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2021

 
Título: 1.000 Questões Comentadas de Concursos e Residências em Medicina
Editor: Rafael Hidalgo
Projeto gráfico e Diagramação: Deborah Silva e Fabrício Sawczen
Capa: Fabrício Sawczen
Revisor ortográfico: André Christophe e Pedro Muxfeldt
Copidesque: Editorando Birô
Conselho Editorial: Caio Vinicius Menezes Nunes, Paulo Costa Lima, Sandra de
Quadros Uzêda e
Silvio José Albergaria da Silva Lima
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)


B259q  Barnabé, Anderson Sena et al.

 
  1.000 Questões Comentadas de Concursos e Residencias em Medicina /
Anderson Sena Barnabé, Bruno Picanço, Estevão Tavares de
Figueiredo, Fabiana Figueredo de Oliveira Maia, Haroldo Ramanzini,
Harue Santiago Kumakura, José Roberto Ancelmo, Rogério Anton Faria
e Thiago Emanuel Verás Lemos. – 1. ed. - Salvador, BA : Editora Sanar,
2020. 592 p.; il.
 
  ISBN 978-65-86246-17-9
 
  1. Concursos. 2. Questões. 3. Medicina. 4. Questões. 5. Residencia. I. 1.000
Questões Comentadas de Concursos e Residencias em Medicina. II.
Medicina. III. Autores.
CDD 610
CDU 61

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO


1. Medicina.
2. Medicina.

 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARNABÉ, Anderson Sena et al. 1.000 Questões Comentadas de Concursos e
Residencias em Medicina. 1. ed. Salvador: Editora Sanar, 2020.

 
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846

 
Editora Sanar Ltda.
Rua Alceu Amoroso Lima, 172
Caminho das Árvores
Edf. Salvador Office e Pool, 3º andar.
CEP: 41820-770 – Salvador/BA
Telefone: 0800 337 6262
sanarsaude.com
atendimento@sanar.com
 
Apresentação
Olá, tudo bem?
Espero que esta obra faça a diferença em seus estudos e que o tão sonhado
objetivo de ser aprovado na prova seja alcançado. Por este motivo, fizemos uma vasta
análise no cenário de provas de concursos e residências em Medicina nos últimos
anos. Captamos questões dos mais diversos tipos de provas: prefeituras, EBSERH,
tribunais e senado federal, forças armadas, títulos de especialista, dentre outros.
Desta forma, conseguimos ter uma visão mais clara sobre os conteúdos mais
relevantes. Este trabalho prévio nos permitiu criar um produto mais completo e mais
eficiente que atende às necessidades de um médico que prestará concurso público e
residência.
Vamos às ferramentas didáticas:

1. DICAS DE ESTUDO. Planejamento da rotina de estudos baseado na proposta


pedagógica do livro. Mais detalhes sobre esta ferramenta podem ser lidos
no tópico: “Como ler este livro”.
2. CRIANDO SEUS PRÓPRIOS RECURSOS. Traremos para você dicas para
criarem seus resumos, mapas mentais, focar nos estudos e se organizar da
melhor maneira possível!
3. QUESTÕES CATEGORIZADAS. Todas as questões são organizadas por
assuntos e por grau de dificuldade, de acordo com o seguinte modelo:

Fácil

Intermediário

Difícil

 
4. COMENTÁRIOS EM CADA ALTERNATIVA. Todas as alternativas possuem
breves comentários, independentemente de estarem certas ou erradas.
5. DICA DO AUTOR. Explicação adicional aos comentários das alternativas.
Aparecerá nas questões que o autor julgar importante incluir este recurso.
6. RESUMO PRÁTICO. Síntese do assunto abordado nas questões estruturado
de forma esquematizada.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. As fontes utilizadas privilegiam os livros
mais recomendados em editais e estão devidamente identificadas nas
referências.
Como ler este livro?
1. Para começar, preciso lhe dizer que este livro não é um livro qualquer! 

 
2. Acreditamos que a ausência de um método de estudo é o principal fator de
reprovação. Como o nosso papel é ajudá-lo a alcançar o seu sonho de ser
aprovado em um concurso público, incluímos nesta obra um roteiro de
estudo para guiá-lo e alimentá-lo com as ferramentas necessárias ao
aprendizado.

 
3. Então as suas missões são: estudar, consumir e devorar estas páginas! 
Esteja livre para rabiscar, sublinhar, destacar, circular e escrever! O
importante é produzir e garantir o seu sucesso nas provas!
4. O nosso objetivo é ajudá-lo a conquistar a sua meta! Muitas vezes,
encorajando-o e incentivando-o para continuarmos juntos na missão!

Quem avisa, amigo SANAR é...


COMO FAZER UM BOM RESUMO?

1. L E I A com atenção
2. Marque/grife as palavras-chave

3. Escreva o resumo com as suas próprias palavras


4. Organize as ideias principais
5. Faça muitos exercícios para fixar o assunto! Pode ser logo após a leitura, no
fim de semana... Faça o que for melhor de acordo com a sua rotina, mas
sempre organizando o seu planner de estudos!

Como se manter focado nos estudos?

1. Organize o seu tempo 

 
2. Evite distrações 

 
3. Exercite seu conhecimento resolvendo as questões e depois analise os
comentários validando seu raciocínio

 
4. Leia os resumos práticos com bastante atenção e quando necessário,

assista a videoaulas.

Como fazer um mapa mental?


O mapa mental é uma ferramenta para organizar, memorizar ou analisar um
conteúdo específico.

1. Identifique de onde virá a informação e qual o seu OBJETIVO.


2. Comece com o TÍTULO. Coloque-o no CENTRO da folha, normalmente
dentro de uma elipse.

ILUSTRAÇÃO DE MAPA MENTAL


3. A partir do título, puxe linhas que representam INFORMAÇÕES ASSOCIADAS
AO TÍTULO. É recomendado que essas informações sejam apenas palavras.
4. O ideal é COLORIRMOS o nosso mapa mental! Junte aí as suas canetas
coloridas!
5. Use FIGURAS e DESENHOS o máximo que você puder para solidificar ainda
mais as informações.
6. TREINE! O mapa mental pode ser a ferramenta para que o seu cérebro
organize melhor as informações. A prática leva à perfeição!

De olho no edital!
Faça aqui o acompanhamento dos próximos editais das provas que você irá
realizar e em breve virá a sua aprovação!
A organização, estudo e acompanhamento é fundamental!
 

 
Autores
Anderson Sena Barnabé
Professor de saúde pública e epidemiologia em várias instituições de ensino
superior de SP. Tem graduação em Biologia, Mestrado e Doutorado em saúde
pública pela USP, onde desenvolve pesquisas sobre epidemiologia das doenças
infectoparasitarias. Tem também especializações em Bioestatística e em
Entomologia médica, já tendo trabalho junto a secretaria municipal de saúde em
pesquisas sobre dengue, estatísticas em saúde e validação de técnicas
diagnóstica para enteroparasitoses

Bruno Picanço
Formado em matemática pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor
voltado para olimpíadas de matemática, premiado por menção honrosa em 2018.

Estevão Tavares de Figueiredo


Doutorando em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (FMRP - USP). Títulos de Especialista em Cardiologia e
Ecocardiografia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Título de
Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica
(SBCM). Médico pesquisador dos Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (USP).
Professor de Semiologia Médica do curso de Medicina da Fundação Educacional
de Penápolis (FUNEPE).

Fabiana Figueredo de Oliveira Maia


Graduada em Medicina pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB);
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal da
Bahia (UFBA).

Haroldo Ramanzini
Doutor em Linguística, pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em Teoria
Literária, pela Universidade Estadual Paulista. Bacharel e Licenciado em Letras,
pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor, escritor e tradutor.

Harue Kumakura
Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN). Cirurgiã Geral e Cirurgiã Vascular e Endovascular
pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Título
de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular e Título de Especialista em
Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
(SBACV). Médica Assistente do Pronto-Socorro de Cirurgia Vascular do HC-FMUSP.

José Roberto Ancelmo


Atuou como especialista em informática e professor. Atuando com EAD
Multidisciplinar desenvolvendo materiais didáticos voltados para o mercado EAD,
como ebooks, exercícios, revisões e demais produtos. Assessoria em EAD a
Faculdades e Universidades, também alunos de graduação e pós-graduação.

Rogério Anton Faria


Médico, formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Residente
em Medicina Nuclear no Hospital AC Camargo Cancer Center. Responsável por
Vídeo aulas em bioestatística e metodologia de pesquisa.

Thiago Emanuel Verás Lemos


Possui graduação em Medicina Pela Universidade Potiguar e Residência Médica
em Pediatria pelo Hospital Infantil Varela Santiago - HIVS/RN. É coautor e
coordenador do Livro “Manual Prático para Urgências e Emergências Clínicas”,
pela Sanar. Durante a graduação, foi Membro-Fundador da Liga Acadêmica de
Emergências Clínicas do RN (LAEC-RN), da Liga Acadêmica Norterriograndense de
Cirurgia (LANCi-RN) e da Liga Acadêmica de Hematologia do RN (LAHEM-RN). Foi
Bolsista do CNPq/PIBIC na área de cirurgia experimental e de educação em
cirurgia.

 
Sumário

Cirurgia
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático

Clínica Médica
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático

Ginecologia e Obstetrícia
Questões Para Concursos

Questões Para Residência


Resumo Prático

Pediatria
Questões Para Concursos
Questões Para Residência
Resumo Prático

Preventiva
Questões Para Concursos
Questões Para Residência

Resumo Prático

Informática
Resumo Prático

Língua Portuguesa
Resumo Prático
Matemática
Resumo Prático
Sumário
Capa

Créditos

Apresentação

Autores

Sumário

01 - Cirurgia - Concursos

01 - Cirurgia - Residência

02 - Clínica Médica - Concursos

02 - Clínica Médica - Residência

03 - Ginecologia e Obstetrícia - Concursos

03 - Ginecologia e Obstetrícia - Residencia

04 - Pediatria - Concursos

04 - Pediatria - Residência

05 - Preventiva - Concursos

05 - Preventiva - Residência

06 - Informática

07 - Língua Portuguesa
08 - Matemática
 

Cirurgia

 
Questões Para Concursos

01 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC - 2019) O abdome é


frequentemente acometido por lesões penetrantes e por traumas fechados. No
trauma abdominal contuso, quais são os órgãos mais comumente afetados?

A. Baço e pâncreas.
B. Fígado e pâncreas.
C. Baço e fígado.
D. Baço, apenas.
E. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lesão pancreática é rara, correspondendo a 10 a
12% de todos os traumas abdominais. A maioria delas é secundária a trauma
penetrante.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Estatisticamente, baço e fígado são os órgãos mais
lesados em traumatismos abdominais fechados, sendo o primeiro mais
frequentemente lesado em relação ao segundo. O trauma abdominal fechado é o
principal mecanismo de lesão abdominal. O fígado (35 a 45%) e o baço (40 a 55%)
são os órgãos mais acometidos.
Alternativa D: INCORRETA. Na questão é perguntado, no plural, quais são os
órgãos mais afetados; no entanto, nesta alternativa temos apenas um.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C

02 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC - 2019) Paciente do sexo


feminino, 45 anos, tomografia computadorizada apresenta acentuada distensão
líquida do apêndice na fossa ilíaca direita, com espessamento parietal e
borramento da gordura adjacente. Qual o provável diagnóstico?

A. Doença de Crohn.
B. Apendicite.
C. Diverticulite.
D. Coledocolitíase.
E. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paciente apresenta quadro sugestivo de
apendicite, sem histórico de diarreia crônica ou outras lesões em trato
gastrointestinal.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa descreve achados típicos de apendicite na
tomografia computadorizada: borramento da gordura periapendicular, apêndice
> 6 mm de diâmetro, espessamento focal apical do ceco, apendicolito, líquido
pericecal, abscesso e adenopatia regional.
Alternativa C: INCORRETA. A paciente apresenta evidência de acometimento do
apêndice cecal em tomografia, sem sinais de inflamação colônica.
Alternativa D: INCORRETA. A paciente não apresenta quadro de icterícia
obstrutiva ou sinais de dilatação das vias biliares em tomografia.
Alternativa E: INCORRETA. Quadro sugestivo de apendicite, com alternativa
disponível na letra B.
▶ resposta: B

03 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC - 2019) Os tumores


benignos ocasionalmente podem crescer muito, provocando alterações. Caso
seja necessário tratamento, geralmente o paciente é submetido à cirurgia. Qual o
tipo mais comum de tumor benigno do fígado?

A. Hiperplasia Nodular Focal.


B. Adenoma Hepático.
C. Hemangioma.
D. Hepatoblastoma.
E. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser a neoplasia sólida mais comum, a
hiperplasia nodular focal  (HNF) ainda é menos frequente que o hemangioma. A
prevalência nos tumores hepático benignos é de < 0,1%.
Alternativa B: INCORRETA. Este é um tumor benigno menos frequente que o
HNF e o hemangioma, mas deve ser sempre lembrado pelo risco de
sangramento e transformação maligna; está correlacionado com o uso de
terapêutica hormonal. A prevalência nos tumores hepático benignos é de <
0,01%.
Alternativa C: CORRETA. É o tumor hepático benigno mais comum, com
incidência estimada na população entre 1 a 20%, e prevalência nos tumores
hepáticos benignos de 2 a 7%.
Alternativa D: INCORRETA. Tumor maligno e raro do fígado.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C

04 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC - 2019) Coledocolitíase é


a formação ou presença de cálculos dentro dos ductos biliares. Pode causar
cólica biliar, obstrução biliar, pancreatite biliar ou infecção de ductos biliares
(colangite). Das opções abaixo, qual o exame diagnóstico e o tratamento de
escolha adequados para a coledocolitíase?

A. Colangiopancreatografia por ressonância por via endoscópica (CPRE) e


exploração laparoscópica do colédoco.
B. Colangiopancreatografia por ressonância magnética ou por via
endoscópica (CPRE) e descompressão precoce cirúrgica ou endoscópica.
C. Colangiopancreatografia por ressonância magnética e litotripsia.
D. Colangiopancreatografia por ressonância magnética e exploração
laparoscópica do colédoco.
E. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de a CPRE poder ser um método diagnóstico
de coledocolitíase, a exploração laparoscópica do colédoco não é a primeira
opção terapêutica.
Alternativa B: CORRETA. Alternativa correta, que não só exemplifica os métodos
diagnósticos como também apresenta duas modalidades terapêuticas para o
tratamento da coledocolitíase.
Alternativa C: INCORRETA. Diferente das vias urinárias, não realizamos
litotripsia para cálculos biliares.
Alternativa D: INCORRETA. Assim como na alternativa A, em geral a exploração
da via biliar não é a primeira opção de tratamento, mas sim a CPRE.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B

05 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC - 2019) A pancreatite


aguda é uma inflamação pancreática que pode determinar síndrome de resposta
inflamatória sistêmica, acarretando significativa morbidade e mortalidade. Das
alternativas a seguir, quais são as causas mais frequentes relacionadas ao
desenvolvimento de pancreatite aguda?

A. Abuso de álcool e hipertrigiceridemia.


B. Colelitíase e abuso de álcool.
C. Colelitíase e hipercalcemia.
D. Hipertrigiceridemia e colelitíase.
E. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar do risco aumentado de pancreatite nos
pacientes com hipertrigliceridemia, a litíase biliar e o abuso de álcool são
etiologias mais frequentes de pancreatite aguda.
Alternativa B: CORRETA. Juntas, essas duas etiologias são responsáveis por mais
de 80% dos casos de pancreatite aguda, podendo chegar a 95% em algumas
referências.
Alternativa C: INCORRETA. A litíase biliar é a principal causa de pancreatite
aguda, responsável por 70% dos casos. A hipercalcemia também é uma etiologia
para a doença, porém rara.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B

06 (CEFET BAHIA - Policlínica da Região de Simões Filho/BA - 2019) A ação


inicial dos anestésicos locais é:

A. paralisia motora.
B. perda da propriocepção.
C. vasodilatação periférica.
D. perda da sensibilidade térmica e dolorosa.
E. perda de sensibilidade ao tato e à pressão.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paralisia motora é a última alteração induzida
pelos anestésicos locais.
Alternativa B: INCORRETA. Esta é a penúltima das alterações a ocorrer com
anestésicos locais.
Alternativa C: CORRETA. Todas as alterações sensoriais causadas pelo
anestésico local ocorrem posteriormente à vasodilatação periférica e na seguinte
sequência: primeiro as autonômicas (e por isso a vasodilatação), depois a
sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, a seguir as relações de pressão e vibração
e, por último, as propriocepção e motoras.
Alternativa D: INCORRETA. Comentado na alternativa C.
Alternativa E: INCORRETA. Comentado na alternativa C.
▶ resposta: C

07 (CEFET BAHIA - Policlínica da Região de Simões Filho/BA - 2019)


__________________ constitui uma das principais mudanças no Advanced Trauma
Life Suporte (ATLS) 2018 em relação ao choque hipovolêmico hemorrágico. A
alternativa que preenche, corretamente, a lacuna do trecho acima é:

A. O acesso venoso único com jelco 16.


B. A suspensão do uso de ácido tranexâmico.
C. A mudança da regra de hemotransfusão que passou para 1:1:1.
D. A ressuscitação inicial com cristaloides que passou para 1500 ml.
E. A não indicação da arteriografia em sangramentos por fratura pélvica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É indicada punção venosa única com jelco 18, não o
16.
Alternativa B: INCORRETA. O ATLS ainda mantém a orientação o uso do ácido
tranexâmico dentro de 3 horas do trauma, diminuindo mortalidades.
Alternativa C: CORRETA. Quando o paciente necessita de mais de 10 bolsas de
hemácia em 24 h (ou > 4 bolsas em 1 hora), recomenda-se transfusão empírica de
plasma e plaquetas na proporção 1:1:1.
Alternativa D: INCORRETA. A ressuscitação inicial deve ser feita com 1 L de
cristaloides.
Alternativa E: INCORRETA. A arteriografia continua indicada para pacientes com
trauma pélvico com instabilidade hemodinâmica, excluídas outras causas de
instabilidade hemodinâmica.
▶ resposta: C

08 (CEFET BAHIA - Policlínica da Região de Simões Filho/BA - 2019) As fórmulas


de ressuscitação volêmica nos pacientes adultos queimados são utilizadas como
guias iniciais na hidratação desses pacientes. A fórmula de Brooke modificada
consiste em ___ ml x kg x %SCQ de cristaloides. A alternativa que preenche,
corretamente, as lacunas do trecho acima é:

A. 0,5
B. 1,0
C. 1,5
D. 2,0
E. 2,5
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Sobre a ressuscitação volêmica em pacientes vítimas
de queimaduras, a fórmula de Brooke modificada propõe 2 ml x kg x %SCQ de
cristaloides para reposição volêmica, diferente da tradicional formula de
Parkland, que utiliza 4 ml de ringer lactato especificamente.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

09 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Em relação ao choque, assinale


alternativa correta.

A. O choque séptico responde bem à reposição volêmica.


B. Hipotensão arterial com taquicardia concomitante é sinal patognomônico
de choque neurogênico.
C. No choque cardiogênico, ocorre redução da fração de ejeção dos
ventrículos e diminuição do débito cardíaco.
D. O choque hipovolêmico em adulto de 70 kg só acontece se ocorrer perda
sanguínea de pelo menos 500 mL.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Por ser um choque com maior componente
distributivo, apesar de uma resposta transitória à reposição de volume no
choque séptico, a melhor resposta ocorre com a utilização de vasopressores.
Alternativa B: INCORRETA. O choque neurogênico apresenta como
característica a hipotensão associada a bradicardia por interrupção do estímulo
simpático cardioacelerador no trauma raquimedular.
Alternativa C: CORRETA. Resposta correta e bem descrita quanto à fisiopatologia
do choque cardiogênico.
Alternativa D: INCORRETA. Segundo a classificação de choque do ATLS, o
choque grau I ocorre por uma perda volêmica de até 750 ml.
▶ resposta: C

10 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Analise o caso clínico a seguir.


Um paciente, vítima de mordedura canina com extensa lesão irregular no lado
direito da face, é levado ao HPS. Informa ser o proprietário do animal, que é
vacinado contra raiva. Relata também ter ele mesmo recebido três doses de
vacina contra tétano há 3 anos. Sobre esse caso, assinale alternativa incorreta.
A. Não há necessidade de vacinação antitetânica nem de imunoglobulina
antitetânica.
B. Pode ser feita sutura primária.
C. Deve ser providenciada limpeza da ferida com água oxigenada para
prevenção de infecção por agentes anaeróbicos.
D. Indica-se o uso de antibiótico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O paciente apresenta vacinação contra tétano
recente (3 doses ou mais e última dose há menos de 5 anos), sem indicação de
reforço de dose.
Alternativa B: INCORRETA. Tradicionalmente, recomenda-se não suturar
ferimentos por mordedura por ter alto grau de contaminação. Porém, a American
Academy of Family Physicians (AAFP) revisou os estudos envolvendo fechamento
de feridas por mordedura e as incidências de complicações. As evidências levam
a recomendações de nível B e orientam que feridas de baixo risco de infecção
podem ser fechadas caso haja desejo de melhor resultado estético.
Alternativa C: CORRETA. Atualmente não indicamos a limpeza com água
oxigenada para prevenção de infecção por agentes anaeróbicos, uma vez que ela
agride o tecido.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente vítima de mordedura de cão
obrigatoriamente deve receber antibioticoterapia como tratamento pré-emptivo
de infecções com drogas voltadas a microrganismos aeróbios e anaeróbios. A
primeira linha seria a amoxicilina/clavulonato.
▶ resposta: C

11 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Considere que um paciente de


28 anos de idade foi retirado desfalecido de um cômodo de uma casa em
chamas. Apresentava queimaduras de 2º e 3º graus em tórax, abdome e
membros superiores, em 42% do corpo. Em relação aos cuidados iniciais com
esse paciente, assinale a alternativa correta.

A. A oferta de O2 a 100% deve ser evitada para não agravar o edema


pulmonar, comum nessas situações.
B. Deve receber injeção subcutânea ou intramuscular de analgésico opioide.
C. Deve-se iniciar reanimação volêmica com solução de Ringer Lactato.
D. Tem indicação de entubação traqueal profilática.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Lembre-se de que o paciente vítima de queimadura
é um paciente vítima de trauma e, com isso, deve seguir as normas do ALTS e
receber oxigênio suplementar inicialmente.
Alternativa B: INCORRETA. Esse paciente deve receber analgesia potente, com
uso de opioides, mas por via intravenosa para absorção e efeito rápidos.
Alternativa C: CORRETA. A reposição volêmica do paciente queimado nas
primeiras 24 h deve ser realizada com Ringer Lactato, utilizando como cálculo
para o volume a ser administrado a fórmula de Parkland.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente sem sinais de comprometimento da via
aérea (escarro carbonáceo, fuligem em oro/nasofaringe, rouquidão pós-
queimadura, queimadura de vibrissas) inicialmente pode receber oxigênio
suplementar por máscara de O2 não reinalante.
▶ resposta: C

12 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Em relação ao uso de antibiótico


profilático em cirurgia, assinale a alternativa correta.

A. Devem-se utilizar preferencialmente antibióticos bacteriostáticos.


B. É raro o surgimento de cepas de microrganismos resistentes ao
antimicrobiano utilizado.
C. Devem-se cobrir todos os possíveis patógenos que possam proporcionar
infecção local e sistêmica.
D. Deve ser iniciado pelo menos 12 horas antes do ato cirúrgico para obter
níveis plasmáticos satisfatórios.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A preferência de antibiótico é por drogas
bactericidas, sendo mais comum as cefalosporinas de primeira geração, por
terem baixo custo, meia-vida prolongada e serem mais eficientes que as de
segunda e terceira geração.
Alternativa B: CORRETA. Como a dose é utilizada por pouco tempo, é
infrequente o surgimento de cepas resistentes às drogas utilizadas.
Alternativa C: INCORRETA. As drogas utilizadas devem cobrir a flora bacteriana
dos tecidos que serão lesados pelo procedimento cirúrgico, como, por exemplo,
pele e trato gastrointestinal, mas não necessariamente todos os microrganismos
que possam causar infecção.
Alternativa D: INCORRETA. Idealmente, a profilaxia deve começar
aproximadamente 60 minutos antes do procedimento cirúrgico. Em casos
específicos, em que a profilaxia for realizada com vancomicina, deve ser feita 2
horas antes do procedimento.

▶ resposta: B

13 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Em relação à pancreatite aguda


(PA), assinale a alternativa correta.

A. A cirurgia precoce melhora o prognóstico.


B. A presença de icterícia confirma PA de origem biliar.
C. Geralmente ocorre elevação concomitante de amilase e lipase, sendo que a
primeira é mais persistente.
D. Níveis séricos baixos de cálcio geralmente indicam quadro de maior
gravidade.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A necrosectomia pancreática é um procedimento de
altíssima morbimortalidade e deve ser postergada sempre que possível. Acredita-
se que qualquer procedimento deva ser postergado até a terceira ou quarta
semana de evolução.
Alternativa B: INCORRETA. A icterícia pode ser sugestiva de coledocolitíase ou
até mesmo de colangite, mas não é critério diagnóstico da origem biliar.
Alternativa C: INCORRETA. Ambas são utilizadas para o diagnóstico de
pancreatite; a amilase tende a retornar mais precocemente ao seu nível basal (4
dias) em à lipase (7 a 14 dias).
Alternativa D: CORRETA. Este é um dado que deve ser sempre valorizado nos
quadros de pancreatite e decorre da saponificação com deposição de cálcio do
pâncreas e tecidos adjacentes. Níveis de cálcio inferiores a 7,0 mg/dl indicam
prognóstico ruim.

▶ resposta: D

14 (FUNDEP - Prefeitura de Ervália/MG - 2019) Embora pacientes de todas as


faixas etárias estejam sujeitos a apresentar complicações decorrentes de
procedimentos cirúrgicos, são os pacientes idosos e portadores de comorbidades
que possuem maior prevalência. Sobre este assunto, analise as afirmativas
abaixo:

I. O delirium é um distúrbio de consciência e cognição que se apresenta


durante um curto intervalo de tempo, podendo apresentar um curso
flutuante, sendo a complicação pós-operatória mais comum e mais
devastadora observada em pacientes mais velhos;
II. O mais importante fator de risco para o desenvolvimento de delirium pós-
operatório em pacientes mais velhos é a presença prévia de um déficit
cognitivo;
III. A broncoaspiração não é uma causa comum de morbidade e mortalidade
em pacientes idosos no período pós-operatório.
IV. O risco de broncoaspiração deve ser avaliado no pré-operatório em todos
os pacientes idosos com fatores de risco e com qualquer relatório de uma
anormalidade da deglutição.

Estão corretas:

A. Apenas as afirmativas I e III;


B. Apenas as afirmativas II e III;
C. Apenas as afirmativas I, II e IV;
D. Apenas as afirmativas II, III e IV.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Afirmativa correta e didática sobre o assunto. O
delirium pós-operatório pode ser definido como distúrbio transitório e flutuante
da consciência, atenção, cognição e percepção que complica a evolução de até
36,8% dos pacientes cirúrgicos. A mortalidade associada ao DPO é de 13%. Cerca
de 72% dos pacientes idosos com DPO morrem dentro de cinco anos após o
procedimento cirúrgico, comparados com 34,7% dos que permanecem lúcidos
durante todo o pós-operatório.
Assertiva II: VERDADEIRA. A presença de déficit cognitivo prévio aumenta muito
risco de um delirium pós-operatório.
Assertiva III: FALSA. A broncoaspiração é comum nesta faixa etária e pode
desencadear desfechos catastróficos.
Assertiva IV: VERDADEIRA. De modo semelhante à assertiva anterior, é
importante a avaliação do risco de broncoaspiração e lembrar sempre que idosos
possuem também um retardo no esvaziamento gástrico.
▶ resposta: C

15 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2019) No pós-operatório


para uma apendicectomia em paciente com diagnóstico de insuficiência renal,
para evitar uma hipercalemia, NÃO devemos prescrever qual(is) das drogas
abaixo:

A. Aspirina.
B. Drogas anti-inflamatórias não esteroides.
C. Bloqueadores de canais de cálcio.
D. Diuréticos de alça.
E. Dipirona.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Apesar de a aspirina também ser um anti-inflamatório
não esteroidal, em baixas doses ela é segura para o uso em pacientes com
disfunção renal.
Alternativa B: CORRETA. De modo geral, não se deve prescrever um anti-
inflamatório não esteroidal para pacientes com insuficiência renal, uma vez que
isso pode agravar o quadro de insuficiência e aumentar o nível de potássio
sérico.
Alternativa C: INCORRETA. Bloqueadores de canal de cálcio têm pouco efeito
sobre o potássio sérico.
Alternativa D: INCORRETA. Diuréticos de alça causam hipopotassemia, sendo
inclusive utilizados no tratamento da hiperpotassemia.
Alternativa E: INCORRETA. Dipirona não tem efeito sobre o potássio sérico.
▶ resposta: A B

16 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2019) Você está socorrendo um paciente


vítima de queda de moto. Constata ferida da parede torácica com quadro de
pneumotórax aberto. Neste caso, o tratamento inicial mais adequado para o
transporte desse paciente é:

A. Fechamento da ferida, intubação orotraqueal e sedação.


B. Colocação de dreno torácico próximo ao ferimento.
C. Curativo oclusivo em três dos quatro lados.
D. Dreno torácico colocado pela ferida, com curativo oclusivo ao redor.
E. Oclusão da ferida e cateter de oxigênio.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estes são procedimentos que podem ser
necessários, mas não consistiriam na melhor conduta inicial para este paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Assim como a alternativa anterior, não adiantaria
drenar o tórax sem o tratamento inicial adequado para o ferimento apresentado.
Alternativa C: CORRETA. Esta, sim, é a conduta inicial mais adequada para esse
tipo de lesão, uma vez que impede a livre entrada e saída de ar, fisiopatologia
primária do pneumotórax aberto. Após o curativo de três pontas, deve-se realizar
a drenagem torácica e o fechamento da ferida.
Alternativa D: INCORRETA. O dreno de tórax não deve ser posicionado por
dentro do ferimento do paciente, mas sim no 4º ou 5º espaço intercostal, na linha
hemiaxilar.
Alternativa E: INCORRETA. Deve ser realizado curativo em 3 pontas para oclusão
do ferimento.

▶ resposta: C

17 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2019) Chega ao seu plantão de


emergência um homem vítima de traumatismo torácico por agressão. O
diagnóstico é de tamponamento pericárdico agudo; o paciente tem pressão
arterial sistólica de 100 mmHg e frequência cardíaca de 90 bpm. Neste caso, o
melhor tratamento inicial é:

A. Reposição de soro fisiológico para estabilizar a pressão arterial durante o


transporte para a sala de cirurgia.
B. Colocação de cateter intrapericárdico, guiado por ultrassonografia e
drenagem aspirativa.
C. Toracotomia imediata na sala de emergência com pericardiotomia e
reparação tecidual.
D. Toracoscopia na sala de emergência e drenagem pericárdica.
E. Não há indicação para drenagem pericárdica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de se realizar a expansão volêmica durante o
transporte à sala de cirurgia, isso não irá resolver a causa da hipotensão
apresentada pelo paciente.
Alternativa B: CORRETA. No caso de um tamponamento pericárdico, a medida
imediata para tirar o paciente do risco de morte iminente é a pericardiocentese
guiada por ultrassom.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente sem indicação de toracotomia de
reanimação. A toracotomia neste caso pode ser realizada em centro cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA. Em nenhuma situação é realizada a toracoscopia na
sala de emergência.
Alternativa E: INCORRETA. Há indicação evidente de necessidade de drenagem
pericárdica guiada por ultrassonografia.

▶ resposta: B

18 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2019) Você atende um paciente vítima de


agressão por faca. Faz o diagnóstico de ferida corto-contusa na zona III do
pescoço, e no momento do exame não há sangramento. O paciente está nervoso,
mas apresenta exame físico sem outras alterações, com sinais vitais, funções
fisiológicas e auscultas normais. Assim, o tratamento mais adequado para este
paciente é:

A. Ressonância nuclear magnética do pescoço e tórax.


B. Ultrassonografia com color Doppler do pescoço.
C. Exploração cirúrgica imediata.
D. Observação clínica com profilaxia antibiótica e antitetânica.
E. Esofagografia com iodo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Exame de alto custo, demorado e de baixa
disponibilidade que não deve ser realizado em uma situação de trauma.
Alternativa B: INCORRETA. Em ferimentos de zona III (do ângulo da mandíbula à
base do crânio), a ultrassonografia possui grande valia no auxílio ao diagnóstico,
porém a angiotomografia computadorizada possui maior sensibilidade.
Alternativa C: INCORRETA. Atualmente, as indicacões de cervicotomia
exploradora de urgência são instabilidade hemodinâmica, hematoma em
expansão e sinais evidentes de lesões aerodigestivas (como difonia, escape
aéreo, enfisema de subcutâneo).
Alternativa D: CORRETA. Alternativa adequada para paciente estável.
Alternativa E: INCORRETA. Pacientes com zona III não apresentam lesão
esofágica pelo simples fato de ainda existir faringe nesta altura e não esôfago,
que se inicia na zona II.

▶ resposta: D

19 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) Hérnias da parede


abdominal são muito comuns, particularmente entre homens. A maior parte da
parede abdominal é espessa e dura, assim, as hérnias normalmente ocorrem em
uma área de fraqueza, na qual uma abertura anterior foi fechada. Erguer pesos
ou se esforçar pode tornar a hérnia mais óbvia, mas não é a sua causa. A hérnia
femoral:

A. forma-se pela incisão cirúrgica na parede abdominal. Esse tipo de hérnia


pode se desenvolver muitos anos depois da cirurgia.
B. ocorre ao redor do umbigo, devido à obesidade.
C. aparece no vinco da virilha ou no escroto.
D. pode se desenvolver logo abaixo do vinco da virilha, no meio da coxa, onde
a artéria e a veia femoral deixam o abdômen e percorrem a perna. Esse tipo
de hérnia é mais comum entre mulheres.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia incisional e não
femoral.
Alternativa B: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia umbilical e não
femoral.
Alternativa C: INCORRETA. A descrição apresentada é de hérnia inguinoescrotal
e não femoral.
Alternativa D: CORRETA. Descrição correta de uma hérnia femoral. A hérnia
femoral é uma protrusão do saco peritoneal, que contém gordura pré-peritoneal
e massa abdominal ou pélvica, através do anel femoral no canal femoral inferior
ao ligamento inguinal. O anel femoral é delimitado lateralmente pela veia
femoral, anteriormente pelo ligamento inguinal, medialmente pelo ligamento
lacunar e posteriormente pelo ligamento pectíneo.
▶ resposta: D

20 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019)  Paciente de 23 anos, vítima de


trauma moto x anteparo fixo em alta velocidade, deu entrada na unidade de
emergência, trazido pelo resgate, com relato de dor abdominal intensa na região
abdominal superior. Apresentou trauma craniano com perda momentânea de
consciência no local e não apresentou episódios de vômitos; no momento,
apresenta cefaleia leve. Na avaliação:

a. Vias aéreas pérvias, com colar cervical;


b. Expansibilidade preservada, murmúrios vesiculares presentes
bilateralmente. FR: 18 ipm; SatO2 99% em ar ambiente;
c. Pressão arterial: 120 x 70 mmHg, frequência cardíaca 110 bpm, sem
sangramento visível. Abdome doloroso à palpação de andar superior com
equimoses em epigástrio, mesogástrio e hipocôndrio esquerdo. Diurese clara;
d. Escala de coma de Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes;
e. Escoriações em membros superiores.

Sobre o caso acima, assinale a alternativa correta:

A. A conduta ideal e imediata é laparotomia exploratória frente à queixa de


dor abdominal intensa.
B. O mecanismo de trauma relatado e a avaliação primária nos leva a pensar
na presença de lesão de estruturas em zona III, cujo tratamento é
essencialmente operatório.
C. Segundo o ABC score, esse paciente não teria indicação de iniciar protocolo
de transfusão maciça mesmo que apresentasse FAST positivo.
D. Existe indicação formal de TC de crânio e o achado mais comum nestes
casos é a lesão axonal difusa.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com dor abdominal, mas sem sinais de
irritação peritoneal, evisceração ou instabilidade hemodinâmica com FAST
positivo, situações que indicariam a laparotomia exploradora, por exemplo.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente sem quadro sugestivo de lesão de zona III
e, mesmo considerando as zonas retroperitoneais, este paciente não teria
indicação de abordagem cirúrgica.
Alternativa C: CORRETA. O ABC score indica o protocolo de transfusão maciça na
presença de pelo menos dois dos seguintes critérios: PAS < 90, FC > 120, FAST + e
trauma penetrante.
Alternativa D: INCORRETA. Não há indicação formal de TC: Glasgow menor que
15 ou de 15 com dor cervical, cefaleia intensa, vômitos mantidos, déficit
neurológico focal, fístula liquórica, hematoma retroauricular ou periorbitário. A
lesão axonal difusa (LAD) deve-se ao comprometimento das fibras nervosas por
aceleração ou desaceleração. Tem espectro variável de comprometimento
nervoso, com expressão mínima de perda transitória da consciência, fenômeno
denominado comoção cerebral. Compatível com o quadro do paciente.
▶ resposta: C

21 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019) Paciente de 20 anos,


masculino, vítima de politrauma com TCE evoluindo para midríase fixa e bilateral.
Qual dos seguintes achados contraindica abertura do protocolo de morte
encefálica?

A. Temperatura corporal de 25 °C.


B. Sódio de 135 mEq/L.
C. Uso de drogas vasoativas.
D. Causa da possível morte encefálica ser trauma, já que isso inviabiliza o uso
dos órgãos a serem doados.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para abertura do protocolo de morte encefálica, o
paciente deve apresentar sinais vitais estáveis, incluindo temperatura corpórea
central. Esta deve ser maior que 35 ºC.
Alternativa B: INCORRETA. Valor dentro da normalidade de sua concentração
sérica; não contraindica.
Alternativa C: INCORRETA. Drogas vasoativas podem e devem ser utilizadas
para manutenção da perfusão em doadores.
Alternativa D: INCORRETA. Pelo contrário, o trauma cranioencefálico é uma das
principais causas de morte encefálica.
▶ resposta: A

22 (FunRio - Prefeitura de Porto de Moz/PA - 2019) Ao exame físico, a dor que


se move do epigástrio para a região periumbilical, até chegar à fossa ilíaca
direita, sugere o diagnóstico de:

A. Rotura de folículo de Graaf.


B. Úlcera péptica perfurada gástrica.
C. Apendicite aguda.
D. Divertículo de Meckel.
E. Pielonefrite aguda.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser um possível diferencial do nosso
diagnóstico, também conhecido como Mittelschmerz, o quadro álgico
apresentado não é compatível com rotura folicular. Este geralmente é unilateral
ou no hipogastro, durando poucas horas.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com úlcera péptica perfurada costuma
apresentar dor no andar superior do abdome.
Alternativa C: CORRETA. Descrição correta da evolução típica da dor de
apendicite aguda.
Alternativa D: INCORRETA. O divertículo de Meckel costuma ser indolor e
apresentar-se principalmente com hemorragia digestiva baixa em crianças
Alternativa E: INCORRETA. A dor geralmente é lombar.
▶ resposta: C

23 (FunRio - Prefeitura de Porto de Moz/PA - 2019) Na colecistite aguda, a


palpação da região subcostal direita, durante inspiração profunda, pode provocar
dor, caracterizando a presença do sinal de:

A. Urwell.
B. Murphy.
C. Romaña.
D. Cullen.
E. Battle.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O enunciado apresenta uma descrição exata de um
dos sinais de colecistite, também conhecida como sinal de Murphy.
Alternativa B: CORRETA. Outros sinais associados a colecistite são Abrams.
Alternativa C: INCORRETA. Caracteriza-se por edema palpebral indolor,
associado à doença de Chagas.
Alternativa D: INCORRETA. Este sinal consiste na equimose periumbilical
associada à hemorragia retroperitoneal, bastante lembrada nos casos de
pancreatite aguda.
Alternativa E: INCORRETA. Equimose retroauricular, na ponta do mastoide,
sugestiva de fratura de base de crânio.

▶ resposta: B

24 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente, 23 anos, sexo masculino, é vítima de


atropelamento por automóvel em alta velocidade na via pública. É trazido ao
serviço de urgência e emergência pelo próprio condutor. Na avaliação clínica
inicial, foram observadas as seguintes situações de momento:

• Vias aéreas pérvias (paciente fala espontaneamente). Sem colar cervical.


• Ausculta abolida em hemitórax esquerdo. Esforço respiratório.
Oximetria de 82% em ar ambiente.

• Hipotenso. PA = 80 x 40 mmHg. FC = 100 BPM. Bulhas normofonéticas


taquicárdicas.

• Pupilas isocóricas fotorreativas. Glasgow 14/15.


• Fratura exposta em perna E.
Com base no caso clínico, qual a conduta inicial?

A. Entubação orotraqueal após imobilização cervical com colar.


B. Considerar a possibilidade de tamponamento cardíaco, devendo-se realizar
ecocardiograma e pericardiocêntese guiada.
C. Punção de dois acessos venosos calibrosos para a administração de
solução cristaloide e imobilização do membro fraturado.
D. Considerar a possibilidade de pneumotórax hipertensivo à esquerda,
sendo realizada punção torácica descompressiva e posterior drenagem
torácica em selo d’água.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com via aérea pérvia, sem sinais de
comprometimento iminente que justifique uma proteção de vias aéreas com
entubação e com outra condição que melhor explica o quadro apresentado.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com bulhas normofonéticas, sem estase
jugular e com abolição dos murmúrios em hemitórax esquerdo, ou seja, quadro
não compatível com tamponamento cardíaco.
Alternativa C: INCORRETA. No novo ATLS é indicada punção venosa única com
jelco 18.
Alternativa D: CORRETA. Alternativa correta e que descreve o tratamento efetivo
de um pneumotórax hipertensivo.
▶ resposta: D

25 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente, 35 anos, sexo feminino, foi submetida


à cirurgia bariátrica há cinco anos, com eliminação de aproximadamente 35 kg
(peso inicial 110 kg) e melhora das comorbidades pré-operatórias. Abandonou o
acompanhamento multidisciplinar com poucos meses de pós-operatório. Dá
entrada no serviço de urgência com quadro de icterícia (elevação principalmente
de bilirrubina direta), febre de 38,9o C, calafrios e dor abdominal localizada em
hipocôndrio direito, com irradiação para o dorso. Com relação ao caso descrito, é
correto afirmar que

A. O diagnóstico mais provável é colecistite aguda litiásica.


B. A hepatite medicamentosa secundária à hipervitaminose é o diagnóstico
mais provável.
C. A paciente encontra-se possivelmente com quadro de colangite secundária
à coledocolitíase, apresentando a Tríade de Charcot.
D. Não há necessidade de pesquisar qual técnica cirúrgica bariátrica foi
realizada, uma vez que não influenciará no tratamento a ser realizado.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na colecistite aguda litiásica, a febre costuma ser
mais branda e a icterícia, discreta.
Alternativa B: INCORRETA. Dificilmente pacientes evoluem de hepatite
medicamentosa secundária a hipervitaminose. Além disso, nos quadros de
hepatite, o aumento de bilirrubinas ocorre às custas de bilirrubinas indiretas pela
disfunção na conjugação da bilirrubina.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa que melhor descreve o quadro apresentado
pela paciente. A medida importante a ser tomada é a desobstrução da via biliar.
Alternativa D: INCORRETA. Incorreta, justamente pensando na desobstrução da
via biliar, uma vez que a CPRE é muito dificultada por procedimentos com
derivações do trânsito intestinal.
▶ resposta: C

26 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) A respeito de neoplasia maligna de pâncreas,


avalie as informações a seguir.

I. O CA 19.9 é marcador tumoral pesquisado no diagnóstico.


II. A invasão dos vasos mesentéricos superiores e da veia porta deve ser
pesquisada, a fim de avaliar a ressecabilidade da lesão tumoral.
III. As neoplasias de cabeça pancreática podem cursar com quadro de
icterícia secundária à compressão extrínseca do colédoco intrapancreático.

Está correto o que se afirma em:

A. I apenas.
B. I e II apenas.
C. II e III apenas.
D. I, II e III.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questão bastante didática sobre o assunto, em que
todas as afirmativas descritas são verdadeiras e de grande importância no
estadiamento do câncer de pâncreas.
▶ resposta: D

27 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente do sexo feminino, 30 anos, tabagista,


dá entrada no serviço médico com massa suprarrenal direita associada à
obesidade de tronco, pletora facial, coxim adiposo dorso-cervical, acne,
hirsutismo, amenorreia, hipertensão arterial sistêmica e hiperglicemia. O
diagnóstico mais provável é
A. Feocromocitoma.
B. Metástase adrenal de neoplasia maligna de pulmão.
C. Hiperaldosteronismo primário e secundário à hiperplasia suprarrenal.
D. Síndrome de Cushing secundária à neoplasia suprarrenal funcionante.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O feocromocitoma é um tumor secretor de
catecolaminas e apresenta sintomas associados ao aumento do estímulo
adrenérgico, como cefaleia, sudorese e taquicardia, podendo ser associado a
picos hipertensivos.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com metástases adrenais costumas ser
mais idosos, possuir sítio primário definido e não costumam apresentar
Síndrome de Cushing.
Alternativa C: INCORRETA. O hiperaldosteronismo causaria uma hipertensão
refratária associada a hipocalemia e não justificaria o quadro apresentado pela
paciente.
Alternativa D: CORRETA. Quadro compatível com tumor adrenal funcionante
produtor de hormônios da via do cortisol, apresentando sintomas típicos da
Síndrome de Cushing.
▶ resposta: D

28 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente, sexo masculino, 28 anos, dá entrada


no serviço médico de urgência com quadro de dor abdominal localizada em fossa
ilíaca direita, com caráter em aperto e evolução de seis horas. Previamente
apresentava-se com quadro de epigastralgia, sem melhora com uso de
antiácidos. Associam-se ao quadro clínico náuseas e inapetência. Ao exame físico,
apresenta dor localizada em fossa ilíaca direita, com sinais de irritação peritoneal
(defesa, Blumberg, Psoas). Com base no quadro clínico, qual o diagnóstico mais
provável e seu respectivo tratamento?

A. Apendicite aguda; apendicectomia.


B. Infecção urinária; antibioticoterapia venosa.
C. Diverticulite aguda perfurada; retossigmoidectomia a Hartman.
D. Apendicite aguda; antibioticoterapia para esfriar o processo e programar
tratamento cirúrgico eletivo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Afirmativa correta em relação ao diagnóstico e
tratamento.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com quadro mais sugestivo de apendicite, o
que afasta o diagnóstico de infecção urinária, em especial considerando-se um
homem jovem.
Alternativa C: INCORRETA. Em geral, a diverticulite se apresenta com dor em
fossa ilíaca esquerda, flanco esquerdo ou hipogastro, com nítida reação
peritoneal. Deve ser realizada a retossigmoidectomia a Hartman apenas nos
casos de peritonite generalizada por pus ou fezes (Hinchey III e IV).
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de existir o conceito de apendicectomia de
intervalo, este é reservado apenas para casos específicos de abscessos
periapendiculares bloqueados, em que deve ser realizada antibioticoterapia e
drenagem percutânea da coleção (se > 4 cm), com apendicectomia em um
segundo momento, em torno de 6 semanas.
▶ resposta: A

29 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente do sexo feminino, 83 anos, com quadro


de emagrecimento espontâneo de aproximadamente 5 quilos nos últimos 6
meses, é levada pelos familiares ao serviço de urgência. Hipertensa, em uso de
hidroclorotiazida e losartana. Sem outras comorbidades ou histórico de cirurgias
prévias. Não faz acompanhamento médico regular. Lúcida, apresenta-se com
abdome difusamente doloroso e distendido. Relata que há mais de 48 horas não
apresenta eliminação de flatos ou fezes. Ao exame físico, não apresenta sinais de
irritação peritoneal. Ao toque retal, há poucas fezes no dedo de luva, porém com
presença de sangue. Realizada a propedêutica complementar, observa-se leve
anemia (hemoglobina 10,2 mg/dl) e, à tomografia computadorizada de abdome,
distensão difusa de cólons, desde o ceco (calibre de 12 cm) até o terço inferior do
cólon descendente, estando o cólon sigmoide colabado, sem presença de gás.
Com base no caso acima, é correto afirmar que:

A. O ceco distendido sugere a possibilidade de obstrução intestinal baixa com


válvula ileocecal incompetente.
B. O diagnóstico de neoplasia de cólon esquerdo deve ser considerado, bem
como a abordagem cirúrgica de urgência.
C. O diagnóstico mais provável é diverticulite aguda pseudotumoral, sendo
indicado apenas tratamento conservador com antibioticoterapia venosa.
D. A paciente apresenta quadro de obstrução intestinal, devendo ser
preparada para a realização de colonoscopia pré-operatória, com preparo
colônico adequado.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com quadro de obstrução intestinal, sim,
mas com válvula ileocecal competente, o que justifica a distensão colônica.
Alternativa B: CORRETA. Afirmativa que apresenta o provável diagnóstico e a
conduta correta. A abordagem cirúrgica de urgência está indicada pelo quadro
obstrutivo e pelo risco iminente de perfuração do ceco. No paciente idoso, as
causas mais frequentes de obstrução são os carcinomas de reto e sigmoide,
ambos por serem do tipo anular e estenosante. O risco de perfuração colônica
aumenta quando a dilatação cecal ultrapassa 10 a 12 cm ou quando a dilatação
perdura por mais de 6 dias, sendo a duração o quesito mais importante em
relação ao risco de perfuração. 
Alternativa C: INCORRETA. A obstrução aguda (inflamação local, ou aderências,
formação pseudotumoral, estenoses crônicas) e fístula são, na maioria das vezes,
tratadas por ressecção, preferencialmente, laparoscópica.
Alternativa D: INCORRETA. Em paciente com obstrução intestinal, não devemos
realizar preparo intestinal pelo risco de piora do quadro obstrutivo.

▶ resposta: B

30 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) A evolução do conhecimento da cirurgia


bariátrica tem resultado na observação dos benefícios das técnicas bariátricas
sobre a síndrome metabólica e o diabetes mellitus tipo 2. Com base nos
conceitos atuais de cirurgia metabólica, é correto afirmar que

A. O objetivo principal da cirurgia metabólica é acelerar o metabolismo,


visando maior gasto energético.
B. As técnicas cirúrgicas metabólicas acarretam uma completa regeneração
das células beta das ilhotas pancreáticas.
C. Pacientes obesos e diabéticos tipo 2 obtêm um melhor controle glicêmico
antes de atingir a completa perda de peso.
D. A cirurgia metabólica deve ser considerada como opção de tratamento de
pacientes diabéticos tipo 1, objetivando a suspensão da insulinoterapia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O principal objetivo da cirurgia metabólica é o
controle da doença por meio da redução da resistência insulínica e perda de
peso. Isso se dá pela diminuição da síntese de grelina (hormônio relacionado à
sensação de fome) e aumento do GLP-I, entero-hormônio capaz de reduzir a
resistência periférica à insulina.
Alternativa B: INCORRETA. O mecanismo pelo qual ocorre melhora da
hiperglicemia é a queda da resistência insulínica e não por regeneração de
células beta pancreáticas.
Alternativa C: CORRETA. Afirmativa verdadeira. Isso ocorre pelo aumento da
concentração de GLP-I sérico.
Alternativa D: INCORRETA. A cirurgia metabólica se propõe ao controle da DM e
síndrome metabólica. Apesar de frequentemente haver a suspensão da insulina
no pós-operatório, este ponto não é o objetivo.
▶ resposta: C

31 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) São consideradas indicações de terapias


nutricional enteral:

I. Pancreatite aguda necro-hemorrágica;


II. Preparo nutricional pré-operatório para cirurgias do trato gastrointestinal;
III. Fístulas digestivas de alto débito;
Í
IV. Íleo paralítico prolongado.

Está correto apenas o que se afirma em:

A. I e II.
B. I e IV.
C. II e III.
D. III e IV.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Pacientes com pancreatite aguda grave submetidos a
terapia nutricional enteral precoce possuem melhor prognóstico do que
pacientes com jejum prolongado, pois há diminuição da translocação bacteriana.
Assertiva II: VERDADEIRA. O preparo nutricional pré-operatório é de extrema
importância em cirurgias do trato gastrointestinal para a prevenção de fístulas
digestivas nos casos de pacientes com desnutrição crônica.
Assertiva III: FALSA. O débito das fístulas digestivas aumenta na presença de
alimentos, sendo indicada para seu tratamento a nutrição por via parenteral.
Assertiva IV: FALSA. Pacientes com íleo paralítico prolongado não conseguem
tolerar a dieta por via enteral até a resolução do íleo.
▶ resposta: A

32 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Leia as informações acerca de pacientes vítimas


de queimaduras.

I. Pacientes vítimas de queimaduras na face, mãos, pés, períneo e com


injúrias respiratórias apresentam maior morbidade, maior índice de
mortalidade e maior incidência de sequelas limitantes na fase crônica.
II. A avaliação das vias aéreas, pesquisando a permeabilidade das mesmas, é
fase inicial da avaliação.
III. A reposição volêmica é etapa crucial no atendimento inicial do grande
queimado. Por meio da fórmula de Parkland, calcula-se o volume de
solução glicosada a ser infundido nas primeiras 8 horas.

Está correto apenas o que se afirma em

A. I.
B. II.
C. I e II.
D. I e III.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Afirmativa correta que descreve exatamente as
“queimaduras especiais” às quais precisamos ficar atentos quanto à gravidade e
ao risco de sequelas futuras.
Assertiva II: VERDADEIRA. O paciente vítima de queimadura é antes de tudo
um paciente vítima de trauma e deve ser avaliado de maneira sistemática, a
iniciar pela via aérea.
Assertiva III: FALSA. A fórmula de Parkland calcula o volume que deve ser
infundido em 24 horas e a solução usada é cristaloide (ringer lactato).
▶ resposta: C

33 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente em 3o (terceiro) dia de pós-operatório


de enterectomia segmentar por obstrução intestinal evolui com quadro de
vômitos alimentares e distensão abdominal. Ausculta abdominal com
peristaltismo abolido. Qual distúrbio hidroeletrolítico pode estar relacionado ao
quadro clínico do paciente?

A. Hipercalemia.
B. Hipocalemia.
C. Hiponatremia.
D. Hipercalcemia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A hipercalemia geralmente é secundária ao aumento
de liberação de K das células ou diminuição de sua excreção renal; apresenta
sintomatologia vaga, fraqueza muscular, insuficiência respiratória e arritmias
cardíacas.
Alternativa B: CORRETA. O paciente apresentou perda de potássio pelo vômito,
evoluindo com uma complicação da hipocalemia, que é o íleo paralítico.
Alternativa C: INCORRETA. Pacientes com hiponatremia grave apresentam
sintomas sistêmicos inespecíficos e manifestações neurológicas, como
sonolência, convulsão e coma.
Alternativa D: INCORRETA. 90% dos casos de hipercalcemia são consequência
de hiperparatireodismo ou neoplasia. A hipercalcemia leve geralmente é
assintomática, e nos casos agudos pode cursar com confusão, psicose orgânica e
letargia.
▶ resposta: B

34 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Não é considerada uma causa de hemorragia


digestiva alta:

A. O o divertículo de Meckel.
B. A doença ulcerosa péptica.
C. A Síndrome de Mallory-Weiss.
D. A ocorrência de varizes esofageanas/gástricas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Divertículo de Meckel é um divertículo verdadeiro, em
geral situado a cerca de 60 a 100 cm da válvula ileocecal e, portanto, distal ao
ângulo de Treitz. Sendo assim, por definição é um sagamento digestivo baixo nos
casos de sangramento.
Alternativa B: INCORRETA. A hemorragia digestiva alta (HAD) é o sangramento
intraluminal que ocorre entre o esôfago superior e o ligamento de Treitz. Sua
maior causa é a úlcera péptica, com incidência de 38%.
Alternativa C: INCORRETA. Esta síndrome ocorre por lacerações da mucosa da
transição gastroesofágica, levando a sangramento e ocorrendo principalmente
após episódio de vômitos repetidos.
Alternativa D: INCORRETA. Importante causa de mortalidade em pacientes
cirróticos, também ocorre proximal ao ângulo de Treitz.
▶ resposta: A

35 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente, 50 anos, sexo feminino, é submetida a


gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux para tratamento de
adenocarcinoma gástrico de antro. Peça cirúrgica com margens livres de
neoplasia. Apresenta quadro recorrente de hipotensão, sudorese, taquicardia e
palidez pós-prandial, melhorando espontaneamente após 15 a 20 minutos. O
quadro clínico apresentado pela paciente sugere qual síndrome pós-
gastrectomia?

A. Síndrome de Dumping.
B. Síndrome de alça aferente.
C. Síndrome de alça eferente.
D. Úlcera de boca anastomótica com sangramento.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro típico de síndrome de Dumping
precoce, em que há esvaziamento gástrico rápido ou a exposição súbita do
intestino delgado aos nutrientes, levando a sintomas vasomotores e
gastrointestinais.
Alternativa B: INCORRETA. Na síndrome da alça aferente, o paciente apresenta
quadro de dor e desconforto abdominal associado a náuseas e que tipicamente
melhora após o vômito.
Alternativa C: INCORRETA. É menos comum que a síndrome da alça aferente e
ocorre por mau esvaziamento do estômago. Caracteriza-se por vômito pós-
prandial de conteúdo alimentar, precedido de náusea e distensão abdominal.
Alternativa D: INCORRETA. Como o paciente se apresenta sem exteriorização de
sangramento do trato gastrointestinal, mas em quadros de hipotensão súbita,
este é um diagnóstico que vale a pena ser considerado.
▶ resposta: A

36 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) É considerado um fator de risco para o


adenocarcinoma gástrico a

A. Hérnia hiatal.
B. Gastrite atrófica.
C. Doença ulcerosa péptica.
D. Gastrite enantematosa do antro.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de ser um distúrbio anatômico, não há
aumento da incidência de adenocarcinoma gástrico nos pacientes com hérnia de
hiato.
Alternativa B: CORRETA. A gastrite atrófica crônica e a metaplasia intestinal
podem evoluir para adenocarcinoma, sendo fatores de risco bem documentados
na literatura.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de o adenocarcinoma poder mimetizar uma
úlcera péptica e por isso dever ser sempre lembrado na presença de uma, não há
relação causal entre ambos.
Alternativa D: INCORRETA. A gastrite enantematosa configura apenas um
processo inflamatório da mucosa, sem risco de aumento para o desenvolvimento
de adenocarcinoma gástrico.
▶ resposta: B

37 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Criança de 1 ano e 10 meses de idade tem


descoberta massa palpável em flanco direito durante consulta de rotina. A
ultrassonografia solicitada pela pediatra assistente evidencia massa abdominal
sólida localizada em loja renal direita, com distorção dos cálices e pelve renal. O
diagnóstico mais provável para essa massa é

A. Cisto renal.
B. Tumor de Wilms.
C. Hepatocarcinoma.
D. Metástase de sarcoma

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O cisto renal apresenta-se de maneira hipoecogênica
no ultrassom e não como massa sólida.
Alternativa B: CORRETA. O tumor de Wilms é a neoplasia renal primária mais
comum nas crianças, e apresenta as características descritas pela questão na
ultrassonografia. O tumor maligno intra-abdominal mais comum em crianças é o
neuroblastoma.
Alternativa C: INCORRETA. No hepatocarcinoma a lesão tumoral é encontrada
dentro do parênquima hepático, geralmente ocorrendo em homens idosos.
Alternativa D: INCORRETA. A metástase de sarcoma é uma hipótese pouco
provável na ausência de um sarcoma primário já identificado.
▶ resposta: B

38 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) Paciente do sexo feminino, 10 anos,


sabidamente portadora de trombofilia, é levada ao serviço de emergência com
quadro de hematêmese. Ao exame físico, apresenta fígado de tamanho normal e
esplenomegalia (baço a 4 cm do rebordo costal esquerdo). Qual a principal
suspeita diagnóstica diante desse quadro clínico?

A. Cirrose hepática.
B. Trombose de veia porta.
C. Síndrome de Budd-Chiari.
D. Hepatopatia esquistossomótica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A paciente não apresenta hepatomegalia, circulação
colateral abdominal, ascite, icterícia ou outros estigmas de cirrose hepática.
Alternativa B: CORRETA. A trobofilia levou à trombose de veia porta, que
aumenta a pressão portal e pode levar à HDA de modo semelhante a pacientes
cirróticos.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome de Budd-Chiari é caracterizada pela
oclusão das veias supra-hepáticas, geralmente de natureza trombótica, com ou
sem envolvimento associado da veia cava inferior. Causa congestão hepática
centrilobular progressiva, com consequente cirrose. O paciente apresenta, na
grande maior parte das vezes, hepatomegalia e ascite.
Alternativa D: INCORRETA. Cursa com hepato-esplenomegalia associado a
sintomas de hipetertensão portal.
▶ resposta: B

39 (Aeronáutica - CIAAR - 2018) São causas de abdome agudo obstrutivo, exceto


a

A. Intussuscepção.
B. Hérnia inguinal encarcerada.
C. Aderências intra-abdominais.
D. Trombose de vasos mesentéricos.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente com intussuscepção apresenta quadro de
obstrução intestinal decorrente da invaginação de uma alça intestinal no seu
segmento adjacente.
Alternativa B: INCORRETA. A hérnia encarcerada é a segunda causa benigna
mais frequente de obstrução intestinal, impedindo o trânsito gastrointestinal
normal.
Alternativa C: INCORRETA. As aderências são a principal causa de abdome
agudo obstrutivo em adultos.
Alternativa D: CORRETA. A trombose de vasos mesentéricos é uma causa
infrequente de abdome agudo vascular. Tem difícil diagnóstico e apresenta alta
morbimortalidade.
▶ resposta: D

40 (Governo do DF - Secretaria de Estado de Saúde/DF - 2018) Paciente de 45


anos de idade apresenta histórico de dor abdominal em hipocôndrio direito,
icterícia, colúria e acolia há uma semana, associada a prurido generalizado. Nega
perda de peso. No referido caso hipotético, acerca do diagnóstico mais provável,
assinale a alternativa correta.

A. Colecistite aguda
B. Colangite aguda
C. Coledocolitíase
D. Neoplasia periampular
E. Hepatite viral

grau de dificuldade:

dica do autor:
Cuidado com questões que tentam confundir o quadro clínico de doenças
obstrutivas benignas, malignas e infecciosas das vias biliares!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de possuir dor em QSD, paciente apresenta
dor abdominal já prolongada (1 semana), sem sinais de piora inflamatória e com
sinais importantes de síndrome colestática, o que afasta o diagnóstico de
colecistite aguda.
Alternativa B: INCORRETA. Diagnóstico diferencial importante, que deve ser
sempre lembrado e inclusive pode ser uma complicação do quadro
diagnosticado na questão! Ainda assim, trata-se de paciente sem febre ou outro
sinal inflamatório que justifique a hipótese de processo infeccioso das vias
biliares.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa correta para um paciente que apresenta
uma causa possivelmente benigna de síndrome colestática, sem sinais de alarme
para malignidade.
Alternativa D: INCORRETA. Paciente com ictericia obstrutiva devemos sempre
lembrar de tumores periampulares. Todavia, no caso apresentado, paciente não
apresenta sinais sugestivos de malignidade como perda de peso, por exemplo
Alternativa E: INCORRETA. Paciente sem clínica ou epidemiologia compatível
com o diagnóstico, sendo uma hipótese pouco provável.

▶ resposta: C
 

Referências
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90.
Cirurgia

 
Questões Para Residência

01 (UNICAMP - SP - 2018) A conduta para o paciente que faz uso de varfarina no


período pré-operatório é:

A. Suspender a dose de varfarina do dia anterior, iniciando heparina de baixo


peso molecular em dose profilática.
B. Ajustar a dose de varfarina para manter RNI abaixo de 1,5 no dia da cirurgia,
iniciando heparina de baixo peso molecular em dose terapêutica.
C. Suspender a dose de varfarina cinco dias antes do procedimento, iniciando
heparina de baixo peso molecular em dose terapêutica. 
D. Substituir a dose de varfarina por anticoagulante oral inibidor de fator Xa
trinta dias antes do procedimento.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A varfarina deve ser suspensa 5 DIAS antes do
procedimento. Para manter a anticoagulação, a estratégia é iniciar uma heparina
em dose PLENA, de modo a suspender a heparina não fracionada 6 horas antes da
cirurgia e a heparina de baixo peso molecular 24 horas antes.
Alternativa B: INCORRETA. Ver comentário da alternativa A.
Alternativa C: CORRETA. Ver comentário da alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. Poderia ser feita uma ponte para o inibidor do fator
Xa, porém este deveria ser suspenso 24 horas se a cirurgia for de baixo risco de
sangramento ou 48 horas antes do procedimento, se este tiver alto risco de
sangramento.
▶ resposta: C

02 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 21 anos, é levado à Unidade de Pronto


Atendimento após queda de uma viga de concreto sobre o tórax. Exame físico: PA
= 100 x 70 mmHg, FC = 110 bpm, FR = 36 irpm, oximetria de pulso (sob máscara de
O2 15 L/min) = 89%; tórax: escoriações, hematomas e crepitação à palpação à
direita, movimento paradoxal, murmúrio vesicular diminuído em base direita.
Radiograma de tórax no leito: opacificação no terço médio e inferior direito e
fraturas em dois pontos do quinto ao oitavo arcos costais. A HIPÓXIA É CAUSADA
POR:
A. Movimento paradoxal pelo retalho móvel.
B. Contusão pulmonar e dor pelas fraturas.
C. Hipotensão arterial.
D. Hemotórax à direita.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. 
Alternativa B: CORRETA. Paciente vítima de trauma torácico apresenta-se com
hipoxemia (saturação < 90%). Ao exame do tórax, nota-se a presença de
movimento paradoxal, que é o colabamento do segmento lesionado quando o
indivíduo inspira e o abaulamento quando ele expira. Isso é típico de tórax
instável, determinado quando temos fraturas de dois ou mais arcos costais
consecutivos, sendo que cada arco está fraturado em no mínimo dois pontos. O
afundamento torácico pode interferir na dinâmica respiratória através de três
mecanismos: deformidade da caixa torácica, dor na movimentação e contusão
pulmonar. A contusão do parênquima pulmonar causa sangramento para dentro
do parênquima e os alvéolos são preenchidos por sangue, diminuindo o espaço
para troca gasosa. No caso de um trauma de alto impacto como esse, temos um
raio X e exame físico compatíveis com contusão pulmonar, que, juntamente com a
dor gerada pelas fraturas, resulta na principal hipótese da origem da hipóxia. As
medidas clínicas iniciais são: oferecer O2 umidificado, reposição volêmica
cuidadosa, analgesia adequada e fisioterapia.
Alternativa C: INCORRETA. 
Alternativa D: INCORRETA. 
▶ resposta: B

03 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 54 anos, submetido a hepatectomia, com


sangramento aumentado no intraoperatório devido a intercorrências cirúrgicas,
recebendo mais de dez unidades de concentrado de hemácias num período de
seis horas. NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO PODERÁ OCORRER:

A. Hipocalcemia.
B. Hipercalemia.
C. Hipernatremia.
D. Hipocalemia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. É clássico o conceito de que em hemotransfusões
maciças o paciente pode evoluir com hipocalcemia, pelo fato de o citrato existente
nas bolsas de sangue ser um quelante de cálcio. Entretanto, o erro da questão foi
também ter como resposta a hipocalemia, pois o principal distúrbio eletrolítico em
pacientes transfundidos é a alcalose metabólica, a qual sempre vem acompanhada
de uma hipocalemia compensatória causada por translocação do potássio do
extracelular para o intracelular.
Alternativa B: INCORRETA. A concentração extracelular de K+ aumenta
progressivamente durante a estocagem das hemácias; a cada unidade
transfundida, seriam administrados 7 mEq de potássio. A hipercalemia esperada
durante a transfusão maciça só chega a ser um problema em pacientes com
insuficiência renal.
Alternativa C: INCORRETA. Os distúrbios hidroeletrolíticos por transfusão são
apenas do cálcio e potássio.
Alternativa D: CORRETA. Espera-se o aumento do potássio, não sua redução.
▶ resposta: anulada Ae D

04 UNIFESP - SP - 2018) Paciente de 60 anos de idade, com antecedente de infarto


agudo do miocárdio há 1 ano, refere dor e esfriamento (sic) do membro inferior
esquerdo há 4 horas. Nega antecedentes de claudicação prévia. Exame físico:
ausência de pulso da artéria femoral esquerda para baixo e membro contralateral
com pulsos normais. Qual a hipótese mais provável e a conduta?

A. Embolia arterial aguda; tratamento endovascular.


B. Trombose arterial aguda; revascularização com safena.
C. Trombose arterial aguda; tratamento endovascular.
D. Embolia arterial aguda; heparinização.
E. Trombose arterial aguda; heparinização.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A questão nos traz um paciente que apresenta quadro
agudo de oclusão arterial (4 horas), sem nenhum antecedente de claudicação. Por
ser um quadro agudo, este paciente não desenvolveu circulação colateral a tempo,
o que é perceptível pela ausência de pulso (pulseless), dor (pain), esfriamento
(poiquilotermia). A principal etiologia é embólica, por êmbolos cardíacos (o
paciente teve infarto com provável área de hipocinesia) e o tratamento é a
embolectomia por cateter de Fogarty (MAIS CLÁSSICO), ou tratamento
endovascular com aspiração de trombos ou uso de fibrinolítico.
Alternativa B: INCORRETA. Um paciente sem história de claudicação não deve ter
trombose aguda.
Alternativa C: INCORRETA. A origem emboligênica está correta; deve-se fazer
imediatamente a heparinização plena terapêutica, mas apenas isso não será
suficiente em um paciente com risco de perda de membro. Deve-se associar um
tratamento cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. 
▶ resposta: A

05 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 27 anos, deu entrada no pronto-socorro após


queda de escada. Exame físico: consciente, acianótico, PA= 130 x 85 mmHg, FC =
98 bpm, FR = 20 irpm. Membro inferior direito com deformidade e edema na
perna. Radiograma do membro: fratura da tíbia e fíbula direitas. Após seis horas
da retificação e imobilização com tala da perna, evoluiu com parestesia, dor
intensa local e pulso pedioso diminuído em comparação ao contralateral. A
CONDUTA É:

A. Flebografia.
B. Fasciotomia.
C. Otimização da analgesia.
D. Embolectomia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diagnóstico da síndrome compartimental é clínico,
não sendo necessário qualquer exame complementar.
Alternativa B: CORRETA. Questão clássica de síndrome compartimental. Esta é
uma consequência da alteração da relação entre conteúdo e continente de um
compartimento. As principais causas da redução do espaço são imobilização
gessada ou por tala e queimadura de terceiro grau. Como causas de aumento do
volume temos sangramentos (por fraturas ou lesão vascular) e edema muscular
(por esmagamento, reperfusão e TVP). A síndrome geralmente cursa com os 6
“P”s:  palidez, pulsação ausente, parestesia, paralisia, hipotermia (poikilothermia) e
dor (pain). Deve-se fazer a descompressão das estruturas por uma incisão na pele
e abertura das fáscias que limitam os compartimentos acometidos, a fasciotomia.
Alternativa C: INCORRETA.  É fundamental fazer a analgesia, porém ela não trata
a doença e não é a prioridade, pois somente alivia sintomas.
Alternativa D: INCORRETA. A redução de pulso não é por embolização, logo, não
há indicação de embolectomia.
▶ resposta: B

06 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 35 anos, procurou serviço médico com nódulo


indolor no testículo direito, observado durante o banho há três dias. Exame físico:
genitais: nódulo de 1 cm de diâmetro, de consistência muito endurecida e indolor,
sem sinais inflamatórios em testículo direito. OS EXAMES A SEREM SOLICITADOS
PARA DIAGNÓSTICO SÃO:

A. Cintilografia e ultrassonografia doppler de testículo.


B. Ultrassonografia doppler de testículo e tomografia computadorizada
abdominal.
C. Ultrassonografia de testículo, alfa-feto proteína e beta-HCG.
D. Ultrassonografia de testículo, reação Mantoux e pesquisa de BAAR.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deve-se solicitar ultrassonografia de testículo, mas
não com doppler, e a cintilografia é solicitada em casos com suspeita de metástase
óssea.
Alternativa B: INCORRETA. Apenas após o diagnóstico do tumor de testículo
devemos solicitar TC de abdome para avaliar acometimento ganglionar e TC de
tórax para avaliar acometimento do mediastino e metástase pulmonar.
Alternativa C: CORRETA. Como se trata de um paciente jovem com nódulo
testicular palpável, temos que pensar na possibilidade de um tumor testicular,
sendo o principal exame de imagem a ultrassonografia. Além disso, os principais
marcadores tumorais do CA de testículo são a alfa-feto proteína (AFP) e o beta-
HCG, lembrando que os CA testiculares são quase sempre de células germinativas,
sendo classificados em “seminomas” e “não seminomas”. A AFP se elevará apenas
nos não seminomas, enquanto o b-HCG pode estar elevado nos dois tipos. A
presença de nodulação, com a elevação de qualquer um desses marcadores, é
sugestiva de malignidade. 
Alternativa D: INCORRETA. 
▶ resposta: C

07 (UNICAMP - SP - 2018)  Mulher, 58 anos, com dor em fossa ilíaca esquerda e


baixo ventre há sete dias e dor miccional, disúria e saída de ar no final da micção
há três dias. Antecedentes pessoais: histerectomia há 15 anos e tabagismo 10
maços/ano. A CAUSA DESSA CONDIÇÃO É:

A. Doença de Crohn de no ângulo de Treitz.


B. Câncer de colo uterino remanescente.
C. Câncer de bexiga com invasão do trígono.
D. Diverticulite complicada de cólon.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Crohn geralmente ocorre no íleo e cólon,
não no ângulo de Treitz (região duodeno jejunal). É a segunda principal causa de
fístula enterovesical, após a diverticulite.
Alternativa B: INCORRETA. A fístula enterovesical no câncer de colo de útero
geralmente ocorre após radioterapia. A paciente não tem relato desse tratamento.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de câncer de bexiga poder causar disúria, este
não justificaria a presença de ar no fim da micção, característico de fístula
enterovesical.
Alternativa D: CORRETA. Mulher de meia-idade com dor em FIE, o que pensar?
Diverticulite aguda. Entretanto, temos associado ao quadro disúria e pneumatúria.
O que está acontecendo? Essa paciente está evoluindo com uma complicação da
diverticulite, que é a formação de fístula colovesical, sendo mais comum nos
homens ou nas mulheres histerectomizadas. 
▶ resposta: D

08 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 52 anos, com diagnóstico de espondilolistese


com protrusão discal L5-S1, em uso de tramadol nas últimas 24 horas, foi
submetido a cirurgia. Foi realizado midazolan no pré-anestésico, sendo a anestesia
induzida com propofol, fentanil e rocurônio. Para prevenir vômitos foi
administrado ondasetrona e o bloqueio neuromuscular revertido com
piridostigmina. Após extubação queixou-se de náuseas, sendo administrada
metoclopramida. Na reavaliação, o paciente apresentava desvio da visão para
cima, rigidez muscular e pescoço fixo. ESSES EVENTOS SÃO ATRIBUÍDOS A:

A. Ondasetrona e metoclopramida.
B. Rocuronium e piridostigmina.
C. Midazolan e tramadol.
D. Propofol e fentanil.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente que foi submetido a cirurgia, apresentando,
após extubação, desvio da visão para cima, rigidez muscular e pescoço fixo. Esse é
um quadro típico de síndrome extrapiramidal, que poderia estar acompanhada
também de discinesia, hipertonia, acatisia e acinesia. A droga usada
frequentemente nos pronto-socorros, e que classicamente associamos à Síndrome
Extrapiramidal, é o Plasil (metoclopramida). Outros antieméticos, como a
ondasetrona e a bromoprida, também podem causar essa síndrome.
Alternativa B: INCORRETA. Drogas não relacionadas ao efeito extrapiramidal,
assim como as citadas na letra C e D.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A

09 (UNESP - SP - 2018) A toxicidade ao sistema nervoso central pela administração


de anestésicos locais é:

A. Reduzida devido à diminuição da ligação dessas drogas às proteínas


plasmáticas.
B. Relacionada a efeitos excitatórios resultantes, frequentemente, das baixas
concentrações plasmáticas dessas drogas.
C. Caracterizada por efeitos excitatórios se as drogas forem lipofílicas e
estiverem em altas concentrações plasmáticas.
D. Manifestada, por exemplo, por convulsão, sendo que o limiar convulsivo
pode ser aumentado pela administração de benzodiazepínicos.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os anestésicos locais não se ligam às proteínas
plasmáticas e, por isso, chegam rapidamente ao SNC.
Alternativa B: INCORRETA. Seu efeito é potencializado quanto maior for sua
concentração plasmática.
Alternativa C: INCORRETA. O efeito estimulatório dos anestésicos locais é o
resultado indireto de uma depressão de centros inibitórios cerebrais.
Alternativa D: CORRETA. A toxicidade pode ser manifestada como uma crise
convulsiva, e os benzodiazepínicos aumentam esse limiar de convulsão, além de
serem utilizados para tratar eventuais crises causadas pela intoxicação por
anestésicos locais.
▶ resposta: D

10 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 59 anos, vai a uma Unidade de Pronto


Atendimento referindo dor torácica súbita, à direita, há 30 minutos enquanto
trabalhava, seguida de falta de ar. Nega história de trauma. Antecedente pessoal:
tabagismo 70 maços/ano. Exame físico: regular; estado geral agitado, corado, FR =
24 irpm; FC = 120 bpm; PA = 92 x 66 mmHg; região cervical: estase jugular bilateral
e desvio da traqueia para a esquerda; pulmões: percussão hipertimpânica e
murmúrio vesicular abolido em todo o hemitórax direito. A CONDUTA INICIAL É:

A. Drenagem torácica em selo d’água.


B. Radiograma de tórax no leito.
C. Toracocentese de alívio.
D. Encaminhamento para Unidade de Emergência Referenciada.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em um pneumotórax, devese realizar toracocentese
de alívio e, na sequência, a drenagem em selo d´água.
Alternativa B: INCORRETA. Pela clínica, já se tem o diagnóstico de pneumotórax,
portanto, não há necessidade nem tempo para o raio-X.
Alternativa C: CORRETA. Paciente apresentando dispneia + instabilidade
hemodinâmica + estase jugular bilateral + desvio de traqueia para a esquerda +
murmúrio vesicular abolido + percussão pulmonar hipertimpânica, um quadro
típico de pneumotórax hipertensivo. Esse quadro tipicamente está associado a
situações de trauma. Embora menos comum, também existe o pneumotórax
espontâneo, que geralmente ocorre em homem jovem, longilíneo e tabagista.
Alternativa D: INCORRETA. Deve-se retirar o paciente da urgência com uma
toracocentese de alívio e depois, se necessário, fazer o encaminhamento.

▶ resposta: C

11 (UNICAMP - SP - 2018) Homem de 26 anos deu entrada no pronto-socorro após


queimadura por chamas. Exame físico: consciente, orientado, peso = 100 kg, FR =
16 irpm; FC = 78 bpm; PA = 126 x 80 mmHg. Oximetria (ar ambiente) = 100%; pele:
queimadura de primeiro grau em todo o membro superior direito; queimaduras
de segundo grau nas faces anteriores do membro superior esquerdo, do tórax e
do abdome. A SOLUÇÃO AQUECIDA E O VOLUME A SER RESPOSTO NAS PRIMEIRAS
24 HORAS SÃO:
A. Ringer com lactato; 9000 mL.
B. Solução fisiológica; 9000 mL.
C. Ringer com lactato; 12600 mL.
D. Solução fisiológica; 12600 mL.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre queimaduras, em que precisamos saber
calcular a superfície corporal queimada (SCQ) e, posteriormente, saber hidratar
esse paciente. Primeiramente, qual a SCQ desse paciente? Tome cuidado com a
“pegadinha”, pois queimaduras de primeiro grau não entram no cálculo. Portanto,
consideramos apenas faces anteriores do MSE (4,5), tórax (9) e abdome (9), o que
resulta numa soma de 22,5. De acordo com a fórmula de Parkland, obteremos o
quanto precisamos hidratar o paciente em 24 horas: peso (kg) x SCQ (%) x 4.
Portanto, 100 x 22,5 x 4 = 9.000 mL/24h. E se a questão perguntasse o volume a
ser feito nas PRIMEIRAS 8 HORAS? Dividiríamos o valor obtido por 2, ministrando
metade do volume nas primeiras 8 horas, e a outra metade seria dividida nas 16
horas restantes.
Observação: Qual o cristaloide de escolha em queimados? Ringer Lactato!
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A

12 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 57 anos, submetido a gastrectomia subtotal


devido a neoplasia, encontra-se extubado no primeiro dia de pós-operatório em
UTI e apresenta febre. Refere dor na incisão cirúrgica. Antecedentes pessoais:
tabagismo 20 maços/ano. Exame físico: consciente, orientado, acianótico, T = 38
°C, PA = 126 x 86 mmHg, FC = 98 bpm, FR = 24 irpm, IMC = 37 kg/m²; pulmão:
murmúrio vesicular presente, diminuído em base esquerda; abdome: incisão
cirúrgica de bom aspecto, sem irritação peritoneal. A CONDUTA É:

A. Tomografia computadorizada de tórax.


B. Fisioterapia respiratória.
C. Cultura de secreção traqueal.
D. Ultrassonografia de abdome.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quadro clássico de atelectasia, sem necessidade de
excluir outras complicações no momento.
Alternativa B: CORRETA. Questão clássica de complicações pós-operatórias! Qual
a principal causa de febre pós-operatória, ocorrendo em até 72h da cirurgia?
Atelectasia. Ocorre principalmente em cirurgias torácicas e abdominais, por dor no
pós-operatório, que limita a ventilação e a tosse. Além disso, as operações em
órgãos abdominais resultam em diminuição da função do diafragma por
interferência nos impulsos nervosos para a musculatura respiratória, sobretudo o
diafragma. Seu tratamento consiste em analgesia + fisioterapia respiratória.
Também deve-se estimular a mobilização precoce no pós-operatório, propiciando
melhora da ventilação, e hidratação adequada com fluidificação das secreções.
Alternativa C: INCORRETA. Pediríamos se houvesse suspeita de infecção.
Alternativa D: INCORRETA. Solicitaríamos se houvesse suspeita de complicação
pós-operatória.
▶ resposta: B

13 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 45 anos, é trazido ao atendimento médico


devido a dor e inchaço no escroto há 3 dias, com piora progressiva dos sintomas.
Antecedentes pessoais: tabagismo 50 maços/ano, etilismo há 28 anos, diabete
melito há 3 anos. Exame físico: estado geral regular, torporoso, desidratado 2+/4+,
anictérico, PA = 90 x 50 mmHg, FC = 120 bpm, FR = 24 ipm, oximetria de pulso
(máscara 10 L/min) = 98%; região perineal: escroto com aumento de volume, áreas
de necrose, descoloração, odor fétido e crepitação à palpação. APÓS EXPANSÃO
VOLÊMICA E ANTIBIOTICOTERAPIA ENDOVENOSA, A CONDUTA É:

A. Ultrassonografia com doppler.


B. Reavaliação clínica em 24 horas.
C. Desbridamento cirúrgico precoce e amplo.
D. Punção e cultura do abscesso.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há tempo e necessidade de exames
complementares, pois o diagnóstico é clínico.
Alternativa B: INCORRETA. O tratamento deve ser imediato.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de uma Síndrome de Fournier, fasceíte
necrotizante polimicrobiana grave do períneo e parede abdominal, que possui
como principais fatores de risco a imunossupressão (diabetes mellitus
descompensada, alcoolismo crônico, doença maligna subjacente, uso de
quimioterápicos), doenças colorretais e urogenitais, pós-operatório, estados
debilitantes (desnutrição, sepse). O que fecharia o diagnóstico da questão, além
da febre, necrose e odor fétido, seria a presença de crepitação. Nesta doença, à
medida que ocorre disseminação de bactérias aeróbias e anaeróbias, a
concentração de oxigênio nos tecidos é reduzida; com a hipóxia e a isquemia
tecidual, o metabolismo fica prejudicado, provocando maior disseminação de
microrganismos facultativos, que se beneficiam das fontes energéticas das células,
formando gases (hidrogênio e nitrogênio) responsáveis pela crepitação,
demonstrada nas primeiras 48 horas a 72 horas de infecção. Além de iniciar
antibiótico endovenoso de amplo espectro, o desbridamento cirúrgico deve ser
imediato.
Alternativa D: INCORRETA. A cultura é enviada do material desbridado.
▶ resposta: C
14 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 26 anos, foi atropelado por um ônibus. Foi
levado ao hospital, onde foram constatadas fraturas fechadas, de fêmur direito e
pelve. Foi submetido a tração do membro, deixado em repouso e aguardando
procedimento cirúrgico das fraturas. No segundo dia de internação, apresentou
desconforto respiratório. Exame físico: estado geral regular, FR = 28 irpm;
oximetria de pulso (ar ambiente) = 91%, rebaixamento do nível de consciência,
petéquias nas axilas. Tomografia de crânio: sem alterações; angiotomografia de
tórax: infiltrado intersticial bilateral. AS CONDUTAS SÃO:

A. Heparinização plena; antibioticoterapia de largo espectro.


B. Antibioticoterapia de largo espectro; fixação das fraturas.
C. Heparinização plena; suporte ventilatório.
D. Suporte ventilatório; fixação das fraturas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. TEP geralmente ocorre após o terceiro dia de
internação; se houvesse esse diagnóstico, teríamos a indicação de heparinização
plena.
Alternativa B: INCORRETA. Na tomografia não há presença de consolidação e não
há indicação clínica de tosse ou febre para pensarmos em pneumonia e, assim,
iniciar antibiótico de amplo espectro.
Alternativa C: INCORRETA. O suporte ventilatório é fundamental na embolia
gordurosa, porém, heparinização plena ou trombolítico não apresenta benefícios.
Alternativa D: CORRETA. Tema que vem aparecendo cada vez mais em provas.
Cabe ao aluno detectar um quadro que faz diagnóstico diferencial com TEP, diante
de uma fratura de osso longo. A tríade clássica da embolia gordurosa é composta
de insuficiência respiratória aguda, trombocitopenia e disfunção neurológica,
exatamente como no caso clínico da questão. A embolia gordurosa já aparece nas
PRIMEIRAS 24 a 72 horas, por obstrução da microvasculatura por micropartículas
de gordura e consequente vasculite inflamatória. Qual a conduta diante da
embolia gordurosa? SUPORTE (Suplementação de Oxigênio + Estabilização
hemodinâmica). Como preveni-la? É fundamental evitar o choque e a hipóxia
desde a cena do acidente, e proceder a fixação precoce das fraturas.
▶ resposta: D

15 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 31 anos, submetido à punção venosa central à


direita para nutrição parenteral total, evoluiu com pneumotórax moderado. Foi
realizada drenagem torácica em selo d’agua com fuga aérea durante o esforço de
tossir, com melhora do quadro após dois dias. É CRITÉRIO PARA RETIRADA DO
DRENO:

A. Débito de 200 a 300 mL nas últimas 24 horas.


B. Redução do pneumotórax de pelo menos 30%.
C. Radiograma de tórax sem alteração do parênquima pulmonar.
D. Ausência de fuga aérea por mais de 24 horas.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. O pulmão deve estar totalmente expandido, mas
ainda pode haver alterações no parênquima.
Alternativa D: CORRETA. Critérios para retirada de um dreno pleural: radiografia
de tórax com o pulmão completamente expandido; pequeno volume da drenagem
(menor que 100 ml em 24 h); aspecto claro (seroso) do volume drenado; o dreno
não borbulhar há pelo menos 24 horas.
▶ resposta: D

16 (UNICAMP - SP - 2018) O principal objetivo da triagem hospitalar nas


catástrofes com múltiplas vítimas que estão sendo encaminhadas a uma mesma
instituição é:

A. Documentar o atendimento para contatar familiares.


B. Identificar a minoria de pacientes que necessitam de medidas salvadoras.
C. Priorizar o atendimento dependendo da faixa etária.
D. Direcionar equipes para o atendimento na cena.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Questão interessante sobre triagem de vítimas em
situações de catástrofes. “Múltiplas vítimas” são aquelas de eventos súbitos que
produzem um número de vítimas que leva a um desequilíbrio entre os recursos
médicos disponíveis e as necessidades, mas em que se consegue manter um
padrão de atendimento adequado com os recursos locais. Nessa situação, é dada
prioridade a quem tem maior risco de vida. Já o “desastre”, segundo a OMS, é um
fenômeno de magnitude suficiente para necessitar de ajuda externa. Nesta
situação, as necessidades de cuidados médicos excedem os recursos
imediatamente disponíveis, havendo a necessidade de medidas extraordinárias e
coordenadas para se manter a qualidade básica ou mínima de atendimento.
Então, neste caso, o atendimento é feito com quem tem a maior chance de
sobreviver.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B

17 (UNICAMP - SP - 2018) Mulher, 32 anos, com ferimento cortante na coxa direita


em torno de 8 cm, acometendo pele e subcutâneo. Para sutura utilizou-se
anestésico local com vasoconstritor. Durante a infiltração local a paciente referiu
dormência da língua, visão dupla, gosto metálico e zumbido. ESSES SINTOMAS
REFEREM-SE A:

A. Intoxicação pelo vasoconstritor.


B. Crise de pânico.
C. Intoxicação pela lidocaína.
D. Reação alérgica ao anestésico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os vasoconstrictores não causam intoxicação, apenas
alterações hemodinâmicas. A intoxicação ocorre pelo anestésico local.
Alternativa B: INCORRETA. A crise de pânico pode cursar com dormência da
língua, visão dupla e zumbido, mas não com gosto metálico.
Alternativa C: CORRETA. Questão frequente em provas! Paciente submetida a
procedimento para sutura de ferimento cortante, com anestesia local, refere,
durante a infiltração, um quadro típico de intoxicação por anestésico local, sendo a
lidocaína o mais utilizado na prática clínica. Ocorre entre 1-5 minutos ou até 60
minutos da aplicação. O principal sistema acometido na intoxicação é o sistema
nervoso central. Pode cursar também com acometimento cardiovascular mais
tardiamente. Por isso, é fundamental sabermos a dose tóxica da lidocaína: sem
adrenalina, é de 5 mg/kg e, com adrenalina, 7 mg/kg.
Alternativa D: INCORRETA. A reação alérgica ao anestésico local é rara e
geralmente cursa com prurido, urticária, broncoespasmo e angioedema. 
▶ resposta: C

18 (UNIFESP - SP - 2018) Paciente, 40 anos de idade, com quadro de trombose


venosa profunda do membro inferior direito, sob tratamento adequado com
heparina. Apresenta quadro de embolia pulmonar; hemodinamicamente estável.
Ao mapeamento Doppler constata-se trombo não aderido na veia ilíaca direita.
Qual a melhor conduta?

A. Trombectomia venosa.
B. Substituir a heparina por anticoagulante oral.
C. Filtro de cava abaixo das veias renais.
D. Associar antiagregante plaquetário.
E. Terapia fibrinolítica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Realiza-se trombectomia venosa em casos de exceção,
geralmente para phlegmasia cerulea dolens ou TVP ilíaco-femoral extensa na qual
a terapia anticoagulante falhou.
Alternativa B: INCORRETA. Nos casos em que há anticoagulação correta com
heparina e ainda assim há nova TVP, não há melhor substituto medicamentoso.
Alternativa C: CORRETA. As indicações de colocação de filtro de veia cava são: 1)
Tromboembolismo recorrente mesmo com anticoagulação adequada; 2) TVP em
paciente com contraindicação à anticoagulação; 3) Embolia pulmonar crônica e
hipertensão pulmonar resultante; 4) Complicações da anticoagulação; e 5)
Propagação do trombo venoso iliofemoral na vigência de anticoagulação.
Alternativa D: INCORRETA. Não se usa fibrinolítico de rotina, visto que em
estudos recentes descobriu-se que ele apenas diminui a intensidade da de
síndrome pós-trombótica, não sua incidência.

▶ resposta: C

19 (UNIFESP - SP - 2018) Professora, 31 anos de idade, faz dietas hipocalóricas há


4 anos orientadas por nutricionista, caminhadas diárias e relata ter sido
discriminada em função do peso durante entrevista para emprego. Já tomou
sibutramina, também sem sucesso e, atualmente, o IMC é de 35 kg/m². Ao
questionar seu médico a respeito de indicação para cirurgia bariátrica, qual é a
resposta correta a ser dada a ela?

A. Indica-se porque tem obesidade grau III ou mórbida.


B. Indica-se por inexistência de tratamento alternativo.
C. Indica-se porque foi relatada uma comorbidade.
D. Contraindica-se por não ter diabetes ou hipertensão.
E. Contraindica-se por falta de resposta ao tratamento clínico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ainda que a paciente tenha obesidade mórbida, ela só
será indicado para cirurgia bariátrica se não tiver sucesso no tratamento clínico
por no mínimo dois anos.
Alternativa B: INCORRETA. Indica-se porque preenche critério para a cirurgia.
Existem outras possibilidades para perda ponderal: medicamentosa (orlistate,
liraglutina), balão gástrico.
Alternativa C: CORRETA. Temos duas indicações clássicas para cirurgia bariátrica:
1) Pacientes com IMC > 40, independente de comorbidades; 2) indivíduos com IMC
> 35 kg/m2 e com comorbidades, tais como alto risco cardiovascular, diabetes
melito e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono,
doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal
realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos. No
caso, essa paciente possui relato de “estigmatização social” (considerada
comorbidade por algumas instituições) e já tentou tratamento clínico por 4 anos
(sibutramina e dieta), sem sucesso. Poderia ter sido citado na questão que a
mesma seguiu protocolos clínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Ter diabetes ou hipertensão são critérios necessários
para IMC entre 35-40.
Alternativa E: INCORRETA. A falta de reposta ao tratamento clínico protocolado é
uma indicação para a cirurgia.
▶ resposta: C
20 (UNIFESP - SP - 2018) Dentre as complicações possíveis durante um
procedimento abdominal por videolaparoscopia, é correto afirmar:

A. A introdução do primeiro trocarte às cegas não traz risco de complicações se


o pneumoperitônio foi realizado sem intercorrências e com absoluta
segurança.
B. A introdução do primeiro trocarte pelo método aberto não determina
qualquer risco de complicação.
C. A realização do pneumoperitônio precede os dois métodos de introdução do
primeiro trocarte: método às cegas e o método aberto.
D. Durante o pneumoperitônio, pode ocorrer um aumento da PaCO2 (pressão
parcial do CO2 arterial) em consequência da piora na relação ventilação-
perfusão, por meio do aparecimento de eventuais “shunts” intrapulmonares.
E. A introdução do primeiro trocarte às cegas tem o mesmo índice de
complicações que o método aberto, porém, as complicações, em geral, são
mais graves no método às cegas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Independente da técnica, a colocação de um trocater
sempre traz risco de complicações, como sangramento e lesões de viscerais.
Alternativa B: INCORRETA. Como no item A, sempre existe o risco de
complicações.
Alternativa C: INCORRETA. A realização do pneumoperitônio precede apenas o
método às cegas.
Alternativa D: CORRETA. Durante o procedimento laparoscópico, o
pneumoperitônio causa elevação do diafragma, gerando uma diminuição da
capacidade vital e do volume respiratório e consequente aumento das pressões
necessárias para ventilação mecânica. Esse aumento causa desvio do sangue na
circulação pulmonar para regimes de menor pressão e leva a uma alteração da
relação entre ventilação e perfusão, aumentando o efeito shunt e a ventilação do
espaço morto.
Alternativa E: INCORRETA. O índice de complicações (lesões viscerais e
vasculares) é menor na técnica aberta quando comparada à técnica às cegas.
▶ resposta: D

21 (USP - SP - 2018) O exame de um recém-nascido de termo na sala de parto é


exibido a seguir. Qual é a conduta para o caso?
A. Proctoplastia imediata.
B. Colostomia em 2 bocas.
C. Aguardar 24 a 48 horas.
D. Invertograma.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deve-se aguardar em média 24 horas.
Alternativa B: INCORRETA. Geralmente a colostomia é necessária, mas não
sempre.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de um quadro de RN masculino com
ânus imperfurado, e a conduta correta é aguardar entre 24-48 horas enquanto é
realizada avaliação de outras malformações (há uma alta incidência de
malformações urogenitais associadas, realizar USG de abdome e pelve) e de um
possível surgimento de fístula anal.
Alternativa D: INCORRETA. Em mais de 80% dos meninos é possível fazer o
diagnóstico da necessidade ou não de colostomia apenas com a inspeção perineal.
Fístula perineal, malformação em “alça de balde”, estenose anal e membrana anal
não necessitam de colostomia e podem ser tratadas com anoplastia ainda no
período neonatal. A presença de nádegas achatadas ou mecônio na urina é
indicação de colostomia, com abaixamento intestinal realizado com 6-12 meses de
idade. Se não for possível chegar a nenhuma decisão apenas com o exame clínico,
o RN deve ser reexaminado após 24 horas de vida. Se, nesse momento, persistir a
dúvida de fazer ou não a colostomia, deve-se realizar o invertograma (após colocar
marcador radiopaco no lugar onde deveria estar o ânus, obtém-se radiografia
simples com o RN de cabeça para baixo, com as pernas e coxas fletidas). Se o
intestino estiver mais distante do que 1 cm da borda anal, está indicada a
realização de colostomia; se o reto estiver a 1 cm ou menos do botão anal, está
indicada a realização da anoplastia perineal.

▶ resposta: C

22 (USP - SP - 2018) Homem de 70 anos de idade, hipertenso e tabagista, realizou


consulta ambulatorial de rotina na qual foi constatada uma massa pulsátil indolor
em mesogástrio. Foi solicitado exame de imagem, cujo resultado está apresentado
nas fotos a seguir. Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre o caso?
 

 
A. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal e a presença de trombo pode ser
indicação de iminência de rotura e, portanto, deve ser operado imediatamente.
B. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal cujo reparo pode ser feito por
técnica cirúrgica convencional ou endovascular.
C. Trata-se de aneurisma da aorta abdominal, porém, não tem indicação
cirúrgica devido ao tamanho.
D. Trata-se de aneurisma na transição toraco-abdominal da aorta e seu
tratamento deve ser feito por reparo convencional com toraco-freno-
laparotomia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A presença de trombo não aumenta a chance de
ruptura do aneurisma.
Alternativa B: CORRETA. A questão apresenta um paciente com exames de
imagem que demonstram um aneurisma de aorta abdominal infrarrenal com
presença de trombo intramural. Como a presença de trombo intramural não é por
si só contraindicação de terapia endovascular e o paciente aparentemente tem
uma anatomia favorável, a alternativa correta é a letra B.
Alternativa C: INCORRETA. O diâmetro é maior que 5,5 cm, então existe indicação
cirúrgica.
Alternativa D: INCORRETA. O aneurisma está abaixo das artérias renais, logo, não
é toracoabdominal.

▶ resposta: B

23 (SUS - SP - 2018) Homem, 35 anos, procura consulta médica para realizar


avaliação perioperatória, pois está em programação de realizar herniorrafia
inguinal. Faz atividade física de moderada intensidade regularmente, não possui
antecedentes patológicos e não faz uso de medicações crônicas. Não há alteração
ao exame físico. A conduta correta, quanto à solicitação de exames
complementares para avaliação de risco cirúrgico, é:

A. Solicitar radiografia de tórax, hemograma completo e função renal apenas.


B. Solicitar eletrocardiograma, radiografia de tórax e função renal apenas.
C. Solicitar eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma completo e
função renal.
D. Não solicitar nenhum exame.
E. Solicitar eletrocardiograma, hemograma completo e função renal apenas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A Letra D está correta, pois, em pacientes com menos de
40 anos que serão submetidos a um procedimento de baixo risco cirúrgico
(paciente hígido, cirurgia até médio porte), não é necessário solicitar exames.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

24 (USP - SP - 2018) Homem de 36 anos de idade é vítima de acidente


automobilístico (colisão entre dois automóveis de passeio). Chega ao pronto-
socorro de um hospital terciário imobilizado por colar cervical e com vias aéreas
protegidas. No exame clínico, está hermodinamicamente estável. Pontuação na
Escala de Coma de Glasgow: 15. Apresenta dor à palpação de flanco esquerdo. O
resultado do FAST na sala de emergência é negativo. A tomografia
computadorizada de abdome e pelve evidencia volumoso hematoma perirrenal à
esquerda e extravasamento de contraste na fase arterial. Qual é a conduta para o
caso?

A. Nefrectomia total esquerda.


B. Embolização por arteriografia.
C. Laparotomia exploradora e controle de danos.
D. Observação clínica em terapia intensiva.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A nefrectomia é indicada em lesões renais graves em
pacientes instáveis.
Alternativa B: CORRETA. Questão que nos traz um paciente com trauma renal,
com extravasamento de contraste e volumoso hematoma perirrenal. Em um
ambiente que disponha de serviço de radiologia intervencionista, quando houver
“blush” na fase arterial ou sangramentos tardios (10-14 dias após lesão inicial),
devemos indicar a embolização arterial seletiva.
Alternativa C: INCORRETA. Atualmente a tendência é evitar ao máximo
procedimentos invasivos, como a laparotomia nos casos de traumas abdominais
com acometimento de fígado, baço ou rins.
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos apenas observar um paciente com
extravasamento de contraste arterial associado a volumoso hematoma.
▶ resposta: B

25 (USP - SP - 2018) A terapia por pressão negativa (também conhecida como


terapia com curativo a vácuo) trouxe um grande avanço no tratamento de feridas
complexas. Qual dos pacientes abaixo apresenta uma contraindicação ao uso da
terapia por pressão negativa?

A. Paciente em 10º dia pós-operatório de cirurgia cardíaca, com mediastinite e


deiscência de esternotomia.
B. Paciente vítima de atropelamento há 2 dias, com perda cutânea e necrose
muscular em membro superior.
C. Paciente com trauma abdominal, submetido à cirurgia de controle de danos
e peritoneostomia.
D. Paciente diabético com neuropatia sensitiva e úlcera crônica infectada em
região plantar.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A terapia a vácuo demonstrou-se uma modalidade de
tratamento segura, confiável e econômica para mediastinite pós-operatória.
Alternativa B: CORRETA. As contraindicações para uso da terapia por pressão
negativa são: 1) osteomielite, 2) neoplasia, 3) presença de tecido necrótico (caso da
questão), 4) fístulas não controladas e 5) exposição de vasos sanguíneos e nervos.
Alternativa C: INCORRETA. O curativo à vácuo pode ser usado como fechamento
temporário de peritoneostomia.
Alternativa D: INCORRETA. Também tem indicação para úlcera crônica, evitando
troca de curativos frequentes e aumentando a velocidade de granulação,
auxiliando no fechamento.
▶ resposta: B

26 (USP - SP - 2018) Homem de 59 anos de idade tem hérnia incisional há 18 anos,


que surgiu após ter sido submetido a laparotomia exploradora (figura abaixo).
Queixa-se de dificuldade para realizar as atividades diárias (higiene pessoal e
deambular). Apresenta diabetes e hipertensão arterial controladas com
medicamentos. Foi submetido à correção da hérnia incisional com colocação de
tela pré-aponeurótica. No pós-operatório imediato, estava em ventilação mecânica
e foi encaminhado para unidade de terapia intensiva. No primeiro dia pós-
operatório, evoluiu com instabilidade hemodinâmica, necessitando de doses
crescentes de drogas vasoativas. Acompanhava oligúria, aumento da pCO2 e
diminuição da pO2 arterial e aumento da pressão inspiratória. Considerando a
principal hipótese etiológica para a complicação apresentada, qual(is) é(são) a(s)
conduta(s) diagnóstica(s) para o caso nesse momento?
A. Angiotomografia de tórax e ecocardiograma.
B. Troponina e eletrocardiograma.
C. Tomografia de abdome.
D. Medida de pressão intra-vesical.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os sinais e sintomas são complicações abdominais,
sem necessidade de exames torácicos.
Alternativa B: INCORRETA. Tropo e eletrocardiograma deveriam ser pedidos na
suspeita de IAM, que justificaria a instabilidade hemodinâmica, mas não a oligúria
e as alterações respiratórias.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico de síndrome compartimental não
necessita de TC.
Alternativa D: CORRETA. Questão que nos traz um paciente com uma hérnia
incisional há 18 anos e que foi corrigida sem preparo (fisioterapia, perda de peso,
pneumoperitôneo pré-operatório progressivo), o que levou a uma síndrome
compartimental abdominal. O diagnóstico é dado através da medida da pressão
intravesical. A síndrome compartimental abdominal é definida como pressão intra-
abdominal sustentada acima de 20 mmHg e que se associa a nova disfunção ou
falência de órgão.

▶ resposta: D

27 (USP - SP - 2018) Homem de 19 anos de idade foi vítima de ferimento


abdominal (transfixante) por projétil de arma de fogo há 90 minutos. No exame
clínico de entrada no pronto-socorro estava estável hemodinamicamente, com dor
à palpação abdominal. Foi indicada laparotomia exploradora, que evidenciou lesão
em cólon esquerdo e presença fezes no flanco e fossa ilÍaca, ambos à esquerda.
Qual é a classificação da cirurgia segundo o potencial de contaminação/infecção e
qual é a duração da administração de cefalosporina de 3ª geração associado a
metronidazol para o caso?

A. Classificação: cirurgia contaminada; duração da administração: 48 horas.


B. Classificação: cirurgia infectada; duração da administração: 7 dias.
C. Classificação: cirurgia infectada; duração da administração: 72 horas.
D. Classificação: cirurgia contaminada; duração da administração: dose única.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão confusa e polêmica, uma vez que existem
divergências na literatura. Vejamos os conceitos primeiro: cirurgia CONTAMINADA
é aquela em que existe uma ferida traumática com lesão visceral com < 6 horas e,
nesse caso, utilizamos antibioticoprofilaxia por 24-48 horas. Caso tenha ocorrido a
mais de 6 horas, teremos uma ferida/cirurgia INFECTADA e, neste caso, está
indicada antibioticoterapia. No caso da questão, podemos classificar como uma
cirurgia contaminada (ocorreu há 90 minutos) e realizaremos antibioticoprofilaxia.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A
28 (USP - SP - 2018) Mulher de 48 anos de idade, sem antecedentes mórbidos
relevantes, apresenta massa fibroelástica de 8 cm no antebraço esquerdo. A
massa aumentou progressivamente nos últimos 9 meses (figura abaixo), e não
está associada a trauma local. A ressonância magnética não evidenciou invasão
osteomuscular ou vascular. A tomografia de tórax é normal. Qual é a conduta para
o caso?

A. Ressecção cirúrgica ampla com margem de segurança de 2 cm.


B. Ressecção com biópsia de congelação da margem no intraoperório.
C. Múltiplas biópsias por punção com agulha grossa, guiadas por
ultrassonografia, em sítio único na pele.
D. Múltiplas biópsias por por punção com agulha grossa, guiadas por
ultrassonografia, em múltiplos sítios na pele.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O tratamento curativo ideal após o diagnóstico
confirmado por biópsia com agulha grossa é a ressecção com margem
tridimensional de 2 cm
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. No caso clínico da questão, foi abordado um paciente
com sarcoma de partes moles e no qual, por ser maior que 5 cm, não é possível
realizar a biópsia excisional, mesmo com a informação de que não existe invasão
osteomuscular ou vascular. É então indicada a realização de múltiplas biópsias por
punção com agulha grossa (core biopsy) guiadas por US, em um único sítio na
pele, para evitar espalhar células tumorais por continuidade.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C

29 (SUS - SP - 2018) Um paciente de 34 anos refere dor abdominal há 6 meses.


Queixa-se também de aumento do volume abdominal. Nega febre ou perda de
peso. Ao exame físico, não se palpa massa nem se acha nenhuma outra alteração.
A tomografia mostra lesão retroperitoneal, junto à veia cava inferior, de cerca de 8
cm. Duas informações essenciais, omitidas na descrição do exame físico, que
podem ser úteis na investigação da etiologia da lesão são:

A. Palpação de pulsos em membros inferiores e superiores e palpação de


virilha, axila e pescoço.
B. Palpação de pulsos em membros inferiores e superiores e palpação dos
testículos.
C. Toque retal e palpação de axila, virilha e pescoço.
D. Palpação de testículos e de virilha, axila e pescoço.
E. Toque retal e palpação de testículos.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A palpação de pulsos de membros inferiores é
importante para sabermos se há invasão vascular com comprometimento da
circulação distal, porém não dá a etiologia da massa.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Toque retal é fundamental para ajudar a excluir
câncer de reto e próstata, porém não são as principais causas de massa
retroperitonais.
Alternativa D: CORRETA. A letra D é a alternativa correta, pois a palpação dos
testículos e dos linfonodos axilares cervicais e inguinais são informações omitidas
que podem ser úteis para investigar duas importantes etiologias da lesão, linfoma
e neoplasia de testículo. No tumor de retroperitôneo deve-se descartar a presença
de tumores funcionantes e não funcionantes de adrenal (com provas funcionais),
tumores renais, pancreáticos, gastrointestinais (com endoscopia digestiva), de
células germinativas (com exame testicular e marcadores tumorais) e linfomas
(com palpação de cadeias linfonodais e biópsia excisional).
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

30 (UNIFESP - SP - 2018) Em relação à infecção do sítio cirúrgico, é correto afirmar:

A. O principal fator de risco é a antissepsia inadequada.


B. Pode ocorrer em até 30 dias após o procedimento ou em até um ano se
houver implante.
C. É a segunda maior causa de óbito nas unidades de terapia intensiva.
D. Só pode ser confirmada quando houver cultura positiva da secreção.
E. Só pode ser confirmada quando houver drenagem espontânea de secreção
pela ferida operatória.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os principais fatores de risco são tempo de internação
pré-operatório maior que 24 horas; tempo de duração da cirurgia, em horas;
potencial de contaminação da ferida operatória, classificado em potencialmente
contaminada, contaminada e infectada; e índice ASA, classificado em ASA II, III e
IV/V.
Alternativa B: CORRETA. A infecção do sítio cirúrgico ocorre entre 0 e 30 dias após
o procedimento ou até um ano após uma cirurgia com implantação de corpo
estranho (próteses, telas etc.).
Alternativa C: INCORRETA. A sepse é a principal causa de óbito em UTI.
Alternativa D: INCORRETA. Cultura positiva de fluidos ou de tecido obtido da
incisão é apenas um dos critérios para diagnóstico. Podemos ainda ter: drenagem
de pus da incisão superficial, pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor).

▶ resposta: B

31 (USP - SP - 2018) Homem de 69 anos de idade deu entrada no pronto-socorro


por dor abdominal há 2 dias. É hipertenso, diabético, obeso e tabagista. Foi feito o
diagnóstico de abdome agudo inflamatório, sendo submetido à laparotomia
exploradora, que evidenciou diverticulite perfurada. Foi realizada sigmoidectomia
a Hartmann. No 6º dia pós-operatório, o paciente teve saída de grande quantidade
de líquido sero-hemático por entre os pontos da ferida operatória. Qual é a
principal hipótese diagnóstica para a complicação pós-operatória apresentada?

A. Deiscência da aponeurose.
B. Infecção de sítio cirúrgico.
C. Fístula intestinal.
D. Hematoma na parede abdominal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Essa questão nos traz um quadro clínico clássico de um
paciente que está próximo da evisceração, com presença de uma secreção de
conteúdo sero-hemático em grande quantidade no pós-operatório. Esse aspecto
da secreção é ocasionado em partes por sangue originado do plano
músculoaponeurótico que está se rompendo, e em partes por líquido ascítico
devido ao quadro de inflamação peritoneal (pós diverticulite aguda), lembrando
que o aspecto desse líquido também pode ser chamado de “água de carne”.
Alternativa B: INCORRETA. Não havia hiperemia na ferida operatória ou saída de
pus.
Alternativa C: INCORRETA. Na presença de fístula intestinal há secreção
fecaloide.
Alternativa D: INCORRETA. No hematoma de parede, a secreção é hemática.
▶ resposta: A

32 (USP - SP - 2018) Homem de 24 anos de idade foi vítima de ferimento por faca


em 7° espaço intercostal, linha axilar média esquerda. Está hemodinamicamente
estável e sua radiografia de tórax é normal. Qual é a conduta para o caso?

A. Ultrassom de abdome (FAST).


B. Tomografia de tórax e abdome.
C. Laparoscopia.
D. Drenagem de tórax.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O FAST será útil para excluir sangramento, mas não
lesão de alça.
Alternativa B: INCORRETA. A tomografia não conseguirá excluir lesão de alça.
Alternativa C: CORRETA. A questão nos traz um paciente vítima de lesão em
região toracoabdominal, após realizar o ATLS e Rx de tórax. Frente a um paciente
com ferimento por arma branca estável, sem exposição de alças, o melhor exame
para avaliar essa região é a laparoscopia.
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de drenar o tórax se o Rx não
possui pneumotórax.
▶ resposta: C

33 (USP - SP - 2018) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta com relação à
antibioticoterapia e aos micro-organismos envolvidos nas infecções de tratamento
operatório?

A. Pacientes com apendicite com necrose e perfuração devem receber


antibioticoterapia por no mínimo sete dias após a cururgia.
B. Os micro-organismos mais frequentemente envolvidos na colangite aguda
por litíase biliar são as bactérias anaeróbias.
C. Na pancreatite aguda necro-hemorrágica, a antibioticoterapia preventiva
por 10 dias evita infecção secundária e melhora o prognóstico em médio prazo.
D. É obrigatório incluir cobertura para S. pyogenis no tratamento empírico dos
pacientes com fasceíte necrotizante do membro inferior.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quando há necrose e perfuração do apêndice deve-se
instituir antibiótico terapêutico de 5 a 7 dias.
Alternativa B: INCORRETA. As bactérias mais comuns associadas à colangite
aguda são aquelas Gram negativas intestinais, como E. Coli e Klebsiela.
Alternativa C: INCORRETA. Não existe benefício do uso de antibioticoprofilaxia
nos casos de pancreatite aguda necro-hemorrágica; o tratamento deve ser
terapêutico.
Alternativa D: CORRETA. Os agentes mais associados com a fasceíte necrotizante
são o Streptococcus hemolítico do grupo a e o Staphylococcus aureus. 

▶ resposta: D

34 (USP - SP - 2018) Paciente de 55 anos com antecedente de adenocarcinoma de


cólon sigmoide tratado há 4 anos com retossigmoidectomia, sem intercorrências,
vem ao ambulatório com exame de seguimento que mostra apenas 2 lesões
metastáticas, restritas aos segmentos II e III do fígado, sem acometimento
vascular. Qual é a melhor alternativa cirúrgica após tratamento quimioterápico
sistêmico?

A. Quimioembolização portal seguida de hepatectomia esquerda ampliada.


B. Hepatectomia lateral esquerda com controle intraoperatório por ultrassom.
C. Quimioembolização portal seguida de hepatectomia direita ampliada.
D. Hepatectomia lateral direita com controle intraoperatório por ultrassom.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A quimioembolização portal é indicada pra lesões
irressecáveis, a fim de reduzir o seu tamanho. Visa induzir atrofia do hemifígado a
ser ressecado e hipertrofia compensatória do fígado remanescente.
Alternativa B: CORRETA. Questão que exige do candidato um conhecimento da
anatomia hepática, em que o candidato deveria saber que os segmentos II e III do
fígado correspondem à região lateral esquerda do fígado. A ressecção hepática é a
melhor escolha para o tratamento da metástase colorretal. Os pacientes que
apresentam quatro lesões hepáticas ou mais, linfonodos hilares extra-hepáticos
comprometidos ou doença extra-hepática irressecável devem ser excluídos, a
princípio, do grupo com indicação de ressecção. Logo, a conduta adequada para o
caso seria a realização de uma hepatectomia lateral esquerda com controle
intraoperatório por ultrassom.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.

▶ resposta: B

35 (UNIFESP - SP - 2018) Qual das situações abaixo NÃO representa critério para
drenagem torácica em selo d ‘água?

A. Paciente cardiopata com derrame pleural bilateral, maior à direita, evoluindo


com insuficiência respiratória aguda.
B. Paciente assintomático com derrame pleural a esclarecer. Submetido a
toracocentese diagnóstica com análise: pH 7,16, DHL 1100 ui/l, Glicose 5 mg/dl,
ADA 50 u/l, celularidade: 70% neutrófilos, 28% linfócitos. Sem crescimento no
Gram. Cultura negativa.
C. Paciente com queixa de dor torácica à esquerda e diagnosticado com
derrame pleural esquerdo. Submetido a toracocentese diagnóstica: pH 7,2,
DHL 800 ui/l, glicose 45 mg/dl, celularidade com predomínio de neutrófilos.
Sem crescimento ao Gram e com crescimento na cultura de Streptococcus
pyogenes.
D. Paciente com história de tosse produtiva, febre e dor torácica há 7 dias.
Realizou punção pleural sem análise bioquímica, mas com líquido turvo e
fétido.
E. Paciente vítima de trauma automobilístico contra anteparo fixo,
taquidispneico, com uso de musculatura acessória na ausculta, com murmúrio
vesicular diminuído com hipersonoridade à percussão.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A alternativa nos traz um paciente com derrame bilateral
causado por insuficiência cardíaca, e que não deve ser drenado e, sim, submetido
à toracocentese de alívio, diuréticos e compensação cardíaca.
Alternativa B: INCORRETA. A drenagem pleural deve ser o tratamento de escolha
para os derrames parapneumônicos volumosos (maiores que a metade do
hemitórax) ou que se apresentem com Gram ou cultura positivos ou pH < 7,2, e no
empiema franco. Neste exemplo, temos a cultura positiva.
Alternativa C: INCORRETA. Derrame com cultura positiva, predomínio de
neutrófilos, glicose < 60 mg/dl e DHL > 200 deve ser drenado e investigado.
Alternativa D: INCORRETA. Quadro de pneumotórax traumático; deve ser
drenado com urgência em selo d’ água.

▶ resposta: A

36 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um senhor de 40 anos,


diabético, refere que há 1 semana vem tendo febre e dor cervical, com inchaço
progressivo. Tudo começou após extração dentária, a que foi submetido há 8 dias.
Ao exame, nota-se abaulamento, hiperemia e dor em zona cervical II, à direita.
Não se sente ponto de flutuação. A tomografia mostra abscesso cervical com
volume estimado de 100 mL, anterior ao feixe vascular do pescoço, acima da
fúrcula esternal. Melhor conduta, além da antibioticoterapia:

A. Antibioticoterapia apenas e retorno em 5 dias, para reavaliação e possível


drenagem, já que não tem flutuação, no momento.
B. Drenagem guiada por ultrassom ou tomografia (radiologia intervencionista).
C. Cervicotomia para desbridamento e drenagem.
D. Drenagem direta do abscesso, com anestesia local.
E. Endoscopia, seguida de cervicotomia, para drenagem.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com abscesso cervical proveniente de foco
dentário. Esses abscessos têm alto risco potencial por poderem progredir para o
mediastino, levando a grave mediastinite caso não sejam tratados precocemente.
Assim como outros abscessos, a conduta baseia-se na drenagem. O detalhe é que,
pela localização dita pelo enunciado (próximo ao feixe vascular), a drenagem
percutânea é perigosa, sendo a cervicotomia com drenagem o tratamento mais
adequado.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C

37 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Uma senhora de 47 anos


está no segundo pós-operatório de gastrectomia com linfadenectomia, por
adenocarcinoma gástrico localizado. Tem antecedentes de hipertensão arterial e
de hipotireoidismo. Queixa-se de dor em epigástrio e de dispneia de início súbito.
Dreno abdominal: 40 mL de secreção serossanguinolenta fluida, nas últimas 24
horas. Pulso: 110 bpm, PA: 100 × 70 mmHg, frequência respiratória: 34 irpm,
temperatura: 36 °C, satO2: 90%, com cateter de oxigênio. A radiografia de tórax
não mostra alterações. Hipótese diagnóstica mais provável e conduta:

A. Deiscência de anastomose. Laparotomia.


B. Tromboembolismo pulmonar. Tomografia de tórax.
C. Deiscência de anastomose. Tomografia de abdome.
D. Pneumonia. Tomografia de tórax.
E. Atelectasia pulmonar. Tomografia de tórax.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Se houvesse deiscência, o dreno teria secreção com
suco gástrico. O exame de escolha seria a tomografia para definir a conduta.
Alternativa B: CORRETA. Mulher, 47 anos, portadora de CA gástrico, submetida à
cirurgia de grande porte e evolução com dispneia de início súbito no segundo dia
pós-operatório. Ao exame físico, apresenta-se com taquipneia. A radiografia de
tórax é normal. Qual a provável hipótese? Tromboembolismo pulmonar. Diante
dessa paciente com alta probabilidade pré-teste (Escore de Wells > 4) para TEP,
devemos pensar nesse diagnóstico. Dispneia é o sintoma mais frequente e
taquipneia e taquicardia são os achados de exame físico mais prevalentes.
Alternativa C: INCORRETA. Observe a alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. Pouco provável um jovem com Rx normal apresentar
pneumonia.
Alternativa E: INCORRETA. Atelectasia pulmonar caracteristicamente cursa com
febre no pós-operatório, o que a nossa paciente não apresenta; além disso, há a
radiografia de tórax normal.
▶ resposta: B
38 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um senhor de 70 anos
tem hérnia inguinal direita, sempre redutível, há 2 anos. É obeso (IMC = 40 kg/m²),
hipertenso e diabético. Tem apneia do sono grave e queixas urinárias que
sugerem prostatismo moderado. Conduta no pré-operatório:

A. Manter a hemoglobina glicada abaixo de 10%, usar CPAP (continuous positive


airway pressure) e reduzir a ingestão de carboidratos.
B. Fazer fisioterapia e utilizar suplemento de proteína.
C. Manter a hemoglobina glicada abaixo de 7%, fazer fisioterapia, manter a
pressão sistólica abaixo de 100 mmHg e usar tansulosina.
D. Fazer dieta orientada com nutricionista, operar apenas quando IMC < 30
kg/m2 e usar tansulosina.
E. Estimular o uso de CPAP, manter a hemoglobina glicada abaixo de 7%, fazer
dieta orientada e procurar avaliação com urologista

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para um controle glicêmico ideal, devemos manter a
hemoglobina glicada < 7%.
Alternativa B: INCORRETA. Não há evidência de desnutrição para suplementar a
proteína.
Alternativa C: INCORRETA. Já foi estabelecido que os pacientes hipertensos mal
controlados geralmente apresentam alterações hemodinâmicas mais intensas
durante a cirurgia. A PAS deve ser menor que 120 mmHg. Antagonistas α1-
adrenoceptores (bloqueadores α1) constituem comumente a primeira linha de
tratamento para STUI masculino, devido a sua rápida ação e boa eficácia; logo, a
tansulosina será bem indicada se confirmar hiperplasia prostática benigna.
Alternativa D: INCORRETA. Podemos operar antes de alcançar IMC < 30 kg/m2. O
ideal seria que o paciente não tivesse obesidade, mas não é determinante para
contraindicar.
Alternativa E: CORRETA. Idoso com indicação cirúrgica de hernioplastia eletiva,
obeso grau III, hipertenso e diabético, com apneia do sono grave e prostatismo
moderado. Devemos obter um controle glicêmico de hemoglobina glicada < 7%, a
fim de evitar complicações como dificuldade na cicatrização, além de infecções de
ferida operatória. Em relação ao prostatismo, um fator de risco para hérnia, deve
ser corrigido, por isso a necessidade de avaliação urológica pré-operatória. A
obesidade aumenta o risco cirúrgico, por isso a necessidade de perda de peso. A
apneia do sono grave aumenta a pressão intra-abdominal, aumentando a chance
de recidiva da hérnia, de modo que o CPAP também estaria recomendado.

▶ resposta: E

39 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um paciente de 75 anos é


internado por distensão abdominal, vômitos, crises de cólicas cada vez mais
intensas e frequentes e parada de evacuação e de eliminação de gases há 6 dias.
Nega emagrecimento recente. Proveniente de casa de repouso, o paciente é
acamado e totalmente dependente. Está em regular estado geral, mas muito
desidratado. Pulso: 110 bpm, PA: 110 × 70 mmHg. O abdome está distendido e
tem sinal de Gersuny+. Etapa do exame físico que possibilita a confirmação do
diagnóstico:

A. Toque retal.
B. Palpação do canal inguinal.
C. Ausculta dos ruídos hidroaéreos.
D. Pesquisa de círculos de Skoda.
E. Descompressão brusca.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atenção aos sinais que o enunciado nos dá! Paciente de
75 anos com quadro sugestivo de obstrução intestinal, sem perda ponderal
(remete um pouco a câncer), é acamado e totalmente dependente (remete à nossa
hipótese principal). O que é o Sinal de Gersuny? É quando comprimimos uma
massa abdominal de maneira profunda e demorada e, ao reduzirmos a pressão da
mão, percebemos que a parede intestinal desprega-se subitamente do bolo fecal,
produzindo uma sensação peculiar de crepitação, resultante da interposição de ar
entre a parede intestinal e o bolo fecal. Quando virem esse sinal em uma prova,
vocês provavelmente estarão diante de um quadro de fecaloma. Diante disso, o
toque retal possibilita a confirmação do diagnóstico, além de poder também ser
terapêutico.
Alternativa B: INCORRETA. Seria o caso de suspeita de hérnia inguinal
encarcerada. O paciente não tem dor na virilha.
Alternativa C: INCORRETA. A ausculta é parte fundamental do exame físico,
porém não fecharia o diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Seria importante na hipótese de ascite.
Alternativa E: INCORRETA. A descompressão brusca é importante na suspeita de
peritonite.
▶ resposta: A

40 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um paciente de 20 anos,


previamente hígido, está no pós-operatório imediato de hernioplastia inguinal à
Lichtenstein, com anestesia peridural. Refere dor crescente em hipogástrio. Está
ansioso e agitado. Pulso: 110 bpm, PA: 120 × 90 mmHg. Palpa-se massa dolorosa
em hipogástrio. Descompressão brusca: negativa. A ferida cirúrgica tem bom
aspecto. Conduta:

A. Passagem de sonda vesical.


B. Ultrassom de abdome.
C. Tomografia com contraste endovenoso.
D. Laparoscopia.
E. Abertura e revisão da incisão.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente de 20 anos, em pós-operatório imediato de
hernioplastia inguinal com anestesia peridural que causa retenção urinária, evolui
com dor crescente em hipogástrio + agitação + massa dolorosa em hipogástrio.
Este é um quadro clássico de BEXIGOMA, de modo que a melhor conduta é a
sondagem.
Alternativa B: INCORRETA. O diagnóstico de bexigoma é clínico, não necessita de
exame de imagem, o que torna a alternativa C incorreta também.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Não há sinal de complicações cirúrgicas, logo, não há
necessidade de laparoscopia ou revisão da incisão (alternativa E).
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A

41 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Vítima de ferimento por


arma branca no terceiro espaço intercostal esquerdo, próximo à linha axilar
anterior, um rapaz de 25 anos chega ao pronto-socorro levado por populares, com
os sinais vitais: pulso: 110 bpm, PA: 110 × 70 mmHg, frequência respiratória: 16
irpm. Está um pouco ansioso, mas consciente e orientado. SatO2 com máscara de
oxigênio: 98%. Não são achados outros ferimentos nem sinais de trauma além do
ferimento torácico descrito. O FAST (focused assessment with sonography for trauma)
não mostra alteração na janela do pericárdio nem líquido livre no abdome.
Conduta inicial:

A. Intubação traqueal, após sedação e curarização, pois trata-se de ferimento


torácico potencialmente grave.
B. Eletrocardiograma, pelo risco de lesão cardíaca.
C. Drenagem de tórax imediata.
D. Radiografia de tórax, seguida, eventualmente por drenagem do espaço
pleural esquerdo.
E. Punção de espaço pleural esquerdo; dependendo do resultado, drenagem
torácica do mesmo lado.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente sem sinais de insuficiência respiratória, não
necessitando de intubação.
Alternativa B: INCORRETA. Também não é necessário realizar ECG, pois o próprio
enunciado nos diz que a janela pericárdica está intacta.
Alternativa C: INCORRETA. Não necessariamente será feita drenagem torácica
imediata em todo paciente com lesão penetrante de tórax (alternativa C incorreta).
Nosso paciente em questão não possui nenhuma evidência clínica de
pneumotórax, hemotórax, tamponamento cardíaco, etc., ou seja, ele está BEM!
Alternativa D: CORRETA. Paciente vítima de ferimento por arma branca em
terceiro espaço intercostal esquerdo, próximo à linha axilar anterior. Ao exame
físico, encontramos um paciente consciente e orientado, eupneico e saturando
bem. O enunciado relata ainda que não são encontrados outros sinais de trauma e
que o FAST não mostra alteração do pericárdio nem líquido livre no abdome. Ou
seja, é um paciente que está bem apesar da lesão. Devemos realizar radiografia do
tórax, para avaliar se será necessário drenar o tórax.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

42 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) As duas medidas mais


importantes para evitar a progressão da lesão cerebral traumática durante o
atendimento inicial do traumatizado são:

A. Oxigenação adequada e reanimação volêmica.


B. Trepanação cirúrgica precoce e corticoide.
C. Administração de manitol e anticonvulsivante.
D. Cabeceira elevada e ressuscitação com solução hipertônica.
E. Hipotermia e expansão volêmica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Em todas as alternativas temos medidas para conduzir
uma possível hipertensão intracraniana (manitol, corticoide, cabeceira elevada,
solução hipertônica, hipotermia). Entretanto, a questão quer saber duas medidas
básicas para evitar progressão da lesão cerebral durante o atendimento INICIAL
do traumatizado, sendo a oxigenação e a reanimação volêmica essenciais para
qualquer atendimento, de modo a manter uma perfusão cerebral adequada.
Alternativa B: INCORRETA. A trepanação não faz parte do atendimento inicial.
Alternativa C: INCORRETA. Ambos têm indicação na hipertensão intracraniana,
mas serão feitos após oxigenação e reposição volêmica. O efeito mais importante
do barbitúrico está relacionado ao adequamento do fluxo sanguíneo cerebral à
demanda metabólica regional, conseguindo um controle da PIC refratária. O uso
do manitol é efetivo para o controle da PIC após TCE grave.
Alternativa D: INCORRETA. Elevar a cabeceira faz parte do tratamento, mas não
está entre os dois pontos mais importantes.
Alternativa E: INCORRETA. A hipotermia também faz parte do tratamento, mas
não está entre os dois pontos mais importantes.
▶ resposta: A

43 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um paciente de 43 anos,


cirrótico, CHILD C, chega ao pronto-socorro por distensão abdominal abrupta e
choque. Está torporoso, muito descorado e tem as extremidades frias. Pulso: 120
bpm, regular e fino; PA: 80 × 50 mmHg; temperatura: 36 °C. O abdome está
distendido e tenso, mas sem sinais de irritação peritoneal. Hemoglobina: 5,0 g/dL,
hematócrito: 15%, leucócitos: 4.500/mm³. A tomografia mostra massa única de
cerca de 4,0 cm de diâmetro, compatível com carcinoma hepatocelular, em fígado
cirrótico. Na massa há sinais de hemorragia ativa. O paciente é reanimado, o que
inclui transfusão de sangue. Em condições ideais, a próxima conduta deve ser:
A. Transplante hepático de urgência.
B. Laparotomia para hemostasia com argônio.
C. Laparotomia para damage control (tamponamento com compressas).
D. Ressecção hepática não regrada.
E. Embolização por arteriografia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Provavelmente será um paciente candidato a
transplante hepático (Child C + Lesão única < 5 cm), entretanto, não será feita de
urgência!
Alternativa B: INCORRETA. Poderia ser realizada a laparotomia, mas é pouco
provável que o argônio fosse capaz de hemostasiar a lesão, visto que sua ação é
superficial.
Alternativa C: INCORRETA. Ver a alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Pacientes portadores de cirrose hepática estágio Child
B e C não devem ser submetidos à ressecção hepática parcial. Para esses
pacientes, as opções terapêuticas curativas restringem-se ao transplante de
fígado, desde que selecionáveis para esse procedimento, o que na maioria dos
países dá-se através dos Critérios de Milão.
Alternativa E: CORRETA. Muito cuidado quando a questão fala em “condições
ideais”, pois, apesar de não ser o que mais vemos no dia-a-dia, esse paciente se
beneficiaria de uma embolização por arteriografia para tratar esse sangramento
agudo. A laparotomia para damage control poderia ser feita, mas em condições
IDEAIS, o melhor é mesmo a embolização. Atenção aos enunciados!
▶ resposta: E

44 (SUS - SP - 2018) Um senhor de 52 anos é internado por dor abdominal em


faixa em epigástrio, irradiada para o dorso, há 2 dias, acompanhada de náuseas e
vômitos. Apesar da fácies de dor, está em bom estado geral, anictérico e afebril.
Pulso: 90 bpm, rítmico; PA: 130 × 80 mmHg, frequência respiratória: 18 irpm. Tem
dor em epigástrio à palpação do abdome, mas sem peritonismo ou distensão. O
ultrassom mostra múltiplos cálculos na vesícula biliar. Amilase: 1.500 U/L,
leucócitos: 10.100/mm³, creatinina: 0,8 mg/dL. No primeiro dia após a internação,
apresenta febre, mas sem repercussão hemodinâmica. Novo leucograma: com
9.500 leucócitos/mm³. Melhor conduta, neste momento:

A. Observação clínica e pesquisa de foco infeccioso.


B. Tomografia de abdome para descartar necrose pancreática, eventualmente
infectada.
C. Ressonância magnética para avaliar provável complicação pancreática.
D. Laparotomia ou laparoscopia diagnóstica, pela provável complicação
infecciosa que pode exigir debridamento cirúrgico e drenagem.
E. Antibioticoterapia empírica e monitorização clínica.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. O paciente em questão apresenta uma pancreatite
aguda sem critérios de gravidade. Após um dia de tratamento clínico, apresentou
febre, porém não há motivos para se suspeitar de necrose infectada por ter
quadro clínico estável. Nesse caso, a conduta deve ser manter a observação clínica
e pesquisar um foco infeccioso associado.
Alternativa B: INCORRETA. A tomografia deve ser reservada para casos de dor
persistente, PCR elevado, para investigação de complicações locais. Não se aplica
ao nosso paciente no momento.
Alternativa C: INCORRETA. A ressonância magnética tem valores diagnóstico e
prognóstico comparáveis aos da TC, mas apresenta algumas desvantagens no
cenário clínico: são mais longos e caros. 
Alternativa D: INCORRETA. Ainda que houvesse necrose com infecção
pancreática, a drenagem ou necrosectomia deve ser postergada para terceira ou
quarta semana de evolução, exceto em doentes com piora progressiva.
Alternativa E: INCORRETA. Deve-se reservar o uso de antibiótico para os
pacientes com infecção de necrose pancreática ou ainda outros focos infecciosos
confirmados, a fim de evitar infecções por bactérias resistentes e fungos.
▶ resposta: A

45 (SUS - SP - 2018) Um motociclista de 28 anos, alcoolizado, colidiu com uma


árvore a cerca de 70 km/hora. Estava de capacete. Era um dia de inverno, chovia e
a temperatura era baixa (cerca de 7°C). No hospital, a via aérea está pérvia e o
murmúrio vesicular, normal bilateralmente. Pulso: 90 bpm, PA: 115 × 70 mmHg.
Glasgow: 13. Temperatura retal e esofágica: 34 °C. FAST (Focused Assessment With
Sonography for Trauma): positivo. Exames laboratoriais: glicemia: 300 mg/dL,
plaquetas: 280.000/mm3 (150.000 a 450.000/mm3) e TTPA alargado. A tomografia
de abdome mostrou lesão esplênica grau II. Próximo passo mais adequado:

A. Aquecimento e monitorização cardíaca, pelo risco de fibrilação ventricular.


B. Bypass cardiopulmonar para reaquecimento central.
C. Insulina por via venosa.
D. Transfusão de 10 U ou uma aférese de plaquetas.
E. Laparotomia exploradora e esplenectomia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A conduta adequada para este paciente é aquecê-lo, já
que ele está hipotérmico (T < 35 °C) e o risco de fibrilação ventricular aumenta em
temperaturas abaixo de 32 °C.
Alternativa B: INCORRETA. Aquecimento central ativo é geralmente reservado
para pacientes com hipotermia grave, não responsivos ao aquecimento passivo
externo e/ou com alterações do ritmo cardíaco.
Alternativa C: INCORRETA. É necessária a correção da glicemia, mas não será o
próximo passo.
Alternativa D: INCORRETA. As plaquetas estão normais.
Alternativa E: INCORRETA. Os traumas esplênicos graus I, II e III com
hemoperitôneo pequeno e estabilidade hemodinêmica têm tratamento não
operatório.
▶ resposta: A

46 (HOSPITAL SANTA ROSA/MT - 2013) Pacientes portadores de tumores


pancreáticos, cistoadenomas epididimários, feocromacitomas e cistos renais
bilaterais. Qual o diagnóstico da síndrome endócrina hereditária?

A. NEM 1;
B. NEM 2A;
C. NEM 2B;
D. Doença de von Recklinghausen;
E. Doença de von Hippel-Lindau.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM 1) é
caracterizada por gastrinoma/insulinoma, prolactinoma e hiperparatireoidismo.
Alternativa B: INCORRETA. O NEM 2A é caracterizado por carcinoma medular na
tireoide, feocromocitoma, hiperparatireoidismo, líquen amiloidocteo cutâneo.
Alternativa C: INCORRETA. O NEM 2B caracteriza-se por carcinoma medular da
tireoide (mais precoce e mais agressivo), hábitus marfanoide e neuromas de
mucosa.
Alternativa D: INCORRETA. A doença de von Recklinghausen, também conhecida
como Neurofibromatose do tipo 1, é caracterizada pela presença de manchas café
com leite, neurofibromas múltiplos e hamartomas. Trata-se de doença
autossômica dominante de alta penetrância e expressividade variável, com
envolvimento da cabeça e do pescoço em 22 a 47% dos pacientes.
Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de von Hippel-Lindau é uma doença genética
rara que envolve o crescimento anormal de tumores em partes do corpo
particularmente irrigadas por sangue. É caracterizada pela presença de
hemangioblastomas e carcinoma renal (carcinoma renal de células claras),
anormalidades adrenais, pancreáticas e escrotais. Afeta igualmente homens e
mulheres. O início da doença ocorre na 2ª e 3ª décadas de vida.
▶ resposta: E

47 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Paciente, 10 anos, vítima


de atropelamento em via expressa, sem perda de consciência no local, referindo à
equipe do resgate muita dor abdominal. Encaminhado ao serviço de referência de
trauma. Na entrada na sala de emergência, evoluiu com rebaixamento de nível de
consciência e pressão arterial inaudível, abdome tenso e equimose periumbilical. A
sequência das medidas recomendadas é:
A. Abertura de vias aéreas, colocação de colar cervical, entubação orotraqueal,
aquisição de 2 acessos venosos periféricos, administração de coloide, seguido
de hemoderivados, encaminhamento para tomografia de corpo inteiro para
programação de possível intervenção cirúrgica.
B. Aquisição de 2 acessos periféricos, administração de 20 mL/kg de cristaloide,
podendo ser repetido até 3 vezes, ponderação de hemoderivados apos.
Proceder, em seguida, com cuidados com a via aérea (abertura seguida de
entubação orotraqueal). Encaminhar para centro operatório para laparotomia
exploradora.
C. Abertura de vias aéreas, colocação de colar cervical, entubação orotraqueal,
aquisição de 2 acessos venosos periféricos, administração de cristaloide,
ponderação de hemoderivados, caso persista hipotenso, bem como infusão de
drogas vasoativas. Encaminhamento para tomografia de corpo inteiro para
programação de possível intervenção cirúrgica.
D. Abertura de vias aéreas, colocação de colar cervical, entubação orotraqueal,
aquisição de 2 acessos venosos periféricos, administração de cristaloide,
ponderação de hemoderivados, caso persista hipotenso, bem como infusão de
drogas vasoativas. Encaminhamento para centro operatório para laparotomia
exploradora.
E. Aquisição de 2 acessos periféricos, administração de 20 mL/kg de cristaloide,
podendo ser repetido até 3 vezes, ponderação de hemoderivados apos.
Proceder, em seguida, com cuidados com a via aérea (abertura seguida de
entubação orotraqueal). Encaminhamento para tomografia de corpo inteiro
para programação de possível intervenção cirúrgica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questão sobre ATLS! Paciente de 10 anos, vítimas de
atropelamento, apresentando-se com muita dor abdominal, evolui com
rebaixamento de nível de consciência e instabilidade hemodinâmica, além de
abdome tenso e equimose periumbilical. Qual sequência devemos sempre seguir?
ABCDE! As únicas alternativas que seguem essa sequência são as A, C e D.
Entretanto, a A está incorreta, pois, além de escolher “coloides”, não deve ser feita
tomografia computadorizada nesse paciente instável. A letra C também erra nesse
sentido, pois indica TC de corpo inteiro, ao invés de encaminhar o paciente
imediatamente para laparatomia, devido à instabilidade hemodinâmica, em que
muito provavelmente o foco é abdominal.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

48 (SUS - SP - 2018) Segundo o documento “Estimativa 2016: Incidência do câncer


no Brasil”, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, do
Ministério da Saúde do Brasil, NÃO é fator de risco para câncer de próstata:
A. Hiperplasia prostática benigna.
B. Idade.
C. História familiar de câncer de próstata.
D. Etnia/cor de pele.
E. Aumento de peso corporal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como principais fatores de risco para câncer de próstata
temos: idade (a doença afeta principalmente homens acima de 65 anos); história
familiar (ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata
mais do que duplica o risco de um homem de desenvolver a doença); 
etnia/cor (pessoas de raça negra têm o dobro da probabilidade de morrer de
câncer de próstata do que os homens brancos); obesidade.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A

49 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


A Residência Médica, como conhecemos hoje, foi criada no final do século XIX por
um cirurgião. Ele preconizava o treinamento prático e total dedicação do tempo
aos pacientes no hospital (por isso, chamava-os de “residentes”). Assinale a
alternativa que indica o cirurgião e o hospital onde esse programa foi implantado.

A. Charles Mayo - Mayo Clinic.


B. Michael DeBakey - Cleveland Clinic.
C. Thomas Starlz - Univ. Pittsburg.
D. William Halsted - Johns Hopkins.
E. Alfred Blalock - Univ. Boston.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Questões como essas não são raras na prova do SES-PE.
A Residência foi criada por William Halsted em 1889, na Johns Hopkins University.
No Brasil, a primeira Residência Médica, como nós a concebemos atualmente, foi
criada em 1945 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (HCFMUSP), sendo uma Residência em Ortopedia.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

50 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Mulher, 30 anos, submetida à hernioplastia incisional com acesso de Pfannenstiel
sob raquianestesia. Na manhã do 1° DPO, a paciente apresenta cefaleia intensa
que piora com tosse, espirro e movimentos da cabeça. Em relação à condição
clínica acima, qual dos tratamentos abaixo NÃO deve(m) ser indicado(s)?

A. Analgésicos, como dipirona.


B. Hidratação.
C. Deambulação precoce.
D. Cafeína.
E. “Blood patch”.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. A principal complicação em uma raquianestesia é a
cefaleia pós-punção, que piora em ortostase devido à perfuração da dura-máter.
Conduta: decúbito em zero grau (e não deambulação precoce), hidratação
vigorosa, analgesia com dipirona/cafeína ou opioides e Blood Patch (conduta mais
eficaz, que consiste na injeção de sangue autólogo, no espaço epidural, que fará
um tampão no orifício por onde extravasa o líquo).
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C

51 (SUS - SP - 2018) Paciente de 56 anos, tabagista de 80 maços/ano, etilista de 2


doses de aguardente e 1 garrafa de cerveja por dia, apresentou perda ponderal de
15 kg nos últimos 6 meses. No mesmo período, notou nódulo cervical à esquerda,
endurecido e móvel, de crescimento lento. Há 3 meses percebeu irritação na
garganta, principalmente com a ingesta de aguardente. Melhor conduta,
considerando a principal hipótese diagnóstica:

A. Ultrassonografia cervical e orientação sobre a importância de interromper o


tabagismo e o etilismo.
B. Exame cuidadoso da cavidade oral, punção aspirativa com agulha fina - PAAF
e tomografia do nódulo cervical.
C. Biópsia aberta do nódulo do pescoço com anestesia local.
D. Exames laboratoriais, incluindo hemograma e sorologias para toxoplasmose
e mononucleose.
E. Arteriografia, para avaliar a relação do nódulo com os vasos cervicais.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A USG é um bom exame inicial, porém não o melhor.
Alternativa B: CORRETA. Pelos hábitos e vícios do paciente, como etilismo e
tabagismo, além da clínica associada ao emagrecimento, a hipótese diagnóstica
mais provável é uma neoplasia maligna. Para realizarmos a investigação
diagnóstica de tumores de cabeça e pescoço, o primeiro passo é realizar a
anamnese e o exame físico do pescoço e da cavidade oral, uma PAAF para concluir
o diagnóstico histológico/citológico, e uma TC, para avaliar o estadiamento e
acometimento de estruturas adjacentes.
Alternativa C: INCORRETA. Biópsia cirúrgica a céu aberto não é indicada na
avaliação inicial por causa da possibilidade de alterar a disseminação de um
eventual tumor maligno, complicar o planejamento de seu tratamento e diminuir
as possibilidades de cura. 
Alternativa D: INCORRETA. Todo tumor cervical em adultos deve ser considerado
como câncer primário ou metástase cujo primário localiza-se acima das clavículas,
até que se prove o contrário. Associado aos hábitos de vida e emagrecimento,
nossa principal hipótese não será toxoplasmose.
Alternativa E: INCORRETA. A relação com os vasos pode ser vista na tomografia,
exame menos invasivo.
▶ resposta: B

52 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Homem, 27 anos, procura o ambulatório de proctologia com queixa de secreção
anorretal. Ao exame, com o paciente em posição de litotomia, observamos orifício
fistuloso próximo à bolsa scrotal, a 2 cm da margem anal. De acordo com a regra
de Godsall, o que podemos afirmar sobre o trajeto fistuloso?

A. A fístula tem um trajeto linear e retílineo em direção ao ânus.


B. A físula tem um trajeto curvo e normalmente atravessa a linha média,
formando uma ferradura.
C. Essa fístula deve envolver o músculo puborretal.
D. A fístula tem um trajeto curvo, mas sem ultrapassar a linha média.
E. O oríficio interno deve se localizar na linha média posterior.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A “Regra de Goodsall” é utilizada para traçar
clinicamente o trajeto das fístulas perianais. Fístulas com orifício externo posterior
(abaixo de uma linha traçada no ânus com o paciente em litotomia) têm trajeto
curvilíneo e entrarão sempre no canal anal na linha média posterior. Fístulas com
orifício externo anterior (acima de uma linha traçada no ânus com o paciente em
litotomia) têm trajeto reto/radial, e entrarão na cripta mais próxima. Se o
enunciado diz que o orifício está próximo à bolsa escrotal, é porque está localizado
anteriormente.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A

53 (SUS - SP - 2018) Sobre o rastreamento de câncer de próstata, segundo o


Ministério da Saúde do Brasil, é certo que:

A. Não acarreta risco de excesso de tratamentos.


B. Não apresenta risco de excesso de diagnósticos.
C. As evidências científicas atuais demonstram que tem impacto relevante na
taxa de letalidade da doença.
D. A estratégia do teste de antígeno prostático - PSA é boa, pois este teste não
produz resultados falso positivos.
E. Não há recomendação para sua organização em programas

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. O rastreamento do câncer de próstata pode acarretar
excesso de tratamento e excesso de diagnóstico. O rastreio não tem impacto na
taxa de letalidade da doença e a dosagem do PSA (antígeno prostático) produz
muitos falsos positivos, por isso não há recomendação para a organização de
programas de rastreio de acordo com a literatura, pois os riscos superam os
benefícios.
▶ resposta: E

54 (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP/SP - 2018) Com relação à


dissecção aórtica, assinale a alternativa correta:

A. A úlcera aterosclerótica penetrante e o hematoma intramural são


considerados variantes da dissecção aórtica.
B. São fatores de risco associados ao desenvolvimento da dissecção aórtica:
gravidez, doença de Marfan e Diabetes melito.
C. A cirurgia aberta da dissecção aguda do tipo B, apesar do baixo índice de
morbimortalidade, tem sido substituída pelo tratamento endovascular.
D. A angiografia é o principal método diagnóstico de imagem; determina o
local da laceração intimal e a extensão do hematoma na falsa luz.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) e o hematoma
intramural (HIM), assim como a dissecção de aorta aguda, fazem parte do grupo
das síndromes aórticas agudas. O HIM ocorre por uma hemorragia na camada
média da parede da aorta, sem que haja lesão da camada intima, e evolui para
dissecção em 33% dos casos. A UAP se dá por uma úlcera em região de placa
ateromatosa na aorta que pode atingir a camada elástica interna e levar ao
sangramento na camada média, raramente evoluindo para dissecção.
Alternativa B: INCORRETA. Fatores de risco para dissecção são: homem; idade;
uso de cocaína; valva aórtica bicúspide congênita; coarctação de aorta; síndrome
de Marfan; Síndrome de Turnner; Síndrome de Noonan; Síndrome de Ehlers-
Danlos; Síndrome de Loeys-Dietz; gravidez, entre outros; porém, diabetes melito
não é um dos fatores de risco para a doença.
Alternativa C: INCORRETA. Cirurgia aberta para dissecção de aorta tipo B
apresenta alto índice de morbimortalidade,  chegando a ser >30%.
Alternativa D: INCORRETA. A aortografia, apesar de ser considerada padrão-ouro,
perde espaço para a angiotomografia, a qual não é invasiva e possibilita
diagnóstico e avaliação com alta precisão de fenestras proximais e distais. A
vantagem da aortografia em relação à angiotomografia vem do fato de ser um
exame dinâmico. A aortografia atualmente está praticamente restrita quando
indicado tratamento cirúrgico endovascular.

▶ resposta: A

55 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Homem, 47 anos, submetido à laparotomia exploradora de urgência após lesão
por projétil de arma de fogo (PAF) em região epigástrica há 1 ano. Realizadas
várias colorrafias e enterorrafias. Evoluiu com peritonite e foi tratado com
múltiplas reoperações e lavagens cavitárias. Nos últimos 6 meses, apresentou
grande hérnia incisional mediana, medindo 16 cm no maior diâmetro. Qual a
técnica cirúrgica adequada para a correção dessa hérnia?

A. Mayo.
B. Stoppa.
C. MacVay.
D. Separação de componentes.
E. Técnica laparoscópica TEP.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A técnica de Mayo é utilizada em hérnias umbilicais.
Alternativa B: INCORRETA. As técnicas Stoppa, Macvay e laparoscópica TEP são
utilizadas em hérnias inguinais.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Apenas a “separação de componentes” é utilizada em
grandes defeitos incisionais. Uma das principais causas de recidiva após o
tratamento cirúrgico de uma hérnia é o excesso de tensão no fechamento. Com
objetivo de diminuir esta tensão, algumas medidas têm sido utilizadas no pré-
operatório, como perda de peso, pneumoperitônio progressivo e aplicação de
toxina botulínica. Com o mesmo objetivo, utiliza-se a técnica cirúrgica de
separações de componentes. A musculatura lateral do abdome é composta de 3
músculos que, quando contraem, exercem força contra o fechamento da hérnia.
Na cirurgia é realizada a separação e a secção de um desses músculos, diminuindo
a resistência contra o fechamento da hérnia.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D

56 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Mulher, 72 anos, submetida à ressecção anterior de reto aberta por neoplasia retal
localizada a 6 cm da margem anal, utilizando os cuidados descritos abaixo. No 5º
DPO, apresentou hiperemia e saída de secreção purulenta pela ferida operatória.
Baseando-se nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
prevenção da infecção do sítio cirúrgico, qual conduta NÃO diminui as chances de
infecção de ferida?

A. Oxigenioterapia peroperatória.
B. Antibioticoprofilaxia por 48 horas.
C. Banho pré-operatório com sabão antimmicrobiano.
D. Preparo do sítio cirúrgico com clorexidina alcoólica.
E. Não remover pelos, apenas se necessário.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Sabemos que a antibioticoprofilaxia deve ser feita
apenas por 24 HORAS, e não 48. Entretanto, também não há evidências de que o
banho pré-operatório com antisséptico diminua as infecções de ferida operatória.
Portanto, a questão merecia ter sido anulada.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: B

57 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Em relação a paciente anterior (Questão 56), julgando que o tumor comprometia o
mesorreto, qual o melhor esquema terapêutico oncológico para esse paciente?

A. Cirurgia + quimioterapia pós-operatória, se houver linfonodo positivo.


B. Cirurgia + radioterapia pós-operatória, se houver linfonodo positivo.
C. Quimioterapia pré-operatória + cirurgia com excisão do mesorreto.
D. Somente cirurgia com excisão do mesorreto.
E. Químio e radioterapia pré-operatórias + cirurgia com excisão do mesorreto.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Também deve haver quimioterapia e radioterapia
neoadjuvantes.
Alternativa B: INCORRETA. Se o linfonodo for positivo, será feita quimioterapia e
não radioterapia.
Alternativa C: INCORRETA. Ver alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa E.
Alternativa E: CORRETA. Paciente com tumor de reto tocável ou localizado em até
10 cm da margem anal deve ser submetido a quimioterapia + radioterapia
neoadjuvantes, seguidos de cirurgia. Além disso, se o linfonodo for positivo, deve
ser feita a quimioterapia adjuvante.

▶ resposta: E

58 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Homem, 17 anos, admitido na emergência com dor abdominal e vômitos. O clínico
suspeita de apendicite retrocecal. Qual sinal abaixo é mais específico para esse
diagnóstico?

A. Rovsing.
B. Psoas.
C. Obturador.
D. Chandelier.
E. Dunphy.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sinal de Rovsing: dor na FID após compressão da FIE.
Alternativa B: CORRETA. Sinal do Psoas: dor à extensão da coxa direita com
paciente em decúbito esquerdo. Boa para apendicite retrocecal.
Alternativa C: INCORRETA. Sinal do obturador: dor com a rotação interna da coxa
direita flexionada. Bom para apendicite pélvica. 
Alternativa D: INCORRETA. Sinal de Chandelier: mobilização do colo uterino,
provocando dor pélvica; é altamente sugestiva de doença inflamatória pélvica e
não de apendicite.
Alternativa E: INCORRETA. Sinal de Dunphy: dor na FID que piora com tosse.
▶ resposta: B

59 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Homem, 57 anos, cirrótico (CHILD B), admitido hipotenso na emergência com
hemorragia digestiva alta. Assinale a alternativa que contém as medidas
terapêuticas iniciais adequadas.
A. Cefriaxona, octreotide, omeprazol.
B. Adrenalina, bloqueador de canais de Ca++, vasopressina.
C. Terlipressina, betabloqueador venoso, sucralfato.
D. Nitrato, vancomicina e vasopressina.
E. Treonina, hidróxido de Al+++, crioprecipitado.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A primeira conduta em qualquer quadro de HDA é a
estabilização hemodinâmica. Além disso, em um paciente cirrótico com
possibilidade de sangramento por varizes esofágicas, faremos um análogo da
somatostatina para parada temporária do sangramento (octreotide, terlipressina).
A infecção bacteriana complica pacientes com sangramento varicoso em até 66%
dos casos, em especial na forma de peritonite bacteriana espontânea (PBE); deve-
se fazer sua profilaxia para todo paciente. A norfloxacina por 7 dias é a escolha; se
houver possibilidade da via enteral, utilizar ciprofloxacina ou ceftrianoxa venoso.
Como ainda não sabemos a causa exata do sangramento, devemos iniciar
inibidores de bomba (omeprazol ou pantoprazol), pois pode ser também por
úlcera péptica.
Alternativa B: INCORRETA. Para controle da pressão portal e redução do
sangramento inicial são utilizados betabloqueadores e não bloqueadores do canal
de cálcio.
Alternativa C: INCORRETA. O hidróxido de alumínio (componente do sucralfato) e
o magnésio nunca tiveram sua eficácia comprovada em diminuir sangramento
gástrico. Por isso, devemos usar os inibidores de bomba de prótons.
Alternativa D: INCORRETA. A vancomicina não está inclusa nos antibióticos
profiláticos para PBE.
Alternativa E: INCORRETA. A treonina é um aminoácido de origem animal que
não tem relação com o tratamento das hemorragias digestivas. Ela faz parte das
proteínas essenciais para casos de cirrose, exceto durante a encefalopatia
hepática.

▶ resposta: A

60 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


Mulher, 21 anos, atropelada há 1 hora, admitida em choque (PA: 80 x 40 mmHg) e
desorientada. FAST positivo para sangue em janela esplênica. Foi prescrito ácido
tranexâmico e a paciente foi levada para cirurgia. O uso desse ácido promove:

A. Imunocompetência por estímulo de células B.


B. Neuroproteção por ativação glial.
C. Menos infecção por ação bactericida.
D. Inibição da resposta metabólica ao trauma.
E. Antifibrinólise, diminuindo sangramento.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. O ácido tranexâmico é um medicamento usado para
neutralizar o sistema fibrinolítico por meio de bloqueio da formação de plasmina,
mediante a inibição da atividade proteolítica dos ativadores de plasminogênios,
que inibem a dissolução dos coágulos. Ou seja, é classificado como
antifibrinolítico, diminuindo sangramento.
▶ resposta: E

61 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018)


O paciente acima (questão 60) precisa de um acesso venoso central. Quais
precauções de barreira são indicadas pela Sociedade Americana de Doenças
Infecciosas (IDSA) para a realização desse procedimento?

A. Capote e luva estéril, gorro, máscara, campos cirúrgicos.


B. Bata, luva estéril, gorro e máscara.
C. Capote, luva estéril, gorro e máscara.
D. Luva estéril, gorro, máscara e campos cirúrgicos.
E. Bata, luva estéril, gorro, máscara e compressas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para a realização de uma punção venosa central é
necessário uso de técnica asséptica, com material esterilizado e paramentação
adequada: capote, luva estéril, gorro, máscara e campos cirúrgicos.
Alternativa B: INCORRETA. A bata não é estéril; usa-se o capote.
Alternativa C: INCORRETA. Faltou o campo cirúrgico.
Alternativa D: INCORRETA. Faltou o capote.
Alternativa E: INCORRETA. Deve-se usar campo cirúrgico estéril e não
compressas.
▶ resposta: A

62 (SUS - SP - 2018) Um senhor de 45 anos de idade foi ao pronto-socorro com dor


abdominal em hipocôndrio esquerdo, febre e mal-estar há 3 semanas. Havia sido
internado há 2 meses por diverticulite aguda em sigmoide, tratada com sucesso
com antibióticos. Foi reinternado há 2 semanas por coleção esplênica de 6 × 6 cm,
com alguns septos. Foi realizada drenagem percutânea da coleção. Uma semana
após a drenagem, por ainda ter febre, foi feita a revisão do dreno pela radiologia
intervencionista. Agora, duas semanas após a drenagem e tendo feito uso correto
de antibioticoterapia, o paciente está em bom estado geral, mas continua com
febre. Também se queixa ainda de dor em hipocôndrio esquerdo. O volume do
débito do dreno é desprezível. Pulso: 95 bpm, PA: 110 × 80 mmHg, temperatura:
38,5 °C. O abdome é doloroso à palpação em hipocôndrio esquerdo; não tem
massas palpáveis nem sinais de irritação peritoneal. Os últimos exames séricos
mostram aumento da Proteína C reativa (PCR) e da leucocitose. Melhor conduta:

A. Lavagem diária do dreno.


B. Manter antibioticoterapia endovenosa e observação.
C. Nova drenagem guiada por radiologia intervencionista.
D. Drenagem guiada por laparoscopia.
E. Esplenectomia (laparoscopia ou laparotomia).

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O problema não está no dreno, pois ele não está
sendo obstruído; o problema é a multiloculação.
Alternativa B: INCORRETA. Deve-se manter o antibiótico, mas também retirar o
foco.
Alternativa C: INCORRETA. Não devemos apenas drenar por radiologia (C) ou
laparoscopia (D), mas sim retirar o foco.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: CORRETA. Se se tratar de um abscesso esplênico multilobulado
com drenagem prévia sem sucesso, a melhor conduta é realizar a esplenectomia
laparoscópica ou por laparotomia.

▶ resposta: E

63 (SUS - SP - 2018) Um paciente de 42 anos, com antecedentes de cirurgia de


duodenal switch há 8 anos, é levado ao pronto-socorro devido a quadro de cólica
abdominal de fraca intensidade, mal-estar, confusão mental, desequilíbrio e
fraqueza. Os familiares dizem que ele não faz seguimento há mais de 3 anos e que
frequentemente tem vômitos, por comer muito rápido. Está em regular estado
geral e descorado. Pulso: 80 bpm, PA: 120 × 80 mmHg, frequência respiratória: 14
irpm. O abdome é flácido e indolor. Tratamento para o provável diagnóstico que
explica os sintomas apresentados:

A. Hidratação intravenosa.
B. Laparoscopia.
C. Tiamina intramuscular.
D. Ferro intravenoso.
E. Antibiótico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há relato de desidratação.
Alternativa B: INCORRETA. Não há sinais de complicações do procedimento.
Alternativa C: CORRETA. Devemos nos atentar ao fato de que o paciente realizou
uma cirurgia bariátrica por técnica disabsortiva e agora vem apresentando
vômitos de repetição, o que leva à deficiência de vitamina B1 (tiamina),
manifestando-se por fadiga, confusão mental e desequilíbrio. Deve ser tratada
com reposição.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas clínicos não são de anemia, apesar de
descorado.
Alternativa E: INCORRETA. Não há sinal de infecção.
▶ resposta: C

64 (HOSPITAL EVANGÉLICO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES - 2018) RN com


20 dias de vida; nascido de parto normal, a termo, sem intercorrências (sorologias
negativas e ausência de infecção) pré e pós-natal, tempo de bolsa rota de 4 h, em
aleitamento materno exclusivo; apresenta há três dias vômitos após a
amamentação, de evolução progressiva. Ao exame, após o episodio, observam-se
vômitos com aspecto de leite fresco, sem sangue ou bile, em grande volume. RN
tranquilo, sem fáscie de dor ou irritabilidade, ativo, pouco emagrecido, FA pouco
deprimida, acianótico, anictérico; logo procura o seio materno e suga com muita
força (demonstrando fome); musculatura abdominal relaxada, abdome flácido,
indolor, nódulo palpável acima da cicatriz umbilical, no epigástrio médio, abaixo da
borda hepática, com +- 2,0 cm de comprimento, móvel. Sobre o caso:

A. Caso clássico de refluxo gastroesofágico com hérnia hiatal, devendo ser


confirmado por estudos radiográficos.
B. Típico de insuficiência adrenal, devendo ser confirmada por acidose
metabólica, potássio sérico diminuído e concentrações de sódio na urina
diminuídas.
C. Sugestivo de Erro Inato do Metabolismo, provável evolução com agitação e
convulsões, devendo ser confirmado por exames laboratoriais que
caracteristicamente apresentam alcalose metabólica.
D. Caso típico de estenose hipertrófica do piloro, podendo ser confirmado pela
ultrassonografia de abdome.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O refluxo tem vômito bilioso.
Alternativa B: INCORRETA. As manifestações clínicas na forma aguda da
insuficiência adrenal caracterizam-se por hipoglicemia, respiração fraca e curta,
febre, taquicardia, náusea, vômitos, cefaleia, dor abdominal inespecífica, diarreia,
desidratação, hipovolemia, obnubilação (ofuscação da vista) e sonolência. Não há
nódulo palpável em epigástrio.
Alternativa C: INCORRETA. Erro Inato do Metabolismo pode cursar com vômitos,
mas biliosos, e outros sintomas inespecíficos.
Alternativa D: CORRETA. Estenose hipertrófica do piloro é uma condição comum
em infantes com 2 a 12 semanas de idade e cuja causa permanece desconhecida.
O diagnóstico clínico baseia-se na história de vômitos não biliosos em jato, sinais
de hiperperistalse gástrica e tumor pilórico palpável ao exame físico.
▶ resposta: D

65 (HOSPITAL NACIONAL DO CANCER - RJ - 2018) Um lactente, de 5 meses de


idade, é encaminhado ao Departamento de Urgência e Emergência devido a um
quadro de letargia progressiva e febre baixa intermitente. A mãe relata que há
aproximadamente 15 dias o paciente iniciou sinais e sintomas de infecção das vias
aéreas superiores com melhora após 7 dias, porém manteve febre baixa a cada 2
ou 3 dias; evoluiu com prostração progressiva e, nas últimas 24 horas, apresentou
respiração rápida e desconfortável, não aceitando a fórmula infantil há várias
horas. Nega patologias pregressas, alergias ou uso de medicamentos. Ao exame
físico: letárgico, pupilas isocóricas e isofotorreagentes, membranas mucosas hipo-
hidratadas, palidez cutâneo-mucosa, extremidades frias e acinzentadas. FC: 192
bpm, FR: 60 irpm, saturação de oxigênio: 92% em ar ambiente, PA: 75-55 mm/Hg.
Ritmo de galope, sem sopros, pulsos periféricos fracos, crepitações em bases
pulmonares, fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito e ruídos hidroaéreos
diminuídos. Com base no caso exposto, o paciente apresenta características
clínicas de:

A. Choque obstrutivo compensado.


B. Choque cardiogênico compensado.
C. Choque obstrutivo hipotensivo.
D. Choque cardiogênico hipotensivo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O choque obstrutivo caracteriza-se por débito
cardíaco inadequado na vigência de volume intravascular e função miocárdica
normais por obstrução mecânica à entrada e/ou saída de sangue do coração (ex.:
tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e embolia pulmonar maciça).
Alternativa B: CORRETA. As manifestações clínicas da doença são bastante
variáveis, podendo abranger formas subclínicas, como dilatação e disfunção
ventricular assintomática, ou mesmo manifestações clínicas agudas de
insuficiência cardíaca descompensada, fulminante, com quadro de choque
cardiogênico, dor precordial, palpitações, síncope e morte súbita. A despeito do
fato de que a maioria das formas de miocardite tem sua gênese em um quadro
viral, a presença de infecção respiratória, gastrointestinal ou sistêmica de infecção
viral é observada em somente cerca de 30% dos pacientes nas formas agudas de
manifestação.
Alternativa C: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa D: INCORRETA. O choque cardiogênico é compensado, não há
hipotensão arterial.

▶ resposta: B

66 (UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - SP - 2018) Menino de 10 anos de idade


é levado ao serviço de urgência com quadro de dor progressiva, há 6 horas, no
pênis. Ao exame, há aumento de volume da glande e cianose distal. Quais são o
diagnóstico e a conduta corretos?

A. Parafimose e devem ser prescritos cefalexina, anti-inflamatórios, gelo e


observação.
B. Parafimose e deve ser encaminhado imediatamente para abordagem
cirúrgica.
C. Balanopostite e deve ser prescrita pomada antibiótica por 10 dias e
posterior redução da fimose.
D. Balanopostite e deve ser tratado com metronidazol e cefalexina por 10 dias.
E. Infecção urinária e deve ser prescrito sulfametoxazol-trimetropin por 5 dias.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Parafimose ocorre quando o prepúcio é retraído atrás da
corona (ou coroa) do pênis e não pode ser devolvido para a posição anterior ou
normal. Isso pode causar o aprisionamento do pênis, prejudicando a drenagem do
sangue – e as consequências podem ser graves. O tratamento para parafimose
pode envolver lubrificação do prepúcio e da ponta do pênis e, em seguida,
redução. Se isso for ineficaz, uma pequena incisão para aliviar a tensão pode ser
realizada. Uma circuncisão de emergência (remoção cirúrgica de todo ou parte do
prepúcio) pode ser recomendada.
Alternativa C: INCORRETA. A balanopostite é uma reação inflamatória aguda da
glande e do prepúcio de origem bacteriana na maioria dos casos. Deve ser tratada
com pomada de antibiótico local e anti-inflamatório sistêmico.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. A ITU não causa essas alterações no pênis.

▶ resposta: B

67 (UNESP - SP - 2018) Menino de 15 anos apresenta hipertensão arterial (aferida


no membro superior direito), diminuição da amplitude dos pulsos femorais e
dificuldade de palpar os pulsos tibiais anteriores e posteriores. Mantém saturação
arterial acima de 95% nos membros superiores e inferiores, sem diferença
significativa entre eles. Raio x de tórax: presença do sinal de Röesler (desgaste das
bordas inferiores das costelas). O adolescente é portador de:

A. Interrupção da aorta.
B. Coarctação da aorta.
C. Estenose aórtica valvar.
D. Estenose aórtica supravalvar.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na interrupção da aorta não há pulso femoral.
Alternativa B: CORRETA. Temos um quadro clássico de coarctação de aorta não
crítica, uma história de hipertensão arterial com diminuição dos pulsos em
membros inferiores (irrigação distal à obstrução). A coarctação é caracterizada por
uma constrição na aorta que pode ser em qualquer parte do seu trajeto; quando
mais grave, as manifestações clínicas aparecem nos primeiros dias de vida. O
desenvolvimento gradual da obstrução leva ao surgimento de circulação colateral,
que pode causar erosão nos arcos costais devida a essa pressão exercida, como
traz o caso.
Alternativa C: INCORRETA. A estenose de valva aórtica geralmente cursa com
angina, dispneia e desmaio. Não há alteração dos pulsos.
Alternativa D: INCORRETA. As principais características clínicas da EAS são
síncope, dispneia e palpitações, e a incidência desses sintomas é tão precoce
quanto for a progressão da doença. Em geral, essa doença é mais comumente
diagnosticada na criança, devido à presença de sopro relacionado à obstrução.

▶ resposta: B

68 (UNESP - SP - 2018) RN do sexo masculino, 3 dias de vida, apresenta distensão


abdominal e vômitos há um dia. Até o momento, foram 4 episódios de vômitos, os
2 primeiros de conteúdo alimentar e os últimos com conteúdo esverdeado. AP:
nascido a termo, de parto vaginal, sem intercorrência, com peso e estatura
adequados para a idade gestacional. Hoje evacuou pela primeira vez, em pequena
quantidade, após a realização de estímulo com supositório de glicerina. Exame
físico: BEG, desidratado 1+/4, corado, FC e FR normais para a idade. Abdome:
distensão generalizada, RHA presentes, sem sinais de reação peritoneal. Toque
retal: saída de grande quantidade de mecônio. A conduta inicial é:

A. Colostomia em duas bocas, para tratamento da obstrução intestinal.


B. Lavagem intestinal com solução fisiológica aquecida, para alívio dos
sintomas.
C. Tomografia computadorizada do abdome, para elucidação diagnóstica.
D. Duodeno-duodenoanastomose em “forma de diamante”, para tratamento
definitivo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há indicação cirúrgica inicial. Se não houver
melhora com o enema ou soro fisiológico, daí é feita uma laparotomia com
ileostomia. Alternativa D também incorreta.
Alternativa B: CORRETA. RN de 3 dias de vida, com distensão abdominal, vômitos
e sem eliminar mecônio, nos faz pensar em íleo meconial ou megacólon
agangliônico, mas este último geralmente tem um diagnóstico mais tardio e os
vômitos não são comuns. A conduta inicial para íleo meconial é lavagem intestinal
com solução fisiológica aquecida, para alívio sintomático.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico é clínico e pode ser complementado
com radiografia de abdome simples. Não é necessário TC.
Alternativa D: INCORRETA.

▶ resposta: B
69 (SUS - SP - 2018) Vítima de atropelamento por automóvel, um paciente de 24
anos é atendido no pronto-socorro com os seguintes achados na avaliação
primária: A: via aérea pérvia; B: frequência respiratória: 20 irpm, murmúrio
vesicular presente bilateralmente, saturação de oxigênio: 96%; C: Pulso: 120 bpm,
PA: 60 × 40 mmHg, enchimento capilar: 5 segundos, FAST (Focused Assessment with
Sonography for Trauma): negativo; pelve instável; toque retal: sem alterações;
sondagem vesical: sem hematúria; D: Glasgow: 14, pupilas isofotorreagentes, sem
déficits motores ou sensitivos; E: ferimento lacerante extenso de todo o períneo,
com perda de pele, comprometendo a região perianal e o escroto, com
sangramento difuso, “em babação”. Foi feito o tamponamento extraperitoneal de
pelve com compressas e o paciente recebeu vacinação antitetânica e
antibioticoterapia. Conduta frente à lesão perineal, além da hemostasia e do
desbridamento dos tecidos desvitalizados:

A. Curativo a vácuo, cistostomia e colostomia em alça.


B. Colostomia em alça, lavagem da ferida e curativo compressivo.
C. Fechamento primário da ferida, com a reconstrução plástica que se fizer
necessária.
D. Colostomia terminal, lavagem exaustiva e fechamento primário da ferida.
E. Colostomia em alça, cistostomia e fechamento primário da ferida.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O curativo deve ser hemostático, compressivo.
Alternativa B: CORRETA. O paciente apresenta um ferimento em uma área de alta
contaminação e difícil higiene. A colostomia em alça é ideal pois podemos desviar
o trânsito intestinal da região e reverter a colostomia em segundo momento.
Deve-se deixar um curativo compressivo para hemostasia.
Alternativa C: INCORRETA. Ferimento extenso não teria como ser fechado
primário, a reconstrução deve ficar para um segundo momento quando houver
estabilidade hemodinâmica.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B

70 (UNESP - SP - 2018) Na síndrome da revascularização, após desobstrução


arterial aguda no membro inferior, o paciente:

A. Apresenta alcalose metabólica e hipopotassemia refratária.


B. Pode evoluir com edema muscular do membro acometido e necessidade de
fasciotomia precoce.
C. Deve ser mantido antiagregado com rivaroxabana no pós-operatório
imediato para evitar retrombose.
D. Apresenta lise espontânea do coágulo quando sua origem é embólica, com
evolução mais favorável do que em casos de origem trombótica.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pode cursar com acidose metabólica e hipercalemia.
Alternativa B: CORRETA. O retorno do fluxo vascular após a desobstrução de um
membro pode causar congestão vascular e edema dentro do compartimento
fascial, levando a aumento da pressão e síndrome compartimental. Caso o
paciente curse com paresestesias, dor desproporcional e que piora com a
extensão do membro, devemos proceder a fasciotomia descompressiva, ainda que
na presença de pulso.
Alternativa C: INCORRETA. A antiagregação imediata deve ser com heparina por
causa do risco de reoperação.
Alternativa D: INCORRETA. A evolução dos casos embólicos geralmente é mais
desfavorável que a dos por trombose.
▶ resposta: B

71 (UNESP - SP - 2018) Durante a cirurgia de transplante renal, a reconstrução


urinária consiste habitualmente em:

A. Ureteropielostomia.
B. Ureteroureterostomia.
C. Ureteroneocistostomia.
D. Vesicopielostomia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Em um transplante renal, o rim do doador leva consigo o
ureter. O órgão é revascularizado a partir das anastomoses da artéria e da veia
renal com os vasos ilíacos, e então é feita uma ureteroneocistostomia, que é o
implante do rim em cima da bexiga.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C

72 (UNESP - SP - 2018) Homem de 35 anos está em sua primeira crise de cólica


renal. TC abdome/pelve: cálculo ureteral proximal de 5 mm, sem sinais obstrutivos.
A conduta inicial mais apropriada é:

A. Ureterolitotripsia com laser.


B. Colocação de stent ureteral (duplo-J).
C. Litotripsia extracorpórea.
D. Conduta expectante.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para cálculos maiores que 7 mm, pode-se realizar a
ureterolitotripsia com laser e a litotripsia extracorpórea (alternativa C), seguidas do
implante de duplo J (alternativa B).
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. Diante de um paciente com cálculo ureteral menor que 7
mm, a chance de eliminação espontânea é muito grande, logo, a conduta é
expectante. Podem ser prescritos alfabloqueadores para relaxar a musculatura do
ureter e facilitar a expulsão do cálculo, mas sem nenhuma outra intervenção.

▶ resposta: D

73 (UNESP - SP - 2018) Ao solicitar um fio de sutura para tratar um ferimento em


face lateral da perna, o auxiliar de sala apresenta-lhe duas opções disponíveis:
náilon, monofilamentar, preto, 4-0, com agulha de secção triangular, semirreta (1/4
de círculo) de 2,5 cm e polipropileno, monofilamentar, 4-0, com agulha de secção
cilíndrica, meio círculo de 3 cm. Considerando o tipo de sutura que você deve fazer,
a melhor escolha é o fio de:

A. Náilon, pela alta reatividade tecidual.


B. Polipropileno, pelo boa manuseabilidade.
C. Náilon, pois a agulha é mais adequada para a sutura da pele.
D. Polipropileno, pois a agulha é mais adequada para a sutura da pele.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Tanto o fio de nailon quanto o de polipropileno são
monofilamentares, inabsorvíveis e sintéticos, no entanto, quando a sutura é feita
em pele, a agulha faz diferença; nossa pele é um tecido de elevada resistência e
agulhas com secção triangular (cortante) são mais indicadas. As agulhas cilíndricas
penetram a pele com dificuldade.
Alternativa D: INCORRETA.

▶ resposta: C

74 (UNESP - SP - 2018) Mulher de 58 anos, vítima de acidente automobilístico, em


colisão carro x carro. EF: consciente, orientada e imobilizada em prancha rígida e
colar cervical. FC = 110 bpm, PA = 90 x 60 mmHg, MV + sem ruídos adventícios,
abdome globoso, doloroso à palpação de flanco e hipocôndrio esquerdos, com
presença de hematoma e discreta irritação peritoneal em hipocôndrio esquerdo.
Hb: 9,8 g/dL. Após infusão endovenosa de 3 litros de cristaloide, paciente
apresenta FC = 95 bpm e PA = 110 x 60 mmHg. Realizou TC de abdome: laceração
esplênica de 3 cm de profundidade, com presença de líquido periesplênico. A
conduta é:

A. Laparotomia exploradora.
B. Videolaparoscopia diagnóstica.
C. Observação da paciente em esquema de UTI.
D. Lavado peritoneal diagnóstico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Já havia o diagnóstico de lesão hepática por TC.
Alternativa C: CORRETA. Questão controversa, pois temos uma paciente com
lesão esplênica de baixo grau, estável hemodinamicamente, que poderia receber
uma conduta expectante e suporte de UTI. No entanto o enunciado traz “discreta
irritação peritoneal”, que seria uma indicação para laparotomia exploradora. A
banca considerou correta a observação em UTI, e a dor referida provavelmente era
devida à presença de líquido periesplênico mostrado na TC de abdome.
Alternativa D: INCORRETA. Já havia o diagnóstico de lesão hepática por TC, logo,
o líquido periesplênico é sangue, não necessitando do lavado.
▶ resposta: C

75 (UNESP - SP - 2018) Mulher de 40 anos apresenta dor epigástrica e em


hipocôndrio direito, náuseas e vômitos há 3 dias e icterícia, colúria e acolia há 1
dia. Exame físico: BEG, ictérica (+/4+). Abdome globoso, flácido, sem reação à
palpação, com discreta dor à palpação de epigástrio. Exames laboratoriais: Hb =
12,8 g/dL; Ht = 38%; GB = 4,5 10³/mm³; plaquetas = 222,5.10³/mm³; TGO = 68 U/L;
TGP = 73 U/L; GGT = 546 U/L, FA = 334 U/L, BT = 4,3 mg/dL (BD = 3,2 mg/dL),
amilase = 49 U/L. O primeiro exame de imagem a ser realizado é:

A. Ultrassonografia de abdome.
B. Tomografia de abdome.
C. Ressonância de abdome.
D. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão simples; paciente com um quadro de colestase
clássica, com sintomatologia de icterícia obstrutiva, dados laboratoriais com
aumento de bilirrubina direta e de enzimas canaliculares, com transaminases
pouco alteradas. A ultrassonografia de abdome é o primeiro exame que deve ser
solicitado em casos de colestase, pois pode confirmar a obstrução biliar e
identificar o ponto onde está ocluído.
Alternativa B: INCORRETA. A TC e a RM podem ser utilizadas para investigação
nos casos colestáticos com USG inconclusivo.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. A CPRE tem papel diagnóstico e terapêutico nas
coledocolitíase. Mas não é o primeiro exame a ser realizado.

▶ resposta: A

76 (SUS - SP - 2018) Um homem de 75 anos, com fibrilação atrial e sem claudicação


intermitente prévia, apresentou dor de início súbito em membro inferior direito há
3 horas. A frequência cardíaca é 120 bpm e a PA: 180 × 90 mmHg. A extremidade
inferior direita está fria e pálida, com déficits motor e sensitivo. O pulso femoral
neste membro está ausente, sendo que no membro inferior esquerdo todos os
pulsos estão presentes. Conduta inicial mais apropriada, após a administração de
heparina sistêmica:

A. Trombólise sistêmica por acesso venoso periférico.


B. Angiografia no setor de hemodinâmica.
C. Tromboembolectomia cirúrgica imediata.
D. Trombólise intra-arterial local por cateter.
E. Duplex scan para localizar a lesão obstrutiva.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Há risco de perda iminente do membro, uma vez que
está pálido, frio, com déficit sensitivo e motor (Rutherford IIb). O tratamento é
cirúrgico imediato; não há tempo para trombólise sistêmica ou local (Alternativa
D).
Alternativa B: INCORRETA. O diagnóstico é clínico, não necessitando de
angiografia ou Doppler (Alternativa E).
Alternativa C: CORRETA. A conduta mais apropriada para os casos de embolia
arterial é a tromboembolectomia cirúrgica imediata. Neste caso, o paciente
apresenta sinais de comprometimento isquêmico do membro e tal procedimento
possibilita uma abordagem rápida e eficaz para o salvamento deste.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: C

77 (UNESP - SP - 2018) Homem de 35 anos, vítima de acidente automobilístico,


encontra-se em coma, hiperventilando, com respiração profunda e rápida e
dilatação pupilar bilateral. Seu nível de lesão é:

A. Diencefálico.
B. Mesencefálico.
C. Pontino.
D. Bulbar.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diencéfalo é composto por epitálamo, tálamo,
subtálamo, metatálamo, hipotálamo, glândula hipófise. Os sintomas associados ao
TCE dessa região dependerão de qual segmento foi atingido. Este é o centro
primário para o processamento de informações sensoriais e o controle
autonômico.
Alternativa B: CORRETA. Após um TCE, o coma associado com hiperventilação e
dilatação pupilar aponta para lesão no núcleo de Edinger-Westphal, que fica no
mesencéfalo, na região anterolateral ao aqueduto cerebral, e é responsável pela
convergência ocular, pela acomodação do cristalino e pela contração pupilar.
Alternativa C: INCORRETA. A lesão da ponte causa hiperventilação e o paciente
respira com uma frequência respiratória rápida. Porém, não temos os outros
comemorativos do caso clínico, como dilatação pupilar.
Alternativa D: INCORRETA. O bulbo controla as funções cardíaca e respiratória.
Sua lesão traz consequências graves.

▶ resposta: B

78 (uniFESP - SP - 2018) Paciente, 74 anos de idade, refere lesão distrófica na


perna direita há 1 mês. Na arteriografia, observa-se lesão no território aorto-ilíaco
à direita, TASC A. Para esta classificação do TASC (Transatlantic Inter-Societal
Consensus), a melhor conduta é:

A. Cirurgia aberta com prótese de dacron.


B. Tratamento endovascular.
C. Tratamento endovascular combinado com a cirurgia aberta.
D. Tratamento clínico.
E. Cirurgia aberta com veia safena.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A cirurgia aberta geralmente está reservada para
TASC C e D, normalmente com prótese de dacron ou PTFE.
Alternativa B: CORRETA. Questão sobre a classificação de TASC. Na classificação
de TASC II para doença aorto-ilíaca tipo A temos a presença de estenose unilateral
ou bilateral da artéria ilíaca comum ou estenose curta (< 3 cm) unilateral ou
bilateral da artéria ilíaca externa, que é o que a questão nos traz, sendo que, no
caso dessas lesões, o reparo endovascular é a terapia de escolha.
Alternativa C: INCORRETA. Tenta-se inicialmente apenas o tratamento
endovascular.
Alternativa D: INCORRETA. Pela existência de lesão trófica, está indicada
revascularização do membro.
Alternativa E: INCORRETA. A cirurgia aberta geralmente está reservada para TASC
C e D; a safena é usada no território aorto-ilíaco em caso de exceção, quando há
infecção associada, por exemplo.
▶ resposta: B
79 (UNIFESP - SP - 2018) Homem, 70 anos de idade, vítima de atropelamento por
moto em via de média velocidade, há 30 minutos. A: via aérea pérvia, em uso de
prancha rígida e colar cervical. B: murmúrio vesicular presente bilateral, SpO2
88%, FR 22 ir/min, forte dor e escoriações em gradil costal à esquerda. C: sem
sangramento externo ativo, PA 160 x 90 mmHg, FC = 95 bc/min, TEC = 2 s, abdome
doloroso em flanco esquerdo, pelve estável. D: Glasgow 12, pupilas sem
alterações, sem déficit neurológico focal, E: dorso e extremidades com pequenas
escoriações. Colocada máscara de oxigênio, ocorreu melhora da saturação para
SpO2 90%. Foi realizada ultrassonografia à beira do leito (eFAST), que evidenciou: 1
cm de líquido livre em espaço hepatorrenal, “sinal da praia” presente e linhas B
ausentes em hemitoráx esquerdo. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial em uso
de varfarina. Qual a conduta mais adequada para este paciente?

A. Drenagem de tórax e laparotomia exploradora.


B. Drenagem de tórax, radiografia de tórax e tomografia de crânio e abdome.
C. Lavado peritoneal diagnóstico e tomografia de crânio e tórax.
D. Radiografia cervical, tórax e pelve e tomografia de crânio.
E. Tomografia de corpo inteiro.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há indicação de drenar o tórax, uma vez que não
há evidência de pneumotórax ao exame físico ou de imagem (FAST).
Alternativa B: INCORRETA. Pelo mecanismo do trauma em paciente idoso, já há
indicação de tomografia de corpo inteiro.
Alternativa C: INCORRETA. Em um local com tomografia não há indicação de
fazer lavado peritoneal. Este não mostra a localização ou a extensão das lesões,
nem mostra lesões do retroperitônio.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa B.
Alternativa E: CORRETA. A questão nos traz um paciente vítima de politrauma
com lesões em todo o corpo. Vamos avaliar o quadro clínico e estabelecer as
condutas: 1) TCE moderado (Glasgow = 12); conduta:  TC de crânio; 2) Trauma
torácico com fratura de costelas e contusão pulmonar (dor em gradil costal e SpO2
= 88%); conduta: TC de tórax; 3) Trauma de abdome contuso (FAST com líquido
livre no espaço hepatorrenal); conduta: TC de abdome e pelve. Assim, pelos
motivos citados e pelo mecanismo do trauma, devemos realizar TC de corpo
inteiro.
▶ resposta: E

80 (UNIFESP - SP - 2018) Homem, 70 anos de idade, vítima de atropelamento por


moto em via de média velocidade, há 30 minutos. A: via aérea pérvia, em uso de
prancha rígida e colar cervical. B: murmúrio vesicular presente bilateral, SpO2
88%, FR = 22 ir/min, forte dor e escoriações em gradil costal à esquerda. C: sem
sangramento externo ativo, PA 160 x 90 mmHg, FC = 95 bc/min, TEC = 2 s, abdome
doloroso em flanco esquerdo, pelve estável. D: Glasgow 12, pupilas sem
alterações, sem déficit neurológico focal, E: dorso e extremidades com pequenas
escoriações. Colocada máscara de oxigênio, com melhora da saturação para SpO2
90%. Realizada ultrassonografia à beira do leito (eFAST), que evidenciou: 1 cm de
líquido livre em espaço hepatorrenal, “sinal da praia” presente e linhas B ausentes
em hemitoráx esquerdo. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial em uso de
varfarina. Qual das opções abaixo é a primeira escolha para reversão do efeito
anticoagulante cumarínico da varfarina?

A. Complexo protrombínico.
B. Plasma fresco congelado e vitamina K.
C. Concentrado de plaquetas.
D. Crioprecipitado.
E. Protamina.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atualmente recomenda-se a reversão do efeito
anticoagulante da varfarina a partir do complexo protrombínico. Estudos clínicos
comparando este e o plasma fresco congelado demonstram a correção do INR
mais rapidamente pelo primeiro (média de 30 min). O plasma fresco congelado
demora em média 2 horas, devido à necessidade de ser aquecido, tipado e
transportado do banco de sangue. A vitamina K deveria estar associada ao
complexo protrombínico.
Alternativa B: INCORRETA. Nos locais em que não há disponibilidade do
complexo protrombínico, visto que possui um preço elevado, podemos usar o
plasma fresco congelado na dose de 15-30 mL/kg.
Alternativa C: INCORRETA. Não há alteração plaquetária com o uso da varfarina.
Alternativa D: INCORRETA. O crioprecipitado contém os fatores de coagulação
XIII, VIII, Fator de von Willebrand e fibrinogênio. É indicado em sangramento ativo
ou preventivo em caso de procedimentos invasivos em casos de
hipofibrinogenemia ou disfibrinogenemia; deficiência de Fator XIII da coagulação
(quando não houver o concentrado liofilizado específico); doença de von
Willebrand, quando não responsivo ao DDAVP ou quando não
houver disponibilidade do concentrado liofilizado específico; sangramento
microvascular difuso com fibrinogênio < 100 mg.
Alternativa E: INCORRETA. A protamina é usada para reverter o efeito
anticoagulante da heparina.
▶ resposta: A

81 (UNIFESP - SP - 2018) Paciente, 65 anos de idade, tabagista importante, com


diagnóstico de pneumotórax espontâneo maior que 2 cm e com repercussão
ventilatória, no qual a drenagem pleural está indicada. Qual a técnica mais
adequada?

A. Drenagem no 5º espaço intercostal, linha axilar média, borda superior da


costela, sistema fechado em selo d’água.
B. Drenagem no 6º espaço intercostal, linha hemiclavicular, borda inferior da
costela, sistema aberto.
C. Drenagem no 5º espaço intercostal, linha axilar média, na borda superior da
costela, sistema fechado em dois frascos com aspiração contínua.
D. Drenagem no 2º espaço intercostal, linha hemiclavicular, na borda inferior
da costela, sistema fechado em selo d’água.
E. Drenagem no 5º espaço intercostal, linha axilar média, borda superior da
costela, sistema aberto.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão clássica. A conduta imediata para um quadro de
pneumotórax espontâneo é a drenagem torácica em selo d’água, que é feita no 5º
ou 6º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e média, na borda superior da
costela.
Alternativa B: INCORRETA. A borda da costela deve ser superior para não haver
lesão do feixe vascular que fica na borda inferior.
Alternativa C: INCORRETA. Este sistema é mais indicado em casos de fístulas
pulmonares com escapes aéreos.
Alternativa D: INCORRETA. A drenagem no 2º espaço intercostal, linha
hemiclavicular, é usada para toracocentese de alívio em pneumotórax
hipertensivo, mas é realizada na borda superior.
Alternativa E: INCORRETA. Somente nos casos de pós-operatório de
pneumonectomia ou de drenagem de pacientes com cavidade pleural residual e
pulmão encarcerado admite-se a possibilidade de drenagem em sistema aberto
sem selo d’água.

▶ resposta: A

82 (SUS - SP - 2018) São ramos do tronco celíaco as artérias:

A. Gástrica esquerda, mesentérica superior e hepática.


B. Hepática, esplênica e gástrica esquerda.
C. Gastroepiploica direita e esquerda e hepática.
D. Esplênica, mesentérica superior e gástrica direita.
E. Gástrica direita e esquerda e gastroepiploica direita e esquerda.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A artéria mesentérica superior é um ramo que sai da
aorta abaixo do tronco celíaco.
Alternativa B: CORRETA. Os ramos do tronco celíaco são as artérias hepática
comum, esplênica e gástrica esquerda.
Alternativa C: INCORRETA. A artéria gastroepiploica esquerda tem origem da
artéria esplênica e a gastroepiploica direita tem origem na gastroduodenal.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. A gástrica direita é ramo da artéria hepática própria.
▶ resposta: B

83 (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART - HOSPITAIS MUNICIPAIS/RJ - 2017) Sobre a


dissecção de aorta, é correto afirmar que:

A. segue como principal método diagnóstico a ressonância magnética


B. a úlcera ateroesclerótica penetrante não é considerada uma variante dessa
patologia
C. ocorre quando uma laceração da camada muscular do vaso permite que o
sangue crie um falso canal na parede da aorta
D. a gravidez, a hipertensão, a síndrome de Marfan e o halterofilismo são
fatores associados com o seu desenvolvimento

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O principal método diagnóstico, padrão-ouro, é a
angiotomografia. Com esse exame, também é possível avaliar a extensão e
diferenciação entre os tipos A e B de Stanford, necessário para o tratamento
direcionado.
Alternativa B: INCORRETA. A úlcera aterosclerótica penetrante é uma variante da
DA, uma lesão da íntima em região de doença aterosclerótica, porém sem
evidência de dissecção das camadas internas. Lembrar também que outra variante
da DA é o Hematoma intramural, que acontece devido ao rompimento dos vasa
vasoruns com formação de hematoma entre as camadas, porém sem evidência de
lesão da íntima.
Alternativa C: INCORRETA. A dissecção de aorta é uma grave condição clínica em
que uma lesão da camada íntima da artéria permite que o fluxo sanguíneo crie um
falso lúmen entre a camada média e adventícia.
Alternativa D: CORRETA. Diversas condições são descritas como fator de risco
para DA, o mais importante deles é a hipertensão seguido pela aterosclerose. A
presença de aneurisma de aorta e condições que levem a picos hipertensivos (uso
crack/cocaína, halterofilismo e outras atividades físicas extenuantes) também são
fatores bem conhecidos. Doenças do tecido conjuntivo (Síndrome de Marfan,
Ehlers-Danlos, Turner) têm um papel importante na fisiopatologia e estão
presentes em boa parte dos casos com menos de 40 anos. A gravidez também
está associada.

▶ resposta: D

84 (UNIFESP - SP - 2018) Paciente masculino, 8 anos de idade, sem antecedentes


mórbidos. Há cerca de 30 horas vem apresentando dor abdominal em cólica,
acompanhada de náuseas e vômitos de conteúdo alimentar. Nega febre, tosse ou
disúria. Há 2 horas apresenta evacuação mucossanguinolenta. Ao exame, o
abdome encontra-se distendido e há uma massa móvel palpável em fossa ilíaca
direita. Hemograma com leucopenia discreta. Coagulograma normal.
Desidrogenase láctica (DHL) de 1015 U/L. A radiografia simples de abdome
evidencia distensão difusa de delgado. O diagnóstico mais provável e a conduta
mais adequada são:

A. Invaginação intestinal/laparotomia exploradora.


B. Invaginação intestinal/redução hidrostática com ultrassonografia.
C. Apendicite aguda/apendicectomia por vídeo.
D. Hérnia interna/laparotomia exploradora.
E. Apendicite aguda/laparotomia exploradora.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Criança com dor abdominal em cólica, distensão
abdominal, náuseas e vômitos de conteúdo alimentar associado à evacuação
mucossanguinolenta e massa palpável em fossa ilíaca direita tem que nos fazer
pensar na hipótese diagnóstica de invaginação intestinal. A conduta inicial, em
paciente estável, deve ser a redução com enema contrastado (bário ou ar). Como
no caso há elevação de LDH, devemos pensar em isquemia e necrose intestinal,
logo, a conduta seria a realização de uma laparotomia exploradora.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Na apendicite teríamos uma leucocitose.
Alternativa D: INCORRETA. Hérnia interna pode ser definida como deslocamento
de víscera através de abertura normal ou anormal, por forames, recessos, fóveas,
defeitos congênitos ou adquiridos do peritônio. Essas afecções são responsáveis
por 0,9% dos casos de obstrução intestinal mecânica. Não cursa com massa
palpável.
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: A

85 (UNIFESP - SP - 2018) Mulher, 63 anos de idade, refere há 2 anos dores que


iniciaram nos ombros, progrediram para coluna lombar, coxas, antebraços, mãos,
coluna cervical e pés. As dores melhoram com repouso e pioram com
movimentação. Relata sono de má qualidade e acorda cansada. Teve diagnóstico
de depressão há 5 anos, porém não trata. No exame físico, há dor na mobilização
e palpação de diversas articulações e regiões musculares. Considerando o
diagnóstico mais provável, qual a conduta mais adequada?

A. Fisioterapia motora, colchicina e alopurinol.


B. Exercícios físicos e antidepressivos.
C. Repouso e antidepressivos.
D. Exercícios físicos e glucosamina.
E. Repouso, prednisona e metotrexato.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Dor musculoesquelética generalizada por mais de 3
meses associada a distúrbio do sono, fadiga e depressão, em mulher idosa, na
ausência de outro diagnóstico aparente, são achados bastante sugestivos de
fibromialgia. O tratamento consiste na prática regular de atividades físicas
aeróbicas, podendo-se utilizar moduladores centrais da dor como os
antidepressivos. Como a paciente tem o diagnóstico de depressão não tratada,
está indicado o uso dos antidepressivos, que podem ser tricíclicos (ex.:
amitriptilina) ou então inibidor dual (serotonina/noradrenalina), como a
duloxetina.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA.

▶ resposta: B

86 (UNIFESP - SP - 2018) Em relação aos cuidados perioperatórios em cirurgia


ginecológica, pode-se afirmar que:

A. A ingesta de 200 mL de líquidos claros sem resíduos é permitida até duas


horas antes do procedimento cirúrgico em pacientes sem contraindicação.
B. O jejum pré-operatório, nas cirurgias ginecológicas, deve ser de 8 horas para
sólidos e líquidos para evitar a Síndrome de Mendelson.
C. Durante o jejum pré-operatório, deve-se realizar a reposição rotineira e
liberal de fluidos para evitar a desidratação e a hipoglicemia.
D. A antibioticoprofilaxia deve ser realizada em todas as cirurgias ginecológicas
uma hora antes do procedimento.
E. A profilaxia de náuseas e vômitos pós-operatórios não precisa ser realizada
nas cirurgias ginecológicas, pois o acesso pélvico não é fator de risco.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Não há contraindicação da ingesta de líquidos sem
resíduos em pequena quantidade até 2 horas antes do procedimento, exceto para
pacientes com gastroparesia importante, como diabéticos e gestantes em trabalho
de parto.
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta porque o jejum de 8 horas é para
sólidos. O jejum de líquidos é de 2 horas.
Alternativa C: INCORRETA. A reposição oral deve ser em até 2 horas.
Alternativa D: INCORRETA. Nem todas as cirúrgicas ginecológicas necessitam de
antibioticoprofilaxia.
Alternativa E: INCORRETA. Os anestésicos por si só, a hipotensão e diversos
outros fatores podem desencadear náusea e vômito. Por isso deve-se fazer
profilaxia.
▶ resposta: A
87 (SUS - SP - 2018) Um homem de 72 anos notou discreto abaulamento na região
inguinal esquerda, há três meses. Não tem história de dor no local nem outras
queixas ou sintomas. Seu hábito intestinal é normal e não tem antecedentes
cirúrgicos. Também não tem sintomas que sugiram prostatismo. É hipertenso
controlado e não tem outras morbidades. Vive sozinho e trabalha 3 vezes por
semana como voluntário em um hospital universitário. Um cirurgião o examina e
faz o diagnóstico de hérnia inguinal e recomenda apenas observação. Essa
conduta é:

A. Cabível, pelo quadro clínico, a menos que o paciente se torne sintomático.


B. Equivocada, pela história natural das hérnias.
C. Inadequada, por conta da possibilidade de hérnia crural concomitante.
D. Inaceitável, dada a idade do doente.
E. Contraindicada, pelo elevado risco de obstrução intestinal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A observação pode ser uma alternativa segura para
pacientes do sexo masculino com comorbidades que aumentem o risco cirúrgico e
aqueles com hérnia pouco sintomática ou assintomática, porém, vale ressaltar que
esse último subgrupo possui uma chance acima de 70% de desenvolver sintomas
ao longo da observação e necessitar de tratamento cirúrgico. Logo, observar este
paciente com hérnia inguinal é uma conduta cabível, pois a hérnia é assintomática,
o paciente é idoso e hipertenso.
Alternativa B: INCORRETA. Somos mais tolerantes com as indicações cirúrgicas
em idosos.
Alternativa C: INCORRETA. As hérnias crurais são mais frequentes em mulheres
de 30 a 70 anos, e não há suspeita de hérnia femoral no caso, só de inguinal.
Alternativa D: INCORRETA. Ver alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. Os pacientes assintomáticos, sem constipação, sem
prostatismo, têm baixa probabilidade de desenvolver complicações.

▶ resposta: A

88 (SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO - SP - 2017) Homem de 32


anos de idade retorna ao ambulatório com resultado de endoscopia digestiva alta
que mostra úlcera péptica duodenal ativa com teste de urease positivo, sendo
iniciada terapia com inibidor de bomba de prótons, amoxicilina e claritromicina.
Assinale a alternativa correta em relação ao controle endoscópico da lesão: 

A. Não existe necessidade de controle endoscópico após tratamento de


erradicação do Helicobacter pylori.
B. Controle endoscópico após 8 semanas do tratamento de erradicação do
Helicobacter pylori.
C. Controle endoscópico após 6 meses do tratamento de erradicação do
Helicobacter pylori.
D. Controle endoscópico após 4 semanas do tratamento de erradicação do
Helicobacter pylori.
E. Controle endoscópico anual independente do tratamento de erradicação do
Helicobacter pylori.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Existe necessidade, e o controle deve ser feito após 8
semanas do fim do tratamento.
Alternativa B: CORRETA. Se paciente apresenta úlcera e Helicobacter pylori
positivo, deve-se realizar o controle endoscópico após 8 semanas do tratamento
de erradicação da bactéria.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
Alternativa E: INCORRETA. O controle deve ser feito se houver suspeita de
malignidade, etiologia da úlcera não esclarecida, biópsia não realizada ou
sintomas persistentes.

▶ resposta: B

89 (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPO GRANDE - MS - 2018) Sobre a úlcera


péptica, assinale a alternativa CORRETA:

A. É bastante comum a associação de úlcera péptica e H. pylori, sendo mais


frequente a presença dessa bactéria na úlcera gástrica que na úlcera duodenal.
B. Dor com despertar noturno é mais frequente na úlcera gástrica que na
duodenal.
C. Toda úlcera gástrica, independentemente se ativa ou cicatrizada, deve ser
biopsiada.
D. Diminuição na produção de prostaglandinas pode evitar formação de úlcera
gástrica.
E. Úlceras gástricas devem ser biopsiadas devido ao risco de se transformarem
em câncer.

grau de dificuldade:

dica do professor:
Questão sobre tema frequente em provas de residência: as diferenças entre as úlceras gástrica e
duodenal, sua fisiopatologia e quando realizar sua biópsiar.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A relação entre úlcera péptica e H. pylori é comum,
porém é mais comum na úlcera duodenal. O mesmo vale para a letra C e D.
Alternativa B: INCORRETA. O despertar noturno é mais comum na úlcera
duodenal.
Alternativa C: CORRETA. Toda úlcera deve ser biopsiada, independente se
cicatrizada ou não
Alternativa D: INCORRETA. As prostaglandinas são fatores protetores.
Alternativa E: INCORRETA. Todas as úlceras que tenham associação com H. pylori
devem ser biopsiadas, não apenas as gástricas.

▶ resposta: C

90 (FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS – RJ - 2017) Paciente de 55 anos


de idade, sexo masculino, com quadro de diarreia secretória persistente associada
à elevação dos níveis de cálcio sérico e úlcera péptica de difícil controle clínico.
Nesta situação, deve-se investigar, principalmente:

A. Síndrome de Zollinger-Ellison.
B. Síndrome Verner-Morrison (VIPoma).
C. Somatostatinoma.
D. Glucagonoma.

grau de dificuldade:

dica do professor:
Tumores neuroendócrinos liberam substâncias vasoativas e podem causar
sintomas diarreicos, por hipermobilidade ou secreção. Úlceras pépticas de difícil
controle sugerem hipergastrinemia por gastrinoma ou síndrome de Zollinger-
Ellison.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome de Zollinger-Ellison caracteriza-se por
hipergastrinemia, gerando úlceras numerosas, em localizações não habituais, e
recidivantes, geralmente secundárias a gastrinoma duodenal ou pancreático.
Alternativa B: INCORRETA. Altos níveis de peptídeo intestinal vasoativo (VIP) com
tumor pancreático e diarreia secretória sugerem VIPoma ou síndrome de Verner-
Morrison.
Alternativa C: INCORRETA. O somatostatinoma é um tumor produtor de
somatostatina que inibe a produção de hormonios pancreáticos e gastrintestinais.
Apenas 2,5% são funcionantes. Os não funcionantes cursam com sintomas
relacionados ao espaço ocupado pelo tumor, como dor abdominal, obstrução
gastrintestinal ou pancreatobiliar. Os funcionantes podem cursar com algum grau
de diabetes, devido a inibição de insulina, esteatorreia e colelitíase, por inibição da
colecistoquinina, e acloridria por inibição da gastrina.
Alternativa D: INCORRETA. O glucagonoma, como o nome já o define, é um
tumor pancreático produtor de glucagon e cursa com um quadro de
hiperglicemia, induzindo diabetes no paciente, com perda ponderal e poliúria,
além de manifestar uma lesão de pele característica – o eritema necrolítico
migratório.
▶ resposta: A

91 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA ULBRA - RS - 2014) Em relação ao câncer de


pâncreas, sabe-se que:
A. Não existe possibilidade de associação entre pancreatite crônica e câncer de
pâncreas.
B. O consumo de café aumenta a incidência do câncer de pâncreas.
C. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, emagrecimento e, quando
o tumor se localiza na cabeça do pâncreas, ocorre icterícia.
D. Não há relação entre o câncer de pâncreas e o tabagismo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. um dos principais fatores de risco para o câncer de
pâncreas é a pancreatite crônica (de qualquer tipo, mas especialmente a forma
hereditária).
Alternativa B: INCORRETA. Não há relação entre o consumo de café e o aumento
da incidência do câncer de pâncreas.
Alternativa C: CORRETA. Os principais sintomas de neoplasia pancreática são:
anorexia e desconforto abdominal e, quando o tumor evolui para um estágio
avançado (quando normalmente os pacientes procuram auxílio médico), já estão
com perda ponderal e dor abdominal (rotineiramente em região epigástrica).
quando há acometimento da cabeça do pâncreas, soma-se a esses achados a
icterícia, devido à obstrução biliar (com acolia fecal, colúria e prurido em até 50%
dos casos).
Alternativa D: INCORRETA. Um dos principais fatores de risco para o câncer de
pâncreas é o tabagismo.
▶ resposta: C

92 (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PR - 2017)


Os hemangiomas hepáticos são os tumores primários que mais acometem o
fígado e apresentam uma prevalência na população em geral estimada entre 0,4 e
7,3%. Com relação a este tumor, pode-se afirmar que:

A. São neoplasias benignas de origem vascular, cuja etiologia é desconhecida,


porém sugere-se relação com hormônios femininos.
B. Na maioria dos casos, são sintomáticos e identificados durante exames de
rotina ou por outras causas não relacionadas.
C. É quase um consenso que seu curso clínico é maligno e as complicações
como ruptura hepática e hemorragia são extremamente comuns. 
D. As ressecções cirúrgicas dos hemangiomas, localizadas ou segmentares, são
adotadas atualmente como padrão.
E. O hemangioma hepático pode ocasionar compressão da via biliar extra-
hepática, sendo denominado de síndrome de Mirizzi.

grau de dificuldade:

dica do professor:
No hemangioma, sintomas são tão raros que, se presentes, torna-se necessário descartar outra
doença como causa.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. A relação dos hemangiomas com hormônios femininos é
sugerida por alguns autores pela maior prevalência no sexo feminino (5:1).
Alternativa B: INCORRETA. Sintomas devido ao hemangioma são muito raros,
normalmente constituem achado de exame de imagem.
Alternativa C: INCORRETA. No hemangioma, o risco de ruptura é desprezível e
não há malignização.
Alternativa D: INCORRETA. A conduta padrão é expectante.
Alternativa E: INCORRETA. Síndrome de Mirizzi é causada por um cálculo biliar
que comprime a via biliar extra-hepática.
Os hemangiomas têm mais associação com o sexo feminino e, por isso, para alguns autores os
hormônios femininos influenciam no surgimento dessa lesão. Isso é muito discutível. A alternativa
A é a mais adequada.

▶ resposta: A

Resumo Prático
1. Apendicite Aguda

Anatomia

O apêndice cecal localiza-se na junção das três tênias colônicas no ceco, logo
abaixo da válvula ileocecal, sendo sua posição variável, o que influencia na
apresentação clínica. Sua vascularização se dá pela artéria apendicular, ramo da
cecoapendicocólica, originada da artéria mesentérica superior.
A principal doença do apêndice, e uma das patologias mais comuns da cirurgia
geral, é a apendicite aguda, com uma incidência de 7% da população, em especial
em homens jovens.

Fisiopatologia

A apendicite ocorre por uma obstrução luminal secundária à hipertrofia


linfoide, a fecalitos, estase fecal, corpos estranhos, parasitas ou tumores, o que
leva a um aumento progressivo da pressão intraluminal, isquemia da parede
apendicular, necrose e perfuração. Desse modo, a apendicite evolui com três fases
clássicas: I) edematosa; II) úlcero-flegmonosa; III) fibrinopurulenta; IV)
gangrenosa/perfurativa.

Manifestações clínicas

Tipicamente, o paciente apresenta dor epigástrica e periumbilical que migra


para a fossa ilíaca direita (FID), o que ocorre quando o processo inflamatório
atinge a serosa e o peritôneo parietal, transformando a dor visceral em dor
somática. Além disso, associa-se à dor a anorexia, náuseas, vômitos, disúria e
febre baixa.
Ao exame físico, o paciente apresenta dor à palpação do ponto de McBurney
(entre os terços médio e distal de uma linha que vai da crista ilíaca ântero-superior
direita à cicatriz umbilical), associado a alguns sinais:
• Sinal de blumberg: com descompressão brusca dolorosa;
• Sinal de Rovsing: dor referida em FID durante a compressão de FIE e
flanco esquerdo;

• Sinal de Dunphy: dor em FID à percussão abdominal ou ao tossir;


• Sinal do Obturador: dor à rotação interna da coxa direita flexionada
(apêndice pélvico);

• Sinal de Psoas: em decúbito lateral esquerdo, dor à extensão e abdução


do MID;

Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente CLÍNICO e o tratamento cirúrgico deve ser


instituído. Uma ferramenta que pode auxiliar no diagnóstico é a Escala de
Alvarado:

• SINTOMAS: Dor migratória (1), náuseas e vômitos (1), anorexia (1).


• SINAIS CLÍNICOS: Dor à palpação de FID (2), descompressão brusca
dolorosa (1), febre (1).

• EXAMES LABORATORIAIS: Leucocitose (2) com desvio à esquerda (1).


A somatória dos pontos menor que 5 afasta o diagnóstico de apendicite; entre
0-4, o diagnóstico é improvável; entre 5-6, o diagnóstico é provável (40%) e, entre
7-10, o diagnóstico de apendicite é muito provável (80%).
Em casos especiais, o uso de exames de imagens auxiliares é de grande valia,
sendo a tomografia computadorizada de abdome e pelve com contraste o padrão
ouro. Ela costuma ser indicada em casos duvidosos, apresentações atípicas,
quadro arrastado e idosos, principalmente. Em gestantes e crianças, pelo uso de
radiação associada à TC, o exame de imagem de escolha, quando necessário, é a
ultrassonografia, ficando a TC como segunda opção na criança e a ressonância
magnética como segunda opção na gestante.

Diagnósticos diferenciais

Apesar de tipicamente apresentar um quadro de fácil diagnóstico, devemos


sempre ter em mente outros possiveis diagnósticos, como úlcera péptica
perfurada, colecistite aguda, calculose ureteral, gravidez ectópica rota, anexite
aguda, torção ovariana, linfadenite mesentérica, diverticulite e doença de Chron,
por exemplo.

Tratamento
Uma vez feito o diagnóstico ou a suspeita de apendicite, o paciente deve ser
encaminhado para avaliação cirúrgica de urgência e devem ser iniciadas medidas
gerais como jejum, hidratação, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e
antibioticoterapia.
O tratamento convencional da apendicite é a apendicectomia, podendo ser
realizada tanto por via aberta quanto laparoscópica. Em casos de mulheres com
dúvida diagnóstica em relação a patologias ginecológicas, obesos e com peritonite
difusa, a abordagem videolaparoscópica possui maior vantagem por proporcionar
melhor inspeção da cavidade abdominal.
Existe também o tratamento conservador em apendicites COMPLICADAS. Se a
coleção for menor que 4 centímetros, faz-se uso de antibiótico por 10 dias,
colonoscopia eletiva em pacientes com mais de 40 anos e a cirurgia é feita em 2 a
6 semanas, com o processo inflamatório esfriado. Em coleções maiores que 4
centímetros, é feita drenagem percutânea durante o estágio agudo e segue-se o
mesmo fluxograma citado.

2. Colecistite aguda litiásica

Anatomia

A vesícula biliar é uma estrutura sacular responsável pelo armazenamento da


bile produzida pelos hepatócitos no período de jejum. Localiza-se no leito hepático
da vesícula biliar, sobre o segmento IV do fígado. A drenagem da bile em seu
interior é feita pelo ducto cístico, que desagua no ducto hepático comum e forma
a via biliar comum, também conhecida como ducto colédoco, que drena toda a
producão de bile para o duodeno, passando por uma porcão intrapancreática e
desaguando no esfíncter de Oddi.

Fisiopatologia

À semelhança da apendicite, a colecistite aguda litiásica também ocorre por


uma obstrução à saída do conteúdo da vesícula biliar. Na maior parte dos casos, a
obstrução é causada por um cálculo impactado no infundíbulo, impedindo a
drenagem pelo ducto cístico. Desse modo, a vesícula biliar passa por uma
processo de distensão, isquemia da parede, necrose e perfuração.

Manifestações clínicas

As manifestações clínicas clássicas são dor abdominal em quadrante superior


direito associado a náuseas e vômitos. Febre é pouco frequente (10-30%). Quadros
clássicos e sem complicações não costumam apresentar icterícia nem outros
sintomas colestáticos.
Ao exame físico, típicamente o paciente apresenta o sinal de Murphy, que se
define pela pausa súbita da inspiração por dor durante a palpação profunda do
ponto cístico (encontro do rebordo costal direito com a lateral do músculo reto
abdominal).

Diagnóstico
Diferentemente da apendicite, a colecistite baseia seu diagnóstico em um tripé
clínico, laboratorial e de imagem, sendo a ultrassonografia de abdome o exame de
escolha. Esses critérios são conhecidos como os critérios de Tokyo, que são:

a. Sinais locais de inflamação:


Sinal de Murphy;
Dor;
Massa palpável;
Sensibilidade no quadrante superior direito.
b. Sinais sistêmicos de inflamação:
Febre;
Elevação de PCR > 3 mg/dl;
Leucocitose > 10.000.
c. Critérios radiológicos:
Espessura da parede da vesícula biliar ≥ 5 mm;
Distensão;
Debris;
Gás;
Líquido perivesicular;
Murphy ultrassonográfico positivo.
Em pacientes que apresentam um critério clínico e um laboratorial positivos, há
suspeita diagnóstica. Na presença de pelo menos um de cada critério, fica
estabelecido o diagnóstico de colecistite aguda, que deve ser classificado quanto a
sua gravidade e programação terapêutica.

Classificação

A colecistite aguda pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave,
com repercussões quanto ao tratamento a depender da classificação:

• GRAVE = Colecistite + Uma disfunção sistêmica


Cardiovascular: Hipotensão com necessidade de droga vasoativa
(Qualquer dose de noradrenalina ou > 5 mg/Kg/min de DOPAMINA).

Neurológica: Alteração do nível de consciência.

Respiratória: PaO2/FiO2 < 300.

Renal: Oligúria, creatinina > 2 mg/dl.

Hepática: INR > 1,5.

Hematológica: Plaquetas <100.000/mm3.

• MODERADA = Colecistite + Um dos seguintes critérios a seguir


Leucocitose > 18.000.

Massa palpável em QSD.

Duração da queixa > 72 h.

Complicação local: gangrena, abscesso (perivesicular ou hepático),


peritonite generalizada, colecistite enfisematosa.
• LEVE
Paciente que não tem critério para colecistite moderada ou grave.

Tratamento

Iniciamos o tratamento clínico com jejum, hidratação venosa, analgesia e


antibioticoterapia. Nos casos leves, a colecistectomia deve ser realizada
precocemente, nas primeiras 72 horas. Não é necessário o uso de antibiótico no
pós-operatório.
Nos casos moderados, além de medidas de suporte, a colecistectomia deverá
ser realizada de maneira precoce de urgência, de acordo com a condição clínica. Já
nos casos graves, em que o paciente apresenta disfunções orgânicas graves, a
opção de escolha é a colecistostomia percutânea, ou drenagem percutânea da
vesícula biliar, para sua descompressão, associada à antibioticoterapia e à
programação eletiva da colecistectomia.
Clínica Médica

 
Questões Para Concursos

01 (Instituto Excelência - Prefeitura de Canoinhas/SC – 2019) A anemia é


definida por valores de hemoglobina no sangue abaixo do normal para idade e
gênero. Sobre a anemia por deficiência de ferro, marque a alternativa correta.

A. A depleção de ferro ocorre de forma progressiva, de acordo com a


extensão e a rapidez da instalação. Primeiro há depleção das reservas de
ferro e depois do ferro disponível para a síntese da hemoglobina. Se a
deficiência continua, pode haver suspensão da produção das células
vermelhas.
B. Anemia por deficiência de ferro é causada apenas por carência nutricional.
C. Mulheres no pósparto não estão incluídas nos grupos mais vulneráveis
para a ocorrência de anemia
D. O ferro é mais bem absorvido como sal ferroso num ambiente levemente
básico, daí a indicação de ingeri-lo com leite.
E. A dosagem da hemoglobina é amplamente utilizada para a avaliação da
anemia por deficiência de ferro e tem altas especificidade e sensibilidade.

subtópico:
Hematologia, Anemias, Anemia Ferropriva.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A anemia ferropriva é a causa mais comum de anemia entre pacientes
ambulatoriais, enquanto a anemia de doença crônica é a principal causa entre
pacientes internados. Além do perfil microcítico e hipocrômico no hemograma, a
cinética do ferro auxiliará para que o diagnóstico seja firmado.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Depleção de ferro não reduz a hemoglobina de
maneira imediata. Há um processo de depleção dos estoques, quantificados
pelos níveis séricos de ferritina, seguido pela redução do ferro sérico, alteração
da morfologia das hemácias e queda dos níveis de hemoglobina.
Alternativa B: INCORRETA. A anemia por deficiência de ferro também pode ser
causada por sangramentos crônicos.
Alternativa C: INCORRETA. Mulheres no pós-parto integram o grupo de
pacientes vulneráveis ao desenvolvimento de anemia. Além de sangramentos
decorrentes do parto, temos anemia dilucional durante a gestação e maior
consumo de ferro, principalmente ao final da gestação, devido ao
desenvolvimento do feto.
Alternativa D: INCORRETA. O ferro é mais bem absorvido como sal ferroso em
ambiente mais ácido. Por isso, recomendamos sua ingestão com suco de frutas
cítricas, como laranja e limão. O leite dificulta a absorção do ferro.
Alternativa E: INCORRETA. A dosagem da hemoglobina é o exame básico inicial
de investigação de anemia, detectando a queda dos níveis de Hb. Porém, não
apresenta sensibilidade ou especificidade para determinar a causa da anemia.
▶ resposta: A

02 (Instituto Excelência – Prefeitura de Lucélia/SP – 2019) As complicações do


diabetes são categorizadas como distúrbios microvasculares e macrovasculares,
que resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana,
doença cerebrovascular, doença arterial periférica e outros agravos. Sobre essa
temática, assinale a alternativa incorreta:

A. O diabetes pode contribuir para agravos, direta ou indiretamente, no


sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função cognitiva, na
saúde mental, além de ser associado a diversos tipos de câncer.
B. O risco de amputações de membros inferiores é influenciado pelo controle
de diversos fatores (como controle glicêmico, controle pressórico, tabagismo
e outros) e depende da habilidade dos sistemas de saúde em rastrear este
risco, estratificá-lo e tratar os pés de alto risco e as úlceras.
C. Em pacientes com poliúria, polidipsia, polifagia ou perda de peso
inexplicada, glicemia de jejum≥ 126mg/dl e/ou glicemia casual≥ 180 mg/dl
são critérios laboratoriais para o diagnóstico de diabetes.
D. Nenhuma das alternativas

subtópico:
Endocrinologia, Diabetes Mellitus, Complicações do Diabetes.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Diabetes mellitus é rico em complicações microvasculares e macrovasculares,
sendo doença crônica com acometimento de múltiplos órgãos e sistemas e
responsável por morbimortalidade elevada.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O diabetes pode contribuir para complicações no
sistema musculoesquelético (artropatia de Charcot), sistema digestório
(neuropatia autonômica causando gastroparesia ou obstipação), função cognitiva
e saúde mental (demência vascular por doença microangiopática), além de
aumentar risco de cânceres como o de pâncreas.
Alternativa B: INCORRETA. O risco de amputações de membros inferiores está
ligado não apenas aos controle da doença e de outros fatores de risco, como HAS
e tabagismo, mas também ao manejo oferecido pelo sistema de saúde, com
rastreamento, estratificação e tratamento.
Alternativa C: CORRETA. Em pacientes com sintomas cardinais de diabetes
mellitus, como poliúria, polifagia e polidipsia, perda de peso inexplicada, glicemia
casual ≥ 200 mg/dl é critério laboratorial suficiente para diagnóstico. Um valor
de glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl deve ser confirmado em um segundo exame,
mesmo na presença de sintomas.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa C responde à questão, por ser
incorreta, excluindo essa opção.
▶ resposta: C

03 (CPCON-UEPB – Prefeitura de Araçagi/PB – 2019) Paciente masculino, 54


anos, é conduzido até a Unidade de Atenção Básica por familiares após sofrer
queda da própria altura, apresentando olhos fechados, sem resposta verbal e
motora. A interpretação da pontuação e gravidade do caso, respectivamente, é:

I. Pontuação total: 3 = Coma profundo (85% de probabilidade de morte;


estado vegetativo); Grave (necessidade de intubação imediata).
II. Pontuação total: 4 = Coma profundo; Grave (necessidade de intubação
imediata).
III. Pontuação total: 7 = Coma intermediário; Moderado (encaminhamento
para Unidade Hospitalar imediata via SAMU).
IV. Pontuação total: 11 = Coma superficial; Leve e moderado (Encaminhar via
SAMU para Unidade Hospitalar).
V. Pontuação total: 15 = Normalidade; Leve (proceder com acompanhamento
até resposta verbal e motora do paciente).

Portanto, está CORRETO o que se afirma apenas em

A. II.
B. I.
C. III.
D. IV.
E. V.

subtópico:
Neurologia, Traumatismo cranioencefálico, Coma e nível de consciência, Escala
de Glasgow

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão envolve conceitos sobre avaliação do nível de consciência após
traumatismo cranioencefálico (TCE). Embora não cite a escala utilizada, ao
mencionar abertura ocular, resposta verbal e motora e pontuar estes atributos,
nos remete à famosa Escala de Coma de Glasgow.
resolução:
A ausência de abertura ocular (1 ponto), resposta verbal (1 ponto) e resposta

motora (1 ponto) configura Glasgow 3, classificado como grave ( 8 pontos) e
indicando corretamente intubação orotraqueal imediata.
▶ resposta: B

04 (FUNDATEC – Prefeitura de Seberi/RS – 2019) Analise as seguintes assertivas


sobre o manejo em situações de emergência nas intoxicações e assinale V, se
verdadeiras, ou F, se falsas.

(       ) Intoxicação por benzodiazepínicos: o flumazenil pode ser empregado em


casos graves, com depressão do sistema nervoso central ou respiratório.
(       ) Intoxicação por opioides: para a reversão da intoxicação aguda pode-se
prescrever naloxona intravenosa.
(       ) Intoxicação aguda por cocaína: no controle da hipertensão, o propranolol
pode ser utilizado para auxiliar o controle de hipertensão e taquicardia, evitando-
se a associação com o nitroprussiato, caso contrário pode aumentar a toxicidade
cardiovascular dos estimulantes.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A. V – V – V.
B. V – V – F.
C. V – F – F.
D. F – F – V.
E. F – V – F.

subtópico:
Emergência, Intoxicações Exógenas.

grau de dificuldade:

dica do autor.
Em questões de concurso, o tema intoxicações exógenas quase sempre será
voltado para a abordagem inicial geral, envolvendo conceitos como lavagem
gástrica em casos de ingestão recente e uso de carvão ativado, ou enfoque no
uso de antídotos específicos para o agente envolvido na intoxicação.

resolução:
Assertiva I: Verdadeira. O flumazenil pode ser utilizado como antídoto em casos
de intoxicação grave por benzodiazepínicos, com depressão do sistema nervoso
central e respiratória.
Assertiva II: Verdadeira. Em caso de intoxicação por opioide, naloxona é o
antídoto de escolha para reversão em caso de risco à vida.
Assertiva III: Falsa. Na intoxicação aguda por cocaína, não devemos utilizar
betabloqueadores, pois, devido à ausência de antagonização com bloqueio dos
receptores alfa-1 adrenérgicos, ocorreria piora da hipertensão. Além disso, o
nitroprussiato ajuda no controle pressórico, mas pode piorar a taquicardia.
▶ resposta: B

05 (FUNDATEC – Prefeitura de Seberi/RS – 2019) Pacientes com problemas de


saúde mental e que apresentam história de uso de antidepressivos, associada à
presença de sintomas psiquiátricos como agitação, insônia e humor exaltado,
sintomas autonômicos como taquicardia, taquipneia, diarreia, febre e hiperidrose
e sintomas neurológicos como incoordenação, midríase, acatisia, tremores e
rigidez, têm risco de condição ameaçadora à vida diretamente relacionada a:

A. Transtorno psicótico delirante.


B. Síndrome nicotínica.
C. Transtorno paranoide.
D. Síndrome serotoninérgica.
E. Transtorno afetivo maior.

subtópico:
Psiquiatria, Neurologia, Emergências, Síndromes Medicamentosas

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em pacientes com quadros psiquiátricos em uso de terapia farmacológica, alguns
sintomas podem não ser decorrentes da doença em si, mas do uso de
determinadas medicações. É importante reconhecer quais sintomas se
enquadram na doença ou podem ser atribuídos a efeitos colaterais.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O transtorno psicótico delirante cursa com delírio
sem sintomas de esquizofrenia como ouvir vozes e embotamento afetivo.
Persiste  por no mínimo um mês. Alteração do humor e agitação não fazem parte
do quadro, muito menos febre, diarreia, tremores e rigidez.
Alternativa B: INCORRETA. É uma síndrome colinérgica em que predominam
sintomas de ativação dos receptores nicotínicos, como neuromusculares e de
hiperativação simpática, com fasciculações, paralisia, taquicardia, hipertensão.
Alternativa C: INCORRETA. É transtorno de personalidade que envolve paranoia
e padrão invasivo de desconfiança, com impacto negativa no bem-estar.
Alternativa D: CORRETA. Paciente em tratamento psiquiátrico com febre, rigidez,
tremores, diarreia, taquicardia e taquipneia remete a síndromes decorrentes de
medicações psiquiátricas: síndrome neuroléptica maligna (uso de neurolépticos,
antipsicóticos) e síndrome serotoninérgica (uso de inibidores de receptação de
serotonina ou inibidores de monoaminooxidase). Pode ser difícil a diferenciação
clínica e a principal diferença entre as síndromes, além da medicação causadora,
é ocorrência de clônus e hiperreflexia na serotoninérgica.
Alternativa E: INCORRETA. Denominação genérica para transtornos do humor,
como transtorno depressivo maior e bipolar. Envolvem alterações do humor e
comportamento, não cursando com tremores, rigidez, febre ou diarreia.
▶ resposta: D
06 (FEMA – Prefeitura de Alegria/RS – 2019) Durante o atendimento de uma
Parada Cardiorrespiratória foi necessário realizar intubação orotraqueal para
mantermos uma via aérea avançada, após esse procedimento, de acordo com as
Diretrizes da American Heart Association, 2015, para Suporte Avançado de Vida, é
necessário modificar a relação da frequência das compressões torácicas e das
ventilações? Marque a resposta CORRETA:

A. Não. Segue-se a relação de 30 compressões para 2 ventilações.


B. Sim. Uma vez entubado deve-se manter uma frequência de compressões
de 100 por minuto e uma ventilação a cada 6 segundos.
C. Sim. Uma vez entubado deve-se manter uma frequência de compressões
de 100 por minuto e uma ventilação a cada 3 segundos.
D. Sim. Uma vez entubado deve-se manter uma frequência de compressões
entre 100 e 120 por minuto e uma ventilação a cada 6 segundos.

subtópico:
Cardiologia, Emergência, Suporte Avançado de Vida Cardiovascular, Reanimação
Cardiopulmonar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questões envolvendo conceitos sobre ACLS e RCP nos concursos costumam ser
fáceis e não envolvem necessariamente raciocínio clínico, uma vez que são
derivadas de protocolo bem estabelecido e sem maiores variações de conduta.
Porém, devem ser respondidas prestando atenção aos detalhes, como a
frequência adequada das compressões torácicas ou diferença na frequência das
ventilações com máscara e através de tubo orotraqueal, por exemplo.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A relação das frequências muda, sendo que a relação
de 30 compressões para 2 ventilações ocorre apenas enquanto o paciente não
for intubado.
Alternativa B: INCORRETA. A frequência de ventilação intubado de fato deve ser
de uma a cada 6 segundos, porém, a frequência de compressões deve estar entre
100 e 120 por minuto.
Alternativa C: INCORRETA. A frequência de compressões de fato deve ser entre
100 e 120 por minuto, porém a frequência das ventilações intubado deve ser de
uma a cada 6 segundos, e não a cada 3 segundos.
Alternativa D: CORRETA. A frequência de compressões entre 100 e 120 por
minuto e de uma ventilação a cada 6 segundos resume o procedimento correto a
ser adotado.
▶ resposta: D

07 (FEMA – Prefeitura de Alegria/RS – 2019) A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de


risco à infecção pelo HIV consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco
de adquirir essa infecção, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde o
uso da PEP está indicada em até no máximo quanto tempo após a exposição?
A. 24 horas após exposição
B. 48 horas após exposição
C. 72 horas após exposição
D. 96 horas após exposição

subtópico:
Infectologia, HIV/Aids, Profilaxia Pós-Exposição.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Conceito sempre presente no que diz respeito a questões sobre HIV/Aids, a
profilaxia pós-exposição (PEP) possui tempo máximo para ser indicada e
realizada. Não podemos confundir com a profilaxia PRÉ-exposição (PrEP). A PEP é
feita durante 28 dias, utilizando o esquema padrão tenofovir + lamivudina +
dolutegravir (TDF+3TC+DTG). A PrEP têm como medicações utilizadas o tenofovir
+ entricitabina.

resolução:
O tempo máximo após exposição para início da PEP é de 72 horas.
▶ resposta: C

08 (IFES – 2019) Paciente do sexo feminino, 55 anos, com história de hipertensão


arterial crônica, em tratamento irregular. Durante um jantar com sua família,
iniciou quadro de dor precordial de forte intensidade, em aperto, irradiada para
ombro esquerdo, diaforese e náusea. Deu entrada no pronto atendimento 40
minutos após o início do quadro, com manutenção dos sintomas. Após minuciosa
anamnese e exame físico da paciente, qual seria o diagnóstico mais provável e
quais exames seriam solicitados para melhor condução inicial do caso?

A. Infarto Agudo do Miocárdio – Ecocardiograma, Biomarcadores Cardíacos,


Radiografia de Tórax.
B. Tromboembolismo Pulmonar – Doppler de Membros Inferiores,
Angiotomografia de Tórax.
C. Infarto Agudo do Miocárdio – Eletrocardiograma e Biomarcadores
Cardíacos.
D. Tromboembolismo Pulmonar – Eletrocardiograma, Radiografia de Tórax,
Ecocardiograma.
E. Infarto Agudo do Miocárdio – Eletrocardiograma, Angiotomografia de
Tórax, Doppler de Membros Inferiores.

subtópico:
Escreva aqui a qual subtópico essa questão se refere.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em paciente de meia idade, com fator de risco cardiovascular e tratamento
irregular, com dor torácica típica (precordial, aperto com irradiação e sintomas
associados), o primeiro diagnóstico a ser aventado é o de infarto agudo do
miocárdio. O principal sintoma no quadro de tromboembolismo pulmonar é a
dispneia. Dor torácica costuma ser do tipo pleurítica na maioria dos casos.

resolução:
O IAM é o principal diagnóstico provável, porém, inicialmente o ecocardiograma
não é o exame mais adequado. Necessitamos de exame mais rápido, barato,
disponível e capaz de detectar alterações que modifiquem a conduta
precocemente na avaliação. O eletrocardiograma seria o exame mais adequado,
junto aos biomarcadores cardíacos (troponina). Raio-X de tórax não é prioritário,
embora acessível, barato e pode afastar outras causas, podendo ser realizado.
Um ECG com supradesnivelamento de segmento ST indica reperfusão
coronariana como terapia, seja por angioplastia (preferencialmente) ou
trombólise química.
▶ resposta: C

09 (IFES – 2019) Paciente, sexo masculino, 43 anos, vem ao pronto atendimento


com dor lombar irradiada para membro inferior esquerdo, associado a parestesia
em face lateral do pé. Ao exame, apresenta-se em bom estado geral, lúcido e
orientado, sem alterações em ausculta pulmonar e cardíaca, deambula sem
auxílio, força grau IV para flexão plantar do pé, diminuição do reflexo do tendão
do calcâneo e Lasegue positivo à esquerda. Diante do quadro clínico, assinale a
alternativa que corresponda à raiz nervosa mais provável acometida.

A. L2
B. L3
C. L4
D. L5
E. S1

subtópico:
Neurologia, Dor Lombar, Radiculopatia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A dor lombar pode ser originada em diversas estruturas (coluna vertebral,
musculatura paravertebral, rins e ureteres). A presença de irradiação para
membro inferior, com parestesia associada e alteração de força muscular e
reflexos tendíneos, além de sinal de Lasègue positivo, favorecem radiculopatia,
geralmente por compressão radicular por hérnia discal lombar, cuja raiz afetada
pode ser topografada através dos achados clínicos.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sintomas de compressão da raiz L2 são parestesia
em região de virilha e medial da coxa, não afeta reflexos Aquileu ou patelar e
altera a força proximal da região do quadril, devido à inervação do iliopsoas,
afeta deambulação, sustentação e rotação externa do membro inferior.
Alternativa B: INCORRETA. Sintomas de compressão da raiz L3 são similares aos
de L2 em termos de sensibilidade, não alterando reflexos, mas o músculo mais
afetado é o quadríceps femoral, o que influi no movimento de extensão da perna.
Alternativa C: INCORRETA. Os sintomas de compressão da raiz L4 são parestesia
da região anterior e medial da coxa, afetando o reflexo patelar, a força do
quadríceps e a flexão dorsal do pé e do hálux.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas de compressão da raiz L5 são
parestesia da região lateral da perna e dorsomedial do pé, não alterando
reflexos. Afeta a flexão dorsal do pé e do hálux, bem como a eversão e inversão
do pé.
Alternativa E: CORRETA. A compressão de S1 é a única entre as alternativas que
pode justificar uma redução da força no movimento de flexão plantar do pé e
afetar o reflexo Aquileu, além de causar parestesia na face lateral do pé.

▶ resposta: E

10 (CPCON-UEPB – Prefeitura de Araçagi/PB – 2019) Sobre a Diarreia Aguda,


assinale a alternativa CORRETA:

A. Define-se como diarreia aguda aquela que apresenta duração menor que
uma semana.
B. A reposição hidroeletrolítica é de importância primordial em todas as
formas de diarreia aguda.
C. O uso de antibióticos é apropriado em todos os casos de diarreia aguda .
D. São raros os casos de disenteria quando o agente etiológico é a Entamoeba
histolytica.
E. A diarreia do viajante é causada mais frequentemente por espécies de
Salmonella.

subtópico:
Gastroenterologia, Diarreia aguda, Doenças do intestino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Ao lidarmos com quadros de diarreia, é importante definir o tempo desde o início
do quadro, dividindo em agudas, prolongadas ou crônicas. Diarreia aguda
geralmente é de etiologia infecciosa, causada por vírus e bactérias ou alguns
protozoários. Quadros crônicos geralmente envolvem causas como doença
inflamatória intestinal, causas disabsortivas, intolerâncias e protozoários. Os
quadros prolongados geralmente são quadros agudos que persistem e demoram
mais a se resolver ou quadros que irão se cronificar.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A definição de diarreia aguda envolve os quadros
que apresentam duração de até 14 dias, ou seja, duas semanas.
Alternativa B: CORRETA. Uma vez que ocorre perda de água e eletrólitos, com
alterações da absorção, a reposição hidroeletrolítica é um dos principais pilares
do manejo de pacientes com diarreia que apresentam distúrbios, não
importando qual a sua etiologia.
Alternativa C: INCORRETA. O uso de antibióticos somente é apropriado em
situações específicas. Está indicado uso de antibiótico nos casos de disenteria
(diarreia com sangue), que indicam provável etiologia bacteriana, bem como nos
casos causados por Giardia lamblia (giárdia) e Entamoeba hystolitica (ameba),
casos de cólera, diarreias em imunossuprimidos, entre outros.
Alternativa D: INCORRETA. A Entamoeba hystolitica, a ameba, é uma das
principais causadoras de quadros de disenteria, podendo se apresentar de forma
aguda, prolongada ou até mesmo crônica.
Alternativa E: INCORRETA. A diarreia do viajante é causada principalmente pela
E.coli enterotoxigênica (ETEC).
▶ resposta: B

11 (IADES – Assembleia legislativa/GO – 2019) Um paciente de 56 anos de


idade, tabagista pesado há 30 anos, que trabalha no empacotamento da
indústria têxtil, procura atendimento ambulatorial em razão de exames
periódicos com queixas de emagrecimento, tosse seca diária, rouquidão e
astenia. Na ectoscopia, são observados sinais de baqueteamento digital nas
mãos bilateralmente. Diante do achado semiológico citado, qual seria a hipótese
diagnóstica para esse paciente?

A. Espondilite anquilosante
B. Insuficiência cardíaca
C. Sarcoidose
D. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
E. Neoplasia pulmonar

subtópico:
Pneumologia, Tosse, Síndrome Consumptiva.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O baqueteamento digital, ou hipocratismo digital, se caracteriza pela hipertrofia
das falanges distais e unhas dos dedos da mão. As pontas dos dedos assumem
conformação similar a uma baqueta devido ao alargamento das falanges distais.
O aumento da convexidade do leito ungueal gera “unhas em vidro de relógio”.
Geralmente ocorre em patologias pulmonares. Postula-se que seja associada à
hipóxia crônica ou osteoartropatia hipertrófica.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma espondiloartropatia soronegativa que afeta o
esqueleto axial, ou seja, acomete ossos da coluna vertebral, apresentando-se
geralmente como sacroileíte, com acometimento ascendente das articulações da
coluna. Não é o caso em questão. A doença não costuma cursar com
baqueteamento, a não ser que haja outra doença associada.
Alternativa B: INCORRETA. Não é a principal condição associada ao
baqueteamento, embora ocorra em alguns casos, geralmente associados a cor
pulmonale que, por sua vez, envolve, por definição, uma pneumopatia. Além
disso, o paciente em questão não possui indícios de insuficiência cardíaca.
Alternativa C: INCORRETA. É causa incomum de baqueteamento, embora esteja
na lista de possíveis causadores. A causa mais importante é a neoplasia de
pulmão. Ainda que esteja descrito um quadro típico de sarcoidose numa questão,
não deixaremos de pensar na possibilidade de câncer.
Alternativa D: INCORRETA. Embora DPOC seja condição que pode envolver
hipoxemia crônica, não existe associação estabelecida entre baqueteamento e
DPOC, embora muitos acreditem e reproduzam essa informação. A presença de
baqueteamento em paciente com DPOC obriga a investigação de neoplasia de
pulmão associada.
Alternativa E: CORRETA. O baqueteamento digital está fortemente associado ao
câncer de pulmão. Osteoartropatia hipertrófica é manifestação paraneoplásica,
predominante nos quadros de adenocarcinoma de pulmão, e cursa com
baqueteamento digital, entre outras alterações. A presença de síndrome
consumptiva favorece ainda mais a suspeita.
▶ resposta: E

12 (IADES – Assembleia Legislativa de Goiás – 2019) Um paciente de 45 anos de


idade, analista de informática, procurou atendimento emergencial com quadro
de dor precordial em aperto retroesternal de forte intensidade com irradiação
para membro superior esquerdo e mandíbula, com início há 60 minutos,
enquanto estava digitando um relatório. Ao exame físico: FC = 110 bpm, FR = 23
irpm, PA = 160 mmHg x 100 mmHg e sudorese fria. À ausculta cardíaca: BNF, RR,
2T sem sopro. Realizou ECG que evidenciou supradesnivelamento do segmento
ST (supra de ST) em V2, V3, V4, V5 e V6. Com base nesse caso clínico, assinale a
alternativa CORRETA.

A. A conduta ideal para esse paciente é anticoagulação plena com


enoxaparina sódica e, após 24 horas de estabilização do quadro clínico,
programação de angioplastia primária.
B. Após medidas iniciais, de oxigênio, morfina, aspirina e controle anti-
hipertensivo, deve-se encaminhar o paciente para angioplastia primária,
mesmo se o tempo de dor precordial for acima de seis horas do início da dor.
C. A angioplastia primária deve ser considerada como terapia inicial, desde
que o tempo de início da dor esteja inferior a três horas; caso contrário, ou se
ela estiver indisponível de imediato no serviço hospitalar, a terapia
trombolítica deve ser instituída.
D. A terapia trombolítica possui taxas inferiores de sucesso na terapia inicial
do infarto agudo do miocárdio com supra de ST do que quando comparada à
angioplastia primária, mesmo em quadros com tempo de duração superior a
seis horas.
E. O paciente possui infarto agudo do miocárdio de parede inferior, e, nesses
casos, a terapia com angioplastia deve ser instituída em todos os casos,
independentemente do tempo da dor.

subtópico:
Cardiologia, Síndrome coronariana aguda, Infarto agudo do miocárdio.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão polêmica que envolve conceitos mais específicos em relação às opções
terapêuticas de reperfusão no infarto com supra ST de acordo com o tempo de
dor. As estratégias são angioplastia primária ou trombólise química. Vamos
analisar as alternativas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A angioplastia primária deve ser realizada o quanto
antes, idealmente nas primeiras duas horas, podendo ser realizada em até 48
horas, segundo diretrizes da ESC. Quando a estratégia escolhida é angioplastia
primária, devemos preferencialmente utilizar heparina não fracionada. Para
trombólise, enoxaparina pode ser utilizada.
Alternativa B: INCORRETA. As medidas iniciais para o paciente envolvem dupla
antiagregação plaquetária, com aspirina e clopidogrel/ticagrelor/prasugrel, além
de anticoagulação. Oxigênio apenas para os que dessaturam (SpO2 < 90-92%).
Morfina não deve ser utilizada rotineiramente. Drogas antianginosas
preferenciais são os nitratos. O encaminhamento para angioplastia primária deve
ocorrer o quanto antes, mesmo acima de 6 horas de dor.
Alternativa C: INCORRETA. A angioplastia primária é a terapia de reperfusão de
escolha, ainda que o tempo de dor seja superior a 3 horas. Preferimos a
trombólise na indisponibilidade imediata de angioplastia primária ou
impossibilidade de realização em até duas horas, envolvendo transferência para
outro centro.
Alternativa D: CORRETA. A angioplastia primária é superior e, portanto, sempre
é preferencial à trombólise, com exceção do cenário comentado na alternativa C.
Quanto mais horas se passaram desde o início da dor, menor o benefício da
trombólise.
Alternativa E: INCORRETA. O paciente apresenta infarto de parede anterior
extensa, de V2 a V6. O infarto de parede inferior envolve as derivações DII, DIII e
AVF.
▶ resposta: Gabarito liberado pela banca C. Gabarito da nossa equipe D.

13 (IADES – Assembleia Legislativa de Goiás – 2019) Um paciente de 40 anos de


idade, lixeiro, foi picado acidentalmente por animal peçonhento no pé direito
enquanto realizava as próprias atividades laborais. Trata-se de mordida de cobra
peçonhenta, evoluindo com edema, calor e rubor no local da mordida com início
em 10 minutos. O paciente foi encaminhado para serviço de emergência e,
durante o trajeto hospitalar, iniciou com mal estar geral, sudorese fria, aumento
do volume do membro afetado com edema progressivo e petéquias
disseminadas. Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa que indica a
conduta correta a ser adotada.
A. Torniquete e sucção bucal do veneno de cobra.
B. Administração de soro antibotrópico e observação clínica do paciente.
C. Administração de soro antibotrópico e administração de anti-inflamatórios
não esteroidais (AINEs).
D. Administração de corticoterapia e anti-histamínicos parenterais.
E. Internação do paciente, hidratação venosa, administração do soro
antibotrópico e controle metabólico e do coagulograma.

subtópico:
Emergência, Acidentes com animais peçonhentos.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Acidente com cobra peçonhenta com reação, sintomas importantes no local da
mordida e sangramento (petéquias) e fenômenos hemorrágicos, com alteração
da coagulação, deve gerar suspeita de acidente botrópico, ou seja, provocado por
jararaca (Bothrops jararaca).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Jamais se deve realizar torniquete ou realizar sucção
do veneno da cobra. Condutas proscritas.
Alternativa B: INCORRETA. Está correta a indicação de administração do soro
antibotrópico e observação clínica, porém, a conduta é incompleta. Essa seria a
conduta suficiente em caso de acidente leve, sem sinais sistêmicos e sintomas
locais de pouca intensidade.
Alternativa C: INCORRETA. Devemos evitar o uso de AINEs e preferir analgésicos
comuns, devido ao risco de lesão renal aguda.
Alternativa D: INCORRETA. O uso de corticoides e anti-histamínicos está
indicado no contexto de reação alérgica ou anafilática ao uso do soro
antibotrópico, não estando indicado para esse paciente.
Alternativa E: CORRETA. Opção mais completa e resposta da questão, pois em
acidentes moderados e graves, indicam-se exames laboratoriais, monitorando
coagulação, função renal e eletrólitos, além de realizar hidratação venosa e
administração do soro antibotrópico, podendo ser necessária internação.
▶ resposta: E

14 (IADES – Assembleia Legislativa de Goiás – 2019) Um servidor público de 32


anos de idade procura atendimento ambulatorial em razão de quadro de dor
abdominal, tipo cólica, diarreia com presença de sangue vivo nas fezes e
aumento do volume evacuatório, com evolução há três dias. Alega episódios
semelhante há três meses, porém, de menor intensidade e de resolução
espontânea. Nega hábito alimentar irregular ou alergia alimentar. Nega ter
ingerido alimentos suspeitos de contaminação. Ao exame físico: palpação
abdominal dolorosa, principalmente em fossa ilíaca esquerda, Blumberg
negativo, RHA diminuídos, Tax = 37°C, PA = 112 mmHg x 70 mmHG e FC = 87
bpm. A tomografia de abdome evidencia sinais de distensão cólon descendente
sem sinais de pneumoperitôneo ou nível hidroaéreo. Considerando esse caso
clínico e a suspeita diagnóstica de doença inflamatória intestinal, assinale a
alternativa CORRETA.

A. A retocolite ulcerativa envolve principalmente intestino grosso e mucosas


orais e anal, sendo comum o histórico de úlceras anais e orais.
B. A doença de Crohn pode acometer apenas íleo terminal, justificando a
respectiva apresentação com diarreia sanguinolenta, perda de peso
secundária, síndrome disabsortiva e dor abdominal, tipo cólica crônica.
C. Os pacientes portadores de retocolite ulcerativa possuem um risco elevado
de câncer de cólon em comparação à população em geral, aumentando tal
risco ao longo do tempo, sendo ele relacionado à duração e extensão da
inflamação.
D. A colectomia profilática deve ser indicada em pacientes jovens em início de
doença, evitando, assim, complicações futuras.
E. O megacólon tóxico é uma complicação exclusiva da doença de Crohn, em
razão da respectiva baixa resposta aos imunossupressores da classe dos anti-
TNF (infliximabe).

subtópico:
Gastroenterologia, Doença inflamatória intestinal, Doença de Crohn, Retocolite
ulcerativa.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Paciente jovem, com recorrência de quadro de disenteria e dor abdominal em
três meses, sem indícios que favoreçam etiologia infecciosa, levando à suspeita
de doença inflamatória intestinal. Devemos lembrar dos dois principais espectros
dessa entidade clínica: doença de Crohn (acometimento pode ser transmural, em
qualquer ponto do trato gastrointestinal, pode haver área não afetada
entremeada às áreas de doença) e retocolite ulcerativa (doença restrita à mucosa
e ao cólon e reto, contínua, sem área sã entremeada).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória
intestinal restrita à mucosa colônica, sendo uma proctocolite, ou seja, não há
acometimento oral ou de intestino delgado, que pode ser afetado por ileíte de
refluxo e não pela doença em si. Úlceras orais podem ocorrer na doença de
Crohn.
Alternativa B: INCORRETA. A doença de Crohn de fato pode se apresentar
apenas com ileíte terminal, porém essa forma de apresentação não cursa com
diarreia sanguinolenta ou disabsorção, e sim com dor abdominal.
Alternativa C: CORRETA. O risco de câncer é aumentado em pacientes
portadores de retocolite ulcerativa, e o risco é diretamente proporcional à
duração e extensão da doença.
Alternativa D: INCORRETA. Colectomia profilática não é indicada,
principalmente em jovens com pouco tempo de doença, quando o tratamento
clínico costuma ser eficaz. A cirurgia pode até ser curativa na retocolite ulcerativa,
mas não na doença de Crohn.
Alternativa E: INCORRETA. O megacólon tóxico pode ocorrer em ambas as
doenças (Crohn e retocolite). A resposta terapêutica da doença inflamatória
intestinal ao infliximabe é boa, sendo medicação indicada nos casos que não
respondem às terapias iniciais com imunossupressores.
▶ resposta: C

15 (IADES – Assembleia Legislativa de Goiás – 2019) Um paciente de 60 anos,


tabagista de 80 maços-ano há 45 anos, vai ao ambulatório com queixa de
dispneia progressiva aos mínimos esforços, fadiga, astenia e tosse produtiva
matinal com seis meses de evolução e piora nos últimos 30 dias. Nega febre, dor
torácica ou hemoptise. O médico suspeita de doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC). Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa que apresenta
o achado clínico a ser observado nesse paciente.

A. Redução da porcentagem da capacidade vital que é expirada durante o


primeiro segundo de esforço máximo (VEF1/CVF) com boa resposta a prova
com broncodilatadores.
B. Capacidade pulmonar total (CPT) reduzida.
C. Diminuição do VEF1/CVF e aumento do volume residual (VR).
D. Capacidade normal de difusão pulmonar pelo CO (DLCO).
E. Relação de VEF1/CVF está normal e capacidade vital forçada (CVF) reduzida.

subtópico:
Pneumologia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O diagnóstico de DPOC é clínico, epidemiológico e espirométrico. O paciente em
questão possui sintomas respiratórios compatíveis, com história de tabagismo
importante e necessita de espirometria para caracterizar doença obstrutiva de
caráter não reversível com uso de broncodilatadores para fechar o diagnóstico.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. De fato ocorre redução do VEF1 (volume expiratório
forçado no primeiro segundo), fração da capacidade vital, o que reduz a relação
VEF1/CVF. Porém, não há resposta com uso de broncodilatadores.
Alternativa B: INCORRETA. A capacidade pulmonar total pode estar aumentada
devido ao aumento do volume residual (VR) como consequência do
aprisionamento aéreo secundário ao enfisema e à doença de vias aéreas.
Alternativa C: CORRETA. Conforme discutido nas alternativas A e B, há redução
da relação VEF1/CVF e aumento do volume residual (VR).
Alternativa D: INCORRETA. A capacidade de difusão pulmonar pelo CO (DLCO)
está reduzida devido à destruição alveolar e redução da superfície de trocas
gasosas.
Alternativa E: INCORRETA. A relação VEF1/CVF está reduzida e a CVF pode estar
normal ou reduzida (de maneira menos intensa que a CVF).
▶ resposta: C

16 (FAUEL – Prefeitura de Guarapuava/PR – 2019) A transmissão do vírus da


raiva ocorre quando o vírus contido na saliva e secreções do animal infectado
penetra no tecido, principalmente através de mordedura. O esquema vacinal
para profilaxia da raiva humana “pós exposição” animal no caso de mordedura
por cão desconhecido deverá ser de:

A. 3 doses de vacina nos dias 0, 3 e 7.


B. 2 doses de vacina nos dias 0 e 7.
C. 4 doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14.
D. 5 doses da vacina nos dias 0, 7, 14, 21 e 28.

subtópico:
Infectologia, Raiva, Profilaxia pós-exposição.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O esquema de profilaxia pós-exposição para raiva sofreu alterações, o que pode
gerar confusão. A depender de qual o causador, o status vacinal do animal e a
gravidade do acidente, podemos indicar desde observação sem aplicação de
vacina até o número máximo de doses com uso de soro antirrábico.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No protocolo do Ministério da Saúde, não existe
esquema com aplicação de três doses de vacina para acidente com cão
desconhecido.
Alternativa B: INCORRETA. O esquema envolvendo duas doses de vacina é
inicialmente aplicado nos dias 0 e 3, em caso de acidente leve com animal
observável suspeito ou acidente grave com animal observável não suspeito, com
a continuidade do esquema dependendo do desfecho do animal em 10 dias. Não
se aplica a casos de cão desconhecido.
Alternativa C: CORRETA. Em caso de mordedura de cão desconhecido, ou seja,
não observável, devemos presumir que o animal é suspeito. Logo, devemos
administrar o esquema com quatro doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14 via
intramuscular em todos os casos (se intradérmica = 0, 3, 7 e 28). O uso de soro
antirrábico está indicado apenas em caso de acidente grave.
Alternativa D: INCORRETA. O esquema com cinco doses foi abandonado. Desde
2017, o Ministério da Saúde preconiza um máximo de quatro doses.
▶ resposta: C

17 (FAUEL – Prefeitura de Guarapuava/PR – 2019) Principal representante das


artropatias por deposição de cristais, a GOTA acomete geralmente homens entre
30 e 60 anos com hiperuricemia. Sobre a patologia, é CORRETO afirmar:
A. Para melhora das crises, associa-se colchicina e alopurinol para a
diminuição da produção de ácido úrico.
B. A artrite aguda que acomete mais comumente é a metatarsofalangeana.
C. A maioria dos casos inicia-se por poliartralgia migratória em membros
superiores.
D. A hiperuricemia deve ser tratada somente quando sintomática.

subtópico:
Reumatologia, Artropatias por cristais, Gota, Hiperuricemia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A gota é uma doença em que ocorre deposição articular de cristais de monourato
de sódio em consequência de altos níveis séricos de ácido úrico. Os mecanismos
envolvidos são o aumento da produção ou a redução da excreção desse ácido.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O uso de alopurinol não está indicado nas crises
agudas devido ao potencial de precipitar uma piora, afinal, a variação nos níveis
de ácido úrico, para mais ou menos, precipita a ocorrência de crises ou sua piora.
A colchicina, por sua vez, está bem indicada.
Alternativa B: CORRETA. A articulação mais acometida pelas crises de gota é a
metatarsofalangeana, ocorrendo a típica “podagra”.
Alternativa C: INCORRETA. A gota geralmente se apresenta como mono ou
oligoartrite/artralgia, não migratória, geralmente em membros inferiores.
Alternativa D: INCORRETA. A hiperuricemia é o principal fator de risco para
desenvolvimento de artrite por cristais de monourato de sódio, estando
associada a outras patologias, como doença renal e HAS. Portanto, deve ser
tratada antes que a gota se desenvolva.
▶ resposta: B

18 (FCM – Prefeitura de Guarani/MG – 2019) Referente à farmacoterapia na


pessoa com hipertensão arterial sistêmica (HAS), associe corretamente a classe
medicamentosa ao seu respectivo efeito adverso.

Classes medicamentosas

1. Diuréticos.
2. Betabloqueadores.
3. Antagonistas de receptores angiotensina II.
4. Bloqueadores seletivos dos canais de cálcio.
5. Inibidores da enzima conversora de angiotensina.

Efeitos adversos

(       )  Tonturas e rash cutânea.


(       )  Intolerância à glicose, hipopotassemia.
(       )  Cefaleia, tontura, rubor facial e hipertrofia gengival.
(       )  Tosse, alteração no paladar e edema angioneurótico.
(       )  Broncoespasmo, depressão psíquica e disfunção sexual.

A sequência correta dessa associação é

A. (3); (1); (4); (5); (2).


B. (1); (2); (3); (4); (5).
C. (5); (1); (3); (4); (2).
D. (2); (1); (4); (3); (5).

subtópico:
Cardiologia, Hipertensão Arterial Sistêmica, Efeitos Adversos.

grau de dificuldade:

resolução:
A terapia farmacológica para HAS envolve medicações de primeira e segunda
linhas. Cada uma possui efeitos adversos relativamente comuns, específicos ou
não de cada classe/droga.

1. Diuréticos, principalmente tiazídicos: intolerância à glicose


(hiperglicemia) e distúrbios hidroeletrolíticos (hipopotassemia,
hiponatremia e hipercalcemia).
2. Betabloqueadores: broncoespasmo em asmáticos, alterações psíquicas,
como depressão, disfunção sexual e alterações no perfil glicêmico e
lipídico.
3. Antagonistas (ou bloqueadores) do receptor de angiotensina II: queixas
de tontura e rash cutâneo.
4. Bloqueadores dos canais de cálcio: muito associados à cefaleia e
hipertrofia gengival, tontura e rubor facial. Também há edema
doloroso de tornozelos.
5. Inibidores da enzima conversora de angiotensina: tosse por acúmulo de
bradicininas, angioedema em pacientes predispostos e alterações do
paladar.
▶ resposta: A

19 (FCM – Prefeitura de Guarani/MG – 2019) Homem de 30 anos vai à Unidade


Básica de Saúde queixando-se de dor e de coceira para urinar há dois dias. Relata
secreção amarelada que sai do “canal da urina” e que suja a cueca. É noivo e
relata ter tido outras parceiras sexuais no último final de semana (“bebi e fumei
demais na minha despedida de solteiro, mas com camisinha”). Ao exame de
ordenha da uretra, verifica-se a presença de pequena quantidade de secreção
amarelada. A esse respeito, é correto

A. Pedir gram e cultura de secreção para indicar o melhor tratamento e


abordagem na consulta de retorno.
B. Prescrever Benzetacil 2,4 milhões de UI; pedir sorologia para sífilis;
comunicar suas parceiras; notificar e agendar retorno.
C. Tratar para gonorreia e clamídia; solicitar exames para sífilis, HIV e
hepatites B e C; aconselhar, convocar e tratar parceiras/os e notificar.
D. Encaminhar para urologista ou infectologista com os resultados dos
exames para sífilis, HIV e hepatites B e C, convocar parceiras/os e vacinar
contra hepatite B.

subtópico:
Infectologia, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Síndrome do Corrimento
Uretral.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em paciente do sexo masculino com corrimento uretral e comportamento sexual
de risco, devemos suspeitar de infecção sexualmente transmissível (IST).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O quadro em questão é típico de gonorreia, causada
geralmente por gonococo (Neisseria gonorrhaeae) e/ou clamídia (Chlamydia
trachomatis). Logo, estamos autorizados a realizar tratamento empírico, não
havendo necessidade de solicitar exames visando tratamento. No entanto, há
indicação de pesquisa de outras IST.
Alternativa B: INCORRETA. A sífilis se apresenta como úlcera genital, geralmente
única e indolor. O quadro em questão é de corrimento uretral, por provável
gonorreia. Em caso de confirmação de sífilis em investigação adicional, há
indicação de tratamento. É mandatória a convocação de parceiras(os).
Alternativa C: CORRETA. O tratamento para gonococo e clamídia deve ser
realizado empiricamente, bem como realizada investigação de outras IST, como
sífilis, HIV, HBV e HCV e convocação, notificação e tratamento de parceiras(os).
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de encaminhamento para
especialista.
▶ resposta: C

20 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2019) Em paciente com quadro clínico


de tireotoxicose, foram observados os seguintes resultados: TSH normal e T4
livre elevado. A suspeita diagnóstica é:

A. Adenoma hipofisário secretor.


B. Bócio nodular toxico.
C. Tireoidite de Hashimoto.
D. Uso exógeno de levotiroxina.
E. Struma ovarii.

subtópico:
Endocrinologia, Tireoide, Tireotoxicose.
grau de dificuldade:

dica do autor:
O perfil hormonal nos ajuda a topografar qual a provável origem do quadro de
tireotoxicose – tireoide ou hipófise? Primária ou secundária? Porém, outras
etiologias também podem estar envolvidas e pode haver necessidade de outros
exames, como tireoglobulina sérica e cintilografia de captação de iodo.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A presença de adenoma hipofisário secretor justifica o
perfil hormonal encontrado nos exames laboratoriais. Quando a causa da
tireotoxicose não é hipofisária, esperamos supressão do TSH. Os níveis de TSH
inadequadamente normais para a situação, ou ainda elevados, são indício de
provável causa hipofisária para o quadro.
Alternativa B: INCORRETA. O bócio nodular tóxico cursa com elevação dos níveis
de T4L, com feedback negativo e supressão dos níveis de TSH como
consequência, considerando uma hipófise saudável.
Alternativa C: INCORRETA. A tireoidite de Hashimoto pode cursar inicialmente
com tireotoxicose antes da fase hipotireoidiana. A destruição da glândula com
liberação de hormônio tireoidiano gera aumento dos níveis de T4L, com
supressão do TSH como consequência.
Alternativa D: INCORRETA. O uso exógeno de levotiroxina (hormônio tireoidiano
de origem exógena) provoca elevação dos níveis de T4L, que deve suprimir o TSH
e reduzir os níveis séricos do mesmo.
Alternativa E: INCORRETA. O struma ovarii é um tumor ovariano, geralmente
benigno e unilateral, com tecido tireoidiano em sua composição, sendo uma
variante de teratoma, podendo produzir hormônio tireoidiano e elevar os níveis
de T4L, cursando com tireotoxicose. Consequentemente, esperamos também
supressão dos níveis de TSH.
▶ resposta: A

21 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2019) Considerando as características


ultrassonográficas listadas abaixo, aquela que NÃO confere aos nódulos
tireoidianos risco de malignidade é:

A. Presença de microcalcificações;
B. Hiperfluxo sanguíneo;
C. Ausência de fluxo ao Doppler colorido;
D. Aumento do diâmetro anteroposterior;
E. Margens irregulares.

subtópico:
Endocrinologia, Tireoide, Nódulo tireoidiano.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Embora cerca de 95% dos nódulos tireoidianos sejam causados por entidades
benignas, tem se tornado cada vez mais comum a realização de punção de
nódulos tireoidianos sem indicação adequada. Algumas características
ultrassonográficas devem ser observadas, visando submeter o paciente ao
procedimento de punção apenas se necessário.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A presença de microcalcificações é uma
característica que aumenta o risco de malignidade em cerca de seis vezes.
Lembremos dos carcinomas papilíferos de tireoide, que podem apresentar
microcalcificações na forma dos chamados “corpos psamomatosos”.
Alternativa B: INCORRETA A presença de hiperfluxo sanguíneo é indício de
hipervascularização nodular, o que pode ser indício de malignidade. Quando a
vascularização é intranodular, o risco de malignidade aumenta em cerca de três
vezes.
Alternativa C: CORRETA. De forma oposta ao que ocorre na hipervascularização,
a ausência de fluxo ao doppler colorido é indício de nódulo benigno.
Alternativa D: INCORRETA. Nódulos com maior diâmetro anteroposterior em
relação aos demais é característica que favorece malignidade. O crescimento do
nódulo não está acompanhando as características anatômicas da glândula, que
possui o tamanho anteroposterior menor que as outras dimensões.
Alternativa E: INCORRETA. A presença de margens irregulares favorece causas
malignas e aumenta em média seis vezes o risco de malignidade.
▶ resposta: C

22 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2019) Mulher, 40 anos, hipertensa,


diabética, obesa, refere início há 2 dias de febre alta seguida do aparecimento de
“vermelhidão” em perna direita. Ao exame: lesão eritematosa com bordos bem
delimitados em membro inferior direito com aumento da temperatura local e
linfonodomegalia homolateral. Diante do quadro, a hipótese diagnóstica mais
provável é:

A. Fasciíte necrosante;
B. Trombose venosa profunda;
C. Tromboflebite superficial;
D. Erisipela;
E. Celulite.

subtópico:
Infectologia, Dermatologia, Infecções de pele e subcutâneo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A presença de lesões eritematosas em pele com sinais flogísticos associados
envolve uma série de diagnósticos diferenciais. No entanto, os sintomas
associados, cronologia da história clínica e características mais específicas das
lesões poderão nos guiar em direção a uma suspeita principal.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A fasciíte necrotizante é uma infecção geralmente
polimicrobiana de curso catastrófico, envolvendo acometimento da fáscia, com
necrose da mesma. Geralmente há febre, dor intensa e lesões vermelho-
purpúricas, que progridem rapidamente, com crepitação de membros, pela
presença de anaeróbios e liberação de gases no tecido. Pacientes diabéticos,
vasculopatas e imunossuprimidos têm maior risco.
Alternativa B: INCORRETA Trombose venosa profunda (TVP) geralmente envolve
quadro de edema assimétrico de membro, podendo apresentar sinais flogísticos
e lesões varicosas visíveis ou palpáveis em pacientes com fatores de risco. A febre
favorece quadro infeccioso, embora possa ocorrer em quadros de TVP. A
presença de linfonodomegalia também favorece quadros infecciosos.
Alternativa C: INCORRETA. Tromboflebite superficial afeta veias superficiais,
com inflamação local sem quadro sistêmico. Em geral está ligada a cateteres
intravenosos. Costuma ter resolução espontânea, mas pode exigir uso de AINEs.
Alternativa D: CORRETA. Erisipela é infecção de pele atingindo a derme,
geralmente sem acometimento de subcutâneo. Pode se assemelhar à celulite,
porém costuma ser mais bem delimitada. A suspeita é reforçada pela presença
de febre e linfonodomegalia em membro afetado.
Alternativa E: INCORRETA. A celulite é o principal diferencial da erisipela.
Também é uma infecção de tecidos da pele, porém com acometimento de
subcutâneo. As lesões são mal delimitadas, com aspecto mais difuso.
▶ resposta: D

23 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2019) Paciente, sexo masculino, 26 anos,


tabagista, evolui há uma semana com febre não aferida, hemoptise, dispneia e
hematúria. Há 48 horas, refere redução do volume urinário. Diante do exposto, a
suspeita diagnóstica com estas informações é:

A. Síndrome de Goodpasture.
B. Sarcoidose.
C. Lúpus eritematoso sistêmico.
D. Poliarterite nodosa.
E. Púrpura de Henoch- Schonlein.

subtópico:
Nefrologia, Pneumologia, Síndrome pulmão-rim, Glomerulonefrite rapidamente
progressiva.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão menciona paciente com uma semana de febre (sintoma sistêmico),
hemoptise e dispneia (hemorragia alveolar por capilarite) evoluindo com
hematúria e rápida perda de função renal (glomerulonefrite rapidamente
progressiva). Algumas doenças podem causar a chamada síndrome pulmão-rim,
como o quadro pode ser caracterizado.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome de Goodpasture envolve o
desenvolvimento de anticorpos antimembrana basal glomerular (anti-MBG), que
se dirigem a uma subunidade do colágeno tipo IV, encontrada nos rins e
pulmões. É mais comum em homens jovens e está associada ao tabagismo,
sendo causa de glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP).
Alternativa B: INCORRETA. A sarcoidose não é causadora de síndrome pulmão-
rim, com hemorragia alveolar e GNRP. É uma doença granulomatosa que cursa
com nódulos pulmonares e intersticiopatia. O acometimento renal é raro e ocorre
devido à presença de granulomas no rim.
Alternativa C: INCORRETA. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é causa de
síndrome pulmão-rim, com hemorragia alveolar e GNRP. No entanto, é mais
comum em mulheres em idade reprodutiva. A presença de hemorragia alveolar
no LES é rara (2%) e quando ocorre, geralmente há acometimento renal.
Alternativa D: INCORRETA. A poliarterite nodosa na forma clássica (PAN) não
afeta pulmões. Isso pode ocorrer somente na poliangeíte microscópica (PAM),
que pode cursar com síndrome pulmão-rim, gerando hemorragia alveolar e
GNRP pauci-imune.
Alternativa E: INCORRETA. A púrpura de Henoch-Schonlein (PHS) é doença na
qual ocorre depósito de IgA em órgãos como pele, trato digestivo e rins. Pode
ocorrer muito raramente acometimento de sistema nervoso central ou pulmões
por vasculite. Alguns autores caracterizam a PHS como forma sistêmica de
nefropatia por IgA, que pode causar desde hematúria ou proteinúria sem outros
sintomas, até síndrome nefrótica e doença renal terminal.
▶ resposta: A

24 (CONSULPAM – Prefeitura de Quadra/SP– 2019) Quanto aos exames para


diagnóstico de hanseníase, é CORRETO afirmar que:

A. No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase indeterminada ou


tuberculoide, a baciloscopia de raspado intradérmico é negativa.
B. No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a baciloscopia de
raspado intradérmico jamais é positiva.
C. Ao Exame histopatológico, na hanseníase virchowiana, encontra-se, na
maioria dos casos, um infiltrado inflamatório que não confirma o diagnóstico
de hanseníase.
D. Ao Exame histopatológico, na hanseníase tuberculoide, encontra-se um
infiltrado histiocitário xantomizado ou macrofágico, e a pesquisa de bacilos
mostra incontáveis bacilos dispersos e organizados em grumos (globias).

subtópico:
Infectologia, Hanseníase.

grau de dificuldade:
dica do autor:
A hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, ou Mycobacterium leprae, bacilo
álcool-ácido resistente. Alguns exames podem ser utilizados para auxílio
diagnóstico na hanseníase, bem como classificação em uma das formas de
doença. Entre eles, temos a baciloscopia de raspado intradérmico e a biópsia de
nervo periférico.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como o nome diz, no paciente paucibacilar, ou seja,
com poucos bacilos, forma de doença dos subtipos indeterminado e
tuberculoide, o raspado intradérmico tem baciloscopia negativa.
Alternativa B: INCORRETA. No paciente multibacilar, a baciloscopia de raspado
intradérmico é positiva na forma virchowiana, e pode ser positiva ou negativa na
forma dimorfa.
Alternativa C: INCORRETA. Na hanseníase virchowiana, ao exame
histopatológico, encontra-se infiltrado histiocitário xantomizado ou macrofágico,
e a pesquisa de bacilos mostra incontáveis bacilos dispersos e organizados em
grumos, as globias.
Alternativa D: INCORRETA. Na hanseníase tuberculoide, ao exame
histopatológico, há granulomas com células epitelioides e gigantes e necrose
caseosa, o que pode levar a extensa perda da arquitetura do nervo. O encontro
de bacilos com a coloração de Ziehl é difícil.
▶ resposta: A

25 (CONSULPAM – Prefeitura de Quadra/SP– 2019) A sociedade Brasileira de


Cardiologia (2017) apresenta Classificação da PA de acordo com a medição no
consultório a partir de 18 anos de idade. De acordo com esta classificação,
define- se por pré hipertensão os seguintes valores:

A. PAS (mmHg) = 121 – 139 e PAD (mmHg) = 81 – 89.


B. PAS (mmHg) = 81 – 89 e PAD (mmHg) = ≤ 80.
C. PAS (mmHg) = 140 – 159 e PAD (mmHg) = 81 – 89.
D. PAS (mmHg) = 121 – 139 e PAD (mmHg) = ≤ 80.
subtópico:
Cardiologia, Hipertensão Arterial Sistêmica.

grau de dificuldade:

resolução:
Existem diversas classificações de gravidade da HAS, mas a questão se refere
especificamente à classificação pelas Diretrizes Brasileiras, da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Relembrando: Pressão Normal = PAS ≤ 120 mmHg e
PAD ≤ 80 mmHg / Pré-Hipertensão = PAS 121-139 mmHg e PAD 81-89 mmHg /
Hipertensão Estágio 1 = PAS 140-159 mmHg e PAD 90-99 mmHg / Hipertensão
Estágio 2 = PAS 160-179 mmHg e PAD 100-109 mmHg / Hipertensão Estágio 3 =
PAS ≥ 180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg. Na divergência entre classificações pela
PAS e PAD, prevalece o maior valor para classificação.
▶ resposta: A

26 (Instituto de Excelência – Prefeitura de Barra Velha/SC – 2019)


Mundialmente a tuberculose é considerado um importante problema de saúde,
sendo necessário o desenvolvimento de inúmeras estratégias para o seu
controle. Com relação a tuberculose é CORRETO afirmar:

A. O tratamento diretamente observado é caracterizado na forma de


administrar os medicamentos através das mudanças no esquema terapêutico
onde o profissional treinado passa observar a tomada da medicação do
paciente desde o início do tratamento até a sua cura.
B. Nos casos de tuberculose extrapulmonar a tuberculose pleural é a forma
mais comum em indivíduos HIV soronegativos, acometendo principalmente
portadores 6 mais jovens, cursando com dores torácicas do tipo pleurítica.
C. Exames radiológicos nos casos de tuberculose pós-primária apresentam-se
como foco linfonodal homolateral; pode ainda se apresentar sob a forma de
derrame pleural.
D. Nenhuma das alternativas corretas.

subtópico:
Infectologia, Pneumologia, Tuberculose.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A tuberculose ainda é extremamente prevalente, principalmente nos países em
desenvolvimento, e a principal maneira de evitar a propagação da doença é o
tratamento dos casos, evitando disseminação da doença. Para maior adesão e
eficácia terapêutica, foram desenvolvidas ferramentas como o tratamento
diretamente observado e a combinação de todas as quatro medicações do
esquema básico em um comprimido, em proporções fixas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O tratamento diretamente observado (TDO) não
altera o esquema terapêutico, apenas modifica a estratégia de administração dos
medicamentos, de forma que o profissional treinado presencie a tomada da
medicação do paciente. Nem todas as doses precisam ser presenciadas, mas a
observação ocorre do início do tratamento até a cura.
Alternativa B: CORRETA. A tuberculose pleural é de fato a forma de doença
extrapulmonar mais comum em indivíduos HIV soronegativos, enquanto nos HIV
soropositivos é a tuberculose ganglionar. Não devemos confundir com o conceito
de forma mais comum de doença extratorácica, que é a tuberculose ganglionar.
Alternativa C: INCORRETA. Tuberculose pós-primária, forma mais comum de
apresentação da tuberculose pulmonar, geralmente se apresenta como infiltrado
pulmonar ou cavitação. Adenopatia geralmente ocorre na forma primária, sem
infiltrado ou cavitação.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta e responde a questão.
▶ resposta: B
27 (Instituto de Excelência – Prefeitura de Barra Velha/SC – 2019) A doença de
chagas é considerada a quarta maior doença de impacto social entre todas as
doenças infecciosas e parasitárias da América Latina. Com relação a doenças de
chagas é CORRETO afirmar que:

A. Análises dos aspectos clínicos e laboratoriais dos pacientes com doença de


Chagas não são suficientes para classificar a infecção em aguada ou crônica.
B. A forma infectante para o hospedeiro vertebrado é o tripomastigota
metacíclico, ao ser eliminado com as fezes ou urina, durante o repasto
sanguíneo do vetor, pode penetrar no organismo do hospedeiro vertebrado
através de feridas na pele e mucosas, infectando as células do sistema
fagocítico-mononuclear.
C. A fase crônica é avaliada pelo desaparecimento das manifestações clínicas,
diminuição da parasitemia e elevação de anticorpos específicos da classe IgA
e IgG.
D. Nenhuma das alternativas corretas.

subtópico:
Cardiologia, Infectologia, Doença de Chagas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A doença de Chagas é uma das maiores causas de insuficiência cardíaca crônica,
podendo também causar quadros agudos. Pode acometer os órgãos do trato
gastrointestinal, mais precisamente esôfago e cólon.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Análises laboratoriais - testes sorológicos,
visualização do parasito - e exame clínico são úteis para diferenciação entre as
formas aguda e crônica. O anticorpo IgM e a parasitemia costumam se elevar na
fase aguda. A fase aguda geralmente é assintomática mas pode ter chagoma de
inoculação, febre, adenopatia, hepatoesplenomegalia. Formas crônicas estão
ligadas a insuficiência cardíaca dilatada, arritmia, megaesôfago e megacólon.
Alternativa B: CORRETA. O Trypanossoma cruzi, agente etiológico da doença de
Chagas, possui formas evolutivas variadas. A forma infectante é o tripomastigota
metacíclico. O vetor (Triatoma infestans), ao realizar o repasto sanguíneo, elimina
fezes e urina junto com o parasito, que penetra no organismo através de mucosa
ou pele não íntegra, invadindo as células monofagocíticas.
Alternativa C: INCORRETA. Na fase crônica, as manifestações clínicas não
desaparecem. Ao contrário, a cardiopatia chagásica crônica, megaesôfago e
megacólon são formas de doença crônica sintomática. Porém, a parasitemia se
reduz e os anticorpos se elevam (IgA nas formas digestivas e agudas, IgG em
todas as formas).
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta e responde a questão.
▶ resposta: B
28 (Instituto de Excelência – Prefeitura de Barra Velha/SC – 2019) As doenças
diarreicas agudas são caracterizadas pela diminuição da consistência das fezes,
aumento do número de evacuações, com fezes aquosas; em alguns casos, há
presença de muco e sangue (disenteria). Com relação a essa doença é CORRETO
afirmar que:

A. O plano B de tratamento são para a pacientes com diarreia com sinais de


desidratação. O tratamento é domiciliar.
B. Os principais agentes etiológicos de origem infecciosa são as bactérias e
protozoários e as toxinas liberadas por todos esses patógenos levam a
diferentes manifestações clínicas.
C. A avaliação do estado de hidratação do paciente deve orientar a escolha
entre os três planos de tratamento preconizados: realizar a desidratação oral
no domicilio, tratar a desidratação oral na unidade e tratar a desidratação
grave na unidade de saúde.
D. Nenhuma das alternativas corretas.

subtópico:
Gastroenterologia, Doenças dos intestinos, Diarreias agudas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As diarreias agudas geralmente são de origem infecciosa e em sua maioria são
quadros autolimitados. No entanto, podem ocorrer quadros mais graves com
desidratação e necessidade de terapia de reidratação endovenosa e internação.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O plano B de tratamento está indicado em pacientes
com sinais de desidratação não grave e envolve observação na unidade de
atendimento, não sendo domiciliar. O plano A é que envolve tratamento com
reidratação oral em domicílio, para pacientes sem sinais de desidratação.
Alternativa B: INCORRETA. Os principais agentes etiológicos de origem
infecciosa nas diarreias agudas são vírus e bactérias, com alguns protozoários
também como causa, mas os últimos tendem a causar afecções prolongadas ou
crônicas.
Alternativa C: INCORRETA. O estado de hidratação do paciente orientará a
escolha entre os três planos. O erro aqui está no trecho “realizar a DESIDRATAÇÃO
oral no domicílio”. O correto é “realizar a REIDRATAÇÃO oral no domicílio”,
referente ao plano A.
Alternativa D: CORRETA. Como as três alternativas anteriores estão incorretas, a
alternativa D é a resposta da questão.
▶ resposta: D

29 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Sobre infecção do trato urinário


(ITU), analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as
falsas.
(       ) A incidência de ITU está aumentada na gestação, na idade avançada e no
diabetes mellitus.
(       ) A atividade sexual é fator importante para o desenvolvimento de ITU não
complicada em homens e mulheres jovens.
(       ) Febre, calafrios e dor lombar que pode irradiar-se para o abdome e pelve
são a tríade sintomática mais comum na pielonefrite aguda.
(       ) As bacteriúrias assintomáticas em geral não devem ser tratadas, mas na
gravidez deve-se fazer o rastreamento através de uroculturas e, se houver
infecção, devem ser tratadas por sete dias, no mínimo.
(       ) Embora o teste de nitrito negativo na urina possa ocorrer em pacientes
com ITU, a ausência de piúria afasta o diagnóstico dessa doença.

Assinale a sequência CORRETA.

A. V F V V F
B. V V F F V
C. F F V V F
D. F V F V F

subtópico:
Infectologia, Urologia, Infecção do trato urinário.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As infecções do trato urinário são extremamente prevalentes e por isso são tema
de importância clínica relevante. Alguns detalhes em relação a exames
complementares, apresentação clínica das formas de ITU (baixa x alta,
complicada x não complicada) merecem atenção. Vejamos as alternativas.

resolução:
Assertiva I: Verdadeira. A ITU é mais comum em gestantes, idosos e diabéticos,
notadamente em situações em que há alguma alteração fisiológica das vias
urinárias ou da imunidade.
Assertiva II: Falsa. Atividade sexual é um fator de risco para ITU apenas em
mulheres, principalmente no início da vida sexual.
Assertiva III: Verdadeira. A pielonefrite aguda se apresenta geralmente com
sintomas sistêmicos como febre e calafrios, além de dor lombar, que pode
irradiar para abdômen e pelve. Não são os únicos sintomas, mas compõem a
tríade mais comum.
Assertiva IV: Verdadeira. Bacteriúrias assintomáticas geralmente não tem
indicação de tratamento, com algumas exceções, como gestantes e pacientes
que irão realizar manipulação/procedimento do trato urinário.
Assertiva V: Falsa. O teste do nitrito positivo favorece o diagnóstico de
colonização do trato urinário ou ITU, no entanto, sua negatividade não afasta o
diagnóstico. O mesmo pode-se dizer em relação à piúria. O diagnóstico definitivo
é dado através de urocultura.
▶ resposta: A
30 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Analise as seguintes afirmativas
sobre os distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos:

I. As alterações eletrocardiográficas da hipocalemia são as ondas T achatadas


seguidas de ondas U. Se o nível sérico cai abaixo de 3 mmol/L, podem
surgir arritmias cardíacas.
II. A alcalose hipoclorêmica pode ser observada em pacientes com vômitos
repetidos ou nos que estejam em uso de diuréticos de alça e tiazídicos.
III. O risco de hipercalemia aumenta em pacientes com insuficiência cardíaca
ou nefropatia crônica que estejam em uso de espironolactona,
bloqueadores dos receptores de angiotensina ou inibidores da enzima
conversora de angiotensina.

Estão corretas as afirmativas:

A. I e II, apenas.
B. I e III, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.

subtópico:
Nefrologia, Distúrbios hidroeletrolíticos, Distúrbios acidobásicos.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os distúrbios acidobásicos e hidroeletrolíticos estão entre os assuntos mais
cobrados da nefrologia nas provas de Clínica Médica. No entanto, geralmente
refletem as consequências de entidade clínica de base que acomete o paciente e
devemos interpretar as questões sempre considerando todo o quadro, e não
apenas o distúrbio em si.

resolução:
Assertiva I: CORRETA. A hipocalemia possui alterações típicas no
eletrocardiograma, que são o achatamento da onda T, com surgimento de onda
U em sequência à onda T.
Assertiva II: CORRETA. A alcalose hipoclorêmica geralmente ocorre como
consequência de perdas de volume e de cloreto (lembrem do termo “alcalose de
contração”), com mecanismo de compensação renal ao reter bicarbonato, que é
um ânion como o cloreto. Vômitos repetidos e uso de diuréticos são exemplos
adequados.
Assertiva III: CORRETA. Em caso de uso de espironolactona, diurético poupador
de potássio e antagonista da aldosterona, o risco de hipercalemia é maior, bem
como no uso de bloqueadores do receptor de angiotensina e inibidores da
enzima conversora de angiotensina, devido ao mecanismo de ação, bloqueando
o eixo renina-angiotensina-aldosterona e contribuindo para o acúmulo de
potássio.
▶ resposta: D
31 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) São fatores predisponentes ao
câncer de estômago, exceto:

A. Coledocolitíase.
B. Infecção pelo Helicobacter pylori.
C. Tabagismo.
D. Úlcera péptica crônica.

subtópico:
Gastroenterologia, Oncologia, Doenças do estômago, Câncer de estômago.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O câncer de estômago possui fatores de risco bem estabelecidos. O tipo mais
comum é o adenocarcinoma, que pela classificação de Lauren pode ser do tipo
intestinal ou difuso. No que diz respeito a questões que abordam cânceres em
geral, é comum cobrar conceitos como fatores de risco em provas de Clínica
Médica.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Não existe associação estabelecida entre
coledocolitíase e câncer gástrico.
Alternativa B: INCORRETA. A infecção pelo H.pylori pode provocar inflamação da
mucosa gástrica cronicamente e causar doença ulcerosa péptica. Está bem
estabelecida como fator de risco para o câncer gástrico.
Alternativa C: INCORRETA. O tabagismo está associado ao câncer gástrico e é
um fator de risco prevenível ou modificável.
Alternativa D: INCORRETA. Além da doença ulcerosa péptica, outras condições
gástricas como anemia perniciosa e cirurgia gástrica prévia, elevam o risco de
câncer gástrico.
▶ resposta: A

32 (IFPA – 2019) Durante consulta com médico da UBS, paciente do sexo


feminino, assintomática, menciona que gostaria de realizar exames para
hepatite, pois seu vizinho descobriu ser portador desta doença. Após alguns dias,
paciente retorna com seguinte resultado de sorologias:

HBsAg – não reagente Anti-HBsAg – reagente

HBeAg – não reagente Anti-HBeAg – reagente

Anti-HBcAg total – reagente Anti-HCV – não reagente


 
 
A. Trata-se de paciente com hepatite B crônica com replicação viral ativa.
B. A paciente foi vacinada para hepatite B no passado.
C. A paciente é portadora de hepatite C.
D. A paciente desenvolveu imunidade à hepatite B após infecção pelo agente.
E. Trata-se de infecção aguda pelo vírus da hepatite B.

subtópico:
Infectologia, Hepatologia, Hepatites virais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Quanto às hepatites virais, a interpretação de sorologias representa a maioria
das questões, principalmente referente à Hepatite B, que possui um número
maior de exames a serem realizados.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O marcador de replicação viral ativa é o HBeAg, que
se encontra não reagente. O anti-HBeAg representa a formação de anticorpos e é
um dos marcadores de fase não replicativa. O tratamento, entre outros objetivos,
visa negativar o HBeAg e formar anti-HBeAg.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar do anti-HBsAg positivo, que poderia indicar
vacinação prévia, paciente tem Anti-HBcAg total reagente, indicando contato
prévio com o vírus. Logo, a presença de anticorpo anti-HBsAg se justifica por
infecção prévia, que na ausência de HBsAg indica cura.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente possui anti-HCV não reagente. A sorologia
para HCV é muito sensível e exame não reagente afasta o diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. Conforme a alternativa B, a presença de anti-HBsAg
indica que a paciente desenvolveu imunidade e a presença de Anti-HBc, contato
prévio com o vírus. Logo, a imunidade se deu após infecção e não vacinação.
Alternativa E: INCORRETA. Nas infecções agudas por HBV, esperamos encontrar
Anti-HBcAg total e IgM reagentes, com HBsAg reagente e anti-HBsAg não
reagente.

▶ resposta: D

33 (IFPA – 2019) Algumas medicações melhoram a sobrevida dos pacientes


portadores de insuficiência cardíaca congestiva e, exceto em casos de
contraindicações, deverão fazer parte de seu tratamento. Fazem parte destas
medicações:

A. Ramipril e digoxina.
B. Espironolactona e enalapril.
C. Digoxina e dinitrato de isossorbida.
D. Bisoprolol e furosemida.
E. Furosemida e espironolactona.

subtópico:
Cardiologia, Insuficiência cardíaca.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A terapia farmacológica da insuficiência cardíaca visa evitar progressão da
doença, evitando o remodelamento cardíaco e reduzindo a morbimortalidade
com uso de drogas com evidência comprovada dos benefícios. Algumas drogas
se enquadram como apenas sintomáticas, sem os benefícios citados, o que não
significa que não devem ser utilizadas, muito pelo contrário, devemos lançar mão
delas quando preciso.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ramipril é IECA e faz parte dessas medicações.
Digoxina é um digitálico, com ação inotrópica positiva, que é sintomático, capaz
de reduzir internações, porém não altera o curso da doença e nem a sobrevida.
Alternativa B: CORRETA. Espironolactona (antagonista de aldosterona) e
enalapril (IECA) fazem parte destas medicações.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa A, a digoxina
não faz parte dessas medicações. O dinitrato de isossorbida é um vasodilatador
com ação preferencialmente venosa e coronariana, utilizado como antianginoso,
e não altera sobrevida.
Alternativa D: INCORRETA. O bisoprolol é um betabloqueador e faz parte desse
grupo de medicações com efeitos benéficos no curso da doença. No entanto, a
furosemida é um diurético de alça, utilizado como sintomático, visando controle
da congestão e compensação da doença, sem efeito na sobrevida ou no curso da
doença.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado nas alternativas acima, a
espironolactona faz parte dessas medicações, porém a furosemida não faz.
▶ resposta: B

34 (IFPA – 2019) Paciente do sexo feminino, 50 anos, realizou cirurgia redutora


do estômago há 3 anos para controle de obesidade. Relata há 6 meses sensação
de cansaço e fraqueza em membros inferiores. O exame físico evidência pele
hipocorada, déficit de memória recente, hiporreflexia e marcha atáxica. Espera-se
encontrar no hemograma deste paciente:

A. Poiquilocitose.
B. Microcitose e linfocitose.
C. Macrocitose e hipersegmentação de neutrófilos.
D. Esferocitose e plaquetopenia.
E. Microcitose e eosinofilia.

subtópico:
Neurologia, Hematologia, Anemias, Cirurgia bariátrica, Ataxia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Cirurgias bariátricas normalmente provocam deficiências nutricionais ao longo
do tempo. Pode haver anemia por deficiência de ferro (absorvido principalmente
no duodeno), síndromes disabsortivas com deficiência de vitaminas lipossolúveis
(quando há intervenção biliopancreática) e deficiência de vitamina B12 (comum
em cirurgias redutoras do estômago) devido à produção gástrica de fator
intrínseco, necessário à absorção intestinal. A deficiência de B12 se apresenta
como anemia macrocítica com quadro neurológico de ataxia sensitiva, síndrome
cordonal medular posterior, com ou sem quadro cognitivo.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É alteração no formato das hemácias. Os formatos
variam, recebendo denominações específicas. Hemácias em lágrima (dacriócitos)
ocorrem na mielofibrose, em foice (drepanócitos), anemia falciforme, em forma
de capacete (esquizócitos), microangiopatias trombóticas.
Alternativa B: INCORRETA. A microcitose geralmente ocorre em anemia por
deficiência de ferro, talassemias e problemas da hematopoese. Linfocitose
costuma ocorrer em infecções virais e doenças linfoproliferativas. Essa
combinação não é esperada em quadros de deficiência de vitamina B12.
Alternativa C: CORRETA. A deficiência de vitamina B12 leva à anemia
megaloblástica, com macrocitose, tal qual a deficiência de ácido fólico. Além
disso, podemos encontrar neutrófilos hipersegmentados.
Alternativa D: INCORRETA. Esferocitose pode ser hereditária (defeito de
membrana da hemácia) ou adquirida por anemia hemolítica autoimune, cuja
associação com plaquetopenia pode ser indício da síndrome de Evans.
Alternativa E: INCORRETA. Anemia microcítica com eosinofilia faz suspeitar de
perda sanguínea crônica associada a verminose, como na ancilostomíase.
▶ resposta: C

35 (IFPA – 2019) Homem de 26 anos comparece à UBS trazendo dois testes


rápidos para o HIV com resultado reagente. Questionado se os testes foram
realizados em dias diferentes, o mesmo refere que os dois testes foram feitos um
seguido do outro no mesmo dia. Qual a melhor conduta a ser realizada?

A. Não há necessidade de realizar teste confirmatório, pois já fez dois testes


rápidos.
B. Solicitar teste de quantificação de carga viral e aguardar o resultado para
iniciar o tratamento.
C. Solicitar teste de quantificação de carga viral e iniciar tratamento
imediatamente, enquanto aguarda o resultado.
D. Realizar outro teste rápido, pois deveria ter realizado os testes em dias
diferentes.
E. Não considerar o resultado dos testes rápidos para o HIV devido ser um
exame de baixa qualidade.

subtópico:
Infectologia, Infecção por HIV, Diagnóstico de HIV.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão muito cobrada e importante! O algoritmo de investigação da infecção
por HIV atualmente privilegia a estratégia com uso de dois testes rápidos para
fechar o diagnóstico, seguido de outros testes.

resolução:
Com dois testes rápidos reagentes, confirma-se o diagnóstico de HIV. No entanto,
devemos solicitar a quantificação de carga viral e iniciar o tratamento
imediatamente, que não deve esperar pelo resultado. A carga viral é solicitada
por motivos não diagnósticos, e sim visando estabelecer um valor inicial para
monitorar resposta terapêutica. Os testes rápidos não precisam ser realizados
em dias diferentes. Podem ser realizados na mesma ocasião, porém, devem ser
testes/kits diferentes. Eles são extremamente sensíveis e específicos,
proporcionando alta confiabilidade.
▶ resposta: C

36 (IFPA – 2019) Paciente de 46 anos, sexo masculino, portador de diabetes tipo 2


há 10 anos, relata em consulta que perdeu peso recentemente, está urinando
mais vezes que o habitual e tem sentido muita sede. Faz uso de Metformina XR 2
g/dia. Traz os seguintes exames laboratoriais: glicemia de jejum: 310 mg/dl,
glicemia pós-prandial: 350 mg/dl e HbA1c: 12%, creatinina: 1,5 mg/dl, ureia: 40
mg/dl, urina. Neste caso, a melhor conduta é:

A. Introduzir insulina NPH noturna (bed time) e manter o antidiabético oral.


B. Introduzir insulina no esquema basal-bolus.
C. Introduzir insulina no esquema basal-bolus e manter antidiabético oral.
D. Introduzir insulina NPH pela manhã e suspender metformina.
E. Manter antidiabético oral e orientar dieta.

subtópico:
Endocrinologia, Diabetes mellitus, Insulinoterapia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Temos um paciente em tratamento para DM 2 com total descontrole de níveis
glicêmicos, sintomas diabéticos clássicos, mesmo em uso de dose otimizada de
metformina XR. Glicemia esporádica acima de 300 mg/dl já indica início de
insulinização, bem como valores de hemoglobina glicada acima de 10%
(considerar a partir de 9%). Não havendo contraindicação ou intolerância ao
antidiabético oral, o mesmo deve ser mantido.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo as diretrizes, o início da insulinização deve
respeitar o princípio “start low and go slow”, ou seja, sem pressa e sem doses
elevadas. Uma forma adequada de iniciar é com introdução de insulina NPH
bedtime, ao deitar. A dose pode ser de 10 UI ou 0,2 UI/kg.
Alternativa B: INCORRETA. Para paciente “virgem de insulina”, provavelmente
mais sensíveis, iniciar com esquema basal-bolus (NPH + regular) pode ser não
somente de difícil adesão, mas também arriscado. Insulinizar é difícil e deve ser
um processo gradual. Além disso, o diabético oral deve ser mantido.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme discutido na alternativa B, basal-bolus não
é a melhor opção. Insulina NPH bedtime é a opção mais adequada.
Alternativa D: INCORRETA. Não devemos suspender o antidiabético oral. O
melhor horário para iniciar insulinização é com uso noturno, visando controle das
glicemias de jejum e posterior titulação das doses, com monitoramento de
glicemias capilares em domicílio, pré e pós prandiais.
Alternativa E: INCORRETA. O paciente já possui indicação de insulinização.
▶ resposta: A

37 (FUNDEP – Prefeitura de Lagoa Santa/MG – 2019) São características da


febre reumática, exceto:

A. Intervalo P-R prolongado no eletrocardiograma.


B. Coreia.
C. Nodulações subcutâneas.
D. Dores articulares.

subtópico:
Cardiologia, Febre reumática.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A febre reumática se caracteriza por quadro de febre com poliartrite migratória,
com ou sem alterações cardíacas e alguns fenômenos característicos, estando
associada à infecção por Streptococcus beta-hemolítico do Grupo A de Lancefeld.
Para diagnosticar febre reumática, usamos os critérios de Jones e firmamos o
diagnóstico pela comprovação de infecção estreptocócica associada a dois
critérios maiores ou um critério maior e dois menores.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O intervalo P-R pode estar presente na febre reumática,
sendo critério diagnóstico menor de Jones. Porque a alternativa está correta, ou
seja, porque o “exceto” está sendo dado como verdadeiro? Questão mal redigida.
O enunciado solicita a alteração que não é “característica” da febre reumática. De
fato, entre as opções da questão, é menos específica que as demais. Não vamos
brigar com a questão.
Alternativa B: INCORRETA. A coreia é uma manifestação que se caracteriza por
movimentos amplos e desorganizados, com hipercinesia e hipotonia, podendo
estar associada a alterações do humor. É manifestação tardia, muito específica,
não é observada em concomitância ao surto de febre reumática com os sintomas
típicos de febre, poliartrite e cardite. Compõe um dos critérios maiores de Jones.
Alternativa C: INCORRETA. Os nódulos subcutâneos são pouco comuns, porém
são manifestações que denotam inclusive gravidade, geralmente associados à
presença de cardite. Compõem um dos critérios maiores de Jones.
Alternativa D: INCORRETA. Inúmeras doenças podem causar artrite ou dor
articular, no entanto, febre reumática sem dor articular não é esperado. Apesar
de não ser manifestação específica, é extremamente comum e sua ausência,
embora não exclua a hipótese, torna o diagnóstico, no mínimo, menos provável.
Artrite é um dos critérios maiores de Jones enquanto artralgia é um dos critérios
menores.
▶ resposta: A

38 (FURB – Prefeitura de Timbó/SC – 2019) - Masculino, 15 anos, há três


semanas apresenta quadro de conjuntivite bilateral e edema e dor nos joelhos e
tornozelos acompanhada de ulcerações na mucosa bucal. Achados laboratoriais:
leucocitose, VHS acelerado, Fator Reumatoide negativo. Provável diagnóstico:

A. Doença de Still.
B. Síndrome de Reiter.
C. Síndrome de Sjögren.
D. Síndrome de Felty.
E. Artrite reumatoide.

subtópico:
Reumatologia, Artropatias soronegativas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em paciente jovem, do sexo masculino, com artrite, muitos diferenciais estão
envolvidos. Devemos levar em consideração a síndrome como um todo, tempo
de instalação e epidemiologia, bem como achados laboratoriais. História de três
semanas, aguda, com conjuntivite e úlceras orais associadas e fator reumatoide
negativo nos aproxima de uma das opções.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Still é forma sistêmica da artrite
idiopática juvenil. O quadro típico inclui febre, rash cor salmão evanescente, febre
intermitente e possibilidade de acometimento orgânico.
Alternativa B: CORRETA. A síndrome de Reiter, ou artrite reativa, pode ocorrer
em resposta a diversas infecções, geralmente em indivíduos com HLA B27
infectados por clamídia, causadora de corrimento uretral. A combinação artrite,
conjuntivite e úlceras orais é típica de artrite reativa, principalmente com
corrimento uretral. O detalhe epidemiológico fica por conta do paciente ser do
sexo masculino, 15 anos, presumindo relação sexual desprotegida.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome de Sjogren, conhecida como “síndrome
seca”, cursa predominantemente com ressecamento mucoso oral e ocular devido
ao acometimento glandular e redução do volume de secreções. Geralmente
cursa com artralgia e não artrite, mas o quadro articular é frustro.
Alternativa D: INCORRETA. A síndrome de Felty é uma agudização da artrite
reumatoide, geralmente com fator reumatoide fortemente positivo, que cursa
com esplenomegalia e neutropenia, ou seja, um quadro de hiperesplenismo.
Alternativa E: INCORRETA. A artrite reumatoide é quadro geralmente
soropositivo, acometendo pequenas articulações (interfalangeanas proximais,
metacarpofalangeanas, metatarsofalangeanas), por mais de seis semanas.
▶ resposta: B

39 (FURB – Prefeitura de Timbó/SC – 2019) Leia e preencha a lacuna: A necrose


miocárdica leva à liberação de enzimas e proteínas na corrente sanguínea, os
denominados marcadores cardíacos. A _____é liberada entre uma a quatro horas
do início do infarto e normaliza nas primeiras 24 horas.

A. LDH.
B. CPKMB.
C. Troponina.
D. CPK.
E. Mioglobina.

subtópico:
Cardiologia, Síndrome coronariana aguda, Infarto agudo do miocárdio,
Marcadores de necrose miocárdica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Marcadores de necrose miocárdica nos auxiliam no diagnóstico de infarto,
diferenciando lesões por isquemia estabelecidas da angina instável. Atualmente,
troponinas específicas (T e I) são adotadas para diagnosticar infarto.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lactato desidrogenase (LDH) é enzima presente em
diversos tipos celulares, participa do metabolismo energético, sendo altamente
inespecífica. Não é marcador de necrose miocárdica.
Alternativa B: INCORRETA. A creatinoquinase fração-MB (CKMB ou CPKMB)  é
uma das formas da CK (CPK) encontrada no sangue e mais presente no músculo
cardíaco. Porém, apresenta detecção inicial de 3 a 4 horas após necrose
miocárdica, com pico em 24 horas e normalização em dois a quatro dias.
Alternativa C: INCORRETA. As troponinas (T e I) são os marcadores mais
específicos, porém, apresentam detecção inicial em torno de 4 a 6 horas após a
necrose miocárdica, com pico em 12 horas e normalização em sete a 14 dias.
Alternativa D: INCORRETA. A CPK total é inespecífica, comum a diversos tipos
celulares onde ocorre consumo elevado de ATP, como músculo estriado
esquelético e cardíaco, tecido cerebral, espermatozoides e células ciliadas. Pode
ser detectada em 4 a 8 horas após necrose miocárdica, com pico de 12 a 24 horas
e normalização em três a quatro dias.
Alternativa E: CORRETA. A mioglobina é uma enzima presente nos miócitos do
tecido muscular estriado esquelético e cardíaco, sendo a que apresenta detecção
mais precoce, em torno de 1 a 3 horas, com pico de 6 a 9 horas e normalização
em 24 a 36 horas.
▶ resposta: E

40 (FURB – Prefeitura de Timbó/SC – 2019) O tratamento da crise hipertensiva


deve ser de acordo com a diferenciação entre urgência e emergência
hipertensiva. Assinale a alternativa, quanto ao diagnóstico, prognóstico e
conduta, nas urgências hipertensivas:

A. Nas urgências hipertensivas, não há lesão de órgão-alvo associado.


B. O internamento imediato em UTI é uma exigência.
C. Nível pressórico elevado e acentuado, com PAS > 140 mmHg.
D. Para a redução dos níveis pressóricos elevados, exige medicação
parenteral, como o nitroprussiato de sódio.
E. Deve ser abordada prontamente, pois, em geral, as condições associadas
apresentam risco iminente de morte.

subtópico:
Cardiologia, Urgência e emergência, Crises hipertensivas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A diferenciação entre emergência hipertensiva, urgência hipertensiva e
pseudocrise hipertensiva reside na presença ou não de lesão aguda de órgão-
alvo ou risco em desenvolvê-la/agravá-la de maneira aguda.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nas urgências hipertensivas, de fato não há lesão
aguda de órgão-alvo ou agravo de lesão já existente. No entanto, a pressão
arterial diastólica está acima de 120mmHg e o paciente possui fatores de risco
que aumentam as chances de que ela ocorra. A presença de lesão de órgão-alvo
é própria das emergências hipertensivas.
Alternativa B: INCORRETA. O tratamento em UTI não é obrigatório em todas as
crises hipertensivas. Geralmente é necessário nas emergências, mas não
imediatamente, devendo ocorrer estabilização em Sala de Emergência.
Alternativa C: INCORRETA. Alguns autores defendem que não há valor
específico de corte, mas a literatura aceita pressão arterial diastólica (PAD) >
120mmHg como valor diagnóstico de crise hipertensiva.
Alternativa D: INCORRETA. Medicações parenterais são exigidas no tratamento
da emergência hipertensiva devido à necessidade de redução pressórica de
maneira mais rápida e intensa. Nas urgências, o controle pode ser feito com
drogas via oral/enteral.
Alternativa E: INCORRETA. As condições que apresentam risco iminente de
morte envolvem lesões agudas de órgão-alvo e ocorrem nas emergências
hipertensivas, e não nas urgências.
▶ resposta: A

41 (FURB – Prefeitura de Timbó/SC – 2019) Feminino, 23 anos, há dois dias


intensa cefaleia, holocraneana, associada a náuseas e vômitos e hipertermia. Ao
exame: sonolenta, rigidez de nuca. TAC de crânio normal; líquor: presença de
pequenas quantidades de hemácias, 500 linfócitos, proteínas e glicose no líquor
normal. Qual o diagnóstico e conduta mais adequada para o caso?

A. Meningite bacterina aguda; ceftraxone EV.


B. Encefalite herpética; uso de aciclovir EV.
C. Hemorragia subaracnoidea; uso de nifedipina EV.
D. Meningite viral: acetaminofeno oral.
E. Meningite fúngica; uso de anfotericina B EV.

subtópico:
Meningites.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As meningites infecciosas são caracterizadas por quadro afebril associado a
cefaleia e rigidez de nuca. Os sinais semiológicos clássicos são os testes de
Brudzinski e Kernig.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No líquor das meningites bacterianas, ocorre
consumo de glicose e aumento de proteínas, além de predomínio celular de
neutrófilos. O tratamento empírico pode ser realizado com ceftraxone.
Alternativa B: CORRETA Na neuroinfecção por herpes, é esperado o líquor com
predomínio de linfo-monocitário, glicose normal e proteína normal ou
discretamente aumentada. A doença evolui rapidamente e com gravidade, sendo
frequente alterações de comportamento ou  nível de consciência. O tratamento é
realizado com aciclovir.
Alternativa C: INCORRETA. Hemorragia subaracnoidea é um diagnóstico
diferencial importante, mas é acompanhado de alterações na tomografia
computadorizada ou aumento de hemácias no líquor.
Alternativa D: INCORRETA. Meningites virais apresentam o mesmo padrão
liquórico da encefalite herpética, mas espera-se um quadro clínico mais brando.
Seu tratamento é realizado com sintomáticos.
Alternativa E: INCORRETA. As meningites fúngicas se apresentam com quadro
clínico mais arrastado (subagudo ou crônico), predomínio linfo-monocitário no
líquor e glicose consumida. Pode ser tratada com anfotericina B.
▶ resposta: B

42 (AGIRH – Prefeitura de Cachoeira Paulista/SP – 2019) A estatina é um


medicamento amplamente utilizado no tratamento da dislipidemia. Seu efeito
colateral mais comum é:

A. A toxicidade hepática.
B. A miopatia.
C. A pancreatite.
D. A nefropatia.

subtópico:
Dislipidemias.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A toxicidade hepática é um efeito colateral menos
frequente do que a miopatia. Ocorrem, em geral, elevações assintomáticas de
transaminases.
Alternativa B: CORRETA É o efeito colateral mais comum da classe,
apresentando-se principalmente com dor muscular (proximal de membros
inferiores) e elevação de CPK.
Alternativa C: INCORRETA. Estatinas são potenciais indutoras de pancreatite
medicamentosa, mas sua ocorrência é pouco frequente.
Alternativa D: INCORRETA. Estatinas podem causar proteinúria, também de
modo infrequente.
▶ resposta: B

43 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente de 59


anos é internado com quadro de dor intensa no andar superior do abdome, com
irradiação para o dorso, náuseas, vômitos, febre. Exames revelam: Hemoglobina:
13 g; Hematócrito: 38%; Leucócitos: 21.000; TGO: 64 U/L; TGP: 78 U/L; Amilase:
1.840 U/L; Lipase: 970 U/L; Cálcio: 7,3. O antibiótico indicado para o tratamento
desta patologia é

A. Imipenem.
B. Metronidazol.
C. Clindamicina + Ciprofloxacina.
D. Vancomicina

subtópico:
Pancreatite aguda.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Antibioticoterapia não é recomendada de modo profilático para pancreatite,
independentemente do tipo e gravidade. Devemos prescrever antibiótico no caso
de necrose pancreática infectada ou com suspeita de infecção.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Carbapenêmicos são as drogas de primeira linha para
necrose pancreática infectada pela ampla cobertura e penetração no parênquima
necrosado.
Alternativa B: INCORRETA Não deve ser utilizado isoladamente, mas associado a
quinolonas.
Alternativa C: INCORRETA. Quinolonas podem ser utilizadas, mas o agente
anaerobicida de escolha é metronidazol e não clindamicina.
Alternativa D: INCORRETA. Não é indicada de modo empírico para necrose
pancreática infectada.

▶ resposta: A

44 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente de 42 anos, com


malária grave, apresentando insuficiência renal aguda, com ureia: 168 mg/dl;
creatinina: 3,2 mg/dl; potássio: 6,2 mEq/l. O tratamento indicado para tratar a
hiperpotassemia, estabilizando o miocárdio, enquanto aguarda diálise é

A. Glicoinsulinoterapia.
B. Bicarbonato de sódio.
C. Gluconato de cálcio.
D. Fenoterol

subtópico:
Hiperpotassemia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A solução de glicose com insulina reduz o potássio
sérico, mas não tem efeito de estabilização miocárdica.
Alternativa B: INCORRETA O bicarbonato fica reservado para hiperpotassemias
graves e não tem efeito de estabilização miocárdica.
Alternativa C: CORRETA. Na presença de hipercalemia e alterações
eletrocardiográficas (apiculamento de onda T, alargamento de QRS), gluconato
de cálcio é a medicação de escolha para evitar arritmias por estabilizar a
membrana das células do miocárdio.
Alternativa D: INCORRETA. Fenoterol também é uma medicação que reduz o
potássio sérico sem influência na estabilização miocárdica.
▶ resposta: C

45 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente de 18 anos inicia, há


cerca de 10 dias, quadro de sede intensa, poliúria, emagrecimento, evoluindo
com fraqueza intensa, sonolência, chegando à Unidade de Pronto Atendimento –
UPA com desidratação intensa, vômitos, comatoso. São realizados exames em
que se verificam glicemia: 548 mg/dl; sódio: 141 mEq/l; potássio: 4,3 mEq/l.
Gasometria arterial com PH: 7,21; PO2: 96; PCO2: 23; Bicarbonato: 10; BE: -19 e
Anion Gap: -15. É diagnosticado cetoacidose diabética. A conduta adequada para
tratamento deve ser

A. Hidratação vigorosa com soluto fisiológico 0,9% + insulina regular


endovenosa + reposição de cloreto de potássio.
B. Hidratação vigorosa com ringer lactato + insulina NPH endovenosa +
bicarbonato de sódio.
C. Expansão volêmica com coloide + insulina regular intramuscular +
gluconato de cálcio.
D. Hidratação com soluto fisiológico a 0,45% + insulina NPH subcutânea +
bicarbonato de sódio.

subtópico:
Diabetes Mellitus.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os critérios para diagnóstico de cetoacidose diabética são acidose metabólica
(pH < 7,3 ou bicarbonato < 18) associada a glicemia > 250 e presença de
cetonemia (ou cetonúria fortemente positiva).

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A hidratação deve ser realizada com cristaloides,
podendo ser iniciada com soro fisiológico 0,9%. Em pacientes com potássio
normal, inicia-se a insulina regular endovenosa em bomba de infusão, associado
a correção de potássio.
Alternativa B: INCORRETA Ringer lactato é uma opção para hidratação, mas o
bicarbonato é reservado para acidoses graves com pH < 6,9 e a insulina
endovenosa utilizada é a regular.
Alternativa C: INCORRETA. Para expansão volêmica, deve ser utilizado
cristaloide, a via de administração da insulina é endovenosa e o gluconato só é
indicado quando há hiperpotassemia com alterações eletrocardiográficas.
Alternativa D: INCORRETA. Utiliza-se NPH subcutânea apenas na fase final de
compensação da CAD.
▶ resposta: A

46 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente portador de cirrose


alcoólica e por vírus da hepatite C é trazido à UPA devido quadro de febre, ascite
volumosa, desorientação, sonolência. Após coletar hemocultura e exame do
líquido ascítico para bioquímica e cultura, é iniciado antibioticoterapia. A
terapêutica complementar para o tratamento da encefalopatia hepática deve ser

A. Haloperidol.
B. Lactulose e metronidazol.
C. Quetiapina.
D. Manitol e gentamicina.

subtópico:
Cirrose e suas complicações.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A encefalopatia hepática é causada por sangramentos digestivos, constipação,
infecções, alcalose metabólica e desidratação. Essas condições aumentam a
quantidade de amônia no sangue, afetando o sistema nervoso central.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Haloperidol é um antipsicótico prescrito em casos de
delirium ou agitação. Deve ser utilizado com cautela em hepatopatas e não tem
efeito no fator causal da encefalopatia hepática.
Alternativa B: CORRETA A lactulose trata a encefalopatia hepática por dois
mecanismos diferentes: acidifica o lúmen intestinal e aumenta o trânsito,
reduzindo a quantidade de amônia que poderia ser absorvida para a corrente
sanguínea. Já o metronidazol reduz a quantidade de bactérias colônicas
produtoras de amônia.
Alternativa C: INCORRETA. A quetiapina também é um antipsicótico e merece as
mesmas observações que o haloperidol.
Alternativa D: INCORRETA. Manitol e gentamicina não têm papel algum sobre o
tratamento específico da encefalopatia hepática.
▶ resposta: B

47 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente diabético, hipertenso,


68 anos, evoluindo há 3 semanas com cansaço aos esforços, acordando à noite
com falta de ar e percebendo edema de membros inferiores há 4 dias, chega ao
Pronto Socorro, onde verifica-se, ao exame clínico: paciente taquipneico, 28
IRPM, com turgência jugular bilateral. Ausculta cardíaca: ritmo cardíaco irregular
3 tempos (B3). Sopro sistólico panfocal. FC: 120 bpm, PA: 130/70 mmHg. Ausculta
pulmonar: estertores crepitantes bibasais. Já está em uso de captopril 25 mg,
8/8h e hidroclorotiazida. A conduta adequada no momento, além de cabeceira
elevada e oxigenoterapia deve ser

1. acrescentar diurético de alça;


2. aumentar captopril para 50 mg, de 8/8h;
3. iniciar carvedilol 6.25 mg, de 12/12h;
4. iniciar bloqueador dos canais de cálcio.

Os itens corretos são

A. 1 e 2.
B. 2 e 3.
C. 3 e 4.
D. 1 e 4.

subtópico:
Insuficiência cardíaca.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para determinar o tratamento da insuficiência cardíaca aguda, devemos
determinar seu perfil de acordo com o grau de congestão e perfusão tecidual. O
perfil mais comum é o B: boa perfusão periférica e congesto, como apresentado
no enunciado.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A base do tratamento da IC perfil B é o uso de
diuréticos de alça (furosemida) associado a vasodilatadores (IECA, BRA, nitratos).
Alternativa B: INCORRETA Betabloqueadores não devem ser iniciados em
vigência de descompensação da IC. Caso o paciente já faça uso dessa medicação,
pode-se reduzir a dose pela metade ou manter a dosagem usual.
Alternativa C: INCORRETA. Bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridínicos
(verapamil e diltiazem) têm efeito cardiodepressor e não devem ser iniciados em
vigência de descompensação da IC.
Alternativa D: INCORRETA. Mesmas considerações feitas acerca dos
bloqueadores de canal de cálcio.

▶ resposta: A

48 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Sobre a doença do refluxo


gastroesofágico (DRGE), é correto afirmar que

A. É doença rara na população.


B. As hérnias hiatais por deslizamento estão necessariamente relacionadas
com a patogenia da DRGE.
C. Pode haver complicação com hemorragia, estenose e esôfago de Barrett.
D. O carcinoma espinocelular tem frequência aumentada nesses pacientes.
subtópico:
Doença do refluxo gastroesofágico

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma doença frequente, ocorrendo em até 30% da
população.
Alternativa B: INCORRETA Hérnias hiatais são fatores de risco, mas nem sempre
estão relacionados à doença.
Alternativa C: CORRETA. São as complicações mais comuns da DRGE.
Alternativa D: INCORRETA. A doença do refluxo é fator de risco para
adenocarcinoma e não para CEC.
▶ resposta: C

49 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente de 65 anos interna com


quadro iniciado há 7 dias com tosse produtiva, com expectoração
mucopurulenta, febre e dispneia. Ausculta pulmonar: estertores crepitantes em
base pulmonar direita. Realiza RX de tórax que mostra condensação homogênea
em base do pulmão direito com broncograma aéreo. Leucograma: 15.800
leucócitos. O esquema antibiótico indicado é

A. Azitromicina + Penicilina G cristalina.


B. Ceftriaxone + Claritromicina.
C. Ampicilina + Clindamicina.
D. Piperacilina Tazobactam.

subtópico:
Pneumonia adquirida na comunidade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O agente etiológico bacteriano mais comum da pneumonia adquirida na
comunidade é o S. pneumoniae, que deve ser coberto em qualquer esquema
empírico de antibiótico.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Azitromicina é uma opção terapêutica, mas a
penicilina cristalina não é utilizada no tratamento empírico pois age em
pneumococos de menor resistência.
Alternativa B: CORRETA O tratamento empírico de PAC que necessite
hospitalização deve conter beta-lactâmico (no caso, ceftriaxone) associado a um
macrolídeo (claritromicina ou azitromicina). A alternativa é uma quinolona
respiratória isolada.
Alternativa C: INCORRETA. Nenhuma das medicações é escolha para PAC por
não apresentar espectro antibiótico conta pneumococo.
Alternativa D: INCORRETA. A piperacilina-tazobactan é um beta-lactâmico que
pode ser utilizado no tratamento de PAC, mas fica reservado em casos de falha
terapêutica ou suspeita de pneumonia por anaeróbios.
▶ resposta: B

50 (FADESP – Prefeitura de Marabá/PA – 2019) Paciente de 36 anos, evoluindo


há cerca de 3 meses com diarreia, algumas vezes com muco e sangue, dor
abdominal e emagrecimento discreto. Exame parasitológico de fezes negativo
para protozoários e helmintos. Suspeita-se de retocolite ulcerativa inespecífica. O
resultado da colonoscopia compatível com este diagnóstico é

A. Presença de pólipos sésseis distribuídos em todo o cólon.


B. Hiperemia contínua da mucosa do cólon com friabilidade e presença de
ulcerações.
C. Divertículos no sigmoide.
D. Lesões segmentares na mucosa colônica com ulcerações no íleo.

subtópico:
Doenças inflamatórias intestinais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
No contexto das diarreias crônicas, os principais diagnósticos diferenciais são
infecções, doenças disabsortivas, doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa
e doença de Crohn), neoplasias e síndromes funcionais.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Polipose intestinal não é achado diagnóstico de RCU.
Alternativa B: CORRETA A RCU é uma doença inflamatória que acomete as
porções superficiais da mucosa, que se apresenta friável e ulcerada. Espera-se
um acometimento contínuo de porções do cólon.
Alternativa C: INCORRETA. Diverticulose é um achado comum na população,
principalmente em idosos, e pode não ser patológico. Não tem relação com a
RCU.
Alternativa D: INCORRETA. Na doença de Crohn, há lesões ulceradas e
profundas em qualquer porção do trato gastrointestinal, sendo mais frequente
no íleo terminal. Essas lesões costumam ser descontínuas (segmentares).
▶ resposta: B

51 (IMA – Prefeitura de Pastos Bons/MA – 2019) A manifestação mais precoce


da nefropatia diabética é o aparecimento de:

A. Retenção nitrogenada.
B. Queda do ritmo da filtração glomerular.
C. Microalbuminúria.
D. Edema de membros inferiores.

subtópico:
Insuficiência renal crônica

grau de dificuldade:

dica do autor:
Na evolução da doença renal crônica, o organismo apresenta inúmeros
mecanismos regulatórios para manter a função renal em níveis satisfatórios com
perda de até 50% dos néfrons.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A retenção de escórias nitrogenadas ocorre em
níveis avançados de nefropatia, em geral com clearance inferior a 60
ml/min/1,73m2.
Alternativa B: INCORRETA A queda da taxa de filtração glomerular não é o
mecanismo patológico mais precoce.
Alternativa C: CORRETA. O primeiro achado patológico na nefropatia diabética é
o aumento da albuminúria, sendo um marcador de lesão renal na nefropatia
diabética.
Alternativa D: INCORRETA. Os sintomas clínicos são mais frequentes em
estágios avançados da nefropatia.
▶ resposta: C

52 (IMA – Prefeitura de Pastos Bons/MA – 2019) Paciente dá entrada no pronto


atendimento hospitalar com quadro de hipotensão, dor torácica típica e dispneia.
ECG evidencia infarto de ventrículo direito. Qual das drogas abaixo é
contraindicada, nessa situação, sendo que o paciente refere que usou sildenafil
há 5 horas atrás:

A. Propanolol.
B. Isordil.
C. Enoxaparina.
D. AAS.

subtópico:
Síndrome coronariana aguda

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Devemos evitar betabloqueadores em pacientes sob
risco ou em vigência de choque cardiogênico. No caso, o paciente apresenta-se
hipotenso.
Alternativa B: CORRETA Classicamente há contraindicação de uso de nitratos
com inibidores do PDE5 (sildenafil, taldalafil) pelo risco de hipotensão refratária.
Alternativa C: INCORRETA. Enoxaparina está indicada e faz parte do tratamento
usual das síndromes coronarianas agudas.
Alternativa D: INCORRETA. AAS também está indicado e faz parte do tratamento
usual das síndromes coronarianas agudas.

▶ resposta: A/B

53 (IMA – Prefeitura de Pastos Bons/MA – 2019) Analise as afirmações e


marque a alternativa correta no que diz respeito à anemia falciforme.

I. A maioria dos pacientes apresenta icterícia.


II. O baço, no primeiro ano de vida aumenta muito.
III. Os pulmões são preservados.
IV. A cardiomegalia ocorre primeiro por hipertrofia do ventrículo esquerdo e,
posteriormente, do direito.
A. Todas são corretas.
B. Apenas IV é correta.
C. Apenas III e IV são corretas.
D. Apenas I e II são corretas.

subtópico:
Anemia falciforme.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: INCORRETA. A icterícia pode ocorrer no paciente falciforme, mas não
é um achado universal, estando mais presente em situações de hemólise
importante e doença descompensada.
Assertiva II: INCORRETA. Nos primeiros meses de vida, há taxa maior de
hemoglobina fetal circulante, de modo que o sequestro esplênico é menos
frequente.
Assertiva III: INCORRETA. Existem diversas complicações pulmonares da anemia
falciforme: síndrome torácica aguda, hiperreatividade brônquica e hipertensão
pulmonar, por exemplo.
Assertiva IV: CORRETA. Na anemia falciforme, há anemia crônica e necessidade
de aumento do trabalho cardíaco como mecanismo compensatório. Assim,
espera-se dilatação do ventrículo esquerdo. Em fases mais avançadas, a doença
evolui com hipertensão pulmonar e hipertrofia do ventrículo direito.

▶ resposta: B

54 (CONTEMAX – Prefeitura Municipal de Lucena/PB – 2019) Sobre as cefaleias,


considere a alternativa incorreta:
A. Dentro do universo das cefaleias, aqui implicando em torno de 156 tipos e
subtipos diferentes, dois grandes grupos são encontrados: as cefaleias
primárias e as secundárias.
B. A causa mais comum de cefaleia é a do tipo primária, principalmente a
cefaleia migranosa, responsável pela maioria dos casos, seguida pelas
cefaleias tipo tensional e as causadas por infecções sistêmicas agudas, tais
como a gripe.
C. De acordo com a classificação de cefaleias da International Headache
Society, a cefaleia tipo tensional é caracterizada como uma dor de qualidade
não pulsátil, em aperto ou pressão, geralmente bilateral, de intensidade leve
a moderada e que não piora com atividade física rotineira.
D. De acordo com a classificação de cefaleias da International Headache
Society, os principais tipos de migrânea são a sem aura e a com aura. A
primeira é conhecida como a enxaqueca comum, em que a dor costuma
apresentar duração, características e fenômenos associados típicos, porém
não é acompanhada de sintomas ou sinais neurológicos focais transitórios,
como ocorre na migrânea com aura.
E. A crise migranosa divide-se em quatro fases: fase premonitória, aura,
cefaleia e fase de resolução. Essas fases não estão necessariamente
presentes em todos os casos.

subtópico:
Cefaleias.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os tipos de cefaleia apresentam extensa gama de
diagnósticos diferenciais entre si, sendo divididos em primárias (a cefaleia em si é
a patologia) e secundárias (outro distúrbio causa a cefaleia).
Alternativa B: CORRETA As cefaleias primárias são as mais frequentes, estando o
tipo tensional em primeiro lugar, seguido da enxaqueca.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa aponta o quadro clínico típico da
cefaleia tensional.
Alternativa D: INCORRETA. A enxaqueca pode apresentar aura, fenômeno
neurológico autolimitado que costuma preceder a crise álgica. A aura se
apresenta frequentemente como alterações visuais (escotomas) ou sensoriais
(parestesias).
Alternativa E: INCORRETA. Na crise migranosa, há quatro fases evolutivas,
conforme descrito na questão.
▶ resposta: B

55 (CONTEMAX – Prefeitura Municipal de Lucena/PB – 2019) Na meningite a


cefaleia apresenta-se de forma intensa, universal e acompanhada por sinais de
irritação meníngea. Entre os sinais de irritação meníngea, está a positividade
para o sinal de:
A. Kluge.
B. Trousseau.
C. Chadwick.
D. Kernig.
E. Zileri.

subtópico:
Meningites

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sinal de Kluge é a alteração da coloração da mucosa
vaginal durante a gravidez.
Alternativa B: INCORRETA Sinal de Trousseau é a indução do espasmo da
musculatura do carpo na hipocalcemia.
Alternativa C: INCORRETA. Sinal de Chadwick é presença de congestão da
mucosa da vulva durante a gestação.
Alternativa D: CORRETA. Sinal de Kernig é um dos sinais clássicos da meningite
e consiste na presença de dor na região lombar quando realizada flexão da coxa
sobre o quadril com a perna em extensão.
Alternativa E: INCORRETA. Sinal de Zileri é a alteração da coloração cutânea
durante tração da pele, presente na pitiríase versicolor.
▶ resposta: D

56 (CONTEMAX – Prefeitura Municipal de Lucena/PB – 2019) As descrições


atípicas de dor torácica reduzem a probabilidade de os sintomas representarem
isquemia ou lesão miocárdica. Considere a alternativa que descreve
características de dor que sugere isquemia miocárdica:

A. Dor reproduzida com o movimento ou a palpação da parede do tórax ou


dos braços.
B. Localização primária ou isolada do desconforto na região mediana ou
inferior do abdome.
C. Pressão torácica retroesternal, queimação ou peso; irradiada
ocasionalmente para pescoço, mandíbula, epigástrio, ombros ou braço
esquerdo.
D. Dor prolongada epigástrica ou no quadrante superior direito.
E. Dor em queimação prolongada, com distribuição em dermátomo.

subtópico:
Síndromes coronarianas agudas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Dores induzidas pela palpação ou movimentação de
membros superiores são sugestivas de afecções osteomusculares locais.
Alternativa B: INCORRETA Dor isolada abdominal fala a favor de afecções
gastrointestinais.
Alternativa C: CORRETA. Alternativa autoexplicativa para características de dor
cardíaca isquêmica típica. Outras apresentações poderiam ser piora com esforço
físico, melhora com repouso ou uso de nitrato e semelhança com dor isquêmica
prévia.
Alternativa D: INCORRETA. Dor prolongada epigástrica também fala a favor de
afecções gastrointestinais.
Alternativa E: INCORRETA. Dor restrita ao dermátomo estão associadas a
afecções neurológicas periféricas, em especial herpes zoster.
▶ resposta: C

57 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Doença autoimune caracterizada pela miopatia e


fraqueza de músculos proximais, como escapulares e quadril:

A. Miastenia Gravis.
B. Síndrome de Guillain-Barré.
C. Lúpus Eritematoso Sistêmico.
D. Doença de Paget.
E. Síndrome de Eaton-Lambert.

subtópico:
Miopatias.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Nas miopatias, o sintoma principal é a fraqueza muscular. A localização da
musculatura acometida, bem como os sintomas associados, nos auxiliam no
diagnóstico diferencial.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na miastenia, as musculaturas mais comumente
acometidas são ocular, palpebral e bulbar.
Alternativa B: INCORRETA. A SGB apresenta-se como paralisia flácida aguda
iniciada em membros inferiores com progressão ascendente.
Alternativa C: INCORRETA. A inflamação muscular pode ocorrer no LES,
causando principalmente dor e fraqueza muscular discreta e pouco específica.
Miopatias graves são raras nessa doença.
Alternativa D: INCORRETA. Doença de Paget é um distúrbio primário ósseo.
Alternativa E: CORRETA. A Síndrome de Eaton-Lambert é marcada por fraqueza
muscular progressiva e proximal.
▶ resposta: E
58 (IBADE – UPAS Rio – 2019) A opção que indica a doença glomerular primária,
que esteja entre causas de insuficiência renal crônica é:

A. Nefropatia por IgA.


B. Nefroesclerose diabética.
C. Pielonefrite Aguda.
D. Doença obstrutiva.
E. Nefropatia por HIV.

subtópico:
Glomerulopatias.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nefropatia por IgA é uma glomerulopatia primária,
passível de evoluir para doença renal crônica em estágio final. Outros exemplos
de glomerulopatias primárias são doença por lesões mínimas,
glomeruloesclerose segmentar e focal, glomerulonefrite membranosa etc.
Alternativa B: INCORRETA Nefroesclerose diabética é a principal causa de
doença renal crônica no mundo, mas não é uma glomerulopatia primária.
Alternativa C: INCORRETA. Pielonefrite aguda está mais associada à doença do
parênquima renal e NTA, sendo uma causa secundária.
Alternativa D: INCORRETA. Nefropatia obstrutiva é uma causa secundária a
cálculos, neoplasias e obstruções extrínsecas.
Alternativa E: INCORRETA. Nefropatia do HIV é outra glomerulopatia infecciosa
de causa secundária.
▶ resposta: A

59 (IBADE – UPAS Rio – 2019) O item que melhor representa a metaplasia


intestinal colunar:

A. Doença de Crohn.
B. Esôfago de Barret.
C. Síndrome do Cólon Irritável.
D. Câncer Retal.
E. Retocolite ulcerativa.

subtópico:
Doença do refluxo gastroesofágico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na doença de Crohn, ocorrem ulcerações focais e
inflamação crônica na histologia.
Alternativa B: CORRETA. A mucosa esofagiana é revestida fisiologicamente com
epitélio escamoso. Em condições de refluxo crônico, esse tecido é substituído por
epitélio colunar, condição denominada metaplasia intestinal.
Alternativa C: INCORRETA. Síndrome do intestino irritável é uma doença
funcional, isto é, sem alterações histológicas patológicas.
Alternativa D: INCORRETA. Neoplasias apresentam-se com multiplicação celular
anômala e atipias.
Alternativa E: INCORRETA. Na retocolite ulcerativa, observa-se inflamação
contínua na mucosa, abscessos e atrofias de criptas.

▶ resposta: B

60 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Dentre os fármacos utilizados em emergência,


marque a opção que representa o agente de reversão para intoxicação por
opioides:

A. Sugammadex.
B. Naloxona.
C. Flumazenil.
D. Etomidato.
E. Midazolan.

subtópico:
Intoxicações exógenas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Agente reversor de drogas bloqueadores
neuromusculares esteroides (rocurônio, vecurônio e pancurônio).
Alternativa B: CORRETA. A naloxona é o agente reversor de opióides, obtendo
rápido início de ação, já sendo inclusive disponível forma de uso via nasal, dada a
atual epidemia de opióides nos EUA.
Alternativa C: INCORRETA. Agente reversor de benzodiazepínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Medicação sedativa e hipnótica derivado de
imidazol.
Alternativa E: INCORRETA. Medicação sedativa e hipnótica da classe dos
benzodiazepínicos.
▶ resposta: B

61 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Paciente, 65 anos, hipertenso, tabagista, deu


entrada no serviço de emergência devido a quadro súbito de perda da
consciência, se apresentando afásico, desvio da comissura labial, sinais de hemi-
hipertonia a direita e Babinski positivo. Foi realizado urgentemente exame de
Tomografia Computadorizada de Crânio sem contraste. A principal indicação para
o exame radiológico citado para este caso é:

A. Avaliar extensão de AVC isquêmico.


B. Visualizar o local de oclusão arterial para isquemia cerebral.
C. Suspeita primária de tumor cerebral.
D. Exclusão diagnóstica entre AVC isquêmico de hemorrágico.
E. Avaliar grau de atrofia cortical.

subtópico:
Acidente vascular encefálico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A tomografia computadorizada não é um método
adequado para avaliar a extensão do AVCi na fase precoce, pois começa a alterar-
se após 24 a 48 horas. Nesses casos, a ressonância magnética é mais adequada.
Alternativa B: INCORRETA A tomografia sem contraste é incapaz de avaliar a
vascularização intracraniana.
Alternativa C: INCORRETA. A principal suspeita diagnóstica no caso apresentado
é um acidente vascular cerebral.
Alternativa D: CORRETA. A tomografia é um exame essencial para diferenciar
acidentes vasculares hemorrágicos e isquêmicos, além de direcionar a conduta. A
presença de um exame normal com quadro clínico compatível fala a favor de um
AVCi.
Alternativa E: INCORRETA. O exame é capaz de avaliar atrofia cortical, mas esse
dado é pouco relevante em contexto de suspeita de AVC agudo.
▶ resposta: D

62 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Dentre os critérios de pontuação para a


classificação de Child-Pugh de gravidade de doenças hepáticas, a opção NÃO
correspondente é:

A. Hematócrito.
B. Bilirrubina.
C. TAP.
D. Encefalopatia hepática.
E. Albumina.

subtópico:
Insuficiência hepática.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A escala de Child-Pugh se utiliza de parâmetros relacionados com a função
hepática para determinar gravidade e prognóstico da insuficiência hepática. Após
sua aplicação, o paciente é classificado como A, B ou C (gravidade da doença
progressiva).

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O hematócrito não está relacionado diretamente com a
função hepática e por isso não é utilizado na classificação.
Alternativa B: INCORRETA O metabolismo da bilirrubina é uma das principais
funções hepáticas.
Alternativa C: INCORRETA. O TAP avalia a função de coagulação sanguínea e,
indiretamente, a produção hepática desses fatores.
Alternativa D: INCORRETA. A encefalopatia hepática é causada por aumento da
concentração de amônia no sangue, substância que deveria ser depurada pelo
fígado.
Alternativa E: INCORRETA. Outra importante função hepática é a produção de
albumina.
▶ resposta: A

63 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Acerca das características da asma brônquica pode-
se dizer que:

A. Não se trata de uma doença obstrutiva.


B. É uma doença geralmente refratária a broncodilatadores inalatórios.
C. Os sintomas são geralmente melhores à noite e pela manhã cedo.
D. O uso de beta-agonistas inalatórios pode causar tremores.
E. O uso de beta-agonistas inalatórios pode causar hipercalemia.

subtópico:
Asma

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A asma é uma doença inflamatória das vias
respiratórias terminais caracterizada por obstrução reversível dessas vias.
Alternativa B: INCORRETA É uma doença que responde muito bem a
broncodilatadores inalatórios. Casos refratários são a exceção.
Alternativa C: INCORRETA. A sintomatologia piora em períodos noturnos e no
início da manhã.
Alternativa D: CORRETA. Um efeito colateral comum dos beta-agonistas é
surgimento de tremores. Em geral, apresentam-se de forma discreta e
autolimitada. Esse é um efeito esperado da medicação e não uma forma de
alergia.
Alternativa E: INCORRETA. Os beta-agonistas tem efeito de induzir a entrada de
potássio para o meio intracelular, causando hipocalemia.
▶ resposta: D

64 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Paciente internado na Sala Vermelha há 30 dias por
falta de vagas em CTI no SUS, entubado sob ventilação mecânica assistido-
controlado. Foi submetido à punção venosa profunda em veia subclávia
esquerda, sem ter realizado raio-X de tórax de controle após o procedimento.
Decorrentes 2 horas, paciente se encontra com baixo volume corrente, queda da
saturação de oxigênio e mal adaptado a ventilação. Ao examinar o paciente, o
mesmo apresenta desvio da traqueia a direita. O diagnóstico mais provável e
primeira conduta mais indicada para este caso são, respectivamente:

A. Pneumotórax hipertensivo – drenagem de tórax em selo d’água à direita.


B. Pneumotórax hipertensivo – punção torácica em 2º espaço intercostal
esquerdo.
C. Pneumotórax hipertensivo – Raio X de tórax em PA.
D. Atelectasia Pulmonar à direita – fisioterapia respiratória para recrutamento
alveolar.
E. Pneumonia à direita sem derrame pleural – antibioticoterapia.

subtópico:
Pneumotórax.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A primeira medida adotada no manejo do
pneumotórax hipertensivo é a punção de alívio, sendo a drenagem em selo
d’água realizada em seguida.
Alternativa B: CORRETA O pneumotórax hipertensivo é uma complicação da
punção venosa profunda, caracterizada por hipoventilação, diminuição da
expansibilidade e da ausculta pulmonar, hipertimpanismo e desvio contralateral
da traqueia. A punção de alívio é a primeira medida a ser adotada.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico do pneumotórax no contexto
apresentado é clínico.
Alternativa D: INCORRETA. A atelectasia é uma complicação relacionada a
intubação seletiva, rolha de muco ou obstrução brônquica extrínseca, podendo
causar quadro semelhante ao enunciado. O início do quadro após a punção
venosa fala mais a favor de pneumotórax do que de atelectasia.
Alternativa E: INCORRETA. Pneumonia com derrame pleural extenso poderia
justificar o quadro e o tratamento seria baseado em toracocentese ou drenagem
torácica.
▶ resposta: B

65 (MS Concursos – Prefeitura de Juti/MS – 2019) A Doença de Crohn (DC) é


uma doença inflamatória intestinal caracterizada pelo acometimento segmentar,
assimétrico e transmural de qualquer porção do tubo digestivo, da boca ao ânus.
Em relação a essa doença, pode-se afirmar, exceto:

A. Além das manifestações no sistema digestório, a DC pode ter


manifestações extraintestinais, sendo as mais frequentes as oftalmológicas,
dermatológicas e reumatológicas.
B. Os segmentos do tubo digestivo mais acometidos são íleo, cólon e região
perianal.
C. Quando ocorre o acometimento gastroduodenal (apenas 5% dos casos),
justifica-se o uso de fármacos que diminuam a agressão péptica, sendo
indicados inibidores da bomba de prótons.
D. A colonoscopia com duas biópsias de cinco sítios distintos, incluindo o íleo,
é o método preferencial para o diagnóstico. À histopatologia, pode-se
apresentar com a presença de granulomas caseosos.

subtópico:
Doenças inflamatórias intestinais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As doenças inflamatórias intestinais causam diarreia e dor abdominal crônicas,
devendo ser investigadas nesse contexto clínico. Sua diferenciação pode ser
realizada a partir de biópsias teciduais, colonoscopia e exames laboratoriais
específicos (ANCA e ASCA).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A doença de Crohn (DC) tem diversas manifestações
extraintestinais como uveíte, episclerite, eritema nodoso e colangite
esclerosante.
Alternativa B: INCORRETA A DC afeta qualquer porção do tubo digestivo (da
boca ao ânus), sendo mais frequente no íleo terminal, cólon e região perianal.
Alternativa C: INCORRETA. Os inibidores de bomba de próton são
medicamentos de escolha para doença péptica associada.
Alternativa D: CORRETA. À histopatologia, pode-se apresentar com granulomas
não caseosos.
▶ resposta: D

66 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Paciente de 55 anos chega à UPA


com um derrame pleural à direita. O plantonista decide realizar o estudo do
líquido pleural para diferenciar exsudato de transudato. Qual das alternativas
abaixo contém todos os elementos que podem ajudar na diferenciação entre
exsudato e transudato?

A. pH, glicose e DHL.


B. DHL, triglicerídeo e proteína.
C. Proteína, DHL e colesterol.
D. Proteína, DHL e leucócitos.
E. Proteína, hematócrito e pH.

subtópico:
Derrame pleural

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para diferenciar exsudato de transudato, podemos utilizar o critério de Light
revisado.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Tanto o pH quanto a glicose não são incluídos nos
critérios.
Alternativa B: INCORRETA Os triglicerídeos não fazem parte do critério.
Alternativa C: CORRETA. Os critérios de Light tradicionais comtemplam apenas a
razão de proteínas e DHL do líquido pleural com o plasma. Após a revisão desses
critérios, foi adicionado o colesterol como terceiro fator.
Alternativa D: INCORRETA. A citologia auxilia na avaliação etiológica do
derrame, mas não é contemplada na classificação entre exsudato e transudato.
Alternativa E: INCORRETA. O hematócrito não é utilizado em nenhum critério.
▶ resposta: C

67 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Qual das alternativas abaixo


apresenta o exame padrão-ouro que deve ser solicitado em um paciente com
uma alta suspeita clínica de Tromboembolismo Pulmonar (TEP) para confirmação
diagnóstica?

A. Angiotomografia computadorizada
B. Ecocardiograma
C. Raio-X de tórax
D. D-dímero
E. USG doppler de membros inferiores

subtópico:
Tromboembolismo pulmonar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A partir da suspeita de TEP, deve-se aplicar escores para avaliar o risco de o
paciente apresentar a doença. Os principais escores utilizados são os de Genebra
e Wells.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O exame de escolha para pacientes com alta suspeita
clínica de TEP é a angiotomografia de tórax.
Alternativa B: INCORRETA O ecocardiograma fica reservado para avaliar a
gravidade da disfunção cardíaca ou achados indiretos de TEP, mas não é utilizado
como método diagnóstico definitivo.
Alternativa C: INCORRETA. O raio-X de tórax apresenta baixa sensibilidade para
TEP, sendo muitas vezes normal. Os achados clássicos no raio-X são os sinais de
Westermarck, corcova de Hampton e sinal de Palla.
Alternativa D: INCORRETA. O D-dímero fica reservado para pacientes de baixo
risco, como método de exclusão para TEP.
Alternativa E: INCORRETA. A ultrassonografia evidencia sinais indiretos de TEP,
mas não o diagnóstico definitivo.
▶ resposta: A

68 (COSEAC – UFF – 2019) Sobre Delirium, é correto afirmar que:

A. Os antipsicóticos são eficazes em prevenir crises da doença.


B. As alucinações mais frequentes são cinestésicas e auditivas.
C. Desatenção e pensamento desorganizado são marcos da doença.
D. O delirium se apresenta sempre com agitação mental e/ou motora.
E. A causa secundária mais comum é medicamentosa.

subtópico:
Delirium.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os principais desencadeantes de delirium são desidratação, distúrbios
hidroeletrolíticos, doenças infecciosas e constipação. Para seu diagnóstico,
podemos utilizar o escore CAM-ICU.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Antipsicóticos são apenas medicações sintomáticas
para delirium já instituído e não medidas preventivas. A prevenção se baseia em
resolver o fator desencadeante, adaptações ambientais (luz, óculos, dentadura,
familiares nas proximidades) e desospitalização.
Alternativa B: INCORRETA. Os principais tipos de alucinação são visuais ou
auditivas e, de forma menos comum, somatossensoriais.
Alternativa C: CORRETA. De acordo com os critérios CAM-ICU, para seu
diagnóstico são necessários períodos de desatenção com início agudo ou
flutuante associados a alteração no nível de consciência ou pensamento
desorganizado.
Alternativa D: INCORRETA. O delirium pode se apresentar na forma hipoativa,
sem agitação importante.
Alternativa E: INCORRETA. Apesar de ser uma etiologia possível,
frequentemente o delirium é multicausal ou sem causa definida.

▶ resposta: C

69 (COSEAC – UFF – 2019) Sobre pneumonia, está correto afirmar que:

A. No paciente grave, internado, há evidências que a combinação beta-


lactâmico + macrolídeo melhora o prognóstico.
B. O escore CURB-65 é utilizado para diagnóstico, e é composto de idade,
nível consciência, respiração e oxigenação.
C. A ausência de melhora radiológica com 3 dias de antibiótico é sinal de mau
prognóstico e indica aumento do espectro no tratamento.
D. O corticoide é um tratamento adjuvante em todos os casos de pneumonia
comunitária grave.
E. Para ser considerado um caso de pneumonia associada aos cuidados em
saúde (health care associated), o paciente deve ter ficado internado por 5 dias
ou mais nos últimos 6 meses.

subtópico:
Pneumonia adquirida na comunidade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A pneumonia adquirida na comunidade é definida como a infecção pulmonar
obtida fora do ambiente hospitalar ou até 48 horas da admissão.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Em pacientes internados, a escolha de tratamento
empírico é a associação de beta-lactâmico endovenoso com macrolídeo ou
quinolona respiratória isolada.
Alternativa B: INCORRETA O escore CURB-65 é utilizado para avaliar a gravidade
da pneumonia a indicar local do tratamento: ambulatorial ou hospitalar. É
composto das seguintes variáveis: confusão mental, uremia, frequência
respiratória, pressão arterial e idade.
Alternativa C: INCORRETA. A resposta ao tratamento é baseada na melhora
clínica (estado geral, padrão respiratório, febre) e não na melhora radiológica.
Nas pneumonias, os achados radiológicos podem persistir por algumas semanas
após a cura da infecção, sem relação com mau prognóstico.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a última diretriz brasileira, uso de
corticoides na PAC grave mostrou-se seguro e benéfico em diversos desfechos
clínicos importantes, sem evidência de redução na mortalidade. Por outro lado,
deve-se evitar o uso indiscriminado dessa terapia. Assim, sugere-se o uso nas
infecções grave, mas sem a obrigatoriedade que a questão refere.
Alternativa E: INCORRETA. O termo pneumonia associada aos cuidados em
saúde se refere à infecção obtida após 48 horas de internação, nos 90 dias
precedentes ou por contato com outros recursos (quimioterapia, diálise,
antibiótico etc.).

▶ resposta: A

70 (COSEAC – UFF – 2019) Um homem de 65 anos, hígido, vem para consulta


médica de rotina e deseja atualizar suas imunizações. A última atualização foi aos
50 anos de idade. A alternativa a ser prescrita para o paciente é:

A. HPV, Influenza, Zoster e Pneumococo.


B. Apenas influenza e dT.
C. Pneumococo, dT e influenza.
D. Apenas influenza.
E. Apenas dT.

subtópico:
Vacinação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O calendário vacinal não se restringe à infância. Na atenção à saúde do adulto,
outros fatores indicam diferentes esquemas de vacinação: comorbidades,
gestação, idade.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vacinação contra HPV é indicada para meninos de 11
a 14 anos. A vacina de zoster pode ser aplicada em homens acima de 50 anos,
mas não está disponível na rede pública como parte do calendário obrigatório.
Alternativa B: INCORRETA. Influenza e dT são indicados para idosos, mas não
são as únicas.
Alternativa C: CORRETA. Além da dT e influenza, vacinação contra pneumococo
entra no calendário vacinal para idosos. Outras vacinas podem ser aplicadas em
idosos: hepatite B (a depender do status vacinal) e febre amarela (zonas de risco).
Alternativa D: INCORRETA. Conforme já citado, não é a única vacina.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já citado, não é a única vacina.
▶ resposta: C
Clínica Médica

 
Questões Para Residência

01 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) C.S.C., paciente diabético,


apresentou-se ao pronto-socorro com história de vômitos sanguinolentos nas
últimas horas. Evoluiu com tonturas, desmaios e instabilidade hemodinâmica com
necessidade de drogas vasoativas. A família referiu diagnóstico de
esquistossomose há sete anos e duas internações prévias por complicações de
varizes de esôfago. Doze horas após a chegada ao pronto-socorro, apresentou
parada cardiorrespiratória e faleceu. Analise a seguinte figura, correspondente à
Declaração de Atestado de Óbito de C.S.C. No campo “c” deve constar:

A. Hipertensão portal
B. Rotura de varizes esofágicas.
C. Esquistossomose
D. Choque hipovolêmico.
E. Diabetes mellitus

subtópico:
Preventiva; Clínica Médica; Hepatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
No preenchimento da declaração de óbito (DO), lembra-se que a causa básica é
definida como a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos
patológicos que conduziram diretamente à morte ou as circunstâncias do acidente
ou violência que produziram a lesão fatal.

resolução:
Vamos preencher essa DO? Parte II: Diabetes mellitus (condição significativa que
contribuiu para a morte, mas que não entrou na cadeia direta de acontecimentos).
Parte I: causa básica (linha d = Esquistossomose); causa intermediária (linha c =
Hipertensão portal); causa intermediária (linha b = Rotura de varizes esofágicas);
causa imediata (linha a = Choque hipovolêmico).
▶ resposta: A

02 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 43 anos, em investigação por fraturas


recorrentes por pequenos traumas. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial,
nefrolitíase e constipação intestinal há dois anos. Inventário ósseo: fratura de
rádio e ulna esquerdos e de calcâneos consolidadas, osteopenia intensa em ossos
da mão e crânio com aspecto em sal e pimenta. O achado eletrocardiográfico mais
provável é:

A. Ondas T apiculadas
B. Elevação do segmento ST
C. Encurtamento do intervalo QT.
D. Bloqueio AV do segundo grau Mobitz II.

subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As alterações eletrocardiográficas produzidas por distúrbios eletrolíticos são uma
tônica em provas de concurso. Portanto, estes padrões devem ser gravados.

resolução:
Fraturas recorrentes por pequenos traumas + osteopenia + nefrolitíase +
constipação intestinal. Isso soa familiar? São dados clínicos frequentes nas
questões relativas a hipercalcemia. E essa hipertensão, está aí por acaso? Embora
nem sempre lembrada, o hiperparatireoidismo é causa de HAS secundária. Mas
qual o achado clássico da hipercalcemia? Encurtamento do intervalo QT. Lembre-
se, excesso de cálcio traz a onda T para perto. Déficit de cálcio leva para longe
(alargamento do intervalo QT)
▶ resposta: C

03 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 37 anos, procura o Pronto Atendimento com


quadro de febre há três dias, não medida, acompanhada de tosse
preferencialmente noturna, cefaleia na região frontal, de moderada intensidade,
ao longo de todo o dia e que melhora a noite e secreção nasal esbranquiçada e
fluida, bilateralmente. Sem outras queixas. Antecedente pessoal: tabagismo 1,2
maços/ano. Exame físico: Bom estado geral, FR = 16 irpm, FC = 72bpm; hiperemia
conjuntival bilateral; dor à dígito-pressão de região frontal, bilateralmente.
Oroscopia: presença de secreção perolácea em retrofaringe, com hiperemia de
pilares amigdalianos bilateralmente. Além da orientação para o tabagismo, o
tratamento é:
A. Hidratação oral, inalação com salina e instilação de salina nasal bilateral
várias vezes ao dia.
B. Amoxacilina + clavulanato 500 mg via oral 3x/d por 14 dias, budesonida
aerossol oral 400mcg 2x/dia.
C. Azitromicina 1g via oral 1x/d por 5 dias, nebulização com salbutamol 4x/dia.
D. Budesonida aerossol oral, 400mcg 2x/d, instilação de salina nasal várias
vezes ao dia.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A diferenciação entre quadro virais e bacterianos deve ser baseada nos achados
de anamnese e exame físico.

resolução:
Paciente com quadro típico de rinossinusite há três dias. Lembremos que é um
quadro com diagnóstico clínico e estaria errada a alternativa que sugerisse realizar
exame de imagem. Qual o próximo passo? Avaliarmos a possibilidade de se tratar
de rinossinusite bacteriana, embora a viral seja a mais frequente. Embora na
prática muitas vezes a diferenciação não seja assim tão fácil, a questão quer em
alguns momentos nos dizer que se trata de fato de uma rinossinusite viral: “três
dias”, “secreção nasal esbranquiçada e fluida”, “hiperemia conjuntival bilateral”
(atenção nessa), “secreção perolácea em retrofaringe” e “hiperemia de pilares
amigdalianos”. Faremos ATB em quadro viral? Não Faremos budesonida aerossol
oral numa rinossinusite? Não.
▶ resposta: A

04 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 45 anos, vem ao ambulatório de infectologia


assintomático, trazendo duas sorologias (sendo um deles imunoenzimático de 4ª
geração e o outro de imunoblot) positivas para o vírus da imunodeficiência
humana (HIV). A conduta é:

A. Realizar sorologias confirmatórias (teste molecular seguido de western-blot)


e considerar tratamento após confirmação do diagnóstico de infecção pelo
HIV.
B. Iniciar imediatamente terapia antirretroviral, com associação de tenofovir,
lamivudina e dolutegravir, independente da carga viral e da contagem de
linfócitos-T CD4+ em sangue periférico.
C. Coletar carga viral (CV) e contagem de linfócitos-T CD4+ em sangue
periférico e indicar terapia antirretroviral caso CV > 2 log ou contagem de
linfócitos-T CD4+ < 500mm³.
D. Coletar carga viral (CV) e contagem de linfócitos-T CD4+ em sangue
periférico e indicar terapia antirretroviral caso CV > 3 log ou contagem de
linfócitos-T CD4+ < 200mm³.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atentar para as novas recomendações do Ministério da Saúde.

resolução:
Paciente com sorologia e imunoblot positivos para o HIV, sendo testes com alta
especificidade, ou seja, poucos falso positivos, o que queremos mais para iniciar
tratamento? Lembremos que a nova recomendação, recorrente nas últimas
provas, é de que tratemos todos os pacientes infectados, independentemente da
sua carga viral e CD4. Qual o novo esquema recomendado? Tenofovir (TDF) +
Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG).

▶ resposta: B

05 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 53 anos, foi admitido no hospital com icterícia e


dor abdominal inespecífica. Antecedentes pessoais: cirrose alcoólica há quatro
anos (Child-Pugh A6) mantendo ingestão diária de bebida alcoólica. Exame físico:
Icterícia 2+/4+; teleangiectasias; abdome: fígado não palpável, baço percutível,
ausência de ascite; Neurológico: normal; membros: sem edema. Bilirrubina total=
22,3 mg/dl, ALT = 83 UI/ml, AST = 40UI/ml, RNI = 1,53, Plaquetas = 97.000mm³.
Radiograma de tórax: opacidade com broncograma aéreo em base de pulmão
direito. Evoluiu com hipotensão e elevação dos níveis de creatinina após início de
cefepime. O diagnóstico é:

A. Hepatite fulminante secundária antibioticoterapia.


B. Insuficiência hepática crônica agudizada.
C. Hepatite viral fulminante.
D. Choque séptico.

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Faremos essa questão por eliminação. É possível dizer que tal paciente possui
hepatite fulminante? Não, pois o conceito dessa condição diz respeito ao
“surgimento de encefalopatia hepática dentro de oito semanas após o início da
doença em pacientes sem hepatopatia prévia” ou “surgimento de encefalopatia
hepática dentro de duas semanas após o início da icterícia em pacientes com
hepatopatia prévia”. O paciente nem mesmo apresenta encefalopatia hepática, já
que seu exame neurológico se encontra normal e, portanto, letras A e C
descartadas. Podemos dizer que o paciente tem choque séptico? O novo conceito
de choque séptico diz respeito à necessidade de vasopressores para manter PAM >
65 mmHg ou dosagem de lactato > 2 mmol/l. Ora, nosso paciente é um
hepatopata crônico que claramente apresenta quadro de pneumonia. Sabemos
que o paciente cirrótico está sempre vasodilatado, em estado de hipovolemia
relativa, de modo que qualquer infecção pode piorar essa condição e afetar a
hemodinâmica desse paciente.

▶ resposta: B

06 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 31 anos, trazido ao Pronto Socorro após


apresentar crise convulsiva; acompanhante refere que paciente ingeriu alguma
substância misturada com bebida alcoólica há 5 horas. Antecedentes pessoais:
etilismo e depressão. Exame físico: PA = 150x80 mmHg, FC = 70 bpm, Saturação de
O2 (ar ambiente) = 80%. Pulmões: murmúrio vesicular presente com estertores
crepitantes bilateralmente; Escala de Coma de Glasgow = 3, pupilas mióticas,
sialorreia. Gasometria: pH = 7,06, pO2 = 60 mmHg, pCO2 = 43 mmHg, HCO3 = 11,6
mEq/l. O diagnóstico é intoxicação por:

A. Antidepressivo tricíclico.
B. Cocaína.
C. Benzodiazepínico.
D. Carbamato

subtópico:
Clínica Médica; Preventiva; Neurologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O estado das pupilas fornece um direcionamento fundamental para a resolução da
questão. As síndromes decorrentes das intoxicações exógenas são bastante
cobradas em concursos.

resolução:
A dica da questão é o estado das pupilas, pois, se estão mióticas, pensaremos em
substância que esteja gerando síndrome colinérgica. Ora, a cocaína é um
simpaticomimético, gerando midríase intensa (B incorreta). Já os tricíclicos
possuem efeitos anticolinérgicos, também podendo causar midríase (A incorreta).
Os benzodiazepínicos não produzem alterações pupilares. Já o carbamato, o
popular chumbinho, é um agente anticolinesterásico, ou seja, aumenta a
concentração da acetilcolina, provocando bradicardia, broncoespasmo, sialorreia e
miose.
▶ resposta: D

07 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 57 anos, admitida em Pronto Atendimento


desacordada e apresentando movimentos involuntários de extremidades. Em uso
de tiamina e dieta nasoenteral 625 kcal/dia há dois dias por desnutrição grave.
Antecedentes pessoais: doença de Crohn perianal, etilismo. Exame físico:
Neurológico: Escala de Coma de Glasgow = 9, mioclonias de membros, IMC
(estimado) = 16kg/m². Albumina = 1,9 mg/dl, fósforo = 0,27 mmol/l. O diagnóstico
é:
A. Encefalopatia de Wernicke-Korsakoff
B. Síndrome de realimentação
C. Deficiência de niacina
D. Beribéri

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão é mais comum de se ver em crianças com desnutrição.

resolução:
Paciente com desnutrição grave é alimentada em grande quantidade e evolui com
piora do quadro? Esse quadro é típico da síndrome da realimentação, onde o
alimento reposto promove a liberação de muita insulina, hipocalemia,
hipomagnesemia e hipofosfatemia, sendo a última a mais característica e o
grande marcador dessa complicação.
▶ resposta: B

08 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 23 anos, refere dor no quadril e dificuldade


para andar há duas horas após crise convulsiva. Antecedentes pessoais:
insuficiência renal crônica. Creatinina = 8,9 mg/dl, Ureia = 194 mg/dl, Cálcio = 4
mg/dl, Fósforo = 6,2 mg/dl, Fosfatase alcalina = 27UI/dl PTH = 488 pg/ml.
Radiograma de pelve: fratura da cabeça do fêmur direito. O diagnóstico é:

A. Hiperparatiroidismo primário
B. Osteomalácia por deficiência de vitamina D
C. Osteíte fibrosa por hipocalcemia
D. Osteodistrofia renal

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembrar da fisiopatologia da doença renal.

resolução:
Paciente com DRC avançada + hipocalcemia + hiperfosfatemia + PTH aumentado?
Estamos diante de hiperparatireoidismo secundário à DRC, o que repercute na
chamada osteodistrofia renal (ou osteíte fibrosa cística), havendo elevado turnover
ósseo.
▶ resposta: D
09 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 43 anos, procura o Pronto Socorro queixando-
se de mal-estar geral, inapetência, cefaleia e febre (38 ~ 38,5°C) há dois dias. Nega
vômito ou alterações do hábito intestinal ou urinário. Mora na divisa
Campinas/Sumaré (SP), chegou há 5 dias de Diamantina (MG), onde havia
permanecido também por cinco dias. Exame físico: Regular estado geral,
descorada ++/4+, desidratada ++/4+, ictérica +++/4+, FC = 120 bpm, FR = 23irpm,
PA = 100 x70 mmHg. Pele: sem lesões, Abdome: plano, flácido, fígado a 10 cm da
borda costal direita, superfície lisa, consistência diminuída e doloroso à palpação;
Baço palpável a 5 cm da borda costal esquerda. A conduta além da coleta de
exames laboratoriais e de reposição volêmica é solicitar:

A. Líquido cefalorraquidiano (citologia, bioquímica e cultura)


B. Teste rápido e exame parasitológico para malária.
C. Teste rápido para dengue e MAC-ELISA para febre amarela
D. Sorologias para Chikungunya e Zika vírus.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Síndromes febris! Tônica nos pronto atendimentos e nos concursos.

resolução:
Paciente com quadro de febre há dois dias, icterícia , hepatomegalia dolorosa e
esplenomegalia. Possui relato ainda de ter vindo recentemente de área endêmica
para febre amarela (Minas Gerais). A única resposta plausível é a letra C, afinal,
apesar da suspeita mais forte ser realmente para Febre Amarela, não podemos
descartar dengue com complicações. A paciente não apresenta quadro sugestivo
de meningite bacteriana (letra A incorreta), não vem da Amazônia para pensarmos
inicialmente em malária (letra B incorreta), além de zika e chikungunya não
costumarem apresentar com esse quadro do enunciado

▶ resposta: C

10 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 51 anos, acompanhado em Unidade Básica de


Saúde por dislipidemia, assintomático, em tratamento medicamentoso há seis
meses. A dosagem atual de creatinofosfoquinase = 363 U/l. A conduta em relação
ao hipolipemiante é:

A. Trocar
B. Suspender
C. Manter.
D. Diminuir a dose

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:
resolução:
O principal efeito das estatinas é a toxicidade muscular. Entretanto, se o paciente
se encontra sintomático, suspenderemos se a dosagem de CPK ultrapassar 10
vezes o LSN, isto é, maior que 1.700. Caso estivesse sintomático, aí sim teríamos
motivos para suspender.

▶ resposta: C

11 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 82 anos, é admitido referindo falta de ar e


inchaço progressivos há duas semanas. Antecedentes pessoais: miocardiopatia
dilatada. Medicações: carvedilol 25 mg/dia, enalapril 20 mg/dia e furosemida 40
mg/dia. Exame físico: Regular estado geral, FC = 102 bpm, PA = 112x68mmHg,
Pulmões: murmúrio vesicular presente, estertores crepitantes bilateralmente;
membros: edema de membros inferiores, sacral e perineal 4+/4+. Creatinina = 1,5
mg/dl, ureia = 68mg/dl, potássio = 5,2 mEq/l. Nos quatro primeiros dias de
internação faz uso de furosemida 20 mg, intravenoso de 8/8h, com melhora
significativa das queixas. No quinto dia de internação refere tonturas, sem
dispneia. Exame físico: FC = 88 bpm, PA = 96X54 mmHg, edema de membros
inferiores 2+/4+. Potássio = 3,5 mEq/l, Creatinina = 3,8mg/dl e ureia = 202mg/dl. A
conduta é:

A. Iniciar espironolactona.
B. Diminuir a dose de carvedilol.
C. Iniciar diálise
D. Suspender o diurético e hidratar

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os perfis hemodinâmicos da IC têm sido muito abordados no contexto de
concursos pela sua fácil padronização e memorização.

resolução:
Paciente com cardiomiopatia dilatada em tratamento é internado com
descompensação do quadro em perfil hemodinâmico B (quente e úmido). Durante
a internação, são feitas altas doses de diurético e, embora o paciente apresente
melhora da congestão pulmonar, evolui com instabilidade hemodinâmica e IRA de
padrão pré-renal. Nesse momento, devemos suspender o diurético, além de
reidratá-lo de maneira cuidadosa, evitando sobrecarga hídrica. Não há critérios,
ainda, para diálise de urgência.
▶ resposta: D

12 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 63 anos, com história de mãos e pés arroxeados


com a mudança da temperatura e cansaço há seis meses. Exame físico: úlceras
digitais cicatrizadas. Fator antinúcleo = 1/1280, com padrão anticentromérico.
Tomografia Computadorizada de Tórax: Pulmões: hiperlucentes e padrão em vidro
fosco difusamente. Teste de função pulmonar: Capacidade vital forçada = 65% do
normal, provável padrão restritivo e difusão de monóxido de carbono = 18,5%
(normal 76- 140%). O diagnóstico é:

A. Fibrose pulmonar idiopática


B. Lúpus eritematoso sistêmico
C. Esclerose sistêmica
D. Sarcoidose.

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Quadro clássico de esclerose sistêmica. Paciente apresentando fenômeno de
Raynaud + úlceras digitais + FAN positivo com padrão anticentromérico +
pneumopatia intersticial restritiva. Não temos como marcar outra alternativa.

▶ resposta: C

13 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 40 anos, procura Pronto Socorro referindo dor


súbita no abdome superior com irradiação para os demais quadrantes há duas
horas, com piora gradativa, acompanhada de náuseas. Nega febre. Antecedentes
pessoais: tabagismo 20 maços/ano; anti-inflamatório oral para hérnia de disco (2-
3x/semana). Exame físico: PA = 110 x 80 mmHg, FC = 110 bpm, FR = 24 irpm,
oximetria de pulso (ar ambiente) = 96%; Abdome: plano, tenso e sem cicatriz
cirúrgica; dígito-percussão, palpação superficial e profunda dolorosos e
descompressão brusca presente em todos quadrantes. A conduta é:

A. Ultrassonografia de abdome total


B. Radiograma simples de tórax ortostático.
C. Endoscopia digestiva alta
D. Analgesia e hidratação

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão de semiologia médica (sinal de Jobert).

resolução:
Paciente com abdome agudo associado a relato de uso crônico de AINEs, faz
lembrar imediatamente de úlcera péptica perfurada. Ao exame físico, paciente
encontra-se com abdome em tábua, doloroso à percussão. Qual a nossa primeira
conduta diagnóstica frente a um caso como esse? Raio-X de tórax. Em busca de
quê? Pneumoperitônio. Para fechar, qual o nome do sinal semiológico que, à
percussão do hipocôndrio direito, desaparece a macicez hepática e surge
timpanismo? Sinal de Jobert.

▶ resposta: B

14 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 21 anos, chega no Pronto Socorro por


hematoquezia há 40 minutos. Sem comorbidades. Exame físico: PA = 80x40
mmHg; FC = 124 bpm; FR = 20 irpm; oximetria de pulso (ar ambiente) = 90%.
Realizado: suplementação de oxigênio, exames laboratoriais e reposição volêmica
com sucesso. AS condutas seguintes são:

A. Omeprazol e endoscopia digestiva alta


B. Preparo intestinal e colonoscopia
C. Antibioticoterapia e tomografia computadorizada de abdome
D. Jejum e ultrassonografia de abdome total

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Qual a primeira conduta diante de um paciente com
HDB? Endoscopia digestiva alta! Como assim? Além de mais prevalente, as
hemorragias altas (acima do ângulo de Treitz) podem se apresentar com
hematoquezia, e não apenas melena. Dessa forma, antes de realizar colonoscopia
no paciente, não podemos passar batido. Além disso, iniciaremos tratamento
empírico com IBP para a causa mais importante de HDA: doença ulcerosa péptica.
▶ resposta: A

15 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 19 anos, colidiu sua motocicleta contra um


muro a 100 km/h. Exame físico: PA = 130x80 mmHg, FC = 94 bpm, FR = 22 irpm,
oximetria de pulso (ar ambiente) = 98%, Escala de Coma de Glasgow= 15.
Radiograma de tórax: fraturas no primeiro e segundo arcos costais e clavícula
esquerdos e alargamento de mediastino. A conduta é:

A. Endoscopia digestiva alta.


B. Angiotomografia
C. Mediastinoscopia
D. Broncoscopia flexível

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que o paciente do cenário está estável.
resolução:
Paciente vítima de trauma torácico com fraturas de primeiros arcos costais
(necessitam de maior impacto) + alargamento de mediastino? Pensaremos em
trauma aórtico. Como o paciente está estável, podemos submetê-lo a um exame
que guiará a abordagem terapêutica, a angio-TC.

▶ resposta: B

16 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 3 anos, submetida a correção de coarctação da


aorta via toracotomia esquerda há dois dias. Durante a troca do frasco de
drenagem torácica notou-se secreção leitosa em todo o sistema. A conduta é:

A. Jejum e nutrição parenteral


B. Troca do sistema do dreno
C. Toracoscopia
D. Pleurodese química

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão clássica sobre complicações de cirurgia torácica.

resolução:
O que aconteceu com essa criança, que foi submetida a cirurgia de tórax e evoluiu
com líquido leitoso no dreno? Uma provável lesão do ducto torácico, que
transporta a linfa, rica em gordura. Devemos lembrar que em grande parte dos
casos ocorre fechamento espontâneo da fístula, de modo que a terapia será
inicialmente conservadora, com NPT + jejum oral, na tentativa de repor as perdas
lipídicas sem aumentar o débito do quilo. Em caso de evolução desfavorável,
quando essa conduta é ineficaz, a cirurgia pode ser indicada.
▶ resposta: A

17 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 31 anos, portadora de coledocolítiase, foi


submetida à colangiopancretografia retrógrada endoscópica + papilotomia e
exploração das vias biliares, com retirada dos cálculos. Após retorno da sedação
apresentou dor epigástrica intensa, sem melhora com medicação. Exame físico:
consciente, ictérica 2+/4+, corada, hidratada, acianótica, PA = 110x75 mmHg, FC =
98 bpm, FR = 20 irpm; Abdome: plano, normotenso, dor a palpação profunda em
epigastro, descompressão brusca negativa, digitopercussão indolor, sem
visceromegalia. O diagnóstico a ser investigado é:

A. Perfuração duodenal.
B. Hepatite medicamentosa
C. Lesão de colédoco
D. Sepse de foco abdominal.

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia

grau de dificuldade:

resolução:
Quanto às complicações clássicas de CPRE, temos a pancreatite aguda, que quase
sempre é lembrada. Entretanto, não podemos deixar de lembrar de outra
complicação bastante associada a esse procedimento, a perfuração duodenal, que
inicialmente se manifesta apenas com intensa dor epigástrica, podendo ter
descompressão brusca negativa no começo do quadro, pelo fato da coleção se
acumular no retroperitônio. Assim, só apresenta sinais mais tardiamente. E a
icterícia? Ora, nada mais é do que consequência da própria condição que motivou
o procedimento, a coledocolitíase
▶ resposta: A

18 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 34 anos, deu entrada no Pronto Socorro com


dor e distensão abdominal difusa há três dias, acompanhada de náuseas, parada
de eliminação de fezes e flatos. Nega hipertensão, diabetes, etilismo e tabagismo.
Antecedentes pessoais: duas cesáreas e histerectomia. Radiograma simples de
abdome ortostático e decúbito dorsal horizontal: presença de alças intestinais
dilatadas com nível hidroaéreo e pregas coniventes. As pregas coniventes
pertencem a seguinte estrutura:

A. Colón ascendente
B. Estômago
C. Sigmoide
D. Intestino delgado.

subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção ao passado cirúrgico.

resolução:
Paciente dá entrada no PS com dor + distensão abdominal difusa há três dias +
náuseas + parada de eliminação de fezes e flatos? Isso é a clínica de uma síndrome
obstrutiva intestinal. No radiograma simples de abdome em ortostase e decúbito
dorsal, temos a presença de nível hidroaéreo (sugerindo realmente obstrução) e a
presença de “pregas coniventes”, característico de obstrução de intestino delgado.
Qual a principal causa de obstrução de delgado? Brida. Não é para menos que a
questão cita que a paciente foi submetida no passado a duas cesáreas e uma
histerectomia. Essa não podemos errar!
▶ resposta: D
19 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 65 anos, procura o Pronto Socorro referindo
parada de eliminação de flatos e fezes, aumento do abdome e náuseas há cinco
dias. Nega febre e vômitos. Antecedentes pessoais: tabagismo 1 maço/dia/50 anos
e hipertensão arterial. Exame físico: bom estado geral, desidratado +/4+,
descorado +/4+, FR = 18 irpm, acianótico; Abdome: distendido e hipertimpânico
globalmente. Radiograma do abdome: distensão desde o ceco até cólon
descendente, ausências de pregas coniventes e de ar em ampola retal. O
diagnóstico é:

A. Obstrução do intestino delgado


B. Suboclusão em alça fechada
C. Câncer obstrutivo de sigmoide, com válvula ileocecal continente
D. Megacólon tóxico.

subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se do diagnóstico sindrômico e suas principais causas.

resolução:
Paciente de 65 anos dá entrada no PS com distensão abdominal difusa há cinco
dias + náuseas + parada de eliminação de fezes e flatos? Isso é a clínica de uma
síndrome obstrutiva intestinal. No radiograma simples de abdome, temos
distensão desde o ceco até o cólon descendente, ausência de pregas coniventes e
de ar em ampola retal. O que isso quer dizer? Que o paciente apresenta ponto de
obstrução no intestino grosso que está impedindo a passagem após o cólon
descendente (ausência de ar em ampola retal), mas que temos também algo
impedindo o retorno das fezes para o intestino delgado (ausência de pregas
coniventes). O que seria? A válvula ileocecal, que nesse caso é competente. Qual
será o diagnóstico desse paciente? Provavelmente a causa mais comum de
obstrução de intestino grosso, o CA colorretal e, de acordo com a descrição da
radiografia, a topografia indica a região sigmoide como sendo a acometida
▶ resposta: C

20 (UNICAMP – SP - 2018) Lactente, 3m, chega à Emergência, pálido, pouco


responsivo, com cianose labial. Exame físico: Regular estado geral, afebril, FR = 68
irpm, saturação Oxigênio (ar ambiente) = 79% PA = 40x20mmHg, pulsos periféricos
finos, tempo de enchimento capilar= 4 seg. Monitor cardíaco: FC = 220bpm, QRS
estreito, dificuldade de visualização da onda P, ritmo regular. O diagnóstico e a
conduta são:

A. Taquicardia supraventricular; cardioversão sincronizada


B. Taquicardia sinusal; analgésico
C. Taquicardia ventricular; adenosina.
D. Taquicardia ventricular; desfibrilação elétrica.
subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Diante de taquiarritmia, a conduta sempre se baseará na presença ou ausência de
instabilidade hemodinâmica causada pela arritmia.

resolução:
Lactente apresenta-se grave com taquicardia de QRS estreito + ausência de onda P
+ ritmo regular. O que é isso? Taquicardia supraventricular. Isso bastava para
responder, mas qual a conduta? Diante de um paciente com sinais de instabilidade
hemodinâmica (hipotensão, hipoxemia e tempo de enchimento capilar
prolongado), sem dúvidas a conduta é a cardioversão elétrica imediata.

▶ resposta: A

21 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 8 anos, trazida à Unidade de Emergência por


apresentar diplopia e alteração da fala há um dia. Exame físico: ptose palpebral
bilateral e diplopia; Exame oftalmológico: redução gradativa da força em músculo
reto lateral e músculo elevador da pálpebra bilateralmente. Questionada, criança
lembrou de ter “pisado em espinho” na tarde anterior. Pé esquerdo com ponto de
inoculação eritematoso em 4º dedo. Creatinofosfoquinase = 4425U/l; exame
sumário de urina: Hb = positiva. O diagnóstico é de acidente:

A. Crotálico
B. Elapídico
C. Loxoscélico
D. Botrópico

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Fácies miastênica diante de quadro de acidente ofídico.

resolução:
Questão de acidentes por animais peçonhentos, tema frequente na prova da
Unicamp. No caso em questão, paciente apresenta quadro neurológico (diplopia,
ptose palpebral e alteração da fala) associado a altos níveis de CPK e sumário de
urina com Hb positiva, sugerindo rabdomiólise. Pelo relato de ter “pisado em
espinho”, isso sugere fortemente acidente com a famosa cascavel, ou apenas
acidente crotálico. Revisando as outras alternativas, quais os pontos-chave?
Acidente botrópico (jararaca) = fenômenos hemorrágicos; acidente loxoscélico
(aranha-marrom) = lesão cutânea necrótica e anemia hemolítica; acidente
elapídico (cobra coral) = quadro neurológico semelhante, mas sem rabdomiólise.
▶ resposta: A

22 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 2 anos, trazido a Unidade de Pronto


Atendimento por apresentar há dois dias, tosse, febre e vômitos. Antecedentes
pessoais: comunicação interventricular, em uso de digoxina e furosemida por via
oral e cinco pneumonias anteriores, última há três meses. Exame físico: Regular
estado geral, hipoativo, Temperatura = 38°C, FR = 58 irpm, FC = 160 bpm, tempo
de enchimento capilar = 2 segundos, saturação de oxigênio (ar ambiente) = 86%;
Tórax: retração subcostal; Abdome: fígado palpável à 5 cm do rebordo costal
direito, borda romba. Gasometria arterial: pH = 7,21; pO2 = 65mmHg; pCO2 = 55
mmHg; HCO3 = 13 mEq/l. Radiograma de tórax: cardiomegalia global e opacidade
difusa em bases pulmonares. AS hipóteses diagnósticas são:

A. ICC descompensada, insuficiência respiratória, acidose mista


B. ICC descompensada, insuficiência respiratória, acidose respiratória
C. Pneumopatia crônica, cardiopatia congênita, acidose metabólica.
D. Pneumopatia crônica, cardiopatia congênita, acidose respiratória.

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Calcular o PaCO2 esperado.

resolução:
Questão que apenas com um cálculo poderíamos matá-la, afinal, paciente com pH
7,21 + HCO3 de 13 mEq/l, trata-se de acidose metabólica, restando calcular se a
mesma se encontra compensada ou não. Vamos lá: PaCO2 = HCO3 x 1,5 + 8,
obtendo o resultado de 27,5 como o PaCO2 esperado, ou seja, o paciente está
retendo mais CO2 do que deveria, uma acidose mista, sendo a alternativa A a única
que apresenta essa resposta. Mas vamos lá, é um paciente com cardiopatia
congênita com CIV, em uso de digoxina e furosemida, portanto, também tem ICC.
O paciente apresenta piora do quadro há dois dias associado a taquipneia,
retração intercostal e hipóxia, logo, insuficiência respiratória aguda, oriunda de
provável ICC descompensada. Poderíamos ficar em dúvida entre as letras A e B,
mas a gasometria, já explicada, nos faria chegar à resposta correta.
▶ resposta: A

23 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 3 anos, é recebido na sala de pronto


atendimento de uma UBS após ter sido picado por uma abelha há cerca de 10
minutos. Mãe refere choro inconsolável com intensa irritabilidade. Exame físico: FC
= 136 bpm; FR = 50 irpm; rubor facial e estridor laríngeo; Face: edema de lábios e
língua; Pulmões: murmúrio vesicular presente e simétrico bilateralmente e alguns
sibilos; Pele: placas de urticária. O diagnóstico e a conduta são:
A. Alergia a picada de inseto, dexclorferinamina oral.
B. Angioedema, corticoide endovenoso
C. Anafilaxia, adrenalina intramuscular
D. Urticária, loratadina oral.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Dermatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
atenção à via de administração.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Criança após picada de abelha evoluindo com
irritabilidade + taquipneia + SIBILOS PULMONARES + ESTRIDOR LARÌNGEO +
ANGIOEDEMA + PLACAS DE URTICÁRIA. O que está acontecendo? Isso é um
quadro típico de ANAFILAXIA, onde a medida salvadora é a pronta administração
de ADRENALINA. Atenção, pois é pegadinha constante de prova: a via de
administração da adrenalina na Anafilaxia é INTRAMUSCULAR e não subcutânea!
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: C

24 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 62 anos, com história de tabagismo (40


maços/ano) procura atendimento médico buscando realizar exames que permitam
diagnóstico precoce e possibilitem a redução da mortalidade específica por câncer.
OS EXAMES A SEREM REALIZADOS PERIODICAMENTE SÃO:

A. Colonoscopia, endoscopia digestiva alta, radiograma de tórax PA e perfil


B. Sangue oculto nas fezes, dosagem de PSA, tomografia computadorizada de
tórax de baixa dosagem
C. Colonoscopia, dosagem de PSA, radiograma de tórax PA e perfil
D. Retosigmoidoscopia, endoscopia digestiva alta, tomografia
computadorizada de tórax de baixa dosagem.

subtópico:
Clínica Médica; Preventiva.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão polêmica.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. A partir dos 50 anos, está indicado o rastreio do CA
colorretal, que pode ser feito com Colonoscopia (10/10 anos),
Retossigmoidoscopia (5/5 anos) ou PSOF (anual). Aos 55, indica-se o rastreio para
CA de pulmão, de maneira anual, até os 74 anos , por meio de TC DE TÓRAX DE
BAIXA DOSAGEM, sendo apenas para fumantes ou ex-fumantes com pelo menos
30 maços/ano, que deixou até 15 anos. O mais polêmico dessa questão é em
relação ao rastreio do CA de próstata, em que embora de fato seja feito com o PSA
e o toque retal, o MS não endossa a sua realização. A realização de Endoscopia
Digestiva Alta ou Radiografia de tórax não faz parte dos exames preconizados para
rastreio periódico de doenças. Apesar da polêmica em relação ao CA de próstata, o
gabarito foi mantido
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B

25 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 63 anos, com diagnóstico de câncer em


tratamento quimioterápico paliativo, tem dor de grande intensidade. Foi prescrita
morfina 60 mg de 4/4h. DEVE-SE ORIENTAR OS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS,
INCLUINDO:

A. Taquipneia
B. Diarreia.
C. Poliuria
D. Mioclonia.

subtópico:
Clínica Médica

grau de dificuldade:

dica do autor:
Mais fácil resolução com a técnica de eliminação.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A morfina sabidamente pode causar depressão do
sistema respiratório, causando BRADIPNEIA (alternativa A incorreta). No TGI, os
opioides causam CONSTIPAÇÃO, por diminuir a peristalse. (alternativa B incorreta).
Além disso, seus efeitos anticolinérgicos são responsáveis por causar, por
exemplo, RETENÇÃO URINÁRIA, e consequentemente, oligoanúria. Por fim, a
mioclonia é um raro efeito colateral da morfina. Questão difícil, mas que
poderíamos fazer por eliminação, já que as outras alternativas tratam de efeitos
contrários aos que classicamente estão associados a morfina.
▶ resposta: D
26 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 68 anos, refere dorsalgia há 20 anos com
irradiação para face anterior das pernas e melhora com o uso de anti-
inflamatórios não esteroidais. Há 10 dias apresentou piora da dor lombar e há 24
horas apresenta incontinência fecal e urinária. Exame neurológico: força grau II
em membros inferiores, ausência de hiperreflexia e de sensibilidade abaixo da
cicatriz umbilical. O EXAME A SER SOLICITADO PARA O DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
É:

A. Eletroneuromiografia
B. Cintilografia óssea.
C. Ressonância nuclear magnética.
D. Pesquisa de células neoplásicas no líquor.

subtópico:
Clínica Médica; Neurologia; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção aos sinais de alarme em pacientes com lombalgia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: CORRETA. Sabemos que lombalgia é uma das causas mais
frequentes de atendimento médico. Diante disso, precisamos estar familiarizados
com os SINAIS DE ALARME da Lombalgia, que demandam investigação
aprofundada da sua causa. Nota-se que o paciente do caso apresenta dorsalgia
com um mesmo padrão há 20 anos, e que há 10 dias, apresentou MUDANÇA DE
PADRÃO, havendo piora da dor lombar, associada a incontinência fecal e urinária.
Além disso, no exame físico, apresenta paresia e perda de sensibilidade em
membros inferiores. Sendo um paciente de 68 anos, a principal hipótese
diagnóstica é a de compressão epidural da medula espinhal por metástases
vertebrais, sendo a RESSONÂNCIA MAGNÉTICA um ótimo exame para avaliação.
Alternativa D: INCORRETA.

▶ resposta: C

27 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 29 anos, com diagnóstico de anemia


falciforme, em uso de hidroxiureia, procura pronto atendimento com dor torácica,
artralgia e cefaleia há 1 semana. Antecedentes pessoais: Múltiplas admissões com
quadro clínico semelhante. Exames complementares: hemoglobina = 8.4 g/dl,
reticulócitos = 16,3 %, bilirrubina = 1.7 mg/dl, e LDH=1267 U/l. Radiograma de
tórax: opacidade nas bases bilateralmente com espessamento intersticial. Trata-se
de uma crise:

A. Aplástica.
B. Veno-oclusiva.
C. Hemolítica.
D. De sequestro esplênico.

subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção aos sinais e exames laboratoriais.

resolução:
Questão simples. Paciente com diagnóstico de anemia falciforme, apresentando
dor torácica + infiltrado pulmonar novo, estamos diante de síndrome torácica
aguda (STA), uma das principais causas de óbito nesses pacientes. Pelo
afoiçamento no leito do capilar, serão formados plugs de hemácias, gerando
quadros de isquemia crônica ou aguda, esta última responsável pelos quadros
álgicos em que a STA se inclui. Lembremos que os pacientes falcêmicos > 5 anos
não possuem mais baço devido ao processo de autoesplenectomia (alternativa D
incorreta). Já a crise aplástica cursaria com reticulocitopenia (letra A incorreta). Por
fim, a crise hemolítica cursaria com valores de hemoglobina bem mais baixos do
que os do enunciado, em torno de 6 ou 7 g/dl.
▶ resposta: B

28 (UNICAMP – SP - 2018) O médico do Programa de Saúde da Família verifica o


resultado preliminar de uma urocultura e é informado do crescimento de cocos
Gram positivos em cadeia. O tratamento é:

A. Ampicilina por sete dias


B. Fosfomicina em dose única
C. Nitrofurantoína por cinco dias.
D. Amicacina por cinco dias.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia

grau de dificuldade:

dica do autor:
Analise atentamente o espectro de ação dos antimicrobianos apresentados em
contraste com o principal agente causador de ITU.

resolução:
O médico do PSF recebe urocultura com crescimento de cocos gram-positivos, que
pode muito bem ser enterococo ou estafilococo. Qual a única alternativa, dentre
as opções que cobriria esse tipo de germe? Ampicilina. As demais são usadas
especialmente contra o principal germe causador de ITU, a Escherichia coli.
▶ resposta: A
29 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 27 anos, previamente hígido, procura o Pronto
Socorro com queixa de dor torácica súbita há uma hora, em pontada, que piora
com a respiração e acompanhada de leve dispneia. Exame físico: afebril,
normotenso e com perfusão periférica normal. Tórax: inspeção estática: sem
alterações, inspeção dinâmica: diminuição da expansibilidade à direita; percussão:
som timpânico e murmúrio vesicular diminuído à direita. O diagnóstico é:

A. Pneumonia
B. Derrame pleural
C. Embolia de pulmão.
D. Pneumotórax.

subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia; Cirurgia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Semiologia básica.

resolução:
Questão clássica! Paciente jovem com dor torácica súbita, em pontada, que piora
com a respiração (pleurítica? pericárdica?) e leve dispneia (provavelmente
ventilatório-dependente). No exame físico, notamos diminuição da expansibilidade
à direita e murmúrio vesicular diminuído. Será que é derrame pleural? Não sei,
vamos percutir. À percussão, apresenta-se com som timpânico. Matamos a
questão! Estamos diante de provável pneumotórax. Juntando agora as peças do
quadro, temos um quadro típico de pneumotórax espontâneo que, quando
ocorre, é mais comum em jovens altos e magros.
▶ resposta: D

30 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 32 anos, com queixa de fraqueza progressiva e


dificuldade de marcha é diagnosticado com doença neurológica hereditária. Filho
único de um casal não consanguíneo cujo pai desenvolveu a mesma doença a
partir 40 anos e mãe assintomática e não há outros casos na família. Juntamente
com a esposa, assintomática e não consanguínea solicitam aconselhamento
genético. O mecanismo de herança e a probabilidade de que tenham filhos com
essa mesma doença são:

A. Mitocondrial; 100% independente do sexo da criança.


B. Dominante ligada ao X; 50% independente do sexo da criança
C. Recessivo ligado ao X; 100% para filhos e de zero para filhas.
D. Autossômico dominante; 50% independente do sexo da criança.

subtópico:
Clínica Médica.

grau de dificuldade:
dica do autor:
Não se assuste com a questão. Analise os padrões de herança e os princípios
genéticos básicos e encontrará a resposta.

resolução:
Questão muito mais fácil do que parece. Ao iniciar a leitura, você pode ter se
assustado, achando que se tratava de pergunta sobre padrão de herança sobre
alguma doença genética específica. Mas não! Ele apenas quer saber sobre herança
genética de maneira geral. Ora, se um homem evolui com doença hereditária e o
enunciado fala que o pai possui a doença e a mãe é assintomática, qual padrão de
herança pode estar relacionado? As mitocôndrias são provenientes da mãe, de
modo que não se encaixaria no caso (letra A incorreta). Lembremos que o filho
herdou o cromossomo Y do pai, e não o X (alternativa B e C incorretas). Por fim,
doença autossômica dominante justificaria o quadro do enunciado, de modo que
a chance de transmissão para a prole é de 50%, independentemente do sexo da
criança.
▶ resposta: D

31 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 58 anos, com fraqueza generalizada há 1


semana. Exame físico: descorada 3+/4+. Hemoglobina = 5.6g/dl, VCM = 116.9µm³,
reticulócitos = 16%; Lactato desidrogenase = 646 U/l, haptoglobina = <10 mg/dl,
Coombs direto = positivo. O diagnóstico diferencial inclui:

A. Lúpus eritematoso sistêmico, linfoma e uso de penicilina


B. Malformação arteriovenosa colônica, talassemia menor, dieta vegetariana
C. Gastrite atrófica, tumores do trato gastrointestinal e tumores de endométrio
D. Artrite reumatoide, sarcoidose e doença de Crohn.

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Analise o quadro sindrômico e depois correlacione com as alternativas.

resolução:
Paciente com quadro de anemia autoimune (AHAI), evidenciada por anemia
hemolítica (reticulocitose, LDH alta e haptoglobina baixa) do tipo autoimune
(Coombs direto positivo). Quais das condições apresentadas podem estar
associadas a AHAI? Ora, os desencadeantes mais frequentes de AHAI são
justamente LES, linfoma e drogas (como a penicilina). E o VCM aumentado não fala
a favor de anemia megaloblástica? Nesse contexto, pensaremos em aumento de
VCM pelo fato de hemácias imaturas de grande tamanho estarem sendo lançadas
na circulação, evidenciado pela reticulocitose da paciente.
▶ resposta: A
32 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 73 anos, procura atendimento médico
referindo visão amarelada, anorexia e náuseas. Antecedentes pessoais:
Insuficiência cardíaca, em uso de enalapril, carvedilol, furosemida e digoxina. A
alteração eletrolítica que contribui para o desenvolvimento deste quadro é:

A. Hipernatremia
B. Hiponatremia
C. Hipercalemia
D. Hipocalemia.

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Acontecimento frequente em usuários de digoxina e furosemida, sem a devida
reposição de um certo eletrólito.

resolução:
Paciente apresentando visão amarelada (xantopsia) em uso de enalapril,
furosemida e digoxina. Qual dessas drogas classicamente pode causar esse
quadro? Digoxina! O paciente está apresentando intoxicação digitálica. Qual o
distúrbio hidroeletrolítico que, quando presente, predispõe a esse quadro?
Hipocalemia.

▶ resposta: D

33 (UNICAMP – SP - 2018) Masculino, 15 anos, é trazido ao pronto socorro


referindo dor súbita no testículo direito há três horas, fez uso de paracetamol sem
melhora. Nega queixas urinárias e febre. Exame físico: Genitais: bolsa escrotal com
edema e hiperemia a direita; Sinal de Prehn e reflexo cremastérico ausentes. O
diagnóstico é:

A. Uretrite
B. Escroto agudo
C. Hidrocele
D. Orquiepididimite

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Análise da fisiopatologia das alternativas pode ajudar ainda mais a chegar na
alternativa correta.

resolução:
Questão tranquila. Paciente com dor testicular súbita, apresentando edema e
hiperemia à direita. Além disso, o sinal de Prehn (ausência de melhora da dor com
elevação do testículo) e abolição do reflexo cremastérico corroboram com a
hipótese da síndrome escroto agudo, em que o principal representante é a torção
testicular. Não há relato de corrimento uretral (alternativa A incorreta) ou
transiluminação escrotal (letra C incorreta). Além disso, na orquiepididimite não
teríamos sinal de Prehn e o reflexo cremastérico estaria normal (alternativa D
incorreta).
▶ resposta: B

34 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 20 anos, procura atendimento referindo


aparecimento de uma bolinha na região anterior do pescoço. Antecedente
pessoal: radioterapia quando criança. Exame físico: nódulo único de 2cm de
diâmetro em lobo esquerdo da tireoide e ausência de linfonodomegalia cervical.
Hormônio Estimulador da Tireoide: normal. As condutas a seguir são:

A. Ultrassonografia; punção com agulha fina para biópsia


B. Cintilografia da tireoide; introdução de iodo radioativo.
C. Tomografia computadorizada; biópsia incisional aberta.
D. Tomografia por emissão de pósitrons; tireoidectomia parcial.

subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Rotina de investigação de nódulo tireoidiano.

resolução:
Questão fácil sobre investigação de nódulos de tireoide. Lembremos que PAAF não
é a primeira conduta na investigação, de modo que primeiro buscaremos fatores
de risco diante da história + exame físico, como a história de radioterapia que o
paciente possui. Depois, precisamos dosar os hormônios tireoidianos para avaliar
se não se trata de nódulo hiperfuncionante, no caso de TSH reduzido, o que
mudaria totalmente a abordagem, já que partiríamos para cintilografia. Porém, o
paciente apresenta TSH normal, o que nos faz pensar em nódulo frio, de modo
que o nosso próximo passo é partir para ultrassonografia para avaliar as
características do nódulo, além de guiar a punção com agulha fina (PAAF).
▶ resposta: A

35 (UNICAMP – SP - 2018) Homem, 64 anos, procura atendimento queixando-se


de retenção urinária com abaulamento e dor na região supra púbica; há três dias
febre, dor no períneo, região lombar e urgência miccional. Antecedentes Pessoais:
quimioterapia para linfoma há 3 meses. Exame físico: consciente, orientado, FR =
18 ipm, T = 38,5° C, PA = 110x70 mmHg, FC = 90 bpm. Hemograma: leucócitos
1.200/mm³ (neutrófilos 55%). Está contraindicado(a):
A. Tomografia computadorizada de pelve com contraste
B. Punção supra púbica da bexiga.
C. Toque retal
D. Sondagem vesical de demora

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção ao hemograma.

resolução:
Paciente de 64 anos com quadro de abaulamento + dor supra púbica, sugestiva de
bexigoma. Nossa principal hipótese, em paciente dessa idade, é HPB. Entretanto,
há três dias ele apresenta febre + dor perineal + urgência miccional. O que é isso?
O paciente complicou com uma prostatite bacteriana. Ao olharmos o hemograma,
vemos um paciente neutropênico, de modo que, nesses casos, é contraindicada a
realização de toque retal pelo alto risco de bacteremia e possível evolução para
sepse. O ideal seria iniciar ATB e realizar a drenagem vesical.
▶ resposta: C

36 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 10 anos, assintomático é encaminhado para


avaliação de adenomegalia cervical há seis meses. Nega adinamia, febre, tosse e
outras queixas. Exame físico: bom estado geral, corado, hidratado. Linfonodo
cervical de aproximadamente 3 cm de diâmetro, endurecido, indolor, sem sinais
inflamatórios. Radiograma de tórax: normal; Ultrassonografia de região cervical:
linfonodo com sinais de calcificação. As condutas são:

A. Hemograma e sorologia para toxoplasmose


B. Mantoux e investigação dos contactantes..
C. Ultrassonografia abdominal e sorologia para Epstein-Barr
D. Sorologia para Bartonella e investigação dos contactantes.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Análise do estado geral, do aspecto e da localização contribuem muito para
acertar a questão.

resolução:
Estamos diante de quadro de adenomegalia cervical crônica, sem sintomas como
febre, tosse ou outras queixas. À palpação, um linfonodo endurecido, indolor e
sem sinais inflamatórios. Diante disso, já poderíamos excluir toxoplasmose aguda
ou mono-likes, como mononucleose (alternativas A e C incorretas). A doença da
arranhadura do gato, causada pela Bartonella hanselae, tem evolução mais aguda,
caracteristicamente cursando com formação de pústula no local da arranhadura
(alternativa D incorreta). A chave da questão é a linfonodomegalia insidiosa +
calcificação, típica de tuberculose. Qual o principal sítio de acometimento
extrapulmonar da TB em crianças e imunodeprimidos? Ganglionar. Portanto, o
teste de Mantoux (PPD) e a investigação de contactantes certamente é a melhor
alternativa.
▶ resposta: B

37 (UNICAMP – SP - 2018) Criança, 7 anos, internada há 12 horas em enfermaria


geral após apendicectomia por apendicite grau IV. Está em uso de
antibioticoterapia endovenosa, em jejum por via oral e com sonda nasogástrica
aberta. O volume de drenagem por sonda nas últimas 12 horas foi de 600 ml.
Exame físico: Regular estado geral, afebril, mucosas secas, FC = 120 bpm, FR = 28
irpm, PA = 110X70 mmHg; abdome: distendido, ruídos hidroaéreos ausentes.
Gasometria = pH= 7,33; pCO2 = 32 mmHg; pO2 = 90 mmHg; HCO2 = 18 mEq/l; Na =
133 mEq/l; K = 2,8 mEq/l. Além da hidratação basal a correção hidroeletrolítica
deve ser feita com:

A. Solução ao meio (soro glicosado 5%/ SF) e NaCl 3%.


B. Solução fisiológica e NaCl 10%.
C. Solução fisiológica e KCl 19,1%
D. Solução glicosada 5% e KCl 19,1%.

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Nefrologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção aos eletrólitos.

resolução:
Criança que, após cirurgia, evolui com quadro de acidose metabólica leve
associado a hipocalemia. Inicialmente, podemos estranhar pelo fato de
normalmente acidose vir acompanhada de hipercalemia. Entretanto, a questão
nos pede a melhor conduta para fazer a devida reposição hidroeletrolítica. Não
faremos soro glicosado (alternativas A e D incorretas), afinal, a liberação de
insulina promove o shunt do potássio para o interior da célula (lembremos da
“solução polarizante” no tratamento de hipercalemia). Como o paciente está
visivelmente desidratado e com hipocalemia, a melhor resposta é a alternativa C,
fazendo SF 0,9% e KCl 19,1%.
▶ resposta: C

38 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 4m, é trazido a emergência devido volumoso


hematoma em braço esquerdo. Antecedente pessoal: herniorrafia inguinal com
sangramento excessivo há 10 dias e coleta de exames de sangue há cinco dias
para investigar o sangramento. Antecedente familiar: primo pelo lado materno
com quadro semelhante. Exame físico: membro superior esquerdo com
hematoma volumoso e diminuição do pulso braquial. Após coleta de provas de
coagulação a conduta foi:

A. Reposição de plaquetas
B. Reposição de plasma fresco congelado
C. Reposição de crioprecipitado
D. Reposição de Fator VIII.

subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Defeito na hemostasia secundária.

resolução:
A dica é criança com hematoma pós-vacina ou hemartrose, pensaremos em
deficiência na hemostasia secundária (fatores de coagulação). Por outro lado,
sangramento de pele (petéquias/púrpura/equimose) ou mucosas (gengival/nariz),
iremos para o lado dos defeitos na hemostasia primária (plaquetas). A principal
doença da hemostasia secundária é a hemofilia, em que temos os tipos A
(deficiência fator 8), B (deficiência fator 9) ou C (deficiência fator 11). A mais
comum é a A, sendo B mais comum que C. As hemofilias A e B (mais comuns) são
de herança recessiva ligada ao X. Sendo assim, praticamente todos os indivíduos
acometidos são homens. Por ser doença hereditária, o diagnóstico costuma ser
dado na infância. O tratamento inclui a reposição do devido fator deficiente.
▶ resposta: D

39 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 60 anos realizou ultrassonografia devido a queixas vagas de
desconforto abdominal, sendo observado fígado atrófico com aspecto
micronodular, esplenomegalia e ascite discreta. Relatava ingestão alcoólica de
cerca de 60 g/dia há mais de 30 anos. Exames complementares: sorologias para
hepatites virais A, B e C negativas, endoscopia digestiva alta normal. Qual das
orientações abaixo seria adequada nesse momento?

A. Prescrever betabloqueador não seletivo (propranolol).


B. Recomendar restrição dietética de de sódio e proteínas
C. Recomendar redução da ingestão alcoólica para menos de 30g/dia
D. Indicar vacinação contra influenza, Pneumococo e hepatites A e B.
E. Contraindicar o uso de anti-inflamatórios não hormonais e paracetamol
recomendando o uso, apenas, de dipirona como analgésico

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia
grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção ao resultado da ultrassonografia.

resolução:
O enunciado nos traz um paciente com cirrose alcoólica + hipertensão portal. O
paciente ainda não precisa fazer profilaxia de sangramento de varizes esofágicas
com propranolol, já que o enunciado diz que a EDA é normal. Estaria indicada
restrição de sódio pela ascite, mas não de proteínas, que poderia ser prejudicial. O
paciente deveria cessar o alcoolismo e não reduzir para < 30 g/dia. O paracetamol
não é contraindicação absoluta para cirróticos, devendo apenas ter cuidado,
utilizando doses mais baixas. Já os AINEs sempre devem ser evitados, pelo risco de
síndrome hepatorrenal. As vacinas que a alternativa D apresentam estão indicadas
no paciente hepatopata para profilaxia de infecções respiratórias e outros agentes
que poderiam prejudicar ainda mais o quadro hepático, com os da hepatite.
▶ resposta: D

40 (CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO - 2011) Adolescente do sexo


masculino, com 14 anos de idade, natural do interior de Alagoas, nesta cidade há 3
anos, morador de loteamento sem saneamento básico, vem ao serviço médico
com queixa de febre há 1 mês; além disso, relata só cansaço mais fácil que o
habitual. Ao exame físico, apresenta hepatoesplenomegalia moderada e dolorosa.
O exame parasitológico de fezes revela ovos viáveis de Schistosoma mansoni. Pode-
se afirmar que:

A. Trata-se de um caso de esquistossomose na fase aguda, que deve ser


tratado com oxaminiquine.
B. O achado isolado de ovos viáveis de S. mansoni no exame parasitológico de
fezes não basta para se firmar o diagnóstico de esquistossomose.
C. A presença de febre neste indivíduo com esquistossomose hepatoesplênica
na fase crônica sugere associação com outra patologia, como, por exemplo,
bacteremia prolongada por Salmonella sp.
D. O achado de ovos viáveis de S. mansoni no exame parasitológico de fezes
deste indivíduo que está fora da região endêmica há 3 anos, sugere reativação
da esquistossomose, que pode ocorrer na vigência de imunodepressão
adquirida.
E. A presença de febre neste indivíduo com esquistossomose hepatoesplênica
crônica, indica descompensação, caracterizando a forma hepatoesplênica
crônica descompensada da esquistossomose.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A salmonelose septicêmica prolongada deve ser tratada com antibióticos de
reconhecida ação antissalmonela, como a associação sulfametoxazol-
trimetoprima, a ciprofloxacina e o cloranfenicol. Em uma etapa subsequente, o
tratamento da esquistossomose poderá ser feito com praziquantel ou
oxamniquina. Nos casos de menor gravidade, o uso do esquistossomicida é
suficiente para a cura de ambas as infecções com eficácia em torno de 90%.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pela história epidemiológica, é mais provável que o
primeiro contato com os hospedeiros intermediários da esquistossomose tenha
ocorrido na infância.
Alternativa B: INCORRETA. A visualização ou a demonstração da presença de
ovos de S. mansoni nas fezes ou tecidos ou de antígenos circulantes do parasito
são suficientes para diagnóstico de esquistossomose.
Alternativa C: CORRETA. Há associação da esquistossomose com bactérias Gram-
negativas, em especial as do gênero Salmonella. As salmonelas têm sido
encontradas associadas à esquistossomose mansônica e produzindo doença febril
prolongada peculiar e conspícua. Acomete, preferencialmente, jovens entre 10 e
30 anos. Os pacientes queixam-se de fadiga, perda de peso e febre. A presença de
hepatoesplenomegalia é evidenciada na maioria dos casos.
Alternativa D: INCORRETA. Não é comum haver reativação de esquistossomose.
Em indivíduos imunocomprometidos, devemos estar atentos à possibilidade de
hepatite tóxica na ausência de granuloma, redução da eliminação de ovos nas
fezes por diminuição da resposta inflamatória, disseminação de ovos por vários
tecidos, diminuição da eficácia terapêutica dos esquistossomicida.
Alternativa E: INCORRETA. Febre é comum na fase aguda e na presença de
salmonelose. Não é esperada na esquistossomose hepatoesplênica.
▶ resposta: C

41 (UNICAMP – SP - 2018) Mulher, 52 anos, diabética, em uso de metformina 1700


mg/d, é diagnosticada com fibrilação atrial em janeiro de 2016. Ecocardiograma e
dosagens de TSH e T4 livre realizados em fevereiro de 2016 não mostram
alterações. Em março de 2016, faz cardioversão e inicia uso contínuo de
amiodarona. Em abril de 2017 refere perda de peso de 4 kg e taquicardia há dois
meses. Nesta época, faz novos exames, que mostram TSH= < 0,01 UI/ml; T4 livre =
2,12 ng/dl. A alternativa correta é:

A. Hipertireoidismo não detectado no exame de abril de 2016


B. Há indicação de cardioversão.
C. Betabloqueador está contraindicado.
D. Hipertireoidismo induzido por amiodarona em 2017.

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que molécula de amiodarona tem grande quantidade de iodo em sua
composição e pode promover alterações clássicas na tireoide.

resolução:
Paciente que usa amiodarona e evolui com sintomas de hipo ou hipertireoidismo.
Temos basicamente que pensar em duas situações: efeito Wolff-Chaikoff
(hipotireoidismo induzido pelo iodo) e o efeito Jod-Basedow (hipertireoidismo
induzido pelo iodo). O betabloqueador seria uma ótima droga para controle de
sintomas nesse caso evidente de tireotoxicose (perda ponderal involuntária +
taquicardia + TSH suprimido + T4 livre aumentado) por efeito Jod-Basedow.
▶ resposta: D

42 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 40 anos foi admitido ao hospital com queixas de febre, perda de
peso, surgimento de lesões cutâneas e dor neuropática de forte intensidade, há
três meses. Relatava história de asma e rinossinusite há seis anos, de difícil
controle, requerendo cursos frequentes de corticoide oral. Ao exame físico,
observam-se lesões purpúricas elevadas e dolorosas em membros inferiores, e o
exame neurológico foi compatível com mononeurite multiplex. Qual dos achados
abaixo não seria compatível com o caso descrito?

A. Eosinofilia >1500/mm³
B. Níveis reduzidos de complemento.
C. ANCA positivo
D. Tomografia de tórax mostrando infiltrados e nódulos pulmonares não
cavitários
E. Biópsia cutânea, mostrando vasculite necrotizante com infiltrado eosinofílico

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção para as vasculites que acometem classicamente as vias aéreas.

resolução:
Paciente com sintomas e sinais como mononeurite múltipla, púrpura palpável e
episódios de rinossinusite deve nos fazer lembrar da granulomatose de Wegener.
As vasculites são pauci-imunes e não consomem complemento, sendo a única
exceção à crioglobulinemia.
▶ resposta: B

43 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 70 anos, renal crônico em tratamento conservador (última
creatinina = 4,8 mg/dl) foi submetido à cirurgia de urgência devido à diverticulite
perfurada. No segundo dia de pós-operatório, desenvolveu oligúria e queixas de
fraqueza muscular, embora estivesse com níveis pressóricos estáveis e sem sinais
de níveis de infecção. Exames laboratoriais mostraram creatinina = 6,7 mg/dl e
potássio = 7,5 mEq/l, ECG mostrava ondas T simétricas e apiculadas, com intervalo
QRS discretamente alargado. Foram administrados, de imediato, gluconato de
cálcio e solução de glicose e insulina. Qual a próxima medida a ser tomada?

A. Hemodiálise
B. Resinas de troca sônica
C. Bicarbonato de sódio.
D. Furosemida
E. Expectante, monitorizando diariamente os níveis séricos de potássio

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Distúrbios hidroeletrolíticos e suas repercussões eletrocardiográficas são uma
tônica nos concursos.

resolução:
Paciente renal crônico apresentando hipercalemia grave, com alterações
eletrocardiográficas, de modo que foi feito corretamente o gluconato de cálcio. As
alternativas B, C e D trazem medidas que não seriam capazes de corrigir a
hipercalemia na velocidade desejada em paciente com DRC agudizada. Dessa
forma, a melhor opção é realizar hemodiálise, já que uma das indicações é a
hipercalemia refratária
▶ resposta: A

44 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 35 anos procurou o médico em busca de orientações, porque seu
irmão descobriu um adenocarcinoma de cólon aos 42 anos. Qual, dentre as abaixo
relacionadas, seria a orientação mais adequada para esse caso?

A. Realizar colonoscopia agora e, caso normal, repetir a cada cinco anos


B. Programar uma colonoscopia aos 40 anos e, caso normal, repetir a cada 10
anos.
C. Realizar colonoscopia anual até os 50 anos e, depois disso, a cada três anos.
D. Realizar dosagens anuais do CEA, e colonoscopia a cada três anos.
E. Realizar colonoscopia agora e, caso seja detectado algum adenoma, indicar
colectomia

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual.
resolução:
De maneira geral, o rastreio de CA colorretal é indicado para pacientes com > 50
anos. Entretanto, caso haja histórico familiar da condição, ela se manifestar aos 40
anos ou 10 anos antes da idade do familiar acometido, o que ocorrer primeiro, o
exame deve ser repetido a cada cinco anos

▶ resposta: A

45 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 40 anos refere crises de cefaleia há 20 anos, cerca de uma a duas
vezes por mês, com duração de seis a oito horas. Descreve a cefaleia como
hemicraniana, pulsátil, com fono e fotofobia, ocasionalmente com vômitos e, cerca
de duas vezes por ano, precedida por queixas visuais (escotomas e turvação
visual). A resposta a analgésicos convencionais e anti-inflamatórios é pobre. Qual
seria a melhor opção terapêutica para esse paciente?

A. Sumatriptano precocemente nas crises de cefaleia ou das queixas visuais


B. Amitriptilina 10 mg à noite.
C. Propranolol 40 mg duas vezes por dia.
D. Topiramato precocemente nas crises de cefaleia ou das queixas visuais
E. Verapamil 120 mg/dia

subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Não confunda tratamento abortivo da crise com a profilaxia da mesma.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Estamos diante de caso típico de enxaqueca. Note que a
questão está se referindo ao tratamento abortivo, em que a principal droga são os
triptanos, que devem ser tomados precocemente, já quando tiver apresentando a
aura. O propranolol pode ser utilizado na profilaxia, entretanto, note que o
paciente só apresenta uma ou duas crises por mês, sendo que a indicação de
profilaxia é na presença de três ou mais crises ao mês.

▶ resposta: A

46 (UNICAMP – SP - 2018) Uma paciente de 26 anos procurou a emergência com


queixas de palpitações e dispneia aos esforços, iniciadas há três dias. Ao exame,
apresenta-se eupneica, consciente e orientada, com turgência jugular, estertores
finos em bases pulmonares, ritmo cardíaco irregularmente irregular com
frequência de 120 bpm e sopro diastólico no ictus cordis. PA 120x70mmHg. Qual a
medida recomendada nesse momento?

A. Diltiazem.
B. Amiodarona
C. Ecocardiograma transesofágico
D. Cardioversão elétrica.
E. Warfarin

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual sobre a “arritmia do clínico” associada a valvopatia (atenção ao
sopro diastólico).

resolução:
Paciente com quadro de fibrilação atrial, provavelmente há mais de 48 horas, o
que contraindica a cardioversão química com amiodarona ou elétrica pelo risco de
embolização de possível trombo. A cardioversão elétrica imediata também não
tem indicação no caso, pois a paciente encontra-se estável. O caso relata ainda
que a paciente é provavelmente portadora de estenose mitral, que está
descompensada pela taquiarritmia. Certamente ela teria indicação de fazer
anticoagulação como planejamento para cardioversão ou até mesmo realizar
ecocardiograma para excluir trombo, entretanto, a questão nos pede a medida
imediata, e o que está causando os sintomas é a elevação da frequência cardíaca,
de modo que o mais recomendado agora é fazer o controle da FC, que pode ser
feita com BCC, como o diltiazem.
▶ resposta: A

47 (UNICAMP – SP - 2018) Um paciente de 45 anos, em tratamento contra um


linfoma não Hodgkin, procurou o hospital em queixas de febre há seis horas. Ao
exame, está hemodinamicamente estável, febril, com área extensa de hiperemia a
calor no antebraço esquerdo e estertores na base do hemitórax direito.
Hemograma realizado de urgência revelou contagem de neutrófilos de 400/mm³.
Qual o esquema antibiótico mais adequado para o caso?

A. Piperacilina-tazobactam.
B. Cefepime + amicacina
C. Meropenem
D. Cefepime + vancomicina
E. Ceftazidima

subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Neutrófilos abaixo de 500 associado a febre com lesão de tegumentar e pulmonar.

resolução:
Quadro sugestivo de neutropenia febril, em paciente em tratamento para linfoma
não Hodgkin. Devemos usar drogas com cobertura inclusive para pseudomonas,
sendo o cefepime o de escolha, embora possamos usar outras drogas anti-
pseudomonas (ceftazidime, carbapenêmico, pipetazo, etc). Quando cobrir gram-
positivo MRSA? Quando houver algum indício (lesão de pele, cateter, pulmão,
hipotensão, mucosite grave) ou positividade na cultura. Como? Vancomicina ou
linezolida. O enunciado apresenta lesão de pele indicativa de celulite e pneumonia.
Assim, devemos associar a cobertura empírica aos cocos gram-positivos.
▶ resposta: D

48 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 85 com longa história de internamentos por exacerbação de
DPOC evoluiu com quadro demencial progressivo. Os familiares já definiram que o
objetivo de seu tratamento deverá ser reduzir sofrimento, e as únicas medicações
em uso são os broncodilatadores, Durante o plantão noturno, você foi chamado
pela enfermagem para avaliar o paciente, pois a filha referia piora da dispneia. Ele
encontrava-se caquético e sem contactar, com saturação de oxigênio de 92%,
frequência respiratória de 32 ipm e desconforto moderado. A ausculta pulmonar
era difusamente diminuída, sem ruídos adventícios. Qual a melhor conduta para
alívio do desconforto respiratório nesse momento?

A. Assistência ventilatória não invasiva


B. Hidrocortisona
C. Morfina
D. Clonazepam
E. Intubação orotraqueal e ventilação mecânica

subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção à solicitação dos familiares quanto aos procedimentos invasivos.

resolução:
A questão nos diz que o paciente está sem contactar, o que denota rebaixamento
do nível de consciência, que é uma contraindicação com a ventilação não invasiva.
Entretanto, também não faremos a intubação, já que, segundo os familiares, não
deve ser indicado qualquer tipo de suporte invasivo, prolongando o sofrimento
desse doente. A melhor conduta seria reduzir o desconforto respiratório com
morfina
▶ resposta: C

49 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE - 2018) Um paciente


tabagista há cerca de 20 anos chegou à emergência, com queixas de dispneia
progressiva há 15 dias. Ao exame físico, notava-se ausência de murmúrio vesicular
e frêmito toracovocal no hemitórax direito, com macicez à percussão, além de
desvio do ictus para a esquerda. Assinale a alternativa que indica a hipótese
diagnóstica mais provável para o caso descrito.

A. DPOC complicada por pneumonia lobar direita


B. Carcinomatose pleural à direita
C. Tumor endobrônquico complicado por atelectasia do pulmão direito
D. Pneumotórax espontâneo à direita
E. Atelectasia do pulmão esquerdo por aspiração do corpo estranho

subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A resolução pode ser facilmente alcançada por eliminação.

resolução:
Questão mais de semiologia médica do que propriamente de DPOC. Paciente
DPOC, com alterações em hemitórax direito (MV e FTV diminuídos + macicez à
percussão). Diante disso, já excluímos as alternativas A (FTV seria aumentado), D
(haveria timpanismo à percussão) e E (alterações na ausculta seriam no lado
esquerdo). Também não pode ser letra C, pois o enunciado relata que há desvio do
ictus para a esquerda e uma atelectasia do pulmão direito “puxaria” o mediastino
para a direita. Uma carcinomatose pleural à direita pode justificar esses sinais,
com derrame pleural que esteja “empurrando” o mediastino para a esquerda.
▶ resposta: B

50 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 50 anos queixa-se de diarreia há um ano, além de dor abdominal
pós-prandial, distensão e perda de peso. Dentre os exames realizados para
investigação diagnóstica, realizou a dosagem da elastase fecal, que teve valores
muito reduzidos. Qual a principal hipótese diagnóstica para o caso?

A. Doença celíaca
B. Doença de Crohn
C. Insuficiência pancreática exócrina
D. Retocolite ulcerativa
E. Síndrome do intestino irritável

subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção ao diagnóstico sindrômico.
resolução:
Paciente com diarreia crônica + perda ponderal + elastase fecal reduzida? Estamos
provavelmente diante de caso de pancreatite crônica, com insuficiência exócrina. O
enunciado não fala, mas esses pacientes apresentam esteatorreia como o sinal
mais precoce. Dentre outros exames que poderíamos utilizar para investigar
esteatorreia (gordura fecal, D-xilose), temos a elastase fecal, que, em valores <
200, denota justamente a insuficiência pancreática exócrina.
▶ resposta: C

51 (USP – SP - 2018) Homem de 56 anos está em acompanhamento no


ambulatório de clínica médica por cirrose hepática devido a hepatite B. Vem ao
pronto-socorro por dor abdominal e febre baixa (38°C) há uma semana. No exame
clínico, pulso 98 bpm, pressão arterial: 130 x 72 mmHg, frequência respiratória: 22
ipm. Abdome globoso, doloroso difusamente à palpação, com sinais de ascite. A
punção do líquido ascítico revelou glicemia: 30 mg/dl, leucócitos: 13200 / mm³ com
98% de polimorfonucleares, ausência de células atípicas e à coloração de gram,
presença de micro-organismos gram positivos. Qual é a conduta para a principal
hipótese diagnóstica neste momento?

A. Drenagem do líquido ascítico.


B. Tomografia de abdome
C. Ceftriaxona e metronidazol.
D. Shunt porta-hepático.

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção à contagem de células.

resolução:
A questão nos traz um paciente com leucócitos > 10.000/mm³ e micro-organismos
gram positivos no líquido ascítico, o que nos leva a pensar em uma peritonite
bacteriana secundária, que pode ser devido a uma ruptura de víscera oca, logo, o
primeiro passo seria realizar uma tomografia de abdome em busca da víscera
rompida, para determinar se a conduta será cirúrgica ou não.

▶ resposta: C

52 (USP – SP - 2018) Homem de 50 anos, empresário, apresenta tremores nas


mãos desde a juventude que pioraram nos últimos dois anos. Os tremores
atrapalham suas atividades profissionais. Também se sente inibido quando almoça
com clientes ou frequenta festas e jantares, pois os tremores o atrapalham para
alimentar-se ou ingerir líquidos. Os tremores melhoram com o consumo de uma
taça de vinho, mas não tem o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, especialmente
durante o trabalho. Tem dificuldade na escrita. Nos últimos meses, notou
aparecimento de tremor cefálico e, mais recentemente, voz trêmula. Seu avô
paterno e um tio apresentaram tremor semelhante ao longo da vida. No exame
neurológico, apresenta tremor de ação postural e cinético, assimétrico (maior à
direita), nos membros superiores. Tem tremor vocal e cefálico. Não há outras
alterações do exame neurológico. Qual é a principal hipótese diagnóstica?

A. Doença de Parkinson
B. Tremor cerebelar
C. Abstinência alcóolica
D. Tremor essencial

subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:

Atenção ao histórico familiar.

resolução:
A questão nos faz pensar em tremor essencial, uma vez que o paciente
tem histórico familiar de tremor semelhante, sendo que esse tremor é
de ação e postura, além de referir melhora com pouca quantidade de
álcool e apresentar exame neurológico normal.
▶ resposta: D

53 (USP – SP - 2018) Homem de 76 anos, com ensino superior


completo, tabagista 30 maços-ano, procura o médico (por insistência
da filha). Não teve consultas médicas nos últimos 15 anos, pois sentia-
se bem. Tem dores nos joelhos ao se levantar, que piora quando
caminha. Nos últimos 6 meses, apresentou 4 episódios de quedas da
própria altura porque tropeçou no chão da rua. Não tem outras
queixas. A filha refere que o pai escuta televisão em volume muito alto
e que tem tido certa dificuldade de ler o jornal. No exame clínico: bom
estado geral, corado, hidratado, acianótico anictérico, afebril.
Miniexame do estado mental 28/30. Restante do exame neurológico
normal. Pressão arterial e frequência cardíaca: Ritmo cardíaco regular
em dois tempos com presença de quarta bulha. Tórax em barril.
Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes, diminuídos
globalmente, sem ruídos adventícios. Semiologia abdominal sem
alterações. Edema +/4+ em membros inferiores, com varizes venosas.
Crepitação dos joelhos à mobilização. Sem presença de cicatrizes. Qual
é a principal hipótese etiológica para as quedas do paciente?

Posição Pressão arterial Frequência Cardíaca

Sentado 130 x 86 mmHg 88 bpm


Deitado 132 x 84 mmHg 86 bpm

Em pé 118 x 80 mmHg 90 bpm

 
A. Hipoxemia central
B. Osteoartrose de joelho
C. Hipotensão postural
D. Quadro demencial inicial

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Reumatologia; Ortopedia; Geriatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção à definição de hipotensão postural para não se deixar levar
pela tabela apresentada.

resolução:
Questão traz um paciente com história de múltiplas quedas, com
queixa de dor nos joelhos ao andar e exame físico com crepitações em
joelho, o que nos faz pensar na hipótese de osteoartrose de joelho, o
que estaria causando as quedas. Não temos nenhuma informação no
texto que nos leva a pensar em hipoxemia central ou hipotensão
postural. Além disso, o paciente apresenta um resultado de mini-
mental normal para sua faixa de escolaridade.
▶ resposta: B

54 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 58 anos, diabético e hipertenso procurou a emergência com
queixas de desconforto retroesternal em aperto há doze horas. Seu exame físico
era normal, exceto por leve sudorese, com PA 140x80 mmHg. ECG de admissão
mostrou supradesnivelamento do segmento ST em V2 a V4. Os resultados de
troponina ainda não estão disponíveis, pois ocorreu um problema técnico no
laboratório. Assim que chegou, foi tratado com aspirina e nitrato sublingual, com
melhora da queixa álgica. Qual a conduta neste momento?

A. Enquanto aguarda o resultado da troponina, iniciar betabloqueador,


heparina e estatina
B. Medicar com betabloqueador, estatina e heparina e acionar o grupo de
hemodinâmica de plantão para realizar angioplastia percutânea de urgência
C. Indicar uso de trombolítico imediatamente e, após 24 horas, iniciar heparina
D. Como a pressão está controlada, iniciar apenas heparina e estatina,
enquanto aguarda os resultados laboratoriais
E. Solicitar ecocardiograma para avaliar a hipótese diagnóstica de pericardite

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual sobre SCA. Raciocínio frequentemente cobrado em concursos.

resolução:
Paciente com quadro típico de IAM com supradesnivelamento de ST. Não há
obrigatoriedade em aguardar o resultado das enzimas cardíacas para tomar
conduta terapêutica, uma vez que está confirmado por ECG. A angioplastia
primária é sempre superior à trombólise, quando disponível. Foram pedidos
recursos, pois o enunciado não trouxe a antiagregação dupla, sendo utilizado
apenas o AAS. De qualquer forma, a alternativa B ainda é a melhor resposta.

▶ resposta: B

55 (USP – SP - 2018) Homem de 56 anos apresenta há 3 dias dor de forte


intensidade em joelho direito, associado ao aumento de volume e calor local.
Refere que a dor teve início súbito, à noite, enquanto dormia. Nega antecedente
de trauma. Nega febre. No último ano, apresentou duas crises de dor articular
localizadas na primeira articulação metatarsofalangeana esquerda, com duração
de uma semana. Nesses dois episódios, os sintomas eram menos intensos e foram
controlados com paracetamol. Nega qualquer queixa articular entre as crises. É
diabético em uso de insulina e metformina. Teve angioedema prévio associado ao
uso de diclofenaco. Caso a principal hipótese diagnóstica seja confirmada, qual é o
tratamento por via oral adequado, respectivamente, para o quadro agudo e em
longo prazo?

A. Tratamento agudo: Prednisona; Tratamento em longo prazo: Metotrexate


B. Tratamento agudo: Colchicina; Tratamento em longo prazo: Alopurinol.
C. Tratamento agudo: Naproxeno; Tratamento em longo prazo: Alopurinol.
D. Tratamento agudo: Cloroquina; Tratamento em longo prazo: Metotrexate.

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Paciente com quadro de dor articular no 1° pododáctilo nos faz pensar no
diagnóstico de gota. Na doença, o tratamento da fase aguda normalmente deve
ser feito com anti-inflamatórios não esteroidais ou colchicina. Como o paciente
apresentou quadro prévio de alergia à diclofenaco, utilizaremos colchicina na fase
aguda. Já para a fase crônica, como o intuito é diminuir os níveis séricos de ácido
úrico, podemos utilizar alopurinol, que inibe a sua síntese.
▶ resposta: B
56 (USP – SP - 2018) Mulher de 42 anos procura o ambulatório com dúvidas sobre
o resultado de sua sorologia de hepatite B. Qual padrão sorológico indica uma
imunidade naturalmente adquirida?

A. Anti-HBc total: +; Ag HBs: -; Anti-HBs: +


B. Anti-HBc total: -; Ag HBs: -; Anti-HBs: +
C. Anti-HBc total: +; Ag HBs: +; Anti-HBs: -.
D. Anti-HBc total: -; Ag HBs: +; Anti-HBs: -

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia; Infectologia.

grau de dificuldade:

resolução:
A questão nos pede o perfil sorológico de uma paciente que já entrou em contato
com o vírus da hepatite B previamente, logo, o Anti-HBs estará positivo (indica
imunidade), o HBsAg negativo (indica que não existe infecção ativa) e o Anti-HBc
total positivo (indica contato prévio com o vírus).

▶ resposta: A

57 (USP - SP - 2018) Mulher de 46 anos está em seguimento por quadro de


poliartrite simétrica de grandes e pequenas articulações há 6 meses. Exames
complementares revelaram atividade inflamatória elevada e fator reumatoide
fortemente positivo. Qual das seguintes medicações é modificadora do curso
dessa doença?

A. Naproxeno
B. Azatioprina
C. Cloroquina.
D. Pregabalina

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção ao que é cobrado: droga modificadora do curso da doença.

resolução:
Essa questão nos traz uma paciente com quadro clínico clássico de artrite
reumatoide. Qual dessas drogas é modificadora do curso da doença? Dentre as
alternativas apresentadas, apenas a cloroquina tem essa função, sendo uma droga
imunomoduladora.
▶ resposta: C
58 (USP – SP - 2018) Homem de 32 anos queixa-se de fadiga associada à
sobrecarga de trabalho. Exame clínico sem alterações. Realizou exames
complementares cujos resultados estão apresentados a seguir. Qual exame está
indicado nesse momento para investigação etiológica da anemia?

Hemograma   Exames Séricos

Hb 10,2 g/dl   Ferro 100 µ/dl

Ht 30%   Ferritina 200 ng/ml

VCM 78 fl      

HCM 28 pg      

Leucócitos 6000 /mm3      

Plaquetas 280000 /mm3      

 
A. Cobalamina sérica.
B. Eletroforese de hemoglobina
C. Teste de Coombs.
D. Atividades de G6PD

subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Classifique a anemia encontrada no hemograma para facilitar o raciocínio.

resolução:
Paciente apresenta quadro de anemia microcítica, logo excluímos de cara a
alternativa de cobalamina sérica (refere à anemia megaloblástica), e também a
atividade de G6PD e teste de Coombs, pois ambos se referem a anemias
hemolíticas, que cursariam como normocítica ou macrocítica. Sobra então apenas
a alternativa de eletroforese de hemoglobina, para irmos em busca de uma
provável talassemia.
▶ resposta: B

59 (USP - SP - 2018) Homem de 42 anos queixa-se de tosse seca há 6 meses, pior


aos grandes esforços e ao decúbito, A radiografia de tórax está mostrada a seguir.
Qual exame complementar é necessário para a avaliação da causa da tosse?

 
A. Endoscopia Digestiva Alta.
B. Broncoscopia com lavado
C. Ecodopplercardiograma
D. Angiografia torácica

subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Radiografia traz achado clássico.

resolução:
A questão nos traz um quadro que nos faz pensar em refluxo gastroesofágico com
sintomas atípicos (tosse arrastada, piora ao decúbito e esforços) associado a uma
radiografia que demonstra a bolha gástrica acima da hemicúpula diafragmática,
ou seja, existe hérnia paraesofágica, o que pode explicar esses sintomas. Nesse
caso, o melhor exame para fechar o diagnóstico, entre as alternativas, seria a
endoscopia digestiva alta.
▶ resposta: A

60 (USP - SP - 2018) Homem de 42 anos procura atendimento em pronto-socorro


por crises de cefaleia hemicrânia direita há 7 dias, quando mudou turno de
trabalho em sua empresa. A dor é lancinante, de forte intensidade, com até 4
episódios por dia durando até 1 hora cada um. No momento, com dor de
intensidade 10 (escala 0 a 10). No exame clínico, hiperemia conjuntival e sudorese
em hemiface, ambos à direita. Pressão arterial: 168 x 100mmHg, frequência
cardíaca: 110 bpm. Qual é a melhor associação de tratamento para controle agudo
e crônico para o quadro álgico do paciente?

A. Tratamento agudo: Oxigênio; Tratamento crônico: Gabapentina.


B. Tratamento agudo: Morfina; Tratamento crônico: Pregabalina
C. Tratamento agudo: Dipirona; Tratamento crônico: Prednisona
D. Tratamento agudo: Sumatriptano nasal; Tratamento crônico: Verapamil

subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção às opções de tratamento. Nem sempre a banca vai cobrar apenas a
primeira escolha, tanto de tratamento agudo quanto de profilaxia.

resolução:
Paciente se apresenta com cefaleia hemicraniana, lancinante, acompanhada de
sintomas autonômicos em hemiface ipsilateral à dor (congestão nasal e
conjuntival). Este é o quadro clínico clássico da cefaleia em salvas. Qual seria o
tratamento proposto? Para a fase aguda, a primeira escolha é o uso de oxigênio
inalatório sob máscara a 100%, no entanto, o sumatriptano também é alternativa
no tratamento das crises. Já para a profilaxia, o tratamento de escolha deve ser o
verapamil. Uma alternativa é o lítio, com menor eficácia e mais efeitos colaterais.
▶ resposta: D

61 (COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO MATO GROSSO DO SUL -


2013) Paciente de 55 anos, hipertensa, cozinheira de restaurante, internada no
hospital devido à diarreia de 3 dias de evolução, febre alta (39,7°C), mal-estar
geral. Hemorragia digestiva baixa acompanhada de dor abdominal há
aproximadamente 3 horas, pulso normal. Na hemocultura, positividade para
Salmonella typhi. Para que essa paciente não seja transmissora e não ocorra novos
casos de febre tifoide na comunidade, deve-se:

A. Tratá-la com antibiótico por via oral para erradicar a bactéria do intestino.
B. Tratá-la com hidratação e probióticos.
C. Tratá-la com antibiótico, afastá-la de suas atividades profissionais.
D. Usar antibióticos nos portadores assintomáticos da salmonela e não tratar a
paciente.
E. Não prescrever antibiótico para ela, pois a doença é autolimitada.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O tratamento da Febre Tifoide em pacientes sensíveis é feito preferencialmente
com quinolona, sendo que um fator determinante para introdução do antibiótico é
a resistência bacteriana geográfica para Salmonella, isto é, dependendo da região,
a escolha do antibiótico pode variar, especialmente nos casos de Salmonella não
typhi.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Além de antibioticoterapia, é necessário o
afastamento das atividades, pois a transmissão pode ser direta (contato com as
mãos do doente ou portador) ou indireta (oro-fecal). Além disso, após invasão da
mucosa intestinal, há disseminação hematogênica e alojamento da bactéria no
sistema reticuloendotelial.
Alternativa B: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
Alternativa C: CORRETA. É necessário antibioticoterapia e afastamento de suas
atividades (cozinheira), pois a paciente pode se tornar carreadora crônica da
Salmonella.
Alternativa D: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
Alternativa E: INCORRETA. É necessário antibioticoterapia.
▶ resposta: C
62 (USP - SP - 2018) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre a
epidemiologia da doença meningocócica?.

A. A transmissão da Neisseria meningitidis ocorre predominantemente no


domicílio.
B. Menores de cinco anos são os mais frequentes portadores do agente
etiológico na orofaringe.
C. A ocorrência da doença meningocócica é sazonal, predominando nos meses
quentes e úmidos
D. A patogenicidade e a infectividade da Neisseria meningitidis são altas

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Preventiva

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que traz como resposta correta a afirmativa de que a transmissão da
Neisseria meningitidis ocorre predominantemente no domicílio, pois são situações
de aglomeração, como casas, escolas, creches etc, que aumentam a transmissão
da N. meningitidis por serem ambientes fechados.
▶ resposta: A

63 (USP - SP - 2018) Mulher de 28 anos procurou o ambulatório por dor lombar


direita, recorrente, há 2 anos. Tem infecções urinárias de repetição, e nesse
período foi internada três vezes para receber antibioticoterapia endovenosa. O
exame clínico na consulta é normal. Traz ultrassonografia e tomografia do trato
urinário que evidenciam rim direito com parênquima de espessura diminuída e
com múltiplos cálculos de até 2,5 cm. O rim esquerdo não tem alterações nesses
exames. Qual é a conduta para o caso?

A. Litotripsia por ondas de choque


B. Nefrectomia direita.
C. Nefrolitotripsia percutânea
D. Antibioticoterapia de amplo espectro nas recidivas

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão traz paciente com quadro de nefrolitíase e infecções urinárias de
repetição que provavelmente se devem à própria nefrolitíase. A litotripsia por
ondas de choque está indicada para cálculos até 2 cm, enquanto a nefrectomia
está indicada em casos de cálculos renais ou ureterais complexos. Já a
nefrolitotripsia percutânea está indicada para cálculos maiores que 2 cm
(alternativa C Correta). O uso de antibioticoterapia deve ser guiada sempre que
possível por urocultura para evitar o uso de antibióticos de largo espectro e
indução de resistência bacteriana.

▶ resposta: C

64 (USP - SP - 2018) Homem de 61 anos procura o pronto-socorro com queixa de


dificuldade miccional há 12 horas. Refere que há 3 meses apresenta micção com
jato fraco, entrecortado e sensação de esvaziamento vesical incompleto. No exame
clínico, abdome doloroso à palpação em hipogástrico. Toque retal: próstata 60
gramas, sem nódulo. O restante do exame clínico é normal. Traz resultado de
exames: Qual é a conduta para o caso nesse momento?

A. Nefrostomia bilateral
B. Sondagem com Foley.
C. Finasterida e seguimento ambulatorial.
D. Passagem de cateter duplo J

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

resolução:
A questão traz um paciente do sexo masculino, 61 anos e quadro de obstrução
urinária aguda, com dor em palpação hipogástrica (provável bexigoma). O quadro
nos leva a pensar que esse quadro está sendo causado por hiperplasia prostática
benigna. A conduta nesse momento é a desobstrução, da forma menos invasiva
possível. Entre as alternativas apresentadas, a melhor é a passagem de uma sonda
de Foley.
▶ resposta: B

65 (USP - SP - 2018) Homem de 43 anos vem ao pronto-socorro por febre, cansaço


e tosse produtiva há três semanas. No quinto dia de quadro, procurou outro
serviço de emergência no qual foi feito diagnóstico de pneumonia lobar à
esquerda com velamento do seio costofrênico ipsilateral. Foi prescrita
antibioticoterapia com amoxicilina por 10 dias, utilizada corretamente. Apesar de
ter apresentado uma melhora inicial, ao terminar o tratamento com amoxicilina,
houve piora de falta de ar e recidiva da febre. No exame clínico, pulso: 116 bpm;
frequência respiratória: 30 ipm; pressão arterial: 102 x 66 mmHg/ saturação de
oxigênio em ar ambiente: 91%. Diminuição da ausculta pulmonar na base do
hemitórax esquerdo com estertores grossos. O restante do exame clínico é
normal. Foram solicitados os exames de imagem a seguir: Qual o diagnóstico e a
conduta para o caso?

A. Diagnóstico: empiema pleural em fase de organização; Conduta:


videotoracoscopia com decorticação pulmonar.
B. Diagnóstico: empiema em fase fibrino-purulenta; Conduta: toracocentese
esvaziadora.
C. Diagnóstico: empiema em fase fibrino-purulenta.
D. Diagnóstico: empiema em fase exsudativa; Conduta: drenagem pleural com
dreno tipo pigtail.
E. Diagnóstico: derrame pleural parapneumônico; Conduta: drenagem pleural
convencional

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se das fases de um empiema pleural que podem ditar o tratamento
adequado.

resolução:
Questão que aborda paciente com empiema pleural. Vamos relembrar como é
feita a classificação das fases do empiema: 1) fase exsudativa/aguda = ocorre até o
3° dia e há líquido claro e não espesso, sem septações, 2) fase fibrinopurulenta ou
subaguda = ocorre até o 6° dia e há secreção purulenta, espessa e com fibrina,
além de grande número de células, 3) fase de organização/crônica = ocorre entre o
6° e 10° dia e forma-se membrana mais espessa e resistente, que pode inclusive
restringir a capacidade de expansão pulmonar. A conduta é a realização de uma
videotoracoscopia com decorticação/desbridamento pulmonar.

▶ resposta: A

66 (USP - SP - 2018) Um paciente de 30 anos queixa-se de tosse seca, febre baixa e


dispneia progressiva há vinte dias, com piora recente. Confessa que há dois anos
descobriu ser soropositivo para HIV, mas não quis realizar qualquer tratamento ou
investigação e perdeu o acompanhamento. Qual dos itens abaixo NÃO sugere
pneumonia por Pneumocystis jiroveci?

A. Contagem de linfócitos CD4 menor que 200 células/mm³


B. Hipoxemia
C. Elevação do níveis de DHL(lactato desidrogenase)
D. Derrame pleural volumoso
E. Radiografia de tórax normal

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os achados que não são característicos da radiografia de um paciente com
pneumocistose são frequentemente cobrados. Memorize-os!

resolução:
Vamos falar sobre a pneumocistose pulmonar. Etiologia? Pneumocystis jirovecii.
Quem tem? HIV + CD4 < 200 e geralmente apresenta candidíase oral ao exame
físico. Clínica? Quadro arrastado, com tosse seca, dispneia, hipoxemia + LDH
elevada (lesão grave, que destrói células) Raio-X? Pode estar normal, como
também pode apresentar infiltrado difuso, bilateral perihilar e eventualmente
pneumatoceles. Entretanto, a pneumocistose pulmonar caracteristicamente não
causa adenopatia hilar derrame pleural ou cavernas.

▶ resposta: D

67 (USP - SP - 2018) Mulher de 42 anos, primigesta, completa hoje 34 semanas de


gestação. Procura o pronto-atendimento de um hospital terciário por dor torácica
em aperto, de forte intensidade, com irradiação para membro superior esquerdo
há 30 minutos, acompanhada de dispneia leve. Tem antecedente pessoal de
hipertensão arterial (diagnóstico prévio à gestação). No exame clínico, pulso: 96
bpm, pressão arterial: 142 x 98 mmHg, pulsos arteriais presentes nos quatro
membros. Altura uterina compatível com a idade gestacional. O restante do exame
clínico é normal. O eletrocardiograma realizado na sala de emergência está
mostrado abaixo. Qual a conduta para o caso?

A. Cesárea imediata
B. Angioplastia primária.
C. Captopril sublingual
D. Heparina em dose plena

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Ginecologia e Obstetrícia; Obstetrícia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão traz paciente com ECG de supra ST de V1 a V6 e em DI e aVL,
configurando infarto de parede anterior de grande extensão. Como o início do
quadro clínico foi há 30 minutos, está indicada reperfusão. Nesse caso, não é
recomendável realizar com trombolítico por não existir estudos que relacionem
seu uso em gestantes, logo, a conduta adequada será realizar angioplastia
primária.
▶ resposta: B

68 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Um paciente de 60 anos, diabético e hipertenso procurou o médico para avaliação
de hiperuricemia. Vinha em uso de losartan, hidrocolorotiazida e merformina.
Referia consumo alcoólico cerca de quatro vezes por semana, e o IMC estava em
32 kg/m². Os níveis de ácido úrico oscilaram nos últimos anos, entre 8,0 e 9,0
mg/dl. Dentre as medidas abaixo, qual NÃO deve ser recomendada nesse caso?

A. Substituição do esquema anti-hipertensivo


B. Redução do consumo alcoólico
C. Engajamento em tratamento para redução de peso, com dieta e exercícios.
D. Dosagem da excreção urinária de ácido úrico nas 24 horas
E. Alopurinol na dose inicial de 100 mg/dia, com elevações graduais até 300
mg/dia

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Devemos tratar toda e qualquer hiperuricemia?

resolução:
Lembremos que os tiazídicos causa hiperuricemia, e gota é contraindicação formal
desses anti-hipertensivos. Em pacientes assintomáticos, hiperuricemia
assintomática geralmente não é tratada, com exceção de alguns casos em que os
níveis são extremamente elevados (> 13 em homens e > 10 em mulheres).
▶ resposta: E

69 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Homem, 72 anos com queixas de entalo e disfagia discreta realizou endoscopia
digestiva alta. Nos 3 cm distais do esôfago, observou-se lesão vegetante de 2 cm
associada a áreas de coloração rosa-salmão. A biópsia revelou adenocarcinoma
com áreas de Barrett. Em relação à classificação de Siewert, avaliando o caso
acima, é correto afirmar que

A. É um Siewert II, e devemos indicar uma gastrectomia total com


esofagectomia distal.
B. É um Siewert I, e devemos indicar uma esofagectomia transtorácica
C. É um Siewert III, e devemos indicar uma gastrectomia total
D. Por ser um câncer de esôfago, não podemos usar a classificação de Siewert
E. A classificação de Siewert não pode ser usada para tumores originados do
epitélio de Barrett

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual em que é necessário o conhecimento da classificação para
indicar o tratamento.

resolução:
Utilizamos a classificação de Siewert para diferenciar os tumores de cárdia, de
acordo com a sua localização. Quanto mais próximo do esôfago, mais o
tratamento será parecido com o tratamento do tumor de esôfago, e vice-versa.
Siewert Tipo 1: esôfago distal, com a maior distância da JEG de 5 cm e a menor de
1 cm. Siewert Tipo 2: 1 cm acima e 2 cm abaixo da JEG. Siewert Tipo 3: estômago,
com distância da JEG de 2 cm e a menor 5 cm.
▶ resposta: B

70 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Senhora de 70 anos


procura consulta para check-up. É assintomática, sem história familiar ou pessoal
de risco para patologias. Nega morbidades e nega tabagismo. Exames
complementares indicados para rastreio de morbidades segundo a US Preventive
Task Force incluem glicemia,

A. Mamografia, densitometria mineral óssea, ultrassonografia de tireoide,


colonoscopia e urocultura
B. Mamografia, densitometria mineral óssea, ultrassonografia de aorta
abdominal e ultrassonografia de tireoide.
C. Mamografia, ultrassonografia de tireoide, densitometria mineral óssea e
colonoscopia.
D. Mamografia, densitometria mineral óssea e colonoscopia
E. Densitometria mineral óssea, colonoscopia e urocultura.

subtópico:
Clínica Médica; Ginecologia e Obstetrícia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão sobre prevenção secundária na população idosa, por meio de
rastreamento de doenças. Considerando uma mulher de 70 anos, temos que CA
de colo não mais, pois apenas até os 64 anos. Dislipidemia a partir dos 45 anos em
mulheres. Diabetes a partir dos 45 anos. CA de mama + CA colorretal a partir dos
50 anos. A partir dos 55 anos, CA de pulmão apenas para fumantes ou ex-
fumantes com pelo menos 30 maços/ano e interrupção até 15 anos. A partir dos
65 anos, osteoporose (apenas mulheres/densitometria). O rastreamento de
aneurisma de aorta abdominal deve ser feito apenas para homens, de 65 a 75
anos, que já fumaram, por meio de USG.

▶ resposta: D

71 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Homem, 30 anos, procura


pronto atendimento com queixa de tosse seca, secreção nasal importante e dor na
face em peso. Os sintomas se iniciaram há 17 dias, melhoraram por volta do
quinto dia e logo depois evoluíram com piora progressivamente. Único achado
alterado de exame físico: secreção posterior em orofaringe. As condutas
diagnóstica e terapêutica corretas são, respectivamente:

A. Tomografia de seios da face; amoxicilina-clavulanato e sintomáticos


B. Radiografia de seios da face; apenas sintomáticos
C. Tomografia de seios da face; apenas sintomáticos
D. Radiografia da face; amoxicilina-clavulanato e sintomáticos.
E. Exame clínico já realizado, sem necessidade de exame de imagem;
amoxicilina-clavulanato e sintomáticos

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia; Otorrinolaringologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Existem indicações bem específicas para exames complementares diante da
patologia apresentada. Atenção.

resolução:
Questão do nosso dia a dia. Temos um paciente com quadro típico de sinusite
bacteriana aguda (tosse seca arrastada + secreção nasal + dor na face em peso +
secreção posterior em orofaringe). Diferentemente do que costumamos ver na
prática, o correto é não submeter inicialmente o paciente a exames de imagem
como TC de seios da face, muito menos radiografia. Portanto, podemos iniciar o
tratamento empírico desse paciente apenas com exame clínico.
▶ resposta: E

72 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Senhora de 54 anos


procura atendimento ambulatorial com queixa de dor, edema e calor em diversas
articulações das mãos, pés, ombros e joelhos com rigidez matinal superior a 1h,
poupando as articulações interfalangeanas distais. Os sintomas se iniciaram há 6
meses e estão em piora progressiva. Ao exame: sinais flogísticos nas articulações
descritas na história. Sobre essa doença é correto afirmar:

A. A dosagem sérica de PCR e o VHS devem estar baixos


B. Metotrexato é tratamento para modificação da história natural da doença
C. O diagnóstico só pode ser confirmado após resultado da dosagem sérica do
fator antirreumatoide e/ou anti-CCP
D. Os anti-inflamatórios e analgésicos são tratamento para modificação da
história natural da doença.
E. Nessa doença não existe comprometimento sistêmico

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Não foi difícil reconhecer o diagnóstico, não é? Quadro
típico de artrite reumatoide, poliartrite crônica simétrica cumulativa/aditiva. O
enunciado ainda traz um dado que mataria o diagnóstico, pois a artrite
reumatoide costuma poupar interfalangeanas distais e região lombar. Por ser
doença inflamatória crônica, PCR e VHS estarão aumentados. Por ser doença
autoimune, a dosagem de auto-anticorpos como FR e anti-CCP podem corroborar
com o diagnóstico, embora não seja obrigatório. É uma doença sistêmica que
pode acometer outras regiões extra-articulares, como olhos, pulmão etc. São
drogas que alteram evolução da doença: metotrexato, cloroquina, leflunamida,
sulfassalazina. Os AINEs são drogas apenas sintomáticas na artrite reumatoide,
não alterando a evolução da doença.
▶ resposta: B

73 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Homem de 42 anos


queixa-se de tosse seca de longa data, com incômodo no peito. Tem hipertensão
em uso de enalapril e hidroclorotiazida. Nega tabagismo. Nesse caso, sobre a
tosse crônica é correto:

A. Asma está fora do diagnóstico diferencial etiológico, uma vez que não se
inicia nessa faixa etária
B. Doença do refluxo gastroesofágico não é etiologia de tosse crônica
C. Substituir o enalapril por anlodipino pode esclarecer a etiologia
D. Lúpus eritematoso sistêmico é um diagnóstico diferencial
E. DPOC é uma etiologia comum de tosse mesmo em não fumantes

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Situação comum no dia a dia do clínico.

resolução:
Questão tranquila! Quais os principais efeitos adversos do uso de IECAs? Tosse
crônica por aumento de bradicinina (exclusivo do IECA), além de angioedema.
▶ resposta: C

74 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Mulher, 35 anos, procura


pronto atendimento com dor em hemicrânio direito, pulsátil, de forte intensidade,
acompanhada de náuseas/vômitos, foto e fonofobia há 6 horas. Refere episódios
prévios de cefaleia semelhantes ao atual. Nega uso de medicações contraceptivas.
O exame neurológico é normal. Trata-se de:

A. Cefaleia tensional. Tomografia de crânio é mandatória.


B. Enxaqueca. Tomografia de crânio é mandatória
C. Enxaqueca. Não há necessidade de exame de imagem
D. De cefaleia tensional. Não há necessidade de exame de imagem.
E. Cefaleia secundária. Tomografia de crânio é mandatória

subtópico:
Clínica Médica; Neurologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Diagnóstico sindrômico.

resolução:
Quadro clássico de enxaqueca, também conhecida como migrânea. Vamos
lembrar as principais características desse quadro? Mais comum em mulheres de
25 a 45 anos, frequentemente com história familiar positiva. É a segunda cefaleia
primária mais comum, perdendo apenas para a tensional. Cefaleia do tipo pulsátil,
com foto/fonofobia, associado a náuseas/vômitos, normalmente unilateral, piora
com movimento, intensidade moderada a grave, com limitação de atividades
diárias, durando normalmente entre 4 a 72 horas. Possui alguns desencadeantes,
sendo muito comum a bebida alcoólica (vinho, principalmente), além de TPM e
chocolate.

▶ resposta: C

75 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Mulher, 20 anos, com


história de asma desde a infância, procura atendimento ambulatorial porque
apresenta crises de dispneia e sibilância quase todos os dias. Refere despertar
noturno por falta de ar, pelo menos duas vezes por semana. Diversas medidas
ambientais foram adotadas, todas sem sucesso. Está em uso de corticoide
inalatório e beta-2-agonista de longa duração, ambos em dose baixa, além de
medicação de resgate. Quanto ao próximo passo, de acordo com o GINA, uma
opção é:

A. Aumentar a dose do corticoide inalatório e introduzir antagonista de


receptor de leucotrieno
B. Reduzir a dose de beta 2 de longa duração e aumentar a dose do corticoide
inalatório.
C. Aumentar a dose de beta 2 de longa duração e diminuir a dose de corticoide
inalatório
D. Introduzir anti-IgE.
E. Aguardar o resultado da espirometria para decidir o que fazer

subtópico:
Clínica Médica; Pneumologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Paciente asmático em uso de corticoide inalatório, beta-2-agonista de longa e
beta-2-agonista de curta para resgate, com a doença descontrolada. O que
devemos fazer? Antes de mudar de passo, a primeira coisa a fazer é verificar o
ambiente, aderência e a técnica do tratamento. Como o CTC inalatório é o pilar no
tratamento de manutenção da asma e a paciente está usando-o em doses baixas,
certamente deveríamos aumentar a dose. Também poderíamos aumentar a dose
do beta-2-agonista de longa e até associar outras drogas, como tiotrópio (LAMA)
ou antileucotrienos.

▶ resposta: A

76 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Mulher, 22 anos,


assintomática procura consulta médica para orientação quanto à vacinação de
hepatite. Traz exames realizados recentemente com anti-HBs negativo, HBsAg
negativo, anti-HCV negativo, anti-HVA IgM negativo e anti-HVA positivo. Nesse
caso,

A. Não há necessidade de vacinar-se. Está protegida para as hepatites virais


B. Está protegida de hepatite A, mas suscetível às hepatites B e C. Deve ser
orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatites B e C.
C. Está protegida de hepatite A e B, mas suscetível à hepatite C. Deve ser
orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatite C
D. É suscetível às três formas de hepatite. Deve ser orientada a procurar UBS
para vacinação contra hepatite B
E. Está protegida de hepatite A, mas suscetível às hepatites B e C. Deve ser
orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatite B.

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O painel de interpretação da sorologia das hepatites deve estar medular!

resolução:
Questão frequente, sobre interpretação de sorologias contra hepatites A, B e C.
Paciente apresenta-se com anti-HBs negativo (não está imunizada para hepatite
B), HBsAg negativo (não está infectada pelo vírus da hepatite B), anti-HCV negativo
(não está imunizada ou infectada pelo vírus da hepatite C), anti-HVA IgM negativo
(não está infectada pelo vírus da hepatite A) e anti-HVA positivo (está imunizada
para hepatite A). Como não temos vacina para hepatite C, não podemos marcar a
letra B.
▶ resposta: E

77 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Homem, 40 anos, relata


perda de aproximadamente 3 kg (4% do peso) em um mês. Sente-se agitado, com
dor cervical, dificuldade para dormir, taquicardia e palpitações. Os sintomas foram
precedidos de resfriado. Volta em retorno com TSH: 0,1 uIU/ml (VR 0,5-4,5 uIU/ml),
T4 livre de 7,77 ng/dl (VR 0,7-1,5), tireoglobulina 367 ng/ml (VR: 1,5-50) e TRAb
negativo. A conduta correta inclui propranolol e:

A. Anti-inflamatório
B. Levotiroxina
C. Metimazol
D. Tireoidectomia
E. Radioiodoterapia.

subtópico:
Clínica Médica; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Analise o quadro sindrômico antes que se ramifique para fechar o diagnóstico.

resolução:
Estamos diante de paciente com tireotoxicose. O paciente poderá apresentar
insônia, nervosismo, confusão mental, sudorese excessiva, intolerância ao calor,
pele quente úmida, perda de peso, polifagia, hiperdefecação, tremor, taquicardia,
hipercalcemia, baqueteamento digital, onicólise (unhas de Plummer) etc. Porém,
qual a provável etiologia nesse paciente? Há um dado que mata o diagnóstico: a
dor cervical. É a tireoidite subaguda granulomatosa dolorosa de Quervain”. Nela,
depois de cerca de três semanas de quadro viral, normalmente de VAS, surge o
quadro com dor + tireotoxicose. Além disso, VHS aumentado. Se é subagudo, há
resolução espontânea, dando apenas sintomáticos (AINEs e prednisona), além do
propranol. Lembremos que as tionamidas (metimazol, propiltioracil) agem
inibindo a TPO e, consequentemente, diminuindo a produção de hormônios
tireoidianos. Por isso, utilizaremos apenas quando estivermos diante de
tireotoxicose por hipertireoidismo, como na doença de Graves. Na tireoidite de
Quervain, a tireotoxicose ocorre por liberação de hormônios pré-formados
estocados no coloide, quando da ruptura inflamatória dos folículos.
▶ resposta: A

78 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Senhor de 78 anos dá


entrada no pronto-socorro taquidispneico, sendo diagnosticado com pneumonia.
A gasometria arterial coletada na admissão demonstra pH de 7,30 (VR 7,36-7,44);
pCO 24 mmHg (VR: 35-45); HCO?: 10 mEq/l (VR: 22-26) e BE: -6 (VR: -2 e +2). Neste
caso há acidose?

A. Metabólica e alcalose respiratória


B. Respiratória compensada
C. Metabólica e acidose respiratória
D. Metabólica compensada
E. Respiratória e alcalose metabólica.

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Sempre calcule a resposta esperada para cada distúrbio metabólico ou
respiratório.

resolução:
Paciente com pneumonia apresenta gasometria arterial com pH de 7.3, ou seja,
acidose. Quem está causando essa acidose, um bicarbonato diminuído ou
acúmulo de PCO2? É a diminuição do bicarbonato que está causando. Portanto,
estamos diante de acidose metabólica. Uma das formas que você não pode ir para
a prova sem saber é a da compensação da acidose metabólica: PCO2 = HCO3 x 1.6
+ 8. Aplicando os valores do enunciado, chegamos ao resultado de PCO2 = 24
mmHg, exatamente o valor do pCO2 da gasometria, ou seja, está compensada.

▶ resposta: D

79 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Homem, 37 anos, IMC, 43kg/m² sai de consulta com cirurgião bariátrico que indica
uma gastrectomia em manga (sleeve). O médico explica que a grelina é um fator
importante e modificado com esse procedimento. Em relação a esse hormônio,
assinale a alternativa CORRETA.

A. Produzido, preferencialmente, pelo antro-piloro gástrico


B. Tem efeito sinérgico à leptina, apesar de as duas agirem em receptores
diferentes
C. Tem secreção aumentada após distensão gástrica
D. Promove diminuição da mortalidade estomacal
E. Age no sistema límbico, nos mecanismos de satisfação e compulsão

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Endocrinologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual.

resolução:
A grelina é um hormônio orexígeno, ao contrário da leptina (anorexígeno), que é
produzida pelo fundo gástrico, agindo sobre o sistema límbico e estimulando a
fome. A distensão gástrica diminui sua produção, além de não ter atividade sobre
motilidade gástrica.

▶ resposta: E

80 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Senhor de 88 anos é


trazido por familiares ao pronto-atendimento apresentando sonolência e queda
do estado geral. Acompanhante (cuidador) refere que paciente é portador de
hipertensão arterial sistêmica e doença de Alzheimer. Faz uso diário de
hidroclorotiazida, enalapril, donepezila e olanzapina. Não há relato de mudança
recente na posologia dos fármacos. Exames laboratoriais coletados em avaliação
inicial evidenciam: Na 120 mEq/l (VR: 135-145); K 3,8 mEq/l (VR 3,5-5,0) e função
renal normal. Sobre a hiponatremia:

A. Dentre as etiologias possíveis de hiponatremia, para o caso supracitado,


estão: medicamentosa, insuficiência cardíaca, hipotireoidismo e insuficiência
adrenal
B. A correção com salina hipertônica deve ter como meta a concentração sérica
de sódio de 140 mEq/l em 12 horas
C. Hidroclorotiazida é a única medicação prescrita que pode levar à
hiponatremia
D. Colesterol baixo, triglicérides baixos e hipoglicemia são causas de pseudo-
hiponatremia.
E. A concentração urinária de sódio não tem importância na investigação
etiológica da hiponatremia

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Paciente de 88 anos é trazido apresentando sonolência e queda do estado geral.
Quando são feitos os exames laboratoriais, nos deparamos com hiponatremia
grave (120 mEq/l), o que pode justificar o quadro. A questão quer saber qual a
provável causa da hiponatremia. Dentre as drogas que ele faz uso, a
hidroclorotiazida (HCTZ) é a mais classicamente associada à hiponatremia,
entretanto, lembremos que olanzapina e donepezila também podem causá-la.
Além disso, temos um paciente de 88 anos, hipertenso, que pode muito bem ter
insuficiência cardíaca associada, o que contribuiria para esse quadro.
Hipotireoidismo e insuficiência adrenal entram no diagnóstico diferencial? Claro!
Apesar de serem hipóteses menos prováveis, não podemos descartá-las. A
correção do sódio sérico nunca deve ultrapassar 12 mEq/l nas primeiras 24 horas
(B errada). A hipercolesterolemia e hiperglicemia estão associadas à pseudo-
hiponatremia (D errada). O sódio urinário é útil, pois quando está baixo, por
exemplo, podemos deduzir que o paciente está hipovolêmico.
▶ resposta: A

81 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Em relação às anemias


hipocrômicas e microcíticas:

A. A causa mais comum é deficiência de vitamina B12


B. Devem ser tratadas com sulfato ferroso
C. Devem ser investigadas com mielograma
D. Os principais diagnósticos diferenciais são anemia ferropriva, talassemia e
anemia de doença crônica
E. Os reticulócitos geralmente estão aumentados por se tratar de anemia
hiperproliferativa

subtópico:
Clínica Médica; Hematologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A compreensão da classificação das anemias perante o hemograma, com suas
respectivas causas e demais achados laboratoriais, deve estar “medular” no
candidato.

resolução:
Questão tranquila! Qual a causa mais comum de anemia hipo/micro? Anemia
ferropriva. Entretanto, nem todas as anemias hipo/micro serão tratadas com
sulfato ferroso. Todas as condições da letra D podem se apresentar como anemia
hipo/micro: anemia ferropriva, talassemia e anemia da doença crônica
(geralmente normo/normo, mas que também pode ser hipo/micro). Com exceção
da talassemia, essas citadas são hipoproliferativas, não cursando com aumento de
reticulócitos.

▶ resposta: D

82 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Das situações abaixo, a


condição em que é seguro fazer a sondagem vesical do paciente traumatizado
sem maior investigação ou avaliação com urologista:

A. Uretrorragia
B. Equimose perineal
C. Fratura fechada de pelve
D. Próstata não acessível ao toque.
E. Ferimento transfixante de períneo

subtópico:
Clínica Médica; Urologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Ainda que o candidato não tenha gravado diretrizes relacionadas ao trauma, é
possível, com bom senso de anatomia e fisiologia, resolver a questão.

resolução:
Em pacientes com suspeita de lesões pélvicas associadas a lesão de uretra (sangue
no meato, hematoma perineal ou escrotal, retenção urinária, ferimento perineal
transfixante, toque retal com próstata alta), não devemos passar cateter urinário
às cegas. Primeiro, fazemos uretrocistografia retrógrada. Se houver alguma lesão
de uretra, faremos cistostomia suprapúbica. Se estivermos diante de fratura
fechada de pelve, mas que não contenha esses sinais descritos anteriormente, o
trauma uretral é improvável.
▶ resposta: C
83 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Um homem de 39 anos
procurou o pronto-socorro com dor em fossa ilíaca esquerda e febre de 38,3°C há
três dias. Leucócitos: 15.000/mm³, com desvio à esquerda. A tomografia de
abdômen revelou espessamento do sigmoide, sem evidência de ar extraluminal ou
líquido livre. Foi tratado com antibióticos e teve remissão completa do quadro
agudo. A colonoscopia, feita 8 semanas após o quadro agudo, mostra divertículos
em todo o cólon. Melhor conduta:

A. Acompanhamento clínico
B. Colectomia total por laparotomia
C. Probióticos.
D. Sigmoidectomia
E. Colectomia total por videolaparoscopia.

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Quadro típico de diverticulite (‘apendicite à esquerda’ + febre + leucocitose +
espessamento de sigmoide), Hinchey I, que foi corretamente conduzido com
antibióticos, havendo remissão completa do quadro agudo. Lembrando que após
quatro a oito semanas de tratamento, quando esfriar o processo, faremos
colonoscopia para excluir CA de cólon, pois a TC às vezes não pode bater o
martelo. Ou seja, tem que provar que é por doença diverticular. No nosso caso, a
colonoscopia comprovou a doença diverticular. Apenas em quais pacientes
faremos cirurgia eletiva diante de um Hinchey I? Apenas se imunodeprimido,
fístula ou quando incapaz de excluir CA. Portanto, nesse paciente é necessário
apenas fazer acompanhamento clínico.

▶ resposta: A

84 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


A febre reumática ainda é uma doença muito comum no nosso meio, com graves
repercussões. Para o seu diagnóstico, são utilizados os critérios de Jones, que
foram revisados em 2015. De acordo com esses critérios, é correto afirmar que:

A. Em populações de alto risco, a presença de 3 critérios menores, associada à


evidência de estreptococcia, é suficiente para o diagnóstico do primeiro surto
da doença
B. Em populações de baixo risco, poliartralgia (após exclusão de outras causas)
é um dos critérios maiores
C. Eritema marginado e nódulos subcutâneos tornaram-se critérios menores
devido à sua baixa prevalência.
D. VHS ≥
30 mm/1ª hora e/ou PCR ≥3 mg/dl são critérios menores em
populações de alto risco.
E. A coreia nos novos critérios de Jones deixou de ser considerada critério
maior.
subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em questões sobre febre reumática, sempre estar atento para não confundir
artralgia com atrite. Embora se correlacionem, a primeira é critério menor e a
segunda, critério maior.

resolução:
Os critérios de Jones foram revisados, entretanto, ainda são critérios maiores:
poliartrite, cardite, coreia, eritema marginado e nódulos subcutâneos (alternativas
C e E incorretas). Três critérios menores + evidência de infecção pode ser utilizada
para diagnóstico de recorrência nas populações de alto risco, mas não para o
diagnóstico inicial (alternativa A incorreta). Em populações de baixo risco,
poliartralgia é um dos critérios menores enquanto em populações de alto risco
poliartrite, poliartralgia ou monoartrite podem ser considerados critérios maiores.
(alternativa B incorreta). A letra D está correta. O VHS, como critério menor, deve
ser maior ou igual a 30 mm na primeira hora nas populações de risco
moderado/alto e maior ou igual a 60 nas de baixo risco. Já a PCR deve ser maior ou
igual a 3 mg/dl em todas as populações.
▶ resposta: D

85 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Um homem de 24 anos é


submetido a ultrassonografia de abdômen, por dor abdominal inespecífica. São
achados 3 pólipos de vesícula biliar, medindo em torno de 8 mm cada um.
Conduta:

A. Tomografia de abdômen.
B. Ecoendoscopia
C. Colecistectomia laparoscópica.
D. Controle ultrassonográfico em 6 meses
E. Colangiorressonância.

subtópico:
Clínica Médica; Cirurgia; Hepatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Grave de uma vez por todas as indicações de colecistectomia em pacientes
assintomáticos.

resolução:
Lembre-se da VACA que fará você acertar várias questões diferentes. Quais são as
indicações de colecistectomia mesmo em pacientes assintomáticos? VACA! Vesícula
em porcelana, Associação com pólipos de risco (> 1 cm , > 60 anos, associados a
cálculos, em crescimento, sintomáticos); Cálculos grandes (> 2,5 cm); Anemias
hemolíticas + cálculos. Ou seja, o paciente não se encaixa nas indicações de
colecistectomia devido aos pólipos, pois, embora tenha dor abdominal, ela deve
ser específica de cólica biliar, e o enunciado diz que é uma dor inespecífica.
▶ resposta: D

86 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Doença sem etiologia


definida, mais frequente em mulheres jovens, compromete a aorta e seus ramos,
cursando com estenoses e oclusão de troncos supra-aórticos, que podem levar a
sintomas isquêmicos no território carotídeo, vertebrobasilar e de membros
superiores. Esta descrição refere-se à

A. Tromboangeíte obliterante
B. Doença de Behçet
C. Doença de Kawasaki
D. Arterite de Takayasu
E. Poliarterite nodosa.

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Diagnóstico diferencial das vasculites, sempre em voga nas provas de clínica.

resolução:
Questão sobre diagnóstico diferencial em vasculites que traz características da
arterite de Takayasu, que acomete comumente mulher com < 40 anos,
apresentando-se com claudicação em membro superior, por acometer
principalmente a subclávia. Além disso, pulsos e pressão assimétricos em MMSS
ou MMII (quando pega aorta). Pode ter ainda sopros em subclávia, carótida ou
aorta abdominal. Pode ter síncope, quando acometer carótida. Como complicação,
pode evoluir com hipertensão renovascular, pois pode pegar a aorta abdominal,
estreitando a base das renais. O diagnóstico é dado por angiografia, mostrando
estenoses em ramos do arco aórtico (subclávia, carótida) ou aorta abdominal.
▶ resposta: D

87 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Paciente de 3 anos, 17 kg,


masculino, sabidamente diabético há 6 meses, foi admitido no pronto-socorro com
quadro de desidratação, dor abdominal, hálito cetônico e os seguintes exames:
Glicose = 620 mg/dl; Na =131 mEq/l; K = 4,2 mEq/l. Recebeu 1.500 ml de soro
fisiológico (SF 0,9%) e insulina regular contínua por 6 horas. Os exames após esse
período são: pH = 7,1; pCO2 = 20; Bic = 12; Na = 138; C? = 117; K = 3,5; glicose = 180.
A provável etiologia da acidose ao final das 6 horas do tratamento inicial é:

A. Acidose por acúmulo de ácidos não mensuráveis, pois ânion gap é normal
B. Acidose hiperclorêmica, pois ânion gap é aumentado.
C. Acidose hiperclorêmica, pois ânion gap é normal
D. Acidose por acúmulo de ácidos não mensuráveis pois ânion gap é
aumentado.
E. Acidose mista: hiperclorêmica + cetoacidose.

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembra-se como calcula o ânion gap? Ele pode ser divisor de águas.

resolução:
Questão bacana sobre distúrbios do equilíbrio acidobásico. Paciente de 3 anos,
masculino, diabético (DM 1) há seis meses, admitido com quadro sugestivo de
cetoacidose diabética. Recebeu hidratação com 1.500 ml de SF 0,9%, além de
insulina regular contínua. O enunciado nos traz então a gasometria colhida após
esse período de hidratação, apresentando acidose metabólica. Ao calcular o ânion
gap (AG = Na – Cl + HCO3), temos um resultado de 9, ou seja, normal. Então, qual a
provável causa da acidose nesse momento? Ora, se temos acidose metabólica com
AG normal, estamos diante de acidose hiperclorêmica, em que uma de suas
causas é a hidratação excessiva com SF 0,9%. Certamente, antes da hidratação o
paciente apresentava acidose metabólica com AG aumentado, devido ao acúmulo
de cetoânions.
▶ resposta: C

88 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) A alteração no


eletrocardiograma que NÃO está relacionada a hiperpotassemia é:

A. Onda T em tenda e apiculada


B. Alargamento do complexo QRS.
C. Fibrilação ventricular
D. Assistolia.
E. Aumento da amplitude da onda P.

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Qual a evolução eletrocardiográfica típica da hipercalemia? Apiculamento de onda
T - Onda P achatada - Alargamento de QRS - Ondas senoidais - FV/Assistolia.
Portanto, a onda P é achatada, e não apiculada.
▶ resposta: E

Ú
89 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)
Um paciente de 25 anos recebeu o diagnóstico de linfoma e está em programação
para tratamento com esquema R-CHOP (rituximabe + ciclofosfamida +
doxorrubicina + vincristina + prednisona). Os resultados das sorologias foram os
seguintes: HBsAg negativo, Anti-HBc positivo, anti-HBs negativo. Sobre o caso
descrito, assinale a alternativa Correta

A. Deve se tratar de exame falso-positivo, e nenhuma conduta específica é


necessária
B. Deve ser solicitada a pesquisa do HBV-DNA e, caso esta seja negativa, o
paciente poderá realizar o tratamento proposto sem maiores preocupações
quanto à hepatite.
C. O paciente deve iniciar imediatamente o uso de lamivudina que será
mantida por seis meses
D. Se o HBV-DNA for negativo, o paciente deverá realizar tratamento profilático
com tenofovir ou entecavir, até um ano após o término da quimioterapia.
E. O tratamento preventivo com entecavir ou tenofovir só será necessário, se o
HBV-DNA for maior que 2000 UI/ml.

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Exige conhecimento pormenorizado do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Hepatite B e Coinfecções de 2017, do Ministério da Saúde.

resolução:
Questão difícil. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Hepatite B e Coinfecções de 2017, temos que “pacientes com HBsAg reagente ou
HBsAg não reagente com anti-HBc reagente (independentemente dos títulos de
anti-HBs), que são candidatos à terapia com anti-CD20 (rituximabe), anti-CD52
(alemtuzumabe), quimioterapia para neoplasias hematológicas e transplante de
medula óssea, são considerados de alto risco para reativação viral, devendo
receber terapia profilática independentemente dos níveis de HBV-DNA”. Portanto,
nosso paciente é candidato à profilaxia, que deve ser feita com entecavir (escolha),
tenofovir ou lamivudina.
▶ resposta: D

90 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Mulher, 81 anos procura atendimento médico com história de dor epigástrica e
melena. Hemoglobina: 9,1 g/dl. Realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou
úlcera gástrica em incisura angular. Encaminhada ao cirurgião para avaliar a
possibilidade de neoplasia. Qual das condições abaixou sugere benignidade?

A. Fundo fibrinoso
B. Lesão com 2,5 cm
C. Pregas mucosas assimétricas
D. Bordas elevadas.
E. Úlcera de diferentes colorações.

subtópico:
Clínica Médica; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção aos sinais de alerta.

resolução:
Em relação a uma úlcera gástrica, todas as alternativas, com exceção da letra A,
trazem características que podem estar associadas a maior probabilidade de
estarmos diante de malignidade. O fundo fibrinoso (cicatricial), em vez de
sangrativo/exsudativo, é característico de lesões exclusivamente pépticas.
▶ resposta: A

91 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)


Mulher, 57 anos, submetida à colecistectomia laparoscópica, sem intercorrências.
Não houve perfuração da vesícula biliar, e a peça cirúrgica foi retirada com saco
plástico. No 14º DPO, retorna com o histopatológico que descreve: “...no
infundíbulo, observa-se adenocarcinoma invadindo tecido conjuntivo perimuscular
sem extensão, além da serosa ou fígado. Linfonodo de Mascagni livre de células
tumorais”. Qual a melhor conduta?

A. Não cirúrgica. Conduta expectante


B. Quimioterapia neoadjuvante com gencitabina
C. Ressecção dos segmentos 4b/5 mais linfadenectomia
D. Hepatectomia esquerda.
E. Ressecção do cístico e da via biliar principal

subtópico:
Clínica Médica; Hepatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Em relação ao adenocarcinoma de vesícula biliar, quando o tumor não invade a
camada muscular, invadindo apenas a lâmina própria, basta a colecistectomia
simples. Quando invade a camada muscular, é necessária a cirurgia de Fain com
hepatectomia dos segmentos IVb e V + linfadenectomia regional + ressecção dos
portais dos trocânteres (se feita por videolaparoscopia). Se ultrapassa a serosa,
colecistectomia radical (associar hepatectomia direita e estendida). Para os
tumores irressecáveis (M1), terapia paliativa
▶ resposta: C

Ú
92 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE - 2018)
No Brasil, a transmissão da dengue vem ocorrendo de forma continuada, desde
1986, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com
a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente sem registro da doença
ou alteração do sorotipo predominante. O maior surto no Brasil ocorreu em 2013,
com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Sobre esse tema, assinale a
alternativa Incorreta.

A. Em crianças pequenas, o início da doença pode passar despercebido, e o


quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica.
B. Em relação a outras arboviroses, apresenta menos artralgia que a
chikungunya e mais sangramento que a zika.
C. Pacientes sem sinais de alarme (grupos A e B) devem receber hidratação
oral com volume calculado a depender do peso, sendo indicado que 1/3 seja
soro de reidratação oral, e o restante, através da oferta de água, sucos e chás.
D. A presença de qualquer sinal de alarme indica reposição volêmica venosa
imediata com SF 0,9% 20 ml/kg em 2 horas com reavaliação clínica e
laboratorial (hematócrito) ao término.
E. Pacientes com sinais de choque, sangramento grave ou disfunção grave de
órgãos devem receber imediatamente expansão rápida parenteral com,
solução salina isotônica 20 ml/kg em até 20 minutos que pode ser repetida até
três vezes.

subtópico:
Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção aos diferentes intervalos de reavaliação laboratorial e clínica.

resolução:
Questão maldosa, pois a alternativa D está incorreta na medida que indica que a
reavaliação clínica e laboratorial deve ser feita a cada duas horas, entretanto, a
reavaliação clínica é feita a cada hora. O hematócrito realmente deve ser aferido a
cada duas horas. As demais alternativas estão corretas.

▶ resposta: D

93 (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP - 2017) Homem de 25 anos


tem o diagnóstico de infecção pelo HIV em uma triagem de rotina. Não tem
queixas e o exame físico é normal. Não há alterações laboratoriais. A carga viral é
de log 4,3/mm3 e tem 785 celsCD4/mm3. Assinale a alternativa correta, com
respeito ao tratamento antirretroviral desse paciente:

A. Caso seja possível, deve-se colher uma genotipagem e iniciar o tratamento


com efavirenz, lamevudina e tenofovir.
B. Adiar o tratamento até que chegue o resultado da genotipagem, caso ela
tenha sido providenciada.
C. Adiar o tratamento até que a concentração de células CD4 seja inferior a
500/mm3 para evitar efeitos adversos.
D. Iniciar o tratamento utilizando uma combinação de lopinavir+ritonavir,
lamevudina e zidovudina.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativas A e D: INCORRETAS. Atualmente, a primeira linha de TARV no Brasil é
a combinação tenofovir + lamivudina + dolutegravir.
Alternativa B: CORRETA. A recomendação de genotipagem pré-tratamento é para
pessoas que tenham se infectado com um parceiro que já usa ou usou TARV;
gestantes infectadas pelo HIV, indivíduos coinfectados TB-HIV e crianças
infectadas pelo HIV. Resposta correta, apesar de não ser obrigatória a realização
de genotipagem nesse caso
Alternativa C: CORRETA. O tratamento está indicado para todos os indivíduos
com diagnóstico de HIV, independente da carga viral e contagem de CD4.
▶ resposta: B e C

94 (HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS - 2018) Paciente de 20 anos, masculino,


apresenta história sugestiva de tuberculose pleural, líquido pleural exsudativo de
médio volume, citometria com predomínio de linfócitos, ausência de células
neoplásicas e Adenosina Deaminase (ADA) de 65 U/L. A conduta, para esse caso, é:

A. Realizar coleta de BAAR no escarro e se positivo, iniciar tratamento com


esquema I.
B. Drenagem torácica e biópsia pleural.
C. Iniciar tratamento antituberculose com o esquema I.
D. Realizar bacterioscopia e cultura do líquido pleural.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A própria questão já te indica que a suspeita é de tuberculose pleural, num
paciente jovem com derrame pleural do tipo exsudato de médio volume, e
descreve predomínio linfocitário no líquido, com ADA elevado (> 40 U/L) e sem
células neoplásicas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há necessidade de coleta de BAAR para autorizar
início do tratamento! A forma pleural geralmente é não bacilífera, uma vez que
não haja acometimento pulmonar, o que não justifica exame do escarro para início
de terapia. Já temos um diagnóstico clínico-epidemiológico-laboratorial bem
firmado.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de drenagem torácica, pois não se
trata de um empiema, nem de biópsia pleural. Não temos dúvida diagnóstica!
Alternativa C: CORRETA. Estamos autorizados a iniciar o tratamento com o
esquema I (ou esquema RIPE/RHZE), sendo uma forma pleural, caso novo.
Alternativa D: INCORRETA. Não há necessidade de bacterioscopia e cultura do
líquido pleural para autorizar início do tratamento. Os exames podem ser
realizados, embora a recuperação de BAAR no líquido seja em torno de 5%, e a
cultura positiva em 15%, o que não justifica pedir os exames visando início da
terapia.
▶ resposta: C

95 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ - 2016) Paciente


masculino, 47 anos de idade, apresenta confusão mental de início recente
associada à icterícia. Refere que ingeriu cogumelos há aproximadamente 30 horas,
apresentando em seguida vômitos e diarreia. Negou uso prévio de medicaçõs. Ao
exame físico, encontrava-se ictérico, desorientado, com presença de asterixis. Nos
exames laboratoriais apresentava bilirrubina total = 20 mg/dl, TGP = 1890 UI, TGO
= 1498 UI; TAP=37% (INR = 4,7), Creatinina = 2,3, gasometria arterial com Ph = 7,46,
anti-HAV IgM(-) e IgG (+), HBsAg (-), anti-HBs (+), anti-HBc (+), PCR-RNA vírus da
hepatite C (-). Qual a principal hipótese diagnóstica e quais os dois fatores de
gravidade deste caso clínico?

A. Insuficiência hepática fulminante induzida por intoxicação por cogumelo, pH


arterial = 7,46 e distúrbio da coagulação.
B. Insuficiência hepática fulminante induzida por intoxicação por cogumelos,
distúrbio de coagulação e encefalopatia hepática.
C. Insuficiência hepática fulminante causada pelo vírus B, encefalopatia
hepática e icterícia.
D. Insuficiência hepática fulminante causada pelo vírus A, transaminases
maiores que 10x o limite superior da normalidade e distúrbio de coagulação.
E. Insuficiência hepática fulminante causada pelo vírus B, encefalopatia
hepática e alargamento do TAP.

grau de dificuldade:

dica do autor:
De todas as intoxicações por cogumelos, a intoxicação por amatoxinas (produzidas
pela espécie Amanita phalloides) corresponde a mais de 90% das fatalidades.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. PH alcalino não é um bom marcador de gravidade
neste caso.
Alternativa B: CORRETA. Paciente apresentando quadro clássico de insuficiência
hepática aguda. Transaminases acima de 1000 restringem as hipóteses
diagnósticas: hepatites virais, isquemia hepática ou intoxicação (paracetamol,
amatoxinas). Pela história apresentada, intoxicação por cogumelos é a principal
hipótese diagnóstica. Distúrbio de coagulação e encefalopatia hepática são os
principais marcadores de gravidade.
Alternativa C: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite B aguda (há cicatriz
sorológica).
Alternativa D: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite A aguda (há
cicatriz sorológica).
Alternativa E: INCORRETA. Sorologia é negativa para hepatite B aguda (há cicatriz
sorológica).

▶ resposta: B

96 (UDI HOSPITAL - 2018) Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos


cinco anos, houve um aumento constante dos números de casos de sífilis em
gestante, sendo que, em 2016, tivemos um aumento de 14%, quando comparado
a 2015. Com relação à sífilis na gestação, qual alternativa CORRETA?

A. Sífilis com duração indeterminada ou terciária deve ser tratado com uma
dose de penicilina g benzatina (totalizando 2.400.000 UI).
B. O diagnóstico geralmente é feito com testes treponêmicos ou específicos
como o VDRL, sendo que, após tratamento, aguarda-se a negativação do FTA-
abs.
C. Em torno de 5 dias após o contato sexual com paciente infectado, ocorre
aparecimento da lesão e sempre deve ser visualizado para o diagnóstico.
D. O VDRL pode ser utilizado para rastreio e controle pós-tratamento. Tende a
negativar após tratamento efetivo.
E. Gestante com VDRL positivo deve ser submetida a teste treponêmico para
confirmação diagnóstica e início do tratamento.

grau de dificuldade:

dica do autor:
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral
às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, de
2015, para o diagnóstico da sífilis, devem ser utilizados um dos testes
treponêmicos (ex.: teste rápido ou FTA-Abs ou TPHA ou EQL ou ELISA) MAIS um
dos testes não treponêmicos (ex.: VDRL ou RPR ou TRUST).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sífilis latente tardia (mais de um ano de duração) ou
latente com duração ignorada e sífilis terciária devem ser tratadas com Penicilina
G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, (1,2 milhão UI em cada glúteo), semanal, por três
semanas. Dose total de 7,2 milhões UI.
Alternativa B: INCORRETA. VDRL é um teste não treponêmico (não específico).
Além disso, na maioria das vezes, os testes treponêmicos (como o FTA-Abs)
permanecem positivos, mesmo após o tratamento, pelo resto da vida do paciente.
Alternativa C: INCORRETA. A lesão aparece 10 a 90 dias após contato (em média
três semanas) e não é obrigatória para o diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. O VDRL quantitativo é usado para seguimento. A
redução de dois ou mais títulos do teste não treponêmico ou a negativação após
seis meses a nove meses do tratamento demonstra a cura da infecção. A completa
negativação dos testes não treponêmicos é diretamente proporcional à
precocidade da instauração do tratamento.
Alternativa E: INCORRETA. Em caso de gestante, o tratamento deve ser iniciado
com apenas um teste reagente, treponêmico ou não treponêmico, sem aguardar o
resultado do segundo teste.
▶ resposta: D

97 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ - 2017) Infecções pelo


vírus da dengue acometem o mundo todo. Atualmente endêmica em 112 países, a
dengue é considerada um problema de saúde pública no Brasil. Assinale a
alternativa CORRETA.

A. A identificação precoce, a monitoração da evolução e o tratamento imediato


dos pacientes com sinais de alerta não interferem na mortalidade da doença,
que varia de 1 a 26% em todas as suas formas, mas pode chegar a 47% nas
suas formas graves.
B. A dengue apresenta um grande espectro de manifestações clínicas, com
evolução e desfecho imprevisíveis. A característica fisiopatológica que
diferencia as formas benignas das formas graves da dengue é a presença de
aumento da permeabilidade capilar.
C. O termo Febre Hemorrágica da Dengue (DHF), dá ênfase à hemorragia,
sempre presente nas formas graves.
D. O que leva as crianças com dengue ao óbito é a hemorragia.
E. O achado laboratorial mais precoce, que pode ajudar no diagnóstico da
dengue, é a plaquetopenia progressiva.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os óbitos por dengue são absolutamente evitáveis com a adoção de medidas de
baixa densidade tecnológica e sua ocorrência é um indicador de fragilidade da
rede de assistência; portanto, devem ser imediatamente corrigidas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A identificação precoce, a monitoração da evolução e
o tratamento imediato dos pacientes com sinais de alerta são fundamentais para a
redução da mortalidade pela dengue.
Alternativa B: CORRETA. O extravasamento plasmático pode ser percebido pelo
aumento do hematócrito. Quanto maior sua elevação, maior será a gravidade.
Alternativa C: INCORRETA. Pode haver dengue com sinais de gravidade, porém
sem hemorragia.
Alternativa D: INCORRETA. Nas crianças com dengue, o choque hipovolêmico
refratário grave é a principal causa de óbito.
Alternativa E: INCORRETA. O achado laboratorial mais precoce, que pode ajudar
no diagnóstico da dengue, é a elevação do hematócrito.
▶ resposta: B

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRANDÃO NETO, RA (ed.). Medicina de Emergência: abordagem prática. 13. ed. Barueri:
Manole, 2019.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde,
2019.
4. Longo DL et al (eds.). Medicina Interna de Harrison. Porto Alegre: Amgh, 2013.
5. Lopes AC (ed.). Tratado de Clínica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016.
6. Porto CC, Porto AL. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
7. Sanches PCR, Moffa PJ. Eletrocardiograma: uma abordagem didática. São Paulo: Roca, 2010.

Resumo Prático
ANEMIAS

• Definição OMS: condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue


está abaixo do normal, levando à diminuição da capacidade de
transporte de oxigênio.

• Importante enquadrar em um dos grupos: hiperproliferativas (com


reticulócitos aumentados = resposta medular normal) x
hipoproliferativas (com reticulócitos reduzidos ou inadequadamente
em valores normais = resposta medular inadequada).

• Anemia por deficiência de ferro = principal causa em pacientes


ambulatoriais x anemia de doença crônica = principal causa em
pacientes internados.

• Enquadrar em grupos pelos índices hematimétricos, ou seja, pelo


tamanho das hemácias, segundo o volume corpuscular médio (VCM) =
macrocíticas x normocíticas x microcíticas; e segundo o valor do
hemoglobina corpuscular média (HCM), podendo ser hipercrômicas x
normocrômicas x hipocrômicas.

• As hiperproliferativas basicamente são decorrentes de aumento da


destruição (hemólise) ou perda (sangramento agudo). As demais causas
são hipoproliferativas.

• Principais causas e características:


Anemia por deficiência de ferro ou sangramento crônico =
hipocrômica e microcítica, ferritina baixa, ferro sérico baixo e
capacidade latente de ligação do ferro aumentada, trombocitose
reacional.

Anemia por sangramento agudo = normocrômica e normocítica.

Anemia por doença crônica = normocrômica e normocítica, ferritina


elevada, ferro sérico baixo e capacidade latente de ligação do ferro
normal.
Anemia megaloblástica = macrocítica e normocrômica, deficiência
de vitamina B12 e ácido fólico, elevação da homocisteína (ambas
deficiências) e ácido metilmalônico (apenas na deficiência de
vitamina B12), hipersegmentação neutrofílica.
Anemia hemolítica = normocítica e normocrômica, LDH aumentado,
hiperbilirrubinemia (às custas de indireta) e haptoglobina muito
reduzida.

Anemia aplásica = normocítica e normocrômica, reticulócitos


reduzidos, bicitopenia ou pancitopenia, medula óssea
aplásica/hipoplásica.
Anemia sideroblástica = variável, geralmente normocítica e
normocrômica, com presença de sideroblastos em anel no aspirado
de medula óssea, com ferro sérico e ferritina elevados, capacidade
latente de ligação do ferro reduzida.
Talassemias = hipocrômicas e microcíticas, alteração na eletroforese
de hemoglobina.

DIABETES MELLITUS (DM)

• Doença do metabolismo intermediário, que envolve deficiência relativa


ou absoluta de insulina, além de mecanismos de resistência à sua ação e
consequente elevação dos níveis glicêmicos.

• Tipo 1 – mecanismo autoimune, com influência genética, geralmente com


presença de anticorpos (anti-IA2, anti-GAD, anti-ICA), envolve deficiência
na produção pancreática de insulina devido à destruição das células
beta das ilhotas pancreáticas.

• Tipo 2 – multifatorial, com influência genética marcante e ambiental,


envolve resistência periférica à ação insulínica, muito associada à
síndrome metabólica e obesidade, com a progressão da doença pode
ocorrer falência das células beta das ilhotas pancreáticas.

• Diagnóstico – teste de glicemia em jejum ≥ 126 mg/dl, teste de


tolerância oral após ingestão de 75 g de glicose após 2 horas ≥200
mg/dl, hemoglobina glicada (HbA1c) ≥6,5%. O diagnóstico é firmado
com 2 exames (iguais ou não) positivos, inclusive na mesma ocasião.

• Outra forma de diagnóstico aceita é a presença de sintomas típicos


(polifagia, polidipsia, poliúria, perda ponderal) e teste de glicemia ≥ 200
mg/dl, a qualquer momento, não necessitando de jejum.

• Uma glicemia em jejum ≥ 100mg/dl não significa diabetes, e sim


glicemia de jejum alterada. Um teste de tolerância com 75 g após 2
horas ≥ 140 mg/dl significa intolerância à glicose. E HbA1c ≥
5,7% já
indica níveis glicêmicos elevados nos últimos três meses. São situações
que caracterizam o que hoje é chamado de pré-diabetes.
• Rastreamento de DM2 –maiores de 45 anos ou com fatores de risco a
qualquer idade.

• Rastreamento de complicações – no DM1, após cinco anos do


diagnóstico. No DM2, no momento do diagnóstico.

• Complicações crônicas – microvasculares x macrovasculares


• Microvasculares – retinopatia, nefropatia, microangiopatia, neuropatia
(periférica, autonômica).

• Macrovasculares – complicações cardiovasculares (doença


aterosclerótica, IAM, AVC, DAOP).

• Complicações agudas – hipoglicemia, cetoacidose diabética, estado


hiperosmolar hiperglicêmico

• Tratamento – DM1 - insulinoterapia, DM2 - antidiabéticos orais e


injetáveis e/ou insulinoterapia

• Antidiabéticos orais – metformina (droga inicial), sulfonilureias, glinidas,


inibidores de alfaglicosidade (acarboose), inibidores de DPP IV
(“gliptinas”), inibidores de SGLT-2 (“glifozinas”)

• Antidiabéticos injetáveis - análogos de GLP-1 (liraglutida, exenatide)


• Insulinas e análogos de insulina – lispro, aspart, glulisina (ultrarrápidas),
regular (intermediária), NPH (lenta), determir, degludeca e glargina
(ultralentas)

• Terapias curativas – transplante de ilhotas, transplante pancreático,


transplante de rim + pâncreas.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

• Como o nome diz, é uma patologia crônica pulmonar que se caracteriza


pela obstrução persistente ao fluxo de ar associada à inflamação crônica
das vias aéreas com hiperreatividade a determinados fatores.

• Requer a interação entre fatores genéticos e ambientais. A exposição à


queima de biomassa ou o tabagismo são fatores necessários ao seu
desenvolvimento.

• Além da inflamação crônica das vias aéreas, limitação do fluxo de ar e


hiperreatividade brônquica, ocorre destruição dos septos alveolares e
redução da área da membrana de trocas gasosas (enfisema).

• O diagnóstico é clínico-espirométrico. Sem a espirometria (um tipo de


prova de função pulmonar) não é possível fechar o diagnóstico.

• Os sintomas envolvem dispneia com ou sem limitação das atividades,


sibilância, tosse geralmente produtiva, períodos de exacerbação,
variabilidade dos sintomas dentro do mesmo dia, tempo expiratório
prolongado.

• Diagnóstico = exposição + sintomas + espirometria.


• Critério espirométrico = relação VEF1/CVF < 0,7 que não se reverte com
uso de broncodilatador.

• Classificação espirométrica GOLD (não leva em conta a clínica ou


sintomas):

GOLD I – VEF1 ≥ 80%


GOLD II – VEF1 ≥ 50%

GOLD III – VEF1 ≥ 30%

GOLD IV – VEF1 < 30%

• Classificação em perfis clínicos:


GOLD A – pouco sintomático (dispneia MRC < 2) e não exacerbador
(máximo de uma exacerbação no último ano)
GOLD B – muito sintomático (dispneia MRC ≥ 2) e não exacerbador
(máximo de uma exacerbação no último ano)
GOLD C – pouco sintomático (dispneia MRC < 2) e exacerbador (duas
ou mais exacerbações no último ano ou uma exacerbação com
necessidade de internação)

GOLD D – muito sintomático (dispneia MRC ≥ 2) e exacerbador (duas


ou mais exacerbações no último ano ou uma exacerbação com
necessidade de internação)

• Tratamento ambulatorial: broncodilatador, seja beta-agonista de longa


duração (LABA) ou anticolinérgico de longa duração (LAMA). LABA =
formoterol, salmeterol; LAMA = tiotrópio, glicopirrônio, umeclidínio.
Podemos utilizar dois broncodilatadores associados (LABA + LAMA),
corticoide inalatório (budesonida, fluticasona) nos exacerbadores ou
terapia tripla. A terapia obedece a steps de acordo com o controle
sintomático do paciente. O uso de broncodilatadores de curta duração
(salbutamol, fenoterol) de resgate deve fazer parte da terapia de todos
os pacientes.

• Tratamento das exacerbações: a exacerbação é definida por dois ou mais


dos três sintomas cardinais (piora da dispneia, aumento do volume de
expectoração e mudança do aspecto da expectoração para purulento). A
presença de mudança do aspecto + outro sintoma cardinal define a
necessidade de antibioticoterapia. O tratamento da exacerbação é
baseado no uso de broncodilatadores de curta ação, corticoterapia
sistêmica (oral ou intravenosa), oxigenoterapia em caso de dessaturação
e antibioticoterapia nos casos indicados.

• O uso de VNI no modo BiPAP é benéfico para exacerbações de DPOC com


hipercapnia, mesmo nos pacientes com nível de consciência reduzido,
desde que seja às custas de carbonarcose. A intubação orotraqueal com
ventilação mecânica invasiva está indicada em caso de falência da VNI
ou nos casos em que a VNI não tenha indicação ou haja falência
respiratória aguda, não devendo postergar a sua indicação.

• As principais causas de exacerbação são infecções, má adesão e


tromboembolismo pulmonar. Dentro das causas infecciosas, os quadros
virais predominam. Entre os quadros bacterianos, destacam-se
Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae, o pneumococo.

• Indicações de oxigenoterapia por > 15 horas/dia – gasometria arterial de


repouso com pO2 ≤ 55 mmHg ou SaO2 ≤
88% em ar ambiente, ou pO2
55-60 mmHg ou SaO2 88-90% com evidências de cor pulmonale ou
policitemia (Ht > 55%).

• As medidas que comprovadamente modificam a evolução da doença são


cessação do tabagismo¸ oxigenoterapia e cirurgia pneumorredutora.
A cessação do tabagismo é para todos os pacientes. As demais medidas
apenas nos que possuem indicação.

• Reabilitação pulmonar é indicada para VEF1 < 50% ou sintomáticos em


terapia otimizada, ainda que acima de 50%. Idealmente, todos devem
realizar, se possível.

HIPERTENSÃO ARTERIAL (HAS)

• A HAS é uma condição de altíssima prevalência e caracteriza-se por níveis


de pressão arterial persistentemente elevados. O aumento do risco
cardiovascular ocorre com níveis pressóricos acima de 115x75 mmHg,
porém não há benefício de terapia nesses níveis. A grande maioria dos
casos (90-95%) é composta pela HAS essencial (ou primária).

• Atualmente, a meta de nível pressórico é inferior a 130x 80 mmHg,


porém o valor para diagnóstico é acima de 140x90 mmHg, através da
média de medidas realizadas em consultório, segundo as diretrizes
brasileiras. As diretrizes americanas consideram o valor de 130x80
mmHg para diagnóstico.

• Outros métodos podem ser utilizados, como a MAPA (monitorização


ambulatorial da pressão arterial) e a MRPA (monitorização residencial da
pressão arterial). Os valores para diagnóstico na MAPA são maiores que
130x80 mmHg na média das 24 horas, 135x85 mmHg na vigília e 120x70
mmHg durante o sono. O descenso noturno é um fenômeno natural e
sua ausência denota maior risco cardiovascular.

• Situações especiais: hipertensão do jaleco branco (pressões extra-


ambulatoriais normais x pressões elevadas em consultório, não há
benefício terapêutico comprovado), efeito do jaleco branco (PAS 20
mmHg e/ou PAD 10mmHg maiores no consultório em relação aos
valores fora dele, não modifica diagnóstico de normotensão ou
hipertensão), hipertensão mascarada (efeito inverso ao da hipertensão
do jaleco branco, ocorre aumento do risco cardiovascular).

• Estágios da hipertensão segundo níveis pressóricos (Sociedade Brasileira


de Hipertensão):
Normal: ≤ 120x80 mmHg
Pré-hipertenso: 121-139 x 81-89 mmHg

Hipertensão estágio I: 140-159 x 90-99 mmHg

Hipertensão estágio II: 160 – 179 x 100-109 mmHg

Hipertensão estágio III: ≥ 180 x 110 mmHg


HAS sistólica isolada: ≥ 140 x < 90 mmHg
• Exames que devem ser solicitados na 1ª consulta – urina tipo 1, potássio,
creatinina (estimar clearance), glicemia em jejum, colesterol total e
frações, triglicérides, ácido úrico, ECG. Demais exames variam de acordo
com a necessidade do paciente (ecocardiograma na suspeita de
insuficiência cardíaca, doppler de carótidas em caso de doença
ateroscletótica, raio-X de tórax na suspeita de aneurisma aórtico,
microalbuminúria em diabéticos).

• Devemos também buscar lesões de órgão-alvo (LOA) – coração (ECG,


ecocardiograma), retinopatia (fundoscopia), nefropatia
(microalbuminúria, urina tipo 1, creatinina), doença
vascular/aterosclerose (índice tornozelo-braquial, doppler de carótidas).

• Medidas terapêuticas não farmacológicas (para todos): perda ponderal


(ainda que o peso fique acima do normal), dieta DASH (frutas, vegetais,
laticínios de baixo teor de gordura, altos teores de cálcio e potássio),
redução do consumo de álcool, restrição salina (1500 mg de sódio ou
até 5 g de cloreto de sódio) e atividade física (150 minutos semanais de
atividade física aeróbica moderada, estimular treinamento resistido)

• Tratamento farmacológico: monoterapia em hipertensos estágio I sem


risco cardiovascular elevado, duas ou mais drogas a partir do estágio II
ou em pacientes com risco cardiovascular elevado.

• Opções de drogas de primeira linha (redução de mortalidade): diuréticos


tiazídicos - TZD (hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida), inibidores
da enzima conversora de angiotensina – IECA (captopril, enalapril,
ramipril), bloqueadores dos receptores de angiotensina II – BRA
(losartana, olmesartana, candesartana, telmisartana), bloqueadores de
canal de cálcio dihidropiridínicos – BCC (anlodipino, nitrendipino,
felodipino).
• Outras opções: betabloqueadores (metoprolol, atenolol, propranolol,
carvedilol), vasodilatadores diretos (hidralazina), alfabloqueadores
(doxazosin, prazosin, tansulosin), alfa-2-agonistas centrais (clonidina,
metildopa), antagonistas da aldosterona (espironolactona,
eplerenona), inibidor da renina (alisquireno).

• Melhor combinação: IECA + BCC. Nefropatas e diabéticos se beneficiam


do uso de IECA e BRA devido à redução da proteinúria. BCC possui
melhor efeito em idosos e negros, estes, por sua vez, são menos
beneficiados por IECA + BRA. Portadores de insuficiência cardíaca se
beneficiam do uso de betabloqueadores, IECA e BRA, bem como
espironolactona. Gestantes podem utilizar metildopa e hidralazina.
Pacientes com sintomas prostáticos se beneficiam de alfabloqueadores.

• HAS resistente – uso adequado de três ou mais drogas, sendo uma delas
um diurético, sem controle da PA, ou uso de quatro ou mais fármacos
mesmo com PA controlada. Droga a ser introduzida – espironolactona
25-50 mg/dia.

• HAS secundária – causa subjacente. Quando suspeitar? HAS precoce ou


tardia, ou seja, em idosos e jovens (extremos de idade), HAS grave, HAS
resistente, HAS lábil com sintomas compatíveis com feocromocitoma,
presença de hipocalemia (hiperaldosteronismo), uso de drogas, sopro
abdominal, piora da função renal com uso de IECA (estenose de artéria
renal bilateral ou em rim único) e apneia do sono.

HIPERTIREOIDISMO E TIREOTOXICOSE

• Glândula tireoide - localizada na região cervical, responsável pela


produção dos hormônios tireoidianos, que regulam o nível de
metabolismo basal do nosso organismo.

• Produção de T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina), através da captação do


iodo e síntese hormonal. O T3 é a forma mais ativa na periferia e o T4 a
forma de reserva circulante convertida nos tecidos em T3 através das
desiodinases.

• Estimulada pelo TSH (hormônio tireoestimulante) produzido na hipófise e


esta pelo TRH (hormônio estimulador da tireotropina), compondo então
o eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, com mecanismo de feedback
negativo (elevação de T4L e T3 suprime o TSH e a queda dos seus níveis
estimula produção de TSH).

• O excesso de hormônios tireoidianos gera o quadro de tireotoxicose e


seus sintomas são taquicardia, palpitações, sudorese, perda ponderal,
fome excessiva, insônia, alterações do humor, irritabilidade.

• A tireotoxicose pode ser causada por excesso de produção, destruição


glandular com liberação de hormônios, secreção ectópica ou uso
exógeno de hormônio tireoidiano (levotiroxina).
• O quadro de excesso de produção é chamado hipertireoidismo. Não
podemos confundir com tireotoxicose, que é a síndrome decorrente, e
que pode ser causada pelos outros quadros citados acima.

• O quadro laboratorial é composto pela elevação de T4L (T4 livre) e T3. Um


TSH normal ou reduzido indica causa primária, ou seja, doença da
própria tireoide, enquanto TSH elevado indica causa central, ou seja,
problema hipofisário.

• Existe ainda o hipertireoidismo subclínico, em que ocorre supressão


dos níveis de TSH, sem alteração dos níveis de T4L e T3. Ainda que
ocorram sintomas, o quadro laboratorial é chamado subclínico,
justamente por ser um fenômeno laboratorial.

• A principal causa de hipertireoidismo é a doença de Graves, causada


pela estimulação da tireoide por autoanticorpos (TRAb). A doença de
Graves causa ainda quadro de oftalmopatia, com aumento de gordura
retro-orbitária, podendo causar exoftalmia, mixedema pré-tibial, e se
apresenta ainda como bócio (aumento do volume da glândula, que
pode se tornar visível na região cervical).

• O tratamento envolve uso de drogas antitireoidianas (metimazol e


propiltiouracil), radioiodoterapia ou tratamento cirúrgico
(tireoidectomia).

• Importante reconhecer o quadro de tireotoxicose e a crise tireoidiana


(ou tempestade tireoidiana), que é grave e pode levar à morte. Ocorre
febre alta, taquicardia (risco de fibrilação atrial), agitação, vômitos,
diarreia, podendo ocorrer insuficiência cardíaca de alto débito e infarto
agudo do miocárdio.

• O tratamento da crise envolve uso de antitireoidianos (preferencialmente


propiltiouracil devido ao efeito inibidor da conversão de T4 em T3), iodo
(lugol) para desencadear o efeito Wolff-Chaikoff (sobrecarga de iodo
gerando hipofunção glandular), betabloqueador (propranolol também
tem efeito inibidor de conversão), corticoterapia (para insuficiência
adrenal relativa), antitérmicos, reposição de fluidos e suporte.

• Outras causas de tireotoxicose: adenoma produtor de hormônio (nódulo


quente = adenoma de Plummer), bócio multinodular tóxico, tireoidites
(dolorosa granulomatosa subaguda = DeQuervain, linfocítica =
Hashimoto, supurativa = bacteriana), struma ovarii (tumor ovariano com
secreção ectópica devido presença de tecido tireoidiano), factícia (uso
exógeno de levotiroxina).

HIPOTIREOIDISMO

• Ocorre quando há redução dos níveis de hormônio tireoidiano


secundário à hipofunção da glândula tireoide.

• O quadro clínico esperado denota redução do metabolismo basal, com


sonolência, ganho ponderal, queda de cabelo, dificuldade de
concentração, redução da produtividade, pele ressecada, edema,
lentificação do trânsito intestinal, além de risco de depressão.

• O quadro laboratorial esperado envolve níveis séricos reduzidos de T4L e


T3. A presença de TSH normal ou elevado indica problema primário da
glândula tireoide enquanto TSH suprimido indica problema central,
hipofisário.

• No hipotireoidismo subclínico, ocorrem níveis normais de T4L e T3, com


TSH elevado. Esse quadro é um fenômeno laboratorial, na presença ou
não de sintomas. Porém, está indicada reposição de hormônio em
alguns subgrupos, como pacientes com TSH ≥10 um/l e gestantes,
devendo ser considerado em casos com anticorpo anti-TPO positivo,
elevação progressiva do TSH ou risco cardiovascular elevado.

• A principal causa de hipotireoidismo é a tireoidite de Hashimoto,


entidade autoimune que envolve destruição da glândula mediada por
autoanticorpos. O anti-TPO (anti-tireoperoxidase) é o principal
autoanticorpo envolvido, presente na grande maioria dos casos. O anti-
TG (antitireoglobulina) também pode estar positivo e até mesmo o TRAb
(típico da doença de Graves).

• Na fase inicial da doença, pode ocorrer tireotoxicose devido à liberação


de hormônios secundária à destruição dos folículos glandulares, com
posterior evolução para a fase de hipotireoidismo. Geralmente ocorre
redução do volume glandular, dificultando sua palpação ao exame físico
e que pode ser verificado em exames de imagem, como
ultrassonografia.

• O tratamento na fase de tireotoxicose é baseado no uso dos


antitireoidianos, em caso de necessidade devido às manifestações
clínicas. Na fase hipotireoideana, o tratamento é baseado na reposição
de hormônio tireoidiano (levotiroxina).

• Alguns pacientes podem desenvolver quadro de mixedema (ou coma


mixedematoso). É uma forma grave de hipotireoidismo, mais comum
em pacientes que não realizam reposição adequada do hormônio
tireoidiano. Nesse quadro, ocorre rebaixamento do nível de consciência,
bradicardia, hipotermia, bradipneia e hipoventilação, ou seja,
acometimento de funções neurológicas, musculares, cardiovasculares e
respiratórias. Podem ocorrer hipoglicemia, hiponatremia e elevação da
CPK.

• O tratamento do mixedema é baseado em reposição de levotiroxina em


altas doses¸ com suporte para correção dos níveis glicêmicos e
distúrbios hidroeletrolíticos, suporte ventilatório, aquecimento lento e
reposição de corticoides (para evitar crise adrenérgica com a indução do
aumento do metabolismo).
Ginecologia e Obstetrícia

 
Questões Para Concursos

01 (CONSULPAM – Prefeitura de Quadra/SP – 2019) Em caso de diagnóstico de


Candidíase recorrente (quatro ou mais episódios em um ano), analise os itens
abaixo referentes à conduta:

I. Necessita de cultura para cândida, visando à identificação de cepas não


albicans, que são resistentes aos tratamentos habituais.
II. Tratar sempre o parceiro, mesmo que assintomático.
III. O tratamento deve ser realizado com Fluconazol, 150 mg, VO, 1x/semana,
por 6 meses; OU Itraconazol, 400 mg, VO, 1x/mês, por 6 meses; OU
Cetoconazol, 100 mg, VO, 1x/dia, por 6 meses.

De acordo com a análise dos itens acima, é correto afirmar que:

A. Apenas o item I está correto.


B. Apenas os itens I e II estão corretos.
C. Apenas os itens I e III estão corretos.
D. Todos os itens estão corretos.

subtópico:
Corrimentos genitais/ vulvovaginites.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Dentre os três principais corrimentos estudados (vaginose bacteriana,
tricomoníase e candidíase vulvovaginal), somente a tricomoníase é considerada
uma DST e exige tratamento do parceiro.
Assertiva I: CORRETA. Os quadros de candidíase recorrente sempre exigem
cultura para excluir cepas não albicans, como a Candida glabrata e Candida
tropicalis que são resistentes aos tratamentos convencionais.
Assertiva II: INCORRETA. Candidíase vulvovaginal NÃO é uma DST e, portanto,
não implica tratamento do parceiro.
Assertiva III: CORRETA. Em casos de candidíase recorrente, o tratamento
prolongado por 6 meses é indicado. Na falha, considerar prescrever óvulos de
ácido bórico, efetivos para o tratamento das cepas não albicans ou resistentes
aos compostos azólicos.

Logo, I e III estão corretas (Letra C).


▶ resposta: C

02 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Paciente


de 39 anos, 2G1P (parto normal), tem registrado, por duas vezes, na primeira
consulta de pré-natal com 11 semanas: PA = 150x93 mmHg. Vinha em uso de
metildopa 750 mg/dia. Na 29ª semana de gestação, vem em consulta de pré-
natal referindo “inchaço” e “dor de cabeça” e, ao exame, PA = 190x111 mmHg.
Teste de fita de proteinúria: 2+. A alternativa que contém o diagnóstico correto
nesse caso clínico é:

A. Eclâmpsia.
B. Pré-eclâmpsia.
C. Hipertensão crônica.
D. Hipertensão gestacional.
E. Pré-eclâmpsia sobreposta.

subtópico:
Doenças hipertensivas específicas da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Gestante com menos de 20 semanas de gestação apresentando PA maior ou
igual a 140x90mmHg é considerada hipertensa crônica, mesmo negando história
de hipertensão prévia à gestação. A associação de proteinúria ou sinais de
gravidade após essa idade gestacional configura pré-eclâmpsia sobreposta ou
superajuntada.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Eclâmpsia é a ocorrência de crises convulsivas
tônico-clônicas generalizadas na gestante/puérpera com história de doença
hipertensiva da gravidez, sem outra causa mais provável (exemplo: pacientes
epilépticas).
Alternativa B: INCORRETA. A paciente apresentou níveis tensionais acima de
140x90mmHg antes de 20 semanas de gestação, logo, pré-eclâmpsia não é o
melhor diagnóstico nesse caso.
Alternativa C: INCORRETA. A paciente de fato é hipertensa crônica (PA maior ou
igual a 140x90mmHg antes de 20 semanas), porém, evoluiu com um novo
quadro clínico-laboratorial após essa IG, merecendo agora um novo diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Hipertensão gestacional se define como ocorrência
de dois picos pressóricos > ou = 140 (PAS) OU > ou = 90 (PAD) mmHg APÓS 20
semanas de IG e SEM proteinúria ou sinal de gravidade. Nesse caso, a paciente
não só apresentou elevação de PA ANTES das 20 semanas, como tem proteinúria
e sinal de gravidade.
Alternativa E: CORRETA. Inicialmente, a paciente apresentava hipertensão antes
de 20 semanas de IG, tendo o diagnóstico de hipertensão arterial crônica. No
entanto, após 20 semanas, apresentou proteinúria, além de sinal de gravidade
(PA maior ou igual a 160x110mmHg), “ganhando” o diagnóstico de pré-eclâmpsia
superposta.

▶ resposta: E

03 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Paciente,


32 anos, solteira, nulípara, queixa-se de dismenorreia intensa há cerca de três
anos. Ao exame físico, nota-se, ao toque, um nódulo endurecido e doloroso no
fundo vaginal posterior e diminuição da mobilidade uterina. A ultrassonografia
transvaginal não apresentou alterações. A dosagem de CA125 também não
apresentou alterações. Inativa sexualmente no momento. Nega uso de
medicações contraceptivas hormonais. Nesse caso clínico, a conduta inicial para
essa paciente é:

A. Agonista de GnRH por até um ano.


B. Culdocentese, avaliação de cultura e citologia da lesão.
C. Videolaparoscopia para confirmar endometriose antes de iniciar
tratamento específico.
D. Supressão ovariana com progestágeno isolado ou contraceptivo hormonal
combinado como terapia empírica para endometriose.
E. Uso de anti-inflamatórios e analgésicos durante o período de dismenorreia,
visto que foi descartada a hipótese de endometriose.

subtópico:
Endometriose / Dismenorreia secundária.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Paciente nulípara, dismenorreica, com toque vaginal doloroso em fundo de saco
posterior (de Douglas), deve imediatamente nos sugerir o diagnóstico de
endometriose.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Essa terapia é indicada para pacientes próximas à
menopausa, no intuito de controlar a doença até que se tornem menopausadas –
lembrar que a endometriose é como uma “fogueira” que se alimenta de
estrógenos.
Alternativa B: INCORRETA. Culdocentese é a punção de fundo de saco posterior
para aspirar eventual conteúdo líquido na cavidade abdominal; não faz parte da
propedêutica indicada nesse caso – endometriose é lesão sólida.
Alternativa C: INCORRETA. Antes da abordagem cirúrgica, podemos prosseguir
com métodos menos invasivos como imagens de ressonância magnética ou USG
com preparo intestinal. Além disso, diante de quadro clínico sugestivo, estamos
autorizados a tratar a paciente empiricamente, o que serve até mesmo como
teste terapêutico para corroborar o diagnóstico, tendo em vista que os métodos
complementares citados são pouco acessíveis.
Alternativa D: CORRETA. Endometriose consiste em focos de endométrio fora da
cavidade uterina, que respondem de forma exatamente igual ao endométrio
“tópico” às variações hormonais do ciclo menstrual, se proliferando e
decidualizando, gerando sintomas. Logo, o melhor tratamento para os sintomas
da endometriose é o bloqueio do ciclo menstrual por meio do uso contínuo de
anticoncepcionais orais combinados ou isolados.
Alternativa E: INCORRETA. Nem a USG TV nem o marcador CA 125 são bons
métodos para diagnóstico de Endometriose, logo, o fato destes exames estarem
normais não exclui o diagnóstico, e o uso de AINES ou analgésicos simples não é
o melhor tratamento nestes casos.

▶ resposta: D

04 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Mulher, 30


anos, refere ida ao ginecologista todos os anos para exames de rotina. Relatou
nunca ter tido alteração em exame de colpocitologia oncótica que faz a cada três
anos. Veio a esta consulta para resultado do exame deste ano que teve como
achado: ASC-US. Segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do
Câncer de Colo do Útero (2016), o médico deve:

A. Encaminhá-la para biópsia.


B. Encaminhá-la para colposcopia.
C. Orientá-la a repetir o exame em 12 meses.
D. Orientá-la a repetir o exame após seis meses.
E. Orientá-la a tratar a infecção e repetir exame logo após o tratamento.

subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Quando solicitar diretamente colposcopia frente a um primeiro resultado de
citologia alterado? ASC-H, AGC ou Lesão intraepitelial de alto grau.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Biópsia nunca pode ser realizada antes da
colposcopia.
Alternativa B: INCORRETA. Vide comentário da letra D. Um único resultado de
ASC-US não é indicação de colposcopia.
Alternativa C: INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. O exame deve ser
repetido em 6 meses, não 12.
Alternativa D: CORRETA. ASC-US = Células escamosas atípicas de significado
indeterminado, possivelmente não neoplásicas. Como o próprio nome sugere,
são na maioria das vezes alterações benignas do colo relacionadas, por exemplo,
a uma colpite. Logo, não necessitam de colposcopia e biópsia imediatamente.
Mulheres menores de 30 anos devem repetir a citologia em 12 meses. Já aquelas
com 30 anos ou mais, como a da nossa questão, repetem a citologia em 6 meses.
É importante ficar atento a sinais de infecção genital, que, se presente, deve ser
tratada antes da nova citologia.
Alternativa E: INCORRETA. Em casos de infecção, uma nova citologia deve ser
colhida somente após 3 meses do tratamento, tempo necessário para que as
células do colo se renovem.
▶ resposta: D

05 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Sobre a


restrição de crescimento intrauterino (RCIU), é correto afirmar que:

A. O diabetes gestacional não causa RCIU e sim macrossomia.


B. A dopplervelocimetria não define o momento da resolução da gestação.
C. O tabagismo, as malformações e a hipertensão são causas de RCIU.
D. A paciente apenas com RCIU deve ser acompanhada em serviço de baixo
risco.
E. A RCIU sem associação à alteração da quantidade de líquido amniótico não
traz riscos para o feto.

subtópico:
Restrição de Crescimento Intrauterino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As principais causas de restrição do crescimento intrauterino podem ser de
origem fetal, como cromossomopatias e malformações; ou maternas,
frequentemente associadas a condições que comprometem as trocas
placentárias, como infecções, uso de drogas, desnutrição, hipertensão arterial,
cardiopatias, entre outras.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de mais frequentemente ser causa de
macrossomia fetal devido ao status hiperinsulinêmico, não podemos nos
esquecer que o diabetes é também uma vasculopatia, podendo comprometer as
trocas placentárias e causar RCIU.
Alternativa B: INCORRETA. Um achado grave de centralização fetal (desvio da
circulação para o cérebro) ou inversão de fluxo (diástole zero ou reversa) indicam
resolução da gestação.
Alternativa C: CORRETA. Malformações estão entre as causas fetais mais
importantes de crescimento intrauterino restrito. Já o tabagismo e a hipertensão
são causas maternas que levam à insuficiência placentária, podendo culminar
com RCIU.
Alternativa D: INCORRETA. Devem ser acompanhadas em serviços de referência
devido ao maior risco de complicações.
Alternativa E: INCORRETA. As duas condições frequentemente andam juntas,
mas não são indissociáveis. Distúrbios do líquido amniótico são sinais agravantes
e podem sugerir, por exemplo, sofrimento fetal crônico, mas a RCIU por si só
também oferece riscos para o concepto.

▶ resposta: C
06 (CEFET BAHIA – Policlínica da Região de Simões Filho/BA – 2019) Sobre a
placenta prévia, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F
as falsas.

(       ) São fatores de risco para placenta prévia: cesárea anterior, curetagem e


miomectomia.
(       ) Recomenda-se o uso de corticoide entre 24 e 34 semanas em caso de risco
de parto prematuro.
(       ) O quadro clínico da placenta prévia é caracterizado por sangramento no
primeiro trimestre, vermelho vivo, indolor e súbito.
(       ) A ultrassonografia confirma o diagnóstico de placenta prévia, sendo que
esta não possui associação fisiopatológica com o acretismo placentário.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é:

A. V F V F
B. V F F V
C. V V F F
D. F F F V
E. F V V F

subtópico:
Hemorragias da 2ª metade da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Placenta prévia e descolamento prematuro de placenta são os dois principais
diagnósticos diferenciais de sangramento da segunda metade da gravidez.
Enquanto na placenta prévia o sangramento costuma ser vermelho vivo, indolor,
intermitente e de pequena monta, raramente levando à instabilidade
hemodinâmica; a hemorragia do descolamento prematuro de placenta é súbita,
dolorosa, com sangue mais escurecido, frequentemente associado à hipertonia
uterina e níveis tensionais elevados, o volume do sangramento é geralmente
intenso (porém, nem sempre se exterioriza completamente, o que pode gerar
dúvida no diagnóstico), podendo causar instabilidade hemodinâmica e
sofrimento fetal agudo.
Assertiva I: VERDADEIRA. Os três procedimentos citados deixam cicatrizes
intrauterinas, onde se forma uma área de neovascularização pelo próprio
processo de cicatrização. No momento da implantação da decídua, esta terá
trofismo pela área mais vascularizada, podendo então implantar-se fora do seu
sítio habitual.
Assertiva II: VERDADEIRA. Em qualquer situação de risco para parto prematuro
está indicada corticoterapia para maturação pulmonar entre 24 e 34 semanas.
Isso porque abaixo de 24 semanas não se tem vitalidade fetal garantida e o
prognóstico seria muito reservado, e acima de 34 semanas os estudos são
inconclusivos quanto ao benefício da corticoterapia pois, em tese, os pulmões
fetais já estariam maduros o suficiente.
Assertiva III: FALSA. O sangramento por placenta prévia ocorre na segunda
metade da gestação e não no primeiro trimestre, mesmo porque a implantação
placentária só se completa por volta das 28 semanas, e é tipicamente vermelho
vivo, indolor e intermitente (vários episódios, cada vez mais frequentes e
intensos), não súbito.
Assertiva IV: FALSA. A ultrassonografia é, de fato, o método de eleição para o
diagnóstico de placenta prévia, entretanto, o acretismo placentário (invasão da
placenta além do endométrio) está intimamente relacionado com placentação
anormal.

Logo, a sequência correta é: VVFF (alternativa C).

▶ resposta: C

07 (Pró-Município – Prefeitura de Paraíba do Sul/RJ – 2019) Em relação à


Síndrome do Ovário Policístico (SOP), assinale a opção correta:

A. A SOP é uma endocrinopatia rara que se caracteriza por anovulação, sinais


de excesso androgênico e múltiplos nódulos ovarianos;
B. A disfunção menstrual em mulheres com SOP varia de amenorreia a
oligomenorreia até menometrorragia episódica com anemia;
C. Mulheres com SOP apresentam níveis muito baixos de globulina de ligação
ao hormônio sexual (SHBG, de sex hormone-binding globulin);
D. Infertilidade e subfertilidade não são queixas frequentes em mulheres com
SOP.

subtópico:
Amenorreia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O que aumenta e o que diminui laboratorialmente na SOP? SHBG diminui e FSH
pode estar diminuído ou normal, todos os outros marcadores hormonais estarão
aumentados (testosterona total e livre, androstenediona, SDHEA, LH, estradiol e
estrona).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma endocrinopatia muito comum, caracterizada
pela presença de dois ou mais critérios de Rotterdam: Anovulação,
hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial) e 12 ou mais cistos ovarianos, na
ausência de outras causas (é um diagnóstico de exclusão!). Não são nódulos e
sim cistos.
Alternativa B: CORRETA. O espectro de padrões de sangramento na SOP é
amplo e imprevisível, podendo ir desde amenorreia (ausência de menstruação
por mais de 6 meses ou 3 ciclos) e oligomenorreia (ciclos longos, maiores de 35
dias) a menometrorragia (intervalor irregulares, com aumento da duração e da
intensidade do sangramento) episódica.
Alternativa C: CORRETA. A SHBG é produzida pelo fígado e modulada pelos
níveis de insulina; esta glicoproteína “quela” a testosterona, reduzindo os níveis
circulantes de andrógeno ativo. No hiperinsulinismo (típico da SOP) há redução
dos níveis de SHBG, permitindo maior circulação de testosterona e causando o
hiperandrogenismo característico da síndrome. Logo, apesar da banca ter
colocado esta alternativa como incorreta, nós discordamos e acreditamos que o
gabarito deveria sem ampliado, incluindo também a letra C.
Alternativa D: INCORRETA. São queixas extremamente frequentes, já que
anovulação é um dos pilares da síndrome.

▶ resposta: B (este é o gabarito oficial da banca, mas nós discordamos e


acreditamos que deveria incluir também a alternativa C, que, conforme
exposto nos comentários, também está correta)

08 (Pró-Município – Prefeitura de Paraíba do Sul/RJ – 2019) A Incontinência


Urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina que gere
desconforto social ou higiênico para a paciente e possa ser objetivamente
demonstrado. Sobre a IU assinale V para verdadeiro e F para falso:

(       ) Define-se Incontinência Urinária aos Esforços (IUE) como perda involuntária


de urina relacionada com esforço físico ou com espirro ou tosse;
(       ) A prevalência de IU parece aumentar gradualmente durante a vida adulta
jovem e observa-se um grande pico largo na meia-idade, com aumento constante
após os 65 anos;
(       ) Mulheres obesas costumam apresentar menos IU comparadas com as não
obesas;
(       ) O tratamento na maioria dos casos de IU é cirúrgico.

A sequência correta de cima para baixo é:

A. V, V, F, V;
B. F, V, F, V;
C. V, V, F, F;
D. F, F, V, F.

subtópico:
Uroginecologia – Incontinência urinária.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Principais fatores de risco para IU: idade, obesidade, multiparidade, partos
vaginais e climatério.
Assertiva I: VERDADEIRA. Incontinência Urinária aos Esforços se caracteriza pela
perda involuntária de urina em situações de aumento da pressão intra-
abdominal, como as citadas na alternativa (esforço físico, tosse ou espirro).
Assertiva II: VERDADEIRA. Com a idade, ocorre enfraquecimento das fibras
colágenas responsáveis pela sustentação dos órgãos pélvicos, dentre os quais
consta a bexiga. Mudanças na angulação da uretra com o corpo vesical
predispõem à IU por “afrouxar” a ação esfincteriana.
Assertiva III: FALSA. A obesidade traz consigo aumentos da pressão intra-
abdominal, fator importante para ocorrência de IU.
Assertiva IV: FALSA. Iniciamos o tratamento com métodos não invasivos:
medicamentos, fisioterapia pélvica, mudanças comportamentais como perda de
peso, e em significativa parte dos casos obtém-se bons resultados. Apenas em
casos refratários é que se deve avaliar correção cirúrgica.

Logo, sequência correta: VVFF (alternativa C).

▶ resposta: C

09 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Determinada paciente,


atualmente com 42 anos de idade, ainda apresenta-se na menacme e voltou a ter
vida sexual ativa recentemente. Busca orientação para contracepção, pois possui
diversas comorbidades. É tabagista, com consumo de 40 cigarros por dia, tem
histórico de um episódio de TVP há 12 anos, tem HAS e DM bem controladas e
epilepsia controlada com fenitoína. Com relação a esse caso clínico, a melhor
opção de anticoncepção seria:

A. Anticoncepcional oral combinado.


B. Anticoncepcional injetável com progesterona isolada.
C. Dispositivo intrauterino de cobre.
D. Anel vaginal.
E. Implante subcutâneo.

subtópico:
Planejamento familiar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para as questões de planejamento familiar e contracepção, você precisa ter em
mente quais são os métodos hormonais combinados (anticoncepcional oral,
injetável mensal, anel vaginal e adesivo transdérmico) e os métodos
progestínicos isolados (pílula oral de progesterona, injetável trimestral, implante
subdérmico e SIU de levonorgestrel), além das contraindicações absolutas de
cada grupo (não deixe de dar uma olhada nos critérios de elegibilidade da OMS).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Tabagista com mais de 35 anos e consumo de mais
de 15 cigarros/dia, história pregressa de tromboembolismo e múltiplos fatores
de risco para DCV (tabagismo, HAS e DM, apesar de controladas) são
contraindicações absolutas (categoria 4 pelos critérios de elegibilidade da OMS)
para uso de métodos hormonais combinados. Ademais, o uso de alguns
anticonvulsivantes, como a fenitoína, pode interferir com o anticoncepcional oral,
reduzindo sua eficácia.
Alternativa B: INCORRETA. Progestínicos isolados são considerados categoria 3
para mulheres com história de tromboembolismo; isso significa que não são o
melhor método e só devem ser utilizados na ausência de outras opções.
Alternativa C: CORRETA. Melhor opção, pois se trata de um método altamente
eficaz, não hormonal, de ação local, portanto não vai interferir com o seu
anticonvulsivante, e de longa duração, permitindo que a paciente provavelmente
fique com o dispositivo até a menopausa. Além disso, todas as condições clínicas
apresentadas na questão são consideradas categoria 1 ou 2 para uso do DIU de
cobre.
Alternativa D: INCORRETA. O anel vaginal é um método hormonal combinado,
contendo etinilestradiol e etonogestrel, logo possui contraindicações
semelhantes aos anticoncepcionais orais combinados, as quais já foram citadas
na alternativa A.
Alternativa E: INCORRETA. O implante subdérmico é um dispositivo contendo
etonogestrel, um progestínico, inserido no braço da paciente, com duração de 3
anos e absorção sistêmica, logo, possui as mesmas contraindicações que os
demais progestágenos, já comentadas na alternativa B.
▶ resposta: C

10 (IADES – Assembleia Legislativa/GO – 2019) Suponha que uma paciente de


18 anos de idade, nuligesta, ativa sexualmente, realiza coleta de citopatologia de
colo uterino rotineira, cujo resultado apresenta células com corpúsculos de
inclusão intranucleares. De acordo com esse resultado, deve-se suspeitar de:

A. Herpes vírus.
B. Vaginose citolítica.
C. Tricomoníase.
D. Gonococo.
E. Neoplasia intraepitelial.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Corpúsculos de inclusão é o nome que se dá, em virologia, às estruturas que se
formam no interior de células infectadas durante a multiplicação viral.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Estes corpúsculos são característicos (embora não
patognomônicos) da infecção pelo herpes vírus. Para os aficionados por
epônimos, o método citológico para detecção dessas estruturas se chama
método de Tzanck.
Alternativa B: INCORRETA. A vaginose citolítica não é uma infecção, ocorre por
excesso de lactobacilos (habituais na flora vaginal), gerando pH vaginal ainda
mais ácido e citólise das células da camada intermediária da vagina, com
corrimento semelhante ao da candidíase vaginal, o qual, na citologia, revela
elevado número de lactobacilos e presença de citólise (núcleos desnudos), sem
outros micro-organismos.
Alternativa C: INCORRETA. Na microscopia do corrimento vaginal próprio da
tricomoníase veríamos o protozoário com seus quatro flagelos, além de número
aumentado de leucócitos.
Alternativa D: INCORRETA. O método padrão ouro para diagnóstico de
gonococcia é a cultura da secreção vaginal, onde são visualizados os diplococos
gram-negativos.
Alternativa E: INCORRETA. As neoplasias intraepiteliais são diagnosticadas
observando-se presença de atipias nas células cervicais e classificadas em baixo
ou alto grau de acordo com o nível de penetração dessas alterações celulares no
epitélio.
▶ resposta: A

11 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Certa paciente queixa-se de


corrimento vaginal fétido, dor pélvica, febre (38,6°C) há dois dias e dispareunia.
Ao exame físico, ela relata dor intensa à palpação do colo uterino e anexos
uterinos. Quanto a esse caso clínico, os principais patógenos relacionados com a
doença dessa paciente são:

A. Neisseria gonorrhoeae e Mycoplasma hominis.


B. Mycoplasma hominis e Chlamydia trachomatis.
C. Gardnerella vaginalis e Trichomonas vaginalis.
D. Gardnerella vaginalis e Enterococcus faecalis.
E. Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembrem-se que o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica exige: 3 critérios
maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado. Os critérios maiores dizem respeito à
queixa de dor (dor abdominal infraumbilical, dor à mobilização do colo uterino e
dor à palpação dos anexos), enquanto os menores estão relacionados às demais
alterações do exame físico ou de exames laboratoriais (conteúdo vaginal
purulento, febre, massa pélvica, leucocitose, PCR ou VHS elevados, mais de cinco
leucócitos/campo na microscopia da secreção vaginal ou cultura positiva para os
patógenos frequentemente mais envolvidos). E os critérios elaborados, como o
próprio nome sugere, diz respeito aos achados em procedimentos, como biópsia
de endométrio sugestiva de endometrite, presença de abscesso tubo-ovariano
ou em fundo de saco de Douglas em exame de imagem (USG ou RNM da pelve)
ou evidências de DIP em videolaparoscopia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Mycoplasma hominis não está entre os principais
agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa B: INCORRETA. Mycoplasma hominis não está entre os principais
agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa C: INCORRETA. Gardnerella vaginalis e Trichomonas vaginalis não
estão entre os principais agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa D: INCORRETA. Gardnerella vaginalis e Enterococcus faecalis não estão
entre os principais agentes da DIP, conforme comentário da alternativa E.
Alternativa E: CORRETA. A paciente em questão apresenta dor pélvica, dor à
palpação do colo uterino e dos anexos, além de corrimento vaginal fétido e febre.
Logo, ela preenche os 3 critérios maiores e 2 critérios menores para Doença
Inflamatória Pélvica, fechando assim o diagnóstico. Sabemos que os agentes
primários envolvidos na DIP são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
▶ resposta: E

12 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Uma paciente de 18 anos de


idade comparece a consulta médica por queixa de lesões vulvares. Refere
histórico de múltiplos parceiros sexuais, sem uso de preservativo. Ao exame
físico, apresenta lesões condilomatosas em vulva, vagina e região perianal. A
respeito desse caso clínico, assinale a alternativa que indica os subtipos virais
mais prováveis de serem causadores dessas lesões.

A. HPV 16 e 18
B. HPV 6 e 18
C. HPV 45 e 56
D. HPV 6 e 11
E. HPV 16 e 56

subtópico:
HPV e câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Temos que memorizar 4 subtipos de HPV: 2 considerados de baixo risco, pelo seu
reduzido poder oncogênico, mais comumente causadores de leões vulvares,
vaginais ou perianais benignas, as verrugas genitais (condilomas); e outros 2
considerados de alto risco pelo seu grande poder de malignização, principais
agentes envolvidos no câncer de colo do útero. Os 4 subtipos são cobertos pela
vacina quadrivalente oferecida pelo Ministério da Saúde.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os subtipos 16 e 18 são aqueles com maior potencial
de malignização, principais causadores das neoplasias intraepiteliais cervicais e
do câncer de colo do útero.
Alternativa B: INCORRETA. O subtipo 18 tem alto poder oncogênico e não
costuma causas verrugas genitais, conforme comentário da alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. Os subtipos 45 e 56 são considerados de alto risco,
isto é, têm potencial oncogênico (embora não sejam os mais frequentemente
envolvidos no câncer de colo do útero) e raramente aparecem associados a
lesões verrucosas.
Alternativa D: CORRETA. Os subtipos 6 e 11 são os principais causadores das
verrugas genitais, conhecidas como condilomas. São bastante comuns na
população sexualmente ativa, mas felizmente têm baixo poder de malignização.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado acima, os subtipos 16 e 56 são
considerados de alto risco e portanto estão mais envolvidos nas neoplasias
intraepiteliais e no câncer cervical, não nas verrugas genitais.
▶ resposta: D

13 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Uma paciente queixa-se de


corrimento vaginal há cinco dias e prurido vulvar. Ao exame físico, nota-se
secreção embranquecida, grumosa e sem odor fétido. Quanto a esse caso clínico,
assinale a alternativa correta.

A. O parceiro deve ser obrigatoriamente tratado.


B. O uso de metronidazol via oral está indicado.
C. A observação de pseudo-hifas, no exame a fresco com KOH, é provável.
D. A realização de duchas vaginais atua na prevenção dessa doença.
E. O teste das aminas é fortemente positivo.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Devemos ter na ponta da língua a propedêutica e os diagnósticos diferenciais
para os três principais corrimentos genitais: vaginose bacteriana, tricomoníase e
candidíase vulvovaginal. De modo geral, prurido vulvar é o principal sintoma da
candidíase vulvovaginal, enquanto o odor fétido sugere vaginose bacteriana. As
questões de tricomoníase geralmente trarão o aspecto do colo “em framboesa”
ou “tigroide”.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Prurido vulvar associado a corrimento vaginal
branco, com grumos e sem odor é fortemente sugestivo de candidíase
vulvovaginal. Sabemos que a candidíase não é considerada uma DST e, portanto,
não implica tratamento do parceiro.
Alternativa B: INCORRETA. Metronidazol não é o tratamento de escolha para os
quadros de candidíase (trata vaginose bacteriana e tricomoníase), e sim
antifúngicos, como fluconazol, itraconazol, entre outros.
Alternativa C: CORRETA. O diagnóstico mais provável é de candidíase, um fungo
que se apresenta como pseudo-hifas no exame a fresco.
Alternativa D: INCORRETA. O uso de duchas vaginais deve ser fortemente
contraindicado para todas as mulheres, pois altera o pH e a flora vaginal habitual,
predispondo à colonização de micro-organismos patogênicos, e não prevenindo
infecções.
Alternativa E: INCORRETA. O teste das aminas consiste em misturar uma gota
da secreção vaginal com hidróxido de potássio a 10% (KOH) e é considerado
positivo quando exala um forte odor fétido (ou “de peixe”), sugerindo vaginose
bacteriana e não candidíase.
▶ resposta: C

14 (IADES – Assembleia Legislativa/GO – 2019) Uma paciente de 30 anos de


idade, G3P2, idade gestacional de 38 semanas, comparece ao pronto-socorro
obstétrico após trauma abdominal por queda em escadaria, apresentando dor
abdominal baixa importante, entretanto sem sangramento vaginal. Foi então
realizada ultrassonografia, à beira do leito, que demonstrou hematoma
retroplacentário de volume moderado. Ao toque vaginal, notou-se apresentação
cefálica com colo com 4 cm de dilatação. A gestante está com pressão arterial de
90 mmHg x 60 mmHg e FC de 120 bpm. A frequência cardíaca fetal auscultada
com sonar foi de 90 bpm a 95 bpm. Acerca desse caso clínico, assinale a
alternativa correta.

A. A indução do parto vaginal é a primeira escolha.


B. A amniotomia está indicada, mesmo na ausência de sangramento vaginal.
C. Uma tococardiografia deve ser realizada.
D. A estabilização hemodinâmica da paciente deve ser realizada, além de
solicitar-se perfil biofísico fetal.
E. O sangramento acumulado no hematoma é predominantemente fetal.

subtópico:
Hemorragias da 2ª metade da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Sempre que houver história de trauma abdominal, pensar em Descolamento
Prematuro de Placenta, mesmo que não haja exteriorização de sangramento
genital (frequentemente, o sangramento pode ser retroplacentário e não se
exteriorizar).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. História de trauma associado com dor abdominal e
presença de coágulo retroplacentário, além de hipotensão e taquicardia materna
e bradicardia fetal sugerem fortemente Descolamento Prematuro de Placenta
grave com instabilidade hemodinâmica da mãe (por sangramento oculto) e
sofrimento fetal. Logo, a conduta é resolução imediata da gestação pela via mais
rápida, que nesse caso é a via alta, considerando que a paciente tem apenas 4 cm
de dilatação.
Alternativa B: CORRETA. A amniotomia está indicada em todos os casos de DPP,
visando reduzir o volume uterino, facilitando assim a compressão das artérias
espiraladas. Com isso, além de conseguir diminuir o sangramento no local do
descolamento, reduz-se também a entrada de tromboplastina na circulação
materna, diminuindo o risco de CIVD.
Alternativa C: INCORRETA. O quadro clínico é fortemente sugestivo de DPP, a
paciente está instável hemodinamicamente e o feto já se apresenta em
sofrimento (lembrar que a FCF deve estar entre 110 e 160 bpm). Logo, o parto
deve ser imediato, não se deve atrasar a conduta para realização de
tococardiografia.
Alternativa D: INCORRETA. Deve-se sim lançar mão de medidas para
estabilização hemodinâmica da mãe, como dois acessos periféricos calibrosos e
infusão de volume, entretanto, tais medidas não devem atrasar a conduta
principal, que é o parto. Porém, não há tempo para realização de perfil biofísico
fetal, já se sabe que o feto está em sofrimento agudo e a melhor intervenção é a
resolução imediata da gestação.
Alternativa E: INCORRETA. A face materna é que descola, rompendo inúmeros
vasos da implantação, sendo, portanto, o hematoma/sangramento
predominantemente de origem materna.

▶ resposta: B

15 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Uma paciente de 18 anos de idade, G1,


comparece à consulta de pré-natal em consultório privado. O calendário de
vacinação dela encontra-se com diversas vacinas em atraso, e o ginecologista
indicou que várias fossem realizadas. Em relação a esse caso clínico, assinale a
alternativa que apresenta uma vacina contraindicada.

A. Hepatite A
B. Influenza
C. Hepatite B
D. HPV quadrivalente
E. dTpa

subtópico:
Assistência pré-natal.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Calendário vacinal é tema quente tanto em Obstetrícia como em Pediatria e deve
estar na ponta da língua. Então fiquem atentos: a gestação é um estado de
“imunossupressão relativa”, logo gestantes só podem receber vacinas que não
contenham componentes vivos.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vacina de antígeno inativado, portanto, pode ser
administrada na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Além da vacina da Influenza ser inativada, essa
patologia tem maior potencial de gravidade durante a gestação, logo, a gestante
não só pode como deve recebê-la em períodos de campanha.
Alternativa C: INCORRETA. A vacina da Hepatite B é composta pelo antígeno de
superfície HBsAg, devendo ser administrada em todas as gestantes não
vacinadas ou com esquema incompleto.
Alternativa D: CORRETA. Apesar de composta por antígenos de capsídeo viral, a
vacina do HPV é relativamente nova e ainda não temos estudos comprovando a
sua segurança na gestante, portanto, por enquanto a recomendação é evitar a
sua administração na gestação.
Alternativa E: INCORRETA. A vacina dTpa está indicada em todas as gestantes
independente do seu status vacinal prévio devido ao potencial de gravidade da
coqueluche na gestação.
▶ resposta: D

16 (IADES –  Assembleia Legislativa/GO – 2019) Uma paciente de 16 anos de


idade comparece ao consultório ginecológico por queixa de corrimento vaginal.
Ao exame, nota-se corrimento vaginal fluido homogêneo, branco-acinzentado,
não aderente, com algumas microbolhas. O odor é fortemente desagradável,
como um peixe podre. Em relação a esse caso clínico, assinale a alternativa
correta quanto à doença descrita.

A. A presença das clue cells é esperada.


B. O teste das aminas é negativo.
C. A via sexual é a principal forma de transmissão.
D. Teste de Schiller com colo de aspecto tigroide é típico.
E. Caracteriza-se por pH vaginal diminuído.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Mais uma questão de infecções genitais e vulvovaginites. Não se esqueça das
três principais causas e seus agentes etiológicos: vaginose bacteriana
(Gardnerella vaginalis), candidíase vulvovaginal (Candida albicans – principal) e
tricomoníase (Trichomonas vaginalis).

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Corrimento vaginal fluido, não aderente, bolhoso,
branco-acinzentado e com odor fétido é fortemente sugestivo de vaginose
bacteriana. Nesses casos, o achado esperado ao exame a fresco é a presença das
chamadas células alvo ou clue cells.
Alternativa B: INCORRETA. O teste das aminas é positivo na Vaginose Bacteriana
e isso significa que ao misturar uma gota da secreção vaginal com hidróxido de
potássio a 10% (KOH) exala um odor desagradável, semelhante ao de peixe
podre.
Alternativa C: INCORRETA. Embora a relação sexual seja um fator de risco, a
vaginose bacteriana não é considerada uma DST, sendo entendida como um
desequilíbrio da flora vaginal com aumento da concentração de bactérias
anaeróbias em detrimento dos lactobacilos.
Alternativa D: INCORRETA. Colo tigroide é achado característico de
tricomoníase.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa C, o aumento da
concentração de bactérias anaeróbias e diminuição dos lactobacilos torna o pH
vaginal mais alcalino, isto é, acima de 4,5, o que inclusive faz parte de um dos
critérios de Amsel, utilizados no diagnóstico da Vaginose Bacteriana.
▶ resposta: A

17 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 29 anos, nuligesta, ciclos


menstruais com fluxo aumentado e com duração de nove dias, é atendida no
consultório de Planejamento Familiar. Solteira, IMC: 23 Kg/m2, hipertensa
controlada com medicamentos. Exame ginecológico normal. Não deseja
menstruar devido ao desconforto que apresenta nesse período. A orientação
contraceptiva é:

A. Pílula anticoncepcional somente com etinilestradiol.


B. Dispositivo intrauterino de cobre.
C. Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel.
D. Pílula com dienogeste e valerato de estradiol.
E. Ablação endometrial.

subtópico:
Planejamento familiar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Você sabe o que são os critérios de elegibilidade da OMS? A maioria das questões
de planejamento familiar vai cobrá-lo quanto a isso, direta ou indiretamente. Os
critérios de elegibilidade determinam algumas situações clínicas em que os
métodos contraceptivos podem ou não ser utilizados, classificando cada um
deles em quatro categorias: Categoria 1: não há restrições para o uso do método;
categoria 2: as vantagens no uso do método superam seus riscos; categoria 3: os
riscos no uso do método superam seus benefícios; categoria 4: o método
apresenta um risco inaceitável para indicar o seu uso. De um modo geral, basta
você pensar que aqueles classificados como categoria 1 ou 2 podem ser
prescritos livremente; já as categorias 3 ou 4 não devem ser indicadas naquela
situação, sendo a categoria 4 uma contraindicação absoluta (ou seja, não
prescrever em nenhuma hipótese), e a categoria 3 contraindicação relativa,
podendo ser prescrito apenas na impossibilidade de outras opções.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não podemos de forma alguma prescrever
estrógeno sem associação com progestágeno para pacientes que tenham útero,
devido ao risco de hiperplasia e câncer endometrial.
Alternativa B: INCORRETA. A paciente já apresenta fluxo menstrual aumentado
e deseja amenorreia, logo o DIU de cobre não é o método mais indicado, pois
sabemos que este frequentemente pode aumentar a intensidade do
sangramento menstrual.
Alternativa C: CORRETA. Sabemos que o SIU-LNG é um método contraceptivo
altamente eficaz, que apresenta ainda o benefício de reduzir o fluxo menstrual e
em uma parcela significativa das mulheres vai provocar amenorreia no 1º ano de
uso. Ademais, por se tratar de um progestágeno isolado com ação
predominantemente local e pequena interferência sistêmica, a paciente em
questão não apresenta contraindicações ao seu uso.
Alternativa D: INCORRETA. Hipertensão arterial controlada é considerada
categoria 3 para os anticoncepcionais orais combinados, logo, esse método só
deveria ser utilizado na paciente em questão na impossibilidade de outras
opções.
Alternativa E: INCORRETA. A ablação endometrial NÃO é considerada um
método contraceptivo, sendo utilizada somente para controle de sangramento
uterino anormal intenso, de origem benigna, e que não respondeu à terapia
medicamentosa e a outros métodos menos invasivos, o que não é o caso da
paciente em questão.
▶ resposta: C

18 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 18 anos, atendida com


amenorreia primária e dispareunia. Sexarca: 17 anos. Nega comorbidades.
Mamas estágio M5 de Tanner e pelos pubianos estágio P5 de Tanner. Vulva
clinicamente normal. Vagina em fundo cego e com 3cm de comprimento.
Cariótipo 46 XX. O médico assistente confirmou o diagnóstico de:

A. Insensibilidade androgênica completa;


B. Agenesia uterovaginal;
C. Síndrome de Turner;
D. Distúrbio do desenvolvimento do seio urogenital;
E. Agenesia ovariana isolada.

subtópico:
Amenorreia primária / Embriologia do trato genital feminino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Na investigação de amenorreias primárias, ajuda raciocinar a partir da presença
ou não de caracteres sexuais secundários (CSS). A presença de CSS, de um modo
geral, indica função ovariana preservada (exceção é a síndrome de Morris, em
que a produção de estrogênio ocorre por aromatização periférica), direcionando
a investigação para causas anatômicas (exame físico e de imagem). Por outro
lado, quando não há CSS pode significar disfunção hormonal, implicando
dosagem de FSH para investigação etiológica.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Insensibilidade androgênica completa, conhecida
também como síndrome de Morris, trata-se de uma condição em que o fenótipo
é feminino, mas o cariótipo é 46 XY. Há testículos produzindo testosterona,
porém, devido à ausência de resposta dos receptores a esse hormônio, a
genitália externa, que se forma ainda no período embrionário, é feminina, não há
genitália interna (vagina em fundo cego e agenesia de útero), e os caracteres
sexuais secundários femininos também estão presentes devido à aromatização
periférica da testosterona em estrogênio.
Alternativa B: CORRETA O protótipo da agenesia uterovaginal é Síndrome de
Rokitansky, que consiste na ausência de fusão dos ductos paramesonéfricos (ou
ductos de Muller), responsáveis pela formação do útero e 2/3 proximais da
vagina. Nesses casos, portanto, a paciente é 46 XX, tem ovários com produção
hormonal normal (logo, tem caracteres sexuais secundários) e genitália externa
feminina, no entanto, a ausência da genitália interna (agenesia de útero e vagina
curta, em fundo cego) é responsável pela ausência de menstruação.
Alternativa C: INCORRETA. Na síndrome de Turner, as pacientes têm um
cromossomo X ausente e o cariótipo é, portanto, 45X. A genitália externa e o
útero são normais, porém, os ovários são atrofiados (em fita), fazendo com que
durante a puberdade essa menina não apresente os caracteres sexuais
secundários, permanecendo com a genitália infantilizada. Outros estigmas da
síndrome incluem: pescoço alado, baixa estatura, tórax em escudo etc.
Alternativa D: INCORRETA. Os distúrbios do desenvolvimento do seio urogenital
desenvolvem genitália ambígua, que não é o caso da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Na agenesia ovariana, os caracteres sexuais
secundários (desenvolvimento de mamas e pelos) estão ausentes.
▶ resposta: B

19 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 23 anos, solteira, atendida com
dor em andar inferior de abdômen, mais intensa na fossa ilíaca esquerda iniciada
há cinco dias com piora progressiva no período. DUM há oito dias. Exame físico:
secreção amarelada, moderada, oriunda do canal cervical, dor ao toque uterino e
dos anexos. Tax: 38,1oC Pulso: 72bpm PA: 100x60mmHg. O diagnóstico mais
provável é:

A. Cervicite;
B. Tricomoníase;
C. Gravidez tubária;
D. Endometriose;
E. Doença inflamatória pélvica.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Corrimento genital ambulatorial é para ser “chato”, não grave! Atenção para
sinais de acometimento sistêmico como febre, os quais sugerem ascensão dos
micro-organismos e não mais uma vulvovaginite isolada.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não seria incorreto dizer que temos nesse caso
também uma cervicite, afinal, a secreção anormal é oriunda do canal cervical,
entretanto, a paciente apresenta outros sinais e sintomas que não fazem parte
do quadro típico de cervicite isolada (dor abdominal e ao toque uterino e dos
anexos, além de febre), o que torna esta resposta não mais a melhor alternativa.
Certamente, o quadro se iniciou com uma cervicite, geralmente causada pelos
mesmos micro-organismos da doença inflamatória pélvica, Clamídia e Gonococo,
os quais ascenderam pelo trato genital superior.
Alternativa B: INCORRETA. Na tricomoníase, o corrimento é fluido, acinzentado,
bolhoso e exclusivamente vaginal, normalmente, não há secreção exteriorizando
pelo colo uterino (este é um sinal de cervicite). Além disso, dor e febre não fazem
parte dos quadros clínicos típicos das vulvovaginites.
Alternativa C: INCORRETA. Infecções do trato genital podem até ser fator de
riso para uma gestação tubária e, portanto, podem ocorrer concomitantemente,
porém, gravidez ectópica NÃO é causa de corrimentos vaginais! Essas pacientes
habitualmente apresentam a tríade clássica de: atraso menstrual (a paciente
referia DUM há 8 dias), sangramento (não referido na questão) e dor
abdominopélvica.
Alternativa D: INCORRETA. A endometriose é caracterizada por dismenorreia
intensa e cíclica (isto é, que apresenta relação com o fluxo menstrual), não se
manifestando com corrimentos genitais ou febre.
Alternativa E: CORRETA. Vale lembrar: Diagnóstico de Doença Inflamatória
Pélvica (DIP) – 3 critérios maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado. A paciente
em questão apresenta os três critérios maiores (dor pélvica, dor à mobilização do
colo uterino e dor à palpação dos anexos) e dois critérios menores (febre e
secreção genital anormal). Ou seja, bingo! Diagnóstico de DIP fechado.

▶ resposta: E

20 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 26 anos, gesta 1 para 1,


atendida com queixa de corrimento vaginal com odor fétido. O médico assistente
identificou pH vaginal 6,9; teste das aminas positivo; células-guias na análise da
lâmina a fresco do conteúdo vaginal. O diagnóstico é:

A. Candidíase;
B. Tricomoníase;
C. Clamídia trachomatis;
D. Vaginose bacteriana;
E. Gonorreia.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Devemos sempre ter em mente os critérios de Amsel para avaliação de
corrimentos vaginais: aspecto da secreção, pH vaginal (corte 4,5), exame a fresco
e teste das aminas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na candidíase, o corrimento é esbranquiçado
grumoso, pruriginoso, inodoro, com pseudo-hifas ao exame a fresco.
Alternativa B: INCORRETA. Na tricomoníase, o corrimento é acinzentado, fluido,
bolhoso e normalmente a questão vai trazer o aspecto do colo “em framboesa”
ou “tigroide”. Ao exame a fresco da secreção vaginal, são visualizados os
protozoários flagelados.
Alternativa C: INCORRETA. A Clamídia trachomatis é um dos principais
patógenos envolvidos nos quadros de cervicite, onde há corrimento purulento se
exteriorizando pelo colo uterino e não apenas na vagina.
Alternativa D: CORRETA. A vaginose bacteriana é causada pela Gardnerella
vaginalis e se manifesta com corrimento vaginal amarelado, que tem como
principal característica o odor fétido (semelhante ao de peixe podre), o qual se
intensifica ainda mais ao misturarmos uma gota da secreção ao Hidróxido de
Potássio (KOH) – teste das aminas positivo. Nesta vulvovaginite, há substituição
da flora de lactobacilos pelas bactérias anaeróbias, tornando o pH vaginal mais
alcalino (acima de 4,5), e ao exame a freso, são visualizadas as células-guias ou
clue cells. Três desses quatro critérios, chamados critérios de Amsel, fecham o
diagnóstico de Vaginose Bacteriana.
Alternativa E: INCORRETA. A Gonorreia também é um quadro de cervicite. Como
comentado na alternativa C, nesses casos, a secreção é cervical e não apenas
vaginal.

▶ resposta: D

21 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Mulher, 30 anos, com dor pélvica,
mais intensa em fossa ilíaca direita há 1 dia. Hoje é atendida na emergência, pois
a dor está mais intensa e refere dor no ombro direito, além de sangramento
vaginal leve. Nega febre. Última menstruação há 50 dias. Ao exame:
hipoidratada, obnubilada, descorada 2+/4, afebril, anictérica e acianótica. PA:
80X40mmHg FC:120 bpm FR:20 irpm. Descompressão dolorosa em fossa ilíaca
direita, distensão abdominal moderada. A principal hipótese diagnóstica é:

A. Gravidez tubária rota;


B. Apendicite supurada;
C. Litíase urinária;
D. Torção de anexo;
E. Endometriose.

subtópico:
Hemorragias da 1ª metade da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Na prova e na vida: Em mulheres, nunca esquecer de incluir as causas
ginecológicas e obstétricas no diagnóstico diferencial de um abdômen agudo! E
um B-hCG sempre vai bem, ainda mais em casos com atraso menstrual
importante. Aproveitando o espaço, vamos recordar do sinal de Lafond – dor
irradiada para ombro por irritação do nervo frênico.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atraso menstrual + sangramento genital + dor pélvica é
a tríade clássica de gestação ectópica. A paciente em questão apresenta ainda
dor à descompressão abdominal, dor em ombro (sinal de Lafond), taquicardia,
hipotensão e alterações do sensório, que representam irritação peritoneal e
instabilidade hemodinâmica, sugerindo gravidez ectópica rota.
Alternativa B: INCORRETA. É um diagnóstico diferencial importante, porém essa
paciente evoluiu muito rapidamente. Os quadros de apendicite são
habitualmente insidiosos, não cursam com sangramento genital e
frequentemente apresentam febre.
Alternativa C: INCORRETA. Litíase urinária é importante causa de dor lombar,
não cursa com sangramento genital, irritação peritoneal, nem instabilidade
hemodinâmica e, normalmente, a questão fará menção ao sinal de Giordano
positivo.
Alternativa D: INCORRETA. Outro diagnóstico diferencial importante, porém,
com o atraso menstrual e o sangramento genital, a hipótese de gravidez ectópica
rota impera. O destino da paciente seria sala de cirurgia nos dois casos.
Alternativa E: INCORRETA. A dor típica da endometriose é crônica e não aguda,
além de habitualmente não causar sinais e sintomas de instabilidade
hemodinâmica e irritação peritoneal.
▶ resposta: A

22 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Com relação ao diabetes


gestacional (DG), assinale a alternativa CORRETA:

A. A utilização de fatores clínicos de risco, como forma de rastrear gestantes


que devem ser submetidas a testes diagnósticos para DG, não é ideal, pois
apresenta baixa sensibilidade;
B. Não se deve proporcionar a todas as gestantes a possibilidade de
rastreamento do DG, devido aos resultados falso positivos dos testes de
rastreamento;
C. O melhor teste (com melhor sensibilidade/especificidade) para o
diagnóstico do DG é a relação glicose/insulina superior a 2,5;
D. A microssomia fetal com sofrimento fetal crônico são as principais
complicações do DG;
E. A glicemia de jejum acima de 130 mg/dL, em duas dosagens em tempos
distintos, confirma o diagnóstico de DG.

subtópico:
Diabetes gestacional.
grau de dificuldade:

dica do autor:
O Diabetes Mellitus Gestacional está intimamente ligado ao lactogênio
placentário, um hormônio contrainsulínico produzido pela placenta, com pico a
partir das 24 semanas de gestação. Logo, é nesse período em que há maior
chance de se desenvolver DMG. 

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O rastreio do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
utilizando apenas critérios clínicos aumenta a chance de falsos negativos, visto
que corriqueiramente diagnosticamos DMG em pacientes sem fator de risco
algum; isso significa que a sensibilidade desse teste é baixa e, portanto, ele não
deve ser utilizado como meio de triagem. O rastreamento do Diabetes
Gestacional é realizado por meio da glicemia de jejum para todas as pacientes na
primeira consulta de pré-natal.
Alternativa B: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, o rastreio de
DMG é universal e rotineiro, devendo ser realizado através da solicitação de
glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal.
Alternativa C: INCORRETA. O melhor teste para diagnóstico de DMG (maior
especificidade) é o Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) com sobrecarga de
75g de glicose em jejum e 120 minutos após a ingestão, enquanto o melhor
método de rastreio (maior sensibilidade) é a glicemia sérica em jejum.
Alternativa D: INCORRETA. As principais complicações do DMG são
macrossomia fetal por hiperinsulinemia e sofrimentos fetal agudo por distúrbios
metabólicos, podendo levar até mesmo a óbito fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Valores de glicemia de jejum entre 92 e 125 mg/dL
sugere Diabetes Mellitus Gestacional, enquanto níveis maiores ou iguais a
126mg/dL são sugestivos de Diabetes Mellitus prévia. Ambos devem ser
confirmados por uma segunda dosagem.

▶ resposta: A

23 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Com relação à prevenção da


prematuridade, a alternativa CORRETA é:

A. A progesterona oral é o tratamento mais eficaz na prevenção do parto pré-


termo, em gestantes de risco e ainda assintomáticas;
B. A avaliação ultrassonográfica do colo do útero no segundo trimestre da
gravidez, não reduz o risco para o parto prematuro em gestações únicas;
C. Os principais fatores de risco para parto pré-termo são história prévia e
alteração cervical ecográfica no 2º trimestre de gestação;
D. A avaliação cervical em pacientes com gestação gemelar e a administração
de progesterona não reduzem o risco de prematuridade como nas gestações
únicas;
E. A redução do nascimento de pré-termos em mulheres de risco,
paradoxalmente, não determina uma melhora nos indicadores neonatais
relacionados à prematuridade.
subtópico:
Prematuridade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembrar a classificação de prematuridade: Prematuro extremo – nascido entre
20/22 semanas e 27 semanas e 6 dias; prematuro moderado – entre 28 semanas
e 33 semanas e 6 dias; prematuro tardio – entre 34 semanas e 36 semanas e 6
dias. Antes de 20/22 semanas considera-se abortamento e a partir de 37
semanas, RN a termo (Essa classificação pode variar de acordo com o autor,
convém então observar qual a referência que será cobrada na sua prova).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A administração de progesterona, na atualidade, é
sim considerada o método mais eficaz na prevenção de parto pré-termo em
gestações de risco, no entanto, a via de escolha é vaginal e não oral.
Alternativa B: INCORRETA. A avaliação ultrassonográfica do colo, conhecida
como cervicometria, é recomendada de rotina em todas as gestantes entre 20 e
24 semanas (com o morfológico de 2º trimestre), permitindo identificar aquelas
com maior risco para parto prematuro (colo < 25 mm) e intervir com medidas que
minimizem esse risco.
Alternativa C: CORRETA. Principal risco para parto prematuro é a história prévia
de prematuridade, seguido pela medida do colo uterino menor que 25 mm no 2º
trimestre. Ambos os casos indicam uso de progesterona vaginal para diminuir
esse risco.
Alternativa D: INCORRETA. Estudos mais atuais demonstram que o uso da
progesterona parece diminuir as taxas de prematuridade em gestantes de maior
risco, apesar dos dados serem menos consistentes quando comparado àqueles
que demonstram os benefícios nas gestações únicas. Sendo assim, a avaliação
cervical de rotina também está indicada nas gestações gemelares.
Alternativa E: INCORRETA. Os resultados neonatais são totalmente
dependentes da Idade Gestacional. No caso de fetos pré-termo, cada dia ganho
dentro do útero representa maior chance de sobrevida e menor risco de
complicações.
▶ resposta: C

24 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) A preparação da gestante e dos


familiares para o parto inicia-se durante o cuidado pré-natal. O plano de parto é
uma estratégia recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Nessa
estratégia, a mulher expressa suas expectativas e desejos em relação ao
nascimento do seu filho, recebe orientações sobre seus direitos e maternidade
de referência e toma conhecimento sobre os riscos e benefícios das intervenções
no processo da parturição. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. A escolha do acompanhante no parto, mesmo que previamente acertada


entre os familiares, só poderá ser garantida se a maternidade assim o
permitir.
II. Condutas consideradas contraindicadas na rotina da assistência ao parto,
como jejum, lavagem intestinal e episiotomia, devem ser abordadas antes
do parto.
III. É papel da atenção básica iniciar a vinculação da gestante com a unidade
de referência, orientando a grávida a visitá-la antes do parto.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s).

A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.

subtópico:
Assistência pré-natal.

grau de dificuldade:

dica do autor:
É importante conhecer as recomendações de boas práticas de atenção ao parto e
nascimento divulgadas pela OMS, as quais têm sido cada vez mais cobradas em
provas de concurso.

resolução:
Afirmativa I: INCORRETA. A presença de acompanhante de escolha da gestante
é direito assegurado por lei.
Afirmativa II: CORRETA. Todas as informações acerca do parto devem ser
compartilhadas com a gestante durante o pré-natal. Durante o trabalho de parto,
a gestante pode ingerir líquidos claros (sem resíduo), exceto se indicação de
cesariana. Sobre a lavagem intestinal, de fato, está proscrita, pois piora os
desfechos materno-fetais. E quanto à polêmica episiotomia, não está indicada de
rotina, porém, quando bem indicada protege a gestante de lacerações perineais
mais extensas.
Afirmativa III: CORRETA. Conhecer e se familiarizar com a maternidade antes do
parto é extremamente importante por reduzir a ansiedade da gestante,
contribuindo assim para melhores resultados durante o trabalho de parto, e
construir esse vínculo (maternidade x gestante) é sim papel do pré-natal.

Logo, apenas II e III estão corretas (alternativa D).

▶ resposta: D

25 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Considere que uma mulher


comparece a uma unidade de atendimento da atenção básica e relata ao médico
ginecologista que está grávida, mas que apresenta um sangramento vermelho-
vivo de pequena intensidade há 2 dias. A demanda é por orientações para
interrupção da gravidez, dado que informa ter sido vítima de violência sexual há
dois meses. Na ocasião, muito abalada com o ocorrido, não prestou queixa em
delegacia e nem possui um boletim de ocorrência. Diante desse quadro, é de
responsabilidade legal do ginecologista

A. Realizar a notificação compulsória do caso à autoridade de saúde.


B. Realizar a notificação do caso a um delegado de polícia.
C. Encaminhar a mulher para avaliação de um médico legista.
D. Encaminhar a mulher para um serviço de ultrassonografia para avaliar a
viabilidade fetal, dado que o médico não poderá interromper a gestação.

subtópico:
Interrupção legal da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
É importante conhecer as leis que regem a interrupção legal da gestação no
Brasil; elas têm sido cada vez mais cobradas em prova.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Violência sexual é agravo de notificação compulsória.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a notificação deve
ser realizada somente à autoridade de saúde. Qualquer comunicação diferente
dessa fere o princípio do sigilo médico.
Alternativa C: INCORRETA. A mulher NÃO é obrigada a realizar boletim de
ocorrência ou exame de corpo delito para garantir seu atendimento como vítima
de violência sexual. Não cabe ao médico exercer qualquer juízo de valor sobre a
palavra da vítima, devendo somente realizar a notificação compulsória e prestar
assistência à vítima, conforme garantido por lei. Na eventualidade de a paciente
estar mentindo, o ônus será inteiramente dela perante a lei.
Alternativa D: INCORRETA. Casos de estupro são uma das situações em que, no
Brasil, se permite a interrupção legal da gestação.
▶ resposta: A

26 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Corrimento é uma das principais


manifestações ginecológicas percebidas pela própria mulher e motivadora de
consulta médica com especialista. Entre os agentes associados a corrimento
vaginal a seguir, assinale aquele que não é componente da microbiota vaginal
normal.

A. Candida sp.
B. Gardnerella vaginalis.
C. Mobiluncus.
D. Trichomonas vaginalis.

subtópico:
Infecções genitais.
grau de dificuldade:

dica do autor:
“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. Logo, mesmo os micro-
organismos que compõem a flora vaginal habitual podem ser patogênicos e
causar sintomas se em excesso.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Candida sp. faz parte da flora vaginal habitual.
Alternativa B: INCORRETA. Gardnerella vaginalis também faz parte da flora
vaginal habitual.
Alternativa C: INCORRETA. Mobiluncus também é parte da flora vaginal habitual.
Alternativa D: CORRETA. Trichomonas vaginalis não faz parte da microbiota
vaginal e quando presente é considerada uma infecção sexualmente
transmissível.
▶ resposta: D

27 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Suponha que uma mulher com


47 anos de idade, vida sexual ativa e dois filhos naturais procure aconselhamento
contraceptivo, preocupada com períodos de amenorreia intercalados com
sangramento genital abundante. Nessa condição, a orientação ginecológica
adequada é:

A. Desaconselhar qualquer método contraceptivo, visto que a chance de


gravidez é mínima.
B. Inserção do DIU T de cobre no próximo sangramento uterino.
C. Solicitar dosagem do hormônio foliculoestimulante FSH sanguíneo, antes
de realizar orientação contraceptiva.
D. Utilizar métodos de barreira até que os distúrbios menstruais sejam
esclarecidos.

subtópico:
Planejamento familiar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Qualquer sangramento uterino anormal em mulheres na peri/pós menopausa
convém excluir hiperplasia ou câncer de endométrio.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar da fertilidade está diminuída na
perimenopausa devido ao maior número de ciclos anovulatórios, eventualmente
ainda ocorre ovulação, havendo risco de gravidez para mulheres sexualmente
ativas e, portanto, indicação de contracepção se não houver desejo de gestar.
Alternativa B: INCORRETA. A paciente em questão apresenta um sangramento
uterino anormal (períodos de amenorreia intercalados com sangramento
abundante) de origem (apesar de ser um padrão comum na perimenopausa,
outras causas precisam ser excluídas), o que configura contraindicação ao uso do
DIU de cobre.
Alternativa C: INCORRETA. O diagnóstico de menopausa é essencialmente
clínico (12 meses de amenorreia), não havendo necessidade de dosagem
hormonal para tal, exceto quando se suspeita de menopausa precoce, isto é, em
mulheres abaixo de 40 anos. Além disso, a orientação contraceptiva é medida
primordial nesse caso considerando-se sobretudo o risco da idade materna sob
uma possível gestação não planejada.
Alternativa D: CORRETA. Sangramento uterino anormal de origem desconhecida
é contraindicação para o uso de qualquer método hormonal, como também para
o DIU de cobre. Sendo assim, até que se exclua outras causas de SUA (que não
somente a perimenopausa), a recomendação é utilizar métodos de barreira,
como o preservativo.

▶ resposta: D

28 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) A função ovariana é elemento


fundamental na sequência de eventos fisiológicos que, por meio de interação
com o hipotálamo e a hipófise, resultará na ovulação. Tendo em vista o
sinergismo entre o hormônio foliculoestimulante (FSH) e os ovários, assinale a
alternativa incorreta.

A. Com o aumento dos níveis de estrogênio, ocorre um feedback negativo na


produção de FSH, o que auxilia na seleção do folículo ovariano dominante.
B. O FSH age em sinergia com o estrogênio na proliferação das células da
granulosa durante a primeira fase do ciclo menstrual.
C. O nível de FSH circulante é crucial para o resgate folicular de uma coorte de
folículos ovarianos, entre os quais um se tornará dominante.
D. Para que um novo ciclo se inicie, na ausência de gravidez, os níveis de FSH
apresentam expressiva queda na véspera e nos dias inicias da menstruação.

subtópico:
Fisiologia do ciclo menstrual.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Essa dica não é sobre o tema da questão em si, mas é muito importante. Na hora
da prova, tenha muita atenção com as questões que solicitam a alternativa
incorreta! Grife, sublinhe, circule (chame a atenção de alguma forma!) a palavra
incorreta no enunciado para não esquecer o que realmente pede a questão.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Na fase folicular tardia, ocorre aumento dos níveis de
estrogênio produzido pelos próprios folículos em desenvolvimento, exercendo
assim feedback negativo sobre o FSH. Essa redução nos níveis de FSH permite que
somente o folículo mais sensível a esse hormônio (isto é, com maior número de
receptores) seja selecionado como folículo dominante.
Alternativa B: CORRETA. Na primeira fase do ciclo menstrual, FSH e Estrogênio
atuam aumentando o número de receptores de FSH no folículo e proliferando as
células da granulosa, as quais vão produzir estradiol a partir dos androgênios sob
estímulo da enzima aromatase. (Esse mecanismo se chama “Teoria das duas
células – duas gonadotrofinas”).
Alternativa C: CORRETA. Conforme comentado nas alternativas anteriores, os
altos níveis de FSH no início do ciclo promovem o recrutamento e
desenvolvimento dos folículos. À medida que a fase folicular avança e o
estrogênio exerce feedback negativo sobre o FSH, os seus níveis mais baixos
permitem que apenas um folículo (aquele com maior número de receptores) se
torne o dominante.
Alternativa D: INCORRETA. Os níveis de FSH começam a se elevar ainda no final
do ciclo anterior (devido à regressão do corpo lúteo e queda da progesterona) e
continuam em ascensão durante a fase folicular inicial, atingindo seu pico na
metade do ciclo.
▶ resposta: D

29 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) A imunização é considerada um


dos marcos históricos da Medicina que impactam coletivamente o cuidado em
saúde, sendo estratégia responsável pela erradicação de muitas doenças. No
entanto, sua disseminação tem sido prejudicada por uma onda “antivacinas”. Em
relação aos cuidados de imunização previstos para a mulher, considerando o
calendário vigente de vacinação no Brasil recomendado pelo Ministério da Saúde,
é correto afirmar:

A. A vacina contra febre amarela deve ter um reforço na gravidez,


considerando-se a epidemia recente da doença.
B. A vacina contra hepatite B deve ter seu esquema de 3 doses finalizado
antes que a mulher engravide, dada suas restrições de uso na gestação.
C. A vacina dTpa deve ser utilizada em todas as gestações, mesmo que já
administrada em gravidez anterior.
D. A vacina HPV deve ser utilizada logo após o início da atividade sexual da
adolescente.

subtópico:
Assistência pré-natal/ imunizações na gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Vacinas de vírus/bactérias vivos são contraindicadas na gestação!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado,
portanto, não deve ser administrada na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Mulheres com esquema incompleto para Hepatite B
não só podem como devem completar o esquema na gestação, visto que essa
vacina contém apenas o antígeno de superfície HbsAg.
Alternativa C: CORRETA. A cada gestação deverá ocorrer nova imunização com a
vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação (preferencialmente entre 27 e 36
semanas), para fornecer o componente pertussis e evitar coqueluche no recém-
nascido.
Alternativa D: INCORRETA. A vacina do HPV deve ser administrada
preferencialmente antes de se iniciar a vida sexual, por isso a faixa etária
escolhida pelo Ministério da Saúde para distribuição gratuita da vacina são
meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14.

▶ resposta: C

30 (FUNDEP – Prefeitura de Lagoa Santa/MG – 2019) Segundo o Ministério da


Saúde do Brasil (2016), assinale a alternativa que não apresenta uma
recomendação para conduta inicial frente aos resultados alterados de exames
citopatológicos do colo uterino.

A. Se presentes células escamosas atípicas de significado indeterminado


(ASCUS), possivelmente não neoplásicas, em menores de 25 anos de idade,
deve-se repetir a citologia em 3 anos.
B. Se presente lesão de baixo grau (LSIL), em menores de 25 anos de idade,
deve-se repetir a citologia em 3 anos.
C. Se presente lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir
microinvasão, deve-se repetir a citologia imediatamente.
D. Se presente carcinoma escamoso invasor, independentemente da idade,
encaminhar para colposcopia.

subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Veja que a questão cobra especificamente as recomendações do Ministério da
Saúde em 2016 (mesmo sendo uma prova de 2019), as quais diferem das
recomendações mais atuais do INCA, por exemplo. Por isso é tão importante
conhecer quais as referências cobradas na sua prova.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento
do Câncer do Colo do Útero divulgadas pelo Ministério da Saúde em 2016,
mulheres menores de 25 anos (que por algum motivo foram submetidas à
citologia oncótica, pois elas se encontram fora da faixa etária recomendada para
rastreio) com resultado do exame citopatológico ASC-US deverão repetir a
citologia em 3 anos.
Alternativa B: CORRETA. Segundo as mesmas diretrizes, resultado LSIL em
menores de 25 anos também requer repetição da citologia somente com 3 anos.
Essas recomendações partem do princípio que nesta faixa-etária há maior
incidência de resolução espontânea das lesões e baixíssima taxa de neoplasias,
justificando assim condutas mais conservadoras.
Alternativa C: INCORRETA. Se presente lesão intraepitelial de alto grau não
podendo excluir microinvasão, deve-se realizar colposcopia imediatamente.
Alternativa D: CORRETA. Em resultados de carcinoma escamoso invasor é
mandatório realizar colposcopia para qualquer faixa etária.
▶ resposta: C

31 (FUNDEP – Prefeitura de Lagoa Santa/MG – 2019) Com relação à hipertensão


arterial sistêmica na gravidez, assinale a alternativa correta.

A. Diagnostica-se hipertensão arterial sistêmica quando a elevação dos níveis


pressóricos é observada antes da gestação ou mesmo quando se identifica
essa situação até 20 semanas de gestação.
B. Recomenda-se a dieta hipossódica que, além de reduzir a possibilidade de
ocorrência de pré-eclâmpsia sobreposta, ajuda no controle da hipertensão
arterial sistêmica.
C. Recomenda-se a pesquisa de lesões de órgãos-alvo apenas para as
gestantes com mais de 10 anos de doença.
D. Os medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina devem
ser evitados apenas no período de organogênese.

subtópico:
Doenças hipertensivas específicas da gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembrar que o diagnóstico de Síndromes Hipertensivas na gestação exige duas
medidas de PAS maior ou igual a 140 mmHg OU PAD maior ou igual a 90 mmHg.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A fisiologia da hipertensão arterial gestacional está
relacionada com falha na 2ª onda de invasão trofoblástica (mecanismo pelo qual
há remodelamento das artérias espiraladas, tornando-as menos resistentes), a
qual se inicia em torno da 16ª semana de gestação e se desenvolve durante cerca
de 4 semanas. Logo, qualquer elevação pressórica (confirmada em duas
medidas) que ocorra antes das 20 semanas representa hipertensão arterial
crônica e não gestacional, assim como, obviamente, aquelas que já são
hipertensas antes da gravidez.
Alternativa B: INCORRETA. Dieta hipossódica não previne a ocorrência de pré-
eclâmpsia sobreposta. As únicas medidas que de fato reduzem risco de pré-
eclâmpsia são o uso do AAS e do carbonato de cálcio.
Alternativa C: INCORRETA. Todas as gestantes com hipertensão arterial
sistêmica devem ser submetidas a rastreio de lesão de órgão-alvo na 1ª consulta
de pré-natal por meio dos seguintes exames: eletrocardiograma,
ecocardiograma, fundoscopia e USG renal (tais exames podem variar de acordo
com o protocolo de cada serviço).
Alternativa D: INCORRETA. Os IECAs são contraindicados em qualquer período
gestacional pelo risco de oligodrâmnio, RCIU, anormalidades cardiovasculares
etc.
▶ resposta: A

32 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) A endometriose é uma doença


multissistêmica de caráter benigno, com evolução lenta, e constitui o
aparecimento de tecido glandular endometrial fora do leito próprio.
Considerando a endometriose, assinale a alternativa que descreve um fator
protetor.

A. Menarca precoce
B. Sedentarismo
C. Hipermenorreia
D. Tabagismo
E. História familiar

subtópico:
Sangramento uterino anormal.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A principal teoria que postula o mecanismo fisiopatológico da endometriose
chama-se “teoria da menstruação retrógrada”, a qual sugere que durante o
período menstrual, além do fluxo descendente que exterioriza pela vagina, há
também um fluxo retrógrado que dá origem aos implantes endometriais
ectópicos. Logo, tudo que aumenta o tempo de exposição à menstruação (ou
exposição estrogênica) é considerado fator de risco para essa patologia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pacientes com menarca precoce estão expostas à
ação estrogênica desde muito cedo, sendo, portanto, considerado um fator de
risco.
Alternativa B: INCORRETA. Não se sabe exatamente qual o mecanismo, mas
sabe-se que a prática de atividade física é um fator protetor para endometriose.
Logo, o sedentarismo é um fator de risco.
Alternativa C: INCORRETA. Seguindo o mesmo raciocínio comentado
anteriormente de que quanto maior a exposição à menstruação, maior o risco de
endometriose, fica fácil entender que hipermenorreia é um fator de risco e não
protetor.
Alternativa D: CORRETA. Por estar associado a maiores índices de anovulação
crônica, o tabagismo é considerado um fator protetor para endometriose. Mas é
claro que não vamos orientar tabagismo para as pacientes!
Alternativa E: INCORRETA. História familiar sugere maior risco e não proteção,
visto que mulheres que têm parente de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com
endometriose têm maior chance de também apresentar a doença.
▶ resposta: D
33 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Paciente chega para iniciar o pré-
natal no ambulatório de obstetrícia. Sem queixas, informa atraso menstrual de
cerca de três meses. G1P0, DUM= 12/10/2018. Considerando a data do dia da
consulta 10/01/2019, qual a idade gestacional na data da consulta (10/01/2019) e
qual a provável data do nascimento?

A. 12s e 6d; 19/07


B. 14s e 6d; 20/08
C. 13s e 5d; 19/06
D. 15s e 2d; 18/08
E. 16s e 5d; 17/07

subtópico:
Assistência pré-natal.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Qual a regra utilizada para cálculo da data provável de parto? Regra de Naegele
(soma-se 7 dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrai-se 3 meses ao
mês em que ocorreu a última menstruação ou soma-se 9 meses se corresponder
aos meses de janeiro a março).

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para cálculo da idade gestacional, somamos a
quantidade de dias entre a DUM e o dia da consulta (19 dias em outubro + 30
dias em novembro + 31 dias em dezembro + 10 dias em janeiro = 90 dias) e
dividimos por 7 (90 : 7 = 12 e “sobra” 6). Isso significa que a idade gestacional é 12
semanas e 6 dias. Já para calcular a DPP, conforme a regra de Naegele, somamos
7 ao dia da última menstruação (12 + 7 = 19) e subtraímos 3 do mês da última
menstruação (10 – 3 = 7). Logo, a DPP será em 19/07.
Alternativa B: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme cálculos apresentados na alternativa A,
estas não são a IG e DPP da paciente.

▶ resposta: A

34 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Gestante no curso de 27


semanas, realizando pré-natal sem intercorrências. Assintomática, vem com toda
propedêutica complementar atualizada e normal. Informa ter feito três doses de
dT há menos de cinco anos. De acordo com esse quadro, qual a melhor
orientação quanto à vacinação?

A. Não realizar complemento nem dose vacinal adicional.


B. Realizar um complemento de dT e uma dose de dTpa.
C. Repetir o esquema com duas doses de dT e uma de dTpa.
D. Não vacinar contra a dT e apenas realizar uma dose de dTpa.
E. Fazer o esquema completo de três doses de dT.

subtópico:
Assistência pré-natal/ Imunizações na gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
São três as vacinas que fazem parte do calendário da gestante: dT/dTpa, hepatite
B e Influenza. É necessário conhecer as suas indicações e periodicidade!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Todas as gestantes devem receber uma dose da
dTpa a partir da 20ª semana, independentemente do status vacinal prévio.
Alternativa B: INCORRETA. Gestantes com a vacinação completa (3 doses) em
menos de 5 anos não necessita do reforço da dT, apenas uma dose da dTpa.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa B, gestantes
com a vacinação completa (3 doses) em menos de 5 anos não necessita de doses
adicionais da dT, apenas uma dose da dTpa.
Alternativa D: CORRETA. Como a paciente já recebeu as três doses da dT há
menos de 5 anos, necessita somente de dose única da dTpa a partir da 20ª
semana.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já mencionado nas alternativas anteriores,
não são necessárias doses adicionais da dT.
▶ resposta: D

35 (IAUPE – Prefeitura de Petrolina/PE – 2019) Parturiente de 20 anos, G2P1,


apresenta, ao exame obstétrico, dilatação e apagamento cervical completo.
Percebe-se, ao toque, a glabela e a sutura metópica. Considerando esse cenário,
qual o tipo de apresentação cefálica?

A. Defletida de primeiro grau


B. Defletida de segundo grau
C. Fletida de primeiro grau
D. Flexão total
E. Extensão total

subtópico:
Estática fetal / O Parto.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os pontos de referência da apresentação fetal cefálica são: lambda, bregma,
glabela e mento.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na deflexão de 1º grau, o ponto de referência ao
toque é o bregma.
Alternativa B: CORRETA. Na deflexão de 2º grau, a referência é mesmo a glabela.
Esse tipo de apresentação não nasce via vaginal!
Alternativa C: INCORRETA. Na apresentação fletida, tocamos a sutura
lambdoide. Não há classificação em primeiro, segundo ou terceiro graus para as
apresentações fletidas.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa C, não existe
classificação para as apresentações fletidas e o seu ponto de referência é o
lambda.
Alternativa E: INCORRETA. O termo “extensão total” não costuma ser utilizado,
mas entendendo seu significado como deflexão de 3º grau, o nosso ponto de
referência ao toque seria o mento.
▶ resposta: B

36 (Avança SP – Prefeitura de Pereiras/SP – 2019) No que se refere ao trabalho


de parto, assinale a alternativa correta:

A. O uso de ocitocina em soro glicosado, desde que em bomba de infusão, se


caracteriza como boa prática em todos os casos de assistência ao parto.
B. Após todos os partos, deverão ser administrados derivados do “ergot”, para
prevenção de hemorragia pós-parto.
C. Pode-se aguardar até 30 minutos para o terceiro período, sendo que, só
após esse tempo, deverá ser feita qualquer intervenção.
D. No acompanhamento do período expulsivo, é aceitável a duração de duas
horas.
E. Na assistência ao período de dilatação, deve-se manter padrão de dinâmica
com 3 ou 4 contrações em dez minutos.

subtópico:
Assistência ao parto.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Você lembra quais são as fases do trabalho de parto? 1ª fase: Dilatação; 2ª fase:
Expulsão; 3ª fase: Dequitação; 4ª fase: Primeira hora pós-parto (alguns autores
não adotam essa última fase).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O uso de ocitócitos não está indicado de rotina na
assistência ao parto, devendo ser resguardado somente para as situações de
indução com colo favorável ou nas distocias funcionais com hipocontratilidade
uterina.
Alternativa B: INCORRETA. A prevenção de hemorragia pós-parto universal é
feita com administração de Ocitocina (10 UI) intramuscular, logo após o
nascimento do RN (a rigor, após o delivramento do ombro anterior). Derivados do
ergot como metilergotamina são a segunda linha no manejo de hemorragia pós-
parto em curso.
Alternativa C: INCORRETA. De fato, temos uma tolerância de 30 minutos para a
dequitação completa da placenta (terceira fase do trabalho de parto), porém
neste período já intervimos através da administração de 10 UI de ocitocina
intramuscular, além da tração controlada do cordão, associado ou não à
massagem uterina para prevenção de HPP (hemorragia pós-parto).
Alternativa D: CORRETA. De um modo geral, toleramos um intervalo de 2 horas
para o período expulsivo, especialmente em multíparas (nulíparas podem
estender essa fase em até 3h).
Alternativa E: INCORRETA. A frequência ideal de contrações durante o período
de dilatação é de 2 a 5 contrações em 10 minutos.
▶ resposta: D

37 (Avança SP – Prefeitura de Pereiras/SP – 2019) No que se refere ao


diagnóstico do climatério, assinale a alternativa correta:

A. Ocorre sempre após os 50 anos de idade.


B. É excluído caso não haja fogachos.
C. Tem que ser feito através de dosagem do FSH.
D. É eminentemente clínico.
E. É feito por ultrassonografia.

subtópico:
Menopausa.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Muito importante diferenciar conceitualmente climatério de menopausa. O
primeiro é o período de transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da
mulher e vai desde os primeiros sinais de falência ovariana (perimenopausa) até
a senilidade (65 anos). Enquanto menopausa é definida como a última
menstruação da vida da mulher, sendo determinada retrospectivamente após um
período de 12 meses de amenorreia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O climatério se inicia com os primeiros sinais de
falência ovariana, os quais devem ocorrer fisiologicamente a partir dos 40 anos.
Quando acontece antes dessa faixa etária, é dito precoce e deve ser investigado.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de os fogachos representarem uma das
queixas mais frequentes das mulheres climatéricas, cada uma passará por essa
fase de uma maneira diferente e algumas poderão ser até mesmo totalmente
assintomáticas.
Alternativa C: INCORRETA. A única indicação de dosagem do FSH para
diagnóstico de climatério é quando se suspeita de menopausa precoce, isto é,
antes dos 40 anos.
Alternativa D: CORRETA. O diagnóstico de climatério é essencialmente clínico
quando ocorre na faixa etária habitual (após os 40 anos) e baseia-se nos
principais sinais e sintomas desse período: irregularidade menstrual, sintomas
vasomotores (fogachos), atrofia urogenital, labilidade emocional, alterações de
sono, distúrbios sexuais, entre outros. Quando associado a esses sintomas há um
período mínimo de 12 meses de amenorreia, fechamos também o diagnóstico de
menopausa.
Alternativa E: INCORRETA. Não há necessidade de nenhum exame
complementar para diagnóstico de climatério, exceto na suspeita de menopausa
precoce, como já comentado.
▶ resposta: D

38 (COSEAC – UFF – 2019) Acerca das infecções vaginais, está correto afirmar
que:

A. O fármaco de escolha no tratamento da vaginose bacteriana é a


clindamicina, 300 miligramas via oral, duas vezes ao dia, por 3 dias.
B. Em geral o pH da vagina em pacientes com candidíase vulvovaginal é maior
que 4,5, e o teste das aminas é negativo.
C. Na vaginose bacteriana foi demonstrada melhora da resposta terapêutica
com o tratamento do parceiro sexual masculino que, portanto, é
recomendável.
D. A vaginite inflamatória descamativa caracteriza-se pela exsudação difusa,
esfoliação de células epiteliais, corrimento aquoso abundante e pH das
secreções vaginais sempre maior que 4,5.
E. Nas pacientes com vaginite por trichomonas com altas concentrações de
organismos pode-se observar eritema vaginal segmentar e colpite macular.

subtópico:
Infecções genitais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O principal diagnóstico diferencial dos corrimentos vaginais de causa não
infecciosa é a vaginite citolítica, também chamada de inflamatória descamativa.
O quadro clínico mimetiza uma candidíase.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A droga de escolha para tratamento da Vaginose
Bacteriana é o Metronidazol via oral, que pode ser administrado 2g em dose
única ou 500 mg, de 12/12h, por 7 dias.
Alternativa B: INCORRETA. Na candidíase vulvovaginal, de fato, o teste das
aminas é negativo, porém, o pH vaginal é ácido (< 4,5).
Alternativa C: INCORRETA. A Gardnerella vaginalis, bactéria implicada na
vaginose bacteriana, faz parte da flora vaginal habitual. Logo, não é considerada
uma DST e não é recomendado tratar o parceiro.
Alternativa D: INCORRETA. Na vaginite inflamatória descamativa, também
chamada vaginite citolítica, a descamação e citólise ocorrem devido ao excesso
de lactobacilos, que tornam o pH vaginal excessivamente ácido (< 4,5).
Alternativa E: CORRETA. Uma das principais características clínicas da
Tricomoníase é o aspecto do colo uterino “em framboesa” ou “tigroide”, a
chamada colpite macular.
▶ resposta: E

39 (SEAC – UFF – 2019) Com base nas diretrizes brasileiras (INCA – Ministério da
Saúde) para o rastreamento do câncer do colo de útero, é correto afirmar que:

A. Os exames periódicos devem seguir até os 59 anos de idade; para


mulheres com mais de 59 anos que nunca se submeteram ao exame
citopatológico devem ser realizados dois exames com intervalo de 1 ano e, se
ambos forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames
adicionais.
B. Mulheres sem história de atividade sexual devem ser submetidas ao
rastreamento a cada três anos.
C. O início da coleta deve ser 21 anos de idade para as mulheres que já
tiveram ou têm atividade sexual; o rastreamento antes dos 21 anos deve ser
evitado.
D. Mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200
células/mm3 devem ter priorizada a correção dos níveis de CD4+ e, enquanto
isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses.
E. Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento
de lesões precursoras, apresentam baixíssimo risco para desenvolvimento de
câncer, ficando dispensadas de rastreamento.

subtópico:
HPV e câncer de colo uterino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Não se esqueça! Principal fator de risco para câncer de colo do útero e lesões pré-
neoplásicas? Infecção pelo HPV.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O rastreamento do câncer de colo do útero (CCU) por
meio da citologia oncótica é recomendado pelo Ministério da Saúde na faixa
etária de 25 aos 65 anos.
Alternativa B: INCORRETA. Mulheres sem atividade sexual não fazem parte do
rastreio, tendo em vista que o principal evento envolvido nesse tipo de neoplasia
é a infecção pelo HPV, contraída quase que exclusivamente pela relação sexual.
Alternativa C: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, o início do
rastreio deve ser aos 25 anos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Alternativa D: CORRETA. Pacientes imunossuprimidas necessitam de rastreio
mais rigoroso, a cada 6 meses.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme já comentado, o rastreio deve se estender
até os 65 anos, em mulheres sem história prévia.
▶ resposta: D
Ginecologia e Obstetrícia

 
Questões Para Residência

01 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 19a, assintomática, procura atendimento


médico para resultado de exame (CMIA positivo), coletado devido a suposto
diagnóstico de sífilis em antigo parceiro. Exame físico: sem alterações. A CONDUTA
É:

A. Solicitar exames treponêmico (TPHA ou FTA-Abs) e não treponêmico (VDRL),


sorologias para hepatite B, C e HIV. Confirmar cobertura vacinal contra
hepatite B. Aconselhar sobre uso de preservativo.
B. Iniciar tratamento com penicilina benzatina 2.400.000U intramuscular por
semana, por 3 semanas seguidas. Solicitar VDRL de controle duas semanas
após fim do esquema terapêutico.
C. Coletar liquor: se normal, tratar com penicilina benzatina 2.400.000U
intramuscular/semana/3 semanas; se alterado, tratar com ceftriaxona 2g
intravenoso/dia/14 dias. Solicitar VDRL duas semanas após fim do tratamento
D. Aconselhamento acerca de uso de preservativo. Como é assintomática e não
há alterações no exame físico, trata-se de resultado falso positivo do teste de
triagem (CMIA).

subtópico: 
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os fluxogramas para diagnóstico de sífilis sempre suscitam um segundo exame
para confirmar o diagnóstico. A única situação em que estamos autorizados a
tratar a paciente com um único teste positivo é na gestação.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O CMIA (ensaio imunológico quimioluminescente
magnético) é um teste treponêmico utilizado para triagem de sífilis por apresentar
sensibilidade acima de 99%. Caso seja positivo, devemos solicitar um teste não
treponêmico (VDRL) aliado a outro treponêmico diferente (FTA-Abs ou TPHA) para
confirmação do diagnóstico. Além disso, nesses casos, sempre lembrar de
oferecer rastreio para outras ISTs e orientações de prevenção primária (uso de
preservativos e vacinação).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o CMIA é
considerado um teste de triagem, logo, considerando que a paciente não é
gestante, não estamos autorizados a tratá-la antes da confirmação com um
segundo teste.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o CMIA é
considerado um teste de triagem, logo, considerando que a paciente não é
gestante, não estamos autorizados a tratá-la antes da confirmação com um
segundo teste. Ademais, em adultos, a coleta do líquor está indicada somente
quando há suspeita clínica de neurossífilis.
Alternativa D: INCORRETA. A infecção pelo Treponema pallidum (bactéria
causadora da sífilis) pode permanecer latente no organismo da pessoa infectada
por muitos anos, período no qual não aparecerão sintomas. No entanto, tal fato
não nos isenta da investigação e tratamento corretos, visto que se não tratada,
essa IST pode ter consequências sérias, e a única maneira de esclarecer se um
teste de triagem é mesmo positivo ou trata-se de um falso positivo é por meio da
confirmação com um segundo exame diferente (já comentado na alternativa A).

▶ resposta: A

02 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 30a, procura Unidade Básica de Saúde


referindo corrimento vaginal amarelo esverdeado em grande quantidade com
odor fétido, dor durante relação sexual e ardor ao urinar há 14 dias. Exame
ginecológico: secreção vaginal em grande quantidade amarelada, pH = 5, teste das
aminas = negativos; paredes vaginais e ectocérvice hiperemiados e o colo uterino:
aspecto de framboesa, teste do iodo: tigroide. O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
SÃO:

A. Candidíase vaginal; fluconazol oral para o casal.


B. Vaginose bacteriana; metronidazol vaginal.
C. Candidíase vaginal; nistatina vaginal.
D. Tricomoníase; metronidazol oral para o casal.

subtópico:
Vulvovaginites.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que dentre os corrimentos vaginais mais comuns (candidíase, vaginose
bacteriana e tricomoníase), o único considerado uma DST é a tricomoníase.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não é sugestivo de candidíase, o qual é caracterizado por corrimento vaginal
branco, grumoso, inodoro e associado principalmente a prurido vulvovaginal,
podendo haver ainda ardência e hiperemia local.
Alternativa B: INCORRETA. Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, com odor
fétido e pH = 5 poderia até nos fazer pensar inicialmente em vaginose bacteriana.
Entretanto, a presença de colpite difusa (colo em framboesa e aspecto tigroide ao
teste do iodo) suscita imediatamente o diagnóstico de tricomoníase.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A e D, o quadro
clínico não é sugestivo de candidíase.
Alternativa D: CORRETA. Questão de diagnóstico diferencial em vulvovaginites
em que paciente apresenta Corrimento AMARELO-ESVERDEADO ABUNDANTE (que
pode ser dito como “bolhoso”) + Odor fétido + Dispareunia + Disúria + pH = 5 +
Colpite (COLO EM FRAMBOESA) + teste do iodo com ASPECTO TIGROIDE. Ora,
diante de tantas características clássicas, não há como ter dúvidas. É um quadro
típicas de TRICOMONÍASE, DST causada pelo Trichomonas vaginalis, PROTOZOÁRIO
anaeróbio oval FLAGELADO MÓVEL. Lembrando que nesses quadros o Whiff-test
(teste das aminas) pode ser positivo, assim como na vaginose bacteriana. Como é
o seu tratamento? Metronidazol, 500 mg, VO, 12/12h, 7 dias ou 2g, dose única.
Lembrando sempre que, por ser uma DST, o parceiro também deve ser convocado
e tratado.

▶ resposta: D

03 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, G0P0, vem referindo dor pélvica cíclica há
5 anos, retorna em consulta ginecológica para resultado de exame. Nunca fez uso
de método contraceptivo. Ecografia transvaginal e abdominal: cisto ovariano de
conteúdo espesso 3 cm e nódulo em região de ureter direito, com hidronefrose
leve à direita. A CONDUTA É:

A. Prescrever contraceptivo oral combinado contínuo por 3 meses e repetir


ecografia.
B. Prescrever acetato de medroxiprogesterona intramuscular e repetir
ecografia em 3 meses.
C. Realizar exérese cirúrgica do cisto e do nódulo.
D. Prescrever progestagênio oral contínuo, repetir ecografia em 6 meses.

subtópico:
Endometriose.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Dor pélvica cíclica em mulheres na menacme sempre deve nos fazer pensar em
Endometriose!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o quadro clínico é
sugestivo de Endometriose. Podemos até prescrever contraceptivo contínuo para
bloquear o ciclo e obter melhora da dor pélvica, entretanto, não é necessário
repetir a ultrassonografia, pois o uso do ACO é apenas sintomático, não vai “tratar”
as imagens vistas no exame de imagem, as quais devem ser abordadas
cirurgicamente.
Alternativa B: INCORRETA. Mesma situação descrita na alternativa A.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com dor pélvica cíclica há 5 anos, o que sugere?
Isso mesmo, ENDOMETRIOSE. Realizada ultrassonografia, é identificado tumor
ovariano de 3 cm, com conteúdo espesso, sugestivo de ENDOMETRIOMA.
Entretanto, também há relato de nódulo em ureter direito que resulta em
hidronefrose. Portanto, precisamos evitar a sobrecarga renal pela obstrução, de
maneira cirúrgica, já que tratamento clínico dificilmente teria sucesso, podendo
essa paciente perder a função renal. Além disso, o endometrioma é de difícil
tratamento clínico, quando há indicação de tratamento, também é cirúrgico, de
modo que pode ser feita exérese (“cistectomia”).
Alternativa D: INCORRETA. Mesma situação descrita na alternativa A.
▶ resposta: C

04 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 55a, branca, comparece ao Ambulatório de


Ginecologia queixando-se de sensação de calor intenso pelo corpo, principalmente
em região de tórax e face, 10 vezes ao dia, durando aproximadamente 10 minutos,
há três anos. Frequentemente acorda à noite devido ao “calorão”. Já tentou usar
roupas mais leves e frequentar ambientes ventilados, porém não notou melhora
dos sintomas. Refere baixa ingesta de cálcio. Antecedente Pessoal: menopausa há
dois anos, nega cirurgia, e comorbidades. Antecedentes familiares: negativo para
neoplasias. Exame ginecológico: normal. Densitometria óssea: T-score de – 2,2 em
coluna lombar total e T – score de – 1,3 em colo femoral. Mamografia: BIRADS 2. A
CONDUTA É PRESCREVER:

A. Cálcio, vitamina D e terapia hormonal com estrógeno e progesterona.


B. Cálcio, vitamina D e atividade física.
C. Alendronato sódico, vitamina D e atividade física.
D. Cálcio, vitamina D e terapia hormonal com estrógeno.

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Principais indicações de terapia hormonal no climatério: sintomas vasomotores,
atrofia urogenital e menopausa precoce. Mas lembre-se sempre de excluir as
contraindicações!

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro típico do Climatério, apresentando
sintomas vasomotores (“fogachos”) intensos, que é a principal indicação da terapia
de reposição hormonal (TRH). Nesse caso, como não há contraindicações ao uso
do hormônio, deve ser prescrita a TRH combinada, pois todas as mulheres que
possuem útero devem usar estrógeno combinado com progesterona para
proteção endometrial. Além disso, por meio da densitometria óssea, notamos a
presença de Osteopenia (T-score entre – 1 e – 2,5 DP) em coluna lombar e fêmur. A
própria TRH já exercerá um papel de manutenção da massa óssea como benefício
secundário, no entanto, essa paciente deverá receber também suplementação de
cálcio e vitamina D para prevenção de fraturas, já que a sua ingesta de cálcio é
baixa.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não contempla a medida mais eficaz
para tratar os sintomas do climatério (especialmente os vasomotores), que é a
TRH.
Alternativa C: INCORRETA. Os bisfofonatos (alendronato de sódio) não são
necessários nesse momento, a menos que já tivesse osteoporose (< – 2,5 DP) ou
uma osteopenia associado a fator de risco para fratura.
Alternativa D: INCORRETA. Como mencionado na alternativa A, todas as
pacientes que possuem útero (não histerectomizadas) precisam associar ao
estrógeno o uso da progesterona para proteção endometrial e prevenção da
hiperplasia e câncer de endométrio.
▶ resposta: A

05 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 32a, G3P3C0, sem parceiro fixo, comparece ao


Pronto-atendimento queixando-se de dor em baixo-ventre há sete dias, com piora
nas últimas horas. Método anticoncepcional: acetato de medroxiprogesterona de
depósito 150 mg intramuscular a cada três meses, há dois anos, última dose há
dois meses e meio. Relata ausência de sangramento menstrual há vários meses.
Exame físico: regular estado geral, corada, FR = 28 irpm, 38,8ª C, FC= 110 bpm,
PA=: 80x50 mmHg. Abdome: plano, doloroso à palpação superficial e
descompressão brusca positiva. Exame ginecológico: colo uterino sem lesões
macroscópicas, presença de secreção endocervical abundante, opalescente e
viscosa exteriorizando-se pelo orifício externo. Toque vaginal: útero de volume
normal, doloroso à mobilização do colo, anexo direito doloroso à mobilização e
aumentado de volume. Ultrassonografia transvaginal: útero de tamanho normal,
sem conteúdo intracavitário, anexo esquerdo normal, tuba direita dilatada com
nodulação de 3,5x3,0 cm de aspecto heterogêneo, moderada quantidade de
líquido espesso em cavidade peritoneal. O DIAGNÓSTICO E CONDUTA SÃO:

A. Doença inflamatória pélvica; tratamento ambulatorial com doxiciclina 100


mg via oral de 12/12 horas associado a metronidazol 500 mg via oral de 12/12
horas por 14 dias e ceftriaxona 500 mg intramuscular dose única e reavaliar
em 3 dias.
B. Doença inflamatória pélvica com abscesso tubo-ovariano roto; laparotomia
exploradora e antibioticoterapia endovenosa.
C. Gestação ectópica rota em anexo direito; laparotomia exploradora e
salpingectomia à direita.
D. Doença inflamatória pélvica associada a hidrossalpinge à direita; internação
para antibioticoterapia endovenosa e reavaliação com ultrassonografia
transvaginal em 2 dias.

subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A classificação de Monif divide os quadros de Doença Inflamatória Pélvica em
quatro grupos: Estágio 1, ausência de peritonite. Estágio 2, presença de peritonite.
Estágio 3, abscesso tubo-ovariano íntegro. Estágio 4, abscesso tubo-ovariano roto.
A conduta a ser adotada depende dessa classificação.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o quadro clínico e
ultrassonográfico sugerem Doença Inflamatória Pélvica complicada com abscesso
tubo-ovariano roto. Nesse caso, de forma alguma, o tratamento pode ser
ambulatorial.
Alternativa B: CORRETA. Temos uma paciente de 32 anos queixando-se de dor
em baixo-ventre há 7 dias. Ao exame físico, apresenta-se febril, hipotensa (80x50
mmHg), com descompressão brusca positiva, secreção endocervical abundante
exteriorizando-se pelo colo. Ao toque vaginal, a paciente apresenta dor à
mobilização do colo e anexo direito doloroso. Ou seja, a paciente apresenta os 3
critérios mínimos para DIP (Dor em hipogástrio + Dor à mobilização do colo + Dor
anexial), além de apresentar 2 critérios menores (Febre e Cervicite). Dessa forma,
sem dúvidas estamos diante de um quadro de DIP. Porém, o mais importante da
questão seria classificar e tratar o quadro. A ultrassonografia transvaginal nos
mostra uma tuba direita dilatada com nodulação de 3,5 x 3,0 cm de aspecto
heterogêneo. Num quadro de DIP, o que é isso? ABSCESSO TUBO-OVARIANO, o
que colocaria essa paciente no mínimo em Estágio 3 da classificação de Monif.
Nessa paciente, apresentando abscesso tubo-ovariano, com relato de
DESCOMPRESSÃO BRUSCA POSITIVA + INSTABILIDADE HEMODINÂMICA +
MODERADA QUANTIDADE DE LÍQUIDO ESPESSO em cavidade peritoneal, estamos
muito provavelmente diante de um quadro de rotura desse abscesso, colocando a
paciente em Estágio IV de Monif, sendo o tratamento CIRÚRGICO, por meio de
laparotomia exploradora, além de, obviamente, associarmos antibiótico
endovenoso, pela gravidade do quadro.
Alternativa C: INCORRETA. A ausência de menstruação há vários meses
provavelmente está ocorrendo pelo próprio uso do contraceptivo (injetável
trimestral), o qual parece ser utilizado corretamente. Ademais, a paciente não
apresenta sangramento vaginal no momento do exame, critério que faz parte da
tríade sugestiva de gravidez ectópica (atraso menstrual + dor pélvica +
sangramento vaginal), enquanto manifesta outros sintomas, como febre e
corrimento vaginal purulento, que não fazem parte do quadro típico dessa
patologia.
Alternativa D: INCORRETA. O quadro clínico e ultrassonográfico sugerem Doença
Inflamatória Pélvica complicada com abscesso tubo-ovariano roto. Nesse caso,
como comentado nas alternativas anteriores, o tratamento é cirúrgico.
▶ resposta: B

06 (UNICAMP – SP – 2018) Primigesta, 27a, comparece ao Pronto-atendimento com


queixa de sangramento via vaginal volumoso e cólicas intensas há dois dias, com
piora nas últimas quatro horas. Idade gestacional de 12 semanas e 4 dias por
ultrassonografia realizada há duas semanas cujo laudo foi normal. Exame físico:
regular estado geral, descorada 3+/4+, FC= 120 bpm, PA= 90x60 mmHg, FR= 26
irpm, afebril. Abdome: plano, flácido, discretamente doloroso à palpação
profunda, descompressão brusca negativa. Exame especular: sangramento ativo
em grande quantidade pelo colo uterino com saída de material compatível com
restos ovulares; toque vaginal: útero aumentado para 10 semanas, com orifício
interno pérvio para uma polpa digital, anexos de volume normal. O DIAGNÓSTICO
E A CONDUTA SÃO:

A. Aborto retido; prescrever misoprostol 100 µg via vaginal de 6/6 horas e após
4 doses proceder com curetagem uterina.
B. Aborto incompleto; internação hospitalar, estabilização hemodinâmica e
curetagem uterina.
C. Aborto incompleto; prescrever misoprostol 100 µg via vaginal de 4/4 horas e
após 3 doses proceder com curetagem uterina.
D. Aborto em curso; internação hospitalar e reavaliação em 6 horas.

subtópico:
Abortamento.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Abortamento por definição é a interrupção da gestação antes de 20 semanas
(alguns autores adotam 22) OU a expulsão de um feto/embrião pesando menos
que 500g.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No aborto retido, a paciente habitualmente não
apresenta sangramento e o colo está fechado.
Alternativa B: CORRETA. Paciente de 27 anos com idade gestacional de 12
semanas e 4 dias por USG realizada há duas semanas, queixa-se de sangramento
vaginal volumoso e cólicas intensas. Estamos diante de uma questão de
diagnóstico diferencial “Sangramentos da 1ª metade”, e como vemos nas
alternativas, mais especificamente, em “Abortamentos”. Ao exame especular e
toque vaginal, temos: SANGRAMENTO COM SAÍDA DE RESTOS OVULARES +
CÓLICAS + ÚTERO MENOR QUE A IG + COLO VAGINAL PÉRVIO. Esse quadro é
compatível com o diagnóstico de ABORTO INCOMPLETO, em que a conduta
consiste na internação hospitalar para esvaziamento uterino. Neste caso, a
paciente ainda apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica (taquicardia,
hipotensão), devendo-se obviamente proceder as medidas de estabilização.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentado na alternativa B, o quadro
clínico realmente é sugestivo de abortamento incompleto, entretanto, o colo já
está pérvio, não sendo necessário preparação cervical com misoprostol.
Alternativa D: INCORRETA. Poderíamos de fato confundir o quadro clínico com o
de “Aborto em curso”, entretanto, este cursa com útero compatível com a IG, além
de ser inadmissível uma conduta expectante nesse caso.
▶ resposta: B

07 (UNICAMP – SP – 2018) Adolescente, 16a, com idade gestacional de 20 semanas


inicia pré-natal. Refere ter perdido a carteira de vacinação e não sabe referir
imunizações prévias. A ORIENTAÇÃO DE VACINAS NA GESTAÇÃO É:

A. Realização de vacina para Influenza e de tríplice bacteriana acelular


independentemente de vacinação prévia para tétano.
B. Pela idade materna não há necessidade de realizar qualquer imunização
além da vacina de Influenza.
C. Nessa idade gestacional não deve ser realizada qualquer imunização pelo
risco de embriopatia.
D. Administração de dupla tetânica e da vacina de hepatite B independente do
status sorológico.

subtópico:
Pré-natal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão fácil sobre pré-natal, envolvendo vacinação. São
duas as vacinas que, independentemente da situação sorológica, devem ser feitas
no pré-natal em todas as gestações: Influenza e dTpa. Além dessas duas vacinas, a
vacina contra Hepatite B é recomendada nas gestantes, entretanto, só é
necessário fazê-la caso a gestante apresente o cartão vacinal incompleto ou
desconhecido (se Anti-Hbs negativo).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, além da vacina
contra Influenza, a dTpa também é obrigatória no pré-natal independentemente
do status vacinal prévio ou idade materna.
Alternativa C: INCORRETA. Pelo contrário, a vacina dTpa deve ser administrada a
partir da 20ª semana (de preferência entre 27 e 36 semanas) visando reduzir a
incidência de Coqueluche neonatal.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a vacina contra
Hepatite B só deve ser administrada se vacinação incompleta ou Anti-Hbs negativo
em casos de status vacinal desconhecido.

▶ resposta: A

08 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 27a, G2 P2 FV2, 70° dia de puerpério,


comparece ao Centro de Saúde para revisão de parto e orientação de
anticoncepção. Aleitamento misto desde o 7° dia de vida do recém-nascido. Nega
sangramento vaginal após loquiação. Início da atividade sexual há 15 dias, sem
método anticoncepcional. Exame ginecológico: normal. EM RELAÇÃO A
ANTICONCEPÇÃO, DEVE-SE:

A. Iniciar anticoncepcional oral combinado imediatamente, pois a paciente está


em aleitamento misto.
B. Orientar aleitamento materno exclusivo e iniciar minipílula, pois esta é eficaz
até o sexto mês de puerpério na presença de aleitamento.
C. Inserir dispositivo intrauterino na consulta e orientar abstinência sexual por
15 dias.
D. Orientar aleitamento materno exclusivo e condom; retorno em 15 dias para
teste de gravidez, com orientação de método se teste for negativo

subtópico:
Anticoncepção.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O método de lactação e amenorreia só é considerado eficaz se respeitado três
critérios: amamentação exclusiva, ausência de menstruação e menos de 6 meses
pós-parto.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como a paciente está em aleitamento misto, devemos
excluir uma possível gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Além disso, anticoncepcionais orais combinados são considerados categoria 3
entre 6 semanas e 6 meses pós-parto em mulheres que amamentam; isso significa
que só devem ser prescritos na impossibilidade de outros métodos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado em outras alternativas, devemos
excluir gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado em outras alternativas, devemos
excluir gestação antes de iniciar qualquer método contraceptivo.
Alternativa D: CORRETA. Paciente em 70º dia pós-parto procura orientações em
relação a contracepção. Apresenta-se em aleitamento materno misto, tendo
reiniciado as atividades sexuais há 15 dias, sem utilizar qualquer método
contraceptivo, logo, antes de prescrever anticoncepção é necessário excluir uma
nova gravidez. Então, primeiramente, orientaremos o uso de preservativo e
aguardamos o teste de gravidez. Caso negativo, podemos orientar um método
como DIU ou progestínico isolado (pílula, injetável trimestral ou implante
subdérmico).
▶ resposta: D

09 (UNICAMP – SP – 2018) Primigesta de 40 semanas de idade gestacional é


admitida em trabalho de parto com toque vaginal de 4cm, 100% esvaecido,
apresentação cefálica em plano – 2 de De Lee. A frequência cardíaca fetal está em
150 bpm, rítmica e a dinâmica uterina se apresenta com 4 contrações fortes de 45
segundos em 10 minutos. Duas horas após evolui para parto vaginal sem
analgesia. AS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS A ESSA EVOLUÇÃO SÃO:

A. Inversão uterina, hipotonia uterina e hemorragia cerebral no recém-


nascido. 
B. Hipotonia/atonia uterina, laceração de trajeto e hemorragia cerebral no
recém-nascido.
C. Acretismo placentário, hemorragia do quarto período, hemorragia retiniana
no recém-nascido
D. Laceração de trajeto, sofrimento fetal agudo e retenção placentária.

subtópico:
Assistência ao Parto.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com inversão
uterina.
Alternativa B: CORRETA A questão nos traz uma paciente em trabalho de parto,
na sua fase ativa, com dilatação de 4cm, colo 100% esvaecido e apresentação
cefálica em plano – 2 de De Lee. A avaliação fetal é normal, mas notamos que em
apenas DUAS HORAS ela evolui para parto vaginal, o que configura um parto
TAQUITÓCITO (< 4 horas), já que o esperado é que o colo dilate em média 1 cm por
hora. A questão nos pede então complicações de uma evolução de parto desse
tipo, em que a alternativa B nos traz algumas clássicas: Atonia uterina, laceração
de trajeto e hemorragia cerebral no recém-nascido. Também pode estar
relacionada a sofrimento fetal.
Alternativa C: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com acretismo
placentário e hemorragia retiniana.
Alternativa D: INCORRETA. Parto taquitócico não guarda relação com retenção
placentária.
▶ resposta: B

10 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 32a, G3P2A0C0, idade gestacional de 23 semanas é


encaminhada para o ambulatório de gravidez de alto risco por ser Rh negativa e
apresentar prova de Coombs indireto positivo com identificação de anticorpo anti-
Lewis A, classe IgM. O pai da criança é Rh positivo, com fenotipagem de
heterozigoto para o sistema Rh. Refere não ter recebido imunoglobulina anti-D
profilática após o último parto. A CONDUTA É:

A. Realizar estudo de dopplerfluxometria de artérias cerebrais fetais e, se


alterado, indicar investigação de anemia fetal.
B. Indicar cordocentese, já que há 50% de chance de o feto atual ser Rh
negativo.
C. Se persistir o mesmo resultado de Coombs indireto, há indicação de
imunoglobulina anti-D no pós parto.
D. Repetir a prova de Coombs indireto e indicar investigação de anemia fetal,
apenas se houver titulação elevada de anticorpos.

subtópico:
Doença Hemolítica Perinatal.
grau de dificuldade:

dica do autor:
Anticorpos do tipo IgM não atravessam a barreira placentária.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, o anti-Lewis IgM não
atravessa a barreira placentária e, portanto, não provoca Doença Hemolítica
Perinatal. Logo, não há necessidade de dopplerfluxometria das artérias cerebrais
fetais e tampouco de investigação para anemia fetal por esse motivo.
Alternativa B: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, o anti-Lewis IgM não
atravessa a barreira placentária e, portanto, não provoca Doença Hemolítica
Perinatal. Logo, não há necessidade de cordocentese (utilizado para investigação
de anemia fetal).
Alternativa C: CORRETA. Questão bem específica e minuciosa! Esse tal anticorpo
anti-Lewis IgM é um anticorpo contra hemácias irregulares, que pode positivar o
Coombs indireto, mas não provoca Doença Hemolítica Perinatal (DHP). Dessa
forma, enquanto não houver positividade do anti-D (grande causador da DHP),
continuaremos acompanhando essa gestante como se ela fosse Coombs Indireto
negativo e após o parto ela deverá receber imunoglobulina anti-D caso seu filho
seja Rh NEGATIVO (nesse caso específico, mesmo com o Coombs indireto positivo).
Alternativa D: INCORRETA. Como explicado na alternativa C, a positividade do
Coombs indireto nesse caso específico não representa risco para DHP, logo, não há
necessidade de investigação para anemia fetal.

▶ resposta: C

11 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, na quarta gestação com antecedente de


três cesáreas, idade gestacional de 38 semanas é admitida com queixa de perda
de líquido por via vaginal. Antecedentes pessoais: infecção urinária com 28
semanas e urocultura de controle, coletada com 30 semanas com resultado
negativo; pesquisa de estreptococo do grupo B positiva com 36 semanas. Exame
obstétrico: altura uterina = 34 cm; batimentos cardíacos fetais = 148 bpm;
dinâmica uterina: ausente; exame especular: grande quantidade de líquido claro
em fundo de saco vaginal e colo aparentemente pérvio para 2cm. A CONDUTA É:

A. Indução de parto com ocitocina, pois é uma amniorrexe prematura de


termo.
B. Expectante por até 24 horas após antibioticoprofilaxia para estreptococo do
grupo B.
C. Realização de cesárea após antibioticoprofilaxia para estreptococo do grupo
B.
D. Cesárea imediata sem necessidade de antibioticoprofilaxia.

subtópico:
Rotura Prematura de Membranas Ovulares.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Após quanto tempo de bolsa rota devemos administrar antibioticoprofilaxia da
GBS? 18h.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Múltiplas cesarianas (maior ou igual a duas)
constituem contraindicação para indução do parto, visto que há risco aumentado
para rotura uterina.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de conduta expectante em roturas
prematuras de membranas ovulares após 34 semanas. Nesses casos, deve-se
proceder a interrupção da gestação, tendo em vista que os riscos relacionados à
prematuridade nessa idade gestacional já são mais baixos e não superam os riscos
infecciosos associados à rotura da bolsa.
Alternativa C: CORRETA. Questão de Amniorrexe prematura. Paciente de 35 anos
com idade gestacional de 38 semanas, evolui com ruptura prematura das
membranas ovulares (RPMO). O detalhe é que a questão nos traz que ela já tem
antecedentes de três cesarianas prévias, o que aumenta o risco de rotura uterina
em um parto vaginal, contraindicando a indução do parto, como comentado na
alternativa A. Além disso, apesar da banca não referir o tempo de bolsa rota, a
paciente tem uma pesquisa de GBS positiva com 36 semanas, o que também
indica a antibioticoprofilaxia intraparto, pois embora seja cesariana, as
membranas ovulares estão rotas, o que aumenta o risco de sepse neonatal por
GBS (somente a “cesariana eletiva” – fora de trabalho de parto e com bolsa íntegra
– dispensaria a profilaxia).
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, um resultado de
cultura (seja swab vaginal/anal ou urocultura) positiva para GBS em qualquer
momento da gestação já é indicação de antibioticoprofilaxia para GBS,
independentemente de outros fatores de risco.
▶ resposta: C

12 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 31a, G3P2, encaminhada ao Pré-Natal de alto


risco com 19 semanas. Antecedente pessoal: 2 partos pré-termo com 24 e 27
semanas de gestação. Ultrassonografia obstétrica: colo uterino de 15mm. O
DIAGNÓSTICO E A CONDUTA SÃO:

A. Insuficiência istmo cervical, cerclagem.


B. Insuficiência istmo cervical, pessário.
C. Trabalho de parto prematuro, cerclagem de urgência.
D. Trabalho de parto prematuro, pessário.

subtópico:
Prematuridade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Qual o nome da principal técnica de realização da cerclagem? Técnica de
McDonald.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A história clássica de insuficiência istmocervical (IIC)
inclui abortamentos tardios e/ou partos prematuros extremos (antes de 34
semanas) que se caracterizam por dilatação progressiva e indolor do colo uterino,
com protusão da bolsa amniótica e eliminação do feto vivo e morfologicamente
normal, que vai a óbito logo em seguida pela prematuridade extrema. Uma única
história clássica já nos permite fazer o diagnóstico clínico de IIC e em uma próxima
gestação, essa mulher deve ser cerclada profilaticamente entre 12 e 16 semanas
após exclusão de malformações fetais pela USG morfológica do 1º trimestre.
Nesse caso, a questão cita apenas dois partos prematuros com 24 e 27 semanas,
mas não os caracteriza. De qualquer forma, toda gestante com passado de
prematuridade extrema deve ser submetida a cervicometria a cada 7 ou 14 dias (a
depender da medida do colo encontrada) a partir de 16 semanas, e ao encontrar
um colo curto (< 25mm), também podemos fechar o diagnóstico de IIC (se
associado com a história de prematuridade extrema prévia). Caso a gestante
esteja com menos de 24 semanas, indica-se então cerclagem do colo uterino. A
paciente em questão tem história positiva, cervicometria de 15mm e estava com
19 semanas, logo estamos diante de uma incompetência istmocervical e a conduta
é cerclagem uterina. Mas atenção: Os critérios descritos acima valem apenas para
gestações únicas. A realização de cerclagem em gestação gemelar é controversa e
não tem sido recomendada, exceto em casos com história prévia muito clássica de
IIC, em que podemos considerá-la.
Alternativa B: INCORRETA. Os dados sobre a eficácia e segurança do pessário na
prevenção da prematuridade em casos de incompetência istmocervical ainda são
escassos. Portanto, apesar de cada vez mais utilizado na prática clínica com esse
fim, não há nenhuma recomendação na literatura ou guideline que respalde o seu
uso.
Alternativa C: INCORRETA. A medida do colo uterino curto não faz diagnóstico de
trabalho de parto. Os dados que nos permitem diagnosticar um trabalho de parto
prematuro (TPP) são a dinâmica uterina (pelo menos 4 contrações em 20 min ou 8
em 60 min) associada com o toque vaginal (no mínimo 2cm de dilatação e 80% de
apagamento do colo). Logo, não temos dados suficientes na questão para fechar
diagnóstico de TPP.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos dados
suficientes para afirmar que ela está em trabalho de parto prematuro.
▶ resposta: A

13 (UNICAMP – SP – 2018) Um médico da saúde da família deverá organizar


grupos de orientação para mulheres da região atendida pela Unidade Básica de
Saúde em que trabalha por ocasião do “Outubro Rosa”. COM RELAÇÃO AOS
FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA, DEVERÁ ORIENTAR QUE:

A. Obesidade não é elencada como fator de risco para o câncer de mama na


pós-menopausa.
B. Tratamento radioterápico por malignidades não sólidas em tórax de
mulheres jovens não é fator de risco estabelecido para o câncer de mama.
C. Tabagismo e uso de pílulas anticoncepcionais orais combinados são fatores
de risco controversos em relação ao desenvolvimento da neoplasia maligna da
mama.
D. Amamentação não é considerado fator protetor para o câncer de mama em
população de risco habitual.

subtópico:
Câncer de mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Obesidade e dieta rica em gordura são
comprovadamente fatores de risco para CA de mama.
Alternativa B: INCORRETA. Tratamento radioterápico para linfomas e neoplasias
não sólidas de tórax aumenta a probabilidade de um CA de mama futuro.
Alternativa C: CORRETA. Guarde este conceito! Embora o tabagismo seja fator de
risco comum para várias malignidades, no CA de mama essa relação ainda não foi
comprovada. Em relação aos anticoncepcionais orais combinados, embora sejam
contraindicados em pacientes com história de CA de mama, ainda não está bem
elucidado qual o verdadeiro papel desse tipo de hormônio nessa neoplasia, sendo
considerado um fator de risco controverso.
Alternativa D: INCORRETA. A amamentação por induzir ciclos anovulatórios,
diminuindo assim a exposição estrogênica, é considerado um fator protetor para o
CA de mama.
▶ resposta: C

14 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 72a, com adenocarcinoma mamário tipo não


especial Ec IIb diagnosticado por mamotomia, é encaminhada a centro oncológico
de serviço universitário para tratamento. Foram solicitados revisão do estudo
anatomopatológico e imuno-histoquímica dos blocos e lâminas da biópsia prévia.
O PRINCIPAL FATOR PROGNÓSTICO INDEPENDENTE NO CÂNCER DE MAMA EM
SUAS FASES INICIAIS É/SÃO:

A. As características dos linfonodos axilares após avaliação cirúrgica por


biópsia de linfonodo sentinela ou por dissecção linfonodal axilar completa.
B. O tamanho tumoral (considerar o maior tamanho observado entre a
mamografia e o estudo anatomopatológico).
C. A determinação do Ki-67 por estudo imuno-histoquímico.
D. A determinação do Her-2 por hibridização in situ por fluorescência (FISH)

subtópico:
Câncer de mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão batida sobre CA de mama. Qual o principal
fator isolado de mau prognóstico no CA de mama? LINFONODOS AXILARES
POSITIVOS, tanto é que esse acometimento serve de guia para a definição da
conduta nesse tipo de câncer.
Alternativa B: INCORRETA. O tamanho tumoral é fator prognóstico, no entanto,
não é o principal.
Alternativa C: INCORRETA. O teste Ki-67 é um marcador de proliferação tumoral,
também considerado fator prognóstico, porém não o principal.
Alternativa D: INCORRETA. O Her-2 é um receptor hormonal, que quando
positivo tem impacto no prognóstico, embora não seja também o principal fator.

▶ resposta: A

15 (UNICAMP – SP – 2018) Um colega neurologista entra em contato telefônico com


você para discutir a manutenção de anticoncepcional oral combinado (ACO) para
paciente de 25 anos que vem apresentando crises convulsivas tipo ausência e
necessita do uso de ácido valproico. O colega reforça que a paciente gostaria de
manter o método anticoncepcional atual. A ORIENTAÇÃO É:

A. Suspender ACO e prescrever injetável combinado mensal.


B. Manter a anticoncepção atual.
C. Suspender ACO e prescrever acetato de medroxiprogesterona de depósito.
D. Suspender ACO e prescrever DIU.

subtópico:
Planejamento Familiar.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
Alternativa B: CORRETA. Os anticonvulsivantes, de modo geral, interagem com os
anticoncepcionais orais reduzindo a sua eficácia, por isso são considerados
categoria 3 (contraindicação relativa) nesses casos. No entanto, o detalhe é que o
ácido valproico NÃO ESTÁ contemplado nessa lista, e, portanto, não há
necessidade de suspender o método.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não é necessário
suspender o método neste caso.
▶ resposta: B

16 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 36a, G2P2, procura Unidade Básica de Saúde


solicitando orientação de anticoncepção por não desejar gravidez no momento,
referindo relação sexual desprotegida há 20 horas. Antecedente pessoal: última
menstruação há sete dias, hipertensão em uso captopril 50 mg/dia, tabagismo 10
maços/ano. A CONDUTA EM RELAÇÃO A ANTICONCEPÇÃO É:

A. Anticoncepcional oral combinado com 30 µg de etinilestradiol e 150 µg de


levonorgestrel.
B. Anticoncepcional hormonal combinado na dosagem 8 comprimidos de 30
µg de etinilestradiol dose única. 
C. Anticoncepção hormonal na dosagem 2 comprimidos de 0,75 mg de
levonorgestrel dose única.
D. Anticoncepção hormonal na dosagem de 1 comprimido de 75 µg de
desogestrel dose única

subtópico:
Planejamento Familiar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Até quando podemos administrar anticoncepção de emergência?
Preferencialmente até 72h pós-coito, mas pode ser feito em até 5 dias.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é uma
alternativa para anticoncepção de emergência.
Alternativa B: INCORRETA. Esta opção, chamada método de Yuzpe, foi
historicamente recomendada como anticoncepção de emergência, no entanto, na
atualidade, o método de levonorgestrel é considerado superior e os ACOs têm
caído em desuso para esse fim. Outro detalhe é que o método de Yuzpe
classicamente é utilizado em duas tomadas (4 comprimidos, 12/12h).
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de uma questão de ANTICONCEPÇÃO DE
EMERGÊNCIA, pois a paciente pretende evitar uma gravidez relativa a uma relação
sexual desprotegida que ocorreu há apenas 20 HORAS. O método de maior
eficácia, devido a ter menos efeitos colaterais e melhor comodidade posológica é o
de LEVONORGESTREL, em duas doses de 0.75 mg, 12/12h, ou 1,5mg, dose única.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é uma
alternativa para anticoncepção de emergência.
▶ resposta: C

17 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 20a, G1P1, procura a Unidade Básica de Saúde


em uso de pílula anticoncepcional e adaptada. Assistiu reportagem na TV sobre
risco de trombose associada a uso de pílula. Antecedente familiar: pai com
trombose em membro inferior. A CONDUTA É:

A. Suspender a medicação e reavaliar após pesquisa de mutação gênica.


B. Substituir por progestágeno, devido ao risco familiar de trombose.
C. Substituir por DIU de cobre ou hormonal, devido ao risco aumentado de
trombose.
D. Manter a medicação em uso e esclarecer as dúvidas.

subtópico:
Planejamento Familiar.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, história familiar de
TVP não é contraindicação ao uso de ACO.
Alternativa D: CORRETA. Questão do dia a dia! A paciente comparece ao
ambulatório preocupada com o risco aumentado de TVP pelo fato de estar
fazendo uso de ACO. Apesar de ser um assunto extremamente divulgado pela
mídia, o aumento do risco é EXTREMAMENTE BAIXO (passa de 4/10.000 na
população feminina geral para 8-12/10.000 nas usuárias de ACO, enquanto que no
ciclo gravídico-puerperal esse risco sobe para 16-20/10.000 gestantes) e por isso
história de TVP em parente de primeiro grau é considerado categoria 2 para uso
dos anticoncepcionais orais combinados, ou seja, o método pode ser mantido,
devendo-se somente esclarecer as dúvidas da paciente.
▶ resposta: D

18 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, retorna para atendimento médico


referindo urgência miccional e aumento da frequência urinária há um ano. Queixa-
se de dor pélvica há mais de seis meses, relacionada ao enchimento vesical. Exame
sumário de urina: bactérias numerosas; urocultura negativa; hemograma e
ultrassonografia transvaginal normais. O DIAGNÓSTICO É:

A. Endometriose.
B. Infecção do Trato Urinário.
C. Síndrome da Bexiga Dolorosa.
D. Incontinência Urinária de Esforço.

subtópico:
Uroginecologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A questão não nos traz outros dados como dor pélvica
cíclica (relacionada com o ciclo menstrual) que nos faça pensar em Endometriose
das vias urinárias.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, urocultura
negativa exclui ITU.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com quadro de urgência miccional e polaciúria,
qual a primeira hipótese que nos vem à cabeça? Certamente ITU! Porém, observe
o tempo: 1 ANO. Além disso, o enunciado nos traz uma DOR PÉLVICA
RELACIONADA AO ENCHIMENTO VESICAL. Apesar do EAS ter demonstrado
numerosas bactérias, a urocultura foi NEGATIVA e a USG TV normal. O que essa
paciente está apresentando é a SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA, ou “Cistite
intersticial”, em que o diagnóstico é de exclusão, documentado por uroculturas
negativas.
Alternativa D: INCORRETA. A paciente não apresenta queixa de perda miccional
aos esforços.

▶ resposta: C

19 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 67a, comparece à Unidade Básica de Saúde


relatando dor intensa às relações sexuais. Os sintomas começaram há
aproximadamente 10 anos. No início a dor era leve, mas nos últimos meses vem
ficando insuportável. Não tem relações sexuais com o marido há três meses.
Antecedentes pessoais: menopausa aos 51 anos e não usa medicações hormonais,
diabete mellitus em uso de hipoglicemiante oral e nega cirurgias. Antecedente
familiares: negativo para neoplasia maligna. Mamografia recente: BIRADS® 2.
Exame ginecológico: introito vaginal estreitado, com mucosa vaginal friável e seca,
conteúdo vaginal esbranquiçado em pequena quantidade sem grumos ou bolhas;
colo uterino sem lesões à inspeção. O DIAGNÓSTICO E CONDUTA SÃO:

A. Atrofia urogenital; prescrever progesterona tópica por via vaginal.


B. Candidíase vaginal; prescrever fluconazol 150 mg por via oral dose única.
C. Atrofia urogenital; prescrever estrogênio tópico por via vaginal.
D. Vaginose citolítica; prescrever ducha vaginal com bicarbonato de sódio.

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o hormônio de
eleição nos casos de atrofia urogenital é o estrogênio tópico.
Alternativa B: INCORRETA. O quadro clínico não sugere candidíase vaginal
(conteúdo vaginal esbranquiçado, porém sem grumos, não há relato de prurido,
ardência ou hiperemia vulvar/vaginal).
Alternativa C: CORRETA. Questão tranquila! Mulher de 67 anos com DISPAREUNIA
(DOR ÀS RELAÇÕES SEXUAIS) há aproximadamente 10 anos, o que nos vem à
cabeça? ATROFIA UROGENITAL relacionada ao climatério. A questão ainda facilita,
falando que a paciente teve a menopausa aos 51 anos e não utiliza medicações
hormonais. No exame ginecológico, constata-se a mucosa vaginal friável e seca, o
que corrobora o diagnóstico. A síndrome urogenital é muito comum nas mulheres
climatéricas devido à privação estrogênica característica dessa fase e constitui,
portanto, uma das principais indicações para terapia de reposição hormonal, que
no caso de sintomas vaginais e/ou urológicos isolados, deve ser administrada
topicamente (via vaginal) e sem a necessidade da contraposição progestínica, ou
seja, apenas o componente estrogênico.
Alternativa D: INCORRETA. O quadro clínico de vaginose citolítica simula uma
candidíase vulvovaginal e como comentado na alternativa B, não é o caso da
paciente em questão. Ademais, em hipótese alguma devemos recomendar o uso
de duchas vaginais (muito menos com bicarbonato de sódio), pois elas retiram a
flora vaginal habitual, modificando o seu pH e predispondo a infecções.

▶ resposta: C
20 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 47a, G3P3C0, retorna a Unidade Básica de
Saúde para checar exame de ultrassonografia pélvica solicitada em consulta de
rotina há dois meses. Nega qualquer sintoma. Apresenta ciclos menstruais
regulares, com volume de sangramento normal. Antecedente pessoal: laqueadura
após o parto do último filho. Exame ginecológico: útero discretamente aumentado
ao toque vaginal, indolor à mobilização. Ultrassonografia pélvica: útero
antevertido com volume de 200 cm³ (normal de 90 – 120 cm³), apresentando dois
nódulos intramurais compatíveis com miomas de 2,0 x 2,0 cm e de 1,8 x 2,3 cm;
ovários visualizados e sem alterações; ausência de ascite. A CONDUTA É:

A. Histerectomia por via laparoscópica.


B. Prescrever acetato de medroxiprogesterona de depósito a cada 3 meses.
C. Expectante.
D. Prescrever pílula anticoncepcional contínua com progestágeno isolado.

subtópico:
Miomatose Uterina.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
Alternativa C: CORRETA. Levem para a vida: Não há necessidade de tratar
miomatose uterina assintomática! As indicações de tratamento para miomas são
sobretudo sangramento uterino anormal, aumento importante do volume uterino
cursando com dor abdominopélvica ou outros sintomas, e quando a paciente
apresenta desejo de gestar (desde que a localização do mioma possa representar
um empecilho para tal – o que nem sempre acontece). Nesses casos, sempre que
possível, deve-se tentar inicialmente o tratamento mais conservador
(farmacológico) e apenas em casos refratários e selecionados partir para uma
cirurgia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não há indicação
terapêutica nesse caso.
▶ resposta: C

21 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, G4P3C0A0 é admitida com queixa de dor


em baixo-ventre e perda de líquido por via vaginal há aproximadamente 5h. A
idade gestacional pela amenorreia e confirmada por exame de ultrassonografia
realizado com 13 semanas é de 33 semanas. Exame obstétrico: altura uterina = 32
cm; batimentos cardíacos fetais = 132 bpm; dinâmica uterina = 4 contrações fortes
de 40 segundos em 10 minutos; exame especular: saída de grande quantidade de
líquido claro pelo colo uterino; toque vaginal: colo pérvio para 5/6cm, totalmente
esvaecido e apresentação pélvica. A CONDUTA É:

A. Hiper-hidratação, tocólise, corticoterapia e seguimento rigoroso.


B. Controle rigoroso de temperatura, repouso e hiper-hidratação oral.
C. Expectante e realização de exames para rastreamento de infecção ovular.
D. Resolução imediata por cesárea.

subtópico:
Rotura Prematura de Membranas Ovulares.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O termo “Rotura Prematura das Membranas Ovulares” (RPMO) não se refere à
bolsa rota que ocorre antes das 37 semanas, mas sim daquela que acontece antes
de se iniciar o trabalho de parto (logo, quando ocorre concomitante ao trabalho de
parto, devemos chamar de amniorrexe). É dita RPMO pré-termo quando ocorre
antes de 37 semanas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É contraindicado realizar tocólise em casos de
amniorrexe e pelo avanço do trabalho de parto, não haverá tempo hábil para a
ação do corticoide.
Alternativa B: INCORRETA. Nesse caso, não se trata de uma rotura prematura de
membranas ovulares, mas sim de trabalho de parto prematuro (presença de 4
contrações uterinas/10min associado a dilatação do colo 5/6cm e esvaecimento
total), bastante avançado por sinal. Logo, não há mais o que se fazer além de
permitir o parto pela melhor via.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o parto vaginal
está contraindicado em apresentações pélvicas com menos de 34 semanas.
Alternativa D: CORRETA. Questão difícil que cobra um conceito específico de que
o parto vaginal pélvico não é recomendado para fetos prematuros extremos, visto
que nesse período a cabeça do feto é maior que o restante do corpo, aumentando
a chance de cabeça derradeira. Portanto, estaria indicada a cesariana para fetos
em apresentação pélvica com IG < 34 semanas. A questão não colocou, mas uma
conduta adicional e também necessária nesse caso é a antibioticoprofilaxia para
GBS, que deve ser prescrita para partos com maior risco infeccioso (prematuridade
é um fator de risco) vaginais ou cirúrgicos com membranas rotas.
▶ resposta: D

22 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 23a, primigesta, chega à unidade de pronto-


atendimento obstétrico com queixa de cefaleia. Idade gestacional de 35 semanas
4 dias por ecografia de 12 semanas. Antecedente pessoal: de pré-eclâmpsia. Em
uso de 1g/dia de alfa metil dopa. Exame físico: PA= 160x110 mmHg; FC= 90 bpm;
exame obstétrico: altura uterina= 33cm, BCF= 144bpm, reflexos normais.
Proteinúria de 24horas= 2g/L. Cardiotocografia basal: normal. Ultrassonografia
obstétrica: feto com biometria de 33 semanas, placenta grau III, Índice de líquido
amniótico de 35mm (normal de 80 a 180mm) e peso fetal estimado de 2200
gramas. A CONDUTA É:

A. Internação para controle da pressão arterial, com inibidores da enzima


conversora de angiotensina, corticoterapia para maturação pulmonar e
avaliação diária da vitalidade fetal.
B. Internação para controle da pressão arterial, vigilância fetal e programação
do parto.
C. Aumento da dose de alfa metil dopa e retorno em 24 horas para realização
dopplerfluxometria.
D. Internação para vigilância da vitalidade fetal com realização de
dopplerfluxometria.

subtópico:
Síndromes hipertensivas na gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Inibidores da enzima conversora de angiotensina
(IECA) são contraindicados na gestação.
Alternativa B: CORRETA. A paciente em questão, já com diagnóstico de pré-
eclâmpsia, apresenta alguns critérios de gravidade: PA > ou = 160x110mmHg,
oligodrâmnia, restrição do crescimento fetal, além de cefaleia, que dentro deste
contexto sugere fortemente um sinal de iminência de eclampsia. A conduta mais
atual na pré-eclâmpsia com critério de gravidade é a interrupção da gestação com
34 semanas ou imediatamente a depender das condições materno-fetais. Esta
paciente já está com 35 semanas e 4 dias de gestação e, portanto, antes disso
devemos estabiliza-la: controlar a pressão arterial, prevenir eclampsia com sulfato
de magnésio (extrapolando a resposta da banca), avaliar a vitalidade fetal e enfim
programar o parto.
Alternativa C: INCORRETA. Pré-eclâmpsia com critério de gravidade (conforme
comentado na alternativa B) de forma alguma pode ser conduzida
ambulatorialmente.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a conduta nesse
caso não pode ser expectante, deve ser ativa com interrupção da gestação.
▶ resposta: B

23 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 25a, G3P2, com 24 semanas de gestação.


Antecedente pessoal: dois filhos anteriores foram a termo com peso ao
nascimento ao redor de 3400g. Exame físico: IMC= 23,2 Kg/m². Teste de tolerância
a glicose com 100 g de dextrosol: Jejum=112mg/dL; 1ª hora = 224mg/dL; 2ª hora
=170mg/dL. O DIAGNÓSTICO E A CONDUTA SÃO:

A. Diabetes tipo 2; iniciar hipoglicemiante oral, orientar dieta e atividade física.


B. Diabetes gestacional; realizar perfil glicêmico, insulinização e orientar dieta.
C. Intolerância à glicose; iniciar hipoglicemiante oral, orientar dieta e atividade
física.
D. Diabetes gestacional; iniciar hipoglicemiante oral e orientar dieta.

subtópico:
Diabetes Mellitus Gestacional.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o TTOG com
100mg de dextrose é pouquíssimo utilizado e não referência de um valor acima do
qual se defina DM 2 (No TTOG com 75g de dextrose, valores em jejum ou após 2h
maiores ou iguais a 126 ou 200 respectivamente determinam DM 2 e não DMG).
Alternativa B: CORRETA. Questão muito minuciosa! Os valores tradicionalmente
utilizados para diagnóstico de diabetes na gestação (Jejum > ou = 92 / Após 1h >
ou = 180 / Após 2h > ou = 153) são baseados no teste de tolerância oral à glicose
(TTOG) com 75g de dextrose. E como se já não bastasse decorarmos esses valores,
a banca cobrou também os valores de referência do TOTG com 100g de dextrose,
pouquíssimo usado na prática. Felizmente, os valores são semelhantes: Jejum > ou
= 95 / Após 1h > ou = 180 / Após 2h > ou = 155 / Após 3h > ou = 140, de modo que
poderíamos acertar a questão de qualquer maneira. A paciente do caso
apresentou então todos os valores do teste alterados, nos permitindo o
diagnóstico de diabetes gestacional (um único valor alterado já fecha diagnóstico),
em que a droga de primeira linha não são os hipoglicemiantes orais e sim a
insulina, que deve ser prescrita após análise do perfil glicêmico (para tatear as
doses) e associado com mudanças dos hábitos alimentares.
Alternativa C: INCORRETA. Não há valores de referência para diagnóstico de
intolerância à glicose na gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a droga de
primeira linha para DMG é a insulina e não os hipoglicemiantes orais (que em bula
são contraindicados na gestação, entretanto, alguns estudos recentes têm
mostrado a segurança e a eficácia da metformina para essas gestantes e muitos
serviços já utilizam essa droga de forma off label).
▶ resposta: B

24 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 30a, com idade gestacional 37 semanas procura o


pronto-atendimento obstétrico com queixa de diminuição de movimentação fetal.
Ecografia com estimulação vibroacústica: visibilização de movimentos da cabeça,
dos braços e extensão das pernas, além de incursões diafragmáticas. Índice de
líquido amniótico: 10mm (normal de 80 a 180mm). Dopplervelocimetria: normal.
Cardiotocografia: frequência cardíaca fetal basal de 140 batimentos por minuto,
com variabilidade de 15 batimentos e presença de 3 acelerações transitórias em
20 minutos de traçado. É CORRETO AFIRMAR QUE:

A. A cardiotocografia é hipoativa, com padrão não tranquilizador. O perfil


biofísico fetal recebe nota 6. Essa gestação deve ser resolvida pelo sofrimento
fetal agudo
B. O perfil biofísico deste feto provavelmente é 8 e a cardiotocografia
apresenta padrão compatível com feto de boa vitalidade. Pode ser considerada
a resolução da gestação pelo oligoâmnio acentuado.
C. O perfil biofísico fetal recebe nota 10 e a cardiotocografia apresenta padrão
compatível com normalidade. Considerar apenas vigilância da vitalidade fetal.
D. A cardiotocografia apresenta-se normal, assim como o perfil biofísico que
recebe nota 6. Deve-se repetir o doppler e o perfil biofísico em 24 horas.

subtópico:
Vitalidade fetal.
grau de dificuldade:

dica do autor:
Quais são os 5 parâmetros avaliados no Perfil Biofísico Fetal? Movimentos
corporais, movimentos respiratórios, tônus, líquido amniótico e cardiotocografia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, a cardiotocografia
é reativa ou tranquilizadora e o PBF recebe nota 8, com único critério alterando a
redução do líquido amniótico, o qual sugere sofrimento fetal crônico e não agudo.
Alternativa B: CORRETA. Primeiramente, vamos descrever o que deve ser
observado numa cardiotocografia (CTG) para considerarmos esse feto reativo ou
com padrão tranquilizador: linha de base entre 110 e 160bpm, variabilidade de 10
a 25bpm, presença de acelerações transitórias e ausência de desacelerações (a
questão não refere isso, logo, entendemos que está ausente). Então, a primeira
coisa que podemos inferir é que de acordo com a CTG, este feto apresenta boa
vitalidade. Passamos agora ao Perfil Biofísico Fetal (PBF) que avalia os 5 critérios
descritos acima dando uma nota 0 ou 2 para cada critério (2 se o parâmetro
observado está presente ou 0 se está ausente ou alterado – não existe nota 1), de
modo que o total do exame pode ser uma nota de 0 a 10. No exame em questão,
foi observado movimentos corporais (2) e respiratórios (2), ao observarmos
extensão dos membros, podemos inferir que o tônus também estava normal (2), e
a cardiotocografia revelou padrão tranquilizador (2), entretanto o líquido está
acentuadamente diminuído (0). Logo, temos um PBF com nota 8 às custas de
oligodrâmnia acentuada (< 3), o que nessa idade gestacional (a partir de 34 a 37
semanas a depender da causa) já indica resolução da gestação.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o PBF recebe nota
8.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o PBF recebe nota
8.
▶ resposta: B

25 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 29a, primigesta, com início tardio de pré-natal. Na


avaliação inicial, às 30 semanas, apresentava altura uterina de 25cm. Hemograma:
Hemácias= 4,2x10? /mm³. Hb= 10,1g/dL, Hct= 30,5%, VCM= 73fl, HCM= 24,4pg,
Leucócitos= 5,80 x10³/mm³, Plaquetas= 220.000/mm³. Eletroforese de
hemoglobina: HbA= 98%; HbF= 0,5%; HbA2= 1,5%. O DIAGNÓSTICO E A CONDUTA
SÃO:

A. Anemia ferropriva, sulfato ferroso terapêutico.


B. Anemia fisiológica da gravidez e traço talassêmico; sulfato ferroso
profilático.
C. Anemia ferropriva e traço falciforme, sulfato ferroso terapêutico.
D. Anemia fisiológica da gravidez, sulfato ferroso profilático.

subtópico:
Pré-natal.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Consideramos como anemia fisiológica da gestação
valores de Hb até 11g/dL, abaixo disso é preciso investigar outras causas de
anemia. Nesse caso, os valores do VCM e HCM estão abaixo dos normais,
sugerindo anemia ferropriva (microcítica e hipocrômica). O tratamento, portanto,
deve ser sulfato ferroso em doses TERAPÊUTICAS.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, anemia fisiológica
da gravidez é considerada com valores até 11g/dL.
Alternativa C: INCORRETA. O padrão revelado na Eletroforese de Hemoglobina é
o AA (esse padrão é formado pelas duas Hb mais prevalentes: A1 – 98% e A2 –
1,5%) – padrão normal, logo, não há traço falciforme.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, anemia fisiológica
da gravidez é considerada com valores até 11g/dL.

▶ resposta: A

26 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 25a, primigesta inicia atendimento pré-natal


com 12 semanas. Antecedente pessoal: traço falciforme, litíase renal e dois
episódios de infecção urinária nos últimos dois meses. A CONDUTA É:

A. Urocultura neste momento e no terceiro trimestre e antibioticoprofilaxia


durante a gravidez.
B. Urocultura neste momento e antibioticoprofilaxia até o fim do período
puerperal.
C. Urocultura neste momento; se negativa, uroculturas periódicas.
D. Uroculturas periódicas e antibioticoprofilaxia até o fim do período puerperal.

subtópico:
Pré-natal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, essa não é a rotina
recomendada para o caso em questão.
Alternativa D: CORRETA. A rotina pré-natal de risco habitual contempla uma
urocultura na primeira consulta e outra no terceiro trimestre. A partir do momento
que essa gestante cursa com um episódio de infecção urinária (seja bacteriúria
assintomática, cistite ou pielonefrite), as uroculturas devem ser repetidas
periodicamente (com qual frequência ainda não é consenso, mas a maioria dos
autores recomendam mensalmente). E caso apresenta 2 episódios de cistite ou 1
de pielonefrite, está indicado antibioticoprofilaxia até o final da gestação (apesar
de também não ser um consenso na literatura, essa é a recomendação da
FEBRASGO e do Ministério da Saúde).

▶ resposta: D

27 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 27a, G3P2(C1)A1, vem à Unidade Básica de


Saúde para resultado de exame de colpocitologia oncológica de rotina. Resultado:
Atipia de células escamosas de significado indeterminado ASC-US. A CONDUTA É:

A. Orientar a necessidade de repetição do exame em um ano.


B. Encaminhar para colposcopia.
C. Manter rastreamento bianual preconizado pelo Ministério da Saúde.
D. Orientar uso de preservativo e retorno para novo exame em seis meses.

subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. ASC-US = Células escamosas atípicas de significado
indeterminado, possivelmente não neoplásicas. Como o próprio nome sugere, são
na maioria das vezes alterações benignas do colo relacionadas, por exemplo, a
uma colpite. Logo, não necessitam de colposcopia e biópsia imediatamente.
Mulheres menores de 30 anos, como a da nossa questão, devem repetir a citologia
em 12 meses. Já aquelas com 30 anos ou mais repete a citologia em 6 meses. É
importante ficar atento a sinais de atrofia ou infecção genital, que se presente,
devem ser tratados antes da nova citologia.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, esta não é a
conduta recomendada para o caso.
▶ resposta: A

28 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 19a, procura o Centro de Saúde para orientação


sobre prevenção de câncer de colo uterino. Refere início da atividade sexual há
sete meses com parceiro único, é nuligesta, data da última menstruação há 10
dias, em uso de anticoncepcional oral (ACO). ALÉM DE MEDIDAS DE SEXO SEGURO,
A CONDUTA É:

A. Manter ACO, orientar a coleta da colpocitologia oncológica a partir dos 25


anos de idade e agendar retorno para seguimento.
B. Programar a coleta da colpocitologia oncológica a partir dos 20 anos de
idade, substituir ACO por preservativo e agendar retorno para seguimento.
C. Coletar colpocitologia oncológica, solicitar ultrassonografia pélvica e
agendar retorno para resultado de exames.
D. Manter ACO, orientar a coleta da colpocitologia oncológica após dois anos
de atividade sexual e agendar retorno para seguimento.

subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Segundo o Ministério da Saúde, o rastreio do câncer de
colo do útero por meio da citopatologia oncótica deve ser iniciada aos 25 anos (se
sexarca) e mantida até 64 anos, com frequência inicial anual e após 2 negativos, a
cada 3 anos. Essa recomendação é válida para todas as mulheres sexualmente
ativas, independentemente da idade da coitarca.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa não é a faixa
etária para rastreio do câncer de colo do útero.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a paciente ainda
não se encontra na faixa etária para rastreio do câncer de colo do útero.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, a coleta da
citopatologia oncótica deve ser iniciada aos 25 anos, independentemente do
tempo da sexarca.
▶ resposta: A

29 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 35a, G4P4, laqueada, retorna com resultado de


biópsia guiada por colposcopia em área suspeita da junção escamocolunar (JEC)
completamente visível, que revelou neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC3). A
CONDUTA É:

A. Cauterização da JEC.
B. Histerectomia total.
C. Nova citologia e colposcopia em 6 meses.
D. Conização do colo uterino.

subtópico:
Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Cauterização em hipótese alguma é uma opção de
tratamento para lesões suspeitas.
Alternativa B: INCORRETA. Não há necessidade de conduta tão invasiva em um
NIC 3.
Alternativa C: INCORRETA. Também não podemos ser tão conservadores, já que
se trata de uma lesão de alto grau, o que representa maior risco de progressão
para carcinoma invasor.
Alternativa D: CORRETA. Questão frequente sobre conduta no CA de colo uterino.
No NIC I (lesão de baixo grau), fazemos o acompanhamento com citologia e
colposcopia semestrais, mas se em 2 anos não regredir, realizaremos a exérese. No
NIC II, III e CA in situ (lesão de alto grau), a conduta é partir logo para a exérese da
lesão, que pode ser por Cirurgia de Alta Frequência (CAF) ou CONIZAÇÃO.
▶ resposta: D

30 (UNICAMP – SP – 2018) Mulher, 58a, G1A1, solicita consulta de urgência em


acolhimento do Posto de Saúde por novo episódio de sangramento genital. Refere
ser o terceiro episódio no ano, e vem aumentando de volume e diminuindo o
intervalo. Antecedente pessoal: última menstruação há 4 anos, hipertensa, obesa
e diabética, com controle dietético. Colpocitologias oncológicas realizadas a cada
dois anos nos últimos seis anos, sempre com resultado “alterações celulares
inflamatórias”. Exame ginecológico: sem alterações, junção escamocolunar visível,
sem lesões suspeitas. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E A CONDUTA SÃO:

A. Hiperplasia endometrial; avaliação histológica.


B. Câncer do colo uterino; conização.
C. Câncer de ovário; ecografia pélvica.
D. Atrofia genital; estrógenos conjugados

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Aproveitando o tema, no climatério, a partir de qual medida consideramos o
endométrio espessado? Não é um consenso na literatura, mas a maioria dos
autores consideram 4mm para aquelas que não utilizam hormônio e 8mm para as
usuárias de TH.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Memorizem: Qualquer sangramento pós-menopausa
deve nos fazer pensar primeiramente em hiperplasia endometrial. Embora não
seja o mais frequente nessa faixa etária (atrofia genital e uso de TH chegam na
frente em números), é o mais grave, então é o que devemos excluir inicialmente.
Essa hipótese se corrobora ainda mais na paciente em questão pelo fato de
possuir inúmeros fatores de risco para essa patologia: obesidade, hipertensão e
diabetes mellitus. O diagnóstico de HIPERPLASIA endometrial é sempre
histopatológico (a ultrassonografia pode até revelar ESPESSAMENTO endometrial,
mas somente a biópsia confirma a hiperplasia).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tão pouco a mais sugestiva de acordo com o caso (JEC
visível, sem lesões suspeitas).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tampouco a mais sugestiva de acordo com o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apesar de ser uma
possível causa de sangramento uterino anormal, não é a primeira que devemos
pensar nessa faixa etária, tampouco a mais sugestiva de acordo com o caso.
▶ resposta: A

31 (UNICAMP – SP – 2018) Adolescente, 14a, procurou a Unidade Básica de Saúde


e relatou que está namorando um rapaz de 17a, com quem iniciou atividade
sexual há cerca de dois meses. Negou o uso de método anticoncepcional e
solicitou a prescrição de contraceptivo; pede que nada seja relatado aos pais.
Exame ginecológico não realizado por estar menstruada. A CONDUTA É:

A. Solicitar sorologias para DST, prescrever o contraceptivo oral, sem contar


para os pais e encaminhá-la para a psicóloga.
B. Não prescrever o contraceptivo oral, orientar uso de preservativo, chamar a
mãe para conversar e encaminhá-la para a psicóloga.
C. Não prescrever o contraceptivo oral no momento; agendar visita domiciliar
com o agente comunitário de saúde e estimulá-la para que fale com os pais.
D. Solicitar sorologias para DST, prescrever o contraceptivo oral, orientar uso
de preservativo, estimulá-la para que fale com os pais.

subtópico:
Atendimento à adolescente.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É papel do médico prestar todas as orientações à
paciente, bem como oferecer apoio e esclarecer as suas dúvidas, não havendo
necessidade de encaminhá-la ao psicólogo.
Alternativa B: INCORRETA. O médico não pode e não deve conversar com a mãe
da paciente sem a sua autorização (exceto em situações que coloquem em risco a
vida da adolescente), o que se configura quebra do sigilo médico.
Alternativa C: INCORRETA. O médico não pode deixar de prescrever o
anticoncepcional nesse contexto, pois estaria sendo omisso ao permitir uma
gestação não planejada com todas as suas consequências biológicas, sociais e
psíquicas na vida dessa paciente.
Alternativa D: CORRETA. Adolescente busca atendimento relatando que iniciou
atividade sexual, solicitando método anticoncepcional e que não contasse sobre
isso aos pais. Você vai contar? Obviamente que NÃO! O sigilo médico é um dos
preceitos do Código de Ética Médica. Você também vai deixar de prescrever o
anticoncepcional? NÃO! (Já comentamos sobre isso na alternativa C). Certamente
devemos solicitar sorologias para DSTs nessa adolescente que está fazendo sexo
desprotegido, além de orientar o uso de preservativo. No máximo, o que
poderíamos fazer era aconselhá-la para que conversasse com seus pais.

▶ resposta: D
32 (UNICAMP – SP – 2018) Homem de 26 anos de idade apresenta há 10 dias lesão
peniana ulcerada indolor de 2 cm de diâmetro com bordas elevadas e infiltradas,
fundo granuloso, sem secreção purulenta. Apresenta linfonodo inguinal à direita,
indolor, fibroelástico de 1,0 cm, sem supuração. Qual é a principal hipótese
diagnóstica?

A. Cancro mole.
B. Herpes simples.
C. Condiloma acuminado.
D. Sífilis primária.

subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O cancro mole, causado pelo Haemophilus ducreyi,
manifesta-se normalmente com lesões múltiplas, dolorosas, com bordas
escavadas e fundo sujo, contendo material purulento de odor fétido.
Alternativa B: INCORRETA. O herpes simples se apresenta como lesões com
múltiplas vesículas, dolorosas e evoluem com formação de crosta.
Alternativa C: INCORRETA. O condiloma acuminado é uma lesão verrucosa
causada pelo vírus HPV.
Alternativa D: CORRETA. Lesão ulcerada, única, indolor, com bordas elevadas e
fundo limpo é sífilis primária até que se prove o contrário, podendo ser
acompanhada de adenopatia regional não supurativa, móvel e indolor.
▶ resposta: D

33 (USP – SP – 2018) Mulher de 40 anos de idade vem para consulta na Unidade


Básica de Saúde por dor na região genital há dois dias. É solteira, não tem parceiro
fixo, mas tem vida sexual ativa. Nega outros antecedentes mórbidos relevantes.
No exame clínico é feito o diagnóstico de primoinfecção herpética. Além do
tratamento medicamentoso para a paciente, qual é a conduta para o caso?

A. Esclarecer as formas de transmissão e orientar a comunicação aos seus


parceiros sexuais para diagnóstico e tratamento.
B. Evitar revelar aos parceiros a transmissão sexual da doença, pela incerteza
do contágio sexual.
C. Evitar revelar aos parceiros a transmissão sexual da doença pelo risco de
violência contra a paciente.
D. Prescrever o mesmo tratamento medicamentoso para o seu parceiro atual.

subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão que aborda uma paciente com herpes genital.
Devemos lembrar que sempre que estivermos diante de uma paciente com DSTs,
nós não devemos revelar aos parceiros o risco de contaminação, mas sim
esclarecer ao próprio paciente os riscos e quais são as abordagens necessárias
para seus parceiros, estimulando o paciente a contar ele mesmo para os parceiros,
sempre prezando por uma boa relação médico-paciente e pelo princípio do sigilo
médico.
Alternativa B: INCORRETA. De forma alguma o médico deve incentivar a paciente
a não contar ao seu parceiro, visto que se trata de uma doença sexualmente
transmissível, a qual ele também está exposto.
Alternativa C: INCORRETA. De forma alguma o médico deve incentivar a paciente
a não contar ao seu parceiro, visto que se trata de uma doença sexualmente
transmissível, a qual ele também está exposto.
Alternativa D: INCORRETA. É vedado ao médico tratar outro paciente sem que ele
esteja presente na consulta e ao menos examiná-lo, até porque não sabemos se
ele realmente contraiu a infecção, se tem sintomas e, portanto, qual seria a melhor
conduta.

▶ resposta: A

34 (USP – SP – 2018) Mulher de 52 anos de idade procura atendimento por


corrimento vaginal há 2 meses. O corrimento é de pequena quantidade, líquido,
amarelado, associado a mau odor e com prurido eventual. É sexualmente ativa e
teve a última menstruação há 1 ano. Não tem antecedentes mórbidos relevantes e
não faz uso de medicamentos. A inspeção genital está mostrada abaixo. A
microscopia de conteúdo vaginal em salina apresenta predominância de células
intermediárias, com numerosos leucócitos, debris celulares e ausência de
lactobacilos. O pH vaginal é 5,5. Qual o tratamento mais adequado, por via vaginal,
para o caso?
A. Metronidazol
B. Corticosteroide
C. Estrogênio
D. Clotrimazol

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Questão que nos leva a pensar inicialmente em uma
vaginose bacteriana, entretanto como o corrimento é em pequena quantidade e
com prurido eventual pensamos em outra hipótese, principalmente por ser uma
mulher que não tem menstruação há 1 ano. O exame físico apresentado mostra
vulva e vagina atróficas e em conjunto com a microscopia descrita confirma nossa
hipótese diagnóstica de vaginite atrófica. O tratamento é realizado por meio do
uso de estrogênio tópico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
tratamento mais apropriado para o caso.
▶ resposta: C

35 (USP – SP – 2018) Mulher de 45 anos de idade será submetida a histerectomia


total abdominal por via laparotômica, em decorrência de leiomiomatose.
Apresenta antecedente de reação alérgica a penicilina, comprovada, por ocasião
de tratamento de amidalite há 1 ano. Não tem outros antecedentes mórbidos
relevantes. Qual a antibioticoprofilaxia indicada para esse procedimento?

A. Clindamicina e gentamicina.
B. Não é necessária.
C. Metronidazol.
D. Amoxicilina com clavulanato.

subtópico:
Cirurgia Ginecológica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. As histerectomias são cirurgias contaminadas, com
indicação de antibioticoprofilaxia segundo a maioria dos autores. A droga de
escolha é a Cefazolina, entretanto, pacientes alérgicos a betalactâmicos devem
utilizar Clindamicina, podendo associar Gentamicina ou Ciprofloxacino quando se
deseja cobrir gram-negativos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, essa alternativa
não se aplica para o caso em questão.

▶ resposta: A
36 (UEPA – PA – 2018) Sífilis é uma infecção epidêmica, no Brasil, e alarmante
devido ao aumento da sífilis congênita. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
correta:

A. Sífilis secundária é o estágio no qual o paciente pode cursar com lesões


cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo surgir décadas
após o início da infecção e até levar à morte.
B. O agente etiológico é o Treponema pallidum e, devido à resistência
bacteriana, a Vancomicina tornou-se o antibiótico de eleição nos pacientes
intolerantes à penicilina.
C. A sífilis é transmitida por meio de relação sexual desprotegida com uma
pessoa infectada ou pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou
parto.
D. O diagnóstico e o tratamento de sífilis e o seguimento das gestantes e dos
parceiros sexuais durante o pré-natal não contribuem para a prevenção da
sífilis congênita.
E. Existem 2 tipos de testes imunológicos para detecção da sífilis: testes não
treponêmicos e testes treponêmicos. Dentre estes, o VDRL é o teste
treponêmico mais usado, reservando-se o FTA-abs para os casos inconclusivos
ou duvidosos em relação ao resultado do VDRL.

subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis - ISTs.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A sífilis secundária se manifesta com lesões
cutaneomucosas não ulceradas, simétricas, difusas ou localizadas, que aparecem
entre 4 a 8 semanas após o desaparecimento do cancro duro. As manifestações
cardiovasculares e neurológicas são características da fase terciária, e essa sim
pode ocorrer décadas após a primoinfecção.
Alternativa B: INCORRETA. A droga de escolha para o tratamento da sífilis é a
Penicilina G Benzatina, e a dose varia de acordo com a forma clínica. Pacientes
alérgicas à Penicilina (e não grávidas) devem ser tratadas com Doxiciclina ou
Ceftriaxona.
Alternativa C: CORRETA. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e
também pode haver sífilis congênita por transmissão vertical, a qual pode ser
evitada com o diagnóstico e tratamento correto das gestantes e parceiros sexuais.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, essas são algumas
das medidas para prevenção da sífilis congênita.
Alternativa E: INCORRETA. O VDRL é um teste não treponêmico, e o FTA-abs é um
teste treponêmico usado para confirmação do contato com o Treponema
pallidum.
▶ resposta: C

37 (USP – SP – 2018) Paciente de 30 anos de idade queixa-se de dismenorreia há 4


meses. É nuligesta e uso de preservativo para contracepção. Exame especular
normal; toque vaginal com útero de volume normal, móvel, indolor, presença de
tumoração anexial direita, consistência cística, dolorosa à mobilização, região
anexial esquerda sem achados significativos. Realizou ultrassonografia
transvaginal, cuja imagem de ovário direito está mostrada a seguir. O ovário
esquerdo é normal e não há outras alterações na ultrassonografia. Qual é o
tratamento mais adequado para o caso?

A. Exérese do ovário que apresenta o cisto


B. Punção esvaziadora por via transvaginal.
C. Exérese do cisto com preservação do ovário
D. Análogo do GnRH e controle ultrassonográfico do cisto.

subtópico:
Massas anexiais.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Essa questão nos traz uma paciente com dismenorreia
há 4 meses e com uma tumoração anexial direita no toque vaginal. O exame de
ultrassonografia demonstra um tumor anexial de 10cm, com aspecto
hipoecogênico, homogêneo e bem delimitado, o que nos leva a pensar em um
ENDOMETRIOMA. A conduta mais adequada consiste na retirada do tumor e de
sua cápsula, com preservação do ovário da paciente, devido ao fato de ser jovem e
nuligesta.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
melhor conduta para o caso.
▶ resposta: C

38 (USP – SP – 2018) Paciente de 35 anos de idade refere aparecimento de nódulo


mamário, doloroso, esquerdo, há 1 mês. Neste período, observou pequeno
crescimento do nódulo e dor, com necessidade do uso eventual de anti-
inflamatório não hormonal. Não tem antecedentes mórbidos, pessoais ou
familiares, relevantes. No exame clínico, o nódulo está localizado no quadrante
superolateral esquerdo, tem 3 cm de diâmetro, é móvel e tem limites regulares. O
ultrassom da lesão está mostrado a seguir. Considerando a principal hipótese para
o quadro clínico e imagem apresentada, qual é a melhor conduta para o caso?

A. Biópsia com agulha grossa.


B. Exérese cirúrgica.
C. Mamotomia por ultrassom.
D. Aspirado com agulha fina.

subtópico:
Patologias da mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
conduta indicada para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Paciente jovem com nódulo mamário doloroso, de
surgimento rápido, limites regulares e móvel ao exame físico, associado a achado
ultrassonográfico de imagem anecoica, bem delimitada. Essas características são
compatíveis com um cisto mamário, e a conduta mais adequada nesse caso é a
punção aspirativa com agulha fina (PAAF), que além de permitir a análise
citológica, permite também o esvaziamento do cisto, com melhora da queixa de
dor da paciente.
▶ resposta: C

39 (USP – SP – 2018) Mulher de 19 anos de idade queixa-se de intensa


irritabilidade, alterações abruptas de humor e fome incontrolável nos 7 dias que
antecedem cada menstruação. Tem ciclos menstruais mensais e regulares. Usa
diafragma para contracepção. Não tem antecedentes mórbidos, pessoais ou
familiares, relevantes. Qual é o tratamento mais adequado para o caso?

A. Inibidor de prostaglandina.
B. Inibidor de recaptação de serotonina.
C. Bromoergocriptina.
D. Filoestrogênios.

subtópico:
Ciclo menstrual.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
Alternativa B: CORRETA. Questão que traz uma paciente com o diagnóstico de
transtorno disfórico pré-menstrual, com sintomas que ocorrem na semana pré-
menstrual e melhoram após a menstruação. Quando há necessidade de
tratamento medicamentoso, a droga de escolha é um inibidor da recaptação de
serotonina.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
melhor opção terapêutica para a paciente em questão.
▶ resposta: B

40 (USP – SP – 2018) Mulher de 20 anos de idade deseja interromper o uso de


contraceptivo hormonal oral combinado por ter lido, em rede social, que há
aumento do risco de trombose com esse tipo de contracepção. Qual das
alternativas abaixo traz informação adequada sobre essa associação, em
indivíduos sem antecedentes mórbidos pessoais relevantes?

A. Está presente a partir dos 35 anos de idade.


B. Ocorre apenas em pacientes com mutação do fator V de Leiden.
C. Existe, mas o risco é inferior ao risco de trombose durante a gravidez.
D. O rastreamento para trombofilia hereditária é indicado previamente ao
início do contraceptivo.

subtópico:
Anticoncepção.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de o risco aumentar após os 35 anos, não está
presente apenas a partir dessa idade.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar do aumento de o risco ser discreto, ele vale
para todas as usuárias e não apenas para as portadoras de trombofilias (apesar de
estas possuírem um risco maior).
Alternativa C: CORRETA. Apesar de ser um assunto extremamente divulgado pela
mídia, o aumento do risco é EXTREMAMENTE BAIXO, passa de 4/10.000 na
população feminina geral para 8-12/10.000 nas usuárias de ACO, enquanto que no
ciclo gravídico-puerperal esse risco sobe para 16-20/10.000 gestantes.
Alternativa D: INCORRETA. O rastreamento apenas é indicado se a paciente
possuir história familiar importante para TVP.
▶ resposta: C

41 (USP – SP – 2018) Mulher de 54 anos de idade apresenta colpocitologia oncótica


compatível com lesão intraepitelial de alto grau associada a infecção por HPV. O
exame colposcópico não visualiza a junção escamocolunar e não há alterações de
exocérvice, paredes vaginais ou vulva. Qual é a conduta mais adequada para o
caso?

A. Conização.
B. Histeroscopia.
C. Genotipagem do HPV.
D. Curetagem de canal cervical.

subtópico:
HPV e Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão que trouxe bastante discussão, em que 2
alternativas podem ser consideradas corretas, mas a banca considerou apenas a
letra A (Conização). Essa questão traz uma paciente com lesão intraepitelial de alto
grau na citologia e colposcopia normal. De acordo com o Ministério da Saúde, a
conduta adequada é avaliar o canal endocervical, e para isso a conização seria
uma opção, entretanto, também poderia ser realizada uma curetagem de canal
cervical (alternativa D).
Alternativa B: INCORRETA. Histeroscopia é exame de escolha para avaliar
endométrio, não canal cervical.
Alternativa C: INCORRETA. Genotipagem do HPV não seria útil nesse caso, pois
não nos ajudaria a encontrar a lesão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, estava opção
também pode ser considerada correta, embora não tenha sido aceita pela banca.
▶ resposta: A

42 (UNIFESP – SP – 2018) Paciente 30 anos, com diagnóstico citológico de lesão de


alto grau, realiza colposcopia, identificando o colo uterino com a JEC
completamente visível, achado anormal com área de epitélio acetobranco denso
margeando a JEC de 12-4hs ectocervical (zona de transformação tipo 1). De acordo
com as diretrizes de rastreamento do câncer de colo uterino (2016), a conduta é:

A. Biópsia da atipia colposcópica.


B. Cauterização da lesão.
C. Excisão da zona de transformação.
D. Curetagem de canal endocervical.
E. Vaginoscopia detalhada.

subtópico:
HPV e Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa C: CORRETA. A conduta recomendada em caso de citologia mostrando
LIE-AG (HSIL), segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do
Colo do Útero de 2016, é a imediata indicação de colposcopia. Em caso de
colposcopia satisfatória (junção escamocolunar identificada) e com achados
compatíveis com o diagnóstico citológico, a conduta deve seguir o “ver e tratar”,
que orienta o tratamento com exérese da zona de transformação no mesmo
momento da colposcopia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
seguimento recomendado.
▶ resposta: C

43 (UNIFESP – SP – 2018) Paciente de 44 anos, eumenorreica, assintomática,


realizou mamografia e ultrassom de mamas que identificaram cistos simples
bilaterais menores que 5 mm e calcificações redondas isoladas bilaterais. Exame
físico normal. Realizou mamoplastia redutora (cirurgia estética), cujo resultado
patológico identificou, em mama direita, neoplasia lobular in situ grau 3, com a
margem cirúrgica lateral coincidente. Dentre as alternativas, abaixo a melhor
conduta é:

A. Quadrantectomia à direita e radioterapia adjuvante.


B. Mastectomia direita com biópsia do linfonodo sentinela.
C. Biópsia do linfonodo sentinela e radioterapia adjuvante.
D. Tamoxifeno 20mg/dia por 5 anos.
E. Controle clínico e ultrassonográfico anual

subtópico:
Lesões da mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
Alternativa D: CORRETA. A neoplasia lobular in situ não deve ser considerada
uma neoplasia maligna verdadeira, mas um fator de risco para o desenvolvimento
subsequente de carcinoma ductal ou lobular infiltrantes da mama, e costuma ser
tratado por biópsia excisional seguida por acompanhamento rigoroso com
exames clínicos da mama e mamografia. Eventualmente, uma paciente pode
solicitar mastectomia profilática bilateral ou tamoxifeno para quimioprofilaxia.
Assim, dentre as alternativas, como foi colocado pelo enunciado, a melhor opção
realmente seria o tamoxifeno.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta opção não se
trata da melhor conduta para o caso em questão.
▶ resposta: D
44 (UNIFESP – SP – 2018) Tercigesta, 2 partos cesáreos prévios, na 30a semana
apresenta sangramento genital. Ao exame: pressão arterial 120 x 80 mmHg, pulso
= 85 bpm, dinâmica uterina ausente, altura uterina = 30 cm, batimento cardíaco
fetal = 140 bpm. A hipótese diagnóstica e conduta são:

A. Placenta prévia, ressonância magnética com gadolínio.


B. Rotura de vasa prévia, ultrassonografia obstétrica com complementação por
via transvaginal.
C. Placenta prévia, ultrassonografia obstétrica com complementação por via
transvaginal.
D. Placenta prévia, ressonância magnética sem contraste.
E. Rotura de vasa prévia, ressonância magnética com gadolínio.

subtópico:
Sangramento da 2ª metade.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o método de
escolha para confirmação diagnóstica de placenta prévia é a ultrassonografia.
Alternativa B: INCORRETA. Na vasa prévia, os vasos sanguíneos fetais estão
presentes nas membranas entre a apresentação fetal e o orifício interno do útero.
Desse modo, ocorre sangramento vaginal após a ruptura da bolsa amniótica,
acompanhado de anormalidades da frequência cardíaca fetal, que não é caso da
paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Uma paciente com 30 semanas de gravidez apresenta
sangramento genital aparentemente indolor, sem sinais de sofrimento fetal e sem
alteração hemodinâmica. A principal hipótese diagnóstica para o caso é de
placenta prévia e a confirmação deverá ser feita por meio da ultrassonografia, que
pode ser abdominal ou preferencialmente via transvaginal, já que esta possui uma
acurácia maior para avaliar a distância da placenta para o orifício interno do colo.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o método de
escolha para confirmação diagnóstica de placenta prévia é a ultrassonografia.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o quadro clínico
em questão não sugere rotura de vasa prévia.
▶ resposta: C

45 (USP – SP – 2018) Mulher de 25 anos de idade primigesta, com idade


gestacional de 40 semanas e 6 dias está em período expulsivo do trabalho de
parto. Neste momento, nota-se distocia de ombro. Qual das manobras está
indicada para a assistência ao caso neste momento?

A. Rebater o feto sobre o ventre materno.


B. Utilizar o vácuo extrator dorsal.
C. Mudar a paciente para decúbito lateral.
D. Pressão suprapúbica e hiperflexão pernas.
subtópico:
Assistência ao trabalho de parto.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O diagnóstico da distocia de ombros se dá quando ocorre o desprendimento
cefálico sem progressão para desprendimento dos ombros após um período de 60
segundos (um minuto) devido à impactação do diâmetro biacromial na pelve
materna.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Manobra utilizada na assistência ao parto pélvico.
Alternativa B: INCORRETA. O vácuo extrator é utilizado para auxiliar a saída do
polo cefálico.
Alternativa C: INCORRETA. A única posição que facilita a liberação das espáduas e
pode ser tentada em caso de distocias de ombro é a posição de quatro apoios, que
amplia o diâmetro anteroposterior da pelve.
Alternativa D: CORRETA. Algumas manobras podem ser realizadas para facilitar a
liberação das espáduas, sendo as duas primeiras: a manobra de McRoberts, que
consiste na abdução e hiperflexão das coxas; e a pressão suprapúbica externa, que
consiste na compressão do ombro anterior fetal, promovendo adução do ombro
sobre o tórax.
▶ resposta: D

46 (SUS – SP – 2018) São métodos contraceptivos denominados LARC que


adolescentes nuligestas podem utilizar, segundo os atuais Critérios de
Elegibilidade da Organização Mundial de Saúde:

A. Sistema intrauterino liberador de hormônio, implante subcutâneo, injetável


mensal.
B. Sistema intrauterino liberador de hormônio, implante subcutâneo,
dispositivo intrauterino de cobre.
C. Injetável mensal, injetável trimestral, implante subcutâneo.
D. Adesivo transdérmico, anel vaginal, injetável mensal.
E. Pílulas combinadas, pílulas com progestagênio isolado, pílulas combinadas
de uso estendido.

subtópico:
Anticoncepção.

grau de dificuldade:

dica do autor:
LARCs = Contraceptivos reversíveis de longa duração (> 01 ano).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Injetável mensal não é método de longa duração.
Alternativa B: CORRETA. São três os tipos de LARCs disponíveis: DIU de cobre,
DIU de Levonorgestrel e o implante subcutâneo, todos esses dispositivos podem
ser utilizados em adolescentes nuligestas.
Alternativa C: INCORRETA. Os injetáveis mensal e trimestral não são métodos de
longa duração.
Alternativa D: INCORRETA. Não são métodos de longa duração.
Alternativa E: INCORRETA Não são métodos de longa duração.
▶ resposta: B

47 (UEPA – PA – 2018) Paciente de 23 anos, grávida de seu terceiro filho (G III P I A


0), comparece à primeira consulta de pré-natal na unidade de saúde de seu bairro.
Apresentava regularidade nos ciclos menstruais. Ela referiu a data da última
menstruação no dia 20/09/2017. A data provável do parto desta paciente é:

A. 13/03/2018
B. 20/05/2018.
C. 20/06/2018.
D. 27/06/2018
E. 27/07/2018

subtópico:
Pré-Natal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
Alternativa D: CORRETA. A Regra de Naegele é uma forma padronizada de
calcular a data provável do parto de uma gestante, subtraindo três meses e
adicionando sete dias à data da última menstruação relatada pela mulher. Se a
DUM ocorreu entre janeiro a março em vez de subtrair, vamos somar 9 meses.
Logo, se a DUM é 20/09/2017, a data provável do parto é (20+7)/(09-3)/2017+1 =
27/06/2018.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a data
provável do parto desta paciente.
▶ resposta: D

48 (UNIFESP – SP – 2018) Qual tratamento NÃO é indicado no prolapso de órgãos


pélvicos?
A. Colpossuspensão retropúbica.
B. Colpocleise.
C. Colpopexia laparoscópica.
D. Colporrafia posterior.
E. Pessário vaginal.

subtópico:
Prolapso Genital.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A colpossuspensão retropúbica, que inclui tanto a
cirurgia de Burch como a de Marshall-Marchetti-Krantz, era utilizada para correção
de incontinência urinária de esforço (IUE) por hipermobilidade do colo vesical,
quando a perda urinária no estudo urodinâmico ocorre acima de 90 cm de H2O.
Portanto, ela não está indicada no tratamento do prolapso dos órgãos pélvicos.
Convém lembrar que atualmente a cirurgia de Sling é a preconizada no manejo
cirúrgico da IUE, seja por hipermobilidade do colo vesical ou por defeito
esfincteriano intrínseco.
Alternativa B: INCORRETA. Trata-se de uma das opções para correção de
prolapso uterino.
Alternativa C: INCORRETA. Técnica empregada para correção de prolapso de
cúpula vaginal.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia realizada para correção de retocele.
Alternativa E: INCORRETA. Medida conservadora que pode ser empregada nos
prolapsos genitais.

▶ resposta: A

49 (UNIFESP – SP – 2018) Paciente com 60 anos de idade, em terapia hormonal


com esquema combinado contínuo oral, apresenta perda sanguínea irregular há 2
semanas. A primeira conduta a ser tomada é:

A. Trocar para esquema combinado cíclico.


B. Prescrever estrogênio isolado transdérmico.
C. Realizar curetagem uterina fracionada.
D. Fazer biópsia endometrial ambulatorial.
E. Suspender a terapia hormonal e observar por 3 meses.

subtópico:
Climatério

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
Alternativa C: INCORRETA. Curetagem uterina seria uma das opções para
avaliação endometrial, porém, não a melhor opção por ser “às cegas”,
aumentando as chances de falsos negativos. Biópsia endometrial guiada por
histeroscopia é considerada o método padrão ouro.
Alternativa D: CORRETA. Sabemos que a terapia hormonal é uma das principais
causas de sangramento uterino pós-menopausa, entretanto, nesta faixa etária
SEMPRE devemos excluir hiperplasia ou câncer de endométrio antes de fechar
qualquer diagnóstico e tomar qualquer conduta. Logo, a biopsia endometrial seria
a primeira medida nesse caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, antes de tomar
qualquer conduta em relação à TH, é necessário investigar o endométrio.
▶ resposta: D

50 (USP – SP – 2018) Mulher de 54 anos de idade procura atendimento pois deseja


terapia de reposição hormonal. Tem dois partos vaginais prévios. Suas
menstruações cessaram há 1 ano e vem apresentando sudorese noturna
progressiva e ressecamento genital há 6 meses. Não tem antecedentes mórbidos
relevantes e não faz uso de medicamentos. Dada a preferência da paciente em não
utilizar medicamentos orais, você prescreve estrogênio natural em formulação
transdérmica. Qual das alternativas abaixo apresenta um benefício da via de
administração transdérmica em comparação à reposição hormonal por via oral?

A. Não haver necessidade de associação com progesterona.


B. Permitir que a primeira passagem hepática reduza efeitos adversos.
C. Promover menor interferência no metabolismo lipídico.
D. Não aumentar o risco de câncer de mama.

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É uma via de administração sistêmica e, portanto,
também necessita da oposição progestínica. Apenas a via vaginal dispensa essa
associação.
Alternativa B: INCORRETA. Os efeitos adversos parecem ser realmente mais
amenos na via transdérmica em comparação com a oral, entretanto, isso se dá
justamente pela ausência (e não presença) da primeira passagem hepática nessa
via.
Alternativa C: CORRETA. De fato, a via oral exerce mais influência sobre o
metabolismo lipídico do que a via transdérmica, porém, esse efeito é de redução
dos níveis de colesterol e não aumento, o que, portanto, é considerado um
benefício da via oral (e não da transdérmica). Entretanto, por eliminação, esta é a
única alternativa CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos afirmar isso! Qualquer via sistêmica
(oral ou transdérmica) e segundo alguns autores, até mesmo a vaginal PODE
aumentar o risco de câncer de mama nas usuárias de TRH.
▶ resposta: C

51 (SUS – SP – 2018) Paciente do sexo feminino, 65 anos, IIG IIPc, encontra-se


assintomática porém desejosa de melhorar sua qualidade de vida. Não possui
comorbidades. Nega outras cirurgias. Além de estimular atividade física e hábitos
de vida saudável, quais são recomendações que seu ginecologista deve fazer?

A. Prescrever antidepressivo e raloxifeno.


B. Prescrever terapia hormonal estrogênica transdérmica.
C. Prescrever terapia hormonal estroprogestativa via oral de baixa dose.
D. Prescrever terapia hormonal vaginal se queixa de secura vaginal.
E. Orientar ingesta diária de soja e evitar exposição solar.

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O climatério é uma fase biológica da vida de toda mulher. Logo, não tratamos o
climatério, mas sim os seus sintomas, quando existirem.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para o uso
de antidepressivos e moduladores seletivos do receptor de estrogênio, como o
raloxifeno (nova modalidade terapêutica para os SINTOMAS climatéricos).
Alternativa B: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para TRH.
Alternativa C: INCORRETA. Paciente assintomática, não há indicação para TRH.
Alternativa D: CORRETA. Se a paciente apresentar sintomas climatéricos, estaria
indicado terapia de reposição hormonal. No caso de sintomas geniturinários
isolados, a via vaginal é a melhor opção.
Alternativa E: INCORRETA. Não temos evidências científicas de que a ingesta de
soja melhore a qualidade de vida nesta faixa etária. Além do que a recomendação
seria de estímulo à exposição solar visando maior síntese de vitamina D, e não
evitar.

▶ resposta: D

52 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Mulher de 29 anos de


idade refere ir ao ginecologista todo ano, com exames citopatológicos
cervicovaginais normais, desde os 25 anos de idade. Na última consulta, recebeu
laudo do exame citopatológico com resultado ASC-US. Segundo as Diretrizes
Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo do Útero (2016), médico deve
orientá-la a:
A. Coletar secreção vaginal para cultura e bacterioscopia.
B. Repetir o exame em 6 meses.
C. Fazer colposcopia com biópsia.
D. Repetir o exame em 12 meses.
E. Coletar material endocervical para pesquisa de gonococo.

subtópico:
Rastreamento de Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
Alternativa D: CORRETA. Questão frequente em provas de residência, seja qual
for o local! São vários os resultados do colpocitológico em que devemos saber a
conduta. Entretanto, são dois os que mais caem em prova: “Lesão intraepitelial de
baixo grau” (LIE-BG) e “Atipia de células escamosas de significado indeterminado”
(ASC-US). No LIE-BG, vamos repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 25 anos) ou 3
anos (se < 25 anos, pois não tinha nem que ter colhido). Se ao repetir, vier
novamente LIE-BG, faz COLPOSCOPIA. Já no ASC-US, que é o da questão, devemos
repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29 anos)
ou em 3 anos (< 25a). Se ao repetir, vier novamente ASC-US, faz COLPOSCOPIA.
Lembrando que paciente HIV basta 1 resultado de LIE-BG ou ASC-US para indicar
colposcopia diretamente.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento recomendado.
▶ resposta: D

53 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Mulher de 72 anos de


idade, 4G 4P, sem comorbidades, refere apresentar pequeno sangramento pela
vagina, há uma semana. Ao exame físico, vagina, colo do útero e corpo uterino
estão normais para a idade. O diagnóstico mais provável é de:

A. Hiperplasia endometrial típica.


B. Atrofia endometrial.
C. Hiperplasia endometrial com atipia.
D. Carcinoma endometrial.
E. Pólipo endometrial.

subtópico:
Climatério.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa B: CORRETA. Mulher com SUA após menopausa: 1º) Atrofia (30%); 2º)
TRH (30%) – não fala no caso; 3º) CA endométrio (15%). A USTV é o exame indicado
para avaliar sangramento PÓS-MENOPAUSA, e, assim, podemos diferenciar um
sangramento devido ATROFIA de um possível CÂNCER DE ENDOMÉTRIO. Quando
ESPESSURA < ou = 4-5mm, muito provavelmente o sangramento se deve à
ATROFIA. Devemos suspeitar de CA de endométrio quando, sem TH, >4-5mm //
com TH, até 8mm. A questão não nos dá dados ultrassonográficos, mas sugere
que a vagina, colo do útero e CORPO UTERINO estão normais para a idade, sendo
a hipótese de atrofia a mais provável.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de sempre termos que excluir hiperplasia ou
câncer de endométrio em casos de sangramento uterino anormal nesta faixa
etária, felizmente, não é o diagnóstico mais frequente e nem mais provável.
Alternativa E: INCORRETA. Não é a hipótese mais provável nesta faixa etária,
predomina em mulheres adultas, durante a idade reprodutiva.
▶ resposta: B

54 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Paciente de 31 anos de idade


apresenta câncer de mama ductal invasivo luminal A, diagnosticado por biópsia
por agulha grossa. O tumor está em quadrante superolateral esquerdo e mede 1,7
cm. A axila é clinicamente livre. Devido à idade da paciente e às características
desse tumor, indica-se:

A. Quadrantectomia com biópsia de linfonodo sentinela. Se negativo, realizar


hormonioterapia com tamoxifeno ou inibidor de aromatase
B. Quadrantectomia com biópsia de linfonodo sentinela. Se positivo, realizar
radioterapia e quimioterapia
C. Adenomastectomia com reconstrução imediata, seguida por quimioterapia e
hormonioterapia com tamoxifeno
D. Mastectomia com esvaziamento axilar, radioterapia, quimioterapia e
tamoxifeno.
E. Quadrantectomia, esvaziamento axilar, radioterapia, hormonioterapia com
inibidor de aromatase.

subtópico:
Câncer de mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso. Não citou a radioterapia obrigatória pós
cirurgia conservadora, além de quimioterapia.
Alternativa B: CORRETA. Questão com resposta INCOMPLETA, mas que
poderíamos fazer por eliminação. Até 3,5cm ou 20% da mama, podemos fazer
cirurgia conservadora, como a QUADRANTECTOMIA. Porém, para optar pela
conservadora, é OBRIGATÓRIA A RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA. Além disso,
Sempre que for TUMOR INFILTRANTE, INDEPENDENTEMENTE DO TAMANHO, caso
a AXILA ESTEJA NEGATIVA, DEVE-SE ABORDAR LINFONODO, por meio da BIÓPSIA
DO LINFONODO SENTINELA. Caso axila positiva clinicamente ou pelo sentinela,
faremos o ESVAZIAMENTO AXILAR COMPLETO. Já a QUIMIOTERAPIA faremos
quando Tumores > 1 cm (toda lesão palpável, já que só se palpa > 1 cm), casos de
axila positiva ou metástase. Pode-se ainda fazer QT neoadjuvante, em lesões > 5
cm. Portanto, apesar da alternativa B não ter citado o esvaziamento axilar em caso
de linfonodo positivo, é a melhor resposta dentre as opções.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
▶ resposta: B

55 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Paciente de 25 anos de idade,


usuária de contraceptivo combinado oral, apresenta quadro de trombose venosa
profunda. Após a resolução do evento, deseja método contraceptivo e que alivie
seus sintomas menstruais intensos. Dentre as opções disponíveis, ela poderá
optar por usar:

A. Implante contendo estradiol e levonorgestrel.


B. Anel vaginal.
C. Adesivo transcutâneo.
D. Pílula contendo estrogênio isolado.
E. DIU hormonal.

subtópico:
Planejamento familiar.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há no mercado implante com essa composição. E
mesmo que existisse, estaria contraindicado nessa paciente pela presença do
estradiol.
Alternativa B: INCORRETA. Método combinado (contém estrogênio), portanto,
contraindicado nessa paciente com história atual de TVP.
Alternativa C: INCORRETA. Método combinado (contém estrogênio), portanto,
contraindicado nessa paciente com história atual de TVP.
Alternativa D: INCORRETA. Não há no mercado pílulas contendo somente
estrogênio. E mesmo que existisse, estaria contraindicado nessa paciente.
Alternativa E: CORRETA. Questão fácil, pois basicamente ela quer que você saiba
qual alternativa não trata de contraceptivos hormonais à base de estrogênio, já
que estes estariam contraindicados nessa paciente com TVP. Portanto, DIU
hormonal, medicado somente com levonorgestrel (progestínico).
▶ resposta: E

56 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Uma mulher de 32 anos


de idade queixa-se de acne e aumento de pelos. A avaliação clínica mostra índice
de Ferriman e Gallwey de 9. A dosagem de sulfato de dehidroepiandrosterona é
elevada, o que sugere que a causa do problema esteja:

A. Na suprarrenal.
B. No ovário.
C. No hipotálamo.
D. Na adenoipófise.
E. Na neuroipófise.

subtópico:
Hiperandrogenismo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Paciente com quadro de ACNE + HIRSUTISMO (Índice de
Ferriman-Gallway > 8) sugerindo HIPERANDROGENISMO. Será que essa paciente
tem SOP? A questão descreve um nível elevado de SDHEA (sulfato de
desidroepiandrosterona) produzido exclusivamente nas ADRENAIS, em que níveis
muito altos, pensaremos em TU adrenal. Deveríamos assim prosseguir
investigação com TC abdominal.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, não se trata da
causa mais provável de hiperandrogenismo nesse caso.
▶ resposta: A

57 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Paciente de 43 anos de


idade apresenta carcinoma espinocelular do colo do útero, estágio FIGO Ib. Foi
realizada cirurgia de Wertheim-Meigs, com preservação dos ovários. O resultado
anatomopatológico da peça mostrou margens vaginais livres, linfonodos
negativos e infiltração dos paramétrios laterais por neoplasia, porém com
margens cirúrgicas livres de neoplasia. A conduta subsequente deve ser:

A. Ooforectomia bilateral.
B. Quimioterapia adjuvante
C. Radioterapia pélvica.
D. Exenteração pélvica anterior.
E. Seguimento clínico mensal com citologia e colposcopia.

subtópico:
Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Paciente de 43 anos com CEC de colo uterino, estádio Ib,
é submetida a cirurgia de Wertheim-Meigs. No anatomopatológico, é
demonstrado INFILTRAÇÃO DOS PARAMÉTRIOS. Porém, a questão foi bastante
polêmica uma vez que não especificou o tamanho da lesão, para sabermos se
tratava-se de um Ib1 ou Ib2, já que as duas apresentam tratamentos distintos.
Considerando a infiltração dos paramétrios, poderíamos considerar como IIb, de
modo que estaria indicado QT + RXT, o que não consta nas alternativas. A
radioterapia adjuvante deve ser indicada em casos de invasão de paramétrios
laterais, o que poderia nos fazer pensar mais na alternativa C, embora não esteja
completa. De qualquer forma, a resposta da banca foi letra C.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não seria o
seguimento mais apropriado para o caso.

▶ resposta: C

58 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Mulher de 32 anos de


idade refere que seu parceiro foi diagnosticado com gonorreia há 1 dia. O exame
ginecológico mostra conteúdo vaginal aumentado, amarelado. Para a pesquisa do
gonococo, deve-se coletar material:

A. Do endocérvice
B. Do fundo de saco vaginal
C. Do introito vaginal
D. Periuretral
E. Perianal

subtópico:
Infecções Sexualmente Transmissíveis - ISTs.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O método ideal para diagnóstico da cervicite por
gonococo é a cultura por meio de AMOSTRAS ENDOCERVICAIS. Lembremos que a
Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis são os principais micro-
organismos responsáveis pelas CERVICITES.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, este não é o local
mais apropriado para coleta da cultura.
▶ resposta: A

59 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Mulher de 25 anos de


idade, assintomática, em consulta ginecológica de rotina, refere ciclos menstruais
normais e é usuária de contraceptivo hormonal combinado. Ao exame, observa-se
a presença de massa fibroelástica, de cerca de 8 cm em região anexial esquerda,
móvel e indolor. A ultrassonografia mostrou formação sólido-cística, medindo
globalmente 7 cm, em topografia de anexo esquerdo, contendo áreas
hiperecogênicas produtoras de sombra acústica (calcificações), áreas hipoecoicas
com debris e algumas septações. Com esse quadro clínico, o diagnóstico
etiológico mais provável é de?

A. Endometrioma.
B. Teratoma cístico benigno.
C. Cistoadenocarcinoma seroso.
D. Cistoadenocarcinoma mucinoso.
E. Cistoadenoma mucinoso.

subtópico:
Massas anexiais.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa B: CORRETA. O mais importante dessa questão seria interpretar os
achados ultrassonográficos do enunciado. Paciente de 25 anos, assintomática,
apresenta-se à USTV com massa em região anexial esquerda, sólido-cística, com
7cm, contendo áreas HIPERECOGÊNICAS PRODUTORAS DE SOMBRA ACÚSTICA
(CALCIFICAÇÕES), ÁREAS HIPOECOICAS COM DEBRIS e ALGUMAS SEPTAÇÕES.
Í
Estamos diante da descrição do TERATOMA CÍSTICO BENIGNO, o tumor benigno
de células germinativas MAIS COMUM, ocorrendo principalmente na MENACME. É
muitas vezes chamado de cisto dermoide. Esses tumores ou cistos podem conter
diferentes tipos de tecidos benignos, incluindo osso, cabelo e dentes. As pacientes
são curadas com a retirada cirúrgica do cisto.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, as características
clínicas e ultrassonográficas do caso não sugerem este diagnóstico.
▶ resposta: B

60 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Gestante de 40 semanas, 37 anos


de idade, submeteu-se a cesárea iterativa eletiva. O pré-natal transcorreu sem
intercorrências e a paciente não apresentava comorbidades. Após a dequitação,
iniciou quadro de cianose, seguido de dispneia, hipóxia, hipotensão e parada
cardiorrespiratória. A hipótese diagnóstica é de que tenha ocorrido:

A. Sangramento intracraniano.
B. Infarto agudo do miocárdio
C. Atonia uterina aguda
D. Embolia amniocaseosa
E. Eclâmpsia pós-parto

subtópico:
Puerpério patológico.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
Alternativa D: CORRETA. Lembremos de um quadro nem sempre cobrado em
provas, que é caracterizado por aparecimento SÚBITO de hipotensão, hipóxia e
CIVD em gestantes nas fases finais do trabalho de parto, a EMBOLIA AMNIÓTICA.
Pode ser bastante similar a TEP, no entanto, ocorre no MOMENTO DA
DEQUITAÇÃO.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro clínico
não sugere esta hipótese diagnóstica.
▶ resposta: D
61 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Primigesta de 36
semanas refere sangramento vaginal em moderada quantidade, com alguns
coágulos, associado à dor em cólica contínua e sudorese, há 30 minutos. Ao
exame físico, a pressão arterial é de 130 × 80 mmHg, pulso de 110 bpm, altura
uterina de 30 cm, útero hipertônico, BCF = 120 bpm. Ao toque, o colo é pérvio para
2 cm e observa-se sangue escuro com coágulos na vagina. Está indicado:

A. Inibição do parto e administração de corticoide.


B. Amniotomia e indução do parto.
C. Monitorar a evolução do parto.
D. Realizar cesárea.
E. Profilaxia de sepse neonatal, ocitocina e monitorar evolução do parto.

subtópico:
Sangramento da 2ª metade da gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida e nunca
conduta conservadora.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
Alternativa D: CORRETA. Gestante de 36 semanas com SANGRAMENTO VAGINAL
+ CÓLICA CONTÍNUA + ÚTERO HIPERTÔNICO. Qual a possível causa?
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA. Qual a conduta? Primeiramente,
apesar de a alternativa não ter colocado, faremos AMNIOTOMIA em todas,
diminuindo a pressão intrauterina nos casos de sangramento oculto, diminuindo a
velocidade do descolamento, poupando feto e diminuindo risco de CIVD. Se o feto
estiver vivo, optaremos pela via de parto MAIS RÁPIDA POSSÍVEL, e como nossa
paciente encontra-se com apenas 2 cm de dilatação, não podemos aguardar o
trabalho de parto.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, em casos de DPP
com feto vivo a conduta é interrupção da gestação pela via mais rápida, que neste
caso não será a via vaginal.
▶ resposta: D

62 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Gestante de 11 semanas,


tem resultado de sorologia para toxoplasmose mostrando IgM positiva, IgG
positiva com baixa avidez. Indica-se:

A. Sulfadiazina + azitromicina.
B. Sulfadiazina + pirimetamina
C. Espiramicina.
D. Repetir a sorologia em 2 semanas.
E. Seguimento pré-natal (infecção antiga)

subtópico:
Toxoplasmose na gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa C: CORRETA. Questão típica sobre sorologia de Toxoplasmose, em que
na maioria das vezes será cobrada apresentando uma paciente com IgM + e IgG +.
Infecção aguda ou crônica? Pediremos a AVIDEZ IgG. Se a avidez for ALTA (>60%),
mostra que se trata de uma infecção ANTIGA. Se BAIXA (<30%) avidez, trata-se de
uma infecção recente, com menos de 4 meses, devendo-se tratar. Como tratar
infecção aguda? Tratamos a mãe com ESPIRAMICINA, 1g, 8/8h, com o objetivo de
reduzir a transmissão vertical. Além disso, é OBRIGATÓRIO programar (16
semanas) a INVESTIGAÇÃO FETAL com AMNIOCENTESE ou Cordocentese, fazendo
um PCR-DNA. Se na investigação fetal confirmar infecção, tratamos o feto com
SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLÍNICO.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso.
▶ resposta: C

63 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) Faz-se diagnóstico de


neoplasia trofoblástica gestacional quando, após esvaziamento uterino por mola
hidatiforme, ocorre:

A. Elevação aguda do bhCG no 10º mês, após estar negativo desde o 6º mês.
B. bhCG detectável após 3 meses (dois valores).
C. Elevação aguda do bhCG no primeiro mês.
D. bhCG em títulos maiores que 1.000 mUI/mL na primeira semana.
E. Manutenção de bhCG por três semanas consecutivas (quatro valores).

subtópico:
Doença Trofoblástica Gestacional.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Qual o local mais comum de metástase na Neoplasia Trofoblástica Gestacional?
PULMÃO!
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, não faz parte dos
critérios diagnósticos.
Alternativa E: CORRETA. Questão sobre SEGUIMENTO PÓS-MOLAR. Após
esvaziamento uterino, fazemos o Beta-HCG SEMANAL até zerar e dar 3 negativas
(inferior a 5 mUI/mL). Depois disso, passa a ser MENSAL por até 6 meses. Quando
pensaremos em malignização? Se 3 valores mostrando aumento ou 4 valores
estáveis ou Beta-hCG ainda detectável após 6 meses ou em caso de metástases.
▶ resposta: E

64 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Apresentação pélvica agripina corresponde à(ao):

A. Completa.
B. Pélvico-Podálica.
C. Modo de pés.
D. Modo de joelhos.
E. Modo de nádega.

subtópico:
Mecanismo de Parto.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembrem-se: Apresentação pélvica completa é aquela em que a apresentação
ocupa a pelve completamente, ou seja, o feto está “sentado” com as pernas e as
coxas fletidas (também chamada pelvipodálica). E apresentação pélvica incompleta
é aquela que a apresentação não ocupa toda a pelve materna, estando os
membros inferiores estendidos para cima (modo de nádegas) ou para baixo (modo
de pés ou de joelhos).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa E, este termo não
corresponde à apresentação pélvica “agripina”.
Alternativa E: CORRETA. Questão conceitual. A apresentação pélvica do tipo
“agripina” é o mesmo que apresentação pélvica incompleta “de nádegas”, ou seja,
todo o membro inferior se encontra rebatido sobre a face ventral do feto e não em
flexão. Lembremos que esse tipo de apresentação possui pior prognóstico em
relação à apresentação pélvica completa.
▶ resposta: E

65 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Qual é o micronutriente que reduz o risco de anencefalia?

A. Ácido fólico
B. Vitamina E
C. Vitamina A
D. Zinco
E. Cálcio

subtópico:
Pré-Natal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão tranquila! Durante o pré-natal, fazemos a
suplementação com o ÁCIDO FÓLICO, visando principalmente evitar problemas no
fechamento do tubo neural.
Alternativa B: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa C: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa D: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.
Alternativa E: INCORRETA. Não tem relação com o fechamento do tubo neural.

▶ resposta: A

66 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Qual é o principal fator predisponente do descolamento prematuro da placenta?

A. Idade materna avançada


B. Hipertensão arterial
C. Deficiência de vitamina C
D. Multiparidade
E. Tabagismo

subtópico:
Sangramento da 2ª metade da gravidez.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.
Alternativa B: CORRETA. Clássica! Qual o principal fator de risco envolvido no
Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)? HIPERTENSÃO ARTERIAL.
Alternativa C: INCORRETA. Até o momento, não existem dados científicos que
comprovem esta relação causal.
Alternativa D: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.
Alternativa E: INCORRETA. É considerado fator de risco, porém não o principal.

▶ resposta: B

67 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Qual é a


alteração uterina, quando presente, mais associada a abortamento habitual
precoce?

A. Útero septado
B. Útero bicorno
C. Útero didelfo
D. Mioma uterino
E. Incompetência istmocervical

subtópico:
Abortamento de repetição.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa C: CORRETA. Apesar de haver divergências, alguns autores defendem
que as malformações uterinas prejudicam a gestação, especialmente o útero
didelfo, sendo causa de abortamentos precoces de repetição.
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de também ser uma possível causa de
abortamento precoce, não é a que predomina em relação às demais alternativas.
Alternativa E: INCORRETA. A incompetência istmo-cervical é causa de
ABORTAMENTO TARDIO.
▶ resposta: C

68 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Qual dos sinais abaixo, é, com certeza, de gravidez por se tratar do rechaço fetal
intrauterino?

A. Piskacek
B. Nobile Budin
C. Puzos
D. Hegar
E. Osiander

subtópico:
Alterações fisiológicas da gravidez.

grau de dificuldade:

dica do autor:
São três os sinais de certeza de gravidez: batimentos cardíacos fetais audíveis,
movimentação fetal percebida pelo médico e o sinal do rechaço fetal.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
na assimetria uterina observada no início da gestação devido ao abaulamento da
região onde houve implantação ovular.
Alternativa B: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
no abaulamento do útero gravídico ao toque do fundo de saco.
Alternativa C: CORRETA. O sinal do rechaço fetal é chamado sinal de Puzos e é
percebido ao toque vaginal quando se impulsiona o fundo de saco anterior com o
dedo, podendo perceber o retorno da apresentação fetal (rechaço fetal).
Alternativa D: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste
na consistência mais amolecida do útero gravídico.
Alternativa E: INCORRETA. Um sinal de probabilidade de gravidez que consiste na
percepção da pulsação arterial no fundo de saco vaginal.
▶ resposta: C

69 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Assinale a alternativa que NÃO é parâmetro do índice de Bishop:

A. Dilatação
B. Tampão mucoso
C. Apagamento
D. Consistência
E. Posição

subtópico:
Indução do Parto.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa B: CORRETA. O “ÍNDICE DE BISHOP” consiste em cinco características
(4 do colo + altura da apresentação), cada uma pontuando de 0 a 3, dando
pontuação máxima de 15. São eles: Dilatação do colo, Apagamento do colo,
Consistência do colo e Posição do colo. Ou seja, tampão mucoso não faz parte dos
critérios de Bishop.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este critério faz
parte do índice de Bishop.

▶ resposta: B

70 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Paciente de


45 anos de idade, G4P4 chega ao ambulatório da unidade básica de saúde com
queixa de frouxidão vaginal durante o ato sexual. Revela ainda que, por vezes, tem
a sensação de eliminar flatos pela vagina. No momento do exame, percebe-se
rotura perineal por afastamento do elevador do ânus. Assinale a alternativa que
corresponde ao grupo muscular no caso exposto.

A. Puborretal, coccígeo e isquicavernoso


B. Pubococígio, ileococígeo e puborretal
C. Coccígeo, bulbocavernoso e isquirretal
D. Puborretal, coccídeo e esfíncter anal
E. Esfíncter anal, coccígeo e bulbocavernoso.

subtópico:
Anatomia pélvica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa B: CORRETA. Basicamente a questão quer saber quais músculos
compõem o Músculo Elevador do Ânus. Ele é formado pelo “ileococcígeo”,
“pubococcígeo” e “puborretal”. Junto com o músculo isquiococcígeo ele forma o
DIAFRAGMA PÉLVICO.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, esta opção não
contempla os três músculos que formam o elevador do ânus.

▶ resposta: B
71 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Paciente
com 35 anos de idade, gestante no curso de 28 semanas procura o serviço de
emergência de uma maternidade com dor progressiva e localizada que não cessa
com analgésicos habituais, há três dias, Nega febre ou perdas genitais, informa
boa movimentação fetal. Ao exame, percebe-se grande massa adjacente ao útero
gravídico, amolecida, no entanto a dinâmica uterina e o sinal de Blumberg estão
ausentes. No hospital, não respondeu aos analgésicos mais potentes. Realizou
USG que revelou nódulo miometrial/subseroso ecoico de 400cm³, heterogêneo,
com áreas císticas. Distancia-se da cavidade uterina por 5 mm. Considerando esse
cenário, assinale a alternativa que reúne o provável diagnóstico e a conduta mais
adequada.

A. Mioma torcido/morfina
B. Cisto hemorrágico/codeína
C. Degeneração hialina/expectante
D. Degeneração carnosa/miomectomia
E. Cisto torcido/laparoscopia

subtópico:
Miomatose Uterina.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Qual a degeneração miomatosa mais comum durante a
gestação? É a DEGENERAÇÃO RUBRA ou CARNOSA. A paciente do enunciado
possui um quadro sugestivo de mioma, com dor progressiva que não responde a
analgésico venoso. Dessa forma, a conduta é a miomectomia já que os sintomas
são refratários ao tratamento medicamentoso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, esta não é a
principal suspeita diagnóstica nem conduta para o caso.
▶ resposta: D

72 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Paciente de 35 anos de idade procura o ambulatório da atenção básica à saúde
para avaliação de exame citológico do colo uterino. Há seis meses, realizou exame
de Papanicolau que demonstrou células escamosas atípicas de significado
indeterminado, possivelmente não neoplásico (ASC-US). Foi orientada pelo
ginecologista para repetir o exame, e o resultado dessa nova avaliação também foi
de ASC-US. O próximo passo consiste em realizar:

A. Biópsia do canal endocervical


B. Traquelectomia parcial
C. Nova avaliação semestral
D. Colposcopia
E. Nova avaliação anual

subtópico:
Rastreamento do câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
Alternativa D: CORRETA. Qual a conduta diante de uma colpocitologia com ASC-
US? Repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29
anos) ou em 3 anos (< 25a). Se ao repetir, vier novamente ASC-US, faz
COLPOSCOPIA. Portanto, nossa paciente já tem indicação de colposcopia.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, este não é o
seguimento correto para o caso.
▶ resposta: D

73 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Paciente de 25 anos de idade apresenta secreção genital com odor desagradável
há dois meses e procura ambulatório de ginecologia. Durante o exame, foi
verificada lesão cervical ulcerada, ao colo uterino de três centímetros no seu maior
diâmetro. A biópsia do colo realizada anteriormente revelou carcinoma
epidermoide. De acordo com o descrito acima, qual o provável estadiamento
clínico?

A. Estádio Ia
B. Estádio Ib
C. Estádio IIa
D. Estádio III
E. Estádio IVa

subtópico:
Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Carcinoma epidermoide, também chamado escamoso ou espinocelular, é o tipo
histológico mais comum de câncer do colo do útero.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa B: CORRETA. Temos uma paciente com um Carcinoma Epidermoide
limitado ao colo uterino com três centímetros no seu maior diâmetro e percebido
durante exame clínico. Portanto, estamos diante de um “Estádio I” (limitado ao
colo). Temos que: Ia corresponde à lesão identificada apenas microscopicamente,
enquanto Ib se aplica àquelas já reconhecidas clinicamente, como no caso da
paciente em questão. Se quiséssemos ir além, poderíamos classificar ainda Ib1
(tumor menor que 4cm).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
estadiamento correto para o caso em questão.

▶ resposta: B

74 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Paciente


procura consultório ginecológico com queixa de “bola” na vagina há seis meses.
Durante o exame, foi realizado o POP-Q que demonstrou o seguinte cenário: De
acordo com o POP-Q, qual o estadiamento dessa paciente?

A. Prolapso anterior (E I)
B. Prolapso posterior (E II)
C. Prolapso anterior (E II)
D. Prolapso posterior (E IV)
E. Prolapso apical (E 0)

subtópico:
Prolapso genital.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Questão sobre Prolapsos genitais. Vemos que a paciente
apresenta um Aa de 0 e um Ba de +2, configurando um prolapso genital de
PAREDE ANTERIOR, ESTÁGIO II. A dificuldade da questão foi porque a banca não
colocou a legenda do POP-Q. Vamos revisar: Primeiro Grau: o órgão prolapsado
não alcança o introito, atingindo < – 1. Segundo Grau: o órgão prolapsado atinge o
introito ou ultrapassa PARCIALMENTE (entre – 1 e +1). Terceiro grau: o órgão
prolapsado se exterioriza acima de +1, mas não total (CVT). Quarto grau: total.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, este não é o
estadiamento correto da paciente em questão.
▶ resposta: C

75 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Mulher com 60 anos de idade procura o médico, por apresentar, há algumas
semanas, prurido papilar que evoluiu para uma pequena lesão ulcerada. Assinale
a alternativa que indica a conduta mais adequada, baseando-se nesse quadro
descrito.

A. Solicitar mamografia
B. Realizar biópsia da lesão
C. Solicitar mamografia e citopunção
D. Indicar corticoide local e posterior biópsia
E. Prescrever corticoide local e sistêmico

subtópico:
Patologias da Mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa B: CORRETA. A “Doença de Paget” é um tipo de tumor que acomete a
aréola e/ou mamilo, representando 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma
mamário. A paciente apresenta geralmente descamação, prurido e hiperemia local
unilateral, com evolução para destruição/deformação da papila mamária (principal
característica dessa doença em prova). A paciente em questão apresenta um
quadro semelhante e diante da suspeita, deve-se sempre solicitar biópsia da lesão.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, não corresponde à
conduta mais apropriada para o caso.

▶ resposta: B

76 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) Mulher


chega à emergência do serviço de saúde, com dores em região do hipogástrio
associadas à febre de 39°C, por uma semana, com piora há dois dias. Durante o
exame ginecológico, apresentou dor à palpação abdominal baixa na mobilização
do colo uterino e na palpação da região anexial. No entanto, o sinal de Blumberg
foi negativo. Acompanham consigo exames: discreta leucocitose, sumário de urina
normal e ß-HCG negativo. O exame ecográfico revelou sinais sugestivos de
abscesso em região anexial esquerda e discreta quantidade de líquido em fundo
do saco. Considerando o provável diagnóstico do quadro acima, qual a
classificação de acordo com MONIF?

A. I
B. II
C. III
D. IV
E. V

subtópico:
Doença Inflamatória Pélvica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Vamos lembrar a conduta adota na DIP de acordo com a classificação de Monif:
Apenas o estágio 1 permite tratamento ambulatorial, estágios 2 e 3 exigem
internamento para antibioticoterapia venosa, e o estágio 4 é cirúrgico.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa C: CORRETA. Vamos relembrar a classificação de Monif na DIP?
Estágio 1: SEM peritonite; Estágio 2: COM peritonite; Estágio 3: Oclusão de trompa
ou Abscesso tubo-ovariano íntegro; Estágio 4: Abscesso > 10 cm ou Roto. Nesse
caso, uma discreta quantidade de líquido em fundo de saco pode ser uma
alteração normal, não significando que o abscesso está roto. O fato da paciente
não estar com estado geral comprometido corrobora com essa hipótese
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não corresponde à
classificação da paciente em questão.

▶ resposta: C

77 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018)


Adolescente foi levado ao médico por seus pais, pelo fato de apresentar
características sexuais secundárias femininas. Esse fato causou confusão em seus
genitores que o criaram como menino desde criança. Durante o exame, foi
observada uma genitália com ambiguidade. Exames laboratoriais revelaram
aumento de enzima 17 – hidroxiprogesterona e androstenediona. O cariótipo foi
46XX, e o exame ecográfico revelou genitália interna feminina. De acordo com esse
quadro, assinale a alternativa que indica o provável diagnóstico.

A. Síndrome de Savage com falência ovariana precoce


B. Hiperplasia adrenal congênita por déficit da 21-hidroxilase
C. Hiperplasia adrenal por deficiência da 11ß – hidroxilase
D. Síndrome de Klinefelter com hiperandrogenismo
E. Síndrome metabólica com hiperandrogenismo

subtópico:
Amenorreia Primária.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa B: CORRETA. Distúrbio autossômico recessivo. Quando precoce, é a
MAIOR causa de GENITÁLIA AMBÍGUA na mulher (causa clássica de “Pseudo-
hermafroditismo feminino”). A maior causa da hiperplasia adrenal congênita é a
DEFICIÊNCIA DE 21-HIDROXILASE. A alteração enzimática impede a produção
adequada de glicocorticoides, estimulando a secreção de ACTH com consequente
hiperplasia do córtex adrenal e aumento de andrógenos e seus precursores (ex.:
17-OH-progesterona). A presença de androgênios ainda no período embrionário
leva a formação de genitália ambígua em graus variados. Em 75% dos casos, a
deficiência compromete também a produção de mineralocorticoides (“forma
clássica perdedora de sal”), cursando com hipotensão, hiponatremia, hipercalemia
e acidose metabólica.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, o caso em questão
não sugere este diagnóstico.
▶ resposta: B

78 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO – PE – 2018) A decisão do


Supremo Tribunal Federal, realizada mediante a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental N°.54 (ADPF 54) DE 2012, garantiu, no Brasil, a interrupção
da gestação na seguinte condição:

A. Se não há outro meio de salvar a vida da gestante.


B. Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
C. Se a gravidez resulta de inseminação artificial não permitida pela mulher.
D. Se a gestação resulta de um feto anencéfalo.
E. Se quando o médico ou o psicólogo constatar que a mulher não apresenta
condições de arcar com a maternidade.

subtópico:
Interrupção legal da gestação.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, apesar de ser uma
das condições em que se permite a interrupção legal da gestação, não foi essa a
determinação de 2012 do STF.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, apesar de ser uma
das condições em que se permite a interrupção legal da gestação, não foi essa a
determinação de 2012 do STF.
Alternativa C: INCORRETA. Não é condição permitida para interrupção legal da
gestação.
Alternativa D: CORRETA. Em que situações que é permitido provocar aborto no
Brasil? Estupro (“aborto sentimental”) até 20 SEMANAS; Anencefalia (tem que ter
MAIS DE 12 SEMANAS + diagnóstico por DOIS MÉDICOS) + Risco de vida
comprovado para gestante (qualquer momento). O enunciado se refere
exclusivamente à decisão do STF de 2012, que garantiu a interrupção da gestação
nos casos de Anencefalia fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Não é condição permitida para interrupção legal da
gestação.
▶ resposta: D

79 (H.U. BETTINA FERRO DE SOUZA/JOÃO BARROS BARRETO – Pará – 2018) Em


relação à sífilis, é correto afirmar:

A. Os testes treponêmicos permanecem reagentes por toda a vida; portanto,


não são indicados para seguimento do tratamento.
B. O Ministério da Saúde recomenda o teste de triagem para sífilis na 1ª
semana ou no 1° mês de gravidez para detectar a infecção.
C. O aleitamento materno está contraindicado em recém-nascidos de mães
com sífilis.
D. A ceftriaxona administrada à gestante garante o tratamento do concepto.
E. O VDRL é um teste treponêmico importante para o seguimento do
tratamento da sífilis.

subtópico:
Sífilis na gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Os testes indicados para controle do tratamento de sífilis
são os não treponêmicos (VDRL). Os testes treponêmicos, como o FTA-Abs, de fato
permanecem reagentes por toda a vida, não podendo ser parâmetro para
avaliação terapêutica.
Alternativa B: INCORRETA. O teste de triagem para sífilis (VDRL) deve ser
realizado, segundo o Ministério da Saúde, em três situações: na primeira consulta
de pré-natal, no 3º trimestre e no momento da internação para parto ou
curetagem.
Alternativa C: INCORRETA. Não é contraindicado amamentação em mães
portadoras de sífilis. As únicas condições que representam contraindicações
absolutas e definitivas ao aleitamento materno são HIV, HTLV, crianças portadoras
de galactosemia e uso de alguns medicamentos, como antineoplásicos e
radiofármacos.
Alternativa D: INCORRETA. Na gestante, a única droga que é considerada como
tratamento adequado é a penicilina G Benzatina. Mulheres alérgicas devem ser
dessensibilizadas.
Alternativa E: INCORRETA. VDRL é um teste NÃO treponêmico.
▶ resposta: A

80 (SUS – SP – 2018) Paciente do sexo feminino de 23 anos de idade realizou


citologia cervicovaginal em sua primeira consulta ginecológica. O resultado foi
ASCUS. A conduta adequada, segundo as Diretrizes do Ministério da Saúde é:

A. Repetir citologia cervicovaginal e colposcopia em 6 meses.


B. Repetir a citologia cervicovaginal em 3 anos.
C. Colposcopia com biópsia e anatomopatológico.
D. Repetir a citologia cervicovaginal em 1 ano.
E. Colposcopia e pesquisa de HPV por captura híbrida.

subtópico:
Rastreamento para câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

dica do autor:
ASC-US é o principal resultado citopatológico cobrado em prova! Dentre todos os
fluxogramas apresentados pelo INCA/Ministério da Saúde, esse é o que não dá
para esquecer!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa B: CORRETA. Qual a conduta diante de uma colpocitologia com ASC-
US? Repetir preventivo em 6 meses (se > ou = 30 anos) ou em 12 meses (se 26-29
anos) ou em 3 anos (< 25a). Como a nossa paciente tem 23 anos, a conduta é
repetir a citologia cervicovaginal em 3 anos, visto que a paciente é jovem e nesta
idade o acometimento por HPV é comum e costuma ter regressão espontânea (Na
verdade, segundo o Ministério da Saúde, esta paciente nem deveria ter coletado
citopatológico, visto que o rastreio é recomendado somente a partir dos 25 anos).
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, este não é o
seguimento correto para a paciente em questão.
▶ resposta: B

81 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 52 anos submetida à conização cujo resultado


histopatológico foi compatível com neoplasia intraepitelial cervical grau III (NIC
III/Carcinoma in situ) margens comprometidas. A conduta é:

A. Colposcopia trimestral com biópsia, se necessário.


B. Histerectomia total.
C. Reconização para descartar doença invasora em estádio inicial.
D. Cirurgia de Wertheim-Meigs.

subtópico:
Câncer de colo do útero.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, seria uma conduta
aceitável, entretanto, a banca não considerou.
Alternativa B: CORRETA. Questão bastante controversa, na qual a banca quer
saber a conduta para uma paciente de 52 anos que apresentou uma lesão NIC
III/Carcinoma in situ com margens comprometidas, mas não há uma conduta
muito bem-estabelecida para esse caso. Seriar colposcopia, fazer reconização ou
histerectomia total são condutas aceitáveis, no entanto a banca considerou como
correta apenas histerectomia total, mesmo após recurso.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, seria uma conduta
aceitável, entretanto, a banca não considerou.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia de Wertheim-Meigs, também chamada
histerectomia total ampliada (retirada do útero, paramétrio, trompas, ovários e 1/3
superior da vagina) está indicada apenas em casos mais avançados da doença.
▶ resposta: B

82 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 68 anos apresentou episódio isolado de discreto


sangramento há 1 mês. AP: G2P1A1C0, obesidade, hipertensão e diabetes de difícil
controle. AF: mãe falecida por neoplasia de cólon. Ultrassonografia transvaginal:
espessamento endometrial focal de 8 mm com pedículo único ao estudo Doppler.
A conduta mais adequada é:

A. Expectante
B. Curetagem uterina de prova
C. Biópsia excisional dirigida
D. Biópsia às cegas

subtópico:
Sangramento Uterino Anormal.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
Alternativa C: CORRETA. Temos uma paciente de 68 anos com queixa de
sangramento na pós-menopausa, apresentando na USG um espessamento
endometrial focal de 8 mm com pedículo único, sugestivo de pólipo endometrial.
Considerando que se trata de uma paciente na faixa etária e com fatores de risco
(obesidade, hipertensão e DM2) para câncer de endométrio, a conduta mais
acertada é a biópsia excisional dirigida (por vídeo-histeroscopia) para avaliação do
risco de malignidade.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, esta não é a
conduta mais apropriada para o caso em questão.
▶ resposta: C

83 (UNIFESP – SP – 2018) Em relação aos cuidados perioperatórios em cirurgia


ginecológica pode-se afirmar que:

A. A ingesta de 200mL de líquidos claros sem resíduos é permitida até duas


horas antes do procedimento cirúrgico em pacientes sem contraindicação.
B. O jejum pré-operatório, nas cirurgias ginecológicas, deve ser de 8 horas para
sólidos e líquidos para evitar a Síndrome de Mendelson.
C. Durante o jejum pré-operatório deve-se realizar a reposição rotineira e
liberal de fluidos para evitar a desidratação e a hipoglicemia.
D. A antibioticoprofilaxia deve ser realizada em todas as cirurgias ginecológicas
uma hora antes do procedimento.
E. A profilaxia de náuseas e vômitos pós-operatórios não precisa ser realizada
nas cirurgias ginecológicas pois o acesso pélvico não é fator de risco.

subtópico:
Cirurgia Ginecológica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão específica sobre cuidado perioperatório em
cirurgia ginecológica. Ao analisarmos as alternativas, vemos que a letra A está
correta porque não há contraindicação da ingesta de líquidos sem resíduos em
pequena quantidade até 2 horas antes do procedimento.
Alternativa B: INCORRETA. O jejum de 8 horas para evitar a síndrome de
Mendelson é recomendado apenas em pacientes gestantes.
Alternativa C: INCORRETA. Em geral, no período pré e perioperatório basta
realizar a reposição de sódio e potássio, e a reposição de fluidos não pode ser
liberal, visto que também pode trazer consequências pela hiper-hidratação (EAP
por exemplo).
Alternativa D: INCORRETA. Nem todas as pacientes submetidas à cirurgia
ginecológica precisam de antibiótico profilático.
Alternativa E: INCORRETA. A profilaxia para náuseas e vômitos deve ser sim
realizada nas cirurgias ginecológicas com acesso pélvico.
▶ resposta: A

84 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 76 anos apresenta o seguinte exame


ginecológico para quantificação de prolapso genital (pelvic organ prolapse
quantification = POP-Q) Aa: +2 / Ba: +4 / C: –9 / Gh: 4,5 / Pb: 1,5 / Tvl: 10 / Ap: –3 /
Bp: –3 / D: –10. A conduta é:

A. Histerectomia vaginal
B. Colpoperineoplastia posterior
C. Colpoperineoplastia anterior
D. Sling transobturatório

subtópico:
Prolapso genital.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Existem inúmeras classificações para os prolapsos genitais, porém o mais cobrado
em prova é o POP-Q. Fiquem ligados!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Técnica utilizada para correção de prolapso uterino,
que não é o caso dessa paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Indicada para correção de prolapso da parede
posterior ou retocele.
Alternativa C: CORRETA. O POP-Q da paciente evidencia um prolapso de parede
anterior, avaliado a partir do ponto Ba +4, que vem a ser o ponto da parede
anterior mais distante de Aa durante o esforço na avaliação do prolapso. A
cistocele, provável causa dessa distopia, é tratada com colpoperineoplastia
anterior (colporrafia), ou cirurgia de Kelly-Kennedy.
Alternativa D: INCORRETA. Cirurgia utilizada para correção de incontinência
urinária.
▶ resposta: C

85 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 52 anos apresenta sintomas climatéricos há 2


anos. AP: histerectomia total por leiomioma há 6 anos, nega doenças crônicas. AF:
mãe com osteoporose, nega câncer de mama. Mamografia BIRADS 2.
Densitometria óssea: coluna lombar T-score de –1,5 desvio-padrão e em colo de
fêmur T-score de –1,3 desvio-padrão. O plano terapêutico mais adequado é:

A. Terapia hormonal estroprogestativa e bisfosfonatos.


B. Terapia estrogênica isolada e exercícios físicos de intensidade moderada.
C. Bisfosfonatos e carbonato de cálcio associado à vitamina D.
D. Terapia estrogênica isolada e carbonato de cálcio associado à vitamina D.

subtópico:
Climatério.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os bifosfonatos estão indicados para tratamento de
osteoporose, que não é o caso desta paciente, como comentado na alternativa D.
Alternativa B: INCORRETA. Não estaria completamente inadequada, pois
exercícios físicos são de fato recomendados nesta faixa etária, além de reduzir o
risco cardiovascular, também pode contribuir para preservação da massa óssea.
Entretanto, a banca considerou apenas a alternativa D.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, os bifosfonatos
não estão indicados.
Alternativa D: CORRETA. Trata-se de uma paciente com 52 anos,
histerectomizada, com sintomas climatéricos há 02 anos e apresentando uma
densitometria óssea compatível com osteopenia (T score entre – 1 e – 2,5). No caso
de pacientes histerectomizadas a terapia de reposição hormonal é feita apenas
com estrogênio (sem progesterona). O cálcio e a vitamina D estão indicados como
profilaxia de fraturas, considerando que a paciente se encontra osteopênica.
▶ resposta: D

86 (UNESP – SP – 2018) O achado mamográfico mais comum do carcinoma ductal


in situ é:

A. Microcalcificações mais grosseiras, difusas e bilaterais.


B. Microcalcificações pleomórficas, agrupadas e numerosas num setor da
mama.
C. Nódulo denso com bordas irregulares.
D. Nódulo denso com bordas regulares.

subtópico:
Patologias da mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.
Alternativa B: CORRETA. O carcinoma ductal in situ é considerado uma lesão
precursora do câncer de mama, e é caracterizado na mamografia como
microcalcificações agrupadas, pleomórficas e numerosas em um setor da mama.
Apenas 10% dos carcinomas ductais in situ se apresentam como formações
nodulares. Já o carcinoma ductal infiltrante se apresenta como nódulos densos de
bordas irregulares na mamografia.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentada na alternativa B não corresponde
ao achado mais comum do carcinoma ductal in situ.

▶ resposta: B

87 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 18 anos apresenta menstruações a cada 90-120


dias desde a menarca. AP: menarca aos 11 anos, G0P0. EF: IMC = 26,7, índice
Ferriman-Gallwey = 9. Para realizar o diagnóstico de síndrome dos ovários
policísticos, é necessário(a):

A. Alteração laboratorial no valor da insulina e no teste de tolerância à glicose.


B. Presença da relação LH/FSH > 2 e de obesidade central, com medida da
circunferência da cintura > 88 cm.
C. Avaliar o padrão menstrual de anovulação crônica e presença de
hiperandrogenismo clínico e/ou bioquímico.
D. Alteração da morfologia ovariana à ultrassonografia, uma vez que este é
critério indispensável.

subtópico:
Síndrome dos Ovários Policísticos.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não faz parte dos
critérios diagnósticos da síndrome.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não fazem parte
dos critérios diagnósticos da síndrome.
Alternativa C: CORRETA. Questão sobre o diagnóstico de síndrome dos ovários
policísticos, para o qual nós usamos o consenso de Rotterdam, no qual é
necessário ter 2 dos seguintes critérios: oligo ou anovulação crônica, sinais clínicos
ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à USG com 12 ou mais
folículos de 2 a 9 mm de diâmetro ou ovário maior ou igual a 10 cm³. Ou seja,
nenhum critério é indispensável para o diagnóstico, logo, a alternativa que
contempla a questão é a letra C. Apesar das pacientes com SOP apresentarem com
frequência resistência à insulina, diabetes mellitus e obesidade, estes não são
critérios diagnósticos.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, pode haver ou não
padrão ovariano policístico na ultrassonografia.
▶ resposta: C

88 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 30 anos, quartigesta, tercípara, com duas


cesáreas anteriores, realiza ultrassom de rotina com 16 semanas que mostra
placenta recobrindo o orifício interno do colo uterino. O diagnóstico e conduta
são:

A. Placenta prévia; seguimento no pré-natal de alto risco


B. Inserção baixa da placenta; repetir o exame de ultrassom com 28 semanas
C. Placenta prévia; solicitar ressonância magnética para investigar acretismo
placentário
D. Inserção baixa da placenta; solicitar ressonância magnética para investigar
acretismo placentário

subtópico:
Placenta prévia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não
podemos dar diagnóstico de placenta prévia.
Alternativa B: CORRETA. O processo de migração placentária só é finalizado com
28 semanas, logo não podemos nomear de placenta prévia uma placenta que
recobre o orifício interno do colo uterino com 16 semanas, apenas chamamos de
inserção baixa da placenta. A conduta adequada é repetir o exame
ultrassonográfico com 28 semanas, sem a necessidade de exames
complementares para rastreio de acretismo até então.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não
podemos dar diagnóstico de placenta prévia.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa B, ainda não há
necessidade de investigação para acretismo placentário.
▶ resposta: B

89 (UNESP – SP – 2018) Gestante com glicemia de jejum no primeiro trimestre de 88


mg/dL realiza teste de tolerância oral à glicose (GTT 75 g) com 25 semanas, com as
glicemias: 90 mg/dL (jejum) e 160 mg/dL (1h) e 155 mg/dL (2h) pós-sobrecarga. O
diagnóstico é:

A. Diabetes mellitus gestacional


B. Diabetes clínico (overt diabetes)
C. Intolerância à glicose na gravidez
D. Gestação normal

subtópico:
Diabetes Gestacional.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. De acordo com o protocolo do estudo HAPO, o
diagnóstico de diabetes gestacional é dado da seguinte forma: se glicemia de
jejum < 92 mg/dl (rastreio negativo) no primeiro trimestre, a paciente é submetida
ao teste oral de tolerância à glicose com 75 g entre 24 a 28 semanas. Se glicemia
de jejum maior ou igual a 92 mg/dl, após 1 h maior ou igual a 180 mg/dl ou após
2h maior ou igual a 153 mg/dl, fecha diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional.
Apenas um valor alterado é necessário para o diagnóstico e essa paciente
apresenta valor de 155 mg/dl após 2h de sobrecarga (logo, temos o diagnóstico de
DMG). Se o valor em jejum for maior ou igual a 126 mg/dl ou se após 2 horas de
sobrecarga for maior ou igual 200 mg/dl, seria diagnóstico de Diabetes Mellitus
prévio (overt diabetes).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, de acordo com os
valores do TOTG, este não é o diagnóstico.
▶ resposta: A

90 (UNIFESP – SP – 2018) Com relação à fisiologia da resposta imunológica na


gravidez, podemos dizer que:

A. O padrão de resposta imunológica no início da gestação se caracteriza pela


redução da resposta Th1.
B. A resposta imunológica no término da gestação não interfere no
determinismo do parto.
C. As alterações hormonais na parturição não interferem na resposta
imunológica do final da gestação.
D. A placenta é um escudo imunológico de proteção fetal contra a rejeição do
aloenxerto.
E. A redução das respostas Th1 e Th2 favorecem o aloenxerto e permite a
presença de tecido fetal.

subtópico:
Alterações fisiológicas da gravidez.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Para evitar a rejeição do feto e da placenta como corpos
estranhos ao organismo materno, há uma mudança na resposta imunológica com
predomínio da resposta tipo Th2 e redução da resposta Th1 na gestação.
Alternativa B: INCORRETA. Ao final da gestação, há modificação dessa resposta
imunológica, permitindo a ocorrência do parto.
Alternativa C: INCORRETA. A resposta imunológica durante a gravidez está
intrinsicamente associada às alterações hormonais.
Alternativa D: INCORRETA. Pelo contrário, a placenta funciona como uma
comunicação entre mãe e feto, por onde passam diversas substâncias, inclusive
anticorpos no caso de uma possível rejeição fetal.
Alternativa E: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, apenas a resposta
Th1 está reduzida na gestação.

▶ resposta: A

91 (UNESP – SP – 2018) Gestante de 25 anos, 13ª semana de gestação, apresenta


os seguintes resultados de teste convencional para sífilis: Não apresenta sinais e
sintomas clínicos de sífilis. Refere nunca ter feito tratamento para essa doença. O
diagnóstico e a conduta correta são:

A. Sífilis latente tardia e tratamento do casal


B. Sífilis latente tardia e tratamento da gestante
C. Sífilis latente com duração indeterminada e tratamento do casal
D. Sífilis latente com duração indeterminada e tratamento da gestante

subtópico:
Sífilis na gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos como
determinar se é uma sífilis latente recente (adquirida há menos ou 1 ano) ou tardia
(mais de 1 ano).
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não temos como
determinar se é uma sífilis latente recente (adquirida há menos ou 1 ano) ou tardia
(mais de 1 ano).
Alternativa C: CORRETA. Temos o caso de uma gestante com 13 semanas de
gestação e que apresenta 2 testes treponêmicos reagentes para sífilis, negando
qualquer tratamento anterior (ou seja, não trata-se de cicatriz sorológica). O
tempo de doença não se relaciona com o valor do resultado dos exames e sim com
a história do aparecimento de sintomas e sinais compatíveis, portanto, estamos
diante de um caso de sífilis latente (assintomática) com duração indeterminada. É
importante lembrar que em gestantes apenas um resultado positivo, treponêmico
ou não, já é suficiente para indicar tratamento para ela e o para o parceiro.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, o tratamento
adequado para a sífilis na gestação sempre inclui tratar o parceiro.

▶ resposta: C

92 (UNESP – SP – 2018) Primigesta, na 36ª semana de gestação, com diagnóstico


de pré-eclâmpsia leve apresenta dor de forte intensidade em baixo-ventre há 1
hora. EF: PA = 170x110 mmHg, FC materna: 104 bpm. Altura uterina de 34 cm com
aumento do tônus, FC fetal: 180 bpm. Toque vaginal: colo uterino posterior
esvaecido 50% e dilatado 3 cm. O diagnóstico e a conduta são:

A. Descolamento prematuro de placenta; romper bolsa e resolução da gravidez


B. Trabalho de parto prematuro; inibir o trabalho de parto com nifedipina VO
C. Descolamento prematuro de placenta; prescrever hidralazina EV e solicitar
ultrassom
D. Trabalho de parto prematuro; prescrever sulfato de magnésio EV e inibir o
trabalho de parto com nifedipina VO

subtópico:
Descolamento Prematuro de Placenta.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Ausência de sangramento NÃO exclui DPP! Muitas vezes a hemorragia pode ser
oculta.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Quadro de paciente que já possuía diagnóstico de pré-
eclâmpsia e evolui com dor em baixo-ventre, piora da hipertensão, aumento de
tônus uterino, além de taquicardia materna e fetal, que sugere instabilidade
hemodinâmica materna e sofrimento fetal agudo, respectivamente. Trata-se de
um quadro de descolamento prematuro de placenta (DPP) com hemorragia oculta.
A conduta é amniotomia, que deve ser realizada em todos os casos de DPP, e
interromper a gestação pela via mais rápida, que nesse caso é a via alta.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o diagnóstico é de
DPP, não trabalho de parto.
Alternativa C: INCORRETA. Jamais realizar conduta expectante ou atrasar a
interrupção para solicitar ultrassonografia em quadros sugestivos de DPP.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa A, o diagnóstico é de
DPP, não trabalho de parto.

▶ resposta: A

93 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 53 anos com derrame pleural e ascite


compatíveis, respectivamente, com exsudato e transudato. Ultrassonografia
pélvica: imagem sólida no ovário esquerdo, hipoecoica, homogênea e medindo
aproximadamente 3,0 x 3,0 x 2,0 cm. A hipótese diagnóstica para a lesão ovariana
é:

A. Tumor de Brenner, constituído por epitélio transicional, entidade


epidemiologicamente mais comum nesse contexto clínico-radiológico.
B. Tumor de Krukenberg, constituído por células em anel de sinete,
frequentemente associado com essas manifestações.
C. Fibroma, tumor derivado do cordão sexual, de bom prognóstico e o mais
comumente associado ao quadro clínico da paciente
D. Tecoma, derivado do cordão sexual, em geral sem atividade hormonal, cujo
tratamento cirúrgico melhora a sintomatologia extraovariana.

subtópico:
Massas anexiais.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
Alternativa C: CORRETA. Questão comum de provas de residência, a Síndrome de
Meigs, composta por presença de tumor ovariano benigno + derrame pleural +
ascite. Dos tumores que mais levam a esse quadro, temos os fibromas, que são
derivados do cordão sexual e tem bom prognóstico, mas outros tumores como o
tumor de Brenner e tumor de Krukenberg também podem levar à síndrome.
Alternativa D: INCORRETA. Como comentado na alternativa C, não é o tipo
tumoral que mais comumente se associa ao quadro da paciente.
▶ resposta: C

94 (UNESP – SP – 2018) Mulher submetida à biópsia percutânea por agulha grossa


com resultado de carcinoma mamário invasivo sem outras especificações, de alto
grau e com positividade para HER2. Essa situação indica:

A. Neoplasia maligna de mau prognóstico, com alta proliferação celular, baixa


concentração de receptores de estradiol e menor resistência ao tamoxifeno
B. Que houve a detecção de fator de crescimento epidermal por exame
molecular, pois a imunoistoquímica não é útil.
C. A presença dessa proteína cuja pesquisa é realizada rotineiramente por
imunoistoquímica e, em situações específicas, por técnica molecular
D. A seleção da paciente para uso do medicamento trastuzumabe e, por isso,
esse tumor é considerado de bom prognóstico.

subtópico:
Câncer de mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A positividade para HER2 confere maior resistência ao
tamoxifeno, e não menor.
Alternativa B: INCORRETA. Pelo contrário, o HER2 é comumente detectado pela
imunoistoquímica.
Alternativa C: CORRETA. O HER2 é pesquisado por métodos de imunoistoquímica
e em algumas situações específicas pode ser feito com o método molecular (FISH).
Alternativa D: INCORRETA. A presença do HER2 seleciona de fato os pacientes
para uso do trastuzumabe, no entanto é sempre um sinal de mau prognóstico.
▶ resposta: C
95 (UNESP – SP – 2018) Mulher de 69 anos, hipertensa, diabética e sem
antecedentes psiquiátricos apresentou, no segundo dia após mastectomia por
câncer mamário, inquietação, desorientação temporoespacial, discurso
incoerente, alucinações visuais, ideação delirante de cunho paranoide e déficit de
memória de fixação. O quadro oscila durante o dia, apresentando períodos de
melhora durante o dia e piora ao final da tarde ou noite. O diagnóstico mais
provável, segundo a CID 10, é:

A. Transtorno psicótico agudo e transitório


B. Transtorno delirante induzido
C. Transtorno esquizotípico
D. Delirium não induzido pelo álcool ou por outras substâncias psicoativas

subtópico:
Câncer de mama.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa B: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. Como comentado na alternativa D, o quadro
associado ao fato de haver uma condição clínica subjacente sugere outro
diagnóstico.
Alternativa D: CORRETA. A paciente apresentou um quadro agudo de alteração
global das funções psíquicas, com curso flutuante, associado a uma condição
subjacente, logo, compatível com delirium. O delirium melhora com a retirada do
fator causal (drogas, confinamento, infecção).
▶ resposta: D

96 (UEPA – Pará – 2018) São contraindicados como terapêutica anti-hipertensiva


na gestação os:

A. Agonistas alfa-adrenérgicos
B. Antagonistas de cálcio
C. Bloqueadores beta-adrenérgicos
D. Diuréticos
E. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

subtópico:
Anti-hipertensivos na gestação.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não só podem, como são considerados os anti-
hipertensivos de primeira linha para uso crônico na gestação (ex.: metildopa).
Alternativa B: INCORRETA. Podem ser utilizados na gestação tanto cronicamente
como em crises agudas.
Alternativa C: INCORRETA. Podem ser utilizados na gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Embora devam ser evitados, não são contraindicação
absoluta na gestação.
Alternativa E: CORRETA. Os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina
(IECA) são contraindicados na gestação, pois estão associados a alterações graves
no feto, como malformações, agenesia renal, oligodrâmnia, e mesmo óbito fetal.
▶ resposta: E

97 (FACULDADE BRASILEIRA - MULTIVIX VITÓRIA - ES - 2018) Em relação à


fisiologia menstrual, é CORRETO afirmar que:

A. Na fase pré-ovulatória, ocorre o pico de hormônio luteinizante (LH) com


baixa de estradiol e de hormônio foliculoestimulate (FSH).
B. Na fase folicular, o FSH, o estradiol, o LH e a progesterona estão em
ascensão.
C. Nas fases folicular e pré-ovulatória, o FSH e o LH estão em ascensão e
somente declinam na fase lútea, após o pico de progesterona.
D. Na fase lútea, o FSH e o LH estão diminuindo, o estradiol está elevado e
ocorre o pico de progesterona.
E. No período menstrual, o estradiol, o LH e a progesterona encontram-se em
níveis baixos, e o FSH está aumentando.

subtópico:
Ciclo menstrual.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na fase folicular, o FSH eleva-se progressivamente até
ocorrer o pico de estradiol, seguido pelo de LH, o que indica a ocorrência da
ovulação.
Alternativa B: INCORRETA. Na fase folicular, apenas o FSH estará elevado
(aumentando progressivamente). Ao final dessa fase, ocorre uma elevação rápida
do estradiol, seguida pelo pico de LH e pela ovulação.
Alternativas C e D: INCORRETAS. O FSH declina após a fase lútea, mas o LH
mantém-se elevado, estimulando a produção de progesterona pelo corpo
amarelo, havendo queda no estradiol e pico da progesterona.
Alternativa E: CORRETA. Após a regressão do corpo lúteo, ocorrem quedas no
estradiol, na progesterona e na inibina A, elevando-se novamente o FSH pouco
antes da menstruação.

▶ resposta: E
98 (HOSPITAL DE OLHOS APARECIDA - GO - 2018) O melhor dia do ciclo menstrual
para realização de biópsia para avaliação de ovulação é o:

A. Primeiro dia.
B. Quinto dia.
C. Oitavo dia.
D. Vigésimo sexto dia.

subtópico:
Ciclo menstrual.

grau de dificuldade:

resolução:
A histologia endometrial relaciona-se com a produção de progesterona pelo corpo
lúteo, o que possibilita o diagnóstico de ovulação pela biópsia de endométrio.
Deve ser realizada na fase lútea, preferencialmente 7 a 10 dias após a ovulação,
para reduzir o risco de uma biópsia em útero gravídico. Porém, por ser um método
invasivo, ele é pouco utilizado, sendo substituído pela dosagem sérica de
progesterona e pela ultrassonografia transvaginal seriada.
▶ resposta: D

99 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ - SP - 2014) Paciente de 30 anos de


idade deseja informações sobre o papilomavírus humano (HPV) e a vacina contra a
doença. São afirmativas corretas, EXCETO:

A. Atualmente existem apenas duas vacinas aprovadas: a bivalente e a


quadrivalente.
B. A faixa etária para vacinar é de 10 a 25 anos para a bivalente e de 9 a 26
anos para a quadrivalente.
C. A infecção pelo HPV não proporciona imunidade duradoura, podendo a
vacina ser aplicada em pacientes já expostos.
D. Ambas podem ser aplicadas em homens.
E. Pacientes infectados com vírus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome
da imunodeficiência adquirida (AIDS) podem ser vacinados.

subtópico:
HPV.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão pouco usual. A vacina bivalente protege somente contra os tipos
altamente oncogênicos (16 e 18); não é adequada para homens por estes serem os
grandes transmissores do vírus.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Bivalente = subtipos de alto risco oncogênico (16 e 18),
quadrivalente = baixo risco (6 e 11) e alto risco (16 e 18).
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: CORRETA. O HPV evade o sistema imune por não causar destruição
celular, não ocorrendo liberação de citocinas que estimulariam resposta imune
adequada.
Alternativa D: INCORRETA. Sendo os grandes “vetores” do vírus, não se pode
oferecer a vacina bivalente e deixar de cobrir os subtipos causadores de verrugas.
Alternativa E: CORRETA. A vacina é composta por proteínas do capsídeo viral, não
havendo quaisquer contraindicações para pacientes
imunossuprimidos/imunodeprimidos (pelo contrário, o Ministério da Saúde
oferece a vacinação gratuitamente para soropositivos entre 9 e 26 anos de idade).
▶ resposta: D

100 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UEL - 2018) Em relação às adaptações


fisiológicas do organismo materno na gestação, considere os itens a seguir.

I. Diminuição da pressão arterial no primeiro e segundo trimestre da


gestação.;
II. Diminuição do tônus vesical.;
III. Diminuição do volume eritrocitário.;
IV. Acidose respiratória.

Assinale a alternativa correta.

A. Somente os itens I e II são corretos.


B. Somente os itens I e IV são corretos.
C. Somente os itens III e IV são corretos.
D. Somente os itens I, II e III são corretos.
E. Somente os itens II, III e IV são corretos.

subtópico:
Modificações fisiológicas da gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Ocorre diminuição da pressão arterial, principalmente
no primeiro e segundo trimestre, devido à queda importante da resistência
vascular periférica.
Assertiva II: VERDADEIRA. Ocorre diminuição do tônus vesical durante a gestação
por ação da progesterona.
Assertiva III: FALSA. Há um aumento considerável do volume eritrocitário
absoluto, mas como, concomitantemente, ocorre uma hemodiluição fisiológica,
podemos observar, muitas vezes, queda da hemoglobina.
Assertiva IV: FALSA. Podemos observar na gestação uma discreta alcalose
respiratória, compensada pela maior excreção renal de bicarbonato. A alcalose
ocorre para facilitar as trocas gasosas fetais.
▶ resposta: A

101 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2017) Quanto ao


rastreio para aneuploidias realizado entre 11 e 13+6 semanas, é CORRETO afirmar
que:

A. A síndrome de Down tem seu diagnóstico confirmado quando os três


marcadores ultrassonográficos mais comuns estão alterados (transluscência
nucal, osso nasal e fluxo pelo ducto venoso).
B. Podemos associar marcadores bioquímicos e ultrassonográficos para
aumentar a taxa de detecção das síndromes.
C. A dosagem do PAPP-A e do beta-hCG são importantes, pois suas taxas estão
diminuídas nas três síndromes genéticas rastreadas pelo método.
D. A síndrome de Edwards e a síndrome de Patau não precisam ser rastreadas
já que são incompatíveis com a vida.
E. Mulheres cuja avaliação indique baixo risco para síndrome de Down, mas
que tem idade materna avançada, devem ser submetidas à amniocentese.

subtópico:
Medicina fetal.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os marcadores ultrassonográficos alterados
consistem em um rastreio positivo, não sendo suficientes para o diagnóstico das
trissomias.
Alternativa B: CORRETA. A associação de marcadores bioquímicos e
ultrassonográficos aumenta a sensibilidade do rastreio de cromossomopatias.
Alternativa C: INCORRETA. Na trissomia do cromossomo 21 o BHC encontra-se
aumentado e o PAPP-A diminuído. Já nas trissomomias do 13 e do 18, tanto o
BHCG quanto o PAPP-A estão diminuídos.
Alternativa D: INCORRETA. A síndrome de Edwards e de Patau geralmente são
incompatíveis com a vida, mas seu rastreio é importante no sentido de aconselhar
e preparar essa família para esses diagnósticos.
Alternativa E: INCORRETA. Mulheres com baixo risco para síndrome de Down não
tem indicação de amniocentese.
▶ resposta: B

102 (UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - 2017) Numa descrição


ultrassonográfica mostrando saco gestacional com 23 mm de diâmetro, saco
vitelino visível, embrião não visualizado e cisto complexo com septações e
circulação periférica na área anexial direita, o diagnóstico mais provável é de:

A. Gestação incipiente.
B. Gravidez ectópica.
C. Gestação tópica inviável (abortamento) e corpo lúteo.
D. Moléstia trofoblástica com cisto tecaluteínico.
E. Pseudossaco gestacional e corpo lúteo.

subtópico:
Ultrassonografia obstétrica.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O motivo para que essa alternativa esteja incorreta
está no enunciado da questão. A banca está pedindo o diagnóstico mais provável.
Poderia se tratar de uma gestação incipiente ou inicial, mas isso não é o mais
provável. Um saco gestacional com ausência de embrião medindo em seu
diâmetro médio entre 16 e 24 mm tem uma grande probabilidade de não se tratar
de uma gestação viável.
Alternativa B: INCORRETA. A imagem anexial relatada não é sugestiva de
gestação ectópica, uma vez que elementos trofoblásticos ou embrionários não
foram visualizados na topografia do anexo.
Alternativa C: CORRETA. O diagnóstico mais provável é gestação tópica inviável
(ou o que, antigamente, se chamava gestação anembrionada), com presença de
corpo lúteo visualizado em região anexial direita. A maioria dos guidelines
definem que esse diagnóstico deve ser dado com saco gestacional a partir de 25
mm de diâmetro médio com ausência de embrião. Porém, a medida do saco
gestacional entre 16 e 24 mm seria de alta suspeição desse diagnóstico, sendo
prudente repetir a ultrassonografia em 7 a 14 dias para confirmação. Já a imagem
anexial com circulação periférica em paciente gestante inicial é altamente
sugestiva de corpo lúteo, o qual mantém a gestação nas primeiras semanas.
Alternativa D: INCORRETA. A imagem de saco gestacional regular descrita não é
sugestiva de moléstia trofoblástica. Pensaríamos nesse diagnóstico se houvesse a
descrição de formações císticas ou vesiculares (em “cacho de uva”) no interior do
útero.
Alternativa E: INCORRETA. Não se trata de um pseudosaco gestacional, pois foi
descrita vesícula vitelínica em seu interior, o que fala a favor de a imagem
realmente corresponder a um saco gestacional.
▶ resposta: C

103 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA - 2017) A placenta prévia


pode ser causa de hemorragia da 2ª metade da gravidez e está relacionada a:

A. Acretismo placentário em mais de 50% dos casos.


B. Maior incidência em nulíparas.
C. Maior risco de CIUR.
D. Sangramento vultoso, frequentemente acompanhado de sofrimento fetal
agudo.

subtópico:
Placenta prévia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A placenta prévia é fator de risco importante para
acretismo placentário, principalmente quando associada a cesarianas anteriores. A
taxa de acretismo na placenta prévia pode variar de 3 a 67%, a depender do
número de cesarianas anteriores.
Alternativa B: INCORRETA. A incidência de placenta prévia é maior em
multíparas.
Alternativa C: INCORRETA. Alternativa polêmica, uma vez que alguns estudos
mostram um maior risco de CIUR na placenta prévia. Como não é consenso entre
os pesquisadores, consideraremos a alternativa errada, mas caberia recurso nessa
questão.
Alternativa D: INCORRETA. O sangramento geralmente não é vultuoso e, na
maior parte das vezes, não está associado a sofrimento fetal.
▶ resposta: A

104 (SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO - 2017) Multípara de 37


anos inicia o pré-natal com PA de 140 x 90 mmHg e foi introduzido anti-
hipertensivo alfa metildopa que chegou à dose de 1,5 g/dia na 34ª semana de
gravidez. Na consulta com 34 semanas, a PA passou para 160 x 110 mmHg e a
gestante havia ganhado 6 quilos em 3 semanas e apresentou edema de MMII de
++, de mãos e rosto, sem outros sintomas; a vitalidade fetal estava preservada.
Frente a esse quadro apresentado, é correto afirmar que:

A. Se desenvolveu na gestante uma pré-eclâmpsia superajuntada e ela deve


ser internada.
B. Se deve aumentar a dose de alfa metildopa até a dose máxima, isto é, 2 g e
associar pindolol, solicitar exames de pré-eclâmpsia e retorno em 7 dias para
reavaliar.
C. Houve agravo da hipertensão, que é crônica, pois é hipertensa desde o início
do pré-natal, devendo ser internada para acerto de dose de anti-hipertensivo e
programar a interrupção da gestação.
D. Se trata de pré-eclâmpsia grave, pois a PA é de 160 x 110 mmHg, devendo
receber hidralazina IV e fazer cesárea.
E. Se trata de pré-eclâmpsia grave, pois a PA é de 160 x 110 mmHg, devendo
receber hidralazina IV, sulfato de magnésio e induzir o parto.

subtópico:
Síndromes Hipertensivas na gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Vamos agora observar uma importante questão que exige conhecimentos sobre a
definição das síndromes hipertensivas na gestação e detalhes do manejo da pré-
eclâmpsia grave.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A piora importante do quadro hipertensivo, a despeito
do tratamento medicamentoso com metildopa, sinaliza a ocorrência de possível
pré-eclâmpsia sobreposta/superajuntada à hipertensão crônica. Por contar com
uma PA de 160 x 110 mmHg, o quadro de pré-eclâmpsia pode ser considerado
grave e a gestante deve ser internada para estabilização clínica e posterior
interrupção da gestação.
Alternativa B: INCORRETA. O aumento dos anti-hipertensivos orais nesse cenário
não é a prioridade, pois a gestante tem pré-eclâmpsia grave e deve ser tratada em
ambiente hospitalar com hidralazina intravenosa.
Alternativa C: INCORRETA. É fato que houve piora do quadro hipertensivo, mas é
preciso reconhecer que, nesse caso, existe pré-eclâmpsia sobreposta, e os níveis
tensionais exigem a correção com uso de medicação intravenosa (hidralazina).
Alternativa D: INCORRETA. Está tudo correto, até a parte que cita a cesárea.
Devemos nos lembrar de que a pré-eclâmpsia grave NÃO é indicação absoluta de
cesárea, devendo a via de parto ser escolhida de acordo com a própria evolução
do trabalho de parto e a vitalidade fetal.
Alternativa E: INCORRETA. De fato, estamos diante de um quadro de pré-
eclâmpsia grave, e o uso de hidralazina se faz necessário pois a PA é 160 x 110
mmHg (valores iguais ou maiores do que esse merecem redução com o uso da
hidralazina IV), porém, nesse caso, não há indicação formal do uso de sulfato de
magnésio, já que a gestante não apresenta sinais e sintomas de iminência de
eclâmpsia (distúrbios visuais, distúrbios cerebrais, dor abdominal ou reflexos
profundos exaltados). Observe que alguns autores também indicam o uso de
sulfato de magnésio em situações de pré-eclâmpsia grave, que é o caso da
questão, gerando controvérsia na conduta. Porém, basta manter em mente que
na vigência de sinais/sintomas de iminência de eclâmpsia, é consenso que o uso
de sulfato de magnésio é necessário, e, devido à ausência desses indicadores na
paciente em questão, podemos prescindir dessa medicação no contexto
apresentado.

▶ resposta: A

105 (CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS OCULISTAS ASSOCIADOS - 2018) Dentre


os achados da dopplervelocimetria, aquele que tem associação com hipóxia grave
e acidose é:

A. Incisura protodiastólica nas artérias uterinas 


B. Centralização hemodinâmica fetal
C. Ducto venoso com onda A negativa
D. Cerebral média fetal com resistência aumentada

subtópico:
Vitalidade fetal.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Durante o sofrimento fetal crônico, os mecanismos compensatórios fisiológicos do
feto atuam de modo a privilegiar a perfusão de órgãos nobres, como cérebro,
coração e adrenais. Isso equivale a dizer que há aumento do fluxo (diminuição dos
índices de resistência) na artéria cerebral média, a fim de manter a irrigação
cerebral, e redução do fluxo (aumento dos índices de resistência) na artéria
umbilical, a fim de reduzir a irrigação para órgãos menos nobres, como o trato
gastrointestinal. Quando esse fenômeno ocorre, dizemos que há “centralização”
fetal, ou seja, o feto é capaz de compensar a insuficiência placentária. Esse
processo mantém o feto normoxêmico por cerca de 3-4 semanas, quando então
passa a ocorrer hipoxemia grave e acidemia (que se manifestam como
desacelerações tardias à cardiotocografia). Com base nessa informação, vamos
analisar as alternativas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Doppler de artérias uterinas não é uma ferramenta
diagnóstica de sofrimento fetal, e sim uma ferramenta de RASTREIO utilizada no
segundo trimestre (entre 24-26 semanas) para identificar as gestantes que têm
maior probabilidade de evoluir com pré-eclâmpsia e sofrimento fetal. Nesses
casos, a presença de incisura protodiastólica pode significar o primeiro sinal de
pré-eclâmpsia ou restrição do crescimento intrauterino, mas a presença desse
achado não necessariamente indica que haverá sofrimento fetal.
Alternativa B: INCORRETA. Como vimos anteriormente, a centralização por si só
não indica que o feto está hipoxêmico e com acidemia, e sim que há insuficiência
de fluxo uteroplacentário e que o feto está sob risco de agravamento nas próximas
semanas.
Alternativa C: CORRETA. O ducto venoso é uma medida ultrassonográfica
utilizada em fetos abaixo de 32 semanas de idade gestacional com a finalidade de
avaliar a função cardíaca fetal. A ausência de onda A ou a presença de onda A
reversa (negativa) são indicadores de falência cardíaca, indicando gravidade e
demandando interrupção imediata da gestação.
Alternativa D: INCORRETA. Artéria cerebral média com aumento de resistência
faz parte do fenômeno de centralização, mas não necessariamente indica
hipoxemia ou acidose, pois o feto pode estar lançando mão desse mecanismo
justamente para se manter compensado diante de um cenário de suprimento
inadequado de sangue e nutrientes.
▶ resposta: C

106 (CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO - 2017) Nos últimos anos


temos observado aumento dos casos de intolerância à glicose, obesidade e
diabetes tipo 2, além de redução da idade de início do diabetes e aumento da
idade da primeira gestação. Tudo isso contribui para o aumento dos casos de
hiperglicemia na gestação. Sobre diabetes e gravidez é INCORRETO afirmar:

A. A hiperglicemia nas primeiras 6-8 semanas de gestação aumenta o risco de


malformações fetais. Portanto, pacientes com diabetes tipo 1 e 2 devem ser
orientadas da necessidade de controle metabólico estrito durante o período
pré-concepcional e toda a gestação.
B. Uma vez estabelecido o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional
devemos orientar inicialmente tratamento com dieta com 1800-2200 kcal
diárias e exercícios físicos; além de realizar monitorização glicêmica por meio
de glicemia capilar pela própria paciente.
C. Pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional que
necessitaram uso de insulina para controle glicêmico durante o pré-natal terão
a insulinoterapia suspensa no puerpério imediato.
D. A resistência periférica à insulina diminui durante a gestação devido
secreção placentária de hormônios como cortisol, hormônio lactogênico
placentário e hormônio do crescimento.
E. Pacientes diabéticas têm maior risco de desenvolvimento ou piora dos
quadros de hipertensão arterial, retinopatia diabética e nefropatia diabética
durante a gravidez.

subtópico:
Diabetes Mellitus Gestacional.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A hiperglicemia no período da organogênese, nas
primeiras 6-8 semanas, aumenta o risco de malformações fetais. É fundamental o
controle metabólico no período periconcepcional nas pacientes com diabetes
prévio, devendo manter a hemoglobina glicada < 7%, para prevenir e diminuir o
risco de malformações.
Alternativa B: CORRETA. O tratamento da diabetes gestacional baseia-se
inicialmente em dieta fracionada, atividade física e controle do perfil glicêmico.
Logo, é fundamental uma mudança no estilo de vida da paciente.
Alternativa C: CORRETA. No puerpério imediato das pacientes que utilizaram
insulina por diagnóstico de diabetes gestacional sem controle com dieta e
atividade física, deve-se suspender a insulina, bem como as medidas da glicemia.
Essas pacientes devem ser investigadas novamente com TOTG 75 g seis semanas
após o parto, para definir o diagnóstico de diabetes gestacional ou diabetes tipo 2.
Alternativa D: INCORRETA. Os hormônios contra insulínicos liberados pela
placenta aumentam a resistência periférica à insulina durante a gestação.
Alternativa E: CORRETA. Pacientes que já são diabéticas ao engravidarem têm
maior risco de desenvolver ou piorar o quadro de hipertensão, retinopatia e
nefropatia diabética.
▶ resposta: D

107 (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL - 2010) Sobre cardiopatias


na gestação, avalie as seguintes afirmações.

I. A gestação é fator de risco para arritmias cardíacas.


II. As pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca apresentam
descompensação do quadro nas primeiras semanas da gestação.
III. Hipertensas crônicas em tratamento com captopril devem modificar o
tratamento para losartana.

Qual a alternativa correta?


A. Apenas I.
B. Apenas II.
C. Apenas III.
D. Apenas I e II.
E. I, II e III.

subtópico:
Cardiopatias na gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Mulheres com doenças cardíacas estruturais ou com
arritmias preexistentes encontra-se em maior risco para desenvolvimento de
arritmias durante a gestação.
Assertiva II: FALSA. As gestantes com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca
podem manter o quadro estável no início da gestação.
Assertiva III: FALSA. Tanto captopril quando losartana são contraindicados na
gestação. Uma possível substituição medicamentosa para hipertensas crônicas
seria com uso de metildopa.
▶ resposta: A

108 (PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA - 2018) Assinale a questão incorreta:

A. Após o teste rápido para Sífilis e VDRL negativos no acolhimento, deve-se


repetir o exame no 3º trimestre (28ª semana), no momento do parto e em caso
de abortamento.
B. A maioria dos casos de toxoplasmose pode acontecer sem sintomas ou com
sintomas bastante inespecíficos, portanto, os casos positivos não precisam ser
notificados.
C. Gestante soronegativa para toxoplasmose IgG (-) e IgM (-) deve-se realizar a
prevenção primária e repetir a sorologia de três em três meses e no momento
do parto.
D. Gestante IgG (+) e IgM (+) para toxoplasmose: possibilidade de infecção
durante a gestação, portanto, realizar teste de avidez de IgG na mesma
amostra.

subtópico:
Infecções na gestação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão pergunta a opção INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O rastreamento para sífilis deve ser realizado no
momento do acolhimento no pré-natal, repetido no 3º trimestre da gestação (a
partir da 28ª semana), no momento do parto e caso a paciente interne por
abortamento.
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de a maioria dos casos de toxoplasmose
acontecer sem sintomas ou com sintomas inespecíficos e o diagnóstico ser feito
pelo exame laboratorial, todos os casos devem ser notificados.
Alternativa C: CORRETA. Em gestantes suscetíveis (IgG -), devemos orientar em
relação à prevenção da doença (evitar comer salada e alimentos crus, evitar
contato com gatos) e repetir as sorologias de 3 em 3 meses.
Alternativa D: CORRETA. Gestante com resultado IgG e IgM positivos para
toxoplasmose pode representar infecção nova ou antiga, sendo necessário realizar
o teste de avidez de IgG para avaliar a necessidade de tratamento.
▶ resposta: B
 

Resumo Prático
1. Ginecologia

1.1 Ciclo Menstrual

Duração do ciclo menstrual: 21 a 35 dias (média de 28 dias).


A ocorrência de ciclos menstruais ovulatórios depende da correta interação
entre três eixos e seus hormônios: hipotálamo, o qual secreta GnRh de forma
pulsátil; hipófise anterior (ou adenoipófise), que, sob estímulo do GnRh, produz as
gonadotrofinas (FSH e LH); e os ovários, responsáveis pela produção dos
hormônios esteroides (estrogênio, progesterona e androgênios) a partir do
feedback positivo exercido pelas gonadotrofinas.
Em nível ovariano, o ciclo menstrual pode ser dividido em três fases: folicular,
ovulatória e lútea.
A fase folicular é a primeira do ciclo e se estende do 1º dia da menstruação até
o pico de LH, no meio do ciclo. O aumento do FSH sob estímulo do GnRh, ainda no
final do ciclo anterior, é o sinal para o recrutamento folicular, principal evento
desta fase. O FSH aumenta a produção estrogênica no estroma ovariano, promove
o crescimento da camada granulosa e estimula a atividade da aromatase, ao
mesmo tempo que o estrogênio aumenta a quantidade de receptores para FSH,
permitindo assim a seleção do folículo dominante (aquele com maior quantidade
de receptores) e o seu desenvolvimento até um folículo maduro.
Nesta fase, ocorre o que chamamos de teoria das “duas células, duas
gonadotrofinas”. Isto é, os ovários possuem dois tipos de células: teca, que
formam a camada externa dos ovários; e granulosa, constituindo a camada
interna. As células da teca, sob estímulo do LH, produzem androgênios
(principalmente testosterona e androstenediona) a partir do colesterol. Esses
androgênios, nas células da granulosa, serão convertidos em estradiol e estrona
sob estímulo do FSH e ação da enzima aromatase.
Desta forma, a maior quantidade de receptores para FSH no folículo dominante
leva à síntese crescente de estradiol. O pico de estradiol exerce feedback positivo
sobre a hipófise, elevando a produção de LH. O pico de LH precede em cerca de 12
horas a rotura do folículo dominante, com eliminação do óvulo.
Uma vez liberado e não ocorrendo a fecundação, o oócito passa a ser chamado
de corpo lúteo ou corpo amarelo, dando início à última fase do ciclo (fase lútea), a
qual é caracterizada pela produção crescente de progesterona. A progesterona
atua tanto centralmente quanto no interior do ovário na supressão de novos
crescimentos foliculares. A regressão do corpo lúteo, que ocorre em um período
fixo de 12 a 16 dias (média de 14 dias), leva a uma queda dos níveis de
progesterona, permitindo assim que ocorra a descamação do endométrio
previamente estimulado pelo estrogênio (menstruação) e suprimindo o feedback
negativo sobre o hipotálamo e a hipófise, levando ao aumento dos níveis de FSH,
já se preparando para um novo ciclo.

1.2 Anticoncepção

Forma de avaliar a eficácia dos métodos contraceptivos: Índice de Pearl, o qual


mede o número de gestações em cada 100 mulheres usando o método por um
ano. Quanto menor o índice de Pearl, mais eficaz é o método.
Os critérios de elegibilidade da OMS determinam situações clínicas em que
cada método deve ou não ser utilizado, classificando-os assim em quatro
categorias: categoria 1: não há restrições para o uso do método; categoria 2: as
vantagens no uso do método superam seus riscos; categoria 3: os riscos no uso do
método superam seus benefícios; categoria 4: o método apresenta um risco
inaceitável para ter seu uso indicado.
Métodos comportamentais: tabelinha, temperatura corporal basal, muco
cervical, coito interrompido. Nenhum deles devem ser indicados de rotina, pois,
além da baixa eficácia (as taxas de falha podem chegar até 20% em um ano),
alteram o comportamento sexual do casal, devendo ser resguardados apenas para
situações em que a crença religiosa da mulher ou do homem condene outros
métodos.
Métodos de barreira: condom masculino ou feminino. Sua importância consiste
no fato de serem os únicos que, além de prevenir gravidez, também protegem
contra ISTs.
Métodos hormonais combinados (estrógeno + progesterona): anticoncepcional
combinado oral, injetável mensal, adesivo transdérmico, anel vaginal.
Principais contraindicações absolutas (categoria 4) aos métodos combinados:

a. TVP/TEP atual ou prévia;


b. Trombofilia;
c. Tabagismo (> 15 cigarros) em maiores de 35 anos;
d. Doença cardíaca isquêmica atual ou prévia;
e. Hipertensão arterial sistêmica descompensada ou associada à
vasculopatia;
f. Diabetes mellitus com mais de 20 anos de doença ou associada à
vasculopatia;
g. Múltiplos fatores de risco para DCV;
h. Acidente vascular cerebral atual ou prévio;
i. Enxaqueca com aura;
j. Câncer de mama atual;
k. Doença hepática descompensada;
l. Lactante nas primeiras 6 semanas pós-parto.

Progestínicos isolados: pílula oral, injetável trimestral, implante subdérmico,


SIU de levonorgestrel.
As únicas contraindicações absolutas (categoria 4) ao uso dos progestínicos são
gravidez e câncer de mama atual, mas, em algumas situações, como história atual
de TVP ou TEP, LES com anticorpos antifosfolípides positivos, tumor hepático
maligno e cirrose descompensada, devem ser evitados (categoria 3).
Dispositivos intrauterinos: DIU de cobre e DIU medicado com levonorgestrel.
Junto com o implante subdérmico, constituem o grupo dos métodos
contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs).
Os principais efeitos adversos relacionados ao DIU de cobre são aumento da
dismenorreia e do fluxo menstrual, ao contrário do DIU de levonorgestrel, que em
geral costuma aliviar as cólicas e reduzir o sangramento menstrual.
As principais contraindicações absolutas (categoria 4) ao uso dos dispositivos
intrauterinos são:

a. Doença inflamatória pélvica (DIP) ou doença sexualmente transmissível


(DST) atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses);
b. Imediatamente pós-aborto séptico;
c. Cavidade uterina com alteração de sua anatomia;
d. Sangramento uterino inexplicado;
e. Câncer cervical ou endometrial.

Contracepção de emergência: levonorgestrel 1,5 mg dose única ou 0,75mg de


12/12 h, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual, mas idealmente nas
primeiras 72 horas. Não deve, em hipótese alguma, ser utilizada de rotina; suas
principais indicações são: abuso sexual, ruptura do condom ou deslocamento do
DIU.
Contracepção definitiva: laqueadura tubária ou vasectomia.
Critérios para realizar: Maiores de 25 anos OU com pelo menos 2 filhos vivos.
Durante o parto, somente se houver risco de vida ou à saúde da mulher ou do
futuro concepto (testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos).

1.3 Amenorreia

Definida como ausência de menstruação por, no mínimo, 3 ciclos ou 6 meses


em pacientes que já apresentaram menarca (amenorreia secundária) ou ausência
da menarca em meninas a partir de 13 anos sem caracteres sexuais secundários
ou maiores de 15 anos com caracteres sexuais secundários normais (amenorreia
primária).
Embriologicamente, a genitália interna feminina é formada pelos ductos de
Muller (ou paramesonéfricos), que dão origem às tubas uterinas, útero e vagina
superior (2/3 superiores).
Já a genitália externa é formada a partir de estruturas comuns a ambos os
sexos (trato urogenital) e o que determinará o fenótipo feminino é apenas a
ausência de androgênios.
As causas de amenorreia podem ser divididas em quatro compartimentos: I –
Uterovaginais; II – Ovarianas; III – Hipofisárias; IV – Hipotalâmicas.
Entre as causas uterovaginais, destacam-se as malformações mullerianas, em
especial a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser e a insensibilidade aos
androgênios (síndrome de Morris):

a. Síndrome de Rokitansky: O cariótipo é 46 XX e os ovários são normais,


porém, há agenesia de vagina e desenvolvimento uterino variável, desde útero
normal, obstruído, rudimentar à agenesia uterina completa. Os caracteres
sexuais secundários são normais e há frequente associação com anormalidades
renais ou das vias urinárias.
b. Síndrome de Morris: Cariótipo 46 XY, porém, devido a um defeito nos
receptores androgênicos, que não respondem à testosterona, a genitália
externa é feminina. Estes pacientes possuem testículos, mas não há genitália
interna, nem feminina nem masculina. Na puberdade, ocorre desenvolvimento
mamário e crescimento de pelos, porém, o mamilo é imaturo e os pelos finos e
escassos.

Ainda no compartimento uterovaginal, causas comuns de obstrução do trajeto


de saída incluem hímen imperfurado e septo vaginal transverso. Essas meninas
normalmente cursam com amenorreia primária e podem apresentar dor pélvica
cíclica, além de massa perirretal palpável devida à coleção de sangue na vagina
(hematocolpo).
A principal causa ovariana de amenorreia primária é a disgenesia gonadal
(síndrome de Turner – cariótipo 46X, genitália externa feminina, útero normal,
ovários em fita), e a de amenorreia secundária é a insuficiência ovariana precoce,
definida com o diagnóstico clínico-laboratorial de menopausa antes dos 40 anos
em mulheres com cariótipo normal. Nesses casos, a ausência de feedback
negativo do estrogênio sobre as gonadotrofinas culmina com elevação dos níveis
de FSH e LH, o que é chamado de hipogonadismo hipergonadotrófico.  
No grupo das causas hipofisárias, destaca-se o adenoma hipofisário
(principalmente prolactinoma), tumor benigno que age secretando hormônio de
forma inapropriada, provocando, então, alterações endócrinas, dentre elas,
amenorreia; e a Síndrome de Sheehan, definida como necrose hipofisária
secundária à hipóxia após uma hemorragia pós-parto com instabilidade
hemodinâmica.
As causas hipotalâmicas lideram o grupo, visto que inúmeras situações podem
inibir a secreção pulsátil do GnRh e, com isso, interferir no ciclo menstrual: estados
de grande tensão, distúrbios psiquiátricos ou alimentares, doenças crônicas,
desnutrição, obesidade, exercício físico extenuante, além de algumas drogas
(anticoncepcionais hormonais, androgênios, antidepressivos, metildopa,
metoclopramida).
As causas hipotalâmicas, junto com as hipofisárias, representam o chamado
hipogonadismo hipogonadotrófico, que, como o próprio nome sugere, cursa com
baixos níveis de gonadotrofinas.
Investigação inicial da amenorreia primária: exame físico, ultrassonografia
pélvica, FSH e cariótipo.
Investigação inicial da amenorreia secundária: anamnese e exame físico,
dosagem de FSH e prolactina. Se houver hiperprolactinemia, sempre solicitar RNM
de sela túrcica para excluir tumor hipofisário.

1.4 Síndrome dos ovários policísticos

Principal causa de anovulação crônica hiperandrogênica.


Intrinsicamente associada à resistência insulínica e à síndrome metabólica.
Manifestações clínicas: irregularidade menstrual (desde amenorreia ou
oligomenorreia a sangramento uterino disfuncional), hirsutismo, obesidade, acne,
seborreia, acantose nigricans e infertilidade.
Diagnóstico: dois dos três critérios de Roterdam (oligomenorreia, sinais
clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo, presença de 12 ou mais folículos
ovarianos medindo de 2 a 9 mm ou volume ovariano > 10 cm³ à ultrassonografia).
Laboratório: androgênios aumentados (testosterona total e livre,
androstenediona, S-DHEA), LH aumentado, FSH diminuído (inversão da relação
LH/FSH), aumento dos estrógenos, resistência à insulina e redução da SHBG.
Tratamento: Dieta e atividade física, objetivando perda de peso para todas, e
tratamento dos sintomas. Se ocorrer irregularidade menstrual, utilizar
anticoncepcionais orais para regularizar o ciclo. Se hirsutismo, contraceptivos orais
anti-androgênicos (acetato de ciproterona) associados ou não à espirinolactona. Se
desejo de gestar, indutores da ovulação (letrozol ou citrato de clomifeno). E em
casos de resistência à insulina, iniciar metformina.

1.5 Sangramento uterino anormal

O que define um sangramento uterino como anormal é a mudança do padrão


individual de sangramento daquela mulher.
A etiologia do SUA pode ser dividida dois grandes grupos: o das causas
orgânicas, que inclui gestação, doenças sistêmicas ou pélvicas, traumas e uso de
medicamentos; e o de origem disfuncional, que por definição ocorre como
consequência de alterações nos mecanismos endócrinos que regulam o ciclo
menstrual.
Apesar de ocorrer em todas as faixas etárias, o sangramento uterino anormal
predomina nos extremos de idades (adolescência e perimenopausa), quando
ocorrem a maior parte dos ciclos anovulatórios. Porém, as principais causas de
SUA variam de acordo com a faixa etária:

a. Neonatos: supressão estrogênica;


b. Infância: corpo estranho, trauma (atenção para abuso sexual), infecção,
tumores vaginais (sarcoma botrioide), puberdade precoce;
c. Adolescência: anovulação, discrasias sanguíneas (púrpura
trombocitopênica idiopática e doença de Von-Willebrand), gravidez, uso de
anticoncepcionais, infecção, anormalidades anatômicas;
d. Adultas: Causas gestacionais, ginecopatias (pólipos, leiomiomas,
adenomiose), doenças endócrinas ou sistêmicas (tireoidopatias,
hiperprolactinemia), uso de anticoncepcionais, infecção.
e. Pós-menopausa: atrofia endometrial, terapia de reposição hormonal,
hiperplasia/câncer de endométrio, pólipos endometriais, outras neoplasias.

Abordagem diagnóstica: anamnese e exame físico (incluindo exame especular),


beta-hCG, ultrassonografia pélvica/transvaginal e outros, a depender da suspeita
(coagulograma, TSH e T4 livre, prolactina etc.).
Sangramento na pós-menopausa demanda sempre avaliação endometrial por
meio de ultrassonografia. Consideramos espessamento endometrial medidas acima
de 4 mm para não usuárias de TH e acima de 8 mm para usuárias de hormônio
exógeno. Se diagnosticado espessamento endometrial, uma biópsia do
endométrio deve ser realizada, de preferência, guiada por histeroscopia (padrão
ouro).
Nos casos de sangramento uterino anormal por causas orgânicas, o tratamento
será corrigir a doença de base. Já quando se trata de um sangramento uterino
disfuncional, podemos lançar mão de: AINES (ácido mefenâmico), antifibrinolíticos
(ácido tranexâmico), anticoncepcionais orais combinados, progestogênios ou SIU
medicado com levonoegestrel e, em último caso, pode ser necessário o
tratamento cirúrgico com ablação endometrial, curetagem uterina ou até mesmo
histerectomia.
1.6 Endometriose

Doença benigna de etiologia não completamente compreendida, caracterizada


pela presença de glândulas endometriais fora da musculatura e da cavidade
uterina.
Principais sítios de implantação: ovários (endometrioma), trompa e peritônio.
Manifestações clínicas: dor pélvica crônica que se agrava no período menstrual
e dispareunia profunda são os sintomas mais comuns. A depender do sítio de
implantação do foco endometriótico, pode haver ainda alterações intestinais ou
urinárias (geralmente cíclicas) e dificuldade para gestar.
Diagnóstico: essencialmente clínico. A ultrassonografia com preparo intestinal
para pesquisa de endometriose ou a ressonância magnética pélvica podem
auxiliar na detecção dos focos endometrióticos, sendo a videolaparoscopia o
método de eleição para o diagnóstico, estadiamento e tratamento cirúrgico da
doença, embora não seja indicada em todos os casos para este fim. O marcador
tumoral CA-125 tem baixa sensibilidade e especificidade e deixou de ser utilizado
na atualidade para diagnóstico da patologia.
Tratamento: Inicialmente clínico, por meio do uso contínuo de
anticoncepcionais orais hormonais ou progestínicos isolados para bloqueio do
ciclo menstrual. Métodos hormonais injetáveis, SIU com levonorgestrel, além de
análogos do GnRh são outras opções que podem ser empregadas. Em casos
refratários, pode ser indicado tratamento cirúrgico para retirada dos focos
endometrióticos, preferencialmente por via laparoscópica. Endometriomas
maiores que 4 cm³ raramente respondem ao tratamento clínico e por este motivo
podem ser tratados inicialmente com cirurgia, dando-se preferência à cistectomia
com preservação dos ovários.

1.7 Infertilidade conjugal

Definida como ausência de gestação após 12 meses de tentativa com relações


sexuais regulares e sem método contraceptivo. É dita primária quando não houve
gestação anterior e secundária se já existiu (independentemente de ter resultado
em parto ou abortamento).
Em mulheres com 35 anos ou mais, podemos iniciar a investigação com apenas
6 meses de tentativa sem sucesso.
Etiologia: fator tubário (30%), fator ovulatório (20%), fator uterino (10%), fator
masculino (30%), sem causa aparente (10%).
 
Propedêutica básica:

a. Prolactina, TSH e pesquisa de SOP (investigação de anovulação);


b. USG TV com contagem de folículos antrais, FSH e hormônio anti-
Mulleriano (avaliação da reserva ovariana);
c. USG TV e/ou histeroscopia (avaliação da cavidade uterina);
d. Histerossalpingografia (avaliação tubária);
e. Espermograma (avaliação do fator seminal).
 
Opções terapêuticas:

a. Indução da ovulação com coito programado ou inseminação artificial: se


anovulação (principal estimulante: citrato de clomifeno);
b. Fertilização in vitro: obstrução tubária, falência ovariana ou
comprometimento seminal grave.

1.8 Climatério

Definição: período de transição do ciclo reprodutivo feminino para o não


reprodutivo, iniciando-se com os primeiros indícios de falha ovariana e se
estendendo até a senilidade (que por definição, se inicia aos 65 anos).
Já menopausa é definida como a última menstruação da mulher após um
período mínimo de 12 meses de amenorreia secundária à falência ovariana.
Didaticamente, dividimos o climatério em duas fases: perimenopausa, a qual
inclui os anos que antecedem a menopausa e em que já se observam sinais e
sintomas de insuficiência ovariana; e pós-menopausa, período que se inicia 12
meses após a última menstruação e vai até os 65 anos.
Alterações hormonais características desta fase: diminuição dos níveis de
inibina -> elevação dos níveis de FSH -> redução ovariana da produção dos
esteroides sexuais (estrogênio, progesterona e androgênios) e elevação dos níveis
de LH.
Manifestações clínicas: oligomenorreia, sintomas vasomotores (fogachos),
distúrbios do sono, atrofia urogenital, disfunção sexual, irritabilidade e alterações
do humor, elevação do risco cardiovascular, perda de massa óssea e alterações
cognitivas (esses três últimos, a longo prazo). Essas manifestações aparecem de
forma variada em cada mulher, indo desde as totalmente assintomáticas àquelas
com queixas importantes, que comprometem seriamente sua qualidade de vida.
Diagnóstico: Essencialmente clínico. A única situação em que se faz necessária
dosagem hormonal para comprovação diagnóstica (FSH > 20 a 40 UI/L) é na
insuficiência ovariana precoce, isto é, na ocorrência da menopausa antes dos 40
anos de idade.
Entretanto, outros exames complementares devem ser solicitados
periodicamente na mulher menopáusica para rastreio de eventos
cardiovasculares, neoplasias e outras patologias. São eles: colpocitologia oncótica
a cada 3 anos; mamografia a partir dos 40 anos; densitometria óssea para
pacientes com mais de 65 anos; pesquisa de sangue oculto nas fezes após os 50
anos; além de lipidograma, glicemia de jejum e outros como função tireoidiana e
USG transvaginal a depender da sintomatologia da paciente.
Indicações de TRH (Terapia de Reposição Hormonal): Fogachos moderados a
severos, atrofia urogenital e insuficiência ovariana precoce.
Todas as pacientes com útero devem usar terapia hormonal combinada, isto é,
componente estrogênico + progestínico, exceto nos casos da via vaginal (indicado
quando a mulher apresenta exclusivamente sintomas geniturinários).
A via transdérmica é considerada como primeira linha por reduzir o risco,
sobretudo, de acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso. No entanto,
enquanto a via transdérmica tende e diminuir os níveis séricos de triglicerídeos, a
via oral é importante sobretudo nas paciente portadoras de hipercolesterolemia,
visto que impacta no metabolismo dos lipídios, melhorando os níveis séricos de
LDL e HDL.

1.9 Vulvovaginites

1.9.1 Vaginose bacteriana

Principal patógeno envolvido: Gardnerella vaginalis.


Quadro clínico: corrimento vaginal fluido, branco-acinzentado ou amarelado,
com odor fétido, que piora durante a menstruação ou o coito.
Diagnóstico: presença de três dos quatro critérios de Ansel (corrimento branco-
acinzentado; pH vaginal > 4,5; teste das aminas positivo; visualização das clue cells
ou células-guia no exame microscópico a fresco da secreção vaginal).
Tratamento: metronidazol 500 mg, VO, 12/12 h por 7 dias OU metronidazol gel,
01 aplicador, via vaginal por 5 noites.

1.9.2 Candidíase vulvovaginal

Principal patógeno envolvido: Candida albicans.


Quadro clínico: corrimento vaginal branco, grumoso, inodoro, associado a
prurido vulvovaginal, ardência, hiperemia ou edema.
Diagnóstico: clínico. O exame microscópico a fresco da secreção vaginal revela
pseudo-hifas.
Tratamento: miconazol creme, 1 aplicador, via vaginal, por 7 noites OU nistatina
creme, 1 aplicador, via vaginal, por 14 noites OU fluconazol 150 mg, VO, dose
única.

1.9.3 Tricomoníase
Principal patógeno envolvido: Trichomonas vaginalis.
Quadro clínico: corrimento vaginal amarelo ou esverdeado, bolhoso e com mau
cheiro, associado à presença de colpite focal ou difusa no exame físico (“colo em
framboesa” ou “tigroide” ao teste de Schiller).
Diagnóstico: clínico. O exame microscópico a fresco da secreção vaginal revela
o protozoário flagelado.
Tratamento: metronidazol 500 mg, VO, 12/12 h por 7 dias OU metronidazol 2 g,
VO, dose única.
É considerada uma DST, logo, o parceiro também deve ser tratado.

1.10 Cervicite

Principais patógenos envolvidos: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.


Quadro clínico: presença de secreção mucopurulenta no orifício externo do colo
uterino, podendo estar associado a dispareunia, disúria, sangramento pós-coito e
colo congesto e friável ao exame físico.
Diagnóstico: clínico. Se possível, realizar teste do cotonete (coletar conteúdo
vaginal com um cotonete e observar se há muco purulento contrapondo-o em
papel branco) e coletar material para cultura de gonococo e pesquisa de clamídia.
Se houver presença de secreção cervical mucopurulenta OU colo friável OU dor
à mobilização do colo OU presença de qualquer critério de risco (parceiro com
sintomas, paciente com múltiplos parceiros sem proteção, paciente acredita ter se
exposto a DST, paciente proveniente de áreas de alta prevalência de gonococo ou
clamídia), está indicado o tratamento.
Tratamento: azitromicina 1 g, VO, dose única OU Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12
h, por 7 dias + ceftriaxone 250 mg, IM, dose única OU ciprofloxacino 500 mg, VO,
dose única.
Sempre tratar o parceiro sexual.

1.11 Doença inflamatória pélvica


Principal complicação das cervicites, que ocorre em consequência da ascensão
dos micro-organismos pelo trato genital superior. Logo, os principais patógenos
envolvidos são os mesmos citados acima (Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
trachomatis).
Manifestações clínicas: endometrite, aderências tubárias, abscesso tubo-
ovariano.
Complicações: Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (aderência peri-hepática tipo
“cordas de violino”), infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica.
Diagnóstico: 3 critérios maiores (dor infraumbilical ou pélvica, dor à mobilização
do colo uterino e dor à palpação dos anexos) + 1 critério menor (febre, conteúdo
vaginal ou endocervical anormal, massa pélvica, leucocitose, PCR ou VHS elevado,
> 5 leucócitos/campo de imersão em secreção endocervical e comprovação
laboratorial de infecção cervical pelo gonococo, clamídia ou micoplasma) OU 1
critério elaborado (evidência histopatológica de endometrite, presença de abscesso
tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem ou
videolaparoscopia com evidência de DIP).
Estadiamento (classificação de Monif): Estágio 1: Endometrite e/ou salpingite
aguda, sem peritonite. Estágio 2: Salpingite aguda com peritonite. Estágio 3:
Abscesso tubo-ovariano íntegro ou oclusão tubária. Estágio 4: Abscesso tubo-
ovariano roto ou acima de 10 cm.
O tratamento a ser instituído depende da classificação acima. Assim, apenas o
estágio 1 pode ser tratado ambulatorialmente. Os estágios 2 e 3 requerem
internamento para antibioticoterapia venosa, enquanto no estágio 4 o tratamento
é cirúrgico.
Tratamento ambulatorial: ceftriaxone 250 mg, IM, dose única + doxiciclina 100
mg, VO, 12/12 h, por 14 dias + metronidazol 500 mg, VO, 12/12 h, por 7 dias.
Tratamento hospitalar: cefoxitina 2g, EV, 6/6 h OU ceftriaxona 1 g, EV, 12/12 h +
doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 h por 14 dias.
Manter terapia parenteral até 24 horas após melhora clínica, podendo ser
substituída pela via oral.
Outras indicações de terapia parenteral são: gestantes, imunocomprometidas
ou pacientes apresentando persistência dos sintomas após 72 h de tratamento
ambulatorial.
Os parceiros sexuais devem ser examinados e tratados com azitromicina 1 g,
VO, dose única + ciprofloxacino 500 mg, VO, dose única.

1.12 Úlceras genitais

1.12.1 Herpes genital

Doença ulcerativa mais frequente, que se caracteriza por ser recorrente e


incurável.
Principal patógeno envolvido: herpes vírus tipo 2 (o tipo 1 está mais implicado
nas lesões não genitais).
Quadro clínico: vesículas que evoluem para úlceras e em seguida formam
crostas, múltiplas e dolorosas.
Diagnóstico: clínico.
Tratamento: aciclovir 400 mg, 8/8 h, por 7 a 15 dias (se infecção primária) ou
por 5 dias (se recorrência).

1.12.2 Sífilis
Doença infectocontagiosa, transmitida sexualmente, mas também por via
transplacentária.
Principal patógeno envolvido: Treponema pallidum.
Quadro clínico:

a. Sífilis primária: lesão ulcerada, única, indolor, com fundo limpo e bordas
endurecidas (cancro duro);
b. Sífilis secundária: placas múltiplas de base ampla com coloração rosa-
acinzentada a branca (condiloma plano), normalmente associadas a lesões
cutâneas difusas, como máculas/pápulas nas palmas e plantas das mãos e pés
(sifílides);
c. Sífilis terciária: manifestações tardias e mais graves, com acometimento
sobretudo do SNC e aparelho cardiovascular.

Pode ainda ficar um longo período assintomática, sendo chamada de sífilis


latente, a qual é dita recente se houve contágio há menos de 1 ano ou tardia caso
ultrapasse esse período ou tenha tempo indeterminado.
Diagnóstico: teste não treponêmico (VDRL) + teste treponêmico (FTA-Abs).
Apenas em gestantes o diagnóstico e o tratamento podem ser feitos apenas
com um teste de triagem positivo (não treponêmico).
Tratamento: penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, IM, dose única (se
primária, secundária ou latente recente) ou três doses a cada semana (se terciária,
latente tardia ou indeterminada).
Os parceiros sexuais devem ser tratados e outras sorologias devem ser
pesquisadas no casal (HIV, HTLV, AgHbs e Anti-HCV).

1.13 Lesões precursoras do câncer de colo de útero


Rastreamento universal para mulheres sexualmente ativas entre 25 e 64 anos
(desde que tenham dois exames consecutivos negativos nos últimos 5 anos)
através da colpocitologia oncótica (ou papanicolau). Os dois primeiros exames
devem ser realizados anualmente e se ambos forem negativos, o rastreio passa a
ser a cada 3 anos.
Mulheres submetidas a histerectomia total por lesões benignas podem ser
excluídas do rastreamento desde que apresentem exames anteriores normais.
O HPV (sobretudo os subtipos 16 e 18) é condição necessária para as lesões
neoplásicas ou pré-neoplásicas do colo do útero, porém, não é condição suficiente.
Isso quer dizer que demais fatores, como imunidade, tabagismo e outros, também
parecem estar envolvidos na patogênese das lesões.
Tríade para o diagnóstico do câncer de colo do útero: citologia + colposcopia +
histopatológico.
 
Interpretação dos resultados citológicos:

a. ASC-US (células escamosas atípicas de significado indeterminado


possivelmente não neoplásicas): repetir citologia em 12 meses (se < 30 anos)
ou em 6 meses (se 30 anos ou mais). Solicitar colposcopia somente se novo
resultado for anormal.
b. ASC-H (células escamosas atípicas de significado indeterminado, não
podendo excluir lesão de alto grau): colposcopia + biópsia se surgirem achados
colposcópicos anormais.
c. AGC (células glandulares atípicas de significado indeterminado):
colposcopia + biópsia se houver achados colposcópicos anormais. Pacientes
maiores de 35 anos devem ainda ter avaliação endometrial, por meio de
ultrassonografia transvaginal.
d. LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau): repetir citologia em 6 meses.
Solicitar colposcopia somente se houver novo resultado anormal.
e. HSIL (lesão intraepitelial de alto grau): colposcopia + biópsia se houver
achados colposcópicos anormais.

Mulheres com menos de 25 anos que, porventura, tenham sido submetidas à


citologia e apresentem um resultado anormal podem ser acompanhadas com
condutas mais flexíveis visto que, nesta faixa etária, predominam as alterações
benignas reparativas e há alta taxa de regressão espontânea.
Ao contrário, pacientes imunossuprimidas frequentemente demandam
condutas mais rigorosas, a começar pela periodicidade do rastreio, que deve ser
semestral no primeiro ano, passando para anual se houver resultados normais,
além de ser iniciado logo após a coitarca.
Mulheres com vulvovaginites importantes devem ter suas infecções tratadas
antes da coleta, bem como mulheres menopausadas devem realizar
estrogenização via vaginal previamente. Ambas as situações podem determinar
resultados falso-positivos.
Gestantes não só podem como devem realizar citologia e colposcopia se
houver indicação. Entretanto, frente a um achado anormal, recomenda-se realizar
biópsia somente se houver suspeita de câncer invasor.
Citologias anormais com colposcopias normais frequentemente exigem estudo
do canal (principalmente se JEC não estiver visível completamente), o que pode ser
realizado por meio do escovado endocervical ou curetagem endocervical.
 
Conduta frente a resultados histopatológicos anormais:

a. Lesão intraepitelial de baixo grau (NIC I): acompanhamento com citologia


e colposcopia semestral por 2 anos. Caso os resultados sejam negativos, a
paciente estará liberada para rastreio universal. Se houver persistência do NIC
1, pode-se realizar manutenção do seguimento ou tratamento excisional,
considerando a idade, paridade e preferência da paciente.
b. Lesão intraepitelial de alto grau (NIC II/III): tratamento excisional e
manutenção do seguimento semestral por 1 ou 2 anos (a depender de as
margens serem livres ou comprometidas) e, em seguida, anualmente, até
completar os primeiros 5 anos, quando poderá retornar ao rastreio universal
caso todos os resultados tenham sido negativos.

1.14 Atendimento à vítima de violência sexual

Acolhimento: em ambiente reservado, de preferência, por equipe


multidisciplinar, incluindo assistente social e psicólogo.
Atendimento clínico: dispensa a apresentação de boletim de ocorrência e deve
incluir: história detalhada do ato (local, dia e hora, tipo de violência sofrida,
número de agressores etc.) e exame físico/ginecológico.
Coleta de vestígios (secreção vaginal e/ou anal, vestes e objetos com possível
presença de sêmen ou outros fluidos biológicos etc.) o mais rapidamente possível
após o momento da agressão (de preferência, antes de 72 h).
Anticoncepção de emergência para todas as mulheres em idade reprodutiva
que tenham tido contato certo ou duvidoso com sêmen (exceto se ela estiver
usando um método contraceptivo de elevada eficácia).
Profilaxias para HIV, hepatite B, sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase o mais
rapidamente possível.
Notificação compulsória dentro de 24 h.
Exames complementares: sorologias, tipagem sanguínea e beta-hCG.
Em casos de gravidez oriunda de agressão sexual, é direito da mulher optar por
interrupção da gestação (se até 22 semanas), e segundo o Código Penal, não é
necessário apresentar qualquer documento para a prática do abortamento, a não
ser o consentimento, por escrito, da mulher e/ou seu representante legal.
 

2. OBSTETRÍCIA

2.1 Diagnóstico e datação da gravidez

O diagnóstico de gravidez pode ser clínico, laboratorial ou ultrassonográfico, a


depender da idade gestacional.
Os sinais clínicos de gestação podem ser divididos em: sinais de presunção, de
probabilidade ou de certeza.
Os sinais de presunção incluem os sintomas que a gestante pode manifestar,
como: atraso menstrual, náuseas, polaciúria, congestão mamária e mastalgia,
percepção materna dos movimentos fetais (em torno de 16 a 20 semanas),
presença dos tubérculos de Montegomery (glândulas mamárias acessórias
hipertrofiadas), rede de Haller (aumento da vascularização venosa da mama) e
sinal de Hunter (aumento da pigmentação dos mamilos).
Os sinais de probabilidade são:

a. Sinal de Hartman: sangramento que ocorre 7 a 8 dias após a fecundação


devido à implantação do blastocisto;
b. Sinal de Hegar: consistência elástica e amolecida do útero ao toque
bimanual;
c. Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao toque vaginal;
d. Sinal de Piskacek: assimetria uterina à palpação abdominal;
e. Sinal de Nobile-Budin: percepção do preenchimento do fundo de saco
posterior pelo útero ao toque vaginal;
f. Sinal de Goodel: amolecimento do colo uterino;
g. Sinal de Jacquemier ou Chadwick: coloração violácea da mucosa vulvar;
h. Sinal de Kluge: coloração violácea da mucosa vaginal.
 
Sinais de certeza:

a. Ausculta do BCF com o sonar (entre 10 e 12 semanas);


b. Sinal de Puzos: percepção do rechaço fetal intraútero ao toque vaginal (a
partir da 14ª semana);
c. Percepção das partes fetais ou movimentação fetal pelo examinador (a
partir de 18 a 20 semanas).

Laboratorialmente, a gestação pode ser diagnosticada pela detecção da fração


beta da gonadotrofina coriônica humana (Beta-hCG) no plasma ou na urina
materna, que pode ser detectada a partir do 8º ao 11º dia após a fecundação e são
considerados positivos valores > 25 mUI/ml.
A ultrassonografia obstétrica transvaginal (preferida no 1º trimestre) ou
transabdominal não só permite o diagnóstico de gravidez, como também a sua
datação. O melhor período para se datar a gestação é entre 6 e 12 semanas,
quando se utiliza como parâmetro o comprimento cabeça nádega (CCN).
O saco gestacional pode ser visualizado através da USG TV a partir da 4ª
semana de gestação (Beta-hCG > 1000 a 1500 mUI/mL), enquanto o eco
embrionário e os batimentos cardíacos podem ser visualizados em torno de 6 a 7
semanas.
A idade gestacional corresponde ao tempo transcorrido entre o 1º dia da última
menstruação e a data atual. Quando há discordância entre a IG calculada pela DUM
e a ultrassonográfica, considera-se a DUM caso a diferença esteja dentro do
intervalo de confiança ecográfica (1 semana no primeiro trimestre, 2 semanas no
segundo trimestre e 3 semanas no terceiro trimestre). Caso contrário, deve-se
considerar a IG calculada pela ultrassonografia.
Para cálculo da data provável do parto utiliza-se a Regra de Nagele, através da
qual se soma 7 ao dia da última menstruação e 9 ao mês correspondente (nos
meses posteriores a março, somam-se 7 dias e subtraem-se 3 meses, devendo-se
ainda somar 1 ao ano).

2.2 Assistência pré-natal

Recomenda-se que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas de pré-natal (1


do primeiro trimestre, 2 no segundo trimestre e 3 no terceiro trimestre). No
entanto, o manual de pré-natal do Ministério da Saúde recomenda que, sempre
que possível, as consultas devem ser realizadas conforme a seguir: mensalmente
até a 28ª semana, quinzenalmente entre 28 e 36 semanas, e semanalmente a
partir de 36 semanas até o parto.
A rotina de pré-natal deve incluir anamnese completa com avaliação do risco
gestacional (idade, paridade, história ginecológica e obstétrica, antecedentes
pessoais e familiares, hábitos de vida e estado atual); exame físico direcionado:
medida do peso e cálculo do IMC, PA, pesquisa de edema, exame ginecológico e
mamário, além do exame abdominal, com registro da situação, posição e
apresentação fetal (manobras de Leopold), do BCF e da percepção dos
movimentos fetais, além da medida da altura uterina; e orientações acerca das
queixas mais comuns, nutrição e suplementação, e outros cuidados.
Exames laboratoriais na rotina pré-natal de risco habitual (segundo o manual
do Ministério da Saúde):

a. Hemograma (1ª consulta e 3ª trimestre);


b. Tipagem sanguínea e fator Rh (1ª consulta);
c. Coombs indireto se gestante for Rh negativo (1ª consulta, 28, 32, 36 e 40
semanas);
d. Glicemia de jejum (1ª consulta);
e. Sumário de urina e urocultura (1ª consulta e 3º trimestre);
f. VDRL ou teste rápido para sífilis (1ª consulta, 3º trimestre e no momento
da internação para parto ou abortamento);
g. Anti-HIV (1ª consulta, 3º trimestre e no momento da internação para
parto ou abortamento);
h. Toxoplasmose IgG e IgM (1ª consulta e trimestralmente, caso a paciente
seja suscetível);
i. Sorologia para hepatite B (1ª consulta, 3º trimestre e no momento da
internação para parto ou abortamento);
j. Teste de tolerância oral à glicose (entre 24 e 28 semanas).

Embora o Ministério da Saúde não recomende, a maioria dos autores inclui na


rotina de pré-natal o rastreio para Streptococcus do grupo B através do swab
vaginal e anal entre 35 e 37 semanas.
Apesar de ser um exame bastante corriqueiro, o Ministério da Saúde não
considera obrigatória a realização de ultrassonografias durante a gestação.
Porém, sempre que possível, nas gestações de risco habitual, devem ser realizados
exames seguindo o cronograma a seguir:

a. USG transvaginal entre 7 e 12 semanas para datação da gravidez;


b. USG morfológica do 1º trimestre, entre 11 e 14 semanas;
c. USG morfológica do 2º trimestre com Doppler das artérias uterinas e
cervicometria, entre 20 e 24 semanas;
d. USG obstétrica entre 34 e 36 semanas para avaliação do crescimento
fetal, líquido amniótico e placenta.

Calendário de vacinação da gestante:

a. Hepatite B: se não estiver vacinada, ou tiver situação vacinal


desconhecida ou anti-Hbs < 10 UI/ml, realizar 3 doses: 0, 1 e 6 meses. Se o
esquema estiver incompleto, completar com doses faltantes. Não vacinar se
houver comprovação vacinal completa e anti-Hbs > 10 UI/ml.
b. dT/dTpa: Se não estiver vacinada ou houver situação vacinal
desconhecida, realizar 3 doses: a primeira (dT) quando identificada a
necessidade, a segunda (dT) após 30 a 60 dias da primeira dose, e a terceira
(dTpa), 30 a 60 dias após a segunda dose. Se o esquema estiver incompleto,
completar conforme doses faltantes, sendo pelo menos uma dose de dTpa. Se
o esquema estiver completo (3 doses ou mais), realizar 1 dose de dTpa a partir
da 20ª semana (mas preferencialmente entre 27 e 36 semanas),
independentemente de já ter sido realizada em outra gravidez e do intervalo
entre as gestações.
c. Influenza: 1 dose anual em qualquer idade gestacional.

Vacinas que podem ser consideradas na gestação conforme situação clínica:


raiva, se houver acidente com animal contaminado ou possivelmente
contaminado; febre amarela quando os benefícios superam os riscos (em
situações de surto ou em caso de viagens inevitáveis para regiões endêmicas).
Vacinas contraindicadas na gestação são as de vírus vivos atenuados: rubéola,
sarampo, caxumba.

2.3 O parto

Estática fetal:

a. Situação: relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino


(longitudinal, transversal ou oblíqua);
b. Posição: relação do dorso fetal com os pontos de referência do abdome
materno (direita ou esquerda, anterior ou posterior);
c. Apresentação: relação entre o polo fetal e o estreio superior da pelve
(cefálica, pélvica ou córmica);
d. Atitude: relação das diversas partes fetais entre si (flexão ou deflexão);
e. Variedade de posição: relação dos pontos de referência fetais com os
pontos de referência da pelve materna (púbis-ANTERIOR ou sacro-POSTERIOR
ou espinhas isquiáticas-TRANSVERSA, ambas DIREITA ou ESQUERDA).

Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referência fetal é a fontanela


posterior ou lambdoide (OCCÍPITO). Na apresentação cefálica defletida de 1º grau,
também chamada apresentação de bregma, o ponto de referência é a fontanela
anterior ou bregmática, enquanto na defletida de 2º grau (apresentação de fronte) é
a glabela e na defletida de 3º grau, o mento (apresentação de face).
Assim, nas apresentações cefálicas fletidas (90% dos casos), podemos classificar
a variedade de posição em: occípito-púbica (OP), occípito direita anterior (ODA),
occípito direita transversa (ODT), occípito direita posterior (ODP), occípito-sacra
(OS), occípito esquerda posterior (OEP), occípito esquerda transversa (OET),
occípito esquerda anterior (OEA).
O mecanismo do parto cefálico fletido ocorre com uma sequência eventos, a
saber:

a. Insinuação (passagem do maior diâmetro da apresentação pelo estreito


superior): nesse momento, o feto realiza, habitualmente, o movimento de
flexão para possibilitar a diminuição dos diâmetros da apresentação;
b. Descida (continuação da insinuação, pelo qual a cabeça penetra e enche
a escavação): o movimento acessório deste tempo é a rotação interna da
apresentação fetal, permitindo a penetração das espáduas no estreito superior
da bacia;
c. Desprendimento do pólo cefálico: o movimento acessório é a deflexão;
d. Desprendimento das espáduas: ocorre após ou em concomitância à
restituição ou rotação externa do pólo cefálico.
 
Didaticamente, o parto pode ser ainda dividido em quatro períodos clínicos:

a. Dilatação: desde a presença de contrações uterinas rítmicas e intensas o


suficiente para dilatar e apagar o colo uterino até a sua dilatação máxima (10
cm);
b. Expulsão: começa quando a dilatação do colo se completa e termina com
a expulsão fetal;
c. Dequitação: saída da placenta e membranas fetais;
d. Primeira hora pós parto: período de vigilância materna devido ao maior
risco de hemorragias.

A OMS recomenda o manejo ativo do terceiro período, o qual se associa a


menores perdas sanguíneas e menor risco de hemorragia puerperal. Isto inclui:
administração profilática e rotineira de ocitocina 10 UI, intramuscular,
imediatamente após a expulsão fetal; clampeamento tardio do cordão umbilical,
seguido de tração controlada do cordão e massagem uterina.
 

2.4 Sangramentos do 1º trimestre


2.4.1 Abortamento

Definição: interrupção da gestação antes de 20/22 semanas ou com feto


pesando menos de 500 g.
Pode ser classificado em precoce, quando ocorre antes de 12 semanas, ou
tardio, após essa idade gestacional. E é considerado habitual ou recorrente
quando há história de três ou mais abortamentos consecutivos.
Principais causas:

a. Anormalidades cromossômicas: causa mais comum de abortamento (50 a


80% dos abortamentos espontâneos), sendo as aneuploidias a anormalidade
mais comum, principalmente a trissomia do 16.
b. Desordens anatômicas: além das malformações uterinas (útero bicorno,
didelfo ou septado), destaca-se aqui a incompetência istmocervical, principal
causa de abortamentos tardios, que se caracteriza por perdas indolores, com
protusão ou rotura da bolsa amniótica e feto vivo. O tratamento de escolha é a
cerclagem do colo uterino pelo técnica de McDonald.
c. Doenças endócrinas: a insuficiência lútea é uma importante causa de
abortamento precoce, que ocorre por produção insuficiente de progesterona
pelo corpo lúteo, levando a um desenvolvimento inadequado do endométrio e
comprometendo sua receptividade ao embrião. O tratamento, nesse caso, é o
uso de progesterona vaginal micronizada (200 mcg/noite). Além desse
diagnóstico, destaca-se nesse grupo as tireoidopatias, o diabetes mellitus e a
síndrome dos ovários policísticos.
d. Distúrbios imunológicos: o protótipo desse grupo é a Síndrome do
Anticorpo Antifosfolípide (SAF), importante causa de abortamentos de repetição.
Seu diagnóstico se dá por 1 critério clínico (um ou mais episódios de trombose
arterial, venosa ou de pequenos vasos OU uma ou mais mortes uterinas fetais
após 10 semanas OU três ou mais abortamentos espontâneos antes de 10
semanas OU um ou mais partos prematuros com menos de 34 semanas em
decorrência de pré-eclâmpsia, eclâmpsia ou insuficiência placentária) + 1
critério laboratorial (anticoagulante lúpico positivo OU anticardiolipina IgG ou
IgM em altos títulos OU anti beta 2 glicoproteína 1 IgG ou IgM em altos títulos
– ambos repetidos e confirmados em intervalo mínimo de 12 semanas). O
tratamento consiste no uso de AAS e enoxaparina durante toda a gestação.

Apresentações clínicas:

a. Ameaça de abortamento: sangramento vaginal discreto, colo fechado, beta-


hCG positivo e BCF presentes à ultrassonografia.
b. Abortamento retido: sem sangramento, colo fechado, beta negativo ou
decrescente e BCF ausente à ultrassonografia.
c. Abortamento incompleto: sangramento vaginal e dor abdominal
variáveis, OI fechado ou aberto (em curso), Beta-hCG negativo ou decrescente e
USG mostrando restos ovulares.
d. Abortamento completo: sem sangramento, OI fechado, beta-hCG negativo,
útero vazio à USG.
e. Abortamento inevitável: sangramento e dor abdominal variáveis, colo
aberto, beta-hCG positivo, BCF presente à USG.
f. Abortamento infectado: quadro variável, com presença de febre, odor
vaginal fétido ou outros sinais infecciosos.
Diagnóstico: clínica + beta-hcg + ultrassonografia transvaginal (exceto se BCF
presente, útero vazio ou eco endometrial < 15 a 25 mm – a depender do autor) por
AMIU (se menos de 12 semanas) ou curetagem (gestações > 12 semanas). Medicações
como ocitocina endovenosa ou misoprostol via vaginal podem ser utilizadas para
estimular a expulsão do feto antes do esvaziamento uterino. E não devemos
esquecer que gestantes Rh negativo devem receber imunoglobulina anti-Rh 300 mcg,
intramuscular, em dose única, para profilaxia de isoimunização.
Interrupção legal da gestação no Brasil:

a. Situações de risco para a gestante (abortamento terapêutico): deve haver


anuência por escrita de dois médicos.
b. Gravidez decorrente de violência sexual (antes de 20 semanas): não é
necessário apresentar boletim de ocorrência; apenas o relato da gestante e
o desejo de interromper a gestação expresso por termo de consentimento
(assinado pela gestante ou seu representante legal) são suficientes. Porém, o
médico, por crenças pessoais, pode se negar a realizar o procedimento desde
que haja outro profissional habilitado para fazê-lo.
c. Casos de anencefalia: também deve haver termo de consentimento
assinado pela gestante ou seu representante legal.

2.4.2 Gravidez Ectópica

Definição: Implantação do blastocisto fora da cavidade uterina.


Locais mais frequentes: trompas (95 a 98%) – principalmente nas regiões
ístmica e ampular; ovários, peritônio, cérvice e ligamento largo.
Fatores de Risco:

a. Cirurgia tubária anterior;


b. Gravidez ectópica anterior;
c. Falha do DIU;
d. DIP e salpingite;
e. Endometriose;
f. Alterações anatômicas da trompa;
g. Gravidez fruto de reprodução assistida.

Tríade clássica: atraso menstrual + dor abdominal + sangramento vaginal.


Se gravidez ectópica rota: dor intensa e aguda na fossa ilíaca ou hipogástrio,
com irritação peritoneal e, muitas vezes, choque hipovolêmico. Pode ocorrer dor
no ombro devido à irritação do nervo frênico (sinal de Laffon). Ao exame físico,
pode haver sangramento vaginal variável, além de abaulamento e dor à palpação
do fundo de saco de Douglas (sinal de Proust).
Diagnóstico: clínica + beta-hCG quantitativo + USG transvaginal (com valores de
beta-hCG acima de 1500 mUI/mL deve-se obrigatoriamente visualizar o saco
gestacional. Se o útero estiver vazio, suspeita-se de gestação ectópica).
Tratamento:

a. Expectante: se houver estabilidade hemodinâmica, beta-hCG < 1000 a


1500 mUI/mL e declinante.
b. Medicamentoso (metotrexate): se houver estabilidade hemodinâmica, saco
gestacional < 3,5 cm, feto sem atividade cardíaca e beta-hCG < 5000 mUI/mL.
c. Cirúrgico (salpingoplastia ou salpingectomia): quando não são
preenchidos os critérios para as terapêuticas acima (menos intervencionistas),
especialmente se houver instabilidade hemodinâmica.

2.4.3 Doença trofoblástica gestacional


Definição: proliferação anormal do trofoblasto.
Pode ser benigna (mola hidatiforme completa ou incompleta) ou maligna (mola
invasora, coriocarcinoma ou tumor trofoblástico do sítio placentário).
A mola hidatiforme completa caracteriza-se pela ausência de feto e/ou âmnio,
com todas as vilosidades hidrópicas (aspecto de “cachos de uva” à
ultrassonografia). Na incompleta, além das vilosidades hidrópicas, sempre há
tecido fetal presente (mesmo que não visualizado macroscopicamente), mas a
gestação normalmente é inviável e o feto, malformado com cariótipo triploide
(dois genomas paternos e um materno).
Manifestações clínicas: sangramento vaginal, útero aumentado para a IG,
náuseas e vômitos, podendo desenvolver-se tomexia gravídica, com pré-
eclâmpsia/eclâmpsia ou síndrome HELLP antes das 24 semanas.
Diagnóstico: clínico + beta-hCG quantitativo (níveis bastante aumentados –
normalmente > 200.000 mUI/mL) + ultrassonografia TV (além da imagem em
“cachos de uva”, podem ser observados os cistos ovarianos tecaluteínicos).
Tratamento: esvaziamento uterino com envio do material para anatomia
patológica e imunoglobulina anti-Rh, se gestante for Rh negativo.
Controle pós-molar: dosagem seriada semanal de Beta-hCG até negativar. Após
três dosagens negativas, manter acompanhamento quinzenal e posteriormente
mensal por 6 meses a 1 ano, devido ao risco de malignização.
De modo geral, considera-se possibilidade de malignização (varia conforme o
autor):

a. Elevação dos níveis de beta-hCG por duas semanas consecutivas;


b. Estabilização dos níveis de beta-hCG em três dosagens consecutivas;
c. Ausência de negativação dos níveis de beta-hCG em 6 meses.

2.5 Sangramentos do 2º trimestre

2.5.1 Descolamento prematuro de placenta

Definição: separação intempestiva da placenta normalmente inserida no corpo


uterino em gestação com 20 semanas ou mais e antes da expulsão fetal,
resultando em sangramento uterino e redução do aporte de oxigênio e nutrientes
ao feto.
Fatores de risco:

a. Hipertensão arterial;
b. Trauma abdominal;
c. Tabagismo;
d. Polidramnia;
e. Rotura prematura de membranas ovulares.

Quadro clínico: dor abdominal com hipertonia uterina e sangramento vaginal de


coloração escurecida e intensidade variável (em até 20% dos casos, o sangramento
pode ser oculto e a quantidade exteriorizada não reflete a gravidade do caso), na
maioria das vezes associado a níveis tensionais elevados e sofrimento fetal.
Instabilidade hemodinâmica materna também pode ocorrer.
Diagnóstico: clínico.
Conduta: amniotomia (sempre) + parto imediato pela via mais rápida (admite-se
parto vaginal somente se a paciente já estiver no período expulsivo, em iminência
de parto; caso contrário, a indicação é de cesariana). Nos casos de feto morto e
estabilidade materna preservada, opta-se pela via vaginal devido ao risco de
coagulopatia na cesariana (CIVD).
No DPP, o miométrio fica infiltrado por sangue, o que é chamado de útero de
Couvelaire, e pode dificultar a contração uterina pós-parto, levando à atonia
uterina e muitas vezes necessitando até mesmo de histerectomia.

2.5.2 Placenta Prévia

Definição: implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do


útero após 28 semanas de gestação.
Classificação:

a. Placenta prévia total: recobre totalmente o orifício interno do colo


uterino;
b. Placenta prévia parcial: recobre parcialmente o orifício interno do colo
uterino;
c. Placenta prévia marginal: a borda placentária tangencia a borda do
orifício interno sem ultrapassá-lo;
d. Placenta prévia lateral: a borda placentária não toca o orifício interno,
mas está localizada a menos de 2 cm dele.

Fatores de Risco:

a. Cicatriz uterina prévia (ex.: cesariana);


b. Curetagens uterinas prévias;
c. Idade materna avançada (> 35 anos);
d. Multiparidade;
e. Intervalo interpartal curto;
f. Endometrite;
g. Tabagismo;
h. Sobredistensão uterina (ex.: gemelaridade).

Quadro clínico: sangramento vaginal de coloração vermelho vivo, autolimitado,


indolor e sem outros sintomas.
Diagnóstico: ultrassonográfico (NÃO realizar toque vaginal na suspeita de PP).
Conduta:

a. Expectante: se gestações pré-termo sem sangramento ativo, o


acompanhamento pode ser ambulatorial; deve ser orientado repouso e
abstinência sexual, além de considerar corticoterapia para maturação
pulmonar.
b. Parto: se gestação a termo ou sangramento ativo com instabilidade
hemodinâmica (nas placentas prévias total ou parcial, a via de parto é a
cesariana. Já nas marginais ou laterais, admite-se a via vaginal a depender da
quantidade do sangramento. Se se optar pela via vaginal, realizar sempre
amniotomia).

2.6 Síndromes hipertensivas específicas na gestação

Conceitos:

a. Pré-eclâmpsia: PAS≥ 140 mmHg ou PAD ≥ 90mmHg em duas medidas,


com intervalo de no mínimo 4 horas, após as 20 semanas de gestação em
mulheres previamente normotensas, associado a proteinúria.
b. Hipertensão gestacional: PAS ≥ 140 mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg em duas
medidas, com intervalo de no mínimo 4 horas, após as 20 semanas de
gestação em mulheres previamente normotensas, sem proteinúria.
Habitualmente, se resolve em até 12 semanas após o parto (diagnóstico
retrospectivo).
c. Hipertensão crônica: PAS≥ 140 mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg antes da
gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas de gestação.
d. Pré-eclâmpsia superajuntada: PAS ≥ 140 mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg
antes da gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas de gestação, o que
acrescentou proteinúria ou qualquer critério de gravidade (mesmo na ausência
de proteinúria).
e. Eclâmpsia: presença de convulsão tônico-clônica generalizada na mulher
com quadro hipertensivo e sem outra causa identificada. Pode ocorrer na
gestação, no parto ou puerpério (especialmente nas primeiras 72 h).
f. Síndrome HELLP: associação de hipertensão com sinais de hemólise
(presença de esquizócitos no sangue periférico ou LDH > 600 ou bilirrubinas > 1,2,
às custas de indireta), trombocitopenia (plaquetas < 100.000) e/ou alteração da
função hepática (elevação das aminotransferases em mais de 2 vezes o valor de
referência ou ≥ 70). Quando presentes os três critérios, chamamos de HELLP
completa. Se apenas um ou dois dos três critérios forem positivos, fala-se em
HELLP parcial.

Fatores de risco:

a. Primiparidade tardia (acima de 40 anos);


b. Extremos da vida reprodutiva;
c. Pré-eclâmpsia em gestação anterior;
d. História familiar de síndromes hipertensivas na gestação;
e. Gravidez múltipla;
f. Gestação molar;
g. Diabetes mellitus;
h. Doença renal crônica;
i. Trombofilias.

Fisiopatologia: 2ª onda de invasão trofoblástica deficiente  Ausência de


remodelamento das artérias espiraladas  Aumento da resistência arterial 
Isquemia placentária  Lesão endotelial.
Critérios de gravidade:

a. PAS ≥160 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg em duas ocasiões com intervalo
de 30 minutos;
b. Distúrbios visuais ou cerebrais (cefaleia frontoccipital, confusão mental,
amaurose, turvação visual ou escotomas cintilantes);
c. Dor epigástrica ou em quadrante superior direito do abdome;
d. Edema agudo de pulmão;

e. Oligúria (< 25 ml/h) ou creatinina 1,2;
f. Elevação das aminotransferases em mais de 2 vezes o valor de referência;
g. Trombocitopenia (< 100.000);
h. Hemólise (presença de esquizócitos no sangue periférico, LDH > 600 ou
bilirrubinas > 1,2, às custas de indireta);
i. Crescimento intrauterino restrito.

Sinais de iminência de eclâmpsia:

a. Distúrbios cerebrais: cefaleia frontoccipital, torpor, obnubilação;


b. Distúrbios visuais: amaurose, turvação visual, escotomas cintilantes;
c. Dor epigástrica ou em quadrante superior direito do abdome;
d. Reflexos tendinosos profundos exaltados.

Diagnóstico: medida adequada da PA + presença de 300mg de proteína ou mais


em urina de 24 horas OU no mínimo 1+ de proteína em duas amostras isoladas com

intervalo mínimo de 4 horas OU relação proteína/creatinina urinária 0,3 +
observação dos sinais clínicos/laboratoriais (edema, apesar de ser um sinal
bastante frequente, não faz mais parte dos critérios diagnósticos).
Predição da pré-eclâmpsia: aumento do Índice de Pulsatilidade (IP) ou Índice
de Resistência (IR) das artérias uterinas em ultrassonografia precoce.
Profilaxia para pré-eclâmpsia: AAS 100 mg/dia + carbonato de cálcio 1500
mg/dia se houver carência alimentar de cálcio. São indicados para mulheres com
alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia (ex.: hipertensas crônicas, portadoras de
diabetes mellitus prévio, aquelas que apresentam IP das artérias uterinas elevado)
e devem ser iniciados preferencialmente antes das 16 semanas de gestação e
mantidos até em torno da 36ª semana.
Tratamento:

a. Anti-hipertensivos de manutenção: devem ser introduzidos se PAS ≥ 150


mmHg ou PAD ≥ 100 mmHg. A droga de escolha é a metildopa de 500 a 2000
mg/dia, via oral. Outras opções são: nifedipino, anlodipino ou pindolol.
b. Anti-hipertensivos na emergência: devem ser introduzidos se PAS ≥ 160
mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg. A droga de escolha é a hidralazina 5 mg,
endovenosa, a cada 20 minutos (se necessário), podendo ser realizadas até 4 a
6 doses (variando conforme o autor), OU o nifedipino 10 mg, via oral, a cada 20
minutos (se necessário), com um máximo de 3 a 5 doses.
c. Magnesioterapia: indicada se houver presença de critérios de gravidade
(incluindo sinais de iminência de eclâmpsia e de HELLP) ou presença de
eclâmpsia. (Devido ao risco de toxicidade pelo magnésio, durante o seu uso
deve-se deixar preparado na cabeceira 1 ampola de gluconato de cálcio a 10%
(antídoto), assim como monitorizar diurese, frequência respiratória e reflexos
profundos. Reduzir ou suspender a infusão se diurese < 25 ml/, FR < 16 ipm ou
reflexos profundos diminuídos ou abolidos (sinais de intoxicação pelo
magnésio). Existem três esquemas de administração:
- Esquema de Zuspan: 04 g EV, em 20 minutos, de ataque + 1 a 2 g/hora,
por 24 h, de manutenção (em bomba de infusão).
- Esquema de Sibai: 06 g EV, em 20 minutos, de ataque + 2 a 3 g/hora, por
24 h, de manutenção (em bomba de infusão).
- Esquema de Pritchard: 04 g EV, em 20 minutos + 10 g IM (5 g em cada
nádega) de ataque, seguido de 5 g IM a cada 4 horas, por 24 horas, de
manutenção.
d. O tratamento definitivo para as formas graves das síndromes
hipertensivas é a interrupção da gestação. A maioria dos autores utiliza como
ponto de corte para o parto 34 semanas (se houver presença de critério de
gravidade) ou 37/38 semanas (se critérios de gravidade estiverem ausentes).
Nos casos de eclâmpsia ou síndrome HELLP, a interrupção é imediata,
devendo-se primeiramente estabilizar a mãe e avaliar as condições maternas e
fetais, a idade gestacional e o amadurecimento cervical, tanto para decidir a via
de parto como para considerar ou não corticoterapia.

2.7 Diabetes mellitus gestacional

Definição: qualquer grau de intolerância à glicose com início ou primeiro


reconhecimento durante a gestação.
Fatores de risco:

a. Idade materna avançada;


b. Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo na gestação;
c. História familiar de DM em parentes de 1º grau;
d. Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gestação atual;
e. Gestação gemelar;
f. Síndrome dos ovários policísticos.

Mecanismo fisiopatológico: produção pela decídua de lactogênio placentário,


um hormônio contra-insulínico. Seu pico se dá entre 24 e 28 semanas de gestação.
Rastreamento e diagnóstico:

a. Rastreamento universal na 1ª consulta de pré-natal com glicemia de


jejum:
- GJ < 92 mg/dL: rastreio negativo – realizar TOTG 75 g entre 24 e 28
semanas;
- GJ ≥92 e < 126 mg/dL: DMG precoce – confirmar o resultado com uma
segunda dosagem;
- GJ ≥ 126 mg/dL: Diabetes mellitus pré gestacional – confirmar o
resultado com uma segunda dosagem e solicitar HbA1c.
b. TTOG 75 g entre 24 e 28 semanas para todas as gestantes com rastreio
negativo:
- Jejum ≥92 mg/dL: DMG (Se ≥ 126 mg/dL: DM prévio);
- 1 hora ≥ 180 mg/dL: DMG;
- 2 horas ≥ 153 mg/dL: DMG (Se ≥ 200 mg/dL: DM prévio).
Complicações associadas:

a. Macrossomia fetal;
b. Distocia de ombros;
c. Hipoglicemia neonatal;
d. Crescimento intrauterino restrito (nas pacientes com vasculopatias);
e. Prematuridade;
f. Abortamento;
g. Polidramnia;
h. Infecções (especialmente ITU e candidíase);
i. Malformações congênitas (principalmente cardíacas);
j. Morte fetal súbita.

Tratamento:

a. Dieta hipoglicídica, atividade física e controle do ganho de peso: indicado


para todas as pacientes como terapia inicial;
b. Hipoglicemiantes orais: não são recomendados na gestação. Alguns
serviços, embasados por estudos recentes, já utilizam a metformina oral como
tratamento adjuvante, porém, seu uso na gestação é offlabel.
c. Insulinoterapia: tratamento de escolha para pacientes que, após duas
semanas de dieta, permanecem com níveis glicêmicos insatisfatórios (GJ ≥ 95
mg/dL, 1 h pós-prandial ≥ ≥
140 ou 2 h pós-prandial 120 em pelo menos 30%
das medidas).

2.8 Prematuridade

Definição: Parto pré-termo é definido como aquele que ocorre entre 20/22
semanas e 37 semanas de gestação. Classifica-se como pré-termo extremo o parto
ocorrido antes de 28 semanas de gestação, moderado entre 28 e 34 semanas, e
pré-termo tardio aquele entre 34 e 37 semanas (essa classificação pode variar de
acordo com o autor).
Etiologia:

a. Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia etc);


b. Amniorrexe prematura;
c. Gestações de alto risco;
d. Iatrogenia (IG erroneamente calculada);
e. Hemorragias da 2ª metade da gravidez;
f. Malformações uterinas;
g. Incompetência istmocervical;
h. Infecções.

Marcadores de parto prematuro: medida do colo uterino (cervicometria) < 25


mm, realizada universalmente entre 20 e 24 semanas.
Mulheres com alto risco para parto prematuro (passado de prematuridade ou
cervicometria < 25 mm) devem realizar prevenção de parto pré-termo através do
uso de progesterona micronizada 200 mcg, via vaginal, à noite, do início da
gestação ou quando diagnosticado colo curto (< 25 mm) até o termo.
Complicações associadas:

a. Síndrome da Angústia Respiratória Neonatal;


b. Doença da Membrana Hialina;
c. Complicações neurológicas;
d. Tocotraumatismos;
e. Anóxia;
f. Hiperbilirrubinemia;
g. Enterocolite necrotizante;
h. Hemorragia intracraniana;
i. Hipoglicemia neonatal.

Conduta no trabalho de parto prematuro:

a. Tocolíticos: entre 24 e 34 semanas, se não houver de contraindicações


(doenças maternas de difícil controle, malformações fetais incompatíveis com a
vida, sofrimento fetal agudo, corioamnionite, DPP e óbito fetal).
- Betamiméticos (ex.: terbutalina);
- Bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: nifedipino);
- Inibidores da síntese de prostaglandinas (ex.: indometacina);
- Antagonistas da ocitocina (ex.: atosiban).
b. Corticoterapia: entre 24 e 34 semanas de gestação.
- Betametasona 12 mg IM, 24/24 h, por 2 dias;
- Dexametasona 6 mg, IM, 12/12 h, por 2 dias.
c. Sulfato de magnésio para neuroproteção: se a gestação tiver entre 24 e 32
semanas. Idealmente, administrar 4 horas antes do parto.
- MgSO4 4 g EV, em bolus (correr em 20 minutos), seguidos de 1 g/h por,
no máximo, 24 horas.
d. Antibioticoprofilaxia para GBS: deve ser administrada para todas as
gestantes em trabalho de parto com critério de risco (parto prematuro, febre
intraparto, amniorrexe há mais de 18h, qualquer cultura positiva para GBS na
gestação atual ou história de filho anterior com sepse por GBS), exceto se
possuírem uma cultura negativa em menos de 5 semanas ou se forem
submetidas a cesariana com membranas intactas.
- Penicilina G 5.000.000 UI de ataque, seguido de 2.500.000, de 4/4 h, até o
parto;
- Ampicilina 2 g de ataque, seguido de 1 g, de 4/4 h, até o parto.

2.9 Rotura prematura das membranas ovulares


Definição: Rotura espontânea das membranas após 20 semanas de gravidez e
antes do início de trabalho de parto. É dita pré-termo quando ocorre antes de 37
semanas.
Etiologia:

a. Infecções genitais;
b. Exames invasivos (amniocentese, cordocentese);
c. Incompetência istmocervical;
d. Inserção baixa da placenta;
e. Sobredistensão uterina;
f. Traumas.

Queixa clássica: história de líquido claro escorrendo subitamente pelas pernas.


Métodos diagnósticos:

a. Exame especular (primeira escolha);


b. Teste de cristalização da secreção vaginal;
c. Pesquisa de alfafetoproteína na secreção vaginal;
d. AmniSure;
e. Ultrassonografia (pode sugerir RPMO ao identificar oligodramnia – ILA < 5
cm ou maior bolsão vertical < 2 cm, mas não é capaz de fechar o diagnóstico).

Complicações associadas:

a. Corioamnionite;
b. Endometrite;
c. Sepse;
d. Descolamento prematuro de placenta;
e. Prolapso de cordão;
f. Compressão de cordão;
g. Sofrimento fetal agudo;
h. Malformações fetais (sequência de Potter);
i. Distocias de parto;
j. Prematuridade.

Conduta:

a. IG ≥ 34 semanas: interrupção da gestação (deve ser realizada também se


houver sofrimento fetal ou sinais de infecção em qualquer idade gestacional);
b. IG entre 24 e 34 semanas: hospitalização + corticoterapia + tocólise se
ocorrerem contrações regulares (por, no máximo 48 h, enquanto se aguarda a
corticoterapia) + antibióticos de latência (azitromicina 1 g, VO, dose única +
ampicilina 2 g EV, 6/6 h, por 48 h, seguido de amoxicilina 500 mg, VO, 8/8 h, por
5 dias) + profilaxia para GBS se indicação + monitorização da vitalidade fetal e
dos sinais de infecção.
c. IG < 24 semanas: conduta expectante (repouso e monitorizar sinais de
infecção).

Sinais de corioamnionite: presença de febre materna E pelo menos dois dos


critérios abaixo.

a. Leucocitose;
b. Taquicardia materna;
c. Taquicardia fetal;
d. Sensibilidade uterina aumentada;
e. Líquido amniótico com odor fétido.

2.10 Infecções na gestação

2.10.1 Sífilis

Definição: toda gestante com evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia não
treponêmica reagente (com qualquer titulagem e mesmo na ausência de teste
treponêmico) no pré-natal ou no momento do parto/curetagem.
O risco de acometimento fetal varia de 70 a 100% quando não tratada e é maior
no 3º trimestre (apesar de mais grave no primeiro trimestre).

É
É agravo de notificação compulsória.
Patógeno envolvido: Treponema pallidum.
Quadro clínico:

a. Sífilis primária: lesão ulcerada, única, indolor, com fundo limpo e bordas
endurecidas (cancro duro);
b. Sífilis secundária: placas múltiplas de base ampla com coloração rosa-
acinzentada a branca (condiloma plano), normalmente associadas a lesões
cutâneas difusas, como máculas/pápulas nas palmas e plantas das mãos e pés
(sifilídes);
c. Sífilis terciária: manifestações tardias e mais graves, com acometimento
sobretudo do SNC e aparelho cardiovascular.

Pode ainda ficar um longo período assintomática, sendo chamada de sífilis


latente, a qual é dita recente se se passou menos de 1 ano do contágio ou tardia
caso tenha ultrapassado esse período ou tenha tempo indeterminado.
Rastreamento e diagnóstico: solicitação de VDRL na 1ª consulta de pré-natal
(pode ser substituído pelo teste rápido), no 3º trimestre e no internamento para
parto ou curetagem.
Conduta:

a. Sífilis primária: Penicilina G Benzatina 2.400.000UI, IM, dose única.


b. Sífilis secundária, terciária ou latente: Penicilina G Benzatina 2.400.000UI,
IM, três doses, com intervalo semanal.

Os parceiros devem ser obrigatoriamente tratados para se considerar tratamento


adequado.
Após o tratamento, a gestante deve ser acompanhada com VDRL mensal. A
elevação dos seus títulos em quatro vezes ou mais justifica um novo tratamento.

2.10.2 Toxoplasmose
Patógeno envolvido: Toxoplasma gondii.
A transmissão vertical ocorre na fase aguda da doença, quando a mulher
ingere carne crua ou mal cozida contendo os cistos do protozoário ou
água/comida contaminada pelas fezes de gatos infectados.
Quadro clínico: se a infecção é exclusivamente materna, os sintomas são
incomuns e inespecíficos, podendo incluir fadiga, mal-estar, linfadenopatia cervical
etc. Nos casos de infecção fetal, além de maiores taxas de abortamento e óbito
fetal, observa-se ainda hepatoesplenomegalia, calcificações cerebrais, alterações
oculares e neurológicas.
Rastreamento e diagnóstico: sorologia universal para toxoplasmose (IgG e
IgM) na primeira consulta de pré-natal e no 3º trimestre (se gestante susceptível).

a. IgG reagente e IgM não reagente: gestante imune – não precisa repetir
sorologia;
b. IgG reagente e IgM reagente: infecção crônica ou aguda – confirmar com
teste de avidez se IG < 16 semanas ou tratar se IG > 16 semanas.
c. IgG não reagente e IgM reagente: infecção recente – tratar;
d. IgG não reagente e IgM não reagente: gestante susceptível – orientar
medidas de profilaxia e repetir sorologia no 3º trimestre (segundo Ministério
da Saúde).

Teste de avidez com baixa avidez indica infecção recente, devendo-se tratar.
O tratamento inclui espiramicina 1 g, VO, 8/8 h durante toda a gestação e
encaminhamento da paciente para pesquisa de infecção fetal através do PCR do
líquido amniótico (amniocentese) e ultrassonografia obstétrica. Se a infecção fetal
for confirmada ou suspeita (por alterações ultrassonográficas sugestivas de
infecção fetal), deve-se acrescentar pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico.
 

2.11 Puerpério patológico

2.11.1 Hemorragia pós-parto

Etiologias:

a. Tônus (hipotonia ou atonia uterina);


b. Trauma (laceração do trajeto);
c. Tecido (retenção de placenta ou membranas);
d. Trombina (coagulopatias).

Fatores de Risco:

a. Multiparidade;
b. Placentação anômala;
c. Trabalho de parto prolongado;
d. Trabalho de parto precipitado;
e. Sobredistensão uterina;
f. Cicatriz uterina prévia;
g. Parto vaginal operatório;
h. Hipertensão materna;
i. Descolamento prematuro de placenta.

Prevenção: Conduta ativa no terceiro período do parto (administração de ocitocina


10 UI, IM, logo após a expulsão fetal, para todas as gestantes).
Complicações:

a. Choque hipovolêmico;
b. Anemia;
c. CIVD;
d. Síndrome de Sheehan.

Conduta no HPP por hipotonia/atonia uterina:

a. Medidas de estabilização materna (dois acessos venosos calibrosos,


administração rápida de cristaloides, reserva de hemoderivados);
b. Massagem uterina;
c. Uterotônicos (ocitocina, metilergonovina, misoprostol);
d. Suturas de B-Lynch;
e. Ligadura das artérias uterinas;
f. Embolização das artérias uterinas;
g. Histerectomia.

2.11.2 Mastite puerperal

Principal agente etiológico: Staphylococcus aureus.


Fatores de Risco:

a. Ingurgitamento mamário;
b. Fissura mamária;
c. Técnica inadequada de amamentação;
d. Má higiene.

Quadro clínico: dor, calor e rubor na mama, febre, calafrios, turgência


mamária.
Diagnóstico: clínico.
Prevenção: adotar técnicas corretas de amamentação e evitar a estase láctea.
Tratamento:

a. Manter a amamentação;
b. Esvaziamento completo da mama (ordenha, se necessário);
c. Analgésicos e antitérmicos;
d. Antibioticoterapia (cefalosporinas de 1º geração);
e. Drenagem cirúrgica (se presença de abscesso);
f. Se houver fissuras, passar o próprio leite materno sobre o mamilo.
Pediatria

 
Questões Para Concursos

01 (Instituto Excelência – Prefeitura de Lucélia/SP – 2019) Sobre doenças


infecciosas típicas da infância, assinale a alternativa Correta:

A. Um sinal patognomônico da rubéola é o aparecimento das manchas de


Koplick - pontos azulados na mucosa bucal que tendem a desaparecer.
B. A Caxumba é doença viral aguda na qual as manifestações Prodrômicas
normalmente passam desapercebidas, só se notando a doença quando
aparecem dor e edema da glândula.
C. A principal via de transmissão do sarampo é por contato direto, por meio
de gotículas infectadas e o exantema é a primeira manifestação da doença.
D. Nenhuma das alternativas.

subtópico:
Doenças exantemáticas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O tema doenças exantemáticas é bastante abordado em concursos em nosso
país.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As manchas de Koplik correspondem a um exantema
patognomônico do sarampo e não da rubéola. Consistem em pequenas manchas
branco-azuladas com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso comumente
identificadas na mucosa jugal na altura dos pré-molares. Na rubéola, temos
algumas alterações características, embora não patognomônicas, que são as
manchas de Forchheimer. As manchas consistem em lesões puntiformes rosadas
identificadas no palato mole e podem ser identificadas quando o exantema
surge.
Alternativa B: CORRETA. A caxumba é uma doença viral transmitida pela saliva
infectada cuja maioria dos pacientes é assintomática. Quando os sintomas
ocorrem, inicialmente temos febre, mal-estar, hiporexia e fadiga. Após evolução
da doença e consequente inchaço das glândulas salivares é que podemos pensar
no seu diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. A entrada do vírus no organismo ocorre pela mucosa
do trato respiratório e conjuntiva. O vírus é transmitido pelo indivíduo infectado
através de gotículas de secreção respiratória ou por pequenas partículas de
aerossol que o mantém em suspensão no ar por até uma hora. A primeira fase
clínica da doença é a prodrômica. Nessa fase, o paciente apresenta febre, tosse,
conjuntivite tipicamente não purulenta e manchas de Koplik. Somente depois há
o surgimento do exantema.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa B está correta conforme comentário da
própria alternativa invalidando a alternativa D.
▶ resposta: B

02 (Instituto Excelência – Prefeitura de Lucélia/SP – 2019) Paciente do sexo


feminino, 9 anos. Mãe relata que a criança apresentou febre e calafrio nos
últimos dias. Ao exame físico, paciente aparenta desnutrição moderada e ascite.
Perguntada pelo médico sobre viagens recentes, a mãe relata ter voltado há
cerca de 1 mês de viagem para local onde a criança nadou em rios. Qual o
diagnóstico mais provável para este caso?

A. Esquistossomose.
B. Ascaridíase.
C. Ancilostomíase.
D. Nenhuma das alternativas

subtópico:
Parasitoses.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O S. mansoni tem como hospedeiro definitivo o ser
humano, no qual vive no sistema venoso mesentérico, e tem como hospedeiro
intermediário o caramujo do gênero Biomphalaria. No Brasil, as principais
espécies de caramujos capazes de se infestar com a larva do S. mansoni vivem na
água doce de córregos e lagoas de água parada nas regiões endêmicas do país
(epidemiologia positiva da questão). O quadro clínico inicia-se abruptamente com
febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia etc. Uma das formas da doença é
a hepatointestinal na qual podemos identificar emagrecimento e hepatomegalia
Alternativa B: INCORRETA. A ascaridíase habitualmente não causa
sintomatologia, mas pode se manifestar por dor abdominal, diarreia, náuseas e
anorexia. A sua transmissão ocorre por ingesta de ovos através de água ou
alimentos contaminados ou ainda pelo contato direto das mãos com solo
contaminado (mecanismo comum em crianças).
Alternativa C: INCORRETA. A ancilostomíase acontece pela penetração da larva
através dos pés descalços, espaços interdigitais ou folículos pilosos. A infestação
intestinal por ancilostomídeos pode ser totalmente assintomática na maioria dos
pacientes, mas também pode causar quadro de gastroenterite marcado por
náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. De modo crônico, pode
causar anemia ferropriva, hipoalbuminemia, desnutrição proteica e anasarca.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa A está correta conforme comentário na
própria alternativa invalidando a alternativa D.
▶ resposta: A

03 CPCON-UEPB – Prefeitura de Araçagi/PB – 2019) Criança menor de três anos


apresenta quadro gastrointestinal agudo, caracterizado por náuseas, vômitos,
diarreia, dor abdominal, flatulência e exame laboratorial com hiponatremia.
Apresenta, ainda, atraso do desenvolvimento físico e mental. O diagnóstico
provável é de

A. Amebíase.
B. Ascaridíase.
C. Ancilostomíase.
D. Giardíase.
E. Oxiuridíase.

subtópico:
Parasitoses intestinais.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estudo demonstrou que, em regiões de alta
endemicidade, somente 10% dos parasitados desenvolve sintomas ao longo de
um ano. O estado de portador assintomático representa a forma mais comum de
infecção. Pode desenvolver forma intestinal com diarreia mucossanguinolenta
acompanhada por náuseas, vômitos, cefaleia, febre e tenesmo. Sua forma
invasiva pode gerar abscessos hepáticos, pulmonares ou cerebrais.
Alternativa B: INCORRETA. A ascaridíase habitualmente não causa
sintomatologia, mas pode se manifestar por dor abdominal, diarreia, náuseas e
anorexia. Sua transmissão ocorre por ingesta de ovos através de água, alimentos
contaminados ou contato direto das mãos com solo contaminado (mecanismo
comum em crianças).
Alternativa C: CORRETA. A ancilostomíase acontece pela penetração da larva
através dos pés descalços, espaços interdigitais ou folículos pilosos. A infestação
intestinal por ancilostomídeos pode ser totalmente assintomática na maioria dos
pacientes, mas também pode causar quadro de gastroenterite marcado por
náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência. De modo crônico pode
causar anemia ferropriva, hipoalbuminemia, desnutrição proteica, anasarca,
eventual síndrome desabsortiva e prejuízo no desenvolvimento físico e mental
das crianças nos casos de hiperinfestação.
Alternativa D: INCORRETA. A infecção sintomática pode apresentar-se de forma
aguda (enterite aguda) ou crônica (enterite crônica). O quadro clássico é de
diarreia e cólica. Esse quadro pode ser de natureza crônica, recidivante,
caracterizado por fezes amolecidas, com aspecto gorduroso, acompanhadas de
fadiga, anorexia, flatulência e distensão abdominal. Anorexia associada à má
absorção intestinal pode ocasionar perda de peso e anemia.
Alternativa E: INCORRETA. Nessa infecção, prurido anal é o sintoma mais
comum. Esse prurido exacerba-se no período noturno causando irritabilidade,
desconforto e sono intranquilo. As escoriações provocadas pelo ato de coçar
podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, com congestão na
região anal, ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos.

▶ resposta: C

04 (CONSULPAM – Prefeitura de Quadra/SP– 2019) De acordo com o Ministério


da Saúde (2012), 68,6% das mortes de crianças com menos de um ano
acontecem no período neonatal (até 27 dias de vida), sendo a maioria no
primeiro dia de vida. Ao exame físico do Recém-Nascido é CORRETO afirmar que:

A. A fontanela anterior mede de 1 cm a 4 cm, tem forma losangular, fecha-se


do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do nascimento.
B. Cianose localizada apenas nas extremidades ou na região perioral é
sugestiva de doenças cardiorrespiratórias graves.
C. Secreção purulenta nos olhos evidencia conjuntivite provocada
exclusivamente por infecção por herpes vírus.
D. Ao apalpar a bolsa escrotal para identificar a presença dos testículos na
primeira consulta do RN, caso estes ainda não tenham descido, O RN deve ser
encaminhado para especialistas para melhor avaliação e tratamento.

subtópico:
Puericultura; Neonatologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Puericultura e conhecimento da caderneta da criança deve estar bem fixada em
quem vai prestar prova para residência médica.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Alternativa correta. Autoexplicativa.
Alternativa B: INCORRETA. A cianose relacionada às doenças
cardiorrespiratórias é a cianose central e não a periférica.
Alternativa C: INCORRETA. A conjuntivite neonatal está relacionada aos germes
da microbiota materna. Assim, S. aureus, S. pneumoniae, Streptococcus viridians e
Staphylococcus epidermidis são agentes frequentemente encontrados
Alternativa D: INCORRETA. Antes de tudo, o médico deve ter certeza de que se
trata de um caso de criptoquirdia e não de alguma variante normal de posição
testicular (como testículo retrátil). Em sendo criptoquirdia, o tratamento pode ser
clínico ou cirúrgico. A avaliação do especialista só é válida após os 9 meses, tendo
em vista que a descida testicular pode ocorrer entre o 3º e o 6º-9º mês (variando
de literatura).
▶ resposta: A

05 (AGIRH – Prefeitura de Cachoeira Paulista/SP – 2018) Assinale a alternativa


Incorreta sobre convulsões febris:
A. Convulsões febris devem-se a uma suscetibilidade aumentada a crises
epilépticas, são dependentes da idade (6 meses -5 anos) e geneticamente
determinadas.
B. As crises são precipitadas por febre, sem evidência de infecção do sistema
nervoso central (SNC) ou outra causa.
C. As crises duram menos de 15 minutos, são generalizadas e não se
acompanham de déficits neurológicos. Não há necessidade de medicamentos
anticonvulsivantes preventivos. Cerca de 3% das crianças que tiveram crises
febris desenvolvem algum tipo de epilepsia na idade adulta.
D. Em geral, o prognóstico é ruim, com desenvolvimentos cognitivo e
comportamental alterados.

subtópico:
Convulsão febril.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A crise febril acontece em período do
desenvolvimento cerebral caracterizado por grande excitabilidade neuronal e
formação de redes neurais (seis meses até cinco anos). Em muitas famílias, a
crise febril parece ser um traço herdado de forma autossômica dominante. Vários
genes já foram identificados: FEB 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Alternativa B: INCORRETA. Define-se como crise febril ou convulsão febril toda
convulsão que ocorre em vigência de doença infecciosa febril (excluindo-se
infecções do sistema nervoso central e desequilíbrios hidroeletrolíticos), com
temperatura maior ou igual a 38°C.
Alternativa C: INCORRETA. A crise febril simples é caracterizada por crise tônico-
clônica generalizada com duração inferior a 15 minutos, com sonolência breve no
período pós-ictal e costuma ser apenas uma crise em 24 horas. A crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo,
mesmo que a criança tenha várias crises febris simples. Além disso, a ocorrência
de crise febril simples na infância não aumenta o risco de epilepsia no futuro. O
risco de epilepsia futura nas crianças com crise febril é similar ao encontrado na
população geral, ou seja, em torno de 1% a 3%.
Alternativa D: CORRETA. Conforme comentário da alternativa C, a crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo.

▶ resposta: D

06 (CONTEMAX – Prefeitura Municipal de Lucena/PB – 2019) Considere os itens


a seguir sobre a posologia de tratamento de Pneumonia Adquirida na
Comunidade para crianças de 2 meses a 5 anos:

I. Azitromicina 500 mg/kg – dose única.


II. Amoxicilina 50 mg/kg/dia, 8h/8h, sete a dez dias.
III. Penicilina procaína 50.000 UI/kg/dia, 12h/12h, sete dias.
IV. Eritromicina 50 mg/kg/dia, 6h/6h, 14 dias.
Está CORRETO o que se afirma em:

A. I e II, apenas.
B. II e III, apenas.
C. III e IV, apenas.
D. I e IV, apenas.
E. I, II e III, apenas.

subtópico:
Pneumonias.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: INCORRETA. A azitromicina costuma ser utilizada na dose de 10 a 30
mg/kg/dia em dose única diária por cinco dias.
Assertiva II: CORRETA. A amoxicilina é utilizada na dose de 50 mg/kg/dia de 8/8
horas de 7 a 10 dias conforme a assertiva.
Assertiva III: CORRETA. Quando utilizada, a penicilina procaína é feita na dose
de 50.000 UI/kg/dia com intervalo de 12/12 horas durante sete dias.
Assertiva IV: INCORRETA. A eritromicina, quando utilizada, deve ser feita na
dose de 40 a 50 mg/kg/dia com intervalo de 6/6 horas por 7 a 10 dias.
▶ resposta: B

07 (URCA – Prefeitura de Mauriti/CE – 2019) A maioria das mulheres pode


amamentar seu filho sem a necessidade de dispositivos especiais. Existem muitos
produtos no mercado, porém deve-se evitar o uso abusivo e desnecessário. Qual
dos seguintes acessórios que auxiliam no aleitamento materno apresenta alto
risco de contaminação bacteriana na coleta de leite humano?

A. Bombas elétricas
B. Conchas
C. Protetores flexíveis de silicone
D. Suplementadores
E. Sondas de relactação

subtópico:
Puericultura; Aleitamento materno.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A bomba (elétrica ou manual) realiza apenas a
ordenha. Não tem a função de armazenar leite. De tal forma, não propicia
crescimento bacteriano desde que seja higienizada corretamente.
Alternativa B: CORRETA. Dispositivo feito de plástico, com orifício no centro. A
pressão na concha pode lesionar o mamilo, assim, não deve ser utilizada durante
o sono. Como a concha passa bastante tempo “coletando o leite que goteja”, é
um ótimo meio de cultura para micro-organismos, sendo contraindicado para a
coleta do leite que será oferecido à criança.
Alternativa C: INCORRETA. O protetor de silicone é colocado sobre o mamilo e a
aréola antes da mamada, para facilitar a pega. Não tem a função de
coletar/armazenar leite.
Alternativas D e E: Incorretas. Nada mais são do que recipientes ligados a uma
sonda que vai em direção ao mamilo materno. Auxiliam no aleitamento materno,
enquanto o bebê realiza sucção ao seio materno, favorecendo a fisiologia para
produção láctea. Como o leite só é colocado no recipiente no momento da oferta,
não há tempo suficiente para proliferação bacteriana.
▶ resposta: B

08 (URCA – Prefeitura de Mauriti/CE – 2019) No período neonatal, ocorrem


várias modificações na pele do recém-nascido que compreendem inúmeras
alterações temporárias fisiológicas ou para adaptação ao meio externo. No
entanto, existem muitas dermatoses de aparecimento ou ocorrência exclusiva
dessa fase da vida e outras que, raras ou frequentes, podem permanecer por
toda a vida. Em relação as alterações na pele do recém-nascido, assinale a
alternativa incorreta:

A. Eritema tóxico neonatal é o exantema mais comum no recém-nascido a


termo sadio, e inicia-se entre os primeiros dias de vida, caracterizando-se por
máculas e pápulas que se tornam pústulas estéreis sobre uma base
eritematosa com regressão espontânea em alguns dias.
B. Os cistos de milia ou milium são comuns nos recém-nascidos e
correspondem a cistos de inclusão epidérmica, não sendo necessário
nenhum tratamento.
C. Miliária resulta da obstrução parcial dos ductos sudoríparos e caracteriza-
se por microvesículas, translúcidas ou eritematosas, ou pústulas estéreis,
localizadas em áreas com maior concentração de glândulas, como face,
pescoço e tronco superior.
D. A melanose pustulosa transitória caracteriza-se por lesões
vesicopustulosas que se rompem em um a três dias, com posterior
descamação fina e máculas cicatriciais hiperpigmentadas que desaparecem
espontaneamente em até três meses.
E. A hiperplasia sebácea manifesta-se com lesões amareladas e cômedos
abertos na região dorsal do nariz, sendo um indicativo de acne na
adolescência, e pode ser tratada com comedolíticos tópicos.

subtópico:
Dermatoses neonatais; Neonatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O eritema tóxico é uma erupção autolimitada e
benigna encontrada em 20% a 60% dos recém-nascidos a termo. Costuma ter
início entre o segundo ou terceiro dia de vida. Caracteriza-se principalmente por
vesículas, pápulas ou pústulas com 1 a 3 mm de diâmetro e presença de halo
eritematoso ao redor das lesões. Costumam surgir na face e se espalham para
tronco e extremidades sendo as regiões palmar e plantar poupadas. Não há
indicação de tratamento específico.
Alternativa B: INCORRETA. Os cistos de milia são pequenos cistos de inclusão
epidérmicos que podem estar presentes ao nascimento ou surgirem depois. São
encontrados em cerca de 40% a 50% dos recém-nascidos e desaparecem ainda
no primeiro mês. Consistem em pápulas peroladas com 1 a 2 mm de diâmetro
localizadas comumente na fronte e/ou mento, mas podem ocorrer em qualquer
local do corpo. Não há indicação de tratamento específico.
Alternativa C: INCORRETA. A miliária é o resultado da sudorese associada à
obstrução das glândulas sudoríparas e constituem pequenas vesículas
puntiformes, com 1 a 2 mm de diâmetro, na face, região cervical, tronco e áreas
flexurais. A miliária é mais comum em climas quentes, durante episódios febris e
em crianças mantidas muito agasalhadas. Existem dois tipos: a) cristalina (como
o próprio nome diz são vesículas cristalinas sem eritema que surgem nos
primeiros dias de vida) e b) rubra (tem processo inflamatório associado e
apresenta formação de pápulas, vesículas e pústulas com eritema subjacente que
costuma aparecer apenas após a primeira semana de vida).
Alternativa D: INCORRETA. A melanose pustular neonatal transitória é uma
dermatose benigna e autolimitada que acomete de 1% a 4% dos recém-nascidos
e caracteriza-se por vesículas e pústulas presentes ao nascimento que se
rompem em 24 a 48 horas com surgimento de máculas hiperpigmentadas com
colarete descamativo que podem persistir por meses.
Alternativa E: CORRETA. A hiperplasia sebácea é caracterizada pela hipertrofia
das glândulas sebáceas e caracterizam-se por pápulas amareladas distribuídas
principalmente na região nasal, malas e lábio superior. Não há tratamento
específico já que involuem nas primeiras semanas de vida.

▶ resposta: E

09 (URCA – Prefeitura de Mauriti/CE – 2019) Rinossinusite aguda (RSA) é a


inflamação da mucosa do nariz e dos seios paranasais. Qual o seu agente
etiológico mais comum na infância?

A. Streptococcus pyogenes
B. Streptococcus pneumoniae
C. Haemophilus influenzae
D. Moraxella catarrhalis
E. Vírus respiratórios

subtópico:
Infecção de vias aéreas superiores.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Streptococcus pyogenes costuma ser encontrado
nos casos de sinusite subaguda prolongada e na sinusite crônica.
Alternativa B: INCORRETA. O Streptococcus pneumoniae é responsável por cerca
de 30% dos casos de rinossinusite bacteriana aguda.
Alternativa C: INCORRETA. O Haemophilus influenzae é responsável por cerca de
20% dos casos de rinossinusite bacteriana aguda.
Alternativa D: INCORRETA. A Moraxella catarrhalis é o terceiro agente mais
comum nos casos de rinossinusite bacteriana aguda respondendo em cerca de
20% dos casos.
Alternativa E: CORRETA. A causa mais comum de rinossinusite é uma infecção
viral das vias aéreas superiores, geradora de edema e inflamação da mucosa com
produção de muco espesso, que obstrui os seis paranasais e permite proliferação
bacteriana secundária. Aproximadamente 0,5% a 2% dos resfriados comuns
complicam com sinusite bacteriana aguda.
▶ resposta: E

10 (URCA – Prefeitura de Mauriti/CE – 2019) Durante a consulta de puericultura


de um lactente de 9 meses, são identificados sinais de alerta para alterações no
seu desenvolvimento neuropsicomotor. Dentre os sinais descritos abaixo,
assinale a alternativa que contenha um sinal de alarme nessa faixa etária
mencionada:

A. Não fica parado sozinho


B. Não fala palavras claras
C. Não utiliza gestos (dar tchau, apontar)
D. Não rabisca com o lápis
E. Não faz torres com blocos

subtópico:
Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor; Puericultura.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança adquire a habilidade de sentar-se sozinha,
sem apoio e com a coluna reta apenas aos 10 meses.
Alternativa B: INCORRETA. Aos 7 meses, a criança é capaz apenas de balbuciar e
fazer sons de vogais repetidas. Aos 10 meses, é capaz de emitir sons de
consoantes repetidas como “mama” e “dada”. A fala de palavras claras será
adquirida apenas acima dos 12 meses.
Alternativa C: CORRETA. A capacidade de “dar tchau” costuma surgir por volta
do nono mês enquanto a capacidade de apontas para objetos que deseja só
costuma surgir por volta dos 15 meses.
Alternativa D: INCORRETA. A capacidade de rabiscar inicia-se por cerca de 15
meses quando a criança é capaz de fazer uma linha com o lápis. Por volta dos 18
meses, a criança é capaz de imitar rabiscos e só é capaz de realizar rabiscos
circulares por volta dos 2 anos.
Alternativa E: INCORRETA. A criança só se torna capaz de inclinar-se para pegar
objetos por volta do sétimo mês. Inicia a pega de objetos com o polegar e o
indicador apenas ao redor dos 10 meses. No primeiro ano, começa a fazer o
movimento de pinça entre polegar e indicador de forma precisa. A montagem de
uma torre de 3 cubos torna-se possível por volta do 15º mês.
▶ resposta: C

11 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) A classificação correta de uma


criança que nasceu de parto normal, com 36 semanas, pesando 2.300 g, estando
entre os percentis 10 e 90 das curvas de crescimento intrauterino é:

A. pré-termo extremo, muito baixo peso, pequeno para a idade gestacional;


B. a termo, baixo peso, grande para a idade gestacional;
C. pré-termo tardio, muito baixo peso, pequeno para a idade gestacional;
D. pré-termo tardio, baixo peso, adequado para a idade gestacional;
E. a termo, peso normal, adequado para a idade gestacional.

subtópico:
Aspectos básicos da neonatologia; Puericultura.

grau de dificuldade:

dica do autor:
No que diz respeito à neonatologia, temos que tratar de alguns tópicos de
classificação do recém-nascido: a) idade gestacional; b) peso de nascimento e c)
relacionando idade gestacional ao peso de nascimento. Quanto à idade
gestacional, teremos pré-termo (prematuro) abaixo de 37 semanas; a termo de
37 a 41 semanas e 6 dias e pós-termo maior ou igual a 42 semanas. Quanto ao
peso de nascimento, teremos baixo peso ao nascer com menos de 2.500 gramas,
muito baixo peso com menos de 1.500 gramas e extremo baixo peso com menos
de 1.000 gramas. Também existe a classificação que considera a relação
peso/idade gestacional ao nascimento, cujos dados são expressos em um gráfico.
Nessa classificação, teremos pequeno para a idade gestacional (PIG) abaixo do
percentil 10, adequado para a idade (AIG) entre os percentis 10 e 90 e grande
para a idade gestacional (GIG) acima do percentil 90.

resolução:
Conforme a explicação da classificação acima, o RN deve ser classificado como
pré-termo tardio (nascido entre 34 e 36 semanas e 6 dias de idade gestacional),
baixo peso ao nascer (abaixo de 2.500 gramas) e adequado para a idade
gestacional (entre os percentis 10 e 90).
▶ resposta: D
12 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Considerando um recém-nascido
que nasceu a termo (39 semanas), saudável e que mama exclusivamente ao seio,
pode-se afirmar que:

A. pode perder 10% do peso de nascido na primeira semana de vida;


B. recupera ou excede o peso de nascido na quarta semana de vida;
C. ganha em torno de 15 g por dia durante o primeiro mês de vida;
D. recupera seu peso de nascido após iniciar o segundo mês de vida;
E. tem ganho de peso de 40 g por dia nos primeiros três meses de vida.

subtópico:
Aspectos básicos da neonatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A perda de peso fisiológica que ocorre a partir do
nascimento consiste em perda de água e mecônio. No RN a termo, há perda de
até 10% do peso de nascimento nos primeiros 7 dias de vida, enquanto no pré-
termo há perda de até 14% do peso de nascimento nas primeiras semanas de
vida.
Alternativas B e D: Incorretas. A recuperação do peso de nascimento costuma
ocorrer por volta do décimo quarto dia de vida.
Alternativas C e E: Incorretas. Durante o primeiro trimestre de vida de uma
criança nascida a termo há, normalmente, um ganho ponderal de cerca de 700
gramas ao mês, ou seja, uma média de 25 a 30 gramas ao dia.

▶ resposta: A

13 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Pré-escolar, três anos,


é trazido à unidade de saúde por estar há 2 dias com diarreia líquida, várias vezes
ao dia, sem sangue. Apresentou alguns episódios de vômitos e dois picos febris
de 38°C, um em cada dia. Sua mãe relata que ele está bebendo água, rápido e
avidamente. Ao exame físico mostrou-se irritado, com olhos fundos; o sinal da
prega desaparece rapidamente e o pulso é rápido e fraco. A orientação do
Ministério da Saúde para a conduta inicial nesse caso é:

A. 50 a 100 ml/kg de solução de reidratação oral, em 4 a 6 horas;


B. 30 ml/kg de soro fisiológico 0,9% via endovenosa, em 30 minutos;
C. 100 ml/kg de soro glicosado 5% via endovenosa, em 2 horas;
D. 100 a 200 ml/kg de solução de reidratação oral, em 6 a 8 horas;
E. 30 a 60 ml/kg de soro fisiológico 0,9% por via oral, em 40 minutos.

subtópico:
Diarreia aguda e desidratação.

grau de dificuldade:
dica do autor:
Diante de quadro de diarreia aguda e desidratação, é primordial que saibamos
classificar o grau de desidratação para, assim, tomarmos a melhor decisão
terapêutica. O paciente pode ser classificado como: a) sem desidratação; b)
desidratação leve e c) desidratação grave. A classificação é feita baseando-se em
alguns critérios que devem ser observados, como estado geral, olhos da criança,
presença de lágrimas, verificar a hidratação a partir da boca e da língua, sede da
criança, sinal da prega, pulsos e tempo de enchimento capilar. Na questão, temos
um paciente irritado, com olhos fundos, bebendo avidamente líquidos com
pulsos rápidos e fracos. Dessa forma, classificamos como um quadro de
desidratação leve, ou seja, devemos instituir o plano B.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O tratamento de uma criança com desidratação leve a
moderada, ou seja, o Plano B deve ser realizado com reidratação por via oral na
unidade de saúde. A reidratação oral com a Solução de Reidratação Oral (SRO) é o
tratamento de escolha para os pacientes com desidratação em razão da diarreia
e vômitos. Como orientação inicial, a criança deve receber de 50 a 100 ml/kg de
SRO no período de quatro a seis horas.
Alternativa B: INCORRETA. O uso de 30 ml/kg de solução fisiológica endovenosa
em período de 30 minutos está indicado para crianças com desidratação grave
maiores de cinco anos.
Alternativa C: INCORRETA. O soro glicosado costuma ser utilizado apenas na
fase de manutenção e reposição após o controle da desidratação.
Alternativa D: INCORRETA. O volume de 100 a 200 ml/kg de SRO é utilizado em
crianças acima de 12 meses de vida sem sinais de desidratação (Plano A).
Alternativa E: INCORRETA. Nos casos de desidratação grave, deve ser realizada
fase rápida de expansão com soro fisiológico 0,9% na dose de 20 ml/kg por 30
minutos para menores de 5 anos ou 10 ml/kg por 30 minutos para neonatos.
▶ resposta: A

14 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Pré-escolar, três anos,


masculino, há 6 dias iniciou febre, tosse produtiva que se tornou proeminente,
corrimento nasal claro, eritema conjuntival e fotofobia. Em seguida, surgiram nas
bochechas lesões eritematosas discretas, esbranquiçadas no centro, que se
espalharam pela boca. No momento, apresenta exantema maculopapular
avermelhado em todo o corpo, iniciado em região de implantação do cabelo e
retroauriculares e que se disseminou de forma cefalocaudal, sendo confluente na
face. O hemograma mostrou redução da contagem total de leucócitos com
diminuição de linfócitos e a VHS normal. O provável diagnóstico desta criança é:

A. Exantema súbito
B. Doença de Kawasaki
C. Sarampo
D. Rubéola
E. Escarlatina
subtópico:
Doenças exantemáticas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Nas questões de doenças exantemáticas, devemos focar nos sinais e sintomas
mais frequentes e até mesmo patognomônicos das diversas doenças.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
Alternativa B: INCORRETA. Para o diagnóstico de Kawasaki, o paciente deve
apresentar febre por cinco dias ou mais associada a quatro ou cinco dos
seguintes sintomas: a) conjuntivite bilateral, b) lesões em lábios, língua ou
cavidade oral, c) linfadenopatia cervical, d) exantema polimorfo, e) lesões
palmoplantares, edema endurecido ou descamação periungueal.
Alternativa C: CORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em três
fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença. A fase prodrômica
costuma durar entre dois e quatro dias e caracteriza-se por febre progressiva que
costuma atingir valor máximo no início do exantema por volta do segundo ou
terceiro dia, conjuntivite não purulenta associada a fotofobia, tosse bastante
intensa e o surgimento das manchas de Koplik. Essas manchas consistem em
exantema patognomônico do sarampo e pequenas manchas branco-azuladas
com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso identificadas na mucosa jugal na
altura dos pré-molares. Na fase exantemática, a criança apresenta lesões
maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio, ou seja,
exantema morbiliforme. Ele costuma ter progressão craniocaudal lenta iniciando
na fronte (próximo à linha de implantação capilar), região retroauricular e nuca.
As lesões progridem para tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da
fase exantemática. Na fase de convalescença, o exantema adquire aspecto
acastanhado e desaparece na mesma sequência em que surgiu, dando lugar a
uma fina descamação da pele, com aspecto furfuráceo.
Alternativa D: INCORRETA. As infecções subclínicas pelo vírus da rubéola são
frequentes e até 25% a 40% das crianças não apresentam exantema. Caracteriza-
se por duas fases distintas: prodrômica e exantemática. Os pródromos costumam
estar ausentes nas crianças e podemos encontrar sintomas inespecíficos como
febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, mal-estar e anorexia. Nessa fase, o que
mais ajuda na identificação é a presença de linfadenomegalia cujas cadeias mais
acometidas são suboccipital, retroauricular e cervical posterior. Na fase
exantemática, há surgimento de exantema maculopapular róseo que surge na
face e pescoço e dissemina-se para tronco e extremidades de forma mais rápida
que no sarampo. Na rubéola, podemos encontrar manchas de Forchheimer, que
consistem em lesões puntiformes rosadas identificadas no palato mole e não
patognomônicas.
Alternativa E: INCORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a
15 anos com evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico, podemos encontrar faringe hiperemiada com
amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença, temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
▶ resposta: C

15 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) A detecção precoce do autismo é


fundamental para a imediata intervenção. As características abaixo podem ser
encontradas nas crianças autistas, EXCETO:

A. Evita relacionar-se com pessoas desde o início da vida;


B. Hipersensibilidade a determinados tipos de sons;
C. Tendência ao isolamento e comportamentos estranhos;
D. Não estabelecem contato “olhos nos olhos”;
E. Interesse em relação a estímulos oferecidos (p.e. brinquedos).

subtópico:
Transtorno do Espectro do Autismo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O diagnóstico de autismo de acordo com o DSM V deve incluir aspectos como
deficiências persistentes na comunicação e interação social, padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, presentes nas primeiras
etapas do desenvolvimento, sintomas que causam prejuízo clinicamente
significativo nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de
funcionamento do paciente e distúrbios não explicados por deficiência cognitiva
ou atraso global do desenvolvimento.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Pacientes com diagnóstico do transtorno do
espectro do autismo apresentam limitação na reciprocidade social e emocional,
limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos e limitação nos
comportamentos de comunicação não verbal utilizados para interação social.
Alternativa B: INCORRETA. Paciente com esse diagnóstico tende a apresentar-se
hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente.
Alternativa C: INCORRETA. Por apresentar incapacidade nítida para fazer
amizade com seus pares e acentuada falta de alerta da existência ou sentimentos
dos outros, esses pacientes apresentam tendência ao isolamento.
Alternativa D: INCORRETA. O paciente diagnosticado com esse transtorno
apresenta dificuldade na comunicação não verbal como, no olhar fixo olho no
olho, expressão facial, postura corporal ou gestos para indicar ou modular a
interação social.
Alternativa E: INCORRETA. É comum que o paciente portador desse transtorno
apresente interesse marcadamente restrito e preocupação com interesse
limitado, por exemplo, interessado somente em enfileirar objetos. Ele apresenta
preocupação insistente com parte de objetos ou apresenta vinculação com
objetos inusitados.
▶ resposta: E

16 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Uma lactante de 17 anos,


primípara, está amamentado exclusivamente ao seio. Apresenta dor intensa no
mamilo direito, com saída de sangue quando seu filho de 30 dias termina a
mamada nesse seio. Ao exame, não se observa alteração na mama. A
recomendação neste caso deverá ser:

A. Passar o próprio leite após as mamadas para ajudar no processo de


cicatrização;
B. Utilizar, temporariamente, suplementação com fórmula para descanso do
seio afetado;
C. Usar pomada com antibióticos, pois parece haver suspeita de infecção
bacteriana;
D. Iniciar a mamada pelo seio afetado, visando evitar a lesão da mama
contralateral;
E. Evitar o uso de protetores de mamilo, mesmo os com perfuração para
ventilação.

subtópico:
Aleitamento materno; puericultura.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que o aleitamento materno será descontinuado apenas em último
caso.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Já é conhecido que o leite materno possui
imunoglobulinas que auxiliam no combate a infecções, inclusive na mama. Além
disso, auxilia no processo de cicatrização. Qual a principal causa para lesão do
mamilo? Pega incorreta.
Alternativa B: INCORRETA. O leite materno só será substituído pela fórmula
láctea em último caso ou, então, quando houver alguma contraindicação. O
descanso ao seio é dado iniciando a mamada pela mama contralateral,
orientando a pega correta e nos cuidados para cicatrização.
Alternativa C: INCORRETA. O uso de antibiótico só é indicado nos casos de
mastite. Mama túrgida, quente, com sinais flogísticos. Mesmo na presença de
mastite, o aleitamento não é contraindicado.
Alternativa D: INCORRETA. A mamada deve ser iniciada pelo seio não lesionado,
pois no começo da mamada o lactente realiza sucção mais vigorosa. Quando há
mais saciedade, a mamada é mais suave, momento no qual a criança deve ser
colocada na mama com lesão.
Alternativa E: INCORRETA. O uso de protetores pode auxiliar, tendo em vista
que há redução de atrito com o sutiã, por exemplo.
resposta: A

17 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Lactente, 7 meses,


masculino, saudável, apresenta choro intenso, intermitente ou demorado e
episódios de vômitos há 3 horas. Pouco antes de ser trazido à emergência,
apresentou sangue ao evacuar. Durante o exame observou-se dor à palpação do
abdome. A ultrassonografia mostra massa tubular nas visões longitudinais e uma
aparência de rosquinha ou alvo nas imagens transversas. Esses achados
sugerem:

A. Má rotação com volvo;


B. Apendicite aguda;
C. Hérnia encarcerada;
D. Intussuscepção intestinal;
E. Adenite mesentérica.

subtópico:
Emergência pediátrica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Urgência/emergência e puericultura são questões frequentes em provas de
pediatria, principalmente nas especialidades de entrada direta.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A má rotação com volvo ocorre por alterações da
rotação e fixação do volvo no período embrionário. Mais de 50% dos casos
ocorrem antes de completar o primeiro mês de vida. A manifestação mais
frequente são os vômitos corados por bile.
Alternativa B: INCORRETA. A apendicite aguda é a principal causa de abdome
agudo em pediatria, porém é mais frequente em pacientes a partir dos quatro
anos. Os vômitos podem estar presentes, mas sangramento ao evacuar não é
comum. Dor abdominal, abdome em tábua e febre são frequentes.
Alternativa C: INCORRETA. A ausência de hérnias no exame físico afasta a
possibilidade.
Alternativa D: CORRETA. Lactente previamente saudável, com dor abdominal
súbita. A principal faixa etária acometida ocorre do 3º ao 9º mês. A principal
invaginação é íleo-ceco-cólica. Quando ocorre invaginação, pode haver isquemia,
distensão abdominal e massa palpável. Há eliminação de muco com sangue
pelas fezes (aspecto de geleia de morango) e pode ser palpada massa abdominal
(aspecto de chouriço). A USG é o exame de escolha para o diagnóstico, com
presença de imagem em alvo. Em 90% dos casos a causa é desconhecida (causa
primária).
Alternativa E: INCORRETA. Normalmente desencadeado por quadro infeccioso
prévio (principalmente viral). A USG evidencia o diagnóstico.
▶ resposta: D

18 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Assinale a opção Correta sobre a


síndrome do bebê sacudido (shaken baby):

A. Na totalidade dos casos há fratura craniana;


B. Acomete crianças com menos de quatro anos;
C. Caracteristicamente não leva à morte;
D. Pode ser afastada na presença de lesões vasculares;
E. Podem ocorrer déficits motores.

subtópico:
Violência e maus-tratos.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na maior parte das vezes, o bebê pode não mostrar,
ao exame físico, sinais exteriores do traumatismo craniano sofrido. Em raras
ocasiões, a SBS é acompanhada de hematomas visíveis ou de fratura de ossos do
crânio ou de ossos longos.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome da criança sacudida engloba alterações
causadas por movimentos de aceleração e desaceleração, associados a forças de
rotação impostas a crianças de 0 a 5 anos.
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome do bebê sacudido pode ser fatal ou gerar
danos incapacitantes definitivos. As evidências demonstram que, ao redor de
30% das crianças nos casos graves, morrem como resultado do trauma repetitivo
sobre a cabeça.
Alternativa D: INCORRETA. A movimentação repetitiva e exagerada da cabeça
pode causar ruptura dos delicados vasos cerebrais e retinianos e gerar
hematoma subdural agudo, hemorragia subaracnóidea, hemorragia
intraparenquimatosa e hemorragia intraocular, vítrea ou retiniana.
Alternativa E: CORRETA. Estudos demonstram que 60% dos bebês sobreviventes
apresentam sequelas de moderadas a graves, dentre elas déficit motores e
visuais.
▶ resposta: E

19 (Fundação Dom Cintra – SEHAC/RJ – 2018) Segundo a Caderneta de Saúde da


Criança do Ministério da Saúde, o peso adequado para a idade em um escolar de
cinco anos é aquele que está entre os escores Z:

A. Menos 3 e mais 3;
B. Zero e mais 2;
C. Menos 2 e mais 2;
D. Mais 1 e mais 3;
E. Menos 1 e mais 1.

subtópico:
Puericultura.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Precisamos saber todos os detalhes das curvas da OMS e do Ministério da Saúde
por aparecer em diversas provas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Crianças nessa idade com peso acima do Z escore +2
devem ser classificadas como peso elevado para a idade.
Alternativa B: INCORRETA. Crianças que se encontram com Z escore entre -2 e 0
também são consideradas com peso adequado para a idade.
Alternativa C: CORRETA. Crianças com Z escore entre -2 e +2 são consideradas
com peso adequado para a idade.
Alternativa D: INCORRETA. Crianças com Z score acima de +2 já são
consideradas como peso elevado para a idade.
Alternativa E: INCORRETA. Crianças com Z escore entre -2 e -1 e aquelas com Z
escore entre +1 e +2 também são considerados com peso adequado para a idade.

▶ resposta: C

20 (FUNDEP – Prefeitura de Ervália/MG – 2019) Com relação às propriedades


nutritivas e protetoras do aleitamento e do leite materno, pode-se afirmar,
exceto:

A. O leite materno nos primeiros dois anos de vida reduz o risco de obesidade
e os eventos crônicos futuros, como hipertensão e diabetes.
B. O leite materno promove o desenvolvimento de microbiota favorecedora
do desenvolvimento em recém-nascidos pré-termos.
C. A lactação reduz o risco de câncer de mama e de ovário para a mulher
nutriz.
D. O leite materno deve ser complementado com fórmula láctea a partir da
idade na qual o crescimento estiver abaixo do percentil 50.

subtópico:
Aleitamento materno.

grau de dificuldade:
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O aleitamento materno promove diversos benefícios
sobre a saúde da criança e da mulher. Para a criança, podemos perceber redução
da mortalidade infantil, da incidência e gravidade da diarreia, da morbidade por
infecção respiratória, das alergias e de doenças crônicas como obesidade,
diabetes tipo 2 e níveis menores de colesterol total. Além disso, promove melhor
desenvolvimento cognitivo e da cavidade bucal.
Alternativa B: INCORRETA. O leite humano possui vários fatores imunológicos
específicos e não específicos que conferem proteção ativa e passiva contra
infecções nas crianças amamentadas. A IgA secretória é a principal
imunoglobulina, que atua contra micro-organismos que colonizam ou invadem
superfícies mucosas. Outros fatores de proteção no leite materno são leucócitos,
que matam micro-organismos; lisozima e lactoferrina, que atuam sobre
bactérias, vírus e fungos, oligossacarídeos, que previnem ligação da bactéria na
superfície mucosa e protegem contra enterotoxinas no intestino, ligando-se à
bactéria, fator bífido, que favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, que
acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia.
Alternativa C: INCORRETA. Há evidências de proteção do aleitamento materno
contra o câncer de mama e de ovário na mulher que amamenta. Além disso, há
redução do desenvolvimento de diabetes tipo 2 e efeito anticoncepcional.
Alternativa D: CORRETA. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de
Pediatria orientam que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses para
todas as crianças. A introdução alimentar deve ser realizada a partir dos 6 meses
mas o leite materno deve ser mantido, preferencialmente, até pelo menos os
dois primeiros anos. A introdução de fórmulas infantis deve ser realizada apenas
em condições específicas como crianças com doença do refluxo gastroesofágico,
alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância à lactose.
▶ resposta: D

21 (IESES – Prefeitura de Palhoça/SC – 2019) Criança de 8 anos, apresenta dor


de garganta e febre baixa há quatro dias, e é levada à emergência por ter
surgido, há 48 horas, uma erupção discreta, eritematosa, maculopapular e não
coalescente na face e, no mesmo dia, ter se espalhado pelos membros inferiores.
O exantema diminuiu de intensidade, mas a criança passou a queixar-se de dor
nos joelhos e punhos. A mãe não sabe informar sobre o esquema vacinal. Ao
exame físico, constatam-se, além do exantema, lesões eritematosas e
puntiformes no palato mole, aumento dos linfonodos retroauriculares, cervicais
posteriores e occipitais, discretamente dolorosos. Qual o diagnóstico mais
provável?

A. Rubéola.
B. Eritema Infeccioso.
C. Exantema Súbito.
D. Sarampo.

subtópico:
Infectologia; doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Doença exantemática caracterizada por quadro febril
moderado, cefaleia, faringite, rash eritematoso e hipertrofia de linfonodos
cervicais posteriores.
Alternativa B: INCORRETA. Doença viral benigna causada pelo Parvovírus B19. O
exantema ocorre após a resolução dos pródromos virais que o antecedem. É
comum a presença de exantema em face (face esbofeteada), que após alguns
dias dissemina-se para tronco e membros.
Alternativa C: INCORRETA. Doença viral benigna, causada por herpes vírus tipo
6 e 7. Normalmente, acomete crianças até quatro anos. O quadro clínico é
caracterizado por início súbito com febre alta (39 a 40°C) e exantema
maculopapular que acomete primeiro o tronco e depois a face Dura de 24 a 72
horas.
Alternativa D: INCORRETA. Febre alta, exantema maculopapular generalizado,
tosse, coriza e mancha de Koplik (exantema patognomônico).
▶ resposta: A

22 (IESES – Prefeitura de Palhoça/SC – 2019) Criança de seis anos


há quatro dias apresenta erupção maculopapular no rosto, com aspecto de “face
esbofeteada”. Há dois dias as lesões disseminaram-se para o tronco e
extremidades, com aspecto rendado e sem outros sinais ou sintomas. Qual é o
agente etiológico mais provável neste caso?

A. Paramixovírus.
B. Togavírus.
C. Parvovírus B19.
D. Herpes Vírus Humano 6.

subtópico:
Infectologia; doenças exantemáticas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Sarampo: febre alta, exantema maculopapular
generalizado, tosse, coriza e mancha de Koplik (exantema patognomônico).
Alternativa B: INCORRETA. Rubéola: doença exantemática caracterizada por
quadro febril moderado, cefaleia, faringite, rash eritematoso e hipertrofia de
linfonodos cervicais posteriores.
Alternativa C: CORRETA. Eritema infeccioso: doença viral benigna causada pelo
Parvovírus B19. O exantema ocorre após a resolução dos pródromos virais que o
antecedem. É comum a presença de exantema em face (face esbofeteada), que
após alguns dias dissemina-se para tronco e membros.
Alternativa D: INCORRETA. Exantema súbito: doença viral benigna causada por
herpes vírus tipos 6 e 7. Normalmente, acomete crianças até quatro anos. O
quadro clínico é caracterizado por início súbito com febre alta (39 a 40°C) e
exantema maculopapular que acomete primeiro o tronco e depois a face). Dura
de 24 a 72 horas.
▶ resposta: C

23 (IESES – Prefeitura de Palhoça/SC – 2019) Menina de 8 meses é admitida no


pronto atendimento com relato de queda do berço há uma hora. Mãe relata que
a criança apresentou cianose e dois episódios de vômitos após a queda. Durante
o atendimento inicial, é realizada avaliação neurológica com classificação da
Escala de Coma de Glasgow (ECG). Considerando que esta lactente apresenta
abertura ocular à dor, gemido à dor na avaliação da resposta verbal e flexão
anormal na avaliação da resposta motora, assinale o escore na ECG
correspondente:

A. 8
B. 5
C. 7
D. 6

subtópico:
Urgência e Emergência em pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A escala de coma de Glasgow leva em consideração três tipos de resposta: a)
abertura ocular (pontuação máxima de 4 pontos), b) resposta verbal (pontuação
máxima 5) e c) melhor resposta motora (pontuação máxima 6).

resolução:
A abertura ocular realizada após estímulo doloroso pontua apenas 2 pontos. A
expressão de gemido ao estímulo doloroso pontuaria também apenas 2 pontos
(sons incompreensíveis). A flexão anormal na avaliação da resposta motora
pontua 3 pontos. Dessa forma, o total seria de 7.
▶ resposta: C

24 (IESES – Prefeitura de Palhoça/SC – 2019) Menina de 7 anos foi atendida no


pronto atendimento com relato de queimadura de 2º grau em grande parte do
corpo. Mãe refere que a panela de água fervente caiu sobre a criança durante
uma briga entre os irmãos na cozinha. Durante o atendimento, a superfície
corpórea queimada (SCQ) da criança é estimada considerando a “regra dos 9”.
Considerando que esta criança apresenta lesões de 2º grau em toda a parte
posterior do tronco e em todo o membro inferior esquerdo, assinale a seguir a
alternativa que inclui a SCQ estimada:

A. 9%
B. 36%
C. 18%
D. 72%

subtópico:
Queimadura.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Ao avaliar a extensão da lesão, somente as lesões de segundo e terceiro graus
devem ser consideradas. Nas crianças, as áreas têm sua porcentagem
dependente da idade da criança, mas observe que o autor da questão pediu para
que fosse realizada a “regra dos 9”, que é a mesma utilizada para adultos.

resolução:
Considerando todo o membro inferior esquerdo, tem-se uma área de
aproximadamente 17%. Além disso, considerando o tronco, temos mais uma área
de cerca de 13%. Assim, a SCQ estimada se aproxima dos 36%.

▶ resposta: B

25 (IBADE – UPAS Rio – 2019) Lactente, 2 meses, apresenta diagnóstico de


alergia à proteína do leite de vaca. Uma característica clínica comum desta
condição é a presença de:

A. Peritonite.
B. Alopecia.
C. Vômitos incoercíveis.
D. Choro inconsolável.
E. Diarreia com raias de sangue nas fezes.

subtópico:
APLV; Puericultura; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

resolução:
A alergia à proteína de leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum na
infância. O paciente pode apresentar quadro mediado por IgE (com clínica
imediata, como dispneia, angioedema ou anafilaxia), quadro não mediado por
IgE (manifestações gastrointestinais como colite) e os mecanismos mistos.

▶ resposta: E

26 (IBADE – UPAS Rio – 2019) R.J.V, 14 anos, chega ao atendimento médico com
história de intoxicação alcoólica, apresentando vômitos. A conduta imediata a ser
tomada deve ser:
A. Hidratação venosa.
B. Antídoto para álcool.
C. Analgesia venosa.
D. Coleta de exames laboratoriais.
E. Radiografia de tórax.

subtópico:
Urgência e emergência.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Como o álcool é um diurético a nível central, o
consumo excessivo pode cursar com desidratação aumentando, ainda mais, a
concentração na corrente sanguínea. A reposição volêmica auxilia na diluição do
álcool no sangue, além de aumentar o transporte para excreção.
Alternativa B: INCORRETA. A tiamina deve ser administrada apenas no paciente
que apresenta ataxia, disartria, amnesia, hipotermia, anestesia (estágio I)
Alternativa C: INCORRETA. Não há relato de dor.
Alternativa D: INCORRETA. Não irá interferir na conduta inicial, já que o
diagnóstico é baseado na anamnese e exame clínico.
Alternativa E: INCORRETA. Não há finalidade para solicitar raio-X de tórax nesse
momento.
▶ resposta: A

27 (Instituto Excelência – Prefeitura de Lucélia/SP – 2019) A


otite média aguda (OMA) é uma das patologias infecciosas mais ocorrentes na
pediatria. Os fatores de risco da OMA podem depender da própria criança ou ser
determinados por fatores ambientais. Com relação a esta patologia, é CORRETO
afirmar que:

A. Na OMA bacteriana, os agentes de maior prevalência são Streptococcus


pneumoniae, E. coli e Staphylococcus aureus.
B. A OMA é mais prevalente no lactente e na criança pequena. Esta
predisposição decorre de fatores anatômicos e imunológicos característicos
nesta faixa etária.
C. A otoscopia nunca é suficiente para caracterizar a OMA em uma criança.
Dessa forma, deve-se avaliar outros sinais de alterações na membrana
timpânica da criança, tais quais: mudanças de translucidez, forma, cor,
vascularização e integridade.
D. O uso de antibióticos não é recomendado para casos de crianças acima de
2 anos com certeza de OMA.

subtópico:
Infecções de vias aéreas superiores.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Os agentes etiológicos frequentemente identificados
nos casos de otite média aguda são Streptococcus pneumoniae (30% a 50%),
Haemophilus influenzae não tipável (25% a 30%) e Moraxella catarrhalis (10% a
15%).
Alternativa B: CORRETA. A OMA é uma das doenças mais frequentes na criança.
A maior prevalência da OMA ocorre durante os dois primeiros anos. Cerca de 80%
das crianças abaixo de três anos terão pelo menos um episódio de OMA. As
crianças menores de 2 anos apresentam imaturidade imunológica e anatomia da
trompa de Eustáquio mais curta e horizontal, prejudicando seus mecanismos
antirrefluxo e de drenagem da orelha média.
Alternativa C: INCORRETA. O exame otoscópico é uma ferramenta fundamental
para o diagnóstico da OMA e deve ser sempre realizado diante de quadro clínico
típico ou em crianças pequenas com sintomas inespecíficos (choro, irritabilidade
e vômitos) iniciados após quadro de resfriado comum. Além disso, o
abaulamento da membrana timpânica é o dado mais específico para o
diagnóstico da OMA. Na OMA, a otoscopia revela membrana timpânica
hiperemiada, convexa e abaulada, de coloração alterada (hiperemia difusa,
opacificação e pontos esbranquiçados) e com perda de mobilidade.
Alternativa D: INCORRETA. Crianças acima de dois anos com diagnóstico de
OMA com oteorreia e sintomas graves tem, necessariamente, que receber
antibiótico. Crianças acima de 2 anos com OMA bilateral sem otorreia ou OMA
unilateral sem otorreia podem ficar apenas em observação, mas, de acordo com
a avaliação médica, podem iniciar tratamento com antibiótico.

▶ resposta: B

28 (FUNDATEC – Prefeitura de Seberi/RS – 2019) A respeito das características


das doenças febris exantemáticas, assinale a alternativa incorreta.

A. Sarampo: exantema maculopapular, morbiliforme, iniciando atrás das


orelhas, com distribuição centrífuga para todo o corpo, sem acometer regiões
palmares e plantares.
B. Rubéola: exantema maculopapular, róseo, distribuição craniocaudal, com
intensidade máxima no segundo dia, não há descamação.
C. Escarlatina: exantema puntiforme, não confluente, não desaparece com a
pressão dos dedos, concomitante ou após a ocorrência de faringoamigdalite
membranosa.
D. Exantema súbito: maculopapular, róseo, com início subitamente logo após
o desaparecimento da febre, começa no tronco e se estende para o pescoço,
sem descamação.
E. Micoplasma: exantema maculopapular, confluente, acomete tronco e
dorso.

subtópico:
Doenças exantemáticas.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) de convalescença. Na fase
exantemática, a criança apresenta lesões maculopapulares eritematosas com
áreas de pele sã de permeio, ou seja, exantema morbiliforme. Costuma ter
progressão craniocaudal lenta iniciando na fronte (próximo à linha de
implantação capilar), região retroauricular e nuca. As lesões progridem para o
tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da fase exantemática. Na fase
de convalescença, o exantema adquire aspecto acastanhado e desaparece na
mesma sequência em que surgiu, dando lugar a uma fina descamação da pele,
com aspecto furfuráceo.
Alternativa B: INCORRETA. As infecções subclínicas pelo vírus da rubéola são
frequentes e até 25% a 40% das crianças não apresentam exantema. Caracteriza-
se por duas fases distintas: prodrômica e exantemática. Na fase exantemática, há
surgimento de exantema maculopapular róseo que surge na face e pescoço e
dissemina-se para tronco e extremidades de forma mais rápida que no sarampo.
Além disso, quando o exantema desaparece não deixa qualquer descamação.
Alternativa C: CORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a 15
anos com uma evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico podemos encontrar uma faringe hiperemiada
com amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
Alternativa D: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
Alternativa E: INCORRETA. A micoplasmose costuma ocorrer em escolares e
adolescentes e apresenta período prodrômico com febre, mal-estar e fadiga. O
exantema costuma ser maculopapular, tem tendência a confluir e acomete
principalmente o tronco e o dorso.
▶ resposta: C

29 (UFTM – 2019) A recusa total ou parcial a determinados tipos de alimentos por


causa de características como cheiro, sabor, textura, aparência ou consistência é
conhecida como:
A. Anorexia parcial
B. Neofobia
C. Pica
D. Seletividade alimentar

subtópico:
Distúrbios alimentares.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A anorexia é caracterizada pela redução ou perda do
apetite.
Alternativa B: INCORRETA. A neofobia é caracterizada pela dificuldade em
aceitar alimentos novos ou desconhecidos, isto é, a criança nega-se a
experimentar qualquer tipo de alimento desconhecido e que não faça parte de
suas preferências alimentares.
Alternativa C: INCORRETA. Pica é o desejo de ingerir substâncias não nutritivas.
Alternativa D: CORRETA. A seletividade alimentar é um dos mais frequentes
distúrbios alimentares, caracterizado pela recusa alimentar, pouco apetite e
desinteresse por alimentos e variedade inadequada, sendo comum na fase pré-
escolar.
▶ resposta: D

30 (UFTM – 2019) No tratamento da diarreia aguda, segundo as recomendações


da Organização Mundial da Saúde, adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, a
criança em “plano B” deverá receber prioritariamente:

A. Aumento da oferta de líquidos no domicílio, uso de soro caseiro ou sais de


reidratação oral após vômitos ou diarreia e alimentação livre e adequada.
B. Fase rápida de expansão venosa, com soro fisiológico e, quando hidratada,
encaminhada para acompanhamento ambulatorial.
C. Hidratação venosa, com necessidades normais e reposição das perdas, até
a diminuição do quadro diarreico e aumento do apetite.
D. Terapia de reidratação oral no serviço de saúde ou hospital e, depois de
hidratada, recomendações para o acompanhamento ambulatorial.

subtópico:
Diarreia aguda e desidratação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A orientação atual do Ministério da Saúde do Brasil é
de uso apenas dos sais de reidratação oral sem indicar mais o uso do soro
caseiro. A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente, mas,
como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100 ml/kg para ser
administrado de 4 a 6 horas.
Alternativa B: INCORRETA. A fase rápida de expansão só está indicada para
pacientes considerados do Plano C, ou seja, com sinais de desidratação grave,
quando haverá necessidade de reposição hídrica por via endovenosa. No Plano B,
ainda devemos utilizar a via oral como a preferencial.
Alternativa C: INCORRETA. Nos pacientes classificados como desidratação leve,
deveremos indicar reposição hídrica por via oral.
Alternativa D: CORRETA. O Plano B instituído pelo Ministério da Saúde deve ser
realizado por via oral na unidade de saúde sob supervisão. Durante a reidratação,
o profissional deve reavaliar o paciente e, se desaparecem os sinais de
desidratação, devemos utilizar o Plano A (plano realizado em ambiente
domiciliar). Caso o paciente evolua para desidratação grave, devemos seguir para
o Plano C e realizar a hidratação por via endovenosa.
▶ resposta: D

31 (UFTM – 2019) Analise o caso a seguir: Criança de 04 anos vem ao


atendimento encaminhado pelo agente comunitário, somente para orientação
dietética em consulta de puericultura, sem queixas clínicas. À avaliação física:
escore Z Peso para idade = +2,3DP, escore Z Estatura para idade= -1,5DP, escore Z
IMC (índice de massa corpórea) = +3,1DP. De acordo com a classificação OMS-
2006 e os parâmetros antropométricos utilizados, a criança deve ser classificada,
respectivamente, em:

A. Peso elevado para idade, estatura adequada para idade e obesidade.


B. Peso elevado para idade, estatura adequada para idade e obesidade grave.
C. Peso elevado para idade, estatura baixa para idade e obesidade grave.
D. Peso muito elevado para idade, estatura muito baixa para idade e
obesidade.

subtópico:
Puericultura.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para crianças abaixo de cinco anos, devemos utilizar algumas classificações de
acordo com as curvas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para crianças
nessa idade existem as curvas de Peso x Idade, Peso x Estatura, IMC x Idade e
Estatura x Idade.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. No que diz respeito ao peso em crianças abaixo de
cinco anos, todos aqueles que estejam em Z escore entre +2 e +3 são
considerados com peso elevado para a idade na curva de Peso x Idade. Na curva
de Estatura x Idade, toda criança com Z escore entre -2 e +2 apresenta estatura
adequada para a idade. Na curva de IMC x Idade, o paciente com menos de cinco
anos que apresentar Z escore acima de +3 deve ser diagnosticado com
obesidade.
Alternativa B: INCORRETA. A classificação de obesidade grave só existe para
crianças acima de cinco anos que possuam Z escora maior que +3.
Alternativa C: INCORRETA. A estatura do paciente está adequada para a idade
(conforme comentário da alternativa A) e não podemos classificar uma criança
abaixo de 5 anos como obeso grave (conforme comentário da alternativa B).
Alternativa D: INCORRETA. A classificação de peso muito elevado para a idade
não existe.

▶ resposta: A

32 (UFTM – 2019) Na falta do aleitamento materno, o leite de vaca não-


modificado, in natura, fluido ou em pó, é inadequado para a alimentação do
lactente no primeiro ano de vida devido, dentre outros fatores, apresentar:

A. Altos teores de ácido linoleico, sódio e proteínas; baixos teores de ferro.


B. Altos teores de ácido linoleico; baixos teores de proteínas, ferro e sódio.
C. Baixos teores de ácido linoleico e ferro; altos teores de proteínas e sódio.
D. Baixos teores de ácido linoleico e sódio; altos teores de proteínas e ferro.

subtópico:
Alimentação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O leite de vaca é constituído por quantidades
insuficientes de ácido linoleico e colesterol. Além disso, apresenta em sua maioria
ácidos graxos saturados e em excesso.
Alternativa B: INCORRETA. Além de possuir quantidade insuficiente de ácido
linoleico, o leite de vaca possui maior quantidade de proteínas, o que acaba
sendo responsável por maior sobrecarga renal do bebê.
Alternativa C: CORRETA. O leite de vaca contém a mesma quantidade de ferro
quando comparado ao leite materno e, em ambos, essa quantidade é
considerada baixa. Entretanto, a biodisponibilidade do ferro presente no leite de
vaca é menor que do leite materno. A quantidade de sódio no leite de vaca é
cerca de três vezes maior que a quantidade encontrada no leite materno.
Conforme comentários anteriores, o leite de vaca possui baixa quantidade de
ácido linoleico e grande concentração de proteínas.
Alternativa D: INCORRETA. O leite de vaca possui baixa quantidade de ferro,
assim como o leite materno.
▶ resposta: C

33 (Fundação Carlos Chagas – PM/AP – 2018) A mãe de um lactente de 6 meses


está preocupada que seu filho ainda não apresente dentes. A idade média para a
erupção do primeiro dente é

A. 2 a 4 meses.
B. 4 a 8 meses.
C. 8 a 10 meses.
D. 10 a 12 meses.
E. 12 a 14 meses

subtópico:
Odontopediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O processo embriológico da formação dentária decídua, também conhecida
como dentes de leite, começa na sexta semana de vida intrauterina e termina por
volta dos quatro meses de gestação. A dentição permanente tem o início de sua
formação aos quatro meses de vida intrauterina e é finalizada aos 10 meses de
idade, com o dente que será o segundo pré-molar. No período de 24 a 30 meses,
os segundos molares erupcionam, o que completa a dentição decídua, composta
por 20 dentes, sendo 10 na região da maxila e 10 na mandíbula. Essa dentição
permanece até por volta dos 5 anos e meio ou 6 anos de vida da criança, quando
então começam a erupcionar os primeiros molares permanentes, no espaço
posterior aos molares decíduos, conseguido pelo prévio crescimento contínuo da
mandíbula em tamanho.

resolução:
A cronologia da erupção é variável e dependente de múltiplos fatores, como
alimentação, clima, etnia, gênero e fatores endócrinos. Entretanto, nos primeiros
6 a 8 meses de vida, os primeiros dentes, geralmente os incisivos centrais
inferiores, começam a irromper na cavidade bucal do bebê.

▶ resposta: B

34 (FAUEL – Prefeitura de Maringá/PR – 2018) Na população infantil, observa-se


uma grande procura pelo auxílio médico no tratamento de infecções cutâneas. As
dermatoses são doenças com manifestações cutâneas e que podem alcançar
repercussões sistêmicas. Uma das patologias cutâneas comuns da pediatria é a
Larva migrans. Sobre esta patologia podemos afirmar, EXCETO:

A. É uma infecção cutânea pruriginosa denominada popularmente por


ectima.
B. É causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães e
gatos.
C. A porta de entrada comum são pés onde formas e uma pápula pruriginosa.
D. Os sintomas são coceira, podendo, inclusive, impedir o paciente de dormir.

subtópico:
Dermatoses na infância.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Ectima é uma infecção piogênica, ou seja, produtora de
pus, que acomete a pele de forma profunda, sendo habitualmente causada pela
bactéria Strptococcus pyogenes. Enquanto isso, a Larva migrans forma apenas
pápula pruriginosa.
Alternativa B: INCORRETA. A Larva migrans ou bicho geográfico é uma erupção
cutânea autolimitada causada pela penetração e migração das larvas do
Ancylostoma caninum e do Ancylostoma braziliensis contidas nas fezes de cães e
gatos.
Alternativa C: INCORRETA. As lesões podem se localizar em qualquer área do
corpo, mas preferencialmente nos pés e região glútea. A larva penetra
ativamente na pele formando uma pápula pruriginosa.
Alternativa D: INCORRETA. O principal sintoma é o prurido que, por ser intenso,
pode prejudicar o sono da criança e resultar em escoriações e, frequentemente,
infecção secundária.
▶ resposta: A

35 (FUNDEP – Prefeitura de Pará de Minas/MG – 2018) Com


relação ao anticorpo monoclonal específico contra o vírus sincicial respiratório
(palivizumabe), disponibilizado pelo Ministério da Saúde Brasil na imunização do
prematuro, assinale a alternativa correta.

A. Está indicado para prematuros com idade gestacional ao nascer menor que
37 semanas.
B. Deve ser administrado nos meses de sazonalidade do vírus, entre
novembro e março.
C. Deve ser administrado em 5 doses mensais consecutivas, após a alta
hospitalar.
D. Está indicado em portadores de doença pulmonar crônica
independentemente da idade gestacional ao nascer.

subtópico:
Imunização.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O palivizumabe está indicado para lactentes
nascidos com menos de 28 semanas de idade gestacional.
Alternativa B: INCORRETA. O período de aplicação depende da sazonalidade de
cada região do país. Na região Norte, a sazonalidade ocorre entre fevereiro e
junho, ou seja, deve ser administrado de janeiro a junho. Nas regiões Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste, o período de sazonalidade vai de março a julho com
aplicação sendo feita entre fevereiro e julho. Já na região Sul, o período de
sazonalidade é de abril e agosto e sua aplicação deve ser entre março e agosto.
Alternativa C: INCORRETA. O palivizumabe deve ser administrado de forma
intramuscular a cada 30 dias iniciando no período de sazonalidade. O número de
doses é de até cinco e, para crianças cujo nascimento ocorre entre o período de
aplicação, poderá ser necessário um número menor de doses.
Alternativa D: CORRETA. O palivizumabe está indicado para crianças menores de
dois anos om doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia
broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita com repercussão
hemodinâmica.

▶ resposta: D

36 (FUNDEP – Prefeitura de Pará de Minas/MG – 2018) Com relação à síndrome


falciforme, assinale a alternativa CORRETA.

A. É resultante de uma alteração genética caracterizada pela presença de um


tipo anormal de hemoglobina, hemoglobina S.
B. O portador do traço falciforme tem grande risco de apresentar
manifestações da doença em situações de estresse.
C. O complemento com ácido fólico e a antibioticoterapia profilática não são
obrigatórios na criança com diagnóstico de doença falciforme.
D. Sequestração esplênica é a principal causa de mortes na doença falciforme
seguida pelas infecções bacterianas.

subtópico:
Anemia falciforme.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A anemia falciforme é marcada por mutação pontual
havendo substituição do ácido glutâmico pela valina. Essa substituição acaba
levando à formação de um novo tipo de hemoglobina, a S (HbS).
Alternativa B: INCORRETA. Os portadores de traço falcêmico geralmente são
assintomáticos, não apresentam anemia e não têm anormalidades físicas. Dessa
forma, não são considerados doentes e podem ter vida normal, necessitando
apenas de acompanhamento médico de rotina, como qualquer outra criança.
Alternativa C: INCORRETA. O estado hemolítico crônico acelera a produção de
hemácias pela medula óssea, podendo levar a um rápido esgotamento das
reservas endógenas de folato, o que culmina na chamada crise megaloblástica.
Por esse motivo, todo falcêmico deve fazer reposição contínua de 1 mg/dia de
ácido fólico (dose profilática). Existem fortes evidências na literatura de que, em
crianças falcêmicas, a profilaxia com penicilina V oral iniciada no segundo mês de
vida reduz em mais de 80% a chance de infecção invasiva pelo pneumococo.
Alternativa D: INCORRETA. As complicações pulmonares constituem a principal
causa de óbito em falcêmicos na atualidade.
▶ resposta: A
37 (FUNDEP – Prefeitura de Pará de Minas/MG – 2018) Para o
diagnóstico de rinossinusite aguda, é incorreto afirmar:

A. Os exames de imagem não são necessários para confirmar o diagnóstico


de rinossinusite aguda na infância, que é essencialmente clínico.
B. A radiografia simples dos seios da face, usualmente, não é recomendada.
C. O seio maxilar hipoplásico pode induzir a um falso diagnóstico de sinusite.
D. Quando solicitada tomografia e verificada alteração, deve-se instituir o
tratamento antibiótico, mesmo com a remissão dos sintomas clínicos.

subtópico:
Infecção de vias aéreas superiores.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em crianças, o emprego de estudo radiológico dos
seios da face na busca de opacificações, nível hidroaéreo e espessamento de
mucosa é desnecessário, pois tem pouca sensibilidade e especificidade em
menores de cinco anos. A presença de achados radiológicos de sinusite define
apenas um processo inflamatório do seio, mas não auxiliam na diferenciação
etiológica do processo.
Alternativa B: INCORRETA. Nenhum exame de imagem é indicado para crianças.
Para o diagnóstico na criança, a história clínica e o exame físico, incluindo a
endoscopia nasal, são fundamentais e suficientes. Pelas manifestações clínicas
pouco específicas na maioria das crianças, uma rinossinusite apresenta sinais e
sintomas muito semelhantes a qualquer infecção viral de vias aéreas superiores,
diferenciando-se principalmente pela duração do quadro.
Alternativa C: INCORRETA. O seio maxilar só se torna visível nos exames de
imagem por volta dos quatro anos. O seio maxilar hipoplásico aparece na
radiografia de seios da face como opacificação de modo a confundir com o
diagnóstico de sinusite.
Alternativa D: CORRETA. Embora aproximadamente 50% das crianças evoluam
para cura espontânea, a antibioticoterapia é indicada para resolução mais rápida
dos sintomas e para se evitar complicações orbitárias ou intracranianas. A
tomografia só deve ser solicitada em pacientes com sintomas persistentes
mesmo após tratamento adequado, recorrentes ou com complicações.
▶ resposta: D

38 (Organização Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de Borborema/SP –


2019) Criança com exantema eritematoso puntiforme, palidez perioral e linhas
nas dobras de flexão, com posterior descamação extensa. A principal hipótese
diagnóstica é:

A. Escarlatina.
B. Síndrome da pele escaldada.
C. Eritema infeccioso.
D. Síndrome de Kawasaki.
E. Sarampo.

subtópico:
Doenças exantemáticas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A escarlatina costuma acontecer em crianças de 5 a 15
anos com evolução bem aguda. Inicia com quadro de odinofagia e febre na
ausência de tosse. No exame físico, podemos encontrar faringe hiperemiada com
amígdalas aumentadas e cobertas com exsudato, petéquias no palato e
adenomegalia cervical. O exantema costuma surgir 24 ou 48 horas após o início
das manifestações clínicas. Nessa doença, temos numerosas lesões papulares
puntiformes eritematosas que sofrem clareamento à digitopressão. A pele
encontra-se áspera e o exantema surge em torno do pescoço e se dissemina para
o tronco e extremidades. Costuma ser mais intenso em áreas de dobras como
nas axilas, região inguinal e prega cubital. A face em geral é poupada, mas pode
haver hiperemia na região malar com palidez peribucal caracterizando o Sinal de
Filatov.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome da pele escaldada é causada por toxina
pidermolítica liberada por algumas cepas de estafilococos. Caracteriza-se pelo
aparecimento de eritema macular e edema em áreas intertriginosas e
periorificiais que se espalha por todo o corpo, poupando áreas pilosas,
geralmente precedido por quadro de vias aéreas superiores ou conjuntivite. O
estado geral pode estar comprometido com irritabilidade e febre. A pele começa
a exsudar e esfoliar, criando crostas melicéricas e fissuras radiais ao redor da
boca e olhos, dando à doença seu aspecto característico. Ao longo de dois ou três
dias, a camada superficial da epiderme se torna enrugada e pode se desprender
com facilidade à fricção leve (Sinal de Nikolsky). Nos dias seguintes, se não
houver intercorrência infecciosa, toda pele descama, sem deixar cicatriz ou
sequela.
Alternativa C: INCORRETA. O eritema infeccioso é a manifestação mais comum
da infecção pelo Parvovírus B19. Seu quadro clínico é composto por três
diferentes fases. Na primeira fase, há eritema malar bilateral que dá ao paciente
o aspecto de “face esbofeteada”. Na segunda fase, ocorre a disseminação do
exantema para o tronco e extremidades proximais, principalmente nas
superfícies extensoras, comumente poupando a região palmoplantar. Lesões
maculares eritematosas sofrem clareamento central adquirindo aspecto
rendilhado ou reticulado são observadas nessa fase. Finalmente, ocorre a terceira
fase, caracterizada por período em que o exantema recidiva quando o paciente
se expõe ao sol, calor, estresse e exercício.
Alternativa D: INCORRETA. Para o diagnóstico de Kawasaki, o paciente deve
apresentar febre por cinco dias ou mais associada a quatro ou cinco dos
seguintes sintomas: a) conjuntivite bilateral, b) lesões em lábios, língua ou
cavidade oral, c) linfadenopatia cervical, d) exantema polimorfo, e) lesões
palmoplantares, edema endurecido ou descamação periungueal.
Alternativa E: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença. A fase prodrômica
costuma durar entre dois e quatro dias e caracteriza-se por febre progressiva que
costuma atingir valor máximo no início do exantema por volta do segundo ou
terceiro dia, conjuntivite não purulenta associada a fotofobia, tosse bastante
intensa e o surgimento das manchas de Koplik. Essas manchas consistem em
exantema patognomônico do sarampo e pequenas manchas branco-azuladas
com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso identificadas na mucosa jugal na
altura dos pré-molares. Na fase exantemática, a criança apresenta lesões
maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio, ou seja,
exantema morbiliforme. Ele costuma ter progressão craniocaudal lenta iniciando
na fronte (próximo à linha de implantação capilar), região retroauricular e nuca.
As lesões progridem para tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da
fase exantemática. Na fase de convalescença, o exantema adquire aspecto
acastanhado e desaparece na mesma sequência em que surgiu, dando lugar a
uma fina descamação da pele, com aspecto furfuráceo.
▶ resposta: A

39 (Organização
Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de
Borborema/SP – 2019) Criança pré-escolar com história de febre baixa,
hiporexia, odinofagia, mal-estar. Ao exame físico apresenta linfadenopatia, lesões
vesiculares em mucosa, palato e língua, além de exantema papulovesicular
acometendo mãos, pés e nádegas. Diante desta descrição, a principal hipótese
diagnóstica é:

A. Síndrome mão-pé-boca.
B. Varicela.
C. Sarampo.
D. Eritema infeccioso.
E. Eritema súbito.

subtópico:
Doenças exantemáticas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A síndrome mão-pé-boca em geral é uma doença febril
causada pelo vírus coxsackie A16 ou enterovírus. Essa infecção é caracterizada
pelo surgimento de erupção vesicular nas mãos, pés e mucosa oral. As vesículas,
ocasionalmente, podem atingir a região glútea ou órgãos genitais. Importante
destacar que a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por período de
febre alta, gânglios aumentados seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e
diarreia.
Alternativa B: INCORRETA. Na varicela, podemos observar um período
prodrômico no qual as crianças apresentam febre, geralmente moderada, mal-
estar, adinamia, anorexia e dor abdominal. Esses sintomas surgem um a dois dias
antes do exantema. Em sequência, temos a fase exantemática cuja lesão inicial
consiste em mácula eritematosa e pruriginosa, que se converte em uma pápula,
que evolui em vesícula de conteúdo cristalino. Essa vesícula lembra uma “gota de
orvalho sobre uma pétala de rosa”. Em 24 a 48 horas, essa vesícula evolui como
pústula com umbilicação central e formação de crostas. Essas crostas irão
finalmente desaparecer entre uma e duas semanas deixando áreas de hipo ou
hiperpigmentação.
Alternativa C: INCORRETA. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em
três fases: a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença . Na fase
exantemática, a criança apresenta lesões maculopapulares eritematosas com
áreas de pele sã de permeio, ou seja, exantema morbiliforme. Ele costuma ter
progressão craniocaudal lenta iniciando na fronte (próximo à linha de
implantação capilar), região retroauricular e nuca. As lesões progridem para
tronco e atingem as extremidades no terceiro dia da fase exantemática. Na fase
de convalescença, o exantema adquire aspecto acastanhado e desaparece na
mesma sequência em que surgiu, dando lugar a uma fina descamação da pele,
com aspecto furfuráceo.
Alternativa D: INCORRETA. O eritema infeccioso é a manifestação mais comum
da infecção pelo Parvovírus B19. Seu quadro clínico é composto por três
diferentes fases. Na primeira fase, há eritema malar bilateral que dá ao paciente
o aspecto de “face esbofeteada”. Na segunda fase, ocorre a disseminação do
exantema para o tronco e extremidades proximais, principalmente nas
superfícies extensoras, comumente poupando a região palmoplantar. Lesões
maculares eritematosas sofrem clareamento central adquirindo aspecto
rendilhado ou reticulado são observadas nessa fase. Finalmente, ocorre a terceira
fase, caracterizada por período em que o exantema recidiva quando o paciente
se expõe ao sol, calor, estresse e exercício.
Alternativa E: INCORRETA. O exantema súbito é a patologia na qual o lactente
apresenta fase prodrômica de febre alta que tipicamente desaparece após 72
horas quando surge exantema caracterizado por lesões maculopapulares róseas
e não pruriginosas que surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e
extremidades de forma centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar
apenas algumas horas, e entre um a três dias já terá desaparecido
completamente sem descamação.
▶ resposta: A

40 (Organização
Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de
Borborema/SP – 2019) O aleitamento materno é o alimento ideal para o
lactente nos primeiros 6 meses de vida, isso porque atende às necessidades
nutricionais, metabólicas e calóricas. Traz inúmeros benefícios ao bebê, à mãe e à
sociedade e está relacionado à diminuição da incidência e gravidade de algumas
doenças como:

A. Escabiose.
B. Impetigo.
C. Infecção do trato urinário.
D. Diarreia.
E. Conjuntivite.

subtópico:
Aleitamento materno.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não podemos esquecer que a escabiose é
transmitida pelo Sarcoptes scabiei por contato direto com doentes e também pelo
simples contato com as roupas ou roupas de cama do paciente.
Alternativa B: INCORRETA. O impetigo é uma piodermite superficial causada
geralmente por cocos gram-positivos, como Streptococcus e Staphylococcus. A
higiene precária e os quadros de desnutrição são fatores que predispõem a
manutenção da doença.
Alternativa C: INCORRETA. A principal forma de infecção é pela via ascendente,
na qual os patógenos da flora intestinal que colonizam a região perineal
ascendem através da uretra para colonizar as vias urinárias. A infecção urinária
nas crianças pode ser a complicação clínica de malformações do trato urinário
(hidronefrose) ou mesmo de alterações funcionais (refluxo vesicoureteral).
Alternativa D: CORRETA. O aleitamento materno promove diversos benefícios
sobre a saúde da criança e da mulher. Para a criança, podemos perceber redução
da mortalidade infantil, da incidência e gravidade da diarreia, da morbidade por
infecção respiratória, das alergias e de doenças crônicas como obesidade,
diabetes tipo 2 e níveis menores de colesterol total. Além disso, promove melhor
desenvolvimento cognitivo e da cavidade bucal.
Alternativa E: INCORRETA. A conjuntivite é toda inflamação da mucosa
conjuntival caracterizada por hiperemia, vasodilatação, quemose e exsudação. As
conjuntivites podem ser bacterianas, virais, cicatriciais e alérgicas (aguda, sazonal
ou atópica).

▶ resposta: D

41 (Organização Paulista em Gestão Pública – Prefeitura de Borborema/SP –


2019) Em relação ao desenvolvimento neuropsicomotor de uma criança, muitas
habilidades são adquiridas a cada idade. Em se tratando do desenvolvimento
motor grosseiro, aos seis meses de idade um lactente deve ser capaz de:

A. Engatinhar.
B. Ficar de pé com apoio.
C. Ficar de pé sem apoio.
D. Sentar-se com apoio.
E. Andar com apoio.

subtópico:
Desenvolvimento neuropsicomotor.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança adquire a capacidade de engatinhar por
volta do nono mês de vida. Importante destacar que esse marco não
necessariamente aparece em todas as crianças antes da fase da deambulação.
Alternativa B: INCORRETA. A criança consegue ficar de pé com apoio por volta
do décimo mês de vida.
Alternativa C: INCORRETA. Aos 12 meses, a criança começa a andar com apoio
e, por volta dos 15 meses, é capaz de andar sem apoio.
Alternativa D: CORRETA. A capacidade de sentar-se com apoio costuma estar
presente nas crianças por volta dos seis meses.
Alternativa E: INCORRETA. A criança começa a andar com apoio por volta de um
ano de vida.
▶ resposta: D

42 (COMPERVE UFRN – Prefeitura de Parnamirim/SP – 2019) A crise convulsiva


febril é a desordem neurológica mais comum na primeira infância, sendo um
fenômeno idade dependente, relacionada à imaturidade cerebral. Nas crianças,

A. Os antitérmicos são efetivos para a prevenção de recorrência.


B. A convulsão febril ocorre principalmente entre 3 e 6 anos.
C. As crises convulsivas febris simples são as mais comuns e não apresentam
sinais focais.
D. A coleta de líquor é obrigatória na ocorrência da convulsão febril.

subtópico:
Convulsão febril.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Nas situações em que há recorrência da convulsão
febril, pode-se recomendar o uso de benzodiazepínicos como diazepam,
clonazepam e nitrazepam. O antitérmico está indicado para impedir que ocorra
convulsão febril.
Alternativa B: INCORRETA. A crise febril acontece em período do
desenvolvimento cerebral caracterizado por grande excitabilidade neuronal e
formação de redes neurais, ou seja, mais comumente ocorre entre seis meses e
cinco anos.
Alternativa C: CORRETA. A crise febril simples é caracterizada por crise tônico-
clônica generalizada com duração inferior a 15 minutos, sonolência breve no
período pós-ictal e costuma ser apenas uma crise em 24 horas. A crise febril
simples é benigna e não provoca qualquer dano neurológico em longo prazo,
mesmo que a criança tenha tido várias crises febris simples.
Alternativa D: INCORRETA. O diagnóstico da convulsão febril é essencialmente
clínico. O exame de líquor está indicado apenas nas seguintes condições: enos de
6 meses de vida, sintomatologia de infecção do sistema nervoso central,
recuperação lenta ou alteração neurológica pós-ictal e uso de antibióticos.
▶ resposta: C

43 (FUNDATEC – Prefeitura de Campo Bom/RS – 2019) A hipovitaminose D em


crianças deve ter sua profilaxia iniciada na consulta pediátrica. Em relação às
recomendações, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se
falsas.

(       )  Banho de sol durante 10 minutos/dia sem protetor solar supre as


necessidades de vitamina D até os 6 meses.
(       ) A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda suplementação de 400 UI
diárias de vitamina D até os 12 meses.
(       ) A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda suplementação de 600 UI
diárias de vitamina D para crianças de 12 a 24 meses.
(       ) Leite humano de lactante com níveis normais de vitamina D supre as
necessidades do lactente até os 6 meses.
(       ) Dietas vegetarianas podem ser causa de hipovitaminose D.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A. F – V – V – F – V.
B. F – V – F – F – F.
C. V – V – F – V – F.
D. V – F – V – V – V.
E. V – F – V – V – F.

subtópico:
Hipovitaminose.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria,
todas as crianças devem receber de forma profilática a vitamina D a partir da
primeira semana de vida de modo que o banho de sol não apareça como
orientação confiável. Da primeira semana de vida até os 12 meses, deve ser feita
suplementação com 400 UI/dia de vitamina D a todas as crianças. Dos 12 até os
24 meses, todas as crianças devem receber 600 UI/dia de vitamina D. As
principais fontes alimentares de vitamina D incluem óleo de fígado de peixe e
gema de ovo.
Alternativa B: INCORRETA. A terceira assertiva está correta de acordo com o
comentário da alternativa A (a suplementação de vitamina D entre 12 e 24 meses
de vida deve ser feita com 600 UI/dia). .
Alternativa C: INCORRETA. Não há orientação de banho de sol como
suplementação da vitamina D de modo que deve ser realizada de forma
profilática a suplementação com a própria vitamina D conforme a idade da
criança.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria,
todas as crianças devem receber de forma profilática a vitamina D a partir da
primeira semana de vida de modo que o banho de sol não apareça como
orientação confiável invalidando a primeira afirmativa.
Alternativa E: INCORRETA. As dietas vegetarianas são responsáveis por
promover uma redução da oferta de vitamina B12 aos pacientes que fazem uso
desse tipo de hábito alimentar. Dessa forma, a afirmativa 5 torna-se incorreta.

▶ resposta: A

44 (FUNDATEC – Prefeitura de Campo Bom/RS – 2019) Recém-


nascido com 26 dias de vida, em aleitamento materno exclusivo, é levado à
consulta de puericultura. A mãe refere que o filho está bem, mas que ela está
com dor no corpo, febre (até 39°C) nas últimas 24 horas, calafrios, prostração e
observou uma área avermelhada, dolorosa, localizada no quadrante superior
externo da mama esquerda. Qual é o diagnóstico e qual deve ser a orientação
quanto à amamentação?

A. Mastite – antimicrobiano para a mãe e manter a amamentação.


B. Mastite – antimicrobiano tópico e suspender a amamentação.
C. Ingurgitamento mamário – ordenha e mamadas mais frequentes.
D. Abscesso mamário – drenagem cirúrgica e suspender a amamentação.
E. Abscesso mamário – suspender a amamentação e prescrever fórmula.

subtópico:
Aleitamento materno.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A mastite é um processo inflamatório da mama,
podendo acompanhar-se ou não de infecção. Quando ocorre durante a lactação,
denomina-se de mastite lactacional ou puerperal. Qualquer condição que leve à
estase do leite favorece o desenvolvimento da mastite, como bloqueio de ductos,
produção excessiva de leite, pega inadequada, sucção ineficiente, esvaziamento
incompleto da mama, restrição da frequência e duração das mamadas, entre
outras causas. A mastite puerperal geralmente tem início na segunda ou terceira
semana pós-parto. Acontece, na maioria das vezes, unilateralmente em área
localizada ou vários pontos da mama. A mama costuma apresentar-se vermelha,
quente, edemaciada e dolorida, e a mulher refere febre e sintomas semelhantes
à síndrome gripal. Seu tratamento baseia-se no esvaziamento adequado da
mama, por meio da manutenção da amamentação e/ou ordenhas para retirada
manual do excesso de leite produzido. Além disso, a antibioticoterapia sistêmica
(por 10 a 14 dias) está indicada quando o quadro clínico for significativo
conforme o caso apresentado.
Alternativa B: INCORRETA. Importante destacar que a amamentação não deve
ser interrompida nos casos de mastite.
Alternativa C: INCORRETA. O ingurgitamento mamário é comum na apojadura,
entre o terceiro e quinto dia após o parto, como resultado do aumento do
volume de leite e da circulação linfática. A mama fica cheia, pesada, com discreto
aumento de temperatura, porém sem sinais de hiperemia ou edema. O
ingurgitamento é geralmente bilateral, podendo envolver toda a mama ou
somente a região areolar. Para alívio dos sintomas, recomendam-se algumas
medidas, como manter a amamentação, amamentar com mais frequência e em
livre demanda, ordenhar o excesso de leite por ordenha manual ou mecânica,
massagear toda a mama e as regiões com ingurgitamento mais intenso,
ordenhar um pouco a mama antes da mamada, orientar repouso, sutiãs
confortáveis com alças firmes e largas, dentre outras medidas.
Alternativas D e E: Incorretas. Uma complicação grave da mastite é o abscesso
mamário, definido como coleção de pus localizada dentro da mama e protegida
por uma cápsula. O quadro clínico é definido por dor intensa, febre, mal-estar,
calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação no local do abscesso.
Geralmente só uma das mamas é acometida. O abscesso exige intervenção
rápida, com drenagem cirúrgica e antibioticoterapia. A amamentação pode ser
mantida dependendo da localização do abscesso.
▶ resposta: A

45 (FUNDATEC – Prefeitura de Campo Bom/RS – 2019) Lactente


com 1 ano e 6 meses tem lesões papuloeritematosas lineares, aos pares, que
iniciaram há três meses, localizadas, sobretudo, nos membros. Há prurido
intenso e piora nos dias de calor. Nos últimos dois meses, teve três episódios de
agudização das lesões que duraram uma semana e deixaram manchas
hipercrômicas. A mãe procura relacionar a piora das lesões em um dos episódios
com a ingestão de tomate. Não há história semelhante em outros membros da
família. Com base nos dados clínicos, a alternativa que sugere a melhor hipótese
diagnóstica e o tratamento adequados são:

A. Escabiose – permetrina uso tópico.


B. Prurigo estrófulo – medidas ambientais.
C. Dermatite atópica – corticoide de uso tópico.
D. Dermatite atópica – imunoterapia.
E. Alergia alimentar – excluir o alimento envolvido.

subtópico:
Dermatologia infantil.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A escabiose inicia com aparecimento de lesões
papulovesiculares eritematosas e pruriginosas, com prurido principalmente
noturno. Em geral, os familiares costumam ser contaminados. Costuma ser
caracterizada pela presença de pápulas eritematosas, vesículas, nódulos, túneis e
prurido intenso, sinais de escoriações que alteram o aspecto da lesão, com
impetiginização secundária determinando o aparecimento de pústulas. Nos
lactentes há grande extensão das lesões e acometimento peculiar de palmas e
plantas.
Alternativa B: CORRETA. A apresentação clínica mais comum do prurido é o
surgimento de pápulas eritematosas com distribuição linear e aos pares.
Geralmente, as regiões expostas do corpo são as mais acometidas. A presença de
escoriações é determinada por intenso prurido e a infecção secundária é comum.
As lesões características duram de 4 a 6 semanas e evoluem para discromia pós-
inflamatória, deixando máculas hipo ou hipercrômicas que melhoram após
alguns meses. Geralmente as lesões são provocadas por picada de insetos e, por
esse motivo, o tratamento deve ser focado na prevenção dos insetos, ou seja,
medidas ambientais.
Alternativas C e D: Incorretas. Nos lactentes, as lesões ocorrem na face,
poupando a região central (triângulo nasolabial), couro cabeludo, tronco e região
extensora dos membros. Para seu diagnóstico, é importante que se tenha
prurido associado a pelo menos três dos seguintes aspectos: pele seca ou xerose,
história pessoal ou familiar de rinite ou asma, início antes dos 2 anos de vida,
presença de eczema com envolvimento das pregas cubital e poplítea e região
anterior dos tornozelos. O tratamento da dermatite atópica inclui a educação
sobre os fatores desencadeantes, correta hidratação e higienização da pele,
evitar contato com substâncias desencadeadoras das lesões e só depois utilizar o
corticoide tópico.
Alternativa E: INCORRETA. A alergia alimentar costuma apresentar lesões
cutâneas: urticária aguda, angioedema, urticária de contato e a própria dermatite
atópica. O seu manejo requer basicamente a restrição do alimento em questão e
tratamento das reações em caso de ingestão acidental.
▶ resposta: B

46 (IMPARH – Prefeitura de Fortaleza/CE – 2018) Lactente de 6 meses, após


duas semanas que passou a frequentar uma creche, iniciou um quadro com
febre baixa, coriza, obstrução nasal e tosse seca. Uma semana posterior ao início
desses sintomas, a tosse tornou-se paroxística e acompanhada de cianose e
apneia. O diagnóstico mais provável é:

A. Infecção por Mycoplasma pneumoniae.


B. Infecção por Chlamydia pneumoniae.
C. Infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
D. Infecção por Bordetella pertussis.

subtópico:
Coqueluche.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na infecção pelo Mycoplasma pneumoniae, a maioria
dos pacientes apresenta quadros de traqueobronquite ou infecção das vias
aéreas superiores. A infecção geralmente ocorre de modo gradual e prolongado.
São comuns faringite, dor de garganta, rouquidão, cefaleia, mal-estar, febre,
adinamia, mialgia e tosse, presente em quase todos os casos.
Alternativa B: INCORRETA. O espectro das manifestações da infecção pela
Chlamydia pneumoniae é variado. Um número significativo de infecções pode
cursar com poucos sintomas e até ser assintomáticas. Geralmente a doença
inicia-se de forma insidiosa. Ocorre disfonia, odinofagia e febre. O episódio pode
ser autolimitado ou progredir para tosse com envolvimento do trato respiratório
inferior, sendo a pneumonia e a bronquite os quadros clínicos mais frequentes.
Alternativa C: INCORRETA. O vírus sincicial respiratório é o principal agente
causador da bronquiolite. O quadro caracteriza-se por obstrução nasal, coriza
hialina, tosse, febre, recusa alimentar e irritabilidade. O quadro pode evoluir para
tosse mais intensa, dispneia e sibilância.
Alternativa D: CORRETA. O quadro descrito é bastante condizente com infecção
pela Bordetella pertussis, ou seja, coqueluche. Inicialmente é comum termos o
surgimento de tosse e outros sintomas semelhantes aos sintomas de resfriado
comum. Ocasionalmente pode ocorrer febre de baixa a moderada. Em período
de 7 a 10 dias após o início dos sintomas, o paciente apresenta tosse paroxística
característica da coqueluche. O acesso de tosse é súbito, as tossidas são rápidas,
curtas, em uma única expiração e seguidas por inspiração profunda que dá
origem ao “guincho” característico e/ou vômito pós-tosse. Durante os acessos de
tosse, podem ser observadas congestão facial, cianose e, algumas vezes, apneia,
principalmente entre os menores de três meses.
▶ resposta: D

47 (IMPARH – Prefeitura de Fortaleza/CE – 2018) Lactente de 3 meses de idade,


em aleitamento materno exclusivo, apresenta episódios frequentes de
regurgitações e vômitos. A mãe relata boa aceitação das mamadas e bom padrão
de sono. Ao exame o bebê encontra-se tranquilo e exibe adequada curva
ponderoestatural. Sobre a avaliação diagnóstica dessa criança, é correto afirmar.

A. Não há necessidade de realizar exames complementares.


B. Realizar avaliação radiológica contrastada com bário do esôfago, estômago
e duodeno.
C. Solicitar pHmetria gastroesofágica.
D. Avaliar a criança com cintilografia gastroesofágica.

subtópico:
Refluxo gastroesofágico.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Importante não confundir refluxo gastroesofágico fisiológico e doença do refluxo
gastroesofágico, que sempre será patológica. Sinais e sintomas que podem estar
associados à doença do refluxo gastroesofágico são regurgitações, vômitos,
perda de peso ou não ganho de peso, irritabilidade e choro e recusa alimentar.
Nos lactentes em geral, as regurgitações do refluxo fisiológico tornam-se mais
evidentes por volta do segundo ao quarto mês de vida.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo
gástrico para o esôfago, com ou sem regurgitação e/ou vômitos. Pode ser
considerado normal quando ocorre várias vezes ao dia em lactentes, crianças,
adolescentes e adultos e ocasiona poucos ou nenhum sintoma. É exatamente o
caso do lactente em questão visto que mantém boa aceitação do aleitamento
materno, não tem distúrbios do sono e ganho ponderoestatural. A evolução do
refluxo gastroesofágico é benigna e autolimitada, não sendo necessários exames
diagnósticos nem uso de medicamentos.
Alternativa B: INCORRETA. Mesmo que estivéssemos diante de caso de doença
do refluxo gastroesofágico (DRGE), o diagnóstico é basicamente clínico. Apesar
da gama de exames diagnósticos disponíveis, nenhum é considerado padrão-
ouro. A radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno é um exame de
baixo custo e fácil execução, mas não é adequado para diagnóstico da DRGE.
Alternativa C: INCORRETA. A pHmetria avalia o paciente em condições mais
fisiológicas e por longos períodos, quantifica o refluxo gastroesofágico e
correlaciona episódios de refluxo com sinais e sintomas. Especialmente em
lactentes, com dieta exclusivamente láctea, o refluxo pós-prandial pode não ser
detectado pela neutralização do refluxo ácido provocado pelo leite.
Alternativa D: INCORRETA. A cintilografia gastroesofágica avalia apenas o
refluxo gastroesofágico pós-prandial imediato, sendo importante na detecção de
aspiração pulmonar.
resposta: A

48 (IMPARH – Prefeitura de Fortaleza/CE – 2018) Sobre a criança


politraumatizada, é correto afirmar.

A. Uma das indicações de intubação orotraqueal é a Escala de Coma de


Glasgow menor que 10.
B. O limite inferior normal (percentil 5) da pressão sistólica é 90mmHg mais 2
(duas) vezes a idade da criança em anos.
C. Os protocolos de tratamento do trauma pediátrico enfatizam de modo
mais importante o manejo das vias aéreas e ventilação.
D. No manejo do choque hipovolêmico severo, a via preferida para
estabelecer o acesso venoso é a central.

subtópico:
Criança politraumatizada.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Uma das indicações de intubação orotraqueal é
pontuação menor ou igual a 8 nas Escala de Coma de Glasgow.
Alternativa B: INCORRETA. Para se avaliar o percentil 5 da pressão sistólica da
criança, devemos multiplicar sua idade por 2 e somar com 70. Não podemos
esquecer que essa regra prática não deve ser utilizada para recém-nascidos.
Alternativa C: CORRETA. O atendimento inicial da criança politraumatizada
obedece a sequência “ABCDE”, segundo rotina do curso de Suporte Avançado de
Vida em pediatria, de modo que a prioridade inicial é a manutenção das vias
áreas pérvias.
Alternativa D: INCORRETA. A insuficiência circulatória deve ser tratada com
controle das perdas sanguíneas, elevação dos membros inferiores, reposição
rápida de volume através de dois acessos vasculares de grosso calibre em
extremidades não lesadas. Caso a obtenção do acesso venoso periférico for difícil
(não tentar por mais de 90 segundos ou mais de três tentativas), recomenda-se a
punção intraóssea. Caso a punção não seja possível, deve-se buscar outras
formas de acesso como jugular externa, dissecção venosa e, por último, punção
de acesso venoso profundo.
▶ resposta: C

Referências Bibliográficas
1. BOLGAR P, ZONATO AI, BUTUGAN O, MINITI A. Hipoplanisa de seio maxilar: relato de dois
casos. Rev Bras Otorr 1996; 62: 80-82.
2. BURNS DAR et al (org.). Tratado de Pediatria. 4. ed. Baurueri: Manole, 2017. 2 v.
3. CORREIA P et al. Infecção respiratória a Chlamydia pneuminiae. Acta Med Port 2005;18:315-
322.
4. MARQUES HHR. Considerações da SBP em relação às indicações de Palivizumabe em
populações de risco. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2015. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/SBP-VRS-2015.pdf. Acesso em
10 de 0ut. 2019.
5. MONTEIRO MR. Síndrome da pele escaldada estafilococica. Hospital Infantil Sabará. Out,
2019. Disponível em: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas
tratamentos/sindrome-da-pele-escaldada-estafilococica/. Acesso em 10 de out 2019.
6. SOUZA EL, GALVÃO NA. Infecções Respiratórias por Mycoplasma pneumoniae em Crianças.
Pulmão RJ 2013;22(3):31-36.
Pediatria

Questões Para Residência

01 (UNICAMP – SP - 2018) Menina,15m, chega à Emergência com quadro de febre,


vômitos e alternando irritabilidade e letargia há um dia. Mãe refere que a urina
está diminuída. Exame físico: Regular estado geral, T = 38,6°C, PA = 90x60 mmHg,
FC = 170 bpm, FR = 50 irpm, palidez cutânea, mucosas secas, anictérica, acianótica,
pulsos periféricos finos, perfusão periférica= 4 seg. Pele: lesões arroxeadas em
membros inferiores e abdome, não desaparecem à digito pressão. Nas várias
tentativas de punção venosa periférica, apresenta sangramento profuso. A
hipótese diagnóstica é:

A. Choque séptico
B. Síndrome hemolítico urêmica.
C. Choque hipovolêmico
D. Púrpura de Henoch-Schonlein.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Provas de pediatria não exigem que você decore gráficos ambulatoriais (como
peso, PC, estatura e IMC). Todavia, sinais vitais da urgência e emergência devem
estar impregnados tanto em quem irá se submeter às provas quanto no médico
que dá assistência no PS.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Choque séptico é a sepse associada a alteração da
perfusão sistêmica. Sepse = SIRS + infecção. Critérios de SIRS (dois ou mais dos
seguintes critérios, sendo obrigatória a presença de leucocitose ou temperatura
anormal): temperatura < 36°C ou > 38,5°C, taquicardia, taquipneia e leucocitose.
Alternativa B: INCORRETA. A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) é uma patologia
grave, desencadeada principalmente por infecção pela E. coli O157:H7. É comum a
presença de diarreia aguda (que não está presente na paciente) antecedendo a
tríade clínica clássica: insuficiência renal aguda, anemia microangiopática e
trombocitopenia.
Alternativa C: INCORRETA. Essa seria uma boa alternativa para a questão, se a
paciente não estivesse com febre.
Alternativa D: INCORRETA. Para o diagnóstico de púrpura de Henoch-Scholein, é
necessário, pelo menos, a presença de dois dos seguintes critérios: púrpura
palpável sem plaquetopenia (a paciente do caso tem sangramento profuso), idade
de início inferior a 20 anos, dor abdominal e alterações na biópsia de pele
(granulócitos nas arteríolas e vênulas).

▶ resposta: A

02 (UNICAMP – SP - 2018) Lactente, 3m, encaminhado para investigação de


meningite, chega à Emergência com quadro de choro inconsolável. Exame físico:
chorosa, sudoreica, FC = 190 bpm; T = 39°C; Neurológico: hiperreflexia global e
pupilas midriáticas. A toxíndrome a ser pensada é:

A. Anticolinérgica
B. Anticolinesterásica
C. Simpatomimética.
D. Extrapiramidal.

subtópico:
Pediatria; Clínica Médica; Infectologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Na síndrome anticolinérgica, o paciente apresenta
pupilas midriáticas, não reativas, diplopia, pele e bocas secas, rubor facial,
taquicardia, taquipneia, mioclonia e rabdomiólise.
Alternativa B: INCORRETA. A Síndrome anticolinesterásica cursa com sudorese,
lacrimejamento, salivação, bradicardia e fasciculações musculares.
Alternativa C: CORRETA. Paciente com midríase, hiperreflexia, sudorese,
hipertensão, taquicardia, distúrbios psíquicos são sinais de um excesso de
catecolaminas, que, nesse caso, está relacionado a uma “toxíndrome” em paciente
em investigação de meningite, por provável estimulação de nervos simpáticos.
Alternativa D: INCORRETA. Pacientes com síndrome extrapiramidal apresentam
sintomas clínicos como Distonias (contrações musculares involuntárias) e Acatisia
(condição psicomotora na qual o paciente tem grande dificuldade em permanecer
parado, sentando ou imóvel).
▶ resposta: C

03 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 6a, chega na Unidade de Emergência com


quadro clínico de febre alta há cinco dias, disfagia e sialorreia. Nos últimos dois
dias, vem queixando-se de dor em região cervical posterior e mãe percebeu
alteração da voz. Exame físico: Regular estado geral, T = 39°C, FR = 34 irpm, FC =
140 bpm, tempo de enchimento capilar = 2 segundos, adenomegalia cervical
anterior esquerda, móvel, diâmetro 3 cm, sem sinais inflamatórios; Orofaringe:
dificuldade de abertura da cavidade oral; Neurológico: rigidez cervical presente. O
diagnóstico é:

A. Meningite bacteriana.
B. Supraglotite.
C. Abscesso retrofaríngeo.
D. Adenite bacteriana.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Criança com quadro sugestivo de faringite pela odinofagia associado à febre passa
a apresentar dor à mobilização do pescoço + febre alta +
odinofagia/disfagia/sialorreia. O que está acontecendo? Isso é uma complicação
do seu quadro inicial, consequência da adenite do espaço retrofaríngeo, podendo
ser complicação de qualquer infecção de VAS recente.
▶ resposta: C

04 (UNICAMP – SP - 2018) Recém-nascido, 10 dias, vem para primeira consulta


acompanhado pela mãe. Nega problemas gestacionais, do parto e queixas atuais.
Embora a mãe negue ingestão de bebidas alcoólicas, exceto cerveja durante a
gestação, no exame físico são detectadas alterações compatíveis com síndrome
alcoólica fetal (SAF). É importante explicar para a mãe que:

A. Não se preocupe, pois após um ano de vida nada mais será percebido.
B. Não se preocupe, pois como tomou cerveja, não haverá problemas.
C. A SAF não tem cura, mas a intervenção precoce ameniza os efeitos.
D. O uso de ácido fólico poderá reverter as sequelas causadas pelo álcool.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As sequelas são permanentes, porém, com o estímulo
correto, pode-se amenizar as sequelas. Quanto mais precocemente for iniciado o
acompanhamento multidisciplinar, melhor serão as chances de alívio das sequelas.
Alternativa B: INCORRETA. A ingesta de álcool é o desencadeante da SAF,
independentemente do tipo de bebida alcoólica e da quantidade ingerida.
Alternativa C: CORRETA. Eventualmente, a síndrome alcoólica fetal (SAF) pode
aparecer em provas. Qual o quadro clínico clássico? Criança PIG + microcefalia +
lábio superior fino + filtro nasal apagado e alongado + pequena abertura das
pálpebras + deficiência intelectual + defeitos cardíacos. É resultado do consumo de
álcool durante a gestação em que mesmo pequenos consumos podem levar a
essas alterações, independentemente da bebida consumida. É uma condição que
não tem cura, embora a intervenção precoce, de reabilitação com equipe
multidisciplinar, possa amenizar alguns dos seus efeitos.
Alternativa D: INCORRETA. O ácido fólico, quando ingerido durante a gravidez,
previne malformações do tubo neural.
▶ resposta: C

05 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 4 anos, previamente hígido, frequenta creche.


Há três dias com mal-estar e febre e há um dia com vermelho na pele. Exame: FC=
90 bpm, FR= 20 irpm, lesões eritematosas nas regiões zigomáticas, preservando
região central da face e exantema reticulado em tronco e extremidades. O agente
etiológico e uma complicação são:

A. Herpes vírus 6 e 7; complicações neurológicas.


B. Coxsackievirus A16 e A10; complicações cardíacas.
C. Vírus do sarampo; pneumonia..
D. Parvovírus B19; manifestações hemorrágicas.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Doenças exantemáticas é um tema muito frequente em provas de residência e
concursos médicos. Merece atenção especial, principalmente arboviroses e
sarampo.

resolução:
Quadro clássico de eritema infeccioso, ou “quinta doença”, causado pelo
Parvovírus B19, um eritrovírus, pois infecta hemácias. Na sua fase exantemática,
apresenta o clássico exantema trifásico: eritema facial (“face esbofeteada”) ->
exantema reticular/rendilhado em tronco e extremidades -> regressão do
exantema, que ressurge quando submetido a situações como frio/estresse/luz
solar/exercícios. Como já foi dito, é um vírus que infecta as hemácias, de modo
que pacientes hígidos não terão problemas, mas sim os fetos e os portadores de
anemia hemolítica, podendo evoluir com crise aplásica, que, embora a principal
característica envolva a interrupção da eritropoese, podemos ter relato de
plaquetopenia e, consequentemente, manifestações hemorrágicas.

▶ resposta: D

06 (UNICAMP – SP - 2018) Criança, 6a, engasgou com um pedaço de bala dura.


Não consegue falar e respirar efetivamente, tenta tossir mas não consegue.
Mantém os olhos “arregalados” e as mãos no pescoço. A conduta imediata é:

A. Deitar a criança no chão e iniciar Reanimação Cardiopulmonar.


B. Varredura digital, às cegas, para retirar o corpo estranho
C. Dar golpes nas costas com a criança em decúbito lateral..
D. Rápidas compressões em região epigástrica

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
Criança com mais de um ano apresentando quadro grave de obstrução das vias
aéreas por corpo estranho, em que não é capaz de respirar, qual a manobra
utilizada para desobstrução? Manobra de Heimlich, que consiste na aplicação de
compressões na região epigástrica. Se a criança tivesse menos de um ano? Apoie a
criança na perna, com a cabeça mais baixa que o tórax, e dê cinco tapas no dorso
da criança. Depois, vire a criança em posição supina e faça cinco compressões no
esterno, até que o corpo estranho seja expelido ou a criança torne-se responsiva e
reaja.

▶ resposta: D

07 (UNICAMP – SP - 2018) Lactente, 45 dias, é atendido em unidade de


emergência com coriza, obstrução nasal, tosse e cansaço há cinco dias. A tosse
intensificou-se nas últimas 12 horas, com episódios de cianose e pausas
respiratórias. Exame físico: FR = 72 irpm, Temp.= 36°C, oximetria de pulso (ar
ambiente) = 89%, tempo de enchimento capilar = 2 segundos; Tórax: retração
subcostal e de fúrcula esternal, murmúrio vesicular presente, simétrico, com
estertores subcrepitantes, roncos e sibilos difusos bilateralmente. Radiograma de
tórax: hiperinsuflação bilateral e opacidade heterogênea em ápice direito. O caso
deve ser conduzido como infecção por:

A. Chlamydia trachomatis
B. Streptococcus pneumoniae
C. Influenza H1N1
D. Bordetella pertussis

subtópico:
Pediatria; Infectologia; Pneumologia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em pediatria, as doenças das vias aéreas (superiores e inferiores) sempre são
cobradas em provas. Além disso, é uma das principais causas de consulta de
crianças em PS.

resolução:
Temos na questão um lactente com taquipneia (FR > 60 ipm), que denota infecção
de vias aéreas inferiores além de sinais de gravidade, como retração subcostal e
de fúrcula esternal. Poderíamos pensar em quadro de bronquiolite viral aguda,
todavia, o autor da questão coloca dois dados importantes: a presença de cianose
e pausas respiratórias. Isso nos faz pensar em um quadro clássico de coqueluche,
causada pela bactéria Bordetella pertussis, cocobacilo gram-negativo. Em crianças
maiores e adultos, a coqueluche se apresenta com tosse arrastada, acesso de
tosses com guincho, petéquias em face, hemorragia conjuntival. Entretanto, em
crianças abaixo de três meses, não cursa com quadro clássico com guincho, de
modo que a apneia e cianose podem ser as únicas manifestações. O hemograma
nos casos de coqueluche apresenta leucocitose com predomínio linfocitário. Já na
radiografia de tórax, encontramos descrição de hiperinsuflação e infiltrado
paracardíaco, chamado de coração felpudo.
▶ resposta: D

08 (UNICAMP – SP - 2018) Lactente, 21 dias de vida é trazido à Unidade de


Emergência com história de febre medida de 38,5°C. Mãe nega outros sintomas.
Está em aleitamento materno exclusivo e vem ganhando peso. Nascido de parto
normal a termo sem intercorrências. Exame físico: sem alterações. Além da coleta
de hemograma e sedimento urinário/urocultura, os exames indicados são:

A. PCR de nasofaringe para Influenza, coprocultura e radiograma de tórax


B. Hemocultura, líquor, velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa
C. Radiograma de tórax, hemocultura, coprocultura e proteína C reativa.
D. PCR de nasofaringe para Influenza, líquor e velocidade de
hemossedimentação

subtópico:
Pediatria; Infectologia; Clínica Médica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Mais uma vez, o autor da questão cobra condutas que devem ser adotadas em PS.
Isso é comum principalmente em prova para R1.

resolução:
Boa parte das crianças com febre sem sinais de localização terão apenas doença
viral benigna autolimitada e, em poucos dias, estarão curadas, mesmo sem
nenhum tratamento. Porém, um percentual dessas crianças pode ter infecção
bacteriana subjacente em algum sítio corporal ou ter bacteremia oculta. Crianças
abaixo de três meses precisam ser avaliadas em ambiente hospitalar, e o
isolamento do agente é de extrema importância, devendo ser colhidas
hemograma, EAS, culturas de sangue, urina e líquor (não é possível afastar
meningite pelo exame físico nessa idade). Porém, é importante que o resultado
desses exames não retarde o início da antibioticoterapia intravenosa, devendo ser
precoce e empírica.
▶ resposta: B

09 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 3a, é recebido na sala de pronto atendimento


de uma UBS após ter sido picado por uma abelha há cerca de 10 minutos. Mãe
refere choro inconsolável com intensa irritabilidade. Exame físico: FC = 136 bpm;
FR = 50 irpm; rubor facial e estridor laríngeo; Face: edema de lábios e língua;
Pulmões: murmúrio vesicular presente e simétrico bilateralmente e alguns sibilos;
Pele: placas de urticária. O diagnóstico e a conduta são:

A. Alergia a picada de inseto, dexclorferinamina oral


B. Angioedema, corticoide endovenoso..
C. Anafilaxia, adrenalina intramuscular
D. Urticária, loratadina oral.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Dermatologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Diagnóstico de anafilaxia é clínico, sem necessidade de exames. A anafilaxia é
diagnosticada quando há um dos três critérios: quadro cutâneo/mucoso + quadro
respiratório ou cardiovascular, exposição ao alérgeno provável e presença de pelo
menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro respiratório ou cardiovascular ou
gastrointestinal e exposição a um alérgeno conhecido + hipotensão. Confirmado o
diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com adrenalina intramuscular.

▶ resposta: C

10 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 42 dias de vida, com história de vômitos claros


nos últimos 10 dias com piora progressiva, vômitos constituído de leite não
digerido ou parcialmente coagulado. Mãe refere que a criança mama muito, mas
perdeu 500 gramas nos últimos dias. Exame físico: bom estado geral, ativo reativo,
aspecto desnutrido, abdome, levemente distendido, ruídos hidroaéreos presentes,
sem outras alterações. A hipótese diagnóstica é:

A. Estenose hipertrófica de piloro


B. Refluxo gastroesofágico
C. Hérnia umbilical encarcerada.
D. Invaginação intestinal.

subtópico:
Clínica Médica; Cardiologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A estenose hipertrófica de piloro normalmente ocorre
após a 1ª semana de vida, com sintomas ocorrendo gradualmente, sendo um dos
sinais a perda de peso apesar da fome. É mais comum em meninos (5:1) e
classicamente há manutenção do apetite entre vômitos. A questão não traz alguns
dos achados clássicos: alcalose metabólica hipoclorêmica + oliva palpável em
hipocôndrio direito + ondas peristálticas pelo abdome + USG com sinal do alvo. De
qualquer forma, é a melhor resposta e poderíamos acertá-la por eliminação.
Alternativa B: INCORRETA. O refluxo gastrointestinal não cursaria com esse
quadro predominante de vômitos e perda ponderal.
Alternativa C: INCORRETA. Para falar em hérnia umbilical encarcerada, teria que
haver alguma alteração ao exame abdominal.
Alternativa D: INCORRETA. A invaginação intestinal apontaria um quadro de
obstrução intestinal, apresentando dor abdominal, além de sinais como fezes em
geleia de framboesa e massa abdominal em salsicha.
▶ resposta: A

11 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 11 meses, em consulta de puericultura. A mãe,


recém chegada ao bairro, refere que a criança mama seis mamadeiras de leite de
vaca integral com amido por dia e não aceita papas salgadas, aceita muito pouco
sucos artificiais e gosta de iogurtes adoçados. Tomou leite materno até os três
meses. Nega outras queixas e acha que criança é sadia. Antecedente pessoal: peso
3.770 g e comprimento de 48 cm ao nascimento. Não vai à creche e fica com a
mãe o dia todo. Vacinas em dia. Não usa nenhum medicamento. Desenvolvimento
neuromotor típico para a idade. Exame físico: criança descorada +/4+; peso e
altura entre os percentis 3 e 10. A conduta é:

A. Considerá-la sem problemas e introduzir alimentação da casa


B. Diagnosticar desnutrição e investigar infecção urinária
C. Acompanhar o ganho ponderal e investigar anemia
D. Acompanhar o ganho ponderal e solicitar avaliação endocrinológica..

subtópico:
Pediatria

grau de dificuldade:

dica do autor:
Não é necessário decorar gráficos de puericultura. Sempre que necessário, o autor
irá colocá-los na questão ou então dirá em qual percentil a criança está. Saber
interpretar os percentis é necessário.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A criança apresenta erro alimentar grave. Além disso,
o exame físico já demonstra consequências dessa má alimentação, podendo-se
observar pelas curvas de crescimento, que apesar de ainda estar dentro dos
percentis normais, está tendendo ao baixo pesoe baixa estatura.
Alternativa B: INCORRETA. A desnutrição ainda não é tida como diagnóstico pois
a criança ainda encontra-se acima do percentil 3. Além disso, não há
comemorativos para se pensar em infecção urinária, como febre, choro intenso ou
mudança no aspecto da urina.
Alternativa C: CORRETA. Estamos diante de lactente de 11 meses que possui
como alimentação básica o leite de vaca integral com amido, além de iogurtes
adoçados. A questão refere ainda que se alimentou com leite materno por apenas
três meses. Claramente é uma criança com alimentação deficiente. Não é para
menos que o enunciado nos traz um quadro sugestivo de anemia ferropriva,
comum em crianças que não fizeram a alimentação e suplementação adequadas.
Os percentis de peso e estatura ainda estão adequados para a idade, entretanto,
certamente é uma criança que precisa de acompanhamento. Guarde essa dica:
com algumas exceções, a maioria das questões não tem como a resposta certa o
encaminhamento a especialistas.
Alternativa D: INCORRETA. O ganho ponderal deve ser avaliado de perto,
principalmente quando há erro alimentar e a mãe considera a criança descorada
como normal. Já a avaliação da endocrinologia ainda não se faz necessário pois há
um erro evidente (má alimentação – fator exógeno) que precisa ser corrigido antes
de se atribuir a clínica do paciente à causa endócrina.
▶ resposta: C

12 (UNICAMP–SP - 2018) Em relação ao tratamento da conjuntivite gonocócica no


recém-nascido:

A. É realizado pela instilação de nitrato de prata a 1% logo após o surgimento


dos sinais da doença
B. Devem ser feitas avaliações do acometimento sistêmico, incluindo coleta de
hemocultura e de líquido cefalorraquidiano.
C. É feito com instilação de colírio de antimicrobianos sem uso associado de
antibióticos sistêmicos
D. É tratada com cloranfenicol em altas doses devido ao padrão de resistência
atual do agente infeccioso.

subtópico:
Pediatria; Oftalmologia

grau de dificuldade:

resolução:
A conjuntivite neonatal é a doença ocular mais comum do neonato. Paciente
apresenta edema, eritema, descarga purulenta conjuntival, com possibilidade de
ruptura de córnea e evolução para cegueira, bem como disseminação e sepse. Os
principais agentes são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrheae. Para o
segundo existe profilaxia com nitrato de prata. Além disso, o tratamento dessa
condição é sempre com ATB sistêmico, de modo que o esquema habitual para o
gonococo é a ceftriaxona, que possui ótima resposta.
▶ resposta: B

13 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 4 anos, vem à Unidade Básica de Saúde,


encaminhado pela escola devido atraso na fala que consiste apenas de pequenas
frases. Há seis meses atrás quando foi para a escola falava mais ou menos cinco
palavras (papai, mamãe, água, au-au, papa). Refere dificuldades de
relacionamento com outras crianças, brincando sozinha geralmente empilhando e
enfileirando objetos. É apegado a rotinas, leva tudo à boca e quando feliz ou
contrariado faz movimentos de bater de asas de membros superiores. Durante a
consulta permanece no colo do pai sem olhar ou responder para o médico.
Brincando com o tablet reconhece números e letras. Quando examinado chora
muito demorando a se acalmar. A conduta é:

A. Encaminhar para avaliação especializada para investigação de Transtorno


Espectro Autista
B. Estimular a fala e limitar uso de eletrônicos pois trata-se de criança com
desenvolvimento normal
C. Estimular a interação com outras crianças da mesma idade pois trata-se de
criança com desenvolvimento normal.
D. Orientar que há suspeita de Transtorno Espectro Autista mas devido os
progressos na escola, solicitar retorno em seis meses.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O que mata a questão é o relato de que a criança brinca empilhando e enfileirando
objetos, além de ter movimentos estereotipados (bater de asas). Ainda nos traz
um sinal típico da doença que é o não estabelecimento de contato social. Do que
estamos falando? Do transtorno do espectro autista. Para dizer que uma criança
tem TEA, há três pilares clínicos: déficit de comunicação verbal não compensada
por outros meios não verbais (mímica, apontar), déficit de interação
social/emocional e comportamento/interesse/atividades repetitivos e
estereotipados. Portanto, analisando o enunciado, não há dúvidas do diagnóstico,
de modo que encaminharemos para avaliação especializada para dar o devido
seguimento

▶ resposta: A

14 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 42 dias de vida, é atendido na Unidade


de Emergência Referenciada por apresentar vômitos há cinco dias. Considerando
o diagnóstico de estenose hipertrófica de piloro o resultado esperado da
gasometria e dosagem de eletrólitos é:

A. Alcalose metabólica, hipocloremia, hipocalemia.


B. Alcalose respiratória, hipercloremia, hipocalemia
C. Alcalose metabólica, hipercloremia, hipercalemia.
D. Alcalose respiratória, hipocloremia, hipocalemia

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Dentre as causas cirúrgicas, a estenose hipertrófica de piloro é uma das doenças
que mais acomete o RN, sendo bastante cobrada em provas. Vale a pena rever
fisiopatologia, diagnóstico e tratamento.

resolução:
Questão clássica e batida! Quais as alterações no equilíbrio acidobásico e de
eletrólitos na estenose hipertrófica de piloro? Alcalose metabólica, hipocloremia e
hipocalemia. Lembre-se que o paciente com vômitos repetitivos tendem a perder
HCl. A perda de H+ aumenta o pH sanguíneo, gerando alcalose, e a perda de Cl-
gera hipocloremia. Na tentativa de reter íons H+, os rins começam a excretar
potássio, gerando hipocalemia.
▶ resposta: A

15 (UNICAMP – SP - 2018) A morte súbita do berço é aquela que acontece de


maneira inesperada, durante o sono, na criança com menos de um ano de idade.
O bebê é encontrado sem aparentar nenhum sinal de sofrimento ou doença. Para
prevenção é importante que a criança durma:

A. Na cama dos pais, bem coberta e sempre em decúbito dorsal.


B. Bem coberta e em decúbito dorsal ou lateral
C. Com cobertores leves e soltos em decúbito ventral
D. Com cobertores leves evitando decúbito ventral e lateral.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que vem caindo muito sobre morte súbita do lactente. São alguns dos
fatores de risco que aumentam a prevalência dessa doença: tabagismo da mãe,
ambiente de dormida com cobertas, travesseiros., dormir em posição de prona
(decúbito ventral), não amamentação. Sabe ainda que as chupetas são fatores de
proteção. Além disso, recomenda-se que , nos primeiros meses, durmam no
mesmo quarto dos pais, mas em camas separadas.
▶ resposta: D

16 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 13 anos, procura atendimento por não


apresentar sinais de puberdade. Nega outras queixas. Alimentação, atividade física
e sono adequados para a idade. Refere infecção urinária de repetição e dificuldade
auditiva. Antecedente pessoal: peso e comprimento de nascimento adequados
para idade gestacional. Exame físico: Peso no percentil 50, Estatura abaixo do
percentil 3 e IMC entre o percentil 85 e 95 (CDC 2000); baixa implantação dos
cabelos na nuca, orelhas rodadas para trás; genitais femininos normais M1P2.
Hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante elevados para idade. A
hipótese diagnóstica é:

A. Hipotireoidismo.
B. Deficiência de GH
C. Síndrome de Turner
D. Síndrome de Russel Silver

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
Enunciado que facilmente nos leva à resposta. Nota-se que a paciente, além do
atraso puberal e da baixa estatura, apresenta dados como baixa implantação dos
cabelos na nuca e orelhas rodadas. Isso fala a favor de uma doença genética.
Várias síndromes podem levar a baixa estatura, porém, fala-se de Turner pois é
uma síndrome que pode ter como única manifestação inicial a baixa estatura, de
modo que, em meninas, a primeira conduta diante de baixa estatura patológica é
solicitar um cariótipo. Outras características da doença: disgenesia gonadal (atraso
puberal + hipergonadismo hipergonadotrófico -> FSH e LH elevados) + baixa
estatura, pescoço alado, baixa implantação capilar, cúbito valgo, hipertelorismo
mamilar, linfedema (mãos e pés), entre outros.
▶ resposta: C

17 (UNICAMP – SP – 2018) Menina, 2 anos, com cariótipo de 47,XX,+21; é


necessário investigar periodicamente:

A. Hipogonadismo, leucemia e luxação atlantoaxial


B. Hipotireoidismo, anemia e luxação coxofemoral
C. Diabete melito tipo 1, plaquetopenia e luxação coxofemoral
D. Hipotireoidismo, leucemia e luxação atlantoaxial.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Puericultura é uma matéria bastante cobrada nas provas de residência médica,
principalmente para entrada direta, tendo em vista que é assunto de atenção
primária. A síndrome de Down tem uma página dedicada na caderneta da criança.
Vale a pena dar uma olhada nessa caderneta como leitura complementar.

resolução:
Questão que aborda as complicações relacionadas à trissomia do 21, a síndrome
de Down, sendo algumas clássicas. Por exemplo: hipotireoidismo, leucemia e
luxação atlantoaxial. Por esse motivo, devem ser pesquisadas periodicamente
nesses pacientes. Para acrescentar, qual a cardiopatia congênita típica da
síndrome de Down, comum em provas? Defeito do septo atrioventricular (DSAV).
▶ resposta: D

18 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 3 anos, assintomática, inicia acompanhamento


na Unidade Básica de Saúde porque a família está migrando para Campinas.
Exame físico: oito manchas café-com-leite de mais de 0,5 cm de diâmetro
espalhadas pelo corpo, manchas hipercrômicas lenticulares nas axilas e duas
lesões papulosas de 0,8 cm de diâmetro com consistência gelatinosa. Antecedente
familiar: filha única de casal não consanguíneo. A conduta é:

A. Observar a evolução, pois não há critério para diagnóstico de doença


hereditária
B. Considerar que a criança tem uma doença hereditária dominante
C. Fazer biópsia das pápulas para definir o diagnóstico destas lesões
D. Encaminhar para exérese das lesões papulosas por serem lesões pré-
neoplásicas.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Estamos diante da neurofibromatose tipo 1 (doença de Von Recklinghausen).
Precisamos de dois dos seguintes sinais para fazer o diagnóstico: seis ou mais
lesões café-com-leite + glioma óptico + sardas (efélides) axilares + dois ou mais
neurofibromas (consistência gelatinosa) ou um plexiforme + dois ou mais nódulos
de Lisch (hamartomas pigmentados da íris) + lesão óssea característica (displasia
do esfenoide) + parente de primeiro grau com NF-1. Essa é uma doença
hereditária, de padrão autossômico dominante.
▶ resposta: B

19 (UNICAMP – SP - 2018) Menina, 13 meses, internada para investigar


desnutrição grave. Mãe conta que a criança ganhou bem peso até os oito meses
chegando a pesar 9 kg mas, com a introdução de alimentos, iniciou quadro de
aumento do número de evacuações (fezes claras de odor fétido) e distensão
abdominal. Exame físico: Regular estado geral, peso= 7,2 kg, descorada 2+/4+;
Abdome: importante distensão; Pele: equimoses; hipotrofia global da musculatura
incluindo musculatura glútea; Membros: edema pré-tibial 2+/4+. O exame a ser
solicitado é:

A. Dosagem de sódio e cloro no suor.


B. Dosagem de anticorpo antitransglutaminase IgA
C. Eletroforese de proteínas séricas.
D. Colonoscopia.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Gastroenterologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão com quadro típico de doença que cai bastante em provas. Após
introdução da alimentação, o paciente inicia quadro de diarreia com fezes claras
de odor fétido. Quando a questão fala isso, quer dizer que o paciente apresenta
esteatorreia. Além disso, o paciente apresenta anemia + hipotrofia de musculatura
glútea, sinais altamente sugestivos da doença celíaca. O diagnóstico baseia-se em
biópsia duodenal + anticorpos, em que o principal é a antitransglutaminase IgA.

▶ resposta: B

20 (UNICAMP – SP - 2018) Menino, 7 meses, internado para recuperação


nutricional. Antecedente pessoal: fibrose cística em acompanhamento irregular
desde os dois meses. Exame físico: regular estado geral, intensa hipotrofia
muscular, cabelos quebradiços, ausência de tecido celular subcutâneo; Cabeça:
fronte olímpica; Tórax: nodosidades ao longo da parede anterior da caixa torácica
ao nível das articulações condrocostais. O diagnóstico é deficiência de vitamina:

A. C
B. A
C. D
D. E

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Deficiência de vitamina C causa escorbuto. A clínica
consiste na presença de manifestações hemorrágicas, artrite, hiporexia, dentes
abalados e cabelos quebradiços.
Alternativa B: INCORRETA. Deficiência de vitamina A afeta diretamente as células
epiteliais, além da manutenção da visão (xeroftalmia) e da imunidade.
Alternativa C: CORRETA. Alguns sinais característicos da hipovitaminose D na
questão nos faria chegar até o diagnóstico. Sua deficiência em crianças acarreta
raquitismo (osteomalácia, no adulto) onde a matriz cartilaginosa neoformada não
recebe o depósito mineral adequado, acarretando a formação de osso amolecido
e fraco, que se curva com o peso corporal. Possui algumas características clássicas:
bossa frontal (fronte olímpica), atraso no fechamento das fontanelas, craniotabes
(amolecimento da calota craniana), rosário raquítico (alargamento e nodosidades
nas junções costocondrais), alargamento de punho e joelhos, genuvaro e
genuvalgo etc.
Alternativa D: CORRETA. Deficiência de vitamina é causa de alterações de
reflexos, marcha e coordenação.
▶ resposta: C

21 (USP – SP - 2018) Menino de 12 anos é trazido pela mãe à consulta devido a


quadro de movimentos involuntários. Na última semana, a mãe e os professores
haviam notado que a criança estava mais desatenta e apresentava hiperatividade.
Há dois dias, os movimentos involuntários iniciaram, de forma aguda. O menino
não tinha antecedentes mórbidos relevantes e não usava medicamentos. A última
intercorrência clínica foi uma faringite há um mês, tratada com antibiótico. No
exame neurológico, observam-se movimentos involuntários generalizados, de
curta duração, com intensidade variável e de caráter migratório. Quando o
paciente anda, esses movimentos parasitam a marcha e também os movimentos
voluntários, e muitas vezes o próprio paciente incorpora deliberadamente o
movimento involuntário em um movimento voluntário originando uma
gesticulação exagerada. Não há outras alterações no exame clínico. Qual é a
principal hipótese?

A. Meningoencefalite herpética
B. Coréia de Sydeham
C. Doença de Parkinson juvenil.
D. Doença de Huntington.

subtópico:
Clínica Médica; Reumatologia; Neurologia; Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que traz um paciente com descrição de quadro de coreia. A causa mais
comum na faixa pediátrica é a coreia de Sydenham, que pode ocorrer em até 20%
dos pacientes com febre reumática. Essa informação nos chama atenção, pois na
questão é informado que o paciente apresentou quadro de faringite há um mês.
Logo, a principal hipótese diagnóstica para essa paciente é que seja coreia de
Sydenham.
▶ resposta: B

22 (USP – SP - 2018) Menina de 6 anos é levada ao pronto-socorro por quadro de


desconforto respiratório de início súbito, notado há 20 minutos. A criança estava
em um passeio no zoológico e, logo após a pausa para o lanche, quando a criança
comeu amendoim, foi notado que começou a apresentar vômitos e dor
abdominal, seguida de queixa súbita de falta de ar. Nega episódios prévios
semelhantes. Não tem antecedentes mórbidos relevantes ou qualquer infecção
aguda recente. No exame clínico, criança encontra-se sonolenta, com ausculta
pulmonar com estridor inspiratório, com tiragem subdiafragmática presente,
frequência respiratória de 40 ipm e saturação de 91% em ar ambiente. Ao exame
abdominal, dor à palpação difusa, mais intensa em epigástrio, sem massas ou
visceromegalias, sem sinais de irritação peritoneal. Frequência cardíaca: 160 bpm,
pressão arterial: 74 x 50 mmHg. Tempo de enchimento capilar: 4 segundos.
Restante do exame clínico normal. Qual é a conduta para o caso nesse momento?

A. Salbutamol inalatório
B. Dexametasona endovenosa
C. Epinefrina intramuscular.
D. Expansão volêmica com soro fisiológico.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Doenças Respiratórias.
grau de dificuldade:

dica do autor:
Casos de atenção primária e PS são muito frequentes em provas de residência,
principalmente de entrada direta, pois são temas que devem ser dominados pelo
generalista.

resolução:
Diagnóstico de anafilaxia é clínico, sem necessidade de exames. A anafilaxia é
diagnosticada quando há um dos três critérios: quadro cutâneo/mucoso + quadro
respiratório ou cardiovascular, exposição ao alérgeno provável e presença de pelo
menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro respiratório ou cardiovascular ou
gastrointestinal e exposição a um alérgeno conhecido + hipotensão. Confirmado o
diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com adrenalina intramuscular. Questão nos
traz um paciente que logo após comer amendoim começou a apresentar vômitos,
dor abdominal e súbita falta de ar, o que nos leva preencher o segundo critério.
▶ resposta: C

23 (USP – SP - 2018) Menino de 4 anos apresenta quadro de febre diária (até 39°C)
iniciada há 7 dias. No segundo dia de febre, a mãe notou redução de aceitação
alimentar e levou ao pronto-socorro. Na ocasião, foi feito o diagnóstico de
amigdalite e prescrita penicilina benzatina. Desde então, não houve melhora dos
sintomas. Há 2 dias, a criança evoluiu com hiperemia conjuntival, sem prurido ou
secreção ocular. Hoje pela manhã a criança foi levada novamente ao pronto-
socorro. No exame clínico de hoje, a criança se encontra em regular estado geral,
descorada 1+/4+, febril (38°C). Hiperemia conjuntival bilateral. Notam-se enantema
e fissuras labiais. Linfonodo em cadeia cervical anterior direita, com 2 cm de
diâmetro, móvel, fibroelástico, sem sinais flogísticos. Semiologia pulmonar,
cardíaca e abdominal normais. Edema em ambas as mãos, com discreta
descamação periungueal. Foram feitos os seguintes exames:

HEMOGRAMA   Urina tipo I

Hb 10,7 g/dl   Densidade 1,015

Ht 33,4%   pH 6,8

Leucócitos 13240 / mm3   Leucócitos 420000 / ml

Segmentados 32,7%   Hemácias 5000 / ml

Linfócitos 47,4%   Nitrito negativo


Monócitos 17,3% Bactérias negativo
 
Eosinófilos 2,6%      
Plaquetas 720000 / mm3      

 
Qual outro exame complementar está indicado para o caso?

A. Anti-estreptolisina O (ALSO)
B. Teste tuberculínico (PPD)
C. Cultura aeróbica de urina
D. Ecodopplercardiograma

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão nos traz um paciente com doença de Kawasaki. Vamos relembrar os
critérios diagnósticos, sendo necessários cinco dos seis sinais a seguir: febre por
mais de cinco dias (critério obrigatório), conjuntivite bilateral não exsudativa,
alterações na cavidade oral , adenomegalia cervical, exantema e alterações nas
extremidades (edema e eritema de mãos e pés). Não podemos nos esquecer que
uma das principais complicações da doença de Kawasaki é a formação de
aneurismas coronarianos e, por isso, o exame essencial é a realização do
ecodopplercardiograma.
▶ resposta: D

24 (USP – SP - 2018) Menina de 9 anos é levada pela mãe no pronto-socorro por


estar confusa e referindo cefaleia intensa há 1 dia. A mãe nega que a criança teve
febre, mas notou diminuição do volume urinário, com urina mais escura há 2 dias.
A criança teve infecção urinária aos 2 anos. Nega outros antecedentes mórbidos
relevantes. Durante o exame clínico, a paciente apresentou crise convulsiva tônico-
clônica generalizada, que cessou após uma dose de midazolam intravenoso. Após
o término da crise convulsiva, a criança estava sonolenta, mas respondendo aos
estímulos (pontuação na Escala de Coma de Glasgow: 14). Frequência cardíaca: 76
bpm, Frequência respiratória: 18 ipm, pressão arterial: 158 x 98 mmHg. Ausculta
pulmonar com discretos estertores crepitantes bibasais, sem sinais de desconforto
respiratório. Semiologia cardíaca e abdominal normais. Boa perfusão periférica.
Membros inferiores com lesões crostosas pré-tibiais. Glicemia capilar de 118
mg/dl. Qual é a conduta medicamentosa neste momento?

A. Fenitoína
B. Furosemida
C. Ceftriaxone.
D. Insulina

subtópico:
Clínica Médica; Nefrologia; Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Menina de 9 anos que vinha apresentando confusão mental e cefaleia intensa há
um dia e presença de hipertensão arterial nos leva a pensar na hipótese de
encefalopatia hipertensiva, hipótese corroborada pela provável glomerulonefrite
que a paciente vinha apresentando com hematúria (urina mais escura) e
congestão volêmica (estertoração em bases pulmonares), além dos níveis elevados
de pressão arterial. Lembre-se da tríade clássica: hipertensão, hematúria e edema.
A conduta mais adequada para esse caso é o tratamento da hipertensão, que deve
ser realizado com restrição hidrossalina e diuréticos, como a furosemida.
▶ resposta: B

25 (USP – SP - 2018) Menina de 7 anos está em consulta ambulatorial de rotina.


Não há queixas ativas durante a consulta. No exame clínico observa-se índice de
massa corpórea acima do percentil 97 para seu sexo e idade, de acordo com as
curvas da OMS. Sem outras alterações ao exame. Além da glicemia de jejum,
colesterol total e frações e triglicérides, qual exame laboratorial está indicado de
acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria?

A. Alanina aminotransferase
B. Insulina de jejum
C. Teste de tolerância oral à glicose
D. Hormônio tireoestimulante.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Criança de sete anos com percentil 97, o que corresponde ao diagnóstico
nutricional de obesidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os
exames para avaliação inicial desses pacientes são glicemia de jejum, perfil lipídico
(colesterol total, HDL, LDL e TG) e alanina aminotransferase (TGP/ALT), sendo que
o último deve ser solicitado devido ao risco de esteatose hepática, importante
comorbidade que pode ocorrer na obesidade.
▶ resposta: A

26 (Comissão Estadual de Residência Médica do Amazonas – AM - 2018) Mãe


relata que criança do sexo feminino tem 6 meses de idade e está em sua primeira
consulta com pediatra, nunca realizou exames e vacinas, nasceu com peso e altura
normais, porém ficou ‘’amarelinho’’ por quase dois meses, dificuldade para
alimentar, sonolência e engasgos durante alimentação já presente no primeiro
mês de vida. Ao exame físico: língua espessa, hipotonia, hérnia umbilical,
bradicardia, pele seca, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, não sustenta
a cabeça, pega objetos, e não sorri quando estimulado. Diante deste caso qual a
patologia a ser investigada?

A. Infecção congênita
B. Fenilcetonúria
C. Hipotireoidismo
D. Doença de xarope de bordo (MSUD)

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Mais uma questão de puericultura. Vale a pena ler a caderneta da criança!

resolução:
Teste de triagem (teste do pezinho) daria o diagnóstico. Infelizmente, a criança
nunca tinha ido ao médico. Lembre quais as doenças podem ser diagnosticadas:
Fase I = hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria; Fase II = Fase I +
hemoglobinopatias; Fase III = Fase II + fibrose cística; Fase IV = Fase III +
hiperplasia adrenal congênita. No hipotireoidismo congênito, as maiores causas
são disgenesias, sendo a tireoide ectópica a principal (produz níveis insuficientes
de hormônio). Clínica de retardo mental, surdo-mudez, alterações piramidais e
extrapiramidais, choro rouco, dificuldade de deglutição, icterícia prolongada,
hipotonia, protrusão da língua e hérnia umbilical.
▶ resposta: C

27 (USP – SP - 2018) Menino de 13 anos é levado por sua mãe para Unidade Básica
de Saúde. Eles procuram orientação médica sobre a vacinação para HPV. Qual
alternativa reflete as recomendações atuais do Ministério da Saúde?

A. Ele não pode receber a vacina, pois é disponibilizada apenas para meninas
B. Ele só pode receber a vacina ser for transplantado, portador de câncer ou
HIV.
C. Ele não pode receber a vacina, pois ela é indicada aos 11 anos ou menos
D. Ele pode receber duas doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre as
doses.

subtópico:
Pediatria; Preventiva.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que aborda diretamente o calendário vacinal para HPV. Para 2018, a
vacina do HPV está indicada com duas doses (0 e 6 meses) para meninos entre 11
e 14 anos e para meninas entre 9 e 14 anos. A vacina HPV também está disponível
para mulheres e homens de nove a 26 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados
de órgãos sólidos e medula óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema
vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses).
▶ resposta: D

28 (UNICAMP – SP - 2018) Menino de 13 anos é levado por sua mãe para Unidade
Básica de Saúde. Eles procuram orientação médica sobre a vacinação para HPV.
Qual alternativa reflete as recomendações atuais do Ministério da Saúde?

A. Ele não pode receber a vacina, pois é disponibilizada apenas para meninas.
B. Ele só pode receber a vacina ser for transplantado, portador de câncer ou
HIV.
C. Ele não pode receber a vacina, pois ela é indicada aos 11 anos ou menos.
D. Ele pode receber duas doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre as
doses.

subtópico:
Pediatria; Preventiva.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que aborda diretamente o calendário vacinal para HPV. Para 2018, a
vacina do HPV está indicada com duas doses (0 e 6 meses) para meninos entre 11
e 14 anos e para meninas entre 9 e 14 anos. A vacina HPV também está disponível
para mulheres e homens de nove a 26 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados
de órgãos sólidos e medula óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema
vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses)
▶ resposta: D

29 (USP – SP - 2018) Menina de 3 anos apresenta episódios de dores abdominais


discretas, diarreia esporádica e prurido anal, principalmente à noite. A mãe
encontrou na região anal um possível verme. Na consulta, o exame clínico não
tinha alterações. Qual é a principal hipótese diagnóstica?

A. Ascaridíase
B. Tricuríase.
C. Giardíase.
D. Enterobíase.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.

grau de dificuldade:
resolução:
Questão que aborda as parasitoses, sendo que a paciente em questão apresenta
principalmente prurido anal noturno, que é característico da oxiuríase, também
chamada de enterobíase.
▶ resposta: D

30 (USP – SP - 2018) Menina de 7 anos está internada pois irá ser submetida a
amigdalectomia amanhã. Ela acorda no meio da noite chorando, dizendo que tem
“um urso” no seu quarto. Ela fica mais tranquila quando a enfermeira acende a luz,
mostrando que o urso era uma cadeira que estava coberta com uma capa. Qual é
a principal hipótese diagnóstica para o caso?

A. Delírio
B. Ilusão
C. Alucinação simples.
D. Reação dissociativa.

subtópico:
Psiquiatria; Pediatria

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Delírio é acreditar em algo que não existe, como uma
sensação de que está sendo perseguido.
Alternativa B: CORRETA. Menina de 7 anos que está tendo percepção equivocada,
ou seja, está olhando para uma coisa (cadeira) e vendo outra (urso), ou seja, está
apresentando uma ilusão.
Alternativa C: INCORRETA. Alucinação é ver algo que não existe, como ouvir
vozes na cabeça.
Alternativa D: INCORRETA. A reação dissociativa é quando existe mais de uma
personalidade na pessoa.
▶ resposta: B

31 (USP – SP - 2018) Menino de 2 meses foi levado pela mãe ao pronto-socorro por
tosse e coriza há 3 dias, com piora do cansaço hoje, sem febre. Ele nasceu em
parto cesárea, prematuro (idade gestacional de 35 semanas) com peso ao nascer
de 2600 g e boletim de Apgar de 8/9/10. Teve alta do berçário com 3 dias de vida e,
desde então, está em aleitamento materno exclusivo. O pré-natal foi feito
adequadamente e não houve outras intercorrências. Não tem outros antecedentes
mórbidos relevantes. No exame clínico de entrada, estava em regular estado geral,
ativo e reativo. Presença de tiragem subcostal e intercostal. Temperatura axilar:
36,8°C, frequência respiratória: 70 ipm, frequência cardíaca: 160 bpm, tempo de
enchimento capilar: 2 segundos, saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%.
Fontanela plana e normotensa. Bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos sem
sopros. Ausculta pulmonar com estertores grossos, roncos e sibilos difusos. Fígado
palpável a 3cm do rebordo costal direito e baço palpável no rebordo costal
esquerdo. Restante do exame clínico normal. Qual é a principal hipótese
diagnóstica para o caso?

A. Síndrome gripal
B. Pneumonia afebril do lactente
C. Bronquiolite viral aguda.
D. Insuficiência cardíaca congestiva.

subtópico:
Pediatria; Pneumologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão nos traz um menino de dois meses com tosse e coriza há três dias e piora
atual do cansaço sem presença de febre. No exame físico, existem diversas
alterações no aparelho respiratório, mas o que mais nos chama atenção é a
presença de sibilância difusa. Com esse quadro clínico, devemos pensar na
hipótese clínica de bronquiolite viral aguda. A presença de fígado e baço palpáveis
se devem à presença de hiperinsuflação pulmonar.
▶ resposta: C

32 (USP – SP - 2018) Menina de 1 ano e 2 meses é trazida ao pronto-socorro por


febre (até 38,5°C), vômitos, diarreia e dor abdominal há 2 dias. A mãe refere que a
criança não está aceitando alimentos ou líquidos no período. Aceita apenas soro
de reidratação oral, após muita insistência. Nega antecedentes mórbidos
relevantes. No exame clínico, regular estado geral, com sinais de desidratação
grave. Restante do exame clínico normal. Foi iniciada expansão volêmica com 20
ml/kg de soro fisiológico por via endovenosa e coletados os seguintes exames:

Bioquímica sérica   Gasometria venosa

Sódio 158 mEq/l pH 7,29


 
Potássio 4,1 mEq/l   Bicarbonato 17 mEq/l

Ureia 48 mg/dl      
Creatinina 0,3 mg/dl      
Glicemia 92 mg/dl      
 
Qual é a principal hipótese diagnóstica etiológica para a hipernatremia nesse
caso?
A. Inadequação do soro de reidratação oral..
B. Secreção inapropriada de hormônio antidiurético
C. Reabsorção tubular de sódio.
D. Perda excessiva de bicarbonato

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Menina de 1 ano e 2 meses com febre, vômitos, diarreia e dor abdominal há duas
dias que não está aceitando adequadamente o soro de reidratação oral (SRO) e
que nos exames laboratoriais apresenta hipernatremia (Na = 158 mEq/l). A
hipernatremia é esperada em paciente que apresenta diarreia, mas geralmente é
leve, uma vez que o indivíduo está recebendo líquido hipotônico, entretanto, como
essa paciente não está aceitando adequadamente o SRO, está cursando com
hipernatremia mais acentuada. Assim, a causa é a inadequação do soro de
reidratação oral.

▶ resposta: A

33 (USP – SP - 2018) Menino de 4 anos está internado em enfermaria para


tratamento de pneumonia. Na radiografia de tórax de entrada há imagem
compatível com pneumonia lobar em base direita. Foi prescrita ampicilina
endovenosa. Está no quarto dia de internação apresentando febre e sem melhora
do estado geral. No exame clínico, regular estado geral, descorado 1+/4+,
hidratado. Frequência respiratória: 46 ipm, saturação de oxigênio em ar ambiente:
93%. Ausculta pulmonar com estertores finos em terço médio de hemitórax direito
e murmúrios vesiculares diminuídos em base direita. O restante do exame clínico é
normal. Qual é a conduta para o caso nesse momento?

A. Trocar ampicilina por ceftriaxone


B. Pesquisar BK no suco gástrico
C. Associar claritromicina ao tratamento
D. Repetir radiografia de tórax.

subtópico:
Pediatria; Pneumologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão nos traz um pré-escolar de quatro anos devido a uma pneumonia, sem
melhora clínica, e mantendo febre e taquipneia. Diante desse quadro, devemos
investigar a principal complicação que pode ocorrer, que é a presença de derrame
pleural, o que exige uma nova radiografia de tórax.

▶ resposta: D
34 (USP – SP - 2018) Menina de 2 anos está internada em enfermaria de pediatria
por quadro de febre a esclarecer, há 2 dias. O exame de Hemocultura apresenta
diplococos gram negativos em identificação. A infecção por qual agente é a
hipótese etiológica principal?

A. Streptococcus pneumoniae
B. Neisseria meningitidis
C. Escherichia coli
D. Staphylococcus aureus

subtópico:
Infectologia; Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão direta, em que o único diplococo gram negativo das alternativas é a
Neisseria meningitidis (meningococo). O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e
o Staphylococcus aureus (estafilococos) são gram-positivos. A E. Coli é um bacilo
gram-negativo.
▶ resposta: B

35 (USP – SP - 2018) Menino de 3 anos foi levado a consulta médica por queixa de
tosse, coriza e obstrução nasal há 12 dias, sem melhora. Apresenta secreção nasal
esverdeada intensa, principalmente ao acordar, que vai melhorando ao longo do
dia. Queixa-se de cefaleia em região frontal durante todo o período de doença.
Não há alterações do exame clínico. Traz radiografia de seios da face realizada
hoje, com nível hidroaéreo em seios maxilares. Considerando a principal hipótese
diagnóstica para o caso, qual das alternativas abaixo justifica a introdução de
antibioticoterapia?

A. Cefaleia em região frontal


B. Secreção nasal esverdeada intensa
C. Sintomas respiratórios por 12 dias
D. Nível hidroaéreo na radiografia

subtópico:
Pediatria; Pneumologia; Doenças Respiratórias.

grau de dificuldade:

resolução:
A questão nos pergunta, nesse quadro clínico com provável evolução para sinusite
bacteriana aguda, qual a justificativa para utilizarmos antibioticoterapia. A sinusite
bacteriana aguda é uma possível complicação de resfriado comum e seu
diagnóstico pode ser realizado através de três cenários distintos: quadro
respiratório por mais de 10 dias, doença grave, com febre e rinorreia
mucopurulenta por três ou mais dias consecutivos e doença que estava evoluindo
com melhora clínica e começa a piorar novamente. No caso da nossa questão, a
única justificativa é a presença dos sintomas respiratórios por 12 dias.

▶ resposta: C

36 (USP – SP - 2018) Menino com 16 horas de vida, em alojamento conjunto,


apresenta icterícia em região de face e tronco, pouco acima do umbigo. Nasceu
por via vaginal, com idade gestacional de 35 semanas e 4 dias. Apresentava
máscara equimótica em face, devido a duas circulares cervicais de cordão
umbilical. Seu peso ao nascer foi 2.620 g e seu boletim de Apgar 8-10-10. Dentre
as alternativas abaixo, qual está Correta sobre a icterícia desse recém-nascido?

A. Trata-se de icterícia neonatal precoce decorrente da prematuridade, com


quadro clínico diverso da icterícia fisiológica do RN de termo
B. É decorrente de colestase transitória, encontrada no prematuro nas
primeiras 24 horas de vida, e deve desaparecer com 3 a 5 dias de vida.
C. É causada pela reabsorção do sangue extravasado em face (máscara
equimótica), e espera-se que desapareça entre 24 e 48 horas de vida..
D. Deve ser iniciado tratamento com fototerapia e investigada doença
hemolítica (decorrente de incompatibilidade sanguínea, por exemplo).

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão traz um recém-nascido com 16 horas de vida e icterícia até a zona II de
Kramer, caracterizando icterícia patológica (altos níveis, com surgimento antes das
24 horas iniciais). Sempre que ocorrer isso, deve ser levantada a hipótese de
doença hemolítica, que pode ser caracterizada por incompatibilidade materno-
fetal (incompatibilidade ABO ou Rh). Como os níveis de bilirrubina encontram-se
elevados de forma precoce, pode-se optar por começar desde já a fototerapia,
enquanto se prossegue com a investigação.
▶ resposta: D

37 (USP – SP - 2018) Mulher de 17 anos, primigesta, está em relacionamento


estável com seu parceiro há 1 ano e meio. Recebeu diagnóstico de sífilis na 16ª
semana de gestação. Naquele momento, o VDRL da gestante era 1/32, com teste
treponêmico positivo. Foi tratada, juntamente com seu parceiro, terminando o
tratamento da 20ª semana de gestação. Na 30ª semana de gestação, o VDRL da
gestante era 1/2. A criança, do sexo masculino, nasceu a termo (idade gestacional
de 40 semanas), por parto vaginal, e com peso ao nascer 2470g. No dia do parto, o
VDRL materno e do recém-nascido era 1/64, e ambos tinham teste treponêmico
positivo. Qual alternativa indica a conduta para esse recém-nascido?

A. Sorologia para sífilis no primeiro, no terceiro e sexto meses de idade, e


penicilina benzatina (dose única)
B. Coleta de líquor, hemograma, radiografia de ossos longos e penicilina
cristalina por 10 dias
C. Hemograma, radiografia de ossos longos e penicilina procaína por 10 dias
D. Coleta de líquor, hemograma, radiografia de ossos longos. Se esses exames
forem normais, observação clínica ambulatorial

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão traz uma gestante que, apesar de ter feito o tratamento para sifilis, não
pode ser considerada adequadamente tratada, pois o VDRL no dia do parto
mostrou aumento maior que duas titulações (Era 1/2 e hoje está 1/64). Isso pode
ter ocorrido porque a gestante se reinfectou após o tratamento. Ou seja, todos os
exames do RN devem ser colhidos, incluindo VDRL do sangue periférico,
hemograma completo, radiografia de ossos longos e análise do líquor (VDRL,
celularidade e proteína). Como a questão já nos informou o VDRL do RN, o
tratamento adequado nesse momento é com penicilina cristalina durante 10 dias.
▶ resposta: B

38 (USP – SP - 2018) Mulher de 29 anos, primigesta, com idade gestacional de 38


semanas, entrou espontaneamente em trabalho de parto. Quando a dilatação
uterina era de 6 cm, observou-se à amnioscopia líquido amniótico tinto por
mecônio. O parto foi por via vaginal, e o recém-nascido foi levado à mesa de
reanimação por apresentar apneia e frequência cardíaca abaixo de 100 bpm. Foi
feita a aspiração suave de boca e narinas. Após esse procedimento, a frequência
cardíaca se manteve abaixo de 100bpm, com apneia. Qual é a conduta imediata?

A. Ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e fração inspirada


de oxigênio de 50%.
B. Intubação, aspiração traqueal e ventilação com pressão positiva com ar
ambiente (fração inspirada de oxigênio de 21%).
C. Ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e ar ambiente
(fração inspirada de oxigênio de 21%).
D. Intubação, ventilação com fração inspirada de oxigênio de 50% e aspiração
traqueal após 30 segundos de ventilação.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão que aborda a reanimação neonatal. Na questão, fica subentendido que já
foram feitos todos os passos iniciais da reanimação, ou seja, o RN foi colocado em
fonte de calor, a cabeça posicionada em leve extensão, as vias aéreas foram
aspiradas e o corpo secado. Logo depois, a frequência cardíaca se mantinha
abaixo de 100 bpm e a questão nos pergunta o próximo passo para um RN termo,
que é a ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e O2 21%.

▶ resposta: C

39 (USP – SP - 2018) Menino de 10 dias é trazido ao pronto-socorro por sangue nas


fezes há 2 dias. Nasceu com idade gestacional de 39 semanas e 2 dias, por via
vaginal, com boletim de Apgar 9/10/10. As triagens neonatais indicadas foram
realizadas e resultaram normais. Na maternidade, recebeu 1 mg de vitamina K por
via intramuscular e vacinas para Hepatite B e BCG-ID. Permaneceu em alojamento
conjunto, com alta da maternidade no terceiro dia, sem intercorrências.
Atualmente está em aleitamento misto, com leite materno e fórmula láctea que a
mãe iniciou após a alta da maternidade, pois sentia que tinha pouco leite. A mãe
usa carbamazepina há seis anos para controle de epilepsia. No exame clínico,
criança em bom estado geral. Semiologia abdominal sem alterações. Não há
fissuras ou outras lesões perineais. Mãe traz fralda com presença de sangue
(confirmado pelo teste de catalase positivo). O restante do exame clínico da
criança é normal. Também foram examinadas as mamas da mãe, sem fissuras ou
quaisquer outras lesões. Qual é a principal hipótese diagnóstica para o
sangramento do recém-nascido?

A. É compatível com sangramento por deficiência de vitamina K forma tardia,


devendo-se administrar uma dose de 2 mg de vitamina K intravenosa, com
parada do sangramento esperada em, no máximo, 4 horas.
B. É forma clássica de sangramento por deficiência de vitamina K, devido à
baixa quantidade de vitamina K na fórmula derivada do leite de vaca, deve-se
administrar 2 mg de vitamina K oral e reforçar o aleitamento materno
exclusivo.
C. É decorrente do uso de anticonvulsivante, que interfere na absorção
intestinal da vitamina K pelo RN, levando a uma coagulopatia, sendo
denominado sangramento dependente da deficiência de vitamina K, forma
precoce
D. É sugestivo de alergia à proteína do leite de vaca, não podendo ser
classificado como sangramento dependente de deficiência de vitamina K, seja
nas formas clássica ou tardia

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A questão traz lactente de 10 dias nascido a termo com sangue nas fezes há dois
dias. As sorologias estão normais e ele recebeu vitamina K IM ao nascer, estando
em aleitamento misto (materno + fórmula láctea). Em lactente com sangramento
retal, temos que investigar alergia à proteína do leite de vaca, principalmente
quando a criança tem bom crescimento ponderoestatural e a colite é a única
apresentação. A questão deixa claro que não há outra causa aparente para o
sangramento. Assim, não pensamos em sangramento por deficiência de vitamina
K, pois a forma clássica ocorre na primeira semana de vida e é prevenida com uso
da vitamina K ao nascer, enquanto a forma tardia, apesar de ocorrer na segunda
semana, necessita de fator de risco, como uso de nutrição parenteral total ou
comprometimento da absorção da vitamina K.

▶ resposta: D

40 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Paciente de 3 anos e 3


meses, masculino, previamente hígido, apresenta quadro de irritabilidade,
diminuição da ingesta alimentar e febre há 3 dias. Evoluiu com abaulamento
retrofaríngeo, sendo indicada abordagem cirúrgica para drenagem de abscesso.
Durante intraoperatório, identificado linfonodo abscedado, realizado exérese,
enviado material para análise anatomopatológica e microbiológica. Paciente
encaminhado para enfermaria. O tratamento mais indicado é:

A. Antimicrobiano com ceftriaxone e clindamicina, pela possibilidade de


linfadenite bacteriana
B. Aciclovir, pela possibilidade de linfadenite de causa viral.
C. Fluconazol, pela possibilidade de linfadenite de causa fúngica.
D. De suporte, incluindo hidratação vigorosa e corticoide, pela possibilidade de
linfadenopatia de causa viral inespecífica
E. De suporte, incluindo hidratação e compressas frias locais, pela
possibilidade de linfadenopatia viral inespecífica.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O abscesso retrofaríngeo é consequência da adenite do espaço retrofaríngeo,
podendo ser complicação de qualquer infecção de VAS recente. Apesar do
paciente da questão não apresentar tantos sinais, o quadro típico é de paciente
com febre alta, odinofagia/disfagia/sialorreia e dor à mobilização do pescoço. A
etiologia costuma ser polimicrobiana, devendo internar a criança e iniciar ATB
endovenoso, pela possibilidade de ser bacteriana, além da drenagem cirúrgica.
▶ resposta: A

41 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Menino de 6 anos foi


mordido, na mão esquerda, pelo cão de vizinha pego na rua há 2 dias. Segundo o
Ministério da Saúde, a conduta a ser tomada deve ser:

A. Vacina antirrábica 2 doses (0 e 3 dias após exposição) + observação do cão


por 10 dias, encerrar o caso, se nada ocorrer com o animal.
B. Observar o cão por 10 dias.
C. Vacina antirrábica 3 doses (0, 3 e 7 dias após exposição)
D. Vacina antirrábica 5 doses.
E. Vacina antirrábica 5 doses (0, 3, 7, 14 e 28 dias após exposição) + soro
antirrábico por tratar-se de lesão grave (mãos).
subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Menino de 6 anos mordido na mão por cão da vizinha pego na rua há duas dias.
Qual a conduta para a profilaxia de raiva? Como a mordida foi na mão, considera-
se como acidente grave. A princípio, o enunciado não fala que o cão apresentava
sinais suspeitos de raiva, de modo que devemos iniciar a profilaxia com duas
doses da vacina (0,3), além de observar o animal por 10 dias, pois se ele
permanecer sadio o caso está encerrado. Entretanto, se o animal morrer,
desaparecer ou se tornar raivoso, completaremos o esquema vacinal (0,3,7,14),
além de administrar o soro. Recentemente houve mudança na indicação e não é
mais necessária a quinta dose no esquema 0,3,7,14,28.
▶ resposta: A

42 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Paciente de 6 anos, com


tosse e febre há 21 dias, evoluiu com derrame pleural com 130 células, sendo 75%
de linfócitos, 25% de neutrófilos, glicose 30, pH 7,1 e DHL 700, sem melhora clínica
após 3 dias de ceftriaxone. A provável etiologia da infecção é:

A. Staphylococcus aureus
B. Mycobacterium tuberculosis.
C. Streptococcus pneumoniae.
D. Haemophylus influenzae
E. Neisseria meningitidis.

subtópico:
Clínica Médica; Pediatria; Infectologia.

grau de dificuldade:

resolução:
Paciente pediátrico com quadro de tosse e febre há 21 dias, que evoluiu com
derrame pleural, tendo iniciado ATB EV sem resposta adequada. Alguns dados no
enunciado falam contra pneumonia: quadro arrastado, líquido pleural com
predomínio de linfócitos, além da ausência de resposta à ceftriaxona. Lembremos
que na população pediátrica constantemente a tuberculose pulmonar é
confundida com pneumonia, de modo que é utilizado escore para o diagnóstico de
TB nessa população. Toda pneumonia que não melhora com antibioticoterapia
inicial deve ser levantada a hipótese de TB. Além disso, vale lembrar que a
principal apresentação de TB extrapulmonar em pediatria é o acometimento de
linfonodo cervical.

▶ resposta: B
43 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Tetralogia de Fallot é uma
cardiopatia congênita cianótica mais comum na infância. A forma clássica consiste
em defeito do septo:

A. Ventricular, estenose aórtica, deslocamento da aorta para a direita e


hipertrofia de ventrículo esquerdo
B. Ventricular, estenose pulmonar, deslocamento da aorta para a direita e
hipertrofia de ventrículo direito.
C. Atrioventricular total, estenose pulmonar, deslocamento da aorta para a
direita e hipertrofia de ventrículo esquerdo.
D. Atrioventricular total, estenose aórtica, deslocamento da aorta para a
esquerda e hipertrofia de ventrículo direito
E. Atrial, estenose pulmonar, deslocamento da aorta para a direita e hipertrofia
do átrio esquerdo

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Quais os componentes na tetralogia de Fallot? São quatro alterações na estrutura
cardíaca resultado de um único erro embrionário, a anteriorização do septo conal:
CIV, obstrução na via de saída do VD (estenose pulmonar), dextroposição da aorta
e hipertrofia de VD. Já a pentalogia de Fallot, além dos critérios descritos
anteriormente, soma-se a comunicação interatrial (CIA).
▶ resposta: B

44 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) João, 2 meses, vai em


consulta fora de dia na UBS. Sua mãe está preocupada com o aparecimento de um
“caroço” (sic) no lugar onde foi aplicada vacina BCG. A lesão iniciou-se há três dias
com vermelhidão e endurecimento local e aumento progressivo. Hoje pela manhã,
a mãe notou a saída de um líquido. Ao exame físico, nota-se uma lesão de 1,5 cm,
endurecida, com leve hiperemia, fria e com uma área de flutuação central. A
melhor conduta é:

A. Isoniazida 10 mg/kg/dia, 1×/dia até a regressão completa da lesão, com


necessidade de notificação.
B. Isoniazida 10 mg/kg/dia, 1×/dia até a regressão completa da lesão, sem
necessidade de notificação.
C. Cefalexina 50 mg/kg/dia, 6/6h por 10 dias, sem necessidade de notificação.
D. Cefalexina 50 mg/kg/dia, 6/6h por 10 dias, com necessidade de notificação
E. Observação clínica sem necessidade de antibioticoterapia e nem de
notificação.

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
Em relação aos efeitos adversos da BCG, todos serão tratados com isoniazida e
deverão ser notificados. São eles ulceração maior que 1 cm (acompanhar por 12
semanas; se não melhorar, usar isoniazida), abscesso subcutâneo frio (frio -
granuloma pelo Mycobacterium bovis; quente - granuloma por outro MO),
linfadenite regional supurada (gânglio maior que 3 cm e que fistuliza, não sendo
indicada isoniazida se não houver fístula).
▶ resposta: A

45 HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) As causas de hipoglicemia


neonatal devidas aos estoques inadequados de glicogênio e inadequadas fontes
de substrato para gliconeogênese são observadas em:

A. Filho de mãe diabética e pequeno para a idade gestacional


B. Erros inatos do metabolismo e policitemia.
C. Prematuridade e sepse neonatal.
D. Hiperinsulinismo e hipopituitarismo
E. Hiperplasia adrenal congênita e asfixia perinetal.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão para separar os fortes dos fracos. Todas as alternativas mostram
patologias que podem cursar com hipoglicemia, todavia, a questão quer que
sejam citadas apenas as que tem estoques inadequados de glicogênio e
inadequadas fontes de substratos para a gliconeogênese.

resolução:
Quais os RN de risco para hipoglicemia neonatal, GIG ou PIG? Os dois, pois
quando GIG, normalmente filhos de mães diabéticas, ocorre por maior nível de
insulina fetal, de modo que quando nasce, há bloqueio da glicose, mas ainda está
cheia de insulina, fazendo hipoglicemia grave nas primeiras horas. Já o PIG,
geralmente relacionado à prematuridade, também é de alto risco, pois não
possuem glicogênio suficiente. Além disso, seus estoques de gordura e proteína
também são reduzidos, com capacidade reduzida para gliconeogênese. Temos
ainda as causas mistas, em que podemos citar a sepse neonatal, em que haverá
aumento do consumo periférico de glicose, sem haver hiperinsulinismo, além da
redução da gliconeogênese.
▶ resposta: C

46 HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) A classificação de um


recém-nascido com idade gestacional de 36 semanas e 4/7, com peso abaixo do
percentil 3, e altura e perímetro cefálico no percentil 50 das curvas de referência, é:

A. Termo, pequeno para a idade gestacional, do tipo proporcionado


B. Pré-termo, pequeno para a idade gestacional, do tipo desproporcionado.
C. Pré-termo, adequado para a idade gestacional, do tipo desproporcionado..
D. Termo, pequeno para a idade gestacional, do tipo desproporcionado
E. Termo, adequado para a idade gestacional, do tipo proporcionado.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão conceitual. Muitos médicos querem estudar as doenças, fisiopatologia,
tratamentos. Mas na pediatria existe a puericultura, que é muito cobrada em
prova de residência. Peso, estatura, PC, idade gestacional, pré-natal, marcos do
desenvolvimento, vacinação, prevenção de injúrias, conceitos, são temas que não
podem ficar de fora.

resolução:
Vamos às classificações. Quanto à idade gestacional, teremos pré-termo
(prematuro) abaixo de 37 semanas; a termo de 37 a 41 semanas e 6 dias e pós-
termo maior ou igual a 42 semanas. Quanto à relação peso/idade gestacional ao
nascimento, os dados são expressos em um gráfico. Nessa classificação, teremos
pequeno para a idade gestacional (PIG) abaixo do percentil 10, adequado para a
idade (AIG) entre os percentis 10 e 90 e grande para a idade gestacional (GIG)
acima do percentil 90. Alguns autores recomendam que se trabalhe com P3 e P97,
mas é a mesma ideia. Como o comprimento e o perímetro cefálico estão na média,
isto é, no percentil 50, chamamos de PIG desproporcionado, pois o peso sofreu
impacto por alguma intercorrência de terceiro trimestre gestacional, mas o
comprimento e o tamanho da cabeça foram preservados.
▶ resposta: B

47 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Um recém-nascido com


18 dias de vida foi trazido ao ambulatório com a queixa de lesão esbranquiçada no
umbigo, após a queda do coto. O médico fez o diagnóstico de granuloma de coto
umbilical. A conduta mais indicada é:

A. Antibioticoterapia local
B. Encaminhar para o cirurgião infantil..
C. Antibioticoterapia sistêmica
D. Corticoide tópico.
E. Cauterização com bastão de nitrato de prata

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
O granuloma umbilical é uma lesão saliente, rosada/avermelhada e com aspecto
molhado que geralmente se torna evidente após a queda do coto umbilical. É
relativamente frequente e surge devido a um excesso de tecido de cicatrização
que se forma com a separação do cordão, sendo mais frequente nos casos em que
houve infecção prévia. O tratamento pode ser feito com nitrato de prata.

▶ resposta: E

48 HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP - 2018) Segundo o Calendário


Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde do Brasil (2017), a idade máxima da
criança para receber vacina contra Hepatite A, para quem perdeu a oportunidade
de se vacinar, anteriormente, foi ampliada para:

A. 2 anos
B. 3 anos
C. 4 anos.
D. 6 anos
E. 8 anos

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
De acordo com o PNI, em 2017, a vacina da hepatite A deve ser feita aos 15 meses,
dose única, podendo ser feita até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
▶ resposta: C

49 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SP – 2018) O Calendário Nacional de


Vacinação do Ministério da Saúde do Brasil (2017) não prevê vacina contra:

A. Vírus do sarampo, rubéola e caxumba


B. Vírus da hepatite B.
C. Meningococo do tipo C.
D. Meningococo do tipo B
E. Vírus papiloma humano

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão tranquila sobre imunizações. Todas as alternativas apresentam agentes
de doenças que possuem vacinas, de acordo com o Calendário Nacional de
Vacinação do Ministério da Saúde, com exceção do meningococo tipo B.
▶ resposta: D

50 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) O crescimento somático infantil


é altamente dependente do uso de curvas de referência, É imprescindível, após a
aferição das medidas antropométricas, que o médico plote os valores encontrados
em curvas, para que possamos classificar o estado nutricional da criança. Dessa
forma, como podemos classificar um menino pré- escolar de 4 anos com peso
atual de 21 kg e altura de 105 cm, utilizando a curva de IMC por idade da OMS?

A. Peso elevado para a idade


B. Obeso.
C. Eutrófico.
D. Risco de sobrepeso
E. Sobrepeso

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Temos um paciente com quatro anos que, ao utilizarmos a tabela fornecida e
calcularmos o IMC, apresenta escore Z + 2 e Z+3, o que nos permite classificar o
grau de obesidade como sobrepeso. Atenção pois a partir dos cinco anos esse
paciente apresentaria obesidade.
▶ resposta: E

51 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) “Garantir que a criança


encontra-se bem posicionada e confortável nos horários das refeições”; “Estar
atento aos sinais de fome e saciedade da criança”; “Falar com a criança bem como
olhar em seus olhos durante as refeições”; “Permitir que a criança possa comer
sozinha, ao menos parte refeições, utilizando seus próprios dedos”. Esses são
comportamentos alimentares altamente incentivados, embasados em estudos
científicos recentes, os quais devem ser ensinados aos cuidadores das crianças
durante o processo de introdução alimentar. A essa prática ou comportamento
alimentar inseridos no contexto da “Nova Pediatria/ Puericultura”, o melhor termo
que podemos empregar é Alimentação                       .

A. Autoritária
B. Indulgente.
C. Cognitivo-comportamental.
D. Permissiva
E. Responsiva

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão difícil e conceitual, em que o enunciado descreve aspectos relacionados
ao conceito de alimentação responsiva. Na alimentação responsiva, o adulto é um
facilitador, auxilia o bebê em sua alimentação. A diferença está na maneira como o
adulto percebe as reações da criança: ele presta atenção às respostas que o bebê
dá para controlar a quantidade de alimento, percebe quando o bebê está com
fome e sempre aguarda pacientemente que o bebê coma no seu ritmo.

▶ resposta: E

52 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) A doença exantemática é


definida como doença infecciosa sistêmica, em que manifestações cutâneas
acompanham o quadro clínico, gerando dificuldade diagnóstica. Sobre isso,
assinale a alternativa correta.

A. A escarlatina, ocasionada pelo Streptococcus pyogenes, produtor de toxina


eritrogênica, cursa com exantema eritematoso formado por pápulas
pequenas, evoluindo com descamação que poupa a região palmoplantar
B. O exantema súbito é causado pelos herpesvirus humanos tipos 6 e 7,
acomete preferencialmente lactentes maiores de 6 meses e cursa com febre
por 3-5 dias, seguida por exantema maculopapular eritematoso fugaz mais
intenso do centro para a periferia.
C. A rubéola adquirida é doença benigna e autolimitada, mas pode raramente
evoluir com infecções bacterianas, púrpura trombocitopênica, pneumonite e
panencefalite esclerosante subaguda..
D. O sarampo tem pródromos, que duram 3-5 dias, caracterizados por febre
alta, coriza, tosse, conjuntivite e sinal de Koplik (patognomônico da doença),
seguidos de exantema, momento em que tem início o período de
transmissibilidade
E. O eritema infeccioso é causado pelo parvovírus B19 e cursa com período
prodrômico marcado por febre e adenomegalia retroauricular, seguido de
exantema macular rendilhado e mais intenso nas raízes dos membros e da
face

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Vamos por eliminação. A alternativa A está incorreta pois a descamação da
escarlatina não poupa a região palmoplantar. A letra C está incorreta pois a
panencefalite esclerosante subaguda está classicamente relacionada ao sarampo.
A alternativa D está incorreta pois o período de transmissibilidade inicia-se já na
fase de pródromos. A última alternativa também está equivocada, pois
adenomegalia retroauricular é associado à rubéola. A alternativa correta é então a
letra B, que é autoexplicativa.

▶ resposta: B

53 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) A febre reumática ainda é uma


doença muito comum no nosso meio, com graves repercussões. Para o seu
diagnóstico, são utilizados os critérios de Jones, que foram revisados em 2015. De
acordo com esses critérios, é correto afirmar que:

A. Em populações de alto risco, a presença de 3 critérios menores, associada à


evidência de estreptococcia, é suficiente para o diagnóstico do primeiro surto
da doença
B. Em populações de baixo risco, poliartralgia (após exclusão de outras causas)
é um dos critérios maiores.
C. Eritema marginado e nódulos subcutâneos tornaram-se critérios menores
devido à sua baixa prevalência.
D. VHS “MAIOR OU IGUAL” 30mm/1ª hora e/ou PCR “MAIOR OU IGUAL” 3 mg/dl
são critérios menores em populações de alto risco
E. A Coreia nos novos critérios de Jones deixou de ser considerada um critério
maior

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
Os critérios de Jones foram revisados, entretanto, ainda são critérios maiores:
poliartrite, cardite, coreia, eritema marginado e nódulos subcutâneos. A regra de
três critérios menores + evidência de infecção pode ser utilizada para diagnóstico
de recorrência nas populações de alto risco, mas não para o diagnóstico inicial. Em
populações de baixo risco, poliartralgia é um dos critérios menores, enquanto em
populações de alto risco poliartrite, poliartralgia ou monoartrite podem ser
considerados critérios maiores. O VHS, como critério menor, deve ser maior ou
igual a 30 mm/hora nas populações de risco moderado/alto e maior ou igual a 60
mm/h nas de baixo risco. Já a PCR deve ser maior ou igual a 3 mg/dl em todas as
populações.
▶ resposta: D

54 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Karine, 8 meses, foi levada à


unidade de pronto-atendimento por apresentar febre de 39,6°C há 3 dias. Negava
sintomas respiratórios, gastrointestinais e urinários. O exame físico completo foi
normal. Foram solicitados exames: hemograma - Hb 11,5 g/dl e Ht 34% -
Leucócitos 8700 - Neutrófilos 58% - Linfócitos 34% - Eosinófilos 1% - Monócitos 8%;
Sumário de Urina - pH 5,5 - densidade 1015; proteínas 1+; glicose, estearase e
nitrito negativos; bactérias presentes; 15 leucócitos por campo e 7 hemácias por
campo. Qual a conduta mais adequada?

A. Solicitar radiografia de tórax e verificar cartão de vacina.


B. Solicitar urocultura e iniciar tratamento ambulatorial com antibiótico oral.
C. Solicitar LCR, cultura de sangue periférico e radiografia de tórax.
D. Solicitar ultrassonografia renal, urocultura e internar com ceftriaxone
injetável
E. Solicitar LCR, hemocultura, urocultura e radiografia de tórax e internar

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Lactente com febre sem sinais localizatórios. A ITU é a infecção bacteriana mais
comumente identificada. Temos no caso em questão um EAS com presença de
bactérias, além de 15 leucócitos p/c e hemácias, o que sugere diagnóstico de ITU.
Entretanto, a confirmação só virá com a urocultura. Como a paciente em questão
não apresenta indicações de internação hospitalar, aguardaremos o resultado do
exame e, caso confirmado, iniciaremos antibiótico oral em ambiente ambulatorial.
▶ resposta: B

55 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Todas as gestantes e seus


parceiros devem ser investigados para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
e informados sobre a possibilidade de prevenção da transmissão para a criança,
especialmente de HIV/Aids, sífilis e hepatite viral B. O diagnóstico precoce (com o
uso de testes rápidos) e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão
vertical. A respeito da prevenção da transmissão vertical de HIV, assinale a
alternativa correta.

A. Logo após o nascimento, o RN deve ser limpo com compressas macias,


retirando todo sangue e secreções visíveis e encaminhado imediatamente para
banho com água corrente ainda na sala de parto.
B. A aspiração de vias aéreas não deve ser realizada devido ao risco de
traumatismo em mucosas
C. Iniciar a primeira dose de zidovudina solução oral nas primeiras 12 horas
após o nascimento, devendo ser mantido o tratamento durante as primeiras
quatro semanas de vida.
D. A nevirapina está indicada em crianças expostas ao HIV cujas mães não
fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou não tem carga viral menor
que 2.000 cópias/ml, documentada no último trimestre de gestação ou têm o
diagnóstico de sífilis
E. O aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz) pode ser
autorizado, desde que a outra nutriz tenha sorologia negativa para HIV no
último trimestre de gestação.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Vamos por eliminação. A letra B não faz nenhum sentido, pois, caso seja
necessária, a aspiração de vias aéreas pode ser feita, assim como em qualquer RN.
A alternativa C está incorreta pois deve-se iniciar a zidovudina nas primeiras
quatro horas, idealmente. A letra D está incorreta pois a nevirapina está indicada
em pacientes cujas mães não fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou
não tem carga viral menor que 1.000 cópias/ml. O aleitamento cruzado é
totalmente contraindicado. Por fim, temos a letra A, que está correta, sendo
conduta importante no periparto, já que a redução do tempo de contato da
criança com o sangue e secreções maternas pode reduzir o risco da contaminação.
▶ resposta: A

56 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Em um escolar com rinite


persistente leve, podemos concluir que ele apresenta:

A. Comprometimento do sono
B. Prejuízo no rendimento escolar
C. Presença de espirros, prurido nasal ou ocular por 4 ou mais dias na semana
e em 4 ou mais semanas consecutivas.
D. Presença de obstrução nasal e espirros em salva, em 4 ou menos dias na
semana por 3 semanas consecutivas
E. Rinorreia hialina que prejudica as atividades de lazer.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A rinite é considerada persistente quando apresenta manifestações por quatro ou
mais dias e/ou mais do que quatro semanas. Além disso, é moderada ou grave
quando apresenta comprometimento do sono, limitações das atividades diárias,
lazer e/ou esporte ou prejuízo no desempenho escolar ou laboral. Caso não
apresente nenhum desses critérios, é considerada leve.
▶ resposta: C

57 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Daniel, 6 anos, chegou à


emergência com quadro de desconforto respiratório súbito após ter entrado em
casa que estava sendo pintada. Foi admitido com estado geral regular, dispneico,
afebril, hidratado, corado, consciente e orientado. Ausculta respiratória com sibilos
bilateralmente, FR de 32 ipm, SatO2 94%, ACV: RCR 2T BNF sem sopros, FC de 140
bpm, PA: 90 X 50 mmHg e abdome depressível, indolor à palpação, RHA presentes.
Pele com lesões articariformes em tronco. Diante da suspeita diagnóstica, qual a
conduta inicial?

A. Prednisolona endovenosa
B. Anti-histamínico parenteral.
C. Adrenalina 0,01 mg/kg da solução 1:1000 intramuscular.
D. Prednisolona endovenosa associada à droga anti-histamínicos
E. Nebulização com b2 agonista de curta ação

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Criança após entrar em casa que estava sendo pintada evolui com desconforto
respiratório súbito, sibilos pulmonares, hipotensão e placas de urticária. O que
está acontecendo? Isso é um quadro típico de anafilaxia. Lembra-se dos critérios?
Quadro cutâneo/mucoso + quadro respiratório ou cardiovascular, exposição ao
alérgeno provável e presença de pelo menos quadro cutâneo/mucoso ou quadro
respiratório ou cardiovascular ou gastrointestinal e exposição a um alérgeno
conhecido + hipotensão. Confirmado o diagnóstico de anafilaxia? Tratamento com
adrenalina intramuscular. Atenção, pois é pegadinha constante de prova: a via de
administração da adrenalina na Anafilaxia é intramuscular e não subcutânea.
▶ resposta: C

Ú
58 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Recém-nascido com 39
semanas de idade gestacional, nasceu de parto vaginal, chorando e com bom
tônus. Genitora fez pré-natal com sete consultas. Refere que apresentou
vulvovaginite no terceiro mês de gestação. Apresentando teste rápido para HIV e
VDRL, não reagentes. Para esse paciente, o pediatra deve:

A. Prover calor, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas e secar, junto com a
mãe.
B. Prover calor, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas, se necessário, e
secar a criança em campos aquecidos e em berço aquecido e, em seguida,
entregá-lo à genitora para amamentação ainda na sala de parto.
C. Prover calor e secar o recém-nascido. Em seguida, posicionar a cabeça e
aspirar as vias aéreas, se necessário, em berço aquecido. Após esses cuidados
iniciais, avaliar FC e respiração, e, se normais, entregá-lo à mãe em campos
aquecidos.
D. Dar os cuidados de rotina junto com a mãe (com contato pele a pele e
cobertos com campos aquecidos), provendo calor, mantendo as vias aéreas
pérvias, secando e avaliando FC e respiração de modo contínuo.
E. Prover calor e secar. Em seguida, posicionar a cabeça, aspirar as vias aéreas,
se necessário, e deixá-lo aquecendo em berço aquecido por duas horas para
reavaliação, uma vez que possui fatores de risco para sepse neonatal precoce

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Três perguntas devem ser feitas, que vão nortear todo o atendimento ao RN: RN a
termo? Está respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão? Respondeu sim
para todas? Entrega para a mãe e dá cuidados de rotina. Não devem ser feitos
sequer os passos iniciais da reanimação, como sugere, por exemplo, a letra B.
▶ resposta: D

59 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE– PE – 2018) Recém-nascido com 38


semanas de idade gestacional iniciou quadro de icterícia com 40 horas de vida. A
genitora fez pré-natal completo e não teve intercorrências, GHPIAI. Nega
transfusões sanguíneas prévias. A classificação sanguínea da mãe é A negativo e a
do recém-nascido O positivo, com Coombs direto negativo. Exames colhidos com
52 horas de vida: Bilirrubina Total de 9,6mg/dl e Bilirrubina Indireta de 9,2mg/dl,
Hemoglobina 18,1g/dl, Reticulócitos 0,8%. A etiologia mais provável para essa
icterícia é a seguinte:

A. Icterícia do leite materno


B. Incompatibilidade materno fetal Rh.
C. Icterícia fisiológica ou própria do recém-nascido.
D. Deficiência de G6PD
E. Esferocitose hereditária
subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Quais os sinais de icterícia patológica? Icterícia precoce, com menos de 24h,
velocidade de acumulação > 5mg/dl, nível elevado de bilirrubina (a termo >12
mg/dl e pré-termo > 14 mg/dl), Zona de Kramer ≥ III, colestase (icterícia às custas
de BD), icterícia persistente (a termo até o final da primeira semana e pré-termo
até o final da segunda semana), icterícia + alteração clínica (petéquias, anemia,
pancitopenia, hepatoespleno). Vemos que nosso paciente não preenche nenhum
critério, além de nenhuma outra alternativa poder explicar o seu quadro, já que,
por exemplo, na incompatibilidade materno-fetal Rh, obrigatoriamente a criança
teria Coombs direto positivo. Trata-se, portanto, de icterícia fisiológica.
▶ resposta: C

60 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Em relação à sinusite aguda,


é correto afirmar que:

A. É preciso solicitar tomografia de crânio, sempre que possível, para confirmar


diagnóstico
B. O comprometimento frontal é mais comum em pré-escolares
C. Geralmente evolui favoravelmente sem tratamento antimicrobiano.
D. Hemófilo é a bactéria mais comumente envolvida
E. É doença comum em menores de dois anos

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A sinusite aguda tem como terapia lavagem nasal, analgésico e antitérmicos. Os
medicamentos contraindicados são corticoide, anti-histamínico e
descongestionante. Antibioticoterapia é semelhante a OMA com variabilidade de
espectro pela gravidade: duração de 7 a 14 dias.
▶ resposta: C

61 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC - 2018) Menina, 6 meses, inicia com


quadro de febre, rinorreia, obstrução nasal. Evolui com dispneia sibilante
progressiva em três dias. No quinto para o sexto dia apresenta um aumento da
dispneia e dessaturação. Ao exame clínico, apresenta sibilos e estertores
subcrepitantes disseminados. A radiografia evidencia infiltrado intersticial difuso
de características centrífugas. O médico sugere que essa criança teve uma
bronquiolite com provável evolução para:
A. Pneumonia viral.
B. Pneumonia por micoplasma
C. Pneumonia por clamídia.
D. Pneumonia por estafilococo
E. Pneumonia por pneumococo

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
É difícil a diferenciação clínica entre pneumonias virais e bacterianas. As virais
geralmente têm início mais gradual e os sintomas mais comuns incluem tosse,
coriza e febre baixa. Podem ser verificados sibilos em pneumonias virais ou por
micoplasma, assim como em crianças com asma.
▶ resposta: A

62 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Qual a idade ideal para a


realização da triagem neonatal para hipotireoidismo congênito em recém-
nascidos a termo?

A. Até 24 horas de vida


B. Do 3º ao 5º dia de vida.
C. Após o 10º dia de vida.
D. Após o 7º dia de vida
E. Do 1º ao 7º dia de vida

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
As maiores causas são disgenesias, sendo a tireoide ectópica a principal (produz
níveis insuficientes de hormônio). A clínica compreende retardo mental, surdo-
mudez, alterações piramidais e extrapiramidais, choro rouco, dificuldade de
deglutição, icterícia prolongada, hipotonia, protrusão da língua e hérnia umbilical.
A triagem deve ser feita entre o 3º e 5º dia.

▶ resposta: B

63 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Uma mãe procura a


emergência com recém-nascido de 5 dias de vida porque ele não está
conseguindo mamar desde o dia anterior e está chorando muito. Refere que as
mamas estão doloridas. Ao exame, verifica-se que as mamas estão lustrosas,
edemaciadas e com os mamilos planos. O procedimento indicado para este caso é:
A. Suspender temporariamente a amamentação
B. Iniciar antibioticoterapia para a mãe com cobertura para Staphylococcus
aureus
C. Realizar massagem das mamas e ordenha manual antes das mamadas
D. utilizar técnicas para protrair o mamilo, como utilização de bomba manual
de extração de leite
E. Realizar compressas frias nas mamas antes das mamadas.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Presença de mamas ingurgitadas causa reclamação de fissuras e má pega. As
mamas devem ser massageadas e o excesso de leite deve ser retirado antes da
mamada.

▶ resposta: C

64 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Menino, 8 anos, deu entrada


na emergência pediátrica com história de picada por serpente, não identificada, há
3 horas, não apresentando sinais locais ou sistêmicos de envenenamento. Qual a
melhor conduta neste caso?

A. Limpeza local, hidratação oral e endovenosa, coleta de exames TAP e TTPA


na admissão, em 24 horas e em 48 horas após picada
B. Limpeza local, hidratação oral e endovenosa, coleta de exames TAP e TTPA
na admissão e em 24 horas após picada.
C. Limpeza local, hidratação oral e endovenosa, coleta de exames TAP e TTPA
em 6 horas e em 24 horas após picada.
D. Limpeza local, hidratação oral e endovenosa, administração de soro
antibotrópico e coleta de exames de TAP e TTPA na admissão, em 12 horas e
em 24 horas após picada.
E. Limpeza local, hidratação oral e endovenosa, coleta de exames de TAP e
TTPA na admissão e em 6 horas após picada.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Limpeza local e hidratação oral deve ser sempre realizada. Como os principais
efeitos de venenos por serpentes é o anticoagulante, o tempo de coagulação (TC)
deve ser solicitado. É de fácil execução e sua determinação é importante para
elucidação diagnóstica e acompanhamento dos casos.
▶ resposta: E
Á
65 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Qual a orientação de
tratamento na alergia à proteína do leite de vaca nos primeiros 6 meses de vida?

A. Uso de fórmulas infantis isentas de lactose.


B. Uso do leite de cabra in natura
C. Manter aleitamento materno com dieta isenta de lactose e glúten para a
mãe.
D. Uso de fórmulas extensamente hidrolisadas ou de aminoácidos, se
necessário
E. Uso de fórmulas de soja

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Intolerância à lactose é completamente diferente de
APLV. No primeiro caso, há ausência da enzima lactase, no segundo, reações
alérgicas, mediadas ou não por IgE.
Alternativa B: INCORRETA. Até os 6 meses, apenas leite materno e fórmula
podem ser ofertados.
Alternativa C: INCORRETA. De nada adianta retirar tudo da dieta materna e
deixar a proteína de leite de vaca.
Alternativa D: CORRETA. Em toda criança em AME (até 6 meses) que tem suspeita
de APLV, a conduta inicial é retirar a proteína de leite de vaca da dieta materna. O
uso de fórmulas só está indicado na impossibilidade de manter o AME isento de
proteína de leite de vaca. Nesses casos, está indicado o uso de fórmulas
extensamente hidrolisadas. Se, mesmo com o uso desse tipo de fórmulas, houver
persistência dos sintomas de APLV, indica-se o uso de fórmulas de aminoácidos.
Alternativa E: INCORRETA. As fórmulas de soja estão indicadas após o 6º mês.
▶ resposta: D

66 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Escolar, 7 anos, com


leucemia mieloide aguda, está internado para indução de remissão na Unidade de
Pediatria. Durante a internação, outro paciente apresentou quadro de doença
exantemática compatível com varicela na mesma enfermaria. A conduta imediata
indicada, neste momento, para o paciente com leucemia é administrar:

A. Vacina para varicela


B. Aciclovir por uma semana
C. Imunoglobulina específica.
D. Vacina para varicela e imunoglobulina específica
E. Vacina para varicela e aciclovir por uma semana

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
A vacina contra varicela é composta por vírus vivo atenuado. O indivíduo em
indução para remissão encontra-se em quimioterapia, com importante redução da
imunidade, sendo indicado apenas o uso de Imunoglobulina específica.
▶ resposta: C

67 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) As principais causas de


trombocitose em pediatria são:

A. Leucemia mieloide crônica e infecções


B. Infecções e anemia ferropriva.
C. Síndromes mieloproliferativas e neoplasias.
D. Esplenectomia e neoplasias
E. Doenças inflamatórias crônicas e uso de corticosteroides.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Nas infecções e na anemia ferropriva, ocorre liberação de fatores estimuladores
para a eritropoiese, causando leucocitose nas infecções e maior produção
hemática nas anemias. Em ambas há também estimulação das unidades
formadoras de plaquetas.
▶ resposta: B

68 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2018) Menina, 2 anos, com


desenvolvimento normal e sem antecedentes importantes, apresentou, nos
últimos quatro meses, 3 episódios esporádicos caracterizados por choro, olhos e
boca bem abertos desencadeados por contrariedade ou dor. Passados alguns
segundos, o choro é interrompido, mas a boca continua muito aberta, instalando-
se cianose generalizada. Após alguns segundos, perde a consciência com
hipotonia generalizada. Permanece inconsciente por cerca de 1 minuto e em
seguida recupera a consciência ao longo de 5 minutos. Sobre este episódio, é
correto afirmar que:

A. Foram crises epilépticas reflexas, generalizadas


B. Foram crises focais, secundariamente generalizadas
C. Um EEG obtido durante um destes episódios teria mostrado paroxismos
epileptiformes.
D. Trata-se de evento de origem não epiléptica e benigno.
E. Um exame de neuroimagem será importante para descartar processo
expansivo cirúrgico
subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O diagnóstico diferencial de crises convulsivas inclui síncope precedida por
tonteira, visão borrada e palidez, refluxo gastroesofágico com posição arqueada
em criança chorosa, consciente, associada com alimentação, crise de birra
cianótica que ocorre após episódio de birra, com perda do tônus e da consciência
com postura anômala e crise de ausência. Normalmente, o quadro é benigno e
não deixa sequelas, mesmo quando ocorre perda da consciência.
▶ resposta: D

69 (INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA - GO - 2018) Um neonato apresentando


torcicolo congênito pode ter associação de outras deformidades com a alteração
da coluna cervical. Além dessa associação, deve-se pesquisar:

A. Rim único
B. Artrogripose
C. Cardiopatia congênita.
D. Osteogênese imperfeita.
E. Displasia congênita do quadril

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O torcicolo congênito é a terceira anomalia ortopédica congênita mais comum,
perdendo apenas para displasia congênita do quadril e pé torto congênito. As
patologias mais relacionadas ao TC são, em ordem decrescente, displasia
congênita do quadril, fratura de clavícula e pé torto congênito.
▶ resposta: E

70 (INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA - GO - 2018) Dentre as situações a seguir,


aquela que apresenta indicação para a administração de imunoprofilaxia contra o
vírus sincicial respiratório é:

A. Prematuro com 36 semanas de idade gestacional


B. Cardiopatia congênita corrigida no período neonatal;
C. Lúpus eritematoso sistêmico.
D. Broncodisplasia pulmonar.
E. Febre reumática
subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Devem receber a profilaxia todas as crianças com menos de um ano que nasceram
prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas; crianças com até
dois anos com doença pulmonar crônica ou com doença cardíaca congênita com
repercussão hemodinâmica demonstrada.
▶ resposta: D

71 (INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA - GO - 2018) Um recém-nascido de 3 dias


iniciou fototerapia por hiperbilirrubinemia. Qual dos fatores de risco a seguir é o
melhor preditor para a ocorrência de doença hemolítica por incompatibilidade
ABO em um recém-nascido?

A. 1ª gestação
B. Mais de 4 gestações
C. Doença Rh previa.
D. Tipo sanguíneo materno “O” e tipo sanguíneo do recém-nascido “A”.
E. Anemia materna preexistente

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Questão estranha, mas fácil. Para ocorrer incompatibilidade ABO, a mão deve ser
O (com anti-A e anti-B) e a criança A ou B. A criança não pode ser nunca AB se a
mãe for O.
▶ resposta: D

72 (INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA - GO - 2018) Um recém-nascido que


nasceu de parto domiciliar há cerca de 3 horas, pesando 3.200 g chega à unidade
básica de saúde. A mãe refere que a gestação era a termo (39 semanas) e sem
intercorrências durante o pré-natal. A acompanhante relata que o recém-nascido
apresentou choro forte ao nascimento. A laqueadura do cordão umbilical ocorreu
somente no momento do atendimento médico na unidade básica de saúde. Ao
exame, o recém-nascido apresentava-se pletórico, hipoativo e com cianose de
extremidades. Qual dos exames a seguir é fundamental para esclarecimento
diagnóstico nesse caso?

A. Ultrassonografia cerebral
B. Gasometria arterial
C. Dosagem de metahemoglobina.
D. Dosagem de cálcio-sérico.
E. Hematócrito

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Hematócrito > 65% tem como causas hipóxia relativa fetal com aumento da
eritropoetina e Hb (insuficiência placentária ou diabetes mellitus), excessiva
transfusão de sangue a partir da placenta e idiopática. A clínica compreende
hiperviscosidade nos grandes vasos e microcirculação, agravada pela baixa
deformabilidade dos eritrócitos, pletora, taquipneia, cianose, irritabilidade,
tremores, convulsão, hipoglicemia, trombocitopenia, fluxo sanguíneo cerebral e
veias de fluxo mais lento (renal) ficam reduzidos e aumenta a pressão da artéria
pulmonar.

▶ resposta: D

73 (INSTITUTO DE OLHOS DE GOIÂNIA - GO - 2018) Um recém-nascido de 3


semanas apresenta microcefalia, calcificações cerebrais vistas ao raio x de crânio e
cegueira. Qual destas alternativas é a causa mais provável para esses sintomas?

A. Hemorragia subdural bilateral


B. Agenesia cerebral
C. Eritroblastose.
D. Microcefalia primária.
E. Infecção por citomegalovírus

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Infecção por citomegalovírus é a infecção viral congênita mais frequente, sendo a
principal causa de surdez neurossensorial não hereditária. A prevalência é maior
nos países em desenvolvimento. Cegueira e calcificações periventriculares são
indicativas.
▶ resposta: E

74 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Uma criança de nove anos vem ao ambulatório com quadro clínico
compatível com asma. A função pulmonar está normal e há ausência de
reversibilidade aos broncodilatadores. Qual das alternativas abaixo pode
aumentar a probabilidade desta criança ser portadora de asma?

A. Investigar o pico de fluxo expiratório


B. Investigar o estado alérgico da criança
C. Investigar a celularidade no escarro induzido.
D. Investigar a hiperresponsividade das vias aéreas..

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atenção. Esse ano foi lançado o novo protocolo mundial de combate à asma, o
GINA, com mudanças importantes desde o quadro leve. Então, há grande
possibilidade do tema ser cobrado em provas.

resolução:
Sibilantes tardios iniciaram crise após três anos de vida. Se houver teste positivo
para aeroalérgeno (6 anos), há maior associação com asma e sibilância, mais
hiperresponsividade brônquica e perda da função pulmonar.
▶ resposta: D

75 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) No ambulatório, os pais de uma criança de 2 anos e seis meses de idade
relatam que a mesma apresentou episódio de apneia e perda da consciência após
queda de velocípede. Em seguida, apresentou hipotonia, tremores e letargia
posterior. Não ocorreu cianose. Abordagem diagnóstica. Qual o diagnóstico clínico
mais provável?

A. Síncope
B. Mioclonias benignas
C. Crises de perda do fôlego.
D. Crise não-epiléptica psicogênica.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A presença de hipotonia e perda da consciência após episódio de apneia
caracteriza a crise de perda de fôlego.

▶ resposta: C

Ã Ê É Á
76 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE
- 2018) Chega ao ambulatório uma criança de 3 anos e 6 meses de idade,
previamente saudável, apresentando quadro agudo de febre, tosse e
taquidispneia. Na avaliação clínica, o médico detecta: frequência respiratória de 52
respirações por minuto, tiragem subcostal, recusa de tomar líquidos, sonolência
excessiva, batimento de asa do nariz. Segundo critérios da Organização Mundial
da Saúde, qual a principal hipótese diagnóstica?

A. Pneumonia muito grave


B. Crise aguda grave de asma
C. Bronquiolite viral aguda grave.
D. Laringotraqueobronquite bacteriana.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A classificação da OMS tem como objetivo classificar as crianças em pneumonia
grave ou muito grave (que requerem antimicrobiano e internação hospitalar/UTI),
pneumonia sem sinais de gravidade (tratamento ambulatorial) e criança sem
pneumonia (não necessitam de antibiótico). São admitidos no protocolo crianças
com tosse e/ou dificuldade para respirar. Sem taquipneia, não há pneumonia. Caso
a criança tenha taquipneia, é classificada como tendo pneumonia. A pneumonia
grave está associada à tiragem subcostal e a pneumonia muito grave está
associada a sinais de comprometimento sistêmico, como sonolência, estridor em
repouso, dificuldade para ingesta de líquidos, cianose central, insuficiência
respiratória e convulsão. A presença de FR > 50 entre dois meses e um ano de
idade é característica de pneumonia. Se houver sinais de desconforto respiratório,
classifica-se o quadro em pneumonia muito grave.
▶ resposta: A

77 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Criança de cinco anos chega à emergência com alteração do estado
mental, em coma. Quais os passos fundamentais da avaliação neurológica para
essa criança, além do nível de consciência e do padrão respiratório?

A. Avaliação das pupilas, motilidade ocular extrínseca e postura motora


B. Avaliação da resposta motora, movimentos oculares e resposta verbal
C. Avaliação da abertura ocular, da resposta à dor e de déficits neurológicos..
D. Avaliação da hipertensão intracraniana, da herniação cerebral e movimentos
oculares.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:
resolução:
A avaliação pupilar, da motilidade ocular extrínseca e da postura motora mostram
se há hipertensão intracraniana e se houve acometimento vascular.
▶ resposta: A

78 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Criança de dois anos chega à Emergência com relato de aspiração de corpo
estranho, apesar de nenhum adulto ter presenciado o evento. Apresenta sintomas
de obstrução, erosão ou perfuração em estômago ou intestino: dor abdominal,
náuseas, vômitos, febre, hematoquezia. Radiografias revelam pneumoperitônio e
distensão de alças com nível líquido. Qual a principal hipótese diagnóstica?

A. Ingestão cáustica
B. Ingestão de moedas
C. Ingestão de ímãs ou baterias.
D. Ingestão de objetos pontiagudos.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A ingestão de magnetos de forma única ou simultânea normalmente não causa
complicações e eles são eliminados nas fezes. Todavia, quando os dois corpos
estranhos se encontram em porções distintas do TGI, pode ocorrer atração entre
eles, causando compressão das alças intestinais, isquemia e necrose local do
tecido, com consequente perfuração.
▶ resposta: C

79 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Na Emergência, a mãe de uma criança de três anos relata que a mesma foi
picada por um inseto há cerca de 3 dias e que já recebeu um primeiro
atendimento numa Unidade de Pronto Atendimento, cerca de duas horas após a
picada. No momento, há dor aguda no local, vermelhidão, prurido e edema
flogístico que evoluiu para enduração local; também há dificuldades de mobilidade
no membro afetado. Na UPA, o médico havia conseguido identificar e retirar o
ferrão. Qual o inseto mais provável de ter causado essas alterações?

A. Vespa
B. Arraia
C. Abelha.
D. Formiga.

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
A presença de abscesso complicando picada de inseto deve ser lembrada. Das
alternativas, somente a abelha possui inoculador ferroado, que é eliminado após a
picada.
▶ resposta: C

80 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Criança de 4 anos é referida ao ambulatório de Pediatria por apresentar
quadro de febre intermitente e emagrecimento. Durante o exame físico, o médico
constata hepatoesplenomegalia, com predomínio do baço. O hemograma do
paciente exibiu pancitopenia. Qual das opções apresenta o diagnóstico mais
plausível para esse paciente?

A. Anemia falciforme
B. Leishmaniose visceral
C. Mononucleose infecciosa
D. Lúpus eritematoso sistêmico.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A leishmaniose visceral cursa com invasão do sistema retículo endotelial, ocupa a
medula óssea e sistema retículo endotelial com neutropenia, plaquetopenia,
anemia e esplenomegalia. Há ativação da imunidade humoral (Th2) e ocorre
hipergamaglobulinemia com inversão do gradiente albumina/globulinas.
▶ resposta: B

81 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Criança de 10 anos, do sexo masculino, é trazida à consulta por estar
apresentando, recentemente, sintomas variados. Os pais descrevem crises de
palpitação, sufocação, tonturas e tremores. Relatam que o filho manifesta medo
de morrer. Qual condição psicológica é compatível com esse quadro clínico?

A. Transtorno de hiperatividade
B. Síndrome de Asperger
C. Transtorno de humor
D. Transtorno de pânico.

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. No transtorno de hiperatividade, está presente
sintomas como desatenção e impulsividade.
Alternativa B: INCORRETA. Síndrome de Asperger está dentro do grupo de
transtornos de espectro autista e é caracterizada por dificuldade de interação
social.
Alternativa C: INCORRETA. Ocorrem episódios de mania/depressão.
Alternativa D: CORRETA. Os sintomas do TP em criança e adolescente se
assemelham aos dos adultos, manifestando-se com palpitação, tremores,
agitação, tonturas, falta de ar, fraqueza, sudorese, dor no peito, desconforto
abdominal, náuseas, parestesia e medo de perder o controle. Embora o TP seja
considerado raro em jovens, a frequência do transtorno pode variar entre 0,5% e
6% para TP e de 15% a 18% para agorafobia.

▶ resposta: D

82 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Escolar de 7 anos é referido ao Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica
por ser o menor aluno de sua turma na escola. Tem boa saúde, é ativo e apresenta
bom rendimento escolar. Seu pai mede 1,60 m e sua mãe 1,50 m. O médico mede
a criança e constata 112 cm, calcula o alvo genético do paciente, solicita
radiografia para determinação da idade óssea, que resulta compatível com idade
cronológica de 6 anos e 6 meses. Os exames laboratoriais solicitados vêm normais.
Qual o diagnóstico mais provável desse paciente?

A. Hipotireoidismo
B. Baixa estatura familiar
C. Deficiência de hormônio do crescimento.
D. Retardo Constitucional do Crescimento e Puberdade.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A baixa estatura familiar (que é de origem genética – herdada dos pais) é a causa
mais frequente de baixa estatura. Os pacientes com esse fenótipo  sempre
seguiram no limite inferior nas curvas de crescimento, pois possuem um alvo
familiar baixo. Todavia, possuem uma velocidade de crescimento normal e uma
idade óssea compatível com a idade cronológica.

▶ resposta: B

83 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Um recém-nascido, segundo filho de uma mulher com tipagem sanguínea
O negativo com Coombs indireto positivo, apresenta os seguintes resultados de
exames no sangue de cordão: tipagem sanguínea O positivo, Coombs direto
positivo, reticulócitos 8%, bilirrubina indireta de 4,4 mg/dl e hemoglobina de 12,5
g/dl. Qual dos dados indicaria a realização de exsanguineotransfusão para este
bebê?

A. Reticulócitos aumentados no sangue de cordão


B. Hemoglobina do sangue de cordão de 12,5 g/dl
C. Bilirrubina indireta de sangue de cordão de 4,4 mg/dl.
D. O Coombs indireto da mãe e direto do recém-nascido positivos..

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Se o total sérico de bilirrubina (TSB) estiver em nível no qual a
exsanguineotransfusão é indicada ou > 25, intervenção imediata é necessária.
Indicações na isoimunização RH: feto hidrópico, bilirrubina no cordão > 4mg/dl ou
Hb < 12 com Coombs direto positivo, aumento da BI > 0,5mg/dl/h apesar da
fototerapia, BT > 20mg/dl.
▶ resposta: C

84 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Uma agente comunitária de saúde apresentou sífilis adequadamente
tratada na gestação anterior há 2 anos, quando ela e o parceiro fizeram uso de
Penicilina benzatina em 3 doses de 2.400.000 Ul, com intervalo semanal.
Atualmente, no 9° mês de uma segunda gestação, ela e o esposo apresentam
VDRL de 1:1 e o teste rápido da sala de parto foi positivo. Compreendendo que
será possível fazer acompanhamento do binômio mãe-bebê de forma adequada e
que os exames do RN logo após o nascimento evidenciaram o VDRL sérico de 1:1,
com os demais normais, qual a melhor conduta para este RN?

A. Penicilina benzatina - 1 dose de 600.000 UI


B. Seguimento clínico e laboratorial da criança
C. Penicilina procaína 50.000 UI/kg/dia por 10 dias.
D. Penicilina cristalina 100.000 UI/kg/dia por 7 dias

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Se a mãe for adequadamente tratada e o VDRL em amostra de sangue periférico
for menor ou igual ao nível materno e a criança estiver assintomática,
acompanhar clinicamente.
▶ resposta: B

85 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Aos 3 meses, uma criança em aleitamento materno exclusivo comparece
ao posto de saúde para consulta de rotina. Tem história confirmada por exame
laboratorial que a mãe teve infecção por Zika no último mês de gestação e ela está
apreensiva com o crescimento da cabeça da criança. Ao nascer, a menina pesou
2780 g e perímetro cefálico de 33 cm. Os dados atuais são peso de 4800 g e
perímetro cefálico de 40 cm. Qual a melhor conduta quanto ao crescimento da
menina?

A. Referenciar imediatamente por atraso no crescimento do perímetro cefálico


B. Reavaliar em 15 dias, pois ambos peso e perímetro cefálico estão baixos
C. Reagendar em 1 semana por apresentar baixo ganho ponderal.
D. Considerar crescimento somático normal e tranquilizar a mãe.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O crescimento do perímetro cefálico é de 2 cm ao mês no primeiros três meses de
vida. Portanto, a criança tem crescimento normal. O ideal é plotar na curva de PC
por idade.

▶ resposta: D

86 (SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ - CE


- 2018) Lactente de 5 meses, em aleitamento materno exclusivo, curva de
crescimento normal e aspectos do desenvolvimento global sem alterações, vem a
consulta de rotina e sua mãe relata que o menino continua a apresentar episódios
de regurgitações de pequena a moderada quantidade, principalmente após o
término da mamada, cerca de 2 a 3 vezes por dia, desde o segundo mês de vida.
Nega episódios de pneumonia, apneia ou sibilância. Qual a melhor conduta para
esta criança?

A. Investigação para alergia à proteína do leite de vaca


B. Investigação para doença do refluxo gastroesofágico
C. Iniciar tratamento para doença do refluxo gastroesofágico.
D. Tranquilizar a mãe e orientar sobre os sinais e sintomas de alarme..

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O refluxo gastroesofágico deve ser considerado fisiológico caso não ocorra
alteração da curva de peso e de crescimento. Reforçar junto à mãe o caráter
essencial da manutenção do aleitamento materno.
▶ resposta: D

87 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) A dermatite atópica é a


doença cutânea mais frequente na infância, os sintomas têm início nos primeiros 6
meses em 45% dos pacientes e em 85% antes dos 5 anos. O diagnóstico é clínico e
as lesões têm características diferentes quanto ao aspecto e localização, conforme
a faixa etária. Levando em consideração os dados apresentados, assinale a
alternativa correta.

A. Na fase do lactente, as lesões eczematosas estão localizadas na face e


região extensora dos membros, enquanto a região coberta pelas fraldas é
poupada.
B. Na fase que vai do nascimento até os 6 meses de vida, as lesões são
liquenificadas e mais frequentemente localizadas nas pregas cubitais e
poplíteas
C. Na fase infantil, as lesões são eritematodescamativas e localizam-se nas
pregas axilares e inguinais, e a xerose é menos intensa e associada a prurido.
D. Na fase que vai dos 2 anos até a adolescência, as lesões tendem a ser mais
liquenificadas e localizam-se na fase extensora de membros
E. As alterações pigmentares pós-inflamatórias, seja com hiperpigmentação,
seja com hipopigmentação, são infrequentes na dermatite atópica.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Fase lactente: pode ocorrer entre 2 meses e 2 anos. O mais comum é manifestar-
se do segundo ao terceiro mês. A lesão elementar predominante é o eczema
agudo, afetando principalmente face, couro cabeludo e pescoço. Inicia com lesões
eritematosas, papulosas ou papulovesiculares, evoluindo para descamação com
exsudato seroso (crosta melicérica). Menos comumente, pode atingir a região
anterior do tórax, deltoide, glútea, genitoanal e extremidades.
Fase infantil: abrange de 2 a 12 anos. Acomete preferencialmente áreas
extensoras e flexoras, com especial afinidade pelas fossas poplíteas e cubitais,
assim como dorso das mãos, tornozelos e pescoço. O padrão típico é o eczema
vesiculoso subagudo e numular em mãos e pés. Existe menor tendência à
exsudação e destaca-se prurido intenso, pele muito seca e liquenificação residual
persistente, sobre a qual se desenvolvem lesões agudas sucessivas.
Fase da adolescência: inicia-se a partir dos 12 anos. Predomina a morfologia
liquenoide, com formação de placas. Acometem, principalmente, as superfícies de
flexão, punhos, dorso das mãos, pescoço e pálpebras inferiores.
▶ resposta: A
Í Á
88 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) A respeito da medicina do
sono, assinale a alternativa CORRETA.

A. O número de horas de sono ideal após os 4 anos é de 8 horas, nas 24 horas


B. Crianças até os 2 anos devem ter cochilos diurnos em quartos
completamente isentos de luz e som
C. O adolescente tem fase de sono adiantada, devido às alterações hormonais
próprias dessa idade.
D. O recém-nascido dorme cerca de 17 horas nas vinte e quatro horas do dia
E. A melatonina é estimulada pela via óptica, acumulada na pineal e liberada
pela manhã para induzir a vigília.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Recém-nascidos precisam dormir de 14 a 17 horas por dia (orientação anterior era
de 12 a 18 horas). Entre os bebês de quatro a onze meses, a necessidade passou a
ser de 12 a 15 horas. Conforme a idade aumenta, a necessidade de sono diminui.
Crianças de um a cinco anos precisam de 10 a 14 horas de sono. Já os
adolescentes de catorze a dezessete anos devem dormir de 8 a 9 horas por noite
para manter a saúde em dia. A melatonina é o hormônio do sono.
▶ resposta: D

89 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) O leite materno é o melhor


alimento a ser oferecido ao recém-nascido e lactentes. Entretanto, há algumas
situações em que a alimentação precisa ser reavaliada e que justificam a
suplementação do leite materno. Com relação ao assunto, considere as seguintes
situações: 1. Crianças que mamam de 8 a 12 vezes nas 24 horas. 2. Crianças que
ainda acordam à noite após os 2 meses de idade. 3. Crianças que apresentam
inquietação, mão na boca, sons de suspiro após 2 a 4 horas depois de serem
amamentadas. 4. Crianças que não ganham peso adequado para a idade, apesar
de todas as medidas preventivas e terapêuticas adotadas. Há necessidade de
suplementar o leite materno em:

A. 4 apenas
B. 1 e 2 apenas
C. 1 e 3 apenas.
D. 2 e 4 apenas.
E. 1, 2, 3 e 4

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A única das alternativas acima para suplementar leite materno são crianças que
não ganham peso adequado para a idade, apesar de todas as medidas preventivas
e terapêuticas adotadas. A ausência de ganho de peso é alarmante para o pediatra
e deve ser avaliada em relação a outras doenças ou sobre a técnica do aleitamento
materno.
▶ resposta: A

90 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Um lactente de 6 meses de


idade apresenta, há um dia, evacuações líquidas, fétidas, amareladas, em grande
volume, sem muco, pus ou sangue, com presença de ruídos intensos ao evacuar. A
mãe observou leve redução das micções. Não foi dada nenhuma medicação. Ao
exame, apresenta peso de 7 kg (percentil 25), estatura de 62 cm (percentil 50),
irritabilidade intercalada com sonolência, aceitando bem líquidos, olhos fundos e
lágrima ausente, turgor de pele diminuído, sinal da prega desaparecendo
lentamente (após 2 segundos), enchimento capilar entre 3 e 4 segundos e
hiperemia perianal. Em relação ao caso, assinale a alternativa correta.

A. O volume estimado de líquido perdido é de 300 ml


B. A etiologia mais provável é a bacteriana
C. O aleitamento materno deve ser interrompido até melhora do quadro
diarreico, devido aos sinais de diarreia osmótica
D. Está indicado o uso de zinco oral, independentemente da etiologia
E. A primeira escolha do tipo de soro oral para esse caso, segundo a OMS, é o
de 90 mmol/l de sódio.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A criança apresenta desidratação, perdendo de 3% a 9% do peso. A principal
etiologia é viral. Nunca se deve interromper o aleitamento materno. SRO: solução
glicosalina com 75 mEq/l de sódio. Zinco: VO por 10 a 14 dias, durante e após a
diarreia. Reduz a duração e a gravidade da diarreia.

▶ resposta: D

91 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Considerando que


alterações hormonais podem estar presentes em algumas síndromes genéticas,
assinale a alternativa correta.

A. Na síndrome de Turner, a baixa estatura é devida ao hipogonadismo e à


deficiência de hormônio de crescimento
B. Pacientes portadores da síndrome de Down e da síndrome de Turner
possuem maior risco para desenvolverem hipotireoidismo
C. Na síndrome de Prader-Willi, apesar da presença de baixa estatura e
obesidade, não são identificadas alterações hormonais.
D. Pacientes com acondroplasia apresentam desproporção dos segmentos
corporais e deficiência grave de hormônio de crescimento.
E. Pacientes com cromossomopatias que possuem peso e comprimento
normais ao nascer serão adultos com estatura normal.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Na síndrome de Turner, há baixa estatura por dano genético. Pacientes portadores
das síndromes de Down e Turner possuem maior risco de desenvolver
hipotireoidismo. Prader-Willi pode haver diabetes mellitus tipo 2.
▶ resposta: B

92 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Menina com 3,5 anos é


trazida à consulta com pediatra por apresentar pelos na região pubiana há 3
meses, associados ao surgimento de acne na face, mudança no comportamento,
com irritabilidade, aumento do apetite e ganho de peso. Ao exame físico, a
frequência cardíaca é de 84 bpm, frequência respiratória de 12 mpm, pressão
arterial de 125/85 mmHg (acima do 95°P). A estatura é 102 cm (75°P, estatura alvo
que é de 158 cm, no 25°P), peso de 20 kg (97°P), face arredondada, com hiperemia
malar e acne no nariz e na região frontal. Acúmulo de gordura na região dorsal
(giba) e na fossa supraclavicular. Desenvolvimento sexual: M1 P3 (de acordo com a
classificação de Tanner), com clitóris visível entre os grandes lábios. Em relação a
essa criança, é correto afirmar:

A. Apresenta sinais clínicos de puberdade precoce central e síndrome de


Cushing, e a etiologia mais frequente nesses casos é o adenoma hipofisário
produtor de ACTH e LH
B. Apresenta sinais clínicos de excesso de androgênios e de cortisol, e a
etiologia mais frequente é a hiperplasia adrenal congênita por deficiência da
21-hidroxilase.
C. Apresenta sinais clínicos de excesso de androgênios e de cortisol, e a
etiologia mais frequente é o tumor do córtex adrenal.
D. Apresenta obesidade exógena, que comumente associa-se a quadros de
adrenarca precoce idiopática
E. As hipóteses diagnósticas de doença de Cushing e obesidade exógena
devem ser consideradas, e um dos exames obrigatórios para avaliação
complementar é a ressonância magnética do crânio.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O tumor de córtex adrenal (TCA) é raro, acomete ambos os sexos, e atinge mais a
faixa etária abaixo de quatro anos ou acima de 50 anos. A diferenciação entre
doença de Cushing (microadenoma hipofisário produtor de ACTH) e tumor de
córtex adrenal é feita pela presença de virilização já que ambas podem causar
síndrome de Cushing com hipertensão.
▶ resposta: C

93 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Menina de 7 anos,


previamente eutrófica, apresenta queixa de emagrecimento há 1 mês, aumento da
sede e da frequência de micção. O exame físico é normal, sem sinais de
desidratação. Glicemia capilar de 260 mg/dl, glicosúria positiva, cetonúria
negativa. Em relação ao diagnóstico e conduta, assinale a alternativa correta.

A. O diagnóstico provável é diabetes mellitus tipo 2, já que a criança não


apresenta sinais de cetoacidose
B. O teste oral de tolerância à glicose deve ser realizado para esclarecer o
diagnóstico
C. O quadro clínico de poliúria, polidipsia, emagrecimento e glicemia capilar ao
acaso acima de 200 mg/dl é suficiente para fazer o diagnóstico de diabetes
mellitus tipo 1.
D. A criança deve ser submetida a dieta com restrição de carboidratos e
reavaliada em 1 mês, para ver se houve regressão do quadro.
E. Deve-se solicitar dosagem de hemoglobina glicada, de insulina e peptídeo C,
e enquanto aguardam-se os resultados, iniciar hipoglicemiante oral para
promover recuperação da célula beta.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Apresentação da diabetes tipo 1: pode variar desde não emergência (poliúria,
polidipsia, perda de peso e enurese) até desidratação grave, choque e Cetoacidose
Diabética (CAD). O diagnóstico pode ser feito em indivíduos assintomáticos na
maioria dos casos, se houver seguimento de indivíduos com alto risco. Algumas
crianças têm sintomas de início rápido e CAD em dias. Outras demoram meses.
Glicemia > 200 confirma o diagnóstico. Deve ser feita no sangue e não no
hemoglucoteste.
Apresentação não emergencial: Enurese nova em criança sem escapes
noturnos, podendo ser diagnosticada erroneamente como infecção do trato
urinário (ITU) ou excesso de líquidos, candidíase vaginal especialmente se pré-
púbere. Perda de peso crônica ou incapacidade de ganhar peso, irritabilidade e
diminuição da performance escolar, infecções de pele recorrente
▶ resposta: C

Í Á
94 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) J.G.L., masculino, 3 anos,
apresenta-se em consulta médica com palidez de mucosas e queixa de dor
abdominal, diarreia com presença de alimentos mal digeridos e aspecto de
gordura. No exame parasitológico de fezes, são achados cistos de Giardia
intestinalis e ovos de Ascaris lumbricoides. Levando em consideração os dados
apresentados, assinale a alternativa Correta no que se refere à conduta
terapêutica

A. Utilizar mebendazol por 3 dias, com repetição do esquema terapêutico em 2


semanas, será efetivo para ambas as parasitoses
B. Uma opção terapêutica é o secnidazol associado ao albendazol, ambos em
dose única
C. Albendazol por 3 dias consecutivos, sem necessidade de repetir o
tratamento, é a escolha ideal.
D. Deve-se utilizar o metronidazol para combater a giárdia, não havendo
necessidade de tratar o Ascaris, visto que são ovos.
E. Não há necessidade de tratamento para enteroparasitose, visto que foram
identificados apenas cistos e ovos

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Mebendazol não é indicado para tratamento de giardíase. Albendazol deve ser
usado por cinco dias para tratamento da giardíase. O secnidazol ou o metronidazol
associado ao albendazol é uma excelente opção terapêutica.
▶ resposta: B

95 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) A tuberculose na criança


permanece ainda negligenciada e com alta mortalidade no mundo. Considere o
caso de uma puérpera, em tratamento para tuberculose pulmonar há 1 semana. A
respeito do caso, considere as seguintes condutas: 1. Vacinar o RN com BCG. 2.
Contraindicar a amamentação. 3. Iniciar quimioprofilaxia com isoniazida. 4.
Realizar prova tuberculínica. É/São conduta(s) adequada(s) a ser realizada(s) no
período neonatal com o recém-nascido, que se encontra assintomático, conforme
as diretrizes atuais do Ministério da Saúde:

A. 3 apenas
B. 1 e 3 apenas
C. 2 e 4 apenas
D. 1, 2 e 4 apenas.
E. 1, 2, 3 e 4

subtópico:
Pediatria.
grau de dificuldade:

resolução:
O RN não deve ser vacinado para BCG, e sim iniciar quimioprofilaxia primária com
prova tuberculínica em três meses. Não há contraindicação para amamentação,
devendo a mãe usar máscara durante a primeira semana de tratamento.
▶ resposta: A

96 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Menino de três anos é


admitido no Pronto-Atendimento com queixa de epistaxe espontânea há algumas
horas, de volume pequeno. A mãe do paciente relata história de infecção viral do
trato gastrointestinal (diarreia aguda) há 2 semanas, com resolução completa. Ao
exame: bom estado geral, corado, hidratado. Ausculta cardíaca e pulmonar sem
alterações. Baço, fígado e linfonodos não palpáveis. Equimoses e petéquias
evidentes em membros inferiores, sem outras alterações. Hemograma
evidenciando: hemoglobina 13,0 g/dl; VCM 80 fL; leucócitos 9.700/mm³, com
contagem diferencial normal; plaquetas 15.000/mm³; 1% de reticulócitos. O
diagnóstico mais provável é:

A. Leucemia aguda
B. Síndrome hemolítico-urêmica
C. Púrpura trombocitopênica trombótica.
D. Púrpura trombocitopênica idiopática.
E. Doença de Gaucher

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
Na PTI, a clínica é de sangramento de peles e mucosas. No laboratório, há
plaquetopenia, alargamento de TS, hiperplasia do setor megacariocítica. A
fisiopatologia corresponde a resfriado pregresso, ativação de anticorpos
antiplaqueta. O tratamento compreende menos de 30 mil plaquetas e
sangramento mucoso ou menos de 20 mil plaquetas com corticoide: prednisona.
▶ resposta: D

97 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Criança de 3 anos, com


diagnóstico de asma extrínseca desde os 2 anos, com história de uma internação
anterior por crise aguda de asma em UTI, dá entrada no Pronto-Atendimento com
relato de apresentar, há 12 horas, tosse, esforço para respirar e cianose perioral.
Ao exame físico, apresenta frequência cardíaca de 190 bpm, frequência
respiratória de 48 mrpm, saturação de oxigênio em ar ambiente de 87%, agitada,
sem conseguir falar frases completas, somente palavras, tiragem supraesternal e
supraclavicular, diminuição de expansibilidade torácica, murmúrio vesicular
diminuído em bases e sibilos em metade superior de ambos os hemitórax. O
tratamento mais adequado para o caso no Pronto-Atendimento é oxigênio
suplementar para manter saturação no oxímetro de pulso acima de:

A. 90%, salbutamol aerossol 3 ciclos de 4 jatos em 1 hora, prednisolona via oral


e brometo de ipratrópio
B. 92%, salbutamol 2,5 mg em nebulização a cada 20 minutos por 1 hora,
sulfato de magnésio inalatório e brometo de ipratrópio.
C. 93%, salbutamol aerossol 3 ciclos de 4 jatos em 1 hora, prednisolona via oral
e brometo de ipratrópio.
D. 93%, salbutamol aerossol 3 ciclos de 4 jatos e prednisolona via oral.
E. 95%, nebulização com 2,5 mg de salbutamol a cada 30 minutos e corticoide
por via intramuscular.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A saturação alvo, de acordo com o Consenso Brasileiro de Asma, é ≥92%. Além
disso, fármacos anticolinérgicos, como o brometo de ipratrópio, podem auxiliar no
tratamento.

▶ resposta: C

98 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Paciente de 6 anos, sexo


masculino, apresenta história de diarreia desde os 6 meses. Evacua fezes
amolecidas, fétidas, claras e oleosas, 4 a 6 vezes ao dia, sem muco, pus ou sangue.
Tem dificuldade para ganhar peso. Nega vômitos, dor abdominal ou recusa
alimentar. Refere episódios recorrentes de infecção pulmonar de repetição.
Acompanhados de hematopediatra por diagnóstico de neutropenia cíclica. Ao
exame físico, apresenta peso e estatura entre o escore Z -2 e -3, sem outras
particularidades. Teste do pezinho normal. Pesquisa de gordura nas fezes positiva;
leucócitos e sangue oculto negativos nas fezes; pH fecal e substâncias redutoras
negativas. Parasitológico e cultura de fezes negativos. Hemograma atual normal;
trouxe hemogramas anteriores com neutropenia. VHS e PCR normais.

A respeito do diagnóstico desse paciente, considere as seguintes afirmativas:

1. O paciente parece apresentar esteatorreia.


2. O diagnóstico diferencial inclui doença celíaca.
3. O diagnóstico diferencial inclui fibrose cística.
4. O diagnóstico diferencial inclui síndrome de Shwachman-Diamond.

Assinale a alternativa correta.

A. Somente a afirmativa 1 é verdadeira


B. Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras
C. Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
D. Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
E. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
A afirmação 1 é verdadeira. Esteatorreia é o nome dado quando se encontra
gordura nas fezes do paciente, independente da etiologia.
A afirmação 2 é verdadeira. A Doença celíaca ocorre devido a uma reação
imunológica pela ingesta do gluten, criando uma inflamação no intestino delgado,
resultando em planificação do epitélio. Essa planificação dificulta a absorção de
substancias, dentre elas lipídios e vitaminas, resultando em esteatorreia, diarreia,
perda de peso.
A afirmação 3 é verdadeira. A fibrose cística ocorre por mutação na proteína
transmembrânica que regula a entrada de clono nas células. Essa mutação faz
com que fluidos corporais fiquem mais espessos, incluindo a bile. Isso faz com que
haja maior dificuldade em sua liberação, com consequente absorção de liídios e
vitaminas lipossolúveis. O quadro clínico é de diarreia com esteatorreia, perda de
peso e hipovitaminose. Quadros respiratórios podem estar associados.
A afirmação 4 é verdadeira. Neutropenia cíclica com esteatorreia é uma das
características da síndrome de Shwachman-Diamond
Assim, todas as alternativas estão corretas.
▶ resposta: E

99 (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ - PR - 2018) Criança de 10 anos


apresenta o diagnóstico de síndrome de Tourette. Em relação a essa condição,
assinale a alternativa correta.

A. Consiste em critério clínico para esse diagnóstico a presença de tiques


motores nos últimos 6 meses
B. Para que esse diagnóstico seja considerado, o início dos tiques deve ser
precoce, antes dos 12 anos
C. O eletroencefalograma mostra anormalidades epileptiformes, presentes em
até 80% dos pacientes.
D. Para esse diagnóstico, considera-se que tiques vocais únicos ou múltiplos
devam estar presentes em algum momento da vida do paciente.
E. O tratamento medicamentoso é mandatório nos pacientes com tiques
vocais.

subtópico:
Pediatria.

grau de dificuldade:

resolução:
O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico e deve obedecer
aos seguintes critérios: tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais
durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo, os tiques
devem ocorrer diversas vezes por dia (geralmente em salva), quase todos os dias
ou intermitentemente por período de pelo menos três meses consecutivos e o
quadro deve começar antes dos 18 anos.
▶ resposta: D

100 (HOSPITAL MATERNIDADE THEREZINHA DE JESUS - 2017) Sobre os exames


diagnósticos na Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) em crianças, assinale a
alternativa correta:

A. A phmetria de 20 horas é sempre necessária.


B. A phmetria/impedanciometria esofágica deve ser indicada quando a
endoscopia está alterada.
C. Não há indicação de reed.
D. A endoscopia está indicada quando há suspeita de esofagite.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A suspeição diagnóstica deve ser fundamentalmente clínica, mediante história de
sintomas típicos de DRGE, sem exames laboratoriais para confirmação
diagnóstica, para os casos que não apresentem sinais agravantes. Essa prática é
estabelecida para os adultos; no entanto, ainda não é consensual para o grupo
pediátrico, em que a investigação da DRGE se faz necessária para lactentes e
crianças que apresentem sinais de complicações. A decisão pela investigação
diagnóstica dependerá do julgamento da gravidade e da repercussão do conjunto
de sinais e sintomas e deve ser sempre individualizada.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A pHmetria é de 24 horas e está reservada para casos
como avaliação dos sintomas atípicos ou extraesofagianos, avaliação da resposta
ao tratamento dos pacientes não responsivos na prática e para análise pré e pós-
cirúrgica.
Alternativa B: INCORRETA. A pHmetria/inpedanciometria esofágica está indicada
nos casos de endoscopia normal.
Alternativa C: INCORRETA. A radiografia de esôfago-estômago-duodeno (REED) é
indicada para a avaliação de anomalias estruturais anatômicas que podem causar
sintomas similares aos da DRGE, como hérnia, estenose e volvo. Pode ser útil na
avaliação do esvaziamento gástrico.
Alternativa D: CORRETA.
▶ resposta: D

101 (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - 2018) Alergia à


proteína do leite de vaca e intolerância à lactose são duas situações de alta
prevalência. Ao se fazer o diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca, deve-
se ter cuidado para não confundir com o diagnóstico de intolerância à lactose, o
que é frequentemente observado na prática clínica. Quanto a essas duas situações
clínicas, é CORRETO afirmar que:

A. Sempre que um paciente tem lesões de mucosa intestinal, decorrentes de


alergia ao leite de vaca, apresenta, também, intolerância secundária à lactose,
embora o inverso não aconteça.
B. O teste de tolerância oral de lactose ou o teste do hidrogênio molecular (H2)
expirado devem ser indicados em todos os pacientes com suspeita de alergia à
proteína do leite de vaca para diagnóstico diferencial.
C. De modo diferente da alergia à proteína do leite de vaca, a deficiência
ontogenética da lactase é um evento comum e as manifestações clínicas são
tardias.
D. Para diferenciar alergia ao leite de vaca de uma intolerância à lactose em
crianças pré-escolares, não é correta a atitude de proibir o uso temporário de
fórmulas poliméricas que contenham proteína do leite de vaca, mas isentas de
lactose.
E. A enteropatia, induzida por proteínas alimentares (EIPA), não costuma
ocasionar impacto negativo na nutrição da criança e não costuma ser
acompanhada de intolerância à lactose, pois é uma reação imediata, mediada
por IgE.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Alergia alimentar é uma entidade clínica resultante de reações imunológicas após
a ingestão de proteínas alimentares, em indivíduos previamente sensibilizados.
Ocorre em cerca de 8% das crianças. Os alimentos mais frequentemente
envolvidos são leite de vaca, ovo, trigo e soja, sendo responsáveis por cerca de
90% dos casos. A maioria das reações ocorre devido à sensibilização a apenas um
ou dois alimentos. Pacientes portadores de alergia a três ou mais alimentos
diferentes são menos frequentes. A lactose, por ser um carboidrato, não provoca
alergia, e sim intolerância, por deficiência da enzima de lactase. O número de
aditivos alimentares (incluídos os corantes) implicados em reações alérgicas é
muito pequeno.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não é sempre que o paciente vai desenvolver
intolerância secundária à lactose.
Alternativa B: INCORRETA. O teste de tolerância oral de lactose ou o teste do
hidrogênio molecular (H2) expirado são indicados na suspeita de intolerância à
lactose.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Para as crianças maiores de três anos, para evitar a
confusão diagnóstica entre a alergia à proteína do leite de vaca e a intolerância à
lactose por deficiência ontogenética de lactase, pode se utilizar, para desafio oral,
fórmulas poliméricas de proteína do leite de vaca sem lactose.
Alternativa E: INCORRETA. A enteropatia induzida por proteínas alimentares
caracteriza-se pela presença de diarreia crônica (fezes aquosas e ácidas), eritema
perianal, distensão abdominal, vômitos, anemia, perda de peso e insuficiência do
crescimento. De modo semelhante à doença celíaca, pode cursar com
esteatorreia, enteropatia perdedora de proteínas, edema e variáveis graus de
desnutrição. Assim, trata-se de um quadro de má absorção, que pode ocasionar
importantes repercussões nutricionais e alta morbidade.
▶ resposta: C

102 (HOSPITAL NACIONAL DO CÂNCER - 2018) Sobre a doença celíaca, assinale a


alternativa INCORRETA:

A. A manifestação dermatológica clássica é a dermatite herpetiforme. Essa


manifestação não costuma responder à retirada do glúten da dieta.
B. Os pacientes podem apresentar dois tipos clássicos de HLA: HLA-DQ2 e HL
DQ8.
C. Podem ser solicitados os anticorpos antitransglutaminase e antiendomísio,
ambos com boa sensibilidade. Todavia, há discreta preponderância de
sensibilidade do antitransglutaminase em relação ao antiendomísio.
D. Pode haver um quadro anêmico associado, tanto por anemia de doença
crônica quanto por deficiência de B12 e/ou deficiência de ferro.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A manifestação dermatológica clássica da doença
celíaca é a dermatite herpetiforme e costuma responder à retirada do glúten da
dieta.
Alternativa B: CORRETA. Os pacientes geralmente apresentam HLA DQ2 e DQ8,
os dois tipos mais envolvidos.
Alternativa C: CORRETA. O anticorpo antitransglutaminase e o antiendomisio são
utilizados para diagnóstico de doença celíaca, ambos com boa sensibilidade, e o
primeiro tem sensibilidade discretamente maior, além de maior facilidade de
dosagem, o que contribui para que seja o teste sorológico de escolha.
Alternativa D: CORRETA. Pode haver anemia associada à doença celíaca, seja de
doença crônica ou devido à disabsorção, causando deficiência de ferro e vitamina
B12.

▶ resposta: A

103 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JUNDIAÍ - SP - 2016) Lactente de 10 meses,


com peso de 11 kg, é atendido no pronto-socorro pediátrico com queixas de que,
há 12 horas, alterna momentos de irritabilidade e choro com sonolência. Vomitou
duas vezes no início do quadro e apresentou uma evacuação amolecida. Há 2
horas piorou mostrando-se extremamente letárgico. Há 10 dias apresentou
quadro respiratório alto com coriza, tosse e febre, sendo medicado com dipirona
para “dor de ouvido”. Ao exame físico, constatou-se a temperatura de 36,3°C em
criança extremamente letárgica que reage a estímulos dolorosos. Ao exame
abdominal, palpou-se uma massa no quadrante superior direito. Esse quadro
sugere:
A. Meningite.
B. Encefalite.
C. Intussuscepção intestinal.
D. Trombose venosa renal.
E. Apendicite aguda.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Massa abdominal aguda em lactentes entre 3 a 12 meses de idade com fezes
sanguinolentas sugere quadro de intussuscepção intestinal, necessitando de
pronta avaliação cirúrgica. É a principal causa de obstrução intestinal em lactentes,
comumente, pode haver quadro de infecção aguda das vias aéreas superiores
(IVAS) prévio, e o segmento invaginado aparece como uma massa palpável em
abdome, como se fosse uma salsicha. Podem existir fezes do tipo geleia de
groselha.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Ao exame físico, não se faz referência a sinais
meníngeos.
Alternativa B: INCORRETA. A história clínica e o exame físico não sugerem
problema neurológico, mas sim alterações semiológicas abdominais.
Alternativa C: CORRETA. vide comentário.
Alternativa D: INCORRETA. No texto, não há referência sobre alteração renal.
Alternativa E: INCORRETA. O quadro de apendicite não é comum em pacientes
com menos de 5 anos de idade.
▶ resposta: C

104 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES - 2017) Dadas


as afirmativas sobre a absorção de ferro:

I. O efeito negativo dos fitatos não sofre interferência da dose.


II. A absorção do ferro heme ocorre da mesma forma do ferro inorgânico.
III. O ácido ascórbico e o ácido cítrico melhoram a biodisponibilidade do ferro,
reduzindo de ferroso para férrico.
IV. São fatores inibidores de sua absorção: os polifenóis, fitatos, cálcio, caseína
e proteínas de legumes.
V. Em refeições ricas em fitatos, recomenda-se a ingestão concomitante de
ácido ascórbico, que compensaria o efeito negativo dos fitatos, na
proporção 2:1 (ácido ascórbico: ferro).

Verifica-se que estão corretas apenas:

A. I e IV.
B. III e IV
C. IV e V.
D. I, II e III.
E. I, II e V.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O ferro, na forma de hemoproteína, é fundamental para o transporte de oxigênio,
geração de energia celular e detoxificação. O heme é sintetizado em todas as
células nucleadas, sendo que a maior quantidade é produzida pelo tecido
eritroide. Sua síntese é controlada por mecanismos enzimáticos e de degradação,
e esse controle tem que ser rigoroso, uma vez que o excesso de ferro irá reagir
com o oxigênio, gerando radicais hidroxil e ânions superóxidos.

resolução:
Assertiva I: FALSA. O fitato é um derivado do ácido fítico, presente naturalmente
nas cascas de castanhas, nozes, sementes e grãos, que se liga aos minerais
essenciais como o cálcio, magnésio, ferro e zinco, impedindo que sejam
absorvidos pelo organismo.
Assertiva II: FALSA. A proteína transportadora de metal divalente (DMT-1) absorve
o ferro inorgânico na forma Fe2+. Por isso, o Fe3+ geralmente encontrado na dieta é
convertido a Fe2+ pela redutase citocromo b duodenal, e depois transportado pela
DMT-1. O ferro na forma heme é absorvida pela proteína transportadora de heme-
1 (HCP-1).
Assertiva III: FALSA. O ácido ascórbico e o ácido cítrico convertem o estado de
ferro de sulfato férrico para ferroso.
Assertiva IV: VERDADEIRA. 
Assertiva V: VERDADEIRA. 
▶ resposta: C

105 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO - 2016) Menina de três anos


apresenta tosse produtiva, febre de até 39°C e taquipneia há quatro dias. Procurou
atendimento médico e lhe prescreveram amoxicilina, a qual está em uso há 24
horas. Tem história vacinal completa e apresenta marca de BCG. Na história
familiar, o pai está com tuberculose em tratamento há dois meses. Para o
diagnóstico de infecção tuberculosa latente, os critérios necessários e o
tratamento recomendado para essa criança seriam, respectivamente:

A. Melhora clínica e radiológica da pneumonia atual após completar


tratamento; prova tuberculínica maior ou igual a 5 mm e isoniazida. 
B. Melhora clínica da pneumonia atual após completar tratamento, pesquisa
negativa para BAAR no lavado gástrico; prova tuberculínica maior ou igual a 10
mm e isoniazida.
C. Ausência de melhora dos sintomas, radiografia de tórax com
linfonodomegalia hilar; prova tuberculínica maior ou igual a 5 mm e esquema
RIP.
D. Ausência de melhora de sintomas, radiografia de tórax com
linfonodomegalia hilar; prova tuberculínica maior ou igual a 10 mm e esquema
RIP.
grau de dificuldade:

dica do autor:
Ao avaliarmos uma criança contactante de um caso de tuberculose, devemos
definir em qual dos três seguintes grupos ela se encaixa: a) no grupo dos não
infectados; b) no grupo dos indivíduos com infecção latente ou c) no grupo dos
indivíduos com infecção ativa. Sabemos que o diagnóstico de tuberculose em
crianças com menos de 10 anos é feito usando um escore de pontos, que envolve
cinco variáveis: clínica (febre ou sintomas como tosse, adinamia, expectoração,
emagrecimento, sudorese há mais de 2 semanas), radiologia (adenomegalia hilar
ou padrão miliar, condensação ou infiltrado inalterado há 2 semanas ou
condensação/infiltrado há mais de 2 semanas evoluindo com piora ou sem
melhora com antibióticos para germes comuns). Devemos considerar também a
prova tuberculínica (maior ou igual a 10 mm em crianças vacinadas com BCG há
menos de 2 anos ou maior ou igual a 5 mm em vacinados há mais de 2 anos ou
não vacinados ou imunossuprimidos). O estado nutricional também deve ser
levado em consideração. Diante disso, pontuação maior ou igual a 40 pontos
corresponde a diagnóstico muito provável; pontuação entre 30 e 35 seria
diagnóstico possível; e pontuação igual ou inferior a 25 pontos considera
diagnóstico pouco provável. A descrição de melhora clínica após o tratamento para
germes comuns e uma radiografia de tórax normal nos faz pensar em excluir o
diagnóstico de tuberculose. Diante disso, deveríamos solicitar a prova
tuberculínica (PT) para comprovar se está reatora ou não, ou seja, maior que 5 mm
no caso de uma criança vacinada há mais de 2 anos. O tratamento de infecção
latente será feito com a isoniazida.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Conforme comentário do autor.
Alternativa B: INCORRETA. Mesmo crianças com infecções ativas podem ter
pesquisa de BAAR no lavado gástrico negativa. Além disso, a alternativa traz o
ponto de corte da PT de 10 mm, quando, na verdade, nesse caso, é de 5 mm.
Alternativa C: INCORRETA. A presença de linfadenomegalia hilar é bastante
sugestiva do diagnóstico de atividade da doença, e o tratamento não é feito com
RIP.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentários anteriores.

▶ resposta: A

106 (UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - 2018) O Ministério da


Saúde, em 2001, criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN),
ampliando o diagnóstico precoce para algumas doenças, incluindo Fibrose Cística.
Com relação ao teste de triagem neonatal para Fibrose Cística, assinale a
alternativa correta.

A. Valores de tripsinogênio imunorreativo abaixo de 70 ng/mL deverão ser


repetidos em 30 dias.
B. A dosagem do tripsinogênio imunorreativo na triagem neonatal para
Fibrose Cística é unanimidade nos países desenvolvidos, pois oferece um
diagnóstico precoce da Fibose Cística.
C. O teste de triagem neonatal para a Fibrose Cística tem uma sensibilidade em
torno de 95% e a especificidade alta de quase 100%.
D. Se o resultado da dosagem de tripsinogênio imunorreativo é positivo,
recomenda-se coletar nova amostra após 30 dias de vida.
E. A realização do teste do suor está indicada após dois valores aumentados do
tripsinogênio imunorreativo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A dosagem do tripsinogênio imunorreativo é feita para o rastreamento da fibrose
cística. Nas crianças com esta enfermidade, a lesão pancreática faz com que
ocorra um aumento nos níveis séricos desta substância nas primeiras semanas de
vida. Quando há este aumento na triagem neonatal, a primeira medida é repetir o
teste ainda nos primeiros 30 dias de vida. Caso a alteração se confirme, o
diagnóstico deve ser confirmado pelo teste do suor.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Caso a amostra coletada no exame de triagem
neonatal seja positiva, ou seja, com valor de tripsinogênio imunorreativo (TIR)
maior que 70 ng/mL, o recém-nascido será convocado para a coleta de uma
segunda amostra, preferencialmente colhida em torno do décimo quinto dia de
vida.
Alternativa B: INCORRETA. Alguns países mais desenvolvidos realizam testes
para diagnosticar de 50 a 100 tipos de mutações relacionadas à fibrose cística,
diferentemente do que é realizado no Brasil.
Alternativa C: INCORRETA. A sensibilidade do teste de triagem neonatal se situa
ao redor de 95%, porém sua especificidade varia de 32 a 74%.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme comentário da alternativa A.
Alternativa E: CORRETA. Todo neonato com duas amostras positivas coletadas
dentro do período estabelecido devem ser encaminhados para o teste do suor.
Aqueles neonatos que tiveram a primeira amostra positiva e não conseguiram
repetir o teste até os primeiros 30 dias de vida também precisam ser
encaminhados.

▶ resposta: E

107 (HOSPITAL DE OLHOS APARECIDA - 2018) Assinale a alternativa INCORRETA


em relação ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH):

A. No manejo inicial do paciente com forma leve de TDAH deve-se imprimir


rígida rotina familiar, psicoterapia, associação medicamentosa para melhorar o
desempenho e a qualidade do sono.
B. Na terapia comportamental do TDAH deverá ser feito um plano
individualizado com adaptação escolar e educação personalizada.
C. Sempre que necessário, referenciar a criança para outros profissionais que
possam ajudar na recuperação da saúde da criança ou adolescentes.
D. Casos no contexto familiar, prematuridade, violência doméstica, drogadição
na família devem alertar o Pediatra para uma intervenção precoce e adequada
no diagnóstico de TDAH.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para crianças em idade pré-escolar com sintomas
leves ou prejuízo funcional restrito a um ambiente, é recomendada como primeira
linha a terapia comportamental dirigida aos pais (treinamento parenteral) e/ou
professores, seguida da prescrição de estimulante caso as intervenções
comportamentais não produzam melhoras e os sintomas continuem a causar
prejuízo funcional. Para crianças em idade escolar (6 a 11 anos) e adolescentes (12
a 18 anos), recomenda-se tratamento medicamentoso e/ou tratamento
comportamental, preferencialmente as duas opções em combinação, sobretudo
na presença de múltiplas comorbidades.
Alternativa B: CORRETA. A terapia comportamental tem o objetivo de modificar o
ambiente físico e social a fim de modificar o comportamento. A terapia dirigida
aos pais visa desenvolver as habilidades dos pais de modificar o comportamento
da criança e de melhorar a capacidade de a criança regular o seu próprio
comportamento. Estratégias comportamentais também podem ser aplicadas na
escola, por exemplo: sala de aula bem estruturada, com poucos alunos, rotinas
diárias consistentes, assento preferencial (mais perto da professora e longe da
janela), atividades e testes modificados.
Alternativa C: CORRETA. O acompanhamento psicopedagógico e reeducativo
psicomotor pode ter indicação para melhorar a organização e o planejamento das
atividades e aumentar o controle dos movimentos. A terapia cognitivo-
comportamental é uma atribuição exclusiva do psicólogo. O acompanhamento
com o fonoaudiólogo está recomendado em casos de comorbidade com
transtorno de leitura (dislexia) ou transtorno da expressão escrita (disortografia).
Alternativa D: CORRETA. Alguns estudos apontam que os seguintes fatores
psicossociais são estatisticamente significativos: brigas conjugais no passado,
separação dos pais, depressão materna, violência entre os pais, etilismo materno,
assassinato de um familiar, assassinato do pai e aglomeração domiciliar.
▶ resposta: A

Resumo Prático
1. ALEITAMENTO MATERNO
Além da sua função principal de alimentação, o aleitamento materno protege a
criança contra algumas doenças e promove o desenvolvimento cognitivo e
emocional da criança e o bem-estar físico e psíquico da díade mãe e filho.
 
Definições:

a. Aleitamento materno exclusivo (AME): criança recebe apenas o leite


materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outras fontes
(por exemplo: leito humano do banco de leite) sem que faça uso de outros
líquidos ou sólidos. O uso de medicação por via oral é permitido no AME sem
modificar essa nomenclatura.
b. Aleitamento materno predominante: criança recebe, além do leite
materno, água ou bebidas à base de água, ou seja, chás, água adocicada,
infusões e sucos.
c. Aleitamento materno complementado: criança recebe, além do leite
materno, alimentos complementares, ou seja, qualquer alimento semissólido
ou sólido com a finalidade de complementar o leite materno.
d. Aleitamento materno misto ou parcial: criança faz ingestão de outros
tipos de leite além do materno.
A orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde
(MS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é clara: o aleitamento materno
exclusivo deve ser realizado até os 6 meses enquanto o aleitamento materno de
modo geral deve ser recomendado até, pelo menos, os dois anos. Nesse aspecto,
é importante destacar que as crianças que não estão em aleitamento materno
exclusivo antes dos 6 meses apresentam maior chance de adoecimento por
infecção intestinal e hospitalização por doenças respiratórias.
 

Benefícios comprovados do aleitamento materno:

a. Redução de cerca de 13% na mortalidade em crianças menores de cinco


anos por causas preveníveis;
b. Redução da incidência e gravidade da diarreia;
c. Redução da morbidade por infecção respiratória;
d. Redução de processos alérgicos;
e. Redução de doenças crônicas como obesidade e diabetes tipo 2;
f. Melhor nutrição, pois o leite materno contém todos os nutrientes
essenciais para o melhor crescimento e desenvolvimento da criança;
g. Proporciona melhor desenvolvimento cognitivo e da inteligência;
h. Promove melhor desenvolvimento da cavidade bucal;
i. Protege contra doenças nas mulheres que amamentam, como redução do
câncer de mama e de ovário;
j. Promove redução de gastos por não onerar de forma alguma a família;
k. Promove vínculo afetivo entre a mãe e o filho
Fases de produção do leite: na gravidez, a mama é preparada para a lactação
a partir da ação de diversos hormônios, principalmente estrogênio (ramificação
dos ductos lactíferos) e progestogênio (formação dos lóbulos). Essa é a fase I da
lactogênese. O início da secreção do leite, caracterizando o começo da fase II da
lactogênese, ocorre devido à queda nos níveis de progestogênio após o
nascimento da criança e a expulsão da placenta, com liberação de prolactina por
parte da hipófise anterior. Dessa forma, a síntese do leite após o nascimento da
criança é controlada pela ação hormonal e a apojadura do leite, que costuma
ocorrer entre o terceiro ou quarto dia pós-parto, acontecendo mesmo sem o
estímulo de sucção da criança ao seio.
Em seguida, inicia-se a fase III da lactogênese, que persiste por toda a lactação
e é de controle autócrino, dependendo primordialmente da sucção do bebê e o
correto esvaziamento da mama.
Composição do leite materno: a água contribui com quase 90% da
composição, garantindo o suprimento das necessidades hídricas da criança em
aleitamento materno exclusivo. Seu principal carboidrato é a lactose e a principal
proteína é a lactalbumina. As gorduras são variáveis no leite materno e são
responsáveis por suprir até 50% das necessidades energéticas da criança. Possui
ainda ácidos graxos de cadeia longa essenciais ao desenvolvimento cognitivo e
visual da criança por atuar na mielinização dos neurônios. A concentração de
gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da
mamada (leite posterior) é mais rico em energia e promove maior saciedade à
criança. O leite materno possui baixa concentração de vitamina K, vitamina D e
ferro e, por isso, as crianças devem fazer reposição desses nutrientes. O leite
humano possui vários fatores imunológicos específicos e não específicos que
acabam gerando proteção ativa e passiva contra infecções nas crianças que são
amamentadas. A IgA secretória é a principal imunoglobulina e atua sobre micro-
organismos que colonizam ou invadem as superfícies mucosas. Outros fatores de
proteção que podemos encontrar no leite materno são leucócitos; lisozima e
lactoferrina, que atuam sobre bactérias, vírus e fungos, oligossacarídeos, que
previnem ligação bacteriana na superfície mucosa e protegem contra
enterotoxinas no intestino, fator bífido, que favorece o crescimento de uma
bactéria saprófita que acidifica as fezes dificultando a instalação de bactérias
causadoras de diarreia.
Técnica da amamentação: para que a amamentação seja realizada de forma
adequada, precisamos estar atentos à pega e ao posicionamento da dupla mãe-
bebê. Em relação à pega, aréola deve ser um pouco mais visível acima da boca do
bebê, a boca do bebê deve estar bem aberta, o lábio inferior deve estar evertido
(virado para fora) e o queixo da criança deve tocar o seio materno.
Já em relação ao posicionamento, o rosto do bebê deve estar de frente para a
mama com o nariz em oposição ao mamilo, o corpo do bebê deve estar próximo
ao da mãe, a cabeça e o tronco do bebê devem estar alinhados de modo que o
pescoço não esteja torcido e o bebê deve estar bem apoiado e a posição deve ser
confortável também para a mãe.
 
Algumas afecções mamárias podem dificultar a amamentação adequada, são
elas:

a. Mastite: processo inflamatório da mama, podendo ser acompanhada de


infecção. Quando ocorre durante a lactação, denomina-se de mastite
lactacional ou puerperal. Qualquer condição que leve à estase do leite favorece
o desenvolvimento da mastite, como bloqueio de ductos, produção excessiva
do leite, pega inadequada, sucção ineficiente, esvaziamento incompleto da
mama, restrição da frequência e duração das mamadas, entre outras causas. A
mastite puerperal geralmente tem início na segunda ou terceira semana pós-
parto; acontece, na maioria das vezes, unilateralmente em área localizada ou
vários pontos da mama. A mama costuma apresentar-se vermelha, quente,
edemaciada e dolorida e a mulher refere febre e sintomas semelhantes à
síndrome gripal. Seu tratamento baseia-se no esvaziamento adequado da
mama por meio da manutenção da amamentação e/ou ordenhas para retirada
manual do excesso de leite produzido. Além disso, a antibioticoterapia
sistêmica (por 10 a 14 dias) está indicada quando o quadro clínico for
significativo.
b. Ingurgitamento mamário: é comum na apojadura, entre o terceiro e
quinto dia após o parto, como resultado do aumento do volume de leite e da
circulação linfática. A mama fica cheia, pesada, com discreto aumento de
temperatura, porém sem sinais de hiperemia ou edema. O ingurgitamento é
geralmente bilateral, podendo envolver toda a mama ou somente a região
areolar. Para alívio dos sintomas, recomendam-se medidas como manter a
amamentação, amamentar com mais frequência e em livre demanda,
ordenhar o excesso de leite por ordenha manual ou mecânica, massagear toda
a mama e as regiões com ingurgitamento mais intenso, ordenhar um pouco a
mama antes da mamada, orientar repouso, usar sutiãs confortáveis com alças
firmes e largas, entre outras medidas.
c. Abscesso mamário: definido como coleção de pus localizada dentro da
mama e protegida por uma cápsula. O quadro clínico é definido por dor
intensa, febre, mal-estar, calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação
no local do abscesso. Geralmente só uma das mamas é acometida. O abscesso
exige intervenção rápida, com drenagem cirúrgica e antibioticoterapia. A
amamentação pode ser mantida dependendo da localização do abscesso.

2. DIARREIA AGUDA
Definição: eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com frequência
igual o maior a três vezes por dia e duração de até 14 dias. Não podemos esquecer
que neonatos e lactentes em aleitamento materno exclusivo podem apresentar tal
padrão evacuatório sem que seja considerado quadro de diarreia aguda.
Para determinar o tratamento, é necessário identificar se o paciente apresenta
sinais de desidratação e, caso apresente, se é caso de desidratação leve ou grave.
Deve-se avaliar estado geral da criança, olhos, presença ou não de lágrimas, sede,
sinal da prega e pulso. A partir desses aspectos clínicos, pode-se classificar o
paciente em três planos de tratamento: A, B e C.
No plano A, estão pacientes sem sinais de desidratação e que poderão ser
manejados apenas com ingesta de líquidos maior que habitual para impedir a
desidratação e manter alimentação habitual. Estando o paciente com sinais de
desidratação leve, deve ser conduzido o plano B. Nessa situação, administra-se
solução de reidratação oral de acordo com a sede do paciente. Para aqueles
pacientes com sinais de desidratação grave, está indicada a reposição volêmica via
endovenosa no serviço de saúde.
Quadro para classificação do paciente

Fonte: Ministério da Saúde


 
 

Tratamento Plano A
Fonte:Ministérios da Saúde

Tratamento Plano B
 
Fonte:Ministério da Saúde

Tratamento Plano C

 
Fonte:Ministério da Saúde

3. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

a. Sarampo: O sarampo é causado pelo paramixovírus cuja forma de


transmissão é por via aérea por meio de aerossol e o tempo de incubação
entre 8 e 12 dias. O quadro clínico do sarampo pode ser dividido em três fases:
a) prodrômica; b) exantemática e c) convalescença. A fase prodrômica costuma
durar entre dois e quatro dias e caracteriza-se por febre progressiva que
costuma atingir valor máximo no início do exantema por volta do segundo ou
terceiro dia, conjuntivite não purulenta associada a fotofobia, tosse bastante
intensa e o surgimento das manchas de Koplik. Essas manchas consistem em
exantema patognomônico do sarampo e pequenas manchas branco-azuladas
com 1 mm de diâmetro e halo eritematoso identificadas na mucosa jugal na
altura dos pré-molares. Na fase exantemática, a criança apresenta lesões
maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio, ou seja,
exantema morbiliforme. Ele costuma ter progressão craniocaudal lenta
iniciando na fronte (próximo à linha de implantação capilar), região
retroauricular e nuca. As lesões progridem para tronco e atingem as
extremidades no terceiro dia da fase exantemática. Na fase de convalescença,
o exantema adquire aspecto acastanhado e desaparece na mesma sequência
em que surgiu, dando lugar a uma fina descamação da pele, com aspecto
furfuráceo. Seu diagnóstico pode ser feito pela clínica e reforçado pela
dosagem de anticorpos, inibição de hemaglutinação, neutralização, fixação de
complemento ou pesquisa de anticorpos da classe IgM. Sua prevenção é feita
com vacina de vírus vivo atenuado aplicada no 12º mês e segunda dose no 15º
mês de vida. Seu tratamento baseia-se em medidas de suporte. Recentemente,
com o ressurgimento do sarampo no Brasil, o Ministério da Saúde instituiu
que, em áreas com casos notificados, crianças de 6 a 11 meses devem receber
dose extra da vacina.
b. Rubéola: A rubéola é causada por togavírus cuja transmissão se dá por
via aérea por meio de perdigotos. O tempo de incubação varia de 14 a 21 dias
e o tempo de contágio ocorre desde poucos dias antes até 5 a 7 dias depois do
surgimento do exantema. As infecções subclínicas pelo vírus da rubéola são
frequentes e até 25% a 40% das crianças não apresentam exantema.
Caracteriza-se por duas fases distintas: prodrômica e exantemática. Os
pródromos costumam estar ausentes nas crianças e podemos encontrar
sintomas inespecíficos como febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, mal-
estar e anorexia. Nessa fase, o que mais ajuda na identificação é a presença de
linfadenomegalia cujas cadeias mais acometidas são suboccipital,
retroauricular e cervical posterior. Na fase exantemática, há surgimento de
exantema maculopapular róseo que surge na face e pescoço e dissemina-se
para tronco e extremidades de forma mais rápida que no sarampo. Na rubéola,
podemos encontrar manchas de Forchheimer, que consistem em lesões
puntiformes rosadas identificadas no palato mole e não patognomônicas. Seu
diagnóstico é feito pelo isolamento do vírus do material de nasofaringe ou da
urina ou pela pesquisa de anticorpos IgM contra rubéola no soro. Sua
prevenção também deve ser feita pela vacina aos 12 meses e outra dose aos 15
meses.
c. Eritema infeccioso: causado pelo parvovírus humano B19 com
transmissão por via aérea por perdigotos e com tempo de incubação de 4 a 14
dias. Seu quadro clínico é composto por três diferentes fases. Na primeira fase,
há eritema malar bilateral que dá ao paciente o aspecto de “face esbofeteada”.
Na segunda fase, ocorre a disseminação do exantema para o tronco e
extremidades proximais, principalmente nas superfícies extensoras,
comumente poupando a região palmoplantar. Lesões maculares eritematosas
sofrem clareamento central adquirindo aspecto rendilhado ou reticulado são
observadas nessa fase. Finalmente, ocorre a terceira fase, caracterizada por
período em que o exantema recidiva quando o paciente se expõe ao sol, calor,
estresse e exercício. Seu diagnóstico é essencialmente clínico sem necessidade
de isolamento do agente.
d. Exantema súbito: essa patologia é causada pelo herpes-vírus humano
tipo 6 e sua transmissão ocorre por perdigotos. Seu tempo de incubação varia
de 5 a 15 dias e o contágio se dá principalmente no período febril. O exantema
súbito é a patologia na qual o lactente apresenta fase prodrômica de febre alta
que tipicamente desaparece após 72 horas quando surge exantema
caracterizado por lesões maculopapulares róseas e não pruriginosas que
surgem no tronco e se disseminam para a cabeça e extremidades de forma
centrífuga. Sua duração é breve, chegando a durar apenas algumas horas, e
entre um a três dias já terá desaparecido completamente sem descamação.
Seu diagnóstico é essencialmente clínico, mas também pode ser feita
identificação do herpes-vírus tipo 6 no sangue periférico.
e. Mononucleose infecciosa: causada pelo vírus Epstein-Barr em cerca de
80% dos casos. Os sintomas prevalentes são febre, linfonodomegalia,
hepatoesplenomegalia e faringoamigdalite. O tipo de exantema é variável,
sendo na maioria das vezes maculopapular, mas podem ocorrer erupções
petequiais, papulovesiculares, escarlatiniformes e urticariformes.
f. Doença mão-pé-boca: em geral é uma doença febril causada pelo vírus
coxsackie A16 ou por enterovírus. A infecção é caracterizada pelo surgimento
de erupção vesicular nas mãos, pé e mucosa oral. As vesículas ocasionalmente
podem atingir a região glútea ou órgãos genitais. Importante destacar que a
erupção das lesões na orofaringe é antecedida por período de febre alta,
gânglios aumentados seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.
g. Varicela: causada pelo vírus varicela-zoster com transmissão por
aerossol, contágio direto ou transmissão vertical. Seu tempo de incubação
varia de 10 a 21 dias e o contágio ocorre do décimo dia após o contato até a
formação de crostas de todas as lesões. Na varicela, podemos observar
período prodrômico no qual as crianças apresentam febre, geralmente
moderada, mal-estar, adinamia, anorexia e dor abdominal. Esses sintomas
surgem um a dois dias antes do exantema. Em sequência, temos a fase
exantemática cuja lesão inicial consiste em mácula eritematosa e pruriginosa
que se converte em pápula e evolui em vesícula de conteúdo cristalino. A
vesícula lembra uma “gota de orvalho sobre uma pétala de rosa”. Cerca de 24 a
48 horas depois, essa vesícula evolui como pústula com umbilicação central e
formação de crostas. Essas crostas irão finalmente desaparecer entre uma e
duas semanas deixando áreas de hipo ou hiperpigmentação.
h. Doença de Kawasaki: vasculite primária sistêmica que compromete
principalmente vasos de médio e pequeno calibres, mas pode também atingir
vasos de grande calibre. Para seu diagnóstico, o paciente deve apresentar
febre por cinco dias ou mais associada a quatro ou cinco dos seguintes
sintomas: conjuntivite bilateral, lesões em lábios, língua ou cavidade oral,
linfadenopatia cervical, exantema polimorfo e lesões palmoplantares, edema
endurecido ou descamação periungueal. Devemos estar atentos à principal
complicação: vasculite coronariana que provoca aneurisma de coronárias. Seu
tratamento baseia-se no uso de imunoglobulina e de AAS.
Preventiva

 
Questões Para Concursos

01 (Instituto Excelência - Prefeitura de Lucélia/SP - 2019) A Constituição


Federal de 19881 constitui-se marco histórico da proteção constitucional à saúde.
Antes de sua promulgação, os serviços e ações de saúde eram destinados apenas
a determinados grupos que possuíam condições financeiras para custear seu
tratamento e aos que contribuíam para a Previdência Social. Qual marco
constitucional definiu o acesso universal e igualitário à saúde?

A. Art. 196 ao estabelecer a saúde como “direito de todos e dever do Estado”.


B. Art. 198, que estabeleceu as diretrizes do Sistema Único de Saúde:
descentralização, atendimento integral e participação da comunidade.
C. Art. 194, que estabeleceu a seguridade social para garantia dos direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
D. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão muito simples; basta interpretar o texto e procurar a alternativa que fala
de “acesso universal e igualitário”.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O Art. 196 diz: “Art. 196. A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
Alternativa B: INCORRETA. Os três princípios colocados neste Artigo são: I -
descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento
integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais; III - participação da comunidade. Mas nenhum desses é o conceito
que o enunciado pediu.
Alternativa C: INCORRETA. O Art. 194 fala sobre a seguridade social, não sobre o
acesso à saúde.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa A responde à questão.

▶ resposta: A
02 (FUNDATEC - Prefeitura de Seberi/RS - 2019) A utilidade de um exame em
uma determinada situação clínica, tal como a suspeita de infarto agudo do
miocárdio, depende não só das características do exame, por exemplo, a _________
e a ________, como também da probabilidade de o paciente ter a doença antes
que o resultado do exame seja conhecido, ou seja, da __________. Assinale a
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

A. incidência – prevalência – razão de verossimilhança


B. sensibilidade – razão de verossimilhança – prevalência pontual e pós-teste
C. especificidade – sensibilidade – probabilidade pré-teste
D. incidência – prevalência – probabilidade pós-teste
E. incidência – especificidade – probabilidade pré-teste

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para interpretar corretamente o resultado de um exame diagnóstico, é preciso
conhecer os valores preditivos de um resultado positivo ou negativo, definindo a
probabilidade pós-teste de o paciente ter ou não a doença. Esses valores são
determinados por apenas dois fatores:

• As características do exame utilizado (sensibilidade e especificidade); e


• As características do paciente ou de sua população (probabilidade pré-
teste ou prevalência).

A prevalência (número total de casos dentro de uma população e períodos


definidos) é uma característica da população usada na determinação da
probabilidade pré-teste de um indivíduo (probabilidade de um indivíduo ter a
doença antes de realizar um exame).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Incidência é uma característica de uma população,
não de um exame, além de não ter papel na interpretação do resultado de um
exame. Prevalência é uma característica de uma população, não de um exame. As
Razões de Verossimilhança são calculadas diretamente pela sensibilidade e
especificidade, sendo uma característica do exame, não do indivíduo.
Alternativa B: INCORRETA. Razão de Verossimilhança não se encaixa na
estrutura do texto como um par da sensibilidade. A prevalência é usada para
determinar a probabilidade pré-teste, mas a definição usada no texto do
enunciado foi a de probabilidade pré-teste, não de prevalência. Prevalência pós-
teste é um outro nome usado para a probabilidade pós-teste.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Ver o comentário da alternativa A. O último termo
seria a probabilidade PRÉ-teste.
Alternativa E: INCORRETA. Ver o comentário da alternativa A para a incidência.
▶ resposta: C
03 (FEMA - Prefeitura de Alegria/RS - 2018) A Equidade é um dos princípios
fundamentais do SUS, segundo Art. 7º da lei 8.080.4 Assinale a alternativa que
NÃO está relacionada a este princípio:

A. A saúde é vista como justiça social.


B. A equidade, na saúde, é sinônimo de igualdade.
C. A equidade na saúde está relacionada às especificidades e necessidades da
população.
D. Para seguir o princípio de equidade, o gestor deve analisar as
peculiaridades de sua região.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Art. 7º da lei 8.080 fala sobre os princípios do SUS, mas o enunciado cometeu
um deslize ao utilizá-la como referência para a definição da Equidade, pois a
Equidade não é mencionada na lei 8.080! O referido artigo fala de “IV - igualdade
da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”,
princípio que foi posteriormente modificado para dar lugar ao conceito atual de
Equidade. Este equívoco, no entanto, não deveria atrapalhar a realização da
questão, e deve, inclusive, ter passado despercebido por muitos na época do
concurso.
Granja GF et al. (2010)5 identificam o conceito central de Equidade como:
“tratar cada usuário dos serviços segundo suas necessidades de saúde,
priorizando no atendimento os mais necessitados, por critérios clínicos ou
epidemiológico-sociais, depois de garantir acesso igualitário e sem discriminação
a todos.”.
As palavras equidade e igualdade existem na língua portuguesa e estão
corretas. Igualdade se refere a situações idênticas e equivalentes para todas as
pessoas e situações. Significa também o sinal aritmético de igual. Equidade se
refere à capacidade de apreciar e julgar com retidão, imparcialidade e justiça. O
enunciado pede a alternativa que NÃO se encaixa no conceito de Equidade.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: CORRETA. Não, equidade na saúde é desigualdade, tratar de
forma desigual aqueles que não são iguais; quem precisa de mais, recebe mais.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: B

04 (FAUEL - Prefeitura de Guarapuava/PR - 2019) De acordo com os Princípios


Doutrinários do SUS (Sistema Único de Saúde), assinale a alternativa que
corresponde à CORRETA definição:

A. A Universalidade consiste em dar tratamento desigual a situações


desiguais, com o objetivo de corrigir desequilíbrios regionais.
B. A Participação Social é o princípio que define a saúde como direito de todos
e um dever do poder público.
C. A Integralidade é o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos em todos os níveis de complexidade do sistema.
D. A Equidade é o princípio que diz que a assistência à saúde deve ser sem
preconceitos ou privilégios.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Exceto pela Equidade, os princípios do SUS estão dispostos no Art. 7º da Lei 8.080
de 1990.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Esta definição seria parte do conceito de Equidade.
Alternativa B: INCORRETA. Esta definição é parte do Art. 196 da constituição de
1988, sobre a saúde de forma geral. Participação popular fala sobre a
participação da população no controle da execução e dos gastos nas políticas de
saúde.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. Esta seria a definição de Universalidade.
▶ resposta: C

05 (FAUEL - Prefeitura de Guarapuava/PR - 2019) A Política Nacional de


Promoção da Saúde (PNPS) propõe um conjunto de estratégias e formas de
produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela
articulação e cooperação intra e intersetorial. Sobre os temas prioritários da
PNPS, assinale a alternativa INCORRETA:

A. Promover ações de práticas corporais e atividades físicas.


B. Redução da incidência de câncer de pele.
C. Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas.
D. Promoção da cultura da paz e de direitos humanos.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Redefinida pela Portaria Nº 2.446 de 2014, a Política Nacional de Promoção da
Saúde (PNPS) se autodescreve tendo como

“... base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção da


saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito
individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e
intersetorial, pela formação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), buscando
articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla
participação e controle social”. 6

O Art. 10 da PNPS define seus temas prioritários, que são:


V. Formação e educação permanente;
VI. Alimentação adequada e saudável;
VII. Práticas corporais e atividades físicas;
VIII. Enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados;
IX. Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas;
X. Promoção da mobilidade segura;
XI. Promoção da cultura da paz e de direitos humanos;
XII. Promoção do desenvolvimento sustentável

Sobre estes, o enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. “III - práticas corporais e atividades físicas, que
compreende promover ações, aconselhamento e divulgação de práticas
corporais e atividades físicas, incentivando a melhoria das condições dos espaços
públicos, considerando a cultura local e incorporando brincadeiras, jogos, danças
populares, dentre outras práticas”.
Alternativa B: INCORRETA. Promoção da saúde não trata de prevenção de
patologias específicas, mas de promover a saúde de forma geral, ampliada,
atuando em seus aspectos biológicos, sociais, culturais e econômicos de forma
individual e coletiva.
Alternativa C: CORRETA. “V - enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras
drogas, que compreende promover, articular e mobilizar ações para redução do
consumo abusivo de álcool e outras drogas, com a corresponsabilização e
autonomia da população, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas,
ambientais, culturais e sociais”.
Alternativa D: CORRETA. “VII - promoção da cultura da paz e de direitos
humanos, que compreende promover, articular e mobilizar ações que estimulem
a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e o fortalecimento de vínculos,
para o desenvolvimento de tecnologias sociais que favoreçam a mediação de
conflitos, o respeito às diversidades”.
▶ resposta: B

06 (FAUEL - Prefeitura de Guarapuava/PR - 2019) O marco jurídico


representado pelo Decreto Presidencial no 7.508, de 28 de junho de 20117, é uma
importante base legal para o SUS, pois visa à concretização de seus princípios em
prática. Sobre esse decreto, assinale a alternativa CORRETA:

A. Regulamenta as Leis Orgânicas da Saúde nº 8.080, de 19 de setembro de


1990, e nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
B. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre
a organização do SUS.
C. Regulamenta a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, para dispor sobre
o financiamento do SUS.
D. Regulamenta a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, para dispor sobre
a participação popular no SUS
grau de dificuldade:

dica do autor:
Segundo o próprio Decreto Presidencial n 7.508, de 28 de junho de 2011, o
documento “Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde,
a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.”
Basicamente o decreto fala sobre a organização do SUS, das Regiões de Saúde,
da Hierarquização (define as portas de entrada), do Planejamento da Saúde em
cada esfera do governo, da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
(RENASES), da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), das
Comissões Intergestoras e do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
Alternativa D: INCORRETA. Regulamenta apenas a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;

▶ resposta: B

07 (FCM - Prefeitura de Guarani/MG - 2018) Preencha corretamente


as lacunas do texto a seguir referentes ao Método Clínico Centrado na Pessoa
(MCCP) (Stewart, 2017)8. O primeiro componente do MCCP, ______, preconiza uma
atenção aos sentimentos, às ideias, funções e expectativas referentes ao
adoecimento e à saúde de quem busca cuidados em saúde. O segundo
componente do MCCP, ______, integra os elementos do primeiro componente com
o entendimento da pessoa como um todo, incluindo sua conscientização acerca
do ciclo de vida e do seu contexto de vida (______; ______). A sequência que
preenche corretamente as lacunas do texto é:

A. anamnese / exame físico e diagnóstico / ciclo de vida / determinantes


sociais da saúde.
B. anamnese / exame físico / diagnóstico / estabelecimento de plano
terapêutico singular.
C. explorando a saúde, a doença e a experiência da doença / entendendo a
pessoa como um todo / o indivíduo e a família / contexto.
D. explorando a saúde e a doença / exame físico, diagnóstico e terapêutica /
ciclo de vida familiar / determinantes sociais da saúde.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Segundo a referência do enunciado, os componentes do MCCP são:
I. Explorar a doença e a experiência da pessoa com a doença;
II. Entender a pessoa como um todo (sua história, família, cultura e
comunidade);
III. Estabelecimento de plano terapêutico singular;
IV. Incorporar a prevenção e a promoção de saúde;
V. Aprofundar a relação médico-pessoa;
VI. Ser realista.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Anamnese, exame físico e diagnóstico fazem parte
do modelo biomédico tradicional. O único correto seria “ciclo de vida”, porém o
termo já está escrito no texto do enunciado, então por que apareceria
novamente entre parênteses?
Alternativa B: INCORRETA. Além de os termos não fazerem sentido no
preenchimento das lacunas, esta alternativa está mais próxima de descrever o
modelo de registro de atendimento SOAP, que é uma ferramenta do MCCP, e não
o próprio MCCP.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. “exame físico, diagnóstico e terapêutica” são etapas
no atendimento pelo modelo SOAP, e “ciclo de vida” já está escrito no texto logo
antes.
▶ resposta: C

08 (FCM - Prefeitura de Guarani/MG - 2018) Referente ao rastreamento, é


correto afirmar que

A. A característica mais importante de um exame de rastreamento é a sua


especificidade.
B. Visa diagnosticar precocemente a doença em pessoas com algum sinal ou
sintoma inicial.
C. Em saúde pública, diagnóstico e rastreamento de doenças se confundem,
mas têm o mesmo significado.
D. Deve ter base populacional; portanto, deve ser acessível e realizado por
profissional de saúde habilitado (médico ou enfermeiro).

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Em termos de características diagnósticas, a mais
importante seria a sensibilidade, para evitar que indivíduos doentes passem
despercebidos (não queremos que o exame seja uma “rede furada”). Mas isso
não significa que a especificidade não seja importante, pois é preciso reduzir
grande número de falsos positivos que invariavelmente ocorrem em rastreios, e
assim reduzir os custos e danos causados por exames confirmatórios que muitas
vezes são invasivos e de menor disponibilidade.
Alternativa B: INCORRETA. Este seria um exame de diagnóstico, não de rastreio.
Alternativa C: INCORRETA. Rastreio é a realização de exames em indivíduos sem
sintomas ou queixas, se diferenciando de exames diagnósticos, que são
solicitados para investigar indivíduos que apresentam sintomas ou queixas.
Alternativa D: CORRETA. Correto, e existem muitos outros fatores a serem
considerados ao estabelecer um exame de rastreio, sendo os mais conhecidos os
publicados pela OMS no trabalho de Wilson e Jungner em 19689, junto com
outros publicados mais recentemente pela OMS para complementar os antigos,
abrangendo questões mais atuais, como autonomia e equidade.

▶ resposta: D

09 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) Considere as seguintes afirmações


e assinale a alternativa CORRETA:

I. Os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) foram a primeira modalidade


de seguro de saúde oferecida no Brasil para a população em geral.
II. O movimento que originou a Reforma Sanitária brasileira na década de
1970 foi impulsionado pela concepção da determinação social da saúde e,
por isso, defendia a construção de um modelo de saúde centrado na
atenção médica e hospitalar.
III. A Constituição Federal de 1988 é o arcabouço jurídico ao que se refere aos
serviços de saúde e às ações para promoção, proteção e recuperação da
saúde como direito de todos.
IV. Na Constituição Federal de 1988, a Saúde está inserida em uma lógica de
Seguridade Social, em conjunto com as políticas de Previdência e
Assistência Social.

 
A. I e II estão corretas.
B. I e III estão corretas.
C. II e III estão corretas.
D. II e IV estão corretas.
E. III e IV estão corretas.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: FALSA. A primeira modalidade de seguro de saúde no Brasil foram
as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), organizadas por empresas e
empregados.
Assertiva II: FALSA. Centrado na atenção primária, promoção da saúde, e com
ações preventivas e curativas.
Assertiva III. VERDADEIRA. A saúde consta na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948, no artigo XXV, que define que todo ser humano tem direito a
um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar,
incluindo alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços
sociais indispensáveis. Ou seja, o direito à saúde é indissociável do direito à vida,
que tem por inspiração o valor de igualdade entre as pessoas. No contexto
brasileiro, o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma
Sanitária, refletindo na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição
Federal de 1988, cujo artigo 196 dispõe que “A saúde é direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”.
Assertiva IV. VERDADEIRA. É o oposto do modelo anterior, que seguia a lógica de
Seguro Social, baseado no modelo alemão bismarkiano. A definição da
Seguridade Social como conceito organizador da proteção social brasileira foi
uma das mais relevantes inovações do texto constitucional de 1988. A
Constituição Federal (CF) ampliou a cobertura do sistema previdenciário e
flexibilizou o acesso aos benefícios para os trabalhadores rurais, reconheceu a
Assistência Social como política pública não contributiva que opera tanto serviços
como benefícios monetários, e consolidou a universalização do atendimento à
saúde por meio da criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, a
Seguridade Social, articulando as políticas de seguro social, assistência social,
saúde e seguro-desemprego, passa se fundar em um conjunto de políticas com
vocação universal.
▶ resposta: E

10 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) É possível prover ações e serviços


de saúde com garantia de acesso equânime, atenção integral, de qualidade,
humanizada e em tempo adequado, através de:

A. Desenvolvimento de serviços especializados de referência;


B. Organização e desenvolvimento das redes de atenção à saúde;
C. Implantação de protocolos internacionais de classificação de risco;
D. Organização de campanhas de prevenção a agravos de saúde;
E. Realização de busca ativa pelas equipes de saúde.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Quando uma questão fala de equidade, atenção integral e humanizada, ela está
se referindo ao modelo centrado na pessoa, baseado na atenção primária, e que
se estabelece como um substituto do modelo médico hospitalar tradicional, que
é centrado na doença, com foco em diagnóstico e tratamento.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A questão fala de um sistema baseado na atenção
primária, e centros especializados de referência são baseados em atenção
secundária.
Alternativa B: CORRETA. Organizar a saúde em redes de atenção facilita o
encaminhamento dos pacientes pelos níveis de atenção, assim como facilita que
o médico da atenção básica coordene o cuidado do paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Cada local tem sua própria realidade, portanto, não
adianta importar um protocolo internacional, nem adotar um único protocolo
indiscriminadamente para todo o país.
Alternativa D: INCORRETA. Estratégias de prevenção devem ser permanentes e
longitudinais; campanhas pontuais não são efetivas a nível populacional.
Alternativa E: INCORRETA. Tradicionalmente, o termo “busca ativa” é usado para
designar práticas de vigilância epidemiológica, sanitária e de saúde do
trabalhador por meio da busca por indivíduos sintomáticos. Apesar de ser
importante, não é disso que trata o enunciado.
▶ resposta: B

11 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) Considerando a Vigilância em


Saúde, analise as alternativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA:

A. Inclui a vigilância e o controle das doenças transmissíveis e não abrange a


vigilância de doenças e agravos não transmissíveis.
B. As emergências epidemiológicas colocam-se em nível de atenção terciária
tão somente em face de sua complexidade.
C. Um importante foco da ação de Vigilância em Saúde está no controle dos
agravos por meio do diagnóstico e tratamento das pessoas doentes,
interrompendo a cadeia de transmissão.
D. As ações de Vigilância em Saúde Ambiental abrangem apenas os fatores
biológicos do meio ambiente que possam promover riscos à saúde humana,
tais como animais peçonhentos e insetos vetores de doenças.
E. A Vigilância Epidemiológica consiste no conjunto de ações públicas que
visam à detecção ou à prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde coletiva, excluída a compreensão
dos agravos individuais.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A Vigilância em Saúde abrange doenças e agravos


não transmissíveis; basta se lembrar das condições na lista de agravos de
notificação compulsória (acidentes com animais peçonhentos, violência
doméstica, suicídio, acidentes de trabalho graves, terrorismo etc.).
Alternativa B: INCORRETA. Atenção terciária é a hospitalar, que pouco tem a
fazer em termos de conter um surto epidemiológico, sendo limitada a evitar
agravos maiores de casos graves ou complicados.
Alternativa C: CORRETA. A Vigilância em Saúde, entendida como uma forma de
pensar e agir, tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da
população e a organização e execução de práticas de saúde adequadas ao
enfrentamento dos problemas existentes. É composta pelas ações de vigilância,
promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo
constituir-se em um espaço de articulação de conhecimentos e técnicas vindos da
epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais; é, pois, referencial para
mudanças do modelo de atenção.
Alternativa D: INCORRETA. A Vigilância em Saúde Ambiental detecta e monitora
qualquer fator ambiental capaz de interferir na saúde humana, seja por risco de
desastres, contaminantes na água ou atmosfera, ou ainda por exposição a
agrotóxicos ou metais pesados.
Alternativa E: INCORRETA. Um único caso individual de uma doença grave e/ou
rara no território (malária extra-amazônica, raiva, peste etc.) já é o bastante para
deixar as autoridades em alerta.

▶ resposta: C

12 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa/MG - 2019) Na perspectiva de superar


as dificuldades do Sistema Único de Saúde, os gestores do SUS assumem o
compromisso público de um Pacto Pela Saúde no ano 2006, que implica em um
exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e integradas nos
níveis municipal, estadual e federal. Sobre o Pacto Pela Saúde, assinale a
alternativa incorreta.

A. O Pacto Pela Vida envolve compromissos sanitários com ações prioritárias


em seis áreas: saúde do idoso; câncer de colo de útero e mama; mortalidade
infantil e materna; doenças emergentes e endemias com ênfase em dengue,
hanseníase, tuberculose, malária e influenza; promoção da saúde e Atenção
Básica.
B. O Pacto em Defesa do SUS busca a garantia de um projeto permanente de
mobilização social com o objetivo de defender a saúde como direito de
cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos.
C. O Pacto de Gestão do SUS estabelece diretrizes com ênfase na
descentralização, regionalização, financiamento, programação pactuada
integrada, regulação, participação e controle social, planejamento, gestão do
trabalho e educação na saúde.
D. O Pacto Popular no SUS destaca a participação da população no controle
das políticas de saúde e vigilância no processo e financiamento do sistema de
saúde por meio das comissões intergestores.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. O Pacto pela Vida “Significa uma ação prioritária no
campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a
explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o
alcance desses resultados.” – Portaria Nº 399 de 2006;11
Alternativa B: CORRETA. O Pacto em Defesa do SUS se concretiza como um
“movimento de repolitização da saúde, com uma clara estratégia de mobilização
social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limites do
setor e vinculada ao processo de instituição da saúde como direito de cidadania,
tendo o financiamento público da saúde como um dos pontos centrais.” –
Portaria Nº 399 de 2006; 11
Alternativa C: CORRETA. O Pacto de Gestão do SUS “parte de uma constatação
indiscutível: o Brasil é um país continental e com muitas diferenças e iniquidades
regionais... radicaliza a descentralização de atribuições do Ministério da Saúde
para os estados, e para os municípios, promovendo um choque de
descentralização, acompanhado da desburocratização dos processos
normativos.” – Portaria Nº 399 de 2006; 11
Alternativa D: INCORRETA. Não existe “Pacto Popular no SUS”. a participação da
população no SUS foi definida pela Lei 8.142 de 1990,12 e acontece por meio dos
conselhos e conferências de saúde, não pelas comissões intergestores e muito
menos com financiamento direto da população.

▶ resposta: D

13 (IMA - Prefeitura de Pastos Bons/MA - 2019) Sobre a importância dos


Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no âmbito da Reforma Psiquiátrica
Brasileira, marque a opção correta.

A. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de


atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica
Brasileira. É o surgimento desses serviços que passa a demonstrar a
possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital
Psiquiátrico no país.
B. Os CAPS são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde
mental num determinado território.
C. Os CAPS devem ser substitutivos, e não complementares ao hospital
psiquiátrico.
D. As alternativas “A”, “B” e “C” estão corretas.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. Os CAPS são serviços de saúde de caráter aberto e


comunitário que prestam cuidados aos indivíduos com sofrimento ou transtorno
mental, incluindo os decorrentes do uso de álcool e outras drogas, seja em
situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.
Alternativa B: CORRETA. São pontos fundamentais na RAP.
Alternativa C: CORRETA. Os CAPS são uma substituição ao modelo asilar.
Alternativa D: CORRETA. Todas as alternativas estão corretas.
▶ resposta: D

14 (IMA - Prefeitura de Pastos Bons/MA - 2019) A Lei nº 8.080, de 19 de


setembro de 19904, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. O Art. 19-A afirma que as ações e os
serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em
todo o território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto
nesta Lei. Sobre o atendimento dessas populações, analise os itens a seguir,
marcando (V) para Verdadeiro e (F) para Falso:
(       ) O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS,
centralizado, hierarquizado e nacionalizado.
(       ) Caberá aos Estados, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena.
(       ) O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e
organização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações.

A sequência do correto julgamento é:

A. V, F, V
B. V, V, F
C. F, F, V
D. V, V, V

grau de dificuldade:

dica do autor:
As leis orgânicas do SUS (Lei nº 8.080/90 e Lei nº 8.142) são um tema muito
frequente nas provas. Uma leitura atenciosa vai fazer muita diferença, mesmo
que você não vá decorar linha por linha.

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente como escrito no Art. 19-G.
Assertiva II: FALSA. “Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios,
financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.”4
Assertiva III: VERDADEIRA. Exatamente como escrito no Art. 19-G § 2o.
▶ resposta: C

15 (IMA - Prefeitura de Pastos Bons/MA - 2019) As Conferências de Saúde e


Conselhos de Saúde são instâncias colegiadas reguladas pela Lei 8.142/1990, que
propõe a participação dos usuários na gestão da SUS. Sobre essas instâncias,
assinale a alternativa incorreta:

A. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a


representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde
e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente,
pelo Conselho de Saúde.
B. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será
paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
C. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e
normas de funcionamento definidos por leis complementares e publicações
oficiais.
D. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação
no Conselho Nacional de Saúde.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A lei 8.142/90 é tema muito frequente em provas, e na verdade é bem curta,
então vale a pena dar uma lida para se preparar, porque existem muitas questões
que, como esta, cobram citações exatas da lei. O enunciado pede a alternativa
INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 1° da lei 8.142/90.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 4° da lei 8.142/90.
Alternativa C: INCORRETA. “... definidas em regimento próprio, aprovadas pelo
respectivo conselho.” - Art. 1 § 5° da lei 8.142/90.12
Alternativa D: CORRETA. Exatamente como escrito no Art. 1 § 3° da lei 8.142/90.

▶ resposta: D

16 (CONTEMAX - Prefeitura Municipal de Lucena/PB - 2019) Sobre a Atenção


Básica, considere os itens a seguir:

I. A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada exclusiva do


Sistema Único de Saúde – SUS, possuindo um espaço privilegiado de
gestão do cuidado das pessoas.
II. É necessário que a Atenção Básica tenha alta resolutividade, com
capacidade clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, leve
duras e duras (diagnósticas e terapêuticas), além da articulação da
Atenção Básica com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde – RAS.
III. A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência
aos serviços especializados ambulatoriais seja realizada,
preferencialmente, pela Atenção Básica.

Está CORRETO o que se afirma em:

A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão é bem simples; basta eliminar a assertiva I (que é a mais fácil) e resta
apenas a alternativa correta. É sempre importante, na hora da prova, prestar
atenção a palavras como “único”, “apenas”, “exclusivo”, pois quase sempre
falseiam a alternativa.
resolução:
Assertiva I: FALSA. A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada
preferencial do SUS; possui um espaço privilegiado de gestão do cuidado das
pessoas e cumpre papel estratégico na rede de atenção, servindo como base
para o seu ordenamento e para a efetivação da integralidade. As portas de
entrada do SUS são: I - Atenção primária; II - Urgência e emergência; III - Atenção
psicossocial; IV - Especiais de acesso aberto.
Assertiva II: VERDADEIRA. Resolutividade é um dos princípios do SUS descritos
na lei nº 8.080/90. É importante lembrar também que atenção básica lida com
tecnologias de alta complexidade e baixa densidade.
Assertiva III: VERDADEIRA. “A totalidade das ações e de serviços de atenção à
saúde, no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida em um conjunto de
estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada, e
disciplinados segundo subsistemas, um para cada município…” - Norma
Operacional Básica do SUS (1996).14
▶ resposta: D

17 (IBADE - UPAS Rio - 2019) De acordo com a Lei complementar nº 141, de 13 de


janeiro de 201215, julgue as afirmativas a seguir:

I. Para fins de apuração da aplicação dos recursos mínimos estabelecidos


nesta Lei Complementar, considerar-se-ão como despesas com ações e
serviços públicos de saúde aquelas voltadas para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.
II. Os recursos da União serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde e às
demais unidades orçamentárias que compõem o órgão Ministério da
Saúde, para serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde.
III. O Poder Legislativo diretamente, ou com o auxílio dos Tribunais de Contas
do sistema de auditoria do SUS, do órgão de controle interno e do
Conselho de Saúde de cada ente da Federação, fiscalizará o cumprimento
das normas desta Lei Complementar.
IV. Os recursos da União serão repassados diretamente aos Estados e
Municípios para serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde de
suas respectivas regiões.

Estão corretas, apenas:

A. II, III e IV.


B. I, II e III.
C. III e IV.
D. IV.
E. II e III.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Lei complementar nº141 de 2012 dispõe sobre a transferência de recursos
aplicados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assim como normas
de fiscalização e controle dos mesmos.
Questões como esta são bem chatas, pois são cobradas citações diretas da lei,
então não há muito o que ser discutido. O segredo é lembrar que todos os
concorrentes estão no mesmo “barco”, então tente manter a concentração e
identificar alguma forma de raciocínio sobre o enunciado e as assertivas.

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 2 da lei.
Assertiva II: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 12 da lei.
Assertiva III: VERDADEIRA. Exatamente como está escrito no Art. 38 da lei.
Assertiva IV: FALSA. Está contradizendo a assertiva II (Art. 12 da lei): o repasse
dos recursos da união é feito ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades
orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, e não diretamente
aos estados e municípios.
▶ resposta: B

18 (IBADE - UPAS Rio - 2019) De acordo com a Portaria nº 399, de 22 de fevereiro


de 200611, do Ministério da Saúde, uma das suas prioridades para o ano de 2006
foi elaborar e implantar uma Política Nacional sobre diversos pontos da área da
Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população
brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de
atividade física, regular a alimentação saudável e combater o tabagismo. As
ações citadas se referem à:

A. repressão da saúde.
B. defesa da saúde.
C. reabilitação de saúde.
D. interrupção do ciclo.
E. promoção de saúde.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Portaria nº 399 de 2006 compõe o Pacto pela Saúde, sendo o documento que
determina suas diretrizes. A questão fala do conceito que foi inserido na Carta de
Ottawa em 1986 (na 1ª conferência mundial de promoção da saúde), que recebeu
atenção especial no Pacto pela Saúde e logo depois tornou-se política nacional
com a Portaria nº 687 de 30 de março de 2006 (Política Nacional de Promoção da
Saúde).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Reprimir a saúde?!
Alternativa B: INCORRETA. A portaria fala em “Defesa do SUS”, que tem
propósito de promover a cidadania, garantir o financiamento e repolitizar a
saúde como um movimento de reforma sanitária.
Alternativa C: INCORRETA. Reabilitação é importante, mas apenas um pedaço
do conceito geral que foi solicitado pelo enunciado.
Alternativa D: INCORRETA. Interrupção de qual ciclo? Não adianta perder tempo
tentando entender, quando uma alternativa como esta não faz sentido; é bom
deixá-la como está e procurar por alguma que responda bem à questão.
Alternativa E: CORRETA. A Portaria nº 399 de 2006 diz: “Elaborar e implantar a
Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos
saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a
responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação
saudável e combate ao tabagismo”.11
▶ resposta: E

19 (IBADE - UPAS Rio - 2019) Com base na Norma Operacional Básica (NOB) nº
1/96 do Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção à Saúde encerra todo o
conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo, para
o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais,
compreendendo três grandes campos, a saber: o da assistência, o das
intervenções ambientais e o das políticas externas ao setor saúde. Nos três
campos referidos, enquadra-se, então, todo o espectro de ações compreendidas
nos chamados níveis de Atenção à Saúde, que são representados por:

A. recuperação, promoção e reinserção.


B. reabilitação, prevenção e colaboração.
C. prevenção, reinserção e adaptação.
D. promoção, proteção e recuperação.
E. proteção, interrupção e reabilitação.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Entre várias outras coisas, a NOB 96 fala dos três campos de atenção à saúde,
citados no enunciado, e que neles se enquadram todos os espectros de ações
dos níveis de atenção à saúde: Promoção; Proteção e Recuperação, que devem
priorizar a prevenção.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. “... todo o espectro de ações compreendidas nos
chamados níveis de atenção à saúde, representados pela promoção, pela
proteção e pela recuperação” - NOB 9616
Alternativa E: INCORRETA.
▶ resposta: D
20 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019) De acordo com a Lei nº
8.142/90, o SUS contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do
Poder Legislativo, com as instâncias colegiadas da Conferência de Saúde e do
Conselho de Saúde, sendo que:

A. O primeiro se reunirá a cada quatro anos e o segundo será de caráter


permanente.
B. O primeiro será de caráter permanente e o segundo se reunirá a cada
quatro anos.
C. O primeiro se reunirá a cada dois anos e o segundo se reunirá a cada
quatro anos.
D. O primeiro se reunirá a cada dois anos e o segundo será de caráter
permanente.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Segundo Lei nº 8.142/90:12
 
Art. 1° ...
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a
representação dos vários segmentos sociais...
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários...
 
Trata-se de uma questão direta e conceitual, pois é o que está escrito na lei, não
há muito o que discutir.
De qualquer forma, esta é uma lei pequena e que cai muito, portanto vale a pena
procurá-la para a ler na íntegra.

resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa inverteu os conceitos entre conferência
e conselhos de saúde.
Alternativa C: INCORRETA. Conferências se reúnem a cada quatro anos, e os
conselhos têm caráter permanente.
Alternativa D: INCORRETA. Conferências se reúnem a cada quatro anos.
▶ resposta: A

21 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019) De acordo com a Lei nº


8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde):

A. Caberá à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, financiar


o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
B. O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por
indicação médica, mediante apenas expressa concordância do paciente.
C. Deverão ser criadas Comissões Temporárias de integração entre os
serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
D. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos
colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de
saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e
Municipais de Saúde, quando for o caso.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão bem específica sobre a lei nº 8.080/904, uma vez que as alternativas são
citações da própria lei, mas com uma ou outra palavra trocada, exceto pela
alternativa correta.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A lei nº 8.080/90 institui o Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena, sendo um componente do SUS, definindo que: “Art. 19-C. Caberá
à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena.”
Alternativa B: INCORRETA. O Art. 19-I estabelece o atendimento e internação
domiciliares no SUS, determinando que: “§ 3o O atendimento e a internação
domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa
concordância do paciente E DE SUA FAMÍLIA.”
Alternativa C: INCORRETA. Seriam comissões PERMANENTES, sendo estas
atualmente reconhecidas na Tripartite e a Bipartite.
Alternativa D: CORRETA. Uma citação direta do Art. 19-H.
▶ resposta: D

22 (MSConcursos - Prefeitura de Juti/MS - 2019) Quanto à vigilância


epidemiológica, pode-se afirmar que:

A. O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de


determinada doença infecciosa é identificar formas de interromper a
transmissão e prevenir a ocorrência de novos casos. Também é importante
avaliar se o referido aumento de casos se trata realmente de uma alteração
do padrão epidemiológico esperado ou se é um evento esperado para aquela
época do ano, lugar e população.
B. Surto é definido por uma elevação do número de casos de uma doença ou
agravo, em um ou mais lugares e por um determinado período,
caracterizando, de forma clara, um importante excesso em relação à
frequência esperada.
C. Epidemia é definida por um tipo de surto em que os casos se restringem a
uma área geográfica geralmente pequena e bem delimitada ou a uma
população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre outros).
D. A hipótese relativa à fonte de infecção e modo de transmissão pode ser
comprovada quando nenhum outro modo de transmissão puder determinar
a ocorrência dos casos e quando não houver diferença estatisticamente
significante entre as taxas de ataque para expostos e não expostos.
grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Muito bem colocado: é bom lembrar que epidemia é
um aumento do número de casos ACIMA DO ESPERADO em um local e período.
Alternativa B: INCORRETA. Surto é definido como um aumento do número de
casos em UM local ou em UM grupo de pessoas, sendo que, para uma doença
rara, um único caso pode ser considerado surto.
Alternativa C: INCORRETA. Se fossem trocadas de lugar as palavras “epidemia” e
“surto”, estaria correto.
Alternativa D: INCORRETA. Quando HOUVER diferença. Se não houver diferença
entre expostos e não expostos, então a exposição não estará correlacionada à
doença.
▶ resposta: A

23 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) Ao Sistema Único


de Saúde não compete:

A. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de


saúde do trabalhador.
B. Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde.
C. Fiscalizar e Inspecionar alimentos, compreendido o seu controle de teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo animal.
D. Participar da formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As competências do SUS estão descritas na Constituição Federal, em seu Art.
2001, e também na lei nº 8.080/90, Art. 5º.4 O enunciado pede a alternativa que
NÃO é competência do SUS.
Trata-se de uma questão pegadinha e de muito mau gosto, pois todas as
alternativas são citações diretas da Constituição Federal, com o único detalhe de
uma palavra trocada na alternativa que responde à questão.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Competência número II do Art. 200 da Constituição
Federal.
Alternativa B: INCORRETA. Competência número III do Art. 200 da Constituição
Federal.
Alternativa C: CORRETA. “...bebidas e águas para consumo HUMANO”.
Alternativa D: INCORRETA. Competência número IV do Art. 200 da Constituição
Federal.

▶ resposta: C
24 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) Sobre a
Programação Pactuada e Integrada – PPI, é correto afirmar:

A. Envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância


sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um
instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão
do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido
entre as três esferas de governo.
B. Envolve as atividades de assistência ambulatorial, de vigilância sanitária e
de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento
essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de
alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três
esferas de governo.
C. Envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de
epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial
de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos
recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de
governo.
D. Envolve as atividades de assistência hospitalar, de vigilância sanitária e de
epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial
de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos
recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de
governo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Outra questão preguiçosa e de mau gosto, que usa citações diretas de um
documento (no caso, a NOB 9614), mudando uma ou outra palavra em cada
alternativa, pedindo para que você encontre a correta.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Está escrita exatamente como foi retirada da Norma
Operacional Básica do Sistema Único de Saúde de 1996 (NOB 96).
Alternativa B: INCORRETA. Ambulatorial e hospitalar também.
Alternativa C: INCORRETA. Vigilância sanitária também.
Alternativa D: INCORRETA. Hospitalar e ambulatorial também.

▶ resposta: A

25 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) De acordo com a


Portaria nº 399 de 22 de fevereiro de 200611, analise as alternativas a seguir:

I. Entre as prioridades do Pacto pela Vida estão a saúde do idoso, mortalidade


infantil e materna, câncer de colo do útero e de mama.
II. O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e articuladas pelas três
instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de
Estado mais do que política de governos; e de defender, vigorosamente, os
princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição
Federal.
III. O Pacto de Gestão do SUS reitera a importância da participação e do
controle social com o compromisso de apoio à sua qualificação.
 
A. Apenas a alternativa I está correta.
B. As alternativas I e II estão corretas.
C. As alternativas I e III estão corretas.
D. Todas as alternativas estão corretas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Portaria nº 399 de 2006 divulga o Pacto pela Saúde 2006, consolidando o SUS e
aprovando as diretrizes operacionais deste pacto.

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. As prioridades do Pacto pela Saúde são: saúde do
idoso; câncer de colo de útero e de mama; mortalidade infantil e materna;
doenças emergentes e endemias; promoção da saúde e Atenção Básica.
Assertiva II: VERDADEIRA. É uma citação direta da portaria.
Assertiva III: VERDADEIRA. “Reitera a importância da participação e do controle
social com o compromisso de apoio à sua qualificação.” – NOB 96 sobre o Pacto
de Gestão do SUS.

▶ resposta: D

26 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) A notificação


compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde que prestam
assistência ao paciente. A respeito disso, assinale a opção INCORRETA.

A. A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de


notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será
realizada pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou privados
educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades
laboratoriais e instituições de pesquisa.
B. A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de
notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por
qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.
C. A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do
Município do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação
de doença ou agravo de notificação compulsória.
D. A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de
saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro
atendimento ao paciente, em até 48 (quarenta e oito) horas desse
atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
grau de dificuldade:

dica do autor:
A Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de
Saúde Pública está definida na Portaria de Consolidação Nº 4, de 201717, que
consolida as normas dos sistemas do SUS (esta lista faz parte do Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica).
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como está escrito no Anexo V, Capítulo I,
Seção II, Art. 3º, § 2º da portaria.
Alternativa B: CORRETA. A notificação é de obrigação dos médicos, profissionais
de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, mas pode ser
realizada por qualquer cidadão desta forma.
Alternativa C: CORRETA. As notificações semanais devem ser feitas em até 7
dias.
Alternativa D: INCORRETA. As notificações imediatas devem ser feitas em até 24
horas da suspeita/ocorrência da doença ou agravo.

▶ resposta: D

27 (IMA - Prefeitura de Fortaleza dos Nogueiras/MA - 2019) São


doenças/agravos de Notificação Compulsória imediata, SALVO:

A. Febre Amarela.
B. Hantavirose.
C. Acidente de trabalho com exposição a material biológico.
D. Botulismo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão pede a doença/agravo que NÃO é de notificação compulsória
IMEDIATA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
Alternativa B: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
Alternativa C: INCORRETA. É de notificação semanal. Apenas acidentes de
trabalho graves, fatais ou envolvendo menores são de notificação imediata.
Alternativa D: CORRETA. É de notificação imediata (até 24 horas).
▶ resposta: C
28 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) Considerando a Portaria n°
3.194/201718, que dispõe sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas
de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde, assinale a
alternativa INCORRETA:

A. Promove a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores no SUS, a


partir dos problemas cotidianos referentes à atenção à saúde e à organização
do trabalho em saúde.
B. Contribui para a elaboração de estratégias que visam qualificar a atenção e
a gestão em saúde, tendo a Atenção Básica como coordenadora do processo.
C. Fortalece a participação do controle social no setor, de forma a produzir
impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva.
D. Promove a articulação intra e interinstitucional, de modo a criar
compromissos entre as diferentes redes de gestão, de serviços de saúde e
educação e do controle social, com o desenvolvimento de atividades
educacionais e de atenção à saúde integral.
E. Estimula o planejamento, a execução e a avaliação dos processos
formativos, impedindo a participação das instituições de ensino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Todas as alternativas estão no Art. 3º da Portaria, que dispõe sobre seus objetivos
específicos. Apesar de parecer mais uma questão “decoreba”, ela é bem tranquila,
pois basta ler o enunciado e as alternativas com atenção.
O enunciado pede a alternativa INCORRETA, então basta encontrar um único
erro em alguma delas para responder à questão e, neste caso, o erro é bem
evidente.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º I da Portaria.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º II da Portaria.
Alternativa C: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º II da Portaria.
Alternativa D: CORRETA. Exatamente como no Art. 3º IV da Portaria.
Alternativa E: INCORRETA. A Portaria fala sobre o fortalecimento da educação
permanente, então por que haveria de impedir a participação das instituições de
ensino? No documento original lê-se “... compartilhados entre instituições de
ensino ...”

▶ resposta: E

29 (Fundação Dom Cintra - SEHAC/RJ - 2018) Os Sistemas de Informações de


Saúde desempenham papel relevante para a organização dos serviços. Analise as
sentenças a seguir e assinale a alternativa CORRETA:

I. Os Sistemas de Informações de Saúde possibilitam a avaliação permanente


da situação de saúde da população e dos resultados das ações de saúde
executadas.
II. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) fornece dados
para a análise do perfil da morbidade.
III. O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) fornece dados sobre
mortalidade no país, de forma abrangente.
 
A. I e II estão corretas.
B. I e III estão corretas.
C. II e III estão corretas.
D. Todas estão corretas.
E. Nenhuma está correta.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Os Sistemas de Informações do SUS (sobre
Mortalidade – SIM, de Nascidos Vivos – SINASC, de Agravos de Notificação –
SINAN etc.) fornecem dados de forma contínua e padronizada, permitindo a
tomada de decisões em nível municipal, estadual ou federal.
Assertiva II: VERDADEIRA. O SINAN fornece dados de incidência (componente da
morbidade) das doenças e agravos de notificação compulsória.
Assertiva III: VERDADEIRA. Não há muito mistério aqui; o Sistema de Informações
de Mortalidade fornece dados de… mortalidade.
▶ resposta: D

30 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa/MG - 2019) A Norma Operacional da


Assistência à Saúde 01/2002 – NOAS-SUS 01/02 resultou de um movimento de
pactuação entre os três níveis de gestão, visando ao aprimoramento do Sistema
Único de Saúde. Nessa Norma Operacional foi celebrado um importante
dispositivo para a organização dos serviços e o acesso à saúde. Trata-se do

A. Planejamento Pactuado Integrado – PPI.


B. Pacto de Gestão do SUS.
C. Plano Diretor de Regionalização – PDR.
D. Comitê de Estratégias Políticas – CEP.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A NOAS-SUS 01/200219 teve como propósito organizar a regionalização no SUS,
ampliando as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica e
estabelecendo o processo de regionalização como estratégia de hierarquização
dos serviços de saúde.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O PPI é mencionado na NOAS-SUS 01/02, porém o
documento que o definiu foi a Norma Operacional Básica do SUS de 1996 (NOB-
96).16
Alternativa B: INCORRETA. O Pacto de Gestão do SUS faz parte do Pacto pela
Saúde, divulgado pela Portaria nº 399 de 2006.11
Alternativa C: CORRETA. A NOAS-SUS 01/02 teve como propósito reorganizar a
regionalização, instituindo então o Plano Diretor de Regionalização.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe este comitê no SUS.
▶ resposta: C

31 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa/MG - 2019) Com relação aos princípios


e diretrizes das ações e serviços públicos e privados, contratados ou conveniados
que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), analise as afirmativas a seguir.

I. A universalidade de acesso aos serviços de saúde deve estar presente em


todos os níveis de assistência do SUS.
II. Nos serviços do SUS, deve-se priorizar a assistência à saúde aos menos
favorecidos e aos grupos minoritários.
III. Os serviços devem divulgar informações quanto ao potencial dos serviços
de saúde e a sua utilização pelo usuário.
IV. Os serviços do SUS devem ser organizados de modo a evitar duplicidade
de meios para fins idênticos.

Estão corretas as afirmativas

A. I, II e III, apenas.
B. I, III e IV, apenas.
C. II, III e IV, apenas.
D. I, II e IV, apenas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Os princípios dos SUS estão descritos na famosa lei nº 8.080/90, no Art. 7º.4

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Princípio número I, “universalidade de acesso aos
serviços de saúde em todos os níveis de assistência”.
Assertiva II: FALSA. A assistência no SUS segue o princípio da Equidade,
priorizando os atendimentos seguindo critérios clínicos e epidemiológico-sociais
(e não por ser minoria ou menos favorecido), de forma a garantir acesso sem
discriminação. No entanto, é interessante saber que na lei nº 8.080/90 a Equidade
ainda não está descrita; nela se lê: “IV - igualdade da assistência à saúde, sem
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”.
Assertiva III: VERDADEIRA. Princípio número VI, “divulgação de informações
quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário”.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Princípio número XIII, “organização dos serviços
públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos”.
▶ resposta: C

32 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa/MG - 2019) O gerenciamento do


Sistema Público no Brasil preza por uma gestão compartilhada, tornando-se um
modelo de gestão invejado por diversos países. Sobre o controle social na gestão
do SUS, assinale a alternativa incorreta.

A. Os conselhos de saúde são formados por políticos representantes do


governo municipal, estadual, nacional e o Ministro da Saúde, com objetivo de
organizar a agenda de prioridades.
B. Os conselhos de saúde são instâncias colegiadas deliberativas e
permanentes.
C. As conferências de saúde são reuniões que acontecem a cada quatro anos
para avaliar a situação de saúde e propor a formulação de novas políticas.
D. Os usuários dos serviços de saúde participam das conferências de saúde,
totalizando um quantitativo paritário às demais representações.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre o controle social na gestão do SUS, tema disposto na lei nº
8.142/9012, que também fala sobre as transferências intergovernamentais de
recursos.
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Mesmo que você não tenha estudado nada, basta
prestar atenção ao que está escrito. O enunciado fala sobre a importância do
controle social na gestão do SUS, e logo na primeira alternativa não menciona a
participação popular! Os conselhos são compostos por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. No conselho
é vetada a participação de políticos, conforme resolução do conselho Nacional de
Saúde nº 453, de 10 de maio de 2012.
Alternativa B: CORRETA. Exato, e “atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive
nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo”.12
Alternativa C: CORRETA. Lembre-se de que elas devem ocorrer com a
representação dos vários segmentos sociais.
Alternativa D: CORRETA. Tanto nos conselhos como nas conferências, a
representação dos usuários deve ser de 50%, ou seja, igual (paritária) à
representação dos demais grupos juntos.
▶ resposta: A

33 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa/MG - 2019) O Decreto nº 7.508 de


20117 regulamenta a Lei nº 8.080/90 no que tange à organização do Sistema
Ú
Único de Saúde (SUS), no planejamento, na assistência à saúde e na articulação
interfederativa. Analise as seguintes afirmativas sobre o tema.

I. O decreto instituiu que as regiões de saúde são espaços geográficos


contínuos constituídos por agrupamentos de municípios limítrofes,
delimitados a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de
redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados,
com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução
de ações e serviços de saúde.
II. No município de Lagoa Santa, as regiões de saúde são divididas em quatro
gerências estratégicas regionais, sendo a regional Leste a que apresenta o
maior número de unidades do cuidar.
III. Para ser instituída, a região de saúde deve conter, no mínimo, ações e
serviços de atenção primária e atenção psicossocial.
IV. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às
Regiões de Saúde: seus limites geográficos, modos de financiamento e
número de trabalhadores.

Estão corretas as afirmativas

A. I e II, apenas.
B. II e III, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e IV, apenas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Decreto nº 7.508 de 2011 dispõe sobre a organização do SUS, seu
planejamento, regionalização e a hierarquização.

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Exatamente a definição usada no decreto. Isso
significa que a comunicação, a referência e a transferência de pacientes entre os
serviços dentro de uma mesma região são facilitadas, pois já há uma organização
para tal.
Assertiva II: VERDADEIRA. A função desta alternativa é você ficar esperto, pois
esse tipo de especificidade regional pode cair. É sempre bom conhecer o perfil da
prova que você vai fazer.
Assertiva III: FALSA. Isso cai muito! Uma região de saúde precisa conter, no
mínimo: “I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção
psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância
em saúde.”7
Assertiva IV: FALSA. Os elementos definidos pelos entes federativos são: “I -
seus limites geográficos; II - população usuária das ações e serviços; III - rol de
ações e serviços que serão ofertados; e IV - respectivas responsabilidades,
critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços.”7

▶ resposta: A
34 (IESES - Prefeitura de Palhoça/SC - 2019) Sobre a Lei nº 8.142/199012,
assinale a alternativa INCORRETA:

A. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão


colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) terão
representação no Conselho Nacional de Saúde.
C. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será
paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
D. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada cinco anos com a representação
dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Lei nº 8.142/90, junto com a Lei nº 8.080/904, são as leis orgânicas do SUS,
então elas caem MUITO nas provas. A lei nº 8.142/90, particularmente, fala sobre
a participação popular no SUS (conselhos e conferências) e sobre as
transferências de recursos. É uma lei pequena e que cai muito, vale a pena lê-la
por inteiro.

O enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Atenção especial para o “caráter permanente e
deliberativo” dos conselhos, pois isso cai bastante.
Alternativa B: CORRETA. Exatamente como está escrito na lei.
Alternativa C: CORRETA. Os usuários devem ter representação de 50% nos
conselhos e conferências, sendo então igual (paritária) à representação dos
demais grupos juntos.
Alternativa D: INCORRETA. As conferências acontecem a cada QUATRO anos.
▶ resposta: D

35 (IESES - Prefeitura de Palhoça/SC - 2019) Um pediatra coloca no seu


Facebook a foto de uma criança portadora de síndrome genética rara, com
resumo do caso, internada sob seus cuidados no Hospital Universitário onde
trabalha, após atendimento na sala de emergência. Segundo o Código de Ética
Médica (CEM) vigente, o pediatra:

A. Não caracterizaria transgressão caso fosse usado no contexto de um grupo


fechado de médicos e outros profissionais de saúde no WhatsApp.
B. Teve o interesse de informar, não havendo, portanto, quebra do sigilo
profissional.
C. Não transgrediu o CEM por se tratar de interesse universal.
D. Transgrediu o CEM por quebra do sigilo profissional.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina é bem claro. Em seu
Capítulo IX, diz que é vedado ao médico:
“Art. 75. Fazer referência a casos clínicos IDENTIFICÁVEIS, exibir pacientes ou
imagens que os tornem reconhecíveis em anúncios profissionais ou na
divulgação de assuntos médicos em meios de comunicação em geral, mesmo
com autorização do paciente.”20
O enunciado não diz que os dados identificáveis do paciente foram omitidos
no caso, ou que a identidade da criança foi preservada na foto compartilhada.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Independente de qual tenha sido o meio de
divulgação ou aplicativo usado, a identidade do paciente foi divulgada.
Alternativa B: INCORRETA. Não importa se o interesse do médico foi nobre ou
não, a infração ao CEM foi cometida.
Alternativa C: INCORRETA. Mesmo que seja o caso clínico mais extraordinário
do mundo, ou que a criança pertença a alguma família real, não importa o
interesse universal. Todos têm direito à preservação de sua privacidade e à
confidencialidade de suas informações médicas.
Alternativa D: CORRETA.

▶ resposta: D

36 (IBADE - UPAS Rio - 2019) De acordo com a Lei nº 8.080/904, sobre os serviços
privados de assistência à saúde é correto afirmar que:

A. As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para


participar do Sistema Único de Saúde (SUS) em caráter complementar.
B. Os proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços
contratados poderão exercer cargo de chefia ou função de confiança no SUS.
C. As entidades com fins lucrativos terão preferência sobre as filantrópicas
para participar do SUS.
D. A participação complementar dos serviços privados será formalizada
mediante licitação, sendo vedados contratos ou convênios para contratação.
E. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de
cobertura assistencial serão estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Lei nº 8.080/90 diz que à assistência à saúde é livre à iniciativa privada,
determinando que, mesmo nos serviços privados, devem ser observados os
princípios éticos e as normas do SUS quanto às condições para seu
funcionamento.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. A lei diz que a participação dos serviços privados no
SUS é de caráter complementar, com preferência aos serviços filantrópicos e sem
fins lucrativos.
Alternativa B: INCORRETA. É VEDADO a estes exercerem tais cargos.
Alternativa C: INCORRETA. Não! As filantrópicas e sem fins lucrativos é que têm
prioridade.
Alternativa D: INCORRETA. Esta participação é feita justamente por meio de
contratos e convênios.
Alternativa E: INCORRETA. Estes valores são estabelecidos pela direção nacional
do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
▶ resposta: A

37 (IBADE - UPAS Rio - 2019) A Lei nº 8.142/9012 dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde,
além de outras providências. Com base na referida lei, está certo dizer que:

A. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será


minoritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
B. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada dois anos com a representação
dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
C. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação
no Conselho Nacional de Saúde.
D. O Conselho de Saúde, em caráter provisório deliberativo, é o órgão
colegiado composto por representantes do governo e prestadores de serviço
atuando no controle da execução da política de saúde.
E. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e
normas de funcionamento definidas pela União e aprovadas pelo Secretário
de Saúde.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A representação dos usuários deve ser PARITÁRIA ao
conjunto dos demais segmentos.
Alternativa B: INCORRETA. As conferências de saúde se reúnem a cada QUATRO
anos.
Alternativa C: CORRETA.
Alternativa D: INCORRETA. “... composto por representantes do governo,
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros ...”.12
Alternativa E: INCORRETA. São definidas em regimento próprio, aprovadas pelo
respectivo conselho.
▶ resposta: C

38 (Instituto Excelência - Prefeitura de Lucélia/SP - 2019) O Processo de


implantação do SUS tem sido orientado por instrumentos chamados Normas
Operacionais, instituídas por meio de portarias ministeriais. Sobre essa temática,
julgue as assertivas a seguir:

I. Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas três


Normas Operacionais Básicas (NOB/SUS 01/91, NOB/SUS 01/93 e NOB/SUS
01/96).
II. A NOB/SUS 01/91 centralizou a gestão do SUS no nível federal (INAMPS) e
estabeleceu o instrumento convenial como forma de transferência de
recursos do INAMPS para os estados, Distrito Federal e municípios.
III. A NOB/ SUS 01/93 formalizou os princípios aprovados na 9ª Conferência
Nacional de Saúde (1992) e desencadeou um amplo processo de
estatização da gestão com habilitação dos Estados como gestores.
IV. A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização,
criando novas condições de gestão para os municípios e Estados,
caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de
seus cidadãos e redefinindo competências de estados e municípios.

Assinale a alternativa CORRETA:

A. Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.


B. Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
C. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
D. Nenhuma das alternativas.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. O SUS foi criado com a Constituição Federal de 1988,
porém, não havia como implementá-lo da noite para o dia. Os primeiros anos do
SUS se caracterizaram por um período de transição, em que foram publicadas
normas e leis para a definição e ajuste de estratégias, entre elas, as NOB de 1991,
de 1993 e de 1996.
Assertiva II: VERDADEIRA. O INAMPS foi criado durante o regime militar na
década de 1970, dando lugar ao SUS após a nova Constituição. Porém, foi
necessário um período de transição para que os municípios e serviços se
adaptassem ao novo modelo e, para que isso pudesse ocorrer dentro das normas
da legislação, foi feita a NOB 91, estabelecendo a transferência de recursos da
forma como era antes do SUS, e as leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90.
Assertiva III: FALSA. Processo de DESCENTRALIZAÇÃO do estado, colocando os
MUNICÍPIOS como gestores.
Assertiva IV: VERDADEIRA. A NOB de 96 concretiza a descentralização,
colocando os municípios como gestores plenos da atenção básica.

▶ resposta: A

39 (CPCON-UEPB - Prefeitura de Araçagi/PB - 2019) Acerca da Declaração de


Óbito, pode-se dizer que o médico deve

I. preencher os dados de identificação com base em um documento da


pessoa falecida. Na ausência de documento, caberá à autoridade policial
proceder o reconhecimento do cadáver.
II. registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou
rasuras.
III. registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras
internacionais, anotando, preferencialmente, apenas um diagnóstico por
linha e o tempo aproximado entre o início da doença e a morte.
IV. revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente antes de
assinar.
V. evitar cobrar o ato médico de examinar e constatar o óbito, desde que se
trate de paciente particular a quem não vinha prestando assistência.

Está CORRETO o que se afirma em

A. I, II, III e IV.


B. I, II, III, IV e V.
C. I, III, IV e V.
D. II, III, IV e V.
E. III, IV e V.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A questão usa como referência a publicação “A Declaração de Óbito: documento
necessário e importante” (2009)21, do Ministério da Saúde e CFM. Nesta obra,
existe um tópico denominado “O que o Médico Deve Fazer”, que contém quatro
itens, e a questão coloca cada item em uma das assertivas corretas.

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA.
Assertiva II: VERDADEIRA.
Assertiva III: VERDADEIRA.
Assertiva IV: VERDADEIRA.
Assertiva V: FALSA. O médico não pode cobrar pela emissão da DO, mas ele
pode cobrar pelo ato médico de examinar e constatar o óbito, o que só pode ser
feito caso se trate de um paciente particular a quem não tenha prestado
assistência.
▶ resposta: A
40 (IFPA - 2019) O Conselho Federal de Medicina, no uso de suas atribuições,
através do Código de Ética Médica24, regulamenta que é vedado ao médico,
EXCETO:

A. Realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no


interior de prédios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades
militares, casas de detenção e presídios.
B. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao
sucesso da causa, quando na função de perito ou de auditor.
C. Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados e públicos com
caráter filantrópico ou não, quando não fizer parte do seu corpo clínico, ainda
que respeitadas as normas técnicas aprovadas pelo Conselho Regional de
Medicina da pertinente jurisdição.
D. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de
perito, procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no
último caso, em situações de urgência, emergência ou iminente perigo de
morte do paciente, comunicando, por escrito, o fato ao médico assistente.
E. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como
perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e
de sua competência.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Exceto pela alternativa que responde à questão, todos os itens estão no capítulo
XI do código de ética médica do CFM, sobre auditoria e perícia médica.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Art. 95. do código de ética médica.
Alternativa B: INCORRETA. Art. 96. do código de ética médica.
Alternativa C: CORRETA. Este trecho está no item VI do capítulo 2, que fala dos
DIREITOS do médico.
Alternativa D: INCORRETA. Art. 97. do código de ética médica.
Alternativa E: INCORRETA. Art. 98. do código de ética médica.
▶ resposta: C
 

Referências
1. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal; 1988.
2. Conselho Nacional de Secretários de Saúde: Para entender a gestão do SUS. Brasília:
CONASS; 2003.
3. SILVEIRA MS et al. Processo regulatório da Estratégia Saúde da Família para a assistência
especializada. Saúde Debate. 2018 Jan-Mar;42(116):63-72.
4. BRASIL. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Diário Oficial da
União 20 set 1990; Seção 1:18055.
ç
5. GRANJA GF, ZOBOLI ELCP, FORTES PAC, FRACOLLI LA. Equidade no Sistema de Saúde
Brasileiro: Uma Teoria Fundamentada em Dados. Rev. Baiana de Saúde Púb. 2010
Mar;34(1):72-86.
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a
Política Nacional de Promoção da Saúde. Diário Oficial da União 2014.
7. BRASIL. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
providências. Diário Oficial da União 2011.
8. STEWART, 2007
9. WILSON E JUNGNER, 1968
10. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
11. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o
Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do
Referido Pacto. Diário Oficial da União 2006.
12. BRASIL. Lei nº 8142, de 19 de dezembro de 1991. Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Diário Oficial da União
1990.
13. FIGUEIREDO E CAMPOS, 2003.
14. Norma Operacional Básica do SUS (1996).
15. BRASIL. Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Regulamenta o § 3 do Art.
198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados
anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços
públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a
saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3
(três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de
1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências. Diário Oficial da União
2012.
16. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2203, de 5 de novembro de 1996. Aprova a
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde, NOB - SUS 01/96. Diário Oficial da
União 1996.
17. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017.
Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de
Saúde. Brasília: Diário Oficial da União 2017.
18. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 3.194, de 28 de novembro de 2017. Dispõe
sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em
Saúde no Sistema Único de Saúde - PRO EPS-SUS. Brasília: Diário Oficial da União 2017.
19. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 373, de 27 de fevereiro de 2002. Aprova a
Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS -SUS 01/2002. Diário Oficial da União
2002.
20. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.217, de 27 de setembro de 2018,
modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. Código de Ética Médica.
Diário Oficial da União 01 Nov 2018; Seção 1:179.
21. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro de Classificação
de Doenças. A Declaração de Óbito: documento necessário e importante. 3 ed. Brasília:
Ministério da Saúde; 2009.
22. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Cadernos de Atenção Básica: acolhimento a demanda
espontânea. 28(2). Brasília: Ministério da Saúde; 2003.
23. Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. Institui a Rede de Atenção à Saúde das
pessoas com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial
da União 19 Fev 2013
24. Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica: Resolução CFM nº 1.931/09, de 17
de setembro de 2009. Brasília: Conselho Federal de Medicina; 2010.
25. Conselho Federal de Medicina. Resolução nº 1.851/2008, de 18 de agosto de 2008. Diário
Oficial da União 18 Ago 2008; Seção 1:256.
26. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.436 de 21 de setembro de 2017. Aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário
Oficial da União 2017.
27. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 545, de 20 de maio de 1993. Estabelece
normas e procedimentos reguladores do processo de descentralização da gestão das
ações e serviços de saúde, através da Norma Operacional Básica - SUS 01/93. Diário
Oficial da União 1993.
28. GABRIEL OSELKA (coord.). Atestado médico – prática e ética. São Paulo: Conselho Regional
de Medicina do Estado de São Paulo; 2013.
29. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia para Investigações de Surtos ou Epidemias.
Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
30. R. BONITA, R. BEAGLEHOLE, T. KJELLSTRÖM. Epidemiologia básica. 2 ed. Santos; 2010.
31. FUZIKAWA AK. O método clínico centrado na pessoa: um resumo. NESCON: Biblioteca
Virtual [Internet]. Belo Horizonte; 2013; acesso em: 31 ago. 2019. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1684.pdf
32. TAKAO KAWAMURA. Interpretação de um Teste sob a Visão Epidemiológica. Eficiência de
um Teste. Arq Bras Cardiol. 2002;79(4):437-41.
Preventiva

Questões Para Residência

01 (UNICAMP - SP - 2018) Em uma escola de ensino médio com 200 alunos foram
notificados três casos de caxumba no último mês em estudantes de 15 a 18 anos.
Assinale a alternativa correta:

A. Para ser chamado de surto e dar início à investigação epidemiológica, a


incidência deve ser maior que 2% na população sob risco.
B. Trata-se de um surto de caxumba que deve ser notificado à vigilância
epidemiológica.
C. Deve-se notificar casos graves e complicações à vigilância epidemiológica,
pois a caxumba não é uma doença de notificação compulsória.
D. O período de transmissibilidade da caxumba é ao redor de cinco dias após
o início dos sintomas, limitando o seu potencial de transmissão.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Essa questão requer conceitos relacionados a “Processo Epidêmico”, em que
precisamos saber o conceito de “surto”, que nada mais é que uma epidemia
restrita, localizada (por exemplo, em creches, escolas, bairros, vila, quartel etc.).
Vale a pena também inteirar-se sobre a portaria de notificação de doenças,
sem esquecer que ela é sempre atualizada. Lembre-se de que a listagem de
notificação compulsória pode ser acrescida por Estado e por Municípios, e que
nenhum item da mesma pode ser excluído.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para ser considerado surto, basta que a incidência
ultrapasse o “limite superior endêmico”, de modo que, se uma doença
apresentava uma média de incidência de 0 em vários anos, basta que tenhamos
um caso para ser considerada uma epidemia.
Alternativa B: CORRETA. Lembremos que um dos grupos das doenças de
notificação compulsória inclui aquelas que são alvos de profilaxia primária por
meio de vacinas. Entretanto, temos algumas exceções, como o caso da tríplice
viral, em que tanto o sarampo como a rubéola fazem parte da lista de notificação
compulsória, enquanto a caxumba, não, nem mesmo nos casos graves
(alternativa C incorreta). Entretanto, qualquer agravo inusitado deve ser
notificado, incluindo essas situações de surtos, mesmo aqueles de doenças não
notificáveis de maneira normal.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com a Portaria nº 204 de 17/02/2016, na
Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de
saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território
nacional, não consta a caxumba ou parotidite.
Alternativa D: INCORRETA. O período de incubação (até o aparecimento dos
sintomas) é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de
transmissibilidade da doença varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações
clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus da caxumba pode ser
encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.
▶ resposta: B

02 (UNICAMP - SP - 2018) Um estudo multicêntrico avaliou a correlação entre as


taxas de incidência de câncer de pele em diferentes faixas etárias e as horas
médias de insolação diárias em diferentes regiões do planeta. Trata-se de um
estudo:

A. Coorte, no qual os indivíduos foram seguidos quanto à exposição ao sol em


diferentes regiões do planeta.
B. Ecológico, pois foram analisados agregados espaciais com dados
ambientais médios.
C. Transversal, pois foram analisadas as incidências médias de câncer de pele
em diferentes faixas etárias.
D. Caso controle, pois foram analisados os casos de câncer de pele e
comparados quanto à exposição ao sol.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Epidemiologia é definida como o estudo da distribuição e dos determinantes
das doenças ou condições relacionadas à saúde em populações especificadas.
Mais recentemente, foi incorporada à definição de Epidemiologia a “aplicação
desses estudos para controlar problemas de saúde”. Estudo inclui vigilância,
observação, pesquisa analítica e experimento. Distribuição refere-se à análise por
tempo, local e características dos indivíduos. Determinantes são todos os fatores
físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais que influenciam a saúde.
Condições relacionadas à saúde incluem doenças, causas de mortalidade, hábitos
de vida (como tabagismo, dieta, atividades físicas etc.), provisão e uso de serviços
de saúde e de medicamentos. Populações especificadas são aquelas com
características identificadas, como, por exemplo, determinada faixa etária em
uma dada população.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O coorte é um estudo longitudinal (há o
acompanhamento), individualizado (é observado de pessoa para pessoa) e
observacional prospectivo.
Alternativa B: CORRETA. Muito cuidado com essa questão! Trata-se de um
estudo em que não houve acompanhamento, mas apenas uma “foto” de
determinada população, “agregado” (pois foi escolhida uma população de
maneira geral, e não com reconhecimento de cada indivíduo) e “observacional”
(pois não houve qualquer tipo de intervenção). Qual é o estudo que possui essas
características? O estudo ecológico.
Alternativa C: INCORRETA. O transversal seria um estudo com características
semelhantes ao ecológico, mas considerando uma população específica, um
“indivíduo”.
Alternativa D: INCORRETA. O caso controle diz respeito a um estudo
longitudinal, individualizado e observacional retrospectivo.
▶ resposta: B

03 (UNICAMP - SP - 2018) Considerando-se o tema prioritário da campanha


“novembro azul”, de promoção à saúde do homem (Ministério da Saúde, 2016), e
a principal causa de morte da população masculina de 20 a 59 anos no Brasil,
assinale a alternativa correta:

A. A campanha prioriza o câncer de próstata, principal causa de morte desta


população.
B. A campanha não tem impacto na principal causa de morte desta
população.
C. O rastreamento de câncer de próstata tem demonstrado impacto na
mortalidade.
D. O preconceito é o principal obstáculo para diminuição da mortalidade
desta população.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, além de evidenciar os
principais fatores de morbimortalidade, explicita o reconhecimento de
determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população masculina
aos agravos à saúde, considerando que representações sociais sobre a
masculinidade vigente comprometem o acesso à atenção integral, bem como
repercutem de modo crítico na vulnerabilidade dessa população a situações de
violência e de risco para a saúde. Mobilizar a população masculina brasileira pela
luta e garantia de seu direito social à saúde é um dos desafios dessa política. Ela
pretende tornar os homens protagonistas de suas demandas, consolidando seus
direitos de cidadania.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O que mais mata pessoas de 1 a 59 anos? São as
causas externas, seguidas das doenças do aparelho circulatório, neoplasias e
doenças do aparelho digestivo.
Alternativa B: CORRETA. Se considerarmos todas as faixas etárias, a sequência
das causas que mais matam são: circulatórias – neoplasias – causas externas.
Portanto, o “novembro azul”, com o rastreamento de câncer de próstata, não tem
impacto na principal causa de morte da população tratada no enunciado.
Alternativa C: INCORRETA. O impacto na mortalidade rastreando o CA de
próstata é muito pequeno.
Alternativa D: INCORRETA. As pesquisas qualitativas apontam várias razões,
mas, de modo geral, podemos agrupar as causas da baixa adesão em dois
grupos principais de determinantes, que se estruturam como barreiras entre o
homem e os serviços e ações de saúde (Gomes, 2003; Keijzer, 2003; Schraiber et
al, 2000): barreiras socioculturais e barreiras institucionais.
▶ resposta: B

04 (UNICAMP - SP - 2018) Um médico na atenção primária atende em consulta


eventual uma mulher de 32 anos. Ao interrogar sobre o motivo da consulta, é
informado que ela está no último dia de férias e requisita um atestado para três
dias de afastamento do trabalho. Interrogada sobre qual problema de saúde
apresenta, a paciente informa que não está doente, mas insiste na necessidade
do atestado. O médico tem um bom vínculo terapêutico com a paciente, tendo
conduzido o pré-natal do seu filho de 2 anos e atendido a família em problemas
sem maior gravidade. Assinale a alternativa correta:

A. O profissional deve informar à paciente que fornecer o atestado seria


inadequado do ponto de vista ético e encerrar a consulta.
B. O profissional deve informar à paciente que fornecer o atestado seria
inadequado do ponto de vista ético e censurar a paciente.
C. O profissional deve explorar os motivos que levaram a paciente a solicitar o
atestado.
D. O profissional deve consultar a equipe sobre a melhor decisão e conversar
com a paciente em um retorno breve.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O atestado médico é um documento que serve para justificar e abonar faltas de
empregados ao trabalho por motivos de doença ou acidente. Ele auxilia os
funcionários a não perderem o salário daqueles dias em que precisaram ficar
ausentes, caso a falta tenha sido por motivo de problema de saúde.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Encerrar a consulta contraria o método clínico
centrado no paciente, que deve ver a pessoa de forma holística.
Alternativa B: INCORRETA. Cabe ao médico prestar um atendimento
humanizado, marcado pelo bom relacionamento pessoal e pela dedicação de
tempo e atenção necessários. De acordo com o Código de Ética, capítulo III, é
vedado ao médico: “Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão,
caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência...”
Alternativa C: CORRETA. Para algumas questões da Preventiva nem precisamos
conhecer algum conceito específico, mas apenas entender o “jeitão” das
perguntas. São comuns as questões em que devemos pensar no paciente como
um todo, de maneira que, nesta questão em específico, não deveríamos julgar o
paciente antes de entender o porquê do pedido do atestado.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com o Código de Ética, capítulo III, é
vedado ao médico: “Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições
exclusivos da profissão médica, como é o caso do atestado.”
▶ resposta: C

05 (UNICAMP - SP - 2018) O coeficiente de mortalidade geral por 1000 indivíduos


nos países desenvolvidos europeus é mais alto quando comparado com o
mesmo coeficiente em vários países em desenvolvimento. Assinale a correta:

A. A diferença se deve essencialmente à maior concentração de pessoas no


terceiro mundo.
B. Os maiores coeficientes de mortalidade nos países em desenvolvimento
são resultantes da melhor capacidade de notificação.
C. A diferença se deve principalmente à qualidade dos registros de mortes
entre os países.
D. A diferença no risco de morrer se deve às diferentes estruturas etárias das
populações.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A taxa de mortalidade geral expressa a intensidade com a qual a mortalidade
atua sobre uma determinada população.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela
estrutura da população quanto à idade e ao sexo, e não pela concentração de
pessoas.
Alternativa B: INCORRETA. Taxas elevadas podem estar associadas a baixas
condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na
população total, e não se relacionam com a capacidade de notificação.
Alternativa C: INCORRETA. A base de dados demográficos utilizada para o
cálculo do indicador pode apresentar imprecisões inerentes à coleta de dados ou
à metodologia empregada para elaborar estimativas populacionais, e não à
qualidade dos registros.
Alternativa D: CORRETA. A “Mortalidade Geral” ou “Bruta” não serve como base
para comparar a qualidade de vida em regiões diferentes, pois possui estruturas
etárias. Não é possível, por exemplo, comparar Brasil com Noruega ou RJ com SP.
Se quiséssemos comparar, teríamos que fazer a padronização da idade, pois uma
taxa de mortalidade geral tanto pode estar associada a baixas condições
socioeconômicas, como a uma proporção maior de pessoas idosas na população.

▶ resposta: D

06 (UNICAMP - SP - 2018) O Ministério da Saúde adota os critérios de Schilling


para classificar as doenças de acordo com sua relação com o trabalho. A
classificação considera como Grupo I as doenças que têm o trabalho como causa
necessária; Grupo II, aquelas para as quais o trabalho é fator contributivo, mas
não necessário; e Grupo III quando o trabalho atua como provocador de um
distúrbio latente ou agravador de uma doença já estabelecida. Incluem exemplos
dos grupos I, II e III de Schilling, respectivamente:

A. Acidentes de trabalho, asma e câncer.


B. Doenças osteomusculares, intoxicação por chumbo e câncer.
C. Silicose, doenças osteomusculares e dermatite de contato.
D. Intoxicação por chumbo, silicose e hipertensão arterial.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O enunciado já fornece uma grande ajuda descrevendo a classificação de
Schilling, então o único trabalho necessário para responder a esta questão é de
interpretação de texto.

Exemplos clássicos de cada classificação são:

I. O trabalho é a CAUSA (ex. pneumoconioses, benzenismo);


II. O trabalho é um FATOR DE RISCO (HAS, CA, doença coronariana);
III. O trabalho é um AGRAVANTE, piorando o que já existe (ex. asma,
dermatite de contato, doenças mentais).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Para fins legais e previdenciários, doenças
ocupacionais também são consideradas acidentes de trabalho, então vamos
considerar que a alternativa se refere aos acidentes típicos/de trajeto, que podem
ser considerados em diferentes categorias de acordo com sua natureza. Mas,
apesar desta ambiguidade, podemos descartar a alternativa, uma vez que asma
é um clássico exemplo de categoria III, e câncer, de categoria II.
Alternativa B: INCORRETA. Doenças osteomusculares (II), intoxicação por
chumbo (I) e câncer (II)
Alternativa C: CORRETA. Silicose (I), doenças osteomusculares (II), dermatite de
contato (III).
Alternativa D: INCORRETA. Intoxicação por chumbo (I), silicose (I), HAS (II).
▶ resposta: C

07 (UNICAMP - SP - 2018) O conceito de epizootia, como a febre amarela no


Brasil, pode ser descrito como:

A. Transmissão endêmica na população, associada a vetores artrópodes


silvestres. 
B. Aumento de casos de febre amarela em humanos que se infectaram nas
matas.
C. Aumento de casos em animais de forma não usual.
D. Doença em animais silvestres com potencial de circulação em humanos.

grau de dificuldade:
dica do autor:
Febre amarela é uma doença infecciosa, de gravidade variável, causada por um
arbovírus (vírus transmitidos por mosquitos) do gênero Flavivirus febricis da
família Flaviviridae, cujo reservatório natural são os primatas não humanos que
habitam florestas e matas tropicais. Estudos genéticos demonstraram que esse
vírus surgiu na África há cerca de três mil anos e chegou no Brasil nos navios que
traziam escravos para trabalhar nas minas e na lavoura, numa época em que as
cidades não dispunham de saneamento básico e estavam infestadas de
mosquitos. O resultado desse encontro do vírus da febre amarela com os
mosquitos urbanos trouxe trágicas consequências para a saúde da população.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Endemia não está relacionada a uma questão
quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região
quando acontece com muita frequência no local.
Alternativa B: INCORRETA. Se os casos são humanos, nada têm a ver com o
conceito de epizootia.
Alternativa C: CORRETA. Em Epidemiologia, uma epizootia (do grego clássico:
epi, por sobre + zoon, animal) é uma doença que ocorre em uma população
animal não Homo sapiens, semelhante a uma epidemia em seres humanos.
Alternativa D: INCORRETA. O conceito de epizootia independe do potencial de
circulação entre seres humanos.
▶ resposta: C

08 (UNICAMP - SP - 2018) Você é convidado a participar da elaboração da política


de saúde regional para o câncer de mama. Dados atualizados informam que o
tratamento tem começado, em média, 120 dias depois do diagnóstico e 60% das
mulheres, ao iniciarem o tratamento, estão com tumores palpáveis. A prioridade
inicial dessa política é:

A. Aumentar a oferta de mamografia e reforçar campanhas de sensibilização. 


B. Estimular o autoexame e qualificar o fluxo para a Atenção Primária.
C. Qualificar a Atenção Primária e aumentar a oferta de Atenção
Especializada.
D. Aumentar a oferta de ultrassonografia para as mulheres jovens na Atenção
Primária.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de
apresentação do câncer. Nessa estratégia, destaca-se a importância da educação
da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e
sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos
serviços de saúde.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Aumentar a oferta de mamografia poderá ser uma
prioridade, mas reforçar campanhas de sensibilização não irá abreviar o tempo
entre o diagnóstico e o tratamento!
Alternativa B: INCORRETA. Estimular o autoexame será apenas um dos
componentes desta política.
Alternativa C: CORRETA. Qual o problema exposto na situação? Primeiramente,
uma demora para iniciar a terapia após ser dado o diagnóstico, e, depois, uma
demora para o diagnóstico precoce, pois a maioria dos tumores estão sendo
detectados já quando palpáveis. O que fazer para resolver essas situações? Fazer
o diagnóstico mais precocemente (qualificar a Atenção Primária) e referenciar
mais rapidamente o paciente para a atenção secundária ou terciária para iniciar
tratamento (aumentar a oferta de Atenção Especializada).
Alternativa D: INCORRETA. Em nível mundial, entre todos os tipos de câncer, o
de mama é o que mais mata mulheres na faixa dos 20 aos 59 anos. Apesar do
aumento das taxas de câncer de mama em mulheres mais jovens, ainda assim, a
faixa etária entre 40 e 50 anos representa 74% dos casos. Portanto, a prioridade
será para o exame de mamografia.

▶ resposta: C

09 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 42 anos, procura atendimento por cegueira


abrupta. Antecedente pessoal: trabalhador informal de funilaria e pintura;
trabalha com a porta da garagem aberta, mas, dias antes do quadro, estava
chovendo e acabou trabalhando com a porta fechada. Foi solicitada ao
laboratório de toxicologia a análise química dos produtos com os quais trabalha.
Além do thinner, é esperado encontrar:

A. Metanol.
B. Benzeno.
C. Etanol.
D. Chumbo.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão difícil, pois nos acostumamos a associar o
trabalho com tintas a intoxicação por chumbo. Entretanto, o que resolve esta
questão é o quadro clínico, cursando com cegueira abrupta, típico da intoxicação
por metanol, também utilizado em tinta, funilaria etc.
Alternativa B: INCORRETA
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.
▶ resposta: A

10 (UNICAMP - SP - 2018) Em reunião geral com os trabalhadores de uma


Unidade Básica de Saúde (UBS), o coordenador, analisando sua população
adscrita, apresenta as seguintes informações: (i) piora importante dos
indicadores socioeconômicos; (ii) aumento de conflitos com os profissionais da
UBS; (iii) existência de poucos espaços públicos de lazer na região; (iv) numerosas
agremiações religiosas e bares; (v) aumento progressivo na prescrição de
psicofármacos pela UBS (atualmente 20% fazem uso); e (vi) população total
estável. Dentre as hipóteses e as propostas apontadas na reunião, assinale a
alternativa correta:

A. Os dados sobre os fármacos demonstram que a UBS está cumprindo com


seu atributo social ao facilitar a adaptação da população ao novo contexto
socioeconômico.
B. A criação, pela Secretaria Municipal de Saúde, de um CAPS (Centro de
Atenção Psicossocial) na região resolveria o problema de saúde mental da
comunidade.
C. Colocar cartazes informando que o desacato ao funcionário público no
exercício da atividade é um crime seria a solução para o aumento de conflitos
com os usuários.
D. Os fármacos e as religiões podem se apresentar como soluções mágicas,
supostamente capazes de desfazer angústias sem compreender suas causas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Nas últimas décadas, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido revitalizada, haja
vista sua centralidade para a melhoria dos cuidados e dos resultados em saúde.
Estudos internacionais apontam que a APS forte e articulada a outros níveis de
atenção em sistemas universais contribui para impactos positivos na saúde da
população. São eles: maior e melhor acesso aos serviços de acordo com a
necessidade; maior enfoque em prevenção e promoção; redução da mortalidade;
maior qualidade no atendimento; diagnóstico e tratamento precoce de doenças;
redução de procedimentos especializados desnecessários e potencialmente
prejudiciais.
O funcionalismo público é muitas vezes associado ao mau atendimento. O
Código Penal estipula punição para quem desacata funcionário público, mas não
prevê pena para o comportamento do servidor. Essa omissão abre espaço para a
intimidação de cidadãos que recorrem a repartições públicas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A concepção de uma Atenção Primária à Saúde (APS)
abrangente e sua qualidade podem ser avaliadas por meio da efetivação dos
atributos: primeiro contato, longitudinalidade, abrangência/integralidade e
coordenação, que vai além da prescrição medicamentosa.
Alternativa B: INCORRETA. O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à
população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a
reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, sem
compromisso específico de resolução do problema de saúde mental da
comunidade.
Alternativa C: INCORRETA. “São inúmeros os registros de agressões verbais de
servidores contra usuários de serviços públicos”, portanto a colocação de
cartazes seria mais um fator de intimidação. A saúde depende de um tripé
formado por gestão, usuário e servidor, que precisam ser todos trabalhados,
como, por exemplo, em rodas de conversa.
Alternativa D: CORRETA. Tanto religiões como o uso de psicofármacos podem se
apresentar como supostas soluções mágicas, pois o paciente tem seus
problemas “desfeitos” subitamente, de maneira que a verdadeira etiologia dos
problemas é mascarada, sendo essas medidas meros paliativos. As outras
alternativas são absurdas.

▶ resposta: D

11 (UNICAMP - SP - 2018) Você atua na área de “Saúde e Segurança” de uma


multinacional desenvolvendo atividades de prevenção, promoção e atenção à
saúde dos mais de 2.800 funcionários. O Conselho Diretor decidiu pela redução
de 10% dos trabalhadores. Tendo em vista que “saúde frágil/debilitada” foi um
dos critérios para demissão, a diretoria de Recursos Humanos (RH) lhe solicita: (i)
relação dos funcionários e número de vezes em que foram atendidos no último
ano; (ii) informações resumidas do estado de saúde de cada um. Além de recusar-
se a entregar a lista, sua conduta é:

A. Redigir carta ao RH posicionando-se contrariamente a essa medida


produtora de sofrimentos e iniquidades.
B. Encaminhar ao RH os dados estatísticos para compreensão dos problemas
de saúde dos trabalhadores.
C. Formalizar denúncia ao CRM da solicitação feita pela empresa.
D. Comunicar ao RH que está proibido de revelar informações confidenciais.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Obviamente não é permitido revelar informações sigilosas da relação médica
com o paciente!

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Desnecessário.
Alternativa B: INCORRETA. Enviar os dados contraria o código de ética médica.
Alternativa C: INCORRETA. Neste momento, em que apenas foi feita uma
solicitação, é dispensável este comunicado.
Alternativa D: CORRETA. De acordo com o Código de Ética Médica, artigo
número 76, é vedado: “Revelar informações confidenciais obtidas quando do
exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de
empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos
empregados ou da comunidade.”

▶ resposta: D
12 (UNICAMP - SP - 2018) Atualmente o número de pacientes em lista à espera
de um transplante supera o número de doadores efetivos em nossa população. A
principal causa de não efetivação da doação frente a um paciente com
diagnóstico confirmado de morte encefálica é:

A. Idade avançada do doador.


B. Recusa familiar.
C. Infecção no doador.
D. Infecção por vírus HIV.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O diagnóstico de morte encefálica constitui um momento difícil para o médico.
Assim que é estabelecido o coma e detectada a irreversibilidade do quadro,
deverão ser realizados exames clínicos para diagnosticar a morte encefálica. O
paciente em questão deverá estar estável hemodinamicamente, evitando erros
diagnósticos. O exame clínico deverá ser realizado por dois médicos diferentes
em horários diferentes, programados conforme a norma legislativa.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Idade avançada do doador não contraindica a
doação, pois cada caso merece análise, e, dependendo da saúde do órgão e do
doador, o transplante poderá ser realizado.
Alternativa B: CORRETA. Questão em que podemos facilmente chegar à
resposta apenas avaliando o nosso dia a dia. Qual é, disparadamente, o maior
motivo da falta de órgãos transplantados, sendo inclusive motivo de campanhas?
Recusa familiar.
Alternativa C: INCORRETA. Alguns pré-requisitos devem ser preenchidos para
afastar causas reversíveis de coma: (1) lesão encefálica de causa conhecida,
irreversível e capaz de provocar o quadro; (2) ausência de evidências de
intoxicação exógena ou uso de drogas depressoras do SNC; (3) ausência de
distúrbios hidroeletrolíticos ou acidobásicos graves, que não sejam consequência
da patologia que causou o coma, mas que podem ser a causa do coma; (4)
temperatura corporal central idealmente ≥ 35 °C; portanto, nenhuma referência
a infecções.
Alternativa D: INCORRETA. Alguns pré-requisitos devem ser preenchidos para
afastar causas reversíveis de coma: (1) lesão encefálica de causa conhecida,
irreversível e capaz de provocar o quadro; (2) ausência de evidências de
intoxicação exógena ou uso de drogas depressoras do SNC; (3) ausência de
distúrbios hidroeletrolíticos ou acidobásicos graves, que não sejam consequência
da patologia que causou o coma, mas que podem ser a causa do coma; (4)
temperatura corporal central idealmente ≥ 35 ºC; sem referência a nenhuma
infecção (idem à alternativa C).
▶ resposta: B

13 (UNICAMP - SP - 2018) Durante primeira consulta de um recém-nascido, a


mãe está muito ansiosa e conta que, embora este seja o seu primeiro filho, já
esteve grávida mais duas vezes. A primeira foi aos 16 anos e foi interrompida por
um aborto espontâneo. Aos 17 anos, engravidou e, após fazer um exame de
rastreamento indicado por seu ginecologista, optou por fazer um aborto, pois o
exame indicou que a criança teria Síndrome de Down. Após alguns meses
recebeu o laudo do patologista e descobriu que o exame estava errado. A
conduta do ginecologista indica:

A. Omissão.
B. Imperícia
C. Negligência.
D. Imprudência.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A omissão no dever de cuidado evidencia-se pela
falta de cuidado ou de precaução com que se executam certos atos, não sendo
este o caso relatado.
Alternativa B: INCORRETA. Imperícia: “faz mal o que deveria ser bem feito”. É
uma pessoa despreparada, a quem falta técnica, e não se trata do caso descrito.
Alternativa C: INCORRETA. Negligência: “não faz o que deveria ser feito”, sendo
omisso. Falta atenção, o que também não está relatado no caso.
Alternativa D: CORRETA. Imprudência: “faz o que não deveria ser feito”, sendo
precipitado. Conhece o risco, mas faz, faltando ponderação. Portanto, estamos
claramente frente a um caso de imprudência, pois o ginecologista fez o que não
deveria ser feito.
▶ resposta: D

14 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 46 anos, procura o serviço médico com


história de dores de cabeça, tonturas intensas, náuseas e desmaio, na manhã
anterior. No momento, sem queixas. Refere que este é o terceiro episódio
semelhante em menos de um mês. Antecedentes pessoais: nega hipertensão
arterial, outras doenças crônicas e consumo de álcool; tabagismo de 42
maços/ano. Histórico ocupacional: porteiro-apontador há cinco anos em uma
garagem subterrânea de uma empresa. Há um mês passou a fazer o controle de
veículos no fim do túnel de acesso, anteriormente fazia na entrada. A conduta
inicial é:

A. Afastar do trabalho por 15 dias para investigação.


B. Mudar do local de trabalho para um lugar com ventilação.
C. Solicitar avaliação cardiológica.
D. Oferecer adesivos de nicotina.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Paciente que se encontrava bem até um mês atrás e nos relata que há
exatamente um mês houve mudança do seu local de trabalho, passando a
apresentar tonturas, cefaleia, náuseas e desmaios. O paciente está trabalhando
em uma garagem subterrânea de uma empresa, fazendo controle de veículos no
fim do túnel, o que pode nos fazer pensar em intoxicação por gases, como o
monóxido de carbono.
Se você prestar atenção, o enunciado o guia “pela mão”, pois diz que o
paciente não tem comorbidades e não apresenta outras queixas, dando foco ao
trabalho do paciente. Todo o enunciado encaminha para a hipótese de correlação
com o ambiente de trabalho.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Não há necessidade de afastar o paciente do
trabalho, visto que o evento que deu início aos sintomas foi a mudança de
ambiente.
Alternativa B: CORRETA. A conduta imediata seria solicitar a mudança do local
de trabalho para um ambiente mais arejado.
Alternativa C: INCORRETA. Um problema cardíaco seria uma boa hipótese
diferencial, mas não se encaixa bem com o quadro clínico como um todo, e
temos uma hipótese mais forte de correlação com o atual ambiente de trabalho,
então encaminhar para um especialista deveria ocorrer em um segundo
momento, se necessário.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa sugere que o paciente estaria
apresentando crises por abstinência do cigarro, mas o paciente não está
tentando cessar o tabagismo. E, mesmo na intenção de ajudar o paciente a
cessar, simplesmente oferecer os adesivos não é de grande ajuda se o paciente
não manifestar desejo de parar de fumar, ou de pelo menos de reduzir sua carga
tabágica.
▶ resposta: B

15 (UNICAMP - SP - 2018) Uma Unidade Básica de Saúde deseja saber se está


adequada em relação ao atributo “primeiro contato” na Atenção Primária. Para
isto, formula algumas perguntas. A pergunta que melhor contribui na avaliação
deste atributo é:

A. A equipe é acessível aos usuários a maior parte do tempo?


B. As famílias são atendidas pela mesma equipe ao longo tempo?
C. O médico da equipe cuida da maioria dos problemas de saúde?
D. A equipe ajuda a organizar as propostas terapêuticas?

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas
gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em
equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais
assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no
território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada
complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de
maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos
usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e
continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua
singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e
busca a promoção de sua saúde, a prevenção e o tratamento de doenças e a
redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas
possibilidades de viver de modo saudável.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre os princípios da atenção primária, em
que o “primeiro contato” refere-se à acessibilidade do paciente, à porta de
entrada, de modo que a única alternativa que reflete esse princípio é esta.
Alternativa B: INCORRETA. Trata sobre o princípio da longitudinalidade.
Alternativa C: INCORRETA. Princípio da integralidade.
Alternativa D: INCORRETA. Remete ao conceito de coordenação do cuidado.
▶ resposta: A

16 (UNICAMP - SP - 2018) Mulher, 30 anos, procura uma Unidade Básica de


Saúde com formigamento e dor em mão direita, especialmente os três primeiros
dedos, sem atingir a palma, irradiada para o punho, cotovelo e, eventualmente,
ombro há três meses. A sensação é pior à noite, chegando a fazê-la acordar, e
que alivia ao chacoalhar a mão. Trabalha como caixa de supermercado, oito
períodos por semana, além de fazer faxina na própria casa. Relata que não
dispõe de pausas durante o trabalho, recebe um adicional por velocidade no
atendimento e não tem rodízio de função. Tem sido medicada com anti-
inflamatório não esteroide há dois meses. Exame físico: membros superiores
com boa mobilidade e flexibilidade, sem dor localizada, refere dor e parestesia,
semelhante a que sente nos testes de Tinel e Phalen. Assinale a correta:

A. Trata-se de doença ocupacional e desde novembro de 2016 é obrigatório


notificar o Ministério Público do Trabalho.
B. Trata-se de doença de causa emocional, frequentemente relacionada à
“dupla jornada de trabalho” feminina.
C. Deve-se realizar ação junto aos trabalhadores para eliminar o adicional e
instituir pausas para diminuir a incidência desse tipo de problema.
D. Deve-se investigar doenças metabólicas, como diabetes e hipotireoidismo
para concluir o diagnóstico.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Paciente apresenta-se com dor e parestesia em mão direita, trabalha 8 turnos
por semana, sem pausas, com adicional por produtividade, e ainda cuida da casa.
Como se já não fosse o bastante, também tem sinais de Tinel e Phalen positivos,
clássicos de síndrome do túnel do carpo. Temos um caso de Lesão por Esforço
Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa se refere à Portaria 205 de 2016, que
define a lista nacional de doenças e agravos a serem monitorados por unidades
sentinelas. LER/DORT está na lista, mas a notificação é apenas para unidades
sentinelas, e é feita ao Ministério da Saúde, alimentando o Sistema de
Informações de Agravos de Notificação do SUS (SINAN-SUS).
Alternativa B: INCORRETA. O caso não fala de alteração do humor ou de
ansiedade, nem de nenhum outro fator emocional, psicológico ou social, então
esta não deve ser sua hipótese principal.
Alternativa C: CORRETA. A principal medida é agir na causa base do problema,
melhorar as condições de trabalho.
Alternativa D: INCORRETA. Nada no enunciado fala sobre diabetes ou de
doenças da tireoide, então, novamente, esta não deve ser sua hipótese principal.
▶ resposta: C

17 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 45 anos, é atendido na Atenção Básica com


queixa de lesões em pele nas mãos. Refere trabalhar em indústria metalúrgica,
na função de auxiliar de manutenção, há 3 anos. Perguntado sobre contato com
substâncias química, refere ter contato com óleo de corte e lubrificantes. Exame
físico: pápulas eritematosas perifoliculares com comedão central no dorso de
mãos e antebraços. O diagnóstico é:

A. Foliculite irritativa.
B. Elaioconiose papular.
C. Furunculose.
D. Placa comedônica actínica.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão bem específica. É importante notar a ênfase que o enunciado dá ao
trabalho do paciente, então você deve pensar que está é uma condição
relacionada a algo em seu ambiente laborativo, em que foi citado contato com
óleo de corte e lubrificantes.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Foliculite é uma infecção dos folículos pilosos, e
pode apresentar sinais inflamatórios locais e dor.
Alternativa B: CORRETA. “Elaioconiose papular” é uma dermatite ocupacional
semelhante à acne, afetando tipicamente mãos e antebraços de trabalhadores
que têm contato com óleo de corte. Qual a conduta? Afastamento das atividades
que estão causando essas lesões.
Alternativa C: INCORRETA. Furunculose é uma possível evolução da foliculite,
com formação e acúmulo de pus.
Alternativa D: INCORRETA. Isso uma descrição da lesão, e não um diagnóstico;
▶ resposta: B

18 (UNICAMP - SP - 2018) Homem, 18 anos, procura Unidade Básica de Saúde


com queixa de dor nas costas há três meses e piora na última semana.
Antecedente pessoal: jogador de basquete. Exame físico: Estatura = 1,92 m; Peso
= 69 kg. Assinale a alternativa correta:

A. Vícios de postura e ausência de alongamento adequado podem estar


relacionados com a queixa principal.
B. Indivíduos com esse porte físico tendem a ter discopatia lombar precoce e
deverá ser orientado a realizar tomografia de coluna lombar.
C. Deverá ser prescrito anti-inflamatório intravenoso inicialmente e por via
oral e, caso não haja melhora, prescrição de prednisona.
D. A melhor orientação a ser dada é interromper imediatamente a atividade
esportiva por pelo menos seis meses até a resolução do quadro.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Temos um jovem que pratica esportes e apresenta uma dor nas costas. O
enunciado não fala de nenhum outro fator de risco ou sintoma que deva levar a
pensar em um diagnóstico mais complicado, então vamos dispensar medicações
venosas e exames complementares.
Em questões como esta, quanto mais você pensar, mais vai se “enrolar”, então
lembre-se de que não precisa saber exatamente o diagnóstico, apenas encontrar
a alternativa que atenda ao enunciado.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Vamos usar o bom senso: a alternativa fala que estes
fatores podem estar relacionados, então não vamos nos comprometer com
condutas questionáveis como as descritas nas demais alternativas e marcar a
que certamente não está errada.
Alternativa B: INCORRETA. Não há indicação de exames complementares neste
momento.
Alternativa C: INCORRETA. Não há necessidade de medicações venosas neste
momento.
Alternativa D: INCORRETA. Você poderia até pensar nesta alternativa, mas
porque marcá-la quando a alternativa A responde tão bem e não deixa margem
para dúvidas?

▶ resposta: A
19 (UNICAMP - SP - 2018) No Brasil, do gasto total com saúde, 54% são privados
e 46% são públicos. Cerca de 25% da população são atendidos pelos serviços
privados e 75% pelo Serviços do SUS. Sobre o financiamento da Saúde no Brasil,
assinale a correta:

A. O SUS é mais eficiente que o setor privado.


B. O modelo de financiamento produz equidade.
C. A porcentagem dos gastos públicos do Brasil é um dos maiores da América
Latina.
D. O subsídio do Estado brasileiro ao setor privado atenua a disparidade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O quadro sanitário brasileiro mostra a existência de profundas desigualdades
entre regiões e grupos sociais que, longe de expressar diferenças aceitáveis nos
níveis de saúde, são plenamente evitáveis e, portanto, injustas. As políticas
sociais tiveram historicamente um caráter regressivo, concentrando recursos nas
regiões mais desenvolvidas em detrimento daquelas onde são piores as
condições de vida. Seu papel, na realidade, foi inverso àquele apontado como
produtor de equidade, que seria o de reduzir ou eliminar fatores evitáveis e
injustos e oferecer serviços de saúde capazes de atender ao “superávit” de
necessidades criadas pelas iniquidades sociais. Este quadro, reflexo do profundo
abismo social que separa os pobres dos privilegiados, representa um enorme
desafio a ser enfrentado por políticas sociais responsáveis.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão perigosa, mas que podemos acertar se
lembrarmos do conceito de eficiência, que diz respeito ao custo-benefício de
determinada medida. Ora, se 54% são gastos no setor privado e 46% no público,
mas o privado atende apenas a um quarto da população, perceba que o SUS é,
sim, mais eficiente, o que não necessariamente significa que ele atenda melhor
que o privado. Com muito menos dinheiro, ele consegue, ainda que não de
forma eficaz, atender a 75% da população.
Alternativa B: INCORRETA. A NOB 96 representou um avanço em alguns
aspectos do repasse de verbas para os municípios. A desconsideração das
diferenças no perfil epidemiológico das clientelas pública e privada continua um
obstáculo. No entanto, o repasse de verbas por meio de incentivos foi ampliado,
possibilitando um aumento para as áreas com maiores problemas sanitários.
Alternativa C: INCORRETA. Uma comparação mais adequada é aquela realizada
entre países de renda per capita equivalente e de características econômicas e
sociais semelhantes, como é o caso dos países da América Latina. Os gastos
públicos de saúde em percentual do PIB e per capita no Brasil são superiores à
média da América Latina, enquanto seus indicadores de saúde são similares à
média da região, com a notável exceção das taxas de vacinação. A diferença entre
gastos públicos e indicadores de saúde é ainda mais expressiva quando se
compara o Brasil com o Chile. Os gastos do governo chileno com saúde são
menores que os brasileiros em percentual do PIB e similares em termos per
capita. Entretanto, seus indicadores de saúde tiveram uma evolução mais
favorável desde 1990 sendo, atualmente, substancialmente melhores que os do
Brasil e comparáveis aos da Coreia do Sul.
Alternativa D: INCORRETA. Quanto à assistência prestada pelo setor privado, a
regulamentação existente não envolve preocupação alguma com o princípio da
equidade. Ademais, a atenção médica supletiva é propagandeada como um
conjunto de modalidades assistenciais de custo zero para o Estado. Na realidade,
o subsídio fornecido pelo governo aos usuários de serviços privados funciona
como expressão da gradação existente nos direitos de cidadania: para a grande
parcela da população, cabe a assistência do SUS, com os conhecidos problemas
de qualidade, e para uma pequena parcela, além do acesso ao SUS, cabe a
assistência, teoricamente de melhor qualidade, obtida no setor privado. Em
ambos os casos, os custos recaem sobre o conjunto da população.
▶ resposta: A

20 (UNICAMP - SP - 2018) O erro médico constitui a conduta profissional


inadequada que supõe uma inobservância técnica capaz de produzir um dano à
vida ou à saúde de outrem. Há três possibilidades de suscitar o dano e alcançar o
erro: imprudência, imperícia e negligência. A negligência consiste em:

A. Fazer diferente do protocolo.


B. Fazer o que não deveria ser feito.
C. Fazer mal o que deveria ser bem feito.
D. Não fazer o que deveria ser feito.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O médico não é deus. Pelo contrário, é servo. A ele cabe acolher seus
semelhantes fragilizados pela doença ou dúvida, examiná-los com rigor, orientá-
los em busca da cura e acompanhá-los em sua recuperação. Nesta trajetória
ímpar, o médico – humano que é – infelizmente está sujeito às falhas e erros
próprios de uma missão que avança sobre a tênue linha que separa a dor do
alívio, a vida da morte.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Protocolos são instrumentos de enfrentamento de
diversos problemas assistenciais, para a padronização de condutas.
Alternativa B: INCORRETA. Imprudência: “faz o que não deveria ser feito”, sendo
precipitado. O profissional sabe do risco, mas faz, faltando ponderação.
Alternativa C: INCORRETA. Imperícia: “faz mal o que deveria ser bem feito”. É
uma pessoa despreparada, a quem falta técnica.
Alternativa D: CORRETA. Negligência: “não faz o que deveria ser feito”, sendo
omisso. Falta atenção.
▶ resposta: D
21 (UEPA - PA - 2018) A integralidade na prática do Médico de Família e
Comunidade (MFC) deve ser uma constante. O modelo hospitalocêntrico de
atenção valoriza as especialidades focais, fragmenta a pessoa e o cuidado, sem
contextualizar os problemas. Neste contexto, é correto afirmar que:

A. A reorientação do modelo assistencial perpassa por um cuidado centrado


no binômio queixa-conduta, pois esta praticidade de cuidado é o que o
usuário e os gestores almejam e de que necessitam: atendimento e
produtividade, respectivamente.
B. O novo modelo assistencial requer mudanças de paradigma. A ineficácia, a
iatrogenia e o aumento dos custos na saúde estão relacionados ao paradigma
biopsicossocial.
C. A abordagem biotecnológica reduz a pessoa a uma doença, sem contexto
próximo ou remoto, assemelhando-se ao Método Clínico Centrado na Pessoa
(MCP).
D. A reorientação do modelo assistencial a partir do paradigma
biopsicossocial requer uma ampliação do diagnóstico biomédico da doença e
uma contextualização, ou seja, a captação dos fatores que influenciam o
processo saúde-adoecimento.
E. Na visão reducionista ou hospitalocêntrica, o Médico de Família e
Comunidade (MFC) diagnostica a doença de uma pessoa, limitando-se apenas
ao diagnóstico biomédico. Assim define-se sua prática na APS.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O conceito de integralidade é um dos pilares a sustentar a criação do Sistema
Único de Saúde. Princípio consagrado pela Constituição de 1988, seu
cumprimento pode contribuir muito para garantir a qualidade da atenção à
saúde.
Em primeiro lugar prevê-se nesse conceito que, de forma articulada, sejam
ofertadas ações de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco,
assistência aos danos e reabilitação – segundo a dinâmica do processo saúde-
doença. É importante ressaltar que os diferentes momentos da evolução da
doença e as respectivas medidas a serem tomadas seguem o modelo da história
natural da doença, teoria consagrada por White na década de 1960. Segundo essa
teoria, o estágio em que se encontra determinado agravo à saúde está
diretamente referido a níveis de intervenção segundo conhecimentos e
tecnologias disponíveis para atuação em âmbitos individuais e coletivos. Estes
precisam estar articulados e integrados em todos os espaços organizacionais do
sistema de saúde.
Quando se considera a abrangência do conceito de integralidade, tal como
descrito acima, pode parecer uma contradição a definição transcrita no texto
constitucional: Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais (Brasil, 1988).

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A reorientação do modelo assistencial preconiza o
cuidado centrado na pessoa; esse paradigma reduz os custos com a saúde e
aumenta sua eficácia.
Alternativa B: INCORRETA. No modelo hospitalocêntrico não há Médico de
Família e Comunidade, apenas especialistas.
Alternativa C: INCORRETA. A abordagem biotecnológica é diferente do método
centrado na pessoa justamente por este não ter ênfase na doença.
Alternativa D: CORRETA. Analisando todas alternativas, conclui-se que a D
define corretamente o paradigma biopssicosocial.

▶ resposta: D

22 (UNICAMP - SP - 2018) “As disparidades foram encontradas, por exemplo, na


utilização de procedimentos cardíacos diagnósticos e terapêuticos (sendo os
negros menos frequentemente referidos para o cateterismo e revascularização
miocárdica), na prescrição de analgesia para controle da dor (negros e latinos
recebem menos tratamento para dor do que os brancos em fraturas de ossos
longos e câncer).” (Longo e Jameson, 2016). A estratégia inicial da abordagem do
problema em um serviço de saúde é:

A. A confecção de protocolos de atendimento específicos.


B. A orientação e fortalecimento dos usuários quanto aos riscos de
disparidades.
C. A análise dos processos de trabalho nos espaços coletivos.
D. A criação de serviços específicos para grupos sociais inferiorizados.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão de mera interpretação de texto, que traz um quadro em que negros são
menos frequentemente tratados com cateterismo e revascularização miocárdica,
enquanto negros e latinos recebem menos tratamento para dor do que brancos,
em alguns casos.
A chave para responder à questão é prestar atenção ao que se pede no
enunciado, uma estratégia inicial. E, antes realizar qualquer intervenção, é
preciso primeiro entender o que está ocorrendo e por quê.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
Alternativa B: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
Alternativa C: CORRETA. Podemos entender o fenômeno em questão por meio
da análise dos processos de trabalho nos espaços coletivos.
Alternativa D: INCORRETA. Importante, mas após termos conhecimento dos
fatores envolvidos.
▶ resposta: C
23 (UNICAMP - SP - 2018) Paciente, 78 anos, cardiopata com arritmia cardíaca
controlada com medicamentos, apresentou quadro gripal com coriza, tosse,
febre, cefaleia e dor no corpo. Após 6 dias, a tosse e a febre pioraram e
apresentou dor torácica e dispneia aos esforços. Na internação, exame físico:
regular estado geral, FR = 30 irpm, FC = 98 bpm, PA = 100 x 60 mmHg, pulmões:
estertores em base direita; coração: bulhas arrítmicas normofonéticas, sem
sopros. Radiograma de tórax: opacidade em base direita; hemograma:
leucocitose com desvio à esquerda. Eletrocardiograma: extrassístoles
esporádicas. Evoluiu com deterioração clínica e óbito. Os diagnósticos a serem
preenchidos na declaração de óbito acima são, respectivamente:

A. Parte I: a) insuficiência respiratória; b) pneumonia; c) gripe e Parte II:


cardiopatia.
B. Parte I: a) gripe; b) pneumonia; c) insuficiência respiratória e Parte II:
arritmia.
C. Parte I: a) insuficiência cardíaca; b) insuficiência respiratória; c) pneumonia
e Parte II: gripe.
D. Parte I: a) insuficiência cardíaca; b) insuficiência respiratória; c) arritmia e
Parte II: pneumonia.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Para preencher as causas na declaração de óbito, deve-se escrever na Parte I as
causas que fazem parte da cadeia de eventos que diretamente levou ao óbito, de
forma que na linha “a” fica a Causa Imediata/Final; nas linhas seguintes, as causas
intermediárias, e na última linha, a Causa Base/Básica que deu início a essa
cadeia de eventos. Na Parte II entram outras comorbidades sem relação direta
com o óbito.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. É um paciente que apresentou um quadro de gripe
(tosse, febre, cefaleia, coriza e mialgia), que evoluiu com uma pneumonia (após 6
dias da gripe, tosse e febre pioraram). A dúvida poderia surgir depois disso, pois
o enunciado relata que o paciente apresentou dor torácica e dispneia aos
esforços, além de estertoração pulmonar, porém, se a causa fosse cardíaca,
teríamos um acometimento pulmonar difuso e outros sinais de insuficiência
cardíaca descompensada. No entanto, o que temos é estertoração e alteração
radiológica apenas em base direita, corroborado pelo hemograma que tem
leucocitose com desvio, então, não há dúvidas de que foi a pneumonia que
evoluiu com insuficiência respiratória, levando o paciente a óbito. Paralelo a tudo
isso, o paciente tem uma cardiopatia, que deve ser descrita na Parte II.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: INCORRETA.

▶ resposta: A

24 (UNESP - SP - 2018) Em relação ao tabagismo, assinale a alternativa correta:


A. Os cigarros com sabores e outros aditivos constituem estratégias da
indústria tabaqueira para aumentar a iniciação tabágica.
B. Cigarro eletrônico e narguilé são formas seguras e recomendadas para a
redução de danos do cigarro convencional e cessação tabágica.
C. A fumaça inalada durante o fumo do narguilé contém menos nicotina e
alcatrão que a do cigarro convencional.
D. O aumento dos impostos e a proibição de fumo em lugares fechados são
as medidas menos eficazes no controle do tabagismo.

grau de dificuldade:

dica do autor:
É importante estar inteirado quanto ao impacto que as novas formas de uso do
cigarro trazem para a saúde da população.

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Nas últimas décadas, o cigarro tem perdido sua
imagem de “poder” e “elegância” que tinha para as gerações passadas, o que
levou a uma queda do tabagismo nas gerações mais jovens. Mas a indústria não
tardou a se modificar para atender aos gostos das novas gerações,
transformando o antigo cigarro em um pendrive colorido sabor tuti-fruti,
estratégia que infelizmente tem dado certo, visto que tem havido um novo
aumento na prevalência de tabagismo entre os jovens.
Alternativa B: INCORRETA. Nenhum dos dois são seguros ou reconhecidos
como estratégias para cessar o tabagismo.
Alternativa C: INCORRETA. Contém mais que o cigarro.
Alternativa D: INCORRETA. São medidas que têm se mostrado bastante eficazes.
▶ resposta: A

25 (UNESP - SP - 2018) Mulher de 28 anos apresenta, há oito meses, crises


caracterizadas por taquicardia, tontura, dor no peito, tremores, sudorese,
formigamento nas mãos, sensação de desmaio e medo de morrer, sem fatores
desencadeantes e que duram cerca de 20 minutos. Desde então, está com medo
de ficar sozinha, só sai de casa acompanhada, pois teme passar mal, não
consegue ficar em lugares com muitas pessoas. Relata vários atendimentos no
pronto-socorro de sua cidade, ocasiões em que não foram encontradas
alterações no exame físico e nos exames subsidiários. Os diagnósticos mais
prováveis e o tratamento farmacológico inicial são:

A. Transtorno de ansiedade generalizado e distimia; fluoxetina.


B. Transtorno conversivo e hipocondria; clorpromazina.
C. Transtorno de pânico e agorafobia; paroxetina.
D. Transtorno de somatização e agorafobia; clonazepam.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Transtorno de Ansiedade Generalizada é ansiedade
excessiva e desproporcional aos fatos, que é persistente e independe do
contexto. Distimia é o Transtorno Depressivo Persistente.
Alternativa B: INCORRETA. Transtornos conversivos/dissociativos ocorrem pela
perda da integração entre as funções de memória, consciência, identidade, de
sensações e do controle dos movimentos, estando muitas vezes relacionados a
eventos traumáticos ou estressantes. Hipocondria é um transtorno psíquico em
que o indivíduo acredita possuir uma doença grave.
Alternativa C: CORRETA. Temos um caso clássico de uma paciente com
Transtorno do Pânico, associando o medo de morte a manifestações
adrenérgicas em paciente jovem e sem fatores de risco. Além disso, ela tem
medo de lugares com muitas pessoas, que possam causar pânico, impotência e
constrangimento, o que é chamado de Agorafobia. A terapia indicada é um
inibidor seletivo da recaptação de serotonina, como a paroxetina, por exemplo.
Alternativa D: INCORRETA. Transtorno de somatização é a ocorrência de
sintomas físicos reais e sem causa orgânica identificável, necessitando de extensa
e prolongada investigação para excluir outras causas antes de concluir o
diagnóstico.
▶ resposta: C

26 (USP - SP - 2018) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre a


epidemiologia e controle da hanseníase?

A. O Mycobacterium leprae apresenta alta infectividade e alta patogenicidade.


B. A baciloscopia positiva é um critério necessário para a notificação do caso.
C. Os casos da forma tuberculoide são capazes de transmitir o agente
etiológico.
D. O critério para a classificação operacional é o número de lesões de pele.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é
um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por
células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada,
podendo se multiplicar. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo
durar, em média, de 11 a 16 dias.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O M. leprae tem alta infectividade e baixa
patogenicidade, isto é, infecta muitas pessoas, no entanto poucas adoecem. A
transmissão só ocorre se o doente tiver a forma multibacilar, não receber
tratamento e tiver contatos próximos e prolongados.
Alternativa B: INCORRETA. Para notificação do caso pode ser utilizado qualquer
um dos seguintes: lesão com alteração da sensibilidade, espessamento de nervos
com ou sem alterações sensitivas, motoras ou autonômicas, ou ainda a presença
de bacilos Mycobacterium leprae na baciloscopia ou biópsia.
Alternativa C: INCORRETA. Sua transmissão ocorre por meio do contato direto
com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho
respiratório superior em meio às secreções nasais e gotículas da fala, tosse e
espirro. No caso dos doentes que recebem tratamento médico e de
paucibacilares, não há risco de transmissão.
Alternativa D: CORRETA. Questão sobre hanseníase, em que a alternativa
correta afirma que “O critério para a classificação operacional é o número de
lesões de pele”, ou seja, o paciente é paucibacilar quando apresenta até 5 lesões
de pele e multibacilar quando apresenta mais que 5 lesões de pele.
▶ resposta: D

27 (UEPA - PA - 2018) Abordagem familiar: “Nunca é exagerado exaltar a


importância da família, compreendendo-a como a base, a partir da qual se
aprende a sentir-se parte de algo, a vincular-se emocionalmente, a desempenhar
papéis e a ter funções. A compreensão da abordagem familiar sistêmica
contribuirá no plano da prevenção, da investigação clínica e do tratamento de
casos simples e complexos.” (Dias, 2012) A partir deste contexto, marque a
alternativa correta.

A. Na abordagem familiar, o MFC deve sempre manter um relacionamento


crítico com cada pessoa, oferecer conselhos, sem necessariamente criar laços.
B. Na abordagem familiar, o MFC deverá preocupar-se apenas com os
aspectos de relação, que correspondem aos estressores horizontais no
genograma familiar.
C. Existem técnicas e ferramentas de terapia familiar sistêmica que podem ser
utilizadas pelo MFC, como, por exemplo, o ECOMAPA, que aborda somente a
família e a relação entre os familiares.
D. O único caso em que é contraindicado convidar a família a realizar a
consulta em conjunto é quando existir risco de violência direta a alguém.
E. Na abordagem familiar, não é o MFC quem detecta o problema na família.
O mesmo deve insistir para que a família descubra onde está o problema,
pois no fim de tudo a família sempre percebe.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Atualmente, a ideia de que as condições de saúde-doença dos membros da
família e a família como unidade influenciam-se mutuamente já é consolidada.
Atuar em saúde tendo como objeto do cuidado a família é uma forma de
reversão do modelo hegemônico voltado à doença, que fragmenta o indivíduo e
separa-o de seu contexto e de seus valores socioculturais. A Estratégia Saúde da
Família (ESF) foi implantada para reorganizar o Sistema Único de Saúde, e nela
cada equipe é levada a conhecer a realidade das famílias pelas quais é
responsável.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Incorreta, uma vez que o médico não deve ter um
relacionamento crítico com os familiares.
Alternativa B: INCORRETA. A abordagem do MFC vai além da preocupação com
os aspectos estressores das relações familiares.
Alternativa C: INCORRETA. O ECOMAPA não aborda as relações entre os
familiares; isso quem faz é o genograma.
Alternativa D: CORRETA. Nessa questão discute-se a abordagem familiar no
contexto da doença. A alternativa D apresenta o único caso em que a presença
familiar não seria adequada.
Alternativa E: INCORRETA. O MFC pode, sim, identificar problemas nas relações
familiares, levando em conta a participação da família.

▶ resposta: D

28 (USP - SP - 2018) Qual das alternativas abaixo é correta com relação à


estrutura e funcionamento da estratégia de saúde da família?

A. A identificação das características epidemiológicas define a composição da


equipe de saúde da família.
B. A delimitação das microáreas adota parâmetros político-operacionais
estabelecidos pelo último censo disponível.
C. A adscrição do território é ferramenta utilizada pelo SUS com a finalidade
de diminuir a demanda da unidade.
D. O mapeamento de equipamentos como igrejas e organizações não
governamentais é atribuição da equipe de saúde da família.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da
população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como
falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Com
atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de
entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).
A proximidade da equipe de saúde com o usuário permite que se conheça a
pessoa, a família e a vizinhança. Isso garante uma maior adesão do usuário aos
tratamentos e às intervenções propostas pela equipe de saúde. O resultado são
mais problemas de saúde resolvidos na Atenção Básica, sem a necessidade de
intervenção de média e alta complexidade em uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24 h) ou hospital.
A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS)
local. Esse nível de atenção resolve 80% dos problemas de saúde da população.
Entretanto, se a pessoa precisar de um cuidado mais avançado, a ESF faz este
encaminhamento.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Quem define a composição da equipe de saúde da
família é a PNAB e não as características epidemiológicas, sendo que atualmente
a equipe mínima é formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e
agente comunitário.
Alternativa B: INCORRETA. A delimitação da microárea é importante para que os
pacientes sejam sempre atendidos pela mesma equipe de saúde, aumentando os
seus vínculos.
Alternativa C: INCORRETA. A adscrição de clientela tem o objetivo de otimizar a
demanda em relação à população.
Alternativa D: CORRETA. O mapeamento de equipamentos como igrejas e ONGs
são, sim, atribuições da equipe de saúde da família, uma vez que isso interfere
diretamente na vida dessa população.
▶ resposta: D

29 (USP - SP - 2018) O câncer de colo uterino responde por uma parcela


importante das causas primárias de mortalidade por câncer entre as mulheres
brasileiras. Qual das alternativas abaixo apresenta recomendações do Ministério
da Saúde para prevenção primária e secundária deste câncer?

A. Prevenção primária: vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos


de idade; prevenção secundária: colpocitologia oncótica desde os 25 até os 64
anos de idade para mulheres que tiveram atividade sexual, com periodicidade
trienal depois de dois exames negativos.
B. Prevenção primária: colpocitologia oncótica com periodicidade anual a
partir do início da vida sexual da mulher; prevenção secundária: histeroscopia
com biópsia a cada 5 anos para mulheres com 30 anos de idade ou mais e
múltiplos parceiros sexuais.
C. Prevenção primária: Vacinação contra o HPV para meninas e mulheres de 9
a 25 anos de idade; prevenção secundária: colpocitologia oncótica com
periodicidade anual a partir do início da vida sexual da mulher.
D. Prevenção primária: colpocitologia oncótica desde os 25 até os 64 anos de
idade para mulheres que tiveram atividade sexual, com periodicidade trienal
depois de dois exames negativos; prevenção secundária: histeroscopia com
biópsia a cada 5 anos para mulheres com 30 anos de idade ou mais e história
familiar de câncer de colo uterino.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A pesquisa relacionada aos fatores que podem contribuir para o
desenvolvimento de um câncer permitiu identificar, até o momento, um conjunto
de fatores de natureza intrínseca e extrínseca. Como exemplos de fatores de risco
intrínsecos estão a idade, o gênero, a etnia ou raça e a herança genética. Já no
grupo de fatores de risco extrínsecos, diversos já foram identificados, como o uso
de tabaco e álcool, hábitos alimentares inadequados, inatividade física, agentes
infecciosos, radiação ultravioleta, exposições ocupacionais, poluição ambiental,
radiação ionizante, alimentos contaminados, obesidade e situação
socioeconômica. Há ainda na lista o uso de drogas hormonais, fatores
reprodutivos e a imunossupressão. Essa exposição é cumulativa no tempo e,
portanto, o risco de câncer aumenta com a idade. Mas é a interação entre os
fatores intrínsecos e extrínsecos que vai determinar o risco individual de câncer.
resolução:
Alternativa A: CORRETA. Prevenção primária é aquela que ocorre em um
período pré-patogênico e tem como objetivo prevenir a ocorrência da doença; e
secundária é aquela em que a doença já existe e tem como objetivo realizar um
diagnóstico precoce. A alternativa correta é aquela que informa que a prevenção
primária é realizada com vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e a
prevenção secundária, através da realização da colpocitologia oncótica entre os
25 e 64 anos de idade na mulher.
Alternativa B: INCORRETA. A colpocitologia oncótica tem por finalidade o
diagnóstico precoce.
Alternativa C: INCORRETA. A periodicidade da citologia oncótica não está de
acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde.
Alternativa D: INCORRETA. Detecção precoce é uma forma de prevenção
secundária e visa a identificar o câncer em estágios iniciais. Existem duas
estratégias de detecção precoce: o diagnóstico precoce e o rastreamento.

▶ resposta: A

30 (USP - SP - 2018) O Sistema de Saúde brasileiro está organizado no Sistema


Único de Saúde (SUS) desde 1988, fruto de um movimento denominado Reforma
Sanitária. Qual das alternativas abaixo está correta com relação à Reforma
Sanitária brasileira e suas implicações para o SUS?

A. Na Reforma Sanitária brasileira, os partidos políticos e suas disputas


monopolizaram o movimento.
B. A criação do SUS foi fruto de pressões de organizações internacionais,
como a OMS, devido à sua estratégia “Saúde para todos no ano 2000”.
C. Uma característica fundamental da Reforma Sanitária brasileira é o fato de
ela ter sido conduzida pela sociedade civil.
D. O subfinanciamento do SUS é consequência da condução da Reforma
Sanitária brasileira por organizações externas ao setor saúde.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Movimento da Reforma Sanitária no Brasil ocorreu no final da década de 1970
e culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. Essa conferência
ocorreu com o intuito de assegurar que a saúde seja um direito do cidadão, um
dever do Estado e que seja universal o acesso a todos os bens e serviços de
saúde. O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, integrado por várias
entidades que atuam historicamente em defesa da saúde coletiva no Brasil,
conclama a sociedade à adesão a propostas que avancem para um Brasil mais
igualitário e mais justo para um sistema público de saúde com garantia de
direitos a todos os brasileiros.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra
a ditadura, com o tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas universidades,
no movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços,
sem interferências político-partidárias.
Alternativa B: INCORRETA. O Sistema Único de Saúde (SUS), derivado da
reforma sanitária, corresponde a uma reforma setorial cuja origem não se
encontra no Estado nem em governos, mas sim no interior da sociedade civil, a
partir de movimentos sociais que combateram o autoritarismo desde os anos
1970, defendendo a democratização da saúde.
Alternativa C: CORRETA. Questão que aborda a Reforma Sanitária Brasileira, que
foi conduzida pela sociedade civil, visando ao acesso universal à saúde, à
integração de ações curativas e preventivas e à descentralização da
administração da saúde.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe a possibilidade de o subfinanciamento do
SUS ser consequência da condução da Reforma Sanitária brasileira por
organizações externas ao setor saúde, uma vez que uma das propostas era
exatamente ampliar os recursos destinados à saúde e aprovar imediatamente o
projeto de lei de iniciativa popular que destina 10% da Receita Corrente Bruta à
saúde e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para o orçamento da
Seguridade Social.
▶ resposta: C

31 (USP - SP - 2018) Mulher de 40 anos de idade, profissional do sexo, procura o


serviço por estar na 7ª semana de gestação. Faz uso de preservativos em todas as
relações profissionais e refere que a gestação é fruto de um estupro. Na época
do estupro, ficou muito traumatizada e não fez boletim de ocorrência. Além das
profilaxias indicadas, qual deve ser a orientação para a paciente nesse caso?

A. Ela não tem direito ao aborto legal, já que sua ocupação profissional
impede a confirmação do estupro.
B. Ela deve registrar queixa na Delegacia de Defesa da Mulher para ter direito
ao aborto legal.
C. Ela deve registrar queixa em qualquer Delegacia de Polícia para ter direito
ao aborto legal.
D. Ela tem direito ao aborto legal mesmo sem a realização do Boletim de
Ocorrência

grau de dificuldade:

dica do autor:
No Brasil, o abortamento é crime previsto pelo Código Penal nos artigos 124, 125
e 126, com penalidades para a mulher e para o médico que o praticam. No
entanto, de acordo com o Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, e com os
incisos I e II do artigo 128 do Código Penal Brasileiro, não é crime e não se pune
o aborto praticado por médico quando não há outro meio de salvar a vida da
gestante ou quando a gravidez resulta de estupro ou, por analogia, de outra
forma de violência sexual. O aborto deve ser precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Além disso, em 13 de
abril de 2012, o Poder Judiciário deliberou positivamente sobre o aborto de fetos
anencéfalos, dando direito à mulher de optar em proceder ou não com o aborto
em casos de absoluta inviabilidade de vida extrauterina. Contudo, estes casos
ainda não estão previstos em lei.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. As gestantes vítimas de estupro que quiserem
interromper a gravidez têm o direito de fazer a cirurgia pelo SUS, independente
de apresentar registro de ocorrência policial.
Alternativa B: INCORRETA. O Código Penal estabelece que não é punível o
aborto praticado por médico, “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
precedido de consentimento da gestante”, e tão somente deste consentimento.
Alternativa C: INCORRETA. “A exigência da apresentação do Registro de
Ocorrência como condição para o fornecimento de assistência médica para a
realização do abortamento ético constitui para a mulher um inaceitável
constrangimento, que, na prática, pode afastá-la do serviço público de saúde e
impedir o fornecimento do indispensável tratamento médico em razão da
violência sexual sofrida, a qual pode acarretar a sua morte ou inúmeras sequelas,
muitas irreversíveis, com consequente custo social elevadíssimo.
Alternativa D: CORRETA. Questão bem direta sobre o aborto: a paciente vítima
de abuso sexual tem direito ao aborto, apenas com sua declaração, não sendo
necessária a realização de boletim de ocorrência.
▶ resposta: D

32 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Um paciente de 42 anos


foi operado por trauma pelviperineal complexo há 7 meses. Ficou internado
durante 4 meses, tendo sido submetido a 9 intervenções cirúrgicas, múltiplas
transfusões de sangue, diálise e inúmeras sessões de fisioterapia, dentre outros
tratamentos. Apesar da gravidade das lesões, o desfecho foi favorável e o
paciente teve boa reintegração social. O caso desse paciente foi apresentado em
uma reunião médica exclusiva, multidisciplinar, universitária. Quanto à conduta
em relação à identificação do paciente é correto:

A. Podem ser tiradas e divulgadas fotografias do intraoperatório, desde que


não exponham a identificação do paciente, independentemente de
autorização.
B. Podem ser realizados selfies com a equipe médica, relacionados ao
atendimento, desde que autorizados pelo paciente.
C. Em reuniões multidisciplinares, a identidade do paciente pode ser exposta.
D. Em pacientes inconscientes, em traumas desfigurantes, não há
necessidade de autorização do paciente, pois ele não pode ser identificado.
E. A identidade do paciente deve ser preservada, independentemente de se
tratar de reunião médica multidisciplinar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre ética médica e sigilo profissional, tema discorrido no capítulo IX
do Código de Ética Médica, tema de grande relevância na era da internet e mídias
sociais.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Somente por meio da autorização por escrito do
paciente.
Alternativa B: INCORRETA. É vedado ao médico “Art. 75. Fazer referência a casos
clínicos identificáveis, exibir pacientes ou imagens que os tornem reconhecíveis
em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em meios de
comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.”
Alternativa C: INCORRETA. Não existe esta prerrogativa.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe esta prerrogativa.
Alternativa E: CORRETA. Sempre devemos preservar a identidade do paciente e
sua autonomia, independente de se tratar de reunião médica disciplinar ou de o
paciente estar inconsciente.
▶ resposta: E

33 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) A Lei Orgânica de Saúde


(Lei nº 8.080) ressalta os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevê a coordenação e cooperação entre os três níveis de governo na
organização e execução dos serviços e ações de saúde. Envolver a transferência,
da União para estados e municípios, de poder decisório, de recursos financeiros,
gestão e prestação de serviços corresponde à seguinte diretriz organizativa do
SUS:

A. Hierarquização.
B. Comando único.
C. Complementaridade.
D. Regionalização.
E. Descentralização.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo dois outros
conceitos importantes: o de sistema e a ideia de unicidade. A ideia de sistema
significa um conjunto de várias instituições, dos três níveis de governo e do setor
privado contratado e conveniado, que interagem para um fim comum. Na lógica
de sistema público, os serviços contratados e conveniados seguem os mesmos
princípios e as mesmas normas do serviço público. Todos os elementos que
integram o sistema referem-se ao mesmo tempo às atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de
organização, sendo que é definido como único na Constituição como um
conjunto de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde (os
princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização
e da participação popular.) Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um
núcleo comum, que concentra os princípios doutrinários, e uma forma e
operacionalização, os princípios organizativos.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Analisando a alternativa: “hierarquização”: organizar
em níveis de complexidade -> Atenção Básica (Posto), Média (Hospital) e Alta
Complexidade (exemplo, diálise), não tendo relação direta com os recursos
financeiros.
Alternativa B: INCORRETA. Para que valha o princípio da descentralização, existe
a concepção constitucional do mando único, em que cada esfera de governo é
autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios
gerais e a participação da sociedade.
Alternativa C: INCORRETA. “Complementaridade”: pode haver o contrato com o
privado, desde que haja capacidade de resolver os problemas da população,
dando preferência às instituições filantrópicas ou não lucrativas.
Alternativa D: INCORRETA. A regionalização é um processo de articulação entre
os serviços que já existem, visando ao comando unificado dos mesmos.
Alternativa E: CORRETA. “Descentralização” diz respeito à divisão de poderes de
acordo com as esferas (município, estado e federal, com seus deveres), com
direção única em cada esfera. É exatamente nesse contexto que o enunciado está
redigido.
▶ resposta: E

34 (UEPA - PA - 2018) A Atenção Primária à Saúde (APS), no Brasil, apesar dos


grandes avanços, ainda se apresenta bastante heterogênea na efetividade, na
eficiência e na equidade, portanto, nos resultados de saúde. A Estratégia de
Saúde da Família (ESF) ainda não conseguiu efetivar a APS de forma democrática
no Brasil. A partir deste contexto, marque a alternativa correta.

A. Pode-se entender a APS como um território estático restrito ao território


geográfico, que culmina no processo de territorialização realizada pela equipe
de saúde da família (ESF).
B. A estratégia de saúde da família demonstrou ser a alavanca principal para
o avanço da APS, ultrapassando os limites de um programa para tornar-se
uma política do Estado brasileiro.
C. O Programa Saúde da Família (PSF) foi oficialmente lançado na década de
1990, sendo seu crescimento bastante heterogêneo no país, não alcançando
grande cobertura.
D. A estratégia saúde da família faz parte da organização do SUS e assumiu
um papel primordial com destaque no binômio queixa-conduta, sem
contextualizar a política do cuidado.
E. Apesar da expansão da estratégia saúde da família, a partir de 1994, não se
observou grande impacto na queda da mortalidade infantil no Brasil.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Programa de Saúde da Família, desde sua origem, foi concebido como uma
estratégia para a reorganização e o fortalecimento da atenção básica como o
primeiro nível de atenção à saúde no SUS, mediante a ampliação do acesso, a
qualificação e a reorientação das práticas de saúde.
O caráter substitutivo do PSF em relação à “atenção básica tradicional” orienta-
se pelos seguintes princípios: 1) adscrição de clientela; 2) territorialização; 3)
diagnóstico da situação de saúde da população e 4) planejamento baseado na
realidade local. A adscrição da clientela refere-se ao novo vínculo que se
estabelece de modo permanente entre os grupos sociais, as equipes e as
unidades de saúde. O planejamento baseado na realidade local viabiliza a
programação de atividades orientada segundo critérios de risco à saúde,
priorizando solução dos problemas em articulação permanente com os
indivíduos, as famílias e comunidades.
As características do processo de trabalho das equipes multiprofissionais
compostas por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou
técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, responsáveis por
cuidarem em média de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de quarenta
horas semanais, passam, necessariamente, pela interdisciplinaridade, vinculação,
competência cultural, intersetorialidade e fortalecimento de uma gestão local
que deve ser participativa/democrática. Passam, sobretudo, pela singularidade
da presença dos agentes comunitários em saúde na equipe. A intenção é que a
conversão do modelo faça a diferença na forma de pensar e de fazer no
cotidiano, na saúde das famílias, nos aspectos da promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação de doenças e agravos.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A territorialização aponta para a relação precisa que
se estabelece mediante a definição do território e da população, o que implica no
mapeamento e na segmentação da população por território. O diagnóstico da
situação de saúde da população permite a análise da situação de saúde do
território, mediante cadastramento das famílias e dos indivíduos e a geração de
dados, portanto, este processo jamais será estático ou apenas geográfico.
Alternativa B: CORRETA. O Ministério da Saúde considera a estratégia de saúde
como uma política de Estado, inclusive pode-se encontrar no documento
Memórias da Saúde da Família no Brasil: “Com pouco mais de 15 anos de
existência, é possível afirmar que a ESF configura-se como uma política de
Estado, e não mais de governo. A alternância na gestão federal, característica
própria e desejável dos processos democráticos, não produziu rupturas na sua
condução”. Isso corrobora o enunciado da alternativa B.
Alternativa C: INCORRETA. O movimento de expansão do PSF demonstra uma
progressiva adesão dos gestores municipais e estaduais, sobretudo no
cofinanciamento, por meio de criação de incentivos estaduais, o que não se via
em 1994, ano de sua implantação.
Alternativa D: INCORRETA. As características do processo de trabalho das
equipes multiprofissionais passam, necessariamente, pela interdisciplinaridade,
vinculação, competência cultural, intersetorialidade e fortalecimento de uma
gestão local que deve ser participativa/democrática. Passam, sobretudo, pela
singularidade da presença dos agentes comunitários em saúde na equipe. A
intenção é que a conversão do modelo faça a diferença na forma de pensar e de
fazer, no cotidiano, a saúde das famílias, nos aspectos da promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação de doenças e agravos.
Alternativa E: INCORRETA. Como principal resultado, conforme verificado na
literatura, tem-se que, ao longo do tempo, um maior número de famílias
cadastradas no PSF está associado a uma maior queda na taxa de mortalidade
infantil. Com isso, quanto maior o número de famílias atendidas e maior o tempo
do município no PSF, mais capaz esse é de reduzir a mortalidade infantil.
Algumas variáveis de saúde influenciam as taxas de mortalidade infantil, como,
por exemplo, o número de médicos por mil habitantes, o número de leitos e as
doses de vacinas aplicadas, porém, os resultados quanto à grande maioria das
variáveis explicativas variam ao se considerar diferentes causas e períodos. O
número de visitas domiciliares realizadas por médicos, enfermeiros e outros
profissionais de saúde é um exemplo de que nem sempre essas variáveis são
capazes de alterar o quadro de mortalidade infantil, como, por exemplo, as
mortes por má formação e as de pele.
▶ resposta: B

35 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) A Agência Nacional de


Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma instituição administrativa autônoma, criada
por lei pelos entes federativos, com personalidade jurídica de direito público,
com patrimônio público e atribuições estatais determinadas. Essa modalidade de
gestão do Sistema Único de Saúde denomina-se:

A. Fundação.
B. Sociedade de economia mista.
C. Empresa pública.
D. Autarquia.
E. Organização social.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista
fazem parte da Administração Pública Indireta, pois o Estado não seria capaz de
administrar todo o território nacional, tanto pela sua extensão quanto pela
complexidade e volume das relações sociais existentes entre o administrado
(particular) e o Governo. Por isso, houve-se por bem outorgar poderes para
outras estruturas (entidades). A Administração Pública Indireta ou
Descentralizada é a atuação estatal de forma indireta na prestação dos serviços
públicos que se dá por meio de outras pessoas jurídicas, distintas da própria
entidade política. Estas estruturas recebem poderes de gerir áreas da
Administração Pública por meio de outorga.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Uma Fundação é criada por autorização legislativa +
lei complementar definindo a área de atuação; possui patrimônio personificado
como uma autarquia e pode ser pessoa jurídica de direito público ou privado,
enquanto a autarquia pode ser apenas de direito público.
Alternativa B: INCORRETA. Nas sociedades de economia mista, o Estado possui
apenas o controle, o que não é o caso da ANVISA.
Alternativa C: INCORRETA. Nas empresas públicas, o controle do Estado é
absoluto, pois a totalidade do capital social advém de pessoas administrativas,
enquanto nas sociedades de economia mista o Estado possui apenas o controle.
Alternativa D: CORRETA. “Autarquia” é um serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades
típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira. As autarquias – pessoas
jurídicas de direito público interno – podem desempenhar as atividades típicas de
Estado (ou de Administração Pública), descentralizadas pela administração direta.
As autarquias atuam para prestar serviço público; desempenhar o poder de
polícia; intervir no domínio econômico para regulamentar ou normatizar, sem
intenção de auferir lucro; intervir na ordem social e fomentar o crescimento das
condições socioeconômicas do país. Portanto, podem exercer atividades de
regulação, normatização, fiscalização, tutela, sanção, habilitação e outras que
impliquem poderes de Estado.
Alternativa E: INCORRETA. No direito do Brasil, organização social (OS) é um
tipo de associação privada, com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, que
recebe subvenção do Estado para prestar serviços de relevante interesse público,
como, por exemplo, a saúde pública.
▶ resposta: D

36 (UEPA - PA - 2018) O Médico de Família e Comunidade (MFC) possui no seu


escopo de ferramentas o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCP). Sobre a
abordagem centrada na pessoa, a alternativa correta é:

A. A relação médico-pessoa tem a consulta como principal manifestação


deste binômio, porém, não é fator determinante no seu sucesso.
B. O método MCP tem como primeiro componente explorar a saúde, a
doença e a experiência da pessoa com a doença, experiência esta pessoal e
subjetiva.
C. O termo “pessoa” denota volição associada a passividade, daí o porquê de
no MCP preferir-se usar este termo ao invés de “paciente”.
D. A experiência da pessoa com a doença é comum a todos: seriam suas
ideias, sentimentos e expectativas.
E. “Entendendo a pessoa como um todo” não é mais um componente do MCP,
visto que a pessoa é única e assim deve ser vista.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Historicamente, a medicina caminhou no sentido da priorização das doenças e de
seu processo diagnóstico (em detrimento da pessoa que sofre o padecimento),
paralelamente à busca de uma ordem ou norma para fundamentar diagnósticos
– padrões sintomáticos que se repetem em determinados padecimentos são
nomeados de doenças, consideradas um desvio do que se espera do organismo
normal, independentemente da variância individual do processo do adoecer. O
modelo de consulta ou método clínico ainda dominante na prática médica na
atualidade – e o que é ensinado na maioria das instituições de ensino médico –,
chamado de “modelo médico convencional” ou “modelo biomédico”, já se
mostrou ineficaz.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O modelo biomédico se desenvolve buscando o
entendimento de problemas de saúde objetivos, explicados por modelos
biológicos, menosprezando a repercussão da subjetividade do paciente e
tornando-se insuficiente para resolver a maioria das queixas referidas em
consultas.
Alternativa B: CORRETA. Questão simples sobre o Método Centrado na Pessoa
como uma estratégia para o Médico de Família e Comunidade, e esta alternativa
define bem tal abordagem. Esses componentes do MCP propiciam a autonomia e
a proatividade do paciente como sujeito, elementos indispensáveis para a
efetivação da promoção da saúde no plano individual.
Alternativa C: INCORRETA. O termo pessoa não é usado para expressar
passividade, mas sim uma alternativa à palavra “paciente”, tirando a ênfase da
doença e colocando-a sobre o indivíduo.
Alternativa D: INCORRETA. Cada pessoa lida com o processo saúde-
adoecimento de forma diferente.
Alternativa E: INCORRETA: “Entendendo a pessoa como um todo” é um dos pilares
do MCP, e não todo o método.
▶ resposta: B

37 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - 2018) Uma paciente de 18


anos foi conduzida ao hospital pelos familiares após ter ingerido 20 comprimidos
de paracetamol de 750 mg. Evoluiu com insuficiência hepática aguda grave,
necessitando de transplante hepático de urgência. Infelizmente, houve várias
complicações pós-operatórias e a paciente foi a óbito por sepse, no quinto dia
pós-operatório. Você é o plantonista da UTI na madrugada do óbito. Qual sua
conduta com relação no atestado de óbito?

A. Preencher e assinar o atestado com os diagnósticos de sepse,


complicações pós-operatórias e insuficiência hepática aguda.
B. Aguardar o cirurgião da equipe de transplante para que este preencha o
atestado.
C. Encaminhar o corpo para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
D. Encaminhar o corpo para o Instituto Médico Legal (IML).
E. Preencher e assinar o atestado com os diagnósticos de sepse, insuficiência
hepática aguda e intoxicação exógena.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Nos óbitos por causa natural em que o indivíduo recebeu assistência médica, a
prioridade é que o médico que prestou assistência, ou um substituto do serviço,
preencha a Declaração de Óbito (DO). Caso o indivíduo não tenha recebido
assistência médica antes do óbito, cabe ao SVO. No entanto, casos de morte não
natural (causas externas, suspeitas ou violentas) devem ser encaminhados ao
IML para que o médico legista examine o corpo e emita a DO.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA.
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA. A causa base que deu início à cadeia de eventos que
levou ao óbito foi intoxicação medicamentosa, em uma paciente jovem e sem
comorbidades; logo, temos um caso suspeito que deve ser encaminhado ao IML.
Alternativa E: INCORRETA.

▶ resposta: D

38 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Todas as gestantes e seus parceiros devem ser investigados para Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) e informados sobre a possibilidade de
prevenção da transmissão para a criança, especialmente de HIV/aids, sífilis e
hepatite viral B. O diagnóstico precoce (com o uso de testes rápidos) e a atenção
adequada no pré-natal reduzem a transmissão vertical. A respeito da prevenção
da transmissão vertical de HIV, assinale a alternativa CORRETA.

A. Logo após o nascimento, o RN deve ser limpo com compressas macias,


retirando todo sangue e secreções visíveis e encaminhado imediatamente
para banho com água corrente ainda na sala de parto.
B. A aspiração de vias aéreas não deve ser realizada devido ao risco de
traumatismo em mucosas.
C. Deve-se iniciar a primeira dose de zidovudina solução oral nas primeiras 12
horas após o nascimento, devendo ser mantido o tratamento durante as
primeiras quatro semanas de vida.
D. A nevirapina está indicada em crianças expostas ao HIV cujas mães não
fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou não têm carga viral
menor que 2.000 cópias/ml documentada no último trimestre de gestação ou
têm o diagnóstico de sífilis.
E. O aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz) pode ser
autorizado, desde que a outra nutriz tenha sorologia negativa para HIV no
último trimestre de gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Conduta importante no periparto, já que a redução do
tempo de contato da criança com o sangue e secreções maternas pode reduzir o
risco da contaminação.
Alternativa B: INCORRETA. Não faz nenhum sentido, pois, caso seja necessário,
a aspiração de vias aéreas pode ser feita, assim como em qualquer RN.
Alternativa C: INCORRETA. O AZT deve, idealmente, ser iniciado dentro das
primeiras 4 horas, via oral.
Alternativa D: INCORRETA. A nevirapina está indicada em pacientes cujas mães
não fizeram uso de antirretroviral durante o pré-natal ou não têm carga viral
menor que 1.000 cópias/ml.
Alternativa E: INCORRETA. O aleitamento cruzado é totalmente contraindicado;
▶ resposta: A

39 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Sobre os Princípios Fundamentais do exercício da medicina, conforme
estabelece o Código de Ética Médica vigente, analise os itens abaixo:

I. A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da


coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.
II. Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter
boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.
III. A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida
como comércio.
IV. As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no
respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando
sempre o interesse e o bem-estar do paciente.
V. O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos
de lucro, finalidade política ou religiosa.

Assinale a alternativa CORRETA:.

A. Todos estão corretos.


B. Existem, apenas, quatro corretos.
C. Existem, apenas, três corretos.
D. Existem, apenas, dois corretos.
E. Existe, apenas, um correto.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre Ética Médica. Todas as assertivas estão citadas no Código de Ética
Médica, e todas dentro do capítulo I, sobre os Princípios Fundamentais:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Citação direta do item I.
Assertiva II: VERDADEIRA. Citação direta do item III.
Assertiva III: VERDADEIRA. Citação direta do item IX.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Citação direta do item XVII.
Assertiva V: VERDADEIRA. Citação direta do item X.
▶ resposta: A

40 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Foi publicada recentemente a Portaria N° 2.436, de 21 de setembro de
2017, que estabelece a nova Política Nacional de Atenção Básica. Sobre a Atenção
Básica à Saúde, estabelecida nessa Portaria, analise as afirmativas abaixo:

I. É a única porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à


Saúde (RAS);
II. É coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços
disponibilizados na RAS;
III. É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia,
crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de
saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual,
funcional e outras;
IV. Será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de
acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os
determinantes e condicionantes de saúde;
V. A estratégia Saúde da Família é a ação prioritária para expansão e
consolidação da Atenção Básica.

Assinale a alternativa CORRETA.

A. Todas estão corretas.


B. Existem, apenas, quatro corretas.
C. Existem, apenas, três corretas.
D. Existem, apenas, duas corretas.
E. Existe, apenas, uma correta.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre a Portaria nº 2.436 de 2017, a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), referência importante e que cai bastante nas questões de preventiva.

resolução:
Assertiva I: FALSA. A Atenção Básica é a porta de entrada preferencial das Redes
de Atenção à Saúde, mas não é a única (lembrar da Urgência e Emergência; da
Atenção Psicossocial; e das Especiais de Acesso Aberto).
Assertiva II: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §1º da PNAB.
Assertiva III: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §3º da PNAB.
Assertiva IV: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 2º §2º da PNAB.
Assertiva V: VERDADEIRA. Citação direta do Art. 4º da PNAB.
▶ resposta: B

41 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Qual dos seguintes sistemas de informação em saúde toma por base
informações de um Território Sanitário?

A. SIM.
B. SINAN.
C. SIAB.
D. SINASC.
E. SISVAN.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Sistema de Informação em Saúde
(SIS) como “um conjunto de componentes que atuam de forma integrada por
meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da
informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no
Sistema de Saúde.”

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. É tão somente o sistema de informação de
mortalidade, sem levar em conta o território sanitário.
Alternativa B: INCORRETA. É o sistema de notificação de agravos de notificação
compulsória, de importância epidemiológica do Brasil e no mundo.
Alternativa C: CORRETA. O sistema de informação que toma por base
informações de “Território Sanitário” é o SIAB (Sistema de Informação da Atenção
Básica), implantado para acompanhamento das ações dos resultados das
atividades realizadas pelas equipes do ESF.
Alternativa D: INCORRETA. É o sistema de informação sobre nascidos vivos.
Alternativa E: INCORRETA. É o sistema de vigilância nutricional.

42 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Qual dos seguintes princípios visa a adequar o SUS à diversidade regional
do Brasil?

A. Regionalização.
B. Hierarquização.
C. Descentralização.
D. Igualdade.
E. Universalidade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de
saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para
avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de
órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do
país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema
público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente
aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde
a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando
à prevenção e à promoção da saúde.
resolução:
Alternativa A: INCORRETA. “Regionalização” diz que existem serviços dispostos
em uma dada área geográfica delimitada e com a definição da população a ser
atendida.
Alternativa B: INCORRETA. Os serviços devem ser organizados em níveis de
complexidade tecnológica crescente.
Alternativa C: CORRETA. O princípio que visa a adequar o SUS às diversidades
regionais é o da “descentralização”, que redistribui as responsabilidades
(município, estado, união), com maior responsabilidade aos municípios.
Alternativa D: INCORRETA. Não é princípio do SUS; o princípio relacionado, mas
não sinônimo, é o da equidade.
Alternativa E: INCORRETA. É a garantia de atenção à saúde, por parte do
sistema, a todo e qualquer cidadão (“A saúde é direito de todos e dever do
Estado”).
▶ resposta: C

43 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) A atenção primária à saúde como estratégia de organização do sistema de
atenção à saúde implica obedecer a certos atributos e desempenhar algumas
funções. O atributo referente à existência do aporte regular de cuidados pela
equipe de saúde e seu uso consistente ao longo do tempo é denominado:

A. Integralidade.
B. Longitudinalidade.
C. Coordenação.
D. Resolubilidade.
E. Responsabilização.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A APS está enraizada no compromisso com a justiça social e a equidade e no
reconhecimento do direito fundamental ao mais alto padrão atingível de saúde,
conforme ressaltado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a
sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis [...]”.
O conceito de atenção primária à saúde tem sido repetidamente
reinterpretado e redefinido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu
uma definição coesa baseada em três componentes:
• Garantir que as pessoas tenham acesso a serviços abrangentes de
promoção, proteção, prevenção, cura, reabilitação e cuidados
paliativos ao longo da vida, priorizando estrategicamente as principais
funções do sistema voltadas para indivíduos, famílias e para a
população em geral como elementos centrais da prestação de serviços
integrados em todos os níveis de atenção;
• Agir de forma sistemática sobre os determinantes mais amplos de
saúde (incluindo características e comportamentos sociais,
econômicos, ambientais, bem como das pessoas), por meio de políticas
públicas e ações baseadas em evidências em todos os setores; e

• Empoderar indivíduos, famílias e comunidades para otimizar sua saúde,


como defensores de políticas que promovam e protejam a saúde e o
bem-estar, como codesenvolvedores de serviços sociais e de saúde por
meio de sua participação e como cuidadores de saúde de si mesmos e
de outras pessoas.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A integralidade é um princípio que considera as
pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é
importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção
de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Alternativa B: CORRETA. A longitudinalidade é quando se gera um
acompanhamento ao longo do tempo, para que crie um vínculo com o paciente,
exatamente o que é trazido no enunciado da questão.
Alternativa C: INCORRETA. A coordenação do cuidado pode ser traduzida como
uma organização deliberada do cuidado individual, centrada na pessoa, com o
objetivo de integrar e dar continuidade às várias ações de saúde prestadas por
diferentes profissionais ou em diferentes serviços da rede. É concretizada a partir
do acesso à informação, da responsabilização pelo cuidado e da organização do
fluxo do usuário na rede de atenção à saúde.
Alternativa D: INCORRETA. A resolutividade pode ser alcançada por meio de um
atendimento acolhedor, mediante responsabilização das equipes, com atitudes
criativas e flexíveis. Nesse sentido, o trabalho resolutivo em saúde baseia-se no
cuidado corresponsável, em que prevaleça o protagonismo da equipe
multiprofissional, no sentido de aprofundar os saberes e as práticas no campo da
saúde. Essa ação pressupõe produção de vínculos interpessoais e contratuais,
além de autonomia no processo de trabalho na atenção primária.
Alternativa E: INCORRETA. Vem atrelada à coordenação do cuidado.

▶ resposta: B

44 (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO - PE -


2018) Com informações advindas do Sistema de Informação sobre Nascidos
Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, é possível calcular o
seguinte indicador:

A. Coeficiente de Mortalidade Geral.


B. Taxa Bruta de Natalidade.
C. Coeficiente de Mortalidade Infantil.
D. Coeficiente de Letalidade.
E. Coeficiente de Mortalidade por Sexo.

grau de dificuldade:
dica do autor:
A disponibilidade de informação apoiada em dados válidos e confiáveis é
condição essencial para a análise objetiva da situação sanitária, assim como para
a tomada de decisões baseadas em evidências e para a programação de ações de
saúde. A busca de medidas do estado de saúde da população é uma atividade
central em saúde pública, iniciada com o registro sistemático de dados de
mortalidade e de sobrevivência. Com os avanços no controle das doenças
infecciosas e a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus
determinantes sociais, passou-se a analisar outras dimensões do estado de
saúde, medidas por dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços,
qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais, entre outros. Os
indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a
avaliação das informações produzidas com tal finalidade.
Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese que contêm informação
relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem
como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a
situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de
saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode
variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o
cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a
esperança de vida ao nascer.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O coeficiente geral de mortalidade, ou taxa de
mortalidade geral, refere-se a toda a população e não ao total de óbitos. Não
depende, portanto, dos nascidos vivos.
Alternativa B: INCORRETA. Em demografia, taxa de natalidade é o número de
nascidos vivos anualmente por cada mil habitantes em uma determinada área. A
taxa de natalidade de uma região é o número de nascimentos por mil habitantes
em um ano, não levando em conta a mortalidade.
Alternativa C: CORRETA. Como calculamos o Coeficiente de Mortalidade Infantil?
Número de óbitos < 1 ano/número de nascidos vivos. Portanto, com as
informações do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e do SINASC
(Sistema de Informações sobre Nascidos vivos), podemos calcular esse índice.
Alternativa D: INCORRETA. Coeficiente resultante da relação entre o número de
óbitos decorrentes de determinada causa e o número de pessoas que foram
realmente acometidas pela doença, expressando-se sempre em percentual.
Alternativa E: INCORRETA. Distribuição percentual dos óbitos por sexo, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
▶ resposta: C

45 (UNESP - SP - 2018) A cidade de Morá apresenta cobertura assistencial de 50%


de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Em um de seus bairros, está sendo
implantada uma unidade de ESF em substituição a uma de saúde tradicional. A
população, julgando que o atendimento poderia piorar, reagiu negativamente. A
fim de sensibilizar a população em prol da consolidação do modelo, a equipe da
ESF, em reunião com a comunidade, explica os princípios do novo modelo,
argumentando, corretamente, que:
A. Com a realização da territorialização, será possível a identificação das
fortalezas e fragilidades dos equipamentos da comunidade e melhor
organização do serviço de acordo com suas necessidades.
B. Com a implementação dessa estratégia e a realização da adscrição da
clientela, o atendimento será hierarquizado, com a implantação da rotina de
consulta de enfermagem antecedendo a consulta médica.
C. A mudança de um modelo assistencial preventivo para um modelo curativo
será positiva, pois beneficiará as pessoas com doenças crônicas, sendo
possível realizar assistência domiciliar para pacientes que dela necessitarem.
D. O novo modelo assistencial terá como objetivo principal realizar a
promoção à saúde, o que trará grande diminuição da necessidade de
atendimentos individuais e especializados e visitas domiciliares às famílias.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Questão sobre implantação da Estratégia de Saúde da
Família. A alternativa A está correta, pois a territorialização da área assistida
torna possível identificar os problemas de cada parte desta área, permitindo uma
melhor organização do sistema de saúde para atender à demanda da população.
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta, pois o atendimento não é
hierarquizado, sendo a consulta de enfermagem um componente assistencial
autônomo e não pré-consulta médica.
Alternativa C: INCORRETA. O modelo é também preventivo (não apenas
curativo).
Alternativa D: INCORRETA. Não se restringe à promoção à saúde, mas aborda
também a prevenção, promoção, cura e reabilitação, norteadas pela
integralidade e resolubilidade.

▶ resposta: A

46 (UNESP - SP - 2018) A resolução no 1.805/2006 do Conselho Federal de


Medicina estabelece que, na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis, é
permitido ao médico:

A. Limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida


do paciente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas
existentes e respeitando a vontade do paciente ou de seu representante
legal.
B. Limitar, mas não suspender, procedimentos e tratamentos que prolonguem
a vida do paciente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os
sintomas existentes e respeitando a vontade do paciente ou de seu
representante legal.
C. Lançar mão de tratamentos com intuito de abreviar a vida do paciente,
como forma de reduzir o sofrimento do paciente, desde que respeitada a
vontade do paciente ou de seu representante legal.
D. Limitar, mas não suspender, procedimentos e tratamentos que prolonguem
a vida do paciente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os
sintomas existentes e respeitando a vontade do paciente ou de seu
representante legal, mediante assinatura do termo de consentimento.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão que determina uma referência específica, porém não há necessidade de
se desesperar, visto que não diz nada que já não esteja atualmente escrito no
Código de Ética Médica. Lembre-se de que devemos praticar a Ortotanásia, e que
Eutanásia não apenas é antiética, como também é ilegal.

A resolução em questão diz o seguinte:

“Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos


que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e
incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.
§ 1º O médico tem a obrigação de esclarecer ao doente ou a seu
representante legal as modalidades terapêuticas adequadas para cada situação.
§ 2º A decisão referida no caput deve ser fundamentada e registrada no
prontuário.
§ 3º É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar
uma segunda opinião médica.
Art. 2º O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar
os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o
conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive assegurando-lhe o direito da
alta hospitalar.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.”

resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Se uma intervenção não tem mais capacidade de
beneficiar o paciente, apenas prolongando seu sofrimento, é claro que pode ser
suspensa.
Alternativa C: INCORRETA. Não, isto seria eutanásia.
Alternativa D: INCORRETA. Não é necessário termo por escrito, basta que fique
registrado em prontuário.
▶ resposta: A

47 (UNESP - SP - 2018) Entre as diretrizes gerais para implementação da Política


Nacional de Humanização nos diferentes níveis de atenção à saúde, consta:

A. Sensibilizar os profissionais em relação à violência intrafamiliar.


B. Dar preferência ao atendimento de condições agudas de doença.
C. Garantir o atendimento por profissionais médicos.
D. Desconstruir práticas leigas que induzam pacientes ao autocuidado, sem a
necessária comprovação científica.
grau de dificuldade:

dica do autor:
As diretrizes gerais para a implantação da Política Nacional de Humanização
(PNH) do SUS são:

• Acolhimento;
• Gestão participativa;
• Ambiência;
• Clínica ampliada/compartilhada;
• Valorização do trabalhador;
• Defesa dos direitos do usuário.
resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. Lembre-se do princípio da equidade, segundo a qual
devemos priorizar o atendimento por meio de critérios clínicos ou
epidemiológico-sociais. O simples fato de uma doença ser aguda não significa
que seja grave.
Alternativa C: INCORRETA. O atendimento é garantido de acordo com a
necessidade do sujeito, seja de atendimento por médico, ou por dentista, ou por
psicólogo, ou pelo enfermeiro.
Alternativa D: INCORRETA. A PNH busca valorizar a autonomia dos sujeitos,
compartilhar com o usuário as responsabilidades e as decisões.
▶ resposta: A

48 (UNESP - SP - 2018) A Declaração de Óbito deve ser emitida:

A. Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento,


independentemente da duração da gestação.
B. Em todos os óbitos, à exceção das mortes por causa externa, em que será
emitido documento de uso exclusivo do Instituto Médico Legal.
C. Quando a criança nascer viva e morrer, independentemente do tempo que
tenha permanecido viva, se o peso dela for igual ou superior a 500 gramas.
D. No óbito fetal, independentemente da duração da gestação.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Se a criança nasce viva (respirando ou com batimento
cardíaco) e depois morre, não se trata de óbito fetal, devendo ser

Ó
obrigatoriamente emitida a Declaração de Nascido Vivo e a Declaração de Óbito
(DO).
Alternativa B: INCORRETA. A DO deve ser emitida em todos os óbitos, seja por
causa natural ou violenta (caso em que será emitida pelo médico legista do
Instituto Médico Legal).
Alternativa C: INCORRETA. Se a criança nasceu viva, a emissão da DO é
obrigatória, independente do seu peso.
Alternativa D: INCORRETA. Em casos de óbito fetal, a declaração de óbito deve
obrigatoriamente ser emitida se o feto tiver: > 20 semanas de gestação; OU > 500
gramas; OU > 25 cm de estatura.
▶ resposta: A

49 (UNESP - SP - 2018) Paciente tem morte natural, em hospital, durante final de


semana, com óbito claramente correlacionado com o quadro clínico registrado
em seu prontuário, sendo que o médico que lhe vinha prestando assistência
encontra-se ausente. Nesse caso, a Declaração de Óbito deve ser emitida:

A. Pelo médico plantonista em serviço no hospital.


B. Pelo médico assistente, na primeira oportunidade possível.
C. Pelo Instituto Médico Legal.
D. Pelo Serviço de Verificação de Óbito.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA.
Alternativa B: INCORRETA. A prioridade é que a DO seja emitida pelo médico
que prestou o atendimento, mas ela pode ser tranquilamente preenchida por um
substituto, não havendo necessidade de deixar a família esperando por este
importante documento.
Alternativa C: INCORRETA. A morte foi por causa natural e não há sinais de
violência, logo, não há necessidade de exame do IML.
Alternativa D: INCORRETA. O SVO emite a DO em casos de óbito que não
receberam assistência médica;
▶ resposta: A

50 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ - 2018) Quando aos


Indicadores de Saúde, assinale a alternativa correta:

A. O Coeficiente de Mortalidade Geral é o coeficiente mais apropriado para


comparar os riscos de mortalidade de diferentes populações.
B. Com a queda do Coeficiente da Mortalidade Infantil no Brasil, observa-se
que o maior valor se deve ao componente da mortalidade pós-neonatal.
C. As causas externas de óbito, mesmo não sendo as mais frequentes, são as
que produzem maior número de anos potenciais de vida perdido.
D. A Esperança de Vida ao Nascer no Brasil é semelhante para os sexos
feminino e masculino e próxima dos 70 anos para ambos os sexos.
E. O Indicador de Swaroop-Uemura, embora muito utilizado para
comparações entre locais distintos, sofre distorções devido às diferentes
composições etárias das populações.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. O Coeficiente de Mortalidade geral é um péssimo
indicador para comparar populações, pois não informa quem está morrendo ou
por quê.
Alternativa B: INCORRETA. A queda da mortalidade infantil pós-neonatal foi
muito maior que a da neonatal, pois houve brusca diminuição das mortes por
doenças infectocontagiosas e por fatores ambientais, enquanto boa parte das
mortes neonatais se deve a fatores dificilmente controláveis.
Alternativa C: CORRETA. Causas externas são a maior causa de morte em jovens
(de 1 a 40 anos), ocasionando maior número de anos potenciais de vida perdidos.
Alternativa D: INCORRETA. Em 2017, a esperança de vida das mulheres no Brasil
foi de 79,6 anos, enquanto para os homens foi de 72,5. Embora ambas venham
aumentando, essa diferença é um padrão que se repete já há muito tempo.
Alternativa E: INCORRETA. O Índice de Swaroop-Uemura é um reflexo das
diferentes composições etárias das populações, e é justamente por isso que é um
bom indicador.
▶ resposta: C

51 (HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA - 2018) Ao se pretender realizar


um estudo para comparar a situação de saúde das populações de um dado
município em épocas diferentes, utilizando-se algum indicador de saúde, verifica-
se que os únicos dados disponíveis são referentes ao número de mortes, às datas
dos falecimentos e à idade dos falecidos. Nessa situação, é possível realizar o
estudo:

A. Utilizando-se os Índices de Moraes.


B. Utilizando-se o Índice de Prevalência Lápsica.
C. Utilizando-se o coeficiente de mortalidade geral.
D. Utilizando-se o coeficiente de mortalidade infantil.
E. Somente se forem obtidos mais dados sobre a população.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. As Curvas de Nelson Moraes (CNM) são um indicador
de saúde que usa o índice (proporção) de mortalidade em determinadas faixas
etárias; então, para seu uso, são necessários apenas os dados de mortalidade,
dispensando os dados populacionais.
Alternativa B: INCORRETA. Prevalência Lápsica é a prevalência em um
determinado período, e é calculada pelo número de casos da doença neste
período em relação ao tamanho da população.
Alternativa C: INCORRETA. O Coeficiente (risco) de Mortalidade Geral é um
péssimo indicador de saúde, e é calculado pelo total de mortes dividido pelo
tamanho da população.
Alternativa D: INCORRETA. O Coeficiente (risco) de Mortalidade Infantil é um
bom indicador de saúde, mas é calculado pela razão entre óbitos em menores de
1 ano e o número de nascidos vivos.
Alternativa E: INCORRETA. Existem indicadores, como o as CNM e o Índice de
Swaroop-Uemura, que dispensam dados populacionais e podem ser calculados
apenas com os dados de mortalidade.

▶ resposta: A

52 (UFCG - PB - 2018) Em relação à distribuição das doenças no tempo e lugar, é


certo que:

A. O surgimento de um único caso autóctone de uma determinada doença


em uma região onde nunca tenha ocorrido representa uma epidemia.
B. O surgimento de um único caso alóctone de uma determinada doença em
uma região onde nunca tenha ocorrido representa uma epidemia.
C. Endemia refere-se à presença usual de uma doença, dentro dos limites
esperados, em uma determinada área geográfica, por um período limitado.
D. Surto é uma ocorrência endêmica, na qual todos os casos estão
relacionados entre si, atingindo uma área geográfica pequena e delimitada.
E. Pode-se definir epidemia como a elevação brusca, temporária e
significativamente acima do esperado da prevalência de uma determinada
doença.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Se nenhum caso da doença era esperado, a presença
de um único caso da doença, transmitido dentro do território, já pode ser
considerada uma epidemia.
Alternativa B: INCORRETA. Um caso é alóctone quando a transmissão ocorreu
em um local diferente de onde foi detectado. Neste caso, ainda não ocorreu
transmissão da doença dentro do território.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa faz um jogo de palavras para confundir:
“por um período limitado” está errado; poderia estar correto se escrito como “EM
um período” ou “PARA um período”.
Alternativa D: INCORRETA. Surto é uma ocorrência epidêmica.
Alternativa E: INCORRETA. Epidemia é uma elevação brusca da incidência, do
número de casos, não da prevalência.

▶ resposta: A
Ã
53 (SUS - SÃO PAULO - 2012) Na abordagem teórica conhecida como História
Natural da Doença, o primeiro nível de prevenção está localizado no período:

A. imediatamente posterior ao horizonte clínico, que se caracteriza pelo


diagnóstico precoce e tratamento imediato.
B. anterior ao horizonte clínico, que se caracteriza pelo aparecimento dos
primeiros sinais e sintomas.
C. anterior ao horizonte clínico, que se caracteriza pela fase de incubação.
D. concomitante ao horizonte clínico, que se caracteriza pelo aparecimento
dos primeiros sinais e sintomas.
E. concomitante ao horizonte clínico, que se caracteriza pelo prognóstico.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão que aborda o modelo de história natural da doença proposto por Leavel
& Clark (1976), que apresenta um período pré-patogênese (antes da existência da
doença, caracterizado pelas interações entre a pessoa e os fatores associados ao
surgimento da doença) e um período patogênico (após a doença existir),
subdividido em uma fase pré-clínica (antes do horizonte clínico, do surgimento
dos primeiros sinais e sintomas) e uma fase clínica (após o horizonte clínico). O
primeiro nível de prevenção atua no período pré-patogênese, evitando o
surgimento da doença. A questão pode ter confundido alguns com o conceito de
horizonte clínico, mas não há complicação.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. A prevenção primária atua no período pré-
patogênico, e o horizonte clínico está no período patogênico.
Alternativa B: INCORRETA. Antes do horizonte clínico está o período patogênico
pré-clínico, que se caracteriza pela presença da doença ainda sem manifestações
clínicas, enquanto a prevenção primária atua no período pré-clínico.
Alternativa C: CORRETA. O mesmo que a alternativa anterior.
Alternativa D: INCORRETA. O horizonte clínico caracteriza-se pelo início dos
sinais e sintomas, porém, a prevenção primária atua no período pré-patogênico,
antes do horizonte clínico e da fase pré-clínica.
Alternativa E: INCORRETA. O que caracteriza o horizonte clínico é o surgimento
de sinais e sintomas da doença. O diagnóstico e o prognóstico podem ser
estabelecidos antes disso.

▶ resposta: C

54 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ - 2018) Assinale a


correta. Em relação aos níveis de prevenção, ações como: exames periódicos;
imunização; saneamento básico; redução da dependência social; evitar sequelas
correspondem, respectivamente, aos níveis:

A. Prevenção Secundária, Prevenção Primária, Promoção da Saúde, Limitação


da Incapacidade, Diagnóstico Precoce.
B. Limitação da Incapacidade, Promoção da Saúde, Prevenção Primária,
Prevenção Secundária, Proteção Específica.
C. Prevenção Primária, Prevenção Secundária, Prevenção Terciária, Proteção
Específica, Limitação da Incapacidade.
D. Prevenção Secundária, Proteção Específica, Promoção da Saúde, Prevenção
Terciária, Diagnóstico Precoce.
E. Diagnóstico Precoce, Proteção Específica, Promoção da Saúde, Prevenção
Terciária, Limitação da Incapacidade.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre os níveis de prevenção segundo o modelo de história natural das
doenças de Leavell & Clark. Esta questão é um pouco mais complicada e tem um
foco maior nas subdivisões dos níveis de prevenção:

• A prevenção primária atua sobre fatores de risco (na fase pré-


patogênese, antes de a doença existir), que pode ser subdividida em
medidas de promoção da saúde (modificando os estilos de vida que
aumentem o risco de doenças para melhorar a saúde da população,
como o saneamento básico ou alimentação saudável) ou de proteção
específica (que buscam evitar agravos específicos, como a imunização,
uso de preservativo ou capacete);

• A prevenção secundária atua sobre a fase de patogênese (após a


doença existir), que é dividida em uma etapa pré-clínica (antes do
surgimento de sinais ou sintomas, horizonte clínico) e clínica (após o
horizonte clínico). No período pré-clínico, suas ações envolvem o
diagnóstico precoce com tratamento imediato. Já na fase clínica, a
doença já está plenamente instalada, então as medidas tomadas
envolvem o tratamento eficaz (principalmente de enfermidades
crônicas, como hipertensão arterial ou diabetes) para limitar
incapacidades e evitar sequelas;

• A prevenção terciária é a medida de reabilitação para minimizar as


sequelas já estabelecidas da doença;

• A quaternária trata de evitar iatrogenias.


resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Limitação de incapacidade é prevenção secundária
na fase clínica para evitar sequelas, enquanto reduzir dependência social é atuar
sobre sequelas já estabelecidas da doença (prevenção terciária).
Alternativa B: INCORRETA. A única correspondência correta na alternativa é a
de saneamento básico com prevenção primária, que, no caso, é de promoção da
saúde (imunização é prevenção primária específica, e não de promoção de
saúde).
Alternativa C: INCORRETA. A única correspondência correta é entre limitação de
incapacidade com evitar sequelas.
Alternativa D: INCORRETA. Diagnóstico precoce é a parte da prevenção
secundária que atua na fase pré-clínica, enquanto as medidas tomadas para
evitar sequelas (tratamento eficaz e adequado) são as de prevenção secundária
descritas já na fase clínica para limitação de incapacidade.
Alternativa E: CORRETA. Exames periódicos objetivam o diagnóstico precoce;
vacinas são uma medida de prevenção primária específica, enquanto
saneamento básico é prevenção primária de promoção da saúde; reduzir a
dependência social é amenizar as sequelas já estabelecidas, e evitar sequelas é
prevenção secundária de limitação de incapacidade (na fase clínica).
▶ resposta: E

55 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO DE MORAES - 2018) O


surgimento das doenças emergentes está relacionado a adaptações dos agentes
patogênicos aos seus hospedeiros e a mudanças nas relações entre eles. Sobre
esses aspectos, assinale a alternativa correta:

A. Os vírus que têm DNA como um médio em sua sequência de replicação


não têm polimerase, o que os torna mais sujeitos a mutações.
B. Rearranjo entre poliovírus vacinal atenuado e outros enterovírus
circulantes foi responsável por alguns surtos de poliomielite.
C. Recombinação com vírus de animais foi responsável pela pandemia de
influenza de 1918.
D. Mudanças ecológicas e ambientais aumentaram o contato com o roedor
hospedeiro e precipitaram o surgimento da infecção pelo Hantavírus.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão bastante específica sobre aspectos virais, ambientais, históricos em
epidemiologia.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Vírus de DNA se replicam usando enzimas DNA
polimerase DNA-dependente, e são menos propensos a mutações que os vírus
de RNA.
Alternativa B: INCORRETA. É possível ocorrer mutações e recombinações pela
aplicação da vacina de poliomielite com vírus atenuado (Sabin), levando o vírus
da vacina a adquirir características do vírus selvagem e apresentar
neurovirulência. Porém, os casos conhecidos de poliomielite ocasionados dessa
forma são muito raros e, inclusive, o esquema atual de vacinação utiliza doses da
vacina com vírus inativado antes da Sabin, diminuindo ainda mais esse risco. A
principal causa de surtos de poliomielite é a resistência de pais e mães em
vacinarem os filhos.
Alternativa C: INCORRETA. A pandemia de Influenza H1N1, de 1918, chamada
de Gripe Espanhola, matou cerca de 30 vezes mais que a própria Primeira Guerra
Mundial, que ocorreu no mesmo período. Não existe teoria consensualmente
aceita sobre sua origem. Alguns propõem que tenha sido na França, outros, que
foi nos Estados Unidos da América, outros ainda acreditam que tenha sido na
Á
Ásia. Uma proposta é que um vírus de aves sofreu mutação e infectou porcos que
eram mantidos no fronte da guerra, mas, na verdade, ninguém é capaz de
afirmar com certeza.
Alternativa D: CORRETA. O Hantavírus é transmitido por roedores, e o processo
de urbanização aumentou o contato do homem com este animal, facilitando sua
transmissão.
▶ resposta: D

56 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO - 2011) Em relação às


Políticas Públicas de Saúde no Brasil, leia as afirmações abaixo e marque as
corretas:

I. O INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) foi criado em 1966,


resultante da unificação dos IAPs (Institutos de Aposentadorias e
Pensões).
II. Com a Lei Elói Chaves foram criadas as Conferências Nacionais de Saúde.
III. Durante a República Velha (1889-1930), a ocorrência de epidemias e de
doenças pestilenciais ameaçava os interesses do modelo econômico
agrário-exportador, favorecendo a organização de serviços de saúde
pública e a realização de campanhas sanitárias.
IV. O PPA (Plano de Pronta Ação) foi implantado durante a fase conhecida
como “Autoritarismo” (1964 a 1984), tendo como objetivo atender aos
casos de urgência de qualquer indivíduo, trabalhador formal ou não.
V. Na “Era Vargas” a saúde pública passou a ser institucionalizada, na esfera
federal, pelo Ministério da Educação e Saúde, assim como a medicina
previdenciária e a saúde ocupacional.

São corretas, apenas, as afirmações:

A. I e IV.
B. I, II e III.
C. I, II e V.
D. I, III e IV.
E. III, IV e V.

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: VERDADEIRA. Os IAP, criados em 1930, se organizavam em filiação
por categorias profissionais, e com a união de todos os IAPs criou-se em 1966 o
INPS.
Assertiva II: FALSA. A Lei Eloy Chaves criou a Caixa de Aposentadorias e Pensões
(CAP).
Assertiva III: VERDADEIRA. As epidemias eram um grande problema de saúde
na República Velha, época em que foram criados serviços de saúde pública
(dirigidos por Oswaldo Cruz) e de campanhas sanitárias.
Assertiva IV: VERDADEIRA. A proposta do PPA era de universalizar o acesso à
saúde, principalmente as emergências, de forma que a previdência pagava pelo
atendimento do paciente, ele tendo ou não vínculo previdenciário.
Assertiva V: FALSA. O Ministério da Educação e Saúde foi criado em 1930, na
“Era Vargas”, mas a saúde pública nesta época ainda era bem pouco
institucionalizada na esfera central, sendo muito mais operacionalizada pelo
setor previdenciário, por meio das Caixas de Aposentadoria e dos Institutos de
Aposentadoria de cada categoria profissional.

▶ resposta: D

57 (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - 2018) A vigilância


epidemiológica é o conjunto de atividades que permite reunir a informação
indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história
natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores
condicionantes. As ações previstas pela vigilância epidemiológica visam:

A. Avaliar o impacto que as tecnologias provocam na saúde da população


mais carente.
B. Obter a participação da comunidade na detecção dos problemas regionais
de saúde.
C. Recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.
D. Registrar e divulgar a descentralização dos serviços para os municípios.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Questão sobre vigilância epidemiológica. As alternativas parecem fazer
referência ao texto da Lei nº 8.080/90.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. “Avaliar o impacto que as tecnologias provocam na
saúde” é descrito na Lei nº 8.080/90 como ação da Saúde do Trabalhador, e não
especificamente da população mais carente.
Alternativa B: INCORRETA. “Participação da Comunidade” é um princípio do
SUS, não algo específico da vigilância epidemiológica.
Alternativa C: CORRETA. “Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto
de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.”  (Lei nº 8.080/90).
Alternativa D: INCORRETA. Outro princípio do SUS, não específico da vigilância
epidemiológica.
▶ resposta: C
58 (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - 2018) Sobre as doenças
ocupacionais, a afirmativa correta é: 

A. Silicose é classificada como acidente típico. 


B. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida apenas nos
casos de acidentes típicos.
C. A Perda Auditiva Induzida por Ruídos (PAIR) é classificada como uma
doença profissional.
D. Bissinose é a doença causada pela exposição ao berílio.
E. A Síndrome de Burn-out é considerada uma doença do trabalho.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Silicose é acidente atípico (doença do trabalho).
Alternativa B: INCORRETA. A CAT deve ser emitida em todo tipo de acidente de
trabalho.
Alternativa C: INCORRETA. PAIR é classificada como uma Doença do Trabalho,
que é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado (PAIR, Burn-Out, LER/DORT). Doença profissional é
aquela desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade
(Pneumoconioses, Saturnismo).
Alternativa D: INCORRETA. Bissidiose é causada por inalação da poeira do
algodão, intoxicação por Berílio é a Berilose.
Alternativa E: CORRETA. Correto, veja a explicação na alternativa C.
▶ resposta: E

59 (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ - 2017) Com relação à


agência nacional de saúde suplementar, é CORRETO afirmar que:

A. É órgão governamental responsável pelos planos de saúde, e está


vinculado ao ministério da saúde e ao ministério de desenvolvimento social.
B. É responsável pela normatização dos conceitos de doença e lesão
preexistentes.
C. É responsável pelo controle e fiscalização das operadoras setoriais de
saúde para assegurar o interesse dos planos de saúde.
D. Foi criada pela lei 8.142 em 1990.
E. É responsável pela elaboração dos critérios, obrigações e normas de
procedimentos dos hospitais universitários e hospitais filantrópicos.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é
uma autarquia sob o regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, não ao
ministério de desenvolvimento social;
Alternativa B: CORRETA. “Art. 4º Compete à ANS: … IX - normatizar os conceitos
de doença e lesão preexistentes” - Lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa C: INCORRETA. “Art. 3º A ANS terá por finalidade institucional
promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde,
regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com
prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de
saúde no País.” - Lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa D: INCORRETA. A ANS foi criada pela lei Nº 9.961 de 2000;
Alternativa E: INCORRETA. A ANS regula o setor de operadoras de planos
privados, não normas hospitalares.
▶ resposta: B

60 (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - 2018) A Lei nº


8080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre a participação da iniciativa
privada no SUS. Em relação a essa participação é correto afirmar que:

A. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de


cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do SUS,
aprovados no Conselho Nacional de Saúde
B. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de
cobertura assistencial serão estabelecidos pela iniciativa privada
C. Os serviços privados contratados determinarão as normas técnicas e
administrativas com base nos princípios e diretrizes do SUS, para execução
das suas ações de saúde
D. O SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada,
quando a qualidade dos serviços da inciativa privada for melhor do que as
dos serviços públicos ofertados

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: CORRETA. Quando as disponibilidades do SUS forem insuficientes
para garantir a cobertura assistencial à população, ele pode recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada, com os critérios, valores para a remuneração e
parâmetros de cobertura sendo estabelecidos pela direção nacional do SUS desta
forma.
Alternativa B: INCORRETA. A iniciativa privada pode cobrar qualquer valor para
seus clientes particulares, mas ao atender no SUS, estes valores e critérios são
definidos conforme está na alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. As normas técnicas e administrativas para seu
funcionamento são determinadas pela direção do SUS, não pelo serviço privado
contratado.
Alternativa D: INCORRETA. Apenas quando a disponibilidade de seus serviços
for insuficiente para atender a demanda assistencial da população.
▶ resposta: A
61 (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL - 2018) Os estudos
epidemiológicos capazes de abordar hipóteses epidemiológicas, produzindo
medidas de incidência e, consequentemente, medidas diretas de risco, são
estudos:

A. Seccionais
B. Transversais
C. Ecológicos
D. Caso-controle
E. De coorte

grau de dificuldade:

dica do autor:
O enunciado pede métodos “capazes de abordar hipóteses epidemiológicas”,
então o estudo precisa ser Analítico, e não Descritivo (que apenas descreve uma
população). Pede também que seja capaz de produzir “medidas de incidência” e
“medidas diretas de risco.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Estudos de Inquérito Populacional
(seccionais/transversais) são descritivos, então inadequados para avaliar
hipóteses.
Alternativa B: INCORRETA. Vide alternativa A.
Alternativa C: INCORRETA. Estudos Ecológicos trabalham com dados
secundários, então não produzem medidas de incidência ou risco dos indivíduos.
Alternativa D: INCORRETA. Estudos de Caso-Controle não trabalham com a
população exposta (sob risco), mas com grupos em que o desfecho já ocorreu ou
não. Eles podem até estimar o risco/incidência, através do Odds Ratio, mas isso
não é uma medida direta do risco.
Alternativa E: CORRETA. Coortes avaliam hipóteses de correlação entre fatores e
desfechos, de forma Observacional e Longitudinal, partindo da população
exposta e não exposta, então é capaz de gerar medidas diretas e incidência e
risco.
▶ resposta: E

62 (HOSPITAL SÃO DOMINGOS - 2018) Sobre atestados médicos, sob a


orientação do Código de Ética Médica, julgue os itens abaixo e assinale a
alternativa correta:

I. O médico pode negar-se a atestar atos executados durante o exercício


profissional quando solicitado pelo paciente ou mesmo o seu
representante legal;
II. O atestado médico é um documento onde se materializa a constatação de
um fato médico e suas possíveis consequências;
III. Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico
codificado (CID) ou não, quando por justa causa, exercício de dever legal
ou solicitação do próprio paciente ou representante legal;
IV. Somente aos médicos é facultada a prerrogativa do fornecimento de
atestado de afastamento de trabalho;
V. O médico do trabalho pode discordar dos termos de atestado médico
emitido por outro médico, desde que justifique essa discordância após
devido exame médico.
 
A. V– V– V– F– V
B. F– V– V– F– V
C. V– V– V– V– V
D. F– V– V– F– F
E. F– F– V– V– F

grau de dificuldade:

resolução:
Assertiva I: FALSA; É vedado ao médico deixar de atestar atos executados no
exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou por seu representante
legal.
Assertiva II: VERDADEIRA. Um atestado médico é a declaração por escrito de
um fato médico e suas consequências.
Assertiva III: VERDADEIRA. A eventual divulgação da CID deve ser feita somente
por interesse e em benefício do próprio paciente, devendo acontecer mediante
sua autorização, pois o sigilo pertence a ele, e o médico é seu confidente.
Assertiva IV: FALSA. Odontólogos também podem, no âmbito de sua profissão,
fornecer atestado médico de afastamento do trabalho.
Assertiva V: VERDADEIRA. O médico do trabalho pode discordar de atestado
médico apresentado pelo trabalhador, podendo também estabelecer novo
período de afastamento, de acordo com sua avaliação médica.
▶ resposta: B

63 (INSTITUTO E HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE ANÁPOLIS - 2018) Assinale a


alternativa incorreta:

A. O objetivo das medidas de ocorrência (ou de frequência) é responder se


existe uma associação entre exposição e desfecho
B. Risco relativo é uma medida de associação e corresponde à razão entre os
riscos dos indivíduos expostos e os riscos dos não expostos
C. Quanto mais rara é uma doença, mais o odds ratio se aproxima do risco
relativo
D. Razão de prevalência é a relação entre a prevalência nos expostos ¦
dividida pela prevalência nos não expostos, além de ser a medida de
associação característica do estudo transversal

grau de dificuldade:
dica do autor:
O enunciado pede a alternativa INCORRETA.

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Medidas de incidência são parte da estatística
descritiva, e servem para medir a força da associação, assim como o impacto do
efeito. A existência ou não de associação é avaliada por medidas de estatística
inferencial, como Intervalo de Confiança ou valor p.
Alternativa B: CORRETA. Correto e conceitual.
Alternativa C: CORRETA. Quanto mais rara for a doença, menor vai ser a
Incidência, e com incidências na casa dos 0,01 e adiante, a diferença absoluta
entre o Odds Ratio e o Risco Relativo certamente será menor, visto que a variação
de qualquer medida muitas casas decimais vai ser, por questões matemáticas,
muito pequena. Exemplo, mesmo que você chute a incidência como 0,01, e ela
seja 0,001, seu erro absoluto foi de 0,009.
Alternativa D: CORRETA. A Razão de Prevalências é utilizada em estudos
transversais, como Inquéritos Populacionais e Estudos Ecológicos.
▶ resposta: A

64 (HOSPITAL EVANGÉLICO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - 2018) Um estudo


clínico prospectivo, randomizado e multicêntrico:

A. É suficiente para definir uma questão clínica e deve ser imediatamente


incorporado nos guidelines específicos e servir para pronta mudança
universal de condutas. 
B. É a melhor ferramenta para estudos das doenças raras, para evitar que
essas sejam tratadas apenas com base em relatos de casos ou opinião de
especialistas.
C. É menos difundido em cirurgia, por ser mais laborioso e custoso do que
situações clínicas, além de diversos desafios práticos e metodológicos para
sua realização no âmbito da cirurgia.
D. Tem valor quase nulo com menos de 1000 pacientes arrolados.
E. É limitado por não conseguir estimar o risco relativo e não ter capacidade
de responder questões específicas.

grau de dificuldade:

resolução:
Alternativa A: INCORRETA. Nenhuma pesquisa, por melhor que tenha sido seu
delineamento, é absoluta. É preciso que vários grupos reproduzam a
metodologia para verificar se há consistência nos resultados, o que pode ser
avaliado através de Revisões Sistemáticas, por exemplo.
Alternativa B: INCORRETA. É bastante difícil realizar ensaios clínicos com
doenças muito raras, pois o número de casos, mesmo em centros de referência,
costuma ser pequeno demais para ter boa representatividade. Então o estudo de
doenças muito raras acaba sendo realmente mais feito por meio de relatos de
casos.
Alternativa C: CORRETA. Realizar Ensaios Clínicos na área cirúrgica acaba
envolvendo dificuldades mais complicadas do que na área clínica, seja por
questões éticas ou por questões metodológicas, a exemplo de não ser possível
‘cegar’ o cirurgião ou o paciente para realizar um estudo duplo-cego, algo
relativamente mais simples de ser feito em tratamentos clínicos.
Alternativa D: INCORRETA. Não existe um número limite amostral fixo para
pesquisa alguma, a determinação do tamanho ideal da amostra é feita através de
um cálculo amostral.
Alternativa E: INCORRETA. A medida de análise em Ensaios Clínicos é a
comparação entre o risco de desfechos entre os grupos, sendo expressa por
meio do Risco Relativo, Redução Absoluta do Risco e principalmente pelo Número
Necessário para Tratar. E trata-se de um método analítico, então seu propósito é
justamente responder a questões específicas.
▶ resposta: C

Referências
1. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal; 1988.
2. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da
União 1990.
3. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 2.217, de 27 de setembro de 2018,
modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. Código de Ética Médica.
Diário Oficial da União 01 Nov 2018; Seção 1:179.
4. MEDRONHO RA, BLOCH KV, LUIZ RR, WERNECK GL. Epidemiologia. 2 ed. São Paulo:
Atheneu; 2008.
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Oficial da União 24
ago 2012; Seção 1:46.
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário
Oficial da União 21 set 2017.
7. SILVEIRA AM. Saúde do trabalhador. Belo Horizonte: Nescon/UFMG Coopmed; 2009.
8. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. SIAB: manual do sistema de Informação de Atenção Básica. Brasília: Ministério da
Saúde; 2003.
9. MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Vigilância em Saúde / Departamento de Análise de
Situação de Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito.
Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Resumo Prático
1. O Sistema Único de Saúde – SUS
O SUS foi criado com a Constituição Federal de 1988, onde se lê:

• Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

• Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede


regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I. descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II. atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III. participação da comunidade.
 
Sua regulamentação se deu com a aprovação das Leis Orgânicas do SUS, a lei
nº 8.080/90 e a lei nº 8.142.
 
Lei nº 8.080/90: fala sobre o funcionamento do SUS, seus princípios e as
responsabilidades de esfera do governo.
 
Princípios Doutrinais:

• Universalidade: Acesso à saúde para todos;


• Integralidade: Ser completo, com serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos articulados em conjunto em dentro de todos os
níveis de complexidade;

• Equidade [1]
: Dar mais a quem mais precisa, tratar desigualmente os
desiguais.
 
Princípios Organizacionais:

• Descentralização: Direção única em cada esfera de governo;


• Hierarquização: Organizar os serviços em baixa, média e alta
complexidades;

• Regionalização: Articular os serviços existentes em redes, com


municipalização da gestão;

• Participação da comunidade: A população deve participar do dia a dia do


sistema (conselhos e conferências de saúde).
• A iniciativa privada pode atuar de forma livre e participar do SUS em
caráter complementar, se houver indisponibilidade de serviços
próprios do SUS para garantir a cobertura assistencial de determinada
área. Há a formalização mediante contrato ou convênio, com
preferência a entidades filantrópicas e sem fins lucrativos, de
forma que os serviços contratados se submetam às normas e aos
princípios e diretrizes do SUS.
Lei nº 8.142/90: fala sobre as transferências intergovernamentais de recursos
e da participação popular no SUS. Determina a transferência de recursos
financeiros aos municípios de forma regular e automática.

• Conferência de Saúde: reúne-se a cada quatro anos com a


representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação
de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde
nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

• Conselho de Saúde: de caráter permanente e deliberativo, órgão


colegiado composto por representantes do governo, prestadores de
serviço, profissionais de saúde e usuários, que atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e
financeiros, e cujas decisões são homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo.

• A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências


será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

• As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua


organização e normas de funcionamento definidas em regimento
próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.

Os primeiros anos do SUS se caracterizaram por um período de transição do


modelo antigo (INAMPS) para o novo, e as Normas Operacionais Básicas (NOB)
tiveram o papel de orientar esta etapa.

• NOB 91: Retorna o valor do financiamento dos serviços prestados na


saúde ao mesmo que era anteriormente à lei nº 8.142/90 (por
produção), assim como centraliza a gestão do SUS novamente no
nível federal. Isso ocorreu para permitir que os municípios
gradualmente se adequassem ao novo modelo de gestão e
financiamento.

• NOB 93: Institucionaliza as Comissões Intergestoras Bipartite


(CONEMS) e Tripartite (CONASS/CONASEMS); inicia o processo de
municipalização da gestão; cria a transferência automática e
regular dos recursos financeiros.

• NOB 96: Torna os municípios gestores plenos da atenção básica;


aumenta o valor da transferência de recursos, utilizando mecanismos
como o Piso da Atenção Básica (PAB) fixo e variável.

• NOAS: As Normas Operacionais Da Assistência À Saúde de 2001 e 2002


ampliam a atenção ambulatorial (PAB ampliado), organizam a
regionalização, através dos Planos Diretores de Regionalização e de
Investimentos, assim como introduz a ideia de redes de assistência.

Pacto pela Saúde (2006):

• Defesa do SUS: Reforça o SUS como uma política de estado, e não de


governos, que se concretiza por um movimento de repolitização da
saúde e mobilização social.

• Pela Saúde: Reforça a atenção básica, definindo áreas de prioridade:


Saúde do Idoso / Câncer de Colo de Útero e Mama / Redução da
Mortalidade Infantil e Materna / Doenças Emergentes e Endêmicas /
Promoção da Saúde a Atenção Primária.

• Gestão do SUS: Fortalece a descentralização e as funções de cada esfera


do governo;

Decreto nº 7.508 de 2011: Dispõe sobre a organização do SUS.

• Regiões de Saúde:
São referência para a transferência de recursos;

Instituídas pelo Estado, em articulação com os Municípios,


respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão
Intergestores Tripartite;

Devem ter, no mínimo: atenção primária; urgência e emergência;


atenção psicossocial; atenção ambulatorial especializada e hospitalar e
vigilância em saúde.

• Portas de Entrada do SUS:


Atenção primária; Urgência e emergência; Atenção psicossocial e
Especiais de acesso aberto.

• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME:


Seleção e a padronização de medicamentos indicados para
atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.

• Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde:


Usado para formar a colaboração dos entes federativos na
organização de uma rede interfederativa de saúde.

2. Atenção Básica
As diretrizes da atenção básica no Brasil estão estabelecidas na Política
Nacional de Atenção Básica, com sua versão mais atual na Portaria nº 2.436 de
2017.
A atenção básica surge em um cenário de reorientação da atenção à saúde,
uma substituição do modelo clássico centrado na doença por um modelo
centrado na pessoa, utilizando-se de tecnologias de baixa densidade e de alta
complexidade.
É a porta de entrada preferencial do SUS, o primeiro contato e ordenador
das Redes de Atenção à Saúde, estabelecendo-se na coordenação e integração
do cuidado.

3. Método Clínico Centrado na Pessoa


O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é uma proposta que valoriza a
influência das preocupações e vivências do indivíduo relacionadas à sua saúde ou
doença, além de fatores de natureza subjetiva e pessoal que apresentem forte
influência no desfecho clínico do paciente, mas que sempre foram pouco
valorizados pelo modelo médico tradicional centrado na doença.
 
Foram definidos seis componentes para a aplicação do método:
 
I. Explorar a doença e a experiência da pessoa com a doença: seus
sentimentos e expectativas;
II. Entender a pessoa como um todo: sua história, família, cultura e
comunidade;
III. Estabelecimento de plano terapêutico singular: estabelecer, em
conjunto com a pessoa, um plano para manejo dos problemas;
IV. Incorporar a prevenção e a promoção de saúde: habilitar o indivíduo a
assumir o controle sobre sua saúde e a melhorá-la;
V. Aprofundar a relação médico-pessoa: empatia, compaixão e cuidado na
relação contribuem para o sucesso do projeto terapêutico;
VI. Ser realista: muitas vezes não há como abordar todos os problemas de
uma só vez; é importante dar tempo e espaço à pessoa, acordando o que
deve se priorizado;
 
Existem vários benefícios relatados ao uso do método, como:

• Maior adesão;
• Melhor controle da pressão arterial e da glicemia;
• Maior satisfação da pessoa (e do médico também);
• Menos queixas;
Além disso, o MCCP não aumenta o tempo da consulta.

4. Sistemas de Informação do SUS


Os sistemas de informações do SUS são ferramentas de monitorização da
saúde, com dados coletados de forma contínua e padronizada que fornecem
informações para a análise e compreensão dos problemas de saúde da
população e permitindo a tomada de decisões.

• SINAN – Sistema de Informações de Agravos de Notificação


Alimentado pela Ficha de Notificação (2 vias pré-numeradas)

Considerado o sistema mais importante;

A Lista Nacional de Agravos de Notificação Compulsória está na


Portaria de Consolidação nº 4 de 2017.

• SIM – Sistema de Informações de Mortalidade


Alimentado pela Declaração de Óbito (3 vias pré-numeradas[2])

• SINASC – Sistema de Informações de Nascidos Vivos


Alimentado pela Declaração de Nascido Vivo (DN);

Em caso de parto domiciliar, é emitida pelo cartório.

• SIH-SUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS


Alimentado pela Autorização de Internação Hospitalar (AIH).

• SIA-SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS


Alimentado pelo Boletim de Produção Ambulatorial (BPA) e pela
Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC).

• SIAB – Sistema de Informações da Atenção Básica


Alimentado pela Ficha de Cadastro da Família, Ficha de
Acompanhamento de Grupos de Risco, e pela Ficha de Registro de
Atividades, Procedimentos e Notificações.
• SISVAN – Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e
Nutricional
Monitora municípios de risco para mortalidade infantil.

• SI-PNI – Sistema de Informações do Programa Nacional de


Imunizações

Alimentado pelo Mapa Diário de Registro de Doses Aplicadas e pelo


Boletim Mensal de Doses Aplicadas.

[1]
A equidade não foi descrita na lei nº 8.080/90; nela ainda se fala em “Igualdade”.
A via ROSA fica no prontuário do paciente; [2]
A via AMARELA é entregue à família, que a levará ao cartório para receber a certidão de óbito;
A via BRANCA é recolhida pela Secretaria de Saúde.
 
Informática

Jose Roberto Ancelmo

01 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 1 abaixo,


considere que o usuário digitou no endereço de célula A4, o seguinte: =SOMA
(C1:C3) *MÉDIA (A2; C2) e, logo após, pressionou a tecla Enter do teclado. Que
valor conterá em A4?

Figura 1 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em


sua configuração padrão
 
A. 11
B. 25
C. 66
D. 96
E. 122

grau de dificuldade:

dica do autor:
O ponto e vírgula em uma fórmula é usado para mencionar células distintas, já
os dois pontos são usados para referir um intervalo de células.

resolução:
Podemos ler a fórmula da seguinte maneira: O resultado é igual à soma dos
valores existentes no intervalo de C1 a C3. Sendo assim, temos 9, 5 e 2,
totalizando 16, multiplicado pela média entre os valores das células A2 e C2.
▶ resposta: D

02 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 2 abaixo,


considere que o usuário digitou no endereço de célula B4 o seguinte,
=CONT.SE(A1:D2;”>=10”)^E2 e, logo após, pressionou a tecla Enter do teclado.
Que valor conterá em B4?

Figura 2 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em


sua configuração padrão
A. 8
B. 22
C. 16
D. 25
E. 30

grau de dificuldade:

dica do autor:
Memorize os símbolos das operações para evitar equívocos:
 
I. + (sinal de mais): adição;
II. – (sinal de menos): subtração negação;
III. (asterisco): multiplicação;
IV. / (sinal de divisão): divisão;
V. % (sinal de porcentagem): porcentagem;
VI. ^ (acento circunflexo): exponenciação.
 
Alternativa C: CORRETA. A função CONT.SE conta o número de células existentes
em um intervalo determinado, que corresponde a uma determinada condição.
Nesse caso, o intervalo determinado é de A1 a D2 e contará o número de células
com valor maior ou igual a 10, resultando em 4. Esse valor é então elevado ao
quadro, resultando em 16, já que a operação de exponenciação é representada
pelo símbolo “^”.
▶ resposta: C

03 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 3,


considere que foi digitado no endereço de célula A1 =AGORA() e, logo após, foi
pressionada a tecla Enter do teclado, considere ainda que o recurso Auto-Ajuste,
entre colunas, está acionado, conforme Figura 3. Diga, respectivamente, qual o
conteúdo da célula A1?
Figura 3 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em
sua configuração padrão
A. Somente a data
B. Somente a hora
C. Hora e Data
D. Data e Hora
E. Duas Datas

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A função que retorna a data em uma célula se


escreve =DATA()
Alternativa B: INCORRETA. A função que retorna a hora em uma célula se
escreve =HORA()
Alternativa C: INCORRETA. A função AGORA retorna os dados na ordem que
segue: Data e Hora.
Alternativa D: CORRETA. A função AGORA caracteriza-se por retornar a data e
hora atuais na célula selecionada.
Alternativa E: INCORRETA. Não há uma função que retorne duas datas na
mesma célula.
▶ resposta: D

04 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 4 abaixo,


considere que o usuário digitou no endereço de célula B5, o seguinte:
=PROCH(13;A1:D3;3) e, logo após, pressionou a tecla Enter do teclado. Que valor
conterá em B5?

Figura 4 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em


sua configuração padrão
 
A. 1
B. 4
C. 5
D. 6
E. 13

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se do H de Horizontal, para não confundir o tipo de busca executada na
tabela.

resolução:
Embora muito parecidas, as funções PROCV e PROCH retornam dados de busca
totalmente diferentes, portanto, é preciso saber bem qual o tipo de busca está
sendo efetuada. A função PROCH corresponde a uma busca horizontal, efetuada
na coluna após o valor especificado, nesse caso, 13 na linha 3, resultando em 5.
▶ resposta: C

05 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 5 abaixo,


considere que o usuário digitou no endereço de célula A5, o seguinte:
=SOMA(B2:D4) e, logo após, pressionou a tecla Enter do teclado. Que valor
conterá em A5?

Figura 5 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em


sua configuração padrão
 
A. 128
B. 151
C. 204
D. 193
E. 267

grau de dificuldade:

dica do autor:
Demarque as células utilizadas na fórmula, dessa forma não haverá equívocos.

resolução:
A fórmula corresponde à soma entre os valores existentes no intervalo B2 a D4,
ou seja, 33, 35, 23 e 37, resultando em 128.
▶ resposta: A
06 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 6 abaixo,
considere que o usuário deu um duplo clique com o botão esquerdo do mouse,
configurado para destros, no ícone (diminuir casas decimais). Que valor
conterá em A1?

Figura 6 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em


sua configuração padrão
A. 5
B. 5,6
C. 5,64
D. 5,7
E. 6

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que, ao clicar nos ícones de casas decimais, o valor é arredondado
automaticamente, portanto não se esqueça do seguinte:

Se o valor posterior ao número de casas decimais é:

≥ 4: arredonda para baixo;


≤ 5: arredonda para cima.
 
Alternativa A: INCORRETA. Não é possível obter o número 5 ao reduzir as casas
decimais já que primeiramente seria necessário reduzir 3 casas decimais e o valor
após a vírgula deveria ser menor ou igual a 4, já que o Excel arredonda
automaticamente.
Alternativa B: CORRETA. Ao reduzir as casas decimais o Excel arredonda
automaticamente. Como a segunda casa é menor que 5, ele arredonda para
baixo. Se o valor for igual ou acima de 5 ele arredonda para cima
Alternativa C: INCORRETA. O duplo clique mencionado no enunciado denota a
redução de duas casas decimais e não apenas uma.
Alternativa D: INCORRETA. Como o número após o 6 é 3, o valor é arredondado
para baixo.
Alternativa E: INCORRETA. Para obter esse valor, seria necessário três cliques no
ícone, para reduzir três casas decimais.
▶ resposta: B

07 (FUNDATEC - Prefeitura de Tupandi-RS - 2018) Com base na Figura 7, considere que o


usuário colocou o mouse (configurado para destros) na alça da célula, conforme
a seta abaixo, manteve o botão esquerdo pressionado e soltou no endereço de
célula A4. Que valor conterá em A4?
Figura 7 – Visão parcial de uma planilha do programa Microsoft Excel 2016, em
sua configuração padrão
 
A. 64
B. 66
C. 68
D. 69
E. 72

grau de dificuldade:

resolução:
O valor contido em A4 é 69 já que, por padrão, ao utilizarmos a alça da célula, os
valores são copiados. Isso pode ser alterado clicando-se sobre o ícone, que
aparece após a operação e escolhendo entre as alternativas existentes.
▶ resposta: D

08 (Objetiva Concursos – Santa Rita do Sapucaí-MG - 2018) Observando o


recorte do menu de pastas do Outlook.Live, é possível afirmar que a subpasta é:

A. Rascunho
B. Trabalho
C. Itens Enviados
D. Caixa de Entrada

grau de dificuldade:

dica do autor:
Normalmente, subpastas caracterizam-se por aparecer no menu com recuos e
em submenus, onde o nome da pasta principal vem acompanhado no início ou
fim de uma seta para baixo (ˇ).
Alternativa A: INCORRETA. A pasta Rascunhos é uma pasta principal.
Alternativa B: CORRETA. A pasta Trabalho encontra-se localizada dentro da
pasta Caixa de Entrada.
Alternativa C: INCORRETA. A pasta Itens Enviados é uma pasta principal.
Alternativa D: INCORRETA. A pasta Caixa de Entrada é uma pasta principal.
▶ resposta: B

09 (Objetiva Concursos – Santa Rita do Sapucaí-MG - 2018) Considerando-se o


PowerPoint 2007, analisar os itens abaixo:

I. Os documentos de PowerPoint sempre serão um documento de acesso


irrestritos. Deste modo, não é possível restringir permissão, nem a opção
de criptografar documento.
II. Na área de formatação do Slide, é possível exibir na tela réguas e grades.
 
A. Os itens I e II estão corretos
B. Somente o item I está correto
C. Somente o item II está correto
D. Os itens I e II estão incorretos

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está incorreta pois no PowerPoint, assim como nos demais
documentos do Office é possível restringir a edição e criptografar o documento.
Já a assertiva II está correta pois através da formatação pode-se exibir réguas e
grades que possibilitam auxiliar no posicionamento dos elementos no slide.
▶ resposta: C

10 (Objetiva Concursos – Santa Rita do Sapucaí-MG - 2018) Considerando-se o


Internet Explorer 9, através de Opções da Internet, em Privacidade, ao selecionar
uma configuração para a zona da Internet como Baixo, pode-se afirmar que:

I. Bloqueia cookies de terceiros que não tenham uma política de privacidade


compacta.
II. Restringe cookies de terceiros que salvam informações que podem ser
usadas para contatá-lo sem o seu consentimento implícito.
 
A. Os itens I e II estão corretos
B. Somente o item I está correto
C. Somente o item II está correto
D. Os itens I e II estão incorretos

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I e II estão corretas pois o Internet Explorer 9 para proteger a
privacidade de seus usuários permite que seja configurado em níveis, assim
como outros navegadores como o Chrome, por exemplo. Esses níveis tem vários
critérios de permissão protegendo mais o usuário quando o nível alto é
selecionado.

▶ resposta: A

11 (Objetiva Concursos – Santa Rita do Sapucaí-MG - 2018) O editor de texto


Word 2010 possui uma ferramenta chamada Área de Transferência, usada para:

A. Salvar uma cópia de texto e armazenar em Downloads.


B. Transferir a formatação de textos do Word
C. Armazenar itens copiados de documentos do Office ou de outros
programas para colar em outro documento do Office.
D. Transferir um documento produzido no Word para uma Área codificada e
segura, tornando-a oculta.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A pasta Downloads é utilizada para os Downloads da


Internet.
Alternativa B: INCORRETA. Para transferir a formatação de um texto para o
outro, utiliza-se o Pincel de Formatação localizado na Faixa de Opções, na Guia
Página Inicial
Alternativa C: CORRETA. A Área de Transferência permite que sejam
armazenados até 24 itens copiados e também reorganizados conforme a
preferência do usuário.
Alternativa D: INCORRETA. Somente é possível tornar um arquivo oculto,
ocultando-o em uma pasta criada no Internet Explorer.
▶ resposta: C

12 (UFU/SEI – Univ. Fed. De Uberlândia – 2018) Em relação aos conceitos


básicos sobre Internet e suas ferramentas, marque V se a afirmativa for
verdadeira ou F se for falsa.

[      ] O software, denominado navegador (browser), somente é utilizado para


acessar conteúdo da Internet, e não é cabível de ser utilizado numa Intranet.
[      ] No modo de navegação “InPrivate” do Internet Explorer, o histórico de
navegação assim como os dados de formulários, os nomes de usuários e as
senhas digitadas pelo usuário são excluídos quando a janela do navegador é
fechada.
[      ] Cookies são pequenas informações armazenadas no computador e são
muito utilizados para rastrear e para manter as preferências do usuário. Essas
preferências podem ser compartilhadas, afetando, assim, a privacidade do
usuário.
[      ] O termo spam está relacionado com o processo de baixar arquivos da
Internet para o computador pessoal de um usuário que faz a navegação na Web.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A. V, F, F, F
B. F, V, F, F
C. F, V, V, F
D. V, F, V, V

grau de dificuldade:

resolução:
É falsa a primeira afirmativa, já que é possível ao usuário utilizar o browser em
intranet. A segunda afirmativa é verdadeira já que o modo “InPrivate” tem como
função proteger a privacidade do usuário. A terceira afirmativa é verdadeira pois
cookies são utilizados para armazenar e compartilhar informações com os donos
de sites. A quarta afirmativa é falsa pois o termo spam é usado para referir-se à
e-mails não solicitados.
▶ resposta: C

13 (UFU/SEI – Univ. Fed. De Uberlândia – 2018) Analise as afirmativas


relacionadas com notas de rodapé e com notas de fim no MS Word 2007.

I. Para inserir uma nota de rodapé, pressiona-se a sequência de teclas


Ctrl+Alt+D ou Ctrl+Alt+F para inserir uma nota de fim.
II. Uma nota de fim é igual à nota de rodapé, porém ela aparece no fim do
documento. Por padrão, são numeradas com algarismos romanos (I, II, III
etc.).
III. Por padrão, a numeração das notas de rodapé terá numeração crescente
por todo o documento. É possível mudar isso, fazendo com que os
números sejam reiniciados ao mudar de página ou em quebras de seção
do documento.
IV. O texto de referência de uma nota de fim é apresentado no rodapé da
página.
V. O texto de referência de uma nota de rodapé aparece na parte inferior da
página.

Levando-se em consideração as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.

A. I, II e III.
B. II, III e V.
C. II e IV.
D. Apenas V.

grau de dificuldade:

resolução:
A primeira afirmativa é falsa pois uma nota de fim é inserida através dos
comando Ctrl+Alt+D. A segunda afirmativa é verdadeira já que notas de fim são
exibidas apenas no final dos documentos. A terceira afirmativa é verdadeira já
que através de formatação pode-se alterar a forma de numeração das notas de
rodapé. A quarta afirmativa é falsa pois uma nota de rodapé é inserida através
dos comando Ctrl+Alt+F e uma nota de fim é apresentada apenas no fim do
documento e o texto de referência de uma nota de fim é apresentado no fim do
documento. A quinta afirmativa é verdadeira já que o texto de referência aparece
no rodapé da página,justificando seu nome.
▶ resposta: B

14 (UFU/SEI – Univ. Fed. De Uberlândia – 2018) Considerando-se o uso do MS


Excel 2007, selecione a alternativa que apresenta a fórmula que obtém resultado
em verdadeiro se o conteúdo da célula A2 é menor do que 10 e o da célula B2 é
menor do que 100.

A. =E(A2<10, B2<100)
B. =E(A2>10, B2>10)
C. =E(A2>10, B2<100)
D. =OU(A2>10, B2<100)

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Na alternativa A, as condições são A2 é maior que 10


e B2 é maior que 100.
Alternativa B: INCORRETA. Nessa alternativa, A2 é menor que 10 e B2 também é
menor que 10.
Alternativa C: CORRETA. A função E no Excel busca determinar se todas as
condições em um teste são verdadeiras, retornando assim o valor verdadeiro, se
todas as condições são verdadeiras, ou falso, se uma ou mais são falsas.
Alternativa D: INCORRETA. Nessa alternativa, a função usada é OU, que retorna
verdadeiro quando umas das condições é verdadeira.
▶ resposta: C

15 (UFU/SEI – Univ. Fed. De Uberlândia – 2018) A tabela abaixo apresenta


sequências de teclas de atalho aplicadas no aplicativo MS Word 2007.

Sequência de atalho

I. CTRL+ Backspace
II. CTRL+ W
III. CTRL+ Shift + A
IV. CTRL+ F4

Descrição da ação

[      ] Sair do Word.
[      ] Converter o texto selecionado para letras maiúsculas.
[      ] Fechar um documento.
[      ] Deletar a palavra a esquerda do ponto de inserção.

Correlacione a sequência das teclas de atalho com a descrição da ação e assinale


a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A. III, II, IV e I.
B. IV, III, II e I.
C. III, IV, I e II.
D. II, I, III e IV.

grau de dificuldade:

resolução:
Segundo as teclas de atalho do Word CTRL+F4 é a tecla de atalho para sair do
Word, CTRL+Shift+A converte o texto selecionado em letras maiúsculas, CTRL+W
é a tecla de atalho para fechar um documento e, finalmente, CTRL+Backspace
deleta a palavra à esquerda do ponto de inserção.
▶ resposta: B

16 (UFU/SEI – Univ. Fed. De Uberlândia – 2018) Considerando-se as afirmações


relacionadas com o Sistema Operacional MS Windows 7 e de seus componentes,
analise os itens abaixo.

I. O Controle de Conta do Usuário (User Account Control) é um recurso de


segurança do Windows para impedir que aplicativos modifiquem recursos
ou configurações do sistema sem autorização explícita do usuário.
II. O Monitor de Tarefas é um recurso do Windows que permite criar, editar e
agendar tarefas. Com ele, o usuário pode agendar algo como enviar e-
mail ou abrir um certo programa em determinado dia e hora, dentre
outras.
III. A Central de Ações permite ao usuário controlar as mensagens de
manutenção e de segurança que aparecem na tela do computador.
IV. ReadyBoost é um recurso embutido no Windows 7 que tem por função
alocar tarefas para uma memória externa ao computador com o objetivo
de diminuir a sobrecarga no disco rígido principal.

Em relação às afirmações acima, assinale a alternativa correta.

A. I, II e III estão corretas.


B. II e IV estão corretas.
C. Apenas IV está correta.
D. I, III e IV estão corretas.

grau de dificuldade:

resolução:
A primeira afirmativa é verdadeira pois o Controle de Usuário permite que
apenas o usuário “Administrador” possa efetuar alterações nas configurações do
sistema. A segunda alternativa é falsa pois o que existe é o Gerenciador de
Tarefas à qual também possui o Monitor de Recursos. Através do Gerenciador de
Tarefas podemos verificar os programas sendo executados, a inicialização e o uso
de CPU entre outros recursos. A terceira afirmativa é verdadeira pois através da
Central de Ações o usuário recebe mensagens relevantes para as configurações e
o bom funcionamento do seu sistema operacional. A quarta afirmativa é
verdadeira e existe desde o Windows Vista permitindo que um dispositivo
compatível de memória torne-se um cache de memória temporária para o disco
rígido.

▶ resposta: D

17 (MS Concursos - GHC – 2018) Dentre as alternativas, encontram-se vários


motivos pelos quais podemos perder a conexão com a internet ao utilizarmos
uma rede com fio (Ethernet), exceto:

A. Modem ou switch queimado


B. Placa de rede sem o driver necessário, ou seja, desconfigurada
C. Cabos de rede desconectados.
D. WEP, WPA ou WPA2 não ativados.
E. Configuração de rede inapropriada ou incorreta.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Para uma conexão à internet, é indispensável a


existência de modem ou switch.
Alternativa B: INCORRETA. Para uma conexão à internet, é indispensável a
existência de uma placa de rede e correta e adequada configuração.
Alternativa C: INCORRETA. Para uma conexão à internet, é indispensável que os
fios estejam conectados.
Alternativa D: CORRETA. WEP, WPA e WPA2 referem-se à segurança da conexão
Wi-Fi, protegendo-a através de encriptação, portanto, não se refere à conexão,
mas à segurança de uma rede sem fio.
Alternativa E: INCORRETA. Para uma conexão à internet, é indispensável que a
rede esteja devidamente configurada.
▶ resposta: D
18 (FAUEL - Prefeitura de Maringá-PR - 2018) Qual a linguagem de
programação é utilizada para criar macros dentro do Microsoft Excel 2013 da
guia do desenvolvedor?

A. VB .NET
B. VBA
C. VB6
D. JAVA

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Visual Basic.NET (VB .NET) é uma linguagem de


programação que faz parte do Microsoft Visual Studio.
Alternativa B: CORRETA. A linguagem utilizada para as macros é o VBA. O Visual
Basic for Applications é uma variação do VB6, permitindo que terceiros possam
criar scripts.
Alternativa C: INCORRETA. A linguagem VB6 é a sexta linguagem do Visual
Basic.
Alternativa D: INCORRETA. O JAVA é uma linguagem de programação orientada
a objetos.
▶ resposta: B

19 (FAUEL - Prefeitura de Maringá-PR - 2018) Qual motivo abaixo melhor explica


a segurança do protocolo HTTPs?

A. Utiliza criptografia no tráfego de dados.


B. Impede ataque de malware.
C. Efetua varredura na URL procurando vírus.
D. Impede ataque de phishing.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. O protocolo HTTPs utiliza a criptografia de dados para


proteger os dados de um site. Com isso, busca-se evitar que as informações
trocadas entre servidor e cliente sejam visualizadas por terceiros.
Alternativa B: INCORRETA. O responsável por impedir os ataques de malware é
o antivírus.
Alternativa C: INCORRETA. O responsável por efetuar varreduras é o antivírus.
Alternativa D: INCORRETA. Ataques de phishing normalmente consistem em e-
mails fraudulentos que buscam rastrear falhas na rede através de usuários
menos experientes, tentando acessar computadores para obtenção de
informações privilegiadas.
▶ resposta: A
20 (FAUEL - Prefeitura de Maringá-PR - 2018) Qual sistema de segurança
implícito dentro do Windows10 é responsável por controlar tráfego de entrada e
saída em uma rede interna e externa e criar uma política de segurança no ponto
de rede?

A. Windows Update
B. Configuração TCP/IP
C. Firewall
D. Antivírus

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. O Windows Update é responsável pelas atualizações


do Windows.
Alternativa B: INCORRETA. A configuração TCP/IP responsabiliza-se pela
comunicação na rede.
Alternativa C: CORRETA. O firewall é o responsável pelo controle de tráfego de
entrada e saída das redes internas e externas, protegendo assim o computador
de ataques de internet.
Alternativa D: INCORRETA. O antivírus protege o computador de vírus e outras
ameaças.
▶ resposta: C

21 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) No Windows 7, a combinação de


teclas que pode ser utilizada para alternar entre aplicativos abertos é

A. Alt + Tab
B. Ctrl+ Tab
C. Alt + Shift
D. Ctrl + Shift

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que TAB no inglês refere-se a uma aba de arquivo.
Alternativa A: CORRETA. Para alterar entre as janelas de aplicativos, basta
pressionar as teclas Alt+Tab. Esse atalho também é válido no Windows 10.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não é correta pois altera entre as
janelas de um mesmo aplicativo. Suponhamos que você tenha vários arquivos
abertos no Word. Esse atalho alternará entre eles.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Através destes atalhos é possível alterar o
idioma dos teclados.
▶ resposta: A
22 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) Preencha corretamente as lacunas
do texto.

Para exibir a Lixeira na área de trabalho do Windows 10, clique no botão Iniciar e,
em seguida, em __________ . Clique em Personalização, depois em Temas e, por
último em Configurações dos Ícones da Área de Trabalho.

A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

A. Aparência / Lixeira / Aplicar.


B. Computador / Ícones / Confirmar.
C. Configurações / Lixeira / Aplicar.
D. Windows Explorer / Ícones / Confirmar.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que as configurações de personalização também podem ser
acessadas através de um clique com o botão direito na Área de Trabalho e, em
seguida, em Personalização.
Alternativa A: INCORRETA. A Aparência só pode ser ajustada através das Opções
de Desempenho, encontrada nas Configurações.
Alternativa B: INCORRETA. A opção Computador não existe dentro das
Configurações.
Alternativa C: CORRETA. Para exibir a Lixeira, é necessário clicar em
Configurações, já que as configurações dessa pasta só são acessíveis através
desse painel.
Alternativa D: INCORRETA. A opção Ícones não existe dentro do Windows
Explorer, já que os ícones são controlados pelo menu Exibir, que pode ser exibido
através de um clique com o botão direito na janela do Windows Explorer.
▶ resposta: C

23 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) O programa utilizado para proteger


um computador contra acessos não autorizados vindos da Internet é chamado

A. Worm
B. Firewall
C. Spyware
D. Google Drive

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Segundo a Cartilha de Segurança na Internet, “worm


é um programa capaz de se propagar automaticamente pelas redes, enviando
cópias de si mesmo de computador para computador.”
Alternativa B: CORRETA. O firewall (ou parede de fogo, em tradução literal) é o
responsável pelo bloqueio dos acessos não autorizados pois, através de uma
política de segurança, cria um mecanismo de segurança dos acessos,
autorizando ou bloqueando seu acesso.
Alternativa C: INCORRETA. Spyware é responsável pela proteção de programas
espiões presentes na rede.
Alternativa D: INCORRETA. Google Drive é o sistema de compartilhamento de
arquivos criado pela Google, similar ao DropBox, que atua com armazenamento
na nuvem.
▶ resposta: B

24 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) No Microsoft Excel 2013, cada célula


de uma planilha é referenciada por uma letra e por um número que indicam a
coluna e a linha, respectivamente. Suponha que a célula da 1ª linha e da 1ª coluna
contenham o número 100 e a célula da 2ª linha e da 1ª coluna contenham o
número 200. Para somar os números 100 e 200 existentes nessas duas células, a
fórmula que pode ser inserida em uma célula vazia da planilha é:

A. 1L+2L
B. A1+A2
C. 1A+2A
D. L1C1+L2C1

grau de dificuldade:

resolução:
A grafia correta das células do Excel obedece à seguinte regra. Primeiramente a
letra, em ordem alfabética e, posteriormente, o número. As colunas equivalem às
letras e as linhas aos números. Quando se encerra o alfabeto, as células passam
a ter duas letras, sempre obedecendo à ordem alfabética (AA, AB e, ao fim dessa
série, BA, BB e assim sucessivamente).
▶ resposta: C

25 (FCM - Prefeitura de Guarani-RS - 2019) Uma pessoa, trabalhando com um


documento texto do Microsoft Word 2013, selecionou a guia Layout da Página e
abriu a caixa de diálogo Configurar Página.

A caixa de diálogo Configurar Página permite

A. Inserir marca d’água nas páginas do documento.


B. Alterar a orientação do fluxo do texto de horizontal para vertical.
C. Modificar a orientação das páginas do documento de paisagem para
retrato.
D. Configurar a formatação da fonte padrão utilizada nas páginas do
documento.

grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. A opção para marca d’água encontra-se na guia
Design.
Alternativa B: INCORRETA. A opção para alterar a orientação do texto encontra-
se disponível somente quando está inserido em uma tabela, forma ou caixa de
texto.
Alternativa C: CORRETA. Na caixa de diálogo Configurar Página, podemos
efetuar todas as ações referentes à impressão, bem como o layout de seção,
alinhamento de texto e algumas configurações sobre cabeçalho e rodapé.
Alternativa D: INCORRETA. As opções de configuração das fontes encontram-se
disponíveis na guia Página Inicial.
▶ resposta: C

26 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) Sobre os dados de uma planilha
criada no LibreOffice Calc, foi aplicada a função =SOMASE(A1:A5;”M”;B1:B5). Essa
função permitirá:

A. Somar os valores contidos no intervalo B1 a B5, cujo conteúdo da célula da


coluna A da linha correspondente seja igual a M.
B. Somar o número de vezes que o valor M aparece no intervalo de células A1
a B5.
C. Somar os valores contidos no intervalo de A1 a A5.
D. Somar os valores contidos no intervalo de A1 a A5, cujo conteúdo da célula
da coluna B da linha correspondente seja igual a M.
E. Somar os valores contidos no intervalo B1 a B5.

grau de dificuldade:

resolução:
A função SOMASE soma os valores de um determinado intervalo segundo os
critérios estabelecidos. A sintaxe dessa formula é a seguinte SOMASE(intervalo;
critérios; intervalo _ soma).
▶ resposta: A

27 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) Aplicativos são aplicações


específicas comuns a todos os usuários. Independentemente do tipo, geralmente
os computadores possuem aplicativos para edição de texto, cálculos e outras
aplicações. Sobre aplicativos, associe a segunda coluna com a primeira.

I. Writer
II. Calc
III. Impress
IV. Base
V. Math
 
[      ] Usado para criar apresentações
[      ] Usado para criar documentos
[      ] Usado para facilitar o cálculo de números
[      ] Usado para criar banco de dados
[      ] Usado para editar fórmulas matemáticas

Assinale a alternativa que contém a sequência Correta de associação, de cima


para baixo.

A. V – II – I – III – IV
B. III – IV – V – II – I
C. IV – II – V – III – I
D. IV – V – III – II – I
E. III – I – II – IV – V

grau de dificuldade:

dica do autor:
Estabeleça similaridades entre o LibreOffice e o Microsoft Office bem como
utilize-se da similaridade entre os termos:
 

Microsoft LibreOffice Referência

Word Writer Escrever = Documentos

Access Base Base/Banco de Dados

Calculadora Calc Calculadora

Excel Math Mathematics = Matemática

PowerPoint Impress Impressão= Apresentação

Paint Draw Desenho

 
resolução:
Segundo as informações acima podemos estabelecer o seguinte. O Writer é
usado para criar documentos, Calc para facilitar o cálculo de números, Impress
para apresentações, Base para banco de dados e Math para fórmulas
matemáticas.
▶ resposta: E

28 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) Sobre os componentes de um


sistema computacional, é INCORRETO afirmar que:

A. Hardware são componentes físicos que fazem parte da máquina, tais como
fios, discos rígidos, teclado, mouse e outros.
B. Softwares são os programas que fazem a máquina funcionar, incluindo o
sistema operacional e os aplicativos.
C. O hard drive armazena as informações contidas no computador a longo
prazo.
D. A memória RAM é conhecida como memória não volátil.
E. Uma memória volátil perde o conteúdo armazenado quando a energia de
alimentação é retirada.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta pois a afirmação é


verdadeira.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa está incorreta pois a afirmação é
verdadeira.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta pois a afirmação é
verdadeira.
Alternativa D: CORRETA. Esta alternativa está correta, pois a memória RAM
perderá todos os dados após o encerramento do computador caso não tenham
sido armazenados de forma permanente.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta pois a afirmação é
verdadeira.
▶ resposta: D

29 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) O ____________ é um programa capaz


de se propagar automaticamente pelas redes, enviando cópias de si mesmo de
computador para computador. É notadamente responsável por consumir muitos
recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que costuma
propagar e, como consequência, pode afetar o desempenho da rede e a
utilização do computador.

Assinale a alternativa que CORRETAMENTE preenche a lacuna do texto acima.

A. keylogger
B. spyware
C. worm
D. trojan
E. vírus

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. O keylogger é uma espécie de spyware que capta o


que está sendo digitado no dispositivo.
Alternativa B: INCORRETA. Spyware são softwares espiões, assim como
keyloggers, adwares e screenloggers.
Alternativa C: CORRETA. O worm é um código malicioso que tem como
diferencial propagar cópias de si mesmo. É reconhecidamente uma das ameaças
mais preocupantes devido à velocidade de sua propagação.
Alternativa D: INCORRETA. Trojan são os famosos cavalos de Troia. Ele recebe
esse nome, pois normalmente encontra-se dentro de um programa
aparentemente inofensivo ou um cartão ou página e passa a executar outras
funções.
Alternativa E: INCORRETA. Vírus é um programa ou parte de um programa de
computador que infecta e executa determinadas atividades sem o conhecimento
do usuário.
▶ resposta: C

30 (IFES- Inst. Fed.do Espírito Santo - 2019) As redes Wi-Fi se tornaram


populares pela mobilidade que oferecem e pela facilidade de instalação e de uso
em diferentes tipos de ambientes. Para resolver alguns dos riscos que estas
redes oferecem, foram desenvolvidos mecanismos de segurança. Sobre esses
mecanismos de segurança, associe a segunda coluna com a primeira.

I. WEP (Wired Equivalent Privacy)


II. WPA (Wi-Fi Protected Access)
III. WPA-2
 
[      ] É o mecanismo mais recomendado.
[      ] É considerado frágil e, por isso, o uso deve ser evitado.
[      ] É o nível mínimo de segurança que é recomendado.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta de associação, de cima


para baixo.

A. I – II – III
B. III – I – II
C. I – III – II
D. II – I – III
E. III – II – I

grau de dificuldade:
resolução:
O mecanismo mais recomendado de segurança é o WPA-2, a segunda versão da
WPA e, portanto. mais segura. A WEP tem uma privacidade equivalente à rede
cabeada, portanto, é a mais frágil delas, sendo a WPA o nível mínimo de
segurança recomendado, sendo assim a ordem correta é III – I – II.

▶ resposta: B

31 (IADES – AL-GO - 2019) Internet, intranet e extranet são termos bastante


utilizados no contexto tecnológico, tanto de organizações quanto de residências,
para designar tipos de acessos das redes de computadores. Acerca da intranet, é
correto afirmar que se trata de um tipo de rede:

A. Restrita a um grupo seleto de pessoas e exclusiva de uma organização.


B. Aberta ao público e exclusiva de um grupo de organizações.
C. Restrita a um grupo seleto de pessoas e exclusiva de uma organização e
dos respectivos fornecedores e parceiros de negócio.
D. Aberta ao público e exclusiva de uma organização e dos respectivos
clientes.
E. Aberta ao público e de acesso irrestrito.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A intranet caracteriza-se por ser restrita a um grupo de


pessoas pertencentes a uma empresa. Isso ocorre porque é permitido o acesso
mediante esquemas especiais de segurança.
Alternativa B: INCORRETA. Os dados de uma organização não podem ser
compartilhados para várias organizações já que a intranet se restringe aos dados
exclusivos de uma organização e requer esquemas especiais de segurança para
acessá-los.
Alternativa C: INCORRETA. Os dados de uma organização não podem ser
compartilhados para fornecedores e parceiros já que a intranet se restringe aos
dados exclusivos de uma organização e requer esquemas especiais de segurança
para acessá-los.
Alternativas D e E: INCORRETAS. A intranet baseia-se em esquemas especiais de
segurança ,e por essa razão, não é aberta ao público.
▶ resposta: A

32 (IADES – AL/GO - 2019)

C:\Downloads
C:\Downloads\Aulas
C:\Downloads\Projetos
C:\Downloads\Projetos\Casa Nova

Com relação à estrutura das pastas e subpastas apresentada e considerando que


todas as pastas estão configuradas para permitir a escrita e a leitura para todos
os usuários, bem como guardar arquivos, assinale a alternativa correta.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A. O arquivo de imagem Casa Nova está dentro da pasta Projetos.


B. A pasta Downloads só poderá ser apagada se as respectivas subpastas
forem anteriormente excluídas.
C. A exclusão de Projetos excluirá Casa Nova.
D. O arquivo Projetos pode ser recortado e colado na pasta Aulas.
E. Aulas e Projetos são arquivos com a extensão oculta.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Preste atenção ao enunciado, que diz “com relação à estrutura das pastas e
subpastas apresentada e considerando que todas as pastas estão configuradas
para permitir a escrita e a leitura para todos os usuários” portanto não há
arquivos, mas pastas.
Alternativa A: INCORRETA. Casa Nova é uma pasta, e não um arquivo.
Alternativa B: INCORRETA. Ao excluir a pasta Downloads, todas as subpastas
são excluídas automaticamente já que o Windows não estabelece condições para
a exclusão de pastas.
Alternativa C: CORRETA. Como a pasta Casa Nova encontra-se localizada dentro
da pasta Projetos, sua exclusão acarretará a exclusão de suas subpastas.
Alternativa D: INCORRETA. O arquivo pode ser recortado e colado na pasta
Aulas pois ambas se encontram na pasta Downloads.
Alternativa E: INCORRETA. Ambas são pastas e não arquivos.

▶ resposta: C

33 (IADES – AL-GO - 2019) No Excel 2016, versão em português, configuração


padrão, o que ocorrerá se um usuário selecionar a célula C2 e, em seguida, clicar
em Congelar Painéis > Congelar Linha Superior?

A. As pessoas ficam impedidas de realizar alterações indesejadas na linha


superior.
B. A primeira coluna será mantida visível em todas as planilhas.
C. A linha superior será bloqueada para edição, mas deixada visível.
D. A planilha é dividida em diferentes painéis, a partir da linha superior.
E. A linha superior ficará visível enquanto se rola pelo resto da planilha.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. O recurso Congelar não impede alterações.


Alternativa B: INCORRETA. A orientação é congelar linha e não coluna.
Alternativa C: INCORRETA. O recurso Congelar não impede a edição.
Alternativa D: INCORRETA. Não é possível dividir a planilha em painéis.
Alternativa E: CORRETA. Ao congelar painéis, eles ficarão visíveis enquanto a
rolagem é feita.

▶ resposta: E

34 (IBADE – Prefeitura de Jaru-RO – 2019) A um equipamento composto de


diversos discos rígidos, administrado por um software próprio, que armazena
dados para um ou mais servidores chamamos:

A. Disk Array.
B. Sata Disk
C. SSD Disk
D. Disk Storage
E. Disk Sort

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Matriz de disco, como também é chamada, é um


sistema de armazenamento que contém várias unidades de disco.
Alternativa B: INCORRETA. Sata Disk é a tecnologia de transferência de dados
em série entre dispositivos de armazenamento e um computador.
Alternativa C: INCORRETA. SSD Disk são unidades de armazenamento não
volátil.
Alternativa D: CORRETA. Disk Storage é composto de vários discos rígidos
administrados por um software próprio.
Alternativa E: INCORRETA. Disk Sort ou classificação de disco é uma atividade
executada em bancos de dados.
▶ resposta: D

35 (IBADE – Prefeitura de Jaru-RO – 2019) Existem vários sistemas operacionais


baseados na plataforma Unix. Aquele que não se baseia nesta plataforma é:

A. Solaris
B. HP-UX
C. Linux
D. Redhat
E. Android

grau de dificuldade:

resolução:
O Android baseia-se no Linux e não no Unix. Todos os demais sistemas baseiam-
se no Unix, exceto o Redhat, que é um sistema de distribuição Linux baseado em
Unix. Ele diferencia-se, pois é um sistema multiutilizador, ou seja, vários usuários
podem usar o mesmo computador por meio de terminais, compostos por um
monitor, um mouse e um teclado.
▶ resposta: E

36 (IBADE – Prefeitura de Jaru-RO – 2019) Qual o valor de uma célula em uma


planilha Excel que contém a fórmula =(PAR(35))/2

A. 35
B. 18
C. 7
D. 17,5
E. 37

grau de dificuldade:

resolução:
A função PAR arredonda o número 35 para o par inteiro mais próximo, neste
caso, 36. Em seguida, divide o valor por 2, resultando em 18.
▶ resposta: B

37 (IBADE – Prefeitura de Jaru-RO – 2019) Numa edição em Word, se quisermos


nos referir a um 50 elemento, na forma numérica, como utilizada nesta questão,
podemos digitar o número 50, selecionar o zero e formatá-lo para:

A. Tachado
B. Subscrito
C. Itálico
D. Sobrescrito
E. Negrito

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A formatação tachado apresenta um risco no meio


das fontes retornando 50.
Alternativa B: INCORRETA. A formatação subscrito posiciona o número abaixo
50.
Alternativa C: INCORRETA. A formatação Itálico inclina a fonte 50.
Alternativa D: CORRETA. A formatação sobrescrito posiciona o número acima
50.
Alternativa E: INCORRETA. A formatação Negrito realça a fonte 50.
▶ resposta: D

38 (IBADE – Prefeitura de Jaru-RO – 2019) O item da Barra de Ferramentas do


MS Word em que existe a possibilidade de traduzir um texto selecionado para
outro idioma é:
A. Início
B. Layout da Página
C. Referências
D. Revisão
E. Exibição

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A Guia Início traz configurações de fontes,


alinhamento, numerações, parágrafos e estilos.
Alternativa B: INCORRETA. A guia Layout da Página traz configurações de
margens, orientação, tamanho, colunas, quebras, recuos e alinhamentos.
Alternativa C: INCORRETA. A guia Referências traz configurações sobre o
Sumário, Notas de Fim e Rodapé e Legendas.
Alternativa D: CORRETA. A guia Revisão traz configurações de idioma e
gramática, permitindo a revisão gramatical e tradução em outros idiomas.
Alternativa E: INCORRETA. A guia Exibição controla os modos de exibição do
documento e do próprio Microsoft Word.

▶ resposta: D

39 (UFES – Univ. Fed. do Espírito Santo - 2018) Observe a planilha abaixo, criada
com a finalidade de computar o número de alunos aprovados e de calcular a
média das notas por eles obtidas. Os alunos aprovados são aqueles que
obtiveram média igual ou superior a 7.

Na planilha acima, a coluna A apresenta os nomes dos alunos e a coluna B as


notas alcançadas. As células E1 e E2 exibem, respectivamente, a quantidade de
alunos aprovados e a média das notas por eles obtidas. No caso de as notas dos
alunos serem atualizadas, os resultados apresentados nas células E1 e E2 serão
atualizados automaticamente. Assim, as fórmulas das células E1 e E2 que permite
calcular no Microsoft Excel 2013, respectivamente, o número de alunos
aprovados e a média das notas por eles obtidas, de forma automática, são:
 
A.
 
B.
 
C.
 
D.
 
E.
 

grau de dificuldade:

resolução:
Essa alternativa está correta, pois é necessária uma contagem se os alunos
obtiverem mais de 7 pontos e o cálculo da média é obtido através da soma de
seus pontos divididos pelo número de aprovados. Portanto, as fórmulas
utilizadas são CONTSE e SOMASE.
▶ resposta: B

40 (UFES – Univ. Fed. do Espírito Santo -  2018) Sobre os componentes de


hardware do computador, é INCORRETO afirmar:

A. A placa-mãe é a responsável por interligar os componentes de um


computador como a memória, o processador e o disco rígido.
B. O processador, também conhecido como microprocessador ou CPU
(Central Processing Unit), é um circuito integrado responsável pelas tomadas
de decisões do computador.
C. A memória RAM (Random Access Memory) é uma memória não volátil, ou
seja, uma memória que não perde as informações quando a fonte de energia
é desligada.
D. A placa de vídeo tem a função de enviar sinais para o monitor a fim de que
as imagens sejam nele exibidas.
E. A principal função de um monitor é transmitir informações ao usuário por
meio de imagens.

grau de dificuldade:

resolução:
A primeira afirmativa está correta, pois a placa-mãe recebe esse nome devido à
sua função, onde atua interligando os mais diversos componentes do
computador, fazendo-o funcionar. A segunda afirmativa é igualmente correta, e
podemos levar em conta a tradução do seu nome, “Central da Unidade de
Processamento”. A afirmativa incorreta é a terceira, já que a memória RAM é uma
memória volátil, perdendo todas as informações que não são salvas. A quarta
afirmativa é igualmente correta já que a placa de vídeo é responsável pela
interface gráfica do computador. A quinta afirmativa é correta pois através do
monitor o usuário pode interagir com a máquina, através das imagens ali
exibidas.

▶ resposta: C
41 (CONSULPAM - Prefeitura de Quadra-SP - 2019) No MS Excel 2013 a Caixa de
Nome, conforme representado na imagem é onde podemos:

Fonte: Disponível em https://bit.ly/2M9Y9ch Acessado em 31/07/2018.

A. Identificar o endereço das células.


B. Inserir o conteúdo de uma célula.
C. Selecionar duas ou mais células.
D. Abrir um arquivo do Excel.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois através da caixa de


nome, como o próprio nome diz, identificamos o endereço das células.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B não está correta, pois só é permitido
inserir o conteúdo de uma célula através da barra de forma ou na própria célula.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa C não está correta, pois só podemos
selecionar duas ou mais células usando o cursor do mouse ou digitando na
fórmula.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D não está correta, pois só podemos
abrir um arquivo do Excel utilizando a guia arquivo ou através das teclas de
atalho.
▶ resposta: A

42 (IF/PA- Instituto Federal do Pará - 2019) As alterativas abaixo estão corretas,


EXCETO:

A. O teclado é responsável por inserir dados no computador para que sejam


processados.
B. O estabilizador é um equipamento que tem a função de proteger
aparelhos eletrônicos das variações de tensão que recebe da rede elétrica.
C. O equipamento nobreak também é responsável por alimentar os
dispositivos, em caso de falta de energia elétrica, através de baterias.
D. A fonte de alimentação é um equipamento que recebem energia da rede
elétrica (110 ou 220 Volts) e geram as tensões continuas, necessárias ao
funcionamento interno do computador e seus componentes, mesmo com a
falta da energia elétrica.
E. O monitor é um dispositivo responsável por transmitir informações
geradas pela placa de vídeo.

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está incorreta, pois a função da fonte de alimentação é
transformar a corrente alternada em corrente contínua (AC).

▶ resposta: D

43 (IF/PA- Instituto Federal do Pará - 2019) Nos computadores está presente


uma tecnologia que permite o reconhecimento e configuração automática de
dispositivo quando instalado, trata-se do:

A. Link
B. Plugin
C. Plug and play
D. Processador
E. Browser

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A está incorreta, pois o link é um web


browser free que renderiza páginas complexas.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois o plugin é
responsável por adicionar funções a outros programas.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa C está correta, pois o plug and play é
responsável pelo reconhecimento e configuração automática de qualquer
programa instalado.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois o browser
permite a navegação pela web em diversos sites.
▶ resposta: C

44 (IF/PA- Instituto Federal do Pará - 2019) Analise as seguintes afirmativas


abaixo sobre as formas de salvar um documento no Writer pertencente ao
pacote LibreOffice.

I. Pressione Control + S
II. Clique no botão Salvar na barra de ferramenta principal.
III. Escolha Editar à Salvar

Estão CORRETAS as afirmativas:

A. I e II apenas.
B. I e III, apenas.
C. I apenas
D. II e III apenas
E. I, II e III.

grau de dificuldade:
resolução:
A assertiva I está correta pois a combinação de teclas de atalho Ctrl+S tem como
função salvar o documento. A assertiva II está correta pois através da barra de
principal acessamos o botão de Salvar. A assertiva III está incorreta pois opção de
salvar não depende da opção de editar, como está escrito na afirmação III.

▶ resposta: A

45 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa-MG - 2019) Conforme o “Cert.br”,


considere que há uma ação praticada via internet, em que o golpista procura
induzir uma pessoa a fornecer informações confidenciais ou a realizar um
pagamento adiantado, com a promessa de futuramente receber algum tipo de
benefício. Qual é esse golpe?

A. Furto de identidade
B. Phishing.
C. Fraude de antecipação de recursos
D. Pharming.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A está incorreta, pois o furto de


identidade envolve perda de informações pessoais, como número de cartão de
crédito, senhas, nomes e dados bancários.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois o phishing é
roubos de dados pessoais ou financeiros.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa C está correta, pois a fraude de
antecipação de recursos acontece quando procura-se induzir a vítima a fornecer
informações confidenciais.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois o pharming
redireciona a vítima para sites falsos para roubar número de cartão de crédito e
outros dados.
▶ resposta: C

46 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa-MG - 2019) Sobre o Microsoft Word


2016, considere as afirmativas a seguir.

I. A tecla de atalho “CTRL+O” tem a funcionalidade de criar um novo


documento.
II. A tecla de atalho “CTRL+W” tem a funcionalidade de fechar um documento
sem salvar, tendo ou não alterações.
III. A tecla de atalho “CTRL+A” tem a funcionalidade de abrir um documento
existente.

Estão corretas as afirmativas:

A. I e II, apenas.
B. I e III, apenas.
C. II e III, apenas.
D. I, II e III.

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está correta pois através da combinação de teclas Ctrl+O é possível
criar um novo documento no Word. A assertiva II está incorreta pois ao fechar o
documento o Word abre uma janela onde pergunta se o usuário deseja ou não
salvar as alterações. A assertiva III está correta pois através das teclas de atalho
Ctrl+A pode-se abrir documentos.

▶ resposta: B

47 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa-MG - 2019) No Microsoft Excel 2016, há


a opção de proteger uma planilha. Essa proteção não contempla o bloqueio da
seguinte funcionalidade:

A. Formatar células
B. Inserir colunas
C. Renomear a planilha
D. Usar AutoFiltro

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa C está correta, pois apenas a opção “renomear planilha” está
disponível durante a proteção de uma planilha.
▶ resposta: C

48 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa-MG - 2019) Uma das funcionalidades


do Microsoft Excel 2016 é o congelamento de painéis. Quando se opta pela
utilização dessa funcionalidade, há a opção de escolher três tipos de
congelamento. “Congelar Painéis” significa congelar:

A. A primeira coluna da planilha.


B. A primeira linha da planilha.
C. A primeira linha e a primeira coluna da planilha.
D. Todas as linhas e colunas anteriores à célula que está selecionada.

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está correta, pois o congelamento contempla todas as células
anteriores à selecionada.
▶ resposta: D

49 (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa-MG - 2019) São motivos de travamento


do sistema operacional Windows 10, exceto:

A. Driver de hardware.
B. Problemas em softwares.
C. Driver de Software
D. Vírus

grau de dificuldade:

resolução:
Como trata-se de um travamento do sistema operacional, as causas relacionadas
normalmente se relacionam à configurações relacionadas a softwares e
hardware, sobrecarga e problemas relacionados à segurança, tais como vírus,
trojan e spywares. É importante mencionar que existem drivers apenas para
hardware, já que trata-se de um controlador de dispositivo.

▶ resposta: C

50 (AVANÇA - Prefeitura de Pereiras-SP - 2019) Assinale a alternativa que


apresente alguns modos de exibição de documento disponíveis no MS Word
2010:

A. Paginação, Etiquetas e Envelopes


B. Localização, Autuação e Manuseio
C. Layout de Impressão, Salvamento Automático
D. Rascunho, Layout de Impressão e Layout de Web
E. Folha de Rosto, Coluna Simples, Coluna Dupla

grau de dificuldade:

resolução:
Modos de exibição no Word são os modos disponíveis para visualização do
usuário do texto redigido no Word. Através deles o usuário pode visualizar o
resultado final de um texto impresso ou a web, por exemplo.

▶ resposta: D

51 (AVANÇA - Prefeitura de Pereiras-SP - 2019) Que nome se dá ao recurso


utilizado no MS Power Point 2010, que permite ao usuário armazenar todas as
informações sobre o tema e os layouts de slide de uma apresentação, inclusive o
plano de fundo, as fontes, a cor, os tamanhos de espaços reservados e o
posicionamento?
A. Manuseio de Slides.
B. SmartPlus.
C. Slide Mestre.
D. Animação Cortada.
E. Super EX.

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa está correta, pois o Slide Mestre permite armazenar todas as
informações referentes à formatação do slide, aplicando-o em todas as
apresentações.
▶ resposta: C

52 (AVANÇA - Prefeitura de Pereiras-SP - 2019) Se o usuário quiser evitar que


cookies, histórico de sites visualizados e dados sejam gravados pelo navegador
web, ele deverá optar pelo(a):

A. Bloqueador de pop-ups.
B. Destravador de senhas.
C. Tecla de refúgio.
D. Navegação anônima.
E. Caixas móveis.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, pois apenas bloqueia


pop-ups.
Alternativas B, C e E: INCORRETAS. Estas alternativas estão incorretas, pois
browsers não fornecem aos usuários este tipo de recurso.
Alternativa D: CORRETA. A alternativa D está correta, pois ajuda o usuário a
evitar todos os tipos de recursos indesejados.
▶ resposta: D

53 (AVANÇA - Prefeitura de Pereiras-SP - 2019) Como se sabe, o URL utilizado na


barra de endereço de um navegador identifica o tipo de informação que será
encontrado no sítio eletrônico visitado. No Brasil, o domínio REC.BR é utilizado
para identificar sítios de empresas com atividades típicas de:

A. Entretenimento.
B. Turismo.
C. Atividades governamentais.
D. Grupos de televisão.
E. Apostas online.
grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois o entretenimento é


uma das categorias do domínio REC.BR.
Alternativa B: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a categoria de
domínio de turismo é a tur.
Alternativa C: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a categoria de
domínio de atividades governamentais é a gov.
Alternativa D: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a categoria de
domínio de grupos de televisão é tv.
Alternativa E: INCORRETA. Essa alternativa estão incorretas pois não fazem
parte das categorias disponibilizadas para o domínio REC.BR.
▶ resposta: A

54 (AVANÇA - Prefeitura de Pereiras-SP - 2019) No que se refere ao sistema


operacional Windows 7, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa
correta:

I. O sistema operacional não possui um assistente para configuração de rede


sem fio.
II. A conexão com a internet e o concentrador de rede são elementos
opcionais de hardware para funcionamento de uma rede ponto a ponto.
III. Para acessar pastas compartilhadas, os usuários devem possuir uma
conta de usuário e uma senha.
IV. O sistema operacional possui um assistente para configuração de rede
sem fio.
 
A. Apenas os itens I e II são verdadeiros.
B. Apenas os itens II e III são verdadeiros
C. Apenas os itens II e IV são verdadeiros
D. Apenas os itens III e IV são verdadeiros
E. Apenas os itens II, III e IV são verdadeiros

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está incorreta e a assertiva IV está correta, pois o sistema possui um
assistente de configuração da rede possibilitando assim o acesso do usuário à
rede sem fio. A assertiva II está correta pois o uso de internet e concentradores
de rede não é obrigatório para redes ponto a ponto. A assertiva III está correta
pois apenas usuários com conta e senha podem acessar pastas compartilhadas.

▶ resposta: E
55 (IBADE - IABAS – 2019) O Word permite a criação de tabelas compostas por
linhas e colunas que formam as células. A criação de uma tabela é possível
através da seguinte opção da Barra de Ferramentas:

A. Exibição
B. Referências
C. Layout da página
D. Inserir
E. Correspondências

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está correta, pois apenas a opção Inserir permite a criação de
tabelas e colunas.
▶ resposta: D

56 (IBADE - IABAS – 2019) Numa Planilha Excel, considere os seguintes valores


nas células: B1=10, C1=8 e D1=2. O valor de A1 na fórmula A1 =(B1+C1*12)/D1-7
será:

A. 46
B. 28
C. 26
D. 52
E. 38

grau de dificuldade:

resolução:
Essa alternativa está correta, pois o valor do resultado é 46, já que a formula é
(10+8*12)/2-7

▶ resposta: A

57 (IBADE - IABAS – 2019) O Power Point permite exibir filmes em suas


apresentações. O item da barra de ferramentas utilizado é:

A. Design
B. Animações
C. Inserir
D. Exibição
E. Apresentação de Slides

grau de dificuldade:
resolução:
A alternativa A está incorreta pois a guia Design permite ao usuário alterar
configurações relacionadas às cores e fontes do tema, relacionando-se assim à
configuração dos slides. A alternativa B está incorreta pois a guia Animações
refere-se às configurações de animações dos slides permitindo ao usuário
configurar as animações nos slides como efeitos e durações dos mesmos. A
alternativa C está correta pois através da guia Inserir o usuário pode inserir não
somente elementos gráficos e tabelas, mas também mídias como vídeo e música.
A alternativa D está incorreta pois a guia Exibição é responsável pelo tipo de
Exibição bem como as configurações do Slide Mestre. A alternativa E está
incorreta pois a guia Apresentação de Slides permite que o usuário configure sua
apresentação ou até mesmo a grave.

▶ resposta: C

58 (IBADE - IABAS – 2019) O software que NÃO é um sistema operacional:

A. Windows Server
B. Solaris
C. Linux
D. Microsoft Office
E. Android

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está correta, pois o Microsoft Office não é um sistema
operacional, na verdade, trata-se de uma suíte de aplicativos voltados para o
ambiente de escritório, facilitando e automatizando rotinas diárias.
▶ resposta: D

59 (IBADE - IABAS – 2019) Um IP é um (uma):

A. Modelo da CPU
B. Roteador
C. Interface
D. Linguagem de Programação
E. Endereço de Rede

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa E está correta, pois o IP é um endereço de rede, representado por
um número, responsável pela identificação de um computador na rede. Através
dele é possível identificar a interface de hospedeiro ou de servidor bem como o
endereçamento de localização.
▶ resposta: E

60 (IBADE - IABAS – 2019) O que é uma Macro no programa Microsoft Word


2016, em sua configuração padrão?

A. São referências cruzadas utilizadas em tabelas indexadas, a partir de uma


formatação.
B. Uma série de comandos e instruções agrupadas como um único comando
para realizar uma tarefa automaticamente.
C. É um resumo de um documento inserido como nota no fim de uma página.
D. É um Estilo de documento vinculado com extensões diferentes, que
mantém a mesma identidade do documento.
E. É uma paginação de memória, usada de forma forçada em documentos
que possuem a Auto Correção.

grau de dificuldade:

resolução:
Macros são comandos que permitem executar uma série de ações através de um
único comando. Essa opção poderá ser configurada não somente para o
documento em questão, mas para todos os documentos do Word. Dessa forma o
usuário reduz o tempo em que executava determinada tarefa através de um
único clique.

▶ resposta: B

61 (ITAME - Prefeitura de Avelinópolis-GO - 2018) Em relação ao pincel de


formatação do Microsoft Word 2010 é correto afirmar:

A. Copia a formatação de um local e aplica em outro local.


B. Realiza a cor de realce no texto selecionado e formata as tabelas em
questão.
C. Recorta o realce de cor e aplica em outro local preservando a formatação
de origem.
D. É utilizado somente na formatação de tabelas sem a necessidade de copiar
para outro local.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois esta é a função do


pincel de formatação.
Alternativa B: INCORRETA. A função do realce no texto é obtida através do
botão localizado ao lado do botão de seleção de cor da fonte localizado na guia
Página Inicial e as tabelas são formatadas através de guias específicas.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Essas alternativas estão incorretas, pois não é
a função do pincel de formatação.
▶ resposta: A

62 (ITAME - Prefeitura de Avelinópolis-GO - 2018) No Microsoft Word, existem


vários recursos que melhoram a qualidade do texto para a leitura após
impressão. O recurso Alterar Estilos representado com ícone na AA, realiza quais
funções abaixo:

A. Altera conjuntos de estilos, cores, fontes e espaçamentos de parágrafos,


usado no documento.
B. Realiza a função de organizar a janela, dividir tabelas e formatação da
régua.
C. Altera conjuntos específicos de cores e fontes, preservando o texto original
sem a opção de realizar a estrutura de tópicos.
D. Permite o usuário modificar a formatação do texto trabalhando no layout
da web através do painel de navegação em alternância com várias janelas já
formatadas.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois o recurso de Alterar


Estilos realiza esta função.
Alternativa B: INCORRETA. A função de organizar janela e formatação da régua
é obtida através da guia Exibir, dividir tabelas na guia layout.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Essas alternativas estão incorretas, pois não
realizam as funções do recurso Alterar Estilos.

▶ resposta: A

63 (ITAME - Prefeitura de Avelinópolis-GO - 2018) No navegador Google


Chrome, existe uma opção de abrir uma janela utilizando o recurso Nova Janela
Anônima. Ao utilizar este recurso é correto afirmar:

A. O Chrome não salvará as seguintes informações: seu histórico de


navegação, cookies e dados de sites e informações fornecidas em
formulários.
B. Este recurso é liberado somente com a versão paga do Google Chrome Pro.
C. O Chrome salvará apenas seguintes informações: seu histórico de
navegação, cookies e dados de sites e informações fornecidas em
formulários.
D. Este recurso é utilizado para minimizar o impacto na rede interna deixando
o navegador mais rápido e livre de ameaças de vírus.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. Esta alternativa está correta, pois o recurso Nova Janela
Anônima não salvará suas informações.
Alternativa B: INCORRETA. Não existe o Google Chrome Pro, pois o Chrome é
um navegador gratuito fornecido pelo Google.
Alternativas C e D: INCORRETAS. Essas alternativas estão incorretas, pois não
contemplam o recurso Nova Janela Anônima.
▶ resposta: A

64 (ITAME - Prefeitura de Avelinópolis-GO - 2018) Ao pressionar no teclado a


tecla F1 com a janela do Google Chrome ativa o que ocorre:

A. Abre uma janela de Ajuda do Google Chrome.


B. Acessa as configurações avançadas do navegador.
C. Realização a função master da barra de tarefa.
D. Exibe a página em tela cheia.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois ao pressionar a tecla


F1 abre uma janela de ajuda do Google Chrome.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois não é possível
acessar as configurações avançadas através de teclas de atalho.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa C está incorreta, pois não existe uma
função master na barra de tarefas.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois o modo tela cheia
é exibido através da tecla F11.
▶ resposta: A

65 (ITAME - Prefeitura de Avelinópolis-GO - 2018) A função PGTO no excel é


caracterizado por qual ação:

A. Retorna o valor máximo de um conjunto de argumentos, realizando a o


pagamento da taxa de juros.
B. Calcula o pagamento de um empréstimo com base em pagamentos e em
uma taxa de juros constantes.
C. Calcula o número de células em um intervalo que contém número de um
pagamento específico.
D. Retorna os juros cumulativos pagos entre dois períodos.

grau de dificuldade:

resolução:
A função PGTO é responsável por calcular o pagamento de empréstimo tendo
como constantes os pagamentos e as taxas de juros, obedecendo a seguinte
sintaxe PGTO(taxa, nper, vp, [vf], [tipo]) sendo:

a. Nper: número total de pagamentos pelo empréstimo.


b. Vp (obrigatório): valor presente ou a quantia total agora equivalente a
uma série de pagamentos futuros; também conhecido como principal.
c. Vf (opcional): valor futuro ou saldo que você deseja obter depois do
último pagamento. Se vf for omitido, será considerado 0 (o valor futuro de
determinado empréstimo, por exemplo). O número 0 (zero) ou 1 e indica o
vencimento dos pagamentos.
▶ resposta: B

66 (UFG/CS – Câmara Municipal de Goiânia-GO - 2018) Seja o aplicativo para


planilha eletrônica Microsoft Excel, que foi instalado em Português, em que a
vírgula é o caractere decimal. Considere que a célula B1 possui a expressão
=SE(A1<1000;A1*1,1;A1*1,2).Se a célula A1 possuir o valor 1100, então a célula B1
terá o valor:

A. 880
B. 990
C. 1210
D. 1320

grau de dificuldade:

resolução:
A fórmula SE obedece à seguinte sintaxe: SE(condição, valor se verdadeiro, valor
se falso). Sendo assim, 1100 não é menor que 1000, retornando o valor de 1100
multiplicado por 1,2, o que totaliza 1320.
▶ resposta: D

67 (UFG/CS – Câmara Municipal de Goiânia-GO - 2018) A criptografia é um


mecanismo que busca garantir a segurança da informação. A criptografia de
chave pública utiliza criptografia:

A. simétrica de chave única, que serve para criptografar e para


descriptografar a mensagem.
B. simétrica de duas chaves, e ambas servem para criptografar e para
descriptografar a mensagem.
C. assimétrica de duas chaves, em que uma chave é pública e a outra chave é
privada.
D. assimétrica de duas chaves, em que ambas são chaves públicas.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, pois a criptografia


simétrica de chave única é a chave privada, onde a mesma chave é
compartilhada pelo emissor e o destinatário.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, pois a criptografia
simétrica utiliza apenas uma chave.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa C está correta, pois essa é a criptografia
de chave pública. Nesse sistema, a chave privada é usada para decifrar
mensagens e a pública para cifrar um conteúdo. Dessa forma, pode-se garantir
uma maior segurança na troca de dados.
Alternativa D: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a criptografia
assimétrica de duas chaves obrigatoriamente conta com uma chave pública e
outra privada.
▶ resposta: C

68 (UFG/CS – Câmara Municipal de Goiânia-GO - 2018) Os dispositivos de


comunicação de dados referem-se a equipamentos para o uso e controle de uma
rede de computadores, visando promover a comunicação entre os componentes
participantes da rede. Dois dispositivos físicos de comunicação são:

A. Roteador e switch.
B. Protocolo e roteador.
C. Switch e TCP/IP.
D. TCP/IP e Internet.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A alternativa A está correta, pois esta opção é a única


com dispositivos físicos que promove a comunicação entre os componentes
participantes da rede.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois protocolo não é
dispositivo físico.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa C está incorreta, pois TCP/IP não é um
dispositivo físico.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois TCP/IP e internet
não são dispositivos físicos.

▶ resposta: A

69 (UFG/CS – Câmara Municipal de Goiânia-GO - 2018) No sistema Windows, a


nomeação de arquivos e pastas obedece a algumas regras para tornar um nome
válido. Nesse sentido, os nomes de:

A. Arquivos limitam extensões de até dois caracteres.


B. Pastas podem conter letras minúsculas e números.
C. Pastas podem ter extensões, mas seu tamanho é limitado em dois
caracteres.
D. Arquivos podem conter qualquer caractere especial disponível a partir do
teclado.

grau de dificuldade:
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois extensões de
arquivos devem ter 3 ou mais caracteres (xls, pdf, docx).
Alternativa B: CORRETA. A alternativa B está correta, pois obedece as regras
para tornar o nome de um arquivo válido, além de letras minúsculas e números,
também permite o uso de hífen e underline.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois pastas não
possuem extensões.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois arquivos não
permitem caracteres como “/”, entre vários outros.

▶ resposta: B

70 (FUNDATEC - IMESF-RS - 2018) Por padrão, as extensões .ODS e .ODT,


respectivamente, pertencem a que programas do Pacote LibreOffice 5.0?

A. Impress e Writer.
B. Calc e Writer.
C. Writer e Impress.
D. Impress e Calc.
E. Calc e Impress.

grau de dificuldade:

resolução:
Por padrão a extensão .ODS pertence ao programa Calc, ou seja um arquivo de
planilha como o .XLS no Excel. A extensão .ODT pertence ao programa Writer
sendo um arquivo de texto.  Já as extensões dos arquivos Impress são .ODP e
.OTP.

▶ resposta: B

71 (FUNDATEC - IMESF-RS - 2018) O Ícone Navegador , frequentemente


utilizado no programa Impress do Pacote LibreOffice 5.0, instalado em sua
configuração padrão, está associado a que tecla de atalho?

A. Ctrl+Shift+N.
B. Ctrl+Alt+N.
C. Ctrl+Shift+F5.
D. F5.
E. Ctrl+Shift+F12.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A está incorreta, pois essa tecla de


atalho abre a caixa de diálogo Modelos e Documentos.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois essa tecla de
atalho não existe.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa C está correta, pois essa tecla de atalho
está associada ao ícone Navegador.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois essa tecla de atalho
exibe a apresentação de slides.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois essa tecla de atalho
não existe.
▶ resposta: C

72 (FUNDATEC - IMESF-RS - 2018) Os submenus , pertencentes ao


programa Writer do Pacote LibreOffice 5.0, instalado em sua configuração
padrão, estão localizados em que Menu?

A. Arquivo.
B. Inserir.
C. Ferramentas.
D. Formatar.
E. Editar.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A está incorreta, pois os submenus não


estão localizados no menu Arquivo, já que ele trata dos comandos principais
como abrir, salvar, novo arquivo, imprimir, compartilhar e outros.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está incorreta, pois os submenus não
estão localizados no menu Inserir, já que ele conta com opções de tabela, folha
de rosto, imagens, formas, vídeo, hyperlink, comentário, entre outros.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa C está incorreta, pois não existem tais
opções no menu Ferramentas. Nele, estão contidos itens como idioma e
ortografia, por exemplo.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois o menu Formatar
determina configurações de cores, por exemplo.
Alternativa E: CORRETA. A alternativa E está correta, pois os submenus estão
localizados no menu Editar.

▶ resposta: E

73 (FUNDATEC - IMESF-RS - 2018) Com base no programa Calc do Pacote


LibreOffice 5.0, em sua configuração padrão, presuma que o usuário digitou no
endereço de célula A4 o seguinte: =B1+$C1+D1 e, logo após, copiou e colou a
fórmula para o endereço de célula B5. Qual a fórmula que estará regravada em
B5?

A. =B1+$C1+D1
B. =B2+$D2+E3
C. =C2+$C4+E6
D. =E2+$C5+D9
E. =C2+$C2+E2

grau de dificuldade:

dica do autor:
Lembre-se que quando o cifrão antecede uma linha ou coluna, a mesma é
bloqueada e não se altera.

resolução:
Ao passar a fórmula para a célula B5, devemos considerar que, em cada célula
que não está bloqueada, haverá a adição de uma célula para baixo e para o lado,
já que B5 está uma coluna e uma linha abaixo de A4. Como $C está bloqueado,
no segundo elemento da fórmula acrescenta-se a linha, mas não a coluna.

▶ resposta: E

74 (IBFC – Minas Gerais Adm e Serviços - 2018) Um analista, baseando-se na


busca por quantidade de arquivos por tipo de documento (extensão) no Google,
compilou que o formato PDF é o mais popular entre os diferentes formatos de
arquivos de texto. Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou
Falso (F).

[      ] PDF é o formato proprietário da empresa Adobe e é mais popular por ser


muito robusto na manutenção da formatação original.
[      ] DOCx é o formato preferencial adotado pelo MS-Word. Em sua versão atual,
ele não é significativamente diferente do formato DOC. Foi originalmente
adotada por este software até um passado, relativamente recente, de cerca de
uma década.
[      ] O formato TXT, codifica texto simples não registrando marcas de
formatação, fontes, cores etc. Outro arquivo comum na rede que é codificado em
texto simples é o arquivo-fonte HTML, ainda que, interpretados nos browsers,
gerem marcação de texto e insiram formatação no hipertexto.

Assinale a alternativa que apresenta, de cima para baixo, a sequência correta.

A. V, V, V
B. V, F, V
C. V, F, F
D. F, V, V

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está correta pois o formato PDF é extremamente útil, destacando-se
por manter a formatação original dos arquivos. A assertiva II está incorreta, já
que o formato DOCx é mais eficiente e bem diferente da extensão DOC. Ele é
baseado no formato Extensible Markup Language, o que permite que seja aberto
em outros programas de Open Office. A assertiva III está correta pois ambos os
formatos, TXT e HTML não registram formatação.

▶ resposta: B

75 (IBFC – Minas Gerais Adm e Serviços - 2018) Analise a seguinte fórmula


utilizando funções em uma planilha de Excel: =SOMA(A1:A3)/CONT.NÚM(B1:B3)
Assinale a alternativa que contenha a fórmula equivalente indicada acima.

A. =(A1+A3)/CONT.NÚM(B1:B3)
B. =(A1+A3)/CONT.SE(B1:B3;”<>”&””)
C. =(A1+A2+A3)/CONT.NÚM(B1;B2;B3)
D. =(A1+A2+A3)/3

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, pois não soma a


célula A2.
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, pois não soma a
célula A2 e usa a função CONT.SE, que é diferente da CONT.NUM e apresenta
erros em sua sintaxe.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa está correta, pois SOMA(A1:A3) reflete a
soma das células A1, A2 e A3 e a função contar números retorna o número de
células que contém números, neste caso, B1, B2 e B3.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois não sabemos se há
números nas três células da fórmula CONT.NUM.
▶ resposta: C

76 (IBFC – Minas Gerais Adm e Serviços - 2018) Sites públicos, armazenados em


servidores comerciais e indexados nos buscadores populares como o Google,
compõem a internet acessada pela grande parte dos usuários da rede de
computadores. Entretanto, existe uma infraestrutura de rede e de navegação que
expande essa possibilidade em algo conhecido como deep web. Um exemplo é a
rede implementada pelo sistema Tor (do inglês The Onion Router, ou Roteador
Cebola), no qual os sites hospedados não serão, por exemplo, localizáveis pelos
buscadores tradicionais. A informação da rede e o processamento dos dados
durante a navegação do usuário são realizados em diversos dos nós
pertencentes (em uma estrutura de acesso em camadas) e a informação é
encriptada. O sites da rede Tor são identificados pela extensão .onion em seu
domínios e, são acessados pelos usuários através do browser Tor, desenvolvido a
partir do Firefox. Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso
(F).

[      ] O rastreamento dos dados de navegação de um usuário na rede Tor com o


Tor browser em sites .onion é praticamente impossível.
[      ] Os sites https://facebookcorewwwi.onion/ e
http://3g2upl4pq6kufc4m.onion/ podem ser acessados por browsers como o
Firefox ou o Google Chrome.
[      ] Uma rede oculta dos mecanismos tradicionais de busca e visita foi
provavelmente desenvolvida para uso na propagação de pornografia e venda de
drogas.
[      ] Se um usuário da rede Tor acessa um site normal da rede http está
comprometendo a segurança dos demais usuários da rede Tor.
[      ] A estrutura descentralizada do acesso aos sites na rede Tor e o processo de
criptografa devem inviabilizar a realização de buscadores de conteúdo como o
Google.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

A. V, V, F, V, F
B. V, F, V, F, V
C. V, V, V, V, F
D. V, F, F, F, V

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está correta, pois a primeira e quinta afirmativas representam a
função da rede Tor. Em relação à segunda afirmativa, não é possível acessar sites
.onion de browsers comuns, apenas através do Tor Browser. Em relação à terceira
afirmativa, a rede Tor foi criada para proteger em relação à privacidade e
censura. Já em relação à quarta afirmativa, o único exposto ao risco é quem
acessa, já que sites HTTP não são protegidos por criptografia.

▶ resposta: D

77 (IBFC – Minas Gerais Adm e Serviços - 2018) A tecla de atalho para a inclusão
de hiperlink é utilizada nos mais variados aplicativos e em diferentes sistemas
operacionais. Assinale a alternativa que contém a sequência de teclas de atalho
utilizada nos aplicativos mais populares, entre eles, Microsoft Office, LibreOffice e
o Google Suite.

A. Ctrl + L
B. Ctrl + k
C. Ctrl + link
D. Ctrl + F5

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A está incorreta, pois essa é a tecla de


atalho da navegação.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa B está correta, pois essa é a tecla de
atalho para a inclusão de hiperlink.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa C está incorreta, pois essa tecla de
atalho não existe.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D está incorreta, pois não existe essa
tecla de atalho nesses aplicativos.
▶ resposta: B

78 (SEADE - SEASTER-PA – 2018) Um spyware é um programa desenvolvido para


monitorar as atividades de um sistema e enviar as informações coletadas para
terceiros. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correspondente a
um programa que pode ser classificado como um spyware.

A. Rootkit
B. Backdoor
C. Adware
D. Vírus
E. Worms

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o rootkit permite,


através de programas e técnica, assegurar a presença de um invasor ou outro
código malicioso no computador.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o backdoor é um
programa que permite o retorno de um invasor a um computador
comprometido.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa C está correta, pois o adware pode ser
classificado como um spyware, sendo projetado para exibir propagandas.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o vírus é um
programa que se propaga criando cópias dele mesmo e contaminando cópias de
outros arquivos.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois worms se propagam
pelas redes enviando cópias de si mesmo.
▶ resposta: C

79 (SEADE - SEASTER-PA – 2018) Acerca de criptografia e segurança da


informação na internet, assinale a alternativa correta.

A. A data correta do computador impede que certificados válidos sejam


considerados confiáveis.
B. A assinatura digital permite comprovar a autenticidade e a integridade de
uma informação.
C. O certificado eletrônico é um registro digital composto por um conjunto de
dados que distingue uma entidade e associa a ela uma chave privada.
D. Chave é o meio adotado para a troca de informações.
E. Criptografia é utilizada somente para enviar uma mensagem que deve ser
lida por um destinatário específico.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a data não influi
na validação do certificado.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa B está correta, pois é contemplada pela
criptografia e segurança da informação na internet.
Alternativa C: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois se associa a uma
chave pública.
Alternativa D: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois chaves atuam na
encriptação e autenticação.
Alternativa E: INCORRETA. Essa alternativa está incorreta, pois a criptografia
tem sido utilizada para propiciar mais segurança entre os dados trocados.
▶ resposta: B

80 (SEADE - SEASTER-PA – 2018)

Maria estava ensinando a Nina, a nova colega de trabalho, o procedimento


adotado pelo departamento para tratar arquivos e pastas no Explorador de
Arquivos do Windows 10, versão em português. Maria explicou a Nina que o
ícone apresentado equivale à ação de:
A. Colar itens em uma pasta.
B. Recortar arquivos.
C. Colar apenas arquivos.
D. Copiar os itens selecionados para a área de transferência.
E. Transferir itens para uma pasta diferente.

grau de dificuldade:

resolução:
A alternativa D está correta, pois o ícone apresentado equivale à ação de copiar
os itens selecionados para a área de transferência. Para facilitar a memorização
podemos relembrar a forma como são representados outros ícones como
recortar através da tesoura e colar através da prancheta.

▶ resposta: D

81 (IDECAN - CRF/SP - 2018) A imagem, a seguir, de uma planilha no Excel 2013


contextualiza a questão. Analise-a:
Quanto à planilha exibida, ao utilizar a tecla de função F11 será produzido o
seguinte efeito:

A. Insere uma nova planilha.


B. Exibe a caixa de diálogo Salvar como.
C. Cria um gráfico dos dados no intervalo atual em uma folha de Gráfico
separada.
D. Abre o Editor do Microsoft Visual Basic for Applications, no qual se pode
criar uma macro utilizando o Visual Basic for Applications (VBA).

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. O atalho responsável por inserir uma nova planilha é


SHIFT + F11
Alternativa B: INCORRETA. O atalho responsável por abrir uma caixa de diálogo
de Salvar como é CONTROL + SHIFT + S
Alternativa C: CORRETA. A letra C exprime de forma clara e concisa o efeito que
teremos caso pressionemos a tecla F11.
Alternativa D: INCORRETA. O atalho para abrir o editor de macros é ALT + F11.
▶ resposta: C

82 (IDECAN - CRF/SP - 2018) Identifique a alternativa que NÃO possui uma


função matemática e trigonométrica preexistente no Microsoft Excel 2013.

A. Função SEC.
B. Função BASE.
C. Função DECIMAL.
D. Função COMBINAR.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A função SEC pertence à categoria de Matemática e


trigonometria e retorna a secante de um ângulo.
Alternativa B: INCORRETA. A função BASE pertence à categoria de Matemática e
trigonometria e converte um número em uma representação de texto com a
base determinada.
Alternativa C: INCORRETA. A função DECIMAL pertence à categoria de
Matemática e trigonometria e converte a representação de texto de um número
em uma determinada base em um número decimal .
Alternativa D: CORRETA. A função COMBINAR não existe na documentação do
Excel 2013. O mais perto de COMBINAR é a função COMBINA, que pertence à
categoria de Matemática e trigonometria e retorna o número de combinações
(com repetições) de um determinado número de itens.
▶ resposta: D

83 (IDECAN - CRF/SP - 2018) No Microsoft Office Word 2013, é possível utilizar


códigos de campo para inserir campos que podem fornecer  informações
atualizadas automaticamente, como a hora, o título, os números de página e
assim por diante. Nesse contexto, observe a tabela a seguir:

A respeito da tabela mostrada, é correto afirmar que:

A. Os campos <CAMPO 1> e <CAMPO 2> podem ser associados


respectivamente às fórmulas “SUM(LEFT)” E “SUM(TOP)”.
B. Os campos <CAMPO 1> e <CAMPO 2> podem ser associados
respectivamente às fórmulas “MULT(LEFT)” E “SUM(TOP)”.
C. Os campos <CAMPO 1> e <CAMPO 2> podem ser associados
respectivamente às fórmulas “PRODUCT(LEFT)” E “SUM(ABOVE)”.
D. Os campos <CAMPO 1> e <CAMPO 2> podem ser associados
respectivamente às fórmulas “PRODUCT(LEFT)” E “MULT(ABOVE)”.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A função SUM(LEFT) fará com que sejam somado


todos os valores à esquerda de <CAMPO 1> quando o que é desejado é a
multiplicação dos valores. SUM(TOP) não existe. Os quatros valores para SUM
são: ABOVE (acima), LEFT (esquerda), BELOW (abaixo), RIGHT (DIREITA)
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa apresenta-se como incorreta pelo fato
das funções MULT e SUM, utilizando como parâmetro TOP, não existirem na
declaração do Microsoft Word 2013.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa expressa exatamente o pedido. Utilizando
a função PRODUCT(LEFT) faremos a multiplicação dos itens à esquerda de
<CAMPO 1>, ou seja, multiplicaremos o valor estimado por unidade de cada linha
com a quantidade estimada. A função SUM(ABOVE) somará todos os valores
acima de <CAMPO 2>, resultando no valor do TOTAL GERAL.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa D é incorreta por utilizar a função
MULT, que não existe na especificação do Microsoft Word 2013.

▶ resposta: C

84 (IDECAN - CRF/SP - 2018) No Microsoft Office 2013, o botão Mostrar Tudo é


uma opção que permite ativar ou desativar um modo de exibição. Ele aparece na
guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, escolha Mostrar/Ocultar.

Enumere adequadamente a segunda coluna de acordo com a primeira.

A sequência está correta em:

A. 1, 5, 4, 2, 3.
B. 4, 5, 1, 2, 3.
C. 4, 2, 1, 5, 3.
D. 1, 4, 2, 5, 3.

grau de dificuldade:

resolução:
Detalharei em seguida como podemos visualizar na prática cada uma das opções
pedidas pelo enunciado.

1. Hifens opcionais: podemos inseri-los utilizando o atalho CONTROL + -


(hífen).
2. Para inserir um texto oculto, selecionamos o texto desejado, clicamos
em Fonte na seção de efeitos e em “Oculto”.
3. Para inserir um caractere de tabulação, basta pressionar a tecla TAB
(logo acima da tecla CAPS LOCK).
4. Espaços: basta pressionar a barra de espaço.
5. A toda quebra de linha (pressionando a tecla ENTER), o caractere de
marca de parágrafo será exibido.

▶ resposta: B

85 (IDECAN - SEJUC-RN - 2018) Analise as seguintes afirmativas sobre a


ferramenta Microsoft Office Excel 2007 (configuração padrão).

I. O assistente para criação de tabelas dinâmicas está disponível no grupo


Tabelas da guia Dados.
II. O recurso Proteger Planilha está disponível no grupo Alterações da guia
Exibição.
III. O recurso que permite adicionar formas como retângulos e círculos está
disponível no grupo Ilustrações da guia Inserir.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

A. I.
B. II.
C. III.
D. II e III.

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está incorreta pois o assistente para criação de tabelas dinâmicas
está localizado na aba INSERIR e em seguida TABELA DINÂMICA.
A assertiva II está incorreta pois o recurso para proteger uma planilha está
disponível no momento de salvamento da mesma na seção FERRAMENTAS.
A assertiva III está correta pois na aba INSERIR ainda podemos adicionar tabelas
dinâmicas, gráficos e símbolos.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa é incorreta porque é formada pela
junção das alternativas A e B e ambas apresentam-se como incorretas.
▶ resposta: C

86 (IDECAN - SEJUC-RN - 2018) Considere a planilha produzida com a ferramenta


Microsoft Office Excel 2007 (configuração padrão).

Analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

[      ] Se na célula A7 for digitada a fórmula =MÉDIASE(B4:D4;”>1000”), o resultado


apresentado será 1225.
[      ] Se na célula B7 for digitada a fórmula =ARRED(((C3-B3)/7);2), o resultado
apresentado será 42,86.
[      ] Se na célula C7 for digitada a fórmula =SE((B4+C4)<B2;POTÊNCIA(B5;2);(D5-
E5)), o resultado apresentado será 90.000.
[      ] Se na célula D7 for digitada a fórmula =SE(NÃO(B3>C3);”SIM”;”NÃO”), o
resultado apresentado será NÃO.

A sequência está correta em

A. V, V, F, F.
B. V, F, V, F.
C. F, V, V, F.
D. F, F, V, V.

grau de dificuldade:

resolução:
Na primeira assertiva, usamos a fórmula MÉDIASE para ter a média aritmética do
intervalo B4:D4 apenas incluindo as células com valores maiores que 1000
resultando em 1700.
Na segunda assertiva temos a operação ((C3-B3)/7)  em conjunto com a fórmula
ARRED para arredondar em 2 casas decimais resultando no valor 42,86.
Na terceira assertiva temos a fórmula SE para verificar se a operação (B4+C4) é
menor que B2, como é positivo retornamos o valor de B5 elevado a 2 com a
fórmula POTÊNCIA.
Na quarta e última assertiva, verificamos se B3 é maior que C3 resultando em
uma negação, com o uso da fórmula NÃO invertemos o resultado e ao usar a
fórmula SE temos o valor “SIM”.

▶ resposta: C

87 (IDECAN – Ministério da Saúde - 2017) Na ferramenta Microsoft Office Excel


2007 (configuração padrão), o grupo Ferramentas de Dados da guia Dados
apresenta um conjunto de recursos para validação e consistência de dados em
planilhas produzidas com a ferramenta. São recursos disponíveis no grupo em
questão, EXCETO:

A. Consolidar.
B. Teste de hipóteses.
C. Validação de dados.
D. Remover duplicatas.
E. Consistência de funções.

grau de dificuldade:

resolução:
O recurso de consistência de funções não existe no Excel, logo, também não se
encontra na Ferramentas de Dados.
▶ resposta: E

88 (IDECAN - Ministério da Saúde - 2017) Na ferramenta Microsoft Office Word


2007 (configuração padrão), o recurso de mala direta permite a criação de uma
carta-modelo impressa ou enviada várias vezes através de email, remetendo cada
cópia a um destinatário diferente. No grupo iniciar mala direta da guia
correspondências, pode ser utilizado o recurso iniciar mala direta, que possui
diversas opções, EXCETO:

A. Cartas.
B. Etiquetas.
C. Envelopes.
D. Memorandos.
E. Mensagens de E-mail.

grau de dificuldade:

resolução:
A funcionalidade Mala Direta permite produzir modelos de comunicação em
massa com mais eficiência, oferecendo como possibilidades a criação de cartas,
e-mails, envelopes e etiquetas, enquanto memorando é um modelo de
documento que pode ser criado a partir de Word.

▶ resposta: D

89 (IDECAN - Ministério da Saúde - 2017) Analise as afirmativas sobre a


ferramenta Microsoft Office Word 2007 (configuração padrão).

I. Equação, símbolo e objeto são recursos disponíveis no grupo Símbolos da


guia Inserir.
II. O recurso atualizar sumário está disponível no grupo Índice da guia
Referências.
III. O recurso contar palavras está disponível no grupo Revisão de Texto da
guia Revisão.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

A. I.
B. II.
C. III.
D. I e II.
E. II e III.

grau de dificuldade:

resolução:
A assertiva I está incorreta pois o recurso Objeto não faz parte do grupo
Símbolos, e sim do grupo Texto. A assertiva II está incorreta pois o recurso
Atualizar sumário está no grupo Sumário. A assertiva III está correta pois o
recurso Contar palavras está de fato no grupo Revisão de Texto da guia Revisão.
▶ resposta: C

90 (IDECAN- Ministério da Saúde -2017) Analise as afirmativas sobre a


ferramenta Microsoft Office Excel 2007 (configuração padrão).

I. O recurso Teste de Hipóteses é utilizado para testar diversos valores para as


fórmulas de uma planilha através das opções: gerenciador de cenários,
atingir meta e tabela de dados.
II. A ferramenta em questão permite a exportação de dados externos de
diferentes fontes como: arquivos de Access, páginas web, arquivos de
texto e outras fontes de dados.
III. O recurso Excluir semelhanças é utilizado para excluir as linhas duplicadas
de uma planilha. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
 
A. I. 
B. II.
C. III.
D. I e II.
E. II e III.

grau de dificuldade:

Assertiva I: CORRETA. A ferramenta Teste de Hipóteses permite testar diferentes


conjuntos de valores em uma ou mais fórmulas¹ para explorar todos os possíveis
resultados.
Assertiva II: INCORRETA. A ferramenta que contém essas possibilidades é
chamada de Obter Dados Externos, contida na guia Dados, e permite importar
dados e não exportar, como mencionado na afirmativa.
Assertiva III: INCORRETA. O nome da ferramenta para remover linhas
duplicadas é Remover Duplicadas², contida no grupo Ferramentas de Dados da
guia Dados.
▶ resposta: A

91 (IBFC - EBSERH - 2017) Dada a figura abaixo, onde foi capturada a tela do
editor de texto do LibreOffice, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao
texto selecionado e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
cima para baixo:
[      ] A fonte utilizada é Liberation Serif, tamanho 12.
[      ] O nome do arquivo é Teste de Escrita.odt
[      ] O texto selecionado foi alinhado à esquerda.
 
A. V - V - V
B. V - V - F
C. V - F - V
D. F - F - V
E. F - F - F

grau de dificuldade:

resolução:

Para chegar à resposta, basta fazer uma análise de cada ponto.

Assertiva I: Verdadeira. A fonte utilizada, junto com o seu tamanho, aparece na


parte lateral da esquerda, logo abaixo do ícone de tesoura (nome da fonte) e
desfazer (tamanho da fonte).
Assertiva II: Verdadeira. O nome do arquivo aparece no topo, no meio da
imagem. Ao lado do nome do arquivo, está a frase “LibreOffice Writer” para
indicar o nome do software da família LibreOffice que estamos utilizando.
Assertiva III: Verdadeira. O ícone para alinhamento à esquerda aparece na
parte lateral da direita junto aos ícones de centralizar ou alinhar à direita.
▶ resposta: A

92 (FGV - AL-RO - 2018) O computador que possui maior capacidade de


armazenamento de dados é o que tem um disco rígido de:

A. 2 TB.
B. 512 GB.
C. 1 KB.
D. 1024 MB.
E. 256 B.

grau de dificuldade:

dica do autor:
As questões que tratam sobre unidade de capacidade de armazenamento tentam
confundir o candidato ao colocar a maior unidade de grandeza associada, na
maior parte das vezes, ao menor valor numérico. O candidato precisa estar
atento para não se deixar levar por números “grandes” associados a unidades de
grandeza de valor pequeno.
Alternativa A: CORRETA. É alternativa correta por apresentar o valor de 2
terabytes, sendo essa a maior unidade de capacidade de armazenamento
presente na lista. Acima dessa unidade de grandeza existe o petabyte (não
presente na lista).
Alternativa B: INCORRETA. A unidade de gigabyte está logo abaixo da unidade
de terabytes na ordem de grandeza das unidades de armazenamento. 1024
gigabytes formam 1 terabyte.
Alternativa C: INCORRETA. O kilobyte ou KB apresenta-se como a 2ª menor
unidade de medida de capacidade, aparecendo após a unidade do byte (B).
Alternativa D: INCORRETA. O megabyte é a 3ª menor unidade de presente na
lista, vindo logo após a unidade de kilobyte. 1024 megabytes formam 1 gigabyte.
Alternativa E: INCORRETA. O byte é a menor unidade de capacidade de
armazenamento. 1024 bytes formam 1 megabyte.

▶ resposta: A

93 (FCC - TRT 14ª Região (RO e AC) - 2018) No Explorador de Arquivos do


Windows 10, um profissional observou a existência de um pendrive conectado ao
computador, onde, dos 64 GB de capacidade total, há apenas 3,2 GB livres.
Nessas condições, será possível armazenar nesse pendrive:

A. Um arquivo de vídeo de 4294967296 bytes.


B. Um arquivo de vídeo de 4294967296 bytes.
C. Vários arquivos de texto que totalizam 3704409292 bytes.
D. Vários arquivos de imagem que totalizam 0,0038 TB.
E. Um arquivo de vídeo de 3290443 KB.

grau de dificuldade:

Alternativas A e B: INCORRETAS. Estão incorretas porque 4.294.967.296 bytes


equivalem à 4,29 gigabytes, ou seja, um espaço maior do que o citado como
disponível no enunciado.
Alternativa C: INCORRETA. A assertiva está incorreta porque 3.704.409.292
bytes equivalem à 3,70 gigabytes, espaço maior do que 3,2 gigabytes disponíveis.
Alternativa D: INCORRETA. 0,0038 TB equivalem à 3,8 gigabytes, ou seja, espaço
superior aos 3,2GB citados como disponíveis no enunciado da questão.
Alternativa E: CORRETA. A conversão de 3.290.443 KB para gigabytes resulta em
3,290 gigabytes, sendo esse o valor que mais se aproxima dos 3,2 gigabytes do
enunciado.
▶ resposta: E

94 (COPESE - UFT - 2018) Sobre os meios de armazenamento de dados em um


computador, assinale a alternativa incorreta.
A. O CD-RW (CD-ReWritable) é um disco óptico que permite ser gravado várias
vezes.
B. Um disco magnético é composto de um ou mais pratos de alumínio com
um revestimento magnetizável.
C. O DVD-RW (Digital Versatile Disc ReWritable) é um tipo de armazenamento
magnético que permite apenas a leitura.
D. Os SSDs (Solid-State Disks) são discos feitos de memória flash não volátil.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. O CD-RW permite ser gravado várias vezes. Ele


possui seis camadas e permite inúmeras gravações por ser feito de material
sensível que, ao contato do calor, apaga o conteúdo existente, permitindo nova
gravação.
Alternativa B: INCORRETA. Os discos magnéticos ou HD são os meios de
armazenamento mais utilizados nos computadores de mesa e notebooks. Os
pratos são o material onde os dados são gravados através de um dispositivo
chamado cabeça de leitura e escrita, espécie de agulha responsável por ler e
escrever dados nos discos.
Alternativa C: CORRETA. O DVD-RW, assim como CD-RW, são dispositivos de
armazenamento óptico que permitem escrita e leitura inúmeras vezes. O
principal dispositivo de armazenamento magnético é o HD.
Alternativa D: INCORRETA. Os SSD, diferentemente dos HD, não possuem
partes móveis, possuem maior velocidade de escrita e leitura (são mais rápidos) e
possuem maior resistência a intempéries.
▶ resposta: C

95 (IDIB - CRF-RJ - 2018) São exemplos de memórias de computador, EXCETO:

A. Cache.
B. RAM.
C. USB.
D. Disco rígido.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A alternativa apresenta um tipo de memória (cache),


responsável por facilitar a transferência de processos da memória para os
registradores e vice-versa.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa apresenta um tipo de memória
(primária), responsável por armazenar os processos a serem executados ou em
execução.
Alternativa C: CORRETA. USB se refere a um tipo de conexão de periféricos, não
um tipo de memória.
Alternativa D: INCORRETA. O disco rígido é um tipo de memória (secundária)
caracterizada por não ser volátil, isto é, em um desligamento do sistema, não
apaga os dados gravados.
▶ resposta: C

96 (IDIB - CRF-RJ - 2018) Considerando os seguintes dispositivos, determine


aquele que é considerado uma memória ROM.

A. Pendrive.
B. Disco rígido.
C. Disquete.
D. CD.

grau de dificuldade:

dica do autor:
A memória ROM é o tipo de memória que permite apenas a leitura de dados.
Alternativa A: INCORRETA. Pendrives são dispositivos de armazenamento
regraváveis, isto é, permitem a sobrescrita de conteúdo, portanto, a alternativa
não apresenta exemplo de memória ROM.
Alternativa B: INCORRETA. É muito comum transferir, deletar ou gravar novos
arquivos no HD (disco rígido), portanto, não se mostra um exemplo de memória
ROM.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar de hoje estarem em desuso, os disquetes já
foram a única mídia regravável existente, portanto, essa alternativa não é a
correta.
Alternativa D: CORRETA. A alternativa, por não especificar como CD-RW
(ReWritable), indicando, portanto, um dispositivo de armazenamento não
regravável.

▶ resposta: D

97 (NUCEPE - PC-PI - 2018) Sobre noções de hardware, considere as afirmações a


seguir.

I. A unidade de medida do processador ou CPU é o Hertz (Hz), atualmente


esta unidade de medida pode atingir uma frequência na ordem de bilhões
de ciclos por segundo. Por exemplo: Um processador de 2 GHz equivale a
2 bilhões de ciclos por segundo;
II. O teclado é considerado um dispositivo de entrada e possui diversos
formatos e layouts. O layout QWERTY é muito popular e o nome faz
referência às seis primeiras letras da primeira fileira de letras do teclado
alfanumérico;
III. O monitor caracteriza-se por ser o principal dispositivo de saída de um
microcomputador. São diversas as tecnologias de monitores como por
exemplo: CRT, LCD, OLED. Contudo, um monitor pode ser também um
dispositivo de entrada caso esse seja dotado da tecnologia Touchscreen;
IV. Uma impressora é um periférico de saída, entretanto a impressora
conhecida como multifuncional é um dispositivo de entrada e de saída.
Isso só é possível em virtude da junção dos periféricos de saída
impressora e de entrada scanner, que resulta na chamada impressora
multifuncional.

Está CORRETO apenas o que se afirma em:

A. I, II, III e IV.


B. I, II e IV, apenas.
C. I, II e III, apenas.
D. III e IV, apenas.
E. I, III e IV, apenas.

grau de dificuldade:

dica do autor:
Em questões como essa, se o candidato consegue ter certeza de uma afirmação,
ele deve eliminar todas as alternativas que não apresentam a mesma.

resolução:
A assertiva I está correta já que processadores tem sua potência medida através
da unidade Hertz, sendo que 1 GHz equivale a 1 bilhão de Hertz. A assertiva II
está correta e seu nome popularizou-se através dos smartphones com teclado
QWERTY. A assertiva III está correta pois através do monitor o usuário pode
interagir com o computador utilizando sua interface gráfica, todavia, ao estar
dotado de uma tecnologia touchscreen ele passa a ser um dispositivo de entrada
já que permite ao usuário a interação diretamente na tela. A assertiva IV está
correta pois dispositivos de saída permitem que o usuário apenas possa obter o
resultado de um trabalho feito no computador, sendo assim, a impressora é um
dispositivo de saída já que nos permite obter um texto redigido no computador;
por outro lado, um scanner é um dispositivo de entrada pois através dele as
imagens podem ser digitalizadas para serem editadas no computador
▶ resposta: A

98 (Instituto AOCP - TRT 1ª Região-RJ - 2018) Os periféricos de um computador


podem ser classificados como sendo de entrada ou de saída. Qual das
alternativas a seguir possui um exemplo de cada?

A. Mouse e teclado.
B. Monitor e impressora matricial.
C. Microfone e caixa de som.
D. Teclado e leitor de digitais.
E. Touchpad e teclado.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Mouse e teclado são dispositivos de entrada.


Alternativa B: INCORRETA. Monitor e impressora são dispositivos de saída.
Alternativa C: CORRETA. Microfone é um dispositivo de entrada e caixa de som é
um dispositivo de saída.
Alternativa D: INCORRETA. Teclado e leitor de digitas são dispositivos de
entrada.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa erra ao apresentar dois dispositivos de
entrada.

▶ resposta: C

99 (IBFC - Câmara Municipal de Feira de Santana-BA - 2018) Relacione as duas


colunas quanto aos tipos de componentes existentes em um microcomputador:

A - ROM (1) Software

B - BIOS (2) Hardware

C - RAM  
 
A. A1 - B1 - C2
B. A1 - B2 - C1
C. A2 - B2 - C1
D. A2 - B1 - C2

grau de dificuldade:

dica do autor:
Dispositivos de Hardware são os componentes físicos de um computador, já o
Software é um aplicativo armazenado dentro do computador cuja função é
executar funções auxiliando e automatizando tarefas.
(A) ROM - A memória ROM é um dispositivo físico que permite a leitura dos
dados nela inserido, portanto é um hardware.
(B) BIOS -  A BIOS é um firmware utilizado para inicializar o hardware, sendo na
verdade o primeiro software a ser executado na máquina.
(C) RAM – A memória RAM é um tipo de memória específica utilizada como
memória primária sendo um item de hardware indispensável nos computadores
pessoais.
▶ resposta: D

100 (FCC - TRT 2ª Região-SP - 2018) Ao configurar o Windows 10, um técnico


precisava impedir a definição automática de hora pelo sistema operacional. Ele
desativou tal recurso na interface do usuário, por intermédio de

A. Configuração do Computador > Componentes do Windows > Permitir que


os aplicativos do Windows acessem a hora.
B. Configurações > Data e hora > Impedir hora automática.
C. Configuração do Computador > Componentes do Windows > Mapas > Turn
off Automatic Clock. 
D. Configurações > Hora e idioma > Data e hora > Definir hora
automaticamente. 
E. Configuração do Computador > Modelos Administrativos > Componentes
do Windows > Sincronizar clock > Não sincronizar.

grau de dificuldade:

Alternativas A, C e E: INCORRETAS. No Windows 10, não existe o menu


“Configurações do Computador”, apenas “Configurações”.
Alternativa B: INCORRETA. Em “Configurações”, a seção disponível é “Hora e
Idioma”. “Data e Hora” está contida nessa seção.
Alternativa D: CORRETA. A assertiva dita o caminho correto até o recurso que
controla a atualização automática de data e hora

▶ resposta: D

101 (FCC - SABESP - 2018) Um usuário que possui perfil de administrador em um


computador com o Windows 10, em português, percebeu que, apesar de seu
computador estar conectado fisicamente à impressora, ela não aparecia como
opção para impressão de documentos no Microsoft Word e em outros softwares,
pois não estava instalada no Windows. Uma maneira rápida de instalar a
impressora é a partir da opção:

A. Hardware e Sons, acessada no Painel de Controle.


B. Sistema e Segurança, acessada no Painel de Controle.
C. Impressoras e Dispositivos, acessada nas Ferramentas Administrativas.
D. Instalar Impressora, acessada a partir do botão Iniciar. 
E. Rede e Impressora, acessada a partir do Painel de Controle.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. Dentro da categoria “Hardware e Sons”, temos a seção


“Dispositivos e Impressores”. Nela, podemos adicionar novos dispositivos, assim
como gerenciar os dispositivos já conectados, entre eles, mouses e impressoras.
Alternativa B: INCORRETA. Na categoria de “Sistema e Segurança”, temos as
seções “Segurança e Manutenção”, “Windows Defender Firewall” e “Backup”.
Alternativa C: INCORRETA. “Impressoras e Dispositivos” não está presente na
lista de ferramentas administrativas. Alguns itens da lista são Agendador de
Tarefas, Desfragmentador de Disco, Serviços, Limpeza de Disco, Monitor de
Recursos e Desempenho.
Alternativa D: INCORRETA. O botão Iniciar não conta com a opção “Instalar
Impressora”. Ele mostra em ordem alfabética os programas instalados na
máquina.
Alternativa E: INCORRETA. Não existe a categoria “Rede e Impressora” no painel
de controle. Existe a categoria “Rede e Internet”.
▶ resposta: A

Resumo Prático
Breve História da Informática

A informática foi uma precursora da revolução tecnológica, e, embora se


pense que começou com os computadores, surgiu muito antes deles. Em 1642, o
francês Blaise Pascal desenvolveu a primeira máquina de calcular, utilizada para
resolver cálculos de algoritmos. Séculos se passaram até que o primeiro
computador foi desenvolvido, em 1931, por Vannevar Bush, em um centro de
ciência e tecnologia nos Estados Unidos. Embora realizasse funções muito
restritas, foi uma grande evolução para a sua época. Ainda que sujeito a muitos
erros, passava a ser então utilizado o Sistema Binário de George Boole, tornando
possível o desenvolvimento de microprocessadores. Abaixo, você pode observar
uma timeline com os principais eventos da história da Computação1.
 
Figura 1: Timeline História da Informática Contemporânea1

Hardware

Normalmente é considerado como hardware qualquer utensílio metálico,


como ferramentas, dobradiças ou até mesmo talheres. Na informática, hardware
refere-se à parte física de um computador, ou seja, os circuitos, fios, placas, enfim
todo material físico necessário para o funcionamento do computador. Sendo
assim, consideramos como hardware todo o equipamento físico responsável pelo
funcionamento do computador, sendo em alguns casos também chamados de
periféricos2.

Tipos de Computador

Essa classificação baseia-se na potência, performance e tamanho dos


computadores dividindo-se assim em quatro tipos:
 
Supercomputadores: de tamanho grande, consistem em milhares de
processadores medidos por petaflops. São os computadores mais caros, rápidos e
poderosos, já que são otimizados para executar tarefas em altíssima velocidade.
Com um custo alto, normalmente são encontrados apenas em centros de
pesquisa científica.

Figura 2: Tianhe-2: TH-IVB-FEP Cluster; National Super Computer Center in


Guangzhou, China; 3.12 million cores (33.86 petaflops) -
https://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AAmalka_Supercomputing_facility.jpg

 
Computadores Mainframe: classificados abaixo dos supercomputadores
suportam centenas ou milhares de usuários simultaneamente. São usados por
governos e grandes organizações para processar dados em massa,
processamento de transações etc.
Minicomputadores: na verdade, minicomputadores são computadores
capazes de suportar 4 a 200 usuários. Atualmente esse termo caiu em desuso e
mesclou-se com o termo ‘servidores’.
Microcomputadores ou Computadores Pessoais: são computadores
utilizados por um usuário de cada vez. O nome microcomputador refere-se ao
microprocessador capaz de processar dados e códigos de instrução. São
divididos em desktop e laptop.

a. Computadores desktop não foram construídos para serem movidos,


embora possam ser movidos desde que a fonte de alimentação (energia)
esteja inativa. Em comparação aos computadores portáteis (laptop), são
grandes e necessitam constante fornecimento de energia elétrica.
b. Computadores laptop ou portáteis foram projetados para mobilidade,
podendo ser transportados de um ponto para outro e permitindo seu uso
independentemente de qualquer fonte de energia. Ao contrário dos
computadores desktop, são pequenos, compactos, leves e têm como fonte de
energia uma bateria, que obviamente necessita ser recarregada. Entre eles
temos os laptops, palmtops e PDAs3.

Dispositivos do Computador

Um computador é um dispositivo eletrônico que aceita dados, processa,


armazena e depois produz uma saída através de uma de suas unidades. Sendo
assim, computadores possuem unidades de entrada e saída3. As interfaces de
entrada e saída conectam as diversas partes do sistema computacional,
conectando fisicamente o processador e a memória do sistema ao barramento,
passando a ser o terceiro elemento do sistema computacional, segundo a
arquitetura de Von-Neumann. Esses dispositivos foram criados para facilitar a
interação entre o usuário e seu computador. Podemos dividir os dispositivos em:

Dispositivo de Entrada: mouse, webcam, teclado, tela sensível ao toque,


disquete, pendrive, CD e DVD-ROM, mesa gráfica, caneta ótica, microfone,
scanner, leitor de código de barras, máquina fotográfica digital, joystick e outros
acessórios para jogos;

Dispositivos de Saída: monitor, sensores e óculos para realidade virtual, caixas


de som, impressora;Dispositivos Híbridos: modem, drive de disquete, gravador
de CD/DVD4.
Abaixo, explicaremos um pouco sobre cada parte do computador:

Gabinete: a função do gabinete é manter cada componente em seu lugar


tornando o computador um dispositivo seguro, já que alguns dispositivos podem
ser perigosos, como o cooler.

Figura 3: Gabinete de Computador-


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2d/Stripped-computer-
case.JPG

Drive óptico (blu-ray, DVD, CD, etc.): permite que uma mídia óptica possa ser lida
e reproduza seus arquivos no computador.

Placa-mãe: componente principal do computador. Sem ela, não existiria a


interligação entre processador e demais componentes como memória RAM,
placa de vídeo, HD, drives ópticos, entre outros. É constituída de controladores
que possibilitam a comunicação dos dispositivos e slots para encaixar
fisicamente.

Processador: responsável pelo processamento de cada ação efetuada no


computador. Processa todas as informações recebidas pelos dispositivos de
entrada e permite que sejam armazenadas ou retorna para dispositivos de saída.
HD (HDD/SSD): responsáveis pelo armazenamento. Podem ser gravados e
regravados várias vezes e são utilizados para armazenamento de arquivos e do
sistema operacional. Sendo assim, é outra parte vital do computador. O HDD
(hard disk drive ou disco rígido) diferencia-se do SSD pois no HDD os dados são
armazenados no disco do HDD e no SSD em células flash, tornando-se assim, a
evolução do HDD.

Figura 4: HDD

Figura 5: SSD

Memória RAM: memória de acesso rápido, tem como função armazenar


temporariamente as informações que precisam ser acessadas rapidamente pelo
sistema operacional ou os arquivos do sistema. São necessárias, pois a
velocidade de leitura e gravação é bem superior à de um HD. Todavia sua
limitação relaciona-se à falta de energia, ou seja, se a energia piscar, todas as
informações da memória são perdidas. Por isso, os dados permanentes são
gravados no HD ou em mídias removíveis.
Fonte de alimentação: como o próprio nome diz, é responsável por alimentar
eletricamente todos os componentes do computador.

Placa de vídeo: é o componente responsável pela exibição dos dados no


monitor5.

Placa de som: componente responsável pela emissão de sons do computador.

Placa de Rede: tem como função preparar, controlar e enviar os dados da rede6.
Conectores: responsáveis pela conexão dos dispositivos de entrada e saída aos
computadores através de cabos.

Cabos: responsáveis pela conexão entre dispositivos e conectores presentes no


gabinete.

Dispositivos de Entrada

Mouse: peça deslizante que serve para executar comandos através da interface
gráfica. É através dele que a seta se mexe e pode-se interagir com os aplicativos.
Pode ser mecânico, onde há a presença de uma track ball, ou óptico, usando um
feixe de luz. Nos computadores portáteis, a mesma funcionalidade é obtida
através do touchpad, que utiliza a pressão e a posição do toque para executar os
mesmos comandos executados pelo mouse.

Webcam: periférico responsável por captar a imagem, normalmente usadas para


videoconferências, entretanto seus vídeos podem ser armazenados no
computador.

Teclado: periférico que possibilita a inserção manual de dados e execução de


comandos no sistema. 

Tela sensível ao toque: a famosa touchscreen tem na verdade a mesma função


do mouse e do touchpad. Através da tela, o usuário pode interagir com os
aplicativos, já que ela utiliza a pressão do toque.

Disquete: também chamados de floppy disks, são uma versão menor de disco
rígido, com capacidade de armazenamento de 1,4 MB, aproximadamente. Devido
à baixa capacidade de armazenamento, foram substituídos pelo pendrive
(conectado através de portas USB), CD, DVD-ROM, Blu-Ray e HDs externos.

Mesa gráfica: através de uma mesa que utiliza uma caneta especial, o usuário
pode escrever ou desenhar, fazendo melhor uso de programas gráficos.

Caneta óptica: através de uma caneta óptica os dados são captados e inseridos
no computador.

Microfone: conversor de som em sinais elétricos que permite que o áudio seja
gravado, armazenado ou mesmo usado para conferências, chamadas e
atualmente como comandos para assistentes virtuais, como a Cortana do
Microsoft Windows.

Scanner: também conhecido como digitalizador, é um periférico capaz de captar


imagens, fotos e textos para o computador.

Leitor de código de barras: periférico capaz de ler através de um scanner


utilizando fonte de luz, sensor e lente, traduzindo impulsos ópticos em elétricos.

Máquina fotográfica digital: periférico capaz de transferir imagens captadas


para o computador.

Joystick e outros acessórios para jogos: periférico utilizado para controlar


jogos.

Dispositivos de Saída

Monitor: periférico que exibe os dados através de uma tela, permitindo que o
usuário possa controlar o funcionamento do computador e os dados inseridos
visualmente.

Caixas de som: caixa construída com alto falantes para reprodução de som.

Impressora: periférico utilizado para imprimir imagens e arquivos existentes no


computador.

Dispositivos híbridos

Modem: dispositivos utilizados para a conexão à internet capaz de modular um


sinal digital em onda analógica que será posteriormente demodulada e
convertida no formato digital original. Os dispositivos mais modernos também
atuam como roteadores.

Drive de disquete: dispositivo capaz de ler e gravar disquetes.

Leitor/gravador de CD/DVD/Blu-Ray: dispositivos utilizados para gravação e


leitura de mídias ópticas.
Porta USB: dispositivo utilizado para conexão plug and play. Através dele, é
possível conectar teclados, câmeras fotográficas, HDs externos e até mesmo pen
drives4.

Tipos de redes
Quando falamos em rede, a primeira palavra que pensamos é internet, mas
na verdade a internet não é a única rede de computadores existentes. A primeira
rede de computadores existente foi a LAN, ou, em português, rede de área local.
A conexão entre os computadores era feita então através de aparelhos switch,
que permitiam que mensagens e arquivos fossem trocados entre os
computadores dessa rede. Dessa rede surgiu então o nome Lan Houses.
Outro tipo de rede interna é a Intranet. Utilizada frequentemente por
empresas e corporações, necessita de usuário e senha para ser acessada. A
diferença para a LAN é que estará conectada à internet não necessitando a
ligação entre cabos. Assim, através da internet, o usuário com seu login e senha
acessa a rede intranet da empresa, ainda que à distância.
Por sua vez, temos a Extranet, que é uma rede aberta a colaboradores. Esses
colaboradores utilizam a rede para efetuar pagamentos, fazer pedidos e partilhar
um acesso comum. Sendo assim, a Extranet é a rede que permite que
determinados colaboradores tenham acesso à mesma rede, usufruindo de suas
funcionalidades. A diferença entre Intranet e Extranet baseia-se no fato de que na
Extranet há vários gerentes da rede enquanto na Intranet apenas a empresa que
a coordena.
Finalmente, temos a tão conhecida Internet. A internet surgiu para suprir a
ausência de ações de espionagem, tendo em vista que Estados Unidos e
Inglaterra tomaram conhecimento do grande poder bélico da Rússia. Com o
lançamento do satélite Sputnik, dizia-se que ele iria emitir sinais audíveis a todos
que tivessem um rádio receptor. Por isso, em 1957, foi criada a ARPA (Advanced
Research Project Agency), que, com a criação da NASA, agência espacial dos
Estados Unidos, perdeu a razão de sua existência. Porém, após receber um
computador IBM – Q32, a instituição passou a redirecionar sua pesquisa para a
área da informática. Dessa forma, em decorrência da necessidade de
comunicação devido à grande quantidade de dados, surgiu uma nova rede de
comunicação de dados, a NET18.
Em 1969, surge uma rede que utilizava a rede telefônica e um sistema de
aluguel de circuitos para interligar quatro universidades americanas. Essa rede
chamava-se ARPANET. No ano de 1972, esses quatro nós tornaram-se 30,
originando a primeira comunidade virtual. Depois, várias outras redes surgiram
nos Estados Unidos e países europeus, fazendo amplo uso de e-mails e fóruns
online18.
Por essa razão, surgiu a ideia da criação da International Network – uma rede
internacional – e da Interconnected Networks – uma conexão de redes regionais e
nacionais que não se comunicavam entre si, vindo daí o nome Internet. Entre
1973 e 1978, surgiu o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet
Protocol) substituindo o NCP em 1983. Porém, só em 1987 nasceria a internet,
após uma demonstração do protocolo TCP/IP. Então, em 1990, a ARPANET é
desfeita, logo sendo substituída pela NSF (National Science Foundation), tornando-
se a NSFNET, a Internet que conhecemos.
No Brasil, a internet chega em 1988, antes mesmo da criação do WWW. A
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Laboratório
Nacional de Computação Científica (LNCC) utilizavam a Bitnet para se conectar
com a Universidade de Maryland. Essa tecnologia permitia a troca de arquivos
em texto (e-mails). Um ano depois, nasce o projeto Rede Nacional de Pesquisa
(RNP), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), que buscava disseminar o uso de redes no país. Após anos
interligadas pela Bitnet, em 1995 várias empresas de telecomunicação começam
a pressionar para tornar a internet um negócio lucrativo. Só então surge o uso
comercial da internet.
Os nossos computadores estão conectados através de uma rede local ao
provedor de internet, ligando-se a redes metropolitanas e nacionais. A rede
backbone é a responsável por levar as informações de níveis mais baixos aos mais
altos, dando início à função de levar a informação até seu destino final18.

Software

Software é o nome dado ao comportamento exibido por instruções


subsequentes executadas em um computador. Um software é normalmente
constituído por várias funções, bibliotecas e módulos gerando como resultado
um programa executável no final do processo de desenvolvimento. Durante sua
execução, recebe uma entrada de dados (input) através dos dispositivos de
entrada, processa as informações devido a uma série de algoritmos ou
sequências de instruções lógicas e finalmente libera uma saída (output) através
dos dispositivos de saída17.

Unidades de Medida de Armazenamento


O byte, muitas vezes chamado bit, é um dos vários tipos de dados integrais na
computação. Na verdade, 1 byte é composto de 8 bits, segundo sua codificação
padrão, e é usado com frequência para mostrar o tamanho ou quantidade da
memória e da capacidade de armazenamento de um computador ou dispositivo
de armazenamento de dados (pendrive, CD, DVD). O byte é também conhecido
como octeto, no contexto de redes de computadores e telecomunicações, e a
metade de um byte é chamada de nibble ou semioctecto.
Um computador não precisa representar mais de 256 números binários e é
por isso que os bytes possuem 8 bits. Um bit pode representar dois valores (1 ou
0) e um byte representa 8 bits, sendo assim se fizermos do 2 (do bit) elevado a 8
(do byte) teremos 256.
O bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou
transmitida e assume dois valores: 0, equivalente a corte de energia, ou 1,
equivalente a passagem de energia.
Segundo a norma da IEC, que foi lançada em 2000, definiu-se nova
nomenclatura para dados de base dois em substituição à nomenclatura usada
incorretamente de base dez, aclarando o conflito gerado entre a proporção
1:1000 e a 1:1024.

Prefixo binário (IEC) Prefixo do SI

Nome Símbolo Múltiplo Nome Símbolo Múltiplo


Prefixo binário (IEC) Prefixo do SI

byte B 20 byte B 100

kibibyte
KiB 210 quilobyte KB 103
(quilobyte)

mebibyte
MiB 220 megabyte MB 106
(megabyte)

gibibyte
GiB 230 gigabyte GB 109
(gigabyte)

tebibyte
TiB 240 terabyte TB 1012
(terabyte)

pebibyte
PiB 250 petabyte PB 1015
(petabyte)

exbibyte
(exabyte)
EiB 260 exabyte EB 1018  

zebibyte
(zettabyte)
ZiB 270 zettabyte ZB 1021  

yobibyte
(yottabyte)
YiB  280 yottabyte YB  1024  

Sistemas Operacionais
O sistema operacional é um programa capaz de gerenciar os recursos do
sistema. Através dele, o usuário tem uma interface onde pode observar os dados
captados pelos dispositivos de entrada e verificar os resultados que serão obtidos
nos dispositivos de saída. Dessa forma, o sistema operacional passa a ser a
interface entre o computador e o usuário. Ainda que pareça ser executado
imediatamente, os computadores de hoje executam outro programa
armazenado em uma memória não volátil ROM, chamada BIOS, em um processo
autossustentável, ou seja, capaz de sustentar-se sem depender de outros
processos. Após iniciar testes e componentes da máquina, o BIOS efetua uma
busca pelo sistema operacional em uma unidade de armazenamento e só então
o sistema operacional assume controle da máquina. A partir daí, reveza sua
execução com a de vários outros programas controlando e organizando o
processo computacional.
Entre os mais conhecidos tipos de sistemas operacionais podemos falar sobre
o Windows, o Linux e o macOS8.
Microsoft Windows (ou simplesmente Windows) é um sistema operacional
desenvolvido pela Microsoft constituído por diversas famílias, onde cada um
atende a um setor específico da indústria e normalmente é associado com
arquitetura IBM PC compatível. Entre as famílias em atividade do Windows temos
Windows NT, Windows Embedded e Windows Phone. Eles podem abranger
subfamílias, como o Windows CE ou o Windows Server10.
O Linux refere-se a sistemas operacionais que usam o Kernel Linux. Seu
código-fonte é disponibilizado pela licença GPL para qualquer pessoa que tenha
interesse em utilizar, estudar, modificar e distribuir o programa do sistema
operacional. O Linux tornou-se um dos exemplos mais importantes na
colaboração do software livre e de código aberto. Ele pode ser encontrado sobre
o nome Linux tanto para um computador quanto servidor. Entre as distribuições
mais populares temos Arch Linux, CentOS, Debian, Fedora Linux, Linux Mint,
openSUSE, Ubuntu.
macOS é um sistema operacional desenvolvido pela Apple baseado no Kernel
Unix e destinado unicamente aos computadores Mac. A última versão do OS X
possui certificação UNIX. Até a versão 10.8 (Mountain Lion) chamava-se Mac OS X,
e entre esta versão e a versão 10.11 (El Capitan) chamava-se OS X9.
Unix é um sistema operacional portável, multitarefa e multiusuário criado
originalmente por Ken Thompson e Dennis Ritchie, entre outros, que
trabalhavam nos Laboratórios Bell da AT&T. Uma característica muito importante
do Unix é ser multiusuário. Um sistema multiusuário é muitas vezes definido
como um sistema capaz de executar de maneira independente várias explicações
pertencentes a dois ou mais usuários. É justamente isso que ocorre no Unix,
vários usuários podem estar conectados no mesmo computador com o sistema
Unix usando um terminal composto de um monitor, um teclado e eventualmente
o mouse11.

Backups

Backup significa cópia de segurança. Muito utilizado para indicar a existência


da cópia de um ou mais arquivos em outros dispositivos de armazenamento.
Dessa forma, caso algum arquivo original seja perdido, a cópia de segurança
poderá ser restaurada para recuperar tais dados. Sendo assim, o procedimento é
amplamente recomendado já que com grande frequência pode-se perder
informações, seja por ação do próprio usuário ou mau funcionamento dos
aplicativos e sistemas operacionais Atualmente, é comum que o serviço de
backup seja disponibilizado através de servidores online, no que recebe o nome
de armazenamento em nuvem. Entre os mais conhecidos temos Dropbox, iCloud
e Google Drive. Esses arquivos podem ser acessados através de qualquer
computador ou dispositivo que possa acessar a internet. Entre as formas de fazer
um backup, podemos utilizar um HD externo, pen drive, CD, DVD ou até mesmo
uma partição interna no próprio computador12.

Aplicativos para escritório


Os aplicativos de escritório são amplamente utilizados para simplificar o
trabalho, como editores de texto, editores de planilhas, editores de apresentação,
aplicativos, agenda de compromissos, contatos, entre outros. Dessa forma, as
tarefas do dia a dia no escritório podem ser dinamizadas.
Entre os aplicativos mais conhecidos e utilizados no mundo inteiro temos o
Microsoft Office e o LibreOffice. O LibreOffice é uma versão gratuita
disponibilizada para o público cujos documentos podem ser abertos no Microsoft
Office e vice-versa.
O Office conta com programas como processador de texto, planilha de
cálculo, banco de dados, apresentação gráfica e gerenciador de tarefas, de e-
mails e contatos. O Office 2016 (versão mais recente) funciona não somente em
PCs e Macs, mas também em smartphones, tablets e na nuvem, até mesmo em
computadores que não têm o Office instalado, já que é integrado ao OneDrive,
sendo também compatível com telas sensíveis ao toque.

Os programas mais usados do pacote Office são:

a. Excel: utilizado para criar planilhas, armazenar dados, fazer operações


matemáticas, criar tabelas de clientes e para bancos de dados.
b. PowerPoint: utilizado para criar apresentações de slides, com
animações, imagens, vídeos e outras funções. É perfeito para apresentações
de trabalhos escolares e projetos de empresas, permitindo que até pessoas
sem nenhum conhecimento aprendam a usá-lo facilmente.
c. Word: usado na produção de texto, contendo corretor ortográfico,
diversas fontes, tamanhos de letras e várias outras funções16.
d. Microsoft Publisher: muito usado para diagramação eletrônica, como
elaborações de layouts com textos, gráficos, fotografias e outros elementos,
sendo capaz de criar publicações para impressão, páginas da Web (que não
requerem conexão com a internet ao criar uma página da web), edições de e-
mail, criar panfletos e boletins informativos. O programa é comparado a
softwares como QuarkXPress, Scribus, Adobe InDesign e Draw13.Microsoft
Access: sistema de gerenciamento de banco de dados da Microsoft capaz de
usar dados guardados em qualquer recipiente de dados que seja compatível
com ODBC14.

Arquivo Extensão

Documento do Word docx

Documento Open XML estrito docx

Documento habilitado para macro do Word docm


Modelo do Word dotx

Modelo habilitado para macro do Word dotm

Pasta de trabalho do Excel xlsx

Planilha Open XML estrita xlsx

Pasta de trabalho habilitada para macro do Excel xlsm

Modelo do Excel xltx

Modelo habilitado para macro do Excel xltm

Suplemento do Excel xlam

Apresentação do PowerPoint pptx

Apresentação Strict Open XML pptx

Apresentação habilitada para macro do PowerPoint pptm

Modelo do PowerPoint potx

Modelo habilitado para macro do PowerPoint potm

Suplemento do PowerPoint ppam


Apresentação do PowerPoint ppsx

Apresentação de slides habilitada para macro do PowerPoint ppsm

 
 
O LibreOffice é um conjunto de aplicativos para escritório similar ao Microsoft
Office. Através do uso do formato OpenDocument (ODF), homologado pelo
ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300, é compatível com os formatos do Microsoft
Office, além de diversos outros formatos. Alguns deles não são suportados nas
versões mais recentes do Office, mas ainda podem ser abertos no LibreOffice. O
LibreOffice é uma ramificação do projeto original OpenOffice.org. Seu código-
fonte foi liberado para que diversos participantes dessem sua contribuição em
seu desenvolvimento. Dessa forma, surgiu uma alternativa barata e de boa
qualidade.
Assim como o Office, oferece todas as funções esperadas desse conjunto de
aplicativos, como editor de textos, planilha, editor de fórmulas científicas, editor
de apresentações, editor de desenhos e banco de dados, permitindo que seus
dados sejam exportados para PDF.

É feito dos seguintes aplicativos:

a. O LibreOffice Base é um gerenciador de banco de dados, parecido com o


Access, disponível no Office, é destinado à criação e gerenciamento de bancos
de dados e tem suporte para a criação e modificação de tabelas, consultas,
macros, relatórios e formulários.
b. O LibreOffice Calc é um programa de planilha eletrônica é parecido ao
Lotus 1-2-3, da IBM, e ao Excel, da Microsoft. O Calc é responsável pela
criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção de equações
matemáticas e gráficos de dados existentes na planilha. O Calc utiliza o
formato ODS como padrão, ainda que reconheça e exporte arquivos em
formatos de outras planilhas. Um diferencial importante do Calc, é que possui
o recurso de fórmulas em linguagem natural, permitindo a criação de uma
fórmula sem a necessidade de aprendizagem de códigos específicos.
c. O LibreOffice Draw é um programa de editoração eletrônica e
construção de desenhos vetoriais, similar ao CorelDRAW, da Corel. Desde a
versão 3.3 da suíte, o Draw oferece a possibilidade de editar arquivos em PDF
mantendo o seu layout, além de exportar outros trabalhos nesse formato e
em SWF. Ainda que se pareça com o CorelDRAW, o Draw não é compatível
com seu formato de arquivo, utilizando o formato ODF como padrão.
d. O LibreOffice Impress é um programa de apresentação de slides
parecido com o PowerPoint. Permite criar e apresentar slides, permitindo
inserir plano de fundo, títulos, marcadores, imagens, vídeos, efeitos de
transição de slides, entre outras opções, oferecendo suporte para
apresentação em múltiplos monitores. Suporta também diversos formatos,
inclusive os formatos padrão do PowerPoint, e utiliza o formato ODF como
padrão.
e. O LibreOffice Math é um programa que ajuda na formatação de
fórmulas científicas e matemáticas de maneira parecida ao Equation Editor,
ferramenta presente no Microsoft Office. Pode-se trabalhar com o Math
dentro dos outros aplicativos para formatar fórmulas ou usá-lo como
aplicativo isolado dos demais. As formatações das fórmulas realizadas no
aplicativo podem ser salvas em formato ODF, MathML, formato do StarMath,
no antigo formato padrão adotado pelo OpenOffice.org e em PDF.
f. O LibreOffice Writer é um processador de textos parecido com o Word,
presente na suíte de escritório Office. Assim como programas semelhantes,
utiliza o sistema WYSIWYG para a elaboração de textos mais complexos, com
imagens e diversas opções de formatação. O Writer pode ser usado para
escrever textos curtos, como cartas e memorandos, textos longos, com
imagens e gráficos, permitindo até mesmo editar em HTML, criar links e
inserir diversas características presentes nesse tipo de arquivo, por mais que
elas também possam ser mantidas ao salvar em outros diversos formatos15.
 

Formato do documento Extensão de arquivo

Texto ODF odt

Modelo de texto ODF ott

Documento mestre ODF odm

Documento HTML HTML

Modelo de documento HTML oth

Planilha ODF ods

Modelo de planilha ODF ots

Desenho ODF odg


Modelo de desenho ODF otg

Apresentação ODF odp

Modelo de apresentação ODF otp

Fórmula ODF odf

Banco de dados ODF odb

Extensão do LibreOffice oxt

Teclas de Atalho

Como vimos, temos várias questões relativas às teclas de atalho não somente
nos aplicativos de escritório, mas também ao Windows. Abaixo, estão elencadas
várias teclas de atalho utilizadas.

Principais Atalhos do Windows

1. Alt + Enter: Exibe propriedades de arquivo


2. Alt + Esc: Alterna entre janelas na ordem em que foram abertas
3. Alt + F4: Fecha programa
4. Alt + Tab: Alterna entre janelas de programas abertos
5. Alt + espaço, depois N ou X: Minimiza ou maximiza janela
6. Ctrl + Esc: Abre menu Iniciar
7. Ctrl + F4: Fecha janela de programa
8. Ctrl + Z: Desfaz última ação
9. F1: Abre a ajuda
10. F2: Renomeia o item selecionado.
11. F3: Realiza pesquisa
12. Print Screen: Captura tela, para colar em programas como o PaintAlt +
Print Screen: Captura somente janela ativa
13. Shift: Ao inserir CD-ROM no drive, evita que ele seja reproduzido
automaticamente
14. Shift + Del: Exclui um item sem armazená-lo na lixeira
15. Shift + F10: Equivale ao clique com o botão direito do mouse
16. Shift + Tab: Retrocede entre itens de um documento
17. Tab: Avança entre itens de um documento
18. Windows + D: Minimiza ou restaura todas as janelas
19. Windows: Mostra o Menu Iniciar
20. Windows + E: Abre o Windows Explorer
21. Windows + F: Abre o Pesquisar para arquivos
22. Windows + R: Mostra a janela Executar
23. Windows + L: Tranca a tela
24. Windows + U: Abre o Gerenciador de Utilitários
25. Windows + CTRL + F: Mostra o Pesquisar para computador (em rede)
26. Windows + Shift + M: Desfaz minimizar (para todas as janelas)
27. Windows + F1: Para Ajuda e Suporte
28. Windows + BREAK: Mostra as Propriedades de Sistema Geral de
aplicativos do Windows
29. Ctrl + F4: Fecha documentos
30. Ctrl + F12: Abre documentos
31. F12: Abre o “salvar como”
32. Ctrl + Tab: Alterna entre documentos, como no Excel, Imaging ou
PhotoEditor, por exemplo (não funciona no Word)

Atalhos do Internet Explorer

1. Alt + seta para cima ou para baixo: Na janela de organizar favoritos –


move item para cima ou para baixo.
2. Alt + seta para a direita: Avança para página seguinte
3. Backspace ou Alt + seta para a esquerda: Volta para página anterior
4. Alt + Home: Abre página inicial do Internet Explorer
5. Ctrl + B: Abre janela para organizar Favoritos
6. Ctrl + D: Adiciona página à pasta Favoritos
7. Ctrl + F: Localiza palavra na página
8. Ctrl + H: Ativa barra com histórico na lateral da janela
9. Ctrl + I: Ativa barra com sites favoritos na lateral da janela
10. Ctrl + N: Abre nova janela do navegador
11. Ctrl + O ou L: Abre campo para digitar e ir a nova página da rede ou
abrir arquivo
12. Ctrl + Enter: Adiciona http://www. Antes e .com depois de palavra
digitada na barra de endereços
13. Ctrl + setas para a esquerda ou para a direita: Na barra de endereços –
move o cursor para a esquerda ou para a direita da quebra lógica
anterior ou seguinte: ponto, barra ou dois pontos
14. Esc: Interrompe a transmissão de uma página quando está sendo
carregada ou a música de fundo quando existe e a página já está
carregada
15. F4: Exibe histórico da barra de endereços
16. F5: Atualiza a página, recarregando-a
17. F6: Alterna entre frames de uma página e barra de endereços.
18. F11: Alterna entre visualização normal e tela cheia

Atalhos do Outlook Express

1. Ctrl + D: Apaga mensagem


2. Ctrl + E: Localiza pessoa no catálogo de endereços
3. Ctrl + F: Encaminha mensagem
4. Ctrl + J: Vai à próxima pasta com mensagens não lidas
5. Ctrl + M: Enviar e receber mensagens
6. Ctrl + N: Nova mensagem
7. Ctrl + Q: Marca mensagem como lida
8. Ctrl + R: Responde ao autor
9. Ctrl + S: Salva mensagem
10. Ctrl + Enter: Quando conectado e com destinatário definido, envia
mensagem
11. Ctrl + F3: Exibe código-fonte da mensagem
12. Ctrl + Shift + A: Marca todas mensagens de uma pasta como lidas
13. Ctrl + Shift + B: Abre catálogo de endereços
14. Ctrl + Shift + E: Abre janela para criar nova pasta
15. Ctrl + Shift + F: Localiza mensagem
16. Ctrl + Shift + N: Cria nova entrada no catálogo de endereços
17. Ctrl + Shift + O: Abre opções do Outlook Express
18. Ctrl + Shift + R: Responder a todos
19. Esc: Fecha mensagem

Atalhos Aplicativos do Office

1. Ctrl + O: Novo Documento


2. Ctrl + A ou Ctrl + F12: Abrir Documento
3. Ctrl + B: Salvar Documento
4. F12: Salvar Como...
5. Ctrl + F4: Fechar documento
6. Ctr + TAB: Alternar entre Documentos de um Aplicativo (Não funciona
no WORD)
7. Ctrl + P: Imprimir Documento
8. Ctrl + Z: Desfazer Alteração
9. Ctrl + R: Refazer Alteração
10. Ctrl + X: Recortar Seleção
11. Ctrl + C: Copiar Seleção
12. Ctrl + V: Colar Seleção
13. Ctrl + T: Selecionar Tudo
14. Ctrl + U: Substituir
15. Ctrl + Y: Ir Para

Atalhos Excel

1. Page Down: Move a tela para baixo


2. Page Up: Move a tela para cima
3. Alt+Page Down: Move a tela para a direita
4. Alt+Page Up: Move a tela para esquerda
5. Tab: Move a seleção da célula para a direita
6. Shift+Tab: Move a seleção da célula para a esquerda
7. Home: Move a seleção da célula para a primeira célula da coluna
8. Ctrl+Home: Move a seleção da célula para o início da planilha
9. Ctrl+End: Move a seleção da célula para a o último dado da planilha
10. Ctrl+L / Ctrl+U: Abre a opção de Localizar e Substituir
11. Ctrl+G (ou F5): Abre a caixa de “Ir para”
12. Ctrl+Setas: Move a seleção da célula para as extremidades onde
contém conteúdo

Atalhos para Seleção de células

1. Shift+Barra de espaço: Seleciona a linha inteira


2. Ctrl+Barra de espaço: Seleciona a coluna inteira
3. Ctrl+Shift+Barra de espaço: Seleciona todas as células que estão ao
redor da célula selecionada
4. Ctrl+Shift+Page Down: Seleciona a atual e próxima pasta de trabalho
5. Ctrl+Shift+Page Up: Seleciona a atual e a pasta de trabalho anterior
6. Ctrl+Shift+O: Seleciona todas as células que têm comentários
7. Shift+Setas: Seleciona as células, uma por uma
8. Ctrl+Shift+Setas: Expande a seleção das células para as extremidades,
onde contém dados. Seleciona linhas e colunas
9. Shift+Page Down: Expande a seleção das células para baixo
10. Shift+Page Up: Expande a seleção das células para cima
11. Shift+Home: Seleciona toda a linha até a primeira coluna da planilha
12. Ctrl+Shift+Home: Seleciona as células acima de onde está a seleção
atual
13. Ctrl+Shift+End: Seleciona as células abaixo de onde está a seleção atual
14. Shift+Backspace: Seleciona somente a célula ativa quando várias
células estão selecionadas
15. Enter: Move a seleção da célula para baixo
16. Shift+Enter: Move a seleção da célula para cima
17. Tab: Move a seleção da célula para direita
18. Shift + Tab: Move a seleção da célula para esquerda
19. Esc: Cancela a seleção

Atalhos para seleção dentro das células

1. Shift+Setas: Seleciona as letras dentro da célula. Letra por letra


2. Ctrl+Shift+Setas: Seleciona as palavras dentro da célula. Palavra por
palavra
3. Shift+Home / Shift+End: Seleciona toda a frase dentro das células.

Edição dentro das Células

1. F2: O cursor fica ativo para edição do conteúdo que está dentro da
célula
2. Alt+Enter: Iniciar uma nova linha dentro da mesma célula
3. Enter: Muda para a célula abaixo. Com várias células selecionadas, move
a seleção somente dentro da seleção atual.
4. Shift+Enter: Move a seleção para a célula de cima
5. Tab/Shift + Tab: Move a seleção da célula para direita e esquerda
6. ESC: Cancela a edição de dentro da célula
7. Ctrl + ; (dois pontos): Insere a data atual na célula
8. Crtl + Shift + ; (dois pontos): Insere a hora atual na célula
9. Crtl+T: Seleciona todas as células

Edição e Seleção de Células

1. Crtl+D: Copia e cola o conteúdo da célula de cima


2. Ctrl + - (menos): Deleta célula/linha/Coluna (abre menu para escolha)
3. Ctrl + Shift + + (mais): Inclui célula/linha/Coluna (abre menu para
escolha)
4. Shift+F2: Inclui comentário
5. Shift + f10: Abre as opção de formatação de célula (mesmo menu do
botão direito do mouse)
6. Alt+F1: Insere Gráfico com a atual seleção das células
7. F11: Insere Gráfico com a atual seleção das células em outra página
8. Ctrl+K: Insere Hiperlink

Ocultar e Mostrar Elementos

1. Ctrl+9: Oculta linhas selecionadas


2. Ctrl+Shift+9: Reexibe linhas ocultas (tem que selecionar o intervalo das
linhas ocultas)
3. Ctrl+0(zero): Oculta colunas selecionadas
4. Ctrl+Shift+0(zero): Reexibe colunas ocultas (tem que selecionar o
intervalo das colunas ocultas)
5. Alt+Shift+Seta p/ Direta: Agrupar linhas e/ou colunas
6. Alt+Shift+Seta p/ Esquerda: Desagrupar linhas e/ou colunas

Atalhos para Formatação de Células

1. Ctrl + 1: Abrir caixa de formatação de células


2. Ctrl + B (ou Ctrl+2): Aplicar negrito
3. Ctrl + I (ou Ctrl+3): Aplicar negrito
4. Ctrl + S (or ctrl+4): Aplicar Sublinhado
5. Ctrl + 5: Aplicar risco no meio do texto

Formatar números

1. Ctrl + Shift + $: Aplicar formato Moeda na célula


2. Ctrl + Shift + %: Aplicar formato Porcentagem na célula
3. Ctrl + Shift + #: Aplicar formato Data na célula
4. Ctrl + Shift + @: Aplicar formato Hora na célula
5. Ctrl + Shift + ! (ponto de exclamação): Aplicar formato Número na célula,
já formatado com ponto e vírgula com 2 casas decimais
6. Ctrl + Shift + ^: Aplicar formato Científico na célula
7. F4: Repete a última formatação aplicada na célula
8. Ctrl + Shift + &: Aplicar borda na célula
9. Ctrl + Shift + _ (underline): Remove borda na célula

Atalhos para Fórmulas e Nomes

1. =: Iniciar fórmula
2. Alt + =: Insere Fórmula SOMA
3. Shift + F3: Mostra caixa de opções para inserção de fórmulas
4. F4: Fixa linhas e colunas na fórmula
5. Ctrl + Shift + U: Expande a barra de fórmulas
6. Ctrl + F3: Define nome ou diálogo
7. Ctrl + Shift + F3: Cria nomes a partir da seleção

Atalhos para Gerenciar pastas de Trabalho

1. Ctrl+N: Criar uma nova pasta de trabalho em branco


2. Ctrl+Tab: Move para a próxima pasta de trabalho
3. Ctrl+Shift+Tab: Move para a pasta de trabalho anterior
4. Ctrl+Page Down: Move para a próxima planilha na pasta de trabalho
5. Ctrl+Page Up: Move para a planilha anterior na pasta de trabalho
6. Alt+Space: Abre menu de controle do Excel
7. Ctrl+F9: Minimiza a janela do Excel
8. Ctrl+F10: Maximiza ou restaura a janela do Excel
9. Alt+F4: Fecha a janela do Excel
10. Shift + Ctrl + Seta para Baixo: Vai para o ultimo registro da coluna
11. Shift + Ctrl + Seta para Cima: Vai para o primeiro registro da coluna
12. Shift + Ctrl + Seta para Direita: Vai para o ultimo registro da linha
13. Shift + Ctrl + Seta para Esquerda: Vai para o primeiro registro da linha
14. Ctrl + PageDown: Vai para a próxima planilha
15. Ctrl + PageUp: Vai para a planilha anterior
16. Shift + Tab: Volta uma célula

Atalhos Específicos do Word

1. Alt + Ctrl + F  Insere nota de rodapé, aquela com o número 1 sobrescrito


no texto e a referência no pé da página
2. Alt + Ctrl + I, O, P ou N: Muda estilo de visualização da página
3. Alt + Ctrl + Y: Vai para início da página seguinte
4. Alt + Ctrl + M: Insere comentário
5. Ctrl + [ ou ] : Diminui ou aumenta tamanho da fonte em um ponto
6. Ctrl + =: Aplica subscrito
7. Ctrl + Shift + =: Aplica sobrescrito
8. Ctrl + 1, 2 ou 5: Define espaçamento entre linhas simples, duplo ou de
1,5 linha
9. Ctrl + D: Abre caixa de formatação de fonte
10. Ctrl + Shift + C: Copia formatação de fontes
11. Ctrl + Shift + V: Cola formatação de fontes
12. Ctrl + I, N ou S: Aplica efeito itálico, negrito ou sublinhado em termos
selecionados
13. Ctrl + Del ou Backspace Apaga palavra seguinte ou anterior
14. Ctrl + Shift + F8: Ativa seleção de bloco quadrilátero de texto
15. F4: Repete a última ação
16. F7: Verifica ortografia e gramática
17. Shift + F3: Aplica letras maiúsculas em todo o texto selecionado
18. Shift + F7: Abre dicionário de sinônimos
19. Ctrl + End: Vai para fim do documento
20. Ctrl + Home: vai para o início do “mesmo” documento

Atalhos Power Point

1. Ctrl + Shift + F: Abre configurações de fonte para um texto que estiver


selecionado.
2. Shift + F6: Mostra um painel lateral com os slides ou tópicos
3. Ctrl + Shift + >: Aumenta a fonte de um texto que estiver selecionado.
Este comando pode ser usado quantas vezes forem necessárias até
chegar ao tamanho desejado.
4. Ctrl + Shift + <: O contrário do comando anterior, ele diminui a fonte do
texto selecionado. Também pode ser usado até chegar ao tamanho
desejado.
5. Ctrl + A: Abrir um documento que já existe. Este atalho funciona em
quase todos os programas do Windows.
6. Ctrl + L: Abre a caixa de diálogo para pesquisar por palavras específicas
no documento. Este comando não funciona se houver algum texto
selecionado, pois desta forma ele alinha à esquerda o que estiver na
seleção.
7. Ctrl + G: Alinha o parágrafo selecionado à direita.
8. Ctrl + Q: Alinha o parágrafo selecionado à esquerda.
9. Ctrl + J: Justifica o parágrafo do texto que estiver selecionado.
10. Ctrl + E: Centraliza o parágrafo do texto que estiver selecionado.
11. Shift + F9: Deixa visível ou oculta as linhas de grade no slide, que
servem como auxílio para posicionar textos, figuras e outros objetos
no espaço visível. As linhas não são vistas durante a apresentação.
12. Alt + F9: Deixa visível ou oculta as linhas de desenho no slide, que
servem para posicionar objetos no espaço visível. Também não são
visíveis em apresentações.
13. F5: Inicia a apresentação a partir do primeiro slide.
14. C ou , (vírgula): Durante a apresentação, volta para o começo e exibe
um slide em branco, sem nenhum conteúdo.
15. Shift + F10: Durante a apresentação, exibe um menu de atalhos.
16. Número + Enter: Durante a apresentação, digitar um número e dar
Enter leva o usuário para a tela com o número digitado. Por exemplo,
para ir direto para o 10º slide, digite 10 e aperte Enter.
17. P, Enter, Page Down, Seta para direita, Seta para baixo ou barra de
espaços: Qualquer uma dessas teclas pode ser usada, durante uma
apresentação, para passar para a próxima transição ou para o próximo
slide.
18. A, Backspace, Page Up, Seta para a esquerda e Seta para cima:
Qualquer uma dessas teclas pode ser usada, durante uma
apresentação, para voltar ao slide ou à transição anterior.
19. Esc ou Hífen: Finaliza a apresentação (mesmo antes de chegar ao final)
e volta para o editor, mostrando o primeiro slide.
20. Muitas das teclas de atalho possuem a mesma função no LibreOffice e
no Microsoft Office, facilitando a memorização.

Segurança da Informação
Embora a internet permita uma série de vantagens e a soluções de vários
problemas como ir ao banco pagar contas agendar consultas e outras tarefas
cotidianas, o ambiente virtual também apresenta perigos. Entre as ameaças
conhecidas na internet, temos cinco grupos principais. São eles golpes na
internet, ataques na internet, códigos maliciosos (malware), spam e outros riscos.
Atualmente, os golpes mais conhecidos são aplicados contra pessoas físicas.
Normalmente, os golpistas aproveitam-se da boa-fé das pessoas através de
discursos elaborados, persuadindo as vítimas a fornecerem seus dados. Na
internet, são considerados dados sensíveis os números de documentos e eles
podem ser obtidos através de ações como códigos maliciosos ou acesso a
páginas falsas.
Outra forma conhecida são os ataques na internet, efetuados contra
empresas e obtendo os dados necessários através dos sites. Ataques podem ser
feitos explorando vulnerabilidades. Através da execução de ações maliciosas, o
invasor pode tornar o site inacessível e colher todas as informações. De forma
semelhante, também existe a varredura de redes. Os Invasores efetuam buscas
em computadores ativos e coletam as informações. Através das informações
colhidas, descobrem as vulnerabilidades presentes no sistema dos usuários. A
falsificação de meios é sem dúvida a mais conhecida. Através dela, o invasor
obtém os dados da vítima, já que, devido à alteração de campos de e-mail, a
vítima acredita ter recebido o e-mail de um remetente conhecido. Outra forma é
através da interceptação de tráfego. Através de conexões inseguras, o atacante
intercepta dados sensíveis. Uma forma simples é através da desfiguração de uma
página web e permite que os dados inseridos sejam enviados diretamente para
ele. Através da técnica de negação de serviço, conhecida como ataques DDoS, o
atacante indisponibiliza um serviço, o que pode ser feito através de uma geração
de grande tráfego, exploração de vulnerabilidades ou envio em massa de
requisições para um único serviço. Por último, temos a força bruta, que consiste
em adivinhar através de tentativa e erro o nome de usuário e sua senha, obtendo
acesso a sites e computadores.
Há temos códigos maliciosos São programas desenvolvidos para causar ou
executar atividades maliciosas em um computador e divididos em vírus, worms,
bot e botnet, spyware, backdoor, cavalo de troia (trojan) e rootkits. São, sem sombra
de dúvida, a ameaça mais conhecida na internet. O vírus é um programa ou a
parte de um programa que propaga-se pelo PC, inserindo cópias e tornando-se
parte de outros programas ou arquivos propagados por e-mail através de
arquivos de script, páginas web ou escritos em formato HTML, infectando
arquivos que utilizam esse tipo de linguagem e até mesmo telefones celulares
recebidos por Bluetooth ou mensagens. Diferenciam-se dos worms, pois este se
propaga pelas redes enviando cópias de si mesmo de um computador para outro
e suas cópias são executadas e exploram vulnerabilidades na rede.
Normalmente, identificam computadores alvo, para então enviar e ativar cópias,
reiniciando novamente em cada computador afetado. O bot tem mecanismos de
comunicação. Dessa forma, o invasor pode executar tarefas de maneira remota.
Sua propagação é semelhante ao worm, enviando spam, tornando o computador
um zumbi. A botnet é uma rede de computadores infectadas por um bot.
Spywares são programas espiões e podem ser keyloggers, que armazenam e
capturam as teclas digitadas, screenloggers, que armazenam a posição do
controle da tela no momento que o mouse clicado, ou adwares, usados para
exibir propagandas.
O trojan é apenas o que vimos na lenda do Cavalo de Troia: parece ser um
programa inofensivo que executará outras funções sem que o usuário saiba. Ele
pode ser downloader (instala diversos códigos maliciosos obtidos em sites na
internet), dropper (instala outros diversos códigos incluídos no próprio trojan),
backdoor (fornece o acesso remoto ao computador), DoS (instala ferramentas de
negação de serviço e utiliza-as para ataques), destrutivo (altera e apaga arquivos,
possibilitando até formatar o computador), clicker (redireciona a navegação do
usuário para outro lugar), proxy (instala um servidor de proxy usando o
computador para navegação anônima e envio de spam para outros), spy (instala
spywares) e banker (coleta diversos dados bancários através da instalação de
spywares).
O backdoor é como a porta dos fundos, um programa capaz de permitir que
um invasor possa voltar a utilizar o computador de maneira remota. Fabricantes
de alguns programas incluem backdoors dizendo ter necessidades
administrativas, o que provoca uma série de ameaças à segurança do
computador. Já um rootkit é um conjunto de técnicas e programas. Com ele, a
presença do invasor será assegurada e escondida, comprometendo o
computador.

Abaixo, confira o quadro comparativo obtido na Cartilha de Segurança:

Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit

Como é obtido:

Recebido pela
rede de modo   ✔ ✔        
automático

Recebido por e-
mail
✔ ✔ ✔ ✔ ✔    

Baixado de sites
na internet
✔ ✔ ✔ ✔ ✔    
Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit

Por arquivos
compartilhados
✔ ✔ ✔ ✔ ✔    

Uso de mídias
removíveis ✔ ✔ ✔ ✔ ✔    
infectadas

Redes sociais ✔ ✔ ✔ ✔ ✔    

Mensagens
instantâneas
✔ ✔ ✔ ✔ ✔    

Inserido por um
invasor
  ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔

Ação de outro
código malicioso
  ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔

Como ocorre a instalação:

Execução de um
arquivo infectado
✔            

Execução explícita
do código   ✔ ✔ ✔ ✔    
malicioso
Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit

Via execução de
outro código           ✔ ✔
malicioso

Exploração de
vulnerabilidades
  ✔ ✔     ✔ ✔

Como se propaga:

Insere cópia de si
próprio em ✔            
arquivos

Envia cópia de si
próprio
automaticamente
  ✔ ✔        
pela rede

Envia cópia de si
próprio
automaticamente
  ✔ ✔        
por e-mail

Não se propaga       ✔ ✔ ✔ ✔

Ações maliciosas mais comuns:


Códigos Maliciosos Vírus Worm Bot Trojan Spyware Backdoor Rootkit

Altera e/ou
remove arquivos
✔     ✔     ✔

Consome grande
quantidade de   ✔ ✔        
recursos

Furta informações
sensíveis
    ✔ ✔ ✔    

Instala outros
códigos maliciosos
  ✔ ✔ ✔     ✔

Possibilita o
retorno do invasor
          ✔ ✔

Envia spam e
phishing
    ✔        

Desfere ataques
na internet
  ✔ ✔        

Procura se manter
escondido
✔       ✔ ✔ ✔

Outras formas de ameaças são os e-mails não solicitados, que são os grandes
responsáveis pela disseminação de golpes e vírus. Outro item importante são os
cookies. Esses pequenos arquivos são capazes de armazenar informações e até
mesmo explorar vulnerabilidades através das informações dadas. Finalmente, os
programas Applets Java, Java Scripts e controles ActiveX, em que, ao instalar ou
permitir, você pode ser redirecionado a um site falso e, depois disso, o site pode
comprometer a segurança de seu computador, também como os programas Java,
porque, ao possuírem falhas em sua implementação, podem permitir uma
invasão. Além dessas ameaças, temos janelas de pop-up, plugins, complementos
e extensões, links patrocinados e banners de propaganda, que se aproveitam dos
erros de implementação e podem conter programas criados especificamente
para causar danos ao computador ou permitir que seja utilizado de forma
incorreta. Outra ameaça muito comum vem dos programas de distribuição de
arquivos e compartilhamento de recursos. Quando estão mal configurados, o
usuário fica exposto, ajudando na coleta de dados sensíveis ou o uso de recursos
por atacantes.
Para se proteger, podemos utilizar ferramentas como antivírus, antispyware,
antitrojan e antirootkit, também conhecidas como ferramentas antimalware.
Também existem filtros antispam, antiphishing (normalmente incorporados aos
navegadores), de janelas pop-up, códigos móveis (como Java e JavaScript) e
bloqueio de propagandas. Complementos como o Web of Trust (WoT) podem
informar a reputação de um site. Links curtos também podem enganar os
usuários, por isso, caso não conheça o site, é recomendado verificar se ele é
legítimo através de sites como o LongURL. Com isso, você poderá definir se o link
é seguro ou não. Explorar as vulnerabilidades de seu computador também é um
ótimo método de segurança, já que irá evitar uma série de possíveis
inconvenientes.
Não é recomendado bloquear totalmente o recebimento de cookies, pois pode
impedir o uso recomendado ou o acesso a diversos sites e serviços. Para se
proteger sem comprometer a sua navegação, ao utilizar um navegador baseado
em níveis de permissão, como o Internet Explorer, procure não escolher níveis de
permissão inferiores a “médio”. Em outros navegadores ou leitores de e-mail,
configure para que, por padrão, os sites não possam definir cookies e crie listas
de exceções, cadastrando os sites considerados confiáveis e onde o uso de
cookies é realmente necessário, como webmails, Internet Banking e comércio
eletrônico. Crie uma lista de exceções e cadastre os sites que deseja bloquear,
configure para que os cookies sejam deletados assim que o navegador for
fechado, configure para não permitir cookies de terceiros (ao fazer isso, sua
navegação não será prejudicada, pois apenas conteúdos relacionados à
publicidade serão bloqueados), utilize opções de navegar anonimamente quando
usar computadores de outras pessoas (informações sobre a sua navegação,
incluindo cookies, não serão gravadas). Por último, remova os cookies já gravados
para garantir que a nova configuração seja utilizada para todos.
Além disso, observe se o site fornece proteção através da criptografia. A
proteção através da criptografia (certificado Secure Sockets Layer – SSL) pode
garantir a segurança dos dados comunicados entre site e servidor. Além de se
tornar um HTTPS, um cadeado fechado é exposto nos navegadores. É importante
que esse certificado seja instalado de forma que evite falhas, já que, implantando
o certificado depois de muito tempo, itens de mídia podem se tornar um ponto
vulnerável19.
 
Referências
1. Portal Educação. História da Informática. Disponível em: <
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/informatica/historia-da-
informatica/53792#targetText=A%20inform%C3%A1tica%20teve%20seu%20inicio,para%2
0realizar%20c%C3%A1lculos%20de%20algoritmos.>
2. Significados. Hardware. Disponível em:< https://www.significados.com.br/hardware/>.
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preenchimento no Excel para Mac (válido também para Windows). Disponível em: <
https://support.office.com/pt-pt/article/copiar-uma-f%C3%B3rmula-ao-arrastar-a-
al%C3%A7a-de-preenchimento-no-excel-para-mac-dd928259-622b-473f-9a33-
83aa1a63e218>.
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34. Documentação do Microsoft Excel. Funções de data e hora (referência). Disponível em: <
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refer%C3%AAncia-fd1b5961-c1ae-4677-be58-074152f97b81>.
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preced%C3%AAncia-no-excel-48be406d-4975-4d31-b2b8-7af9e0e2878a>.
36. Documentação do Microsoft Excel. Visão geral de fórmulas no Excel. Disponível em:
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ecfdc708-9162-49e8-b993-c311f47ca173>.
37. Documentação do Microsoft Office. Usar a Área de Transferência do Office. Disponível em:
< https://support.office.com/pt-br/article/usar-a-%C3%81rea-de-transfer%C3%AAncia-do-
office-028903c7-66ea-4eb0-b0a1-bacdb952e3a1>.
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Outlook.com. Disponível em: < https://support.office.com/pt-br/article/trabalhando-com-
pastas-de-mensagens-no-outlook-com-6bb0723a-f39f-4a8d-bb3f-fab5dcc2510a>.
39. Documentação do Microsoft PowerPoint. Proteção por senha para apresentações no
PowerPoint. Disponível em: < https://support.office.com/pt-
br/article/prote%C3%A7%C3%A3o-por-senha-para-apresenta%C3%A7%C3%B5es-no-
powerpoint-33dfadad-f231-4bd1-8bf6-d15e1671da41>.
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122. Documentação do Microsoft Word. Dividir uma tabela. Disponível em:
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formata%C3%A7%C3%A3o-c2d8a607-5646-4165-8b08-bd68f9d172a0>.
135. Documentação do Microsoft Word - Utilização da função PRODUCT no Microsoft Word.
Disponível em: < https://support.office.com/en-us/article/product-function-8e6b5b24-
90ee-4650-aeec-80982a0512ce>.
136. Documentação do Microsoft Word - Utilização da função SUM no Microsoft Word.
Disponível em: < https://support.office.com/en-us/article/sum-a-column-or-row-of-
numbers-in-a-table-2e373a5f-2d8a-478a-9b85-275c8668bebb>.
137. Tecmundo. DVD-RW. Disponível em: < https://www.tecmundo.com.br/dvd/5744-quais-as-
diferencas-entre-dvd-r-e-dvd-r-.htm>.
138. IBM - Unidades de medida para armazenamento. Disponível em: <
https://www.ibm.com/support/knowledgecenter/pt-
br/SSNE44_5.2.3/com.ibm.tpc_V523.doc/fqz0_r_units_measurement_data.html>.
139. LibreOffice Writer - Barra de formatação de texto. Disponível em: <
https://help.libreoffice.org/Impress/Text_Formatting_Bar/pt-BR >.
140. Manual prático Microsoft Excel 2007. Disponível em: <
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/EXCEL_2007_MODULO1_FINAL.pdf >.
141. Techtudo. O que é um SSD. Disponível em: <
https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/08/ssd-o-que-sao.html >.
142. Techtudo. Por dentro dos discos magnéticos. Disponível em: <
http://www.techtudo.com.br/platb/hardware/2011/03/17/por-dentro-dos-discos-
magneticos/>.
Língua Portuguesa

Haroldo Ramanzini

01 (INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA - SENADOR RUI


PALMEIRA/AL – 2019)

Guarda-vidas
 
As praias de Vitória, no Espírito Santo, contam com 74 guarda-
vidas em 14 postos de apoio, neste verão. Os profissionais
trabalham das 8h às 18h, todos os dias da semana. Segundo a
prefeitura, os guarda-vidas possuem treinamento e
equipamentos apropriados para resgatar banhistas em
perigo.

Fonte: G1 (com adaptações).

Com base no texto Guarda-vidas, leia as afirmativas a seguir:

I. A prefeitura de Vitória proibiu os banhistas de frequentar as praias do


Espírito Santo durante o verão.
II. O vocábulo “banhistas” é um substantivo.

Marque a alternativa CORRETA:

A. As duas afirmativas são verdadeiras.


B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
D. As duas afirmativas são falsas.

grau de dificuldade:  

dica do autor:
Leia o texto com atenção da primeira à última palavra. Coerência é a lógica interna
do texto que forma um conjunto significativo, de acordo com determinado
contexto. Coesão é a ligação harmoniosa dos elementos que compõem os
parágrafos, assim como o ajustamento entre estes. Desse modo, leia,
acompanhando integralmente o processo semântico (síntese), para depois se
deter em partes menores, os detalhes (análise). Por outro lado, tenha sempre em
mente as dez classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral,
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Assertiva I: INCORRETA. Nenhuma frase do texto faz referência à ideia de
“proibição”.
Assertiva II: CORRETA. Banhistas é um substantivo, é a classe gramatical de
palavras variáveis, as quais denominam os seres em geral (objetos, pessoas,
fenômenos). Observe que, no presente caso, trata-se de um substantivo de dois
gêneros, pois apresenta uma só forma para o gênero masculino e para o gênero
feminino - a distinção procede-se mediante determinantes, como o emprego dos
artigos o, a, um, uma. Assim, o(s) banhista(s), a(s) banhista(s).
▶ resposta: C

02 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRA PAULISTA – AGIRH – 2019) Leia


atentamente o poema Versos Íntimos, publicado em 1912 e escrito por Augusto
dos Anjos, poeta brasileiro, para responder à questão:

Versos Íntimos
 

Vês! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de sua última quimera.

Somente a Ingratidão – esta pantera –

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!

O homem, que, nesta terra miserável,

Mora, entre feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija!

Leia atentamente as afirmações a seguir:

I. Em todas as estrofes há verbos no imperativo.


II. Na terceira estrofe do poema, o eu lírico indica que demonstrações de afeto,
preocupação e amizade, representadas no poema pelo beijo, são, na
realidade, prenúncios de algo mau, representado no poema pelo escarro.
III. Ao final do poema, o eu lírico sugere que seu interlocutor seja então o
agente das crueldades. Dessa forma, é possível afirmar que o poema
aborda o comportamento humano em sociedade e como o homem pode
ser, ao mesmo tempo, vítima e autor de crueldades.

É (São) correta(s) a(s) afirmação(ões):

A. Todas.
B. I e II.
C. II e III.
D. Apenas III.

grau de dificuldade:

Assertiva I: INCORRETA. Nem todos os verbos estão no modo imperativo.


Podemos destacar verbos no modo indicativo: assistiu, foi; assim como no modo
imperativo: Acostuma-te! Escarra! São três os modos verbais: indicativo - indica o
fato certo, eu leio o livro; subjuntivo expressa fato hipotético - se eu lesse o livro;
imperativo indica ordem – Leia o livro!
Assertiva II: CORRETA. Augusto dos Anjos é um autor pessimista e cético com
relação ao afeto, ao amor. Na terceira estrofe do poema, o eu lírico indica que o
beijo, tradicional símbolo da amizade, pode ser prenúncio de algo negativo: o
escarro.
Assertiva III: CORRETA. Realmente, como conclusão do poema, o eu lírico sugere
que, caso seu interlocutor sinta-se ofendido, (Se alguém causa inda pena a tua
chaga,) deve revidar da mesma forma: (Apedreja essa mão vil que te afaga,/ Escarra
nessa boca que te beija!).
▶ resposta: C

03 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGOA ALEGRA – CRESCER CONSULTORIAS –


2019)

Rios que matam e morrem


 

Há quem diga que as próximas guerras serão travadas pelo


controle da água, cuja disponibilidade vem diminuindo por culpa
do homem.

Os números são alarmantes. Segundo a ONU, há cerca de 1,1


bilhão de pessoas sem acesso adequado à água, ou 1,8% da
população do planeta. Se nada for feito, esse número deve
chegar a 3 bilhões em 20 anos. A contaminação das águas é
responsável por mais de 10 milhões de mortes por ano
causadas por doenças como cólera e diarreia, principalmente
na África. No Haiti, um dos países mais miseráveis do planeta,
muita gente mata a sede com o esgoto que corre a céu
aberto. Alguns especialistas chegam a prever que as próximas
guerras serão travadas pelo controle da água em vez do
petróleo. Não seria uma novidade. No Antigo Egito, o controle
das enchentes do Nilo serviu de pretexto para a conquista de
civilizações e territórios. Hoje, a maior expressão de luta
armada envolvendo a água está no conflito entre Israel e
Palestina, que tem como pano de fundo o estratégico vale do
rio Jordão.

Parece incrível que a água seja motivo de tanta disputa. Afinal,


a Terra não é chamada de “planeta água”? De fato, as águas
cobrem 77% da superfície do planeta, mas somente 2,5% são
de água doce. E menos de 1% está acessível ao uso pelo
homem. Embora a água existente na Terra seja suficiente para
todos, há a dificuldade de distribuição, a população não para
de crescer, e a ação humana vem alterando drasticamente o
sistema hídrico. O desmatamento e a impermeabilização do
solo nos centros urbanos, por exemplo, quebram o ciclo
natural de reposição da água, secando rios centenários.
Alguns rios, como o Colorado, nos Estados Unidos, e o
Amarelo, na China, muitas vezes secam antes de chegar ao
mar. Isso sem falar nos frequentes acidentes, como
vazamentos de óleo, que causam verdadeiros desastres
ambientais.

A situação é preocupante, mas com algumas mudanças no


comportamento de empresários, do governo e da população,
é possível reverter o quadro em pouco mais de uma década,
segundo o geólogo Aldo Rebouças, professor do Instituto de
Geociências da Universidade de São Paulo e um dos
organizadores do livro Águas doces do Brasil.

Nas zonas rurais, muitos produtores aplicam água em excesso


ou fora do período de necessidade das plantas. Quanto às
indústrias, bastaria que seguissem a lei: 80% dos resíduos
industriais nos países em desenvolvimento são despejados
clandestinamente em rios, lagos e represas.

Já o usuário doméstico, embora represente a menor fatia de


consumo, pode, com sua atitude, influenciar os volumes
consumidos pela indústria e pela agropecuária. Para isso,
basta que cada um siga algumas recomendações simples,
como varrer a calçada em vez de lavá-la com a água da
mangueira, não lavar a louça ou escovar os dentes com a
torneira aberta e não transformar o banho diário em uma
atividade de lazer.

(Karen Gimenez. Superinteressante. O Livro do Futuro. São Paulo: Abril, mar. 2005.
Fragmento adaptado)

Analise as seguintes afirmações e marque a opção correta:


I. A escassez da água no planeta vem se agravando devido a vários fatores.
Ainda podem ocorrer grandes conflitos visando ao controle da água,
segundo especialistas.
II. O usuário doméstico representa uma parte considerável do consumo
porque desperdiça muita água e não se preocupa em preservar o meio
ambiente.
III. De acordo com o texto, é necessário que haja racionalização do consumo
também por parte dos usuários domésticos.
IV. Apesar de a Terra ser chamada de “planeta água”, muitas pessoas já não
têm acesso à água e esse quadro tende a se agravar.
 
A. I, apenas.
B. II e III, apenas
C. II e IV, apenas.
D. I, III e IV, apenas.

grau de dificuldade:  

dica do autor:
Primeiramente, considere que todo texto está inserido num contexto mais amplo
de debate político, social, econômico, entre outros. Aqui se trata do contexto
relacionado com a preservação das águas dos rios, a respeito do qual já circula
amplo debate na sociedade: meio ambiente, poluição, desperdício de água. Na
releitura, considere o que está estritamente dentro do texto.
Assertiva I: CORRETA. Pode ser considerada um resumo coerente do texto.
Assertiva II: INCORRETA. O usuário doméstico não representa parte considerável
do consumo.
Assertiva III: CORRETA. No sentido de ser uma recomendação à racionalização do
consumo pelo usuário doméstico.
Assertiva IV: CORRETA. Está de acordo com o texto, uma vez que no “planeta
água”, muitas pessoas já não têm acesso à água, e esse quadro tende a se agravar.
▶ resposta: D

04 (INSTITUTO FEDERAL/PARÁ – INSTITUTO FEDERAL/PARÁ – 2019)

 
“O certo a ser feito”: as marcas do utilitarismo no nosso dia a dia
Por Carlos Henrique Cardoso

Ultimamente tenho analisado e refletido sobre a situação


política do país e sua judicialização. E enxergo muito dos
princípios do utilitarismo instaurados nos desejos de boa
parte dos cidadãos. Enxergo o que? Como assim?

O utilitarismo é uma teoria social desenvolvida pelo jurista,


economista e filósofo Jeremy Bentham, lá pelos fins do século
XVIII e início do XIX. Essa teoria também foi objeto de estudo
do filósofo John Stuart Mill. Tem como princípio a busca do
prazer e da felicidade, mas também satisfazer os indivíduos na
coletividade, almejando benefícios, em que as leis seriam
socialmente úteis e as escolhas mais corretas. Alguns testes e
dinâmicas de grupo também utilizam conceitos de base
utilitarista, pautadas nas melhores escolhas para cada
situação posta com a finalidade de encontrarmos um bem
comum a todos.

Um exemplo. No único hospital de uma pequena cidade, há


apenas uma máquina de hemodiálise e quatro doentes renais.
As características sociais, econômicas, profissionais, familiares,
e pessoais de cada um são apresentadas e faz-se a pergunta:
qual deles merece ser salvo para que possa utilizar o
equipamento? Após um pequeno debate, chega-se à
conclusão e as razões para que aquele felizardo seja o
escolhido. Ou seja, o intuito é tomar decisões para obter o
melhor resultado para todos.

O utilitarismo pode ser transposto para o nosso cotidiano e


sua doutrina ética pode estar incrustada em vários fatos e
decisões. Sua aplicação pode ser considerável diante de
fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para
diversos setores sociais.

Digamos que comecem a aparecer pessoas feridas por rajadas


de metralhadora nas ruas de um município e que muitos
testemunharam um homem portando essa arma por aí. As
autoridades partem a sua busca, mas não o encontram em
lugar nenhum. E novas pessoas são baleadas. Com o rumo
das investigações, familiares do suspeito são localizados.
Como não informam seu paradeiro, os policiais passam a
torturar seus pais, irmãos, e outros parentes a fim de obterem
respostas ou pistas para sua descoberta. Dias depois, o “louco
da metralhadora” é encontrado. A tortura é proibida por lei,
mas sua utilização foi justificada pelo bem-estar público, ou
seja, “o certo a ser feito”. Um cálculo que foi interpretado
como moralmente aceitável por muitos que consideram
aquela postura adequada para que mais ninguém fosse
alvejado. Mesmo que jamais fosse preciso tomar tal atitude
para um crime ser desvendado. Um princípio utilitarista. E
assim observo muitas atitudes manifestadas por seguimentos
de nossa população. Na véspera da decisão do Supremo
Tribunal Federal em conceder ou não o Habeas Corpus para o
ex-presidente Lula, grupos pediam que o STF não concedesse
o HC porque Lula “tinha que ser preso”, pois já havia sido
condenado. Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de
prisão parecia ser maior que a virtude da lei. O que imperava
era a vontade popular, o desejo de ver alguém que
aprenderam a detestar, encarcerado. Importava menos o
previsto em lei e mais “a voz das ruas”.

Declarações de ministros e ex-ministros do STF engrossaram


os manifestos. “Temos que ouvir a voz das ruas”, “o
sentimento social”, e “o clamor popular” foram termos
utilizados pelos ocupantes da Suprema Corte. Apesar de as
decisões judiciais não serem atos pautados, obviamente, pelas
vontades do povo, profissionais que interpretam as leis não
podem estimular aproximações demasiadas entre “as ruas” e
os juízes, como termômetro a medir algum “choque térmico”
entre a conclusão dos processos e os anseios sociais
amparados pelas paixões e ódios. Uma linha tênue entre a lei
e “o certo a ser feito”. Reflexões realizadas no calor dos
acontecimentos podem finais moralmente justificáveis. Um
receio calcado em posturas utilitaristas.

Essas condutas são visíveis quando qualificam defensores dos


Direitos Humanos – que seguem resoluções ratificadas por
órgãos internacionais – como “defensores de bandidos”. Isso
porque “o pessoal” dos Direitos Humanos defendem medidas
previstas em leis e na Constituição Federal. Curioso que
muitos dos críticos se referem aos Direitos Humanos como se
fosse uma ONG, uma entidade representativa, com CNPJ,
sede, funcionários (“o pessoal”) que se reúnem
frequentemente em torno de uma grande mesa e passam a
discutir políticas de apoio a assassinos, estupradores, e
ladrões – uma espécie de “Greenpeace” voltado para
meliantes. Com isso, proporcionam reflexões equivocadas
sobre como devem ser tratados detentos, como a justiça deve
agir com acusados de crime hediondo, ou como nossos
policiais devem ser protegidos em autos de resistência ou
intervenções repressoras. Tudo para alcançar o bem-estar
social e “o certo a ser feito”. E a lei? Que se lasque!! Atos para
que o “cidadão de bem” fique protegido das mazelas sociais e
que se cumpra a vontade popular acima de qualquer artigo,
parágrafo, inciso, ou decreto. Enquanto não se reestrutura o
nosso defasado Código Penal, podemos bradar juntos as
delícias de um Estado Utilitarista.

Disponível em: <https://www.soteroprosa.com/inicio/author/Carlos-Henrique-


Cardoso>.

Acesso em: 28 jan. 2019 (com adaptação).

Leia o período a seguir e assinale a única alternativa CORRETA.

“Apesar de as decisões judiciais não serem pautadas,


obviamente, pelas vontades do povo, profissionais que
interpretam as leis não podem estimular aproximações
demasiadas entre ‘as ruas’ e os juízes, como termômetro a
medir algum ‘choque térmico’ entre a conclusão dos processos
e os anseios sociais amparados pelas paixões e ódios”. (7º
parágrafo, com adaptações)

De acordo com as informações do período acima, no contexto em que ocorrem, é


correto afirmar que:
A. O autor defende a tese de que a comoção social é determinante para as
decisões judiciais no Brasil contemporâneo.
B. Ao se referir às ruas e aos juízes, o autor chama atenção para a necessidade
de o Poder Judiciário se aproximar das camadas mais pobres da sociedade.
C. O autor afirma que as decisões judiciais devem buscar isenção, ao evitar a
influência da opinião pública.
D. Ao fazer uso de palavras como “paixões” e “ódios”, o autor defende a
humanização do judiciário.
E. A expressão “choque térmico” foi utilizada denotativamente pelo autor para
referir-se aos conflitos entre opinião pública e ordenamento jurídico.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A comoção social é um fato, mas não é determinante


nas decisões judiciais: profissionais que interpretam as leis não podem estimular
aproximações demasiadas entre “as ruas” e os juízes.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra ruas aqui se refere às manifestações de rua.
Nessas manifestações, segundo consta, não há a intenção específica de aproximar
o Poder Judiciário das camadas mais pobres da sociedade.
Alternativa C: CORRETA. O autor realmente afirma que as decisões judiciais
devem estar isentas do clamor da opinião pública. Em outras palavras, cumpra-se
a lei.
Alternativa D: INCORRETA. Os termos “paixões” e “ódios” estão associados aos
anseios populares, sem qualquer ligação com a humanização do judiciário,
expressão esta sem relação com o texto proposto.
Alternativa E: INCORRETA. A expressão “choque térmico” foi utilizada em sentido
conotativo pelo autor, para se referir aos juízes como termômetro a medir o
confronto da conclusão dos processos e os anseios sociais amparados pelas
paixões e ódios. Quando a expressão está em sentido denotativo, significa que é
empregada em sentido literal. Exemplo: O médico disse que o choque térmico é
provocado pela mudança rápida da temperatura do corpo e pode causar danos no
organismo. Por outro lado, a expressão está em sentido conotativo, quando é
empregada em sentido figurado, relacionando-se com determinado contexto. Por
exemplo: Naquele país, interesses sociais opostos provocaram um choque
térmico. O choque entre temperaturas opostas deve ser entendido, nesse
contexto específico, como o choque entre interesses sociais opostos, naquele país.

INSTRUÇÃO:
Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões (5, 6 e 7) que a ele
se referem.
 

Uma prosa sobre você


Tenho a sensação que estamos complicando demais a vida.
Claro que a situação no Brasil não está bonita nem fácil, mas a
realidade é o que ela é – não o que a gente gostaria que ela
fosse. É com ela que a gente precisa fazer as pazes, se
pretendemos mudar alguma coisa, apesar de todos os nossos
desejos e expectativas frustradas. [...] Tem gente que acha que
essa sensação de complicação pode ter a ver também com a
densidade que o mergulho pra dentro, na tão propagada
busca de autenticidade, propósito e paixão, demanda. Então,
para a conexão eu-comigo-mesma ser realmente verdadeira,
tem de haver uma baita fricção. Será que precisa ser assim,
sofrido o tempo todo?

Os tempos modernos nos cutucam com inquietações das mais


variadas mesmo, mas prefiro acreditar que há um jeito de
abordar o cotidiano, as nossas circunstâncias, aquilo que a
gente controla e também o imponderável que faz parte da
jornada de cada um, de um modo mais prático – e mais
singelo. Talvez seja hora de acionar a simplicidade como
recurso para a resolução de antigos problemas tanto quanto
para a criação de novas possibilidades. Talvez seja possível
olhar para o que nos acontece de um lugar menos rígido, mais
fluído. Talvez seja saudável escolher lidar com o que a vida
manda de uma forma mais espontânea, em vez de apenas
reagir transformando pedras mínimas do caminho em
grandes questões existenciais, perdendo, assim, a perspectiva
sobre o que é complexo, de fato.

Acho que é dessa espontaneidade que tenho sentido falta, nas


relações de todos os tipos – entre pessoas, projetos, trabalhos,
empresas. Pensa comigo: quando foi a última vez que você se
conectou a alguém por causa de uma afinidade, sem esperar
nada em troca, só porque sentiu admiração e vontade de
saber mais sobre alguma coisa que a outra pessoa disse ou
fez? Quando foi a última vez em que mandou uma mensagem
desse tipo sem elucubrar 200 vezes a respeito antes,
complicando o que seria uma oferta natural de apoio, atenção
e afeto e a chance de receber de volta uma resposta
surpreendente? Quando foi a última vez em que conseguiu rir
de algo que aconteceu a você e saiu completamente fora do
que foi planejado, mas até que foi interessante?

Uma vida mais simples começa quando a gente para de levar


tudo tão a sério – e coloca atenção e intenção naquilo que
realmente parece fazer sentido pra gente agora. A realidade
não vai ficar cor de rosa só porque eu e você queremos, mas
pode ser que fique mais leve passar pelos dias cinzas se cada
um de nós cuidar do que é sua responsabilidade, sem
complicar. Sisudez, formalismos, reclamações, dúvidas, a
cabeça e a agenda explodindo não são sinônimo de sucesso
nem de maturidade. São pesos, são distrações, parecem mais
com ego no comando, insegurança pedindo carinho, medo de
não saber ser, se não for na marra. O modo como você passa
pelos seus dias é a forma como a sua vida está passando,
afinal. Considere esta sugestão: simplifique o que você pode
na forma de pensar e fazer o que der, para sentir que você
está bem vivo aí, no miudinho do seu tempo, esse que vai
passar levando você pra frente, sem considerar a sua
embatucação.

Fonte: MARI, Juliana de. Revista Vida Simples. p. 44, nov. 2018.

Ã
05 (FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO NORTE DE MINAS –
COTEC – 2019) Segundo o gramático Cegalla (1997), o pleonasmo é o emprego de
palavras redundantes, que, como figura de linguagem, visa a um efeito expressivo,
com o fim de reforçar ou enfatizar uma ideia. Porém, alguns são considerados
vícios de linguagem pela norma padrão da língua, por serem repetições
desnecessárias, que são usadas fora do contexto da linguagem literária. No
primeiro parágrafo do texto, a autora faz uso de um pleonasmo, conforme se
verifica na alternativa:

A. “[...] o mergulho pra dentro, na tão propagada busca de autenticidade [...]”.


B. “Tenho a sensação que estamos complicando demais a vida”.
C. “[...] a situação no Brasil não está bonita nem fácil [...]”.
D. “Será que precisa ser assim, sofrido o tempo todo?”.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: CORRETA. Quando figura de linguagem, o pleonasmo (do latim


pleonasmus “redundância”) intensifica o significado de um termo. Como vício de
linguagem, o pleonasmo é a repetição supérflua de uma ideia já contida na
palavra ou na expressão. Exemplos: Encare o problema de frente (Correto: Encare
o problema). Há dez anos atrás (Correto: Há dez anos ou dez anos atrás). Adiar
para depois (Correto: Adiar). Assim sendo, mergulho já implica a ideia de uma ação
para dentro.
Alternativa B: INCORRETA. Complicando demais: verbo complicar seguido de um
advérbio de intensidade. Demais significa “em excesso”. Exemplo: Antonieta fala
demais (em excesso). Por outro lado, observe que a locução de mais expressa o
sentido contrário ao de menos. Exemplo: O cozinheiro pôs pimenta de mais na
comida.
Alternativa C: INCORRETA. As palavras bonita e fácil são dois adjetivos com
significados distintos.  O adjetivo pode apresentar intensificação e excesso, no
grau superlativo. Exemplos: Carla é uma garota demasiadamente bonita. Aquele
exercício é facílimo.
Alternativa D: INCORRETA. A expressão o tempo todo tem o sentido de
“ininterruptamente”, “constantemente”. De outro modo, considere as formas todo
mundo ou todo o mundo, como nos exemplos: Roberval estudava todo dia (em
cada dia, sem exceção). Roberval estudava todo o dia (o dia inteiro).

06 (FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO NORTE DE MINAS –


COTEC – 2019) O termo “prosa”, no título do texto, foi empregado:

A. Coloquialmente, no sentido de conversa.


B. Formalmente, no sentido de palestra.
C. Literariamente, no sentido contrário ao de verso.
D. Conotativamente, no sentido de pedante, cheio de si.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
Polissemia é a propriedade que uma palavra tem de expressar significado distinto,
em função do contexto em que aparece. Exemplo: manga (parte do vestuário ou
fruto da mangueira).
 
Alternativa A: CORRETA. A linguagem coloquial é usada em situações cotidianas e
informais. É um discurso mais descontraído, seguindo a fluidez da oralidade.
Nessa adequação entre forma e o conteúdo, a autora fez opção de construir o
texto como uma conversa.
Alternativa B: INCORRETA. Enquanto a conversa ocorre em situação
descontraída; a palestra é uma apresentação oral, com grau de formalidade,
perante um auditório, uma comunicação sobre um tema considerado importante
ou pertinente. A formalidade aqui se aproxima a de uma conferência, posto que se
vale de recursos retóricos.
Alternativa C: INCORRETA. Prosa e o verso são dois gêneros fundamentais da
literatura. A prosa mantém o foco em questões lógicas e racionais; predomina, em
geral, a denotação. Verso ou poesia, por sua vez, é o gênero que trata de questões
de ordem subjetiva, uma vez que predomina a conotação, isto é, a linguagem
figurada. Além do mais, tradicionalmente, segue regras de versificação e pode
apresentar rimas. No presente texto, não há intenção relacionada com a
composição literária, de acordo com os padrões da estética da linguagem, como
há no romance ou no conto.
Alternativa D: INCORRETA. O termo prosa foi empregado no sentido denotativo,
correspondendo à ideia de uma comunicação descontraída, uma conversa entre
interlocutores. Exemplo: Naquela mesa do Café Seleto, a prosa estava muito
animada.

07 (FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO NORTE DE MINAS –


COTEC – 2019) Ao analisar a linguagem usada pela autora na construção do seu
texto, verifica-se que:

A. Constata-se a presença somente do registro formal.


B. Há o uso reiterado do registro informal.
C. Predomina o uso da linguagem conotativa.
D. O uso reiterado da 1.ª pessoa confere impessoalidade ao discurso.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
Procure entender que o significado do texto é estruturado em torno de uma
oposição de base. Nesse caso, a oposição de base é simplificar x complicar. Há,
pois, um eixo a separar os campos semânticos distintos. Essa oposição constrói a
significação do texto.
 
Alternativa A: INCORRETA. Seria uma incoerência da autora tratar de uma
simplificação das coisas, numa revista intitulada Vida Simples, valendo-se somente
do registro formal. Este é empregado quando não há familiaridade entre os
interlocutores, isto é, em situações que requerem maior expressão de
formalidade.
Alternativa B: CORRETA. Condizente com o tom mais coloquial do texto, há
reiterados exemplos do registro informal, próprio de situação de uso oral da
linguagem: Tenho a impressão que, Tem gente que acha, mergulho pra dentro. Ao
passo que no registro formal, teríamos: Tenho a impressão de que, Há gente que
acha, mergulho.
Alternativa C: INCORRETA. Há o predomínio da linguagem denotativa, própria da
informalidade. Exemplo: Acho que é dessa espontaneidade que tenho sentido
falta, nas relações de todos os tipos – entre pessoas, projetos, trabalhos,
empresas.
Alternativa D: INCORRETA. A impessoalidade, o distanciamento entre os
interlocutores, a objetividade, tudo isso é próprio do discurso em terceira pessoa.
Pelo contrário, a visão pessoal, a aproximação entre os interlocutores e a
subjetividade caracterizam o discurso em primeira pessoa, como é o caso do
presente texto.

TEXTO 1 PARA AS QUESTÕES 8, 9 e10.

Uma revista de Educação mostrava o seguinte segmento:

“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito


mais direcionados ao ensino teórico para passar no funil do
vestibular, obrigando os alunos a decorar fórmulas
matemáticas, afluentes de rios ou a morfologia dos insetos
para ter depois seus conhecimentos testados e avaliados por
notas que não diferenciam as vocações ou interesses
individuais. É uma avaliação cruel, que prioriza a inteligência
da decoreba ao invés da inteligência criativa”.

08 (DEFENSORIA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO – FGV – 2019) Entre as ideias


defendidas no texto 1, a única que NÃO está presente é:

A. A criatividade deve ser priorizada nos modelos pedagógicos;


B. As notas dadas às provas não visam aos interesses pessoais;
C. O ensino teórico é uma decorrência dos exames vestibulares;
D. Os exames vestibulares não avaliam com critérios válidos;
E. Alguns tópicos tradicionais do ensino são inúteis nos exames vestibulares.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: CORRETA. A criatividade deve ser priorizada no modelo


pedagógico, como confirma o segmento: É uma avaliação cruel que prioriza a
inteligência da decoreba ao invés da inteligência criativa. 
Alternativa B: CORRETA. Condizente com o texto, as avaliações não
correspondem aos interesses pessoais dos alunos.
Alternativa C: CORRETA. Segundo o texto, o ensino fundamentado em teorias
está relacionado com as exigências cobradas nos vestibulares.
Alternativa D: CORRETA. Não são válidos os critérios dos exames vestibulares,
porque aos alunos são feitas exigências de base decorativa e não criativa.
Alternativa E: INCORRETA. Afirmação fora do contexto da questão. Não há
referência a tópicos tradicionais do ensino nem ao significado da palavra inúteis.

09 (DEFENSORIA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO – FGV – 2019) “Os modelos


pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino
teórico para passar no funil do vestibular...”; esse segmento (texto 1) mostra uma
forma de voz passiva - “são direcionados” - sem que haja menção do agente dessa
ação. O pensamento abaixo em que há uma forma de voz passiva com a indicação
do agente é:

A. “A natureza só é comandada se é obedecida”;


B. “Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode
ser produzido”;
C. “O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o
mundo”;
D. “Existe alguma religião cujos fiéis possam ser apontados como nitidamente
mais amáveis e dignos de confiança do que os de qualquer outra?”;
E. “A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta
transmitir soa mais como loucura”.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
A voz passiva analítica constrói-se conforme o seguinte esquema: verbo ser +
particípio do verbo principal, podendo ter ou não agente da passiva. Exemplo: A
árvore foi plantada (sem agente da voz passiva). A árvore foi plantada pela criança
(com agente da voz passiva). Além disso, a leitura atenta do enunciado da questão
pede para considerar uma forma.
 
Alternativa A: INCORRETA. A oração se é obedecida expressa condição.
Alternativa B: INCORRETA. Dada a causa, relaciona-se com a ideia de condição: se
for dada a causa, em cruzamento com a ideia de tempo: quando for dada a causa.
Alternativa C: CORRETA. O agente da passiva é constituído pelo termo da oração
pelas crianças. Passando para a voz ativa, teríamos: As crianças julgarão o mundo.
Na segunda frase, o verbo está na voz ativa.
Alternativa D: INCORRETA. A locução verbal possam ser apontados como
aproxima-se  do conceito de comparação.
Alternativa E: INCORRETA. Na primeira frase, seria possível acrescentar um
exemplo de complemento, com a função de agente da passiva: A sabedoria não
pode ser transmitida pelos ignorantes. Na segunda frase, as formas verbais não
estão na voz passiva.

10 (DEFENSORIA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO – FGV – 2019) “É uma avaliação


cruel, que prioriza a inteligência da decoreba ao invés da inteligência criativa”.
Nesse segmento do texto 1, há a correta utilização da expressão “ao invés de”, que
é muitas vezes confundida com “em vez de”. A frase abaixo em que se deveria
empregar “em vez de” em lugar de “ao invés de” é:
A. O pai decidiu matricular o filho numa escola pública ao invés de uma
privada;
B. Não é de hoje que as escolas brasileiras preferem o retrocesso ao invés do
progresso;
C. Muitos professores dão destaque à teoria ao invés de priorizar a prática;
D. Os livros didáticos utilizam imagens ao invés de textos;
E. As escolas utilizam processos de avaliação rápidos ao invés de processos
mais lentos e mais eficientes.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
No uso, considere o par de locuções ao invés de/em vez de. São duas expressões
semelhantes na pronúncia, na grafia e também no significado. Contudo, o
emprego correto dessas formas contribui com a coesão da frase. É recorrente a
dúvida com expressões parônimas (aquelas  escritas e pronunciadas de forma
parecida, porém apresentam significados distintos).
 
Alternativa A: INCORRETA. Em vez de significa “no lugar de”, “substituição”,
“troca”. Exemplo: Em vez de mandar uma carta, enviarei um e-mail. De forma
diversa, ao invés de é empregada no sentido de algo inverso, expondo coisas
contraditórias, (invés origina-se da palavra latina inversum, cujo significado é
“inverso”, “ao contrário”. Exemplo: Ao invés de economizar, ele desperdiçou tudo.
Portanto, numa escola pública ao invés de uma privada, a expressão ao invés de
tem o sentido de algo inverso, ficando clara a oposição escola pública x escola
privada.
Alternativa B: INCORRETA. Ao invés de apresenta, pois, sentido contrário,
oposição semântica: retrocesso x progresso. Outro exemplo: Ao invés de seguir à
esquerda, ele seguiu à direita – oposição esquerda x direita.
Alternativa C: INCORRETA. Ocorre a expressão semântica dos opostos: teoria x
prática, cabendo, assim, a forma ao invés de. Outro exemplo: Ao invés de comprar
novas ações, ele vendeu as que tinha. Oposição: comprar x vender.
Alternativa D: CORRETA. Aqui cabe correção: Os livros didáticos utilizam imagens
em vez de textos. Em vez de = “no lugar de”. Outro exemplo: Faça a sua parte, em
vez de fazer a do outro.
Alternativa E: INCORRETA. Não cabe substituição, pois, no sentido da frase,
destaca-se a oposição, a antítese: processos de avaliação rápidos x processos mais
lentos e eficientes.

Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões 11, 12, 13 e 14.

Análise genética propõe novo rosto para Luzia: ela não era
negra. Evidências associam o crânio do Museu Nacional à
Cultura Clóvis, da pré-história dos EUA – e cravam que os
traços do povo de Lagoa Santa (MG) eram mais próximos dos
indígenas atuais.

Guilherme Eler

Na última atualização feita à imprensa sobre o estado do


crânio de Luzia, pesquisadores já haviam resgatado 80% da
peça dos escombros do Museu Nacional do Rio de Janeiro. (...)

A representação original do boneco de Luzia perdeu-se no


fogo, mas, ainda que tivesse sobrevivido, acabaria tendo que
ser substituída. Uma dupla de estudos publicados nas revistas
científicas Cell e Science reuniu novos argumentos para
defender a tese de que a representação não corresponde de
fato à forma como ela deveria ser retratada.

Quando estudava o crânio de Luzia ao final da década de


1980, o antropólogo e ex-professor da USP (Universidade de
São Paulo) Walter Neves formulou uma hipótese sobre a
origem da dona da ossada. Segundo Neves, as características
de seu crânio eram diferentes das dos povos indígenas atuais,
o que sinalizaria que Luzia pertenceu a um grupo de humanos
que chegou à América, também pelo estreito Bering, antes do
grupo que deu origem aos indígenas da época de Cabral.
Nesse caso, a aparência de Luzia seria mais próxima da dos
africanos negros. Por isso, o antropólogo forense britânico
Richard Neave, em 1996, reconstruiu sua face imaginando-a
negra.

O que os novos estudos argumentam, porém, é que todos os


indígenas que já perambularam pelas Américas descendem de
uma única população humana. Natural do leste asiático, esse
grupo ancestral teria chegado ao continente cerca de 20 mil
anos atrás. Ou seja: não houve nenhuma migração anterior a
que Luzia pudesse pertencer. Ela era uma indígena comum.

O que aconteceu de verdade foi um pouco mais complicado: a


onda que povoou a América se dividiu dentro do próprio
continente. Onde hoje estão os EUA, um grupo que ficou
conhecido como “Cultura Clóvis” prosperou e avançou em
direção ao sul. Quando chegou por aqui, deu origem a
populações como a de Lagoa Santa (MG) – à qual pertence
Luzia. Luzia, então, é neta de Clóvis.

Essa relação entre os primeiros americanos do norte e os


primeiros do sul ficou clara pela análise de DNA de fósseis. Um
esqueleto de 10 mil anos, encontrado em uma caverna do
estado de Nevada, nos EUA, foi comparado com ossos da
mesma idade naturais de Lagoa Santa. Mesmo distantes mais
de 10 mil quilômetros, eram muito parecidos geneticamente.
(...)

Depois de alguns de milhares de anos, uma nova onda


migratória, distinta da Cultura Clóvis, desceu para a América
do Sul e tomou conta de tudo. A população a que pertencia
Luzia sumiu, assim como os Clóvis do norte, que são
verificados pela última vez há 9 mil anos. Foram duas ondas,
de fato, mas ambas originadas de uma só migração que
entrou pelo Estreito de Bering. O que contraria a hipótese de
Neves.
O processo que permitiu tais conclusões envolveu a
participação de uma equipe internacional de 72
pesquisadores. Deles, 17 são brasileiros. Os autores se
basearam na análise do genoma de 49 fósseis, achados em 15
sítios arqueológicos do Brasil, Argentina, Belize, Chile e Peru.

“Por mais acostumados que estejamos com a tradicional


reconstrução facial de Luzia, com traços fortemente africanos,
essa nova imagem reflete de forma muito mais precisa a
fisionomia dos primeiros habitantes do Brasil, apresentando
traços generalizados e indistintos a partir dos quais, ao longo
dos milhares de anos, a grande diversidade ameríndia se
estabeleceu”, explicou André Strauss, arqueólogo do Museu
de Arqueologia e Etnologia (MAE), da USP em entrevista à BBC
Brasil. (...)

Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/analise-genetica-propoe-novo-


rosto-para-luzia-ela-nao-era-negra/>. Acesso em: 10 nov.2018 – Texto adaptado.

11 (PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ – FADESP – 2019) No lead, o pequeno


texto que ocorre após o título, o verbo cravar é sinônimo de:

A. Fixar.
B. Destacar.
C. Estabelecer.
D. Assegurar.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Fixar apresenta sentido próprio: O vidraceiro fixou


(firmou) o vidro na janela, assim como o sentido figurado: O professor fixou
(determinou) o dia da prova.
Alternativa B: INCORRETA. Destacar tem como sinônimos as palavras: salientar,
realçar, evidenciar, ressaltar. Exemplo: O pintor destacou as cores amarelas do
quadro.
Alternativa C: INCORRETA. O sentido de estabelecer relaciona-se com determinar,
precisar, indicar, estipular, designar. Exemplo: O diretor determinou as novas
normas de trabalho na empresa.
Alternativa D: CORRETA. Embora as demais alternativas contemplem sentidos
paralelos dos vocábulos, assegurar é a expressão mais precisa e coerente com o
sentido do lead, pois manifesta o significado de precisar, demonstrar e comprovar.
Outro exemplo: O cientista assegurou que a sua pesquisa apresentou resultados
importantes.

12 (PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ – FADESP – 2019) O trecho “O que


aconteceu de verdade foi um pouco mais complicado: a onda que povoou a
América se dividiu dentro do próprio continente. Onde hoje estão os EUA, um
grupo que ficou conhecido como “Cultura Clóvis” prosperou e avançou em direção
ao sul. Quando chegou por aqui, deu origem a populações como a de Lagoa Santa
(MG) – à qual pertence Luzia. Luzia, então, é neta de Clóvis” é:

A. Argumentativo.
B. Descritivo.
C. Narrativo.
D. Dissertativo.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A argumentação consiste em apresentar teses


favoráveis e/ou contrárias a respeito de um tema. Objetiva desenvolver
argumentos que levem à conclusão. Apresenta um conjunto de proposições,
promovendo reflexões, críticas, debates e polêmicas. Em geral, o presente texto é
fundamentado em argumentos, mas há determinadas partes com características
textuais diversas.
Alternativa B: INCORRETA. O texto descritivo retrata as características peculiares
a um ser ou a um ambiente. Relaciona-se com a pintura e a fotografia. Exemplo:
Como não se conheciam e tinham marcado encontro pelo telefone, José passou
sua própria descrição para ser reconhecido. Disse que era magro, alto, trajaria
camisa branca, calça azul, tênis branco e boné vermelho com a letra w.
Alternativa C: CORRETA. A narração consiste numa sequência de fatos, na qual os
personagens se movimentam num determinado espaço, de acordo com uma
ordem temporal. No trecho em pauta, um grupo desloca-se em certos espaços:
Estados Unidos, Lagoa Santa (MG), implicando também o transcorrer de milhares
de anos.
Alternativa D: INCORRETA. Não se apresenta uma opinião, uma tese, no referido
trecho.

13 (PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ – FADESP – 2019) O trecho em que uma


palavra foi empregada em sentido conotativo é:

A. A representação original do boneco de Luzia perdeu-se no fogo, mas, ainda


que tivesse sobrevivido, acabaria tendo que ser substituída.
B. Nesse caso, a aparência de Luzia seria mais próxima da dos africanos
negros.
C. O que aconteceu de verdade foi um pouco mais complicado: a onda que
povoou a América se dividiu dentro do próprio continente.
D. Mesmo distantes mais de 10 mil quilômetros, eram muito parecidos
geneticamente.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. As palavras são empregadas em sentido denotativo,


isto é, literal. O vocábulo representação é um substantivo abstrato, um tipo de
substantivo que expressa um conceito.
Alternativa B: INCORRETA. O sentido denotativo carrega o significado básico das
palavras e expressões da frase. É o sentido real, dicionarizado dos vocábulos.
Alternativa C: CORRETA. A expressão a onda que povoou a América foi
empregada em sentido conotativo, figurado. Traduz-se por grande afluência de
pessoas que se movimenta em determinada direção. Outro exemplo: Uma onda
de bárbaros invadiu o Império Romano.
Alternativa D: INCORRETA. A denotação apresenta o sentido objetivo, usual. É
uma linguagem mais precisa e se vale de expressões numéricas: Mesmo distantes
mais de 10 mil quilômetros.

14 (PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ – FADESP – 2019) As pesquisas de que


trata o texto resultaram na descoberta de que:

A. A descrição física de Luzia era equivocada.


B. A origem de Luzia ainda é desconhecida.
C. Luzia viveu na época de Pedro Álvares Cabral.
D. Luzia não pertencia à Cultura Clóvis.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
Questões relacionadas com as informações contidas no texto exigem localização
dos itens solicitados, nos parágrafos e nas frases.
 
Alternativa A: CORRETA. Essa alternativa contém o fundamento semântico do
texto: Uma dupla de estudos publicados nas revistas científicas Cell e Science
reuniu novos argumentos para defender a tese de que a representação não
corresponde de fato à forma como ela deveria ser retratada.
Alternativa B: INCORRETA. São formuladas hipóteses a respeito da origem de
Luzia. As pesquisas explicam a sua origem a ponto de retratá-la num boneco.
Alternativa C: INCORRETA. Luzia viveu antes da época de Cabral, pois é o que
demonstra o trecho: Segundo Neves, as características de seu crânio eram
diferentes dos povos indígenas atuais, o que sinalizaria que Luzia pertenceu a um
grupo de humanos que chegou à América, também pelo estreito Bering, antes do
grupo que deu origem aos indígenas da época de Cabral.
Alternativa D: INCORRETA. Luzia relaciona-se com a Cultura Clóvis, de acordo
com a seguinte passagem do texto: Onde hoje estão os EUA, um grupo que ficou
conhecido como “Cultura Clóvis” prosperou e avançou em direção ao sul. Quando
chegou por aqui, deu origem a populações como a de Lagoa Santa (MG) – à qual
pertence Luzia. Luzia, então, é neta de Clóvis.

15 (COSEAC – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – 2019)

Leia o TEXTO 2 (Editado) para responder às quesões 15,16 e 17.


 

A pesquisa científica sobre os efeitos terapêuticos da relação


entre seres humanos e animais de estimação começou nos
Estados Unidos em meados de 1960. Depois de muitos
estudos e observação, ficaram claros os benefícios que são
gerados nessa interação. Pensando nisso, a Associação
Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação
(Abinpet) possui um Grupo de Estudos sobre a Interação
Humano e Animal (GE-INTERHA) para fomentar pesquisas que
demonstrem a importância dos animais de estimação para a
qualidade de vida das pessoas. Essa convivência, segundo
pesquisadores, é capaz de melhorar a autoestima, diminuir
problemas do coração e auxiliar a família na diminuição do
estresse, na queda da pressão e hipertensos e,
principalmente, de melhorar a interação social.

Em um estudo realizado recentemente, ficou comprovado


que, em geral, as famílias que têm animais de estimação
gastam menos com remédios. Além disso, foi criada a Terapia
Assistida por Animais, que pode ser aplicada em diferentes
casos médicos, com grandes melhorias para os pacientes.
Alguns casos mais conhecidos são os tratamentos de idosos e
de crianças com paralisia cerebral, autismo ou hiperatividade.

Os cães e gatos são muito usados, pois são os animais mais


próximos do ser humano. As suas visitas causam melhoras
sociais, emocionais, físicas e cognitivas de pacientes em
tratamento. Acariciar um animal, por si só, já ajuda o paciente
a relaxar. Cães e gatos também servem como companhia para
idosos solitários, evitando casos de depressão. A relação entre
seres humanos e animais de estimação.

Jornal Cruzeiro do Sul, 24/05/13. Disponível em <


https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/474869/a-relacao-entre-seres-
humanos-e-animais-de-estimacao>. Acesso em jan. 2019. (Adaptado)

Sob ponto de vista da Morfologia, a palavra formada pelo mesmo processo de


formação do termo tratamento é:

A. Ajuda.
B. Cerebral.
C. Hipertenso.
D. Autoestima.
E. Estresse.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Derivações regressivas são aquelas em que os


substantivos formam-se a partir de verbos. Exemplos: gritar/grito; encaixar/ecaixe;
criticar/crítica. Portanto, ajudar/ajuda.
Alternativa B: CORRETA. Formação morfológica de acordo com o esquema:
radical + sufixo, portanto sufixação. Desse modo, trato + mento = tratamento;
cérebro + al = cerebral.
Alternativa C: INCORRETA. A palavra hipertenso, assim como hipertensão, é
formada pelo processo de prefixação: hiper- + tenso = hipertenso; hiper- + tensão
= hipertensão.
Alternativa D: INCORRETA. Autoestima surgiu a partir do grego autós, “por si
mesmo”, a que se juntava o verbo latino aestimare , “valorizar, apreciar”. Em
português, portanto, ocorreu o processo de prefixação: auto- + estima =
autoestima.
Alternativa E: INCORRETA. Estresse é uma importação de termo estrangeiro, do
inglês stress.

16 (COSEAC – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE– 2019) No trecho “Além


disso, foi criada a Terapia Assistida por Animais, que pode ser aplicada em
diferentes casos médicos, com grandes melhorias para os pacientes”, a palavra
sublinhada pode ser substituída por:

A. Onde.
B. Cuja.
C. Aonde.
D. A qual.
E. Na qual.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Onde exerce a função sintática de adjunto adverbial


de lugar. Exemplo: O lugar onde trabalho fica perto da escola.
Alternativa B: INCORRETA. Cujo corresponde a de que e estabelece relação de
posse entre o antecedente e o termo a que se refere. Exemplo: A casa, cuja
reforma terminou, será alugada em breve. Desse modo, cuja reforma: a reforma
da casa. Note que não se usa artigo a depois do pronome cujo.
Alternativa C: INCORRETA. Aonde é um advérbio que informa ideia de
movimento e deve ser empregado com os verbos ir, chegar, dirigir, entre outros.
Exemplo: Aonde você vai com tanta pressa?
Alternativa D: CORRETA. A forma a qual corresponde ao pronome relativo que e
pode ser usada em situações em que se refira a um termo ou antecedente. Foi
criada a Terapia Assistida por Animais, a qual pode ser aplicada em diferentes
casos médicos.
Alternativa E: INCORRETA. As expressões na qual, no qual são utilizadas quando o
verbo é transitivo indireto, isto é, quando pede um complemento com presença de
preposição. Exemplo: A passagem da qual eu preciso ainda não está à venda.

17 (COSEAC – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – 2019) As palavras


“pesquisa”, “capaz” e “social”, ao serem flexionadas em número, passam por
processos ligeiramente diferentes. Outras formas nominais flexionadas da mesma
maneira são, respectivamente,

A. “cerebral”, “ser” e “vida”.


B. “vida”, “ser” e “animal”.
C. “cão”, “paciente” e “animal”.
D. “cão”, “cerebral” e “paciente”.
E. “paciente”, “vida” e “cão”.
grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. As palavras cerebrais, seres e vidas, assim flexionadas


no plural, apresentam terminações diferentes de pesquisa, capaz e social.
Alternativa B: CORRETA. Observando a flexão do plural das palavras pesquisas,
capazes e sociais, nota-se que apresentam a mesma terminação do plural de vidas,
seres e animais.
Alternativa C: INCORRETA. As palavras cães, cerebrais e pacientes têm,
respectivamente, flexão no plural diversa de vida, ser e animal.
Alternativa D: INCORRETA. Segundo critérios etimológicos, as palavras
terminadas em –ão podem formar plural em -ões, -ãos ou –ães. Assim ficam as
flexões: balão/balões; bênção/bênçãos e cão/cães.
Alternativa E: INCORRETA. Não há correlação de flexão de plural das palavras
dessa alternativa e as do enunciado.

18 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JOSÉ GONÇALVES DE MINAS – COTEC – 2019)


Considere o trecho: “Os tempos modernos nos cutucam com inquietações das
mais variadas mesmo, mas prefiro acreditar que há um jeito de abordar o
cotidiano, as nossas circunstâncias, aquilo que a gente controla e também o
imponderável que faz parte da jornada de cada um, de um modo mais prático – e
mais singelo”. A palavra imponderável, no trecho acima, significa aquilo que:

A. Não se pode pesar.


B. Não se pode considerar.
C. Não se pode medir.
D. Não se pode controlar.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
A mesma palavra expressa significados diferentes em contextos diferentes. O
contexto pode ser entendido como o conjunto de circunstâncias em que se produz
a mensagem. O discurso é um processo que implica lugar, tempo, situação de
quem formula e de quem recebe o enunciado. Desse modo, as palavras
apresentam acepções que só podem ser definidas pelo contexto.
 
Alternativa A: INCORRETA. O sentido de pesar aqui é “ponderar”, “refletir”,
“especular”.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra considerar restringe o significado, nesse
contexto, pois exprime a ideia de “acreditar”, “presumir”, “conceituar”.
Alternativa C: INCORRETA. Medir apresenta o sentido mais objetivo de
“determinar medida”, “avaliar”, “mensurar”.
Alternativa D: CORRETA. Pelo contexto pessoal e subjetivo do texto, imponderável
corresponde ao que não se pode controlar: algo muito “sutil”, “imprevisível”.

Texto para as questões 19 a 26.

O PADEIRO
 
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo
para fazer café e abro a porta do apartamento — mas não
encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de
ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do
pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um “lockout”,
greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno;
acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com
pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.

Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão
ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um
homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha
deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava
gritando:

   — Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

“Então você não é ninguém?”

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de


ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de
uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa
qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro:
“não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”. Assim ficara
sabendo que não era ninguém…

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda


sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando
com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo
eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era
pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase
sempre depois de uma passagem pela oficina — e muitas
vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares
rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão
saído do forno.

Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me


julgava importante porque no jornal que levava para casa,
além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia
uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão
estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu
coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre
todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E
assobiava pelas escadas.

BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

19 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) O texto de


Rubem Braga pertence ao gênero crônica. A caracterização do texto acima se dá
como crônica porque:

I. Trata temas do cotidiano com humor sustentando um ponto de vista sem


perder a leveza.
II. É um gênero textual vinculado a uma experiência do cotidiano.
III. Há uma espécie de leveza na construção do texto, que se exprime na
escolha da linguagem e da temática, próprias desse gênero.
IV. Utiliza-se da metalinguagem, ou seja, fala sobre si mesma, sobre a sua
forma de produção.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

A. I, II e III.
B. II e IV.
C. I, II e IV.
D. IV.
E. III e IV.

grau de dificuldade:   

Assertiva I: CORRETA. As três características de uma crônica são a leveza, o humor


e a temática do cotidiano. Os cronistas abordam assuntos de repercussão ou
situações inusitadas dos dias anteriores à data da sua publicação, por exemplo, no
jornal.  Assim, os assuntos abordados são familiares entre os interlocutores.
Assertiva II: CORRETA. A crônica é um gênero que tem vinculação temática e
expressiva com fatos contemporâneos.  A palavra crônica originou-se do grego e
passou para o latim com a forma chronica: “uma narrativa em que os fatos se
sucedem numa ordem cronológica”.
Assertiva III: CORRETA. A leveza na construção do texto reflete-se na escolha da
linguagem coloquial. A abordagem de uma temática do cotidiano acontece de
forma simples, mas criativa.
Assertiva IV: INCORRETA. O texto não centraliza a metalinguagem. Esse conceito
relaciona-se com um texto que faz comentário ou tematiza o próprio código
linguístico, isto é, explica o próprio texto. Exemplo: um dicionário explica o próprio
código que usa: as palavras da língua portuguesa.
▶ resposta: A

20 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) Leia as


proposições sobre as ideias do texto e marque a alternativa INCORRETA.

A. A situação cotidiana que gera a crônica é um fato inusitado, embora


corriqueiro, é vivida pelo próprio narrador e tem vinculação com aspectos
sociais e políticos da época.
B. O narrador do texto, hoje jornalista, também já foi padeiro, por isso
compreende a importância da humilde profissão.
C. O ser invisível assumido pelo entregador de pães é uma condição
equivocada imposta pelas relações sociais, que desvalorizam profissões
importantes por conta de questões culturais e econômicas.
D. A associação entre o jornal recém-impresso e o pão recém-saído do forno,
ambos quentinhos, forma uma imagem que relaciona os papéis sociais do
padeiro e do jornalista.
E. A situação que antevê a lembrança do humilde padeiro é um fato que se
torna fio condutor de todo o núcleo temático do texto.

grau de dificuldade:   

dica do autor:
O gênero literário é próprio de um conjunto de obras que apresenta características
semelhantes, tanto de forma como de conteúdo. Essa classificação é determinante
para a construção e interpretação do significado do texto. Tradicionalmente, são
consideradas três categorias básicas: gênero épico (baseado em fatos reais ou
fictícios); o lírico (poesia marcada pela subjetividade) e o dramático (teatro).
Alternativa A: CORRETA. Crônica é um texto escrito para ser publicado em jornal,
revista, blogs, rádio, televisão. Está vinculada a fatos econômicos, políticos e
sociais da atualidade. São apresentadas situações inusitadas ou mesmo
corriqueiras do dia a dia da vida social. Assim sendo, faz referência ao “lockout”
(locaute palavra já aportuguesada) que ocorre quando o empregador impede o
acesso de seus empregados nos recintos da empresa, como forma de pressioná-
los.
Alternativa B: INCORRETA. O narrador da crônica é um jornalista. Contudo, não
há nenhuma referência que já fora padeiro.
Alternativa C: CORRETA. O “ser invisível” assumido pelo entregador de pães
representa uma figura discriminada, desvalorizada, porque o valor do seu trabalho
é quase que inexistente na sociedade capitalista.
Alternativa D: CORRETA. Jornal e pão são duas imagens que se associam. O jornal
sai quente da impressão com o relato dos últimos acontecimentos. O padeiro, por
sua vez, traz o pão recém-saído do forno, para a refeição matinal.
Alternativa E: CORRETA. A lembrança do humilde padeiro é o núcleo temático da
crônica, núcleo em torno do qual se desenrolam todos os acontecimentos
narrados.

21 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) No trecho


“Explicou que aprendera aquilo de ouvido.”, a expressão em destaque sugere que
o padeiro dizia ser ninguém porque:

A. No dia em que não entregara o pão fora humilhado por uma empregada da
casa.
B. Alguém sempre cochichava no seu ouvido que ele que não era ninguém.
C. Costumava ouvir das pessoas que a função de padeiro tem pouca
importância para a sociedade.
D. Frequentemente lia textos os quais diziam que padeiro não era ninguém.
E. Ouviu, muitas vezes, pessoas lhe abrirem a porta e dizerem que ele não era
ninguém.

grau de dificuldade:   
Alternativa A: INCORRETA. Não há fundamento no texto para afirmar que no dia
em que não entregara o pão, tenha sido humilhado por uma empregada da casa.
Alternativa B: INCORRETA. A crônica caracteriza-se pela leveza, sutileza, ironia e
humor; por isso, no texto, não há registro de uma linguagem direta, no sentido da
ação de se cochichar sempre no ouvido do padeiro.
Alternativa C: INCORRETA. A crítica social é mais sutil. As pessoas não diziam
diretamente que a função de padeiro tinha pouca importância na sociedade. Esta
é uma informação subentendida no texto.
Alternativa D: INCORRETA. Afirmativa que não se fundamenta no texto.
Alternativa E: CORRETA. Na sua rotina de entregar pão, o padeiro, ao apertar a
campainha de uma casa e ser atendido pela empregada ou outra pessoa, ouvia
uma voz que vinha lá de dentro perguntando: “Quem é?” e a pessoa que atendia
respondia: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”. Por esse fato, o padeiro
ficara sabendo que não era ninguém… 

22 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) Escreva V ou F,


conforme sejam Verdadeiras ou Falsas as proposições sobre alguns aspectos
linguísticos do texto.

[      ] “Levanto cedo, faço minhas abluções...”. A palavra destacada pode ser


substituída, sem prejuízo de sentido, por “orações”.
[      ] No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do
forno.”, “como” é uma conjunção coordenativa.
[      ] Em: “[...] eu era rapaz naquele tempo!”, a palavra destacada exerce a função
sintática de predicativo.
[      ] “Então você não é ninguém? Ele abriu um sorriso largo. Explicou que
aprendera aquilo de ouvido”. Para esclarecer a forma como aprendera a expressão
“não é ninguém!”, o autor empregou uma oração subordinada substantiva.

A sequência CORRETA é:

A. V, F, V, F.       
B. F, F, F, V.    
C. F, F, V, V.
D. V, V, F, F.
E. F, V, F, V.

grau de dificuldade:   

Assertiva I: INCORRETA. “Levanto cedo, faço minhas abluções...”. Ablução (do latim
ablutio, “lavagem”) na sua origem, o termo relaciona-se com um ritual religioso de
lavagem, no sentido de purificação do corpo. O autor associou esse sentido
ritualístico com a rotina matinal de se levantar de manhã e lavar o rosto.
Assertiva II: INCORRETA. “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão
saído do forno”. Como é uma conjunção subordinativa comparativa que exprime
ideia de comparação.
Assertiva III: CORRETA. “[...] eu era rapaz naquele tempo!”. Observe o esquema:
sujeito (eu) + verbo de ligação (era) + predicativo do sujeito (rapaz). Dessa forma,
predicativo do sujeito é o complemento de um verbo de ligação.
Assertiva IV: CORRETA. Explicou - oração principal; que aprendera aquilo de ouvido -
oração subordina substantiva objetiva direta.

▶ resposta: C

23 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) Em “Eu não quis


detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante”. Nos enunciados acima, a relação semântica entre a oração
introduzida pelos conectivos destacados e a oração imediatamente anterior é,
respectivamente, de:

A. Finalidade e concessão.
B. Proporção e adição.
C. Condição e finalidade.
D. Finalidade e condição.
E. Concessão e oposição.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Para explicar. A conjunção para exprime finalidade,


objetivo. Ainda que menos importante: a locução conjuntiva concessiva indica
concessão à ação do verbo da oração principal, isto é, implica impedimento,
contradição, contraste ou um fato inesperado.
Alternativa B: INCORRETA. A oração subordinada adverbial proporcional
expressa uma relação proporcional com a ação da oração principal. Exemplo: À
medida que o tempo passava, o jogo ficava mais empolgante. A conjunção
coordenativa aditiva e indica adição de um fato em relação ao fato registrado na
oração coordenada anterior. Exemplo: Jarbas levantou-se e falou.
Alternativa C: INCORRETA. Condição é algo que se exige como necessário, para a
realização de uma ação. A oração subordinada adverbial condicional exprime a
condição necessária para que se realize o fato expresso na oração principal. Se
publicarem o regulamento hoje, o campeonato começará amanhã.
Alternativa D: INCORRETA. A oração subordinada adverbial final apresenta o fim
ou finalidade do acontecimento da oração principal. Em outras palavras, exprime a
intenção de se realizar o que se declara na oração principal.
Alternativa E: INCORRETA. Oposição é a argumentação que consiste em
confrontar duas ideias antagônicas. No plano das figuras de linguagem,
corresponde à antítese, que se caracteriza pela apresentação de palavras de
sentido oposto. Exemplos: som/silêncio; claro/escuro; alto/baixo.

24 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) Leia as


afirmações sobre os recursos linguísticos empregados no texto.

I. “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer
café e abro a porta do apartamento...”. O autor, ao empregar “faço” e “abro”
no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso
pelo verbo.
II. “— Não é ninguém, é o padeiro!”. O uso do artigo “o” revela uma referência
imprecisa ao substantivo “mudanças”.
III. “...acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão
dormido conseguirão não sei bem o que do governo”. O sujeito sintático do
verbo destacado é classificado como indeterminado.
IV. “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo”. O
verbo destacado é classificado como intransitivo.
V. “No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da
véspera...”, o termo destacado é classificado sintaticamente como adjunto
adverbial.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

A. II, III, V.    


B. III.               
C. I, IV, V.
D. IV, V.
E. I, III, IV, V.

grau de dificuldade:   

Assertiva I: CORRETA. O autor ao empregar faço e abro, no presente do indicativo,


confirma a sua certeza diante do fato expresso pelo verbo, pois emprega o modo
indicativo que exprime um fato certo, positivo ou ação habitual. Implica certeza,
quando se refere ao presente, passado e futuro. Exemplos: falo, falei, falarei.
Assertiva II: INCORRETA. Os artigos definidos determinam os substantivos de
forma precisa, particular, objetiva.  Seres e objetos tornam-se, assim,
individualizados. São artigos definidos: o, a, os, as. Exemplo: Traga o troco da
compra.
Assertiva III: INCORRETA. Sujeito indeterminado é aquele que existe, mas não se
pode determinar nem pelo contexto. Exemplo: Construíram uma nova estrada. No
texto, contudo, há um sujeito explícito, com o qual se faz a devida concordância na
terceira pessoa do plural: patrões, que suspenderam o trabalho... acham que...
conseguirão não sei bem o que do governo.
Assertiva IV: CORRETA. Uma vez que na frase e se despediu... o verbo não
apresenta complemento, por isso, é um verbo intransitivo.
Assertiva V: CORRETA. A expressão No mesmo instante é um adjunto adverbial de
tempo.
▶ resposta: C

25 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB - 2019) Sob o aspecto da


organização microestrutural, o texto apresenta mecanismos variados de coesão
referencial para garantir a textualidade. Analise as justificativas apresentadas na
sequência e assinale V, para Verdadeiro ou F, para Falso.

[      ] “Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido”.  O


pronome demonstrativo “aquilo” explicita e confirma o que se disse antes.
[      ] Ocorre retomada por meio do pronome relativo em destaque no trecho: “De
resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o
trabalho noturno”.
[      ] Em: “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo.
Eu não quis detê-lo para...”. Os pronomes destacados têm o mesmo referente
textual.
[      ] Em: “Eu não quis detê-lo....”. Ocorre retomada do pronome pessoal “ele” por
meio do pronome oblíquo “o” para evitar repetição e se ajustar à norma culta da
língua.
[      ] Ocorre retomada por meio do pronome relativo, conforme ilustrado em:
“...além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar”.

A sequência CORRETA é:

A. V, V, F, V, V.                     
B. V, V, F, F, V.                    
C. F, F, V, V, F.
D. F, V, F, V, V.
E. V, F, V, F, F.

grau de dificuldade:   

Assertiva I: CORRETA. O pronome demonstrativo invariável aquilo se refere ao


que se disse antes (que não era ninguém).
Assertiva II: CORRETA. Na frase patrões, que suspenderam o trabalho noturno, o
que se refere ao antecedente patrões.
Assertiva III: INCORRETA. Os pronomes destacados têm diferentes referentes no
texto. Eu: pronome da primeira pessoa do singular relaciona-se com o narrador
em primeira pessoa: o cronista. Por outro lado, se é um pronome reflexivo da
terceira pessoa.
Assertiva IV: CORRETA. Uma vez que ocorre a retomada do pronome pessoal ele
por meio do pronome oblíquo o, de acordo com a norma culta da língua. Ele
pronome do caso reto/sujeito; o pronome do caso oblíquo/complemento. 
Assertiva V: CORRETA. O pronome relativo que se refere à expressão antecedente:
reportagens e notas.
▶ resposta: A

26 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕEZINHOS/PB – UFB- 2019) Leia a


publicidade a seguir:
Considerando o fato de que a linguagem é uma forma de os indivíduos
aprenderem as coisas do mundo e de se comunicarem, ela foi dividida
teoricamente, para efeitos didáticos, em seis funções. Sabe-se que as linguagens
se entrecruzam e, por isso, a pureza de um texto quanto a uma função específica
pode nem sempre surtir efeito no contexto comunicativo. Diante disso, marque a
alternativa que direciona o leitor para a função da linguagem PREDOMINANTE na
publicidade acima:

A. Função metalinguística, o autor do anúncio usou a linguagem para discorrer


sobre ela mesma.
B. Função emotiva ou expressiva, porque está centrada no próprio emissor que
exprime seus sentimentos, suas emoções diante de uma marca de sandália
que, segundo a publicidade, todo mundo gosta.
C. Função poética, porque a preocupação do locutor não está na informação,
mas na elaboração da mensagem, cujo objetivo é mostrar a beleza das
sandálias.
D. Função conativa ou apelativa, porque a linguagem é trabalhada para
convencer o leitor quanto ao objetivo do destinatário que é vender o produto.
Para isso, utiliza-se do texto verbal que se entrecruza com o texto não verbal
para dar mais credibilidade ao anúncio.
E. Função denotativa ou referencial, porque se prioriza, no texto, o dado
concreto da mensagem, ou seja, é uma sandália que é tão boa que todo
mundo usa e todo mundo gosta, inclusive no amigo secreto.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A função metalinguística corresponde ao discurso que


utiliza o código para explicar o próprio código. A metalinguagem, por exemplo,
transparece numa peça de teatro que tematiza o próprio teatro.
Alternativa B: INCORRETA. A função emotiva ou expressiva caracteriza-se pela
subjetividade, pela mensagem que tem como objetivo “emocionar”, caso
recorrente da poesia lírica.
Alternativa C: INCORRETA. A função poética caracteriza-se pela preocupação com
a formulação estética do discurso. É o que predomina, por exemplo, na construção
dos grandes clássicos da literatura.
Alternativa D: CORRETA. A Função Conativa, também chamada de apelativa,
caracteriza-se pelo fato de transmitir uma mensagem com a intenção de
convencer, persuadir, cativar o interlocutor. É a função predominante nas peças
publicitárias.
Alternativa E: INCORRETA. A função denotativa ou referencial tem como intenção
transmitir ao interlocutor dados da realidade de forma objetiva e precisa.
Exemplos: Rivaldo está com sede. O trem parte às oito horas. Afonso comprou dois
ingressos para o teatro.

27 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGOA ALEGRE - CRESCER CONSULTORIAS –


2019) Há sujeito indeterminado na frase da alternativa:

A. Havia vários livros na estante.


B. Estava o professor sozinho na sala de aula.
C. Perto da ponte desceram do ônibus alguns moradores.
D. Precisa-se de um ajudante de cozinha com experiência.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. No sentido de existir, o verbo haver é impessoal, isto


quer dizer que não tem sujeito. É empregado na terceira pessoa do singular,
independente do tempo da conjugação verbal. Exemplos: Há muitas flores no
jardim. Havia muitas flores no jardim. Haverá muitas flores no jardim.
Alternativa B: INCORRETA. A colocação na ordem direta mostra claramente as
funções sintáticas dos termos da oração: O professor estava sozinho na sala de
aula.  Desse modo, destaca-se o sujeito simples: O professor.
Alternativa C: INCORRETA. Da mesma forma, a colocação da ordem direta mostra
claramente as funções sintáticas dos termos da oração. Alguns moradores
desceram do ônibus perto da ponte. Sujeito simples é aquele que possui um só
núcleo. Sujeito simples: Alguns moradores. Núcleo do sujeito: moradores.
Alternativa D: CORRETA. O verbo ativo na terceira pessoa do singular, quando
seguido do pronome se, classifica-se como sujeito indeterminado. Nesse caso, o se
exerce a função de índice de indeterminação do sujeito. Exemplo: Precisa-se de
vendedor. Denomina-se objeto indireto o complemento verbal: de vendedor.

28 (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – INSTITUTO AOCP – 2019)


Quando se redige um texto manuscrito, é necessário conhecer as regras de
separação silábica. Considerando essa afirmação, assinale a alternativa em que os
vocábulos apresentam separação silábica correta.

A. Pri-me-i-ro / a-pro-xi-ma-çã-o.
B. E-qui-pe / me-i-o.
C. Intr-oduz / rea-gi-ram.
D. I-ni-ci-a / a-ca-de-mi-a.
E. Pro-ce-sso / in-sti-tu-i-ção.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. A junção de duas vogais de uma palavra denomina-se


encontro vocálico. O ditongo é um encontro vocálico em que as duas vogais ficam
na mesma sílaba. Portanto: pri-mei-ro e a-pro-xi-ma-ção.
Alternativa B: INCORRETA. Nunca ocorre a separação de ditongos na divisão
silábica. Os ditongos permanecem sempre na mesma sílaba: mei-o. Note que
entre i e o há um hiato (vogais separadas).
Alternativa C: INCORRETA. In-tro-duz – verbo na terceira pessoa do singular, do
presente do indicativo do verbo introduzir; re-a-giram (hiato – vogais separadas
nas sílabas) verbo na terceira pessoa do plural, do pretérito perfeito do indicativo
do verbo reagir.
Alternativa D: CORRETA. I-ni-ci-a / a-ca-de-mi-a. Observe que cada vogal do
encontro vocálico pertence a uma sílaba distinta. Portanto, hiato é o encontro de
duas vogais que pertencem a sílabas diferentes.
Alternativa E: INCORRETA. Pro-ces-so. As letras que formam os dígrafos (duas
letras que representam um único som) rr, ss, sc, sç, xs e xc devem ser separadas.
Exemplos: car-ro; pês-se-go; re-nas-cer; nas-ço; ex-ce-to; ex-su-dar (transpirar,
suar). Ins-ti-tui-ção. Observe também que a separação de sílabas é usada na
translineação - mudança de linha, na escrita, deixando parte da palavra numa
linha e parte na linha seguinte.

Texto para questões 29 a 35

TEXTO 2

O “CIDADÃO DE BEM”, OS DIREITOS HUMANOS E A OPINIÃO PÚBLICA 


 
É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro
social, determinados posicionamentos que predominam nos
populares.  Trata-se de uma uniformização de discursos, um
consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É
evidente que o discurso não é sempre correto. O número de
pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o
mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é
qualidade.

No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de


nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da
população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas,
hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública
acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a
Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que
adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um
descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião
pública está correta. [...]

Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado


“cidadão de bem”, questionando a diferenciação deste com
relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso
nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas
tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer
indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas,
uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o
sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato,
uma grave transgressão.

Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa


reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma
formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma
sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um
alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for
preciso (“necessidade” essa não tão latente quanto possa
parecer).

João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância.


Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sexta-feira,
com uma remuneração um pouco superior a um salário
mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto
em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce
função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal,
sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um
deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de
violência na cidade em que mora; o outro é grande
colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a
arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de
defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.

O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se


importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente
uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de
defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê
da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e
Pedro não é difícil visualizar qual é considerado “cidadão de
bem” e qual não é.

Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento


cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva,
entre um Estado que não o protege (e não o deixa se
defender) e uma criminalidade que cresce de forma
exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão,
ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios
estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os
apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não
resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.

É evidente que o indivíduo vê-se exausto de “ver prosperar a


desonra, de ver crescer a injustiça” e demoniza os Direitos
Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo
negativo, mas as instituições que os representam atualmente
têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o
benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em
tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo.
Mas é preciso ponderação. Os indivíduos devem deixar de
transgredir por princípios morais, mas também por temer as
consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o
desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também
repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a
prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua
perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os
padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E
talvez o «cidadão de bem» não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto

Disponível em: <https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-


de-bem-os-direitos-humanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed>. Acesso em: 29
jan. 2019. Adaptado.

29 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Com o Texto 1, seu


autor pretende, principalmente:

A. Criticar as instituições que defendem os Direitos Humanos.


B. Questionar a legitimidade da chamada ‘opinião pública’.
C. Apresentar argumentos para defender um ponto de vista.
D. Explicar, com exemplos, o conceito de ‘cidadão de bem’.
E. Esclarecer a diferença entre o cidadão de bem e o marginal.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Há que se diferenciar o ponto de vista do autor, isto é,


a posição deste, assumida diante dos fatos apresentados, e o ponto de vista dos
indivíduos que atuam nesse cenário criado pelo autor: É evidente que o indivíduo
vê-se exausto de «ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça» e demoniza
os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo,
mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas
finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo
também quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo.
Alternativa B: INCORRETA. O autor não questiona a legitimidade da chamada
“opinião pública”.  Há muitas coisas em que a opinião pública está correta.
Alternativa C: CORRETA. O autor relativiza inúmeros conceitos, apresentando
argumentos favoráveis e contrários a certas visões da sociedade, como forma de
defender um ponto de vista. É o que se coloca logo no primeiro parágrafo: É
comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados
posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização
de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É
evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a
mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras,
quantidade não é qualidade.
Alternativa D: INCORRETA. Aqui também o autor relativiza o que se entende por
“cidadão de bem”: Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado
“cidadão de bem”, questionando a diferenciação deste com relação ao “marginal”.
Há muito tempo o conceito de “criminoso nato” foi abandonado. Não há traços
físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Assim, o autor não
desenvolve seu argumento, confrontando o conceito de cidadão de bem x
marginal, pois não atribui caráter absoluto ou independente a cada uma dessas
categorias conceituais.
Alternativa E: INCORRETA. O autor pretende principalmente ressaltar certa
relação entre o denominado cidadão de bem e o assim tachado marginal. 

30 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Encontramos, no


Texto 1, a defesa de que:

A. Não há, de fato, muita diferença entre o cidadão de bem e o marginal.


B. O Estado deve atuar de modo mais repressivo no combate ao crime.
C. Somente a educação é capaz de evitar a prática criminosa reiterada.
D. Todos os cidadãos de bem respeitam as normas impostas pelo Estado.
E. A opinião pública não deveria encabeçar um movimento tão punitivista.

grau de dificuldade:   
Alternativa A: INCORRETA. Entre o cidadão de bem e o marginal há diferenças:
Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado “cidadão de bem” e
qual não é.
Alternativa B: CORRETA. O Estado deve atuar de modo mais repressivo no
combate ao crime. Várias passagens reiteram essa posição do autor, entre elas: Os
indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por
temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio
precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão.
Alternativa C: INCORRETA. Além da educação é preciso repressão para evitar a
prática criminosa reiterada.
Alternativa D: INCORRETA. Não são todos os cidadãos de bem que respeitam as
normas impostas pelo Estado: O disposto a cometer crimes, provavelmente, não
se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma
também.
Alternativa E: INCORRETA. Pelo contrário: Se a opinião pública encabeça,
atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar
à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma
criminalidade que cresce de forma exponencial.

31 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Acerca de


elementos relacionadores presentes no Texto 1, analise as afirmações abaixo.

1. A expressão destacada no trecho “O número de pessoas que fala a


mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras
palavras, quantidade não é qualidade.” (1.º §), indica que o autor
pretendeu fazer uma reformulação em seu discurso, para deixar as
ideias mais claras para seu interlocutor.
2. No trecho: “Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado
“cidadão de bem”, questionando a diferenciação desse com relação ao
marginal.” (3.º §), o leitor deve compreender que o termo destacado faz
referência à expressão “cidadão de bem”.
3. Releia: “Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de
delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de
práticas delituosas” (3.º §). Com o termo em destaque, o autor sinaliza
sua intenção de acrescentar novas informações ao seu texto.
4. No trecho: “Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento
cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um
Estado que não o protege [...]” (7.º §), o referente do pronome
destacado, embora não explícito, pode ser recuperado pelo leitor, que
relaciona esse pronome a “indivíduo”, “cidadão”, contidos na ideia de
“opinião pública”.

Estão CORRETAS:

A. 1, 2 e 3, apenas.
B. 1, 2 e 4, apenas.
C. 1, 3 e 4, apenas.
D. 2, 3 e 4, apenas.
E. 1, 2, 3 e 4.
grau de dificuldade:   

Assertiva 1: CORRETA. A expressão em outras palavras retoma, reformula e


resume o que foi dito anteriormente: Em outras palavras, quantidade não é
qualidade.
Assertiva 2: CORRETA. “Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado
cidadão de bem, questionando a diferenciação desse com relação ao marginal”.
Realmente, o termo destacado faz referência à expressão “cidadão de bem”, pois o
pronome demonstrativo situa alguém ou alguma coisa, em relação às pessoas do
discurso. Portanto, desse refere-se a cidadão de bem.
Assertiva 3: CORRETA. “Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento
de práticas delituosas”. Com o termo em destaque, o autor sinaliza sua intenção
de acrescentar novas informações ao seu texto. Ademais é um advérbio e exprime
a ideia de acréscimo a respeito de algo sobre o qual já houve referência
anteriormente.
Assertiva 4: CORRETA. No trecho: “Se a opinião pública encabeça, atualmente, um
movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre
um Estado que não o protege”. O referente do pronome destacado, embora não
explícito, pode ser recuperado pelo leitor, que relaciona esse pronome a
“indivíduo”, “cidadão”, termos relacionados com a ideia de “opinião pública”. De
acordo com o texto, o Estado não protege o cidadão, termo este que é um
substantivo masculino - daí a correspondência com o pronome o.
▶ resposta: E

32 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Considerando a


propriedade textual da coerência, assinale a alternativa CORRETA.

A. No trecho: “Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem
extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos à mão armada.”
(5.º §), a elipse dos sujeitos das formas verbais destacadas não prejudica a
coerência do enunciado, pois esses sujeitos são claramente recuperados pelo
leitor do texto.
B. A coerência do Texto 1 é localmente prejudicada com a elaboração do 5.º
parágrafo, em que o autor apresenta ao leitor os casos de João e Pedro, mas
não fornece informações suficientes sobre esses personagens, para que o
leitor compreenda de quem se tratam.
C. No trecho: “O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará
de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também.” (6º §),
verifica-se incompletude de informações e incoerência, pois o autor não revela
ao leitor a que ‘outra lei’ está fazendo referência.
D. Para garantir a coerência do trecho: “Não que os Direitos Humanos em si
sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm
deturpado as suas finalidades.” (8.º §), o leitor deve compreender o segmento
destacado como “as finalidades das instituições que os representam”.
E. A incoerência do trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser
coibido.” (9.º §) se dá porque o autor não esclarece para o leitor de qual desvio
se trata, o que gera certa dificuldade na compreensão textual.

grau de dificuldade:   
Alternativa A: CORRETA. A elipse dos sujeitos das formas verbais destacadas não
prejudica a coerência do enunciado, pois esses sujeitos são claramente
recuperados pelo leitor do texto: (Pedro) não exerce. (Pedro) Tem... Sujeito elíptico
ou oculto é aquele que não é expresso na frase, mas é definido pelo contexto ou
ainda pela desinência (flexão da terminação verbal). Exemplos: Pedro tem, nós
temos, vós tendes.
Alternativa B: INCORRETA. A coerência do Texto 1 não é localmente prejudicada
com a elaboração do 5.º parágrafo, pois fornece informações precisas para que o
leitor tenha a necessária compreensão a respeito de João e Pedro.
Alternativa C: INCORRETA. Verifica-se completude de informações e coerência,
pois o autor dá a entender ao leitor que a “outra lei” é a lei concernente ao porte
de arma.
Alternativa D: INCORRETA. Para garantir a coerência do trecho, o leitor deve
compreender que as instituições têm deturpado as finalidades dos Diretos
Humanos.
Alternativa E: INCORRETA. Não há incoerência no texto, uma vez que o desvio de
que se trata é o desvio da lei, o que está coerente com a compreensão textual.

33 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Assinale a


alternativa em que há equivalência semântica entre os termos destacados nos
enunciados e aqueles termos que se apresentam entre parênteses.

A. É comum que a opinião pública adote (rechace), conforme o quadro social,


determinados posicionamentos que predominam nos populares.
B. No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade (cognição) gosta de
nadar contra a maré.
C. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião
pública o tornará um descobridor, um visionário (reacionário).
D. Não há traços físicos de pessoas tendentes (renitentes) ao cometimento de
delitos.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Adotar (aderir, aceitar) é o antônimo de rechaçar


(recusar, refutar).
Alternativa B: INCORRETA. Intelectualidade é o conjunto de intelectuais.
Cognição é a capacidade de processar informações e transformá-las em
conhecimento. Daí se dizer o processo cognitivo.
Alternativa C: INCORRETA. Visionário é um termo que se refere a alguém que é
idealista, que tem propósitos incomuns. Reacionário diz-se daquele que é contra o
progresso e a evolução social e política.
Alternativa D: INCORRETA. A palavra tendentes relaciona-se àqueles que
“tendem para uma direção, um fim”; a palavra renitentes, por sua vez tem o
sentido de “obstinados”, “que não desistem nem se conformam”; “inconformados”.
Alternativa E: CORRETA. Considerando o contexto, há equivalência semântica
entre os termos encabeçar: “chefiar”, “dirigir” e liderar: “chefiar”, “inspirar as
pessoas para um determinado objetivo”.
34 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Acerca dos
processos de coordenação e subordinação, analise as proposições a seguir.

1. No trecho: “É evidente que o discurso não é sempre correto.”, uma


oração subordinada desempenha a função de sujeito da expressão “é
evidente”, introdutora do enunciado.
2. No trecho: “antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a
Terra era plana;”, o complemento da forma verbal destacada está
organizado na forma de uma oração subordinada.
3. A oração coordenada colocada no final do trecho: “Há que se reconhecer
o benefício histórico do movimento sobretudo quando, em tempos
sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso
ponderação”, realça a oposição que o autor pretende estabelecer entre
as ideias apresentadas.
4. No trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido”, o
autor emprega a coordenação para interligar as duas orações que
compõem o enunciado.

Estão CORRETAS:

A. 1, 2 e 3, apenas.
B. 1, 2 e 4, apenas.
C. 1, 3 e 4, apenas.
D. 2, 3 e 4, apenas.
E. 1, 2, 3 e 4.

grau de dificuldade:   

Assertiva 1: CORRETA. Uma vez que em “É evidente que o discurso não é sempre
correto.”, há uma oração subordinada que desempenha a função de sujeito da
expressão “é evidente”, introdutora do enunciado. Assim fica: É evidente (oração
principal); que o discurso não é sempre correto (oração subordinada substantiva
subjetiva) - função de sujeito.
Assertiva 2: CORRETA. Em “a opinião pública acreditava que a Terra era plana”, o
complemento da forma verbal destacada está organizado na forma de uma
oração subordinada substantiva objetiva direta.
Assertiva 3: CORRETA. Em “Mas é preciso ponderação”, essa oração realça 
oposição, compensação.
Assertiva 4: INCORRETA. No trecho: “Se a educação não resolveu, o desvio precisa
ser coibido”, o autor emprega subordinação para interligar as orações que
compõem o período.

▶ resposta: A

35 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) Releia o seguinte


trecho do Texto 1: “O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de
alterar o mundo dos fatos.”.

O segmento em destaque desempenha no enunciado uma função:


A. adverbial.
B. interjetiva.
C. substantiva.
D. adjetiva.
E. pronominal.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Cabe à função adverbial indicar uma circunstância,


dando ideia de tempo, lugar, modo, finalidade entre outras.
Alternativa B: INCORRETA. As interjeições aparecem quase sempre seguidas de
um ponto de exclamação que pode estar também no final da frase: Exemplos:
Nossa! Que coisa! Adeus, meus companheiros!
Alternativa C: INCORRETA. A função dos substantivos é nomear seres, fatos,
acontecimentos. Exemplos: janela, relógio, descobrimento.
Alternativa D: CORRETA. “O número de pessoas que” (o qual número) fala a
mesma coisa”. O pronome relativo que desempenha uma função sintática de
ocupar o papel que seria exercido pelo termo antecedente.
Alternativa E: INCORRETA. Na função pronominal, o pronome substitui ou
determina o substantivo, indicando a pessoa do discurso. Exemplo: Ele (pronome
da terceira pessoa do singular, função de sujeito) a (pronome da terceira pessoa do
singular, função de objeto) conhece (verbo transitivo direto).

Disponível em: <http://www.metalurgicoscaxias.com.br/sou-da-paz-lanca-hoje-


campanha-contra-liberacao-de-armas>. Acesso em: 20 jan. 2019.

36 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) O Texto 2 tem a


finalidade principal de levar o leitor a refletir sobre:

A. A defesa da saúde pública.


B. Os perigos da automedicação.
C. O despreparo dos médicos cirurgiões.
D. O armamento da população civil.
E. A necessidade de mais segurança nos hospitais.
grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. O contexto da questão é completamente diferente.


Alternativa B: INCORRETA. Não há referência a respeito dos perigos da
automedicação.
Alternativa C: INCORRETA. Não há base para essa afirmativa.
Alternativa D: CORRETA. O sentido do enunciado relaciona-se com os riscos do
uso de armas pela população civil.
Alternativa E: INCORRETA. Afirmativa desvinculada do contexto da questão.

37 (PREFEITURA DE PETROLINA - IAUPE CONCURSOS – 2019) O Texto 2 tem como


público-alvo:

A. Os profissionais da saúde.
B. Os policiais militares.               
C. Os cidadãos comuns.
D. Os médicos cirurgiões.
E. Os membros do Congresso Nacional.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Não há apelo aos profissionais da saúde.


Alternativa B: INCORRETA. Não há referência aos policiais militares.
Alternativa C: CORRETA. O cartaz faz um apelo a você, cidadão comum.
Alternativa D: INCORRETA. O médico cirurgião é um fator relacional entre o uso
de bisturi e o uso de armas pelo cidadão comum.
Alternativa E: INCORRETA. Não há indicação referente aos membros do
Congresso Nacional.

Texto para questões 38 a 47.

Eu e a enxaqueca, uma história de amor


 
1.º Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem
clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram,
principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho:
de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma
fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da
minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário
exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

2.º “Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa


quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca,
incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de
cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

3.º Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e


participei de uma série de triagens para medicamentos em
teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores
horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros
males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que
pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma
melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

4.º Atualmente, participo de uma triagem para um remédio


específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da
calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos
sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem
desse mal aparentemente produzem em demasia.

5.º Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo


alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo
profundo, embora ele venha acompanhado de complicações
inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de
medicamento, já não me preocupo mais com a ineficácia
porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova
preocupação: e se desta vez funcionar?

6.º Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois


veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais
achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que
eles esperavam e eu dava como certo que ia superar.
Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas
as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira:
astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

7.º Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca


diagnosticada, quando também me toquei de que não ia
superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que
passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar
a possibilidade de carreira em uma profissão da qual
dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de
questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas
atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as
dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem
manchete. Optei então pelo jornalismo.

8.º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço


central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a
irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a
moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a
desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a
aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me
deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da
dor para sempre, começo a perceber.

9.º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio”


gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar
que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me
tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples –
olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia,
está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil
entender por que demorou tanto para ser inventado.
10.º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz
o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara
por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher
na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me
impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo,
acabará com a desculpa para não as realizar.

11.º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a


conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein,
professor da Faculdade de Administração Jones da
Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais
quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados
do que quando são abundantes. “As restrições podem ser
motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo
para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu
livro, Stretch.

12.º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa


interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes
do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última
hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente
necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo.
Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência
da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente?
Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não
vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais?
Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão
futura de mim mesma (E uma para a Nasa: qual é o limite de
idade para o treinamento dos astronautas?).

13.º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para


acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com
muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura,
geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de
ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir
qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos –
mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-


enxaqueca-uma-historia-de-amor-23178050>. Acesso em: 16 mar. 2019.

38 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) “Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de
enxaqueca.” (1.º parágrafo). A expressão figurinha carimbada pode ser entendida,
no contexto, como:

A. Paciente com doença crônica internado em hospital.


B. Pessoa bastante conhecida em um meio, uma roda.
C. Personalidade do meio acadêmico.
D. Profissional de nível superior.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. O paciente pode ter doença crônica e não ser muito
conhecido no hospital.
Alternativa B: CORRETA. Figurinha carimbada refere-se à pessoa que não é
anônima, pelo contrário, que é bastante conhecida, no caso, em um meio de
triagem clínica.
Alternativa C: INCORETA. Afirmativa fora do contexto.
Alternativa D: INCORRETA. Afirmação desvinculada do contexto.

39 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) Está empregada no sentido conotativo a palavra em destaque no
seguinte trecho:

A. “...consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.”


B. “...e só depois investidos na enxaqueca...”
C. “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da
enxaqueca...”
D. “...substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem...”

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. A náusea é uma “sensação de incômodo na região do


abdômen, impulso de vomitar” – sentido denotativo.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra enxaqueca apresenta o significado de “dor
de cabeça cuja intensidade pode variar”- sentido denotativo.
Alternativa C: CORRETA. A expressão refém do horror da enxaqueca está
empregada em sentido conotativo, figurado. Outro exemplo: refém do medo.
Alternativa D: INCORRETA. A palavra substância foi empregada no sentido
denotativo, próprio.

40 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) No trecho “...todos foram criados para tratar outros males, e só
depois investidos na enxaqueca...” (3.º parágrafo), o termo em destaque pode ser
substituído, sem prejuízo do sentido, por:

A. Empregados.
B. Encarregados.
C. Acometidos.
D. Admitidos.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: CORRETA. Observe: (todos os remédios) foram criados para tratar


outros males, e só depois empregados na enxaqueca.
Alternativa B: INCORRETA. Palavra fora do contexto da frase.
Alternativa C: INCORRETA. Sentido de acometido é “infectado, “ter efeito em”.
Exemplo: Ele foi acometido pela doença.
Alternativa D: INCORRETA. Afirmativa sem sustentação no texto.

41 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) Há dois termos que se contrapõem pelo sentido, formando uma
antítese, no seguinte trecho:

A. “Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos


diligente?”
B. “...incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama,
consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.”
C. “...afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu
caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes.”
D. “Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas
estavam abertas para mim...”

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Em menos responsável/menos diligente “ativo”,


“aplicado”, os dois termos não se contrapõem.
Alternativa B: INCORRETA. Os termos dor paralisante/náusea intensa não se
opõem um ao outro.
Alternativa C: CORRETA. Os termos limitados/abundantes estão numa relação de
oposição, constituindo, pois, uma antítese.
Alternativa D: INCORRETA. As palavras motivadas/delicadíssimas não se
apresentam em sentido de oposição.

42 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) No trecho “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal
aparentemente produzem...” (4.º parágrafo), a palavra mal tem a mesma classe
gramatical que apresenta na seguinte frase:

A. Mal sentia a primeira fisgada, corria para a cama.


B. Ao ser atendido, o paciente mal conseguia falar.
C. Mesmo medicada, ainda está mal.
D. Não há mal que sempre dure.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Mal é uma conjunção temporal, sinônima de assim


que.  Portanto: Assim que sentia a primeira fisgada, corria para a cama.
Alternativa B: INCORRETA. Observe: conseguia falar bem x conseguia falar mal.
Assim, mal é um advérbio que exprime o modo de realização da ação verbal.
Alternativa C: INCORRETA. Observe que estar mal é “não estar bem”, portanto
advérbio.
Alternativa D: CORRETA. A palavra mal como substantivo varia em número
(singular – mal/plural - males). Exemplo: Há males que vêm para bem. Por outro
lado, como advérbio e conjunção, é invariável.

43 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) Está destacado um pronome relativo no seguinte trecho:

A. “Que coisa fantástica”.


B. “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”
C. “O fato é que todos foram criados para tratar outros males...”
D. “...depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram...”

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A palavra destacada é um pronome adjetivo. Outro


exemplo: Que fato interessante!
Alternativa B: CORRETA. Equivale a um dêitico, pois serve para recuperar termos
que estão citados anteriormente, fazendo-lhes referência. Outro exemplo: O filme
que você me indicou é bom. Entenda a formação estrutural da frase: O filme é
bom – o filme você me indicou.
Alternativa C: INCORRETA. O fato é que... a palavra destacada é uma conjunção
integrante. Outro exemplo: O certo é que haverá troca da mercadoria.
Alternativa D: INCORRETA. Depois que é uma locução adverbial de tempo.  Logo
após que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram.

44 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) No trecho “...fica difícil entender por que demorou tanto para ser
inventado.” (9.º parágrafo), o por que está grafado corretamente. É, porém,
INCORRETO esse uso na seguinte frase:

A. Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado.


B. O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa.
C. Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura?
D. Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Na expressão o motivo por que, temos uma


interrogativa indireta. Dessa forma, o motivo por que  equivale à expressão o
motivo pelo qual.
Alternativa B: CORRETA. No meio da oração, o vocábulo por que pode ser
substituído pela expressão pelo qual.
Alternativa C: CORRETA. No início da oração, em interrogativa direta, o vocábulo
fica separado. Outro exemplo: Por que não voltou ontem?
Alternativa D: INCORRETA. Adotaremos novas estratégias porque/para que todos
os usuários sejam atendidos. Aqui ocorre uma conjunção subordinativa final que
exprime intenção, finalidade, objetivo.
45 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE – 2019) Conforme a norma padrão da língua, é considerada INCORRETA a
seguinte construção:

A. Se esse for o preço para acabar com a dor, pagarei-o.


B. Essa substância faz inchar os vasos sanguíneos.
C. Tivesse ele sido inventado, eu me haveria tornado uma astronauta.
D. O desafio da enxaqueca fez que eu desenvolvesse algumas qualidades.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Se esse for o preço para acabar com a dor, pagá-lo-ei.
O verbo no futuro do presente pede o emprego de mesóclise (pronome colocado
no meio do verbo).
Alternativa B: CORRETA. Faz inchar por incha. Expressão verbal correta, assim
como faz doer, faz chover, faz rir, entre outras.
Alternativa C: CORRETA. A concordância dos tempos e modos verbais está
correta.
Alternativa D: CORRETA. Forma verbal correta em fez que eu desenvolvesse
algumas qualidades. Poderia se pensar na forma fez com que. Nos dois casos, a
frase está correta.

46 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) “A possibilidade do surgimento de um remédio ‘prodígio’ gera
emoções conflitantes por várias razões.” (9.º parágrafo) Nesta frase, a palavra em
destaque é marcada com aspas com o objetivo de:

A. Indicar que é de autoria alheia.


B. Fazer sobressair um vulgarismo.
C. Delimitar a fala de uma personagem.
D. Acentuar seu valor significativo.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Sem fundamento no texto.


Alternativa B: INCORRETA. Sentido da palavra vulgarismo: uso de expressões que
não se enquadram na norma culta da língua portuguesa. Exemplos: Que
brincadera!; A blusa custa vinte real. Norma culta: Que brincadeira! A blusa custa
vinte reais.
Alternativa C: INCORRETA. Uma fala de personagem pode ser destacada na
narrativa pelo uso das aspas. Não é esse o caso, pois, o emprego aqui apenas
destacou a palavra.
Alternativa D: CORRETA. O uso das aspas demonstra a intenção de exprimir o
valor significativo da palavra.

47 (PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


SAÚDE – 2019) Está destacado um termo característico do registro informal no
seguinte fragmento:

A. “A cura também representaria um novo fardo.”


B. “Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma
candidata à presidência...”
C. “...por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na
presidência.”
D. “Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto
escuro...”

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Significados da palavra fardo: a) “o que é pesado ou


custa a suportar”; b) “o que exige cuidados ou responsabilidades”. Nesse
fragmento, portanto, foi empregado na acepção b.
Alternativa B: INCORRETA. Sentido de desconfiar: “ter suspeitas”; “recear”;
“presumir”. Registro de acordo com a norma culta.
Alternativa C: CORRETA. A palavra tipo no sentido de espécie, gênero é
empregado nas comunicações da normal culta. Contudo, expressão como tipo
assim constitui gíria. Desse modo, como se apresenta na alternativa, tipo é o
registro de linguagem informal.
Alternativa D: INCORRETA. O verbo sonhar apresenta o sentido de “anseio”,
“vontade constante de fazer alguma coisa”.

Leia atentamente o poema e responda às questões 48, 50 e 51

 
Livro sobre nada (Manoel de Barros)
 
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.

Tudo que não invento é falso.

Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia


é verdadeira.

Tem mais presença em mim o que me falta.

Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o


contrário.

Sou muito preparado de conflitos.

Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma


fique desamparada do ser que a revelou.

O meu amanhecer vai ser de noite.

Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.

O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o


ilogismo.

Meu avesso é mais visível do que um poste.


Sábio é o que adivinha.

Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.

A inércia é meu ato principal.

Não saio de dentro de mim nem para pescar.

Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.

Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.

Peixe não tem honras nem horizontes.

Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas
quando não desejo contar nada, faço poesia.

Eu queria ser lido pelas pedras.

As palavras me escondem sem cuidado.

Aonde eu não estou as palavras me acham.

Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são


inventadas.

Uma palavra abriu o roupão para mim. Ela deseja que eu a


seja.

A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a


ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.

Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.

Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de


mim.

Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é


nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os
vermes de Deus.

Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.

O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.

Por pudor sou impuro.

O branco me corrompe.

Não gosto de palavra acostumada.

A minha diferença é sempre menos.

Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser


séria.

Não preciso do fim para chegar.


Do lugar onde estou já fui embora.

48 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) Manoel


Wenceslau Leite de Barros foi um poeta brasileiro do Século XX, pertencente,
cronologicamente, à geração de 45, mais formalmente ao Pós-Modernismo
Brasileiro, situando-se mais próximo das vanguardas europeias do início do Século
XX, da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Sobre o poeta
mato-grossense, marque os itens com V (verdadeiro) ou F (falso) e assinale a
alternativa correta:

[      ] Sua poesia tem como uma das principais características o pantanal, indo sua
temática para muito além do paisagismo inócuo.
[      ] Seus poemas se plasmam, por meio de sua natureza e de seu cotidiano, a
linguagem poética procura transformar em tátil, olfativo, visual, gustativo e
auditivo aquilo que é paradoxalmente abstrato.
[      ] Transfigurando poeticamente o universo em suas aparentes e visíveis
minúcias, sublinha em realidade, a estreita dimensão dos seres humanos diante
da natureza, diante da linguagem, diante do cosmos.
[      ] Aborda o uso de vocabulário coloquial-rural e de uma sintaxe que
homenageia a oralidade e a oralitura, ampliando as possibilidades expressivas e
comunicativas do léxico por meio da formação de palavras novas (neologismos).
A. V - V - V - V.
B. V - F - V - V.
C. V - V - F - V.
D. V - V - V - F.

grau de dificuldade:   

Assertiva I: CORRETA. Sua poesia tem como espaço geográfico o Pantanal, mas
vai além desse regionalismo.
Assertiva II: CORRETA. Seus poemas expressam o cotidiano, a sensação e as
impressões dos cinco sentidos, projetando tudo isso para um plano
paradoxalmente abstrato.
Assertiva III: CORRETA. Uma vez que a transfiguração poética do universo, a
partir de aparentes minúcias, propõe condições para uma maior dimensão dos
seres humanos.
Assertiva IV: CORRETA. O vocabulário regional e a sintaxe próxima ao oral
possibilitam a criação de neologismos.
▶ resposta: A

49 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) Assinale a


alternativa onde não temos obras de Manoel de Barros.

A. O fazedor de amanhecer, Livro sobre nada.


B. Memórias inventadas, Exercícios de ser criança.
C. Espectros, Vaga música.
D. Arranjos para assobio, Compêndio para uso dos pássaros.
grau de dificuldade:   

Alternativas A, B e D: CORRETAS. Indicam obras de Manoel de Barros


Alternativa C: INCORRETA. Espectros e Vaga música são livros de Cecília Meireles.

50 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) No primeiro


verso do poema, “É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.”, a
palavra grifada tem como sinônimo:

A. Prazer, alegria.
B. Aborrecimento, desgosto.
C. Descontentamento, desprazer.
D. Cansaço, esgotamento.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A palavra regalo tem o sentido de “prazer


(especialmente o da mesa)”, “alegria”, “satisfação”.
Alternativa B: INCORRETA. São palavras quase opostas a regalo.
Alternativa C: INCORRETA. Palavras fora do contexto.
Alternativa D: INCORRETA. Palavras inadequadas ao contexto.

51 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) No verso do


texto, “... mas só a poesia é verdadeira.”, temos:

A. Predicado verbal.
B. Predicado nominal.
C. Predicado verbo-nominal.
D. Verbo abundante.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. O predicado verbal ocorre com verbos transitivos e


intransitivos. O verbo é (ser) é um verbo de ligação.
Alternativa B: CORRETA. O predicado nominal segue o esquema: (sujeito) a
poesia + (verbo de ligação) é + (predicativo do sujeito) verdadeira.
Alternativa C: INCORRETA. Esse é um tipo de predicado que apresenta núcleo
verbal e nominal.
Alternativa D: INCORRETA. Os verbos abundantes apresentam mais de uma
forma de conjugação. Exemplo: fixar – fixado/fixo.

52 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) Marque a


alternativa onde temos uma oração subordinada adverbial concessiva.

A. À medida que se aproxima o verão, a cidade recebe mais turistas.


B. Conseguirei os ingressos para a decisão do campeonato, ainda que tenha de
dormir na fila.
C. Saltou da cama assim que o celular tocou.
D. Estão trabalhando em dobro para compensar os dias parados.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A locução conjuntiva à medida que introduz a oração


subordinada adverbial proporcional.
Alternativa B: CORRETA. Oração subordinada adverbial concessiva: ainda que
tenha de dormir na fila. Note que a locução verbal tenha de dormir equivale a
ainda que durma na fila.
Alternativa C: INCORRETA. A oração assim que o telefone tocou é classificada
como oração subordinada adverbial temporal (quando).
Alternativa D: INCORRETA. A oração para compensar os dias parados traduz a
ideia de finalidade.

53 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) Assinale a


alternativa onde temos sequencialmente ditongo, hiato e tritongo.

A. Saída / água / atuei.


B. Caolho / conteúdo / passeou.
C. Perua / caótico / enxaguou.
D. Leite / hiato / Uruguai.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. saída/sa-í-da: hiato; água/á-gua: ditongo; atuei/a-tu-


ei: ditongo.
Alternativa B: INCORRETA. caolho/ca-o-lho: hiato; conteúdo/con-te-ú-do: hiato;
passeou/pas-se-ou: ditongo
Alternativa C: INCORRETA. perua/pe-ru-a:hiato; caótico/ca-ó-ti-co: hiato;
enxaguou/en-xa-guou: tritongo.
Alternativa D: CORRETA. leite/lei-te: ditongo; hiato/hi-a-to: hiato; Uruguai/U-ru-
guai: tritongo.

54 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) É um romance


narrado por seu protagonista, Luís da Silva, funcionário público, escritor apenas
por gosto e não como profissional. Luís vive revivendo suas frustrações
intelectuais, memórias de infância, desejo pela vizinha Marina e ódio de Julião
Tavares que lhe rouba a mulher amada. O romance mergulha no estado
psicológico do narrador-personagem visto como um homem complexo e
atormentado que vira refém do ciúme e do ressentimento até que comete o
homicídio. Luís ao saber que Marina, sua amada, havia sido seduzida por Julião,
abandonada grávida, e que o malandro já estava com outra mulher, começa a
imaginar o crime e o realiza estrangulando Julião com uma corda, posteriormente,
o pendura no galho de uma árvore para representar um suicídio. A obra tem como
principal característica a descrição dos estados de alma dos indivíduos que se
questionam o tempo todo sobre si e o mundo. Tal comentário refere-se ao
romance:

A. Olhai os lírios do campo - Érico Veríssimo.


B. Capitães da areia - Jorge Amado.
C. Angústia - Graciliano Ramos.
D. Caminhos de pedra - Rachel de Queiroz.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo, é um


romance urbano, do escritor gaúcho Érico Veríssimo. Foi publicado em 1938, e o
título refere-se a um trecho do “Sermão da Montanha”.
Alternativa B: INCORRETA. Capitães da areia, do escritor baiano Jorge Amado,
trata da questão dos grupos dos menores abandonados. O livro foi publicado em
1937.
Alternativa C: CORRETA. Angústia, de Graciliano Ramos, é um romance narrado
em primeira pessoa, de acentuado caráter psicológico. Foi publicado em 1936,
época em que o autor era um preso político por ordem do governo Vargas.
Alternativa D: INCORRETA. Caminhos de pedra, da escritora cearense Rachel de
Queiroz, foi publicado em 1937 - é um romance que marca a relação entre a vida
privada e os conflitos políticos da época.

55 (PREFEITURA MUNICIPAL DE JUTI/MS – MSCONCURSOS - 2019) Assinale a


alternativa que contém características do Simbolismo.

A. Partindo de um desejo bucólico, esse movimento estava sempre em busca


pelos valores da natureza, fazia muitas referências à terra e ao mundo natural.
Os poetas dessa escola costumavam escrever sobre as belezas do campo, a
tranquilidade que era proporcionada pela natureza e contemplavam a vida
simples, desprezando a vida nos grandes centros urbanos, assim como
também a agitação e os problemas das pessoas que viviam nesses lugares.
B. Oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo; negação dos valores
do Realismo e Naturalismo; misticismo, religiosidade, sublimação; mistério,
fantasia e sensualismo; subjetivismo e individualismo; linguagem fluida e
musical; aproximação da poesia e da música; Universo onírico e
transcendental; valorização da espiritualidade humana; exploração do
consciente e inconsciente; combinações sonoras e sensoriais.
C. Oposição aos ideais românticos; retrato fidedigno da realidade; objetivismo
e materialismo; universalismo e cientificismo; veracidade e
contemporaneidade; linguagem culta e detalhada; temas urbanos, sociais e
cotidianos; critica os valores burgueses, as instituições sociais e a igreja
católica.
D. Dualismo, riqueza de detalhes, exagero; os textos refletem elementos
rebuscados e quase sempre extravagantes, onde são valorizados os detalhes
em um jogo de contrastes; é marcante o uso das figuras de linguagem como a
metáfora, inversões, hipérbole, paradoxo e antítese.
grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A vida bucólica e o afastamento dos centros urbanos


são características do Arcadismo.
Alternativa B: CORRETA. A oposição ao racionalismo, próprio do
Realismo/Naturalismo, é característica da estética simbolista. Portanto,
prevalecem as tendências religiosas e místicas.
Alternativa C: INCORRETA. A preferência por temas urbanos, sociais e cotidianos,
além da crítica aos valores burgueses, às instituições sociais e à igreja católica são
marcas e tendências do Realismo.
Alternativa D: INCORRETA. São aspectos que marcam o Barroco: riqueza de
detalhes nas descrições, exagero; o rebuscamento das formas. São valorizados os
detalhes em um jogo de contrastes expresso pelo claro-escuro e por antíteses.

Leia o texto do poeta Augusto dos Anjos para responder às questões de 56 a 58:

 
Vozes de um túmulo
 
Morri! E a Terra — a mãe comum — o brilho

Destes meus olhos apagou!... Assim

Tântalo, aos reais convivas, num festim,

Serviu as carnes do seu próprio filho!

Por que para este cemitério vim?!

Por quê?! Antes da vida o angusto trilho

Palmilhasse, do que este que palmilho

E que me assombra, porque não tem fim!

No ardor do sonho que o fronema exalta

Construí de orgulho ênea pirâmide alta,

Hoje, porém, que se desmoronou

A pirâmide real do meu orgulho,

Hoje que apenas sou matéria e entulho

Tenho consciência de que nada sou!

Í Ó
56 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-
MUNICÍPIO - 2019) Pode-se dizer que a partir da morte, o eu lírico:

A. Tornou-se otimista e reconheceu os erros;


B. Percebeu a efemeridade da vida e tomou consciência de que não tinha
motivos para ser orgulhoso;
C. Notou que a vida não acaba com a morte; o tom espiritual do poema mostra
essa verdade;
D. Continuou sendo orgulhoso e superior aos demais.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Pelo contrário, é um poeta essencialmente pessimista,


com ideia fixa na morte.
Alternativa B: CORRETA. Tomou consciência de que não tinha motivos para ser
orgulhoso. É sempre útil não esquecer que o soneto é uma forma poética que leva
à conclusão, no último terceto: A pirâmide real do meu orgulho,/Hoje que apenas
sou matéria e entulho/Tenho consciência de que nada sou!
Alternativa C: INCORRETA. Não há tom espiritual do poema; há, sim, desencanto
e ceticismo.
Alternativa D: INCORRETA. O eu lírico não continuou sendo orgulhoso, pois
tomou consciência de que nada era.

57 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-


MUNICÍPIO - 2019) “Por quê?! Antes da vida o angusto trilho” Através do contexto,
pode-se afirmar que é sinônimo da palavra destacada:

A. Apertado;
B. Leve;
C. Largo;
D. Espaçoso.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: CORRETA. Mesmo desconhecendo o significado da palavra, torna-


se possível deduzir pelo contexto do poema que o adjetivo angusto (do latim
angustum: “estreito”, “apertado”) dá ideia de algo estreito. A expressão Angusto
trilho associa-se com caminho estreito a que faz referência o texto bíblico.
Alternativas B, C e D: INCORRETAS. Leve, largo e espaçoso são termos incoerentes
com o sentido de agonia e pessimista que perpassa o poema.Retomando o
sentido mais apropriado do poema, vale lembrar que angusto é uma palavra
cognata (mesma raiz) de angústia. Nesse campo associativo, poderia também ser
colocada a expressão: aperto do coração.

58 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-


MUNICÍPIO - 2019) Além da função poética, está presente no texto a função:

A. Fática;
B. Conativa;
C. Referencial;
D. Emotiva.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A função fática privilegia a interação entre o locutor e


o interlocutor. É utilizada na abertura, estabelecimento e interrupção da
comunicação. Exemplo: Alô? Está ouvindo? (conversa telefônica).
Alternativa B: INCORRETA. A função conativa ou apelativa é amplamente
utilizada em textos que têm como intenção convencer o destinatário da
mensagem. Esse recurso é empregado na linguagem publicitária, pois sua
intenção é a venda de determinado produto.
Alternativa C: INCORRETA. A função referencial ou denotativa da linguagem
consiste numa informação clara, objetiva e direta sobre um determinado assunto.
Exemplos de uso: texto comercial, técnico, jornalístico, entre outros.
Alternativa D: CORRETA. A função emotiva está centralizada no enunciador
(emissor) da mensagem. Desse modo, o poeta expressa seus sentimentos e
impressões pessoais.

Texto para as questões 59 e 60.

 
Maneira de amar
 
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao
diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou
escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia
muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou
porque os girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o


girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto
que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as
outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro
deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na
devida ocasião.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito


tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não
fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar
a carteira de trabalho. Depois que o jardineiro saiu, as flores
ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o
girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o
girassol, que não se conformava com a ausência do homem.

“Você o tratava mal, agora está arrependido?” ”Não”,


respondeu, “estou triste porque agora não posso tratá-lo mal.”
Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de
girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião. Ele sabia
disso, e gostava.

Carlos Drummond de Andrade


Í Ó
59 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-
MUNICÍPIO - 2019) Quanto à tipologia, a sequência que predomina no texto é:

A. Descritiva;
B. Injuntiva;
C. Narrativa;
D. Dialogal.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Descrever é fazer a enumeração das características


próprias de pessoas, coisas, cenários, ambientes. Aproxima-se da fotografia, da
pintura e do retrato.
Alternativa B: INCORRETA. O texto injuntivo ou instrucional indica o
procedimento para realizar algo. Visa, pois, instruir, explicar o como fazer. Por
exemplo, uma receita de cozinha, um guia de montagem de um aparelho, entre
outros.
Alternativa C: CORRETA. A narrativa é uma sequência de fatos encadeados,
levando em conta o tempo, o espaço, as personagens e o enredo. O diálogo tão
evidente no presente texto é uma, entre outras características da narrativa.
Exemplos: um romance, um conto.
Alternativa D: INCORRETA. O texto dialogal é produzido por, pelo menos, dois
locutores. Os interlocutores concordam ou discordam dos fatos em pauta.
Exemplos: entrevista, o debate, mesa redonda, entre outros.

60 (PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAÍBA DO SUL/RJ – INSTITUTO PRÓ-


MUNICÍPIO - 2019) A classe gramatical da palavra destacada está correta na
opção:

A. “o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe
sorria...” (preposição);
B. “E mandou-o embora...” (artigo);
C. “Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de
renovar-lhe a terra, na devida ocasião.” (conjunção adverbial temporal);
D. “...as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o
girassol a mudar de atitude.” (índice de indeterminação do sujeito).

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Chegava a voltar-se. A regência do verbo chegar pede a


preposição a. Lembrando que diante de verbos não há crase, pois não admitem
artigo.
Alternativa B: INCORRETA. Mandou-o embora. Pronomes oblíquos são aqueles
com função de objeto. Outro exemplo: Ela o encontrou. Não confundir com o artigo
definido masculino: o garoto, o armário, o computador.
Alternativa C: INCORRETA. Nunca é um adjunto adverbial de tempo.
Alternativa D: INCORRETA. Censuravam-se (a si mesmas). O pronome reflexivo
refere-se ao sujeito da oração, indica que o sujeito pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.
Leia o texto e responda às questões 61 a 66.

Em seu relatório com os dez maiores desafios de saúde para


2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o
movimento antivacina. O problema, que vem crescendo nos
últimos anos, envolve a mobilização de pessoas e pais que
afirmam que as vacinas não são seguras nem eficazes. Essas
pessoas não se vacinam e nem imunizam seus filhos, o que
causa um grande problema de saúde pública e pode colocar
em risco a vida de outras pessoas.

Segundo a OMS, o boicote à vacina tem várias causas, que


variam de indivíduo para indivíduo. Para algumas pessoas, o
problema reside na segurança das vacinas, principalmente em
decorrência de casos isolados em que um cientista mal
intencionado divulgou informações falsas para autopromoção.
Outras acreditam que o período entre uma vacina e outra –
especialmente no caso das crianças – é muito pequeno e
deveria ser mais espaçado. Existem ainda as “teorias da
conspiração” que consideram as vacinas como um método de
controle populacional utilizado pelos governos.

Qualquer que seja o motivo, as consequências já estão sendo


sentidas em todo o mundo, ameaçando reverter décadas de
progresso na erradicação de doenças evitáveis e trazendo
riscos de vida. Em 17 anos, a vacina contra o sarampo, por
exemplo, foi capaz de salvar a vida de 21 milhões de pessoas,
diminuindo o número de mortos em 80%. No entanto, a
doença retornou em países que estavam próximos de
erradicar a doença. O número de casos globais cresceu em
30% nos últimos anos – e um dos motivos é a hesitação
vacinal. Especialistas acreditam que a inclusão do movimento
antivacina na lista da OMS evidencia os perigos que ele pode
representar à saúde global.

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

61 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) Com base no texto, o movimento antivacina é caracterizado
por ser:

A. Conjunto de reflexões e argumentos com base científica sobre os efeitos


nocivos de vacinas.
B. Uma mobilização de cientistas e especialistas contrários à vacinação contra
doenças infecciosas.
C. Uma mobilização de pessoas sem fundamentos científicos contra
imunização de doenças contagiosas.
D. Uma mobilização de pesquisadores universitários.
E. Um movimento popular que não acarreta riscos à saúde global.

grau de dificuldade:  
Alternativa A: INCORRETA. A crítica do texto não é a respeito de reflexões, mas
sim de preconceitos e argumentos sem base científica sobre os efeitos nocivos de
vacinas.
Alternativa B: INCORRETA. Nesse caso, não há propriamente mobilização, mas
manifestações  isoladas de cientistas que, para se promoverem, manifestam-se
contrários à vacinação.
Alternativa C: CORRETA. O movimento antivacina é uma mobilização de pessoas
sem fundamentos científicos contra imunização de doenças
Alternativa D: INCORRETA. Não se trata de mobilização.
Alternativa E: INCORRETA. Não se refere a um movimento, mas a desinformação
coloca em risco a saúde global.

62 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) De acordo com o texto, determine a razão principal para o
movimento antivacina estar na lista de problemas graves da Organização Mundial
da Saúde.

A. As consequências do movimento antivacina ainda não são significativas nem


preocupantes.
B. Vacinar é um ato individual e não é assunto de saúde pública.
C. O movimento antivacina não é um desafio para a organização mundial de
saúde.
D. A imunização não garante a prevenção de doenças contagiosas.
E. A ameaça de retorno de doenças que já foram erradicadas e que trazem
riscos de vida para todos.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. As consequências do movimento antivacina são


significativas e preocupantes.
Alternativa B: INCORRETA. Vacinar é um assunto de saúde pública.
Alternativa C: INCORRETA. O movimento antivacina é um desafio para a
Organização Mundial de Saúde, pois põe em risco a saúde pública.
Alternativa D: INCORRETA. A imunização previne contra doenças contagiosas.
Alternativa E: CORRETA. O movimento antivacina ameaça o trabalho de
erradicação, que foi feito anteriormente, e provoca o retorno de doenças que já
foram consideradas extintas.

63 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) Marque a alternativa que pode substituir o conectivo
destacado, sem alterar o sentido original do enunciado: “No entanto, a doença
retornou...”

A. Portanto.
B. Todavia.
C. Pois.
D. Que.
E. Conforme.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Portanto exprime ideia de conclusão.


Alternativa B: CORRETA. Entretanto é uma conjunção coordenativa adversativa.
Porém, a doença retornou.
Alternativa C: INCORRETA. Pois é uma conjunção coordenativa explicativa.
Alternativa D: INCORRETA. A palavra que não cabe na coesão da frase.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme é uma conjunção subordinativa
conformativa.

64 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) No enunciado extraído do último parágrafo... “que ele pode
representar à saúde global.” O pronome ele refere-se a:

A. O número de casos globais.


B. Perigo.
C. Um dos motivos.
D. Movimento antivacina.
E. Especialista.

grau de dificuldade:   

Alternativas A, B, C e E: INCORRETAS. Nunca se pode perder de vista o sujeito


que pratica a ação verbal.
Alternativa D: CORRETA. Que ele (o movimento antivacina) pode representar para
a saúde global. Outro exemplo: Agenor saiu de sua cidade natal há vinte anos.
Contudo, ele retornou na semana passada e disse que não pretende sair mais da
terra em que nasceu. O pronome ele substitui o nome Agenor que é sujeito, isto é,
aquele ser que pratica, de forma explícita ou subentendida, as seguintes ações
verbais: saiu, retornou,  disse, pretende sair, nasceu.

65 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) Com base no texto, especifique quantos são os motivos que
determinam o boicote à vacinação:

A. Quatro.
B. Apenas um.
C. Três.
D. Nenhum especificado no texto.
E. Dois.

grau de dificuldade:   
Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. O texto inteiro deve ser lido com atenção.
Assim sendo, verifica-se que, no presente caso, o trecho da resposta localiza-se em
um único bloco do texto.
Alternativa C: CORRETA. Segundo a OMS, o boicote à vacina tem várias causas,
que variam de indivíduo para indivíduo. 1. Para algumas pessoas, o problema
reside na segurança das vacinas, principalmente em decorrência de casos isolados
em que um cientista mal intencionado divulgou informações falsas para
autopromoção. 2. Outras acreditam que o período entre uma vacina e outra –
especialmente no caso das crianças – é muito pequeno e deveria ser mais
espaçado. 3. Existem ainda as “teorias da conspiração” que consideram as vacinas
como um método de controle populacional utilizado pelos governos.

66 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E


CONCURSOS – 2019) Observe o verbo destacado no excerto retirado do 2º
parágrafo: “Existem ainda as teorias da conspiração...” aponte a alternativa que
pode substituir esse verbo, observando as regras de concordância verbal e de
sentido.

A. Há ainda as teorias da conspiração.


B. Podem haver ainda as teorias da conspiração.
C. Tem ainda as teorias da conspiração.
D. Ocorre ainda as teorias da conspiração.
E. Deve existir ainda as teorias da conspiração.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. O verbo haver no sentido de existir é impessoal, isto é,


não tem sujeito. Outros exemplos: Há novas construções naquele bairro. Há
muitos livros na estante.
Alternativa B: INCORRETA. Pode (verbo auxiliar) haver (verbo principal). Mesmo
com auxiliar, o verbo haver permanece impessoal. Outros exemplos: Deve haver
dez pessoas na fila de espera. Pode haver milhares  de torcedores na
arquibancada do estádio.
Alternativa C: INCORRETA. O verbo ter apresenta sujeito, o verbo haver, por sua
vez, no sentido de “existir” e “ocorrer”, é impessoal. Observe: Jorge (sujeito) tem
três coelhos. Haverá (verbo impessoal) aulas de reposição.
Alternativa D: INCORRETA. Verbo ocorrer faz concordância normal. Ocorrem
casos que merecem destaque.
Alternativa E: INCORRETA. Verbos modais são aqueles que atenuam ou
enfatizam uma ação verbal. Como modais, esses verbos estão ligados a outros
verbos, formando uma locução verbal (verbo modal + verbo principal). Com os
verbos modais (querer, precisar, poder, dever, entre outros), é que se faz a
concordância de número e pessoa. Por isso, o verbo existir faz a concordância
normal. Caso haja verbo modal, a concordância é feita com o verbo modal.
Exemplos: Existem casos que não foram explicados. Devem existir casos que não
foram explicados.

à Ú
67 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - NÚCLEO DE EVENTOS E
CONCURSOS – 2019) Marque a alternativa em que há uma inadequação na
colocação pronominal:

A. Este livro é para mim ler.


B. Aqui se estuda.
C. Aqui, estuda-se.
D. Não me fale asneiras, por favor.
E. Deus te abençoe.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Como sujeito de verbo no infinitivo, é usado o pronome


do caso reto: Este livro é para eu ler.
Alternativa B: INCORRETA. O advérbio aqui atrai o pronome – próclise.
Alternativa C: INCORRETA. Se houver vírgula ou pausa antes do verbo, usa-se
ênclise.
Alternativa D: INCORRETA. Não é um advérbio de negação que atrai o pronome –
próclise.
Alternativa E: INCORRETA. Frase que indica votos, desejos. Outros exemplos.
Bons ventos te levem. Deus te guie. Comporte-se bem.

Leia o texto para responda às questões 68 a 73.

Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os


médicos e seus pacientes.  Essa distância parece aumentar.
Apesar da grande maioria dos diagnósticos (70-90%) ser feita
com base na história do paciente, a escuta médica é sem
dúvida o ponto de maior fragilidade na medicina atual. Os
médicos geralmente querem saber apenas dos fatos,
interrompendo os pacientes antes da história completa.

O registro técnico, resumido, com linguagem técnica e


supostamente neutra, é insuficiente para uma inter-relação
que possa auxiliar a criação de narrativas que facilitem a
realização de hipóteses diagnósticas e a escolha de
intervenções terapêuticas que levem em conta a perspectiva
do próprio paciente. No processo de criação de anamneses
médicas objetivas, acabamos, muitas vezes, por desumanizar
e suprimir delas aspectos que podem ser decisivos para a
abordagem diagnóstica e terapêutica, além de dificultarmos a
criação de uma narrativa por parte do paciente que dê sentido
ao seu processo de adoecimento.

O declínio das doenças infecciosas, o envelhecimento da


população e o concomitante aumento da prevalência das
doenças crônicas determinam a necessidade de um novo
papel do profissional de saúde, em especial do médico, na
cond ução dos conflitos inerentes ao acompanhamento de
pessoas com doenças que não têm cura, mas que muitas
vezes levam a incapacidades permanentes e de longa duração.
Em relação à incompreensão médico-paciente, uma das
dificuldades é, sem dúvida, a barreira de linguagem criada
pela terminologia técnica entre os profissionais e os pacientes.
A condição clínica do paciente é interpretada e referida a ele
em uma linguagem que muitas vezes ele não entende. Na alta
hospitalar, menos de 1/3 entendem de que doença eles foram
tratados e menos de 1/4 que tipo de terapia receberam.

68 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) No texto, a autora


discorre sobre a incompreensão entre médicos e seus pacientes. Com relação às
ideias defendidas a respeito do tema, é CORRETO inferir que:

A. A medicina atual se fundamenta exclusivamente em exames e terapias


tecnológicas no tratamento de doenças.
B. As anamneses e as hipóteses diagnósticas se baseiam na perspectiva
narrativa completa dos pacientes.
C. A linguagem técnica e supostamente neutra dos médicos se deve à
prevalência das doenças crônicas.
D. O novo papel do profissional de saúde exige o uso de uma terminologia
menos técnica na inter-relação médico-paciente.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Há que se considerar também a história do paciente.


Alternativa B: INCORRETA. Nem sempre, pois os médicos geralmente querem
saber apenas dos fatos, interrompendo os pacientes antes da história completa.
Alternativa C: INCORRETA. A prevalência das doenças crônicas vai determinar a
necessidade de um novo papel do profissional de saúde, em especial do médico.
Alternativa D: CORRETA. O novo papel do profissional de saúde exige maior
interação na relação médico-paciente. A terminologia técnica, inacessível ao
paciente, pode interferir nessa interação entre quem fala e quem ouve.

69 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) Segundo a autora,


a incompreensão médico-paciente dificulta a realização de hipóteses diagnósticas,
por parte do médico, e o entendimento, por parte do paciente, da doença de que
precisa se tratar. Essa dificuldade de comunicação interpessoal, na medicina, deve-
se à:

A. Deficiência básica da escuta médica e às longas narrativas imprecisas dos


pacientes.
B. Supressão das narrativas complexas dos pacientes e à formação técnica
deficiente dos médicos.
C. Utilização de termos técnicos pelos médicos e à falta de entendimento dessa
linguagem pelos pacientes.
D. Neutralidade rigorosa do discurso médico e à falta de capacidade de criação
de narrativas por parte do paciente.

grau de dificuldade:   
Alternativa A: INCORRETA. Não há coerência com o texto, tanto no sentido de se
fazer uma crítica ao médico: deficiência básica da escuta médica, assim como ao
paciente: longas narrativas imprecisas dos pacientes.
Alternativa B: INCORRETA. Afirmação desvinculada do sentido do texto.
Alternativa C: CORRETA. Descompasso entre a utilização de termos técnicos, do
lado dos médicos, e a falta de entendimento dessa linguagem, do lado dos
pacientes. Não há interação entre os interlocutores por conta da linguagem usada
na comunicação.
Alternativa D: INCORRETA. Aqui também não há intenção do texto em criticar a
neutralidade rigorosa do discurso médico e à falta de capacidade de criação de
narrativas por parte do paciente. Observe o nivelamento da linguagem:
supostamente neutra

70 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) No enunciado


Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os médicos e seus pacientes, a
figura de linguagem empregada tem o propósito de enfatizar a tese defendida no
texto de que a linguagem excessivamente técnica dificulta a comunicação entre os
profissionais de saúde e os pacientes. Essa figura de linguagem é a:

A. Ironia.
B. Hipérbole.
C. Metonímia.
D. Sinestesia.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Ironia é o emprego de palavras que, pelo contexto,


exprimem o sentido oposto ao do seu significado habitual.
Alternativa B: CORRETA. Hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em
exagerar um conceito com finalidade expressiva. É um exagero intencional na
expressão. Outro exemplo: Chorar rios de lágrimas.
Alternativa C: INCORRETA. Metonímia é a substituição de uma palavra por outra,
posto que entre ambas existe uma relação de sentidos. Exemplos de relações
metonímicas: O autor pela obra: ler Jorge Amado. O inventor pelo invento: Ele tem
um Ford.
Alternativa D: INCORRETA. A sinestesia é uma figura de linguagem que consiste
na união de termos que expressam diferentes formas de expressões sensoriais.
Exemplo: cor (visão) fria (tátil).

71 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) Entre as palavras


sublinhadas nas frases, assinale aquela cujo valor sintático e morfológico se
assemelha à indicada no seguinte enunciado do texto: Na alta hospitalar, menos de
1/3 entendem de que doença eles foram tratados e menos de 1⁄4, que tipo de terapia
receberam.

A. Na medicina, a incerteza está presente todo o tempo.


B. O declínio das doenças infecciosas é resultado do acesso a antibióticos.
C. A escuta médica é sem dúvida o ponto de maior fragilidade na medicina
atual.
D. Na narrativa do paciente, encontra-se o sentido de seu processo de
adoecimento.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Na medicina,/na alta hospitalar são expressões que


equivalem a adjunto adverbial, pois se referem a uma aspecto do fato referido.
Assim, para melhor compreensão, entenda-se assim: no momento da alta
hospitalar, no campo da medicina.
Alternativa B: INCORRETA. Sujeito da oração: O declínio das doenças infecciosas.
Nesse termo da oração, declínio é um substantivo que constitui o núcleo do
sujeito.
Alternativa C: INCORRETA. Medicina (substantivo) atual (adjetivo).
ALTERNATIVA D: INCORRETA. Narrativa (substantivo) do paciente (- locução
adjetiva - adjunto adnominal). Ocupam posição de adjunto adnominal na oração:
artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais adjetivos.

72 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) Considerando o


sentido do adjetivo crônico, torna-se possível definir doenças crônicas como
aquelas que:

A. Inviabilizam qualquer hipótese diagnóstica.


B. Incapacitam por um período de curta duração.
C. Apresentam manifestações assintomáticas.
D. Caracterizam-se pela longa duração.

grau de dificuldade:

Alternativas A, B e C: INCORRETAS. Afirmativas sem relação com a acepção da


palavra em questão.
Alternativa D: CORRETA. Crônico é um adjetivo (do grego khronikós) “que se
relaciona com o conceito de tempo”. Daí os cognatos: cronômetro e cronologia.
Doença crônica é uma doença de longa duração ou que vem de longa data.

73 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA – FUNRIO - 2019) A transformação


dos dois períodos indicados a seguir em um único período pode ser realizada com
mudanças na redação. Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os
médicos e seus pacientes. Essa distância parece aumentar. Assinale a alteração que
mantém a correção gramatical e o sentido pretendido pela autora do texto.

A. Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os médicos e seus


pacientes cuja distância parece aumentar.
B. Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os médicos e seus
pacientes, contudo a distância parece aumentar.
C. Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os médicos e seus
pacientes onde a distância parece aumentar.
D. Parece haver um abismo de mútua incompreensão entre os médicos e seus
pacientes, ainda que a distância pareça aumentar.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. A expressão Essa distância retoma e se relaciona com a


expressão Abismo de mútua incompreensão: Parece haver um abismo de mútua
incompreensão entre os médicos e seus pacientes/ o abismo (a distância) parece
aumentar. Note que cujo é um pronome relativo.
Alternativa B: INCORRETA. Contudo (preposição com + pronome tudo) é uma
conjunção com sentido de oposição. Exemplo: No início, o comediante foi mal
recebido pela plateia, contudo foi muito aplaudido no final da apresentação.
Alternativa C: INCORRETA. Onde é um advérbio que indica “lugar em que”, “no
qual lugar”. Exemplo: Da cobertura do prédio onde ela mora avista-se a montanha
ao longe. 
Alternativa D: INCORRETA. A expressão ainda que é uma locução conjuntiva e
introduz orações subordinadas adverbiais concessivas. Exemplo: Ainda que fosse
caro, ele comprou o presente.

O texto abaixo é referência para as questões 74 a 79.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais


comerciais há questionamentos sobre os seus supostos
perigos. As perguntas vão se tornando mais numerosas à
medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na
sociedade. As acusações vão desde provocar sedentarismo
nos jovens a causar danos à postura e, mais frequentemente,
provocar comportamentos violentos.

Entretanto, nenhuma dessas acusações foi provada ainda de


forma convincente por pesquisas científicas. [...] Segundo
Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa
jogos digitais há 15 anos, o tempo excessivo de jogo muitas
vezes é o sintoma de outro problema mais grave, como
ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de
escape ou de lidar com esses problemas, e privar alguém
dessa atividade não promove a cura, mas mascara o problema
e pode ainda agravar seu estado.

[...] Um fenômeno importante mencionado por Ferguson é


como pessoas com problemas psicológicos frequentemente
usam jogos como forma de alívio para suas dificuldades. Vale
a pena se perguntar: se os jogos podem ser meios para ajudar
a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que
mais podem fazer para nos beneficiar?

 
Jogos sérios
 
Alguns programadores têm feito esforços para projetar
intencionalmente jogos digitais com o fim de apoio
psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros
jogos, como o Depression Quest, da game designer
estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles
que lidam com esses problemas, mas para que amigos e
familiares possam entender melhor a situação dos jogadores,
compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo
interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de


um movimento maior – geralmente chamado de jogos sérios
–, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos educativos.
Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam
de temas considerados de relevância (social, econômica,
política, educacional etc.) e que buscam, além do
entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do
jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua


representação no jogo, ou seu avatar, como é chamado. O
psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em jogos
digitais, defende que existe uma relação de identificação entre
o jogador no mundo real e seu avatar no mundo virtual do
jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o avatar, mas
sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no
jogo, acaba se influenciando pelas características positivas
dele, modificando em algum grau o seu próprio
comportamento. Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito
Proteus’, seria, por exemplo, responsável pela mudança de
atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com
personagens mais poderosos, passam a ser mais decididos
nas conversas com outras pessoas on-line. E, em alguns casos,
chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as
pessoas no mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como
um ‘corpo digital’, combinada ao efeito Proteus, torna-se um
importante fundamento para os jogos de saúde, que
defendem que, se o jogador aprender formas de cuidar
melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar dentro do
jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar
para além do jogo e impactar sua vida de forma positiva,
melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos,


Ciência Hoje, n. 349, nov/18.)

74 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Assinale a alternativa que identifica a


intenção geral do texto.

A. Desfazer a ideia de que os jogos digitais trazem problemas aos jovens.


B. Alertar para o perigo do excesso de tempo dedicado aos jogos digitais.
C. Fazer divulgação publicitária de jogos comerciais considerados “sérios”.
D. Apresentar um histórico da evolução dos jogos digitais.
E. Apontar para um potencial não explorado dos jogos digitais.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A intenção geral do texto não é desfazer a ideia de


que os jogos digitais trazem problemas aos jovens, mas propor outro enfoque a
respeito do tema.
Alternativa B: INCORRETA. Não se trata de fazer um alerta sobre o perigo do
excesso de tempo dedicado aos jogos digitais, mas equacionar a questão do ponto
de vista psicológico.
Alternativa C: INCORRETA. Não há intenção de fazer divulgação publicitária.
Alternativa D: INCORRETA. Não é feito histórico da evolução dos jogos digitais.
Alternativa E: CORRETA. Apresentam-se questionamentos a respeito dos jogos
digitais, direcionando, contudo, novo potencial para esses jogos.

75 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Conforme o texto, o principal diferencial


dos jogos apresentados como “sérios” é:

A. não terem a preocupação de distrair ou entreter os usuários.


B. combaterem o vício dos jogos habituais com atividades de outra natureza.
C. buscarem um efeito psicológico positivo que persista na vida real, após o
jogo.
D. criarem redes de compartilhamento de dilemas cotidianos.
E. reduzirem a cultura da violência dos jogos digitais mais conhecidos.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. O texto enfoca questões que vão além da distração e


entretenimento dos usuários.
Alternativa B: INCORRETA. Não há essa proposta.
Alternativa C: CORRETA. Busca-se o efeito psicológico nos jogos digitais, desde
que esse efeito traga consequências positivas na vida real.
Alternativa D: INCORRETA. Não se cogita a criação de redes de
compartilhamento de dilemas cotidianos.
Alternativa E: INCORRETA. O texto não discute a redução da violência dos jogos
digitais.

76 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Sobre a construção argumentativa do


texto acima, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

[      ] No segundo parágrafo, a menção aos 15 anos de pesquisa sobre jogos


digitais de Chris Ferguson tem a função de enfatizar sua competência como
autoridade no assunto.
[      ] Em “jogar seria uma forma de escape [...], e privar alguém dessa atividade
não promove a cura”, a primeira parte é uma hipótese, a segunda uma afirmação.
[      ] O autor evita chamar os jogos “sérios” de educativos, mas se trata apenas de
nova denominação para algo já existente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A. V – V – F.
B. V – F – V.
C. F – F – V.
D. F – V – V.
E. V – F – F

grau de dificuldade:   

Assertiva 1: CORRETA. Quinze anos de pesquisa dão prestígio e credibilidade ao


psicólogo.
Assertiva 2: CORRETA. Em jogar seria uma forma de escape, o verbo, no futuro do
pretérito do indicativo, enuncia um fato que pode ou não ocorrer posteriormente
a um fato passado. Outro exemplo: Se tivesse aplicações no banco, receberia os juros
e as correções monetárias. Por outro lado, e privar (o infinitivo realça a ação verbal)
alguém dessa atividade não promove (presente do indicativo – fato certo, afirmativo)
a cura.
Assertiva 3: INCORRETA. Uma vez que jogos sérios são jogos educativos: Esse
esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior –
geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos.

76 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Do trecho “Alguns programadores têm


feito esforços para projetar intencionalmente jogos digitais com o fim de apoio
psicológico”, infere-se corretamente que:

A. projetar jogos sérios com o fim de apoio psicológico é mais trabalhoso que
projetar jogos comuns.
B. os jogos digitais comuns também podem propiciar apoio psicológico, mas
não é seu objetivo.
C. jogos sérios começaram a ser projetados por alguns programadores que
necessitam de apoio psicológico.
D. os programadores perceberam que jogadores tímidos necessitam de jogos
desenvolvidos especialmente para eles.
E. os jogos digitais comuns costumam enfraquecer o lado psicológico dos
usuários.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. No texto, não se cogita a respeito de ser trabalhosa a


elaboração dos jogos.
Alternativa B: CORRETA. Os jogos digitais comuns também podem propiciar
apoio psicológico, mas foram elaborados com a finalidade de distração e
entretenimento.
Alternativa C: INCORRETA. Não há referência a essa origem dos jogos sérios.
Alternativa D: INCORRETA. Não há programação de jogos desenvolvidos
especialmente para os tímidos.
Alternativa E: INCORRETA. Esse ponto de vista não é destacado no texto.

77 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Na frase “... responsável pela mudança


de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens mais
poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-
line”, a parte sublinhada estabelece uma relação de:

A. finalidade.
B. causalidade.
C. condicionalidade.
D. temporalidade.
E. proporcionalidade.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A oração subordinada adverbial final apresenta a


finalidade do acontecimento expresso na oração principal. Exemplo: Eles tomaram
um atalho para encurtar o caminho.
Alternativa B: INCORRETA. A oração subordinada adverbial causal indica a causa
de um acontecimento em relação à oração principal. Exemplo: Jorge faltou à aula
porque adoeceu.
Alternativa C: INCORRETA. A oração subordinada adverbial condicional apresenta
uma condição para que se realize ou não o acontecimento relatado na oração
principal. Exemplo: Se ele comprasse à vista, teria o desconto.
Alternativa D: CORRETA. A oração subordinada adverbial temporal apresenta
uma circunstância de tempo ao acontecimento relatado na oração principal.
Observe: quando jogam com personagens mais poderosos.
Alternativa E: INCORRETA. A oração subordinada adverbial proporcional
apresenta ideia de proporcionalidade com o acontecimento relatado na oração
principal. Exemplo: À medida que a noite chegava, o movimento da rua diminuía.

▶ resposta: A

78 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Assinale a alternativa em que as formas


verbais estão grafadas corretamente:

A. Nem todos os armários contém livros; alguns só armazenam papéis avulsos.


B. Diversas iniciativas de edições colaborativas compõe um cenário novo no
mercado editorial.
C. Não são muitos os estudantes que retém as informações apenas ouvidas e
não visualizadas.
D. O aparelho mantem o usuário conectado por horas, de forma prejudicial à
saúde.
E. Os especialistas veem com bons olhos a iniciativa de jogos terapêuticos.

grau de dificuldade:   
Alternativa A: INCORRETA. Nem todos os armários contêm livros. Observe: ele
tem, eles têm; ele contém, eles contêm.
Alternativa B: INCORRETA. Diversas iniciativas de edições colaborativas
compõem. Verbo compor conjuga-se como o verbo pôr: componho, compões,
compõe, compomos, compondes, compõem.
Alternativa C: INCORRETA. Não são muitos os estudantes que retêm. Assim: ele
retém, eles retêm; ele detém, eles detêm.
Alternativa D: INCORRETA. O aparelho mantém o usuário conectado por horas.
Observe: ele mantém, eles mantêm.
Alternativa E: CORRETA. Os especialistas veem. Note a variação na conjugação:
ele vê, eles veem. Além do mais, por conta do Acordo Ortográfico, vogais dobradas
não recebem acento: enjoo, abençoo, eles creem, eles leem.

79 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Assinale a alternativa em que a


substituição do trecho sublinhado por pronome está correta.

A. Cabe a vocês acatar as decisões tomadas na assembleia geral – ...acatá-las.


B. Denunciaram o mau uso dos espaços públicos – Denunciaram-nos.
C. Informei os enfermeiros sobre o estado da paciente – Informei-lhes.
D. Falta responder o ofício pendente no sistema eletrônico – ...responder-lhe.
E. Venho solicitar a esse departamento que providencie a atualização do
sistema - ...solicitá-lo.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Os pronomes oblíquos o(s), a(s) exercem a função de


objeto direto e assumem as formas lo(s), la(s), após as formas verbais terminadas
em r, s ou z; assim como depois da partícula eis. Nesses casos, as terminações são
retiradas. Exemplos: Eis o novo campeão / Ei-lo. Devemos considerar  a solicitação
/ Devemos considerá-la.  Consideramos difícil aquela questão /Consideramo-la
difícil / Fiz o trabalho com prazer /Fi-lo com prazer.
Alternativa B: INCORRETA. Denunciaram-no. Núcleo do objeto direto que pede
concordância: uso – está no singular.
Alternativa C: INCORRETA. O verbo informar é transitivo direto, portanto pede
pronome oblíquo que se emprega como objeto direto: informá-los. De outra parte,
lhe, lhes são pronomes oblíquos empregados como objeto indireto. Exemplo: A
bibliotecária entregou-lhe o livro (entregou a ele).
Alternativa D: INCORRETA. O verbo responder é transitivo direto. Portanto,
respondê-lo.
Alternativa E: INCORRETA. Solicitar a esse departamento (objeto indireto com
preposição a). Venho solicitar-lhe.

O texto a seguir é referência para as questões 80 e 81.

O sistema de posicionamento global (Global Positioning


System – GPS) é uma dessas pequenas maravilhas
tecnológicas que utilizam uma quantidade enorme de
conhecimento acumulado. Usando ideias de
eletromagnetismo, para tratar dos sinais emitidos, da física
newtoniana, para pôr os satélites em órbita, da teoria da
relatividade especial e geral, para tratar a defasagem dos
sinais emitidos, e da geometria esférica do planeta, é possível
nos localizar com precisão de poucos metros. Para sorte de
muitos, parece que não é necessário acreditar na ciência para
que ela funcione.

Extraído de “A terra é redonda”, Ciência Hoje, n. 349, nov/18.

80 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) Para caracterizar o princípio de


funcionamento do GPS, o autor cita a contribuição de:

A. 2 áreas distintas do conhecimento.


B. 3 áreas distintas do conhecimento.
C. 4 áreas distintas do conhecimento.
D. 5 áreas distintas do conhecimento.
E. 6 áreas distintas do conhecimento.

grau de dificuldade:  

Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Números que não correspondem às áreas


de contribuição.
Alternativa C: CORRETA. 1. Usando ideias de eletromagnetismo, para tratar dos
sinais emitidos, 2. Da física newtoniana, para pôr os satélites em órbita, 3. Da
teoria da relatividade especial e geral, para tratar a defasagem dos sinais emitidos,
4. e da geometria esférica do planeta.

81 (UFPR – ITAIPU-BINACIONAL – 2019) O texto acima encerra uma matéria sobre


o percurso da comprovação científica de que o planeta Terra é redondo (em
resposta a quem o julga plano): Nesse contexto, é correto inferir que “muitos”, no
último período, refere-se:

A. Explicitamente às muitas pessoas que hoje utilizam GPS.


B. Claramente às muitas pessoas que têm sorte, quer acreditem ou não na
ciência.
C. Especificamente às muitas pessoas para quem o GPS funciona bem.
D. Ironicamente às muitas pessoas que desconfiam da ciência, mas usam GPS.
E. Sarcasticamente às muitas pessoas que desconhecem como funciona o
sistema GPS.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Não é o caso, pois seria uma generalização.


Alternativa B: INCORRETA. Conforme o texto, para sorte daqueles que não
acreditam na ciência.
Alternativa C: INCORRETA. Não se afirma que o sistema GPS funcione bem para
determinadas pessoas.
Alternativa D: CORRETA. A ironia é a figura de linguagem que consiste no
emprego de uma palavra ou expressão para produzir um humor sutil. É um jogo
de palavras feito com certa elegância, para estimular o raciocínio.
Alternativa E: INCORRETA. Sarcasmo designa um escárnio ou uma zombaria, cuja
finalidade aproxima-se da crueldade, chegando mesmo a ferir a sensibilidade da
pessoa. Trata-se de um tipo de humor depreciativo.

Leia o texto para responder às questões de números 82 a 87.

Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS “A saúde


não é um brinquedo político, ela deve ser usada para
promover o bem-estar e a qualidade de vida. E isso só vai
acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção
primária à saúde a base da assistência universal”.

A afirmação é do diretor-geral da Organização Mundial de


Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante a
assinatura nesta quinta (25/10/2018) de um acordo
internacional em Astana, capital do Cazaquistão, em que 194
países membros da OMS, incluindo o Brasil, comprometeram-
se a fortalecer a atenção primária.

Chamado de “Declaração de Astana”, o acordo também


comemora o 40º aniversário da histórica Declaração de Alma
Alta, que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de
saúde o pilar da cobertura universal de saúde em 1978.
Ocorre que, embora nos últimos 40 anos a expectativa de vida
tenha aumentado e a mortalidade infantil, caído pela metade,
por exemplo, o progresso em saúde tem sido desigual e
injusto entre países e dentro dos países.

“Devemos reconhecer que não alcançamos esse objetivo


[saúde para todos]. Em vez de saúde para todos, conseguimos
saúde para alguns. Temos ficado muito focados em combater
doenças específicas, muito focados no tratamento, em
detrimento da prevenção de doenças”, disse Ghebreyesus.

Quase metade da população mundial não tem acesso a


serviços essenciais de saúde e, segundo a OMS, 100 milhões
de pessoas são empurradas para a pobreza a cada ano por
causa de gastos catastróficos em saúde. A atenção primária à
saúde pode fornecer de 80% a 90% das necessidades de saúde
de uma pessoa durante sua vida.

A Declaração de Astana aponta a necessidade de uma ação


multissetorial que inclua tecnologia, conhecimento científico e
tradicional, juntamente com profissionais de saúde bem
treinados e remunerados, e participação das pessoas e da
comunidade para que seja alcançada a tão sonhada saúde
para todos com qualidade.

(Cláudia Collucci, Saúde não é brinquedo político, diz diretor da OMS. Em: Folha de
S.Paulo, 25.10.2018. Adaptado)
82 (TJ/SP – VUNESP – 2019) As informações do texto mostram que a atenção
primária à saúde:

A. Vive ainda enfrentamentos para se estabelecer plenamente, uma vez que se


identificam desigualdades entre os países e, até mesmo, dentro deles.
B. Obteve êxito em seu propósito a partir da Declaração de Alma Alta, razão
pela qual os 40 anos subsequentes a ela foram de saúde para todos os
cidadãos.
C. Tende a ser brevemente atingida, uma vez que a Declaração de Astana
ratifica os cuidados primários como pilar da cobertura universal de saúde.
D. Passou por um período de estabilização, mas vem sendo questionada
recentemente com o recrudescimento de uma série de doenças específicas.
E. Deixou de ser atendida porque a Organização Mundial da Saúde parou de
perseguir os preceitos defendidos pelas Declarações de Alma Alta e Astana.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Enfrenta ainda desafios para se estabelecer plenamente.


Alternativa B: INCORRETA. Obteve êxito em alguns pontos, mas não atingiu seu
objetivo de consolidar o acesso à saúde para todos os cidadãos.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com o texto, o progresso em saúde tem
sido desigual e injusto entre países e dentro dos países.
Alternativa D: INCORRETA. Em termos globais, não passou por um período de
estabilização, pois Em vez de saúde para todos, conseguimos saúde para alguns.
Alternativa E: INCORRETA. A Organização Mundial da Saúde não deixou de
perseguir os preceitos defendidos pelas Declarações de Alma e Astana.

83 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Na passagem do 3.º parágrafo “... que exortou o


mundo a fazer dos cuidados primários de saúde o pilar da cobertura universal de
saúde em 1978.”, os termos destacados significam, correta e respectivamente,

A. Obrigou e desejo.
B. Amainou e suporte.
C. Dissuadiu e modelo.
D. Orientou e incremento.
E. Estimulou e arrimo.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Obrigar significa impor, forçar; por outro lado, desejo
significa vontade, propósito.
Alternativa B: INCORRETA. Amainar tem o sentido de reduzir a intensidade,
afrouxar; de outra parte, suporte tem o sentido do que é usado para sustentar,
apoiar.
Alternativa C: INCORRETA. Dissuadir equivale a induzir alguém a mudar de
opinião; por sua vez, modelo significa algo que serve para ser imitado.
Alternativa D: INCORRETA. Orientar significa voltar- se para a direção de um dos
pontos cardeais; por outro lado, incremento tem o sentido de ação de desenvolver,
aumentar alguma coisa.
Alternativa E: CORRETA. Estimular significa dar incentivo; de outra forma, arrimo
tem o sentido de apoio, encosto.

84 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Considere os enunciados, reescritos a partir das


informações textuais:

A Declaração de Alma Alta e a Declaração de Astana ________


preocupação em fortalecer a atenção primária à saúde.

As ações em saúde ________ ficado muito ________ em combater


doenças específicas, em detrimento da prevenção de doenças.

De acordo com a Declaração de Astana,________uma ação


multissetorial que inclua tecnologia, conhecimento científico e
tradicional.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas dos enunciados devem ser


preenchidas, respectivamente, com:

A. revela ... têm ... focadas ... é necessária.


B. revelam ... tem ... focados ... é necessário.
C. revelam ... têm ... focadas ... é necessária.
D. revela ... tem ... focado ... é necessário.
E. revelam ... têm ... focado ... é necessário.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A Declaração de Alma Alta e a Declaração de Astana


revelam preocupação em fortalecer a atenção primária à saúde.
Alternativa B: INCORRETA. Concordância com o sujeito: têm.
Alternativa D: INCORRETA.  Concordância: revelam, têm.
Alternativa C: CORRETA. A Declaração de Alma Alta e a Declaração de Astana
revelam – sujeito composto pede verbo no plural. Outro exemplo: Pedro e Paulo
saíram. As ações em saúde têm  ficado (sujeito no plural pede locução verbal no
plural, contudo só o verbo auxiliar faz a flexão de plural). Observe: As ações de
saúde (sujeito) ficam (verbo de ligação) focadas (predicativo do sujeito). Portanto, o
predicativo do sujeito sempre concorda com o sujeito. Dessa forma: A ação fica
focada/ As ações ficam focadas. Por fim, é necessária uma ação multissetorial.
Havendo artigo que determine o substantivo, a concordância vai para o feminino,
sem artigo fica no masculino. Desse modo: é necessária uma ação multissetorial /
é necessário ação multissetorial.
Alternativa E: INCORRETA. As ações ficam focadas.

85 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um


substantivo cujo plural se faz a exemplo de “bem-estar” (termo presente no
primeiro parágrafo); e outro substantivo, destacado em expressão do texto, com
sentido de coletivo.
A. Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...” (6.º
parágrafo).
B. Saca-rolha / “... a base da assistência universal.”(1.º parágrafo).
C. Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...” (4.º
parágrafo).
D. Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...” (5.º
parágrafo).
E. Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...” (7.º parágrafo).

grau de dificuldade:   

Alternativa A: CORRETA. Bem-estar tem como antônimo mal-estar. Ambas as


palavras sempre grafadas com hífen. Plural: bem-estares e mal-estares. Do mesmo
modo, ocorre a formação do plural de alto-falante: alto-falantes, pois é o caso de
palavra invariável (bem, alto) + palavra variável (estar, falante). Por fim, população
é um substantivo coletivo de pessoas.
Alternativa B: INCORRETA. Em palavras compostas em que o primeiro elemento
é um verbo e o segundo elemento é um substantivo, sendo ambos unidos por
hífen, geralmente este último aparece no plural: saca-rolhas, porta-malas, guarda-
volumes, salva-vidas, entre outros. De outra parte, a palavra assistência não se
classifica como um substantivo coletivo.
Alternativa C: INCORRETA. Na formação de palavras compostas, quando ambas
forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro elemento ou os
dois elementos no plural: palavra-chave: palavras-chave/palavras-chaves; couve-
flor: couves-flor/couves-flores; bomba-relógio: bombas-relógio/bombas-relógios.
Por outro lado, a palavra progresso não se classifica como substantivo coletivo.
Alternativa D: INCORRETA. O plural de louva-a-deus – “inseto” - não varia da
forma singular: o louva-a-deus/os louva-a-deus. Note que esse tipo de substantivo
composto é invariável, porque constitui uma frase. De outra parte, a palavra
prevenção não se classifica como substantivo coletivo.
Alternativa E: INCORRETA. O plural de arco-íris é arcos-íris, pois, quando o
substantivo composto é formado por dois substantivos, o primeiro substantivo
sempre vai para o plural. Finalmente, comunidade é um substantivo coletivo que
indica um grupo de cidadãos.

86 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Nos trechos “E isso só vai acontecer quando...” (1.º
parágrafo) e “... que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde...”
(3.º parágrafo), os pronomes isso e que retomam, correta e respectivamente, as
seguintes ideias:

A. Não usar a saúde como brinquedo político; Organização Mundial da Saúde.


B. Usar a saúde para promover o bem-estar e a qualidade de vida; Declaração
de Astana.
C. Deixar de atentar para a saúde; Declaração de Astana.
D. Usar a política para promover a saúde; o 40º aniversário da Declaração de
Alma Alta.
E. Usar a saúde para promover o bem-estar e a qualidade de vida; Declaração
de Alma Alta.
grau de dificuldade:   

Alternativa A. INCORRETA: O pronome isso não se relaciona com não usar a saúde
como brinquedo político.
Alternativa B. INCORRETA: No texto, o dêitico que não retoma o termo Declaração
de Astana.
Alternativa C. INCORRETA: O pronome isso não retoma o termo deixar atender
para a saúde.
Alternativa D. INCORRETA: Ambos os termos não se relacionam respectivamente
com usar a política para promover a saúde; o 40º aniversário da Declaração de Alma
Alta.
Alternativa E: CORRETA: E isso (usar a saúde para promover o bem-estar e a
qualidade de vida) só vai acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção
primária à saúde a base da assistência universal. Isso é um pronome demonstrativo
invariável, denominado linguisticamente como dêitico, isto é, um termo que faz
referência ou retoma outro termo do discurso. Da mesma forma, a expressão A
Declaração de Alta é retomada pelo pronome relativo (dêitico) que.

87 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Assinale a alternativa em que a regência está em


conformidade com a norma-padrão.

A. Embora as nações aspirem cobertura universal de saúde, precisamos


reconhecer de que ela ainda não chegou em todos os habitantes do planeta.
B. Embora as nações aspirem na cobertura universal de saúde, precisamos
reconhecer de que ela ainda não chegou a todos os habitantes do planeta.
C. Embora as nações aspirem pela cobertura universal de saúde, precisamos
reconhecer que ela ainda não chegou em todos os habitantes do planeta.
D. Embora as nações aspirem à cobertura universal de saúde, precisamos
reconhecer que ela ainda não chegou a todos os habitantes do planeta.
E. Embora as nações aspirem por cobertura universal de saúde, precisamos
reconhecer que ela ainda não chegou com todos os habitantes do planeta.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Caso de regência verbal:  chegar a todos os habitantes.


Alternativa B: INCORRETA. No contexto, o verbo aspirar pede a preposição a.
Alternativa C: INCORRETA. Aqui também o verbo aspirar pede a preposição a.
Alternativa D: CORRETA. Regência é a parte da sintaxe que estuda a relação de
subordinação existente entre um verbo (regência verbal) ou um nome (regência
nominal) e seus complementos. O verbo aspirar muda seu significado, caso seja
transitivo direto ou transitivo indireto. Desse modo, enquanto transitivo indireto
aponta para o sentido de almejar, desejar e é regido pela preposição a. Enquanto
verbo transitivo direto, aponta para o sentido de respirar, cheirar, inalar e não é
regido por preposição. Por isso, as nações aspiram (desejam) a (preposição + a
(artigo) = à. De outra parte, o verbo reconhecer é transitivo direto e dispensa
qualquer preposição, inclusive, de, ficando, pois, a forma reconhecer que.
Finalmente, o verbo chegar é regido pela preposição a: Não chegou a todos os
habitantes do planeta.
Alternativa E: INCORRETA. Correção: chegou a todos os habitantes do planeta.

Leia o texto para responder à questão 88.

Um estudo realizado por pesquisadores do Porto concluiu que


a intervenção de enfermeiros especialistas em saúde mental,
aliada _______ medicação, é significativamente mais eficaz
_______ reduzir os níveis de ansiedade quando comparada com
o tratamento apenas com medicamentos.

A pesquisa, _______ que o jornal teve acesso, foi realizada por


um grupo de pesquisadores do CINTESIS – Centro de
Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Escola
Superior de Enfermagem do Porto e publicada no Journal of
Advanced Nursing.

Os resultados indicam um “efeito positivo da intervenção


psicoterapêutica da enfermagem”, realizada por um
enfermeiro especialista em saúde mental, registrando-se uma
clara diminuição dos níveis de ansiedade e um aumento do
autocontrole da ansiedade no final das cinco sessões (45 a 60
minutos/semana) realizadas em cinco semanas consecutivas.

(Expresso. https://expresso.sapo.pt. Adaptado)

88 (TJ/SP – VUNESP – 2019) De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto


devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

A. a ... a ... de.


B. a ... em ... em.
C. à ... para ... a.
D. à ... à ... à.
E. à ... de ... à.

grau de dificuldade:   

Alternativa A; INCORRETA. a medicação - falta crase; a pesquisa que o jornal teve


acesso - ausência da preposição de.
Alternativa B: INCORRETA. A pesquisa a que o jornal teve acesso. - ausência da
preposição a.
Alternativa C: CORRETA. Aliada à medicação. A regência nominal de aliada admite
as preposições a e com. Em eficaz para reduzir os níveis de ansiedade, a palavra
eficaz é um adjetivo cuja regência pede a preposição para. Por fim, em A pesquisa,
a que o jornal teve acesso, o adjetivo acesso pede a preposição a.
Alternativa D: INCORRETA. Crase correta apenas no primeiro a.
Alternativa E: INCORRETA. A expressão a que o jornal teve acesso pede preposição
a.

Leia o texto para responder às questões de números 89 a 92.

 
Tempo incerto
 
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já
ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é
preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de
dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e
os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não
serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.

Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais


vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia,
benevolência.

A observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos


do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido
realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas
ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a
opinião dos escribas?

Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que


nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira
como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou
desconfiamos do nosso próprio testemunho, e acabamos no
hospício!

Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que


vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de
forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não
devemos todos andar de pulga atrás da orelha! Agora,
pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de
uns e de outros e todo o resto da massa humana.

E não só pensam, como também pensam que pensam! E além


de pensarem que pensam, pensam que têm razão! E cada um
é o detentor exclusivo da razão! Pois de tal abundância de
razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em
dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas
de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo
de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio
passeia pelo mundo, glorioso e imune.

(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)

89 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Em suas considerações, o narrador pondera que:

A. A ideia geral é de que todos sabem opinar, discutindo e avaliando com


acuidade a opinião alheia.
B. A acriticidade com que todos se comunicam tem oportunizado,
sensatamente, a busca pela razão.
C. O modo como as pessoas se relacionam nos dias de hoje tem promovido o
diálogo com civilidade.
D. O momento atual se marca por uma inversão de valores, o que gera
confusão e incertezas.
E. A confusão do mundo atual tem sido deixada de lado, priorizando-se a
humanização das pessoas.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Nem todos sabem opinar e discutir a respeito da


opinião alheia.
Alternativa B: INCORRETA. Sem crítica não há busca pela razão.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com o texto, há falta de diálogo com
civilidade.
Alternativa D: CORRETA. O mundo contemporâneo é marcado por uma inversão
de valores, fato que não propicia segurança ao ser humano. E isso pode se ver a
um passo da loucura.
Alternativa E: INCORRETA. Pelo contrário, segundo o texto, não se prioriza a
humanização das pessoas. 

90 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Assinale a alternativa em que está transcrita do texto


uma expressão em sentido figurado, acompanhada da correta indicação do seu
sentido.

A. “pensam os patrões” (5.º parágrafo) → ideia de raciocinar com profundidade.


B. “a arte mais desenvolvida do nosso tempo” (3.º parágrafo) → ideia de
verdade.
C. “os mais vis sentimentos” (2.º parágrafo) → ideia de enobrecimento.
D. “andar de pulga atrás da orelha” (4.º parágrafo) → ideia de desconfiança.
E. “o mecanismo da vida” (1.º parágrafo) → ideia de trabalho.
grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. A palavra pensar está empregada no sentido


denotativo, isto é, sentido próprio. 
Alternativa B: INCORRETA. De acordo com o texto, a arte mais desenvolvida do
nosso tempo é a mentira.
Alternativa C: INCORRETA. Na expressão os mais vis sentimentos, a palavra vil –
plural vis – significa “desprezível”, “ordinário”, empregada aqui, pois, como
antônima de “enobrecimento”.
Alternativa D: CORRETA. A expressão popular andar de pulga atrás da orelha tem
o sentido figurado de “andar desconfiado de alguma coisa”.
Alternativa E: INCORRETA. A expressão mecanismo da vida tem o sentido
contextual de “incerta”, “dúvida” e “sombras”, acepção, pois, diversa de “trabalho”.

91 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Assinale a alternativa em que informações do 4.º


parágrafo estão corretamente reescritas em conformidade com o sentido do texto
e com a pontuação, segundo a norma-padrão.
A. Meus senhores prestem atenção às coisas que lhes contam, e digam-me se
não estão incertos os tempos.
B. Prestem atenção, meus senhores, às coisas que lhes contam e digam-me se
não estão incertos os tempos.
C. Prestem atenção às coisas que lhes contam e digam-me se não estão
incertos meus senhores, os tempos?
D. Meus senhores, prestem atenção às coisas que lhes contam! E digam: se não
estão, incertos os tempos!
E. Prestem atenção às coisas que lhes contam meus senhores – e digam se não
estão incertos os tempos?

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Depois do vocativo, aparece vírgula: Meus senhores,.


Por outro lado, antes de e só se usa vírgula com sujeitos diferentes, pois, nesse
caso, aparecem duas orações independentes no período composto (quando há
pelo menos dois verbos). Assim, em prestem atenção e digam, o sujeito é o
mesmo: meus senhores. Exemplo com sujeitos diferentes: Helena tomou o avião, e
Luísa embarcou no navio.
Alternativa B: CORRETA. O vocativo fica entre vírgulas:, meus senhores,. Vocativo
é um termo isolado sintaticamente e não pertence nem ao sujeito nem ao
predicado. É usado para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético. Exemplos: Feche a porta, Regina!; Amanhã, Dona Manuela, será o dia
da festa.
Alternativa C: INCORRETA. Vocativo entre vírgulas.
Alternativa D: INCORRETA. Uso inadequado do ponto de exclamação. Este é um
sinal de pontuação que confere à frase uma entonação exclamativa, expressando
emoção e sentimento. Por outro lado, os dois pontos são usados antes de uma
explicação. Exemplo: E foi assim que tudo acabou: cada um deles tomou um
caminho.
Alternativa E: INCORRETA. Vocativo deve aparecer entre vírgulas. É bom lembrar
que o travessão, substituindo vírgula, pode ser usado para dar destaque a
determinada expressão na frase. Exemplo: O tema – irrelevante –  foi posto em
pauta na reunião.

92 (TJ/SP – VUNESP – 2019) Assinale a alternativa em que os termos estão


acentuados, correta e respectivamente, a exemplo das palavras do texto: dúvida,
abundância e também.

A. exíguo; hemácia; outrém.


B. trôpego; anúncia; provém.
C. rúbrica; latência; pajém.
D. álibi; essência; aquém.
E. récorde; incônscio; amém.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. A palavra exíguo é acentuada porque é uma


paroxítona terminada em ditongo crescente; pela mesma regra, acentua-se
hemácia; de outra parte, outrem é uma palavra paroxítona que não recebe acento
gráfico.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra trôpego é acentuada porque é
proparoxítona. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: plástico,
paralelepípedo, líquido. A forma anuncia é a terceira pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo anunciar. Por outro lado, provém é uma palavra
acentuada, porque é oxítona terminada em em.
Alternativa C: INCORRETA. A palavra rubrica (bri) é paroxítona; latência é
paroxítona terminada em ditongo crescente; pajem é uma palavra paroxítona.
Alternativa D: CORRETA. As palavras dúvida e álibi são acentuadas porque são
proparoxítonas. Por sua vez, essência e abundância são acentuadas, pois são
paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Finalmente, também e aquém
recebem acento, pois são palavras oxítonas terminadas em em.
Alternativa E: INCORRETA. A palavra recorde (cor), sem acentuação gráfica, é
paroxítona. Variação de inconsciente, a palavra incônscio é paroxítona terminada
em ditongo crescente. Por fim, amém é uma palavra oxítona terminada em em.

Texto para as questões 93 a 96

 
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
 
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de
como a vida moderna se tornou imprevisível. É uma
característica do que, no complexo campo de problemas,
chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility, uncertainty,
complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil,
incerto, complexo e ambíguo.

Escorpiões, como as baratas que eles comem, são uma


espécie incrivelmente adaptável. O número de pessoas
picadas em todo o Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para
140 mil no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde.

A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso escorpião


amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele se reproduz por meio do
milagre da partenogênese, significando que um escorpião
feminino simplesmente gera cópias de si mesma duas vezes
por ano - nenhuma participação masculina é necessária.

A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico


“problema perverso”. Este termo, usado pela primeira vez em
1973, refere-se a enormes problemas sociais ou culturais
como pobreza e guerra - sem solução simples ou definitiva, e
que surgem na interseção de outros problemas. Nesse caso, a
infestação do escorpião urbano no Brasil é o resultado de uma
gestão inadequada do lixo, saneamento inapropriado,
urbanização rápida e mudanças climáticas. No VUCA, quanto
mais recursos você der para os problemas, melhor. Isso pode
significar tudo, desde campanhas de conscientização pública
que educam brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa
exterminadoras que trabalham para controlar sua população
em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O
sistema nacional de saúde pública do Brasil precisará se
adaptar a essa nova ameaça.

Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades


federais de saúde mal falaram publicamente sobre o
problema do escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns
esforços mornos em nível nacional e estadual para treinar
profissionais de saúde sobre o risco de escorpião, as
autoridades parecem não ter nenhum plano para combater a
infestação no nível epidêmico para o qual ela está se dirigindo.

Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham


reivindicado seu lugar ao lado de crimes violentos, tráfico
brutal e outros problemas crônicos com os quais os urbanitas
no Brasil precisam lidar diariamente.

Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na


Universidade de São Paulo (USP). Texto adaptado de Revista Galileu
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-
Ambiente/noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasil-pode-ser-imparavel-
diz-pesquisador.html)

93 (PSP IABAS - UPAS RIO – 2019) A palavra “Volátil”, que representa a consoante
inicial da sigla VUCA, tem o significado de:

A. Anárquico.
B. Devoluto.
C. Instável.
D. Vulnerável.
E. Inconsútil.

grau de dificuldade:   

Alternativa A. CORRETA: Coerência textual são relações lógico-semânticas


estabelecidas pela seleção vocabular. Lembrando sempre que uma palavra assume
acepção específica por conta do contexto. No complexo mundo dos problemas
contemporâneos, a palavra volátil assume o significado que corresponde à
anárquico.
Alternativa B: INCORRETA. A palavra devoluto é um adjetivo que tem o sentido
de “vazio” ou “desabitado”; significados estes que não correspondem ao sentido do
enunciado.
Alternativa C: INCORRETA. A palavra instável significa “sem estabilidade”.
Exemplo de uso: tempo instável.
Alternativa D: INCORRETA. Vulnerável refere-se a algo ou alguém “frágil”,
“incapaz”, “desamparado”.
Alternativa E: INCORRETA. Palavra fora do contexto, pois inconsútil quer dizer
“sem costura”
94 (PSP IABAS - UPAS RIO – 2019) O autor diz “... escorpião ‘feminino’
simplesmente gera cópias de si mesma duas vezes por ano...” porque:

A. Escorpião é um substantivo comum de dois.


B. O feminino é escorpiã, mas ele parece desconhecer.
C. Escorpião é um substantivo epiceno, por isso usou a palavra “feminina” para
marcar o gênero.
D. Escorpião é um substantivo sobrecomum.
E. O substantivo escorpião aceita o feminino escorpioa ou a marca do gênero
pelo adjetivo.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Substantivo comum de dois gêneros é aquele que


apresenta uma só forma para o gênero masculino e para o gênero feminino. A
distinção de gênero faz-se mediante emprego de artigos o, a, um, uma ou de
outros determinantes. Exemplos: o cliente – a cliente; o colega – a colega; o colegial –
a colegial.
Alternativa B: INCORRETA. O autor demonstrou conhecer e empregou
corretamente o feminino de escorpião.
Alternativa C: CORRETA. Epicenos são substantivos que apresentam um único
gênero, tanto para o masculino, quanto para o feminino, na designação de
animais. Exemplos: jiboia, jacaré, tatu. Na distinção de sexo, junta-se ao substantivo
as palavras macho ou fêmea. Assim sendo, o autor usou a palavra “feminina” para
marcar o gênero.
Alternativa D: INCORRETA. Substantivo sobrecomum é aquele que nomeia
pessoas e apresenta um só gênero para o masculino e o feminino. Exemplos: o
anjo, a criança, o cônjuge.
Alternativa E: INCORRETA. Afirmativa sem justificativa gramatical.

95 (PSP IABAS - UPAS RIO – 2019) Observe o emprego de “mal” no trecho em


destaque:

“... as autoridades federais de saúde mal falaram


publicamente sobre o problema do escorpião urbano no
Brasil.”

Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio.

Ele falava ______ do governo, mas sempre se com portava______


diante dos empregados, que o tinham como u m _____ chefe,
porque, além de os pagar_____, desempenhava_____ seu papel
de líder.

A sequência está correta em:

A. mau-mal-mau-mal-mal.
B. mau-mal-mau-mal-mau.
C. mau-mau-mal-mau-mau.
D. mal-mau-mal-mau-mau.
E. mal-mal-mau-mal-mal.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. O conjunto bem/mal é advérbio; o conjunto bom/mau


é adjetivo.
Alternativa B: INCORRETA. A expressão correta é mau chefe.
Alternativa C: INCORRETA. Em portava mal, a palavra mal é um advérbio, pois
relaciona-se com o verbo da expressão.
Alternativa D: INCORRETA. O correto é desempenhava mal.
Alternativa E: CORRETA. Mal – antônimo de bem - pode ser um substantivo ou um
advérbio: Ele falava mal do governo, mas sempre se com portava mal diante dos
empregados, que o tinham como um mau chefe, porque, além de os pagar mal,
desempenhava mal seu papel de líder. Outros exemplos: Não se faz o mal a
ninguém (substantivo). Descobriram remédio para aquele mal (substantivo). Mau -
é um adjetivo, antônimo de bom. Exemplos: homem bom, homem mau; bom
acabamento, mau acabamento.

96 (PSP IABAS - UPAS RIO – 2019) Observe a oração destacada:

“A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico


“problema perverso.”

Sobre seus termos, é correto afirmar que:

A. Escorpião é núcleo do sujeito.


B. Urbano é predicativo do objeto.
C. Perverso é núcleo do sujeito.
D. Clássico é núcleo do predicativo do objeto.
E. Problema é núcleo do predicativo do sujeito.

grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. Núcleo do sujeito: infestação.


Alternativa B: INCORRETA. A palavra  urbano integra o sujeito.
Alternativa C: INCORRETA. Perverso é palavra integrante do predicado.
Alternativa D: INCORRETA. Não há predicativo do objeto na oração.
Alternativa E: CORRETA. Observemos o texto em ordem direta – sujeito – verbo –
complemento: A infestação do escorpião urbano (sujeito)  é (verbo de ligação)  um
clássico “problema perverso”( predicativo do sujeito) no Brasil (adjunto adverbial
de lugar). Assim sendo, problema é o núcleo do predicativo do sujeito; um e
clássico são adjuntos adnominais.

Texto para as questões 97 a 100.

 
Bloqueio de comunicação:
 
A timidez é um problema que atinge um contingente imenso
da população mundial. Todos podem ficar inibidos em alguma
situação, mas há casos mais graves, que levam a pessoa à
frustração. Existem exemplos surpreendentes de tímidos
famosos. A cantora Cássia Eller, por exemplo, tinha uma
performance de palco intensa e ousada, chegando, algumas
vezes, à levantar a blusa e mostrar os seios ao final das
apresentações. No entanto, era tímida a ponto de ter medo de
entrevistas.

Segundo Sérgio Savian, que há 22 anos trabalha com terapia


corporal e já está no sexto livro (Emoções, Editora Celebris)
sobre questões ligadas a relacionamentos amorosos, casos
como o da cantora são bastante comuns. “Enquanto a pessoa
está no papel profissional, vai bem”, explica. “Mas fica tímida
quando enfrenta outras situações.” É fácil reconhecer um
tímido ou uma tímida: eles falam baixinho, não conseguem
olhar nos olhos; muitas vezes, têm uma postura encurvada,
transpiram em excesso, dão respostas monossilábicas e
podem ficar com as mãos geladas em algumas situações”.

Os especialistas dizem que toda essa inibição é resultado de


uma autocrítica exagerada, aliada à insegurança e a uma
autoestima muito frágil, insuficiente para contrabalançar a
equação que nos leva a agir com firmeza nas situações reais.
O resultado: alto nível de frustração pela falta de realizações
plenas. “O tímido tem muita dificuldade em lidar com críticas,
então, cria bloqueios de comunicação para não ser criticado.”

Uma situação típica: o tímido vai ao cinema ou a uma festa e


tem a impressão de que todas as pessoas presentes param
para observá-lo. Essa supervalorização de si mesmo, às vezes
tem relação com um “alto grau de narcisismo”, segundo a
opinião de Savian.

Por causa de sua postura introvertida, o indivíduo tímido


também pode se passar por arrogante. Acaba perdendo a
naturalidade porque tem essa atitude extremamente
autocentrada. “São conscientes de cada ato que praticam,
todo gesto é ensaiado”, diz Savian.

“A cura passa pela volta da espontaneidade.” E qual seria a


causa para tamanho bloqueio de comunicação? “Podem ser
traumas de infância, críticas negativas ou, ainda, uma situação
de deboche que ficou gravada no inconsciente”, afirma Savian.
“Uma questão do passado com a qual não se soube lidar pode
acionar a timidez no presente.”

Há um exemplo claro de um de seus clientes. Toda vez que ele


tem uma reunião em grupo, tem medo de falar bobagem.
Com técnicas de regressão, lembrou que, um dia, uma
professora o colocou na “fileira dos burros”, embora ele
tivesse absoluta consciência de que aquele lugar não equivalia
à sua inteligência. Ele pulou a janela e foi para casa. Essa
experiência traumática fazia com que tivesse medo perante
situações coletivas: ele temia falar “asneira” e sofrer uma
punição em seguida.

Por incrível que pareça em sua experiência profissional Savian


encontrou muito mais homens tímidos do que mulheres. Mas
a verdade é que todos nós temos nossas inibições. “A pessoa,
às vezes, se dá bem profissionalmente, faz novas amizades,
mas trava quando o assunto é relacionamento amoroso.” E há
aqueles que têm um temperamento introvertido por natureza:
gostam de ficar sozinhos e falam pouco, mas estão felizes
nessa situação. O problema ocorre quando o indivíduo quer se
comunicar e não consegue.

Mas que não se desesperem os tímidos, pois há várias saídas


para solucionar o problema. “O primeiro passo é reconhecer a
timidez”, aponta Savian. Nas sessões, ele pede para o paciente
escrever suas dez principais vergonhas e, ao lado de cada
uma, localizar o momento em que ela começou. A doutora
Susan Leibig, do Instituto de Engenharia Humana, acrescenta
pontuações de 1 a 10 para o nível de vergonha que se sente
diante de cada situação descrita. “Comece enfrentando as de
nível 1 ou 2 e, depois, vá para as mais intensas.” Depois do
reconhecimento das inseguranças, Savian coordena “vivências
de aconchego” para fortalecer a autoestima das pessoas. A
partir disso, é trabalhada a capacidade de se defender do
mundo, numa espécie de laboratório de situações.

Agora, para quem não pode fazer terapia corporal ou


psicoterapia convencional, Savian recomenda cursos de arte,
especialmente o de teatro, aulas de dança e coral. Para
aqueles que têm vergonha de falar em público, o conselho é a
repetição da experiência. “O melhor é começar falando para
uma pessoa, depois, para duas, cinco”, aconselha. “De
repente, ela estará gostando de discursar para uma plateia de
20 ou 30 pessoas.”

CASO, Fabiana. Bloqueio de comunicação.

O Estado de S. Paulo, São Paulo, 17/18 maio 2003,

Suplemento Feminino, p. F5.

97 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA-PB – CONTEMAX - 2019) Assinale a


alternativa INCORRETA com relação ao texto:

A. O texto trata da timidez, suas causas e os encaminhamentos para superá-la.


B. De acordo com o texto, no trabalho, as pessoas tímidas não sofrem com o
mal da timidez.
C. Cássia Eller é um exemplo de superação da timidez durante o trabalho.
D. De acordo com Savian, o tímido pode ser narcisista.
E. Sérgio Savian diz que toda inibição é resultado de uma autocrítica.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: CORRETA. Pode-se fazer uma síntese do texto, considerando a


timidez, suas causas e encaminhamentos.
Alternativa B: CORRETA. Em ambientes profissionais, as pessoas também sofrem
com o mal da timidez: Toda vez que ele tem uma reunião em grupo, tem medo de
falar bobagem.
Alternativa C: CORRETA. A cantora é um exemplo de superação no palco: A
cantora Cássia Eller, por exemplo, tinha uma performance de palco intensa e
ousada, chegando, algumas vezes, à levantar a blusa e mostrar os seios ao final
das apresentações.
Alternativa D: CORRETA. Essa supervalorização de si mesmo, às vezes tem relação
com um “alto grau de narcisismo”, segundo a opinião de Savian. O termo Narciso
provém da mitologia grega, que faz referência a um jovem que mira sua própria
imagem refletida na água. Atualmente, narcisismo é um conceito da psicanálise
que se refere à pessoa que tem paixão excessiva por si mesmo.
Alternativa E: INCORRETA. Segundo Savian, além da autocrítica, a inibição
apresenta outras causas.

98 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA-PB – CONTEMAX – 2019) Analise as


proposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA:

I. A expressão em destaque no trecho: “a professora o colocou na “fileira dos


burros”, foi usada no sentido conotativo.
II. Houve um erro de concordância verbal em: “Existem exemplos
surpreendentes...”, pois o termo em destaque deveria estar no singular, por
se tratar de um verbo impessoal.
III. As aspas, no segundo parágrafo do texto, foram usadas com finalidades
distintas.
A. Estão corretas apenas a I e II.
B. Estão corretas apenas a I e III.
C. Estão corretas apenas a II e III.
D. Está correta apenas a I.
E. Está correta apenas a II.

grau de dificuldade:   

Assertiva I. CORRETA. A palavra  burro foi usada em sentido conotativo, figurado.


Assim, a palavra ganha um novo significado por conta de um contexto específico
de uso.
Assertiva II. INCORRETA. Não houve erro na frase: Existem (concordância normal
do verbo) exemplos surpreendentes... Mudando o verbo existir por haver, teríamos:
Há (verbo impessoal) exemplos surpreendentes.
Assertiva III. INCORRETA: Em todas as situações do segundo parágrafo, as aspas
foram empregadas no sentido de fazer referência direta às palavras de Savian.
99 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA-PB – CONTEMAX - 2019)
Propositalmente foi colocada a crase de forma incorreta em uma das passagens
do texto abaixo, assinale a alternativa em que o termo em destaque não pode ser
craseado:

A. Todos podem ficar inibidos em alguma situação, mas há casos mais graves,
que levam a pessoa à frustração. 
B. A cantora Cássia Eller, por exemplo, tinha uma performance de palco intensa
e ousada, chegando, algumas vezes, à levantar a blusa e mostrar os seios ao
final das apresentações.
C. Os especialistas dizem que toda essa inibição é resultado de uma autocrítica
exagerada, aliada à insegurança e a uma autoestima muito frágil, insuficiente
para contrabalançar a equação que nos leva a agir com firmeza nas situações
reais.
D. Essa supervalorização de si mesmo, às vezes tem relação com um “alto grau
de narcisismo”, segundo a opinião de Savian.
E. Com técnicas de regressão, lembrou que, um dia, uma professora o colocou
na “fileira dos burros”, embora ele tivesse absoluta consciência de que aquele
lugar não equivalia à sua inteligência.

grau de dificuldade:  

Alternativa A: INCORRETA. Levam a (artigo)  pessoa à frustração. Levar a


(preposição) + a (artigo) = à.
Alternativa B: CORRETA. Não se emprega crase diante de verbo. Portanto, a
levantar.
Alternativa C: INCORRETA. Aliada pede preposição a + a (artigo) insegurança = à.
Alternativa D: INCORRETA. Usa-se crase na expressão às vezes que significa “de
vez em quando”.
Alternativa E: INCORRETA. É facultativo o uso de crase diante de pronomes
possessivos. Portanto, a sua inteligência ou à sua inteligência.

100 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA-PB – CONTEMAX - 2019) Assinale a


alternativa CORRETA quanto ao número de orações no período: “A pessoa, às
vezes, se dá bem profissionalmente, faz novas amizades, mas trava quando o
assunto é relacionamento amoroso”:

A. Uma
B. Duas
C. Três
D. Quatro
E. Cinco
grau de dificuldade:   

Alternativa A: INCORRETA. O período é simples quando apresenta uma só


oração. Exemplo: Carlos vendeu um terreno.
Alternativa B: INCORRETA. Dois verbos correspondem a duas orações. Exemplo:
Carlos vendeu um terreno e comprou uma casa.
Alternativa C: INCORRETA. Três verbos correspondem a três orações. Exemplo:
Carlos vendeu um terreno e comprou uma casa, logo que se casou.
Alternativa D: CORRETA. O número de verbos do período composto corresponde
ao número de orações. 1. A pessoa, às vezes, se dá bem profissionalmente, 2. faz
novas amizades, 3. mas trava 4.  quando o assunto é relacionamento amoroso
Alternativa D: INCORRETA. Período é a frase constituída de uma ou mais orações
que forma um todo com sentido completo. O período pode ser simples (uma
oração) ou composto (duas ou mais orações).
 
 
 
A Língua Portuguesa é uma disciplina que se faz presente em todos os
concursos públicos, seja qual for o órgão ou a área de atuação, tornando-se,
assim, um diferencial na classificação dos candidatos. O programa da prova para
concurso corresponde ao nível de escolaridade exigido - Ensino Médio ou Superior.
Em linhas gerais, são questões que sempre abrangem tópicos relacionados com o
presente Desse modo, esperamos que este trabalho possa contribuir com seus
esforços de efetiva revisão, fixação e aprendizagem de novos conteúdos. Sucesso!
O Autor

Resumo Prático
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – COESÃO E COERÊNCIA
 
Coesão é o processo relacionado com elementos de composição do texto,
ligando, em uma crescente integração, palavras, frases, parágrafo, texto - valendo-
se de recursos formais (gramaticais) e conceituais.
 

 
 
Dessa forma, os mecanismos linguísticos estabelecem conexões, relações e
sequências, no sentido de ligar logicamente as partes do texto.
Coerência é um processo de construção do significado geral do texto.  Entre
outros, constituem princípios de coerência:

a. Não contradição. Exemplo de contradição: Era noite, não havia iluminação


no local dava para ver claramente os detalhes da paisagem noturna. Incoerência:
noite/sem luz x dava para ver claramente.
b. Progressão textual. Segundo esse princípio, na sequência da informação
já apresentada em cada segmento, segue-se a informação nova, para que o
texto progrida, de acordo com certo percurso temático.
 

DIVISÃO DA GRAMÁTICA

Estão no âmbito da gramática:


- Etimologia
- Semântica
- Ortografia
- Estilística
 
3. A fonética e a fonologia ocupam-se dos sons da língua, abrangendo o
estudo dos fonemas e das sílabas.
4. A morfologia é o estudo das classes de palavras, também chamadas de
classes gramaticais.
5. A sintaxe examina as relações lógicas que as palavras mantêm entre si
na oração, assim como considera a função desta no período.
 
A morfossintaxe é o estudo de um plano da estrutura linguística que integra a
morfologia (classificação entre as dez classes de palavras) e a sintaxe (a
organização e a estruturação dos enunciados).
 
 

 
 
 
6. Semântica é o estudo da significação das palavras.
 
A sinonímia ocorre quando as palavras são diferentes na forma, mas quase
idênticas no significado (sinônimas). Exemplos:
 

 
 
A antonímia ocorre quando as palavras apresentam significação oposta
(antônimas). Exemplos:
Alegre    ≠     triste
A homonímia ocorre quando as palavras ditas homônimas têm a mesma forma
ou o mesmo som, mas diversidade de significado. Exemplos:
São = saudável – O exame comprova que ele está completamente são.
São = verbo ser – Eles são de Brasília.
 
Homônimas homógrafas: são as palavras com a mesma grafia e a mesma
pronúncia, cujo significado depreende-se pelo contexto. Exemplos:
O Plano Real de estabilização econômica do país teve início em 27 de fevereiro
de 1994.
A família real portuguesa chegou ao Brasil em 1808.
 
Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas diferentes
na grafia e no significado. Exemplos:
sessão -  duração de uma reunião ou de um espetáculo.
seção – repartição, secção é grafia antiga.
cessão – ato de ceder.
 
A primeira sessão do cinema ainda não começou.
Jéssica dirigiu-se à seção de moda.
A escola fez a cessão da quadra para os Jogos Regionais.
 
Parônimas: são palavras que são grafadas de forma parecida e são
pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados distintos
(paronímia). Exemplos:
absorver – sorver, assimilar, consumir
absolver – inocentar
 
A esponja absorve a água.
O réu foi absolvido no julgamento.
 
 
A etimologia estuda a origem e a formação das palavras.
A ortografia é a forma de escrever corretamente as palavras.
A estilística considera a língua na sua função expressiva, levando em conta o
uso dos recursos fônicos, léxicos e sintáticos.

ENUNCIAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM

 
A enunciação é um ato social por meio do qual um enunciador (quem fala ou
escreve) põe, no caso, a língua portuguesa em funcionamento, aqui e agora, tendo
em vista um enunciatário (quem ouve ou lê). Os sujeitos (enunciador -
enunciatário) estão, pois, envolvidos num inter-relacionamento que tem como
fundamento o diálogo. A terceira pessoa (ele) não é necessariamente uma
pessoa, pois é o objeto da enunciação (de quem ou do que se fala).
As funções da linguagem são recursos que atuam de acordo com a intenção do
produtor do discurso. Considera-se ruído tudo aquilo que interfere na
compreensão da mensagem.
Dêiticos são elementos linguísticos que indicam explícita ou implicitamente o
lugar (aqui) ou o tempo (agora) e os participantes (enunciador/ enunciatário), no
processo de enunciação.
Jakobson (1971) divide as funções da linguagem em seis componentes: emissor,
mensagem, receptor, canal, código e contexto.
O quadro abaixo está adaptado ao conceito de enunciação

 
Assim:
1. Um enunciador produz o enunciado.
2. Um enunciatário recebe o enunciado.
 
O texto a ser transmitido é o enunciado; o que só é possível graças a um
código, ou seja, um sistema de signos comum ao enunciador e ao enunciatário,
no caso, a língua portuguesa O meio que possibilita a circulação do enunciado é o
canal. Por fim, há o contexto – aquilo a que a mensagem (o enunciado) refere-se.
Cada um desses elementos corresponde a uma função da linguagem. Na
comunicação linguística, todas as funções da linguagem encontram-se presentes.
Ocorre que uma pode ficar mais evidente do que as demais, é a chamada função
dominante.
O diagrama abaixo apresenta as funções da linguagem e sua relação com os
elementos da comunicação:
 

 
GÊNEROS TEXTUAIS
 
Para interpretar um texto, deve-se primeiramente encaixá-lo num modelo de
discurso. O texto está organizado em conformidade com determinado gênero, por
conta do uso social que o determina. A pergunta que se faz é: qual é o tipo desse
texto? Exemplos desses conjuntos diferenciados a que denominamos gêneros
textuais: piada, carta comercial, bula de remédio, notícia de jornal, receita médica,
romance, poesia, peça teatral, conversa, discurso de parlamentar, história em
quadrinhos, entre outros.
QUADRO DA INTEGRAÇÃO ENTRE FUNÇÕES DA LINGUAGEM,
GÊNEROS TEXTUAIS E FORMAS GRAMATICAIS
 

 
 
 
1. Função expressiva ou emotiva é aquela centralizada no enunciador,
quando se transmite os sentimentos e as opiniões de quem fala.
Exemplos:
São marcantes minhas recordações daquele verão.
 
Poema
 
Fui mirar-me num espelho

e era meia-noite em ponto.

Caiu-me o cristal das mãos

como as lembranças do sono.

Partiu-se meu rosto em chispas

como as estrelas num poço.

Partiu-se meu rosto em cismas

- que era meia-noite em ponto.

Cecília Meireles

Função expressiva ou emotiva


Empregam-se verbos e pronomes na primeira pessoa; sinais de pontuação, como
reticências, ponto de exclamação e interjeição são marcas de uma expressão pessoal,
subjetiva. Pode aparecer em vários tipos de textos. No entanto, como busca comover,
emocionar, é a função que predomina na poesia lírica.

 
 
2. Função referencial é aquela que tem como finalidade informar sobre
um fato da realidade.
Exemplos:
Helena conferiu o troco.
 
Mineralogia
A Mineralogia se dedica ao estudo da química, estruturas
molecular e cristalina e propriedades físicas (incluindo ópticas e
mecânicas) de minerais, bem como a sua gênese, metamorfismo,
evolução química e meteorização.

A mineralogia começou por ter um carácter marcadamente


taxonômico, isto é, baseada na nomenclatura e classificação dos
minerais,  mas evoluiu para o campo da física aplicada, tendo
hoje grande peso as áreas da cristalografia, da óptica, da
simulação matemática e da nano-mecânica.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?


title=Conteúdo_aberto&oldid=15696001> Acesso em: 14 ago 2019.

 
3. Função apelativa ou conativa é aquela que tem como alvo a pessoa
com quem se fala (interlocutor), no sentido de influenciá-la, persuadir,
seduzir, cativar. Assume a forme de um apelo. Exemplo: Não fume nesta
sala!
 

Função apelativa ou conativa


Utiliza a segunda pessoa (tu, vós) ou a terceira pessoa (você, vocês, o
senhor, os senhores), uma vez que o discurso privilegia o interlocutor.
Faz uso de verbos no imperativo (Vai!, Faz!, Fica!, Sente-se!).
Emprega vocativos (Ricardo, faça a lição!).
Essa função é comumente empregada na publicidade, posto que a sua
principal intenção é vender um produto, ou também chamar a atenção
para uma campanha social.

 
 
 
4. Função fática é aquela que estabelece, mantém ou prolonga a
comunicação. Privilegia a interação entre as pessoas do discurso. Testa
o canal de comunicação. Estabelece os primeiros contatos de uma
comunicação para colocar em interação os interlocutores. Exemplo de
falta de sintonia numa ligação telefônica:
 
- Alô!
- Pronto!

- Quem fala?

- A ligação está muito baixa.

- Quem fala?

- Não precisa gritar! Não sou surdo!

- Está ouvindo melhor?

- De onde é?

- Está passando uma moto aqui na frente. Não dá para ouvir


nada. Um momento. Agora sim. É o Agenor?

- Não aqui é o Morais.

- Foi engano. Desculpa.

-?

Função fática
Emprega frases que visam sintonizar os interlocutores na comunicação.
Interjeições e frases de saudações prestam-se a essa função. Expressões
padronizadas dispensam o uso de linguagem mais elaborada. Exemplos: Oi,
Você concorda? Não acha? Está bem? Psiu!   Até mais! E outras expressões
similares. Uma conferência e um programa de televisão, por exemplo, são
abertos e finalizados com cumprimentos e despedidas dos apresentadores.

 
 
5. Função metalinguística é o uso da linguagem para explicar a própria
linguagem, isto é, os elementos do próprio código. Exemplo: plebiscito é
uma palavra que veio do latim plebiscitu que significava “decreto da
plebe”. Hoje é uma consulta popular a respeito da aprovação ou não de
matérias importantes para a sociedade.
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Função metalinguística
Consiste em usar o código de comunicação para
explicar o próprio código. Nos textos verbais, o código é
a língua. Exemplos: o uso da gramática e do dicionário.
Na conversa, quando se explica alguma coisa que não
foi entendida, faz-se uso de metalinguagem.

 
 

A água, o vento, a claridade

 
de um lado o rio, no alto as nuvens,

situavam na natureza o edifício

crescendo de suas forças simples.

João Cabral de Melo Neto

 
 
6. Função poética é aquela concentrada na própria mensagem. Nesse
caso, procura-se chamar a atenção para a elaboração da mensagem que
provoca no receptor um efeito estético. Encontra-se permeada nos
poemas e, em alguns casos, na prosa e em anúncios publicitários.
Exemplo:
 
Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.


Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

Carlos Drummond de Andrade

A função poética distingue-se das demais pela elaboração inovadora da forma


do discurso. Efeitos rítmicos, sonoros e semânticos prendem a atenção do
interlocutor.
É também a característica estética das obras literárias, pois as palavras são
combinadas com harmonia e empregadas em sentido conotativo – figurado.
Essa estratégia dos enunciadores predomina nos gêneros artísticos e na
elaboração dos anúncios publicitários.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Fonte: novaescolar.org.br

 
 

 
 
 
1. A norma culta ou norma-padrão, que impõe a identidade à língua
materna, é o padrão oral ou escrito a que se tem acesso mediante
aprendizagem e estudo. Principalmente, na escrita, pauta-se na
correção e precisão gramatical.
É o padrão linguístico de maior prestígio social, inerente à tradição literária e da
qual se faz uso na redação e interpretação de leis, decretos, documentos oficiais,
trabalhos jurídicos, acadêmicos e científicos.
 
 

A linguagem coloquial, informal ou popular é uma variação linguística que se


usa no cotidiano. Como segue o fluxo da oralidade, é comum em situações do
quotidiano.

 
 
2. Variação histórica
É aquela em que a palavra sofre transformação ao longo do tempo. Exemplos:

vosmecê    você

pharmacia  farmácia
 
Fonte: pt.wikipedi.org

 
3. Variação regional ou diatópica 
É a variação das palavras, de acordo com o uso em certas áreas do país. O
dialeto caipira é uma variação linguística típica de certas localidades do interior
paulista. Exemplos de palavras diferentes que designam a mesma coisa em
regiões geográficas distintas do território nacional:
 
mandioca, macaxeira, aipim,

abóbora, jerimum

pipa, papagaio, pandorga, raia

 
4. Variação social ou diastrática
A posição sociocultural caracteriza um determinado nível de fala. Assim, o
engenheiro usa termos técnicos que podem ser desconhecidos por um ajudante
de obras. Uma criança não fala como uma adolescente ou um adulto.
A gíria é uma forma de linguagem restrita a um determinado grupo, pois
circula em meios sociais específicos, como entre os jogadores de determinada
modalidade esportiva, os estudantes, os jornalistas, entre outros.
Por outro lado, o jargão circula em certas áreas profissionais, que se vale de
um linguajar técnico, como na área jurídica, médica e da informática, entre outras. 
5. Variação situacional ou diafásica
Decorre do contexto da comunicação, isto é, da situação, da ocasião na qual o
falante está inserido, valendo-se do nível formal ou informal. O grau de
formalidade ou informalidade afeta o uso de regras, normas e convenções
linguísticas. Um advogado, por exemplo, não usa a mesma forma de linguagem
no Fórum e na conversa descontraída entre os familiares. Consideremos vários
situações de produção do discurso: bate-papo, conversa de botequim, discurso em
academia, entre outras.
 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotativo é o sentido literal da palavra ou do enunciado. É utilizado em textos
em que predomina a função referencial, como no caso de uma reportagem, de
uma bula de remédio ou de um manual de instrução, entre outros similares. O
objetivo é transmitir informações. Exemplo:
Ao cair da noite, apareceu a primeira estrela no céu.
 
A linguagem no sentido conotativo é utilizada em sentido figurado. As palavras
e expressões ganham um novo significado em situações e contextos específicos de
uso. Nos textos mais elaborados, a exemplo dos literários e publicitários, a
conotação é o foco da atenção. Exemplo:
Pela sua participação no filme, Raquel é agora uma estrela.
 

FONÉTICA E FONOLOGIA
 
Fonética é o estudo dos sons da fala no aspecto físico e acústico.
Fonologia é o estudo da função de um fonema na estrutura da língua
portuguesa.
 

ALFABETO OFICIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA – VINTE E SEIS LETRAS

a A (á) j J (jota)
s S (esse)
b B (bê) k K (cá)
t T (tê)
c C (cê) l L (ele)
u U (u)
d D (dê) m M (eme)
v V (vê)
e E (ê) n N (ene)
w W (dáblio)
f F (efe) o O (ó)
x X (xis)
g G (gê ou guê) p P (pê)
y Y (ípsilon)
h H (agá) q Q (quê)
z Z (zê)
i I (i) r R (erre)

ENCADEAMENTO FONOLÓGICO
O encadeamento fonológico ocorre mediante uma articulação crescente de
unidades:
1. Fonemas (produção da unidade sonora: lê – a – tê – a)
2. Letras (representação escrita do fonema: l  - a  - t – a)
3. Sílabas (fonema ou grupo de fonemas pronunciado numa só emissão de
voz:   la – ta
4. Vocábulo (palavra de uso na língua): lata
 

LETRA E FONEMA
 
Fonema  elemento sonoro.
 
Letra forma convencional de representar o fonema na escrita.
 
Pode-se dizer que o fonema é o som do qual se tem uma percepção auditiva,
enquanto a letra é um símbolo gráfico do qual se tem percepção visual. Não é
sempre que o número de letras de uma palavra corresponde ao número de
fonemas.
 
PECHINCHA    nove letras: p e c h i n c h a
 
A transcrição dos fonemas é feito entre barras, de acordo com o alfabeto
fonético: /pexĩxa/. – 6 fonemas
 
As letras m e n, quando pospostas às vogais, são sinais de nasalização.
 
Manta   /mãta/
Bamba   /bãba/
 

SÍLABA
 
Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas que é pronunciado em uma só
emissão de voz.
A Separação silábica, também chamada de divisão silábica, é a delimitação das
palavras em sílabas, delimitação esta que é marcada pelo hífen. Como a vogal é o
núcleo da sílaba, não há sílabas sem vogais.
Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, quando parte
da palavra fica no final da linha, e a outra parte no início da linha seguinte.
 

 
 
Os monossílabos tônicos possuem autonomia fonética, ou seja, não necessitam
se apoiar em outro vocábulo para demonstrar valor fonético.
 
há     chá     pá     cá     mês     lê     ré     pé
Os monossílabos átonos não possuem essa autonomia fonética na frase, pois
são pronunciados tão fracamente que se apoiam em sílabas tônicas de vocábulos
vizinhos.
 
O homem         gosto de           disse que

FONEMAS
 

 
 
 

Vogais são fonemas produzidos pela corrente de ar que passa sem obstáculo
pela cavidade bucal ou pelas fossas nasais. Constituem a base da sílaba Cinco
letras a - e – i – o - u representam sete fonemas orais: a – é – ê – i – o – ó – u.  Os
fonemas nasais são marcados por ~, m ou n: lã, empada, incluir, ombro, tumba.
Consoantes são fonemas produzidos pela articulação dos órgãos da boca
(lábios, dentes, alvéolos), criando resistência à passagem da corrente de ar
expelida dos pulmões. Não se situam na base da sílaba.

 
 
 
 
Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (I-U) na mesma sílaba. O
ditongo é decrescente quando a semivogal vem em segundo lugar. Exemplos: fui,
pouco. O ditongo é crescente quando a semivogal vem em primeiro lugar.
Exemplos: água, série. Os ditongos ainda podem ser orais: réis, ideia, jérsei ou
nasais: limões, mãe, pão.
 
Tritongo é a sequência de semivogal + vogal + semivogal, ocorrendo numa só
sílaba.
Tritongos orais: Uruguai, delinquiu.
Tritongos nasais: saguão, minguam.
 
Hiato é o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes.
 
saída                sa-í-da
saúde                sa-ú-de
 

ENCONTRO CONSONANTAL
 
Encontro consonantal é o agrupamento de consoantes numa palavra. Pode
ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes.
Na mesma sílaba: cla-ri-da-de.           
Em sílabas diferentes: ad-vo-ga-do. 
Dígrafo é o grupo de letras que representa um único fonema.
 

 
 
 
Os dígrafos consonantais ocorrem quando duas letras formam um som de consoante.
ch     chapéu     sc     nascer
lh     molhar     xc     exceção
nh     rainha     gu     guerra
rr     carro     qu     quis
ss     pêssego
 
Os dígrafos vocálicos ocorrem quando o encontro de duas letras forma um som de vogal.
am      tampa      bamba
an      antítese      manto
em      lembrança    tempo
en      lento      centro
im      impureza      limbo
in      lindo      síntese
om      sombra      pompa
on      ontem      conto
um      tumba      cumprimento
un      fundo      mundo
 

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO À TONICIDADE E AO


NÚMERO DE SÍLABAS
 
 

 
 

TONICIDADE NÚMERO DE SÍLABAS

Oxítona – última sílaba: atrás, sofá, café. Monossílaba - uma sílaba: pó, pé, foz.

Paroxítona – penúltima sílaba: Dissílaba - duas sílabas: me-sa, lou-sa, ré-


porta, cadeira, automóvel. gua.

Trissílaba – três sílabas: cor- ti- na, ca- ne-


ta,

Proparoxítona – antepenúltima sílaba:


con- tro- le, re- su-mo.
árvore, árabe, lâmpada.
Polissílaba - mais de três sílabas: Pa-ra-na-
pa-ne-ma, lam-pa-ri-na, per-nam-bu-ca-no.

EMPREGO DAS LETRAS


 
1. dígrafo ch – duas consoantes que formam um único fonema. Pode
ocorrer em sílaba inicial, medial e final.
 

SÍLABA INICIAL SÍLABA MEDIAL SÍLABA FINAL

Chamar Inchado Caprichar


Chateado Cochilar Achar
Cheio Cachorro Deboche
Chinfrim Escrachado Linchar
Chofer Inchado Murchar
Chocolate Machismo Pechincha
Chope Machucar Rancho
Chute Mochila Pichar
Chuchu Pechincha Salsicha
Chumbo Preenchido
Chuva Recauchutar
 
2. Letra J
A confusão entre o g e o j so pode ocorrer quando o g for seguido de e ou i:
gelo, ginásio, gesto berinjela, jeito, jiboia
Nos demais casos, nao há confusão entre essas letras, pois são pronunciadas
de forma diferente:
Gato, gota, agudo jato, jota, ajudo
a. Nas palavras derivadas de outras grafadas com j:
sarjeta (de sarja)

lojista (de loja)

canjica (de canja) 


 
b. Nos verbos terminados em jar:
viajar

encorajar

enferrujar
 
3. Caso da letra c ou ç
a. O c tem o som de s com as vogais e e i. Antes de a, o e u usa-se ç:
conceito

aceito

ácido

açafrão

aço

açúcar
 
b. Substantivos terminados em -tenção, derivados do verbo ter, recebem ç:
deter - detenção

conter - contenção
 
c. Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s:
eleição

traição

foice
 
4. Letra s
a. Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:
análise = analisar, analisado

pesquisa = pesquisar, pesquisado


Obs.: catequese = catequizar
 
b. Após ditongo, quando houver som de z, emprega-se s:
Creusa

coisa

maisena
 
c. Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, empregamos ss, para o som
de s:
concurso

expulso

prosseguir
 
5. Caso do xc – dígrafo ou encontro consonantal
a. xc dígrafo – as consoantes ficam separadas na divisão silábica:
exceção

excedente

excelente
 
b. xc encontro consonantal: as consoantes também ficam separadas na
divisão silábica.
exclamação

excluído

exclusão
 
6. Sc é um dígrafo consonantal separável.
Nascer – nas-cer

Crescer – cres-cer

Adolescente – a-do-les-cen-te
 
7. Caso da letra o ou u
a. Emprega-se o:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de certas palavras:
Medir o comprimento da sala (extensão).

O cumprimento é sinal de educação (saudação).

As palavras dele surtiram efeito (produziram).

Os comerciantes sortiram as lojas com roupas para a nova estação


(abasteceram).
 
boteco

botequim

cortiço

engolir

goela

 
b. Emprega-se u:
O u substitui o w do inglês: sanduíche, suéter, suingue, uísque.
 
São latinismos palavras como bônus, vírus, Vênus, versus, status.
Tradicionalmente, o plural de campus é campi. Contudo, as formas
aportuguesadas (o câmpus, os câmpus) são também recomendadas.
 
bueiro

camundongo

cinquenta

cutia

curtume

 
8. Caso da letra e ou i
a. Os verbos terminados em -uir e em -oer têm, no presente do indicativo,
as 2ª e 3ª pessoas do singular grafadas com i:
tu possuis - ele possui

tu constróis - ele constrói

tu móis ele - mói

tu róis - ele rói


 
b. Emprega-se i:
aborígine
artifício

cárie

diferir (divergir)
 
9. Palavras que admitem escrita com c ou qu:
  catorze    quatorze
  cociente  quociente
 
10. Palavras que admitem dupla grafia:
caatinga e catinga

entoação e entonação

enumerar e numeração

percentagem e porcentagem
 

PROSÓDIA
 
A prosódia trata da correta pronunciação das palavras, considerando o acento e
a entoação. Silabada é um vício de linguagem que consiste em deslocar o acento
tônico de uma palavra. Exemplos: masseter (músculo facial) – oxítona; filantropo –
paroxítona; ínterim – proparoxítona.
 

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas

Cister Nobel refém âmbar filatelia nenúfar aerólito chávena Lúcifer


condor hangar ruim avaro fluido Normandia ágape écloga Niágara
mister recém sutil austero fortuito ônix álibi idólotra ômega

ORTOEPIA OU ORTOÉPIA
 
A Ortoepia ou Ortoépia estuda a pronúncia correta das palavras, preceituando
a perfeita emissão das vogais e dos grupos consonantais.
Os erros de ortoepia ou ortoépia são chamados de cacoépia. Exemplos:

 
  Correto      Incorreto
  absurdo    abisurdo
  advogado  adevogado
  bodas (ô)    bodas (ó)
  crosta (ô)    crosta (ó)
  escaravelho (ê)    escaravelho (é)
 

EMPREGO DO POR QUE/ PORQUE/ POR QUÊ/ PORQUÊ


 
Por que (separado) – em frases interrogativas diretas ou em frases
interrogativas indiretas, isto é, quando pode ser substituído por “pelo qual motivo”
ou “por qual razão”.
Por que sair tão cedo? (frase interrogativa direta)

Por que não comprou o livro? (frase interrogativa direta)

Por que se lamentar tanto? (frase interrogativa direta)

Perguntei-lhe por que saíra tão cedo. (por qual motivo – frase
interrogativa indireta)
Não entendemos por que ele se lamentava tanto. (por qual razão –
frase interrogativa indireta)
Porque (junto) – usado para frases afirmativas com sentido de explicação ou
causa:
Comprei naquela loja, porque o preço estava baixo.

Vamos entrar em casa, porque vai chover.


 
Por quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.
Você discorda de tudo. Por quê?

Ele está parando o carro. Por quê?


 
Porquê (uma só palavra com acento) é um substantivo no sentido de “causa”,
“motivo” ou “razão”.
Ninguém entendeu o porquê (a causa, o motivo) daquela atitude.

O jovem sempre quer saber o porquê (a causa, a razão) das coisas.


 

ACENTUAÇÃO GRÁFICA, SEGUNDO O ACORDO ORTOGRÁFICO


 

Í Ô
1. MONOSSÍLABOS TÔNICOS
 
Acentuamos todos os monossílabos tônicos em A – E – O seguidos ou não de S.
Exemplos:
A – AS: pá, há, pás, gás;

E – ES: três, mês, pré, sé;

O – OS: pó, dó, nós, pôs.


 

2. OXÍTONAS
 
Acentuamos todas as oxítonas terminadas em A – E – O – EM seguidas ou não
de S. Exemplos:
A – AS: Paraná, sofá, sofás, atrás;

E – ES: você, café, vocês, português;

O – OS: cipó, avós, expôs, Queirós;

EM – ENS: Belém, além, armazéns, parabéns.


 

3. PAROXÍTONAS

 
Acentuamos as paroxítonas terminadas em R – X – L – N – UM – UNS – Ã – ÂS –
ON – ONS – I – IS – US – ÃO – ÃOS – PS e ditongo crescente. Exemplos:
R – açúcar, éter;

X – tórax, látex;

L – amável, fácil;

N – éden, hífen;

UM – UNS – álbum, álbuns;

à –ÃS– ímã, ímãs;

ON – ONS – próton, prótons;

I – IS – ravióli, lápis;

US – lótus, Vênus;

ÃO – ÃOS – bênção bênçãos;

PS – bíceps, fórceps;
Ditongo crescente – pátio, espécie.

4. PROPAROXÍTONAS
 
Acentuamos todas as palavras proparoxítonas.
Exemplos:
árvore    lágrima    América   médico         
 

5. DITONGOS
 
Acentuamos a vogal base dos ditongos ÉI(S) – ÓI(S) – ÉU(S) nas palavras
oxítonas.
ÉI – fiéis, anéis;

ÓI – faróis, Niterói;

ÉU – céu, chapéus.
 
Não são acentuados os ditongos ÉI e ÓI nas palavras paroxítonas.
 
Ideia     assembleia     boia     heroico     introito     jiboia 
 

6. HIATOS

 
Acentuamos o I e o U tônicos quando aparecem depois de vogal, isolados na
sílaba ou acompanhados de S. Exemplos:
 
  sa – í        i - segunda vogal do hiato
  ba – ú       u - segunda vogal do hiato
  pa – ís        is - segunda vogal do hiato + S
  ba – ús       us - segunda vogal do hiato + S
 
O I e o U não recebem acento, quando seguidos de NH.
rainha   bainha   moinho
 
Se o I e o U estiverem formando sílaba com letra diferente de S, não serão
acentuados.
Distribuir     ainda     raiz     ruim     juiz
 
Nas palavras paroxítonas, não se usa o acento no I e no U tônicos quando
vierem depois de um ditongo.
baiuca     Bocaiuva      feiura
 

7. ACENTO DIFERENCIAL

 
pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na
3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do
singular.
Ontem ele não pôde sair cedo, mas hoje ele pode.
 
pôr/por.
Pôr é verbo. Por é preposição.
Ele vai pôr o relatório na gaveta.        
Mário anda por aí.
 
Plural de ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter,
convir, intervir, advir), para diferenciar a 3.ª pessoa do singular da 3.ª pessoa do
plural no presente do indicativo:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de São Paulo. / Eles vêm de São Paulo.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

O livro convém aos jovens. / Os livros convêm aos jovens.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém nas discussões. / Eles intervêm nas discussões.


 

EMPREGO DO HÍFEN, SEGUNDO O ACORDO ORTOGRÁFICO


 

1. Nas formações em que o segundo elemento começa por h:


anti –higiênico          extra–humano       pré-história

2. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que
se inicia o segundo elemento:
Aeroespacial              autoescola              infraestrutura

3. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento


começa por consoante diferente de r ou s:
anteprojeto              coprodução              semicírculo

4. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento


começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras:
Antirracismo              Biorritmo              infrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, emprega-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma vogal:
anti-inflacionário              semi-internato              micro-ondas

6. Quando o prefixo termina por consoante, não se emprega o hífen se o segundo elemento
começar por vogal:
Hiperacidez              interestudantil              Interestelar

7. Com os prefixos além, aquém, ex, recém, pós, pré, pró, sem emprega-se sempre o hífen:
  além-mar                            ex-diretor                                pós-graduação
  além-túmulo                    ex-hospedeiro                      pré-história

8. Deve-se empregar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani, como açu, guaçu e
mirim:
amoré-guaçu           anajá-mirim           capim-açu.
 
 

ARCAÍSMO E NEOLOGISMO
 
As expressões antigas que deixam de ser usadas são os arcaísmos. Exemplos:
asinha (depressa), palmerim (peregrino), alevantar (levantar).  Por ouro lado, os
vocábulos novos introduzidos na língua são os neologismos. Exemplos: semântica,
cromossomo, piquenique, bagunça, bamba, batuta.
 

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


 
1. Morfema é a unidade mínima de significação que se pode identificar na
constituição de um vocábulo. Uma palavra como ruralismo, por exemplo,
resulta da combinação de dois elementos menores: rural + ismo.
2. Radical é o elemento responsável pela significação comum numa família
de palavras. Em ferro, ferreiro, ferradura, ferroso, o radical é ferr.
3. Tema é o radical acrescido de uma vogal temática. Obtém-se o tema dos
verbos com a eliminação da marca do infinitivo r.
 
Verbo         Tema
andar   anda
vender   vende
partir   parti
 
4. Vogal temática é a vogal que indica a que conjugação pertence o verbo.
São três:
 

a primeira conjugação andar

e segunda conjugação entender

i terceira conjugação partir

 
 
5. Desinência é um elemento terminal do vocábulo e apresenta valor
essencialmente gramatical. Pode ser nominal ou verbal. A desinência
nominal indica a flexão de gênero e número dos nomes. Assim, em
gatas, as desinências nominais são a (feminino) e s (plural). A desinência
verbal expressa nos verbos o número (singular plural), a pessoa (1.ª, 2.ª
e 3.ª), o tempo e o modo.
 

6. Vogal ou consoante de ligação são elementos desprovidos de valor


significativo ou função gramatical. Servem tão somente para melhorar o
aspecto fônico do vocábulo. Observe:
 

 
 
7. Afixos são elementos que se agregam ao radical. Colocados antes do
radical denominam-se prefixos. Quando aparecem depois do radical são
chamados sufixos. Observe:
 

 
 
8. Cognatos são vocábulos procedentes de um radical comum, isto é, da
mesma família linguística. Em pedra, pedreiro, pétreo, desempedrar, todos
os vocábulos são oriundos da mesma raiz latina petr.
 

 
 
1. DERIVAÇÃO
A derivação pode ocorrer de quatro formas:
 
a. Prefixal – consiste na formação de novas palavras pelo acréscimo de um
prefixo. Exemplos:
pôr     dispor
 
b. Sufixal – consiste na formação de novas palavras pelo acréscimo de um
sufixo. Exemplos:
amor    amoroso
 
c. Parassintética – consiste em acrescentar simultaneamente um prefixo e
um sufixo a um radical, de modo que a palavra fica sem sentido, caso se retire
o prefixo ou o sufixo. Exemplos:
en + clausura + ar = enclausurar
 
Derivação prefixal e sufixal - ocorre quando um prefixo e um sufixo são
acrescentados à palavra primitiva de forma independente, isto é, não
simultaneamente. Sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo
significado. Exemplos:
deslealmente    desleal    lealmente
d. Regressiva – é um processo que não amplia a palavra com prefixos e
sufixos, mas a reduz, dando origem aos substantivos deverbais ou pós-verbais,
enquadrando-se entre os abstratos. O regressivo verbal consiste em
acrescentar uma das vogais –a –e ou –o ao radical do verbo. Exemplos:
d.

 
Verbo    Substantivo pós-verbal
Errar      erro
 
e. Imprópria – consiste em mudar a classe gramatical de uma palavra.
Observe as passagens:
  a) De substantivos próprios a comuns: quixote (de Dom Quixote).
  b) De substantivos comuns a próprios: Aranha.
  c) De adjetivos a substantivos: circular.
  d) De substantivos a adjetivos: comício-relâmpago.
 
 
2.   COMPOSIÇÃO
 
a. A justaposição ocorre quando cada elemento conserva sua integridade.
Observe:
 

Fonte: <www.cm.pvarzim.pt>.

 
b. A aglutinação ocorre quando se perde a noção dos elementos
constitutivos, posto que passam a se subordinar a um único acento tônico.
Geralmente, prevalece a acentuação tônica do último elemento. Observe:
Filho + de + algo = fidalgo
 
c. Hibridismo é o processo pelo qual entram elementos de línguas diferentes
na formação de uma palavra:
socio + logia (grego - latim)  sociologia
 
3.   ONOMATOPEIA
Onomatopeia é a reprodução do som ou ruído da coisa significada. Convém
assinalar que não se trata de uma imitação fiel, mas de uma aproximação. São
sons produzidos pelo corpo humano: atchim (espirro), nhac (mordida); vozes
imitativas dos animais: miau (gato), cricri (grilo); ruídos produzidos por máquinas,
ou batidas: tique-taque (relógio) toque-toque (bater à porta).
 
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
 
As palavras em língua portuguesa são divididas em dez classes gramaticais
distintas, que se subdividem em seis variáveis e quatro invariáveis. São elas:
 
1. Variáveis — são aquelas que admitem flexão:
 
      artigo    pronome
      adjetivo    verbo
      numeral  substantivo
 
2. Invariáveis — são aquelas que não admitem flexão:
 
      advérbio  conjunção
      preposição  interjeição
 

SUBSTANTIVO
 
Substantivo é a palavra que nomeia pessoas, animais, coisas e seres em geral.
Exemplos: flor, pincel, sabedoria, Brasil.
 

CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
 
1. Próprio — designa um só ser da mesma classe ou espécie. Exemplos:
Maria, América, André, Copacabana.
2. Comum — aplica-se a todos os seres da mesma espécie. Exemplos: livro,
lápis, bola, gato.
3. Concreto — designa os seres de existência própria (podem ser reais ou
fictícios). Exemplos: mar, automóvel, lua, alma, fada.
4. Abstrato — aplica-se aos seres de existência dependente, isto é, existem
em nossa mente, exprimindo pensamentos, sentimentos e emoções.
Exemplos: amor, sofrimento, justiça, paz, ira, esperteza, medo, coragem.
5. Primitivo — é aquele que não deriva de palavra conhecida na língua
portuguesa. Exemplos: árvore, flor, pedra, ferro.
6. Derivado — é aquele que deriva de outra palavra. Exemplos: arvoredo,
florista, pedreira, ferradura.
7. Simples — é o que contém um só elemento. Exemplos: peixe, sol, pé.
8. Composto — é aquele constituído por mais de um elemento. Exemplos:
peixe-boi, girassol, pé de moleque.
9. Coletivo — é aquele que, no singular, designa um conjunto de elementos.
Exemplos: arquipélago – ilhas; banca – examinadores; alcateia – lobos.
 

MASCULINO E FEMININO DE RADICAIS DIFERENTES


 
Há substantivos que se flexionam com radicais diferentes. São os chamados
heterônimos. Observe o quadro.
 
pai            mãe            cavalheiro            dama

SUBSTANTIVOS UNIFORMES
 
Substantivos uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que
serve tanto para designar um sexo quanto o outro. Assim:
 
a. Substantivos comuns de dois gêneros
São os substantivos, designativos de pessoas, tendo a mesma forma para o
masculino e para o feminino. A indicação de gênero é marcada pelo artigo ou pelo
adjetivo:
o agente – a agente
o artista – a artista
 
b. Substantivos sobrecomuns
Apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino:
 
o cônjuge
o carrasco
a pessoa
 
c. Substantivos epicenos
São aqueles substantivos designativos de animais que possuem uma só forma
para os dois gêneros. Requerem o adjetivo macho e fêmea para diferenciar o
gênero. Exemplos: cobra, aranha, borboleta.
 

GRAU
 
Grau é a propriedade que as palavras têm de graduar as proporções que
expressam.
 
Grau normal - indica o substantivo na sua significação normal.
casa      copo        carro      mesa       árvore
 
Grau aumentativo - indica a dimensão aumentada ou exagerada do substantivo.
Classifica-se em:
a. Analítico
O substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica ideia de grandeza.
mesa grande    janela enorme    mar imenso
 
b. Sintético
É formado com auxílio de sufixos. Exemplos:
ave - avejão
bala - balaço
 
Grau diminutivo – indica que o substantivo tem sua dimensão atenuada,
reduzida. Classifica-se em:
a. Analítico 
O substantivo formado com auxílio de adjetivo:
carro pequeno      pedra  minúscula          desenho reduzido.
 
b. Sintético
É o que se forma com auxílio de sufixo. Exemplos:
aldeia - aldeola
árvore – arbusto

ADJETIVO
 
Adjetivo é a palavra que se associa ao substantivo para determiná-lo,
indicando qualidade, defeito, estado ou condição. O adjetivo manifesta a flexão de
gênero, número e grau.
 
Casa limpa     preço remarcado     papel velho     plantas aquáticas     monumento belíssimo
 

LOCUÇÃO ADJETIVA
 
1. Locução adjetiva: é a expressão que equivale a um adjetivo. É formada
por uma preposição + um substantivo com função de adjetivo.
festa de junho = festa junina
amor de pai = amor paterno
 

ADJETIVO PÁTRIO
 
O adjetivo pátrio indica o local de origem ou nacionalidade. Em certos casos,
pode ocorrer a substantivação do adjetivo pátrio.
Os argentinos (substantivo) visitaram o continente europeu (adjetivo).
Relação dos adjetivos pátrios mais conhecidos:
 
Acre = acreano — Afeganistão = afegão — Amapá = amapaense — Argélia =
argelino — Bélgica = belga, — Belo Horizonte = belo-horizontino — Bogotá =
bogotano — Buenos Aires = buenairense, portenho — Bulgária = búlgaro — Cairo
= cairota — Caracas = caraquenho — Checoslováquia = checoslovaco, checo —
Coimbra = coimbrão — Constantinopla = constantinopolitano — Egito = egípcio —
Espírito Santo = capixaba, espírito-santense — Etiópia = etíope — Fernando de
Noronha = noronhense — Flandres = flamengo — Florianópolis = florianopolitano
— Guatemala = guatemalteco — Havana = havanês — Ilhéus = ilheense — Índia =
hindu, indiano — Israel = israelense — Itu = itua-no — Jerusalém = hierosolimitano
— João Pessoa = pessoense — Jundiaí = jundiaiense — Lima = limenho — Macapá =
macapaense — Maceió = maceioense — Madri = madrileno — Marajó = marajoara
— Marrocos = marroquino — Mato Grosso = mato-grossense — Mato Grosso do
Sul = mato-grossense do sul — Milão = milanês — Montevidéu = montevideano —
Moscou = moscovita — Nápoles = napolitano — Nicarágua = nicaraguense - Nova
Zelândia = neozelandês — Panamá = panamenho — Petrópolis = petropolitano —
Porto Rico = porto-riquenho — Porto velho = porto-velhense — Recife = recifense
— Ribeirão Preto = riberopretano, riberão-pretense — Rio de Janeiro (estado) =
fluminense — Rio de Janeiro (cidade) = carioca — Rio Grande do Norte = potiguar,
rio-grandense-do-norte — Rio Grande do Sul = gaúcho, rio-grandense-do-sul —
Rondônia = rondoniense — Santa Catarina = catarinense — São Paulo (estado) =
paulista — São Paulo (cidade) = paulistano — Veneza = veneziano.
 

FLEXÃO DO ADJETIVO
 
O adjetivo flexiona-se para concordar com o substantivo em gênero e número.
Menino estudioso        Meninos estudiosos
Menina estudiosa         Meninas estudiosas
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam comparativo e
superlativo irregulares:
 

Superlativo
Comparativo de
Normal
superioridade
Absoluto Relativo

bom
melhor
ótimo
melhor
mau
pior
péssimo
pior
grande
maior
máximo
maior
pequeno menor mínimo menor

 
 

ARTIGO
 
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo ou
indeterminá-lo. Daí a classificação em:
 
Artigo definido: o, a, os, as. É aquele que determina, particulariza o
substantivo.
Finalmente achei o livro.
 
Artigo indefinido: um, uma uns, umas. É aquele que generaliza o
substantivo de modo vago e impreciso.
Neste fim de semana vou ler um livro.

 
Os artigos definidos e indefinidos podem combinar-se ou contrair-se com as
preposições a, de, em e por.
 

Preposições o a os as

a ao à aos às

de do da dos das

em no na nos nas

por (per) pelo pela pelos pelas

Preposições um uma uns umas

em num numa nuns numas

de dum duma duns dumas

PRONOME
 
Pronome é a palavra que substitui o nome (substantivo) e indica as pessoas do
discurso.
 
 

 
 

PRONOME SUBSTANTIVO E PRONOME ADJETIVO

 
O pronome substantivo substitui o substantivo:
 

 
O pronome adjetivo acompanha o substantivo:
 

 
QUADRO DAS PESSOAS, DOS PRONOMES DO CASO RETO

E DO CASO OBLÍQUO - ÁTONO E TÔNICO

Pessoa    Reto    Átono     Tônico


1° singular  Eu    Me    Mim
2° singular  Tu    Te    Ti
3° singular Ele/Ela   Se, Lhe, O, A   Si, Ele, Ela
1° plural    Nós    Nos    Nós
2° plural    Vós    Vos    Vós
3° plural    Eles/Elas  Se, Lhes, Os, As  Si, Eles, Elas
 
 
NUMERAL
 
Numeral é a classe de palavra que indica uma quantidade determinada de
seres ou a ordem que eles ocupam numa sequência. Daí a divisão dos numerais
em:
 
Cardinais: um, dois, três...

Ordinais: primeiro, segundo, terceiro...

Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo...

Fracionários: meio, terço, quarto, quinto...

Coletivos: dúzia, cento, novena...

 
Os numerais multiplicativos não variam quando atuam em função
substantiva:
Os trabalhadores fizeram o dobro de esforço para atingir as metas.
 
Quando exercem função adjetiva, esses numerais fazem concordância em
gênero e número:
Primeiro foram doses duplas de medicamento; seguiram-se doses triplas.
 

VERBO
 
Verbo é o vocábulo que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza que se
atribuiu ao sujeito da oração. É a forma gramatical mais rica em variações.
 
Eduardo subiu a escada. (ação de subir)

Jerônimo está contente.  (estado)

Trovejou a noite toda. (fenômeno da natureza)


 

Número
 
Como outras classes variáveis, o verbo admite dois números: o singular e o
plural.
 
  Singular  Plural
  entro    entramos
  entras    entrais
  entra    entram
 
Pessoa
São as três pessoas identificadas pelos pronomes pessoais e/ou pelas
desinências:
 
1.ª pessoa    a que fala    eu, nós
2.ª pessoa    a quem se fala    tu, vós
3.ª pessoa    de quem se fala    ele, eles/ela, elas
 
Flexão do verbo – voz ativa/voz passiva e voz reflexiva
Voz ativa – quando o sujeito do verbo é ativo.

Exemplo: Eu fiz a lição.


 
Voz passiva – Quando o sujeito do verbo é passivo, isto é, sofre a
ação praticada.

Exemplo: A lição foi feita por mim. O termo por mim denomina-se
agente da passiva.
 
Voz reflexiva – quando o sujeito é ao mesmo tempo o agente e o
paciente da ação.

Exemplo: Ela se penteou diante do espelho.

ADVÉRBIO
 
O advérbio modifica a significação do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
 
a. modifica o verbo
 

 
b. modifica o adjetivo
 
 
c. modifica outro advérbio

ONDE E AONDE
 
Onde indica em que lugar se situa a ação verbal: Onde você nasceu?
Aonde indica a direção da ação verbal: Aonde vai você?
 

CRASE
 
Crase é a fusão de dois sons idênticos. O acento grave é a representação
gráfica da crase. Não é correto cindir o a craseado na leitura.
Observe:
 
  Certo          Errado
 
  Dirigiu-se à escola. (a)       Dirigiu-se à escola. (aa)
  Dirigiu-se àquela casa. (a)     Dirigiu-se àquela casa. (aa)
 
 

REGRAS GERAIS

 
Para que haja crase duas exigências são necessárias:
 
1. Um termo regente que exija a preposição a.
Exemplo: Ir a...

 
 
2. Um termo regido precedido do artigo a.
Exemplo: a igreja
 

 
 
EXPRESSÕES COM CRASE
à americana        à baiana        à baila        à base de
 
EXPRESSÕES SEM CRASE
a álcool        a bel-prazer        a bordo        a cântaros        a contragosto
 
 

PREPOSIÇÃO
 
Preposição é a palavra invariável que relaciona dois termos entre si,
subordinando o segundo ao primeiro. Não exerce nenhuma outra função que não
seja a de subordinação ou de regência entre os termos da oração. No lugar de
uma palavra, o segundo termo pode ser uma oração:
 
Estive em Lisboa.
 
A preposição em liga dois termos entre si, estabelecendo relação de lugar entre
eles.
 
Havia esperança de que ela retornaria.
 

SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES

 
Relação de destino: daqui a São Sebastião é longe.

Relação de distância: fica a poucos metros da estação.

Relação de exposição: estar à (a- preposição + a - artigo) sombra.


Relação de instrumento: escrever a lápis, cortar o arame com o
alicate.
Relação de companhia: Joana saiu com Jaqueline.
 

CONJUNÇÃO
 
As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações.
Podem conectar também dois termos de idêntica função sintática na oração.
 
Trovejou e começou a chover.
Conjunção e liga duas orações numa relação de independência, coordenação.
Era a primeira vez que saía de casa.
Conjunção que liga orações numa relação dependência, subordinação.

 
QUADRO DAS CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNTIVAS COORDENATIVAS E SUBORDINATIVAS
 

Coordenativas Conjunções Subordinativas

a) Aditivas (indicam adição): e, nem, a) Causais (exprimem causa): porque, visto que, já
mas também, mas ainda. que, uma vez que, como.
b) Adversativas (indicam oposição): b) Condicionais (exprimem condição): se, caso,
mas, porém, todavia, contudo, contanto que, desde que.
entretanto. c) Consecutivas (exprime consequência): que
c) Alternativas (indicam alternância): (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de
ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer. maneira que.
d) Conclusivas (indicam conclusão): d) Comparativas (exprimem comparação): como,
pois (posposto ao verbo), logo, do que (depois de mais, menos, maior, menor,
portanto, então. melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois
e) Explicativas (indicam explicação): de tanto).
pois (anteposto ao verbo), porque, e) Conformativas (exprimem conformidade): como,
que. conforme.
f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se
bem que, ainda que, mesmo que, conquanto.
g) Temporais (exprimem tempo): quando,
enquanto, logo que, desde que, assim que.
h) Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para
que.
i) Proporcionais (exprimem proporção): à
proporção que, à medida que.
j) Integrantes: que, se (quando introduzem oração
subordinada substantiva).

 
 

INTERJEIÇÃO
 
Interjeição é a palavra invariável que traduz emoção, sensação e estado de
espírito do momento. Na escrita, vem acompanhada por ponto de exclamação.
Qualquer palavra que assume o contorno exclamativo, torna-se interjeição.
 
Cuidado! Há um buraco na calçada!
Chega! Vamos reclamar por escrito!
 
As interjeições podem ser formadas por:
uma emissão vocálica: Oh!, Ah!

palavras: Olá!, Lógico!


 
Sentido de algumas interjeições:
 
Estímulo: Vamos!, Força!

Aplauso ou aprovação: Bravo!, Bis!

Concordância: Claro!, Sim!, Tá!

Contrariedade: Raios!, Pô!, Ora!

Silêncio: Psiu!, Silêncio!

SINTAXE
 
FRASE - é a unidade do discurso que se manifesta no ato da comunicação. Na
língua falada, é proferida com determinada entoação. Pode ter verbo ou não.
 
FRASE NOMINAL – é a frase que não tem verbo. É constituída de uma ou mais
palavras.
Bom dia!

Eis o novo aluno.


Silêncio!
 
ORAÇÃO – é a frase organizada em torno de um verbo ou locução verbal.

 
 
PERÍODO – é o enunciado constituído de orações. Classifica-se em:
a. Simples – quando possuir uma só oração.
O gato subiu na janela.
 
b. Composto: quando possuir duas ou mais orações.
Marli almoçava e jantava no restaurante.
 

TERMOS DA ORAÇÃO

 
Termo da oração é um vocábulo ou grupo de vocábulos que exerce função
sintática para o entendimento do enunciado. São classificados em:
 
1. Essenciais – sujeito e predicado.
2. Integrantes – completam o sentido dos verbos e dos nomes:

    
 
complemento nominal
 
agente da passiva   
 
3. Acessórios – especificam o sentido dos substantivos ou expressam
circunstâncias das ações:

Adjunto adnominal
Adjunto adverbial

Aposto
 
Vocativo – termo que não pertence à estrutura sintática da oração.
 

ANÁLISE DO PERÍODO
 
Período é a frase constituída de uma ou mais orações. Pode ser simples ou
composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o
nome de oração absoluta.
Jorge atravessou a rua. (uma oração)
 
Período Composto é aquele constituído por duas ou mais orações.
Quando ela chegou, fiquei feliz. (duas orações)
 

PERÍODO COMPOSTO
 
O período composto pode apresentar os seguintes esquemas de formação
estrutural:
 
a. Composto por coordenação: ocorre quando é constituído de orações
independentes, ligadas entre si pelo sentido, por conjunção ou por vírgula.
 
Rogério entrou na biblioteca, mas não retirou nenhum livro.
 
b. Composto por subordinação: ocorre quando é constituído de um
conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas - subordinada,
depende sintaticamente da outra - principal.
 
Desejamos que você seja um vencedor.
oração principal: Desejamos          
oração subordinada: que você seja um vencedor.
 
c. Misto: é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Observe a
relação da oração com a antecedente e com a subsequente:
 
1. Fui ao supermercado           2. e fiz a compra     3. que você pediu.
1. Fui ao supermercado. (coordenada à oração 2)
2. e fiz a compra. (coordenada à oração 1 e principal da oração 3)
3. que você pediu. (subordinada à oração 2)
 
 

FIGURAS DE LINGUAGEM
 
1. Metáfora
É uma relação de semelhança entre a palavra e o que ela representa. Trata-se,
pois, de uma comparação implícita.
Exemplo: Numa partida de futebol, ele é um leão em campo.
 
2. Comparação
É uma comparação explícita.
Exemplo: Numa partida de futebol, ele parece um leão em campo.
 
3. Personificação (prosopopeia)
Apresenta características de pessoas a elementos não humanos, como objetos,
plantas e animais. É o caso das fábulas.
Exemplo: As estrelas estão felizes no céu.
 
4. Catacrese
É um termo que existe devido à falta de uma palavra específica para nomear
um ser ou objeto.
Exemplo: O marceneiro trocou o pé da mesa.
 
5. Sinestesia
É quando diferentes sentidos convergem para o mesmo significado.
Exemplo: Na pintura da casa, Jaqueline prefere cores quentes (visual e tátil).
 
6. Metonímia
Ocorre quando o nome de uma marca representa o produto, a causa se refere
ao efeito, uma parte substitui o todo ou o continente é tomado pelo conteúdo.
Exemplo: Reginaldo comeu um prato (continente) de macarrão (conteúdo).

Referências
 
1. Bechara E. Gramática escolar da língua portuguesa. 2. ed. ampl. e atual. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira; 2010.
2. Câmara Jr JM. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes; 2002.
3. Câmara Jr JM. Dicionário de linguística e gramática. 23. ed. Petrópolis: Vozes; 2002.
4. Charaudeau P, Maingueneau D. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto;
2004.
5. Cunha C, Lindley C. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro:
Lexikon; 2013.
6. Fernandes F. Dicionário de regimes de substantivos e adjetivos. 20. ed. Rio de Janeiro: Globo;
1987.
7. Ferreira ABH. 5. ed. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo; 2014.
8. Garcia OM. Comunicação em prosa moderna. São Paulo: FGV; 2010.
9. Jakobson R. Linguística e Comunicação. São Paulo: Editora Cultrix; 1971.
10. Kury AG. Novas lições de analise sintática. 9. ed. São Paulo: Ática; 2003.
11. Kury AG. Português básico e essencial. Rio de Janeiro: Lexikon; 2013.
12. Lima R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio; 2010.
13. Luft CP. Dicionário prático de regência verbal. 9. ed. São Paulo: Ática; 2010.
14. Macambira JR. Português estrutural. 4. ed. São Paulo: Pioneira; 1998.
15. Meireles C. Retrato natural. In Antologia escolar brasileira, 2. ed. FENAME: Rio de Janeiro;
1977. p. 35.
16. Melo Neto JC.  Antologia poética. 2. ed. Editora José Olympio Rio de Janeiro; 1973. p. 263.
17. Saussure F. Curso de linguística geral. 16. ed. São Paulo: Cultrix; 1995.
18. Sacconi LA. Não erre mais! 31 ed. São Paulo: Nova geração; 2011.
19. Sacconi L. Nossa Gramática Completa. 31. ed. São Paulo: Nova Geração; 2011.
20. Said Ali M. Gramática histórica da língua portuguesa. 8. ed. Brasília: Editora UNB; 2001.
Matemática

Bruno Picanço

Raciocínio lógico

01 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Considere as seguintes


afirmações:

I. Se eu estudar, então não sou reprovado.


II. Ou eu jogo, ou eu estudo.
III. Eu fui reprovado.
Nessas condições, é possível concluir logicamente que:
A. Eu joguei.
B. Eu estudei.
C. Eu estudei e também joguei.
D. Eu nem joguei nem estudei.
E. Eu estudei, mas não joguei.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Revisar as premissas de raciocínio lógico.
RESOLUÇÃO:
Devemos assumir que as letras (premissas) são verdadeiras para chegar à
conclusão.
A) Se eu estudar, então não sou reprovado. Sendo verdadeira.
B) Ou eu jogo, ou eu estudo.
         (III)                   (IV)
Nessa premissa temos uma disjunção (Neste caso podemos ter  VF, pois é uma
disjunção exclusiva, vale ressaltar). Escolhendo o (III) como verdadeiro, temos,
consequentemente, que (IV) tem que ser falso. Logo, a premissa é verdadeira.
C)  Eu fui reprovado, temos que a premissa é verdadeira.
Ou seja, se ele foi reprovado, significa que ele jogou.
▶ resposta: A

02 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Considere as afirmações e o respectivo valor lógico


atribuído a cada uma delas.
I. Ada é alegre e Bete é amigável. Afirmação FALSA.
II. Carla é faladora ou Dina é compreensiva. Afirmação VERDADEIRA.
III. Se Ada é alegre, então Dina é compreensiva. Afirmação FALSA.
IV. Bete é amigável ou Elen é calada. Afirmação VERDADEIRA.
A partir dessas informações é correto afirmar que:
A. Bete é amigável.
B. Dina é compreensiva.
C. Elen é calada.
D. Ada não é alegre.
E. Carla não é faladora.

grau de dificuldade:

Assertiva I: INCORRETA. Como I é falsa, sabemos que Ada de fato é alegre, logo,
precisamos que “Bete é amigável” seja falso, portanto, BETE NÃO É AMIGÁVEL.
Assertiva II: INCORRETA. Em II, como “Dina é compreensiva” é falso, precisamos
que “Carla é faladora” seja verdadeiro, pois é disjunção verdadeira.
Assertiva III: INCORRETA. Para analisar II veremos III primeiro, então, como III é
uma condicional falsa, então é verdade que “Ada é alegre”, e é mentira que Dina é
compreensiva. Ou seja, DINA NÃO É COMPREENSIVA.
Assertiva IV: CORRETA. Em IV, como “Bete é amigável” é falso, precisamos que
“Elen é calada” seja verdadeiro para deixar a disjunção verdadeira. Assim,
podemos concluir que ELEN É CALADA.
▶ resposta: C

03 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Considere a afirmação: ‘Se administro o remédio nos


intervalos previstos e ofereço nas quantidades corretas, então o paciente está bem
cuidado.’ Uma afirmação logicamente equivalente a ela é:

A. Não administro o remédio nos intervalos previstos ou não ofereço nas


quantidades corretas e o paciente não está bem cuidado.
B. Não administro o remédio nos intervalos previstos e não ofereço nas
quantidades corretas ou o paciente não está bem cuidado.
C. Se o paciente não está bem cuidado, então não administro o remédio nos
intervalos previstos ou não ofereço nas quantidades corretas.
D. Se o paciente está bem cuidado, então administro o remédio nos intervalos
previstos e ofereço nas quantidades corretas.
E. Administro o remédio nos intervalos previstos ou ofereço nas quantidades
corretas e o paciente está bem cuidado.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar a contra positiva e disjunção.
RESOLUÇÃO: Temos a condicional A → B onde:
A = “administro e ofereço” 
B = “bem cuidado”
Essa condicional equivale à contra positiva , que seria:
“NÃO bem cuidado” → “NÃO administro OU NÃO ofereço”
Também é equivalente à disjunção “ ”, que seria:
“NÃO administro OU NÃO ofereço” ou “bem cuidado”
Portanto, a alternativa C é a que possui características de uma dessas
possibilidades.

▶ resposta: C

04 (TJ-SP – VUNESP – 2019) ‘Gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró ou troco
isso por uma praia’. Uma afirmação que corresponda à uma negação lógica dessa
afirmação é:

A. Não gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró, e troco isso por uma praia.
B. Gosto de ouvir clássicos e não amo cantar forró, e troco isso por uma praia.
C. Não gosto de ouvir clássicos e não amo cantar forró ou não troco isso por
uma praia.
D. Não gosto de ouvir clássicos ou não amo cantar forró, e não troco isso por
uma praia.
E. Gosto de ouvir clássicos e amo cantar forró e não troco isso por uma praia.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar a negação.
resolução:
Temos a conjunção “(Gosto e amo) ou troco”. Veja que os parênteses devem ficar
na conjunção. A negação é obtida negando-se os dois lados e trocando o “ou” pelo
“e”:
“(Não gosto ou não amo) e não troco”
Portanto, a alternativa correta é a D.
▶ resposta: D

05 (FGV – COMPESA/PE – 2018) Considere a sentença a seguir.

“Todo pernambucano gosta de peixe e torce pelo Náutico.”

A negação lógica da sentença dada é:

A. “Nenhum pernambucano gosta de peixe e torce pelo Náutico.”


B. “Todo pernambucano não gosta de peixe e não torce pelo Náutico.”
C. “Algum pernambucano não gosta de peixe e não torce pelo Náutico.”
D. “Algum pernambucano não gosta de peixe ou não torce pelo Náutico.”
E. “Algum pernambucano gosta de peixe e não torce pelo Náutico.”

grau de dificuldade:

resolução:
Para negar uma preposição que tem conectivo E é só trocar o E para OU e negar as
duas frases. Assim, teremos que a resposta certa será: “Algum pernambucano não
gosta de peixe ou não torce pelo Náutico.”
▶ resposta: D

06 (FGV – COMPESA/PE – 2018) Considere a sentença a seguir.

“Se Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em Recife, então Paulo é pernambucano.”
Assinale a opção que apresenta a sentença logicamente equivalente à sentença
dada.
A. “Paulo não torce pelo Santa Cruz ou não mora em Recife ou é
pernambucano.”
B. “Se Paulo é pernambucano, então Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em
Recife.”
C. “Se Paulo não torce pelo Santa Cruz e não mora em Recife, então Paulo não
é Pernambucano.”
D. “Paulo torce pelo Santa Cruz e mora em Recife, mas não é pernambucano.”
E. “Se Paulo não torce pelo Santa Cruz ou não mora em Recife, então Paulo não
é pernambucano.”

grau de dificuldade:

resolução:
Para resolver essa questão precisamos encontrar as seguintes premissas lógicas:
P = Se Paulo torce pelo Santa Cruz
Q = Mora em Recife
R = Paulo é pernambucano

que é equivalente a:
    
Precisamos negar a primeira P, negar Q e afirmar o R. Negando a primeira, negar
o antecedente ou afirmar o consequente, temos: “Paulo não torce pelo Santa Cruz
ou não mora em Recife ou é pernambucano.”   
▶ resposta: A

07 (IADES – SES/DF – 2018) Roberto diz: “não é verdade que Cláudio não minta”.
Logo depois, Ademir afirma: “Roberto acabou de mentir”. Sabendo-se que:

1. Se Cláudio não mente, então é meio-dia e;


2. São 14 horas, então, quem mente?
A. Os três.
B. Apenas Cláudio.
C. Cláudio e Roberto.
D. Cláudio e Ademir.
E. Roberto e Ademir.

grau de dificuldade:

resolução:
Roberto diz: Claudio Mente.
Ademir diz: Roberto mentiu. → logo Claudio não mente!
P: Claudio não mente, então é Meio dia.
R: São 14 horas.
Se são 14 horas, então não é meio dia, logo o Claudio é mentiroso. Roberto, lá no
início, já tinha dito que o Claudio era mentiroso. E o Ademir chamou o Roberto de
mentiroso. Como, através das proposições, vemos que o Roberto disse a verdade,
os mentirosos são Claudio e Ademir!
▶ resposta: D

08 (IADES – SES/DF – 2018)

 
Dez leitos de uma unidade de terapia intensiva, identificados pelas letras de A até
J, estão dispostos conforme a figura apresentada.
Armando está no leito G e não possui vizinhos ao lado, mas, à frente dele, está
Ivan. Gabriel está no lado leste, também sem vizinhos ao lado. Luiz está em frente
a Gabriel; e Fernando, ao lado de Luiz. Nesse caso hipotético, Fernando está no
leito:
A. C ou D.
B. D ou E.
C. H ou I.
D. H ou J.
E. I ou J.

grau de dificuldade:

resolução:
Armando está no leito G, sem vizinhos aos lados;
à frente dele, está Ivan, no leito B;
Gabriel está na ala leste, sem vizinhos, no leito D ou E;
Luiz está em frente à Gabriel, no leito I ou J;
Fernando está ao lado de Luiz, também no leito I ou J, mas não pode estar no H
porque Armando não tem vizinho.
▶ resposta: E

09 (CÂMARA DE PAU DOS FERROS-RN – CPCON – 2019) Sejam os símbolos,


respectivamente, dos seguintes conectivos lógicos: negação, disjunção, conjunção
e bi condicional. Considere as proposições p e q a seguir:

O Brasil é o maior país da América do Sul;


A França é um país asiático.
Pode-se afirmar sobre o valor lógico da proposição composta  R:  que:
A. Não é possível determinar o valor lógico de R.
B. O valor lógico de R é a falsidade.
C. R não tem valor lógico.
D. R é verdadeiro e falso ao mesmo tempo.
E. O valor lógico de R é a verdade.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar a tabela verdade de lógica.
resolução:
Separando as informações, temos:
O Brasil é o maior país da América do Sul; VERDADEIRO
A França é um país asiático. FALSO
Logo,
R:

▶ resposta: E
10 (SEAD – IADES – 2019) Antônia possui uma calça, uma camisa e um vestido,
todos de cores diferentes, entre azul, branca ou vermelha. Sabe-se que:

1. Ou a calça é azul, ou o vestido é azul;


2. Ou a camisa é azul, ou a calça é branca;
3. Ou a calça é branca, ou o vestido é branco.
Nesse caso, as cores da calça, da camisa e do vestido são, respectivamente:
A. Branca, vermelha e azul.
B. Vermelha, azul e branca.
C. Branca, azul e vermelha.
D. Azul, vermelha e branca.
E. Vermelha, branca e azul.

grau de dificuldade:

resolução:
Temos disjunção exclusiva nos 3 casos, então, analisaremos cada um. No caso 1),
de fato, ou a calça ou o vestido é azul, ou seja, uma das proposições é verdadeira.
No caso 2), como a peça de roupa não repete a cor de outra, a camisa não pode
ser azul, logo a calça é branca. Portanto, o vestido é azul em 1). Por fim, no caso 3),
já sabemos que a calça é branca, logo, o vestido não é branco. Com isso,
concluímos que: A calça é branca; A camisa é vermelha; O vestido é azul.
▶ resposta: A

11 (UNESP – PRÓMUNICIPIO – 2019) Marque a alternativa que representa a


negativa da proposição.

“Pedro trabalha na farmácia e José é seu assistente.”


A. Pedro trabalha na farmácia e José não é seu assistente.
B. Pedro não trabalha na farmácia ou José não é seu assistente.
C. Pedro trabalha na farmácia ou José é seu assistente.
D. Pedro não trabalha na farmácia ou José é seu assistente.

grau de dificuldade:

RESOLUÇÃO:
Temos uma conjunção, logo as duas premissas são verdadeiras:
A = Pedro trabalha na farmácia → Verdadeiro
B = José é seu assistente → Verdadeiro
Logo a negação de .
Analisando as alternativas, temos:
Alternativa: INCORRETA. .
Alternativa B: CORRETA.
Alternativa C: INCORRETA. .
Alternativa D: INCORRETA. .
12 (BANESTES – FGV – 2018) Mário, que mora em Vitória, está reunido com os
amigos Fábio, Hélio e Sérgio, sentados em volta de uma mesa quadrada. Entre os
seus amigos, um mora em Guarapari, outro em Colatina e outro em Linhares.
Sabe-se que:

• Fabio está à direita de Mário.


• Hélio está à direita de quem mora em Guarapari.
• Sérgio não mora em Colatina e está em frente a Fábio.
É correto concluir que:
A. Fábio mora em Guarapari e Sérgio em Linhares.
B. Fábio mora em Colatina e Sérgio em Linhares.
C. Fábio mora em Linhares e Sérgio em Guarapari.
D. Hélio mora em Colatina e Sérgio em Guarapari.
E. Hélio mora em Linhares e Sérgio em Guarapari.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Desenhe a mesa e posicione os personagens de acordo com os dados do
problema, atribuindo a eles as respectivas cidades.

 
 
Alternativa A: CORRETA. De fato, o desenho mostra que Fábio mora em
Guarapari e Sérgio em Linhares.
Alternativa B: INCORRETA. Fábio não mora em Colatina.
Alternativa C: INCORRETA. Fábio não mora em Linhares e nem Sérgio mora em
Guarapari.
Alternativa D: INCORRETA. Sérgio não mora em Guarapari.
Alternativa E: INCORRETA. Hélio não mora em Linhares e nem Sérgio mora em
Guarapari.

Logaritimo
13 (ESA – CFS – 2018) O valor da expressão   é:
A. 1
B. 5/3
C. 2/3
D. -1
E. 0

grau de dificuldade:

resolução:

Temos a expressão e, para resolvê-la, vamos usar a propriedade de


mudança de base, isto é, .
Com isso, teremos:


Temos também que
 


 
Com isso, teremos:

▶ resposta: C

14 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Seja a equação logarítmica:


. O conjunto solução é:

A. {6 e 8}
B. {4 e 16}
C. {2 e 4}
D. {-6 e 8}
E. {4 e -16}

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar propriedades do logaritmo.
resolução:
Para resolver essa questão, basta-nos aplicar uma das propriedades de logaritmo.
Vejamos:
Seja , chame , temos:
, logo as raízes dessa equação são ou
Como chamamos , usaremos as raízes, logo:
ou , com isso, ou
▶ resposta: B
Conjuntos

15 (UFAL – COPEVE UFAL – 2018)

Número primo
    [...]
    Para todo primo p seja p# o produto de todos os números primos q inferiores
ou iguais a p. De acordo com a terminologia empregada por Dubner (1987), p# é
chamado o primorial de p.[...]1
Dadas as afirmativas sobre primoriais de números primos, considerando
estritamente a definição e a simbologia estabelecidas no texto:
I. O primordial de um número primo é um número primo.
II. Se p é um número primo maior que 2, a soma dos algarismos do número p#
+ 3 é um número múltiplo de 3.
III. 8# = 2x3x5x7 = 210.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
A. II, apenas.
B. III, apenas.
C. I e II, apenas.
D. I e III, apenas.
E. I, II e III.

grau de dificuldade:

Assertiva I: INCORRETA. Segundo a definição, o primordial de um primo p,


denotado por #p, é um número obtido pelo produto dos primos menores ou
iguais a p. Por exemplo, 5= 2x3x5=30. Logo #p só é primo se p=2.
Assertiva II: CORRETA. Se p é primo e p>2, então, #p é um múltiplo de 3. Logo
#p+3 é também um múltiplo de 3.
Assertiva III: INCORRETA. 8 não é primo e, por conseguinte, não faz sentido falar
em #8.

▶ resposta: A

16 (PRÓMUNICIPIO – UNESP – 2019) Seja A = {0, 1, 2, 5} e B = {0, 1, 5}. Pode-se


afirmar que:

A. B – A = {2};
B. B ⊂ A;
C. (A ∩ B) ∪ A = B;
D. 5 ⊂ (A ∪ B).
grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Aplicar ideia de conjuntos, resolvendo alternativa por alternativa!
Alternativa A: INCORRETA. Retiraremos os elementos que pertencem a A, em B.

Porém, não tem como retirar o 2 em B, já que 2 B. Se fosse A-B, aí sim o
resultado seria {2}.
Alternativa B: CORRETA. De fato, B ⊂ A, ou seja, todos os elementos de B, estão
em A.
Alternativa C: INCORRETA. (A ∩ B)∪A={0,1,5}∪{0,1,2,5}={0,1,2,5}=A e não B.
Alternativa D: INCORRETA. Quando falamos de conjuntos e elementos, é
incorreto dizer que um elemento está contido (⊂) em um conjunto. O certo seria
dizer que 5∈{A∪B}. Incorreta

17 (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA – FAUEL – 2019) Quais dos números


a seguir pertence ao conjunto dos Números Irracionais?

A.
B.

C.

D.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. , logo é um número racional.


Alternativa B: CORRETA. π é um número não periódico infinito, logo, é um
número irracional, portanto, é a alternativa correta.

Alternativa C: INCORRETA. , logo é um número racional.

Alternativa D: INCORRETA. , logo é um número racional.

18 (PREFEITURA DE PILÕESZINHOS/PB – CPCON – 2019) Na festa de aniversário de


Larissa havia dois brinquedos: pula-pula e piscina de bolinhas. Sabe-se que 100
crianças brincaram somente em um dos brinquedos, 100 crianças brincaram na
piscina de bolinhas, 40 crianças brincaram nos dois brinquedos e 70 crianças não
brincaram no pula-pula.

Quantas crianças havia na festa de Larissa?


A. 150
B. 140
C. 100
D. 180
E. 110

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Realizar um desenho para melhor visualização e construir os diagramas de Venn.
resolução:
Organizando as informações, teremos:
brincaram nos dois → 40;
brincaram apenas na piscina → (100 - 40) = 60;
brincaram apenas em 1 dos brinquedos → 100 [60 na piscina e 40 no pula-pula];
Utilizando a ideia básica de conjuntos, temos que:
Quantidade de crianças =
40 [pula-pula] + 40[ambos] + 60[piscina] + 10[nenhum]
Quantidade de crianças = 150
▶ resposta: A

19 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Considere que haja elementos em todas as seções e


interseções do diagrama.

 
 
A partir dessas informações, é correto afirmar que:
A. Todos os elementos de A, que não são elementos de B, são elementos de C
ou de D.
B. Não há elemento de B que seja elemento de três conjuntos ao mesmo
tempo.
C. Todos os elementos de C, que não são elementos apenas de C, ou são
também elementos de B ou são também elementos de D.
D. Há elemento de B que seja elemento de outros três conjuntos além do B.
E. Qualquer elemento de D, que não é elemento de B, é também elemento de
C ou elemento de A.

grau de dificuldade:

Alternativa A: INCORRETA. Podemos ter elementos do conjunto A que não fazem


parte nem de B, nem de C e nem de D.
Alternativa B: INCORRETA. Os elementos de B que fazem parte de D também
fazem parte de A. Além disso, alguns elementos de B são comuns à C que também
são de A, ou seja, pertencem a 3 conjuntos ao mesmo tempo.
Alternativa C: INCORRETA. Existe uma interseção de C apenas com o conjunto A,
e os elementos nem fazem parte de B nem de D.
Alternativa D: INCORRETA. Os elementos de B fazem parte de, no máximo, 2
conjuntos além de B (ou fazem parte de A e D, ou fazem parte de A e C).
Alternativa E: CORRETA. Os elementos de D que não fazem parte de B
certamente fazem parte de A. Assim, é correto dizer que esses elementos fazem
parte de “C ou A”.

20 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Dado um conjunto A, representa-


se por P(A) o conjunto formado por todos os subconjuntos de A – o chamado
conjunto das partes que também costuma ser representado por 2A.

∅ ∅ },1,{1}}, qual das alternativas seguintes NÃO é elemento de P(A)?


Se A = { ,{
A. ∅
B. { ∅,1}
C. {1, { ∅,1}}
D. { ∅,{∅}}
E. {1,{1}}

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Para que um conjunto seja elemento de P(A), ele precisa ser subconjunto de A.
Assim, vamos verificar se os conjuntos dados nas alternativas são ou não
subconjuntos de A.
Alternativa A: CORRETA. O conjunto vazio ∅ é subconjunto de qualquer conjunto.
Ou seja ∅∈ P(A).

Alternativa B: CORRETA. Para que { ,1} seja subconjunto de A, todos os seus
∅ ⊂
elementos devem ser elementos de A. De fato { ,1} A, pois ∅∈ ∈ A e 1 A.
∅ ∈
Portanto { ,1} P(A).
Alternativa C: INCORRETA. Vamos verificar se {1,{∅,1}∈P(A). Sabemos que 1∈A,
porém {∅,1}∉A, logo {1,{∅,1}}∉P(A).
Alternativa D: CORRETA. Já sabemos que ∅∈A. E podemos notar que {∅}∈A
também. Logo {∅,{∅}}⊂A, portanto {∅,{∅}}∈P(A).
∈ ∈ ⊂
Alternativa E: CORRETA. Já sabemos que 1 A e {1} A, logo {1,{1}} A, portanto

{1,{1}} P(A).

21 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA/PB – CONTEMAX – 2019) Seja Ā=S-A, a


diferença entre o conjunto A e o universo S. O conjunto que melhor representa o
conjunto sombreado do diagrama a seguir é:

 
A. A ∩B∩C
B. Ā U (B ∩ C)
C. Ā U (B ∩ C Ā)
D. Ā ∩ (B U C)
E. B ∩ ((AUC) Ā)

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Organizar as informações dos conjuntos.
resolução:
Ā é o complemento de A, ou seja, Ā é tudo que não está em A;
O que podemos notar é que a união entre B e C terão elementos de A;
Como a área sombreada não tem nenhum elemento de A, pegaremos somente
o que contém nos dois outros conjuntos (B e C), assim excluindo o A;
Logo, utilizaremos a interseção entre Ā e a união entre (B e C);
∩ ∪
Portanto, Ā (B C).
▶ resposta: D

22 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) A união de 4 conjuntos que podem


ou não ter elementos em comum na qual cada conjunto possui, ao menos, 10
elementos é tal que:

A. Sua união possui, ao menos, 40 elementos distintos.


B. Sua intersecção possui, ao menos, 5 elementos distintos.
C. Se dois deles não possuem elementos em comum, a união de todos possui,
ao menos, 40 elementos distintos.
D. Se três deles não possuem elementos em comum, a união de todos possui,
ao menos, 40 elementos distintos.
E. Se não há elementos em comum em nenhum par de conjuntos distintos,
então a união deles possui, ao menos, 40 elementos distintos.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Utilizar um contraexemplo para mostrar que é falso.
Alternativa A: INCORRETA. Seja A = B = C = D. Se esses conjuntos possuírem
exatamente 10 elementos e que haja pelo menos um elemento em comum, então
o número de elementos da união não seria 40.
Alternativa B: INCORRETA. Seja os quatro conjuntos e que não haja elementos
comuns aos quatro.
Alternativa C: INCORRETA. Seja todos os conjuntos com 10 elementos, onde A B ∩
=∅ e A = C = D. Com isso, o número de elementos da união seria 20.
Alternativa D: INCORRETA. Seja todos os conjuntos com 10 elementos, onde A = B
∩∩ ∅
e que A C D = não tenham elementos comuns. Com isso, os números de
elementos da união é 30.
∩∩∩ ∅
Alternativa E: CORRETA. Seja os quatro conjuntos disjuntos, A B C D = ,e
n(A) = n(B )= n(C) = n(D), onde teriam pelo menos 10 elementos. Dado isso, teremos
que o número de elementos da união é pelo menos 40.

23 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Entre 100 pessoas entrevistadas


para uma vaga de estágio, constatou-se que, dentre estas, 70 são fluentes em
inglês, 45, fluentes em língua francesa, e 50, em língua alemã; 25 são fluentes
tanto em inglês quanto em francês; 5 tanto em alemão quanto em francês, e 45,
em inglês e em alemão. Com base nesses dados, é CORRETO afirmar que:

A. Todas as entrevistadas são fluentes em alguma dessas três línguas (inglês,


francês ou alemão).
B. Nenhuma entrevistada é fluente em alguma dessas três línguas (inglês,
francês ou alemão).
C. A quantidade de entrevistadas que não é fluente em nenhuma ou que é
fluente em todas as três línguas é menor ou igual a 15 pessoas.
D. A quantidade de entrevistadas que não é fluente em nenhuma ou que é
fluente em todas as três línguas é maior que 15 pessoas.
E. Se a entrevistada for fluente em inglês, ela será fluente em todas as três
línguas.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Organizar informações e lembrar da propriedade de união de conjunto.
resolução:
Temos que:
Total = 100 pessoas

A = Inglês = 70

A B = 25

B = Francês = 45

B C=5

C = Alemão = 50

A C = 45

Desta forma bastamos aplicar:


∪∪ ∩ ∩
n(A B C)= n(A)+n(B) + n(C)-n(A B) - n(A C) -
∩ ∩∩
n(B C) + n(A B C)
∩∩
100 = 70 + 45 + 50 - 25 - 45 - 5 + n(A B C)
∩∩
n(A B C) =100 - 90
∩∩
n(A B C) = 10
▶ resposta: C

24 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Considere o diagrama de conjuntos.


O total de elementos do conjunto A é 37. O total de elementos do conjunto C é 37.
Sabendo que há elementos em todas as seções e interseções e que x é o dobro de
w, o menor número de elementos possível para o conjunto B é igual a:
A. 30.
B. 26.
C. 28.
D. 32.
E. 34.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Organizar informações e utilizar sistema de equação.
RESOLUÇÃO:
 
▶ resposta: A
Razão e Proporção

25 (UFOP – UFOP – 2018) Cinco robôs idênticos produzem 12.000 peças em dezoito
horas de operação.

O número de horas de que quatro desses robôs necessitam para produzir 16.000
peças é:
A. 36.
B. 30.
C. 20.
D. 16.

grau de dificuldade:

resolução:
Trata-se de uma questão de regra de 3 composta.
O número de robôs em relação ao número de horas: inversamente proporcionais:
o número de peças em relação ao número de horas: diretamente proporcionais.
Robôs  Peças Horas

5 12.000 18

4 16.000 x

RESPOSTA: B

26 (LIQUIGAS – CESGRANRIO – 2018) Num laboratório de testes de combustível,


uma mistura de X gramas a y% de álcool significa que y% dos X gramas da mistura
é de álcool, e o restante, de gasolina. Um engenheiro está trabalhando com 3
misturas:

• Mistura A: 40g a 10% de álcool


• Mistura B: 50g a 20% de álcool
• Mistura C: 50g a 30% de álcool
Usando porções dessas misturas, ele elabora uma mistura de 60g a 25% de álcool,
e o restante das misturas ele junta em um frasco.
A taxa percentual de álcool da mistura formada no frasco onde ele despejou os
restos é de:
A. 16,5%
B. 17,5%
C. 18%
D. 22,5%
E. 25%

grau de dificuldade:

resolução:
Baseado nos dados da questão, podemos preencher a tabela:

Mistura Quant. Álcool Gasolina


(gramas) (gramas) (gramas)

A 40 4(10%) 36

B 50 10(20%) 40

C 50 15(30%) 35

Total 140 29 111


Para elaborar uma nova mistura de 60 g a 25%, vamos usar 0,25 x 60 = 15 gramas
de álcool e 60 – 15 = 45 gramas de gasolina. Subtraindo essas quantidades dos
totais iniciais, temos 29 – 15 = 14 gramas de álcool, e 140 – 60 = 80 gramas de
mistura. Calculando o percentual de álcool,
 

Restando, assim, 80 gramas da mistura à 17,5%.


RESPOSTA: B

27 (IFPA – IFPA – 2019) Um programador, antes de rodar um programa, fez uma


estimativa no computador para ver o tempo para finalizar a tarefa. No caso, o
resultado dado pelo computador foi de 7.776.000 segundos, que em dias são:

A. 24 dias
B. 36 dias
C. 54 dias
D. 72 dias
E. 90 dias

grau de dificuldade:

resolução:

Horas Segundos

1 3600

24 x

→ x = 86400
 

Logo,
▶ resposta: E

28 (PREFEITURA PARAÍBA DO SUL – PRÓMUNICIPIO – 2019) Uma torneira sozinha


enche um tanque em 10 horas. Uma 2º torneira sozinha enche o mesmo tanque
em 7 horas. Em quanto tempo, aproximadamente, as duas torneiras juntas
enchem o tanque que está completamente vazio?

A. 3 horas e 17 minutos.
B. 4 horas e 7 minutos.
C. 4 horas e 36 minutos.
D. 5 horas e 8 minutos.

grau de dificuldade:
resolução:
Veremos quanto de 1 tanque a torneira 1 enche em 1 hora, logo :

Horas Tanque

10 1

1 x


Já a torneira 2 enche em 1 hora:

Horas Tanque

7 1

1 y


Logo, as duas torneiras juntas, em 1 hora, encherão o tanque: 
, com isso :

Horas Tanque

T 1

→ →
Como, 1h = 60min, calcularemos quanto vale 0,12h em minutos, temos :

Horas Tanque

1 60

0,12 m

→ → m = 7 min
RESPOSTA: B

29 (SEAD – IADES – 2019) Se 12 técnicos analisam 400 processos em 5 dias,


trabalhando 6 horas por dia, então quantas horas por dia devem trabalhar 10
técnicos, por 3 dias, para analisar 100 processos?

A. 4,5
B. 3
C. 2,5
D. 4
E. 2

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Organizar as informações e aplicar conteúdo de proporção.
resolução:

Técnicos Processos Dias Horas por dia

12 400 5 6

10 100 3 x

→ → →
RESPOSTA: B

30 (SEASTER-PA - IADES – 2019) Um carro flex percorre 9 km com 1 L de álcool e 12


km com 1 L de gasolina. No tanque desse carro, há uma mistura com 80% de
álcool e 20% de gasolina. Quantos quilômetros o carro percorrerá com 1 L dessa
mistura?

A. 9,8
B. 10
C. 9,6
D. 9,2
E. 9,4

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Trabalhar com porcentagens em seu formato fracionário.
resolução:
Basta calcularmos as porcentagens, observe:

Á
80% de Álcool equivale a 4/5  do combustível (4 parte de 5 ou 8 parte de 10), 20%
de Gasolina equivale a 1/5 do combustível (1 parte de 5 ou 2 partes de 10) 
Pela questão:
Rendimento Álcool = 9km/l
Rendimento Gasolina = 12km/l
Unindo as informações.
Com álcool = 9 * 8 (partes) = 72
Com Gasolina = 12 * 2 (parte) = 24
= 9,6
 

▶ resposta: C

31 (PREFEITURA DE PILÔESZINHOS – CPCON – 2019) A soma entre dois números é


56 e a razão entre eles é de 75%. A diferença entre o maior e o menor, nessa
ordem, é:

A. 8.
B. 12.
C. 32.
D. 10.
E. 24.

grau de dificuldade:

resolução:
Temos que:
X + Y = 56
Logo podemos montar uma regra de três simples,
X  -----  Y
3  -----  4            
3Y = 4X       

Y=
 
Substituindo y na equação inicial:
X + Y = 56
X + 4X/3 = 56
 

3X/3  + 4X/3 = 56/3            


7X = 168    
X = 168/7          
x= 24
Substituindo o valor de X na equação inicial para obter o valor de Y, teremos:
24 + Y = 56      
Y = 56 - 24 = 32
Assim,
X = 24 e Y = 32
E então a diferença de ambos seria
Y – X = 32 – 28 = 8

▶ resposta: A

32 (PREFEITURA DE PILÔESZINHOS – CPCON – 2019) Em uma das pesquisas de


intenção de voto para a presidência do Brasil, no segundo turno, foram ouvidos
3000 eleitores homens, o que corresponde a 60% do número total de eleitores
consultados na pesquisa. O número que representa 30% das eleitoras mulheres
ouvidas na pesquisa é:

A. 2000.
B. 870.
C. 600.
D. 1000.
E. 556.

grau de dificuldade:

resolução:
Primeiro precisamos descobrir a quantidade de eleitores homens + mulheres
3000 eleitores homens ---------- 60%
                                           x ----------100%
 

5.000 (total) - 3.000 (homens) = 2.000 mulheres


O número que representa 30% das eleitoras mulheres ouvidas na pesquisa é:
2000 ------ 100% mulheres
        x ------ 30 %
 

= 600 mulheres
▶ resposta: C

33 (SES-DF – IADES – 2018) Cada  5 mL de um medicamento contém 2.500 mg de


dipirona sódica e 0,020 mg de N-butilescopolamina. O máximo desse
medicamento que se pode produzir com 40 g de dipirona sódica e 0,4 mg de N-
butilescopolamina é:

A. 80 mL.
B. 60 mL.
C. 40 mL.
D. 100 mL.
E. 180 mL.

grau de dificuldade:
RESOLUÇÃO 1000 mg = 1 g
2000 mg= 2 g
2500 mg = 2,5 g
Logo, 5 ml do medicamento contém 2,5 g de dipirona.

5 ml ---- 2,5 g
x ml ---- 40 g

2,5 x = 200
x = 80 ml
▶ resposta: A

34 (INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – 2018) Numa pesquisa feita


em um instituto federal a respeito do gosto musical preferido dos seus 600 alunos
do Ensino Médio, obteve-se os seguintes resultados: 150 preferem MPB, 240
preferem Sertanejo e os demais preferem música Eletrônica. Para apresentar
esses dados será utilizado um Gráfico de Pizza. A medida do ângulo central, em
graus, que representará o número de alunos que preferem música Eletrônica será
de:

A. 360
B. 210
C. 126
D. 58
E. 35

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar regra de três simples.
resolução:
Antes de calcularmos a medida do ângulo central, vamos calcular quantos alunos
preferem Música Eletrônica.
De acordo com o enunciado, a pesquisa foi feita com 600 alunos, sendo que 150
preferem MPB e 240 preferem Sertanejo.
Sendo assim, a quantidade de alunos que preferem Música Eletrônica é igual a 600
- 150 - 240 = 210.
Para calcular o ângulo central correspondente ao setor “Música Eletrônica”,
utilizaremos a Regra de Três Simples.
Sabemos que uma circunferência completa possui 360°, ou seja, todos os
entrevistados (os 600 alunos) correspondem a 360°.
Daí, os 210 alunos que preferem Música Eletrônica correspondem a x°:
600 ---- 360
210 ---- x
600x = 210 * 360
600x = 75600
x = 126.

▶ resposta: C
35 (COMPESA – FGV-PE – 2018) Antônio, Beto e Carlos combinaram dividir
igualmente as despesas de uma viagem que os três fizeram juntos. Durante a
viagem, Antônio pagou R$ 750,00, Beto pagou R$ 480,00 e Carlos pagou R$
420,00. Ao final da viagem, para dividir igualmente as despesas, Beto deu x reais
para Antônio, e Carlos deu y reais para Antônio.

O valor de x + y é:
A. 250.
B. 220.
C. 200.
D. 180.
E. 150.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Podemos utilizar razão e proporção ou função de 1º grau para RESOLUÇÃO dessa
questão.
resolução:
Conseguimos resolver essa questão por razão e proporção, veja:
Antônio = 750
Beto = 480
Carlos = 420
Total = 1650.
Dividindo por 3 = 550.
Dessa forma, como queremos saber as despesas de Beto e Carlos dadas para
Antônio basta fazermos:
Diferença do total para cada pessoa com o valor pago por Carlos: 550 – 480 = 70.
Diferença do total para cada pessoa com o valor pago por Beto: 550 – 420 = 130.
Somando: 130+70 = 200.

▶ resposta: C

36 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Em uma enquete na qual as pessoas deveriam escolher


apenas um dentre A ou B, a razão entre o número de votos em A e o número de
votos em B foi 7/13. Foram 102 votos a mais em B do que em A. O número de
pessoas que votaram nessa enquete foi:

A. 285.
B. 298.
C. 317.
D. 352.
E. 340.

grau de dificuldade:

resolução:

Sabemos que a razão → 13A = 7B


Sabemos que foram 102 votos a mais em B do que em A, logo, B=A+102
Substituindo B por A+102 na equação anterior:
13A = 7B→ 13A = 7(A+102)  → 13A=7A + 714  →
13A – 7A=714 → 6A=714  → →
A=714/6  A=119
Logo, B = A+102 = 119 +102 = 221
O total de votantes é A+B =119+221 = 340
▶ resposta: E

37 (TJ-SP – VUNESP – 2019) Considere apenas os dados a seguir para resolver a


situação. Suponha que viajando a 65 km/h minha viagem durou exatamente 2
horas e 15 minutos. Suponha também que essa mesma viagem fosse feita a 75
km/h. Nesse caso, o tempo de viagem diminuiria em:

A. 18 minutos.
B. 28 minutos.
C. 15 minutos.
D. 13 minutos.
E. 35 minutos.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar regra de três e transformações de unidades de medidas.
resolução:
Sendo , temos que a viagem durou 2h15 min = 2×60 + 15 = 135 minutos.
Então, para , temos:
65km/h ————— 135 min
75km/h —————  T min
75× T = 65× 135, pois é inversamente proporcional,

→ T = 117 minutos
135 – 117 = 18.
Ou seja, houve uma redução de 18 minutos.

▶ resposta: A

38 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Um taxista com velocidade média de 72


km/h, leva 1,65 horas para ir da cidade A à cidade B. Quanto tempo levaria para
fazer o mesmo percurso se a velocidade média fosse reduzida para 54 km/h?

A. 2 h 20 min
B. 2 h 08 min
C. 1 h 58 min
D. 1 h 24 min
E. 2 h 12 min

grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Lembrar a fórmula e propriedades sobre velocidade média e transformações de
unidades de medidas.
resolução:
Separando as informações teremos:

Sabemos que , então:


 
→ΔS=118,8 km
Usando a velocidade reduzida para 54 km/h, temos:

→ Δt = 2,2h
Usando a regra de três, onde 1h = 60 min, temos:
 
     1 ---   60   
2,2  ---    x
→ X = 132 min  ou seja, 2h e 12 min
▶ resposta: E

39 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Dedé planejou fazer um churrasco para


seus amigos e listou 32 convidados. Ele estima em média que para cada homem
são necessários 700 gramas de carne, enquanto que para mulheres, 500 gramas
cada. Sabendo que   dos convidados são homens, a quantidade mínima de carne a
ser comprada para essa festa, em quilogramas, será de:

A. 16 kg de carne.
B. 19,2 kg de carne.
C. 20 kg de carne.
D. 18,4 kg de carne.
E. 18 kg de carne.

grau de dificuldade:

resolução:
Organizando as informações teremos que
Total: 32 convidados

1 homem → 700g de carne


1 mulher  →  500g de carne
5/8 de 32 = 20 homens
3/8 de 32 = 12 mulheres

Então,
20 homens = 20 * 700 = 14.000 g → 14 kg
12 mulheres = 12 * 500 = 6.000 g → 6 kg
14 + 6 = 20.
Logo, o mínimo de carne a ser levado para o churrasco é de 20kg.
▶ resposta: C
Matrizes

40 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOINHAS-SC – EXCELÊNCIA SELEÇÕES – 2019) O


estudo de matrizes se dá na Álgebra Linear pela possibilidade de utilização desse
argumento matemático como representação de sistemas lineares. Uma matriz
retangular do tipo mxn pode ser considerada uma tabela de valores dispostos em
m linhas e n colunas. Como um elemento matemático, é possível realizar
operações matemáticas entre matrizes e/ou entre matrizes e escalares (números).
Considere as duas matrizes a seguir:

Sobre as operações matemáticas envolvendo matrizes, é CORRETO afirmar que:


A. A matriz inversa de B é
B. A matriz C é uma matriz do tipo Identidade.

C. O resultado do produto entre a matriz A e B é


D. O determinante da matriz C é igual a 1.
E. A matriz A não é uma matriz invertível.

grau de dificuldade:

Alternativa A: CORRETA. A matriz transposta de B é eo ,


logo, a matriz inversa é dada por:

Alternativa B: INCORRETA. A matriz identidade é escrita da seguinte forma ,


logo, a alternativa está incorreta.
Alternativa C: INCORRETA.

,
logo, a alternativa está incorreta.
Alternativa D: INCORRETA. , logo, a alternativa está incorreta.

Alternativa E: INCORRETA. Calculando a transposta de A, temos , seu


,

logo, ,
logo A é invertível.
41 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA/PB – CONTEMAX - 2019) O cálculo do

produto de matrizes

A. 86
B. 34
C. 52
D. 144
E. 99

grau de dificuldade:

resolução:
Para resolver esse tipo de questão basta começarmos fazendo o produto da
primeira matriz (1x3) com a segunda (3x3), pois a propriedade é válida e assim
encontraremos uma matriz (1x3) que poderá ser multiplicada pela última matriz
(3x1).
Vejamos:

▶ resposta: A
Geometria Espacial

42 (INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – 2018) Uma fábrica vendia


sorvete em uma embalagem na forma de um cilindro reto, cuja medida do raio da
base era de 0,05 m e sua altura era de 0,10 m. Após uma análise da equipe de
marketing, ficou decidido que essa embalagem cilíndrica será substituída por um
prisma quadrangular com o lado da base medindo 0,10 m. Se as duas embalagens
devem conter a mesma capacidade, a altura da nova caixa, em cm, será de:

(Para efeito de cálculos, considere π = 3)


A. 75
B. 7,5
C. 0,75
D. 0,075
E. 0,0075

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Organizar informações, saber sobre as fórmulas de volume de figuras espaciais e
áreas de figuras planas.
resolução:
Precisamos lembrar que a fórmula de área da circunferência é dada pela fórmula
para conseguirmos chegar no cálculo de capacidade (volume) de um cilindro;


Assim, A = 3.0,52   A = 0,0075m²
Como sabemos, o volume de qualquer figura espacial é V = área da base * altura
(V = a * h)
Logo,
V= 0,0075.0,10
V= 0,00075m³
 
Por fim, temos que:
A = l²
A = (0,10)²
A = 0,01m²

Como as embalagens precisam ter o mesmo volume, e pelo que encontramos


anteriormente:
V = 0,00075m³
Assim,
V = A*h
0,00075 = 0,02h
h = 0,075 m.
Transformando de metros para centímetros, encontraremos, então, 7,5 cm. 
RESPOSTA: B
 

Estatística

43 (IFF – CESPE – 2018) A tabela a seguir mostra a distribuição das idades dos 30
alunos de uma sala de aula.

Idade (em anos) 10 11 12 13 14

Número de alunos 14 8 3 4 1

Nesse caso, a média de idade dos alunos dessa sala é igual a:


A. 14 anos.
B. 13 anos.
C. 12 anos.
D. 11 anos.
E. 10 anos.

grau de dificuldade:

resolução:
Lembre-se que a média das idades da sala é o quociente da soma de todas as
idades dos alunos pelo número de alunos.
Soma das idades: 14 x 10 = 140                 
                                   11 x 8 = 88
                                   12 x 3 = 36
                                   13 x 4 = 52
                                   14 x 1 = 14
Total: 330 anos
Número de alunos: 14 + 8 + 3 + 4 + 1 = 30
Idade média da sala= 330/30=11 anos.

▶ resposta: D

44 (COMPESA – PE-FGV – 2018) Em um determinado dia de julho, em Recife, a


diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima foi de 6,8ºC. A
média entre a temperatura máxima e a mínima, nesse dia, foi de 24,3ºC. Nesse dia,
a temperatura mínima em Recife foi:

A. 20,9°C.
B. 21,1°C.
C. 21,3°C.
D. 21,5°C.
E. 21,7°C.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar dados estatísticos com sistema de equação.
RESOLUÇÃO:
Iremos organizar as informações:

 
Máx(x)- Mín(y)= 6,8ºC (l)
Média= 24,3º (II)
Logo,

Isolando (I) X – Y = 6,8°C, teremos:


X = 6,8°C – Y
 
Substituindo na fórmula de média:


▶ resposta: A

45 (INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – 2018) Em um determinado


setor de uma empresa, trabalham 1 coordenador, 3 técnicos administrativos, 2
assistentes administrativos e 2 estagiários, que ganham, respectivamente:

R$ 4.500,00, R$ 3.000,00, R$ 2.250,00 e R$ 1.000,00.


Pode-se afirmar que o salário médio, o salário modal e o salário mediano, em
reais, desse setor é, respectivamente, igual a:
A. 2.625,00; 3.100,00; 2.450,00.
B. 2.450,00; 2.625,00; 2.500,00.
C. 2.500,00; 3.000,00; 2.650,00.
D. 2.500,00; 3.000,00; 2.625,00.
E. 2.625,00; 3.050,00; 2.400,00.

grau de dificuldade:

resolução:
A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de dados e
dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto.
1 x R$ 4.500,00 = R$ 4.500,00
3 x R$ 3.000,00 = R$ 9.000,00
2 x R$ 2.250,00 = RS 4.500,00
2 x R$ 1.000,00 = R$ 2.000,00
8 pessoas -> R$20.000,00

Média: R$ 20.000,00/8 = R$ 2.500,00


A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um conjunto de dados, sendo
assim, para defini-la basta observar a frequência com que os valores aparecem.
Moda: R$ 3.000,00 (3 vezes)
A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de dados. Para
encontrar o valor da mediana é necessário colocar os valores em ordem crescente
ou decrescente.
Como o número elementos de um conjunto é par, a mediana é encontrada pela
média dos dois valores centrais. Assim, esses valores são somados e divididos por
dois
Mediana: (R$ 3.000,00 + R$ 2.500,00)/2 =
R$ 2,600,00
▶ resposta: C
Matemática Financeira e Porcentagem

46 (LIQUIGAS – CESGRANRIO – 2018) Um jogador de futebol profissional treina


cobrança de pênaltis após o treino coletivo, visando a alcançar uma meta de 96%
de aproveitamento. Ele cobrou 20 penalidades com aproveitamento de 95%.

Quantos pênaltis deve cobrar ainda, no mínimo, para que atinja exatamente a
meta desejada?
A. 1
B. 3
C. 4
D. 5
E. 10

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Se o jogador cobrou 20 pênaltis com aproveitamento de 95%, então ele converteu:
Gols.

Observe que
Alternativa A: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais um pênalti e acertar, isto é,
cobrar 21 e converter 20, seu percentual de aproveitamento será,
Alternativa B: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais três pênaltis e acertar todos,
isto é, cobrar 23 e converter 22, seu percentual de aproveitamento será

Alternativa C: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais quatro pênaltis e acertar


todos, isto é, cobrar 24 e converter 23, seu percentual de aproveitamento será

Alternativa D: CORRETA. Se o jogador cobrar mais cinco pênaltis e acertar todos,


isto é, cobrar 25 e converter 24, seu percentual de aproveitamento será,

Note que 5 é o número mínimo de pênaltis que ele deve cobrar para atingir 96%.
Caso ele erre algum, esse percentual será alterado para menos.
Alternativa E: INCORRETA. Se o jogador cobrar mais dez pênaltis e acertar todos,
isto é, cobrar 30 e converter 29, seu percentual de aproveitamento será,

47 (AL/RS – FUNDATEC – 2018) O funcionário de uma empresa constatou que, no


mês de dezembro, gastou 1/4 do seu salário em alimentação, 1/5 do seu salário
em transporte e 1/3 do seu salário em moradia. Portanto, podemos concluir que:

A. Esse funcionário gastou todo o seu salário exclusivamente em alimentação,


transporte e moradia.
B. Se o funcionário gastou R$ 800,00 em alimentação, então gastou R$
1.000,00 em moradia.
C. Se o funcionário gastou R$ 1.200,00 em transporte, então gastou R$
2.000,00 em moradia.
D. Se o funcionário gastou R$ 400,00 em alimentação, então gastou R$ 500,00
em moradia.
E. Se o salário do funcionário é de R$ 1.600,00, então ele gastou R$ 360,00 em
transporte.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Seja x o salário de dezembro.
- gasto com alimentação:
- gasto com transporte:

- gasto com moradia:


 
Alternativa A: INCORRETA.

,
logo, as despesas foram menores que o salário.
Alternativa B: INCORRETA. Se o funcionário gastou R$ 800,00 com alimentação,
isto significa que 1/4 x = 800 reais, ou seja, o salário é de R$ 3.200 reais. A despesa
com moradia foi  1/3 3.200=1.066,66 reais .
Alternativa C: CORRETA. Se o funcionário gastou R$ 1.200,00 com transporte, isto
significa que    1/5 x =1.200 reais,  ou seja, o salário é de R$ 6.000 reais. A despesa
com moradia foi  1/3 6.000=2.000 reais .
Alternativa D: INCORRETA. Se o funcionário gastou R$ 400,00 com alimentação,
isto significa que    1/4 x = 400 reais, ou seja, o salário é de R$ 1.600 reais. A
despesa com moradia foi  1/3 1.600 = 533,33 reais .
Alternativa E: INCORRETA. Se o salário x = 1.600 reais, então, sua despesa com
transporte é 1/5 x =   1/5 1.600 = 320 reais.

48 (CFS – ESA – 2018) Se a velocidade de um automóvel for aumentada em 60%, o


tempo necessário para percorrer um mesmo trajeto, supondo a velocidade
constante, diminuirá em:

A. 30%.
B. 40%.
C. 37,5%.
D. 62,5%.
E. 60%.

grau de dificuldade:

resolução:
Imagine que determinado automóvel percorre um trajeto a uma velocidade V
km/h em T horas. Então Para calcularmos o tempo em que esse mesmo automóvel
percorre o mesmo trajeto, ao aumentar sua velocidade em 60%, pode ser
esquematizado pela seguinte proporção:
                      V ———— T
(1 + 60%) * V ———— t
Repare que quanto MAIOR for a velocidade MENOR será tempo de percurso.
Assim, velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais, isto é:


T(1 - 37,5%) = t
Repare que, em relação ao tempo original, o novo tempo equivale a uma redução
de 37,5%
▶ resposta: C
49 (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA – FAUEL – 2019) Rendimentos de
aplicações financeiras, como a poupança e o FGTS, operam no regime de juros
compostos. Quanto rende, aproximadamente, uma aplicação em três meses,
nesse regime, com juros de 2% ao mês?

A. 6,00% do valor aplicado.


B. 6,06% do valor aplicado.
C. 6,12% do valor aplicado.
D. 6,18% do valor aplicado.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Lembrar do conceito de montante!
resolução:

Podemos ver que a aplicação será 106,1208%, ou seja, 6,1208% ≅ 6,12%


▶ resposta: C

50 (CÂMARA DE PAU DOS FERROS-RN – CPCON – 2019) Numa empresa de calçados


há 200 funcionários e 60% são do sexo masculino. Se 10% dos homens e 15% das
mulheres têm mais de 50 anos, qual é o número de funcionários da empresa com
50 anos ou menos?

A. 166
B. 176
C. 156
D. 146
E. 186

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Organizar as informações e aplicar porcentagem.
resolução:
Analisando a questão, podemos perceber que: numa empresa de calçados há 200
funcionários e 60% são do sexo masculino. Se 10% dos homens e 15% das
mulheres têm mais de 50 anos:
60% de 200 = 120 homens,
200 funcionários -120 homens = 80 mulheres.
10% dos homens tem mais de 50 anos:
10% de 120 = 12 homens;
15% das mulheres tem mais de 50 anos:
15% de 80 = 12 mulheres;
12 homens + 12 mulheres = 24 pessoas com mais de 50 anos.
Qual é o número de funcionários da empresa com 50 anos ou menos?
200 funcionários - 24 pessoas com mais de 50 anos = 176 funcionários da empresa
com 50 anos ou menos.
RESPOSTA: B

51 (UEPB – CPCON – 2019) Três amigos, João, César e Antônio, criaram uma
empresa de prestação de serviços logo após se formarem na faculdade. Para
fundar a empresa, João entrou com um capital de R$ 15.000,00, César com R$
21.000,00 e Antônio com R$ 24.00,00. Alguns anos depois, a empresa fundada por
eles tinha um valor de mercado de R$ 500.000,00, e Antônio decidiu vender a sua
parte para os outros dois amigos, por um valor proporcional ao valor que foi
investido na época da fundação da empresa. João e César decidiram que dividiriam
entre si o valor a ser pago a Antônio, de modo que ambos passassem a ter 50% do
capital da empresa.

Desta forma, o valor que João pagaria para Antônio seria de:
A. R$ 125.000,00
B. R$ 150.000,00
C. R$ 175.000,00
D. R$ 200.000,00

grau de dificuldade:

resolução:
O investimento inicial total foi de 21 + 15 + 24 = 60 mil reais. Assim, a parte de cada
amigo era, respectivamente:

João = . 500.000 = 125.000 reais

César = . 500.000 = 175.000 reais

Antônio = . 500.000 = 200.000 reais


Para que João tenha metade da empresa (valor de 250.000 reais), ele deve pagar a
Antônio
250.000 – 125.000 = 125.000 reais.
Repare que César deve pagar os 75.000 reais restantes para completar os seus
250.000 reais. Desta forma, Antônio terá recebido exatamente 200.000 reais, que é
o valor da parte dele.
▶ resposta: A

52 (CÂMARA DE GOIÂNIA/GO – CS-UFG – 2018) Segundo dados do IBGE


apresentados em uma reportagem [Disponível em: Correio Brasiliense, 15. Jul.
2018, p. 18], a estimativa para a produção da safra nacional de 2018 é de um
volume de 227,9 milhões de toneladas, com estimativa de utilização de 61,2
milhões de hectares. Entre as leguminosas e oleaginosas, o arroz e o milho, juntos,
somam 92,8% da produção e ocupam 87% da área a ser colhida. De acordo com
essas informações, a produtividade média, em toneladas por hectare, que o arroz
e o milho terão, juntos, na safra de 2018, será de:
A.

B.

C.

D.

grau de dificuldade:

resolução:
92,8% = 928/1000 = 0,928
87% = 87/100 = 0,87
prod. média = (0,928*227,9) / (0,87*61,2)
[para eliminar as vírgulas, multiplique o numerador e denominador por 10.000]
prod. média = (928*2279) / (870*612)
[simplifique 928 e 870 por 2]
prod. média = (464*2279) / (435*612)
[simplifique 464 e 612 por 2]
prod. média = (232*2279) / (435*306)
[simplifique 232 e 306 por 2]
prod. média = (116*2279) / (435*153)
[efetue a fatoração de 116, 435 e 153]
prod. média = ((2*2*29)*2279) / ((3*5*29)*(3*3*17))
[corte o 29 e depois transforme os fatores iguais em forma de potência]
prod. média = (2² x 2279) / (3³ x 5 x 17)
[perceba o 2279. Ele é resultado da multiplicação entre 43 e 53]
prod. média = (2² x 43 x 53) / (3³ x 5 x 17)
RESPOSTA: B

53 (COMPESA – FGV – 2018) Mônica e Eduardo começaram a trabalhar no mesmo


dia e tinham salários exatamente iguais. Após um certo tempo, Mônica teve um
aumento de salário de 60% e Eduardo teve um aumento de 20%. Após esses
aumentos, o salário de Eduardo é x % menor do que o salário de Mônica. O valor
de x é:

A. 40.
B. 35.
C. 30.
D. 25.
E. 20.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Questões de porcentagem é interessante atribuir valores para ficar mais fácil de se
resolver.
resolução:
Iremos sugerir que ambos irão receber 100 reais:
Eduardo = 100 reais
Mônica = 100 reais
Assim, após o aumento: 100 + % aumento
Eduardo= 100 + 20% de 100 = 120 reais
Mônica = 100 + 60% de 100 = 160 reais
Desta forma, 160 -120 = 40 reais é o que Mônica ganha a mais que Eduardo, isso
representa 25% do salário dela.
▶ resposta: D

54 (COMPESA – FGV – 2018) Nelson pagou uma conta atrasada com 8% de juros. O
valor pago por Nelson, juros incluídos, foi de R$ 302,40. O valor original da conta,
sem os juros, era de:

A. R$ 280,00.
B. R$ 278,20.
C. R$ 276,00.
D. R$ 270,60.
E. R$ 268,00.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Podemos resolver com regra de três.
resolução:
Se $ 302,40 são 100% + 8% de juros → 108%
Quanto será 100% (capital inicial)?
302,40 ........ 108%
           x .........100%
x = (302,40*100) / 108
x= 280
▶ resposta: A

55 (INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – 2018) Um Automóvel X foi


adquirido em janeiro de 2017 por R$ 70.000,00. Em janeiro de 2019, exatamente
dois anos após a sua aquisição, seu proprietário decide trocá-lo por um outro
modelo, cujo valor é 25% superior ao praticado em janeiro de 2017. Se este
proprietário der de entrada o Automóvel X na troca pelo novo, sabendo que esse
sofreu uma desvalorização de 15% ao ano, o valor, em reais, que esse proprietário
deverá desembolsar será de:

A. 63.218,75
B. 61.250,00
C. 49.000,00
D. 38.500,00
E. 36.925,00
grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar a fórmula Vf = Vp*(1+i) em caso de valorização ou Vf = vp*(1-i) em caso de
desvalorização.
Em que Vf = valor futuro, Vp = valor presente e i=taxa.
RESOLUÇÃO:
Como o valor do automóvel X vale R$ 70.000,00 e as vendas no primeiro período
aumentaram 25% poderemos aplicar a fórmula da dica do autor.

Valor futuro= valor presente * (1+ taxa)


Vf = 70000*(1+0,25)
Vf = 70000*1,25
Vf = 87500 (automóvel novo)

Logo depois ocorreu uma desvalorização de 15%, assim,


Vf = 70000*(1-0,15)
Vf = 70000*0,85
Vf = 59500

Vf = 59500*0,85
Vf = 50575 (automóvel usado)
Diferença = 87500 - 50575
Diferença = 36925

▶ resposta: E
MMC e MDC

56 (IFF – CESPE – 2018) Uma companhia aérea fixou rodízio entre duas cidades
para seus comissários de bordo de determinado voo diário. A escala estabelece
que o comissário A trabalhe nesse voo a cada 8 dias; o comissário B, a cada 10
dias; e o comissário C, a cada 12 dias. Nesse caso, se os três tiverem trabalhado
juntos no voo do dia de hoje, então a próxima vez em que eles trabalharão
novamente juntos nesse voo ocorrerá daqui a:

A. 30 dias.
B. 74 dias.
C. 120 dias.
D. 240 dias.
E. 960 dias.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Observe que para que os três comissários trabalhem juntos de novo, é preciso que
esse prazo seja um múltiplo de 8, 10 e 12. Logo, o próximo encontro dos três
ocorrerá num número de dias que corresponde ao MMC (8,10,12).
Alternativa A: INCORRETA. O número 30 não é um múltiplo comum de 8,10 e 12.
Alternativa B: INCORRETA. O número 74 não é um múltiplo comum de 8,10 e 12.
Alternativa C: CORRETA. Calculando MMC (8,10,12)

 
12=22×3  → →
10=2×5 8=23 →
MMC (8,10,12) = 23 × 3 × 5 = 120.
Alternativa D: INCORRETA. O número 240 não é o menor múltiplo comum de
8,10 e 12.
Alternativa E: INCORRETA. O número 960 não é o menor múltiplo comum de 8,10
e 12.

57 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) De uma estação rodoviária, parte


um ônibus para a cidade A, a cada 10 dias; um ônibus para a cidade B a cada 12
dias, e um ônibus para a cidade C a cada 7 dias. Se hoje todos os ônibus saíram
juntos, em quantos dias teremos novamente os três saindo no mesmo dia da
estação?

A. 120
B. 240
C. 360
D. 420
E. 840

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Organizar as informações. A frase “sairão juntos novamente” sempre indica um
princípio de mínimo múltiplo comum.
resolução:
Vamos calcular o MMC entre 10, 12, 7.
10,12,  7     |  2
5,   6,   7      |  2
5,   3,   7      |  3
5,   1,   7      |  5
1,   1,   7      |  7
1,   1,   1  
Logo, 2×2×3×5×7 = 420 dias
▶ resposta: D
Equação e sistema de equação

58 (CÂMARA FEIRA DE SANTANA/BA – IBFC – 2018) Felipe recebeu seu salário e


gastou, num primeiro momento, 3/5 para pagar uma dívida e do valor que sobrou
gastou a terça parte na compra de um tablet. Se após os dois gastos Felipe ficou
ainda com R$ 616,00, então para o tablet Felipe utilizou um valor, em reais, entre:

A. 300 e 400
B. 500 e 700
C. 800 e 1000
D. 1200 e 1400

grau de dificuldade:

resolução:
Seja X reais o salário de Felipe. Podemos escrever a questão em função de X,
Salário: X reais
Pagamento da dívida: reais.
 

Compra do tablet: reais.


 
Resto: 616,00 reais.
Equacionando o problema:

+ 616 = X →


 
O salário de Felipe é 2.310 reais e o preço do tablet é:

▶ resposta: A
59 (LIQUIGAS – CESGRANRIO – 2018) Num curso de utilização de um software que
edita imagens, todos os alunos abrem uma mesma imagem, e o professor pede
que apliquem uma ampliação de 25% como primeiro exercício. Como o resultado
não foi o satisfatório, o professor pediu que todos aplicassem uma redução de
20% na imagem ampliada. Como Aldo tinha certa experiência com o programa,
desfez a ampliação de 25%.

Para obter o mesmo resultado que os demais alunos, após desfazer a ampliação,
Aldo deve:
A. Fazer uma ampliação de 5%.
B. Fazer uma redução de 5%.
C. Fazer uma ampliação de 10%.
D. Fazer uma redução de 10%.
E. Deixar a imagem como está.

grau de dificuldade:

resolução:
A primeira ideia que vem à cabeça é aplicar uma redução de 5%, já que o professor
pediu uma ampliação de 25% e, em seguida, uma redução de 20%. Porém, é
necessário levar em consideração que a redução de 20% foi sobre a imagem
ampliada e a ampliação foi sobre a imagem original. Para calcular o tamanho da
imagem após as duas operações, vamos considerar X o tamanho original da
imagem.
1ª operação (ampliar 25%): X + 025X = 1,25X
2ª operação (reduzir 20%): 1,25X – 0,2 (1,25X) = 1,25X – 0,25X = X
Após as duas operações, a imagem voltou ao tamanho original X.

▶ resposta: E

60 (IFF – CESPE – 2018) A quantia de R$ 360.000 deverá ser repassada às escolas A,


B e C para complemento da merenda escolar. A distribuição será em partes
diretamente proporcionais às quantidades de alunos de cada escola. Sabe-se que
a escola A tem 20% a mais de alunos que a escola B e que a escola C tem 20% a
menos de alunos que a escola B. Nesse caso, a escola A deverá receber:

A. R$ 140.000.
B. R$ 144.000.
C. R$ 168.000.
D. R$ 192.000.
E. R$ 216.000.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Seja x a quantidade de alunos da escola B. Assim, a escola A tem 1,20x alunos e a
escola C tem 0,8x alunos. Consideremos a, b e c o montante em dinheiro que as
escolas A, B e C receberão após a distribuição. Usando a proporcionalidade direta,
podemos montar as equações:
Sabemos ainda que a + b + c = 360.000,00 reais.
 
Alternativa A: INCORRETA. Se a = 140.000,00 reais, então,

=116.666.66 reais  e
c = 0,8 * 116.666,66 = 93.333,33 reais. Logo, a + b + c = 140.000,00 + 116.666,66 +
93.333,33 = 349.999,99 ≠ 360.000,00 reais.
Alternativa B: CORRETA. De fato, se a=144.000,00 reais, então

=120.00,00 reais  e
c = 0,8 * 120.000,00 = 96.000,00 reais. Logo, a + b + c = 44.000,00 + 120.000,00 +
96.000,00 = 360.000,00 reais.
Alternativa C: INCORRETA. Se a = 168.000,00 reais, então,

= 140.000,00 reais e
c = 0,8 * 140.000,00 = 112.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 168.000,00 + 140.000,00 + 112.000,00 = 419.000,00 ≠360.000,00
reais
Alternativa D: INCORRETA. Se a = 192.000,00 reais, então,

=160.000,00 reais e
c = 0,8 * 160.000,00 = 128.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 192.000,00 + 160.000,00 + 128.000,00 = 480.000 ≠360.000,00 reais.
Alternativa E: INCORRETA. Se a = 216.000,00 reais, então,

=180.000,00 reais e
 
c = 0,8 * 180.000,00 = 144.000,00 reais.
Mas, a + b + c = 216.000,00 + 180.000,00 + 144.000,00 = 540.000,00  ≠360.000,00
reais.    

61 (BANPARÁ – FADESP - 2018) Suponha que um caixa automático de um banco


disponibilize para saque uma quantidade suficiente das cédulas da figura abaixo:
Uma retirada de R$ 1.000,00 será feita neste caixa, de modo que nela exista pelo
menos uma cédula de cada valor. Se M é o maior e N o menor número de cédulas
possíveis de haver nesse saque, então M + N é igual:
A. 430.
B. 440.
C. 450.
D. 460.
E. 470.

grau de dificuldade:

resolução:
Como a retirada deve conter pelo menos uma cédula de cada valor, então
devemos subtrair a soma 2 + 5 + 10 + 20 + 50 + 100 = 187 reais de 1.000 reais. O
problema se resume então em totalizar
1.000 – 187 = 813 reais.
• Para fazer isso usando o maior número de notas possíveis (M), usaremos
o maior número possível de cédulas de 2 reais.

• Montando a equação 813 = 810 + 3 = (405 * 2) + 3, notamos que é


impossível compor 3 reais com os valores existentes no caixa. 

• A dica é fazer 813 = (400 * 2) +13 e decompor 13 = 2 + 2 + 2 + 2 + 5,


utilizando 5 cédulas.

• Em resumo, usando a decomposição 813 = (404 * 2) + 5, utilizamos 404 +


1 = 405 cédulas.

• Para obter M que é o maior número possível de cédulas para formar


1.000 reais temos que adicionar as seis cédulas iniciais, obtendo assim
M = 405 + 6 = 411

• Para calcular o menor número possível de cédulas para formar 813 reais,
vamos utilizar o maior número possível de cédulas de 100 reais.

• Montando a equação 813 = (8 * 100) + 13 e decompondo 13 como na dica


acima, temos que o menor número possível de cédulas para formar 813
reais é 8 + 5 = 13.

• Para obter N, que é o menor número possível de cédulas para formar


1.000 reais, temos que adicionar as seis cédulas iniciais, obtendo assim
N = 13 + 6 = 19.
Agora, basta somar M + N = 411 + 19 = 430 para chegar à resposta final. 
▶ resposta: A

62 (UFRPE – SUGEP – 2018) Os 125 moradores de um prédio de apartamentos têm


soma das idades totalizando 3875 anos. Com base nessa informação, assinale a
afirmação incorreta.

A. Se os 100 moradores mais velhos do prédio tivessem a soma de suas idades


menor que 3100, então um mais novo deles teria menos de 31 anos.
B. Se cada um dos 25 moradores mais jovens do prédio tem idade igual ou
inferior a 31 anos, então, a soma de suas idades é igual ou inferior a 775 anos.
C. Existem 100 moradores do prédio cuja soma das idades é maior ou igual a
3100 anos.
D. Existe algum morador do prédio com idade inferior a 31 anos. 
E. O número de moradores do prédio com idade igual ou superior a 60 anos é
inferior a 65.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Note que a questão pede para assinalar a afirmação incorreta!
Alternativa A: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se nenhum deles tivesse
idade menor que 31 anos, a soma das 100 idades não seria menor que 3.100 anos.
Alternativa B: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se todos tivessem 31
anos, teríamos 31 * 25 = 775 anos.
Alternativa C: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois o grupo dos 100 mais
idosos terão idade média maior ou igual a 31 anos, que é a idade média dos 125
moradores. Logo, a soma das idades dos 100 mais idosos é maior ou igual a 3.100
anos.
Alternativa D: INCORRETA. A idade média dos moradores é de 31 anos, porém,
nada assegura a existência de um morador com menos de 31 anos. A afirmação é
incorreta.
Alternativa E: CORRETA. A afirmação é verdadeira, pois, se mais de 65 moradores
tivessem 60 anos, o total das idades é maior que 65 * 60 = 3.900 anos, que supera
os 3.875 anos da questão.

63 (TRT 6ª REGIÃO/PE – FCC – 2018) Murilo planeja percorrer 90 km em 4 dias de


caminhada. Ele vai percorrer, em cada um dos últimos três dias, o dobro da
distância que percorreu no dia anterior. A diferença entre o total da distância que
Murilo percorrerá no primeiro e quarto dias com o total da distância que
percorrerá no segundo e terceiro dias será igual a:

A. 18 km. 
B. 21 km.
C. 28 km.
D. 14 km. 
E. 24 km.

grau de dificuldade:

resolução:
A distância percorrida por Murilo em 4 dias, forma uma PG de 4 termos e razão q =
2.

1° dia 2° dia 3° dia 4° dia


 

distância x 2x 4x 8x

- a soma dos termos é igual ao percurso total da corrida, isto é, 15x = 90 ⟹ x = 6


quilômetros.
- a questão pede o valor de (x + 8x) - (2x + 4x) = 9x - 6x = 3x = 3(6) = 18 quilômetros.
▶ resposta: A

64 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOINHAS/SC – EXCELÊNCIA SELEÇÕES – 2019)


Um homem programou uma viagem com seu carro, e na programação havia duas
paradas na estrada, uma quando estiver viajado 1/3 da viagem, e a segunda para
quando tiver viajado mais 4/9 da viagem. Se a viagem total seria de 450 km,
quantos quilômetros ele vai ter andado quando parar pela segunda vez? 

A. 350 km
B. 187,5 km
C. 200 km
D. 300 km
E. Nenhuma das alternativas

grau de dificuldade:

resolução:
Como a viagem total tem 450km, temos:

  
 
Logo, andou-se 350km.
▶ resposta: A

65 (CÂMARADE GOIÂNIA/GO-CS-UFG-2019) Um comerciante possui uma pequena


empresa que trabalha com a fabricação e venda de tortas, salgados e doces. O
preço de um salgado e um doce corresponde ao preço de uma torta mais R$
20,00. Em determinado mês, ele produziu 50 tortas, 90 salgados e 40 doces,
obtendo um faturamento de R$ 7.950,00. Devido à crise financeira, o comerciante
passou a vender a torta e o doce com 20% de desconto e o salgado com 30% de
desconto, tendo vendido em um mês 60 tortas, 100 salgados e 150 doces, com um
faturamento de R$ 10.730,00. Nessas condições, o preço da torta, sem o desconto
de 20%, era:

A. R$ 35,00
B. R$ 45,00
C. R$ 60,00
D. R$ 80,00

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Criar equações.
resolução:
Iremos criar algumas equações para organizar a questão, veja:
1ª EQUAÇÃO: S + D = T + 20 →S = T + 20 - D
2ª EQUAÇÃO: 50T + 90S + 40D = 7950
3ª EQUAÇÃO: 60(0,8T) + 100(0,7S) + 150(0,8D) = 10730 →
48T + 70S + 120D = 10730

Fazendo as substituições
50T + 90 (T + 20 - D) + 40D = 7950
50T + 90T + 1800 - 90D + 40D = 7950
140T - 50D = 7950 - 1800
140T - 50D = 6150

48T + 70 (T + 20 - D) + 120D = 10730


48T + 70T + 1400 - 70D + 120D = 10730
118T + 50D = 10730 - 1400
118T + 50D = 9330
140T - 50D = 6150
+
118T + 50D = 9330
Logo,
140T + 118T = 6150 + 9330
258T = 15480
T = 15480 / 258
T = 60
▶ resposta: C

66 (BANESTES – FGV – 2018) Três urnas A, B e C contêm, respectivamente, 37, 57 e


86 bolas. Arrumam-se as bolas de modo que as três urnas fiquem com,
exatamente, as mesmas quantidades de bolas. O total de bolas nas três urnas é o
mesmo total inicial.

Conclui-se que, em relação às quantidades iniciais de bolas nas urnas:


A. A urna A tem agora 33 bolas a mais.
B. A urna B tem agora 3 bolas a menos.
C. A urna C tem agora 26 bolas a menos.
D. A urna A tem agora 27 bolas a mais.
E. A urna B tem agora 7 bolas a mais.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Poderíamos também resolver analiticamente a questão.
Sejam x, y e z as quantidades de bolas que devemos adicionar ou subtrair das
urnas A, B e C, respectivamente, para que fiquem com o mesmo número de bolas.
Temos então o sistema,

Logo, devemos subtrair 26 bolas da urna C, para que as três urnas fiquem com 60
bolas.
Alternativa A: INCORRETA. Se a urna A tem 33 bolas a mais, então tem um total
de 37 + 33 = 70. Como as 3 urnas tem a mesma quantidade de bolas, o total das 3
urnas será de 3 x 70 = 210 bolas, o que está em desacordo com o total inicial 37 +
57 + 86 = 180 bolas.
Alternativa B: INCORRETA. Se a urna B tem 3 bolas a menos, ou seja 57 – 3 = 54, o
total das 3 urnas será 3 x 54 = 162, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
Alternativa C: CORRETA. Se a urna C tem 26 bolas a menos, ou seja 86 – 26 = 60, o
total das 3 urnas será de 3 x 60=180 bolas, que condiz com o total inicial de 180
bolas.
Alternativa D: INCORRETA. Se a urna A tem 27 bolas a mais, ou seja, 37 + 27 = 64,
o total das 3 urnas será 3 x 64 = 192, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
Alternativa E: INCORRETA. Se a urna B tem 7 bolas a mais, ou seja 57 + 7 = 64, o
total das 3 urnas será 3 x 64 = 192, o que contraria o total inicial de 180 bolas.
▶ resposta: C

67 (COMPESA-FGV -2018) Considere uma sequência de números na qual cada


número, a partir do terceiro, é a soma dos dois anteriores. Se o quinto número
dessa sequência é 88 e o sétimo é 229, então o segundo número é:

A. 17.
B. 18.
C. 19.
D. 20.
E. 21.
grau de dificuldade:

resolução:
Organizando as informações, teremos que:
A+B=C
D=C+B
E=D+C
F=E+D
G=F+E
Logo, como G = 229 e o E = 88, só precisamos substituir:
Temos 229 = F + 88, logo, F = 141
Assim:
141 = 88 + D, logo, D = 53.
Se 88=53 – C, logo, C =35
Se 53 = 35 – C, logo, B = 18
Temos que B é o segundo termo, sendo assim, a resposta é 18.

RESPOSTA: B

68 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA/SP – CONSULPAM – 2019) Em uma


família, a idade do pai somada com a idade do filho dá 35 anos e a diferença da
idade do pai com a idade do filho dá 21 anos, logo a idade do pai é:

A. 28 anos.
B. 27 anos.
C. 26 anos.
D. 25 anos.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Sistema de equações.
resolução:
Chamando Pai = p e Filho = f, temos:

 
portanto, o Pai tem 28 anos.

▶ resposta: A
69 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Em cada lançamento em um jogo
de dardos, um jogador em particular acerta, consistentemente e de forma
aleatória, uma a cada seis vezes, o alvo. Quantos dardos no mínimo esse jogador
tem de lançar, para que tenha chance igual ou maior que 50% de acertar o alvo
alguma vez nesses lançamentos?

A. 1
B. 2
C. 3
D. 4
E. 5

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
  Usar equações equivalentes para que possa facilitar na comparação de frações.

Se o jogador acerta , consequentemente a probabilidade de errar é .

Então, se lançamos vezes, temos que a probabilidade de errar será de .

Logo, a probabilidade de acertar o alvo é de .


 
Como queremos que a probabilidade seja pelo menos 50%, temos:

Testando valores para n, temos:


Alternativa A: INCORRETA. Para

Alternativa B: INCORRETA. Para

Alternativa C: INCORRETA. Para

Alternativa D: CORRETA. Para

,
portanto, o menor valor inteiro que satisfaça é quando n = 4.
Alternativa E: INCORRETA.

.
Não pode ser a Alternativa E, pois o 5 não é o menor inteiro para que satisfaça
essa sentença.
70 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Dois números reais tais que seu
produto é igual a 24, e o quadrado de sua soma é igual a 98. Nessas condições, é
CORRETO afirmar que:

A. Somente um desses números é um número inteiro.


B. Ambos os números são números inteiros.
C. O quadrado da subtração desses números é par.
D. O quadrado da subtração desses números é ímpar.
E. A soma desses números é um número inteiro.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Sejam , temos:
xy = 24 (I)

(x+y)2 =98 (II) x2+2xy+y2=98 (II)
Analisando a (II), temos:
x2+y2=98-2xy → →
x2+y2=98-48 x2+y2=50
Alternativa A: INCORRETA. Nesse caso teremos que calcular os valores de x e y,
temos:

Como é uma equação biquadrada, vamos chamar →


  
Logo,
x2=18 ou x2=32
Sabendo que x2+y2=50 temos,
Se x2=18, então y2=32
Se x2=32, então y2=18,
Nos dois casos, teremos valores irracionais para x e para y, portanto, a alternativa
está incorreta.
Alternativa B: INCORRETA. Usando a letra anterior, sabemos que x e y são
irracionais, portanto, a alternativa está incorreta.
Alternativa C: CORRETA.
Isso vale para o caso (y-x)2, portanto a
alternativa está correta.
Alternativa D: INCORRETA. Usando a alternativa anterior, vimos que o quadrado
da subtração é um número par, portanto, a alternativa está incorreta.
Alternativa E: INCORRETA.

, logo, a soma dos números não é um número


inteiro, portanto a alternativa está incorreta.

Sequências, Progressão Aritmética e Geométrica


71 (UFPR – UFPR – 2018) Considere a sequência de números cujo primeiro
elemento é x1 = 1 e os demais são calculados como a média entre 1/3 e o
elemento anterior. Assim, o segundo e terceiro elementos, respectivamente x2 e
x3, são dados por:

Sendo assim, o quinto elemento dessa sequência é:


A. 3/2.
B. 5/6.
C. 4/5.
D. 3/4.
E. 3/8.

grau de dificuldade:

resolução:

▶ resposta: E

72 (UFG – CS UFG – 2018) Dados os números 3 e 7, deseja-se inserir entre eles nove
números de modo que os onze números formem uma progressão aritmética.
Nesse caso, o oitavo termo dessa progressão será:

A. 5,4
B. 5,8
C. 6,2
D. 6,6

grau de dificuldade:

resolução:
Temos um PA de 11 termos, onde a1=3 e a11=7. Usando a expressão do termo
geral
an = a1 + (n - 1)r, temos, a11 = 3 + (10)r ⟹ 7 = 3 + 10 

r⟹ . Usando de novo o termo geral,


obtemos, .
▶ RESPOSTA: B

73 (UFOP – UFOP – 2018) Três termos consecutivos de uma progressão geométrica


crescente são x, x + 20 e 2x + 10.

A razão dessa progressão é:


A. 40
B. 3/2
C. 1/2
D. -10

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:

Lembrando que numa PG: a₁, a₂, a₃, ... , an, ...  , temos, an=a(n-1) q, para n 2. Isto
é, a partir do 2º termo, um termo é igual ao produto do seu antecedente pela
razão.
Uma forma alternativa para resolver o problema é resolver o sistema de equações
em q,

- Multiplicando (I) por -1:  -x -20 = -xq   (III)


- Somando (III) + (II):    2x+10 = xq + 20q
                                      -------------------------------
                                     x-10=20q⟹x=20q+10     (IV)
- Substituindo (IV) em (I):

- Resolvendo a equação de 2º grau, temos

 
Como a PG é crescente, escolhemos q = 3/2.
Alternativa A: INCORRETA.  Se a razão q = 40, pela dica do autor devemos ter:
I. e,
II. Logo, temos uma contradição, pois o valor de x
deve ser único.
Alternativa B: CORRETA.  Se a razão , pela dica do autor devemos ter,

I. e,
II

Logo, os termos da PG são:


x = 40, x + 20 = 60 e 2x + 10 = 90.
Alternativa C: INCORRETA.  Se a razão , pela dica do autor devemos ter,

I.    e,

II.
 
 
Logo, temos uma contradição, pois o valor de x deve ser único.
Alternativa D: INCORRETA.  A razão q não pode ser negativa, pois, a PG é
crescente.

74 (UFOP – UFOP – 2018) A soma de todos os múltiplos pares de 7 com três


algarismos está mais próxima de:

A. 35.000
B. 66.000
C. 70.000
D. 140.000

grau de dificuldade:

resolução:
Consideremos a PA formada pelos múltiplos de 7 com 3 algarismos,
105, 112, 117, 126, 133, 140, ..., 987, 994, onde a1=105, r = 7 e an=994.
A partir desses dados e usando a fórmula do termo geral, podemos calcular n, que
é o número de termos da PA:

 
Observe que essa PA de 128 termos é formada por termos ímpares e pares
alternadamente. A razão disso é que, ímpar + ímpar = par e par + ímpar = ímpar.
Podemos extrair dessa PA uma nova PA formada apenas pelos termos pares,
112, 126, 140, ......................, 980, 994, onde, a1=112,
r =14 e an= 994 e n = 64.
Usando a fórmula da soma dos n termos de uma PA, podemos responder à
questão,
▶ resposta: A

75 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Uma torneira defeituosa é tal que


a quantidade de gotas pingando por vazamento dobra a cada dia. Se a torneira
vaza uma gota no primeiro dia, 2 gotas no segundo dia, 4 gotas no terceiro dia e
assim por diante, sabendo que um litro d’água possui, em média, 16.384 gotas, em
quanto tempo a torneira terá vazado uma caixa d’água de 512 litros?

A. Mais de 20 dias.
B. Menos de 10 dias.
C. Não menos que um mês.
D. Não menos que um ano.
E. Em exatamente 10 dias.

grau de dificuldade:

resolução:
Sabemos que, “a quantidade de gotas pingando por vazamento dobra a cada dia”,
ou seja,
1º dia→ 1 gota
2º dia→ 2 gotas
3º dia→ 4 gotas
Cada litro possui 16.384 gotas, fatorando esse valor obtemos 214.
A caixa d’água possui 512 litros, fatorando esse valor obtemos 29,
Então, o total de gotas:

,
logo podemos concluir que n > 23

▶ resposta: A

76 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA/SP – CONSULPAM – 2019) Em uma


progressão geométrica, o primeiro termo vale 4 e o sexto termo vale 128, logo a
sua razão vale:

A. 6.
B. 4.
C. 3.
D. 2.
E. 5.

grau de dificuldade:

resolução:
, temos

▶ resposta: D
Unidades de Medidas

77 (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA – FAUEL – 2019) Recentemente, foi


anunciada a alteração na forma de se definir a medida de um quilograma, medida
padrão para massa, utilizada na ciência e no cotidiano, no Brasil. Até hoje se
utilizava um objeto como padrão para definição de quanto vale 1kg. A partir de
20/05/2019, 1kg será um múltiplo de uma constante física, a constante de Planck.

A limitação da forma atual de se definir o quilograma é a acumulação de sujeira no


objeto ou perda de partículas no manuseio e limpeza. Sabendo que as medidas
indicavam uma flutuação em até 50 microgramas com outros objetos idênticos
guardados em outros locais do mundo, que fração de um quilograma representa
essa flutuação? (Considere que 1 micrograma é um milionésimo de grama).

A.

B.

C.

D.  

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Transformação de unidades de medidas.
resolução:
1 milionésimo = 10-6 gramas, logo:
50 microgramas = 50×10-6 gramas,
Como queremos em quilogramas, temos:

▶ RESPOSTA: B

78 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Considere a tabela a seguir:

Hora inicial Tempo transcorrido Hora final

12h 54min II. _______ 16h 27min


I.  _______ 2h 48min 19h 23min

10h 37min 4h 56min III. _______

Assinale a alternativa abaixo que corresponde às lacunas I, II e III


respectivamente.
A. 3 h 33 min, 16 h 35 min e 15 h 33 min.
B. 3 h 23 min, 22 h 11 min e 15 h 43 min.
C. 4 h 12 min, 21 h 51 min e 5 h 41 min.
D. 4 h 23 min, 17 h 05 min e 14 h 53 min.
E. 3 h 43 min, 16 h 15 min e 15 h 59 min.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Revisar as transformações de medidas de tempo.
resolução:
Se analisarmos a tabela, perceberemos que precisamos fazer contas simples e
pelo estudo das alternativas apenas precisamos fazer uma!
Assim, sabemos que 1h=60min e, fazendo a subtração para encontrarmos I,
teremos:

16h 27min 15h 87min

12h 54min 12h 54min

_________ _________

3h 33min
 
Como a letra A é a única alternativa que contém esse valor, temos que ela é a
correta!
▶ resposta: A
Análise Combinatória e Probabilidade

79 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOINHAS/SC – EXCELÊNCIA SELEÇÕES – 2019)


Estudando Probabilidade na prática, com um dado João fez a si mesmo a seguinte
pergunta: Ao lançar dois dados, qual é a probabilidade de eu obter a soma dos
dois dados igual a 9?

É CORRETO afirmar que a resposta para a pergunta dele foi igual a:


A. 1/6 ou 16,66%.
B. 1/9 ou 11,11%.
C. 2/9 ou 22,22%.
D. 1/8 ou 12,50%.
E. 1/18 ou 5,56%.

grau de dificuldade:

resolução:
Sabemos que são 36 possibilidades possíveis em dois dados. Veremos as
possibilidades de jogadas: 3 e 6 = 6 e 3, 4 e 5 = 5 e 4, pois, a ordem não importa,
portanto, temos 2 possibilidades.

Logo,
▶ resposta: E

80 (COMPESA – FGV – 2018 ) Há quatro urnas numeradas de 1 a 4 e quatro bolas,


também numeradas de 1 a 4. O número de maneiras de se colocar uma bola em
cada urna, de modo que nenhuma urna fique com a bola de mesmo número, é:

A. 12.
B. 11.
C. 10.
D. 9.
E. 8.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Trata-se de uma permutação caótica.
resolução:
Este problema envolve o que a Análise Combinatória trata com o nome de
permutação caótica e tem fórmula:

Logo, resolvendo o M.M.C e o fatorial de 4 encontraremos P = 9.


▶ resposta: D

81 (COMPESA – FGV – 2018) Em uma urna há 100 fichas, sendo 28% amarelas e as
demais azuis. Retiram-se N fichas azuis da urna, de modo que as fichas amarelas
passam a representar 70% das fichas da urna. Nenhuma ficha amarela foi retirada.
O valor de N é:

A. 70.
B. 60.
C. 56.
D. 48.
E. 30.

grau de dificuldade:

resolução:
Em uma urna há 100 fichas, sendo 28% amarelas e as demais azuis. Retiram-se N
fichas azuis da urna, de modo que as fichas amarelas passam a representar 70%
das fichas da urna. Nenhuma ficha amarela foi retirada.
Assim,
Amarelas = 28
Azuis = 72
Se 28 fichas correspondem a 70% quanto vale 100%?
28 x 100 / 70 = 40 fichas
Amarelas = 28
Para completar 40 faltam 12 fichas azuis, logo foram retiradas 60 bolas azuis.
O valor de N é 72 - 12 = 60

▶ resposta: B

82 (COMPESA – FGV – 2018) Débora sorteia, aleatoriamente, um número do


conjunto {1, 2, 3, K,10} e Fátima sorteia, também aleatoriamente, um número do
conjunto {1, 2, 3, K, 20}. A probabilidade de o número sorteado por Fátima ser
maior do que o número sorteado por Débora é:

A. 1/2
B. 13/20
C. 17/20
D. 23/40
E. 29/40

grau de dificuldade:

resolução:
Total de possibilidade= 10.20= 200
D = 1 ---> F = (2, 3, ... 20) --> 19 possibilidades
D = 2 ---> F = (3, 4, ... 20) --> 18 possibilidades
D = 3 ---> F = (4, 5, ... 20) --> 17 possibilidades
______________________________________
D = 10 --> F = (11,... 20) ---> 10 possibilidades
Temos a soma de uma PA com a1 = 1 e a10 = 19

 
▶ resposta: E
83 (PREFEITURA DE PETROLINA – IAUPE – 2019) Em uma escola, há uma e somente
uma turma de cada uma das séries do ensino fundamental (1º ao 9º ano). Em cada
turma, temos 40 ou mais alunos. Todos os alunos dessas turmas – e apenas dessas
turmas – estão no pátio. Qual o número mínimo de alunos que, escolhidos
aleatoriamente, garante a escolha de, pelo menos, 4 alunos de uma mesma
turma?

A. 22 alunos sorteados.
B. 25 alunos sorteados.
C. 27 alunos sorteados.
D. 28 alunos sorteados.
E. 37 alunos sorteados.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar o Princípio da Casa dos Pombos.
Alternativa A: INCORRETA. Pegando 3 alunos com 8 turmas, temos 3×8 = 24, com
isso, 2 turmas das 8 terão 4 alunos. Como ele quer pelo menos 4, teremos que
analisar as outras alternativas.
Alternativa B: INCORRETA. Utilizando a alternativa anterior, teremos, neste caso,
3 turmas das 8 terão 4 alunos.
Alternativa C: INCORRETA. Utilizando o mesmo pensamento das alternativas
anteriores, temos 3×9 = 27, portanto estaria fechado e não teríamos pelo menos 4
em uma das turmas.
Alternativa D: CORRETA. Utilizando a alternativa c, temos, 3×9= 27, com isso, pelo
princípio da casa dos pombos pelo menos uma dessas turmas terá 4 alunos.
Portanto, alternativa correta.
Alternativa E: INCORRETA. Por exclusão a alternativa será incorreta, mas vamos
analisar. 3×13 = 39, logo 2 turmas dessas 13 terão 4 alunos.

84 (INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – IFES – 2018) Em uma pesquisa


sobre intenção de votos, dois grupos foram pesquisados sobre a intenção de votos
nos candidatos A ou B. No primeiro grupo, 1500 pessoas foram pesquisadas, das
quais 900 pretendiam votar no Candidato A e no segundo grupo, das 1200
pessoas pesquisadas, 400 pretendiam votar no Candidato B. Em um segundo
momento, a partir dos dados dessa pesquisa, um grupo é sorteado
aleatoriamente; e, em seguida, uma pessoa desse grupo é sorteada. A
probabilidade dessa pessoa ter a intenção de votar no Candidato B é de
aproximadamente:

A. 63%
B. 37%
C. 53%
D. 47%
E. 50%

grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
Organizar informação e criar educação.
resolução:
No primeiro grupo, temos que de 1500 pessoas entrevistadas, 900 pretendiam
votar no candidato A, então 600 pessoas pretendiam votar em B, ou seja, 600/1500
= 2/5 das pessoas.
No segundo grupo, temos que de 1200 pessoas, 400 pretendiam votar em B, ou
seja, 400/1200 = 1/3 das pessoas.
A chance do grupo sorteado ser o primeiro ou o segundo é de 50%, então, temos
duas possibilidades, o primeiro grupo ser sorteado (1/2) e a pessoa com intenção
de votar em B (2/5), ou o segundo grupo ser sorteado (1/2) e a pessoa com
intenção de votar em B (1/3). A probabilidade será a soma dos dois eventos:

 
P = 11/30 = 0,366...
P≈ 37%
▶ resposta: B

85 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA/PB – CONTEMAX – 2019) Para jogar uma


partida de futsal, 10 (dez) crianças se dividem em dois grupos de 5 (cinco) cada. O
número de times diferentes possíveis é:

A. 252
B. 126
C. 63
D. 96
E. 136

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Basta lembrar do conceito e aplicação sobre análise combinatória (Arranjo,
combinação, permutação...).
resolução:
Como temos 10 estudantes e escolheremos dois grupos de 5 temos que:

 
Porém, como são dois grupos dividiremos esse valor por 2, logo: 126 times
diferentes.

▶ resposta: B
Função
 

86 (CFS-ESA – 2018)  Seja a função definida por f: R → R, tal que f(x) = 2x. Então f (a
+ 1) – f(a) é igual a:

A. f(1).
B. 1.
C. f(a).
D. 2.f(a).
E. 2

grau de dificuldade:

resolução:
Temos a função f(x)=2x. Com base na função exponencial, vamos calcular a
expressão f(a+1)-f(a), ou seja:
f(a + 1) - f(a) → 2a+1 – 2a
2 .2 -2    colocando em evidência o 2a, teremos:
1 a a

2a (21-1) = 2a = f(a)
▶ resposta: C

87 (CFS – ESA – 2018) Lembrando que zero ou raiz da função f (x) = ax + b é o valor
de x que torna a função nula, então, identifique a alternativa que apresenta a
função f (x) cuja raiz é igual a + 3.

A. f(x) = 2x – 5.
B. f(x) = x + 3.
C. f(x) = 3x.
D. f(x) = x – 3.
E. f(x) = 3x – 3

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Encontrar o coeficiente angular.
resolução:
Para termos 3 como raiz da função f(x) = ax + b, devemos ter a seguinte relação
entre os coeficientes:

Alternativa A:  INCORRETA.

Alternativa B: INCORRETA.

Alternativa C: INCORRETA.
Alternativa D: CORRETA.

Alternativa E: INCORRETA.

88 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOINHAS/SC – EXCELÊNCIA SELEÇÕES - 2019)


Considere duas retas Y1 e Y2 no plano xy, descritas por dois pontos apresentados
no Quadro a seguir:

Ponto/Reta Y1 Y2

1 (1; -3) (0; 4)

1 (3; 1) (4; 0)

Sobre as duas retas, avalie as seguintes proposições:


 
I. A reta Y1 é uma reta decrescente e a reta Y2 é uma reta crescente.
II. A reta Y1 não cruza o segundo quadrante e a reta Y2 não cruza o terceiro
quadrante.
III. O ponto de intersecção entre as retas Y1 e Y2 é (3; 1).
 
Das três proposições apresentadas, estão CORRETAS somente:
A. A proposição I e III.
B. A proposição III.
C. A proposição II.
D. As proposições II e III.
E. Todas as proposições estão corretas.

grau de dificuldade:

Assertiva I: INCORRETA. Calculando o coeficiente angular das retas temos:

, logo, a reta é crescente, pois seu coeficiente angular é positivo.


, logo a reta é decrescente, pois seu coeficiente angular é
negativo;
Portanto, afirmação é falsa.
Assertiva II: CORRETA. A reta 1 é y1=a1 x1+b1, logo substituindo um dos pontos
encontraremos nosso coeficiente linear (b). Temos, -3 = 2.1+ b →
b=-5, com isso
concluímos que, de fato, a reta, por ser crescente, não passa pelo segundo
quadrante. Na reta 2, temos, y2=a2 x2+b2, com mesmo raciocínio que
anteriormente, substituiremos um ponto na equação da reta 2, logo, 4 =-1.0+b →
b=4, ou seja, a reta não passa pelo terceiro quadrante;
Portanto, afirmação verdadeira.
Assertiva III: CORRETA. Sabemos que as retas Y1 e Y1 são escritas da seguinte
forma:
Y1 →y =2x -5
1 1

Y2 y2= -x2+ 4, como queremos saber o ponto que intersecciona as retas, temos
que,

x1=x2  e y1=y2, logo, 2x-5= -x+4 3x = 9→ x=3, com isso y1= 2.3-5 = 1 = -3+4 = y2,
ou seja, as retas se intersecionam no ponto (3,1).
Portanto, afirmação verdadeira.
▶ resposta: D

89 (CONCURSO PÚBLICO PARAÍBA DO SUL-RJ – PROMUNICíPIO – 2019) O jogo


torre de Hanói é um jogo criado pelo matemático Èdouard Lucas (1842 -1891). O
jogo contém três pinos e alguns discos estão uns sobre os outros em ordem
crescente de tamanho de cima para baixo.

O objetivo é passar todos os discos em uma quantidade mínima de movimentos


para um outro pino de modo que o disco menor sempre fica em cima do disco
maior como mostra a figura abaixo com 5 discos, como exemplo.
Para 1 disco é necessário 1 movimento. Para 2 discos são necessários 3
movimentos, para 3 discos são necessários 7 movimentos, para 4 discos são
necessários 15 movimentos. Observando o padrão, quantos movimentos mínimos
serão necessários para uma torre com 10 discos?

 
A. 128.
B. 511.
C. 1001.
D. 1023.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Padrão da torre de Hanói 2n-1.
resolução:
A torre de Hanói possui um padrão e este é escrito da forma 2n-1, onde n é o
número de movimentos. Logo, com n =10, tem-se, 210-1=1024 -1=1023.

▶ resposta: D

90 (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA  – FAUEL – 2019) O crescimento da


população P de uma cidade pode ser analisado a partir da tabela a seguir:

Ano População
(habitantes)

2013 130000

2014 131000

2015 133000

2016 134500

Considerando o ano de 2013 como ano zero da contagem, tal progressão pode ser
expressa como uma função, em que P é a população da cidade e t o ano
(considerando o ano 2013 = 0), do tipo:
A. Linear, descrita por P(t) = 130000 + 1500.t.
B. Linear, descrita por P(t) = 134500 - 1500.t.
C. Quadrática, descrita por P(t) = 130000 + 1500.t².
D. Exponencial, descrita por P(t) = 130000 + 1500t.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Utilizar ideias de funções (coeficiente angular).
RESOLUÇÃO:
Considerando 2013 como o zero da contagem, temos,
2013 → 0 
2014 → 1
2015 → 2
2016 → 3
Temos uma função de primeiro grau, logo:
y = P(t) = at+b

E nosso coeficiente linear é justamente o valor 130000, portanto,


P(t)=1500t+130000
▶ resposta: A

Á
91 (PREFEITURA DE ITÁ – AMAUC – 2019) Uma confeitaria vende bolo inglês e tem
custo inicial de R$ 120,00, além de um custo médio para produzir cada bolo inglês
de R$ 2,70. Em uma semana, o seu custo total foi de R$ 384,60. Neste período e
condições a confeitaria produziu quantos bolos ingleses?

A. 112 bolos.
B. 96 bolos.
C. 104 bolos.
D. 98 bolos.
E. 120 bolos.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Organizar as informações e definir uma função facilitará a RESOLUÇÃO da questão.
resolução:
Organizando as informações teremos:
Ci=120
Cm=2,70 (cada bolo)
ct=384,60 (1 semana)
Escrevendo uma equação para tal informação:
Ci+x.Cm= Ct, onde x=  quantidade de bolos inglês
120 + 2,70x = 384,60→ 2,70x = 384,60-120→ 2,70x = 264,60 → x= 264,60/2,70 →
x= 98 bolos
▶ resposta: D

92 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA/SP – CONSULPAM – 2019) Sendo a + b =


10 e m + x = 5, então o valor de am + ax + bm + bx é:

A. 15.
B. 20.
C. 50.
D. 100.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Fatoração de monômios e polinômios.
resolução:

▶ resposta: C

93 (PREFEITURA MUNICIPAL DE QUADRA/SP – CONSULPAM – 2019) Um retângulo


tem perímetro de 50 cm. Sabendo que a sua base é 5 cm maior que sua altura,
logo a sua área vale:
A. 120 cm²
B. 160 cm²
C. 150 cm²
D. 200 cm²

grau de dificuldade:

resolução:

▶ resposta: C

94 (TJ-SP-VUNESP -2019) Saí de casa com uma certa quantia comigo. Gastei
metade do que tinha e em seguida dei R$ 3,00 de gorjeta. Continuei e gastei
metade do que ainda tinha e novamente dei R$ 3,00 de gorjeta. Além dessas duas
vezes, fiz exatamente a mesma coisa outras duas vezes. Ao final estava com R$
17,00. Sendo assim, havia saído de casa com:

A. R$ 298,00.
B. R$ 344,00.
C. R$ 384,00.
D. R$ 362,00.
E. R$ 280,00.

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Use o caminho inverso para poder resolver.
resolução:
Vamos fazer o seguinte:
(17+3)×2=40
(40+3)×2=86
(86+3)×2=178
(178+3)×2=362
▶ resposta: D

95 (CONCURSO PÚBLICO PARAÍBA DO SUL – PROMUNICIPIO – 2019) João pretende


ir ao shopping de sua cidade cuja distância é 55 km. Para isso ele pegará um táxi
que cobra um valor fixo de R$3,90 mais R$1,50 por cada quilometro percorrido.
Quanto ele pagará ao taxista de sua casa até o shopping?

A. R$ 82,50.
B. R$ 84,50.
C. R$ 86,40.
D. R$ 89,40.
grau de dificuldade:

resolução:
Precisamos escrever uma função que defina essa situação, assim:
F(x) = 3,90+1,50x
Sabendo que x é a quantidade de quilômetros rodados e que para percorrer da
cidade até o shopping são 55km, teremos então,
F(x)= 3,90+1,50.55
Logo, F(x)= 86,40 reais.
▶ resposta: C
Fração Geratriz

96 (LIQUIGAS – CESGRANRIO – 2018) Colocar uma barra sobre o período é uma


das formas de representar uma dízima periódica:  = 0,333...

A expressão + é igual a:
A. 51/ 100.
B. 511/ 1000.
C. 11/ 18.
D. 14/ 15.
E. 5/ 9.

grau de dificuldade:

resolução:
Determine as frações geratrizes das dizima e  .

Então,

▶ resposta: C
Geometria Plana

97 (SEAD- IADES-2019) Jorge possui um terreno com 0,04 km² de área e comprou
outra região adjacente de 40 hm², que foi incorporada ao terreno antigo. A área
total do terreno, incluindo a nova região comprada, em m², é igual a:

A. 8.000.
B. 40.040.
C. 4.040.
D. 80.000.
E. 440.000.

grau de dificuldade:
DICA DO AUTOR:
  Fórmulas de figuras planas.
resolução:
Vamos transformar as áreas dos terrenos em metros quadrados.
Temos,

A=0,04km2 A= 0,004×1000000 = 40000

B=40hm2 B= 40×10000 = 400000
Logo,
A+B = 440000m2
▶ resposta: E
Expressão Numérica

98 (PREFEITURA DE ERVAL VELHO/SC – APRENDER – 2019) O valor final da


expressão abaixo é:

100 - (24 - (2,5 + 1,5 * (7 – 2) + 3) - 50):


A. 139
B. 123
C. 131
D. 117

grau de dificuldade:

resolução:
Para resolver esse tipo de questão basta apenas aplicar jogos de sinais e dos
parênteses, chaves e colchetes. Observe:
100-(24-(2,5+1,5.(7-2)+3)-50)
100-(24-(2,5+1,5.(5)+3)-50)
100-(24-(2,5+7,5+3)-50)
100-(24-(13)-50)
100-(-39)
139
▶ resposta: A
Números Complexos

99 (CFS-ESA – 2018) Considere o número complexo z = 2 + 2i. Dessa forma, z100:

A. É um número imaginário puro.


B. É um número real positivo.
C. É um número real negativo.
D. Tem módulo igual a 1.
E. Tem argumento.
grau de dificuldade:

resolução:
Repare que z100=(z2)50, uma vez que z2= (2+2i)2= 22+4i+4i2= 4i. Com isso, teremos:
→ →
z100=(z2)50 z100=(4i)50 z100=(22)50.
→ → →
i50 z100=2100.(i2)25 z100=2100.(-1)25 z100=-2100
Perceba que se trata de um número real negativo.
▶ resposta: C
Geometria Analítica

100 (PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCENA/PB – CONTEMAX – 2019) A distância


entre os pontos A (3,12) e B (10,4) é:

A. 10,57
B. 11,42
C. 10,63
D. 9,84
E. 12,13

grau de dificuldade:

DICA DO AUTOR:
Relembrar conceitos e fórmulas de distância entre pontos.
resolução:
Precisamos aplicar apenas a fórmula de distância entre pontos e encontraremos a
resposta, vejamos:

▶ resposta: C

Resumo Prático
Aqui você encontrara um resumo dos subsídios teóricos para a RESOLUÇÃO dos
exercícios do texto. Demos especial atenção ao capítulo de argumentos lógicos,
pois notamos que o assunto é pouco explorado nos textos usuais. Procuramos
também inserir exemplos simples que ajudem no entendimento de conceitos e
propriedades.
1.  LÓGICA PROPOSICIONAL/ARGUMENTOS/SILOGISMOS

1.1 LÓGICA PROPOSICIONAL


 
a) Proposições simples (átomos): São sentenças declarativas, as quais podemos
atribuir um e somente um valor verdade: Verdadeiro (V) ou Falso (F). Denotaremos
as proposições simples usando as letras minúsculas do alfabeto e seu valor logico
será denotado por v(p).
Notação: p, q, r, s........

Exemplos:
p: Pedro é médico e v(p) = indefinido,
q: 5 + 7 = 12 e v(q) = V,
r: Salvador é capital do Ceará e v(r) = F.

Contraexemplos:
p: Marcos é médico? (é interrogativa, não é declarativa)
r: 2x + y = 7 (sentença aberta, não conhecemos x e y)

b) Proposições compostas (moléculas): são proposições formadas por duas ou


mais proposições simples unidas por um conectivo denominado conectivo lógico.
Notação: P, Q, R, ...

Exemplos:
P: João é professor e Mara é psicóloga.
Q: Se vou ao cinema, então, Kica vai ao teatro.
R: Vou ao bar ou vou à praia e Tiago vai à escola.

c) Conectivos
Conjunção: ∧
P: p∧ q - lê-se “p e q” e P tem valor lógico V, se p e q são ambos verdadeiros.
Tabela verdade de P: p ∧ q:

P q P: p ∧q
V V V

V F F

F V F

F V F

 
Exemplo: P: “Paris fica na Inglaterra e 5 < 7”; v(P) = F, pois uma das proposições
tem valor
lógico falso.
 
Disjunção: ∨
P: p∨ q - lê-se “p ou q” e P é verdadeiro, se p for verdadeiro ou q for verdadeiro
(ou
ambos).
Tabela verdade de P: p ∨ q:

P q P: p ∨q
V V V

V F V

F V V

F V F

Exemplo: P: “Paris fica na França e 3 > 7”; v(P) = V, pois, pelo menos uma das
proposições
tem valor lógico verdadeiro.
 
Disjunção exclusiva: ∨
P: p∨ q: lê-se “p ou q, mas não ambos”.
 
Tabela verdade de: P: p ∨ q:

p q P: p ∨q
V V F

V F V

F V V

F F F

Exemplo: P: “5 é um número par ou 5 é um número ímpar”; v(P) = V, pois apenas


uma das proposições é verdadeira (no caso a 2ª), mas não ambas.
 
Condicional: →
P: p→ q -  lê-se “se p, então, q” e P só será falsa se p for verdade e q falso (VF)
 
Tabela verdade de P: p → q:

p q P: p →q
V V V

V F F

F V V

F F V
Exemplo: P: “Se Sonia é médica, então, sou professor.” v(P) só será falsa, se “Sonia
é médica” for verdade e “sou professor” for falsa.
 
Bi condicional: ↔
P:p↔ q - lê-se “p, se e somente se, q” e P é verdadeira se p e q tiverem os mesmos
valores verdade, isto é, se ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
 
Tabela verdade de P:p ↔ q:

p q P: p ↔q
V V V

V F F

F V F

F F V

Exemplo: P: “Salvador fica na Bahia, se, e somente se, 2 for um número ímpar.”
v(p) = F, pois as duas proposições não têm o mesmo valor lógico, a 1ª é verdadeira
e a 2ª é falsa.
Obs.: O número de linhas de uma tabela-verdade de uma proposição composta P
é dado por 2^n,  onde n é o número de componentes (átomos) de P.
 
Exemplo: Construir a tabela-verdade da proposição P: (p q)↔ →
~(p ∨
~q).
Neste caso n = 2, logo, teremos uma tabela de 2² = 4 linhas, além da linha superior
onde indicamos as proposições envolvidas nos cálculos.

P q pq q pq ~(pV~q) ↔ →
P:(p q) ~(pV~q)

V V V F V F F

V F F V V F V

F V F F F V V

F F V V V F F

1. 2 ARGUMENTOS
 
Um argumento é um conjunto de proposições, denominadas premissas,
acompanhado de outra roposição denominada conclusão.
Notação: Costuma-se enumerar as premissas.
P sobre um traço, é colocar a conclusão Q sob o traço.
Exemplo:
1) Se 2 é par, então, 3 não divide 10 (Premissa)
2) Mas 5 é primo (Premissa)
3) Portanto,2 é ímpar (Conclusão)
Um argumento é dito válido, se consideradas verdadeiras as premissas, deduz-se
que, através de propriedades lógicas que a conclusão é verdadeira. Os recursos
utilizados para mostrar a validade de um argumento são equivalências lógicas e
argumentos fundamentais, denominados regras de inferência. Abaixo segue
uma relação de equivalências básicas e as principais regras de inferência.

 
I. Equivalências Básicas

 
a) Idem potência (ID)
p⟺p pep⟺p ∧ p ∨
b) Comutação (COM)
p ∧ ∧
q⟺q ∨ pep q⟺q p ∨
c) Associação (ASSOC)
p ∧ ∧(q ∧ ∧ ∨ ∨ ∨ ∨ ∨
r) ⟺ (p q) rep (q r) (p q) r
d) Distributiva (DIST)
p ∧ ∨(q ∧ ∨ ∧ ∨ ∧
r) ⟺ (p ∨ ∧ (p ∨ r)
q) (p r) e p (q r) ⟺ (p q)
e) Dupla Negação (DN)
p ⟺ ~(~p)
f) Leis de De Morgan (DM)
~(p ∧ q) ⟺ ~p ~q e ~(p ∨ q) ⟺ ~p ~q ∨ ∧
g) Condicional (COND)
p → ∨
q ⟺ ~p q
h) Bicondicional (BICOND)
↔ → ∧ →
p q ⟺ (p q) (q p)
i) Contraposição (CP)
p → →
q ⟺~q ~p
j) Exportação-Importação (EI)
p ∧ → q → →r⟺p (q r)

 
II. Principais Regras de Inferência

 
As regras de inferência são pequenos argumentos, com 3 premissas no máximo,
cujas validades são intuitivas e de fácil demonstração.
Por exemplo, a regra da conjunção
p
q
______

p q

nos diz que, se as premissas p e q forem verdadeiras, a conclusão p q também é
verdadeira.
a) Regra da Adição (AD)
p                   e                 p
____                                ____                            
∨ ∨
p q                                 q p
b) Regra da Simplificação (SIMP)
p∧q                  e                p∧q
____                                   ____
  p                                          q
c) Regra da Conjunção (CONJ)
p                  e                      q
q                                           q
____                                   ____
∨ ∨
p q                                     q p
d) Regra Modus Ponens (MP)
p → q
p
____
q
Esta regra diz: “se uma condicional é verdadeira e o antecedente é verdadeiro,
então, o consequente é verdadeiro”.
 
e) Regra Modus Tollens (MT)
p → q
~q
____
~p
Esta regra diz: “se uma condicional é verdadeira e o consequente é falso, então, o
antecedente é falso”.
 
f) Regra do Silogismo Disjuntivo (SD)

p q         e        p q ∨
____                   ____
~p                       ~q
Esta regra diz: “se a conjunção é verdadeira e uma das componentes é falsa, então,
a outra é verdadeira”.
 
g) Regra do Silogismo Hipotético (SH)
p → q
q → r
_____
p → r
Esta é a propriedade transitiva da condicional.
Exemplos:

 
1. Verifique a validade do argumento: (notação linear). Temos 3
premissas e uma conclusão. Vamos escrever o argumento na forma
padrão, vista acima, deixando a conclusão ao lado. A ideia é, a partir das
3 premissas consideradas verdadeiras e usando as propriedades vistas
acima, criar novas premissas até chegar à conclusão.
1) p → q
2) r ∨~q
3) p ⊢ r (conclusão)
4) q - 1),3), MP (usei as premissas 1), 3) e Modus Ponens)
5) r - 4),2), SD (usei as premissas 4), 2) e Silogismo Disjuntivo)
Logo, o argumento é válido.
Obs.: A notação linear de um argumento tem a forma: P1,P2,P3,......,Pn ⊢ Q, onde Pi:
premissa e Q: conclusão.

 
2. Mostre que o argumento: é válido.
 


1) p ~q
2) p→ ∨
~r ⊢ ~(r s)
3) q∨ ~s)
4) p - 1), SIMP
5) ~q - 1), SIMP
6) ~r - 4),2), MP
7) ~s - 3),5), SD
8) ~r ~s -6),7), CONJ
9) ~(r v~s) -8).DM
Logo, o argumento é válido.

 
3. Verifique a validade do argumento: “Se a bola é redonda, então, ela
rola. A bola rolou. Logo a bola é redonda.”
Solução: Vamos traduzir o argumento para a forma simbólica, fazendo p: “a bola é
redonda” e q: “a bola é redonda”. Escrevendo o argumento na forma padrão,
temos,
1) p→ q
2) q ⊢ p (conclusão)
O argumento não é valido, pois, se uma condicional (premissa) é verdadeira e o
consequente é verdadeiro, nada podemos inferir sobre o antecedente, que pode
ser verdadeiro ou falso.

 
4. Mostre a validade do argumento: “Se José levou as joias, então, a
senhora Smith mentiu e foi cometido um crime. O senhor Smith não
estava na cidade. Se um crime foi cometido, então o senhor Smith
estava na cidade. Portanto, José não levou as joias.”
Solução: Traduzindo o argumento para a forma simbólica e colocando na forma
padrão. J: “Jóse levou as joias”; S: “a senhora Smith mentiu”; C: “foi cometido um
crime”; M: “o senhor Smith estava na cidade”.
1) J→ ∧ (S C)
2) ~M ⊢~J (conclusão)
3) C→ M
4) ~C -3),2), M T

5) ~(S C) -4), def. Conjunção
6) ~J -5),1), MT (conclusão)
Logo o argumento é válido.

1.3 SILOGISMOS
 
Denominamos silogismo todo argumento formado por duas premissas e uma
conclusão.
Exemplos:
1. Várias regras de inferência vistas acima são silogismos (CONJ, MP, MT, SD,
SH)
2. 1) se 6 não é par, então, 3 não é primo.

2) mas 6 é par ⊢ logo, 3 é primo. (argumento inválido, por quê?)


3. Teste a validade do silogismo:
1) Se um homem é mau, ele é infeliz.
2) Se um homem é infeliz, ele morre cedo ⊢ logo, homens maus morrem cedo.
(argumento válido, pois, tem a forma do Silogismo Hipotético).

2. PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS / DIAGRAMAS DE EULER-


VENN
 
Estudamos acima as relações entre proposições, geradas pelos conectivos , , ∧∨
→ , ⟺. Usando equivalências e regras de inferência estudamos a lógica da
argumentação. Veremos aqui as relações lógicas envolvendo os quantificadores
todo e algum, e, também, o quantificador de negação nenhum.
Uma proposição categórica é caracterizada por um quantificador seguido de
predicado(s).
Por exemplo: 
“algum homem é sábio.”
“todo ser vivo é imortal e inteligente.”
“nenhum animal esteve em Marte.”
As proposições categóricas apresentam-se de quatro formas distintas, em geral,
designadas pelas letras A, E, I e O. Dados os conjuntos S e P,
A: “Todo S é P” (proposição universal afirmativa)
E: “Nenhum S é P” (proposição universal negativa)
I: “Algum S é P” (proposição particular afirmativa)
O: “Algum S não é P” (proposição particular negativa)
Podemos visualizar as proposições categóricas através de diagramas de Euler-
Venn, como segue:

A: “Todo S é P” (S P)

E: “Nenhum S é P” (S P=ϕ)

 
 

“Algum S é P” (S P ≠ ϕ)

 
 
Obs.: o x indica que existe pelo menos um elemento na intersecção.
O: “Algum S não é P” (S-P ≠ ϕ)

 
 
Obs.: o x indica que existe pelo menos um elemento em S-P.
 

1.2 SILOGISMOS CATEGÓRICOS


 
Um silogismo categórico é um argumento composto por duas premissas
categóricas e uma conclusão também categórica.
Exemplo 1: Verifique a validade do silogismo categórico usando o diagrama de
Venn,
Todos brasileiros são inteligentes.
Todos baianos são brasileiros.
Portanto, todos baianos são inteligentes.
Denotando os conjuntos BR = {brasileiros}, I = {inteligentes} e BA = {baianos},
podemos montar o diagrama de Euler-Venn. Observe que temos três proposições
da forma A (universal afirmativa). Representando I por um diagrama retangular e
BR e BA por diagramas circulares, temos,

 
⊂ ⊂ ⊂
O diagrama nos mostra que, BA BR I ⟹ BA I, ou seja, “todo baiano é
inteligente”. Logo, o argumento é válido.
Obs.: a) A validade de um silogismo não depende do sentido ou significado das
proposições que o compõem, depende apenas da forma do silogismo.
b) No silogismo categórico, o predicado da conclusão é chamado de termo maior,
e o sujeito da conclusão é chamado termo menor. No exemplo acima, o termo
maior é “inteligentes” e o termo menor é “baianos”.

Exemplo 2: Através do diagrama de Euler--Venn, verifique a validade do


argumento:
Alguns quadrúpedes são gatos.
Todos os gatos são carnívoros.
Portanto, alguns quadrúpedes são carnívoros.

Denominando Q = {quadrúpedes}, G = {gatos} e


C = {carnívoros}, temos:

 
 
Observe que:

a) Q G≠ϕ (existe pelo menos um x quadrúpede carnívoro nessa região)
∩⊂
b) Q G C (todo x é carnívoro). Logo, podemos concluir que existe pelo menos
um quadrúpede carnívoro e o argumento é válido.

Obs:. Não podemos concluir que “Todos os quadrúpedes são carnívoros”, pois,
não podemos afirmar que a região Q-G=ϕ.

Exemplo 3: Através do diagrama de Euler--Venn, verifique a validade do


argumento:
Todos professores são dedicados.
Nenhuma pessoa dedicada é mentirosa.
Logo, nenhum mentiroso é professor.

Denotando, P = {bons professores}, D = {dedicados}, M = {mentirosos},


 
 

O diagrama mostra que P M=ϕ, ou seja, não existe professor mentiroso. Logo, o
silogismo é válido.
Alternativamente, poderíamos resolver da seguinte maneira,

 

As regiões riscadas são regiões vazias, logo P M=ϕ. Isto e, não existe professor
mentiroso e o silogismo é válido.

Exemplo 4: (Esaf – MPOG – 2011) Considerando as seguintes proposições: “Alguns


filósofos são matemáticos” e “Não é verdade que algum poeta é matemático”,
pode-se concluir apenas que:
A. Algum filósofo é poeta.
B. Algum poeta é filósofo.
C. Nenhum poeta é filósofo.
D. Nenhum filósofo é poeta.
E. Algum filósofo não é poeta.
resolução:
Construindo o diagrama lógico, temos:

 
 

Alternativa A: INCORRETA. Não podemos garantir que F P≠ ϕ

Alternativa B: INCORRETA. Não podemos garantir que F P≠ ϕ
Alternativa C: INCORRETA. Não podemos garantir que F∩P= ϕ
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos garantir que F∩P= ϕ
Alternativa E: CORRETA. Existe pelo menos um filósofo em que não está em P

Referências
 
1. Wikipédia. Números primos. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_primo>. Acesso em: 13 abr. 2018. 
2. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática. 2013.
3. ___. Matemática: Contexto e Aplicações. 3a ed. 4 vols. São Paulo: Ática. 2008.
4. PAIVA, Manoel. Matemática. ed 1. 3 vols. São Paulo: Moderna. 2009

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