária à Saúde (APS)
abrangente e sua qualidade podem ser avaliadas por meio da efetivação dos
atributos: primeiro contato, longitudinalidade, abrangência/integralidade e
coordenação, que vai além da prescrição medicamentosa.
Alternativa B: INCORRETA. O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à
população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a
reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, sem
compromisso específico de resolução do problema de saúde mental da
comunidade.
Alternativa C: INCORRETA. “São inúmeros os registros de agressões verbais de
servidores contra usuários de serviços públicos”, portanto a colocação de
cartazes seria mais um fator de intimidação. A saúde depende de um tripé
formado por gestão, usuário e servidor, que precisam ser todos trabalhados,
como, por exemplo, em rodas de conversa.
Alternativa D: CORRETA. Tanto religiões como o uso de psicofármacos podem se
apresentar como supostas soluções mágicas, pois o paciente tem seus
problemas “desfeitos” subitamente, de maneira que a verdadeira etiologia dos
problemas é mascarada, sendo essas medidas meros paliativos. As outras
alternativas são absurdas.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Obviamente não é permitido revelar informações sigilosas da relação médica
com o paciente!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Desnecessário.
Alternativa B: INCORRETA. Enviar os dados contraria o código de ética médica.
Alternativa C: INCORRETA. Neste momento, em que apenas foi feita uma
solicitação, é dispensável este comunicado.
Alternativa D: CORRETA. De acordo com o Código de Ética Médica, artigo
número 76, é vedado: “Revelar informações confidenciais obtidas quando do
exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de
empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos
empregados ou da comunidade.”
▶ resposta: D
12 (UNICAMP - SP - 2018) Atualmente o número de pacientes em lista à espera
de um transplante supera o número de doadores efetivos em nossa população. A
principal causa de não efetivação da doação frente a um paciente com
diagnóstico confirmado de morte encefálica é:
grau de dificuldade:
dica do autor:
O diagnóstico de morte encefálica constitui um momento difícil para o médico.
Assim que é estabelecido o coma e detectada a irreversibilidade do quadro,
deverão ser realizados exames clínicos para diagnosticar a morte encefálica. O
paciente em questão deverá estar estável hemodinamicamente, evitando erros
diagnósticos. O exame clínico deverá ser realizado por dois médicos diferentes
em horários diferentes, programados conforme a norma legislativa.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Idade avançada do doador não contraindica a
doação, pois cada caso merece análise, e, dependendo da saúde do órgão e do
doador, o transplante poderá ser realizado.
Alternativa B: CORRETA. Questão em que podemos facilmente chegar à
resposta apenas avaliando o nosso dia a dia. Qual é, disparadamente, o maior
motivo da falta de órgãos transplantados, sendo inclusive motivo de campanhas?
Recusa familiar.
Alternativa C: INCORRETA. Alguns pré-requisitos devem ser preenchidos para
afastar causas reversíveis de coma: (1) lesão encefálica de causa conhecida,
irreversível e capaz de provocar o quadro; (2) ausência de evidências de
intoxicação exógena ou uso de drogas depressoras do SNC; (3) ausência de
distúrbios hidroeletrolíticos ou acidobásicos graves, que não sejam consequência
da patologia que causou o coma, mas que podem ser a causa do coma; (4)
temperatura corporal central idealmente ≥ 35 °C; portanto, nenhuma referência
a infecções.
Alternativa D: INCORRETA. Alguns pré-requisitos devem ser preenchidos para
afastar causas reversíveis de coma: (1) lesão encefálica de causa conhecida,
irreversível e capaz de provocar o quadro; (2) ausência de evidências de
intoxicação exógena ou uso de drogas depressoras do SNC; (3) ausência de
distúrbios hidroeletrolíticos ou acidobásicos graves, que não sejam consequência
da patologia que causou o coma, mas que podem ser a causa do coma; (4)
temperatura corporal central idealmente ≥ 35 ºC; sem referência a nenhuma
infecção (idem à alternativa C).
▶ resposta: B
A. Omissão.
B. Imperícia
C. Negligência.
D. Imprudência.
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A omissão no dever de cuidado evidencia-se pela
falta de cuidado ou de precaução com que se executam certos atos, não sendo
este o caso relatado.
Alternativa B: INCORRETA. Imperícia: “faz mal o que deveria ser bem feito”. É
uma pessoa despreparada, a quem falta técnica, e não se trata do caso descrito.
Alternativa C: INCORRETA. Negligência: “não faz o que deveria ser feito”, sendo
omisso. Falta atenção, o que também não está relatado no caso.
Alternativa D: CORRETA. Imprudência: “faz o que não deveria ser feito”, sendo
precipitado. Conhece o risco, mas faz, faltando ponderação. Portanto, estamos
claramente frente a um caso de imprudência, pois o ginecologista fez o que não
deveria ser feito.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Paciente que se encontrava bem até um mês atrás e nos relata que há
exatamente um mês houve mudança do seu local de trabalho, passando a
apresentar tonturas, cefaleia, náuseas e desmaios. O paciente está trabalhando
em uma garagem subterrânea de uma empresa, fazendo controle de veículos no
fim do túnel, o que pode nos fazer pensar em intoxicação por gases, como o
monóxido de carbono.
Se você prestar atenção, o enunciado o guia “pela mão”, pois diz que o
paciente não tem comorbidades e não apresenta outras queixas, dando foco ao
trabalho do paciente. Todo o enunciado encaminha para a hipótese de correlação
com o ambiente de trabalho.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há necessidade de afastar o paciente do
trabalho, visto que o evento que deu início aos sintomas foi a mudança de
ambiente.
Alternativa B: CORRETA. A conduta imediata seria solicitar a mudança do local
de trabalho para um ambiente mais arejado.
Alternativa C: INCORRETA. Um problema cardíaco seria uma boa hipótese
diferencial, mas não se encaixa bem com o quadro clínico como um todo, e
temos uma hipótese mais forte de correlação com o atual ambiente de trabalho,
então encaminhar para um especialista deveria ocorrer em um segundo
momento, se necessário.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa sugere que o paciente estaria
apresentando crises por abstinência do cigarro, mas o paciente não está
tentando cessar o tabagismo. E, mesmo na intenção de ajudar o paciente a
cessar, simplesmente oferecer os adesivos não é de grande ajuda se o paciente
não manifestar desejo de parar de fumar, ou de pelo menos de reduzir sua carga
tabágica.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas
gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em
equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais
assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no
território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada
complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de
maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos
usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e
continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua
singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e
busca a promoção de sua saúde, a prevenção e o tratamento de doenças e a
redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas
possibilidades de viver de modo saudável.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre os princípios da atenção primária, em
que o “primeiro contato” refere-se à acessibilidade do paciente, à porta de
entrada, de modo que a única alternativa que reflete esse princípio é esta.
Alternativa B: INCORRETA. Trata sobre o princípio da longitudinalidade.
Alternativa C: INCORRETA. Princípio da integralidade.
Alternativa D: INCORRETA. Remete ao conceito de coordenação do cuidado.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Paciente apresenta-se com dor e parestesia em mão direita, trabalha 8 turnos
por semana, sem pausas, com adicional por produtividade, e ainda cuida da casa.
Como se já não fosse o bastante, também tem sinais de Tinel e Phalen positivos,
clássicos de síndrome do túnel do carpo. Temos um caso de Lesão por Esforço
Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa se refere à Portaria 205 de 2016, que
define a lista nacional de doenças e agravos a serem monitorados por unidades
sentinelas. LER/DORT está na lista, mas a notificação é apenas para unidades
sentinelas, e é feita ao Ministério da Saúde, alimentando o Sistema de
Informações de Agravos de Notificação do SUS (SINAN-SUS).
Alternativa B: INCORRETA. O caso não fala de alteração do humor ou de
ansiedade, nem de nenhum outro fator emocional, psicológico ou social, então
esta não deve ser sua hipótese principal.
Alternativa C: CORRETA. A principal medida é agir na causa base do problema,
melhorar as condições de trabalho.
Alternativa D: INCORRETA. Nada no enunciado fala sobre diabetes ou de
doenças da tireoide, então, novamente, esta não deve ser sua hipótese principal.
▶ resposta: C
A. Foliculite irritativa.
B. Elaioconiose papular.
C. Furunculose.
D. Placa comedônica actínica.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão bem específica. É importante notar a ênfase que o enunciado dá ao
trabalho do paciente, então você deve pensar que está é uma condição
relacionada a algo em seu ambiente laborativo, em que foi citado contato com
óleo de corte e lubrificantes.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Foliculite é uma infecção dos folículos pilosos, e
pode apresentar sinais inflamatórios locais e dor.
Alternativa B: CORRETA. “Elaioconiose papular” é uma dermatite ocupacional
semelhante à acne, afetando tipicamente mãos e antebraços de trabalhadores
que têm contato com óleo de corte. Qual a conduta? Afastamento das atividades
que estão causando essas lesões.
Alternativa C: INCORRETA. Furunculose é uma possível evolução da foliculite,
com formação e acúmulo de pus.
Alternativa D: INCORRETA. Isso uma descrição da lesão, e não um diagnóstico;
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
Temos um jovem que pratica esportes e apresenta uma dor nas costas. O
enunciado não fala de nenhum outro fator de risco ou sintoma que deva levar a
pensar em um diagnóstico mais complicado, então vamos dispensar medicações
venosas e exames complementares.
Em questões como esta, quanto mais você pensar, mais vai se “enrolar”, então
lembre-se de que não precisa saber exatamente o diagnóstico, apenas encontrar
a alternativa que atenda ao enunciado.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Vamos usar o bom senso: a alternativa fala que estes
fatores podem estar relacionados, então não vamos nos comprometer com
condutas questionáveis como as descritas nas demais alternativas e marcar a
que certamente não está errada.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de exames complementares neste
momento.
Alternativa C: INCORRETA. Não há necessidade de medicações venosas neste
momento.
Alternativa D: INCORRETA. Você poderia até pensar nesta alternativa, mas
porque marcá-la quando a alternativa A responde tão bem e não deixa margem
para dúvidas?
▶ resposta: A
19 (UNICAMP - SP - 2018) No Brasil, do gasto total com saúde, 54% são privados
e 46% são públicos. Cerca de 25% da população são atendidos pelos serviços
privados e 75% pelo Serviços do SUS. Sobre o financiamento da Saúde no Brasil,
assinale a correta:
grau de dificuldade:
dica do autor:
O quadro sanitário brasileiro mostra a existência de profundas desigualdades
entre regiões e grupos sociais que, longe de expressar diferenças aceitáveis nos
níveis de saúde, são plenamente evitáveis e, portanto, injustas. As políticas
sociais tiveram historicamente um caráter regressivo, concentrando recursos nas
regiões mais desenvolvidas em detrimento daquelas onde são piores as
condições de vida. Seu papel, na realidade, foi inverso àquele apontado como
produtor de equidade, que seria o de reduzir ou eliminar fatores evitáveis e
injustos e oferecer serviços de saúde capazes de atender ao “superávit” de
necessidades criadas pelas iniquidades sociais. Este quadro, reflexo do profundo
abismo social que separa os pobres dos privilegiados, representa um enorme
desafio a ser enfrentado por políticas sociais responsáveis.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão perigosa, mas que podemos acertar se
lembrarmos do conceito de eficiência, que diz respeito ao custo-benefício de
determinada medida. Ora, se 54% são gastos no setor privado e 46% no público,
mas o privado atende apenas a um quarto da população, perceba que o SUS é,
sim, mais eficiente, o que não necessariamente significa que ele atenda melhor
que o privado. Com muito menos dinheiro, ele consegue, ainda que não de
forma eficaz, atender a 75% da população.
Alternativa B: INCORRETA. A NOB 96 representou um avanço em alguns
aspectos do repasse de verbas para os municípios. A desconsideração das
diferenças no perfil epidemiológico das clientelas pública e privada continua um
obstáculo. No entanto, o repasse de verbas por meio de incentivos foi ampliado,
possibilitando um aumento para as áreas com maiores problemas sanitários.
Alternativa C: INCORRETA. Uma comparação mais adequada é aquela realizada
entre países de renda per capita equivalente e de características econômicas e
sociais semelhantes, como é o caso dos países da América Latina. Os gastos
públicos de saúde em percentual do PIB e per capita no Brasil são superiores à
média da América Latina, enquanto seus indicadores de saúde são similares à
média da região, com a notável exceção das taxas de vacinação. A diferença entre
gastos públicos e indicadores de saúde é ainda mais expressiva quando se
compara o Brasil com o Chile. Os gastos do governo chileno com saúde são
menores que os brasileiros em percentual do PIB e similares em termos per
capita. Entretanto, seus indicadores de saúde tiveram uma evolução mais
favorável desde 1990 sendo, atualmente, substancialmente melhores que os do
Brasil e comparáveis aos da Coreia do Sul.
Alternativa D: INCORRETA. Quanto à assistência prestada pelo setor privado, a
regulamentação existente não envolve preocupação alguma com o princípio da
equidade. Ademais, a atenção médica supletiva é propagandeada como um
conjunto de modalidades assistenciais de custo zero para o Estado. Na realidade,
o subsídio fornecido pelo governo aos usuários de serviços privados funciona
como expressão da gradação existente nos direitos de cidadania: para a grande
parcela da população, cabe a assistência do SUS, com os conhecidos problemas
de qualidade, e para uma pequena parcela, além do acesso ao SUS, cabe a
assistência, teoricamente de melhor qualidade, obtida no setor privado. Em
ambos os casos, os custos recaem sobre o conjunto da população.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
O médico não é deus. Pelo contrário, é servo. A ele cabe acolher seus
semelhantes fragilizados pela doença ou dúvida, examiná-los com rigor, orientá-
los em busca da cura e acompanhá-los em sua recuperação. Nesta trajetória
ímpar, o médico – humano que é – infelizmente está sujeito às falhas e erros
próprios de uma missão que avança sobre a tênue linha que separa a dor do
alívio, a vida da morte.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Protocolos são instrumentos de enfrentamento de
diversos problemas assistenciais, para a padronização de condutas.
Alternativa B: INCORRETA. Imprudência: “faz o que não deveria ser feito”, sendo
precipitado. O profissional sabe do risco, mas faz, faltando ponderação.
Alternativa C: INCORRETA. Imperícia: “faz mal o que deveria ser bem feito”. É
uma pessoa despreparada, a quem falta técnica.
Alternativa D: CORRETA. Negligência: “não faz o que deveria ser feito”, sendo
omisso. Falta atenção.
▶ resposta: D
21 (UEPA - PA - 2018) A integralidade na prática do Médico de Família e
Comunidade (MFC) deve ser uma constante. O modelo hospitalocêntrico de
atenção valoriza as especialidades focais, fragmenta a pessoa e o cuidado, sem
contextualizar os problemas. Neste contexto, é correto afirmar que:
grau de dificuldade:
dica do autor:
O conceito de integralidade é um dos pilares a sustentar a criação do Sistema
Único de Saúde. Princípio consagrado pela Constituição de 1988, seu
cumprimento pode contribuir muito para garantir a qualidade da atenção à
saúde.
Em primeiro lugar prevê-se nesse conceito que, de forma articulada, sejam
ofertadas ações de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco,
assistência aos danos e reabilitação – segundo a dinâmica do processo saúde-
doença. É importante ressaltar que os diferentes momentos da evolução da
doença e as respectivas medidas a serem tomadas seguem o modelo da história
natural da doença, teoria consagrada por White na década de 1960. Segundo essa
teoria, o estágio em que se encontra determinado agravo à saúde está
diretamente referido a níveis de intervenção segundo conhecimentos e
tecnologias disponíveis para atuação em âmbitos individuais e coletivos. Estes
precisam estar articulados e integrados em todos os espaços organizacionais do
sistema de saúde.
Quando se considera a abrangência do conceito de integralidade, tal como
descrito acima, pode parecer uma contradição a definição transcrita no texto
constitucional: Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais (Brasil, 1988).
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A reorientação do modelo assistencial preconiza o
cuidado centrado na pessoa; esse paradigma reduz os custos com a saúde e
aumenta sua eficácia.
Alternativa B: INCORRETA. No modelo hospitalocêntrico não há Médico de
Família e Comunidade, apenas especialistas.
Alternativa C: INCORRETA. A abordagem biotecnológica é diferente do método
centrado na pessoa justamente por este não ter ênfase na doença.
Alternativa D: CORRETA. Analisando todas alternativas, conclui-se que a D
define corretamente o paradigma biopssicosocial.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão de mera interpretação de texto, que traz um quadro em que negros são
menos frequentemente tratados com cateterismo e revascularização miocárdica,
enquanto negros e latinos recebem menos tratamento para dor do que brancos,
em alguns casos.
A chave para responder à questão é prestar atenção ao que se pede no
enunciado, uma estratégia inicial. E, antes realizar qualquer intervenção, é
preciso primeiro entender o que está ocorrendo e por quê.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
Alternativa B: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
Alternativa C: CORRETA. Podemos entender o fenômeno em questão por meio
da análise dos processos de trabalho nos espaços coletivos.
Alternativa D: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
▶ resposta: C
23 (UNICAMP - SP - 2018) Paciente, 78 anos, cardiopata com arritmia cardíaca
controlada com medicamentos, apresentou quadro gripal com coriza, tosse,
febre, cefaleia e dor no corpo. Após 6 dias, a tosse e a febre pioraram e
apresentou dor torácica e dispneia aos esforços. Na internação, exame físico:
regular estado geral, FR = 30 irpm, FC = 98 bpm, PA = 100 x 60 mmHg, pulmões:
estertores em base direita; coração: bulhas arrítmicas normofonéticas, sem
sopros. Radiograma de tórax: opacidade em base direita; hemograma:
leucocitose com desvio à esquerda. Eletrocardiograma: extrassístoles
esporádicas. Evoluiu com deterioração clínica e óbito. Os diagnósticos a serem
preenchidos na declaração de óbito acima são, respectivamente:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Para preencher as causas na declaração de óbito, deve-se escrever na Parte I as
causas que fazem parte da cadeia de eventos que diretamente levou ao óbito, de
forma que na linha “a” fica a Causa Imediata/Final; nas linhas seguintes, as causas
intermediárias, e na última linha, a Causa Base/Básica que deu início a essa
cadeia de eventos. Na Parte II entram outras comorbidades sem relação direta
com o óbito.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. É um paciente que apresentou um quadro de gripe
(tosse, febre, cefaleia, coriza e mialgia), que evoluiu com uma pneumonia (após 6
dias da gripe, tosse e febre pioraram). A dúvida poderia surgir depois disso, pois
o enunciado relata que o paciente apresentou dor torácica e dispneia aos
esforços, além de estertoração pulmonar, porém, se a causa fosse cardíaca,
teríamos um acometimento pulmonar difuso e outros sinais de insuficiência
cardíaca descompensada. No entanto, o que temos é estertoração e alteração
radiológica apenas em base direita, corroborado pelo hemograma que tem
leucocitose com desvio, então, não há dúvidas de que foi a pneumonia que
evoluiu com insuficiência respiratória, levando o paciente a óbito. Paralelo a tudo
isso, o paciente tem uma cardiopatia, que deve ser descrita na Parte II.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
É importante estar inteirado quanto ao impacto que as novas formas de uso do
cigarro trazem para a saúde da população.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nas últimas décadas, o cigarro tem perdido sua
imagem de “poder” e “elegância” que tinha para as gerações passadas, o que
levou a uma queda do tabagismo nas gerações mais jovens. Mas a indústria não
tardou a se modificar para atender aos gostos das novas gerações,
transformando o antigo cigarro em um pendrive colorido sabor tuti-fruti,
estratégia que infelizmente tem dado certo, visto que tem havido um novo
aumento na prevalência de tabagismo entre os jovens.
Alternativa B: INCORRETA. Nenhum dos dois são seguros ou reconhecidos
como estratégias para cessar o tabagismo.
Alternativa C: INCORRETA. Contém mais que o cigarro.
Alternativa D: INCORRETA. São medidas que têm se mostrado bastante eficazes.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Transtorno de Ansiedade Generalizada é ansiedade
excessiva e desproporcional aos fatos, que é persistente e independe do
contexto. Distimia é o Transtorno Depressivo Persistente.
Alternativa B: INCORRETA. Transtornos conversivos/dissociativos ocorrem pela
perda da integração entre as funções de memória, consciência, identidade, de
sensações e do controle dos movimentos, estando muitas vezes relacionados a
eventos traumáticos ou estressantes. Hipocondria é um transtorno psíquico em
que o indivíduo acredita possuir uma doença grave.
Alternativa C: CORRETA. Temos um caso clássico de uma paciente com
Transtorno do Pânico, associando o medo de morte a manifestações
adrenérgicas em paciente jovem e sem fatores de risco. Além disso, ela tem
medo de lugares com muitas pessoas, que possam causar pânico, impotência e
constrangimento, o que é chamado de Agorafobia. A terapia indicada é um
inibidor seletivo da recaptação de serotonina, como a paroxetina, por exemplo.
Alternativa D: INCORRETA. Transtorno de somatização é a ocorrência de
sintomas físicos reais e sem causa orgânica identificável, necessitando de extensa
e prolongada investigação para excluir outras causas antes de concluir o
diagnóstico.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é
um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por
células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada,
podendo se multiplicar. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo
durar, em média, de 11 a 16 dias.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O M. leprae tem alta infectividade e baixa
patogenicidade, isto é, infecta muitas pessoas, no entanto poucas adoecem. A
transmissão só ocorre se o doente tiver a forma multibacilar, não receber
tratamento e tiver contatos próximos e prolongados.
Alternativa B: INCORRETA. Para notificação do caso pode ser utilizado qualquer
um dos seguintes: lesão com alteração da sensibilidade, espessamento de nervos
com ou sem alterações sensitivas, motoras ou autonômicas, ou ainda a presença
de bacilos Mycobacterium leprae na baciloscopia ou biópsia.
Alternativa C: INCORRETA. Sua transmissão ocorre por meio do contato direto
com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho
respiratório superior em meio às secreções nasais e gotículas da fala, tosse e
espirro. No caso dos doentes que recebem tratamento médico e de
paucibacilares, não há risco de transmissão.
Alternativa D: CORRETA. Questão sobre hanseníase, em que a alternativa
correta afirma que “O critério para a classificação operacional é o número de
lesões de pele”, ou seja, o paciente é paucibacilar quando apresenta até 5 lesões
de pele e multibacilar quando apresenta mais que 5 lesões de pele.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Atualmente, a ideia de que as condições de saúde-doença dos membros da
família e a família como unidade influenciam-se mutuamente já é consolidada.
Atuar em saúde tendo como objeto do cuidado a família é uma forma de
reversão do modelo hegemônico voltado à doença, que fragmenta o indivíduo e
separa-o de seu contexto e de seus valores socioculturais. A Estratégia Saúde da
Família (ESF) foi implantada para reorganizar o Sistema Único de Saúde, e nela
cada equipe é levada a conhecer a realidade das famílias pelas quais é
responsável.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Incorreta, uma vez que o médico não deve ter um
relacionamento crítico com os familiares.
Alternativa B: INCORRETA. A abordagem do MFC vai além da preocupação com
os aspectos estressores das relações familiares.
Alternativa C: INCORRETA. O ECOMAPA não aborda as relações entre os
familiares; isso quem faz é o genograma.
Alternativa D: CORRETA. Nessa questão discute-se a abordagem familiar no
contexto da doença. A alternativa D apresenta o único caso em que a presença
familiar não seria adequada.
Alternativa E: INCORRETA. O MFC pode, sim, identificar problemas nas relações
familiares, levando em conta a participação da família.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da
população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como
falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Com
atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de
entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).
A proximidade da equipe de saúde com o usuário permite que se conheça a
pessoa, a família e a vizinhança. Isso garante uma maior adesão do usuário aos
tratamentos e às intervenções propostas pela equipe de saúde. O resultado são
mais problemas de saúde resolvidos na Atenção Básica, sem a necessidade de
intervenção de média e alta complexidade em uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24 h) ou hospital.
A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS)
local. Esse nível de atenção resolve 80% dos problemas de saúde da população.
Entretanto, se a pessoa precisar de um cuidado mais avançado, a ESF faz este
encaminhamento.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quem define a composição da equipe de saúde da
família é a PNAB e não as características epidemiológicas, sendo que atualmente
a equipe mínima é formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e
agente comunitário.
Alternativa B: INCORRETA. A delimitação da microárea é importante para que os
pacientes sejam sempre atendidos pela mesma equipe de saúde, aumentando os
seus vínculos.
Alternativa C: INCORRETA. A adscrição de clientela tem o objetivo de otimizar a
demanda em relação à população.
Alternativa D: CORRETA. O mapeamento de equipamentos como igrejas e ONGs
são, sim, atribuições da equipe de saúde da família, uma vez que isso interfere
diretamente na vida dessa população.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
A pesquisa relacionada aos fatores que podem contribuir para o
desenvolvimento de um câncer permitiu identificar, até o momento, um conjunto
de fatores de natureza intrínseca e extrínseca. Como exemplos de fatores de risco
intrínsecos estão a idade, o gênero, a etnia ou raça e a herança genética. Já no
grupo de fatores de risco extrínsecos, diversos já foram identificados, como o uso
de tabaco e álcool, hábitos alimentares inadequados, inatividade física, agentes
infecciosos, radiação ultravioleta, exposições ocupacionais, poluição ambiental,
radiação ionizante, alimentos contaminados, obesidade e situação
socioeconômica. Há ainda na lista o uso de drogas hormonais, fatores
reprodutivos e a imunossupressão. Essa exposição é cumulativa no tempo e,
portanto, o risco de câncer aumenta com a idade. Mas é a interação entre os
fatores intrínsecos e extrínsecos que vai determinar o risco individual de câncer.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Prevenção primária é aquela que ocorre em um
período pré-patogênico e tem como objetivo prevenir a ocorrência da doença; e
secundária é aquela em que a doença já existe e tem como objetivo realizar um
diagnóstico precoce. A alternativa correta é aquela que informa que a prevenção
primária é realizada com vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e a
prevenção secundária, através da realização da colpocitologia oncótica entre os
25 e 64 anos de idade na mulher.
Alternativa B: INCORRETA. A colpocitologia oncótica tem por finalidade o
diagnóstico precoce.
Alternativa C: INCORRETA. A periodicidade da citologia oncótica não está de
acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde.
Alternativa D: INCORRETA. Detecção precoce é uma forma de prevenção
secundária e visa a identificar o câncer em estágios iniciais. Existem duas
estratégias de detecção precoce: o diagnóstico precoce e o rastreamento.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Movimento da Reforma Sanitária no Brasil ocorreu no final da década de 1970
e culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. Essa conferência
ocorreu com o intuito de assegurar que a saúde seja um direito do cidadão, um
dever do Estado e que seja universal o acesso a todos os bens e serviços de
saúde. O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, integrado por várias
entidades que atuam historicamente em defesa da saúde coletiva no Brasil,
conclama a sociedade à adesão a propostas que avancem para um Brasil mais
igualitário e mais justo para um sistema público de saúde com garantia de
direitos a todos os brasileiros.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra
a ditadura, com o tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas universidades,
no movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços,
sem interferências político-partidárias.
Alternativa B: INCORRETA. O Sistema Único de Saúde (SUS), derivado da
reforma sanitária, corresponde a uma reforma setorial cuja origem não se
encontra no Estado nem em governos, mas sim no interior da sociedade civil, a
partir de movimentos sociais que combateram o autoritarismo desde os anos
1970, defendendo a democratização da saúde.
Alternativa C: CORRETA. Questão que aborda a Reforma Sanitária Brasileira, que
foi conduzida pela sociedade civil, visando ao acesso universal à saúde, à
integração de ações curativas e preventivas e à descentralização da
administração da saúde.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe a possibilidade de o subfinanciamento do
SUS ser consequência da condução da Reforma Sanitária brasileira por
organizações externas ao setor saúde, uma vez que uma das propostas era
exatamente ampliar os recursos destinados à saúde e aprovar imediatamente o
projeto de lei de iniciativa popular que destina 10% da Receita Corrente Bruta à
saúde e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para o orçamento da
Seguridade Social.
▶ resposta: C
A. Ela não tem direito ao aborto legal, já que sua ocupação profissional
impede a confirmação do estupro.
B. Ela deve registrar queixa na Delegacia de Defesa da Mulher para ter direito
ao aborto legal.
C. Ela deve registrar queixa em qualquer Delegacia de Polícia para ter direito
ao aborto legal.
D. Ela tem direito ao aborto legal mesmo sem a realização do Boletim de
Ocorrência
grau de dificuldade:
dica do autor:
No Brasil, o abortamento é crime previsto pelo Código Penal nos artigos 124, 125
e 126, com penalidades para a mulher e para o médico que o praticam. No
entanto, de acordo com o Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, e com os
incisos I e II do artigo 128 do Código Penal Brasileiro, não é crime e não se pune
o aborto praticado por médico quando não há outro meio de salvar a vida da
gestante ou quando a gravidez resulta de estupro ou, por analogia, de outra
forma de violência sexual. O aborto deve ser precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Além disso, em 13 de
abril de 2012, o Poder Judiciário deliberou positivamente sobre o aborto de fetos
anencéfalos, dando direito à mulher de optar em proceder ou não com o aborto
em casos de absoluta inviabilidade de vida extrauterina. Contudo, estes casos
ainda não estão previstos em lei.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As gestantes vítimas de estupro que quiserem
interromper a gravidez têm o direito de fazer a cirurgia pelo SUS, independente
de apresentar registro de ocorrência policial.
Alternativa B: INCORRETA. O Código Penal estabelece que não é punível o
aborto praticado por médico, “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
precedido de consentimento da gestante”, e tão somente deste consentimento.
Alternativa C: INCORRETA. “A exigência da apresentação do Registro de
Ocorrência como condição para o fornecimento de assistência médica para a
realização do abortamento ético constitui para a mulher um inaceitável
constrangimento, que, na prática, pode afastá-la do serviço público de saúde e
impedir o fornecimento do indispensável tratamento médico em razão da
violência sexual sofrida, a qual pode acarretar a sua morte ou inúmeras sequelas,
muitas irreversíveis, com consequente custo social elevadíssimo.
Alternativa D: CORRETA. Questão bem direta sobre o aborto: a paciente vítima
de abuso sexual tem direito ao aborto, apenas com sua declaração, não sendo
necessária a realização de boletim de ocorrência.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre ética médica e sigilo profissional, tema discorrido no capítulo IX
do Código de Ética Médica, tema de grande relevância na era da internet e mídias
sociais.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Somente por meio da autorização por escrito do
paciente.
Alternativa B: INCORRETA. É vedado ao médico “Art. 75. Fazer referência a casos
clínicos identificáveis, exibir pacientes ou imagens que os tornem reconhecíveis
em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em meios de
comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.”
Alternativa C: INCORRETA. Não existe esta prerrogativa.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe esta prerrogativa.
Alternativa E: CORRETA. Sempre devemos preservar a identidade do paciente e
sua autonomia, independente de se tratar de reunião médica disciplinar ou de o
paciente estar inconsciente.
▶ resposta: E
A. Hierarquização.
B. Comando único.
C. Complementaridade.
D. Regionalização.
E. Descentralização.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo dois outros
conceitos importantes: o de sistema e a ideia de unicidade. A ideia de sistema
significa um conjunto de várias instituições, dos três níveis de governo e do setor
privado contratado e conveniado, que interagem para um fim comum. Na lógica
de sistema público, os serviços contratados e conveniados seguem os mesmos
princípios e as mesmas normas do serviço público. Todos os elementos que
integram o sistema referem-se ao mesmo tempo às atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de
organização, sendo que é definido como único na Constituição como um
conjunto de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde (os
princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização
e da participação popular.) Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um
núcleo comum, que concentra os princípios doutrinários, e uma forma e
operacionalização, os princípios organizativos.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Analisando a alternativa: “hierarquização”: organizar
em níveis de complexidade -> Atenção Básica (Posto), Média (Hospital) e Alta
Complexidade (exemplo, diálise), não tendo relação direta com os recursos
financeiros.
Alternativa B: INCORRETA. Para que valha o princípio da descentralização, existe
a concepção constitucional do mando único, em que cada esfera de governo é
autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios
gerais e a participação da sociedade.
Alternativa C: INCORRETA. “Complementaridade”: pode haver o contrato com o
privado, desde que haja capacidade de resolver os problemas da população,
dando preferência às instituições filantrópicas ou não lucrativas.
Alternativa D: INCORRETA. A regionalização é um processo de articulação entre
os serviços que já existem, visando ao comando unificado dos mesmos.
Alternativa E: CORRETA. “Descentralização” diz respeito à divisão de poderes de
acordo com as esferas (município, estado e federal, com seus deveres), com
direção única em cada esfera. É exatamente nesse contexto que o enunciado está
redigido.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Programa de Saúde da Família, desde sua origem, foi concebido como uma
estratégia para a reorganização e o fortalecimento da atenção básica como o
primeiro nível de atenção à saúde no SUS, mediante a ampliação do acesso, a
qualificação e a reorientação das práticas de saúde.
O caráter substitutivo do PSF em relação à “atenção básica tradicional” orienta-
se pelos seguintes princípios: 1) adscrição de clientela; 2) territorialização; 3)
diagnóstico da situação de saúde da população e 4) planejamento baseado na
realidade local. A adscrição da clientela refere-se ao novo vínculo que se
estabelece de modo permanente entre os grupos sociais, as equipes e as
unidades de saúde. O planejamento baseado na realidade local viabiliza a
programação de atividades orientada segundo critérios de risco à saúde,
priorizando solução dos problemas em articulação permanente com os
indivíduos, as famílias e comunidades.
As características do processo de trabalho das equipes multiprofissionais
compostas por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou
técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, responsáveis por
cuidarem em média de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de quarenta
horas semanais, passam, necessariamente, pela interdisciplinaridade, vinculação,
competência cultural, intersetorialidade e fortalecimento de uma gestão local
que deve ser participativa/democrática. Passam, sobretudo, pela singularidade
da presença dos agentes comunitários em saúde na equipe. A intenção é que a
conversão do modelo faça a diferença na forma de pensar e de fazer no
cotidiano, na saúde das famílias, nos aspectos da promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação de doenças e agravos.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A territorialização aponta para a relação precisa que
se estabelece mediante a definição do território e da população, o que implica no
mapeamento e na segmentação da população por território. O diagnóstico da
situação de saúde da população permite a análise da situação de saúde do
território, mediante cadastramento das famílias e dos indivíduos e a geração de
dados, portanto, este processo jamais será estático ou apenas geográfico.
Alternativa B: CORRETA. O Ministério da Saúde considera a estratégia de saúde
como uma política de Estado, inclusive pode-se encontrar no documento
Memórias da Saúde da Família no Brasil: “Com pouco mais de 15 anos de
existência, é possível afirmar que a ESF configura-se como uma política de
Estado, e não mais de governo. A alternância na gestão federal, característica
própria e desejável dos processos democráticos, não produziu rupturas na sua
condução”. Isso corrobora o enunciado da alternativa B.
Alternativa C: INCORRETA. O movimento de expansão do PSF demonstra uma
progressiva adesão dos gestores municipais e estaduais, sobretudo no
cofinanciamento, por meio de criação de incentivos estaduais, o que não se via
em 1994, ano de sua implantação.
Alternativa D: INCORRETA. As características do processo de trabalho das
equipes multiprofissionais passam, necessariamente, pela interdisciplinaridade,
vinculação, competência cultural, intersetorialidade e fortalecimento de uma
gestão local que deve ser participativa/democrática. Passam, sobretudo, pela
singularidade da presença dos agentes comunitários em saúde na equipe. A
intenção é que a conversão do modelo faça a diferença na forma de pensar e de
fazer, no cotidiano, a saúde das famílias, nos aspectos da promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação de doenças e agravos.
Alternativa E: INCORRETA. Como principal resultado, conforme verificado na
literatura, tem-se que, ao longo do tempo, um maior número de famílias
cadastradas no PSF está associado a uma maior queda na taxa de mortalidade
infantil. Com isso, quanto maior o número de famílias atendidas e maior o tempo
do município no PSF, mais capaz esse é de reduzir a mortalidade infantil.
Algumas variáveis de saúde influenciam as taxas de mortalidade infantil, como,
por exemplo, o número de médicos por mil habitantes, o número de leitos e as
doses de vacinas aplicadas, porém, os resultados quanto à grande maioria das
variáveis explicativas variam ao se considerar diferentes causas e períodos. O
número de visitas domiciliares realizadas por médicos, enfermeiros e outros
profissionais de saúde é um exemplo de que nem sempre essas variáveis são
capazes de alterar o quadro de mortalidade infantil, como, por exemplo, as
mortes por má formação e as de pele.
▶ resposta: B
A. Fundação.
B. Sociedade de economia mista.
C. Empresa pública.
D. Autarquia.
E. Organização social.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista
fazem parte da Administração Pública Indireta, pois o Estado não seria capaz de
administrar todo o território nacional, tanto pela sua extensão quanto pela
complexidade e volume das relações sociais existentes entre o administrado
(particular) e o Governo. Por isso, houve-se por bem outorgar poderes para
outras estruturas (entidades). A Administração Pública Indireta ou
Descentralizada é a atuação estatal de forma indireta na prestação dos serviços
públicos que se dá por meio de outras pessoas jurídicas, distintas da própria
entidade política. Estas estruturas recebem poderes de gerir áreas da
Administração Pública por meio de outorga.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Uma Fundação é criada por autorização legislativa +
lei complementar definindo a área de atuação; possui patrimônio personificado
como uma autarquia e pode ser pessoa jurídica de direito público ou privado,
enquanto a autarquia pode ser apenas de direito público.
Alternativa B: INCORRETA. Nas sociedades de economia mista, o Estado possui
apenas o controle, o que não é o caso da ANVISA.
Alternativa C: INCORRETA. Nas empresas públicas, o controle do Estado é
absoluto, pois a totalidade do capital social advém de pessoas administrativas,
enquanto nas sociedades de economia mista o Estado possui apenas o controle.
Alternativa D: CORRETA. “Autarquia” é um serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades
típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira. As autarquias – pessoas
jurídicas de direito público interno – podem desempenhar as atividades típicas de
Estado (ou de Administração Pública), descentralizadas pela administração direta.
As autarquias atuam para prestar serviço público; desempenhar o poder de
polícia; intervir no domínio econômico para regulamentar ou normatizar, sem
intenção de auferir lucro; intervir na ordem social e fomentar o crescimento das
condições socioeconômicas do país. Portanto, podem exercer atividades de
regulação, normatização, fiscalização, tutela, sanção, habilitação e outras que
impliquem poderes de Estado.
Alternativa E: INCORRETA. No direito do Brasil, organização social (OS) é um
tipo de associação privada, com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que
recebe subvenção do Estado para prestar serviços de relevante interesse público,
como, por exemplo, a saúde pública.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Historicamente, a medicina caminhou no sentido da priorização das doenças e de
seu processo diagnóstico (em detrimento da pessoa que sofre o padecimento),
paralelamente à busca de uma ordem ou norma para fundamentar diagnósticos
– padrões sintomáticos que se repetem em determinados padecimentos são
nomeados de doenças, consideradas um desvio do que se espera do organismo
normal, independentemente da variância individual do processo do adoecer. O
modelo de consulta ou método clínico ainda dominante na prática médica na
atualidade – e o que é ensinado na maioria das instituições de ensino médico –,
chamado de “modelo médico convencional” ou “modelo biomédico”, já se
mostrou ineficaz.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O modelo biomédico se desenvolve buscando o
entendimento de problemas de saúde objetivos, explicados por modelos
biológicos, menosprezando a repercussão da subjetividade do paciente e
tornando-se insuficiente para resolver a maioria das queixas referidas em
consultas.
Alternativa B: CORRETA. Questão simples sobre o Método Centrado na Pessoa
como uma estratégia para o Médico de Família e Comunidade, e esta alternativa
define bem tal abordagem. Esses componentes do MCP propiciam a autonomia e
a proatividade do paciente como sujeito, elementos indispensáveis para a
efetivação da promoção da saúde no plano individual.
Alternativa C: INCORRETA. O termo pessoa não é usado para expressar
passividade, mas sim uma alternativa à palavra “paciente”, tirando a ênfase da
doença e colocando-a sobre o indivíduo.
Alternativa D: INCORRETA. Cada pessoa lida com o processo saúde-
adoecimento de forma diferente.
Alternativa E: INCORRETA: “Entendendo a pessoa como um todo” é um dos pilares
do MCP, e não todo o método.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
Nos óbitos por causa natural em que o indivíduo recebeu assistência médica, a
prioridade é que o médico que prestou assistência, ou um substituto do serviço,
preencha a Declaração de Óbito (DO). Caso o indivíduo não tenha recebido
assistência médica antes do óbito, cabe ao SVO. No entanto, casos de morte não
natural (causas externas, suspeitas ou violentas) devem ser encaminhados ao
IML para que o médico legista examine o corpo e emita a DO.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A causa base que deu início à cadeia de eventos que
levou ao óbito foi intoxicação medicamentosa, em uma paciente jovem e sem
comorbidades; logo, temos um caso suspeito que deve ser encaminhado ao IML.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Conduta importante no periparto, já que a redução do
tempo de contato da criança com o sangue e secreções maternas pode reduzir o
risco da contaminação.
Alternativa B: INCORRETA. Não faz nenhum sentido, pois, caso seja necessário,
a aspiração de vias aéreas pode ser feita, assim como em qualquer RN.
Alternativa C: INCORRETA. O AZT deve, idealmente, ser iniciado dentro das
primeiras 4 horas, via oral.
Alternativa D: INCORRETA. A nevirapina está indicada em pacientes cujas mães
não fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou não têm carga viral
menor que 1.000 cópias/ml.
Alternativa E: INCORRETA. O aleitamento cruzado é totalmente contraindicado;
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre Ética Médica. Todas as assertivas estão citadas no Código de Ética
Médica, e todas dentro do capítulo I, sobre os Princípios Fundamentais:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Citação direta do item I.
Assertiva II: VERDADEIRA. Citação direta do item III.
Assertiva III: VERDADEIRA. Citação direta do item IX.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Citação direta do item XVII.
Assertiva V: VERDADEIRA. Citação direta do item X.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre a Portaria nº 2.436 de 2017, a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), referência importante e que cai bastante nas questões de preventiva.
resolução:
Assertiva I: FALSA. A Atenção Básica é a porta de entrada preferencial das Redes
de Atenção à Saúde, mas não é a única (lembrar da Urgência e Emergência; da
Atenção Psicossocial; e das Especiais de Acesso Aberto).
Assertiva II: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §1º da PNAB.
Assertiva III: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §3º da PNAB.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §2º da PNAB.
Assertiva V: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 4º da PNAB.
▶ resposta: B
A. SIM.
B. SINAN.
C. SIAB.
D. SINASC.
E. SISVAN.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Sistema de Informação em Saúde
(SIS) como “um conjunto de componentes que atuam de forma integrada por
meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da
informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no
Sistema de Saúde.”
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É tão somente o sistema de informação de
mortalidade, sem levar em conta o território sanitário.
Alternativa B: INCORRETA. É o sistema de notificação de agravos de notificação
compulsória, de importância epidemiológica do Brasil e no mundo.
Alternativa C: CORRETA. O sistema de informação que toma por base
informações de “Território Sanitário” é o SIAB (Sistema de Informação da Atenção
Básica), implantado para acompanhamento das ações dos resultados das
atividades realizadas pelas equipes do ESF.
Alternativa D: INCORRETA. É o sistema de informação sobre nascidos vivos.
Alternativa E: INCORRETA. É o sistema de vigilância nutricional.
A. Regionalização.
B. Hierarquização.
C. Descentralização.
D. Igualdade.
E. Universalidade.
grau de dificuldade:
dica do autor:
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de
saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para
avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de
órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do
país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema
público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente
aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde
a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando
à prevenção e à promoção da saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. “Regionalização” diz que existem serviços dispostos
em uma dada área geográfica delimitada e com a definição da população a ser
atendida.
Alternativa B: INCORRETA. Os serviços devem ser organizados em níveis de
complexidade tecnológica crescente.
Alternativa C: CORRETA. O princípio que visa a adequar o SUS às diversidades
regionais é o da “descentralização”, que redistribui as responsabilidades
(município, estado, união), com maior responsabilidade aos municípios.
Alternativa D: INCORRETA. Não é princípio do SUS; o princípio relacionado, mas
não sinônimo, é o da equidade.
Alternativa E: INCORRETA. É a garantia de atenção à saúde, por parte do
sistema, a todo e qualquer cidadão (“A saúde é direito de todos e dever do
Estado”).
▶ resposta: C
A. Integralidade.
B. Longitudinalidade.
C. Coordenação.
D. Resolubilidade.
E. Responsabilização.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A APS está enraizada no compromisso com a justiça social e a equidade e no
reconhecimento do direito fundamental ao mais alto padrão atingível de saúde,
conforme ressaltado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a
sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis [...]”.
O conceito de atenção primária à saúde tem sido repetidamente
reinterpretado e redefinido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu
uma definição coesa baseada em três componentes:
• Garantir que as pessoas tenham acesso a serviços abrangentes de
promoção, proteção, prevenção, cura, reabilitação e cuidados
paliativos ao longo da vida, priorizando estrategicamente as principais
funções do sistema voltadas para indivíduos, famílias e para a
população em geral como elementos centrais da prestação de serviços
integrados em todos os níveis de atenção;
• Agir de forma sistemática sobre os determinantes mais amplos de
saúde (incluindo características e comportamentos sociais,
econômicos, ambientais, bem como das pessoas), por meio de políticas
públicas e ações baseadas em evidências em todos os setores; e
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A integralidade é um princípio que considera as
pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é
importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção
de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Alternativa B: CORRETA. A longitudinalidade é quando se gera um
acompanhamento ao longo do tempo, para que crie um vínculo com o paciente,
exatamente o que é trazido no enunciado da questão.
Alternativa C: INCORRETA. A coordenação do cuidado pode ser traduzida como
uma organização deliberada do cuidado individual, centrada na pessoa, com o
objetivo de integrar e dar continuidade às várias ações de saúde prestadas por
diferentes profissionais ou em diferentes serviços da rede. É concretizada a partir
do acesso à informação, da responsabilização pelo cuidado e da organização do
fluxo do usuário na rede de atenção à saúde.
Alternativa D: INCORRETA. A resolutividade pode ser alcançada por meio de um
atendimento acolhedor, mediante responsabilização das equipes, com atitudes
criativas e flexíveis. Nesse sentido, o trabalho resolutivo em saúde baseia-se no
cuidado corresponsável, em que prevaleça o protagonismo da equipe
multiprofissional, no sentido de aprofundar os saberes e as práticas no campo da
saúde. Essa ação pressupõe produção de vínculos interpessoais e contratuais,
além de autonomia no processo de trabalho na atenção primária.
Alternativa E: INCORRETA. Vem atrelada à coordenação do cuidado.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
A disponibilidade de informação apoiada em dados válidos e confiáveis é
condição essencial para a análise objetiva da situação sanitária, assim como para
a tomada de decisões baseadas em evidências e para a programação de ações de
saúde. A busca de medidas do estado de saúde da população é uma atividade
central em saúde pública, iniciada com o registro sistemático de dados de
mortalidade e de sobrevivência. Com os avanços no controle das doenças
infecciosas e a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus
determinantes sociais, passou-se a analisar outras dimensões do estado de
saúde, medidas por dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços,
qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais, entre outros. Os
indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a
avaliação das informações produzidas com tal finalidade.
Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese que contêm informação
relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem
como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a
situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de
saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode
variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o
cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a
esperança de vida ao nascer.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O coeficiente geral de mortalidade, ou taxa de
mortalidade geral, refere-se a toda a população e não ao total de óbitos. Não
depende, portanto, dos nascidos vivos.
Alternativa B: INCORRETA. Em demografia, taxa de natalidade é o número de
nascidos vivos anualmente por cada mil habitantes em uma determinada área. A
taxa de natalidade de uma região é o número de nascimentos por mil habitantes
em um ano, não levando em conta a mortalidade.
Alternativa C: CORRETA. Como calculamos o Coeficiente de Mortalidade Infantil?
Número de óbitos < 1 ano/número de nascidos vivos. Portanto, com as
informações do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e do SINASC
(Sistema de Informações sobre Nascidos vivos), podemos calcular esse índice.
Alternativa D: INCORRETA. Coeficiente resultante da relação entre o número de
óbitos decorrentes de determinada causa e o número de pessoas que foram
realmente acometidas pela doença, expressando-se sempre em percentual.
Alternativa E: INCORRETA. Distribuição percentual dos óbitos por sexo, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre implantação da Estratégia de Saúde da
Família. A alternativa A está correta, pois a territorialização da área assistida
torna possível identificar os problemas de cada parte desta área, permitindo uma
melhor organização do sistema de saúde para atender à demanda da população.
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta, pois o atendimento não é
hierarquizado, sendo a consulta de enfermagem um componente assistencial
autônomo e não pré-consulta médica.
Alternativa C: INCORRETA. O modelo é também preventivo (não apenas
curativo).
Alternativa D: INCORRETA. Não se restringe à promoção à saúde, mas aborda
também a prevenção, promoção, cura e reabilitação, norteadas pela
integralidade e resolubilidade.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão que determina uma referência específica, porém não há necessidade de
se desesperar, visto que não diz nada que já não esteja atualmente escrito no
Código de Ética Médica. Lembre-se de que devemos praticar a Ortotanásia, e que
Eutanásia não apenas é antiética, como também é ilegal.
resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Se uma intervenção não tem mais capacidade de
beneficiar o paciente, apenas prolongando seu sofrimento, é claro que pode ser
suspensa.
Alternativa C: INCORRETA. Não, isto seria eutanásia.
Alternativa D: INCORRETA. Não é necessário termo por escrito, basta que fique
registrado em prontuário.
▶ resposta: A
dica do autor:
As diretrizes gerais para a implantação da Política Nacional de Humanização
(PNH) do SUS são:
• Acolhimento;
• Gestão participativa;
• Ambiência;
• Clínica ampliada/compartilhada;
• Valorização do trabalhador;
• Defesa dos direitos do usuário.
resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Lembre-se do princípio da equidade, segundo a qual
devemos priorizar o atendimento por meio de critérios clínicos ou
epidemiológico-sociais. O simples fato de uma doença ser aguda não significa
que seja grave.
Alternativa C: INCORRETA. O atendimento é garantido de acordo com a
necessidade do sujeito, seja de atendimento por médico, ou por dentista, ou por
psicólogo, ou pelo enfermeiro.
Alternativa D: INCORRETA. A PNH busca valorizar a autonomia dos sujeitos,
compartilhar com o usuário as responsabilidades e as decisões.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Se a criança nasce viva (respirando ou com batimento
cardíaco) e depois morre, não se trata de óbito fetal, devendo ser
Ó
obrigatoriamente emitida a Declaração de Nascido Vivo e a Declaração de Óbito
(DO).
Alternativa B: INCORRETA. A DO deve ser emitida em todos os óbitos, seja por
causa natural ou violenta (caso em que será emitida pelo médico legista do
Instituto Médico Legal).
Alternativa C: INCORRETA. Se a criança nasceu viva, a emissão da DO é
obrigatória, independente do seu peso.
Alternativa D: INCORRETA. Em casos de óbito fetal, a declaração de óbito deve
obrigatoriamente ser emitida se o feto tiver: > 20 semanas de gestação; OU > 500
gramas; OU > 25 cm de estatura.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. A prioridade é que a DO seja emitida pelo médico
que prestou o atendimento, mas ela pode ser tranquilamente preenchida por um
substituto, não havendo necessidade de deixar a família esperando por este
importante documento.
Alternativa C: INCORRETA. A morte foi por causa natural e não há sinais de
violência, logo, não há necessidade de exame do IML.
Alternativa D: INCORRETA. O SVO emite a DO em casos de óbito que não
receberam assistência médica;
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Coeficiente de Mortalidade geral é um péssimo
indicador para comparar populações, pois não informa quem está morrendo ou
por quê.
Alternativa B: INCORRETA. A queda da mortalidade infantil pós-neonatal foi
muito maior que a da neonatal, pois houve brusca diminuição das mortes por
doenças infectocontagiosas e por fatores ambientais, enquanto boa parte das
mortes neonatais se deve a fatores dificilmente controláveis.
Alternativa C: CORRETA. Causas externas são a maior causa de morte em jovens
(de 1 a 40 anos), ocasionando maior número de anos potenciais de vida perdidos.
Alternativa D: INCORRETA. Em 2017, a esperança de vida das mulheres no Brasil
foi de 79,6 anos, enquanto para os homens foi de 72,5. Embora ambas venham
aumentando, essa diferença é um padrão que se repete já há muito tempo.
Alternativa E: INCORRETA. O Índice de Swaroop-Uemura é um reflexo das
diferentes composições etárias das populações, e é justamente por isso que é um
bom indicador.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. As Curvas de Nelson Moraes (CNM) são um indicador
de saúde que usa o índice (proporção) de mortalidade em determinadas faixas
etárias; então, para seu uso, são necessários apenas os dados de mortalidade,
dispensando os dados populacionais.
Alternativa B: INCORRETA. Prevalência Lápsica é a prevalência em um
determinado período, e é calculada pelo número de casos da doença neste
período em relação ao tamanho da população.
Alternativa C: INCORRETA. O Coeficiente (risco) de Mortalidade Geral é um
péssimo indicador de saúde, e é calculado pelo total de mortes dividido pelo
tamanho da população.
Alternativa D: INCORRETA. O Coeficiente (risco) de Mortalidade Infantil é um
bom indicador de saúde, mas é calculado pela razão entre óbitos em menores de
1 ano e o número de nascidos vivos.
Alternativa E: INCORRETA. Existem indicadores, como o as CNM e o Índice de
Swaroop-Uemura, que dispensam dados populacionais e podem ser calculados
apenas com os dados de mortalidade.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Se nenhum caso da doença era esperado, a presença
de um único caso da doença, transmitido dentro do território, já pode ser
considerada uma epidemia.
Alternativa B: INCORRETA. Um caso é alóctone quando a transmissão ocorreu
em um local diferente de onde foi detectado. Neste caso, ainda não ocorreu
transmissão da doença dentro do território.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa faz um jogo de palavras para confundir:
“por um período limitado” está errado; poderia estar correto se escrito como “EM
um período” ou “PARA um período”.
Alternativa D: INCORRETA. Surto é uma ocorrência epidêmica.
Alternativa E: INCORRETA. Epidemia é uma elevação brusca da incidência, do
número de casos, não da prevalência.
▶ resposta: A
Ã
53 (SUS - SÃO PAULO - 2012) Na abordagem teórica conhecida como História
Natural da Doença, o primeiro nível de prevenção está localizado no período:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão que aborda o modelo de história natural da doença proposto por Leavel
& Clark (1976), que apresenta um período pré-patogênese (antes da existência da
doença, caracterizado pelas interações entre a pessoa e os fatores associados ao
surgimento da doença) e um período patogênico (após a doença existir),
subdividido em uma fase pré-clínica (antes do horizonte clínico, do surgimento
dos primeiros sinais e sintomas) e uma fase clínica (após o horizonte clínico). O
primeiro nível de prevenção atua no período pré-patogênese, evitando o
surgimento da doença. A questão pode ter confundido alguns com o conceito de
horizonte clínico, mas não há complicação.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A prevenção primária atua no período pré-
patogênico, e o horizonte clínico está no período patogênico.
Alternativa B: INCORRETA. Antes do horizonte clínico está o período patogênico
pré-clínico, que se caracteriza pela presença da doença ainda sem manifestações
clínicas, enquanto a prevenção primária atua no período pré-clínico.
Alternativa C: CORRETA. O mesmo que a alternativa anterior.
Alternativa D: INCORRETA. O horizonte clínico caracteriza-se pelo início dos
sinais e sintomas, porém, a prevenção primária atua no período pré-patogênico,
antes do horizonte clínico e da fase pré-clínica.
Alternativa E: INCORRETA. O que caracteriza o horizonte clínico é o surgimento
de sinais e sintomas da doença. O diagnóstico e o prognóstico podem ser
estabelecidos antes disso.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre os níveis de prevenção segundo o modelo de história natural das
doenças de Leavell & Clark. Esta questão é um pouco mais complicada e tem um
foco maior nas subdivisões dos níveis de prevenção:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão bastante específica sobre aspectos virais, ambientais, históricos em
epidemiologia.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vírus de DNA se replicam usando enzimas DNA
polimerase DNA-dependente, e são menos propensos a mutações que os vírus
de RNA.
Alternativa B: INCORRETA. É possível ocorrer mutações e recombinações pela
aplicação da vacina de poliomielite com vírus atenuado (Sabin), levando o vírus
da vacina a adquirir características do vírus selvagem e apresentar
neurovirulência. Porém, os casos conhecidos de poliomielite ocasionados dessa
forma são muito raros e, inclusive, o esquema atual de vacinação utiliza doses da
vacina com vírus inativado antes da Sabin, diminuindo ainda mais esse risco. A
principal causa de surtos de poliomielite é a resistência de pais e mães em
vacinarem os filhos.
Alternativa C: INCORRETA. A pandemia de Influenza H1N1, de 1918, chamada
de Gripe Espanhola, matou cerca de 30 vezes mais que a própria Primeira Guerra
Mundial, que ocorreu no mesmo período. Não existe teoria consensualmente
aceita sobre sua origem. Alguns propõem que tenha sido na França, outros, que
foi nos Estados Unidos da América, outros ainda acreditam que tenha sido na
Á
Ásia. Uma proposta é que um vírus de aves sofreu mutação e infectou porcos que
eram mantidos no fronte da guerra, mas, na verdade, ninguém é capaz de
afirmar com certeza.
Alternativa D: CORRETA. O Hantavírus é transmitido por roedores, e o processo
de urbanização aumentou o contato do homem com este animal, facilitando sua
transmissão.
▶ resposta: D
A. I e IV.
B. I, II e III.
C. I, II e V.
D. I, III e IV.
E. III, IV e V.
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Os IAP, criados em 1930, se organizavam em filiação
por categorias profissionais, e com a união de todos os IAPs criou-se em 1966 o
INPS.
Assertiva II: FALSA. A Lei Eloy Chaves criou a Caixa de Aposentadorias e Pensões
(CAP).
Assertiva III: VERDADEIRA. As epidemias eram um grande problema de saúde
na República Velha, época em que foram criados serviços de saúde pública
(dirigidos por Oswaldo Cruz) e de campanhas sanitárias.
Assertiva IV: VERDADEIRA. A proposta do PPA era de universalizar o acesso à
saúde, principalmente as emergências, de forma que a previdência pagava pelo
atendimento do paciente, ele tendo ou não vínculo previdenciário.
Assertiva V: FALSA. O Ministério da Educação e Saúde foi criado em 1930, na
“Era Vargas”, mas a saúde pública nesta época ainda era bem pouco
institucionalizada na esfera central, sendo muito mais operacionalizada pelo
setor previdenciário, por meio das Caixas de Aposentadoria e dos Institutos de
Aposentadoria de cada categoria profissional.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questão sobre vigilância epidemiológica. As alternativas parecem fazer
referência ao texto da Lei nº 8.080/90.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. “Avaliar o impacto que as tecnologias provocam na
saúde” é descrito na Lei nº 8.080/90 como ação da Saúde do Trabalhador, e não
especificamente da população mais carente.
Alternativa B: INCORRETA. “Participação da Comunidade” é um princípio do
SUS, não algo específico da vigilância epidemiológica.
Alternativa C: CORRETA. “Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto
de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.” (Lei nº 8.080/90).
Alternativa D: INCORRETA. Outro princípio do SUS, não específico da vigilância
epidemiológica.
▶ resposta: C
58 (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - 2018) Sobre as doenças
ocupacionais, a afirmativa correta é:
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Silicose é acidente atípico (doença do trabalho).
Alternativa B: INCORRETA. A CAT deve ser emitida em todo tipo de acidente de
trabalho.
Alternativa C: INCORRETA. PAIR é classificada como uma Doença do Trabalho,
que é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado (PAIR, Burn-Out, LER/DORT). Doença profissional é
aquela desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade
(Pneumoconioses, Saturnismo).
Alternativa D: INCORRETA. Bissidiose é causada por inalação da poeira do
algodão, intoxicação por Berílio é a Berilose.
Alternativa E: CORRETA. Correto, veja a explicação na alternativa C.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é
uma autarquia sob o regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, não ao
ministério de desenvolvimento social;
Alternativa B: CORRETA. “Art. 4º Compete à ANS: … IX - normatizar os conceitos
de doença e lesão preexistentes” - Lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa C: INCORRETA. “Art. 3º A ANS terá por finalidade institucional
promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde,
regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com
prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de
saúde no País.” - Lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa D: INCORRETA. A ANS foi criada pela lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa E: INCORRETA. A ANS regula o setor de operadoras de planos
privados, não normas hospitalares.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Quando as disponibilidades do SUS forem insuficientes
para garantir a cobertura assistencial à população, ele pode recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada, com os critérios, valores para a remuneração e
parâmetros de cobertura sendo estabelecidos pela direção nacional do SUS desta
forma.
Alternativa B: INCORRETA. A iniciativa privada pode cobrar qualquer valor para
seus clientes particulares, mas ao atender no SUS, estes valores e critérios são
definidos conforme está na alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. As normas técnicas e administrativas para seu
funcionamento são determinadas pela direção do SUS, não pelo serviço privado
contratado.
Alternativa D: INCORRETA. Apenas quando a disponibilidade de seus serviços
for insuficiente para atender a demanda assistencial da população.
▶ resposta: A
61 (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL - 2018) Os estudos
epidemiológicos capazes de abordar hipóteses epidemiológicas, produzindo
medidas de incidência e, consequentemente, medidas diretas de risco, são
estudos:
A. Seccionais
B. Transversais
C. Ecológicos
D. Caso-controle
E. De coorte
grau de dificuldade:
dica do autor:
O enunciado pede métodos “capazes de abordar hipóteses epidemiológicas”,
então o estudo precisa ser Analítico, e não Descritivo (que apenas descreve uma
população). Pede também que seja capaz de produzir “medidas de incidência” e
“medidas diretas de risco.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estudos de Inquérito Populacional
(seccionais/transversais) são descritivos, então inadequados para avaliar
hipóteses.
Alternativa B: INCORRETA. Vide alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. Estudos Ecológicos trabalham com dados
secundários, então não produzem medidas de incidência ou risco dos indivíduos.
Alternativa D: INCORRETA. Estudos de Caso-Controle não trabalham com a
população exposta (sob risco), mas com grupos em que o desfecho já ocorreu ou
não. Eles podem até estimar o risco/incidência, através do Odds Ratio, mas isso
não é uma medida direta do risco.
Alternativa E: CORRETA. Coortes avaliam hipóteses de correlação entre fatores e
desfechos, de forma Observacional e Longitudinal, partindo da população
exposta e não exposta, então é capaz de gerar medidas diretas e incidência e
risco.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Assertiva I: FALSA; É vedado ao médico deixar de atestar atos executados no
exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou por seu representante
legal.
Assertiva II: VERDADEIRA. Um atestado médico é a declaração por escrito de
um fato médico e suas consequências.
Assertiva III: VERDADEIRA. A eventual divulgação da CID deve ser feita somente
por interesse e em benefício do próprio paciente, devendo acontecer mediante
sua autorização, pois o sigilo pertence a ele, e o médico é seu confidente.
Assertiva IV: FALSA. Odontólogos também podem, no âmbito de sua profissão,
fornecer atestado médico de afastamento do trabalho.
Assertiva V: VERDADEIRA. O médico do trabalho pode discordar de atestado
médico apresentado pelo trabalhador, podendo também estabelecer novo
período de afastamento, de acordo com sua avaliação médica.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
dica do autor:
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Medidas de incidência são parte da estatística
descritiva, e servem para medir a força da associação, assim como o impacto do
efeito. A existência ou não de associação é avaliada por medidas de estatística
inferencial, como Intervalo de Confiança ou valor p.
Alternativa B: CORRETA. Correto e conceitual.
Alternativa C: CORRETA. Quanto mais rara for a doença, menor vai ser a
Incidência, e com incidências na casa dos 0,01 e adiante, a diferença absoluta
entre o Odds Ratio e o Risco Relativo certamente será menor, visto que a variação
de qualquer medida muitas casas decimais vai ser, por questões matemáticas,
muito pequena. Exemplo, mesmo que você chute a incidência como 0,01, e ela
seja 0,001, seu erro absoluto foi de 0,009.
Alternativa D: CORRETA. A Razão de Prevalências é utilizada em estudos
transversais, como Inquéritos Populacionais e Estudos Ecológicos.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Nenhuma pesquisa, por melhor que tenha sido seu
delineamento, é absoluta. É preciso que vários grupos reproduzam a
metodologia para verificar se há consistência nos resultados, o que pode ser
avaliado através de Revisões Sistemáticas, por exemplo.
Alternativa B: INCORRETA. É bastante difícil realizar ensaios clínicos com
doenças muito raras, pois o número de casos, mesmo em centros de referência,
costuma ser pequeno demais para ter boa representatividade. Então o estudo de
doenças muito raras acaba sendo realmente mais feito por meio de relatos de
casos.
Alternativa C: CORRETA. Realizar Ensaios Clínicos na área cirúrgica acaba
envolvendo dificuldades mais complicadas do que na área clínica, seja por
questões éticas ou por questões metodológicas, a exemplo de não ser possível
‘cegar’ o cirurgião ou o paciente para realizar um estudo duplo-cego, algo
relativamente mais simples de ser feito em tratamentos clínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe um número limite amostral fixo para
pesquisa alguma, a determinação do tamanho ideal da amostra é feita através de
um cálculo amostral.
Alternativa E: INCORRETA. A medida de análise em Ensaios Clínicos é a
comparação entre o risco de desfechos entre os grupos, sendo expressa por
meio do Risco Relativo, Redução Absoluta do Risco e principalmente pelo Número
Necessário para Tratar. E trata-se de um método analítico, então seu propósito é
justamente responder a questões específicas.
▶ resposta: C
Referências
1. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal; 1988.
2. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da
União 1990.
3. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 2.217, de 27 de setembro de 2018,
modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. Código de Ética Médica.
Diário Oficial da União 01 Nov 2018; Seção 1:179.
4. MEDRONHO RA, BLOCH KV, LUIZ RR, WERNECK GL. Epidemiologia. 2 ed. São Paulo:
Atheneu; 2008.
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da União 24
ago 2012; Seção 1:46.
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário
Oficial da União 21 set 2017.
7. SILVEIRA AM. Saúde do trabalhador. Belo Horizonte: Nescon/UFMG Coopmed; 2009.
8. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. SIAB: manual do sistema de Informação de Atenção Básica. Brasília: Ministério da
Saúde; 2003.
9. MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Vigilância em Saúde / Departamento de Análise de
Situação de Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito.
Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
Resumo Prático
1. O Sistema Único de Saúde – SUS
O SUS foi criado com a Constituição Federal de 1988, onde se lê:
• Equidade [1]
: Dar mais a quem mais precisa, tratar desigualmente os
desiguais.
Princípios Organizacionais:
• Regiões de Saúde:
São referência para a transferência de recursos;
2. Atenção Básica
As diretrizes da atenção básica no Brasil estão estabelecidas na Política
Nacional de Atenção Básica, com sua versão mais atual na Portaria nº 2.436 de
2017.
A atenção básica surge em um cenário de reorientação da atenção à saúde,
uma substituição do modelo clássico centrado na doença por um modelo
centrado na pessoa, utilizando-se de tecnologias de baixa densidade e de alta
complexidade.
É a porta de entrada preferencial do SUS, o primeiro contato e ordenador
das Redes de Atenção à Saúde, estabelecendo-se na coordenação e integração
do cuidado.
• Maior adesão;
• Melhor controle da pressão arterial e da glicemia;
• Maior satisfação da pessoa (e do médico também);
• Menos queixas;
Além disso, o MCCP não aumenta o tempo da consulta.
[1]
A equidade não foi descrita na lei nº 8.080/90; nela ainda se fala em “Igualdade”.
A via ROSA fica no prontuário do paciente; [2]
A via AMARELA é entregue à família, que a levará ao cartório para receber a certidão de óbito;
A via BRANCA é recolhida pela Secretaria de Saúde.
Informática
grau de dificuldade:
dica do autor:
O ponto e vírgula em uma fórmula é usado para mencionar células distintas, já
os dois pontos são usados para referir um intervalo de células.
resolução:
Podemos ler a fórmula da seguinte maneira: O resultado é igual à soma dos
valores existentes no intervalo de C1 a C3. Sendo assim, temos 9, 5 e 2,
totalizando 16, multiplicado pela média entre os valores das células A2 e C2.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Memorize os símbolos das operações para evitar equívocos:
I. + (sinal de mais): adição;
II. – (sinal de menos): subtração negação;
III. (asterisco): multiplicação;
IV. / (sinal de divisão): divisão;
V. % (sinal de porcentagem): porcentagem;
VI. ^ (acento circunflexo): exponenciação.
Alternativa C: CORRETA. A função CONT.SE conta o número de células existentes
em um intervalo determinado, que corresponde a uma determinada condição.
Nesse caso, o intervalo determinado é de A1 a D2 e contará o número de células
com valor maior ou igual a 10, resultando em 4. Esse valor é então elevado ao
quadro, resultando em 16, já que a operação de exponenciação é representada
pelo símbolo “^”.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se do H de Horizontal, para não confundir o tipo de busca executada na
tabela.
resolução:
Embora muito parecidas, as funções PROCV e PROCH retornam dados de busca
totalmente diferentes, portanto, é preciso saber bem qual o tipo de busca está
sendo efetuada. A função PROCH corresponde a uma busca horizontal, efetuada
na coluna após o valor especificado, nesse caso, 13 na linha 3, resultando em 5.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
dica do autor:
Demarque as células utilizadas na fórmula, dessa forma não haverá equívocos.
resolução:
A fórmula corresponde à soma entre os valores existentes no intervalo B2 a D4,
ou seja, 33, 35, 23 e 37, resultando em 128.
▶ resposta: A
06 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 6 abaixo,
considere que o usuário deu um duplo clique com o botão esquerdo do mouse,
configurado para destros, no ícone (diminuir casas decimais). Que valor
conterá em A1?
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que, ao clicar nos ícones de casas decimais, o valor é arredondado
automaticamente, portanto não se esqueça do seguinte:
grau de dificuldade:
resolução:
O valor contido em A4 é 69 já que, por padrão, ao utilizarmos a alça da célula, os
valores são copiados. Isso pode ser alterado clicando-se sobre o ícone, que
aparece após a operação e escolhendo entre as alternativas existentes.
▶ resposta: D
A. Rascunho
B. Trabalho
C. Itens Enviados
D. Caixa de Entrada
grau de dificuldade:
dica do autor:
Normalmente, subpastas caracterizam-se por aparecer no menu com recuos e
em submenus, onde o nome da pasta principal vem acompanhado no início ou
fim de uma seta para baixo (ˇ).
Alternativa A: INCORRETA. A pasta Rascunhos é uma pasta principal.
Alternativa B: CORRETA. A pasta Trabalho encontra-se localizada dentro da
pasta Caixa de Entrada.
Alternativa C: INCORRETA. A pasta Itens Enviados é uma pasta principal.
Alternativa D: INCORRETA. A pasta Caixa de Entrada é uma pasta principal.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está incorreta pois no PowerPoint, assim como nos demais
documentos do Office é possível restringir a edição e criptografar o documento.
Já a assertiva II está correta pois através da formatação pode-se exibir réguas e
grades que possibilitam auxiliar no posicionamento dos elementos no slide.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I e II estão corretas pois o Internet Explorer 9 para proteger a
privacidade de seus usuários permite que seja configurado em níveis, assim
como outros navegadores como o Chrome, por exemplo. Esses níveis tem vários
critérios de permissão protegendo mais o usuário quando o nível alto é
selecionado.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
A. V, F, F, F
B. F, V, F, F
C. F, V, V, F
D. V, F, V, V
grau de dificuldade:
resolução:
É falsa a primeira afirmativa, já que é possível ao usuário utilizar o browser em
intranet. A segunda afirmativa é verdadeira já que o modo “InPrivate” tem como
função proteger a privacidade do usuário. A terceira afirmativa é verdadeira pois
cookies são utilizados para armazenar e compartilhar informações com os donos
de sites. A quarta afirmativa é falsa pois o termo spam é usado para referir-se à
e-mails não solicitados.
▶ resposta: C
A. I, II e III.
B. II, III e V.
C. II e IV.
D. Apenas V.
grau de dificuldade:
resolução:
A primeira afirmativa é falsa pois uma nota de fim é inserida através dos
comando Ctrl+Alt+D. A segunda afirmativa é verdadeira já que notas de fim são
exibidas apenas no final dos documentos. A terceira afirmativa é verdadeira já
que através de formatação pode-se alterar a forma de numeração das notas de
rodapé. A quarta afirmativa é falsa pois uma nota de rodapé é inserida através
dos comando Ctrl+Alt+F e uma nota de fim é apresentada apenas no fim do
documento e o texto de referência de uma nota de fim é apresentado no fim do
documento. A quinta afirmativa é verdadeira já que o texto de referência aparece
no rodapé da página,justificando seu nome.
▶ resposta: B
A. =E(A2<10, B2<100)
B. =E(A2>10, B2>10)
C. =E(A2>10, B2<100)
D. =OU(A2>10, B2<100)
grau de dificuldade:
Sequência de atalho
I. CTRL+ Backspace
II. CTRL+ W
III. CTRL+ Shift + A
IV. CTRL+ F4
Descrição da ação
[ ] Sair do Word.
[ ] Converter o texto selecionado para letras maiúsculas.
[ ] Fechar um documento.
[ ] Deletar a palavra a esquerda do ponto de inserção.
A. III, II, IV e I.
B. IV, III, II e I.
C. III, IV, I e II.
D. II, I, III e IV.
grau de dificuldade:
resolução:
Segundo as teclas de atalho do Word CTRL+F4 é a tecla de atalho para sair do
Word, CTRL+Shift+A converte o texto selecionado em letras maiúsculas, CTRL+W
é a tecla de atalho para fechar um documento e, finalmente, CTRL+Backspace
deleta a palavra à esquerda do ponto de inserção.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
A primeira afirmativa é verdadeira pois o Controle de Usuário permite que
apenas o usuário “Administrador” possa efetuar alterações nas configurações do
sistema. A segunda alternativa é falsa pois o que existe é o Gerenciador de
Tarefas à qual também possui o Monitor de Recursos. Através do Gerenciador de
Tarefas podemos verificar os programas sendo executados, a inicialização e o uso
de CPU entre outros recursos. A terceira afirmativa é verdadeira pois através da
Central de Ações o usuário recebe mensagens relevantes para as configurações e
o bom funcionamento do seu sistema operacional. A quarta afirmativa é
verdadeira e existe desde o Windows Vista permitindo que um dispositivo
compatível de memória torne-se um cache de memória temporária para o disco
rígido.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
A. VB .NET
B. VBA
C. VB6
D. JAVA
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. Windows Update
B. Configuração TCP/IP
C. Firewall
D. Antivírus
grau de dificuldade:
A. Alt + Tab
B. Ctrl+ Tab
C. Alt + Shift
D. Ctrl + Shift
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que TAB no inglês refere-se a uma aba de arquivo.
Alternativa A: CORRETA. Para alterar entre as janelas de aplicativos, basta
pressionar as teclas Alt+Tab. Esse atalho também é válido no Windows 10.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não é correta pois altera entre as
janelas de um mesmo aplicativo. Suponhamos que você tenha vários arquivos
abertos no Word. Esse atalho alternará entre eles.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Através destes atalhos é possível alterar o
idioma dos teclados.
▶ resposta: A
22 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) Preencha corretamente as lacunas
do texto.
Para exibir a Lixeira na área de trabalho do Windows 10, clique no botão Iniciar e,
em seguida, em __________ . Clique em Personalização, depois em Temas e, por
último em Configurações dos Ícones da Área de Trabalho.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que as configurações de personalização também podem ser
acessadas através de um clique com o botão direito na Área de Trabalho e, em
seguida, em Personalização.
Alternativa A: INCORRETA. A Aparência só pode ser ajustada através das Opções
de Desempenho, encontrada nas Configurações.
Alternativa B: INCORRETA. A opção Computador não existe dentro das
Configurações.
Alternativa C: CORRETA. Para exibir a Lixeira, é necessário clicar em
Configurações, já que as configurações dessa pasta só são acessíveis através
desse painel.
Alternativa D: INCORRETA. A opção Ícones não existe dentro do Windows
Explorer, já que os ícones são controlados pelo menu Exibir, que pode ser exibido
através de um clique com o botão direito na janela do Windows Explorer.
▶ resposta: C
A. Worm
B. Firewall
C. Spyware
D. Google Drive
grau de dificuldade:
A. 1L+2L
B. A1+A2
C. 1A+2A
D. L1C1+L2C1
grau de dificuldade:
resolução:
A grafia correta das células do Excel obedece à seguinte regra. Primeiramente a
letra, em ordem alfabética e, posteriormente, o número. As colunas equivalem às
letras e as linhas aos números. Quando se encerra o alfabeto, as células passam
a ter duas letras, sempre obedecendo à ordem alfabética (AA, AB e, ao fim dessa
série, BA, BB e assim sucessivamente).
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. A opção para marca d’água encontra-se na guia
Design.
Alternativa B: INCORRETA. A opção para alterar a orientação do texto encontra-
se disponível somente quando está inserido em uma tabela, forma ou caixa de
texto.
Alternativa C: CORRETA. Na caixa de diálogo Configurar Página, podemos
efetuar todas as ações referentes à impressão, bem como o layout de seção,
alinhamento de texto e algumas configurações sobre cabeçalho e rodapé.
Alternativa D: INCORRETA. As opções de configuração das fontes encontram-se
disponíveis na guia Página Inicial.
▶ resposta: C
26 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) Sobre os dados de uma planilha
criada no LibreOffice Calc, foi aplicada a função =SOMASE(A1:A5;”M”;B1:B5). Essa
função permitirá:
grau de dificuldade:
resolução:
A função SOMASE soma os valores de um determinado intervalo segundo os
critérios estabelecidos. A sintaxe dessa formula é a seguinte SOMASE(intervalo;
critérios; intervalo _ soma).
▶ resposta: A
I. Writer
II. Calc
III. Impress
IV. Base
V. Math
[ ] Usado para criar apresentações
[ ] Usado para criar documentos
[ ] Usado para facilitar o cálculo de números
[ ] Usado para criar banco de dados
[ ] Usado para editar fórmulas matemáticas
A. V – II – I – III – IV
B. III – IV – V – II – I
C. IV – II – V – III – I
D. IV – V – III – II – I
E. III – I – II – IV – V
grau de dificuldade:
dica do autor:
Estabeleça similaridades entre o LibreOffice e o Microsoft Office bem como
utilize-se da similaridade entre os termos:
resolução:
Segundo as informações acima podemos estabelecer o seguinte. O Writer é
usado para criar documentos, Calc para facilitar o cálculo de números, Impress
para apresentações, Base para banco de dados e Math para fórmulas
matemáticas.
▶ resposta: E
A. Hardware são componentes físicos que fazem parte da máquina, tais como
fios, discos rígidos, teclado, mouse e outros.
B. Softwares são os programas que fazem a máquina funcionar, incluindo o
sistema operacional e os aplicativos.
C. O hard drive armazena as informações contidas no computador a longo
prazo.
D. A memória RAM é conhecida como memória não volátil.
E. Uma memória volátil perde o conteúdo armazenado quando a energia de
alimentação é retirada.
grau de dificuldade:
A. keylogger
B. spyware
C. worm
D. trojan
E. vírus
grau de dificuldade:
A. I – II – III
B. III – I – II
C. I – III – II
D. II – I – III
E. III – II – I
grau de dificuldade:
resolução:
O mecanismo mais recomendado de segurança é o WPA-2, a segunda versão da
WPA e, portanto. mais segura. A WEP tem uma privacidade equivalente à rede
cabeada, portanto, é a mais frágil delas, sendo a WPA o nível mínimo de
segurança recomendado, sendo assim a ordem correta é III – I – II.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
C:\Downloads
C:\Downloads\Aulas
C:\Downloads\Projetos
C:\Downloads\Projetos\Casa Nova
grau de dificuldade:
dica do autor:
Preste atenção ao enunciado, que diz “com relação à estrutura das pastas e
subpastas apresentada e considerando que todas as pastas estão configuradas
para permitir a escrita e a leitura para todos os usuários” portanto não há
arquivos, mas pastas.
Alternativa A: INCORRETA. Casa Nova é uma pasta, e não um arquivo.
Alternativa B: INCORRETA. Ao excluir a pasta Downloads, todas as subpastas
são excluídas automaticamente já que o Windows não estabelece condições para
a exclusão de pastas.
Alternativa C: CORRETA. Como a pasta Casa Nova encontra-se localizada dentro
da pasta Projetos, sua exclusão acarretará a exclusão de suas subpastas.
Alternativa D: INCORRETA. O arquivo pode ser recortado e colado na pasta
Aulas pois ambas se encontram na pasta Downloads.
Alternativa E: INCORRETA. Ambas são pastas e não arquivos.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
▶ resposta: E
A. Disk Array.
B. Sata Disk
C. SSD Disk
D. Disk Storage
E. Disk Sort
grau de dificuldade:
A. Solaris
B. HP-UX
C. Linux
D. Redhat
E. Android
grau de dificuldade:
resolução:
O Android baseia-se no Linux e não no Unix. Todos os demais sistemas baseiam-
se no Unix, exceto o Redhat, que é um sistema de distribuição Linux baseado em
Unix. Ele diferencia-se, pois é um sistema multiutilizador, ou seja, vários usuários
podem usar o mesmo computador por meio de terminais, compostos por um
monitor, um mouse e um teclado.
▶ resposta: E
A. 35
B. 18
C. 7
D. 17,5
E. 37
grau de dificuldade:
resolução:
A função PAR arredonda o número 35 para o par inteiro mais próximo, neste
caso, 36. Em seguida, divide o valor por 2, resultando em 18.
▶ resposta: B
A. Tachado
B. Subscrito
C. Itálico
D. Sobrescrito
E. Negrito
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
▶ resposta: D
39 (UFES – Univ. Fed. do Espírito Santo - 2018) Observe a planilha abaixo, criada
com a finalidade de computar o número de alunos aprovados e de calcular a
média das notas por eles obtidas. Os alunos aprovados são aqueles que
obtiveram média igual ou superior a 7.
grau de dificuldade:
resolução:
Essa alternativa está correta, pois é necessária uma contagem se os alunos
obtiverem mais de 7 pontos e o cálculo da média é obtido através da soma de
seus pontos divididos pelo número de aprovados. Portanto, as fórmulas
utilizadas são CONTSE e SOMASE.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
A primeira afirmativa está correta, pois a placa-mãe recebe esse nome devido à
sua função, onde atua interligando os mais diversos componentes do
computador, fazendo-o funcionar. A segunda afirmativa é igualmente correta, e
podemos levar em conta a tradução do seu nome, “Central da Unidade de
Processamento”. A afirmativa incorreta é a terceira, já que a memória RAM é uma
memória volátil, perdendo todas as informações que não são salvas. A quarta
afirmativa é igualmente correta já que a placa de vídeo é responsável pela
interface gráfica do computador. A quinta afirmativa é correta pois através do
monitor o usuário pode interagir com a máquina, através das imagens ali
exibidas.
▶ resposta: C
41 (CONSULPAM - Prefeitura de Quadra-SP - 2019) No MS Excel 2013 a Caixa de
Nome, conforme representado na imagem é onde podemos:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está incorreta, pois a função da fonte de alimentação é
transformar a corrente alternada em corrente contínua (AC).
▶ resposta: D
A. Link
B. Plugin
C. Plug and play
D. Processador
E. Browser
grau de dificuldade:
I. Pressione Control + S
II. Clique no botão Salvar na barra de ferramenta principal.
III. Escolha Editar à Salvar
A. I e II apenas.
B. I e III, apenas.
C. I apenas
D. II e III apenas
E. I, II e III.
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está correta pois a combinação de teclas de atalho Ctrl+S tem como
função salvar o documento. A assertiva II está correta pois através da barra de
principal acessamos o botão de Salvar. A assertiva III está incorreta pois opção de
salvar não depende da opção de editar, como está escrito na afirmação III.
▶ resposta: A
A. Furto de identidade
B. Phishing.
C. Fraude de antecipação de recursos
D. Pharming.
grau de dificuldade:
A. I e II, apenas.
B. I e III, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está correta pois através da combinação de teclas Ctrl+O é possível
criar um novo documento no Word. A assertiva II está incorreta pois ao fechar o
documento o Word abre uma janela onde pergunta se o usuário deseja ou não
salvar as alterações. A assertiva III está correta pois através das teclas de atalho
Ctrl+A pode-se abrir documentos.
▶ resposta: B
A. Formatar células
B. Inserir colunas
C. Renomear a planilha
D. Usar AutoFiltro
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa C está correta, pois apenas a opção “renomear planilha” está
disponível durante a proteção de uma planilha.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está correta, pois o congelamento contempla todas as células
anteriores à selecionada.
▶ resposta: D
A. Driver de hardware.
B. Problemas em softwares.
C. Driver de Software
D. Vírus
grau de dificuldade:
resolução:
Como trata-se de um travamento do sistema operacional, as causas relacionadas
normalmente se relacionam à configurações relacionadas a softwares e
hardware, sobrecarga e problemas relacionados à segurança, tais como vírus,
trojan e spywares. É importante mencionar que existem drivers apenas para
hardware, já que trata-se de um controlador de dispositivo.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
Modos de exibição no Word são os modos disponíveis para visualização do
usuário do texto redigido no Word. Através deles o usuário pode visualizar o
resultado final de um texto impresso ou a web, por exemplo.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa está correta, pois o Slide Mestre permite armazenar todas as
informações referentes à formatação do slide, aplicando-o em todas as
apresentações.
▶ resposta: C
A. Bloqueador de pop-ups.
B. Destravador de senhas.
C. Tecla de refúgio.
D. Navegação anônima.
E. Caixas móveis.
grau de dificuldade:
A. Entretenimento.
B. Turismo.
C. Atividades governamentais.
D. Grupos de televisão.
E. Apostas online.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está incorreta e a assertiva IV está correta, pois o sistema possui um
assistente de configuração da rede possibilitando assim o acesso do usuário à
rede sem fio. A assertiva II está correta pois o uso de internet e concentradores
de rede não é obrigatório para redes ponto a ponto. A assertiva III está correta
pois apenas usuários com conta e senha podem acessar pastas compartilhadas.
▶ resposta: E
55 (IBADE - IABAS – 2019) O Word permite a criação de tabelas compostas por
linhas e colunas que formam as células. A criação de uma tabela é possível
através da seguinte opção da Barra de Ferramentas:
A. Exibição
B. Referências
C. Layout da página
D. Inserir
E. Correspondências
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está correta, pois apenas a opção Inserir permite a criação de
tabelas e colunas.
▶ resposta: D
A. 46
B. 28
C. 26
D. 52
E. 38
grau de dificuldade:
resolução:
Essa alternativa está correta, pois o valor do resultado é 46, já que a formula é
(10+8*12)/2-7
▶ resposta: A
A. Design
B. Animações
C. Inserir
D. Exibição
E. Apresentação de Slides
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa A está incorreta pois a guia Design permite ao usuário alterar
configurações relacionadas às cores e fontes do tema, relacionando-se assim à
configuração dos slides. A alternativa B está incorreta pois a guia Animações
refere-se às configurações de animações dos slides permitindo ao usuário
configurar as animações nos slides como efeitos e durações dos mesmos. A
alternativa C está correta pois através da guia Inserir o usuário pode inserir não
somente elementos gráficos e tabelas, mas também mídias como vídeo e música.
A alternativa D está incorreta pois a guia Exibição é responsável pelo tipo de
Exibição bem como as configurações do Slide Mestre. A alternativa E está
incorreta pois a guia Apresentação de Slides permite que o usuário configure sua
apresentação ou até mesmo a grave.
▶ resposta: C
A. Windows Server
B. Solaris
C. Linux
D. Microsoft Office
E. Android
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está correta, pois o Microsoft Office não é um sistema
operacional, na verdade, trata-se de uma suíte de aplicativos voltados para o
ambiente de escritório, facilitando e automatizando rotinas diárias.
▶ resposta: D
A. Modelo da CPU
B. Roteador
C. Interface
D. Linguagem de Programação
E. Endereço de Rede
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa E está correta, pois o IP é um endereço de rede, representado por
um número, responsável pela identificação de um computador na rede. Através
dele é possível identificar a interface de hospedeiro ou de servidor bem como o
endereçamento de localização.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
resolução:
Macros são comandos que permitem executar uma série de ações através de um
único comando. Essa opção poderá ser configurada não somente para o
documento em questão, mas para todos os documentos do Word. Dessa forma o
usuário reduz o tempo em que executava determinada tarefa através de um
único clique.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
Alternativa A: CORRETA. Esta alternativa está correta, pois o recurso Nova Janela
Anônima não salvará suas informações.
Alternativa B: INCORRETA. Não existe o Google Chrome Pro, pois o Chrome é
um navegador gratuito fornecido pelo Google.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Essas alternativas estão incorretas, pois não
contemplam o recurso Nova Janela Anônima.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
resolução:
A função PGTO é responsável por calcular o pagamento de empréstimo tendo
como constantes os pagamentos e as taxas de juros, obedecendo a seguinte
sintaxe PGTO(taxa, nper, vp, [vf], [tipo]) sendo:
A. 880
B. 990
C. 1210
D. 1320
grau de dificuldade:
resolução:
A fórmula SE obedece à seguinte sintaxe: SE(condição, valor se verdadeiro, valor
se falso). Sendo assim, 1100 não é menor que 1000, retornando o valor de 1100
multiplicado por 1,2, o que totaliza 1320.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
A. Roteador e switch.
B. Protocolo e roteador.
C. Switch e TCP/IP.
D. TCP/IP e Internet.
grau de dificuldade:
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois extensões de
arquivos devem ter 3 ou mais caracteres (xls, pdf, docx).
Alternativa B: CORRETA. A alternativa B está correta, pois obedece as regras
para tornar o nome de um arquivo válido, além de letras minúsculas e números,
também permite o uso de hífen e underline.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois pastas não
possuem extensões.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois arquivos não
permitem caracteres como “/”, entre vários outros.
▶ resposta: B
A. Impress e Writer.
B. Calc e Writer.
C. Writer e Impress.
D. Impress e Calc.
E. Calc e Impress.
grau de dificuldade:
resolução:
Por padrão a extensão .ODS pertence ao programa Calc, ou seja um arquivo de
planilha como o .XLS no Excel. A extensão .ODT pertence ao programa Writer
sendo um arquivo de texto. Já as extensões dos arquivos Impress são .ODP e
.OTP.
▶ resposta: B
A. Ctrl+Shift+N.
B. Ctrl+Alt+N.
C. Ctrl+Shift+F5.
D. F5.
E. Ctrl+Shift+F12.
grau de dificuldade:
A. Arquivo.
B. Inserir.
C. Ferramentas.
D. Formatar.
E. Editar.
grau de dificuldade:
▶ resposta: E
A. =B1+$C1+D1
B. =B2+$D2+E3
C. =C2+$C4+E6
D. =E2+$C5+D9
E. =C2+$C2+E2
grau de dificuldade:
dica do autor:
Lembre-se que quando o cifrão antecede uma linha ou coluna, a mesma é
bloqueada e não se altera.
resolução:
Ao passar a fórmula para a célula B5, devemos considerar que, em cada célula
que não está bloqueada, haverá a adição de uma célula para baixo e para o lado,
já que B5 está uma coluna e uma linha abaixo de A4. Como $C está bloqueado,
no segundo elemento da fórmula acrescenta-se a linha, mas não a coluna.
▶ resposta: E
A. V, V, V
B. V, F, V
C. V, F, F
D. F, V, V
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está correta pois o formato PDF é extremamente útil, destacando-se
por manter a formatação original dos arquivos. A assertiva II está incorreta, já
que o formato DOCx é mais eficiente e bem diferente da extensão DOC. Ele é
baseado no formato Extensible Markup Language, o que permite que seja aberto
em outros programas de Open Office. A assertiva III está correta pois ambos os
formatos, TXT e HTML não registram formatação.
▶ resposta: B
A. =(A1+A3)/CONT.NÚM(B1:B3)
B. =(A1+A3)/CONT.SE(B1:B3;”<>”&””)
C. =(A1+A2+A3)/CONT.NÚM(B1;B2;B3)
D. =(A1+A2+A3)/3
grau de dificuldade:
A. V, V, F, V, F
B. V, F, V, F, V
C. V, V, V, V, F
D. V, F, F, F, V
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está correta, pois a primeira e quinta afirmativas representam a
função da rede Tor. Em relação à segunda afirmativa, não é possível acessar sites
.onion de browsers comuns, apenas através do Tor Browser. Em relação à terceira
afirmativa, a rede Tor foi criada para proteger em relação à privacidade e
censura. Já em relação à quarta afirmativa, o único exposto ao risco é quem
acessa, já que sites HTTP não são protegidos por criptografia.
▶ resposta: D
77 (IBFC – Minas Gerais Adm e Serviços - 2018) A tecla de atalho para a inclusão
de hiperlink é utilizada nos mais variados aplicativos e em diferentes sistemas
operacionais. Assinale a alternativa que contém a sequência de teclas de atalho
utilizada nos aplicativos mais populares, entre eles, Microsoft Office, LibreOffice e
o Google Suite.
A. Ctrl + L
B. Ctrl + k
C. Ctrl + link
D. Ctrl + F5
grau de dificuldade:
A. Rootkit
B. Backdoor
C. Adware
D. Vírus
E. Worms
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a data não influi
na validação do certificado.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa B está correta, pois é contemplada pela
criptografia e segurança da informação na internet.
Alternativa C: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois se associa a uma
chave pública.
Alternativa D: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois chaves atuam na
encriptação e autenticação.
Alternativa E: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a criptografia
tem sido utilizada para propiciar mais segurança entre os dados trocados.
▶ resposta: B
grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa D está correta, pois o ícone apresentado equivale à ação de copiar
os itens selecionados para a área de transferência. Para facilitar a memorização
podemos relembrar a forma como são representados outros ícones como
recortar através da tesoura e colar através da prancheta.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
A. Função SEC.
B. Função BASE.
C. Função DECIMAL.
D. Função COMBINAR.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
▶ resposta: C
A. 1, 5, 4, 2, 3.
B. 4, 5, 1, 2, 3.
C. 4, 2, 1, 5, 3.
D. 1, 4, 2, 5, 3.
grau de dificuldade:
resolução:
Detalharei em seguida como podemos visualizar na prática cada uma das opções
pedidas pelo enunciado.
▶ resposta: B
A. I.
B. II.
C. III.
D. II e III.
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está incorreta pois o assistente para criação de tabelas dinâmicas
está localizado na aba INSERIR e em seguida TABELA DINÂMICA.
A assertiva II está incorreta pois o recurso para proteger uma planilha está
disponível no momento de salvamento da mesma na seção FERRAMENTAS.
A assertiva III está correta pois na aba INSERIR ainda podemos adicionar tabelas
dinâmicas, gráficos e símbolos.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa é incorreta porque é formada pela
junção das alternativas A e B e ambas apresentam-se como incorretas.
▶ resposta: C
A. V, V, F, F.
B. V, F, V, F.
C. F, V, V, F.
D. F, F, V, V.
grau de dificuldade:
resolução:
Na primeira assertiva, usamos a fórmula MÉDIASE para ter a média aritmética do
intervalo B4:D4 apenas incluindo as células com valores maiores que 1000
resultando em 1700.
Na segunda assertiva temos a operação ((C3-B3)/7) em conjunto com a fórmula
ARRED para arredondar em 2 casas decimais resultando no valor 42,86.
Na terceira assertiva temos a fórmula SE para verificar se a operação (B4+C4) é
menor que B2, como é positivo retornamos o valor de B5 elevado a 2 com a
fórmula POTÊNCIA.
Na quarta e última assertiva, verificamos se B3 é maior que C3 resultando em
uma negação, com o uso da fórmula NÃO invertemos o resultado e ao usar a
fórmula SE temos o valor “SIM”.
▶ resposta: C
A. Consolidar.
B. Teste de hipóteses.
C. Validação de dados.
D. Remover duplicatas.
E. Consistência de funções.
grau de dificuldade:
resolução:
O recurso de consistência de funções não existe no Excel, logo, também não se
encontra na Ferramentas de Dados.
▶ resposta: E
A. Cartas.
B. Etiquetas.
C. Envelopes.
D. Memorandos.
E. Mensagens de E-mail.
grau de dificuldade:
resolução:
A funcionalidade Mala Direta permite produzir modelos de comunicação em
massa com mais eficiência, oferecendo como possibilidades a criação de cartas,
e-mails, envelopes e etiquetas, enquanto memorando é um modelo de
documento que pode ser criado a partir de Word.
▶ resposta: D
A. I.
B. II.
C. III.
D. I e II.
E. II e III.
grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está incorreta pois o recurso Objeto não faz parte do grupo
Símbolos, e sim do grupo Texto. A assertiva II está incorreta pois o recurso
Atualizar sumário está no grupo Sumário. A assertiva III está correta pois o
recurso Contar palavras está de fato no grupo Revisão de Texto da guia Revisão.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
91 (IBFC - EBSERH - 2017) Dada a figura abaixo, onde foi capturada a tela do
editor de texto do LibreOffice, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao
texto selecionado e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
cima para baixo:
[ ] A fonte utilizada é Liberation Serif, tamanho 12.
[ ] O nome do arquivo é Teste de Escrita.odt
[ ] O texto selecionado foi alinhado à esquerda.
A. V - V - V
B. V - V - F
C. V - F - V
D. F - F - V
E. F - F - F
grau de dificuldade:
resolução:
A. 2 TB.
B. 512 GB.
C. 1 KB.
D. 1024 MB.
E. 256 B.
grau de dificuldade:
dica do autor:
As questões que tratam sobre unidade de capacidade de armazenamento tentam
confundir o candidato ao colocar a maior unidade de grandeza associada, na
maior parte das vezes, ao menor valor numérico. O candidato precisa estar
atento para não se deixar levar por números “grandes” associados a unidades de
grandeza de valor pequeno.
Alternativa A: CORRETA. É alternativa correta por apresentar o valor de 2
terabytes, sendo essa a maior unidade de capacidade de armazenamento
presente na lista. Acima dessa unidade de grandeza existe o petabyte (não
presente na lista).
Alternativa B: INCORRETA. A unidade de gigabyte está logo abaixo da unidade
de terabytes na ordem de grandeza das unidades de armazenamento. 1024
gigabytes formam 1 terabyte.
Alternativa C: INCORRETA. O kilobyte ou KB apresenta-se como a 2ª menor
unidade de medida de capacidade, aparecendo após a unidade do byte (B).
Alternativa D: INCORRETA. O megabyte é a 3ª menor unidade de presente na
lista, vindo logo após a unidade de kilobyte. 1024 megabytes formam 1 gigabyte.
Alternativa E: INCORRETA. O byte é a menor unidade de capacidade de
armazenamento. 1024 bytes formam 1 megabyte.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. Cache.
B. RAM.
C. USB.
D. Disco rígido.
grau de dificuldade:
A. Pendrive.
B. Disco rígido.
C. Disquete.
D. CD.
grau de dificuldade:
dica do autor:
A memória ROM é o tipo de memória que permite apenas a leitura de dados.
Alternativa A: INCORRETA. Pendrives são dispositivos de armazenamento
regraváveis, isto é, permitem a sobrescrita de conteúdo, portanto, a alternativa
não apresenta exemplo de memória ROM.
Alternativa B: INCORRETA. É muito comum transferir, deletar ou gravar novos
arquivos no HD (disco rígido), portanto, não se mostra um exemplo de memória
ROM.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de hoje estarem em desuso, os disquetes já
foram a única mídia regravável existente, portanto, essa alternativa não é a
correta.
Alternativa D: CORRETA. A alternativa, por não especificar como CD-RW
(ReWritable), indicando, portanto, um dispositivo de armazenamento não
regravável.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
dica do autor:
Em questões como essa, se o candidato consegue ter certeza de uma afirmação,
ele deve eliminar todas as alternativas que não apresentam a mesma.
resolução:
A assertiva I está correta já que processadores tem sua potência medida através
da unidade Hertz, sendo que 1 GHz equivale a 1 bilhão de Hertz. A assertiva II
está correta e seu nome popularizou-se através dos smartphones com teclado
QWERTY. A assertiva III está correta pois através do monitor o usuário pode
interagir com o computador utilizando sua interface gráfica, todavia, ao estar
dotado de uma tecnologia touchscreen ele passa a ser um dispositivo de entrada
já que permite ao usuário a interação diretamente na tela. A assertiva IV está
correta pois dispositivos de saída permitem que o usuário apenas possa obter o
resultado de um trabalho feito no computador, sendo assim, a impressora é um
dispositivo de saída já que nos permite obter um texto redigido no computador;
por outro lado, um scanner é um dispositivo de entrada pois através dele as
imagens podem ser digitalizadas para serem editadas no computador
▶ resposta: A
A. Mouse e teclado.
B. Monitor e impressora matricial.
C. Microfone e caixa de som.
D. Teclado e leitor de digitais.
E. Touchpad e teclado.
grau de dificuldade:
▶ resposta: C
C - RAM
A. A1 - B1 - C2
B. A1 - B2 - C1
C. A2 - B2 - C1
D. A2 - B1 - C2
grau de dificuldade:
dica do autor:
Dispositivos de Hardware são os componentes físicos de um computador, já o
Software é um aplicativo armazenado dentro do computador cuja função é
executar funções auxiliando e automatizando tarefas.
(A) ROM - A memória ROM é um dispositivo físico que permite a leitura dos
dados nela inserido, portanto é um hardware.
(B) BIOS - A BIOS é um firmware utilizado para inicializar o hardware, sendo na
verdade o primeiro software a ser executado na máquina.
(C) RAM – A memória RAM é um tipo de memória específica utilizada como
memória primária sendo um item de hardware indispensável nos computadores
pessoais.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
Resumo Prático
Breve História da Informática
Hardware
Tipos de Computador
Computadores Mainframe: classificados abaixo dos supercomputadores
suportam centenas ou milhares de usuários simultaneamente. São usados por
governos e grandes organizações para processar dados em massa,
processamento de transações etc.
Minicomputadores: na verdade, minicomputadores são computadores
capazes de suportar 4 a 200 usuários. Atualmente esse termo caiu em desuso e
mesclou-se com o termo ‘servidores’.
Microcomputadores ou Computadores Pessoais: são computadores
utilizados por um usuário de cada vez. O nome microcomputador refere-se ao
microprocessador capaz de processar dados e códigos de instrução. São
divididos em desktop e laptop.
Dispositivos do Computador
Drive óptico (blu-ray, DVD, CD, etc.): permite que uma mídia óptica possa ser lida
e reproduza seus arquivos no computador.
Figura 4: HDD
Figura 5: SSD
Placa de Rede: tem como função preparar, controlar e enviar os dados da rede6.
Conectores: responsáveis pela conexão dos dispositivos de entrada e saída aos
computadores através de cabos.
Dispositivos de Entrada
Mouse: peça deslizante que serve para executar comandos através da interface
gráfica. É através dele que a seta se mexe e pode-se interagir com os aplicativos.
Pode ser mecânico, onde há a presença de uma track ball, ou óptico, usando um
feixe de luz. Nos computadores portáteis, a mesma funcionalidade é obtida
através do touchpad, que utiliza a pressão e a posição do toque para executar os
mesmos comandos executados pelo mouse.
Disquete: também chamados de floppy disks, são uma versão menor de disco
rígido, com capacidade de armazenamento de 1,4 MB, aproximadamente. Devido
à baixa capacidade de armazenamento, foram substituídos pelo pendrive
(conectado através de portas USB), CD, DVD-ROM, Blu-Ray e HDs externos.
Mesa gráfica: através de uma mesa que utiliza uma caneta especial, o usuário
pode escrever ou desenhar, fazendo melhor uso de programas gráficos.
Caneta óptica: através de uma caneta óptica os dados são captados e inseridos
no computador.
Microfone: conversor de som em sinais elétricos que permite que o áudio seja
gravado, armazenado ou mesmo usado para conferências, chamadas e
atualmente como comandos para assistentes virtuais, como a Cortana do
Microsoft Windows.
Dispositivos de Saída
Monitor: periférico que exibe os dados através de uma tela, permitindo que o
usuário possa controlar o funcionamento do computador e os dados inseridos
visualmente.
Caixas de som: caixa construída com alto falantes para reprodução de som.
Dispositivos híbridos
Tipos de redes
Quando falamos em rede, a primeira palavra que pensamos é internet, mas
na verdade a internet não é a única rede de computadores existentes. A primeira
rede de computadores existente foi a LAN, ou, em português, rede de área local.
A conexão entre os computadores era feita então através de aparelhos switch,
que permitiam que mensagens e arquivos fossem trocados entre os
computadores dessa rede. Dessa rede surgiu então o nome Lan Houses.
Outro tipo de rede interna é a Intranet. Utilizada frequentemente por
empresas e corporações, necessita de usuário e senha para ser acessada. A
diferença para a LAN é que estará conectada à internet não necessitando a
ligação entre cabos. Assim, através da internet, o usuário com seu login e senha
acessa a rede intranet da empresa, ainda que à distância.
Por sua vez, temos a Extranet, que é uma rede aberta a colaboradores. Esses
colaboradores utilizam a rede para efetuar pagamentos, fazer pedidos e partilhar
um acesso comum. Sendo assim, a Extranet é a rede que permite que
determinados colaboradores tenham acesso à mesma rede, usufruindo de suas
funcionalidades. A diferença entre Intranet e Extranet baseia-se no fato de que na
Extranet há vários gerentes da rede enquanto na Intranet apenas a empresa que
a coordena.
Finalmente, temos a tão conhecida Internet. A internet surgiu para suprir a
ausência de ações de espionagem, tendo em vista que Estados Unidos e
Inglaterra tomaram conhecimento do grande poder bélico da Rússia. Com o
lançamento do satélite Sputnik, dizia-se que ele iria emitir sinais audíveis a todos
que tivessem um rádio receptor. Por isso, em 1957, foi criada a ARPA (Advanced
Research Project Agency), que, com a criação da NASA, agência espacial dos
Estados Unidos, perdeu a razão de sua existência. Porém, após receber um
computador IBM – Q32, a instituição passou a redirecionar sua pesquisa para a
área da informática. Dessa forma, em decorrência da necessidade de
comunicação devido à grande quantidade de dados, surgiu uma nova rede de
comunicação de dados, a NET18.
Em 1969, surge uma rede que utilizava a rede telefônica e um sistema de
aluguel de circuitos para interligar quatro universidades americanas. Essa rede
chamava-se ARPANET. No ano de 1972, esses quatro nós tornaram-se 30,
originando a primeira comunidade virtual. Depois, várias outras redes surgiram
nos Estados Unidos e países europeus, fazendo amplo uso de e-mails e fóruns
online18.
Por essa razão, surgiu a ideia da criação da International Network – uma rede
internacional – e da Interconnected Networks – uma conexão de redes regionais e
nacionais que não se comunicavam entre si, vindo daí o nome Internet. Entre
1973 e 1978, surgiu o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet
Protocol) substituindo o NCP em 1983. Porém, só em 1987 nasceria a internet,
após uma demonstração do protocolo TCP/IP. Então, em 1990, a ARPANET é
desfeita, logo sendo substituída pela NSF (National Science Foundation), tornando-
se a NSFNET, a Internet que conhecemos.
No Brasil, a internet chega em 1988, antes mesmo da criação do WWW. A
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Laboratório
Nacional de Computação Científica (LNCC) utilizavam a Bitnet para se conectar
com a Universidade de Maryland. Essa tecnologia permitia a troca de arquivos
em texto (e-mails). Um ano depois, nasce o projeto Rede Nacional de Pesquisa
(RNP), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), que buscava disseminar o uso de redes no país. Após anos
interligadas pela Bitnet, em 1995 várias empresas de telecomunicação começam
a pressionar para tornar a internet um negócio lucrativo. Só então surge o uso
comercial da internet.
Os nossos computadores estão conectados através de uma rede local ao
provedor de internet, ligando-se a redes metropolitanas e nacionais. A rede
backbone é a responsável por levar as informações de níveis mais baixos aos mais
altos, dando início à função de levar a informação até seu destino final18.
Software
kibibyte
KiB 210 quilobyte KB 103
(quilobyte)
mebibyte
MiB 220 megabyte MB 106
(megabyte)
gibibyte
GiB 230 gigabyte GB 109
(gigabyte)
tebibyte
TiB 240 terabyte TB 1012
(terabyte)
pebibyte
PiB 250 petabyte PB 1015
(petabyte)
exbibyte
(exabyte)
EiB 260 exabyte EB 1018
zebibyte
(zettabyte)
ZiB 270 zettabyte ZB 1021
yobibyte
(yottabyte)
YiB 280 yottabyte YB 1024
Sistemas Operacionais
O sistema operacional é um programa capaz de gerenciar os recursos do
sistema. Através dele, o usuário tem uma interface onde pode observar os dados
captados pelos dispositivos de entrada e verificar os resultados que serão obtidos
nos dispositivos de saída. Dessa forma, o sistema operacional passa a ser a
interface entre o computador e o usuário. Ainda que pareça ser executado
imediatamente, os computadores de hoje executam outro programa
armazenado em uma memória não volátil ROM, chamada BIOS, em um processo
autossustentável, ou seja, capaz de sustentar-se sem depender de outros
processos. Após iniciar testes e componentes da máquina, o BIOS efetua uma
busca pelo sistema operacional em uma unidade de armazenamento e só então
o sistema operacional assume controle da máquina. A partir daí, reveza sua
execução com a de vários outros programas controlando e organizando o
processo computacional.
Entre os mais conhecidos tipos de sistemas operacionais podemos falar sobre
o Windows, o Linux e o macOS8.
Microsoft Windows (ou simplesmente Windows) é um sistema operacional
desenvolvido pela Microsoft constituído por diversas famílias, onde cada um
atende a um setor específico da indústria e normalmente é associado com
arquitetura IBM PC compatível. Entre as famílias em atividade do Windows temos
Windows NT, Windows Embedded e Windows Phone. Eles podem abranger
subfamílias, como o Windows CE ou o Windows Server10.
O Linux refere-se a sistemas operacionais que usam o Kernel Linux. Seu
código-fonte é disponibilizado pela licença GPL para qualquer pessoa que tenha
interesse em utilizar, estudar, modificar e distribuir o programa do sistema
operacional. O Linux tornou-se um dos exemplos mais importantes na
colaboração do software livre e de código aberto. Ele pode ser encontrado sobre
o nome Linux tanto para um computador quanto servidor. Entre as distribuições
mais populares temos Arch Linux, CentOS, Debian, Fedora Linux, Linux Mint,
openSUSE, Ubuntu.
macOS é um sistema operacional desenvolvido pela Apple baseado no Kernel
Unix e destinado unicamente aos computadores Mac. A última versão do OS X
possui certificação UNIX. Até a versão 10.8 (Mountain Lion) chamava-se Mac OS X,
e entre esta versão e a versão 10.11 (El Capitan) chamava-se OS X9.
Unix é um sistema operacional portável, multitarefa e multiusuário criado
originalmente por Ken Thompson e Dennis Ritchie, entre outros, que
trabalhavam nos Laboratórios Bell da AT&T. Uma característica muito importante
do Unix é ser multiusuário. Um sistema multiusuário é muitas vezes definido
como um sistema capaz de executar de maneira independente várias explicações
pertencentes a dois ou mais usuários. É justamente isso que ocorre no Unix,
vários usuários podem estar conectados no mesmo computador com o sistema
Unix usando um terminal composto de um monitor, um teclado e eventualmente
o mouse11.
Backups
Arquivo Extensão
O LibreOffice é um conjunto de aplicativos para escritório similar ao Microsoft
Office. Através do uso do formato OpenDocument (ODF), homologado pelo
ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300, é compatível com os formatos do Microsoft
Office, além de diversos outros formatos. Alguns deles não são suportados nas
versões mais recentes do Office, mas ainda podem ser abertos no LibreOffice. O
LibreOffice é uma ramificação do projeto original OpenOffice.org. Seu código-
fonte foi liberado para que diversos participantes dessem sua contribuição em
seu desenvolvimento. Dessa forma, surgiu uma alternativa barata e de boa
qualidade.
Assim como o Office, oferece todas as funções esperadas desse conjunto de
aplicativos, como editor de textos, planilha, editor de fórmulas científicas, editor
de apresentações, editor de desenhos e banco de dados, permitindo que seus
dados sejam exportados para PDF.
Teclas de Atalho
Como vimos, temos várias questões relativas às teclas de atalho não somente
nos aplicativos de escritório, mas também ao Windows. Abaixo, estão elencadas
várias teclas de atalho utilizadas.
Atalhos Excel
1. F2: O cursor fica ativo para edição do conteúdo que está dentro da
célula
2. Alt+Enter: Iniciar uma nova linha dentro da mesma célula
3. Enter: Muda para a célula abaixo. Com várias células selecionadas, move
a seleção somente dentro da seleção atual.
4. Shift+Enter: Move a seleção para a célula de cima
5. Tab/Shift + Tab: Move a seleção da célula para direita e esquerda
6. ESC: Cancela a edição de dentro da célula
7. Ctrl + ; (dois pontos): Insere a data atual na célula
8. Crtl + Shift + ; (dois pontos): Insere a hora atual na célula
9. Crtl+T: Seleciona todas as células
Formatar números
1. =: Iniciar fórmula
2. Alt + =: Insere Fórmula SOMA
3. Shift + F3: Mostra caixa de opções para inserção de fórmulas
4. F4: Fixa linhas e colunas na fórmula
5. Ctrl + Shift + U: Expande a barra de fórmulas
6. Ctrl + F3: Define nome ou diálogo
7. Ctrl + Shift + F3: Cria nomes a partir da seleção
Segurança da Informação
Embora a internet permita uma série de vantagens e a soluções de vários
problemas como ir ao banco pagar contas agendar consultas e outras tarefas
cotidianas, o ambiente virtual também apresenta perigos. Entre as ameaças
conhecidas na internet, temos cinco grupos principais. São eles golpes na
internet, ataques na internet, códigos maliciosos (malware), spam e outros riscos.
Atualmente, os golpes mais conhecidos são aplicados contra pessoas físicas.
Normalmente, os golpistas aproveitam-se da boa-fé das pessoas através de
discursos elaborados, persuadindo as vítimas a fornecerem seus dados. Na
internet, são considerados dados sensíveis os números de documentos e eles
podem ser obtidos através de ações como códigos maliciosos ou acesso a
páginas falsas.
Outra forma conhecida são os ataques na internet, efetuados contra
empresas e obtendo os dados necessários através dos sites. Ataques podem ser
feitos explorando vulnerabilidades. Através da execução de ações maliciosas, o
invasor pode tornar o site inacessível e colher todas as informações. De forma
semelhante, também existe a varredura de redes. Os Invasores efetuam buscas
em computadores ativos e coletam as informações. Através das informações
colhidas, descobrem as vulnerabilidades presentes no sistema dos usuários. A
falsificação de meios é sem dúvida a mais conhecida. Através dela, o invasor
obtém os dados da vítima, já que, devido à alteração de campos de e-mail, a
vítima acredita ter recebido o e-mail de um remetente conhecido. Outra forma é
através da interceptação de tráfego. Através de conexões inseguras, o atacante
intercepta dados sensíveis. Uma forma simples é através da desfiguração de uma
página web e permite que os dados inseridos sejam enviados diretamente para
ele. Através da técnica de negação de serviço, conhecida como ataques DDoS, o
atacante indisponibiliza um serviço, o que pode ser feito através de uma geração
de grande tráfego, exploração de vulnerabilidades ou envio em massa de
requisições para um único serviço. Por último, temos a força bruta, que consiste
em adivinhar através de tentativa e erro o nome de usuário e sua senha, obtendo
acesso a sites e computadores.
Há temos códigos maliciosos São programas desenvolvidos para causar ou
executar atividades maliciosas em um computador e divididos em vírus, worms,
bot e botnet, spyware, backdoor, cavalo de troia (trojan) e rootkits. São, sem sombra
de dúvida, a ameaça mais conhecida na internet. O vírus é um programa ou a
parte de um programa que propaga-se pelo PC, inserindo cópias e tornando-se
parte de outros programas ou arquivos propagados por e-mail através de
arquivos de script, páginas web ou escritos em formato HTML, infectando
arquivos que utilizam esse tipo de linguagem e até mesmo telefones celulares
recebidos por Bluetooth ou mensagens. Diferenciam-se dos worms, pois este se
propaga pelas redes enviando cópias de si mesmo de um computador para outro
e suas cópias são executadas e exploram vulnerabilidades na rede.
Normalmente, identificam computadores alvo, para então enviar e ativar cópias,
reiniciando novamente em cada computador afetado. O bot tem mecanismos de
comunicação. Dessa forma, o invasor pode executar tarefas de maneira remota.
Sua propagação é semelhante ao worm, enviando spam, tornando o computador
um zumbi. A botnet é uma rede de computadores infectadas por um bot.
Spywares são programas espiões e podem ser keyloggers, que armazenam e
capturam as teclas digitadas, screenloggers, que armazenam a posição do
controle da tela no momento que o mouse clicado, ou adwares, usados para
exibir propagandas.
O trojan é apenas o que vimos na lenda do Cavalo de Troia: parece ser um
programa inofensivo que executará outras funções sem que o usuário saiba. Ele
pode ser downloader (instala diversos códigos maliciosos obtidos em sites na
internet), dropper (instala outros diversos códigos incluídos no próprio trojan),
backdoor (fornece o acesso remoto ao computador), DoS (instala ferramentas de
negação de serviço e utiliza-as para ataques), destrutivo (altera e apaga arquivos,
possibilitando até formatar o computador), clicker (redireciona a navegação do
usuário para outro lugar), proxy (instala um servidor de proxy usando o
computador para navegação anônima e envio de spam para outros), spy (instala
spywares) e banker (coleta diversos dados bancários através da instalação de
spywares).
O backdoor é como a porta dos fundos, um programa capaz de permitir que
um invasor possa voltar a utilizar o computador de maneira remota. Fabricantes
de alguns programas incluem backdoors dizendo ter necessidades
administrativas, o que provoca uma série de ameaças à segurança do
computador. Já um rootkit é um conjunto de técnicas e programas. Com ele, a
presença do invasor será assegurada e escondida, comprometendo o
computador.
Como é obtido:
Recebido pela
rede de modo ✔ ✔
automático
Recebido por e-
mail
✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Baixado de sites
na internet
✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit
Por arquivos
compartilhados
✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Uso de mídias
removíveis ✔ ✔ ✔ ✔ ✔
infectadas
Redes sociais ✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Mensagens
instantâneas
✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Inserido por um
invasor
✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Ação de outro
código malicioso
✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔
Execução de um
arquivo infectado
✔
Execução explícita
do código ✔ ✔ ✔ ✔
malicioso
Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit
Via execução de
outro código ✔ ✔
malicioso
Exploração de
vulnerabilidades
✔ ✔ ✔ ✔
Como se propaga:
Insere cópia de si
próprio em ✔
arquivos
Envia cópia de si
próprio
automaticamente
✔ ✔
pela rede
Envia cópia de si
próprio
automaticamente
✔ ✔
por e-mail
Não se propaga ✔ ✔ ✔ ✔
Altera e/ou
remove arquivos
✔ ✔ ✔
Consome grande
quantidade de ✔ ✔
recursos
Furta informações
sensíveis
✔ ✔ ✔
Instala outros
códigos maliciosos
✔ ✔ ✔ ✔
Possibilita o
retorno do invasor
✔ ✔
Envia spam e
phishing
✔
Desfere ataques
na internet
✔ ✔
Procura se manter
escondido
✔ ✔ ✔ ✔
Outras formas de ameaças são os e-mails não solicitados, que são os grandes
responsáveis pela disseminação de golpes e vírus. Outro item importante são os
cookies. Esses pequenos arquivos são capazes de armazenar informações e até
mesmo explorar vulnerabilidades através das informações dadas. Finalmente, os
programas Applets Java, Java Scripts e controles ActiveX, em que, ao instalar ou
permitir, você pode ser redirecionado a um site falso e, depois disso, o site pode
comprometer a segurança de seu computador, também como os programas Java,
porque, ao possuírem falhas em sua implementação, podem permitir uma
invasão. Além dessas ameaças, temos janelas de pop-up, plugins, complementos
e extensões, links patrocinados e banners de propaganda, que se aproveitam dos
erros de implementação e podem conter programas criados especificamente
para causar danos ao computador ou permitir que seja utilizado de forma
incorreta. Outra ameaça muito comum vem dos programas de distribuição de
arquivos e compartilhamento de recursos. Quando estão mal configurados, o
usuário fica exposto, ajudando na coleta de dados sensíveis ou o uso de recursos
por atacantes.
Para se proteger, podemos utilizar ferramentas como antivírus, antispyware,
antitrojan e antirootkit, também conhecidas como ferramentas antimalware.
Também existem filtros antispam, antiphishing (normalmente incorporados aos
navegadores), de janelas pop-up, códigos móveis (como Java e JavaScript) e
bloqueio de propagandas. Complementos como o Web of Trust (WoT) podem
informar a reputação de um site. Links curtos também podem enganar os
usuários, por isso, caso não conheça o site, é recomendado verificar se ele é
legítimo através de sites como o LongURL. Com isso, você poderá definir se o link
é seguro ou não. Explorar as vulnerabilidades de seu computador também é um
ótimo método de segurança, já que irá evitar uma série de possíveis
inconvenientes.
Não é recomendado bloquear totalmente o recebimento de cookies, pois pode
impedir o uso recomendado ou o acesso a diversos sites e serviços. Para se
proteger sem comprometer a sua navegação, ao utilizar um navegador baseado
em níveis de permissão, como o Internet Explorer, procure não escolher níveis de
permissão inferiores a “médio”. Em outros navegadores ou leitores de e-mail,
configure para que, por padrão, os sites não possam definir cookies e crie listas
de exceções, cadastrando os sites considerados confiáveis e onde o uso de
cookies é realmente necessário, como webmails, Internet Banking e comércio
eletrônico. Crie uma lista de exceções e cadastre os sites que deseja bloquear,
configure para que os cookies sejam deletados assim que o navegador for
fechado, configure para não permitir cookies de terceiros (ao fazer isso, sua
navegação não será prejudicada, pois apenas conteúdos relacionados à
publicidade serão bloqueados), utilize opções de navegar anonimamente quando
usar computadores de outras pessoas (informações sobre a sua navegação,
incluindo cookies, não serão gravadas). Por último, remova os cookies já gravados
para garantir que a nova configuração seja utilizada para todos.
Além disso, observe se o site fornece proteção através da criptografia. A
proteção através da criptografia (certificado Secure Sockets Layer – SSL) pode
garantir a segurança dos dados comunicados entre site e servidor. Além de se
tornar um HTTPS, um cadeado fechado é exposto nos navegadores. É importante
que esse certificado seja instalado de forma que evite falhas, já que, implantando
o certificado depois de muito tempo, itens de mídia podem se tornar um ponto
vulnerável19.
Referências
1. Portal Educação. História da Informática. Disponível em: <
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/informatica/historia-da-
informatica/53792#targetText=A%20inform%C3%A1tica%20teve%20seu%20inicio,para%2
0realizar%20c%C3%A1lculos%20de%20algoritmos.>
2. Significados. Hardware. Disponível em:< https://www.significados.com.br/hardware/>.
3. Turbofuture. Classification of Generations of Computers. Disponível em: <
https://turbofuture.com/computers/Classification-of-Computers-by-Generation>
4. UFPA. Os Periféricos. Disponível em:< http://www.cultura.ufpa.br/dicas/mic/mic-e-s.htm>
5. Vlog de TI. Quais são os componentes de um PC e qual a função de cada um?. Disponível
em: < http://www.vlogdeti.com/quais-sao-os-componentes-de-um-pc-e-qual-a-funcao-de-
cada-um/>.
6. Slideshare. Trabalho de Teoria do Hardware. Disponível em: <
https://pt.slideshare.net/victornunes91/placa-de-vdeo-placa-de-som-e-placa-de-rede>
7. ADASSOFT. Unidade de Medida em Informática. Disponível em:
<https://www.adassoft.com/unidade-de-medida-em-informatica-byte-quilobyte-
megabyte-gigabyte/>.
8. Wikipedia. Sistema Operacional. Disponível em:
<https://pt.Wikipedia.org/wiki/Sistema_operativo#targetText=Sistema%20operativo%20o
u%20operacional%20(em,o%20computador%20e%20o%20usu%C3%A1rio>.
9. Wikipedia. mac-OS. Disponível em: <https://pt.Wikipedia.org/wiki/MacOS>
10. Wikipedia. Microsoft Windows. Disponível em:
<https://pt.Wikipedia.org/wiki/Microsoft_Windows>
11. Wikipedia. Unix. Disponível em: <https://pt.Wikipedia.org/wiki/Unix>
12. Significados. Backup. Disponível em:
,https://www.significados.com.br/backup/#targetText=Backup%20%C3%A9%20um%20ter
mo%20ingl%C3%AAs,em%20diferentes%20dispositivos%20de%20armazenamento>.
13. Wikipedia. Microsoft Access. Disponível em:
<https://pt.Wikipedia.org/wiki/Microsoft_Access>.
14. Wikipedia. Microsoft Publisher. Disponível em:
<https://pt.Wikipedia.org/wiki/Microsoft_Publisher>
15. Wikipedia. LibreOffice. Disponível em: <https://pt.Wikipedia.org/wiki/LibreOffice>
16. Wikipedia. Microsoft Office. Disponível em:
<https://pt.Wikipedia.org/wiki/Microsoft_Office>
17. Wikipedia. Software. Disponível em: <https://pt.Wikipedia.org/wiki/Software>
18. Almeida JMF. Breve história da internet. 2005. Disponível em:
<http://piano.dsi.uminho.pt/museuv/INTERNET.PDF>. Acesso em: 27 mar. 2019.
19. CERT. Cartilha de Segurança para Internet. Disponível em: <https://cartilha.cert.br>
20. Cert.BR. Cartilha de Segurança na Internet. Golpes na Internet. Disponível em: <
https://cartilha.cert.br/golpes/>.
21. Cert.BR. Cartilha de Segurança na Internet – Ataques na Internet. Disponível em: <
https://cartilha.cert.br/ataques/NET >.
22. Cert.BR. Cartilha de Segurança na Internet. Malware. Disponível em: <
https://cartilha.cert.br/malware/>.
23. Documentação do Internet Explorer. Alterar as configurações de segurança e privacidade
no Internet Explorer 11. Disponível em: < https://support.microsoft.com/pt-
br/help/17479/windows-internet-explorer-11-change-security-privacy-settings>.
24. Documentação do Internet Explorer. Excluir e gerenciar cookies. Disponível em: <
https://support.microsoft.com/pt-br/help/17442>.
25. Documentação do Microsoft Excel. Arredondar um número para as casas decimais
desejadas. Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/arredondar-um-
n%C3%BAmero-para-as-casas-decimais-desejadas-49b936f9-6904-425d-aa98-
02ffb7f9a17b>.
26. Documentação do Microsoft Excel. E (Função E). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/e-fun%C3%A7%C3%A3o-e-5f19b2e8-e1df-4408-
897a-ce285a19e9d9>.
27. Documentação do Microsoft Excel. Exibir ou ocultar a alça de preenchimento. Disponível
em: < https://support.office.com/pt-br/article/exibir-ou-ocultar-a-al%C3%A7a-de-
preenchimento-80918200-9ae9-4615-93c9-13d4f1496f81>.
28. Documentação do Microsoft Excel. Função SOMA. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/soma-fun%C3%A7%C3%A3o-soma-043e1c7d-
7726-4e80-8f32-07b23e057f89>.
29. Documentação do Microsoft Excel. OU (Função OU). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/ou-fun%C3%A7%C3%A3o-ou-7d17ad14-8700-
4281-b308-00b131e22af0 >.
30. Documentação do Microsoft Excel. PROCH (Função PROCH). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/proch-fun%C3%A7%C3%A3o-proch-a3034eec-
b719-4ba3-bb65-e1ad662ed95f>.
31. Documentação do Microsoft Excel. Calcular a média de um grupo de números. Disponível
em: <https://support.office.com/pt-br/article/calcular-a-m%C3%A9dia-de-um-grupo-de-
n%C3%BAmeros-e158ef61-421c-4839-8290-34d7b1e68283>.
32. Documentação do Microsoft Excel. Copiar uma fórmula ao arrastar a alça de
preenchimento no Excel para Mac (válido também para Windows). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-pt/article/copiar-uma-f%C3%B3rmula-ao-arrastar-a-
al%C3%A7a-de-preenchimento-no-excel-para-mac-dd928259-622b-473f-9a33-
83aa1a63e218>.
33. Documentação do Microsoft Excel. Função CONT.SE. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/cont-se-fun%C3%A7%C3%A3o-cont-se-e0de10c6-
f885-4e71-abb4-1f464816df34>.
34. Documentação do Microsoft Excel. Funções de data e hora (referência). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/fun%C3%A7%C3%B5es-de-data-e-hora-
refer%C3%AAncia-fd1b5961-c1ae-4677-be58-074152f97b81>.
35. Documentação do Microsoft Excel. Operadores de cálculo e precedência no Excel.
Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/operadores-de-c%C3%A1lculo-e-
preced%C3%AAncia-no-excel-48be406d-4975-4d31-b2b8-7af9e0e2878a>.
36. Documentação do Microsoft Excel. Visão geral de fórmulas no Excel. Disponível em:
<https://support.office.com/pt-br/article/vis%C3%A3o-geral-de-f%C3%B3rmulas-no-excel-
ecfdc708-9162-49e8-b993-c311f47ca173>.
37. Documentação do Microsoft Office. Usar a Área de Transferência do Office. Disponível em:
< https://support.office.com/pt-br/article/usar-a-%C3%81rea-de-transfer%C3%AAncia-do-
office-028903c7-66ea-4eb0-b0a1-bacdb952e3a1>.
38. Documentação do Microsoft Outlook. Trabalhando com pastas de mensagens no
Outlook.com. Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/trabalhando-com-
pastas-de-mensagens-no-outlook-com-6bb0723a-f39f-4a8d-bb3f-fab5dcc2510a>.
39. Documentação do Microsoft PowerPoint. Proteção por senha para apresentações no
PowerPoint. Disponível em: < https://support.office.com/pt-
br/article/prote%C3%A7%C3%A3o-por-senha-para-apresenta%C3%A7%C3%B5es-no-
powerpoint-33dfadad-f231-4bd1-8bf6-d15e1671da41>.
40. Documentação do Microsoft Windows. A Ajuda interativa: Ajustar as configurações de
controle de conta de usuário no Windows 7 e Windows 8. Disponível em: <
https://support.microsoft.com/pt-br/help/975787/guided-help-adjust-user-account-
control-settings-in-windows-7-and-wind >.
41. Documentação do Microsoft Windows. O Windows mais seguro de todos os tempos – e
criado para continuar assim. Disponível em: < https://www.microsoft.com/pt-
br/windows/comprehensive-security >.
42. Documentação do Microsoft Windows. Políticas de Firewall para Computadores Windows.
Disponível em: < https://docs.microsoft.com/pt-br/intune/help-protect-windows-pcs-
using-windows-firewall-policies-in-microsoft-intune>.
43. Documentação do Microsoft Windows. Atualizar o Windows 10. Disponível em: <
https://support.microsoft.com/pt-br/help/4027667/windows-10-update >.
44. Documentação do Microsoft Windows. Localizar a central de ações no Windows 10.
Disponível em: <https://support.microsoft.com/pt-br/help/4028116/windows-10-find-
action-center-in-windows-10>.
45. Documentação do Microsoft Word. Atalhos de teclado do Microsoft Word no Windows.
Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/atalhos-de-teclado-do-microsoft-
word-no-windows-95ef89dd-7142-4b50-afb2-f762f663ceb2 >.
46. Documentação do Microsoft Word. Inserir notas de rodapé e notas de fim. Disponível em:
< https://support.office.com/pt-br/article/inserir-notas-de-rodap%C3%A9-e-notas-de-fim-
61f3fb1a-4717-414c-9a8f-015a5f3ff4cb >.
47. EPSE. Browsers de acesso à Intranet. Disponível em: <
https://sites.google.com/a/epse.pt/vb2_sistemas-operativos/software-utilitario/6-8---
browsers-de-acesso-a-uma-rede-intranet-internet >.
48. HP. Criar uma rede local com fio. Disponível em: < https://support.hp.com/br-
pt/document/c03565490 >.
49. Palpite Digital. TCP/IP O que é?. Disponível em: < https://www.palpitedigital.com/tcp-ip-o-
que-e/>.
50. SFM. Copiar Formatação. Disponível em: <
https://sfm.pt/resources/cursos/word/L3/Copiar_Formatacao/>.
51. TechTudo. Como usar o Gerenciador de Tarefas no Windows 10. Disponível em: <
https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2017/02/como-usar-o-gerenciador-
de-tarefas-no-windows-10.html>.
52. UNILAB. Como deixar uma pasta invisível. Disponível em: <
http://dti.unilab.edu.br/blog/2014/08/13/como-deixar-uma-pasta-invisivel/ >.
53. Wikipedia. Java. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Java_(linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o) >.
54. Wikipedia. VB Net. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Visual_Basic_.NET >.
55. Wikipedia. Visual Basic for Applications. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Visual_Basic_for_Applications >.
56. Wikipedia. Visual Basic. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Visual_Basic >.
57. Wikipedia. ReadyBoost. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/ReadyBoost>.
58. Wikipedia, Cookie. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cookie_(inform%C3%A1tica)>
59. Wikipedia, Spam. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Spam>.
60. Wikipedia. Navegação Privada. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Navega%C3%A7%C3%A3o_privada>.
61. . Documentação do Microsoft Office. Extensões XML. Disponível em:
<https://docs.microsoft.com/pt-br/deployoffice/compat/xml-file-name-extension-
reference-for-office>
62. Database Journal. A Subtle Threat to Database Performance. Disponível em: <
http://www.databasejournal.com/features/oracle/article.php/2217511/Disk-Sorts---A-
Subtle-Threat-to-Database-Performance.htm>.
63. Documentação do LibreOffice. Função SOMASE. Disponível em: <
https://help.libreoffice.org/3.4/Calc/Mathematical_Functions/pt-BR#SOMASE>.
64. Documentação do Microsoft Excel. Congelar painéis para bloquear a primeira linha ou
coluna no Excel para Mac. Disponível em: < https://support.office.com/pt-
br/article/congelar-pain%C3%A9is-para-bloquear-a-primeira-linha-ou-coluna-no-excel-
para-mac-b8eb717e-9d3e-4354-8c02-d779a4b404b2>.
65. Tecmundo. Aprenda a lidar com o sistema de pastas do Windows. Disponível em: <
https://www.tecmundo.com.br/windows-7/3932-aprenda-a-lidar-com-o-sistema-de-
pastas-do-windows.htm
66. Documentação do Microsoft Excel. Função PAR. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/fun%C3%A7%C3%A3o-par-197b5f06-c795-4c1e-
8696-3c3b8a646cf9 >.
67. Documentação do Microsoft Excel. Função SOMASE. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/somase-fun%C3%A7%C3%A3o-somase-169b8c99-
c05c-4483-a712-1697a653039b>.
68. Documentação do Microsoft Excel. Introdução ao Excel. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/criar-uma-pasta-de-trabalho-no-excel-94b00f50-
5896-479c-b0c5-ff74603b35a3?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR>.
69. Documentação do Microsoft Office. Usar a Área de Transferência do Office. Disponível em:
< https://support.office.com/pt-br/article/usar-a-%C3%81rea-de-transfer%C3%AAncia-do-
office-028903c7-66ea-4eb0-b0a1-bacdb952e3a1>
70. Documentação do Microsoft Windows. Políticas de Firewall para Computadores Windows.
Disponível em: < https://docs.microsoft.com/pt-br/intune/help-protect-windows-pcs-
using-windows-firewall-policies-in-microsoft-intune>.
71. Documentação do Microsoft Windows. Desativar Shift + Alt. Disponível em:
<https://answers.microsoft.com/pt-br/windows/forum/all/desativar-shift-alt/0630194a-
9fba-4f24-ac49-8e27462865fc>.
72. Documentação do Microsoft Windows. Mostrar ou Ocultar Lixeira. Disponível em: <
https://support.microsoft.com/pt-br/help/15057/windows-show-hide-recycle-bin>.
73. Documentação do Microsoft Word. Como trabalhar com barras de ferramentas e botões
da barra de ferramentas: Adicionar, criar, editar, excluir, restaurar e mais no Word.
Disponível em: < https://docs.microsoft.com/pt-br/office/troubleshoot/word/toolbars-
and-toolbar-buttons-in-word>.
74. Gran Cursos Online. Disponível em: <https://blog.grancursosonline.com.br/teclas-de-
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75. Help Gnome. O que WEP e WPA significam?. Disponível em: <
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77. LibreOffice. Disponível em: < https://pt-br.libreoffice.org/>.
78. Significados. Significado de Hardware. Disponível em: <
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80. TI Expert. Efeitos da Fonte. Disponível em: <
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81. Wikipedia. Android. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Android>.
82. Wikipedia. HP-UX. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/HP-UX>.
83. Wikipedia. Linux. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Linux>.
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85. Wikipedia. Solaris. Disponível em: <
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88. Wikipedia. Google Drive. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Drive>.
89. Wikipedia. Monitor. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monitor_de_computador>.
90. Wikipedia. Placa de Vídeo. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_v%C3%ADdeo>.
91. Wikipedia. Placa-mãe. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa-m%C3%A3e>.
92. Wikipedia. Serial ATA. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Serial_ATA>.
93. Wikipedia. SSD Disk. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_Estado_S%C3%B3lido>.
94. Wikipedia. Unidade Central de Processamento. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_central_de_processamento>.
95. Wikipedia. Unidade de disco rígido. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_disco_r%C3%ADgido>.
96. Documentação do Microsoft Excel – Usar o gerenciador de nomes no Excel. Disponível
em: <https://support.office.com/pt-br/article/usar-o-gerenciador-de-nomes-no-excel-
4d8c4c2b-9f7d-44e3-a3b4-9f61bd5c64e4>.
97. Wikipedia. Teclado. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teclado_(inform%C3%A1tica)>.
98. Wikipedia. Estabilizador. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Estabilizador>.
99. Wikipedia. Fonte de Alimentação. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o
100. Wikipedia. Links. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Links>.
101. Wikipedia. Plug-in. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Plug-in >.
102. Wikipedia- Plug and Play. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Plug_and_Play>.
103. Wikipedia. Processador. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Processador>.
104. Wikipedia. Navegador web. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Navegador_web>.
105. Wikipedia. Falsidade ideológica. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Falsidade_ideol%C3%B3gica>.
106. Wikipedia. Windows Server. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Windows_Server
107. Wikipedia. Endereço IP. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endere%C3%A7o_IP
108. Wikipedia. Linguagem de Programação. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o
109. Wikipedia. Interface. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Interface
110. Wikipedia. Tabela de Atalhos do Teclado. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_de_atalhos_do_teclado>.
111. Registro BR. Categorias de Domínios. Disponível em:
<https://registro.br/dominio/categorias/>.
112. Acadêmicos do Excel. Referência Relativa e Absoluta. Disponível em: <
http://academicosdoexcel.com.br/2017/11/11/referencia-relativa-e-absoluta/>.
113. Cursos de Informática Básica. Quais são os caracteres inválidos para a criação de
arquivos e pastas. Disponível em: <
https://www.cursosdeinformaticabasica.com.br/quais-sao-os-caracteres-invalidos-para-
a-criacao-de-arquivos-e-pastas/>.
114. Documentação do LibreOffice. Formatos de Arquivo. Disponível em:
<https://help.libreoffice.org/Common/XML_File_Formats/pt-BR>.
115. Documentação do LibreOffice. Menu Ferramentas. Disponível em:
<https://help.libreoffice.org/Common/Tools_Menu/pt-BR>.
116. Documentação do LibreOffice. Teclas de Atalho no Impress. Disponível em: <
https://help.libreoffice.org/Impress/Shortcut_Keys_for_Impress/pt-BR>.
117. Documentação do LibreOffice. Teclas de Atalho Gerais no LibreOffice. Disponível em:
<https://help.libreoffice.org/Common/General_Shortcut_Keys_in/pt-BR>.
118. Documentação do Microsoft Excel. Função PGTO. Disponível em:
<https://support.office.com/pt-br/article/pgto-fun%C3%A7%C3%A3o-pgto-0214da64-
9a63-4996-bc20-214433fa6441 >.
119. Documentação do Microsoft Excel. Função CONT.NUM. Disponível em: <
https://support.office.com/pt-br/article/cont-n%C3%9Am-fun%C3%A7%C3%A3o-cont-
n%C3%9Am-a59cd7fc-b623-4d93-87a4-d23bf411294c>.
120. Documentação do Microsoft Windows. Extensões de arquivo mais comuns. Disponível
em: <https://support.microsoft.com/pt-br/help/4479981/windows-10-common-file-
name-extensions>.
121. Documentação do Microsoft Word. Visualizar e comparar documentos lado a lado.
Disponível em: <https://support.office.com/pt-br/article/visualizar-e-comparar-
documentos-lado-a-lado-52445547-7c07-475b-bb1d-22a98175ef04 >
122. Documentação do Microsoft Word. Dividir uma tabela. Disponível em:
<https://support.office.com/pt-br/article/dividir-uma-tabela-d231a898-6983-4ef8-acb0-
797c7f2b0c45>.
123. Perguntas Microsoft. Qual o tamanho máximo do nome de um arquivo. Disponível em:
<https://answers.microsoft.com/pt-br/windows/forum/all/windows-7-tamanho-de-um-
nome-de-arquivo/8d73be5b-f7d6-4551-998e-3510eef26ef6>.
124. Tecmundo. Conheça os atalhos mais ninjas do Google Chrome. Disponível em:
<https://www.tecmundo.com.br/navegador/9055-conheca-os-atalhos-mais-ninjas-do-
google-chrome.htm>.
125. Wikipedia. Criptografia de Chave Pública. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Criptografia_de_chave_p%C3%BAblica>.
126. Wikipedia. Tor (Rede de Anonimato). Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tor_(rede_de_anonimato)>.
127. Justi R. Tipos de monitor e resolução de tela. Disponível em: <
https://ossegredosdainformatica.blogspot.com/2009/07/tipos-de-monitor-e-resolucao-
de-tela.html>.
128. Colocar senha em uma planilha do Excel 2007. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=g2wC-IJj0RM>
129. Documentação do Microsoft Excel - Função Combinar do Microsoft Excel 2013
130. Documentação do Microsoft Excel - Funções matemáticas do Microsoft Excel 2013.
Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/fun%C3%A7%C3%B5es-do-
excel-ordem-alfab%C3%A9tica-b3944572-255d-4efb-bb96-c6d90033e188#bm19>
131. Documentação do Microsoft Excel. Disponível em: < https://support.office.com/en-
us/article/keyboard-shortcuts-in-excel-for-windows-1798d9d5-842a-42b8-9c99-
9b7213f0040f>.
132. Documentação do Microsoft Office - Filtrar valores exclusivos ou remover valores
duplicados. Disponível em: <https://support.office.com/pt-br/article/filtrar-valores-
exclusivos-ou-remover-valores-duplicados-ccf664b0-81d6-449b-bbe1-8daaec1e83c2>
133. Documentação do Microsoft Office - Introdução ao Teste de Hipóteses. Disponível em:
<https://support.office.com/pt-br/article/introdu%C3%A7%C3%A3o-ao-teste-de-
hip%C3%B3teses-22bffa5f-e891-4acc-bf7a-e4645c446fb4>
134. Documentação do Microsoft Word - Mostrar ou ocultar marcas de formatação.
Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/mostrar-ou-ocultar-marcas-de-
formata%C3%A7%C3%A3o-c2d8a607-5646-4165-8b08-bd68f9d172a0>.
135. Documentação do Microsoft Word - Utilização da função PRODUCT no Microsoft Word.
Disponível em: < https://support.office.com/en-us/article/product-function-8e6b5b24-
90ee-4650-aeec-80982a0512ce>.
136. Documentação do Microsoft Word - Utilização da função SUM no Microsoft Word.
Disponível em: < https://support.office.com/en-us/article/sum-a-column-or-row-of-
numbers-in-a-table-2e373a5f-2d8a-478a-9b85-275c8668bebb>.
137. Tecmundo. DVD-RW. Disponível em: < https://www.tecmundo.com.br/dvd/5744-quais-as-
diferencas-entre-dvd-r-e-dvd-r-.htm>.
138. IBM - Unidades de medida para armazenamento. Disponível em: <
https://www.ibm.com/support/knowledgecenter/pt-
br/SSNE44_5.2.3/com.ibm.tpc_V523.doc/fqz0_r_units_measurement_data.html>.
139. LibreOffice Writer - Barra de formatação de texto. Disponível em: <
https://help.libreoffice.org/Impress/Text_Formatting_Bar/pt-BR >.
140. Manual prático Microsoft Excel 2007. Disponível em: <
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/EXCEL_2007_MODULO1_FINAL.pdf >.
141. Techtudo. O que é um SSD. Disponível em: <
https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/08/ssd-o-que-sao.html >.
142. Techtudo. Por dentro dos discos magnéticos. Disponível em: <
http://www.techtudo.com.br/platb/hardware/2011/03/17/por-dentro-dos-discos-
magneticos/>.
Língua Portuguesa
Haroldo Ramanzini
Guarda-vidas
As praias de Vitória, no Espírito Santo, contam com 74 guarda-
vidas em 14 postos de apoio, neste verão. Os profissionais
trabalham das 8h às 18h, todos os dias da semana. Segundo a
prefeitura, os guarda-vidas possuem treinamento e
equipamentos apropriados para resgatar banhistas em
perigo.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Leia o texto com atenção da primeira à última palavra. Coerência é a lógica interna
do texto que forma um conjunto significativo, de acordo com determinado
contexto. Coesão é a ligação harmoniosa dos elementos que compõem os
parágrafos, assim como o ajustamento entre estes. Desse modo, leia,
acompanhando integralmente o processo semântico (síntese), para depois se
deter em partes menores, os detalhes (análise). Por outro lado, tenha sempre em
mente as dez classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral,
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Assertiva I: INCORRETA. Nenhuma frase do texto faz referência à ideia de
“proibição”.
Assertiva II: CORRETA. Banhistas é um substantivo, é a classe gramatical de
palavras variáveis, as quais denominam os seres em geral (objetos, pessoas,
fenômenos). Observe que, no presente caso, trata-se de um substantivo de dois
gêneros, pois apresenta uma só forma para o gênero masculino e para o gênero
feminino - a distinção procede-se mediante determinantes, como o emprego dos
artigos o, a, um, uma. Assim, o(s) banhista(s), a(s) banhista(s).
▶ resposta: C
Versos Íntimos
A. Todas.
B. I e II.
C. II e III.
D. Apenas III.
grau de dificuldade:
(Karen Gimenez. Superinteressante. O Livro do Futuro. São Paulo: Abril, mar. 2005.
Fragmento adaptado)
grau de dificuldade:
dica do autor:
Primeiramente, considere que todo texto está inserido num contexto mais amplo
de debate político, social, econômico, entre outros. Aqui se trata do contexto
relacionado com a preservação das águas dos rios, a respeito do qual já circula
amplo debate na sociedade: meio ambiente, poluição, desperdício de água. Na
releitura, considere o que está estritamente dentro do texto.
Assertiva I: CORRETA. Pode ser considerada um resumo coerente do texto.
Assertiva II: INCORRETA. O usuário doméstico não representa parte considerável
do consumo.
Assertiva III: CORRETA. No sentido de ser uma recomendação à racionalização do
consumo pelo usuário doméstico.
Assertiva IV: CORRETA. Está de acordo com o texto, uma vez que no “planeta
água”, muitas pessoas já não têm acesso à água, e esse quadro tende a se agravar.
▶ resposta: D
“O certo a ser feito”: as marcas do utilitarismo no nosso dia a dia
Por Carlos Henrique Cardoso
grau de dificuldade:
INSTRUÇÃO:
Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões (5, 6 e 7) que a ele
se referem.
Fonte: MARI, Juliana de. Revista Vida Simples. p. 44, nov. 2018.
Ã
05 (FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO NORTE DE MINAS –
COTEC – 2019) Segundo o gramático Cegalla (1997), o pleonasmo é o emprego de
palavras redundantes, que, como figura de linguagem, visa a um efeito expressivo,
com o fim de reforçar ou enfatizar uma ideia. Porém, alguns são considerados
vícios de linguagem pela norma padrão da língua, por serem repetições
desnecessárias, que são usadas fora do contexto da linguagem literária. No
primeiro parágrafo do texto, a autora faz uso de um pleonasmo, conforme se
verifica na alternativa:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Polissemia é a propriedade que uma palavra tem de expressar significado distinto,
em função do contexto em que aparece. Exemplo: manga (parte do vestuário ou
fruto da mangueira).
Alternativa A: CORRETA. A linguagem coloquial é usada em situações cotidianas e
informais. É um discurso mais descontraído, seguindo a fluidez da oralidade.
Nessa adequação entre forma e o conteúdo, a autora fez opção de construir o
texto como uma conversa.
Alternativa B: INCORRETA. Enquanto a conversa ocorre em situação
descontraída; a palestra é uma apresentação oral, com grau de formalidade,
perante um auditório, uma comunicação sobre um tema considerado importante
ou pertinente. A formalidade aqui se aproxima a de uma conferência, posto que se
vale de recursos retóricos.
Alternativa C: INCORRETA. Prosa e o verso são dois gêneros fundamentais da
literatura. A prosa mantém o foco em questões lógicas e racionais; predomina, em
geral, a denotação. Verso ou poesia, por sua vez, é o gênero que trata de questões
de ordem subjetiva, uma vez que predomina a conotação, isto é, a linguagem
figurada. Além do mais, tradicionalmente, segue regras de versificação e pode
apresentar rimas. No presente texto, não há intenção relacionada com a
composição literária, de acordo com os padrões da estética da linguagem, como
há no romance ou no conto.
Alternativa D: INCORRETA. O termo prosa foi empregado no sentido denotativo,
correspondendo à ideia de uma comunicação descontraída, uma conversa entre
interlocutores. Exemplo: Naquela mesa do Café Seleto, a prosa estava muito
animada.
grau de dificuldade:
dica do autor:
Procure entender que o significado do texto é estruturado em torno de uma
oposição de base. Nesse caso, a oposição de base é simplificar x complicar. Há,
pois, um eixo a separar os campos semânticos distintos. Essa oposição constrói a
significação do texto.
Alternativa A: INCORRETA. Seria uma incoerência da autora tratar de uma
simplificação das coisas, numa revista intitulada Vida Simples, valendo-se somente
do registro formal. Este é empregado quando não há familiaridade entre os
interlocutores, isto é, em situações que requerem maior expressão de
formalidade.
Alternativa B: CORRETA. Condizente com o tom mais coloquial do texto, há
reiterados exemplos do registro informal, próprio de situação de uso oral da
linguagem: Tenho a impressão que, Tem gente que acha, mergulho pra dentro. Ao
passo que no registro formal, teríamos: Tenho a impressão de que, Há gente que
acha, mergulho.
Alternativa C: INCORRETA. Há o predomínio da linguagem denotativa, própria da
informalidade. Exemplo: Acho que é dessa espontaneidade que tenho sentido
falta, nas relações de todos os tipos – entre pessoas, projetos, trabalhos,
empresas.
Alternativa D: INCORRETA. A impessoalidade, o distanciamento entre os
interlocutores, a objetividade, tudo isso é próprio do discurso em terceira pessoa.
Pelo contrário, a visão pessoal, a aproximação entre os interlocutores e a
subjetividade caracterizam o discurso em primeira pessoa, como é o caso do
presente texto.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
A voz passiva analítica constrói-se conforme o seguinte esquema: verbo ser +
particípio do verbo principal, podendo ter ou não agente da passiva. Exemplo: A
árvore foi plantada (sem agente da voz passiva). A árvore foi plantada pela criança
(com agente da voz passiva). Além disso, a leitura atenta do enunciado da questão
pede para considerar uma forma.
Alternativa A: INCORRETA. A oração se é obedecida expressa condição.
Alternativa B: INCORRETA. Dada a causa, relaciona-se com a ideia de condição: se
for dada a causa, em cruzamento com a ideia de tempo: quando for dada a causa.
Alternativa C: CORRETA. O agente da passiva é constituído pelo termo da oração
pelas crianças. Passando para a voz ativa, teríamos: As crianças julgarão o mundo.
Na segunda frase, o verbo está na voz ativa.
Alternativa D: INCORRETA. A locução verbal possam ser apontados como
aproxima-se do conceito de comparação.
Alternativa E: INCORRETA. Na primeira frase, seria possível acrescentar um
exemplo de complemento, com a função de agente da passiva: A sabedoria não
pode ser transmitida pelos ignorantes. Na segunda frase, as formas verbais não
estão na voz passiva.
grau de dificuldade:
dica do autor:
No uso, considere o par de locuções ao invés de/em vez de. São duas expressões
semelhantes na pronúncia, na grafia e também no significado. Contudo, o
emprego correto dessas formas contribui com a coesão da frase. É recorrente a
dúvida com expressões parônimas (aquelas escritas e pronunciadas de forma
parecida, porém apresentam significados distintos).
Alternativa A: INCORRETA. Em vez de significa “no lugar de”, “substituição”,
“troca”. Exemplo: Em vez de mandar uma carta, enviarei um e-mail. De forma
diversa, ao invés de é empregada no sentido de algo inverso, expondo coisas
contraditórias, (invés origina-se da palavra latina inversum, cujo significado é
“inverso”, “ao contrário”. Exemplo: Ao invés de economizar, ele desperdiçou tudo.
Portanto, numa escola pública ao invés de uma privada, a expressão ao invés de
tem o sentido de algo inverso, ficando clara a oposição escola pública x escola
privada.
Alternativa B: INCORRETA. Ao invés de apresenta, pois, sentido contrário,
oposição semântica: retrocesso x progresso. Outro exemplo: Ao invés de seguir à
esquerda, ele seguiu à direita – oposição esquerda x direita.
Alternativa C: INCORRETA. Ocorre a expressão semântica dos opostos: teoria x
prática, cabendo, assim, a forma ao invés de. Outro exemplo: Ao invés de comprar
novas ações, ele vendeu as que tinha. Oposição: comprar x vender.
Alternativa D: CORRETA. Aqui cabe correção: Os livros didáticos utilizam imagens
em vez de textos. Em vez de = “no lugar de”. Outro exemplo: Faça a sua parte, em
vez de fazer a do outro.
Alternativa E: INCORRETA. Não cabe substituição, pois, no sentido da frase,
destaca-se a oposição, a antítese: processos de avaliação rápidos x processos mais
lentos e eficientes.
Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões 11, 12, 13 e 14.
Análise genética propõe novo rosto para Luzia: ela não era
negra. Evidências associam o crânio do Museu Nacional à
Cultura Clóvis, da pré-história dos EUA – e cravam que os
traços do povo de Lagoa Santa (MG) eram mais próximos dos
indígenas atuais.
Guilherme Eler
A. Fixar.
B. Destacar.
C. Estabelecer.
D. Assegurar.
grau de dificuldade:
A. Argumentativo.
B. Descritivo.
C. Narrativo.
D. Dissertativo.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
Questões relacionadas com as informações contidas no texto exigem localização
dos itens solicitados, nos parágrafos e nas frases.
Alternativa A: CORRETA. Essa alternativa contém o fundamento semântico do
texto: Uma dupla de estudos publicados nas revistas científicas Cell e Science
reuniu novos argumentos para defender a tese de que a representação não
corresponde de fato à forma como ela deveria ser retratada.
Alternativa B: INCORRETA. São formuladas hipóteses a respeito da origem de
Luzia. As pesquisas explicam a sua origem a ponto de retratá-la num boneco.
Alternativa C: INCORRETA. Luzia viveu antes da época de Cabral, pois é o que
demonstra o trecho: Segundo Neves, as características de seu crânio eram
diferentes dos povos indígenas atuais, o que sinalizaria que Luzia pertenceu a um
grupo de humanos que chegou à América, também pelo estreito Bering, antes do
grupo que deu origem aos indígenas da época de Cabral.
Alternativa D: INCORRETA. Luzia relaciona-se com a Cultura Clóvis, de acordo
com a seguinte passagem do texto: Onde hoje estão os EUA, um grupo que ficou
conhecido como “Cultura Clóvis” prosperou e avançou em direção ao sul. Quando
chegou por aqui, deu origem a populações como a de Lagoa Santa (MG) – à qual
pertence Luzia. Luzia, então, é neta de Clóvis.
A. Ajuda.
B. Cerebral.
C. Hipertenso.
D. Autoestima.
E. Estresse.
grau de dificuldade:
A. Onde.
B. Cuja.
C. Aonde.
D. A qual.
E. Na qual.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
A mesma palavra expressa significados diferentes em contextos diferentes. O
contexto pode ser entendido como o conjunto de circunstâncias em que se produz
a mensagem. O discurso é um processo que implica lugar, tempo, situação de
quem formula e de quem recebe o enunciado. Desse modo, as palavras
apresentam acepções que só podem ser definidas pelo contexto.
Alternativa A: INCORRETA. O sentido de pesar aqui é “ponderar”, “refletir”,
“especular”.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra considerar restringe o significado, nesse
contexto, pois exprime a ideia de “acreditar”, “presumir”, “conceituar”.
Alternativa C: INCORRETA. Medir apresenta o sentido mais objetivo de
“determinar medida”, “avaliar”, “mensurar”.
Alternativa D: CORRETA. Pelo contexto pessoal e subjetivo do texto, imponderável
corresponde ao que não se pode controlar: algo muito “sutil”, “imprevisível”.
O PADEIRO
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo
para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não
encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de
ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do
pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um “lockout”,
greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno;
acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com
pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão
ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um
homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha
deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava
gritando:
BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.
A. I, II e III.
B. II e IV.
C. I, II e IV.
D. IV.
E. III e IV.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
dica do autor:
O gênero literário é próprio de um conjunto de obras que apresenta características
semelhantes, tanto de forma como de conteúdo. Essa classificação é determinante
para a construção e interpretação do significado do texto. Tradicionalmente, são
consideradas três categorias básicas: gênero épico (baseado em fatos reais ou
fictícios); o lírico (poesia marcada pela subjetividade) e o dramático (teatro).
Alternativa A: CORRETA. Crônica é um texto escrito para ser publicado em jornal,
revista, blogs, rádio, televisão. Está vinculada a fatos econômicos, políticos e
sociais da atualidade. São apresentadas situações inusitadas ou mesmo
corriqueiras do dia a dia da vida social. Assim sendo, faz referência ao “lockout”
(locaute palavra já aportuguesada) que ocorre quando o empregador impede o
acesso de seus empregados nos recintos da empresa, como forma de pressioná-
los.
Alternativa B: INCORRETA. O narrador da crônica é um jornalista. Contudo, não
há nenhuma referência que já fora padeiro.
Alternativa C: CORRETA. O “ser invisível” assumido pelo entregador de pães
representa uma figura discriminada, desvalorizada, porque o valor do seu trabalho
é quase que inexistente na sociedade capitalista.
Alternativa D: CORRETA. Jornal e pão são duas imagens que se associam. O jornal
sai quente da impressão com o relato dos últimos acontecimentos. O padeiro, por
sua vez, traz o pão recém-saído do forno, para a refeição matinal.
Alternativa E: CORRETA. A lembrança do humilde padeiro é o núcleo temático da
crônica, núcleo em torno do qual se desenrolam todos os acontecimentos
narrados.
A. No dia em que não entregara o pão fora humilhado por uma empregada da
casa.
B. Alguém sempre cochichava no seu ouvido que ele que não era ninguém.
C. Costumava ouvir das pessoas que a função de padeiro tem pouca
importância para a sociedade.
D. Frequentemente lia textos os quais diziam que padeiro não era ninguém.
E. Ouviu, muitas vezes, pessoas lhe abrirem a porta e dizerem que ele não era
ninguém.
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Não há fundamento no texto para afirmar que no dia
em que não entregara o pão, tenha sido humilhado por uma empregada da casa.
Alternativa B: INCORRETA. A crônica caracteriza-se pela leveza, sutileza, ironia e
humor; por isso, no texto, não há registro de uma linguagem direta, no sentido da
ação de se cochichar sempre no ouvido do padeiro.
Alternativa C: INCORRETA. A crítica social é mais sutil. As pessoas não diziam
diretamente que a função de padeiro tinha pouca importância na sociedade. Esta
é uma informação subentendida no texto.
Alternativa D: INCORRETA. Afirmativa que não se fundamenta no texto.
Alternativa E: CORRETA. Na sua rotina de entregar pão, o padeiro, ao apertar a
campainha de uma casa e ser atendido pela empregada ou outra pessoa, ouvia
uma voz que vinha lá de dentro perguntando: “Quem é?” e a pessoa que atendia
respondia: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”. Por esse fato, o padeiro
ficara sabendo que não era ninguém…
A sequência CORRETA é:
A. V, F, V, F.
B. F, F, F, V.
C. F, F, V, V.
D. V, V, F, F.
E. F, V, F, V.
grau de dificuldade:
Assertiva I: INCORRETA. “Levanto cedo, faço minhas abluções...”. Ablução (do latim
ablutio, “lavagem”) na sua origem, o termo relaciona-se com um ritual religioso de
lavagem, no sentido de purificação do corpo. O autor associou esse sentido
ritualístico com a rotina matinal de se levantar de manhã e lavar o rosto.
Assertiva II: INCORRETA. “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão
saído do forno”. Como é uma conjunção subordinativa comparativa que exprime
ideia de comparação.
Assertiva III: CORRETA. “[...] eu era rapaz naquele tempo!”. Observe o esquema:
sujeito (eu) + verbo de ligação (era) + predicativo do sujeito (rapaz). Dessa forma,
predicativo do sujeito é o complemento de um verbo de ligação.
Assertiva IV: CORRETA. Explicou - oração principal; que aprendera aquilo de ouvido -
oração subordina substantiva objetiva direta.
▶ resposta: C
A. Finalidade e concessão.
B. Proporção e adição.
C. Condição e finalidade.
D. Finalidade e condição.
E. Concessão e oposição.
grau de dificuldade:
I. “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer
café e abro a porta do apartamento...”. O autor, ao empregar “faço” e “abro”
no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso
pelo verbo.
II. “— Não é ninguém, é o padeiro!”. O uso do artigo “o” revela uma referência
imprecisa ao substantivo “mudanças”.
III. “...acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão
dormido conseguirão não sei bem o que do governo”. O sujeito sintático do
verbo destacado é classificado como indeterminado.
IV. “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo”. O
verbo destacado é classificado como intransitivo.
V. “No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da
véspera...”, o termo destacado é classificado sintaticamente como adjunto
adverbial.
grau de dificuldade:
A sequência CORRETA é:
A. V, V, F, V, V.
B. V, V, F, F, V.
C. F, F, V, V, F.
D. F, V, F, V, V.
E. V, F, V, F, F.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. Pri-me-i-ro / a-pro-xi-ma-çã-o.
B. E-qui-pe / me-i-o.
C. Intr-oduz / rea-gi-ram.
D. I-ni-ci-a / a-ca-de-mi-a.
E. Pro-ce-sso / in-sti-tu-i-ção.
grau de dificuldade:
TEXTO 2
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Entre o cidadão de bem e o marginal há diferenças:
Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado “cidadão de bem” e
qual não é.
Alternativa B: CORRETA. O Estado deve atuar de modo mais repressivo no
combate ao crime. Várias passagens reiteram essa posição do autor, entre elas: Os
indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por
temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio
precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão.
Alternativa C: INCORRETA. Além da educação é preciso repressão para evitar a
prática criminosa reiterada.
Alternativa D: INCORRETA. Não são todos os cidadãos de bem que respeitam as
normas impostas pelo Estado: O disposto a cometer crimes, provavelmente, não
se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma
também.
Alternativa E: INCORRETA. Pelo contrário: Se a opinião pública encabeça,
atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar
à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma
criminalidade que cresce de forma exponencial.
Estão CORRETAS:
A. 1, 2 e 3, apenas.
B. 1, 2 e 4, apenas.
C. 1, 3 e 4, apenas.
D. 2, 3 e 4, apenas.
E. 1, 2, 3 e 4.
grau de dificuldade:
A. No trecho: “Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem
extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos à mão armada.”
(5.º §), a elipse dos sujeitos das formas verbais destacadas não prejudica a
coerência do enunciado, pois esses sujeitos são claramente recuperados pelo
leitor do texto.
B. A coerência do Texto 1 é localmente prejudicada com a elaboração do 5.º
parágrafo, em que o autor apresenta ao leitor os casos de João e Pedro, mas
não fornece informações suficientes sobre esses personagens, para que o
leitor compreenda de quem se tratam.
C. No trecho: “O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará
de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também.” (6º §),
verifica-se incompletude de informações e incoerência, pois o autor não revela
ao leitor a que ‘outra lei’ está fazendo referência.
D. Para garantir a coerência do trecho: “Não que os Direitos Humanos em si
sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm
deturpado as suas finalidades.” (8.º §), o leitor deve compreender o segmento
destacado como “as finalidades das instituições que os representam”.
E. A incoerência do trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser
coibido.” (9.º §) se dá porque o autor não esclarece para o leitor de qual desvio
se trata, o que gera certa dificuldade na compreensão textual.
grau de dificuldade:
Alternativa A: CORRETA. A elipse dos sujeitos das formas verbais destacadas não
prejudica a coerência do enunciado, pois esses sujeitos são claramente
recuperados pelo leitor do texto: (Pedro) não exerce. (Pedro) Tem... Sujeito elíptico
ou oculto é aquele que não é expresso na frase, mas é definido pelo contexto ou
ainda pela desinência (flexão da terminação verbal). Exemplos: Pedro tem, nós
temos, vós tendes.
Alternativa B: INCORRETA. A coerência do Texto 1 não é localmente prejudicada
com a elaboração do 5.º parágrafo, pois fornece informações precisas para que o
leitor tenha a necessária compreensão a respeito de João e Pedro.
Alternativa C: INCORRETA. Verifica-se completude de informações e coerência,
pois o autor dá a entender ao leitor que a “outra lei” é a lei concernente ao porte
de arma.
Alternativa D: INCORRETA. Para garantir a coerência do trecho, o leitor deve
compreender que as instituições têm deturpado as finalidades dos Diretos
Humanos.
Alternativa E: INCORRETA. Não há incoerência no texto, uma vez que o desvio de
que se trata é o desvio da lei, o que está coerente com a compreensão textual.
grau de dificuldade:
Estão CORRETAS:
A. 1, 2 e 3, apenas.
B. 1, 2 e 4, apenas.
C. 1, 3 e 4, apenas.
D. 2, 3 e 4, apenas.
E. 1, 2, 3 e 4.
grau de dificuldade:
Assertiva 1: CORRETA. Uma vez que em “É evidente que o discurso não é sempre
correto.”, há uma oração subordinada que desempenha a função de sujeito da
expressão “é evidente”, introdutora do enunciado. Assim fica: É evidente (oração
principal); que o discurso não é sempre correto (oração subordinada substantiva
subjetiva) - função de sujeito.
Assertiva 2: CORRETA. Em “a opinião pública acreditava que a Terra era plana”, o
complemento da forma verbal destacada está organizado na forma de uma
oração subordinada substantiva objetiva direta.
Assertiva 3: CORRETA. Em “Mas é preciso ponderação”, essa oração realça
oposição, compensação.
Assertiva 4: INCORRETA. No trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa
ser coibido”, o autor emprega subordinação para interligar as orações que
compõem o período.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
A. Os profissionais da saúde.
B. Os policiais militares.
C. Os cidadãos comuns.
D. Os médicos cirurgiões.
E. Os membros do Congresso Nacional.
grau de dificuldade:
LATSON, Jennifer
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. O paciente pode ter doença crônica e não ser muito
conhecido no hospital.
Alternativa B: CORRETA. Figurinha carimbada refere-se à pessoa que não é
anônima, pelo contrário, que é bastante conhecida, no caso, em um meio de
triagem clínica.
Alternativa C: INCORETA. Afirmativa fora do contexto.
Alternativa D: INCORRETA. Afirmação desvinculada do contexto.
grau de dificuldade:
A. Empregados.
B. Encarregados.
C. Acometidos.
D. Admitidos.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Se esse for o preço para acabar com a dor, pagá-lo-ei.
O verbo no futuro do presente pede o emprego de mesóclise (pronome colocado
no meio do verbo).
Alternativa B: CORRETA. Faz inchar por incha. Expressão verbal correta, assim
como faz doer, faz chover, faz rir, entre outras.
Alternativa C: CORRETA. A concordância dos tempos e modos verbais está
correta.
Alternativa D: CORRETA. Forma verbal correta em fez que eu desenvolvesse
algumas qualidades. Poderia se pensar na forma fez com que. Nos dois casos, a
frase está correta.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Livro sobre nada (Manoel de Barros)
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas
quando não desejo contar nada, faço poesia.
O branco me corrompe.
[ ] Sua poesia tem como uma das principais características o pantanal, indo sua
temática para muito além do paisagismo inócuo.
[ ] Seus poemas se plasmam, por meio de sua natureza e de seu cotidiano, a
linguagem poética procura transformar em tátil, olfativo, visual, gustativo e
auditivo aquilo que é paradoxalmente abstrato.
[ ] Transfigurando poeticamente o universo em suas aparentes e visíveis
minúcias, sublinha em realidade, a estreita dimensão dos seres humanos diante
da natureza, diante da linguagem, diante do cosmos.
[ ] Aborda o uso de vocabulário coloquial-rural e de uma sintaxe que
homenageia a oralidade e a oralitura, ampliando as possibilidades expressivas e
comunicativas do léxico por meio da formação de palavras novas (neologismos).
A. V - V - V - V.
B. V - F - V - V.
C. V - V - F - V.
D. V - V - V - F.
grau de dificuldade:
Assertiva I: CORRETA. Sua poesia tem como espaço geográfico o Pantanal, mas
vai além desse regionalismo.
Assertiva II: CORRETA. Seus poemas expressam o cotidiano, a sensação e as
impressões dos cinco sentidos, projetando tudo isso para um plano
paradoxalmente abstrato.
Assertiva III: CORRETA. Uma vez que a transfiguração poética do universo, a
partir de aparentes minúcias, propõe condições para uma maior dimensão dos
seres humanos.
Assertiva IV: CORRETA. O vocabulário regional e a sintaxe próxima ao oral
possibilitam a criação de neologismos.
▶ resposta: A
A. Prazer, alegria.
B. Aborrecimento, desgosto.
C. Descontentamento, desprazer.
D. Cansaço, esgotamento.
grau de dificuldade:
A. Predicado verbal.
B. Predicado nominal.
C. Predicado verbo-nominal.
D. Verbo abundante.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Leia o texto do poeta Augusto dos Anjos para responder às questões de 56 a 58:
Vozes de um túmulo
Morri! E a Terra — a mãe comum — o brilho
Í Ó
56 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-
MUNICÍPIO - 2019) Pode-se dizer que a partir da morte, o eu lírico:
grau de dificuldade:
A. Apertado;
B. Leve;
C. Largo;
D. Espaçoso.
grau de dificuldade:
A. Fática;
B. Conativa;
C. Referencial;
D. Emotiva.
grau de dificuldade:
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao
diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou
escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia
muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou
porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
A. Descritiva;
B. Injuntiva;
C. Narrativa;
D. Dialogal.
grau de dificuldade:
A. “o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe
sorria...” (preposição);
B. “E mandou-o embora...” (artigo);
C. “Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de
renovar-lhe a terra, na devida ocasião.” (conjunção adverbial temporal);
D. “...as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o
girassol a mudar de atitude.” (índice de indeterminação do sujeito).
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. A crítica do texto não é a respeito de reflexões, mas
sim de preconceitos e argumentos sem base científica sobre os efeitos nocivos de
vacinas.
Alternativa B: INCORRETA. Nesse caso, não há propriamente mobilização, mas
manifestações isoladas de cientistas que, para se promoverem, manifestam-se
contrários à vacinação.
Alternativa C: CORRETA. O movimento antivacina é uma mobilização de pessoas
sem fundamentos científicos contra imunização de doenças
Alternativa D: INCORRETA. Não se trata de mobilização.
Alternativa E: INCORRETA. Não se refere a um movimento, mas a desinformação
coloca em risco a saúde global.
grau de dificuldade:
A. Portanto.
B. Todavia.
C. Pois.
D. Que.
E. Conforme.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. Quatro.
B. Apenas um.
C. Três.
D. Nenhum especificado no texto.
E. Dois.
grau de dificuldade:
Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. O texto inteiro deve ser lido com atenção.
Assim sendo, verifica-se que, no presente caso, o trecho da resposta localiza-se em
um único bloco do texto.
Alternativa C: CORRETA. Segundo a OMS, o boicote à vacina tem várias causas,
que variam de indivíduo para indivíduo. 1. Para algumas pessoas, o problema
reside na segurança das vacinas, principalmente em decorrência de casos isolados
em que um cientista mal intencionado divulgou informações falsas para
autopromoção. 2. Outras acreditam que o período entre uma vacina e outra –
especialmente no caso das crianças – é muito pequeno e deveria ser mais
espaçado. 3. Existem ainda as “teorias da conspiração” que consideram as vacinas
como um método de controle populacional utilizado pelos governos.
grau de dificuldade:
à Ú
67 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E
CONCURSOS – 2019) Marque a alternativa em que há uma inadequação na
colocação pronominal:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Não há coerência com o texto, tanto no sentido de se
fazer uma crítica ao médico: deficiência básica da escuta médica, assim como ao
paciente: longas narrativas imprecisas dos pacientes.
Alternativa B: INCORRETA. Afirmação desvinculada do sentido do texto.
Alternativa C: CORRETA. Descompasso entre a utilização de termos técnicos, do
lado dos médicos, e a falta de entendimento dessa linguagem, do lado dos
pacientes. Não há interação entre os interlocutores por conta da linguagem usada
na comunicação.
Alternativa D: INCORRETA. Aqui também não há intenção do texto em criticar a
neutralidade rigorosa do discurso médico e à falta de capacidade de criação de
narrativas por parte do paciente. Observe o nivelamento da linguagem:
supostamente neutra
A. Ironia.
B. Hipérbole.
C. Metonímia.
D. Sinestesia.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Jogos sérios
Alguns programadores têm feito esforços para projetar
intencionalmente jogos digitais com o fim de apoio
psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros
jogos, como o Depression Quest, da game designer
estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles
que lidam com esses problemas, mas para que amigos e
familiares possam entender melhor a situação dos jogadores,
compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo
interativo. [...]
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. V – V – F.
B. V – F – V.
C. F – F – V.
D. F – V – V.
E. V – F – F
grau de dificuldade:
A. projetar jogos sérios com o fim de apoio psicológico é mais trabalhoso que
projetar jogos comuns.
B. os jogos digitais comuns também podem propiciar apoio psicológico, mas
não é seu objetivo.
C. jogos sérios começaram a ser projetados por alguns programadores que
necessitam de apoio psicológico.
D. os programadores perceberam que jogadores tímidos necessitam de jogos
desenvolvidos especialmente para eles.
E. os jogos digitais comuns costumam enfraquecer o lado psicológico dos
usuários.
grau de dificuldade:
A. finalidade.
B. causalidade.
C. condicionalidade.
D. temporalidade.
E. proporcionalidade.
grau de dificuldade:
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Nem todos os armários contêm livros. Observe: ele
tem, eles têm; ele contém, eles contêm.
Alternativa B: INCORRETA. Diversas iniciativas de edições colaborativas
compõem. Verbo compor conjuga-se como o verbo pôr: componho, compões,
compõe, compomos, compondes, compõem.
Alternativa C: INCORRETA. Não são muitos os estudantes que retêm. Assim: ele
retém, eles retêm; ele detém, eles detêm.
Alternativa D: INCORRETA. O aparelho mantém o usuário conectado por horas.
Observe: ele mantém, eles mantêm.
Alternativa E: CORRETA. Os especialistas veem. Note a variação na conjugação:
ele vê, eles veem. Além do mais, por conta do Acordo Ortográfico, vogais dobradas
não recebem acento: enjoo, abençoo, eles creem, eles leem.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
(Cláudia Collucci, Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS. Em: Folha de
S.Paulo, 25.10.2018. Adaptado)
82 (TJ/SP – VUNESP – 2019) As informações do texto mostram que a atenção
primária à saúde:
grau de dificuldade:
A. Obrigou e desejo.
B. Amainou e suporte.
C. Dissuadiu e modelo.
D. Orientou e incremento.
E. Estimulou e arrimo.
grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. Obrigar significa impor, forçar; por outro lado, desejo
significa vontade, propósito.
Alternativa B: INCORRETA. Amainar tem o sentido de reduzir a intensidade,
afrouxar; de outra parte, suporte tem o sentido do que é usado para sustentar,
apoiar.
Alternativa C: INCORRETA. Dissuadir equivale a induzir alguém a mudar de
opinião; por sua vez, modelo significa algo que serve para ser imitado.
Alternativa D: INCORRETA. Orientar significa voltar- se para a direção de um dos
pontos cardeais; por outro lado, incremento tem o sentido de ação de desenvolver,
aumentar alguma coisa.
Alternativa E: CORRETA. Estimular significa dar incentivo; de outra forma, arrimo
tem o sentido de apoio, encosto.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
86 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Nos trechos “E isso só vai acontecer quando...” (1.º
parágrafo) e “... que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde...”
(3.º parágrafo), os pronomes isso e que retomam, correta e respectivamente, as
seguintes ideias:
Alternativa A. INCORRETA: O pronome isso não se relaciona com não usar a saúde
como brinquedo político.
Alternativa B. INCORRETA: No texto, o dêitico que não retoma o termo Declaração
de Astana.
Alternativa C. INCORRETA: O pronome isso não retoma o termo deixar atender
para a saúde.
Alternativa D. INCORRETA: Ambos os termos não se relacionam respectivamente
com usar a política para promover a saúde; o 40º aniversário da Declaração de Alma
Alta.
Alternativa E: CORRETA: E isso (usar a saúde para promover o bem-estar e a
qualidade de vida) só vai acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção
primária à saúde a base da assistência universal. Isso é um pronome demonstrativo
invariável, denominado linguisticamente como dêitico, isto é, um termo que faz
referência ou retoma outro termo do discurso. Da mesma forma, a expressão A
Declaração de Alta é retomada pelo pronome relativo (dêitico) que.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já
ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é
preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de
dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e
os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não
serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de
como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma
característica do que, no complexo campo de problemas,
chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility, uncertainty,
complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil,
incerto, complexo e ambíguo.
93 (PSP IABAS - UPAS RIO – 2019) A palavra “Volátil”, que representa a consoante
inicial da sigla VUCA, tem o significado de:
A. Anárquico.
B. Devoluto.
C. Instável.
D. Vulnerável.
E. Inconsútil.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. mau-mal-mau-mal-mal.
B. mau-mal-mau-mal-mau.
C. mau-mau-mal-mau-mau.
D. mal-mau-mal-mau-mau.
E. mal-mal-mau-mal-mal.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
Bloqueio de comunicação:
A timidez é um problema que atinge um contingente imenso
da população mundial. Todos podem ficar inibidos em alguma
situação, mas há casos mais graves, que levam a pessoa à
frustração. Existem exemplos surpreendentes de tímidos
famosos. A cantora Cássia Eller, por exemplo, tinha uma
performance de palco intensa e ousada, chegando, algumas
vezes, à levantar a blusa e mostrar os seios ao final das
apresentações. No entanto, era tímida a ponto de ter medo de
entrevistas.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
A. Todos podem ficar inibidos em alguma situação, mas há casos mais graves,
que levam a pessoa à frustração.
B. A cantora Cássia Eller, por exemplo, tinha uma performance de palco intensa
e ousada, chegando, algumas vezes, à levantar a blusa e mostrar os seios ao
final das apresentações.
C. Os especialistas dizem que toda essa inibição é resultado de uma autocrítica
exagerada, aliada à insegurança e a uma autoestima muito frágil, insuficiente
para contrabalançar a equação que nos leva a agir com firmeza nas situações
reais.
D. Essa supervalorização de si mesmo, às vezes tem relação com um “alto grau
de narcisismo”, segundo a opinião de Savian.
E. Com técnicas de regressão, lembrou que, um dia, uma professora o colocou
na “fileira dos burros”, embora ele tivesse absoluta consciência de que aquele
lugar não equivalia à sua inteligência.
grau de dificuldade:
A. Uma
B. Duas
C. Três
D. Quatro
E. Cinco
grau de dificuldade:
Resumo Prático
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – COESÃO E COERÊNCIA
Coesão é o processo relacionado com elementos de composição do texto,
ligando, em uma crescente integração, palavras, frases, parágrafo, texto - valendo-
se de recursos formais (gramaticais) e conceituais.
Dessa forma, os mecanismos linguísticos estabelecem conexões, relações e
sequências, no sentido de ligar logicamente as partes do texto.
Coerência é um processo de construção do significado geral do texto. Entre
outros, constituem princípios de coerência:
DIVISÃO DA GRAMÁTICA
6. Semântica é o estudo da significação das palavras.
A sinonímia ocorre quando as palavras são diferentes na forma, mas quase
idênticas no significado (sinônimas). Exemplos:
A antonímia ocorre quando as palavras apresentam significação oposta
(antônimas). Exemplos:
Alegre ≠ triste
A homonímia ocorre quando as palavras ditas homônimas têm a mesma forma
ou o mesmo som, mas diversidade de significado. Exemplos:
São = saudável – O exame comprova que ele está completamente são.
São = verbo ser – Eles são de Brasília.
Homônimas homógrafas: são as palavras com a mesma grafia e a mesma
pronúncia, cujo significado depreende-se pelo contexto. Exemplos:
O Plano Real de estabilização econômica do país teve início em 27 de fevereiro
de 1994.
A família real portuguesa chegou ao Brasil em 1808.
Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas diferentes
na grafia e no significado. Exemplos:
sessão - duração de uma reunião ou de um espetáculo.
seção – repartição, secção é grafia antiga.
cessão – ato de ceder.
A primeira sessão do cinema ainda não começou.
Jéssica dirigiu-se à seção de moda.
A escola fez a cessão da quadra para os Jogos Regionais.
Parônimas: são palavras que são grafadas de forma parecida e são
pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados distintos
(paronímia). Exemplos:
absorver – sorver, assimilar, consumir
absolver – inocentar
A esponja absorve a água.
O réu foi absolvido no julgamento.
A etimologia estuda a origem e a formação das palavras.
A ortografia é a forma de escrever corretamente as palavras.
A estilística considera a língua na sua função expressiva, levando em conta o
uso dos recursos fônicos, léxicos e sintáticos.
A enunciação é um ato social por meio do qual um enunciador (quem fala ou
escreve) põe, no caso, a língua portuguesa em funcionamento, aqui e agora, tendo
em vista um enunciatário (quem ouve ou lê). Os sujeitos (enunciador -
enunciatário) estão, pois, envolvidos num inter-relacionamento que tem como
fundamento o diálogo. A terceira pessoa (ele) não é necessariamente uma
pessoa, pois é o objeto da enunciação (de quem ou do que se fala).
As funções da linguagem são recursos que atuam de acordo com a intenção do
produtor do discurso. Considera-se ruído tudo aquilo que interfere na
compreensão da mensagem.
Dêiticos são elementos linguísticos que indicam explícita ou implicitamente o
lugar (aqui) ou o tempo (agora) e os participantes (enunciador/ enunciatário), no
processo de enunciação.
Jakobson (1971) divide as funções da linguagem em seis componentes: emissor,
mensagem, receptor, canal, código e contexto.
O quadro abaixo está adaptado ao conceito de enunciação
Assim:
1. Um enunciador produz o enunciado.
2. Um enunciatário recebe o enunciado.
O texto a ser transmitido é o enunciado; o que só é possível graças a um
código, ou seja, um sistema de signos comum ao enunciador e ao enunciatário,
no caso, a língua portuguesa O meio que possibilita a circulação do enunciado é o
canal. Por fim, há o contexto – aquilo a que a mensagem (o enunciado) refere-se.
Cada um desses elementos corresponde a uma função da linguagem. Na
comunicação linguística, todas as funções da linguagem encontram-se presentes.
Ocorre que uma pode ficar mais evidente do que as demais, é a chamada função
dominante.
O diagrama abaixo apresenta as funções da linguagem e sua relação com os
elementos da comunicação:
GÊNEROS TEXTUAIS
Para interpretar um texto, deve-se primeiramente encaixá-lo num modelo de
discurso. O texto está organizado em conformidade com determinado gênero, por
conta do uso social que o determina. A pergunta que se faz é: qual é o tipo desse
texto? Exemplos desses conjuntos diferenciados a que denominamos gêneros
textuais: piada, carta comercial, bula de remédio, notícia de jornal, receita médica,
romance, poesia, peça teatral, conversa, discurso de parlamentar, história em
quadrinhos, entre outros.
QUADRO DA INTEGRAÇÃO ENTRE FUNÇÕES DA LINGUAGEM,
GÊNEROS TEXTUAIS E FORMAS GRAMATICAIS
1. Função expressiva ou emotiva é aquela centralizada no enunciador,
quando se transmite os sentimentos e as opiniões de quem fala.
Exemplos:
São marcantes minhas recordações daquele verão.
Poema
Fui mirar-me num espelho
Cecília Meireles
2. Função referencial é aquela que tem como finalidade informar sobre
um fato da realidade.
Exemplos:
Helena conferiu o troco.
Mineralogia
A Mineralogia se dedica ao estudo da química, estruturas
molecular e cristalina e propriedades físicas (incluindo ópticas e
mecânicas) de minerais, bem como a sua gênese, metamorfismo,
evolução química e meteorização.
3. Função apelativa ou conativa é aquela que tem como alvo a pessoa
com quem se fala (interlocutor), no sentido de influenciá-la, persuadir,
seduzir, cativar. Assume a forme de um apelo. Exemplo: Não fume nesta
sala!
4. Função fática é aquela que estabelece, mantém ou prolonga a
comunicação. Privilegia a interação entre as pessoas do discurso. Testa
o canal de comunicação. Estabelece os primeiros contatos de uma
comunicação para colocar em interação os interlocutores. Exemplo de
falta de sintonia numa ligação telefônica:
- Alô!
- Pronto!
- Quem fala?
- Quem fala?
- De onde é?
-?
Função fática
Emprega frases que visam sintonizar os interlocutores na comunicação.
Interjeições e frases de saudações prestam-se a essa função. Expressões
padronizadas dispensam o uso de linguagem mais elaborada. Exemplos: Oi,
Você concorda? Não acha? Está bem? Psiu! Até mais! E outras expressões
similares. Uma conferência e um programa de televisão, por exemplo, são
abertos e finalizados com cumprimentos e despedidas dos apresentadores.
5. Função metalinguística é o uso da linguagem para explicar a própria
linguagem, isto é, os elementos do próprio código. Exemplo: plebiscito é
uma palavra que veio do latim plebiscitu que significava “decreto da
plebe”. Hoje é uma consulta popular a respeito da aprovação ou não de
matérias importantes para a sociedade.
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Função metalinguística
Consiste em usar o código de comunicação para
explicar o próprio código. Nos textos verbais, o código é
a língua. Exemplos: o uso da gramática e do dicionário.
Na conversa, quando se explica alguma coisa que não
foi entendida, faz-se uso de metalinguagem.
de um lado o rio, no alto as nuvens,
6. Função poética é aquela concentrada na própria mensagem. Nesse
caso, procura-se chamar a atenção para a elaboração da mensagem que
provoca no receptor um efeito estético. Encontra-se permeada nos
poemas e, em alguns casos, na prosa e em anúncios publicitários.
Exemplo:
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Fonte: novaescolar.org.br
1. A norma culta ou norma-padrão, que impõe a identidade à língua
materna, é o padrão oral ou escrito a que se tem acesso mediante
aprendizagem e estudo. Principalmente, na escrita, pauta-se na
correção e precisão gramatical.
É o padrão linguístico de maior prestígio social, inerente à tradição literária e da
qual se faz uso na redação e interpretação de leis, decretos, documentos oficiais,
trabalhos jurídicos, acadêmicos e científicos.
2. Variação histórica
É aquela em que a palavra sofre transformação ao longo do tempo. Exemplos:
vosmecê você
pharmacia farmácia
Fonte: pt.wikipedi.org
3. Variação regional ou diatópica
É a variação das palavras, de acordo com o uso em certas áreas do país. O
dialeto caipira é uma variação linguística típica de certas localidades do interior
paulista. Exemplos de palavras diferentes que designam a mesma coisa em
regiões geográficas distintas do território nacional:
mandioca, macaxeira, aipim,
abóbora, jerimum
4. Variação social ou diastrática
A posição sociocultural caracteriza um determinado nível de fala. Assim, o
engenheiro usa termos técnicos que podem ser desconhecidos por um ajudante
de obras. Uma criança não fala como uma adolescente ou um adulto.
A gíria é uma forma de linguagem restrita a um determinado grupo, pois
circula em meios sociais específicos, como entre os jogadores de determinada
modalidade esportiva, os estudantes, os jornalistas, entre outros.
Por outro lado, o jargão circula em certas áreas profissionais, que se vale de
um linguajar técnico, como na área jurídica, médica e da informática, entre outras.
5. Variação situacional ou diafásica
Decorre do contexto da comunicação, isto é, da situação, da ocasião na qual o
falante está inserido, valendo-se do nível formal ou informal. O grau de
formalidade ou informalidade afeta o uso de regras, normas e convenções
linguísticas. Um advogado, por exemplo, não usa a mesma forma de linguagem
no Fórum e na conversa descontraída entre os familiares. Consideremos vários
situações de produção do discurso: bate-papo, conversa de botequim, discurso em
academia, entre outras.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotativo é o sentido literal da palavra ou do enunciado. É utilizado em textos
em que predomina a função referencial, como no caso de uma reportagem, de
uma bula de remédio ou de um manual de instrução, entre outros similares. O
objetivo é transmitir informações. Exemplo:
Ao cair da noite, apareceu a primeira estrela no céu.
A linguagem no sentido conotativo é utilizada em sentido figurado. As palavras
e expressões ganham um novo significado em situações e contextos específicos de
uso. Nos textos mais elaborados, a exemplo dos literários e publicitários, a
conotação é o foco da atenção. Exemplo:
Pela sua participação no filme, Raquel é agora uma estrela.
FONÉTICA E FONOLOGIA
Fonética é o estudo dos sons da fala no aspecto físico e acústico.
Fonologia é o estudo da função de um fonema na estrutura da língua
portuguesa.
a A (á) j J (jota)
s S (esse)
b B (bê) k K (cá)
t T (tê)
c C (cê) l L (ele)
u U (u)
d D (dê) m M (eme)
v V (vê)
e E (ê) n N (ene)
w W (dáblio)
f F (efe) o O (ó)
x X (xis)
g G (gê ou guê) p P (pê)
y Y (ípsilon)
h H (agá) q Q (quê)
z Z (zê)
i I (i) r R (erre)
ENCADEAMENTO FONOLÓGICO
O encadeamento fonológico ocorre mediante uma articulação crescente de
unidades:
1. Fonemas (produção da unidade sonora: lê – a – tê – a)
2. Letras (representação escrita do fonema: l - a - t – a)
3. Sílabas (fonema ou grupo de fonemas pronunciado numa só emissão de
voz: la – ta
4. Vocábulo (palavra de uso na língua): lata
LETRA E FONEMA
Fonema elemento sonoro.
Letra forma convencional de representar o fonema na escrita.
Pode-se dizer que o fonema é o som do qual se tem uma percepção auditiva,
enquanto a letra é um símbolo gráfico do qual se tem percepção visual. Não é
sempre que o número de letras de uma palavra corresponde ao número de
fonemas.
PECHINCHA nove letras: p e c h i n c h a
A transcrição dos fonemas é feito entre barras, de acordo com o alfabeto
fonético: /pexĩxa/. – 6 fonemas
As letras m e n, quando pospostas às vogais, são sinais de nasalização.
Manta /mãta/
Bamba /bãba/
SÍLABA
Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas que é pronunciado em uma só
emissão de voz.
A Separação silábica, também chamada de divisão silábica, é a delimitação das
palavras em sílabas, delimitação esta que é marcada pelo hífen. Como a vogal é o
núcleo da sílaba, não há sílabas sem vogais.
Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, quando parte
da palavra fica no final da linha, e a outra parte no início da linha seguinte.
Os monossílabos tônicos possuem autonomia fonética, ou seja, não necessitam
se apoiar em outro vocábulo para demonstrar valor fonético.
há chá pá cá mês lê ré pé
Os monossílabos átonos não possuem essa autonomia fonética na frase, pois
são pronunciados tão fracamente que se apoiam em sílabas tônicas de vocábulos
vizinhos.
O homem gosto de disse que
FONEMAS
Vogais são fonemas produzidos pela corrente de ar que passa sem obstáculo
pela cavidade bucal ou pelas fossas nasais. Constituem a base da sílaba Cinco
letras a - e – i – o - u representam sete fonemas orais: a – é – ê – i – o – ó – u. Os
fonemas nasais são marcados por ~, m ou n: lã, empada, incluir, ombro, tumba.
Consoantes são fonemas produzidos pela articulação dos órgãos da boca
(lábios, dentes, alvéolos), criando resistência à passagem da corrente de ar
expelida dos pulmões. Não se situam na base da sílaba.
Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (I-U) na mesma sílaba. O
ditongo é decrescente quando a semivogal vem em segundo lugar. Exemplos: fui,
pouco. O ditongo é crescente quando a semivogal vem em primeiro lugar.
Exemplos: água, série. Os ditongos ainda podem ser orais: réis, ideia, jérsei ou
nasais: limões, mãe, pão.
Tritongo é a sequência de semivogal + vogal + semivogal, ocorrendo numa só
sílaba.
Tritongos orais: Uruguai, delinquiu.
Tritongos nasais: saguão, minguam.
Hiato é o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes.
saída sa-í-da
saúde sa-ú-de
ENCONTRO CONSONANTAL
Encontro consonantal é o agrupamento de consoantes numa palavra. Pode
ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes.
Na mesma sílaba: cla-ri-da-de.
Em sílabas diferentes: ad-vo-ga-do.
Dígrafo é o grupo de letras que representa um único fonema.
Os dígrafos consonantais ocorrem quando duas letras formam um som de consoante.
ch chapéu sc nascer
lh molhar xc exceção
nh rainha gu guerra
rr carro qu quis
ss pêssego
Os dígrafos vocálicos ocorrem quando o encontro de duas letras forma um som de vogal.
am tampa bamba
an antítese manto
em lembrança tempo
en lento centro
im impureza limbo
in lindo síntese
om sombra pompa
on ontem conto
um tumba cumprimento
un fundo mundo
Oxítona – última sílaba: atrás, sofá, café. Monossílaba - uma sílaba: pó, pé, foz.
encorajar
enferrujar
3. Caso da letra c ou ç
a. O c tem o som de s com as vogais e e i. Antes de a, o e u usa-se ç:
conceito
aceito
ácido
açafrão
aço
açúcar
b. Substantivos terminados em -tenção, derivados do verbo ter, recebem ç:
deter - detenção
conter - contenção
c. Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição
foice
4. Letra s
a. Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:
análise = analisar, analisado
coisa
maisena
c. Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, empregamos ss, para o som
de s:
concurso
expulso
prosseguir
5. Caso do xc – dígrafo ou encontro consonantal
a. xc dígrafo – as consoantes ficam separadas na divisão silábica:
exceção
excedente
excelente
b. xc encontro consonantal: as consoantes também ficam separadas na
divisão silábica.
exclamação
excluído
exclusão
6. Sc é um dígrafo consonantal separável.
Nascer – nas-cer
Crescer – cres-cer
Adolescente – a-do-les-cen-te
7. Caso da letra o ou u
a. Emprega-se o:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de certas palavras:
Medir o comprimento da sala (extensão).
botequim
cortiço
engolir
goela
b. Emprega-se u:
O u substitui o w do inglês: sanduíche, suéter, suingue, uísque.
São latinismos palavras como bônus, vírus, Vênus, versus, status.
Tradicionalmente, o plural de campus é campi. Contudo, as formas
aportuguesadas (o câmpus, os câmpus) são também recomendadas.
bueiro
camundongo
cinquenta
cutia
curtume
8. Caso da letra e ou i
a. Os verbos terminados em -uir e em -oer têm, no presente do indicativo,
as 2ª e 3ª pessoas do singular grafadas com i:
tu possuis - ele possui
cárie
diferir (divergir)
9. Palavras que admitem escrita com c ou qu:
catorze quatorze
cociente quociente
10. Palavras que admitem dupla grafia:
caatinga e catinga
entoação e entonação
enumerar e numeração
percentagem e porcentagem
PROSÓDIA
A prosódia trata da correta pronunciação das palavras, considerando o acento e
a entoação. Silabada é um vício de linguagem que consiste em deslocar o acento
tônico de uma palavra. Exemplos: masseter (músculo facial) – oxítona; filantropo –
paroxítona; ínterim – proparoxítona.
ORTOEPIA OU ORTOÉPIA
A Ortoepia ou Ortoépia estuda a pronúncia correta das palavras, preceituando
a perfeita emissão das vogais e dos grupos consonantais.
Os erros de ortoepia ou ortoépia são chamados de cacoépia. Exemplos:
Correto Incorreto
absurdo abisurdo
advogado adevogado
bodas (ô) bodas (ó)
crosta (ô) crosta (ó)
escaravelho (ê) escaravelho (é)
Perguntei-lhe por que saíra tão cedo. (por qual motivo – frase
interrogativa indireta)
Não entendemos por que ele se lamentava tanto. (por qual razão –
frase interrogativa indireta)
Porque (junto) – usado para frases afirmativas com sentido de explicação ou
causa:
Comprei naquela loja, porque o preço estava baixo.
Í Ô
1. MONOSSÍLABOS TÔNICOS
Acentuamos todos os monossílabos tônicos em A – E – O seguidos ou não de S.
Exemplos:
A – AS: pá, há, pás, gás;
2. OXÍTONAS
Acentuamos todas as oxítonas terminadas em A – E – O – EM seguidas ou não
de S. Exemplos:
A – AS: Paraná, sofá, sofás, atrás;
3. PAROXÍTONAS
Acentuamos as paroxítonas terminadas em R – X – L – N – UM – UNS – Ã – ÂS –
ON – ONS – I – IS – US – ÃO – ÃOS – PS e ditongo crescente. Exemplos:
R – açúcar, éter;
X – tórax, látex;
L – amável, fácil;
N – éden, hífen;
I – IS – ravióli, lápis;
US – lótus, Vênus;
PS – bíceps, fórceps;
Ditongo crescente – pátio, espécie.
4. PROPAROXÍTONAS
Acentuamos todas as palavras proparoxítonas.
Exemplos:
árvore lágrima América médico
5. DITONGOS
Acentuamos a vogal base dos ditongos ÉI(S) – ÓI(S) – ÉU(S) nas palavras
oxítonas.
ÉI – fiéis, anéis;
ÓI – faróis, Niterói;
ÉU – céu, chapéus.
Não são acentuados os ditongos ÉI e ÓI nas palavras paroxítonas.
Ideia assembleia boia heroico introito jiboia
6. HIATOS
Acentuamos o I e o U tônicos quando aparecem depois de vogal, isolados na
sílaba ou acompanhados de S. Exemplos:
sa – í i - segunda vogal do hiato
ba – ú u - segunda vogal do hiato
pa – ís is - segunda vogal do hiato + S
ba – ús us - segunda vogal do hiato + S
O I e o U não recebem acento, quando seguidos de NH.
rainha bainha moinho
Se o I e o U estiverem formando sílaba com letra diferente de S, não serão
acentuados.
Distribuir ainda raiz ruim juiz
Nas palavras paroxítonas, não se usa o acento no I e no U tônicos quando
vierem depois de um ditongo.
baiuca Bocaiuva feiura
7. ACENTO DIFERENCIAL
pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na
3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do
singular.
Ontem ele não pôde sair cedo, mas hoje ele pode.
pôr/por.
Pôr é verbo. Por é preposição.
Ele vai pôr o relatório na gaveta.
Mário anda por aí.
Plural de ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter,
convir, intervir, advir), para diferenciar a 3.ª pessoa do singular da 3.ª pessoa do
plural no presente do indicativo:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
2. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que
se inicia o segundo elemento:
Aeroespacial autoescola infraestrutura
5. Quando o prefixo termina por vogal, emprega-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma vogal:
anti-inflacionário semi-internato micro-ondas
6. Quando o prefixo termina por consoante, não se emprega o hífen se o segundo elemento
começar por vogal:
Hiperacidez interestudantil Interestelar
7. Com os prefixos além, aquém, ex, recém, pós, pré, pró, sem emprega-se sempre o hífen:
além-mar ex-diretor pós-graduação
além-túmulo ex-hospedeiro pré-história
8. Deve-se empregar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani, como açu, guaçu e
mirim:
amoré-guaçu anajá-mirim capim-açu.
ARCAÍSMO E NEOLOGISMO
As expressões antigas que deixam de ser usadas são os arcaísmos. Exemplos:
asinha (depressa), palmerim (peregrino), alevantar (levantar). Por ouro lado, os
vocábulos novos introduzidos na língua são os neologismos. Exemplos: semântica,
cromossomo, piquenique, bagunça, bamba, batuta.
5. Desinência é um elemento terminal do vocábulo e apresenta valor
essencialmente gramatical. Pode ser nominal ou verbal. A desinência
nominal indica a flexão de gênero e número dos nomes. Assim, em
gatas, as desinências nominais são a (feminino) e s (plural). A desinência
verbal expressa nos verbos o número (singular plural), a pessoa (1.ª, 2.ª
e 3.ª), o tempo e o modo.
7. Afixos são elementos que se agregam ao radical. Colocados antes do
radical denominam-se prefixos. Quando aparecem depois do radical são
chamados sufixos. Observe:
8. Cognatos são vocábulos procedentes de um radical comum, isto é, da
mesma família linguística. Em pedra, pedreiro, pétreo, desempedrar, todos
os vocábulos são oriundos da mesma raiz latina petr.
1. DERIVAÇÃO
A derivação pode ocorrer de quatro formas:
a. Prefixal – consiste na formação de novas palavras pelo acréscimo de um
prefixo. Exemplos:
pôr dispor
b. Sufixal – consiste na formação de novas palavras pelo acréscimo de um
sufixo. Exemplos:
amor amoroso
c. Parassintética – consiste em acrescentar simultaneamente um prefixo e
um sufixo a um radical, de modo que a palavra fica sem sentido, caso se retire
o prefixo ou o sufixo. Exemplos:
en + clausura + ar = enclausurar
Derivação prefixal e sufixal - ocorre quando um prefixo e um sufixo são
acrescentados à palavra primitiva de forma independente, isto é, não
simultaneamente. Sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo
significado. Exemplos:
deslealmente desleal lealmente
d. Regressiva – é um processo que não amplia a palavra com prefixos e
sufixos, mas a reduz, dando origem aos substantivos deverbais ou pós-verbais,
enquadrando-se entre os abstratos. O regressivo verbal consiste em
acrescentar uma das vogais –a –e ou –o ao radical do verbo. Exemplos:
d.
Verbo Substantivo pós-verbal
Errar erro
e. Imprópria – consiste em mudar a classe gramatical de uma palavra.
Observe as passagens:
a) De substantivos próprios a comuns: quixote (de Dom Quixote).
b) De substantivos comuns a próprios: Aranha.
c) De adjetivos a substantivos: circular.
d) De substantivos a adjetivos: comício-relâmpago.
2. COMPOSIÇÃO
a. A justaposição ocorre quando cada elemento conserva sua integridade.
Observe:
Fonte: <www.cm.pvarzim.pt>.
b. A aglutinação ocorre quando se perde a noção dos elementos
constitutivos, posto que passam a se subordinar a um único acento tônico.
Geralmente, prevalece a acentuação tônica do último elemento. Observe:
Filho + de + algo = fidalgo
c. Hibridismo é o processo pelo qual entram elementos de línguas diferentes
na formação de uma palavra:
socio + logia (grego - latim) sociologia
3. ONOMATOPEIA
Onomatopeia é a reprodução do som ou ruído da coisa significada. Convém
assinalar que não se trata de uma imitação fiel, mas de uma aproximação. São
sons produzidos pelo corpo humano: atchim (espirro), nhac (mordida); vozes
imitativas dos animais: miau (gato), cricri (grilo); ruídos produzidos por máquinas,
ou batidas: tique-taque (relógio) toque-toque (bater à porta).
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
As palavras em língua portuguesa são divididas em dez classes gramaticais
distintas, que se subdividem em seis variáveis e quatro invariáveis. São elas:
1. Variáveis — são aquelas que admitem flexão:
artigo pronome
adjetivo verbo
numeral substantivo
2. Invariáveis — são aquelas que não admitem flexão:
advérbio conjunção
preposição interjeição
SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que nomeia pessoas, animais, coisas e seres em geral.
Exemplos: flor, pincel, sabedoria, Brasil.
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
1. Próprio — designa um só ser da mesma classe ou espécie. Exemplos:
Maria, América, André, Copacabana.
2. Comum — aplica-se a todos os seres da mesma espécie. Exemplos: livro,
lápis, bola, gato.
3. Concreto — designa os seres de existência própria (podem ser reais ou
fictícios). Exemplos: mar, automóvel, lua, alma, fada.
4. Abstrato — aplica-se aos seres de existência dependente, isto é, existem
em nossa mente, exprimindo pensamentos, sentimentos e emoções.
Exemplos: amor, sofrimento, justiça, paz, ira, esperteza, medo, coragem.
5. Primitivo — é aquele que não deriva de palavra conhecida na língua
portuguesa. Exemplos: árvore, flor, pedra, ferro.
6. Derivado — é aquele que deriva de outra palavra. Exemplos: arvoredo,
florista, pedreira, ferradura.
7. Simples — é o que contém um só elemento. Exemplos: peixe, sol, pé.
8. Composto — é aquele constituído por mais de um elemento. Exemplos:
peixe-boi, girassol, pé de moleque.
9. Coletivo — é aquele que, no singular, designa um conjunto de elementos.
Exemplos: arquipélago – ilhas; banca – examinadores; alcateia – lobos.
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
Substantivos uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que
serve tanto para designar um sexo quanto o outro. Assim:
a. Substantivos comuns de dois gêneros
São os substantivos, designativos de pessoas, tendo a mesma forma para o
masculino e para o feminino. A indicação de gênero é marcada pelo artigo ou pelo
adjetivo:
o agente – a agente
o artista – a artista
b. Substantivos sobrecomuns
Apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino:
o cônjuge
o carrasco
a pessoa
c. Substantivos epicenos
São aqueles substantivos designativos de animais que possuem uma só forma
para os dois gêneros. Requerem o adjetivo macho e fêmea para diferenciar o
gênero. Exemplos: cobra, aranha, borboleta.
GRAU
Grau é a propriedade que as palavras têm de graduar as proporções que
expressam.
Grau normal - indica o substantivo na sua significação normal.
casa copo carro mesa árvore
Grau aumentativo - indica a dimensão aumentada ou exagerada do substantivo.
Classifica-se em:
a. Analítico
O substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica ideia de grandeza.
mesa grande janela enorme mar imenso
b. Sintético
É formado com auxílio de sufixos. Exemplos:
ave - avejão
bala - balaço
Grau diminutivo – indica que o substantivo tem sua dimensão atenuada,
reduzida. Classifica-se em:
a. Analítico
O substantivo formado com auxílio de adjetivo:
carro pequeno pedra minúscula desenho reduzido.
b. Sintético
É o que se forma com auxílio de sufixo. Exemplos:
aldeia - aldeola
árvore – arbusto
ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que se associa ao substantivo para determiná-lo,
indicando qualidade, defeito, estado ou condição. O adjetivo manifesta a flexão de
gênero, número e grau.
Casa limpa preço remarcado papel velho plantas aquáticas monumento belíssimo
LOCUÇÃO ADJETIVA
1. Locução adjetiva: é a expressão que equivale a um adjetivo. É formada
por uma preposição + um substantivo com função de adjetivo.
festa de junho = festa junina
amor de pai = amor paterno
ADJETIVO PÁTRIO
O adjetivo pátrio indica o local de origem ou nacionalidade. Em certos casos,
pode ocorrer a substantivação do adjetivo pátrio.
Os argentinos (substantivo) visitaram o continente europeu (adjetivo).
Relação dos adjetivos pátrios mais conhecidos:
Acre = acreano — Afeganistão = afegão — Amapá = amapaense — Argélia =
argelino — Bélgica = belga, — Belo Horizonte = belo-horizontino — Bogotá =
bogotano — Buenos Aires = buenairense, portenho — Bulgária = búlgaro — Cairo
= cairota — Caracas = caraquenho — Checoslováquia = checoslovaco, checo —
Coimbra = coimbrão — Constantinopla = constantinopolitano — Egito = egípcio —
Espírito Santo = capixaba, espírito-santense — Etiópia = etíope — Fernando de
Noronha = noronhense — Flandres = flamengo — Florianópolis = florianopolitano
— Guatemala = guatemalteco — Havana = havanês — Ilhéus = ilheense — Índia =
hindu, indiano — Israel = israelense — Itu = itua-no — Jerusalém = hierosolimitano
— João Pessoa = pessoense — Jundiaí = jundiaiense — Lima = limenho — Macapá =
macapaense — Maceió = maceioense — Madri = madrileno — Marajó = marajoara
— Marrocos = marroquino — Mato Grosso = mato-grossense — Mato Grosso do
Sul = mato-grossense do sul — Milão = milanês — Montevidéu = montevideano —
Moscou = moscovita — Nápoles = napolitano — Nicarágua = nicaraguense - Nova
Zelândia = neozelandês — Panamá = panamenho — Petrópolis = petropolitano —
Porto Rico = porto-riquenho — Porto velho = porto-velhense — Recife = recifense
— Ribeirão Preto = riberopretano, riberão-pretense — Rio de Janeiro (estado) =
fluminense — Rio de Janeiro (cidade) = carioca — Rio Grande do Norte = potiguar,
rio-grandense-do-norte — Rio Grande do Sul = gaúcho, rio-grandense-do-sul —
Rondônia = rondoniense — Santa Catarina = catarinense — São Paulo (estado) =
paulista — São Paulo (cidade) = paulistano — Veneza = veneziano.
FLEXÃO DO ADJETIVO
O adjetivo flexiona-se para concordar com o substantivo em gênero e número.
Menino estudioso Meninos estudiosos
Menina estudiosa Meninas estudiosas
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam comparativo e
superlativo irregulares:
Superlativo
Comparativo de
Normal
superioridade
Absoluto Relativo
bom
melhor
ótimo
melhor
mau
pior
péssimo
pior
grande
maior
máximo
maior
pequeno menor mínimo menor
ARTIGO
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo ou
indeterminá-lo. Daí a classificação em:
Artigo definido: o, a, os, as. É aquele que determina, particulariza o
substantivo.
Finalmente achei o livro.
Artigo indefinido: um, uma uns, umas. É aquele que generaliza o
substantivo de modo vago e impreciso.
Neste fim de semana vou ler um livro.
Os artigos definidos e indefinidos podem combinar-se ou contrair-se com as
preposições a, de, em e por.
Preposições o a os as
a ao à aos às
de do da dos das
em no na nos nas
PRONOME
Pronome é a palavra que substitui o nome (substantivo) e indica as pessoas do
discurso.
O pronome substantivo substitui o substantivo:
O pronome adjetivo acompanha o substantivo:
QUADRO DAS PESSOAS, DOS PRONOMES DO CASO RETO
Os numerais multiplicativos não variam quando atuam em função
substantiva:
Os trabalhadores fizeram o dobro de esforço para atingir as metas.
Quando exercem função adjetiva, esses numerais fazem concordância em
gênero e número:
Primeiro foram doses duplas de medicamento; seguiram-se doses triplas.
VERBO
Verbo é o vocábulo que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza que se
atribuiu ao sujeito da oração. É a forma gramatical mais rica em variações.
Eduardo subiu a escada. (ação de subir)
Número
Como outras classes variáveis, o verbo admite dois números: o singular e o
plural.
Singular Plural
entro entramos
entras entrais
entra entram
Pessoa
São as três pessoas identificadas pelos pronomes pessoais e/ou pelas
desinências:
1.ª pessoa a que fala eu, nós
2.ª pessoa a quem se fala tu, vós
3.ª pessoa de quem se fala ele, eles/ela, elas
Flexão do verbo – voz ativa/voz passiva e voz reflexiva
Voz ativa – quando o sujeito do verbo é ativo.
Exemplo: A lição foi feita por mim. O termo por mim denomina-se
agente da passiva.
Voz reflexiva – quando o sujeito é ao mesmo tempo o agente e o
paciente da ação.
ADVÉRBIO
O advérbio modifica a significação do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
a. modifica o verbo
b. modifica o adjetivo
c. modifica outro advérbio
ONDE E AONDE
Onde indica em que lugar se situa a ação verbal: Onde você nasceu?
Aonde indica a direção da ação verbal: Aonde vai você?
CRASE
Crase é a fusão de dois sons idênticos. O acento grave é a representação
gráfica da crase. Não é correto cindir o a craseado na leitura.
Observe:
Certo Errado
Dirigiu-se à escola. (a) Dirigiu-se à escola. (aa)
Dirigiu-se àquela casa. (a) Dirigiu-se àquela casa. (aa)
REGRAS GERAIS
Para que haja crase duas exigências são necessárias:
1. Um termo regente que exija a preposição a.
Exemplo: Ir a...
2. Um termo regido precedido do artigo a.
Exemplo: a igreja
EXPRESSÕES COM CRASE
à americana à baiana à baila à base de
EXPRESSÕES SEM CRASE
a álcool a bel-prazer a bordo a cântaros a contragosto
PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra invariável que relaciona dois termos entre si,
subordinando o segundo ao primeiro. Não exerce nenhuma outra função que não
seja a de subordinação ou de regência entre os termos da oração. No lugar de
uma palavra, o segundo termo pode ser uma oração:
Estive em Lisboa.
A preposição em liga dois termos entre si, estabelecendo relação de lugar entre
eles.
Havia esperança de que ela retornaria.
Relação de destino: daqui a São Sebastião é longe.
CONJUNÇÃO
As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações.
Podem conectar também dois termos de idêntica função sintática na oração.
Trovejou e começou a chover.
Conjunção e liga duas orações numa relação de independência, coordenação.
Era a primeira vez que saía de casa.
Conjunção que liga orações numa relação dependência, subordinação.
QUADRO DAS CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNTIVAS COORDENATIVAS E SUBORDINATIVAS
a) Aditivas (indicam adição): e, nem, a) Causais (exprimem causa): porque, visto que, já
mas também, mas ainda. que, uma vez que, como.
b) Adversativas (indicam oposição): b) Condicionais (exprimem condição): se, caso,
mas, porém, todavia, contudo, contanto que, desde que.
entretanto. c) Consecutivas (exprime consequência): que
c) Alternativas (indicam alternância): (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de
ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer. maneira que.
d) Conclusivas (indicam conclusão): d) Comparativas (exprimem comparação): como,
pois (posposto ao verbo), logo, do que (depois de mais, menos, maior, menor,
portanto, então. melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois
e) Explicativas (indicam explicação): de tanto).
pois (anteposto ao verbo), porque, e) Conformativas (exprimem conformidade): como,
que. conforme.
f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se
bem que, ainda que, mesmo que, conquanto.
g) Temporais (exprimem tempo): quando,
enquanto, logo que, desde que, assim que.
h) Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para
que.
i) Proporcionais (exprimem proporção): à
proporção que, à medida que.
j) Integrantes: que, se (quando introduzem oração
subordinada substantiva).
INTERJEIÇÃO
Interjeição é a palavra invariável que traduz emoção, sensação e estado de
espírito do momento. Na escrita, vem acompanhada por ponto de exclamação.
Qualquer palavra que assume o contorno exclamativo, torna-se interjeição.
Cuidado! Há um buraco na calçada!
Chega! Vamos reclamar por escrito!
As interjeições podem ser formadas por:
uma emissão vocálica: Oh!, Ah!
SINTAXE
FRASE - é a unidade do discurso que se manifesta no ato da comunicação. Na
língua falada, é proferida com determinada entoação. Pode ter verbo ou não.
FRASE NOMINAL – é a frase que não tem verbo. É constituída de uma ou mais
palavras.
Bom dia!
PERÍODO – é o enunciado constituído de orações. Classifica-se em:
a. Simples – quando possuir uma só oração.
O gato subiu na janela.
b. Composto: quando possuir duas ou mais orações.
Marli almoçava e jantava no restaurante.
TERMOS DA ORAÇÃO
Termo da oração é um vocábulo ou grupo de vocábulos que exerce função
sintática para o entendimento do enunciado. São classificados em:
1. Essenciais – sujeito e predicado.
2. Integrantes – completam o sentido dos verbos e dos nomes:
complemento nominal
agente da passiva
3. Acessórios – especificam o sentido dos substantivos ou expressam
circunstâncias das ações:
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
Vocativo – termo que não pertence à estrutura sintática da oração.
ANÁLISE DO PERÍODO
Período é a frase constituída de uma ou mais orações. Pode ser simples ou
composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o
nome de oração absoluta.
Jorge atravessou a rua. (uma oração)
Período Composto é aquele constituído por duas ou mais orações.
Quando ela chegou, fiquei feliz. (duas orações)
PERÍODO COMPOSTO
O período composto pode apresentar os seguintes esquemas de formação
estrutural:
a. Composto por coordenação: ocorre quando é constituído de orações
independentes, ligadas entre si pelo sentido, por conjunção ou por vírgula.
Rogério entrou na biblioteca, mas não retirou nenhum livro.
b. Composto por subordinação: ocorre quando é constituído de um
conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas - subordinada,
depende sintaticamente da outra - principal.
Desejamos que você seja um vencedor.
oração principal: Desejamos
oração subordinada: que você seja um vencedor.
c. Misto: é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Observe a
relação da oração com a antecedente e com a subsequente:
1. Fui ao supermercado 2. e fiz a compra 3. que você pediu.
1. Fui ao supermercado. (coordenada à oração 2)
2. e fiz a compra. (coordenada à oração 1 e principal da oração 3)
3. que você pediu. (subordinada à oração 2)
FIGURAS DE LINGUAGEM
1. Metáfora
É uma relação de semelhança entre a palavra e o que ela representa. Trata-se,
pois, de uma comparação implícita.
Exemplo: Numa partida de futebol, ele é um leão em campo.
2. Comparação
É uma comparação explícita.
Exemplo: Numa partida de futebol, ele parece um leão em campo.
3. Personificação (prosopopeia)
Apresenta características de pessoas a elementos não humanos, como objetos,
plantas e animais. É o caso das fábulas.
Exemplo: As estrelas estão felizes no céu.
4. Catacrese
É um termo que existe devido à falta de uma palavra específica para nomear
um ser ou objeto.
Exemplo: O marceneiro trocou o pé da mesa.
5. Sinestesia
É quando diferentes sentidos convergem para o mesmo significado.
Exemplo: Na pintura da casa, Jaqueline prefere cores quentes (visual e tátil).
6. Metonímia
Ocorre quando o nome de uma marca representa o produto, a causa se refere
ao efeito, uma parte substitui o todo ou o continente é tomado pelo conteúdo.
Exemplo: Reginaldo comeu um prato (continente) de macarrão (conteúdo).
Referências
1. Bechara E. Gramática escolar da língua portuguesa. 2. ed. ampl. e atual. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira; 2010.
2. Câmara Jr JM. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes; 2002.
3. Câmara Jr JM. Dicionário de linguística e gramática. 23. ed. Petrópolis: Vozes; 2002.
4. Charaudeau P, Maingueneau D. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto;
2004.
5. Cunha C, Lindley C. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro:
Lexikon; 2013.
6. Fernandes F. Dicionário de regimes de substantivos e adjetivos. 20. ed. Rio de Janeiro: Globo;
1987.
7. Ferreira ABH. 5. ed. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo; 2014.
8. Garcia OM. Comunicação em prosa moderna. São Paulo: FGV; 2010.
9. Jakobson R. Linguística e Comunicação. São Paulo: Editora Cultrix; 1971.
10. Kury AG. Novas lições de analise sintática. 9. ed. São Paulo: Ática; 2003.
11. Kury AG. Português básico e essencial. Rio de Janeiro: Lexikon; 2013.
12. Lima R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio; 2010.
13. Luft CP. Dicionário prático de regência verbal. 9. ed. São Paulo: Ática; 2010.
14. Macambira JR. Português estrutural. 4. ed. São Paulo: Pioneira; 1998.
15. Meireles C. Retrato natural. In Antologia escolar brasileira, 2. ed. FENAME: Rio de Janeiro;
1977. p. 35.
16. Melo Neto JC. Antologia poética. 2. ed. Editora José Olympio Rio de Janeiro; 1973. p. 263.
17. Saussure F. Curso de linguística geral. 16. ed. São Paulo: Cultrix; 1995.
18. Sacconi LA. Não erre mais! 31 ed. São Paulo: Nova geração; 2011.
19. Sacconi L. Nossa Gramática Completa. 31. ed. São Paulo: Nova Geração; 2011.
20. Said Ali M. Gramática histórica da língua portuguesa. 8. ed. Brasília: Editora UNB; 2001.
Matemática
Bruno Picanço
Raciocínio lógico
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Revisar as premissas de raciocínio lógico.
RESOLUÇÃO:
Devemos assumir que as letras (premissas) são verdadeiras para chegar à
conclusão.
A) Se eu estudar, então não sou reprovado. Sendo verdadeira.
B) Ou eu jogo, ou eu estudo.
(III) (IV)
Nessa premissa temos uma disjunção (Neste caso podemos ter VF, pois é uma
disjunção exclusiva, vale ressaltar). Escolhendo o (III) como verdadeiro, temos,
consequentemente, que (IV) tem que ser falso. Logo, a premissa é verdadeira.
C) Eu fui reprovado, temos que a premissa é verdadeira.
Ou seja, se ele foi reprovado, significa que ele jogou.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
Assertiva I: INCORRETA. Como I é falsa, sabemos que Ada de fato é alegre, logo,
precisamos que “Bete é amigável” seja falso, portanto, BETE NÃO É AMIGÁVEL.
Assertiva II: INCORRETA. Em II, como “Dina é compreensiva” é falso, precisamos
que “Carla é faladora” seja verdadeiro, pois é disjunção verdadeira.
Assertiva III: INCORRETA. Para analisar II veremos III primeiro, então, como III é
uma condicional falsa, então é verdade que “Ada é alegre”, e é mentira que Dina é
compreensiva. Ou seja, DINA NÃO É COMPREENSIVA.
Assertiva IV: CORRETA. Em IV, como “Bete é amigável” é falso, precisamos que
“Elen é calada” seja verdadeiro para deixar a disjunção verdadeira. Assim,
podemos concluir que ELEN É CALADA.
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar a contra positiva e disjunção.
RESOLUÇÃO: Temos a condicional A → B onde:
A = “administro e ofereço”
B = “bem cuidado”
Essa condicional equivale à contra positiva , que seria:
“NÃO bem cuidado” → “NÃO administro OU NÃO ofereço”
Também é equivalente à disjunção “ ”, que seria:
“NÃO administro OU NÃO ofereço” ou “bem cuidado”
Portanto, a alternativa C é a que possui características de uma dessas
possibilidades.
▶ resposta: C
04 (TJ-SP – VUNESP – 2019) ‘Gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró ou troco
isso por uma praia’. Uma afirmação que corresponda à uma negação lógica dessa
afirmação é:
A. Não gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró, e troco isso por uma praia.
B. Gosto de ouvir clássicos e não amo cantar forró, e troco isso por uma praia.
C. Não gosto de ouvir clássicos e não amo cantar forró ou não troco isso por
uma praia.
D. Não gosto de ouvir clássicos ou não amo cantar forró, e não troco isso por
uma praia.
E. Gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró e não troco isso por uma praia.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar a negação.
resolução:
Temos a conjunção “(Gosto e amo) ou troco”. Veja que os parênteses devem ficar
na conjunção. A negação é obtida negando-se os dois lados e trocando o “ou” pelo
“e”:
“(Não gosto ou não amo) e não troco”
Portanto, a alternativa correta é a D.
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
resolução:
Para negar uma preposição que tem conectivo E é só trocar o E para OU e negar as
duas frases. Assim, teremos que a resposta certa será: “Algum pernambucano não
gosta de peixe ou não torce pelo Náutico.”
▶ resposta: D
“Se Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em Recife, então Paulo é pernambucano.”
Assinale a opção que apresenta a sentença logicamente equivalente à sentença
dada.
A. “Paulo não torce pelo Santa Cruz ou não mora em Recife ou é
pernambucano.”
B. “Se Paulo é pernambucano, então Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em
Recife.”
C. “Se Paulo não torce pelo Santa Cruz e não mora em Recife, então Paulo não
é Pernambucano.”
D. “Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em Recife, mas não é pernambucano.”
E. “Se Paulo não torce pelo Santa Cruz ou não mora em Recife, então Paulo não
é pernambucano.”
grau de dificuldade:
resolução:
Para resolver essa questão precisamos encontrar as seguintes premissas lógicas:
P = Se Paulo torce pelo Santa Cruz
Q = Mora em Recife
R = Paulo é pernambucano
que é equivalente a:
Precisamos negar a primeira P, negar Q e afirmar o R. Negando a primeira, negar
o antecedente ou afirmar o consequente, temos: “Paulo não torce pelo Santa Cruz
ou não mora em Recife ou é pernambucano.”
▶ resposta: A
07 (IADES – SES/DF – 2018) Roberto diz: “não é verdade que Cláudio não minta”.
Logo depois, Ademir afirma: “Roberto acabou de mentir”. Sabendo-se que:
grau de dificuldade:
resolução:
Roberto diz: Claudio Mente.
Ademir diz: Roberto mentiu. → logo Claudio não mente!
P: Claudio não mente, então é Meio dia.
R: São 14 horas.
Se são 14 horas, então não é meio dia, logo o Claudio é mentiroso. Roberto, lá no
início, já tinha dito que o Claudio era mentiroso. E o Ademir chamou o Roberto de
mentiroso. Como, através das proposições, vemos que o Roberto disse a verdade,
os mentirosos são Claudio e Ademir!
▶ resposta: D
Dez leitos de uma unidade de terapia intensiva, identificados pelas letras de A até
J, estão dispostos conforme a figura apresentada.
Armando está no leito G e não possui vizinhos ao lado, mas, à frente dele, está
Ivan. Gabriel está no lado leste, também sem vizinhos ao lado. Luiz está em frente
a Gabriel; e Fernando, ao lado de Luiz. Nesse caso hipotético, Fernando está no
leito:
A. C ou D.
B. D ou E.
C. H ou I.
D. H ou J.
E. I ou J.
grau de dificuldade:
resolução:
Armando está no leito G, sem vizinhos aos lados;
à frente dele, está Ivan, no leito B;
Gabriel está na ala leste, sem vizinhos, no leito D ou E;
Luiz está em frente à Gabriel, no leito I ou J;
Fernando está ao lado de Luiz, também no leito I ou J, mas não pode estar no H
porque Armando não tem vizinho.
▶ resposta: E
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar a tabela verdade de lógica.
resolução:
Separando as informações, temos:
O Brasil é o maior país da América do Sul; VERDADEIRO
A França é um país asiático. FALSO
Logo,
R:
▶ resposta: E
10 (SEAD – IADES – 2019) Antônia possui uma calça, uma camisa e um vestido,
todos de cores diferentes, entre azul, branca ou vermelha. Sabe-se que:
grau de dificuldade:
resolução:
Temos disjunção exclusiva nos 3 casos, então, analisaremos cada um. No caso 1),
de fato, ou a calça ou o vestido é azul, ou seja, uma das proposições é verdadeira.
No caso 2), como a peça de roupa não repete a cor de outra, a camisa não pode
ser azul, logo a calça é branca. Portanto, o vestido é azul em 1). Por fim, no caso 3),
já sabemos que a calça é branca, logo, o vestido não é branco. Com isso,
concluímos que: A calça é branca; A camisa é vermelha; O vestido é azul.
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
RESOLUÇÃO:
Temos uma conjunção, logo as duas premissas são verdadeiras:
A = Pedro trabalha na farmácia → Verdadeiro
B = José é seu assistente → Verdadeiro
Logo a negação de .
Analisando as alternativas, temos:
Alternativa: INCORRETA. .
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. .
Alternativa D: INCORRETA. .
12 (BANESTES – FGV – 2018) Mário, que mora em Vitória, está reunido com os
amigos Fábio, Hélio e Sérgio, sentados em volta de uma mesa quadrada. Entre os
seus amigos, um mora em Guarapari, outro em Colatina e outro em Linhares.
Sabe-se que:
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Desenhe a mesa e posicione os personagens de acordo com os dados do
problema, atribuindo a eles as respectivas cidades.
Alternativa A: CORRETA. De fato, o desenho mostra que Fábio mora em
Guarapari e Sérgio em Linhares.
Alternativa B: INCORRETA. Fábio não mora em Colatina.
Alternativa C: INCORRETA. Fábio não mora em Linhares e nem Sérgio mora em
Guarapari.
Alternativa D: INCORRETA. Sérgio não mora em Guarapari.
Alternativa E: INCORRETA. Hélio não mora em Linhares e nem Sérgio mora em
Guarapari.
Logaritimo
13 (ESA – CFS – 2018) O valor da expressão é:
A. 1
B. 5/3
C. 2/3
D. -1
E. 0
grau de dificuldade:
resolução:
→
Temos também que
→
Com isso, teremos:
▶ resposta: C
A. {6 e 8}
B. {4 e 16}
C. {2 e 4}
D. {-6 e 8}
E. {4 e -16}
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar propriedades do logaritmo.
resolução:
Para resolver essa questão, basta-nos aplicar uma das propriedades de logaritmo.
Vejamos:
Seja , chame , temos:
, logo as raízes dessa equação são ou
Como chamamos , usaremos as raízes, logo:
ou , com isso, ou
▶ resposta: B
Conjuntos
Número primo
[...]
Para todo primo p seja p# o produto de todos os números primos q inferiores
ou iguais a p. De acordo com a terminologia empregada por Dubner (1987), p# é
chamado o primorial de p.[...]1
Dadas as afirmativas sobre primoriais de números primos, considerando
estritamente a definição e a simbologia estabelecidas no texto:
I. O primordial de um número primo é um número primo.
II. Se p é um número primo maior que 2, a soma dos algarismos do número p#
+ 3 é um número múltiplo de 3.
III. 8# = 2x3x5x7 = 210.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
A. II, apenas.
B. III, apenas.
C. I e II, apenas.
D. I e III, apenas.
E. I, II e III.
grau de dificuldade:
▶ resposta: A
A. B – A = {2};
B. B ⊂ A;
C. (A ∩ B) ∪ A = B;
D. 5 ⊂ (A ∪ B).
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Aplicar ideia de conjuntos, resolvendo alternativa por alternativa!
Alternativa A: INCORRETA. Retiraremos os elementos que pertencem a A, em B.
∉
Porém, não tem como retirar o 2 em B, já que 2 B. Se fosse A-B, aí sim o
resultado seria {2}.
Alternativa B: CORRETA. De fato, B ⊂ A, ou seja, todos os elementos de B, estão
em A.
Alternativa C: INCORRETA. (A ∩ B)∪A={0,1,5}∪{0,1,2,5}={0,1,2,5}=A e não B.
Alternativa D: INCORRETA. Quando falamos de conjuntos e elementos, é
incorreto dizer que um elemento está contido (⊂) em um conjunto. O certo seria
dizer que 5∈{A∪B}. Incorreta
A.
B.
C.
D.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Realizar um desenho para melhor visualização e construir os diagramas de Venn.
resolução:
Organizando as informações, teremos:
brincaram nos dois → 40;
brincaram apenas na piscina → (100 - 40) = 60;
brincaram apenas em 1 dos brinquedos → 100 [60 na piscina e 40 no pula-pula];
Utilizando a ideia básica de conjuntos, temos que:
Quantidade de crianças =
40 [pula-pula] + 40[ambos] + 60[piscina] + 10[nenhum]
Quantidade de crianças = 150
▶ resposta: A
A partir dessas informações, é correto afirmar que:
A. Todos os elementos de A, que não são elementos de B, são elementos de C
ou de D.
B. Não há elemento de B que seja elemento de três conjuntos ao mesmo
tempo.
C. Todos os elementos de C, que não são elementos apenas de C, ou são
também elementos de B ou são também elementos de D.
D. Há elemento de B que seja elemento de outros três conjuntos além do B.
E. Qualquer elemento de D, que não é elemento de B, é também elemento de
C ou elemento de A.
grau de dificuldade:
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Para que um conjunto seja elemento de P(A), ele precisa ser subconjunto de A.
Assim, vamos verificar se os conjuntos dados nas alternativas são ou não
subconjuntos de A.
Alternativa A: CORRETA. O conjunto vazio ∅ é subconjunto de qualquer conjunto.
Ou seja ∅∈ P(A).
∅
Alternativa B: CORRETA. Para que { ,1} seja subconjunto de A, todos os seus
∅ ⊂
elementos devem ser elementos de A. De fato { ,1} A, pois ∅∈ ∈ A e 1 A.
∅ ∈
Portanto { ,1} P(A).
Alternativa C: INCORRETA. Vamos verificar se {1,{∅,1}∈P(A). Sabemos que 1∈A,
porém {∅,1}∉A, logo {1,{∅,1}}∉P(A).
Alternativa D: CORRETA. Já sabemos que ∅∈A. E podemos notar que {∅}∈A
também. Logo {∅,{∅}}⊂A, portanto {∅,{∅}}∈P(A).
∈ ∈ ⊂
Alternativa E: CORRETA. Já sabemos que 1 A e {1} A, logo {1,{1}} A, portanto
∈
{1,{1}} P(A).
A. A ∩B∩C
B. Ā U (B ∩ C)
C. Ā U (B ∩ C Ā)
D. Ā ∩ (B U C)
E. B ∩ ((AUC) Ā)
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar as informações dos conjuntos.
resolução:
Ā é o complemento de A, ou seja, Ā é tudo que não está em A;
O que podemos notar é que a união entre B e C terão elementos de A;
Como a área sombreada não tem nenhum elemento de A, pegaremos somente
o que contém nos dois outros conjuntos (B e C), assim excluindo o A;
Logo, utilizaremos a interseção entre Ā e a união entre (B e C);
∩ ∪
Portanto, Ā (B C).
▶ resposta: D
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar um contraexemplo para mostrar que é falso.
Alternativa A: INCORRETA. Seja A = B = C = D. Se esses conjuntos possuírem
exatamente 10 elementos e que haja pelo menos um elemento em comum, então
o número de elementos da união não seria 40.
Alternativa B: INCORRETA. Seja os quatro conjuntos e que não haja elementos
comuns aos quatro.
Alternativa C: INCORRETA. Seja todos os conjuntos com 10 elementos, onde A B ∩
=∅ e A = C = D. Com isso, o número de elementos da união seria 20.
Alternativa D: INCORRETA. Seja todos os conjuntos com 10 elementos, onde A = B
∩∩ ∅
e que A C D = não tenham elementos comuns. Com isso, os números de
elementos da união é 30.
∩∩∩ ∅
Alternativa E: CORRETA. Seja os quatro conjuntos disjuntos, A B C D = ,e
n(A) = n(B )= n(C) = n(D), onde teriam pelo menos 10 elementos. Dado isso, teremos
que o número de elementos da união é pelo menos 40.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar informações e lembrar da propriedade de união de conjunto.
resolução:
Temos que:
Total = 100 pessoas
A = Inglês = 70
∩
A B = 25
B = Francês = 45
∩
B C=5
C = Alemão = 50
∩
A C = 45
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar informações e utilizar sistema de equação.
RESOLUÇÃO:
▶ resposta: A
Razão e Proporção
25 (UFOP – UFOP – 2018) Cinco robôs idênticos produzem 12.000 peças em dezoito
horas de operação.
O número de horas de que quatro desses robôs necessitam para produzir 16.000
peças é:
A. 36.
B. 30.
C. 20.
D. 16.
grau de dificuldade:
resolução:
Trata-se de uma questão de regra de 3 composta.
O número de robôs em relação ao número de horas: inversamente proporcionais:
o número de peças em relação ao número de horas: diretamente proporcionais.
Robôs Peças Horas
5 12.000 18
4 16.000 x
RESPOSTA: B
grau de dificuldade:
resolução:
Baseado nos dados da questão, podemos preencher a tabela:
A 40 4(10%) 36
B 50 10(20%) 40
C 50 15(30%) 35
A. 24 dias
B. 36 dias
C. 54 dias
D. 72 dias
E. 90 dias
grau de dificuldade:
resolução:
Horas Segundos
1 3600
24 x
→ x = 86400
Logo,
▶ resposta: E
A. 3 horas e 17 minutos.
B. 4 horas e 7 minutos.
C. 4 horas e 36 minutos.
D. 5 horas e 8 minutos.
grau de dificuldade:
resolução:
Veremos quanto de 1 tanque a torneira 1 enche em 1 hora, logo :
Horas Tanque
10 1
1 x
→
Já a torneira 2 enche em 1 hora:
Horas Tanque
7 1
1 y
→
Logo, as duas torneiras juntas, em 1 hora, encherão o tanque:
, com isso :
Horas Tanque
T 1
→ →
Como, 1h = 60min, calcularemos quanto vale 0,12h em minutos, temos :
Horas Tanque
1 60
0,12 m
→ → m = 7 min
RESPOSTA: B
A. 4,5
B. 3
C. 2,5
D. 4
E. 2
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar as informações e aplicar conteúdo de proporção.
resolução:
12 400 5 6
10 100 3 x
→ → →
RESPOSTA: B
A. 9,8
B. 10
C. 9,6
D. 9,2
E. 9,4
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Trabalhar com porcentagens em seu formato fracionário.
resolução:
Basta calcularmos as porcentagens, observe:
Á
80% de Álcool equivale a 4/5 do combustível (4 parte de 5 ou 8 parte de 10), 20%
de Gasolina equivale a 1/5 do combustível (1 parte de 5 ou 2 partes de 10)
Pela questão:
Rendimento Álcool = 9km/l
Rendimento Gasolina = 12km/l
Unindo as informações.
Com álcool = 9 * 8 (partes) = 72
Com Gasolina = 12 * 2 (parte) = 24
= 9,6
▶ resposta: C
A. 8.
B. 12.
C. 32.
D. 10.
E. 24.
grau de dificuldade:
resolução:
Temos que:
X + Y = 56
Logo podemos montar uma regra de três simples,
X ----- Y
3 ----- 4
3Y = 4X
Y=
Substituindo y na equação inicial:
X + Y = 56
X + 4X/3 = 56
▶ resposta: A
A. 2000.
B. 870.
C. 600.
D. 1000.
E. 556.
grau de dificuldade:
resolução:
Primeiro precisamos descobrir a quantidade de eleitores homens + mulheres
3000 eleitores homens ---------- 60%
x ----------100%
= 600 mulheres
▶ resposta: C
A. 80 mL.
B. 60 mL.
C. 40 mL.
D. 100 mL.
E. 180 mL.
grau de dificuldade:
RESOLUÇÃO 1000 mg = 1 g
2000 mg= 2 g
2500 mg = 2,5 g
Logo, 5 ml do medicamento contém 2,5 g de dipirona.
5 ml ---- 2,5 g
x ml ---- 40 g
2,5 x = 200
x = 80 ml
▶ resposta: A
A. 360
B. 210
C. 126
D. 58
E. 35
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar regra de três simples.
resolução:
Antes de calcularmos a medida do ângulo central, vamos calcular quantos alunos
preferem Música Eletrônica.
De acordo com o enunciado, a pesquisa foi feita com 600 alunos, sendo que 150
preferem MPB e 240 preferem Sertanejo.
Sendo assim, a quantidade de alunos que preferem Música Eletrônica é igual a 600
- 150 - 240 = 210.
Para calcular o ângulo central correspondente ao setor “Música Eletrônica”,
utilizaremos a Regra de Três Simples.
Sabemos que uma circunferência completa possui 360°, ou seja, todos os
entrevistados (os 600 alunos) correspondem a 360°.
Daí, os 210 alunos que preferem Música Eletrônica correspondem a x°:
600 ---- 360
210 ---- x
600x = 210 * 360
600x = 75600
x = 126.
▶ resposta: C
35 (COMPESA – FGV-PE – 2018) Antônio, Beto e Carlos combinaram dividir
igualmente as despesas de uma viagem que os três fizeram juntos. Durante a
viagem, Antônio pagou R$ 750,00, Beto pagou R$ 480,00 e Carlos pagou R$
420,00. Ao final da viagem, para dividir igualmente as despesas, Beto deu x reais
para Antônio, e Carlos deu y reais para Antônio.
O valor de x + y é:
A. 250.
B. 220.
C. 200.
D. 180.
E. 150.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Podemos utilizar razão e proporção ou função de 1º grau para RESOLUÇÃO dessa
questão.
resolução:
Conseguimos resolver essa questão por razão e proporção, veja:
Antônio = 750
Beto = 480
Carlos = 420
Total = 1650.
Dividindo por 3 = 550.
Dessa forma, como queremos saber as despesas de Beto e Carlos dadas para
Antônio basta fazermos:
Diferença do total para cada pessoa com o valor pago por Carlos: 550 – 480 = 70.
Diferença do total para cada pessoa com o valor pago por Beto: 550 – 420 = 130.
Somando: 130+70 = 200.
▶ resposta: C
A. 285.
B. 298.
C. 317.
D. 352.
E. 340.
grau de dificuldade:
resolução:
A. 18 minutos.
B. 28 minutos.
C. 15 minutos.
D. 13 minutos.
E. 35 minutos.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar regra de três e transformações de unidades de medidas.
resolução:
Sendo , temos que a viagem durou 2h15 min = 2×60 + 15 = 135 minutos.
Então, para , temos:
65km/h ————— 135 min
75km/h ————— T min
75× T = 65× 135, pois é inversamente proporcional,
→ T = 117 minutos
135 – 117 = 18.
Ou seja, houve uma redução de 18 minutos.
▶ resposta: A
A. 2 h 20 min
B. 2 h 08 min
C. 1 h 58 min
D. 1 h 24 min
E. 2 h 12 min
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Lembrar a fórmula e propriedades sobre velocidade média e transformações de
unidades de medidas.
resolução:
Separando as informações teremos:
→ Δt = 2,2h
Usando a regra de três, onde 1h = 60 min, temos:
1 --- 60
2,2 --- x
→ X = 132 min ou seja, 2h e 12 min
▶ resposta: E
A. 16 kg de carne.
B. 19,2 kg de carne.
C. 20 kg de carne.
D. 18,4 kg de carne.
E. 18 kg de carne.
grau de dificuldade:
resolução:
Organizando as informações teremos que
Total: 32 convidados
Então,
20 homens = 20 * 700 = 14.000 g → 14 kg
12 mulheres = 12 * 500 = 6.000 g → 6 kg
14 + 6 = 20.
Logo, o mínimo de carne a ser levado para o churrasco é de 20kg.
▶ resposta: C
Matrizes
grau de dificuldade:
,
logo, a alternativa está incorreta.
Alternativa D: INCORRETA. , logo, a alternativa está incorreta.
logo, ,
logo A é invertível.
41 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA/PB – CONTEMAX - 2019) O cálculo do
produto de matrizes
A. 86
B. 34
C. 52
D. 144
E. 99
grau de dificuldade:
resolução:
Para resolver esse tipo de questão basta começarmos fazendo o produto da
primeira matriz (1x3) com a segunda (3x3), pois a propriedade é válida e assim
encontraremos uma matriz (1x3) que poderá ser multiplicada pela última matriz
(3x1).
Vejamos:
▶ resposta: A
Geometria Espacial
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar informações, saber sobre as fórmulas de volume de figuras espaciais e
áreas de figuras planas.
resolução:
Precisamos lembrar que a fórmula de área da circunferência é dada pela fórmula
para conseguirmos chegar no cálculo de capacidade (volume) de um cilindro;
→
Assim, A = 3.0,52 A = 0,0075m²
Como sabemos, o volume de qualquer figura espacial é V = área da base * altura
(V = a * h)
Logo,
V= 0,0075.0,10
V= 0,00075m³
Por fim, temos que:
A = l²
A = (0,10)²
A = 0,01m²
Estatística
43 (IFF – CESPE – 2018) A tabela a seguir mostra a distribuição das idades dos 30
alunos de uma sala de aula.
Número de alunos 14 8 3 4 1
grau de dificuldade:
resolução:
Lembre-se que a média das idades da sala é o quociente da soma de todas as
idades dos alunos pelo número de alunos.
Soma das idades: 14 x 10 = 140
11 x 8 = 88
12 x 3 = 36
13 x 4 = 52
14 x 1 = 14
Total: 330 anos
Número de alunos: 14 + 8 + 3 + 4 + 1 = 30
Idade média da sala= 330/30=11 anos.
▶ resposta: D
A. 20,9°C.
B. 21,1°C.
C. 21,3°C.
D. 21,5°C.
E. 21,7°C.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar dados estatísticos com sistema de equação.
RESOLUÇÃO:
Iremos organizar as informações:
Máx(x)- Mín(y)= 6,8ºC (l)
Média= 24,3º (II)
Logo,
→
▶ resposta: A
grau de dificuldade:
resolução:
A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de dados e
dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto.
1 x R$ 4.500,00 = R$ 4.500,00
3 x R$ 3.000,00 = R$ 9.000,00
2 x R$ 2.250,00 = RS 4.500,00
2 x R$ 1.000,00 = R$ 2.000,00
8 pessoas -> R$20.000,00
Quantos pênaltis deve cobrar ainda, no mínimo, para que atinja exatamente a
meta desejada?
A. 1
B. 3
C. 4
D. 5
E. 10
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Se o jogador cobrou 20 pênaltis com aproveitamento de 95%, então ele converteu:
Gols.
Observe que
Alternativa A: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais um pênalti e acertar, isto é,
cobrar 21 e converter 20, seu percentual de aproveitamento será,
Alternativa B: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais três pênaltis e acertar todos,
isto é, cobrar 23 e converter 22, seu percentual de aproveitamento será
Note que 5 é o número mínimo de pênaltis que ele deve cobrar para atingir 96%.
Caso ele erre algum, esse percentual será alterado para menos.
Alternativa E: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais dez pênaltis e acertar todos,
isto é, cobrar 30 e converter 29, seu percentual de aproveitamento será,
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Seja x o salário de dezembro.
- gasto com alimentação:
- gasto com transporte:
,
logo, as despesas foram menores que o salário.
Alternativa B: INCORRETA. Se o funcionário gastou R$ 800,00 com alimentação,
isto significa que 1/4 x = 800 reais, ou seja, o salário é de R$ 3.200 reais. A despesa
com moradia foi 1/3 3.200=1.066,66 reais .
Alternativa C: CORRETA. Se o funcionário gastou R$ 1.200,00 com transporte, isto
significa que 1/5 x =1.200 reais, ou seja, o salário é de R$ 6.000 reais. A despesa
com moradia foi 1/3 6.000=2.000 reais .
Alternativa D: INCORRETA. Se o funcionário gastou R$ 400,00 com alimentação,
isto significa que 1/4 x = 400 reais, ou seja, o salário é de R$ 1.600 reais. A
despesa com moradia foi 1/3 1.600 = 533,33 reais .
Alternativa E: INCORRETA. Se o salário x = 1.600 reais, então, sua despesa com
transporte é 1/5 x = 1/5 1.600 = 320 reais.
A. 30%.
B. 40%.
C. 37,5%.
D. 62,5%.
E. 60%.
grau de dificuldade:
resolução:
Imagine que determinado automóvel percorre um trajeto a uma velocidade V
km/h em T horas. Então Para calcularmos o tempo em que esse mesmo automóvel
percorre o mesmo trajeto, ao aumentar sua velocidade em 60%, pode ser
esquematizado pela seguinte proporção:
V ———— T
(1 + 60%) * V ———— t
Repare que quanto MAIOR for a velocidade MENOR será tempo de percurso.
Assim, velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais, isto é:
→
T(1 - 37,5%) = t
Repare que, em relação ao tempo original, o novo tempo equivale a uma redução
de 37,5%
▶ resposta: C
49 (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA – FAUEL – 2019) Rendimentos de
aplicações financeiras, como a poupança e o FGTS, operam no regime de juros
compostos. Quanto rende, aproximadamente, uma aplicação em três meses,
nesse regime, com juros de 2% ao mês?
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Lembrar do conceito de montante!
resolução:
A. 166
B. 176
C. 156
D. 146
E. 186
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar as informações e aplicar porcentagem.
resolução:
Analisando a questão, podemos perceber que: numa empresa de calçados há 200
funcionários e 60% são do sexo masculino. Se 10% dos homens e 15% das
mulheres têm mais de 50 anos:
60% de 200 = 120 homens,
200 funcionários -120 homens = 80 mulheres.
10% dos homens tem mais de 50 anos:
10% de 120 = 12 homens;
15% das mulheres tem mais de 50 anos:
15% de 80 = 12 mulheres;
12 homens + 12 mulheres = 24 pessoas com mais de 50 anos.
Qual é o número de funcionários da empresa com 50 anos ou menos?
200 funcionários - 24 pessoas com mais de 50 anos = 176 funcionários da empresa
com 50 anos ou menos.
RESPOSTA: B
51 (UEPB – CPCON – 2019) Três amigos, João, César e Antônio, criaram uma
empresa de prestação de serviços logo após se formarem na faculdade. Para
fundar a empresa, João entrou com um capital de R$ 15.000,00, César com R$
21.000,00 e Antônio com R$ 24.00,00. Alguns anos depois, a empresa fundada por
eles tinha um valor de mercado de R$ 500.000,00, e Antônio decidiu vender a sua
parte para os outros dois amigos, por um valor proporcional ao valor que foi
investido na época da fundação da empresa. João e César decidiram que dividiriam
entre si o valor a ser pago a Antônio, de modo que ambos passassem a ter 50% do
capital da empresa.
Desta forma, o valor que João pagaria para Antônio seria de:
A. R$ 125.000,00
B. R$ 150.000,00
C. R$ 175.000,00
D. R$ 200.000,00
grau de dificuldade:
resolução:
O investimento inicial total foi de 21 + 15 + 24 = 60 mil reais. Assim, a parte de cada
amigo era, respectivamente:
B.
C.
D.
grau de dificuldade:
resolução:
92,8% = 928/1000 = 0,928
87% = 87/100 = 0,87
prod. média = (0,928*227,9) / (0,87*61,2)
[para eliminar as vírgulas, multiplique o numerador e denominador por 10.000]
prod. média = (928*2279) / (870*612)
[simplifique 928 e 870 por 2]
prod. média = (464*2279) / (435*612)
[simplifique 464 e 612 por 2]
prod. média = (232*2279) / (435*306)
[simplifique 232 e 306 por 2]
prod. média = (116*2279) / (435*153)
[efetue a fatoração de 116, 435 e 153]
prod. média = ((2*2*29)*2279) / ((3*5*29)*(3*3*17))
[corte o 29 e depois transforme os fatores iguais em forma de potência]
prod. média = (2² x 2279) / (3³ x 5 x 17)
[perceba o 2279. Ele é resultado da multiplicação entre 43 e 53]
prod. média = (2² x 43 x 53) / (3³ x 5 x 17)
RESPOSTA: B
A. 40.
B. 35.
C. 30.
D. 25.
E. 20.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Questões de porcentagem é interessante atribuir valores para ficar mais fácil de se
resolver.
resolução:
Iremos sugerir que ambos irão receber 100 reais:
Eduardo = 100 reais
Mônica = 100 reais
Assim, após o aumento: 100 + % aumento
Eduardo= 100 + 20% de 100 = 120 reais
Mônica = 100 + 60% de 100 = 160 reais
Desta forma, 160 -120 = 40 reais é o que Mônica ganha a mais que Eduardo, isso
representa 25% do salário dela.
▶ resposta: D
54 (COMPESA – FGV – 2018) Nelson pagou uma conta atrasada com 8% de juros. O
valor pago por Nelson, juros incluídos, foi de R$ 302,40. O valor original da conta,
sem os juros, era de:
A. R$ 280,00.
B. R$ 278,20.
C. R$ 276,00.
D. R$ 270,60.
E. R$ 268,00.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Podemos resolver com regra de três.
resolução:
Se $ 302,40 são 100% + 8% de juros → 108%
Quanto será 100% (capital inicial)?
302,40 ........ 108%
x .........100%
x = (302,40*100) / 108
x= 280
▶ resposta: A
A. 63.218,75
B. 61.250,00
C. 49.000,00
D. 38.500,00
E. 36.925,00
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar a fórmula Vf = Vp*(1+i) em caso de valorização ou Vf = vp*(1-i) em caso de
desvalorização.
Em que Vf = valor futuro, Vp = valor presente e i=taxa.
RESOLUÇÃO:
Como o valor do automóvel X vale R$ 70.000,00 e as vendas no primeiro período
aumentaram 25% poderemos aplicar a fórmula da dica do autor.
Vf = 59500*0,85
Vf = 50575 (automóvel usado)
Diferença = 87500 - 50575
Diferença = 36925
▶ resposta: E
MMC e MDC
56 (IFF – CESPE – 2018) Uma companhia aérea fixou rodízio entre duas cidades
para seus comissários de bordo de determinado voo diário. A escala estabelece
que o comissário A trabalhe nesse voo a cada 8 dias; o comissário B, a cada 10
dias; e o comissário C, a cada 12 dias. Nesse caso, se os três tiverem trabalhado
juntos no voo do dia de hoje, então a próxima vez em que eles trabalharão
novamente juntos nesse voo ocorrerá daqui a:
A. 30 dias.
B. 74 dias.
C. 120 dias.
D. 240 dias.
E. 960 dias.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Observe que para que os três comissários trabalhem juntos de novo, é preciso que
esse prazo seja um múltiplo de 8, 10 e 12. Logo, o próximo encontro dos três
ocorrerá num número de dias que corresponde ao MMC (8,10,12).
Alternativa A: INCORRETA. O número 30 não é um múltiplo comum de 8,10 e 12.
Alternativa B: INCORRETA. O número 74 não é um múltiplo comum de 8,10 e 12.
Alternativa C: CORRETA. Calculando MMC (8,10,12)
12=22×3 → →
10=2×5 8=23 →
MMC (8,10,12) = 23 × 3 × 5 = 120.
Alternativa D: INCORRETA. O número 240 não é o menor múltiplo comum de
8,10 e 12.
Alternativa E: INCORRETA. O número 960 não é o menor múltiplo comum de 8,10
e 12.
A. 120
B. 240
C. 360
D. 420
E. 840
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar as informações. A frase “sairão juntos novamente” sempre indica um
princípio de mínimo múltiplo comum.
resolução:
Vamos calcular o MMC entre 10, 12, 7.
10,12, 7 | 2
5, 6, 7 | 2
5, 3, 7 | 3
5, 1, 7 | 5
1, 1, 7 | 7
1, 1, 1
Logo, 2×2×3×5×7 = 420 dias
▶ resposta: D
Equação e sistema de equação
A. 300 e 400
B. 500 e 700
C. 800 e 1000
D. 1200 e 1400
grau de dificuldade:
resolução:
Seja X reais o salário de Felipe. Podemos escrever a questão em função de X,
Salário: X reais
Pagamento da dívida: reais.
+ 616 = X →
→
→
O salário de Felipe é 2.310 reais e o preço do tablet é:
▶ resposta: A
59 (LIQUIGAS – CESGRANRIO – 2018) Num curso de utilização de um software que
edita imagens, todos os alunos abrem uma mesma imagem, e o professor pede
que apliquem uma ampliação de 25% como primeiro exercício. Como o resultado
não foi o satisfatório, o professor pediu que todos aplicassem uma redução de
20% na imagem ampliada. Como Aldo tinha certa experiência com o programa,
desfez a ampliação de 25%.
Para obter o mesmo resultado que os demais alunos, após desfazer a ampliação,
Aldo deve:
A. Fazer uma ampliação de 5%.
B. Fazer uma redução de 5%.
C. Fazer uma ampliação de 10%.
D. Fazer uma redução de 10%.
E. Deixar a imagem como está.
grau de dificuldade:
resolução:
A primeira ideia que vem à cabeça é aplicar uma redução de 5%, já que o professor
pediu uma ampliação de 25% e, em seguida, uma redução de 20%. Porém, é
necessário levar em consideração que a redução de 20% foi sobre a imagem
ampliada e a ampliação foi sobre a imagem original. Para calcular o tamanho da
imagem após as duas operações, vamos considerar X o tamanho original da
imagem.
1ª operação (ampliar 25%): X + 025X = 1,25X
2ª operação (reduzir 20%): 1,25X – 0,2 (1,25X) = 1,25X – 0,25X = X
Após as duas operações, a imagem voltou ao tamanho original X.
▶ resposta: E
A. R$ 140.000.
B. R$ 144.000.
C. R$ 168.000.
D. R$ 192.000.
E. R$ 216.000.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Seja x a quantidade de alunos da escola B. Assim, a escola A tem 1,20x alunos e a
escola C tem 0,8x alunos. Consideremos a, b e c o montante em dinheiro que as
escolas A, B e C receberão após a distribuição. Usando a proporcionalidade direta,
podemos montar as equações:
Sabemos ainda que a + b + c = 360.000,00 reais.
Alternativa A: INCORRETA. Se a = 140.000,00 reais, então,
=116.666.66 reais e
c = 0,8 * 116.666,66 = 93.333,33 reais. Logo, a + b + c = 140.000,00 + 116.666,66 +
93.333,33 = 349.999,99 ≠ 360.000,00 reais.
Alternativa B: CORRETA. De fato, se a=144.000,00 reais, então
=120.00,00 reais e
c = 0,8 * 120.000,00 = 96.000,00 reais. Logo, a + b + c = 44.000,00 + 120.000,00 +
96.000,00 = 360.000,00 reais.
Alternativa C: INCORRETA. Se a = 168.000,00 reais, então,
= 140.000,00 reais e
c = 0,8 * 140.000,00 = 112.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 168.000,00 + 140.000,00 + 112.000,00 = 419.000,00 ≠360.000,00
reais
Alternativa D: INCORRETA. Se a = 192.000,00 reais, então,
=160.000,00 reais e
c = 0,8 * 160.000,00 = 128.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 192.000,00 + 160.000,00 + 128.000,00 = 480.000 ≠360.000,00 reais.
Alternativa E: INCORRETA. Se a = 216.000,00 reais, então,
=180.000,00 reais e
c = 0,8 * 180.000,00 = 144.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 216.000,00 + 180.000,00 + 144.000,00 = 540.000,00 ≠360.000,00
reais.
grau de dificuldade:
resolução:
Como a retirada deve conter pelo menos uma cédula de cada valor, então
devemos subtrair a soma 2 + 5 + 10 + 20 + 50 + 100 = 187 reais de 1.000 reais. O
problema se resume então em totalizar
1.000 – 187 = 813 reais.
• Para fazer isso usando o maior número de notas possíveis (M), usaremos
o maior número possível de cédulas de 2 reais.
• Para calcular o menor número possível de cédulas para formar 813 reais,
vamos utilizar o maior número possível de cédulas de 100 reais.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Note que a questão pede para assinalar a afirmação incorreta!
Alternativa A: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se nenhum deles tivesse
idade menor que 31 anos, a soma das 100 idades não seria menor que 3.100 anos.
Alternativa B: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se todos tivessem 31
anos, teríamos 31 * 25 = 775 anos.
Alternativa C: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois o grupo dos 100 mais
idosos terão idade média maior ou igual a 31 anos, que é a idade média dos 125
moradores. Logo, a soma das idades dos 100 mais idosos é maior ou igual a 3.100
anos.
Alternativa D: INCORRETA. A idade média dos moradores é de 31 anos, porém,
nada assegura a existência de um morador com menos de 31 anos. A afirmação é
incorreta.
Alternativa E: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se mais de 65 moradores
tivessem 60 anos, o total das idades é maior que 65 * 60 = 3.900 anos, que supera
os 3.875 anos da questão.
A. 18 km.
B. 21 km.
C. 28 km.
D. 14 km.
E. 24 km.
grau de dificuldade:
resolução:
A distância percorrida por Murilo em 4 dias, forma uma PG de 4 termos e razão q =
2.
distância x 2x 4x 8x
A. 350 km
B. 187,5 km
C. 200 km
D. 300 km
E. Nenhuma das alternativas
grau de dificuldade:
resolução:
Como a viagem total tem 450km, temos:
Logo, andou-se 350km.
▶ resposta: A
A. R$ 35,00
B. R$ 45,00
C. R$ 60,00
D. R$ 80,00
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Criar equações.
resolução:
Iremos criar algumas equações para organizar a questão, veja:
1ª EQUAÇÃO: S + D = T + 20 →S = T + 20 - D
2ª EQUAÇÃO: 50T + 90S + 40D = 7950
3ª EQUAÇÃO: 60(0,8T) + 100(0,7S) + 150(0,8D) = 10730 →
48T + 70S + 120D = 10730
Fazendo as substituições
50T + 90 (T + 20 - D) + 40D = 7950
50T + 90T + 1800 - 90D + 40D = 7950
140T - 50D = 7950 - 1800
140T - 50D = 6150
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Poderíamos também resolver analiticamente a questão.
Sejam x, y e z as quantidades de bolas que devemos adicionar ou subtrair das
urnas A, B e C, respectivamente, para que fiquem com o mesmo número de bolas.
Temos então o sistema,
Logo, devemos subtrair 26 bolas da urna C, para que as três urnas fiquem com 60
bolas.
Alternativa A: INCORRETA. Se a urna A tem 33 bolas a mais, então tem um total
de 37 + 33 = 70. Como as 3 urnas tem a mesma quantidade de bolas, o total das 3
urnas será de 3 x 70 = 210 bolas, o que está em desacordo com o total inicial 37 +
57 + 86 = 180 bolas.
Alternativa B: INCORRETA. Se a urna B tem 3 bolas a menos, ou seja 57 – 3 = 54, o
total das 3 urnas será 3 x 54 = 162, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
Alternativa C: CORRETA. Se a urna C tem 26 bolas a menos, ou seja 86 – 26 = 60, o
total das 3 urnas será de 3 x 60=180 bolas, que condiz com o total inicial de 180
bolas.
Alternativa D: INCORRETA. Se a urna A tem 27 bolas a mais, ou seja, 37 + 27 = 64,
o total das 3 urnas será 3 x 64 = 192, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
Alternativa E: INCORRETA. Se a urna B tem 7 bolas a mais, ou seja 57 + 7 = 64, o
total das 3 urnas será 3 x 64 = 192, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
▶ resposta: C
A. 17.
B. 18.
C. 19.
D. 20.
E. 21.
grau de dificuldade:
resolução:
Organizando as informações, teremos que:
A+B=C
D=C+B
E=D+C
F=E+D
G=F+E
Logo, como G = 229 e o E = 88, só precisamos substituir:
Temos 229 = F + 88, logo, F = 141
Assim:
141 = 88 + D, logo, D = 53.
Se 88=53 – C, logo, C =35
Se 53 = 35 – C, logo, B = 18
Temos que B é o segundo termo, sendo assim, a resposta é 18.
RESPOSTA: B
A. 28 anos.
B. 27 anos.
C. 26 anos.
D. 25 anos.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Sistema de equações.
resolução:
Chamando Pai = p e Filho = f, temos:
portanto, o Pai tem 28 anos.
▶ resposta: A
69 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Em cada lançamento em um jogo
de dardos, um jogador em particular acerta, consistentemente e de forma
aleatória, uma a cada seis vezes, o alvo. Quantos dardos no mínimo esse jogador
tem de lançar, para que tenha chance igual ou maior que 50% de acertar o alvo
alguma vez nesses lançamentos?
A. 1
B. 2
C. 3
D. 4
E. 5
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Usar equações equivalentes para que possa facilitar na comparação de frações.
,
portanto, o menor valor inteiro que satisfaça é quando n = 4.
Alternativa E: INCORRETA.
.
Não pode ser a Alternativa E, pois o 5 não é o menor inteiro para que satisfaça
essa sentença.
70 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Dois números reais tais que seu
produto é igual a 24, e o quadrado de sua soma é igual a 98. Nessas condições, é
CORRETO afirmar que:
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Sejam , temos:
xy = 24 (I)
→
(x+y)2 =98 (II) x2+2xy+y2=98 (II)
Analisando a (II), temos:
x2+y2=98-2xy → →
x2+y2=98-48 x2+y2=50
Alternativa A: INCORRETA. Nesse caso teremos que calcular os valores de x e y,
temos:
grau de dificuldade:
resolução:
▶ resposta: E
72 (UFG – CS UFG – 2018) Dados os números 3 e 7, deseja-se inserir entre eles nove
números de modo que os onze números formem uma progressão aritmética.
Nesse caso, o oitavo termo dessa progressão será:
A. 5,4
B. 5,8
C. 6,2
D. 6,6
grau de dificuldade:
resolução:
Temos um PA de 11 termos, onde a1=3 e a11=7. Usando a expressão do termo
geral
an = a1 + (n - 1)r, temos, a11 = 3 + (10)r ⟹ 7 = 3 + 10
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
≥
Lembrando que numa PG: a₁, a₂, a₃, ... , an, ... , temos, an=a(n-1) q, para n 2. Isto
é, a partir do 2º termo, um termo é igual ao produto do seu antecedente pela
razão.
Uma forma alternativa para resolver o problema é resolver o sistema de equações
em q,
Como a PG é crescente, escolhemos q = 3/2.
Alternativa A: INCORRETA. Se a razão q = 40, pela dica do autor devemos ter:
I. e,
II. Logo, temos uma contradição, pois o valor de x
deve ser único.
Alternativa B: CORRETA. Se a razão , pela dica do autor devemos ter,
I. e,
II
I. e,
II.
Logo, temos uma contradição, pois o valor de x deve ser único.
Alternativa D: INCORRETA. A razão q não pode ser negativa, pois, a PG é
crescente.
A. 35.000
B. 66.000
C. 70.000
D. 140.000
grau de dificuldade:
resolução:
Consideremos a PA formada pelos múltiplos de 7 com 3 algarismos,
105, 112, 117, 126, 133, 140, ..., 987, 994, onde a1=105, r = 7 e an=994.
A partir desses dados e usando a fórmula do termo geral, podemos calcular n, que
é o número de termos da PA:
Observe que essa PA de 128 termos é formada por termos ímpares e pares
alternadamente. A razão disso é que, ímpar + ímpar = par e par + ímpar = ímpar.
Podemos extrair dessa PA uma nova PA formada apenas pelos termos pares,
112, 126, 140, ......................, 980, 994, onde, a1=112,
r =14 e an= 994 e n = 64.
Usando a fórmula da soma dos n termos de uma PA, podemos responder à
questão,
▶ resposta: A
A. Mais de 20 dias.
B. Menos de 10 dias.
C. Não menos que um mês.
D. Não menos que um ano.
E. Em exatamente 10 dias.
grau de dificuldade:
resolução:
Sabemos que, “a quantidade de gotas pingando por vazamento dobra a cada dia”,
ou seja,
1º dia→ 1 gota
2º dia→ 2 gotas
3º dia→ 4 gotas
Cada litro possui 16.384 gotas, fatorando esse valor obtemos 214.
A caixa d’água possui 512 litros, fatorando esse valor obtemos 29,
Então, o total de gotas:
,
logo podemos concluir que n > 23
▶ resposta: A
A. 6.
B. 4.
C. 3.
D. 2.
E. 5.
grau de dificuldade:
resolução:
, temos
▶ resposta: D
Unidades de Medidas
A.
B.
C.
D.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Transformação de unidades de medidas.
resolução:
1 milionésimo = 10-6 gramas, logo:
50 microgramas = 50×10-6 gramas,
Como queremos em quilogramas, temos:
▶ RESPOSTA: B
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Revisar as transformações de medidas de tempo.
resolução:
Se analisarmos a tabela, perceberemos que precisamos fazer contas simples e
pelo estudo das alternativas apenas precisamos fazer uma!
Assim, sabemos que 1h=60min e, fazendo a subtração para encontrarmos I,
teremos:
_________ _________
3h 33min
Como a letra A é a única alternativa que contém esse valor, temos que ela é a
correta!
▶ resposta: A
Análise Combinatória e Probabilidade
grau de dificuldade:
resolução:
Sabemos que são 36 possibilidades possíveis em dois dados. Veremos as
possibilidades de jogadas: 3 e 6 = 6 e 3, 4 e 5 = 5 e 4, pois, a ordem não importa,
portanto, temos 2 possibilidades.
Logo,
▶ resposta: E
A. 12.
B. 11.
C. 10.
D. 9.
E. 8.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Trata-se de uma permutação caótica.
resolução:
Este problema envolve o que a Análise Combinatória trata com o nome de
permutação caótica e tem fórmula:
81 (COMPESA – FGV – 2018) Em uma urna há 100 fichas, sendo 28% amarelas e as
demais azuis. Retiram-se N fichas azuis da urna, de modo que as fichas amarelas
passam a representar 70% das fichas da urna. Nenhuma ficha amarela foi retirada.
O valor de N é:
A. 70.
B. 60.
C. 56.
D. 48.
E. 30.
grau de dificuldade:
resolução:
Em uma urna há 100 fichas, sendo 28% amarelas e as demais azuis. Retiram-se N
fichas azuis da urna, de modo que as fichas amarelas passam a representar 70%
das fichas da urna. Nenhuma ficha amarela foi retirada.
Assim,
Amarelas = 28
Azuis = 72
Se 28 fichas correspondem a 70% quanto vale 100%?
28 x 100 / 70 = 40 fichas
Amarelas = 28
Para completar 40 faltam 12 fichas azuis, logo foram retiradas 60 bolas azuis.
O valor de N é 72 - 12 = 60
▶ resposta: B
A. 1/2
B. 13/20
C. 17/20
D. 23/40
E. 29/40
grau de dificuldade:
resolução:
Total de possibilidade= 10.20= 200
D = 1 ---> F = (2, 3, ... 20) --> 19 possibilidades
D = 2 ---> F = (3, 4, ... 20) --> 18 possibilidades
D = 3 ---> F = (4, 5, ... 20) --> 17 possibilidades
______________________________________
D = 10 --> F = (11,... 20) ---> 10 possibilidades
Temos a soma de uma PA com a1 = 1 e a10 = 19
▶ resposta: E
83 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Em uma escola, há uma e somente
uma turma de cada uma das séries do ensino fundamental (1º ao 9º ano). Em cada
turma, temos 40 ou mais alunos. Todos os alunos dessas turmas – e apenas dessas
turmas – estão no pátio. Qual o número mínimo de alunos que, escolhidos
aleatoriamente, garante a escolha de, pelo menos, 4 alunos de uma mesma
turma?
A. 22 alunos sorteados.
B. 25 alunos sorteados.
C. 27 alunos sorteados.
D. 28 alunos sorteados.
E. 37 alunos sorteados.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar o Princípio da Casa dos Pombos.
Alternativa A: INCORRETA. Pegando 3 alunos com 8 turmas, temos 3×8 = 24, com
isso, 2 turmas das 8 terão 4 alunos. Como ele quer pelo menos 4, teremos que
analisar as outras alternativas.
Alternativa B: INCORRETA. Utilizando a alternativa anterior, teremos, neste caso,
3 turmas das 8 terão 4 alunos.
Alternativa C: INCORRETA. Utilizando o mesmo pensamento das alternativas
anteriores, temos 3×9 = 27, portanto estaria fechado e não teríamos pelo menos 4
em uma das turmas.
Alternativa D: CORRETA. Utilizando a alternativa c, temos, 3×9= 27, com isso, pelo
princípio da casa dos pombos pelo menos uma dessas turmas terá 4 alunos.
Portanto, alternativa correta.
Alternativa E: INCORRETA. Por exclusão a alternativa será incorreta, mas vamos
analisar. 3×13 = 39, logo 2 turmas dessas 13 terão 4 alunos.
A. 63%
B. 37%
C. 53%
D. 47%
E. 50%
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar informação e criar educação.
resolução:
No primeiro grupo, temos que de 1500 pessoas entrevistadas, 900 pretendiam
votar no candidato A, então 600 pessoas pretendiam votar em B, ou seja, 600/1500
= 2/5 das pessoas.
No segundo grupo, temos que de 1200 pessoas, 400 pretendiam votar em B, ou
seja, 400/1200 = 1/3 das pessoas.
A chance do grupo sorteado ser o primeiro ou o segundo é de 50%, então, temos
duas possibilidades, o primeiro grupo ser sorteado (1/2) e a pessoa com intenção
de votar em B (2/5), ou o segundo grupo ser sorteado (1/2) e a pessoa com
intenção de votar em B (1/3). A probabilidade será a soma dos dois eventos:
P = 11/30 = 0,366...
P≈ 37%
▶ resposta: B
A. 252
B. 126
C. 63
D. 96
E. 136
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Basta lembrar do conceito e aplicação sobre análise combinatória (Arranjo,
combinação, permutação...).
resolução:
Como temos 10 estudantes e escolheremos dois grupos de 5 temos que:
Porém, como são dois grupos dividiremos esse valor por 2, logo: 126 times
diferentes.
▶ resposta: B
Função
86 (CFS-ESA – 2018) Seja a função definida por f: R → R, tal que f(x) = 2x. Então f (a
+ 1) – f(a) é igual a:
A. f(1).
B. 1.
C. f(a).
D. 2.f(a).
E. 2
grau de dificuldade:
resolução:
Temos a função f(x)=2x. Com base na função exponencial, vamos calcular a
expressão f(a+1)-f(a), ou seja:
f(a + 1) - f(a) → 2a+1 – 2a
2 .2 -2 colocando em evidência o 2a, teremos:
1 a a
2a (21-1) = 2a = f(a)
▶ resposta: C
87 (CFS – ESA – 2018) Lembrando que zero ou raiz da função f (x) = ax + b é o valor
de x que torna a função nula, então, identifique a alternativa que apresenta a
função f (x) cuja raiz é igual a + 3.
A. f(x) = 2x – 5.
B. f(x) = x + 3.
C. f(x) = 3x.
D. f(x) = x – 3.
E. f(x) = 3x – 3
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Encontrar o coeficiente angular.
resolução:
Para termos 3 como raiz da função f(x) = ax + b, devemos ter a seguinte relação
entre os coeficientes:
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
Ponto/Reta Y1 Y2
1 (3; 1) (4; 0)
grau de dificuldade:
A. 128.
B. 511.
C. 1001.
D. 1023.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Padrão da torre de Hanói 2n-1.
resolução:
A torre de Hanói possui um padrão e este é escrito da forma 2n-1, onde n é o
número de movimentos. Logo, com n =10, tem-se, 210-1=1024 -1=1023.
▶ resposta: D
Ano População
(habitantes)
2013 130000
2014 131000
2015 133000
2016 134500
Considerando o ano de 2013 como ano zero da contagem, tal progressão pode ser
expressa como uma função, em que P é a população da cidade e t o ano
(considerando o ano 2013 = 0), do tipo:
A. Linear, descrita por P(t) = 130000 + 1500.t.
B. Linear, descrita por P(t) = 134500 - 1500.t.
C. Quadrática, descrita por P(t) = 130000 + 1500.t².
D. Exponencial, descrita por P(t) = 130000 + 1500t.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Utilizar ideias de funções (coeficiente angular).
RESOLUÇÃO:
Considerando 2013 como o zero da contagem, temos,
2013 → 0
2014 → 1
2015 → 2
2016 → 3
Temos uma função de primeiro grau, logo:
y = P(t) = at+b
Á
91 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Uma confeitaria vende bolo inglês e tem
custo inicial de R$ 120,00, além de um custo médio para produzir cada bolo inglês
de R$ 2,70. Em uma semana, o seu custo total foi de R$ 384,60. Neste período e
condições a confeitaria produziu quantos bolos ingleses?
A. 112 bolos.
B. 96 bolos.
C. 104 bolos.
D. 98 bolos.
E. 120 bolos.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar as informações e definir uma função facilitará a RESOLUÇÃO da questão.
resolução:
Organizando as informações teremos:
Ci=120
Cm=2,70 (cada bolo)
ct=384,60 (1 semana)
Escrevendo uma equação para tal informação:
Ci+x.Cm= Ct, onde x= quantidade de bolos inglês
120 + 2,70x = 384,60→ 2,70x = 384,60-120→ 2,70x = 264,60 → x= 264,60/2,70 →
x= 98 bolos
▶ resposta: D
A. 15.
B. 20.
C. 50.
D. 100.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Fatoração de monômios e polinômios.
resolução:
▶ resposta: C
grau de dificuldade:
resolução:
▶ resposta: C
94 (TJ-SP-VUNESP -2019) Saí de casa com uma certa quantia comigo. Gastei
metade do que tinha e em seguida dei R$ 3,00 de gorjeta. Continuei e gastei
metade do que ainda tinha e novamente dei R$ 3,00 de gorjeta. Além dessas duas
vezes, fiz exatamente a mesma coisa outras duas vezes. Ao final estava com R$
17,00. Sendo assim, havia saído de casa com:
A. R$ 298,00.
B. R$ 344,00.
C. R$ 384,00.
D. R$ 362,00.
E. R$ 280,00.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Use o caminho inverso para poder resolver.
resolução:
Vamos fazer o seguinte:
(17+3)×2=40
(40+3)×2=86
(86+3)×2=178
(178+3)×2=362
▶ resposta: D
A. R$ 82,50.
B. R$ 84,50.
C. R$ 86,40.
D. R$ 89,40.
grau de dificuldade:
resolução:
Precisamos escrever uma função que defina essa situação, assim:
F(x) = 3,90+1,50x
Sabendo que x é a quantidade de quilômetros rodados e que para percorrer da
cidade até o shopping são 55km, teremos então,
F(x)= 3,90+1,50.55
Logo, F(x)= 86,40 reais.
▶ resposta: C
Fração Geratriz
A expressão + é igual a:
A. 51/ 100.
B. 511/ 1000.
C. 11/ 18.
D. 14/ 15.
E. 5/ 9.
grau de dificuldade:
resolução:
Determine as frações geratrizes das dizima e .
Então,
▶ resposta: C
Geometria Plana
97 (SEAD- IADES-2019) Jorge possui um terreno com 0,04 km² de área e comprou
outra região adjacente de 40 hm², que foi incorporada ao terreno antigo. A área
total do terreno, incluindo a nova região comprada, em m², é igual a:
A. 8.000.
B. 40.040.
C. 4.040.
D. 80.000.
E. 440.000.
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Fórmulas de figuras planas.
resolução:
Vamos transformar as áreas dos terrenos em metros quadrados.
Temos,
→
A=0,04km2 A= 0,004×1000000 = 40000
→
B=40hm2 B= 40×10000 = 400000
Logo,
A+B = 440000m2
▶ resposta: E
Expressão Numérica
grau de dificuldade:
resolução:
Para resolver esse tipo de questão basta apenas aplicar jogos de sinais e dos
parênteses, chaves e colchetes. Observe:
100-(24-(2,5+1,5.(7-2)+3)-50)
100-(24-(2,5+1,5.(5)+3)-50)
100-(24-(2,5+7,5+3)-50)
100-(24-(13)-50)
100-(-39)
139
▶ resposta: A
Números Complexos
resolução:
Repare que z100=(z2)50, uma vez que z2= (2+2i)2= 22+4i+4i2= 4i. Com isso, teremos:
→ →
z100=(z2)50 z100=(4i)50 z100=(22)50.
→ → →
i50 z100=2100.(i2)25 z100=2100.(-1)25 z100=-2100
Perceba que se trata de um número real negativo.
▶ resposta: C
Geometria Analítica
A. 10,57
B. 11,42
C. 10,63
D. 9,84
E. 12,13
grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Relembrar conceitos e fórmulas de distância entre pontos.
resolução:
Precisamos aplicar apenas a fórmula de distância entre pontos e encontraremos a
resposta, vejamos:
▶ resposta: C
Resumo Prático
Aqui você encontrara um resumo dos subsídios teóricos para a RESOLUÇÃO dos
exercícios do texto. Demos especial atenção ao capítulo de argumentos lógicos,
pois notamos que o assunto é pouco explorado nos textos usuais. Procuramos
também inserir exemplos simples que ajudem no entendimento de conceitos e
propriedades.
1. LÓGICA PROPOSICIONAL/ARGUMENTOS/SILOGISMOS
Exemplos:
p: Pedro é médico e v(p) = indefinido,
q: 5 + 7 = 12 e v(q) = V,
r: Salvador é capital do Ceará e v(r) = F.
Contraexemplos:
p: Marcos é médico? (é interrogativa, não é declarativa)
r: 2x + y = 7 (sentença aberta, não conhecemos x e y)
Exemplos:
P: João é professor e Mara é psicóloga.
Q: Se vou ao cinema, então, Kica vai ao teatro.
R: Vou ao bar ou vou à praia e Tiago vai à escola.
c) Conectivos
Conjunção: ∧
P: p∧ q - lê-se “p e q” e P tem valor lógico V, se p e q são ambos verdadeiros.
Tabela verdade de P: p ∧ q:
P q P: p ∧q
V V V
V F F
F V F
F V F
Exemplo: P: “Paris fica na Inglaterra e 5 < 7”; v(P) = F, pois uma das proposições
tem valor
lógico falso.
Disjunção: ∨
P: p∨ q - lê-se “p ou q” e P é verdadeiro, se p for verdadeiro ou q for verdadeiro
(ou
ambos).
Tabela verdade de P: p ∨ q:
P q P: p ∨q
V V V
V F V
F V V
F V F
Exemplo: P: “Paris fica na França e 3 > 7”; v(P) = V, pois, pelo menos uma das
proposições
tem valor lógico verdadeiro.
Disjunção exclusiva: ∨
P: p∨ q: lê-se “p ou q, mas não ambos”.
Tabela verdade de: P: p ∨ q:
p q P: p ∨q
V V F
V F V
F V V
F F F
p q P: p →q
V V V
V F F
F V V
F F V
Exemplo: P: “Se Sonia é médica, então, sou professor.” v(P) só será falsa, se “Sonia
é médica” for verdade e “sou professor” for falsa.
Bi condicional: ↔
P:p↔ q - lê-se “p, se e somente se, q” e P é verdadeira se p e q tiverem os mesmos
valores verdade, isto é, se ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
Tabela verdade de P:p ↔ q:
p q P: p ↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplo: P: “Salvador fica na Bahia, se, e somente se, 2 for um número ímpar.”
v(p) = F, pois as duas proposições não têm o mesmo valor lógico, a 1ª é verdadeira
e a 2ª é falsa.
Obs.: O número de linhas de uma tabela-verdade de uma proposição composta P
é dado por 2^n, onde n é o número de componentes (átomos) de P.
Exemplo: Construir a tabela-verdade da proposição P: (p q)↔ →
~(p ∨
~q).
Neste caso n = 2, logo, teremos uma tabela de 2² = 4 linhas, além da linha superior
onde indicamos as proposições envolvidas nos cálculos.
P q pq q pq ~(pV~q) ↔ →
P:(p q) ~(pV~q)
V V V F V F F
V F F V V F V
F V F F F V V
F F V V V F F
1. 2 ARGUMENTOS
Um argumento é um conjunto de proposições, denominadas premissas,
acompanhado de outra roposição denominada conclusão.
Notação: Costuma-se enumerar as premissas.
P sobre um traço, é colocar a conclusão Q sob o traço.
Exemplo:
1) Se 2 é par, então, 3 não divide 10 (Premissa)
2) Mas 5 é primo (Premissa)
3) Portanto,2 é ímpar (Conclusão)
Um argumento é dito válido, se consideradas verdadeiras as premissas, deduz-se
que, através de propriedades lógicas que a conclusão é verdadeira. Os recursos
utilizados para mostrar a validade de um argumento são equivalências lógicas e
argumentos fundamentais, denominados regras de inferência. Abaixo segue
uma relação de equivalências básicas e as principais regras de inferência.
I. Equivalências Básicas
a) Idem potência (ID)
p⟺p pep⟺p ∧ p ∨
b) Comutação (COM)
p ∧ ∧
q⟺q ∨ pep q⟺q p ∨
c) Associação (ASSOC)
p ∧ ∧(q ∧ ∧ ∨ ∨ ∨ ∨ ∨
r) ⟺ (p q) rep (q r) (p q) r
d) Distributiva (DIST)
p ∧ ∨(q ∧ ∨ ∧ ∨ ∧
r) ⟺ (p ∨ ∧ (p ∨ r)
q) (p r) e p (q r) ⟺ (p q)
e) Dupla Negação (DN)
p ⟺ ~(~p)
f) Leis de De Morgan (DM)
~(p ∧ q) ⟺ ~p ~q e ~(p ∨ q) ⟺ ~p ~q ∨ ∧
g) Condicional (COND)
p → ∨
q ⟺ ~p q
h) Bicondicional (BICOND)
↔ → ∧ →
p q ⟺ (p q) (q p)
i) Contraposição (CP)
p → →
q ⟺~q ~p
j) Exportação-Importação (EI)
p ∧ → q → →r⟺p (q r)
II. Principais Regras de Inferência
As regras de inferência são pequenos argumentos, com 3 premissas no máximo,
cujas validades são intuitivas e de fácil demonstração.
Por exemplo, a regra da conjunção
p
q
______
∧
p q
∧
nos diz que, se as premissas p e q forem verdadeiras, a conclusão p q também é
verdadeira.
a) Regra da Adição (AD)
p e p
____ ____
∨ ∨
p q q p
b) Regra da Simplificação (SIMP)
p∧q e p∧q
____ ____
p q
c) Regra da Conjunção (CONJ)
p e q
q q
____ ____
∨ ∨
p q q p
d) Regra Modus Ponens (MP)
p → q
p
____
q
Esta regra diz: “se uma condicional é verdadeira e o antecedente é verdadeiro,
então, o consequente é verdadeiro”.
e) Regra Modus Tollens (MT)
p → q
~q
____
~p
Esta regra diz: “se uma condicional é verdadeira e o consequente é falso, então, o
antecedente é falso”.
f) Regra do Silogismo Disjuntivo (SD)
∨
p q e p q ∨
____ ____
~p ~q
Esta regra diz: “se a conjunção é verdadeira e uma das componentes é falsa, então,
a outra é verdadeira”.
g) Regra do Silogismo Hipotético (SH)
p → q
q → r
_____
p → r
Esta é a propriedade transitiva da condicional.
Exemplos:
1. Verifique a validade do argumento: (notação linear). Temos 3
premissas e uma conclusão. Vamos escrever o argumento na forma
padrão, vista acima, deixando a conclusão ao lado. A ideia é, a partir das
3 premissas consideradas verdadeiras e usando as propriedades vistas
acima, criar novas premissas até chegar à conclusão.
1) p → q
2) r ∨~q
3) p ⊢ r (conclusão)
4) q - 1),3), MP (usei as premissas 1), 3) e Modus Ponens)
5) r - 4),2), SD (usei as premissas 4), 2) e Silogismo Disjuntivo)
Logo, o argumento é válido.
Obs.: A notação linear de um argumento tem a forma: P1,P2,P3,......,Pn ⊢ Q, onde Pi:
premissa e Q: conclusão.
2. Mostre que o argumento: é válido.
∧
1) p ~q
2) p→ ∨
~r ⊢ ~(r s)
3) q∨ ~s)
4) p - 1), SIMP
5) ~q - 1), SIMP
6) ~r - 4),2), MP
7) ~s - 3),5), SD
8) ~r ~s -6),7), CONJ
9) ~(r v~s) -8).DM
Logo, o argumento é válido.
3. Verifique a validade do argumento: “Se a bola é redonda, então, ela
rola. A bola rolou. Logo a bola é redonda.”
Solução: Vamos traduzir o argumento para a forma simbólica, fazendo p: “a bola é
redonda” e q: “a bola é redonda”. Escrevendo o argumento na forma padrão,
temos,
1) p→ q
2) q ⊢ p (conclusão)
O argumento não é valido, pois, se uma condicional (premissa) é verdadeira e o
consequente é verdadeiro, nada podemos inferir sobre o antecedente, que pode
ser verdadeiro ou falso.
4. Mostre a validade do argumento: “Se José levou as joias, então, a
senhora Smith mentiu e foi cometido um crime. O senhor Smith não
estava na cidade. Se um crime foi cometido, então o senhor Smith
estava na cidade. Portanto, José não levou as joias.”
Solução: Traduzindo o argumento para a forma simbólica e colocando na forma
padrão. J: “Jóse levou as joias”; S: “a senhora Smith mentiu”; C: “foi cometido um
crime”; M: “o senhor Smith estava na cidade”.
1) J→ ∧ (S C)
2) ~M ⊢~J (conclusão)
3) C→ M
4) ~C -3),2), M T
∧
5) ~(S C) -4), def. Conjunção
6) ~J -5),1), MT (conclusão)
Logo o argumento é válido.
1.3 SILOGISMOS
Denominamos silogismo todo argumento formado por duas premissas e uma
conclusão.
Exemplos:
1. Várias regras de inferência vistas acima são silogismos (CONJ, MP, MT, SD,
SH)
2. 1) se 6 não é par, então, 3 não é primo.
∩
“Algum S é P” (S P ≠ ϕ)
Obs.: o x indica que existe pelo menos um elemento na intersecção.
O: “Algum S não é P” (S-P ≠ ϕ)
Obs.: o x indica que existe pelo menos um elemento em S-P.
⊂ ⊂ ⊂
O diagrama nos mostra que, BA BR I ⟹ BA I, ou seja, “todo baiano é
inteligente”. Logo, o argumento é válido.
Obs.: a) A validade de um silogismo não depende do sentido ou significado das
proposições que o compõem, depende apenas da forma do silogismo.
b) No silogismo categórico, o predicado da conclusão é chamado de termo maior,
e o sujeito da conclusão é chamado termo menor. No exemplo acima, o termo
maior é “inteligentes” e o termo menor é “baianos”.
Observe que:
∩
a) Q G≠ϕ (existe pelo menos um x quadrúpede carnívoro nessa região)
∩⊂
b) Q G C (todo x é carnívoro). Logo, podemos concluir que existe pelo menos
um quadrúpede carnívoro e o argumento é válido.
Obs:. Não podemos concluir que “Todos os quadrúpedes são carnívoros”, pois,
não podemos afirmar que a região Q-G=ϕ.
∩
O diagrama mostra que P M=ϕ, ou seja, não existe professor mentiroso. Logo, o
silogismo é válido.
Alternativamente, poderíamos resolver da seguinte maneira,
∩
As regiões riscadas são regiões vazias, logo P M=ϕ. Isto e, não existe professor
mentiroso e o silogismo é válido.
∩
Alternativa A: INCORRETA. Não podemos garantir que F P≠ ϕ
∩
Alternativa B: INCORRETA. Não podemos garantir que F P≠ ϕ
Alternativa C: INCORRETA. Não podemos garantir que F∩P= ϕ
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos garantir que F∩P= ϕ
Alternativa E: CORRETA. Existe pelo menos um filósofo em que não está em P
Referências
1. Wikipédia. Números primos. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_primo>. Acesso em: 13 abr. 2018.
2. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática. 2013.
3. ___. Matemática: Contexto e Aplicações. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática. 2008.
4. PAIVA, Manoel. Matemática. ed 1. 3 vols. São Paulo: Moderna. 2009