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ESGOTOS SANITARIOS CONSIDERACOES GERAIS Asinstalagoes prediais de esgotos sanitérios destinam-se a coletar, conduzir ¢ afastar da edificagao todos os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitarios, dando-Ihes um rumo apropriado, normalmente indicado pelo poder puiblico competente. O destino final dos esgotos sanitarios pode ser a rede piiblica coletora de esgotos.ou.um.sistema particular de recebimento e pré-tratamento em regides (locais) que nao dispoem de sistema de coleta e transporte de esgotos. As condigdes téenicas para projeto e execucao das instalagoes prediais de esgotos sanitarios, em atendimento as exigéncias mini- mas quanto a higiene, seguranca, economia e conforto dos usuarios, sao fixadas pela NBR 8160. De acordo com a norma, 0 sistema de esgoto Sunitario deve ser projetado de modo a: * Evitara contaminagiio da égua, de forma a garantir sua quali- dade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento ede equipamentos sanitarios, como nos ambientes receptores. + Permitir 0 rapido escoamento da 4gua utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorréncia de vazamentos e a formacao de depésitos no interior das tubulagées. * _ Impedir que os gases provenientes do interior do dial de esgoto sanitario atinjam areas de utilizagao. * _Impossibilitar 0 acesso de corpos estranhos ao interior do sistema. * Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionaveis, * _ Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilacao. * Permitir a fixagdo dos aparelhos sanitarios somente por dispo- Sitivos que facilitemn sua remocao para eventuais manutengdes, Edificagao SISTEMAS DE COLETA E ESCOAMFNTO. DOS ESGOTOS SANITARIOS SISTEMAS INDIVIDUAIS Nos sistemas individuais de esgoto, cada prédio possui seu proprio sistera de coleta, escoamento e tratamento, como, por exemplo, ‘o conjunto de fossa séptica e sumidouro, Todo sistema particular de tratamento, quanda nao houver rede priblica de coleta de esgo- to sanitario, deveré ser concebido de acordo com a normalizagao brasileira pertinente. 0 dimensionamento da fossa e do sumidouro devera ser feito por um engenheiro, em fungdo do nuimerc de moradores e o padrao da construgao, uma vez que os residuos gerados sao proporcionais ‘ao volume de Agua consumido. A fossa séptica pode ser construfda com alvenaria ou ser pré-fabricada, Nos dois casos, ela deve atender as normas: * NBR 7229 —Projeto, construgao e operagio de sistemas de tanques sépticos; * NBR°SIEY— Tanques s¢pticos ~ Unidades de tratamento complementar e disposi¢ao final dos efluentes liquidos - Projeto, construgao e operagao. ‘Aguas servidas Sumidouro Aguas servidas SISTEMAS COLETIVOS Nos sistemas coletivos, existem redes coletoras assentadas nas ruas da cidade, que encaminham os esgotos até um determinado local, para tratamento e posterior langamento a um curso de agua. Cada edificagao deve ter a propria instalagao de esgoto, inde- pendentemente de prédios vizinhos, com ligagao & rede coletora ptiblica, ou seja, cada edificago deve ter um s6 ramal predial, exceto em construcdes de grande porte (shopping centers, hotéis, hospitais etc.), que podem, a critério da coneessiondria local, ter mais de uma ligagao de esgoto ao coletor priblico. Figura 4.2 Sistema coletivo. Caixa de inspecso Ramal pred Ramal predial SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO: As prineipais partes constituintes de uma instalacao predial de esgoto sanitario estao representadas de forma esquemdtica nas Figuras 4.3 e 4.4 Os principais componentes de um sistema predial de esgoto sfo: aparelhos sanitrios, desconectores ou sifoes, ralos, caixas sifonadas, ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda, co- luna de ventilagao, subcoletor, dispositivos de inspeciio (caixa de inapegao ¢ eaixa de gordura), coletor predialc valvula de retengso. ra 4.3 Partes constituintes de uma instalagao predial de esgoto. descarga Ramal de esgoto ces eke ea te Sad Coluna de SE Wrase autossifonado vventilago a RAMAL DE DESCARGA Ramal de descarga é a tubulacdo que recebe diretamente os efluen- tes de aparelhos sanitrios (lavatorio, bidé, bacia ete.). O ramal da bacia sanitéria deve ser ligado diretamente caixa de inspecao (edlificagao térrea) ou no tubo de queda de esgoto (instalagdes em pavimento superior). Os ramais do lavat6rio, do bide, da banheifa, do ralo do chuveiro e do tanque devem ser ligados & caixa sifonada. Os ramais com efluentes de gordura (pias de cozinha) devem ser Tigados a caixa de gordura (edificacio térrea) ou a tubos de ave- ds especificos, dentominados “tubos de gordura” (nas instalagoes fm pavimento superior). Para o dimensionamento de rama’s de descarga, utiliza~se tabela apropriada (ver “Dimensinamento das tubulagées”), conforme recomendagao_ da NBR 8160. DESCONECTOR (SIFAO) Desconector é um dispositivo dotado de vedar a passagem ce gases no sentido oposto 29 deslocamento do tesgoto, Nas instalagdes prediais de es60%%, existem dois tipos basi- ‘cos de desconectores: 0 sifao e a calxe sifonada, Os desconectores podem atender a soment 10) ou a um conjunto ite um aparelho (si n He aparelhos de uma mesma unidade ‘autonoma, como é 0 caso da caixa sifonada. fecho hidrico, destinado a De acordo com a NBR 8.160, todos os aparelhos sanitarios de- vyem ser protegidos por desconectores. Todo desconector deve ter fecho hidrico com altura minima de 50 mm, eapresentar orificio de saida com diémetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele salectado, Segundo a norma, deve ser assegurada amanutencio do echo hidrico de acordo com as solicitagoes impostas pelo ambiente (evaporacao, tiragem térmica, a¢4o | do verto, variagdes de pressio) ¢ pelo uso propriamente dito (succio € sobrepressao). 5 preciso, ha compra de sifdes, estar atento a essa exigéncia da norma. <— siféo ‘Arambiente —) Arcom i ‘odores aE] Sifo Fecho hidrico H=Som CAIXA SIFONADA ‘A-caixa sifonada é uma caixa de forma cilindrica provida de des- ‘conector, destinada a receber efluentes de conjuntos de aparelhos como lavatérios, bidés, banheiras € chuveiros de uma mesma uni- dade auténoma, assim como as éguas: provenientes de lavagem de devem ser providas de grelha. Sua tampa deve pisos — nesse caso, ser facilmente removivel para facilitar a manuten¢ao, mesmo a tampa dos ralos cegos. ao hfdrica evita que odores e insetos provenientes dos ramais de esgoto penetrem pelas aberturas dos ralos. B fabricada fem PVG e ferro fundido, com didmetros de 100 mm, 125 mm e 150 mm, Possui de umaa sete entradas de esgoto para tubulacoes com didmetro de 40 mm e tem apenas uma opgao de safda, com diametros de 50 mm e 75 mm. Deve ter sua localizagio adequada para receber os ramais de descarga e encaminhar a dgua servida para o ramal de esgoto. A posigao ideal para sua Jocalizagao ¢ aquela que atenda a estética e ahidréulica. (0s desconectores em geral (sif¥es, caixas sifonadas) e os ralos simples precisam ser posieionados em locais de facil acesso, de modo a permitir a limpeza e manutengao periddica. Os chuveiros e as 4guas de Javagem de pisos podem ser co- Ietados em ralos simples (secos), 08 quais devem ser ligados as caixas sifonadas. Entretanto, devido a razdes de estética, alguns ixa sifonada no box do chuvei- projetistas preferem localizar a cai Po Nesse caso, 0 ralo do box néo deve ser localizado no centro geomeétrico dessa pequena: rea, pois fatalmente 0 usuario se posi- eonard sobre ele, podendo danificd-1o ouser vitima de acidentets Portanto, deve-se posicionar o ralo num dos cantos do box, de Freferéneia junto & parede oposta a porta de acesso, nao somen’e para se evitar que a agua saia do box, como para $© eliminar 0s problemas acima citados, Avedagi RCo ec anal Fonte: Tigre: RALOS “Bxistem dois tipos de ralo: seco (sem protegio hidriea) e sifonado (com protegao hidrica). Normalmente, 08 ralos Sot so utilizados para receber éguas provenientes de chuvelro (box), pisos lavaveis, reas externas, terragos, varandas etc. Nao deve, entretanto, receber efluentes de ramais de descarga. 0s ralos também sao fabricados em ferro fundido @ em PVC. Existem diversos tipos e modelos de ralo em PVC, porta-grelhas, grelhas sem suporte, grelhas com dispositive de vedagao rotativo @ grelhas em inox e em aluminio anodizado. “Além dos ralos tradicionais (seco sifenado) a Tigre apresenta outros modelos, tais como: ralo de safda articulada, antiespuma, ghttinfiltragao e o ralo linear (ver Figura 4.8) rE ana Fonte: Tigre. RALO DE SAIDA ARTICULADA" AA fungao do ralo com safda articulada ¢ eoletar aguas servidas ¢ pluviais de terragos e pisos e permitir flexibilidade na safda para oramal de descarga. 0 ralo com saida articulada apresenta varios beneficios em relagao aos ralos convencionais © Facilidade de instalagdo e racionalizagaio do tracado da instalacao; * Permite a instalacao de prolongamentos DN 100, an -infiltragdo e antiespuma Tigres ‘+ Impede o entupimento do sistema de esgoto; * Maior vazao de operacao (melhor desempenho hidréulico). RALO ANTIESPUMA’ B um dispositivo que bloqueia o retorno do ral tacdio de 4gua no local onde esta instalado. permitindo a capt Esse bloqueio acontece porque quando a espuma comeca a ser escoada pela tubulacdo de entrada das caixas eralos e tenta passar pela grelha, a porracha interna do antiespurna dobra e impede sua passagem. ‘Além de evitar o reflux de espuma, ambiente por insetos, e é 0 unico compat sifonadas do mercado, Esto disponiveis nos s DN 100 ¢ DN 150. vais beneficios do ralo antiespuma s80: lo ou caixa sifonada, evita a contaminacao do tivel com todas as caixas ceguintes diametros: Os princip: © Vedagaio eficiente e duravel garantida pelo anel em borracha nitrilica; de vedagao «Acaba com o incoveniente do retorno da espumas «Pode ser aplicado em ralos e caixas sifonadas instaladas 1té de banheiros; nas areas de servigos ou at 6 fécil de limpar e instalar; « Coleta a égua do piso enquanto bloqueia a espums. * Tonos e Conexdes Tigre S.A. ‘Manual técnico Tigre: orientacdes téenicas sobre instalagoes hidrau- Ticas prediais/Tigee S.A. Joinville: Tigre, 2008. RALO ANTI-INFILTRACAO” Sua funcdo principal ¢ impedir a infiltragao de agua entre o piso e a caixa sifonada juntamente cam o sistema de impermeabilizacao, Sao fabricados nas bitolas DN 100 ¢ 150. ‘A grande vantagem desse tipo de raloé coletar a gua de uma provavel infiltracao entre o piso e o sistema de impermeabilizacao que se integra ao corpo da caixa sifonada, conduzindo a agua para: 6 interior da caixa sifonada e, desta forma, impedindo que a in- filtragdio percole para a parte inferior da laje ou do terreno. Além disso, de acordo com 0 fabricante, apresentam outros beneficios Ser de facil instalacdo: as ranhuras na parte inferior faci- litam a fixagao e impedem a formagao de bolhas de ar na argamassa de assentamento; ‘Ser compativel com todos os sistemas de impermeabilizagao do mercado; Possuir limitadores e area recartilhada para fixagao na manta, impedindo sua ma instalagao. RALO LINEAR® ‘A sua fungdo principal é captar gua servida em sacada, box de banheiros, lavanderias etc. Também é muito utilizado em transigao de sacada-sala. De acordo como fabricante, o produto resulta em boa economia de mao de obra e material, pois como o caimento ¢ feito em uma diregao tiniea, nao hanecessidade de recortes e adaptagbes no piso. ‘Sao fabricados em PVC, com as seguintes dimensdes: 50, 70 90 cm de comprimento e 5,5 cm de largura. As cores disponiveis sio: grelhas brancas e areia (corpo branco) e grelhas cinza e inox (corpo cinza). Os principais beneficios do ralo linear sao: ‘+ Design inovador: combina com qualquer ambiente; © Maior vazie de captacao de agua; * Facil installaeao: conexdes soldadas com adesivo para PVC; * Facil limpeza: material de PVC livre de incrustagdes; * Versatilidade: pode ser usado para escoamento de égua * TUBOS e Conexbes Tigre S.A. do chuveire ou aplicado em varancas, lavanderias e pisos Manual técnico Tigre: orientacies comerciais. {6cnicas sobre instalagées hideiu- licas preclais/Tigee S.A. Joinville: Tigre, 2008. Ralo de safda articulada Ralo antiespuma Ralo anti-infltragio. RAMAL DE ESGOTO CO ramal de esgoto recebe os efluentes: ligagbes ao subcoletor ou coletwr predial dev aera de inspegdo, em pavimentos térrecs, o4 CUbOS de pavimentos sobrepostos. Em edificios com mai do térreo deverd ser ligado diretar tubulacao independente. Para seu tabela apropriada (ver “Dimensional acordo com a NBR 8160. dosramais de descarga. Suas vem ser efetuadas Por queda, em is de um pavimento, 0 ramal de esgoto mente a caixa de inspegao, por dimensionamento, utiliza-se mento das tubulagoes”), de Pte OMe a Tubo de queda Bacia ‘sanitaria Ramal de 0 Ramais de descarge RAMAL COM EFLUENTE DE GORDURA Os ramais com efluentes de 8 i sordura (pias de cozinha) devem ser ligados a caixa de gordura (edificagao térrea) ou a “tubos de gor- dura” (nas instalagdes em pavimento superior). TUBO DE QUEDA Tubo de queda é a tubulagao vertical existente nas edificagoes de dois ou mais pavimentos, que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga. Ele deve ser instalado, sempre que possfvel, com alinhamento vertical (sem desvios) e diametro uni- forme. O tubo de queda nao deve ter diametro inferior ao da maior tubulacao a ele ligada (normalmente, o ramal da bacia sanitéria, que possui didmetro de 100 mm). O diémetro nominal minimo do tubo de queda que recebe efluentes de pias de copa, cozinha ou de despejo ¢ igual a 75 mm. Para o dimensionamento de tubos dle queda, deve ser consul- tada tabela especifica (ver “Dimensionamento das tubulagdes”), de acordo com recomendacoes da NBR 8160. Figura 4.10 Tubo de queda em edificios com mais de dois pavimentos. Cobertura 2 Pavimento Subsolo TUBO VENTILADOR E COLUNA DE VENTILAGAO ‘Tubo ventilador ¢ aquele destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para 0 interior das instalagdes de esgoto e vice- -versa, com a finalidade de protegé-las contra possfveis rupturas do fecho hidrico dos desconectores (sifoes).. Quando desenvolvido por um ou mais pavimentos, esse tubo denomina-se “coluna de ventilagao”, Sua extremidade superior, nesse caso, deve ser aberta a atmosfera e ultrapassar o telhado ou alaje de cobertura em, no mfnimo, 30 em. Para impedir a entrada de folhas, agua de chuva e outros tipos de obstrucio na colina de ventilacao, a TIGRE oferece os “Termi- nais de Ventilacao,” fabricados nos diametros de 50, 75 e 100 mm. Esses dispositivos dispensam a colocagao de cotovelos com telas de protectio (Figura 4.13) nas extremidades cas colunas de ventilacao. De acordo com a NBR 8160, a extremidade aberta de um tubo ventilador ou coluna de ventilacdo deve situar-se a uma altura m{- nima igual a 2 m acima de terrago, no caso de laje utilizada para outros fins além da cobertura. Com relacdoao projeto arquiteténico, nao deve estar situada a menos de 4 m de qualquer janela, porta ou vao de ventilagao, salvo se elevada pelo menos 1 m das vergas dos respectivos vos. © tubo ventilador e a coluna de ventilagao devem ser verticais €, sempre que posstvel, instalados em uma tinica prumada. De- vem ter diametros uniformes, sendo que, em residéncias térreas, normalmente, adota-se como didimetro 0 valor de 50 mm e, em edificios com mais de dois pavimentos, o minimo de 75 mm. Para odimensionamento das colunas de ventilagao, devem ser consulta- das tabelas apropriadas (ver “Dimensionamento das tubulagoes”), conforme recomendacdes da NBR 8160. RAMAL DE VENTILACAO, Bo trecho da instalagao que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto, de um ou mais aparelhos sanitérios ‘uma coluna de ventilacao ou a um tubo ventilador primério. ‘Aligacao do ramal de ventilacao a uma coluna de ventilagao (tubo ventilador primério) deve ser feita demodo a impedir 0 acesso de esgoto sanitério ao interior dele. Dessa maneira, toda tubula- cao de ventilagio deve ser instalada com aclive minimo de 1%, de modo que qualquer liquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente, por gravidade, para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventiladcr tenha origem. O ramal deve ser ligado a coluna de ventilagao 15 em, ou mais, acima do nivel de transbordamento da agua do mais alto dos aparelhos sanitarios (referente aos aparelhos sanitdrios com seus desconectores ligados A tubulacao de esgoto primario, como bacias sanitérias, pias de cozinha, tanques de lavar, maquinas de lavar etc.), excluindo-se ‘0s que despejam em ralos ou caixas sifonadas de piso. ‘A distancia entre o ponto de inser¢ao do ramal de ventilagao a0 tubo de esgoto ¢ a conexfio de mudanga do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possivel, sendo que, entre a saida do aparelho sanitadrio e a insereao do ramal de ventilagao, a distancia deve ser igual a, no minimo, duas vezes 0 diametro do ramal de descarga. VP} [0.20 m Lie vp 2,00 m| Terrago Ou ae eee aoa Coluna de ventilacao, Preece Peer ona ere ne Ru Pitta men) | descarga J peer tc ie Vern do vaso DET. Terminal de ventilagao Ramal de ventilagao Ramal de ventilagao Esgoto SUBCOLETOR Subcoletor é a tubulagao horizontal que recebe os efluentes de um ou mais tubos de queda ou de ramais de esgoto. Devem ser cons- truidos, sempre que possfvel, na parte nao edificada do terreno. No caso de edificios com varios pavimentos, normalmente, so fixados soba laje de cobertura do subsolo, por meio de bracadeiras. Nesses casos, devem ser protegidos e de facil inspegao. s subcoletores deverao possuir um diametro minimo de 100 mm para uma declividade de 1% (mfnima), intercalados por caixas de inspegao ou conexdes que possuiam dispositivos para tal finali- dade. Esses elementos de inspecao deverio ser previstos sempre que houver mudanga de diregao do subeoletor ou quando houver a interligagao de outras Lubulagdes de esgoto. Os subcoletores podem ser dimensionados pelo somatério das Unidades de Hunter de Contribuigao (UHC), conforme a tabela extraida da NBR 8160 (ver “Dimensionamento das tubulagdes’’). UCR Ea crac cic ioe ea ae es Pelo teto Figura 4.16 Detalhe de pé de coluna, Tubo de queda DN-100 Laje ‘Curva 87° 30' curta ‘com bolsas para pé de coluna. ‘Obs.: prever visita de inspecdo. —> Fonte: Tigre. CAIXAS DE INSPEGAO E GORDURA CAIXA DE INSPEGAO £ acaixa destinada a permitir a inspe¢ac, limpeza e desobstrucao das tubulagSes de esgoto. I instalada em mudangas de dire¢ao e de declividade ou quando o comprimento da tubulacéo de esgoto (subcoletor ou coletor predial) ultrapassa 12 m. Pode ser de con- creto, alvenaria ou plastico. Quanto a forma, pode ser prismatica, de base quadrada ou retangular, de lado interno minimo de 60 cm, ou cilindriea, com diametro minimo de 60 cm. A profundidade maxima dessa caixa deve ser de 1 m. A tampa deve ficar visivel e nivelada ao piso e ter vedagdo perfeita, impe- dindo a safdda de gases e insetos de seu interior. Em lugares como garagens, a caixa deve ser localizada de forma a nao ser afetada pelo peso dos veiculos. Em prédios com varios pavimentos, as caixas de inspegao nao dever ser instaladas 2 menos de 2 m de distancia dos tubos de queda que contribuem para elas. Figura 4.17 Caixa de inspecdo em alvenaria Revestimento interno com arg. cimento/areia Tampa de concreto armado Alvenaria de tijolos de barro assentes com argamassa de cimento/areia 60x60 (min) Planta cconereto CAIXA DE GORDURA Ea caixa destinada a reter, em sua parte superior, as gorduras, graxas e Gleos contidos no esgoto, formando camadas que devern ser removidas periodicamente, evitando, dessa maneira, que es- ses componentes escoem livremente pela rede de esgoto e gerem obstrugao. Nas instalagées residenciais, é usada para receber esgotos que contém residuos gordurosos provenientes de pias de copa e cozinha. Sua utilizagao € exigida em alguns c6digos sanitarios es- taduais e posturas municipais. Quando o uso da caixa de gordura nao for exigido pela autoridade publica competente, sua adogao ficara a critério do projetista, No uso corporativo (hospitais, restaurantes, indtstrias) a sua obrigatoriedade abrange todo 0 territério nacional. As caixas de gordura pré-fabricadas ou pré-moldadas podem ser construfdas em conereto armado, argamassa armada, plistico ABS, fibra de vidro, ceramica, placas de PVC, polietileno, polipro- pileno ou outro material comprovadamente resistente & corrosio provocada pelos esgotos. As caixas de gordura pré-moldadas em conereto apresentam 0 inconveniente de néo se adaptarem aos tubos em PVC, provocan- do trincas com o passar do tempo e posteriores infiltracoes. J as fabricadas em pldsticos (ABS, PVC) ou mesmo, em fibra e vidro, permitem a conexdo de anel de PVC flexivel. De acordo com a NBR 8160, para a coleta dle apenas uma cozi- nha, pode ser usada.a caixa de gordura pequena (CGP) ou uma cai- xa de gordura simples (CGS). A CGP é cilindrica, comas s dimens6es minimas: didmetro interno de 30 em; parte s do septo de 20 cm; capacidade de retencao de 18 litros; didmetro nominal da tubulagio de safda de 75 mm. A CGS também ¢ cilin- drica, com as seguintes dimensOes minimas: diametro interno de 40 cm; parte submersa do septo de 20 em; capacidade de retengao de 31 litros e diametro nominal da tubulagao de saida de 75 mm. Em edificios com pavimentos sobrepostos, os ramais de pias de cozinha devem ser ligados em tubos de queda independentes (tubos de gordura), que conduzirao os efluentes para uma caixa de gordura coletiva, localizada no pavimento térreo. Nesses casos, nao 6 permitido o uso de caixas individuais em cada pavimento. Instalages Hidréulicas ¢ o Projeto de Arquitetura 182 Pt Dimensées internas minimas (cm) Quantidades Numero de| Namero de | Capacidade|Comprimento| Largura_| Altura} Altura da cozinhas | refeigdes | da caixa (L) oO. wo (Hw) aside in) (axcxl) | SER: “ 18 ¥ i zi P 44 2 a7 32 5 44 50 25 50 35 7 a 30 52 26 52 37 5 - 56 54 27 53,5 38,5 rm & a 3 ES 26 55 40 7 - 7m a 29 ; 57,5 42,5 8 S 7 59 295 59 44 9 83 60 30 61 46 10 = 90 @ 31 62 a7 1 " 97 64 32 62,5 475 (Sas = 0 | 66 33 63 48 B . m 66 34 63 48 4 5 - 18 70 a: 63 48 i 15, ' - 124 72 36 63 48 | 16228 100 216 90 40 B 60 29236 'y 125 288 120 40 75, 60 waa 750 360 120 50 75 a 44457 200 432 60 75 60 58a73 250 504 120 70 2 60 “74 a 86 300 ‘588 140 70 75 60 s7ato0 | 350 756 140 90 a 60 torans | 400 810 150 90 75 60 riéans | 450 918 70 90 7% 60 * Informacoes a respeito de caixas de gordura men Rorma NBR 8160 - Sistemas Prediais de Esgoto Sanitario —P: s e/ou de formato cilindrico constam da rojeto e Execucao. Cera ett ir Tekeeanny Tampa removivel de ‘concrete armado Dimensées conforme norma local CAIXA MULTIPLA E uma caixa de plastico desenvolvida pela Tigre, que pode ser uti- lizada como caixa de gordura, de inspecao e de aguas pluviais. De acordo com o fabricante, o produto consiste de kits com componen- tes intercambiaveis, que, em funcao da necessidade da instalagio, podem ser montados para uso de qualquer uma das trés vers0es, As caixas ja vém pré-montadas, bastando completar com tampa ou grelha e com prolongadores, se necessério, Paraamontagem, basta encaixar as pecas por meio das juntas eldsticas, A caixa miltipla apresenta algumas vantagens em relacao as tradicionais de concreto e alvenaria: pelo fato de ser fabricada em PVC, nao sofre ataque quimico do esgoto sanitario; é facilmente adaptivel em qualquer tipo de terreno; possui um isolamento que impede a passagem de odores; fécil acabamento com 0 piso, pois 0 formato quadrado das tampas facilita 0 acabamento para qualquer tipo de piso (cimentado, ceramico, pavimentado) permite ligagao em desnivel (por meio de prolongadores podem ser criadas entradas emalturas diferentes das demais ligagoes); profundidade ajustavel (de 1 cm em 1 cm, por meio dos prolongadores sem entrada); 6 facil transportar em funcao da leveza do material; facil de limpar (@ superficie lisa nao gera incrustagao de gordura e impurezas). ‘Além dessas vantagens, as juntas eldsticas previnem contra vaza- mentos de esgoto para o solo (que podem poluir os lengdis de agua fazer 0 solo ceder) e garantem que a éigua do solo ndo entre na caixa, como acontece em regides com nivel do lengol de gua muito elevado — litoral, por exernplo. * Manual Técnico Tigre. CARACTERISTICAS TECNICAS™ Caixa de inspecao de esgoto Fonte: Tigre. © Possui trés entradas e uma saicia DN 100; '* Fundo em formato de canaleta, com declividade; « Estanqueidade garantida por juntas eldsticas; © Dimensdes: DN 300 x 218; ‘+ Possuem versdes com e sem Tampa e Porta Tampa. Caixa de gordura © Possui2 entradas DN 75 e 1 entrada DN 50 e com safda DN 100; ‘© Superficie totalmente lisa, nao gera incrustagao de gordura; © Contém cesta de limpeza para auxiliarna retirada dos residuos sélidos (gordur: © Volume de retengao de 19 litros (superior ao exigido pelanorma NBR 8160), atendendo a uma pia de cozinha residencial; © Dimensdes: DN 558 x 300; © Possui versdes com e sem Tampa e Porta Tampa. COLETOR PREDIAL De acordo com a NBR 8160, coletor predial é 0 trecho de tubula compreendido entre a tiltima insergao de subcoletor, ramal de es- goto ou de descarga ou caixa de inspegao geral, ¢ 0 coletor piiblico. Toda edificagao deve ter a propria instalagaio de esgoto, com a respectiva ligagiio ao coletor priblico, que deve ser feita por gra- vidade. Portanto, ter cota de nivel suficientemente mais elevada. A distancia entre a ligagdo do coletor predial com o piiblico e 0 dispositivo de inspecao mais préximo no deve ser superior a 15 m. O coletor predial deve ter diémetro nominal minimo de 100 mm. O dimensionamento é feito pelo somatorio das Unidades de Hunter de Contribuigdo (UHC), conforme a tabela extraida da NBR 8160 (ver “Dimensionamento das tubulagées”) “Tubo de ventilagio Ultima caixa de inspegso sented reece so Caixa sifonada - VALVULA DE RETENGAO, 6 uma conexio instalada nos ramais prediais, apds as caixas de inspegao, que impede o retorno do esgoto em situagbes como: inundagSes, enchentes, refluxo de marés, entupimentos, vazoes elevadas em perfodo de chuva. Pode também ser utilizada em ra- mais prediais de aguas pluviais. MATERIAIS UTILIZADOS De acorddo com a NBR 8160, os materiais a serem empregados nos sistemas prediais de esgoto sanitario devem ser especificados em funeao do tipo de esgoto a ser conduzido, de sua temperatura, dos efeitos quimicos € fisicos e dos esforcos cu solicitagdes mecanicas a que possam ser submetidas as instalacdes. Os materiais usual- mente empregados nas tubulagdes e conexdes de esgoto $40 0 PVC linha sanitaria (série normal e reforgada), 0 ferro fundido ea manilha ceramica, Nao podem ser utilizados, nos sistemas prediais de esgoto sanitério, materiais ou componentes nao constantes da normalizagao brasileira, Em virtnde de suas vantagens o PVCé o material mais utiliza- do nos sistemas prediais de esgoto. Para as tubulacdes aparentes, instaladas na horizontal e suspensas em lajes, é recomendavel a utilizacao de tubos mais reforcados, como da Linha Série R, da Tigre. Nos pontos criticos da instalacao, como nos pés de coluna (tubos de queda), podem ocorrer choques provocados pela queda de resfeluos sdlidos normalmente encontrados nos esgotos. AS curvas da Linha Série R da Tigre, para pé de coluna, foram fabricadas com um reforgo extra de espessura de parede. Por isso, so espe- cialmente indicadas para uso nesses pontos criticos. 0s tubos de ferro fundido sao incombustiveis e possuem alta resisténcia a choques. Por essa razao, sao mais utilizados nas ins- talagdes aparentes, particularmente em garagens de subsolos ou pilotis, onde exista a possibilidade de 0% apresentam como vantagens: alta resist alta durabilidade; resisténcia a altas temperaturas. As manilhas cerdmicas so mais utilizadas para receber efluentes industriais solventes orginicos e também possuem resisténcia a agao de solos agressivos e de correntes eletroliticas. TRACADO DAS INSTALACOES B de fundamental importancia uma andlise minuciosa dos pro- Jetos de estrutura e arquitetura, antes de elaborar 0 tragado das instalagdes ‘As prumadas de esgoto e ventilacdo, assim como as de agua fria e quente, devem ser definidas pelo profissional de instalagées, para adequar-se 4s barreiras impostas pelo projeto de estrutura e integrar-se de forma harménica ao projeto arquiteténico. As canalizagdes embutidas nao devem estar solidarias as pecas estruturais do edificio. Deve-se condicionar a escolha dos pontos de descida dos tubos de queda para o mais proximo possivel de pilares, ou da projegao dos pilares e paredes do térreo. Com relagaio as conexdes, deve-se utilizé-las de forma racional, sempre que possivel, as mudanges bruscas de direcao no ¢ proferivel a utilizagao de caixas de passagem evitando, tracado das redes. (inspecdo) nas mudancas de 90°, em trechos horizontais Para escolha do posicionamento da caixa sifonada com grelha, devern-se levar em consideragio aspectos estéticos, ja que o Dis Geverd apresentar declividade favordvel ao escoamento das gus para a caixa. De forma geral, quanto mais Proxima aca/xa $1 fonada fralo) estiver da ligagao com o ramal de esgoto, mais simples seré a instalagao da ventilagao. ‘A Figura 4.21 apresenta uma sequéncia de p: no tragado de uma instalacdo sanitaria. Esgotos Sanitérios aserseguida ect — | ventilagao,

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