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LICITAÇÃO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
 A exigência de um procedimento licitatório (como regra, uma vez que há
exceções) busca contornar os riscos de escolhas impróprias, desvirtuadas do
interesse coletivo, por ser um procedimento que antecede o próprio contrato,
por meio do qual várias pessoas podem concorrer em igualdade de condições
e a Administração Pública pode escolher a proposta mais vantajosa.
 Objetivos ( art. 3°, L. 8666/93): A licitação destina-se a garantir a observância
do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais
vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos. 
 Art. 37, XXI, CF: A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.   
 Art. 175, CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos.
 Quem deve licitar: em resumo, todas as entidades que recebam
dinheiro público. Dita art. 1°, p.ú. L. 8666/93 “Subordinam-se ao regime
desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais
(equívoco legislativo posto que fundo não é sujeito e sim objeto de direito.
Representam mera destinação de verbas públicas), as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia
mista1
(Adm. Indireta) e demais entidades controladas direta ou indiretamente
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (qaue recebem dinheiro
público para manutenção e custeio. Ex.: Organização Social (entidade do
terceiro setor), ressalvada as hipóteses de dispensa de licitação).”2
2. CONCEITO DE LICITAÇÃO
 Para Marçal Justen Filho, “a licitação é um procedimento administrativo
disciplinado por lei e por ato administrativo prévio, que determina critérios
objetivos de seleção de proposta da contratação mais vantajosa, com
observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de
competência específica.”
3. PRINCÍPIOS NORTEADORES
 Quanto aos princípios, todos aqueles aplicáveis à atuação do Estado – o
chamado Regime Jurídico Administrativo –, devem ser observados na
realização de licitações públicas (legalidade quanto às normas aplicáveis
ao procedimento; impessoalidade quanto à ausência de favoritismos; a
moralidade posto que deve ocorrer com respeitos aos padrões éticos e
morais e; eficiência, inerente à toda atuação do Poder Público). Além
deles, os que lhe são específicos, que serão trabalhados a seguir.
a) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
 Instrumento de convocação: em regra, é o edital (na modalidade
convite a lei prevê a convocação mediante carta-convite, que é um
instrumeçnto convocatório simplificado.
 Apesar de não se tratar de lei, o edital funciona como “lei” interna da
licitação, posto que a Administração se vincula àquilo que foi publicado
 A elaboração do edital pela Administração é livre e discricionária, na
busca pela satisfação dos interesses da coletividade, no entanto, após a
1
Quanto a empresa pública e sociedade de economia mista exploradoras de atividades
econômicas (ex.: Petrobrás), o art. 173, §1°, III, CF dispõe que é possível a criação de uma lei
específica para reger a licitação dessas empresas. (regime próprio com regras mais simples).
2
Convênios? Entende-se que a celebração de convênios não exige licitação uma vez que,
diferente dos casos de contrato, os interesses são convergentes entre o particular e a
Administração Pública.
publicação do mesmo, o seu cumprimento é imperativo tanto pela
Administração quanto pelos licitantes.
b) Princípio do
Julgamento Objetivo
 Exige que o edital estabeleça, de forma precisa e clara, qual critério
será usado na seleção da proposta vencedora. Além disso, que o ato
convocatório contenha critérios objetivos de julgamento, oiu seja, que
não se subsumem às escolhas dos julgadores.
 O art. 45 da L. 8666/93 define os critérios a serem estipulados no edital
(menor preço; menor lance; melhor técnica ou os critérios de técnica e
preço conjulgados), não se admitindo a utilização de outros ou mesmo a
não utilização de critérios objetivos. Ressalte-se ainda que nenhum
outro fator de análise não definido expressamente no instrumento
convocatório poderá ser utilizado.
c) Princípio do Sigilo das Propostas
 Apesar da licitação ser pública, assim como os atos praticados em seu
procedimento, as propostas apresentadas pelos licitantes são
sigilosas até a data da abertura dos envelopes, a ser feita em
conjunto por todos os concorrentes (em sessão pública).
 A violação do sigilo das propostas representa Improbidade
Administrativa e crime definido na própria L. 8666/93.
d) Princípio do Procedimento Formal
 O processo licitatório deve atender a todas as formalidades previstas em
lei (fases da licitação) e a legislação estipula que o administrador não
pode criar uma nova modalidade licitatória ou combinar duas ou mais
modalidades existente.
e) Princípio da Eficácia Administrativa
 Exige-se a adoção da solução mais eficiente e conveniente para a
gestão dos recursos públicos.
 Análise da relação custo x benefício
f) Princípio da Isonomia

 Exige-se tratamento igualitário aos licitantes.


 Art. 3°, §1°, L. 8666/93:  É vedado aos agentes públicos: I - admitir,
prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou
condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter
competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da
sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato,
ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no
8.248, de 23 de outubro de 1991; II - estabelecer tratamento
diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou
qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo
quando envolvidos financiamentos de agências internacionais,
ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248,
de 23 de outubro de 1991.

 Diferença entre igualdade e isonomia. Ex.: tratamento dado a


microempresas e empresas de pequeno porte (Lei Complementar
123/06)
4. MODALIDADE DA LICITAÇÃO3
4.1 Observações iniciais
 Modalidades de licitação definidas em razão do valor do contrato:
a) concorrência (regra, pois em determinadas situações é exigida em
razão do objeto contratado), b) tomada de preços e c) convite.
 Modalidades de licitação definidas em razão do objeto a ser
contratado: a) concurso, b) leilão e c) pregão.
 Fixação dos valores (critérios): art. 23, L. 8666/934

3
A consulta, que é modalidade licitatória específica de determinadas agências reguladoras, por
não ter procedimento previsto na L. 8666/93 não será analisada a fundo nesta disciplina.
4
Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia: a convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil
reais); b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); c)
concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); II - para compras e
serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). § 1o  As obras,
serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas
se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao
 As modalidades em que a competição é mais ampla são mais rigorosas
em seu procedimento, enquanto as que restringem a participação de
procedimento mais simplificado (quanto mais simples a modalidade,
mais restrita a competição e também os valores de contratações).
 A lei autoriza sempre que a modalidade mais simples seja substituída
pela mais rigorosa, mas proíbe o inverso.
 Fracionamento da licitação para utilização de modalidade mais
simples: ilegal e, quando dolosa, constitui crime. A lei veda a utilização
da modalidade convite para aquisição de parcelas de uma mesma obra
ou serviço que possam ser realizadas conjuntamente, sempre que o
somatório de seus valores caracterizem o uso da tomada de preço ou
concorrência. Por outro lado, é possível que, por questões
orçamentárias, optar-se pelo realização de várias licitações em relação
ao mesmo objeto, sendo necessário a utilização da modalidade mais
rigorosa em cada um dos procedimentos. EXCEÇÃO: possibilidade de
parcelamento e utilização de modalidade mais simples quando se tratar
de parcela de natureza específica que devam ser executadas por

melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade


sem perda da economia de escala.§ 2o  Na execução de obras e serviços e nas compras de
bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da
obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade
pertinente para a execução do objeto em licitação. § 3o A concorrência é a modalidade de
licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de
bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e
nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste
artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de
fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. § 4o Nos
casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em
qualquer caso, a concorrência. § 5o  É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada
de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para
obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada
de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as
parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de
especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. § 6o As organizações industriais
da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites
estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde
que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou
fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. § 7o Na compra de bens de
natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a
cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da
competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de
escala. § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no
caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando
formado por maior número.
pessoas diversas daquela que está executando a obra ou prestando o
serviço principal (art. 23, §5°).

7.2 Concorrência

 Conceito: modalidade de licitação adequada a contratações de grande


vulto, sendo garantida a competição, sem limite de ingresso, com amplo
procedimento previsto em lei, abarcando todas as fases, desde a análise
de documentos, até a escolha das propostas. Por isso, é considerada
uma modalidade genérica em que podem participar quaisquer
interessados (característica mais forte da modalidade).
 Critérios para ser exigida: valor e natureza do objeto.
 Valor: obras e serviços de engenharia acima de 3.3000,00 reais e para
aquisição de bens e serviços que não de engenharia acima de
1.430.000,00 reais.
 Em razão da natureza do objeto, independentemente do valor do
negócio se faz obrigatória na celebração dos seguintes contratos: a)
alienação ou aquisição de imóveis5; b) contrato de concessão de serviço
público6 (regulamentada pela L 8.987/95, nela a administração contrata
determinada empresa que será responsável pela prestação de um
determinado serviço público e será remunerada pelo usuário do serviço);
c) concessão de direito real de uso (ocorre quando a administração
permite que um particular utilize um bem público de forma privativa,
como titular de direito real deste bem); d)contrato de obra celebrados por
meio de empreitada integral (ocorre quando se contrata um
empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas
da obra, coo serviços e instalações, sob responsabilidade da contratada
até a entrega ao contratante em condições de uso com segurança); d)

5
Se o imóvel a ser alienado tiver sido adquirido em dação em pagamento ou decisão judicial
pode-se celebrar este contrato de alienação na modalidade concorrência OU leilão (art. 19).
6
EXCEÇÃO: será possível utilizar leilão quando o serviço estiver previsto no Programa
Nacional de Desestatização estipulado no art. 29, L. 9.074/95. Frise-se que a L. 11.079/2004
regulamenta duas novas espécies de concessão, denominadas de parceria público-privadas.
Na lei há a previsão de celebração de contratos de concessão patrocinada e de concessão
administrativa e, em ambos os casos, a exigência de utilização da modalidade concorrência.
licitações internacionais7 (nas quais se admite a participação de
empresas estrangeiras sem sede no país).
 Intervalo mínimo da concorrência: em casos do tipo melhor técnica ou
técnica e preço e também para contratos de empreitada integral, o
intervalo mínimo é de 45 dias entre a publicação do edital e o início do
procedimento. Já os casos do tipo menor preço ou maior lance, é de 30
dias.

4.2 Tomada de preços

 É possível para contratos de valores médios (contratação de obras e


serviços de engenharia de até 3.000.000,000 reais e para aquisição de
bens e serviços, que não de engenharia de até 1.430.000,00 reais), ou
seja, aqueles acima do limite do convite e abaixo do limite da
concorrência, por isso, a participação dos licitantes é mais restrita e o
procedimento mais simples.
 Como regra, para participação é necessária a prévia inscrição no
cadastro público (torna a licitação mais rápida e sumária). Porém,
admite-se os interessados que atendam às condições do
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas.
 Cadastramento: funciona como uma habilitação prévia feita pelas
empresas no órgão público. Para sua realização, a empresa deverá
apresentar toda documentação necessária à sua habilitação. Tem
validade de um ano, devendo após ser renovada a apresentação dos
documentos.8 No caso de indeferimento cabe recurso sem efeito
suspensivo no prazo de 5 dias.9
 Cadastro: é um conjunto de documentos arquivados no órgão público
que demonstra a idoneidade financeira da empresa para celebração do

7
EXCEÇÕES: possibilidade de utilização da modalidade Tomada de Preços quando a
administração possuir cadastro internacional de licitantes e da modalidade convite quando não
houver fornecedor do bem ou serviço no Brasil, desde que, em ambos os casos, a contratação
não ultrapasse os limites de valor das modalidades.
8
A administração deve fazer a convocação para renovação e para os novos interessados.
9
Art. 109, I, “d”, L.8666/93.
contrato. Será utilizado para qualquer modalidade licitatória, sendo nesta
e na modalidade convite (quando o interessado não é o convidado), em
regra, obrigatório. É uma garantia de idoneidade ao particular (emite-se
um Certificado de Registro Geral) e uma forma de conferir celeridade à
Administração Pública. É público.
 Intervalo mínimo: em caso de tomada de preços do tipo melhor técnica
ou técnica e preço, é de 30 dias entre a publicação do edital e o início do
procedimento. Já no caso do tipo menor preço ou maior lance, de 15
dias.

4.3 Convite

 Modalidade mais adequada para contratos de valores pequenos,


mais restrita de todas. Nela a Administração pode escolher
potenciais interessados em participar da licitação.
 Possível para contratação de obras e serviços de engenharia no
valor de até 330.000,00 reais e aquisição de bens e serviços.
 Participam do certame, em regra, apenas convidados cadastrados ou
não, sendo, no mínimo 3, salvo comprovada restrição no mercado,
justificada pelo ente público (2 convidados).10
 Possibilidade de participação de empresas não convidadas: o
interessado não convidado pode manifestar o interesse em participar
do convite com antecedência de 24h da apresentação das propostas
e, ainda assim, poderá participar da licitação desde que comprove
estar regularmente cadastrado no órgão. A doutrina majoritária
também admite que, assim como na tomada de preços, mesmo os
licitantes não cadastrados devem ter direito à disputa desde que
requeiram o cadastramento no prazo estabelecido em relação ao
convite, ou seja, 3 dias antes da apresentação das propostas e,

10
Art. 22, §7°: Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados,
for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas
circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do
convite.
obviamente, desde que o interessado manifeste também o interesse
em até 24h antes da entrega das propostas.
 Não há edital. O instrumento convocatório é simplificado e se chama
carta-convite. Este não é publicado em Diário Oficial, mas respeita-se
o princípio da publicidade por meio da fixação de da carta-convite no
átrio da repartição.
 Prazo de intervalo mínimo: 5 dias úteis do recebimento da carta-
convite pelos convidados ou da afixação dela na repartição (o que
ocorrer por último).
 Comissão de licitação: a princípio segue a regra geral. Se ficar
comprovada a escassez de pessoa, em pequenos órgãos, a
comissão pode ser dispensada e realizada por um único servidor,
desde que efetivo.
 Art. 22, §6°: Na hipótese do § 3o deste artigo11, existindo na praça
mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite,
realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o
convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem
cadastrados não convidados nas últimas licitações (enquanto não se
esgotar a lista de cadastrados não convidados, a cada novo convite
dependerá do encaminhamento da carta-convite a mais um licitante
cadastrado e não convidado).  

4.4 Concurso

 Utilizada para a seleção de trabalhos técnicos, científicos ou


artísticos com certas capacidades personalíssimas para incentivar o
desenvolvimento cultural.
 Há a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. É
também utilizada para a contratação de serviços técnicos profissionais

11
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
especializados12, dessa forma, não se confunde com o preenchimento
de cargos ou contratação de empregados.
 Exemplos: concurso para escolha do melhor projeto arquitetônico para
a revitalização do centro de uma cidade, ou de monografia em
determinada área.
 É sempre definido em regulamento próprio, não havendo disposições
sobre ele na Lei de 8666, inclusive, sequer podem ser utilizados os
critérios de escolha do vencedor da Lei. Devem estar estipulados no
regulamento a qualificação dos participantes, as diretrizes, a forma de
apresentação dos trabalhos, bem como o valor do prêmio.
 Intervalo mínimo: entre a publicação do edital e o início do procedimento
é de 45 dias.
 Comissão licitante: diferenciada e denominada comissão especial de
concurso. Neste caso, a comissão também é composta por três
membros, no entanto, a lei dispõe que não precisam ser servidores
públicos, mas que sejam pessoas idôneas e tenha conhecimento na
área (art. 51, § 5°).

4.5 Leilão

 Serve para alienação de bens pelo poder público àquele que oferecer
o maior preço, seja ele igual ou superior ao valor da avaliação.

12
Art. 13.  Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados
os trabalhos relativos a: I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e
auditorias financeiras ou tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou
serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e
aperfeiçoamento de pessoal; VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico. § 1o
Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços
técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a
realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. § 2o Aos serviços
técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei. § 3o A
empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de
integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação
de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos
integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.
 Tem seu diferencial no fato de haver possibilidade de multiplicação de
propostas por parte de um mesmo interessado. É um procedimento
apropriado para alienação de bens pelo maior preço, por isso, se torna
desnecessária uma fase anterior de habilitação destinada à investigação
de peculiaridades do interessado.
 Pode ser feito para:
a) Alienar bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial
ou dação em pagamento (todos os outros deverão ser alienados or
concorrência obrigatoriamente)
b) Alienar bens móveis inservíveis,13 apreendidos14 e penhorados15 pelo
poder público.
c) Venda de bens móveis componentes do acervo da Administração,
previamente desafetados, desde que, analisados de forma individual
ou global, não ultrapassem o montante de 1.430.000,00 (teria que
utilizar concorrência).
 Intervalo mínimo: de 15 dias entre a publicação o edital e a realização do
procedimento.
 É realizado por leiloeiro, que pode ser oficial ou servidor designado para
cumprir essa função, portanto, não possui comissão de licitação.
 Tipo de licitação: sempre maior lance que, por sua vez, deve ser igual u
superior a avaliação.
 Como o concurso, não tem procedimento disposto na L. 8666. Deve
seguir os princípios e regras da referida Lei, mas o procedimento está
disposto no Direito Comercial.

4.6 Pregão

13
Bens sem serventia pública. Bens desafetados, sem destinação pública que, por isso, devem
ser retirados do patrimônio público.
14
Confiscados pelo poder público por se revestirem de ilicitude.
15
O legislador quis se referir a penhor. Essa modalidade licitatória não se confunde com o leilão
judicial, onde os bens são alienados mediante hasta pública de acordo com o CPC. Tra-se de
utilização da modalidade licitatória para alienação de bens empenhados pelo particular ao ente
público (ex.: jóia empenhada na caixa econômica).
 Foi instituído como modalidade específica das agências reguladoras e
depois ampliadas as hipóteses de utilização, com o objetivo de gerar
uma maior competitividade e de ampliar a oportunidade de participação
das licitações, contribuindo para desburocratizar os procedimentos para
habilitação e demais etapas. Em suma, para garantir a agilidade e
redução dos gastos.
 Definida para aquisição de bens (por isso também chamada de leilão
reverso) e serviços comuns16 cujos padrões mínimos de qualidade
estão previamente estipulados no instrumento convocatório.
 Objetivo: melhor contratação por menor preço.
 Tem sido cada vez mais aceito. A doutrina costuma apontar a
impossibilidade de utilização apenas para alienação de bens (quando
não utilizado o leilão), para execução de obras públicas e para
celebração de contrato de locação de imóveis.
 Para a doutrina, quaisquer bens e serviços vêm sendo considerados
comuns, não havendo limitação de valor para realização do pregão.
Dessa forma, há a possibilidade de utilização inclusive para aquisição de
bens em valor superior a 1.430.000,00 reais.
 Intervalo mínimo: oito dias úteis entre a publicação do edital e a
relização do procedimento.
 Não há designação de comissão, como no leilão, uma vez que o
responsável pela realização do pregão é o pregoeiro, servidor efetivo
designado para essa função.17
 Tipo: sempre menor preço.
 É vedada a exigência de aquisição do edital. (art. 5°, II).

4.6.1 Pregão eletrônico

 O decreto 5.450/2005 é quem regulamenta no âmbito federal.

16
Bens e serviços comuns, conforme a L. 10.520/02, são os que podem ser designados no
edital com expressão usual no mercado.
17
A L. 10.520/02 prevê a designação de uma comissão de apoio ao pregoeiro que, por sua vez,
continua a responder pela licitação.
 Diferenças em relação ao pregão comum:
a) Não existe comparecimento físico do interessado à repartição que
promove a licitação nem o encaminhamento de documentos, pois
tudo se passa virtualmente.
b) A participação do interessado depende de credenciamento, exigindo
apenas o cadastramento perante algum órgão público (no âmbito
federal existe o SICAF) que, por sua vez, remeterá eletronicamente,
sua proposta e a documentação só deverá ser entregue após o
interessado ser vencedor do pregão.

5. PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO

5.1 Concorrência

 A doutrina majoritária aponta no sentido de que o início do procedimento se dá


com o ato que instaura o procedimento administrativo, dando início ao que se
convencionou chamar de fase interna da licitação (atos preparatórios). 18

5.1.1 Fase interna

 Exposição de motivos: deverá ser formulada a exposição de motivos da


licitação, justificando a necessidade de celebração do contrato e sua
importância às atividades do ente estatal e à persecução do interesse público.
 Declaração de adequação orçamentária: por exigência da LC 101/00 (L. de
Responsabilidade Fiscal), exige-se a demonstração de consonância da
contratação com o orçamento público. *STJ: não é necessária a disponibilidade
financeira antes da licitação, mas que haja a previsão para o período. 19
 Orçamento: o poder público deve em regra, elaborar um orçamento definindo
o valor máximo para a aquisição de um bem ou serviço, sendo vedada a
fixação de um valor mínimo (art. 40, X).
18
Aqui o procedimento licitatório já recebe um número (processo administrativo).
19
No caso de despesa continuada (gastos que ultrapassam o exercício financeiro), deve haver a
estipulação do produto ou serviço nas metas da L. do Plano plurianual (art. 165, CF)
 Designação de comissão: deve ser designada para ficar responsável pela
realização do certame. Mesmo se for permanente, deve haver tal designação.
 Projeto básico: exigido apenas para a contratação de obras.20
 Quem não pode licitar: de acordo com o art. 9°, “não poderá participar, direta
ou indiretamente (mediante pessoa jurídica ou terceira pessoa, por exemplo),
da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a
eles necessários: I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou
jurídica; II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela
elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja
dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do
capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela
licitação. § 1o É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a
que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na
execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão
ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.
§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou
serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do
contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração. § 3o
Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a
existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica,
financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o

20
Art. 6°, § IX: Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação,
elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os
seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra
e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e
localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de
variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem
como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar
o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o
caráter competitivo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da
obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e
outros dados necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado
em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.
licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os
fornecimentos de bens e serviços a estes necessários. § 4o O disposto no
parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão de licitação.”

 Outras vedações (art. 7°, §§3° ao 5°): “§ 3o É vedado incluir no objeto da
licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer
que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e
explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.
§ 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. § 5o É vedada
a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade
ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em
que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais
materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada,
previsto e discriminado no ato convocatório. § 6o A infringência do disposto
neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

 Edital: ainda na fase interna, a Administração elabora a minuta do edital que


deve ser encaminhado a órgão de consultoria jurídica para aprovação. É o
instrumento convocatório dirigido a todos os interessados. Define todas as
regras a serem respeitadas pelos licitantes e pela Administração (princípio da
vinculação ao instrumento convocatório). A minuta do contrato deve ser
anexada ao edital.
 Requisitos básicos do edital (art. 40): O edital conterá no preâmbulo o
número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu
setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de
que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da
documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e
indicará, obrigatoriamente, o seguinte: I - objeto da licitação, em descrição
sucinta e clara; II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada
dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do
contrato e para entrega do objeto da licitação; III - sanções para o caso de
inadimplemento; IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto
básico; V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital
de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; VI - condições
para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei,
e forma de apresentação das propostas; VII - critério para julgamento, com
disposições claras e parâmetros objetivos; VIII - locais, horários e códigos de
acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos
elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições
para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, no caso de licitações internacionais; X - o critério de
aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a
fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios
estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência,
ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º  do art. 48; XI - critério de
reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida
a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até
a data do adimplemento de cada parcela; XIII - limites para pagamento de
instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão
obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou
tarefas; XIV - condições de pagamento, prevendo: a) prazo de pagamento não
superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento
de cada parcela; b) cronograma de desembolso máximo por período, em
conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros; c) critério de
atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e
descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; e) exigência de
seguros, quando for o caso; XV - instruções e normas para os recursos
previstos nesta Lei; XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. § 1o O original
do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela
autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele
extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento
aos interessados. § 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
integrante: I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes,
desenhos, especificações e outros complementos; II - orçamento estimado em
planilhas de quantitativos e preços unitários; III - a minuta do contrato a ser
firmado entre a Administração e o licitante vencedor; IV - as especificações
complementares e as normas de execução pertinentes à licitação. § 3o Para
efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimplemento da obrigação
contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou
de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja
ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança. § 4o Nas
compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de
entrega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta,
poderão ser dispensadas: I - o disposto no inciso XI deste artigo; II - a
atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo,
correspondente ao período compreendido entre as datas do adimplemento e a
prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. §
5º A  Administração  Pública  poderá,  nos
editais de licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada que um 
percentual mínimo de sua mão  de  obra  seja  oriundo  ou  egressos  do  sist
ema prisional,  com  afinalidade  de  ressocialização  do reeducando,  na  forma 
estabelecida  em regulamento.
 Em caso de execução de obra ou atividades administrativas, o poder Público
pode adotar o regime de execução (quem executa é a própria Administração
por seus órgãos e agentes públicos) direta ou indireta (a Administração celebra
contrato com terceiro para a realização do objeto do contrato, conforme
previsão do edital).21

21
Hipóteses de execução indireta: empreitada por preço global (preço certo e total),
empreitada por preço unitário (preço certo de unidades separadas), empreitada por tarefa
(pequenos trabalhos com preço certo com ou sem materiais) e empreitada integral (contratação
de empreendimento em sua integralidade, nesse caso, tem que se adotar a concorrência).
 Audiência Pública: necessária em contratos de valores muito altos, tem o
objetivo de dar ainda mais publicidade. 22 A sua não realização gera a nulidade
do procedimento.
 Encaminhamento para órgão de consultoria para emissão de parecer: o
art. 38, VI prevê como obrigatório o parecer, apesar de não ser vinculante.

5.1.2 Fase Externa

EDITAL – HABILITAÇÃO – CLASSIFICAÇÃO – HOMOLOGAÇÃO –


ADJUDICAÇÃO

22
Art. 39:  Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações
simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I,
alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência
pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias
úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de
10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da
licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar
todos os interessados. Parágrafo único.  Para os fins deste artigo, consideram-se licitações
simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não
superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares,
o edital subsequente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato
resultante da licitação antecedente.

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