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Sônia Gomes 

é uma artista contemporânea brasileira que vive e trabalha em


São Paulo, Brasil. Ela é conhecida por suas esculturas em técnica
mista produzidas, principalmente, a partir de tecidos, fios e outros materiais
têxteis além de objetos encontrados, colecionados ou doados a ela.
Sônia Gomes nasceu de uma mãe negra e um pai branco em Caetanópolis,
cidade de grande relevância para a indústria têxtil no Brasil, em 1948. Foi
iniciada por sua avó materna em técnicas de costura, e logo depois se
aproximou do bordado e da renda através do contato com a família paterna. A
artista trabalhou por anos com a personalização de artigos e acessórios como
roupas, bolsas e bijuterias com fins de comercialização. Ingresso no mundo da
arte aconteceu após anos de experiência autodidata trabalhando com a
reutilização de materiais.
Com formação em Direito, a artista matricula-se em disciplinas livres na Escola
Guignard, na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), em Belo
Horizonte.
Gomes combina tecidos de segunda mão com materiais do cotidiano, como
móveis, troncos e arame, para criar esculturas abstratas que resgatam as
tradições afro-brasileiras e o trabalho manual produzido por mulheres,
culturalmente associado como artesanato e deixado às margens da história
oficial.
O reconhecimento internacional de seu trabalho ocorreu anteriormente a
recepção da crítica nacional. Em 2015, Sônia Gomes exibiu seu trabalho na
56a Bienal de Veneza, sob o título All the World's Futures, curada por Okwui
Enwezor, representando a arte brasileira como a única artista do país na
curadoria coletiva da mostra. Sonia Gomes também apresentou trabalhos
no National Museum of Women in the Arts em Washington, Estados Unidos, e
no Turner Contemporary, Inglaterra. Sua primeira exposição individual de
grande visibilidade no Brasil ocorreu apenas em 2018, no MASP.
Entre 2020 e 2022, a artista participou da exposição coletiva internacional Allied
with Power: African & African Diaspora Art from Jorge M. Pérez Collection, no
Pérez Art Museum Miami. No ano de 2021, a instituição PAMM, adquiriu a obra
Sem título, da série Torções.
A exposição individual O mais profundo é a pele (Skin is the deepest part) na
galeria Pace, em Nova Iorque, ampliou a visibilidade da artista e foi aclamado
pela crítica americana, tendo aparecido em matérias no jornal New York Times.
Ainda em 2022, a obra Correnteza, da série Raízes, (2018), foi adquirida para a
coleção permanente da National Gallery of Art, um dos museus Smithsonian nos
Estados Unidos, após ter sido exibida na exposição Histórias Afro-Atlânticas, que
viajou do MASP para Houston e Washington, D.C..
Recentemente a artista passou a inserir a madeira no repertório de materiais
orgânicos para a produção de seus trabalhos, que puderam ser vistos em
exposição no Museu de Arte de São Paulo e na Casa de Vidro, da arquiteta Lina
Bo Bardi.
A artista é representada por galerias comerciais internacionalmente, são elas
Blum and Poe, Los Angeles, Nova Iorque e Tóquio; Mendes Wood DM, São
Paulo, Bruxelas e Nova Iorque; e Pace Gallery, Nova Iorque.

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