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Fernando Guimaraes SIMBOLISMO, MODERNISMO E VANGUARDAS temas portugueses IMPRENSA NACIONAL- CASA DA MOEDA Scanned with CamScanner UM PROBLEMA TEORICO: ‘VANGUARDA E PRODUCAO TEXTUAL Se prestarmos atenco 4 evolucéo da nossa literatura nestes ulti- ‘mos noventa anos, verificamos que nela nio sio raros os momentos — ‘ou movimentos — que se empenham numa muita viva @@ntadeqae) (GRUBREBERNTIREED Se guisessemos simplificar, poderiamos falar na sucessio de trés linhas de forca, as quais apontam para uma literatura que, servindo-nos das palavras de Fernando Pessoa, «repre- senta novidade, quer em seu intimo contetido, quer em sua expressao € os modos dela» (') ‘0 que poderiamos designar por umi sob varias faces e disfarces se revela desde, por exemplo, as correntes de inspiracao dadaista ou surrealista até ao Concretismo ou a Poesia Experimental. Mas — note-se — tal espirito de vanguarda nao wdeixa, como € 6bvio, de plenamente se afirmar nos movimentos modemistas ¢, até, através de algumas op- des com que 0 Simbolismo se extremou duma tradicao literdria que envolvia, nos tltimos anos do século XIX, a nossa literatura. Nas paginas deste livro nao se encontra uma analise detalhada ou circunstanciada do proprio desenvolvimento hi térico dessas linhas de forca como se poderia ou deveria fazer se a éptica adoptada fosse a que comummente se usa nas histérias da literatura. O objectivo que se visou foi outro. Os grandes momentos de transformagao da nossa literatura, desde 0 Simbolismo, foram como que focalizados a partir da presenga de varios escritores suficientemente representativos que, através do espaco dum texto que, por vezes, se alarga para além das suas obras, sao passiveis de serem escolhidos para demarcarem essa transformagao, sobretudo no dominio da nossa poesia. Assim, o espa- co de que se fala seré menos o que se confina na realidade desses autores que 0 que se abre através do proprio texto proposto, o qual acaba por os ultrapassar na procura urgente daqueles limites, afinal rem sempre revelados, que so os do tempo a que pertencem. () Paginas de Estética e de Teoria ¢ Critica Literdrias, ed. orgs ‘Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho, p. 364. Scanned with CamScanner © problema da situagéo do artista frente a uma sociedade ou um contexto cultural que necessariamente o envolva néo deixa de por v ‘Uma delas talvez, centrar-se nesta pergunta: ‘As respostas que logo ocorrem parecem oscilar entre a afirmacio ; no outro, falariamos antes em ‘liberdade livres, como Rimbaud. Estas duas posigdes nunca deixaram de se enfrentar polemica- mente. Qualquer objeccéo a primeira poderia resumir-se nas poucas U cfobvre quando eve diz que Relativamente a outra, nao seria dificil pér em questio ou diivida 0 desvio que, ao dar-se maior énfase & presenca ou . ificagio do artista, se traduziria no préprio acto esta enraiza numa dada sensibilidade de experincia — onde o ceriador imprime, criando, um sentido a uma liberdade concreta —, dificil seria nio extrair a conclusio de que era impossivel ocultar ccertas ressonincias de caricter vivencial ou psicoldgico para analisar essa experiéncia ¢ essa sensibilidade, No entanto, sabe-se que a critica actual em justamente procurado i entre paréntesis qualquer psicologismo deste teor. Se, aqui, hé uma recuperaséo do subjectivismo, este converte-se em algo cuja natureza se é sma forma objectiva, Seré num contexto como este que nio deixa de ter sentido falar-se da liberdade livre que a poesia é, procurando-se no equilibrio existente entre duas instincias, ado leitore « do autor, a razio para se recusar 0 falso apelo dagueles que, interessados em criar as condigées absolutas duma pro- Scanned with CamScanner duo on relizasio Simbélicas, pretendem identificar-se com 0 que seria uma das muitas imagens possiveis do priprio poder: a face ines dum autor supremo, o qual existria como tlkima e dniea inet Nao devemos esquecer o algumas vezes pel defender uma arte de vanguard: de que i ee d - - Esta multiplicidade viva que se insere na produgio anistica, e que de maneira nenhuma & uma forma disfarcada de colect e tural, vem os a ideia de que os _, Quando Se pOe 0 problema do acesso do individuo a0 dominio Politico-social,fala-se muito em consciencializagao. Mas a vinculag} Que se estabeleca entre o plano estético ou cultural e o plano politico nao se pode conceber através duma mediago to simplista como aquela em que se faz. um apelo, afinal equivoco, a consciéncia. Esta nogio tomou-se demasiado permedvel, por um lado, a uma visio excessivamente F outro, a uma 3 fem que esta se considera como um sistema de significados = vviragem sensivel do contexto politico e social néo vive isolada duma pratica que pode reflectir-se no campo antistco, na reali- zagio poética. Mas é de notar que, essa insercao ultrapassa os concei- tos cientificos utilizados para aprender ou descrever as novas condi- Ges histéricas, os quais poderiam ser ainda um falso sintoma da tentativa demasiado voluntarista ou totalitéria da consciéncia do ho- mem ou dum espirito colectivo se tornarem menos uma presenga que 0 proprio autor radical desse processo hist6rico. Hé uma designaciio consagrada para referir, no campo literario, as mais significativas mudancas de qualidade em termos deinvengio ou, mesmo, de revolugéo expressiva: essa designagao ¢ Vanguarda, E também se sabe como essas novas formas de mudanga se podem manifestar num contexto ideol6gico revolucionariamente avancado € de esquerda (por exemplo, o Futurismo nos primeiros tempos da ULR.S.S.) ou de direita (por exemplo, o Futurismo tal como se afir- mou na Itélia com Marinetti). E certo que — no caso dos exemplos proprio suiidio, e duma outa espécie@EApABARIERIOR que Marinti se sujeita pelo acto menor de se ter academizado nos tempos do fascismo. ‘Mas 0 que ocorreu em ambos os e inevitavelmente € 56 através Scanned with CamScanner de longas mediagdes — cuja explicitagao se tornaria muito aleatéria — € que se poderia ver como 0 que foi Séo conhecidas as diversas tentativas para vincular qualquer obra de arte a um conjunto de condigées que estaria na sua génese, desde as que assentam ‘até as que, a partir da analise dos meios ‘que acontece generi- camente com as posigdes influenciadas pelo materialismo dialéctico, desde as suas formas mais simplistas até as que, entretanto, se foram constituindo a partir duma reflexio mais ‘ou mais penetrante do pensameno de Man, iis. 'No caso do materialismo dialéctico, depreende-se que o principio da realidade da obra esti numa situagio isoriamente, amos caracterizar pela sua ‘i, segundo tal concepsio, que ‘obra encontra 05 seus respectivos meios de expressio, ainda que 0, acesso a esses meios pressuponha formas mais ou menos complexas de mediagio. Estas, a0 serem abarcadas teoricamente pela critica, teriam em vista desvelar 0 que, segundo Marx, se poderia designar por ‘A autonomia seria, assim, uma ‘consequéncia do acesso a propria teoria, que oferecia a0 critico um lugar radiosamente absoluto, capaz de integrar aquela exterioridade cexplicativa a que inicialmente se aludiu. Tal momento, que marcaria o privilégio da teoria sobre a ideologia, pée.no entanto,este problema, a ‘que Dominique Lecourt alude: 0 da miragem duma «ciéncia da cién- ‘iee-(P: Garn-0 partic dvi ellie do iteia <= ielivel hgar tedrico — que se estabeleceriam as linhas gerais de produgéo, do pensamento ou «pritica tedricas, podendo, entdo, focar-se as suas Condes de vrdade. problema esté agora em saber como as testemunhas vigilantes dessa verdade se contentaram com 0 facto da propria teoria acabar por se constituir em garantia da sua validade. A soluco — e Dominique Lecourt, apoiando-se em Louis Althusser, néo deixa de a apontar — cestaria na intromissio de «um personagem até esse momento ausente dda cena teérica: Ora tal solugéo — que se pode transformar no longinquo avatar dum maurrasiano politique d’ abord — néo deixa de estar impregnado 1) Dominique Lecous, Pour we Critique de FEpstémologe, 1972, pp 5-18, Scanned with CamScanner tiva_marxista, GMP... que aqui se insinua nao esté, como é dbvio, na relagio que se estabel elas condicdes; criticam as tendéncias formalistas de esquecerem a histéria, 0 real, 0 concreto, etc., parece também esquecer-se que & demasiado elementar confundir, como notou Tzevetan Todorov, (°) histéria com génese. A hist6ria da literatura, para ndo ser um caricatural regresso & historia, véna obra de arte menos 0 resultado duma variacdo que ozseu signo. Eseria oportuno lembrar que «o meio de producao do signo — como reconhece Saussure, embora 0 faca ao nivel do dominio linguistico — € totalmente indiferente porque ele nao interessa ao sistema » (') E dessa fuga ao sistema — entendido, note-se, como plataforma metodolégica ou conjunto de condicdes objectivantes que permitiria o acesso critico & obra literdria — que a nogao actualmente tao em voga de producao se nutre, a0 procurar mais além dessas condigées objecti- vantes 0 principio de realidade da obra. Talvez seja oportuno analisar em que circ gou no dominio literdrio o uso deste conceit anélise para a poética antiga, este investigador chama a atencao para 0 facto do termo grego poiein significar «fazer», no sentido de fabricar, produzir. Para Platao toda a criagdo de objectos é poiesis; «o poeta é, por assim dizer — como reconhece Curtius — , ofabricante». A partit de esta andlise, leva-nos, depois, a concluir que,traduzindo-se poiesis por «criagio», se introduz no pensamento grego uma categoria que Ihe é alheia, a qual deriva da doutrina judaico-cristi da criagio, Utilizari- amos, neste caso, uma «metéfora teolégica», quando, na realidade, itatinensaneeeesigon fom terdie ce Curtius nao deixa de explicitamenle apontar, que a poesia nao possa ©) Tzvetan Todorov, «L'Histoire de la Litératures, 1970,n.97. (). F.de Saussure, Cours de Linguistique Générale, pp. 165-166. () La Littérature Européenne et le Moyen Age Latin, tad. franc. Pais pp 179es. Langue Francaise, 956, n Scanned with CamScanner ter entre os Gregos wm sentido metaisic; este, porém, derivaria nio ‘mas duma instincia superior, como, pot nt divina. Platio, no fon, di-lo ex- havia, assim, uma faculdade criativa ou ina, Come admite Schiller, embora dele nio esteja totalmente fauvente 4 ideia dumma inspiracio superior: «Alegra-te com que o dom da melodia desga do céu; que o poeta te venha cantar 0 que a Musa the ensinou, Porque é deus quem 0 anima, ele transformar-se-a em deus para aquele que 0 escutas (*). Esta mediagéo tornar-se-4 mais elaborada quando ~- na sequén- ‘cia duma maior preocupago, que se acentua com 0 Simbolismo, pela poidtica, que Valéry considera como um dominio onde se encara «tudo © que rexpeite & criagho de obras de que a linguagem é a ~ # fazet uma distingso mais 4 tendéncia de privilegiar ‘esta, na medida em que aquela acaba por ser «provocadas (Valéry), ‘Apora 0 term scriagio» estaria relacionado com 0s prbprios meios expressivos utilizados pelo poeta para comunicar a sua experiéncia (0 ‘que seria atenuadamente entrevisto por Henri Bremond, em 1926, no seu livro Priére et Poésie como um acerto entre inspiragio, considera da come atributo de anima, ¢ eriagio, que resultaria da actividade de ‘animus (*), Bcontra uma explicagdo desta natureza, a qual aproxima a poesia dum acto eriador, a que nio eram alheias implicagées teol6gicas, (*) ‘que polemicamente se assume, por volta dos anos 60, uma atitude ‘autor: ° Ser, pois ambéen do sto de elu, Como tefere Jean-Louis Bavdry ("), recusa-se a ideologia da criagio lterria, | | soa? CH 6m fe Ce « Pee Sexe, Pot, Pi 16 | | 7) detest oC ec ia Vere. () Cf, na mesma libs de pessamento, a paribola de animus ou espicto € ‘ovina oo ala, enposta por Peel Cladel em «Sur le vers fangs (1925) e «Lette & | abhe Bremood sur Vinspration poétigoes (1977), ambos coligidos em Refléxions sur | ta Posie | | ()_ Pasl Claudel afirmar ge a poss «dé gage des coses leu exence pur qi ‘est de créarres de Diu td aenjnage&Diew ob. cit, Pris, 1963, p. 98). (7 La Nowell Crsga, 2. especial dedxado 2 colquio de Chny, 1968, oo) R Scanned with CamScanner Porque estabelece «uma oposigio nao dialéctica entre dois termos, 0 autor € 0 leitor, a partir do modelo teoldgico Criador/criatura». Segun- do este novo ponto de vista, a obra literdria nio é um produto, mas produtividade ("'). Pode dizer-se, muito resumidamente, que tal pro- bblematizagao se iniciou a parti do grupo que se formou em toro da revista Tel Quel, duma obra de inspiragao althusseriana que Pierre Macherey publicou em 1966, Pour une Théorie de la Production Liutéraire, e dos coléquios que, em 1968 ¢ 1970, se realizaram em Cluny € foram recolhidos em dois niimeros especiais de La Nouvelle Critique. Sera uma nota dominante destas tentativas de teorizagao 0 evi- dente designio de solucionar miltiplas dificuldades ocorrentes numa determinagio das supra-estruturas pela infra-estrutura, dentro duma perspectiva causal, mediante o recurso a uma outra perspectiva, esta estrutural, que foreceria condigoes consideradas adequadas de mode- lizagio. O «econémico em itima insténcia», com efeito, passaria a cexercer essas fungdes de modelo, criando-se condigées de homologia aliés extensivas a outros dominios paralelos, nomeadamente, como veremos, o do «sexual em dltima instincia» freudiano, Consideremo: ‘em primeiro lugar, 0 modelo que se extraiu do campo da economia politica, a partir do conceito marxista de produgio tal como este se pode definir, por um alargamento da sua aplicacéo a outros campos, no seguinte passo de A Ideologia Alemd: «A producao das ideias, das representagées ¢ da consciéncia esté, em primeiro lugar, directa ¢ intimamente ligada & actividade do comércio material dos homens, ()Oque leva Julia Kristeva a encimar como titulo «La productvité dite texte> ‘um artigo que, sobre oassunto, publica em Communications, n.° 11, 1968. Pretende-se, de acordo com 0 ponto de vista que valoriza tal produgio, uma disponibilidadetoal de Teitura, que 0 monologismo (de acordo com a terminologia usada por J. Kristeva) fundado, como se disse, na fase grega atada logicamente por Aristételes,néo tom vidvel. Dat a opcio, defendida por Kristeva, duma légica polivalente nio aristotlica ‘que se adapte a uma letura capaz de gerar ou engendrar 0 seu sentido (ou miltplos Sentidos). Releve-se a influéncia que nesta opsio teérica exerceram, por um lado, 2 Psicandlise e a Economia Politica de inspiragio marxista, que acabam por tomar posi vel uma leitura de sintomas (provenientes, respectivamente, do inconsciente ou de relagdes sociaise econdmicas estrus) e, por outro, a gramitica generativa de Chom- sky, onde, als sedi grande importncia i criatividade lingustica. A nogio de produ- Gao de sentido, segundo Kristeva, esti relacionada com uma letura paragramétic, ‘nspirada nas investigagdes, durante muitos anos ingditas, de Saussure sobre anagrams ‘ou paragramas, as quais abrram caminho i chamada «segunda revolugio sausuriana» (0 recurso 20s paragramas visa a possibilidade duma leitura, no (ou, melhor, sob o) texto, do que seria um ouro texto. Isto acaretaria, por um lado, 0 abandono da Tineatidade do discursoe, por outro, a combinacio de fonemas ou grupos de fonemas, sem ter em linha de conte sua unidade. Esta perspectva de leitua produtiva, que assenta na «pardfrase fonica duma palavra> (Jean Starobinski, «Les mots sous les mots, in To Honor Roman Jakobson, Pais, 1967), poderia ser entendida como a lei . Trata-e dum ponto de vista qe. explorando as rnogdes convergentes de produtividade e intertextualidade, recusa @ existéncia dum significado transcendental ou original, para o qual apontaria, no. desenvolvimento da filosofia actual, uma posigdo de procedéncia fenomenologica_(f. versus Fen menologia o artigo de Philippe Sollers, wLe Reflexe de Réduction», in Tel Quel, Théorie d' Ensemble, p. 397) 1!) Iulia Kristeva, Semeiotike, 1969, p. 151 () de Saussure, Cours de Linguistique Générale, p. 163. 15 Scanned with CamScanner E nestes termos que a nogio de diferenga & retomada por Jean Joseph Goux ('"), quando estabelece o ja citado paralelismo entre os circuitos referides a0 valor de troca ¢ a comunicagio considerada a nivel de linguagem? De modo nenhum. Em primeiro lugar, como jé foi referido, Saussure nio se ocupa do modo de produgéo do signo, porque ele ‘+nio interessa ao sistemas. Em segundo lugar, J.-J. Goux fala na igualizacéo, na homogeneizacio, no polimento ou usura do valor, ccontribuindo tal facto para o desaparecimento das diferencas. Mas aqui, 0 desaparecimento de diferencas resulta de se por entre parénte- sis as relagdes de produgao. E 0 que se passa a nivel de troca geral de ‘mercadorias — onde 0 valor (de troca) nio é a expressio do trabalho — seri transposto para 0 plano da linguagem, dentro duma drea de correspondéncias, a seguir apontadas, que foram utilizadas também por Jean Baudry © Kristeva’ ‘etc. Mas estas correspondéncias correm o risco, de se instituirem,n no campo da homologia, mas no da analogia,("'), 0 que promoveri uma—quando muito, sugestiva—deslocagdodos campos conceptuais. Ora esta substituigaio de conceitos, pela qual a nogio de produgio adquire uma énfase especial, nfo seria mais que uma consciéncia da ruptura que teria ocorrido no dominio da realizagio literdriacomo aparecimento da chamada Vanguarda,cujooponto de partida estaria privilegiadamente em Lautréamont, Mallarmé e Rimbaud, Dai a necessidade de encontrar uma melhor perspectiva tebrica_para esses (GRRMAATAPHAFABD. por outras palavras; se considerarmos a sua essencialfpOssibilidHde U6 tFARSTOFRAGHO ou io acerto se ressente nao s6 de aproximagdes an mas também daquil que metodologicamente proibe ou condena, 20 propor-se, nao raro, como a tinica perspectiva tedrica valida — e pelas ‘opsées valorativas que dai inevitavel e perigosamente decorrem. (7) Jean-Soseph Gout, art. cit () Quando o proprio Saussure (Cours... p. 115) referiv uma cortespondéncia ‘entre linguistica € economia politica, a0 caracteizar a nogio de valor, nio visou intencionalmente ultrapassar 0 dominio da analogia, pois se desinteressou do modo de produgio do signo. 16 Scanned with CamScanner

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