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GustavoAASJ MONO
GustavoAASJ MONO
ANGICOS/RN
2020
Gustavo Alexandre de Araújo Silva Júnior
Angicos – RN
2020
© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira
responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis
que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n°
9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva
ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a)
sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.
O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto
de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação
e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de
Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
Aos meus pais, Gustavo Alexandre de Araújo
Silva e Leila Betânia Batista Nicolau Silva, por
tudo que fizeram e fazem por mim e por
acreditarem em mim.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por todas as coisas a mim proporcionadas, por ter me guiado
ao longo do meu caminho para chegar até aqui. Por ter me dado forças para superar todos os
momentos de dificuldades por mim enfrentados até este momento e me ajudado a ter essa
conquista para mim e para a minha família.
Agradeço a minha mãe Leila Betânia Batista Nicolau, por todo o tempo que esteve e está
comigo, por todo o seu amor, cuidado e atenção, por ser sempre a mãe amiga, a mãe perfeita,
a mãe de todas as horas. Obrigado por tudo, por todos os sacrifícios que fez e faz por mim. Eu
te amo.
Agradeço ao meu pai Gustavo Alexandre de Araújo Silva, que atendeu sempre os meus
chamados, por se esforçar para dar o melhor aos filhos sempre. Sempre que precisei fez de
tudo para que essa precisão fosse sedada. Agradeço por todo sacrifício até aqui. Eu te amo.
Agradeço a minha avó, Francisca de Assis Batista, por acreditar em mim. E por me ajudar
junto com meus pais sempre que eu precisei e sempre por me acolher nas horas que eu
precisei. Que DEUS continue a abençoando grandemente.
Agradeço a minha namorada, Maria Eduarda de Carvalho Mélo por sempre me ajudar que
esteve sempre comigo nesta caminhada. Por sempre ter me dado forças para continuar
tentando, por não ter desistido de mim e me ajudado emocionalmente para que eu ficasse
seguro para a conclusão deste trabalho. Te amo.
Agradeço ao meu orientador Prof.ª. Tony Kleverson Nogueira, por ter aceitado meu pedido de
orientação, por está sempre presente no decorrer desse trabalho, por toda atenção e cuidado
junto ao meu trabalho de conclusão de curso. Você é realmente um exemplo de compromisso
e sem dúvida um grande profissional. Obrigada por tudo.
Science and Technology students feel a great difficulty in relating the theoretical subjects
studied in class with applications in the area of their respective engineering. This work shows
some applications in the engineering of concepts studied in the discipline of introduction to
the functions of several variables. The concepts covered in the calculation disciplines are of
paramount importance for engineering, as they are the pillars of any area that the engineer
may work on. In this work we study the Green, Stokes and Gauss Divergence Theorems,
results applicable mainly in the area of fluid flow. The objective of this work is to show the
applications of these theorems in the engineering area, for example, in electrical engineering.
In addition to demonstrating the above theorems, we present some applications focused on
engineering.
1.0 INTRODUÇÃO
matemático George Gabriel Stokes, e foi mencionado pela primeira vez em uma carta de Sir
Willian Thomson a Stokes.
Fonte: Engquimica
O Teorema de Divergência de Gauss, ou Teorema da divergência, relaciona um fluxo
em um campo vetorial através de uma superfície com o comportamento do campo vetorial
dentro da superfície. Esse teorema é de grande importância para a área da engenharia,
principalmente na eletrostática e dinâmica de fluidos. Na física e na engenharia ele é bastante
usado em três dimensões, mas pode ser estudado em uma dimensão com o Teorema
fundamental do cálculo e em duas dimensões com o Teorema de Green. Foi atribuído ao
matemático alemão Johann Carl Friedrich Gauss e mais tarde foi atribuído também ao
matemático russo Mikhail Vasilievich Ostrogradsky.
Fonte: Britannica
Uma das mais importantes aplicações que estes teoremas abordados tem, embora esta
aplicação não tenha sido demonstrada neste trabalho é a aplicação na transformação das
13
equações de Maxwell de sua forma derivável para sua forma integral. É uma utilização
bastante importante destes teoremas, pois as equações de Maxwell servem como base para a
engenharia elétrica, pois a partir destas equações pode-se entender e relacionar quase todos os
principais conceitos da eletricidade, como corrente e tensão por exemplo.
2.0 PRÉ-REQUISITOS
2.1 Curvas
Definição: Uma curva fechada em um gráfico, ou uma curva plana, pode ser caracterizada
por um conjunto de pares ordenados de (𝑥, 𝑦) em um intervalo fechado 𝐼 , onde as
extremidades da curva se coincidem.
Uma curva considerada suave é aquela que não contém “bicos” e nem quebras.
Definição: Dado um intervalo [a, b] desde que ℎ(𝑥 ) = 𝑓 (𝑥 )𝑖 + 𝑔(𝑥 )𝑗 seja contínua neste
intervalo e suas derivadas de primeira ordem sejam não nulas temos com isso uma curva
suave em um intervalo [𝑎, 𝑏].
Definição: Uma curva é dita simples quando ela não se intercepta ou não se cruza. Quando
para dois valores de 𝑥 diferentes não obtemos a mesma imagem.
Fonte: Unesp/Bauru
Nas coordenadas polares nós podemos ter representações do mesmo ponto de formas
diferentes, por exemplo, podemos ter que 𝑃 = (𝑟, 𝜃 )𝑒 𝑃 = (𝑠, 𝛼 ) isto sem que 𝑟 = 𝑠 𝑒 𝜃 = 𝛼.
16
Por este motivo dizemos que (𝑟, 𝜃 ) representa uma classe de pares ordenados e não um único
par ordenado, que representa um mesmo ponto. Iremos apresentar algumas representações em
coordenadas polares.
Quando um ponto 𝑃 é denotado por (𝑟, −𝜃), quando 𝑟 e 𝜃 forem positivos, temos
que 𝜃 é tomado a partir do sentido horário. Assim, temos que (𝑟, −𝜃 ) = (𝑟, 2𝜋 − 𝜃), portanto
(𝑟, −𝜃) é simétrico a (𝑟, 𝜃) em relação à reta do eixo polar. Também podemos denotar 𝑃 por
(−𝑟, 𝜃), para 𝑟 sendo positivo. Se 𝑃 = (𝑟, 𝜋 + 𝜃 ) , temos (𝑟, 𝜋 + 𝜃 ) = (−𝑟, 𝜃) . Com isso
temos que (−𝑟, 𝜃) é o simétrico de (𝑟, 𝜃) em relação ao polo.
Definição: Seja um ponto 𝑃 um ponto com coordenadas polares (𝑟, 𝜃 ). Se o intervalo de 𝜃 for
𝜋
de 0 < 𝜃 < e 𝑟 > 0, temos que no triângulo 𝑂𝑃𝑋 , podemos obter as seguintes expressões,
2
𝑥 = 𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑦 = 𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝜃.
Fonte: Unesp/Bauru
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2 .
Definição: Uma curva parametrizada no espaço com parâmetro 𝑡 é função contínua, no qual 𝐼
= [𝑎,𝑏] é um intervalo da reta real.
Definição: Dado uma curva 𝑋 ∶ 𝐼 → ℝ3, 𝑋(𝑡) = (𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) com 𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡) 𝑒 𝑧(𝑡)
diferenciáveis, então o vetor tangente é dado pela derivada 𝑋′(𝑡) = (𝑥′(𝑡), 𝑦′(𝑡), 𝑧′(𝑡)).
Da função 𝑋 em relação a 𝑡.
Um campo vetorial sempre associa um vetor com um ponto do espaço, seja ele o ℝ3 ou ℝ2 .
Por exemplo, se 𝐹 for uma função com valores vetoriais definidas em uma esfera no ℝ3 , de
tal modo que
Então F associa a cada ponto (x, y, z) na esfera um vetor, sendo F chamado de campo vetorial.
Definição: O campo elétrico é um campo vetorial, pois possui módulo, direção e sentido. Ele
pode ser descrito como uma distribuição de vetores campo elétrico 𝐸⃗ , um vetor para cada
ponto de uma região do espaço em torno de um objeto eletricamente carregado.
Linhas de um campo elétrico: São linhas que estão sempre coincidindo com o vetor
direção do campo elétrico em qualquer ponto da região do campo. Foram definidas por
Michael Faraday e estão presentes nas vizinhanças de qualquer partícula ou objeto com carga
elétrica.
Campo Magnético é um campo vetorial, aonde temos a região desse campo sendo
⃗ .
descrita por um vetor campo magnético 𝐵
Definição: O campo magnético é uma grandeza vetorial na qual sua direção sempre coincide
com aquela onde a força magnética é zero. Ela pode ser gerada de duas formas, por partículas
19
eletricamente carregadas em movimento ou por uma partícula elementar como o elétron que
possui um campo magnético intrínseco.
Definição: Temos para um disco aberto com a equação vetorial R(t) = f(t)i + g(t)j e contida
no intervalo a ≤ 𝑡 ≤ b de modo que existam as derivadas primeiras da função f e g, ou seja,
tal que f’ e g’ sejam contínuas no intervalo de [a , b]. Tendo F (x, y) = M (x, y) i + N (x, y) j
como sendo um campo vetorial B e M e N contidas neste campo vetorial, temos :
1) Passo:
20
𝐹(𝑅(𝑡)). 𝑅′ (𝑡) = 𝑡
2) Passo:
2𝜋
∫ 𝐹(𝑅(𝑡))ⅆ𝑠 = ∫ 𝐹(𝑅(𝑡)). 𝑅′(𝑡)ⅆ𝑡
𝑅 0
2𝜋
= ∫ 𝑡ⅆ𝑡
0
2𝜋
𝑡2
= |
2 0
= 2𝜋 2
⃗ e o caminho R(t) =
Definição: Considerando o campo vetorial F(x, y, z) = 𝐹1 𝑖 + 𝐹2 𝑗 + 𝐹3 𝑘
(x(t), y(t), z(t)), temos
𝑏
ⅆ𝑥 ⅆ𝑦 ⅆ𝑧
∫ 𝐹. ⅆ𝑠 = ∫ ((𝐹1 ) + (𝐹2 ) + (𝐹3 )) ⅆ𝑡
𝑅 𝑎 ⅆ𝑡 ⅆ𝑡 ⅆ𝑡
𝑏
= ∫ ((𝐹1 ⅆ𝑥 ) + (𝐹2 ⅆ𝑦) + (𝐹3 ⅆ𝑧)) . (2)
𝑎
Solução:
ⅆ𝑥 ⅆ𝑦 ⅆ𝑧
= 1; = 2𝑡 ; = 0.
ⅆ𝑡 ⅆ𝑡 ⅆ𝑡
1
ⅆ𝑥 ⅆ𝑦
= ∫ (𝑥(𝑡)2 + 𝑥(𝑡)𝑦(𝑡) ) ⅆ𝑡
ⅆ𝑡 ⅆ𝑡
0
1
1 3 2 5
= ∫ (𝑡 2 + 2𝑡 4 )ⅆ𝑡 = 𝑡 + 𝑡
0 3 5
11
= .
5
Definição: A integral de linha não depende só do campo, mas também do caminho a ser
percorrido, se é anti-horário (+) ou no sentido horário (-). Logo, dado dois caminhos
R2, então
∫𝑅 𝐹ⅆ𝑠 = ± ∫𝑅 𝐹ⅆ𝑠.
1 2
A seguir, iremos mostrar dois teoremas de integral de linha que estão presentes no
livro Leithold, que é um dos livros base usado neste trabalho.
Fonte: Khanacademy
FIGURA 13- Integral de linha Disco
Fonte: IF USP
2.6 Trabalho
O trabalho pode ser definido como a capacidade de produzir energia. Se uma força executou
um trabalho 𝑊 sobre um corpo ele aumentou a energia desse corpo. O trabalho realizado por
uma força constante é definido por
𝑊 = 𝐹. ⅆ . 𝑐𝑜𝑠𝜃
Onde temos que 𝐹 é a força aplicada ao objeto, ⅆ é o deslocamento e 𝜃 é a componente de
força na direção desse deslocamento. Como trabalho é energia, no sistema internacional de
unidades ele é dado em Joule representado pela letra 𝐽.
Definição: Seja 𝑓 uma função contínua no intervalo [𝑎, 𝑏]. A função 𝐹 dada por 𝐹 (𝑥 ) =
𝑥
∫𝑎 𝑓 (𝑡)ⅆ𝑡 é derivável em todos os pontos que são pertencentes ao intervalo e sua derivada é
dada por 𝐹’(𝑥) = 𝑓(𝑥). Temos ainda que
𝑏
∫ 𝑓 (𝑡) ⅆ𝑡 = 𝐹 (𝑏) − 𝐹 (𝑎).
𝑎
23
𝑑 𝑏 𝑏 𝑑
∬ 𝑓 (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥ⅆ𝑦 = ∫ [∫ 𝑓 (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥 ] ⅆ𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)ⅆ𝑦] ⅆ𝑥.
𝑐 𝑎 𝑎 𝑐
𝑅
2.9 Rotacional
A seguir, mostraremos uma forma mais simples de utilizar o rotacional, que é na sua
forma matricial. Nessa versão, a primeira linha da matriz é composta por vetores unitários, na
segunda linha pelas derivadas parciais e na terceira pelas coordenadas 𝐹1 , 𝐹2 𝑒 𝐹3 .
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑜𝑡 𝐹 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
[ 𝐹1 𝐹2 𝐹3 ]
24
2.10 Divergente
⃗.
𝐹 (𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝐹1 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑖 + 𝐹2 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑗 + 𝐹3 (𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑘
𝜕𝑓 𝜕𝑓
Definição: Dizemos que 𝑓: ⋃ ⊆ ℝ2 → ℝ é de classe 𝐶 1 se 𝑒 existem e forem
𝜕𝑥 𝜕𝑦
contínuas.
Suponha que 𝑆 seja uma superfície sobre 𝐷 e tenha a equação 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), onde 𝑓 e suas
derivadas parciais são continuas em 𝐷. Então, se 𝜎 for a medida da área da superfície 𝑆, temos
𝛥𝑖𝜎 = √𝑓𝑥 2 (𝜉𝑖, 𝑦𝑖) + 𝑓𝑦 2 (𝜉𝑖, 𝑦𝑖) + 1 𝛥𝑖𝐴.
Se formarmos a soma
𝑛
E tomarmos o limite dessa soma quando a norma da participação tende a zero temos,
∬𝑆 𝐺(𝑥, 𝑦, 𝑧) ⅆ𝜎.
Esse limite é uma integral dupla sobre a região 𝐷, no plano 𝑥𝑦. Assim,
Exemplo (LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica. pg. 1113.): Usando a
𝑓 (𝑥, 𝑦) = √𝑥 2 + 𝑦 2
𝑥
𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦) =
√𝑥 2 + 𝑦 2
𝑦
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) =
√𝑥 2 + 𝑦 2
26
𝑥 𝑦
∬ 𝑥 2 𝑧 2 ⅆ𝜎 = ∬ 𝑥 2 (𝑥 2 + 𝑦 2 )√ + + 1 ⅆ𝐴
𝐷
√𝑥 2 + 𝑦 2 √𝑥 2 + 𝑦 2
𝑆
= ∬ 𝑥 2 (𝑥 2 + 𝑦 2 )√2 ⅆ𝐴
𝐷
2𝜋 2
2𝜋 2
2𝜋 2
𝑟6 2
= √2 ∫ [cos 𝜃 ] ⅆ𝜃
6 1
0
21√2 𝑠𝑒𝑛2𝜃 2𝜋
= [𝜃 + ]
4 2 0
21𝜋
= .
√2
27
3.0 TEOREMAS
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ 𝑃ⅆ𝑥 + 𝑄ⅆ𝑦 = ∬ ( − ) ⅆ𝑥ⅆ𝑦.
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑐+ 𝐷
𝜕𝑃
∫ 𝑃ⅆ𝑥 = ∬ − ⅆ𝑥ⅆ𝑦.
𝑐+ 𝐷 𝜕𝑦
Uma vez que consideramos D uma região simples, podemos supor que D é descrita
na forma de 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝜙1 (𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝜙2 (𝑥) . Como mostrado anteriormente, podemos
decompor a fronteira na forma de 𝐶 + = 𝐶1+ + 𝐵2+ + 𝐶2− + 𝐵1− . Pelo Teorema de Fubini e pelo
Teorema fundamental do cálculo,
𝑏 𝜙2 (𝑥)
𝜕𝑃 𝜕𝑃
∬ (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥ⅆ𝑦 = ∫ ∫ (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥ⅆ𝑦
𝐷 𝜕𝑦 𝑎 𝜙1 (𝑥) 𝜕𝑦
𝑏
= ∫𝑎 (𝑃(𝑥1 𝜙2 (𝑥 ) − 𝑃(𝑥1 𝜙1 (𝑥 ))ⅆ𝑥.
Uma vez que 𝑐1+ é parametrizada por 𝑥 → (𝑥, 𝜙1 (𝑥 )), 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝑒 𝑐2+ é parametrizada por
𝑥 → (𝑥, 𝜙2 (𝑥 )), 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, segue que
𝑏
∫ 𝑃(𝑥, 𝜙1 (𝑥 ))ⅆ𝑥 = ∫ 𝑃 (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥.
𝑎 𝑐1+
e
𝑏
∫ 𝑃(𝑥, 𝜙2 (𝑥 ))ⅆ𝑥 = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥 .
𝑎 𝑐2+
𝑏
− ∫ 𝑃(𝑥1 𝜙2 (𝑥 ))ⅆ𝑥 = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥.
𝑎 𝑐2−
Por outro lado, uma vez que 𝑥 é constante em 𝐵2+𝑒 𝐵1−, temos
∫ 𝑃ⅆ𝑥 = ∫ 𝑃ⅆ𝑥 = 0.
𝐵2+ 𝐵1−
Portanto,
= ∫ 𝑃ⅆ𝑥 + ∫ 𝑃ⅆ𝑥 .
𝐶1+ 𝐶2− (2)
Agora, por (1) e (2), temos
𝜕𝑃
∬ ⅆ𝑥ⅆ𝑦 = − ∫ 𝑃ⅆ𝑥 − ∫ 𝑃ⅆ𝑥 = − ∫ 𝑃ⅆ𝑥.
𝐷 𝜕𝑦 𝐶1+ 𝐶2− 𝐶+
Uma vez que 𝐷 é uma região simples, podemos supor que 𝐷 é da forma 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ ⅆ,
Ψ1 (𝑦) ≤ 𝑦 ≤ Ψ2 (𝑦). Usando a decomposição discutida anteriormente, segue que
𝐶 + = 𝐶1− + 𝐵1+ + 𝐶2+ + 𝐵2− .
Sendo 𝑦 constante em 𝐵1+ , 𝐵2−, segue que
Observe que 𝑐2+ é parametrizadas por 𝑦 → (Ψ2 (𝑦), 𝑦), 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ ⅆ e 𝐶1− é parametrizada por
𝑦 → (Ψ1 (𝑦), 𝑦), 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ ⅆ. Pelo Teorema de Fubini e pelo Teorema fundamental do cálculo,
𝜕𝑄 = 𝑑 Ψ 2 (𝑦 )
𝜕𝑄
∬ ⅆ𝑥ⅆ𝑦 ∫ ∫ (𝑥, 𝑦)ⅆ𝑥ⅆ𝑦
𝜕𝑥 𝑐 Ψ 1 (𝑦 ) 𝜕𝑦
= 𝑑
∫ (𝑄(Ψ2 (𝑦), 𝑦) − 𝑄(Ψ1 (𝑦), 𝑦))ⅆ𝑦
𝑐
30
=
∫ 𝑄ⅆ𝑦 − ∫ 𝑄ⅆ𝑦
𝐶2+ 𝐶1+
=
∫ 𝑄ⅆ𝑦 + ∫ 𝑄ⅆ𝑦
𝐶2+ 𝐶1−
=
∫ 𝑄ⅆ𝑦.
𝐶+
Observação: O Teorema de Green pode ser aplicado numa região que não é simples, desde
que seja formada por um número finito de regiões simples.
Exemplo (LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica. pg. 1103.) : Use o
teorema de Green para encontrar o trabalho total realizado ao mover um objeto no sentido
anti-horário, uma vez em torno da circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝑎2 , se o movimento for causado
pelo campo de forças 𝐹 (𝑥, 𝑦) = (𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑦)𝑖 + (𝑒 𝑦 − 𝑥 2 )𝑗. Suponha que o arco seja medido
em metros e a força medida em newtons.
𝜕 𝑦 𝜕
𝑊 = ∬[ (𝑒 − 𝑥 2 ) − (𝑠𝑒𝑛𝑥 − 𝑦)]
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑅
= ∬(−2𝑥 + 1)ⅆ𝐴.
𝑅
2𝜋
−2 3 𝑎2
=∫ ( 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜃 + ) ⅆ𝜃
0 3 2
−2 3 𝑎2
= 𝑎 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝜃
3 2
−2 3 𝑎2 −2 3 𝑎2
= 𝑎 𝑠𝑒𝑛2𝜋 + 2𝜋 − ( 𝑎 𝑠𝑒𝑛0 + 0)
3 2 3 2
= 𝑎2 𝜋.
Ainda como uma aplicação básica do Teorema de Green, podemos obter uma
fórmula para determinar a área de uma região limitada por uma curva simples.
Exemplo (TROMBA, Anthony. Calculo Vectorial. pg. 496. ): Seja 𝐶 uma curva simples
que limita uma região na qual o Teorema de Green é aplicável. Então a área da região 𝐷 com
fronteira 𝐶 = 𝜕𝐷 é dada por
1
𝐴= ∫ (𝑥ⅆ𝑦 − 𝑦ⅆ𝑥 ).
2
𝜕𝐷
32
1 1 1 𝜕𝑄 𝜕𝑃
∫ (𝑥ⅆ𝑦 − 𝑦ⅆ𝑥 ) = ∫ (𝑃ⅆ𝑥 + 𝑄ⅆ𝑦) = ∬ ( − ) ⅆ𝑥ⅆ𝑦 = ∬ ⅆ𝑥ⅆ𝑦 = 𝐴.
2 2 2 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝐷 𝜕𝐷 𝐷 𝐷
⃗ é um campo, então
para algum (𝑢, 𝑣) em algum domínio 𝐷 ⊆ ℝ2. Se 𝐹 = 𝐹1 𝑖 + 𝐹2 𝑗 + 𝐹3 𝑘
∂z ∂z
∬ F ds = ∬ (F1 (− ) + F2 (− ) + F3 ) dx dy. (3)
∂x ∂y
S D
Se 𝑐: [𝑎, 𝑏] → ℝ2 , 𝑐(𝑡) = (𝑥 (𝑡), 𝑦(𝑡)) é uma parametrização de 𝜕𝐷, então definimos a curva
fronteira 𝜕𝑆 como sendo a curva fechada simples orientada que é a imagem da aplicação
𝑝: 𝑡 → 𝑝(𝑡) = (𝑥 (𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡))). Com a orientação induzida por P. Observe
geometricamente:
Teorema de Stokes para Gráficos: Seja 𝑆 uma superfície orientada definida por uma função
𝐶 2 , 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), onde (x, y) ∈ D, uma região na qual o Teorema de Green é aplicável. Seja 𝐹
um campo vetorial 𝐶 1 sobre 𝑆. Se 𝜕𝑆 denota a fronteira de 𝑆, então
⃗ , então
Demonstração: Se 𝐹 = 𝐹1 𝑖 + 𝐹2 𝑗 + 𝐹3 𝑘
∫ 𝐹. ⅆ𝑠 = ∫ 𝐹. ⅆ𝑠 = ∫ (𝐹1 ⅆ𝑥 + 𝐹2 ⅆ𝑦 + 𝐹3 ⅆ𝑧),
𝜕𝑆
𝑃 𝑃
onde 𝑃: [𝑎, 𝑏] → ℝ3 , 𝑃 (𝑡) = (𝑥 (𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑓(𝑥 (𝑡), 𝑦(𝑡))) , é uma curva fechada simples
𝑏
ⅆ𝑥 ⅆ𝑦 ⅆ𝑧
∫ 𝐹. ⅆ𝑠 = ∫ (𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 ) ⅆ𝑡 (5)
ⅆ𝑡 ⅆ𝑡 ⅆ𝑡
𝜕𝑆 𝑎
𝜕𝑧 𝜕𝑧 ⅆ𝑥 𝜕𝑧 ⅆ𝑦
= + .
𝜕𝑡 𝜕𝑥 ⅆ𝑡 𝜕𝑦 ⅆ𝑡
𝑏
𝜕𝑧 ⅆ𝑥 𝜕𝑧 ⅆ𝑦
∫ 𝐹ⅆ𝑠 = ∫ [(𝐹1 + 𝐹3 ) + (𝐹2 + 𝐹3 ) ] ⅆ𝑡
𝜕𝑆 𝜕𝑥 ⅆ𝑡 𝜕𝑦 ⅆ𝑡
𝑎
𝑏
𝜕𝑧 𝜕𝑧
= ∫ [(𝐹1 + 𝐹3 ) ⅆ𝑥 + (𝐹2 + 𝐹3 ) ⅆ𝑦]
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑎
𝜕𝑧 𝜕𝑧
= ∬𝜕𝐷 [(𝐹1 + 𝐹3 ) ⅆ𝑥 + (𝐹2 + 𝐹3 ) ⅆ𝑦] (6)
𝜕𝑥 𝜕𝑦
= ∬ 𝑟𝑜𝑡𝐹ⅆ𝑠.
𝑆
onde essa última igualdade segue de (4). Com isso o teorema está provado.
Por conseguinte, iremos interpretar a curva C e encontrando o vetor normal, que é dada
𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 = 4
{
𝑧=𝑦
⃗ = (0, −1 , 1).
𝑁
= ∬ −2ⅆ𝑥ⅆ𝑦.
𝑆
Note que como temos uma constante dentro da integral de superfície, podemos colocar essa
constante para fora da integral com isso temos,
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 4 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑧 = 𝑦
𝑥 2 + 2𝑦 2 = 4
Como se pode perceber temos a equação da elipse, e com isso podemos encontrar a área
fazendo
𝑥2 𝑦2
+ = 1.
4 2
𝑎=2
{
𝑏 = √2
Como a área de uma elipse é dada por á𝑟𝑒𝑎 = 𝜋. 𝑎. 𝑏, temos que a área é
𝐴 = 2√2𝜋.
𝑊 = −4𝜋√2 𝐽.
Seja 𝑊 uma região elementar tal que 𝑆 = 𝜕𝑊 é uma superfície fechada. Denota-se 𝜕𝑊𝑜𝑝 a
orientação oposta em 𝑆, dado pelo vetor normal inferior −𝜂. Então
Teorema da Divergência de Gauss: Seja 𝑊 uma região elementar simétrica em ℝ3. Denote
por 𝜕𝑊 a superfície fechada orientada que limita 𝑊. Seja 𝐹 um campo vetorial suave sobre
𝑊. Então,
⃗ , então
Demonstração: Se 𝐹 = 𝑃𝑖 + 𝑄𝑗 + 𝑅𝑘
𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑅
div F = + + .
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Logo,
𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑅
∭ ⅆ𝑖𝑣𝐹ⅆ𝑉 = ∭ ⅆ𝑉 + ∭ ⅆ𝑉 + ∭ ⅆ𝑉
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑊 𝑊 𝑊 𝑊
⃗ )𝜂ⅆ𝑠
∬(𝐹. 𝜂)ⅆ𝑠 = ∬(𝑃𝑖 + 𝑄𝑗 + 𝑅𝑘
𝜕𝑊 𝜕𝑊
⃗ . 𝜂 ⅆ𝑠.
= ∬ 𝑃𝑖. 𝜂 ⅆ𝑠 + ∬ 𝑄𝑗. 𝜂ⅆ𝑠 + ∬ 𝑅𝑘
𝜕𝑊 𝜕𝑊 𝜕𝑊
38
𝜕𝑃
∬ 𝑃𝑖. 𝜂 ⅆ𝑠 = ∭ ⅆ𝑉.
𝜕𝑥 (8)
𝜕𝑊 𝑊
∬ 𝑄𝑗. 𝜂 ⅆ𝑠 𝜕𝑄
=∭ ⅆ𝑉.
𝜕𝑊 𝜕𝑦 (9)
𝑊
𝜕𝑅
⃗ . 𝜂 ⅆ𝑠 = ∭
∬ 𝑅𝑘 ⅆ𝑉.
𝜕𝑧 (10)
𝜕𝑊 𝑊
Vamos provar (10), (8) e (9) seguem de forma análoga. Uma vez que temos que 𝑊 é uma
região elementar simétrica existe funções 𝑔1 : 𝐷 ⊆ 𝑅2 → 𝑅 𝑒 𝑔2 : 𝐷 ⊆ ℝ2 → ℝ tal que 𝑊 é o
conjunto de pontos (𝑥, 𝑦, 𝑧) tal que 𝑔1 (𝑥 , 𝑦) ≤ 𝑧 ≤ 𝑔2 (𝑥, 𝑦), (𝑥, 𝑦) ∈ 𝐷. Logo, pelo teorema
fundamental do cálculo,
𝑔2 (𝑥,𝑦)
𝜕𝑅 𝜕𝑅
∭ ⅆ𝑉 = ∬ (∫ ⅆ𝑧) ⅆ𝑥ⅆ𝑦
𝑊 𝜕𝑧 𝐷 𝑔1 (𝑥 ,𝑦) 𝜕𝑧
Note que a fronteira de 𝑊 é uma superfície fechada cuja face superior 𝑆2 que está no
gráfico de 𝑧 = 𝑔2 (𝑥, 𝑦) e a face inferior é representada por 𝑆1 é o gráfico 𝑧 = 𝑔1 (𝑥, 𝑦). As
outras quatro faces 𝑆6 , 𝑆5 , 𝑆3 𝑒 𝑆4 de 𝜕𝑊 = 𝑆 possuem vetores normais que são
⃗ . Logo,
perpendiculares ao vetor 𝑘
𝐶
⃗ . 𝜂ⅆ𝑠
∬ 𝑅𝑘 ⃗ . 𝜂1 ⅆ𝑠1 + ∬ 𝑅𝑘
= ∬ 𝑅𝑘 ⃗ . 𝜂2 ⅆ𝑠2 + ∑ ∬ 𝑅𝑘
⃗ . 𝜂𝑖 ⅆ𝑠𝑖
𝜕𝑊 𝑆1 𝑆2 𝑖=3 𝑆𝑖
39
⃗ . 𝜂1 ⅆ𝑠1 + ∬ 𝑅𝑘
= ∬ 𝑅𝑘 ⃗ . 𝜂2 ⅆ𝑠2. (12)
𝑆1 𝑆2
𝜕𝑔1 𝜕𝑔1
ⅆ𝑆1 = (( )𝑖 + ( ⃗ ) ⅆ𝑥ⅆ𝑦.
)𝑗 − 𝑘
𝜕𝑥 𝜕𝑦
O sinal negativo é devido ao vetor normal a 𝑆1 , como está representado na 𝐹𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 20. Desta
forma,
∂g1 ∂g1
⃗ . 𝜂1 ds1
∬ Rk = ∬ R(x, y, g1 (x, y) ⃗k. ( )i + ( ) j − ⃗kdxdy
∂x ∂y
S1 𝑆1
𝜕𝑔1 𝜕𝑔1
ⅆ𝑆2 = ((− )𝑖 − ( ⃗ ) ⅆ𝑥ⅆ𝑦.
)𝑗 + 𝑘
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Logo, temos
𝜕𝑅
∭ ⅆ𝑉 = ∬ 𝑅( ⃗k. n
⃗ )ⅆ𝑆
𝜕𝑧 𝜕𝑊
𝑊
Com isso provamos a equação (10), as igualdades (8) e (9) podem ser obtidas de forma
análoga. Para um maior entendimento do teorema que foi demonstrado acima segue um
exemplo que foi retirado do livro O Cálculo com Geometria Analítica, Leithold.
Temos que a fronteira dada por R é a circunferência de raio 1 que pode ser representada na
sua forma paramétrica por
𝑥 = cos( 𝑆 ) 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛( 𝑆 ) 0 ≤ 𝑠 ≤ 2𝜋
𝑅 ( 𝑆 ) = cos(𝑆) 𝑖 + 𝑠𝑒𝑛(𝑆)𝑗 0 ≤ 𝑠 ≤ 2𝜋
𝑁( 𝑆 ) = cos(𝑆) 𝑖 + 𝑠𝑒𝑛(𝑆)𝑗
2𝜋
∳ 𝐹. 𝑁ⅆ𝑠 = ∫ (2𝑠𝑒𝑛(𝑆)𝑖 + 5cos (𝑆)𝑗). (cos(𝑆) 𝑖 + 𝑠𝑒𝑛(𝑆)𝑗 )ⅆ𝑠
𝑐 0
2𝜋
= ∫ (2𝑠𝑒𝑛(𝑆) cos(𝑆) + 5cos (𝑆)𝑠𝑒𝑛(𝑆))ⅆ𝑠
0
2𝜋
= 7 ∫ (𝑠𝑒𝑛(𝑆) cos(𝑆))ⅆ𝑠.
0
41
7
= [𝑠𝑒𝑛2 2𝜋 − 𝑠𝑒𝑛2 0 ]
2
= 0.
4.APLICAÇÕES
𝜕 𝑦 𝜕
𝑊 = ∬[ (𝑒 − 2𝑥 2 ) − (𝑐𝑜𝑠𝑥 − 4𝑦)] ⅆ𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑅
= ∬(−4𝑥 + 4)ⅆ𝐴.
𝑅
𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃
ⅆ𝐴 = 𝑟ⅆ𝑟ⅆ𝜃.
Então,
2𝜋 𝑎
𝑊 =∫ ∫ (−4𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 + 4)𝑟ⅆ𝑟ⅆ𝜃
0 0
43
2𝜋 𝑎
=∫ ∫ (−4𝑟 2 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 4𝑟)ⅆ𝑟ⅆ𝜃
0 0
2𝜋 𝑎
−4 3 2
=∫ [ 𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 2𝑟 ] ⅆ𝜃
0 3 0
2𝜋
−4 3
=∫ [ 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 2𝑎2 ] ⅆ𝜃
0 3
2𝜋
−4 3
=[ 𝑎 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 2𝑎2 𝜃]
3 0
= 4𝑎2 𝜋.
−√3 ≤ 𝑡 ≤ √3. Ache o valor do fluxo de velocidade através da superfície limitada por essa
curva. Considerando que a velocidade 𝑉 seja constante em toda a superfície é igual a 𝑉 =
20 𝑚/𝑠.
FIGURA 21 - Curva
Quando temos que 𝑉 é paralelo ao plano, nenhum ar se move por dentro dessa curva
fechada e com isso temos que o fluxo é zero. Já para ângulos que são intermediários, a taxa de
fluxo que temos através da superfície, depende do ângulo que está entre o vetor normal a
superfície e o vetor de 𝑉. Fazendo a decomposição de acordo com a Figura 21 temos que este
componente vale 𝑉𝑐𝑜𝑠 𝛼, a taxa de escoamento volumar através da malha é,
Φ = 𝑉𝑐𝑜𝑠 𝛼 · 𝐴 . (1)
Φ = 𝑉. 𝐴 (2)
45
Agora vamos supor que esta corrente de ar através desta superfície possui velocidade
constante. Assim sendo, queremos determinar a vazão volumétrica Φ. A corrente de ar que é
normal a superfície está sendo ilustrada na FIGURA 22,
𝑡3
Como dito anteriormente a superfície é dada por 𝑟(𝑡) = 𝑡 2 𝑖 + (( 3 ) − 𝑡) 𝑗, com isso,
temos
𝑡3
𝑀 = 𝑡 2 = 𝑥, 𝑁 = − 𝑡 = 𝑦 → ⅆ𝑥 = 2𝑡ⅆ𝑡,
3
ⅆ𝑦 = (𝑡 2 − 1)ⅆ𝑡
Á𝑟𝑒𝑎 1
= ∮ 𝑥ⅆ𝑦 − 𝑦ⅆ𝑥
2 𝐶
1 √3 2 2 𝑡3
= ∫ [𝑡 (𝑡 − 1) − ( − 𝑡) (2𝑡)] ⅆ𝑡
2 −√3 3
1 √3 1 4
= ∫ [( 𝑡 + 𝑡 2 )] ⅆ𝑡
2 −√3 3
46
1 1 5 1 3 √3
= ( 𝑡 + 𝑡 | )
2 15 3 −√3
1
= (9√3 + 15√3)
15
1 8
= (24√3) = √3.
15 5
Com isso temos acima o valor da área da superfície e assim podemos calcular o valor
do fluxo do campo velocidade da FIGURA 22. Podemos interpretar o fluxo como sendo a
quantidade total de fluido que atravessa a superfície por unidade de tempo. Portanto, temos
Φ = V. A
8 2
= √3𝑉 ≅ 55,43 𝑚 ⁄𝑠 .
5
Aplicação 1: Aplique o Teorema de Stokes, dado o campo vetorial como sendo 𝐹 (𝑥, 𝑦) =
8𝑦𝑖 + 10𝑥𝑗 e a equação vetorial de 𝐶 é 𝑅(𝑠) = 𝑐𝑜𝑠(𝑠)𝑖 + 𝑠𝑒𝑛(𝑠)𝑗 dentro do intervalo de
0 ≤ 𝑠 ≤ 2𝜋.
Solução: Como temos vetor tangente unitário de 𝐶 é dado pela derivada de 𝑅(𝑠) em relação
a 𝑠 temos ,
𝑇(𝑠) = 𝑅′(𝑠)
Com isso temos que num ponto 𝑃(cos(𝑠) , 𝑠𝑒𝑛(𝑠)) em 𝐶, 𝐹 é 8𝑠𝑒𝑛(𝑠)𝑖 + 10𝑐𝑜𝑠(𝑠)𝑗. Logo
temos que,
2𝜋
∮ 𝐹. 𝑇ⅆ𝑠 = ∫ (8𝑠𝑒𝑛(𝑠)𝑖 + 10 cos(𝑠) 𝑗). (−𝑠𝑒𝑛(𝑠)𝑖 + cos(𝑠) ⅆ𝑠
𝐶 0
47
2𝜋
= ∫ (−8𝑠𝑒𝑛2 𝑠 + 10 cos 2 𝑠)ⅆ𝑠
0
2𝜋 2𝜋
1 − cos(2𝑠) 1 + cos (2𝑠)
= −8 ∫ ( ⅆ𝑠) + 10 ∫ ( ⅆ𝑠)
0 2 0 2
2𝜋
10
= [−4𝑠 + 2𝑠𝑒𝑛(2𝑠) + 5𝑠 + 𝑠𝑒𝑛(2𝑠)]
4 0
= 2𝜋.
Com a aplicação do Teorema de Stokes o problema se torna muito mais simples, pois,
E como
𝜕𝑁
𝑁 = 10𝑥 ⇒ = 10
𝜕𝑥
𝜕𝑀
𝑀 = 8𝑦 ⇒ =8
𝜕𝑦
segue que
𝜕𝑁 𝜕𝑀
∬ 𝑟𝑜𝑡𝐹. 𝐾ⅆ𝐴 = ∬ ( − ) ⅆ𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑅 𝑅
= ∬(10 − 8)ⅆ𝐴
𝑅
= 2 ∬ ⅆ𝐴
𝑅
= 2𝜋.
48
Solução: Para acharmos o trabalho realizado pela partícula devemos resolver a integral de
linha ∮𝐶 𝑧ⅆ𝑥 + 𝑥ⅆ𝑦 + 𝑦ⅆ𝑧, para isso iremos utilizar o Teorema de Stokes. Como ilustrado na
Figura 23 temos que o vetor normal é dado por 𝑛⃗ = (1, 0, 0). Com isso precisamos calcular o
rotacional.
FIGURA 23- Circunferência
∇ × 𝐹 = 𝑖 + 𝑗 + 𝑧.
𝑊 = ∮ 𝐹 ⋅ ⅆ𝑟
𝐶
= ∬ ⅆ𝑆.
𝑆
Com isso temos que o trabalho é a integral dupla da própria função, ou seja, o trabalho vai ser
igual a integral da área da circunferência. Como a área de uma circunferência é dada por 𝐴 =
𝑟 2 . 𝜋. Temos
49
𝑊 = 𝜋. 22
= 4𝜋 𝐽.
∮ F. Nds
𝑐 = ∬ ⅆ𝑖𝑣𝐹ⅆ𝐴
𝑅
∂ ∂
= ∬[ (15𝑥 − 𝑦) + (𝑥2 − 3𝑦)] dA
∂x ∂x
𝑅
= ∬(15 − 3)ⅆ𝐴
𝑅
= 12 ∬ dA.
𝑅
Como está dito no problema área é de 400 𝑐𝑚2 , com isso temos que 400 𝑐𝑚2 = ∬𝑅 dA.
Logo,
Então,
𝜕 𝜕 𝜕
ⅆ𝑖𝑣𝐹 = 𝑥𝑦 2 + 𝑦 + 𝑥𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
= 𝑦 2 + 1 + 𝑥.
temos
∬ 𝐹 ⋅ 𝑁ⅆ𝜎 = ∭ ⅆ𝑖𝑣𝐹ⅆ𝑉
𝑆 𝐸
1 1 1
= ∫ ∫ ∫ (𝑦 2 + 1 + 𝑥)ⅆ𝑧ⅆ𝑦ⅆ𝑥
0 0 0
1 1
= ∫ ∫ (𝑦 2 + 1 + 𝑥)ⅆ𝑦ⅆ𝑥
0 0
1 1
= ∫ ∫ (𝑦 2 + 1 + 𝑥)ⅆ𝑦ⅆ𝑥
0 0
1 1
𝑦3
= ∫ [ + 𝑦 + 𝑥𝑦] ⅆ𝑥
0 3 0
51
1
1
= ∫ [ + 1 + 𝑥] ⅆ𝑥
0 3
1
1 2
=[ 𝑥+𝑥+𝑥 ]
3 0
7
= 𝑇𝑚2 .
3
Com isso encerramos o capitulo das aplicações dos teoremas demonstrados neste
trabalho, aplicamos os teoremas em problemas que envolviam fluidos, cargas elétricas e
aplicações matemáticas. Mostrando assim a importância da base teórica vista no curso de
Ciência e Tecnologia para o campo das engenharias.
52
5.0 CONCLUSÃO
COELHO, Pedro. George Gabriel Stokes: Criador das leis de Stokes. Disponível em:
https://www.engquimicasantossp.com.br/2013/11/george-gabriel-stokes.html. Acesso em 21
de novembro de 2019.
LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica. 3.ed. São Paulo: Harbra, 1994
OLIVEIRA, Oswaldo Rio Branco. Integral Dupla: Teorema de Fubini e Teorema de mudança
de variáveis. Universidade de São Paulo. v. 1, n. 1, p. 38-43, nov, 2019.
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