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Auto da Barca do Inferno

O “Auto da Barca do Inferno”, também chamada de “Auto da Moralidade” é uma obra


(peça) escrita por Gil Vicente, no Século XVI, que é uma critica à sociedade da época,
tal como muitos dramaturgos de hoje em dia, continuam a fazer. O autor não se refere
a ninguém em particular, mas a personagens no geral, como pessoas da igreja ou da
burguesia, num cenário ilustrado por um julgamento cuja sentença determina a ida
para o inferno ou para o céu (barca do inferno ou barca da glória). Toda a ação passa-
se num porto onde os barcos levam as almas para o céu ou para o inferno.
Toda a obra gira à volta de dez personagens que representam os diferentes estatutos
da sociedade ou classes sociais, que são o Anjo e o Diabo que representam o bem e o
mal e as personagens que se encontram mortas e vão ser julgadas naquele momento
e são elas o Fidalgo, o Onzeneiro, o Sapateiro, o Parvo, o Frade, a Alcoviteira, o
Judeu, o Corregedor e o Procurador, o Enforcado e os Quatro Cavaleiros.
Gil Vicente centra muito a sua obra na critica à igreja católica e à perda de valores da
maioria das personagens (por isso a maioria vai para o inferno) e na minha opinião é
uma critica a uma sociedade que no fundo se assemelha muito à sociedade atual,
quando pensamos na perda de valores morais e damos prioridade à busca do
sucesso, enriquecimento fácil, desonestidade e falsos moralismos. Por outro lado pode
afirmar-se que toda a sua critica social é feita através do uso do humor, sendo que o
autor é considerado por muitos um génio.
Na minha opinião toda a obra nos faz pensar nas nossas próprias ações no dia a dia e
naquilo que acreditamos ser a diferença entre o bem e o mal.

Joana Vaz

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