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Mattis Dementia Rating Scale (DRS): Dados normativos para a população brasileira de meia-idade e idosos

Artigo em Demência e Neuropsicologia · Dezembro 2013


DOI: 10.1590/S1980-57642013DN74000004

CITAÇÕES LER

11 546

8 autores, incluindo:

Maria Paula Foss Thais Machado

Universidade de São Paulo Universidade Federal de Minas Gerais


31 PUBLICAÇÕES 123 CITAÇÕES 22 PUBLICAÇÕES 119 CITAÇÕES

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Geraldo Cássio dos Reis vitor tumas


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de … Universidade de São Paulo
5 PUBLICAÇÕES 25 CITAÇÕES 106 PUBLICAÇÕES 1.001 CITAÇÕES

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Alguns dos autores desta publicação também estão trabalhando nos seguintes projetos relacionados:

Envelhecimento em neurônios nitrérgicos no cérebro humano Ver projeto

Tronco cerebral como a primeira estrutura vulnerável à doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas Ver projeto

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Dement Neuropsychol 2013 dezembro;7(4):374-379


Artigos Originais

Escala de Classificação de Demência Mattis (DRS)

Dados normativos para a


população brasileira de meia-idade e idosos

Maria Paula Foss1 , Viviane Amaral de Carvalho2 , Thais Helena Machado3 ,


Geraldo Cássio dos Reis4 , Vitor Tumas5 , Paulo Caramelli6 ,
Ricardo Nitrini7 , Cláudia Sellitto Porto8

ABSTRATO. Objetivo: Ampliar as normas da Mattis Dementia Rating Scale (DRS) para a população brasileira de meia-
idade e idosos. Métodos: A DRS foi aplicada a 502 indivíduos sem déficits cognitivos, 312 mulheres e 190 homens, com
idade igual ou superior a 50 anos e escolaridade de 0 a 13 anos ou mais. A amostra foi composta por sujeitos que
participaram de outros estudos, de Caeté (MG), Ribeirão Preto (SP) e São Paulo (SP). Os participantes foram divididos
em quatro grupos de escolaridade (analfabetos, 1 a 4 anos, 5 a 12 anos e 13 anos ou mais).
Os sujeitos foram divididos em quatro grupos de acordo com a idade (50 a 60, 61 a 70, 71 a 80 e 80 anos ou mais). Resultados: Os dados
normativos para pontuações DRS são expressos como valores percentuais. O grupo com menor escolaridade e com mais de 80 anos
apresentou os piores escores. Conclusão: Como esperado, a idade e a escolaridade foram fortemente correlacionadas com os escores da DRS.
Os analfabetos e os idosos mais velhos tiveram pior desempenho do que os outros grupos. Esses dados podem ajudar a melhorar a
precisão do diagnóstico de comprometimento cognitivo e demência em populações brasileiras de meia-idade e idosos.
Palavras-chave: DRS, analfabetos, idosos, escolaridade, avaliação neuropsicológica.

MATTIS DEMENTIA RATING SCALE (DRS): DADOS NORMATIVOS PARA AS POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE
MEIA-IDADE E IDOSOS Resumo. Objetivo: Expandir normas para o Mattis Dementia Rating Scale (MDRS) na população
brasileira de meia idade e idosos. Methods: A MDRS foi aplicada em 502 indivíduos, 312 mulheres e 190 homens, com
idade de 50 anos ou mais e escolaridade de 0 a 13 anos ou mais anos. A amostra foi composta por sujeitos que
participaram de outros estudos: Caeté (Minas Gerais), Ribeirão Preto (São Paulo) e São Paulo (São Paulo). Os
participantes foram divididos em quatro grupos de escolaridade (analfabetos, 1 a 4 anos, 5 a 12 anos e 13 anos ou mais).
Os sujeitos foram divididos em quatro grupos de idade (50 a 60, 61 a 70, 71 a 80 e acima de 80 anos). Resultados:
Dados normativos dos escores da MDRS são apresentados em percentis. O grupo com menos escolaridade e acima de
80 anos apresentou escores mais baixos. Conclusão: Como esperava, idade e escolaridade foram fortemente correlacionados aos escores da MDRS.
Analfabetos e indivíduos muito idosos apresentaram pior desempenho que os outros grupos. Os dados podem ajudar a melhorar a acurácia
para o diagnóstico de prejuízo cognitivo e melhorar a população brasileira de meia-idade e idosos.
Palavras-chave: DRS, analfabetos, idosos, escolaridade, avaliação neuropsicológica.

INTRODUÇÃO da doença de Alzheimer (DA), mas também


tem sido utilizado para detecção precoce de
A Escala de Classificação
foi originalmente de Demência
criado para o Mattis (DRS)1
diagnóstico demência, diagnóstico diferencial entre DA e outras

1
Psicóloga do Setor de Distúrbios do Movimento e Neurologia Comportamental do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Doutora em
Ciências Médicas (Neurociências) da FMRP-USP, Ribeirão Preto SP, Brasil. 2 Psicóloga, Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte MG, Brasil. 3 Fonoaudióloga, Doutora em Linguística pela UFMG, Pesquisadora no Ambulatório de Neurologia
Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da UFMG, Belo Horizonte MG, Brasil. 4 Estatístico do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP-USP, Ribeirão Preto
SP, Brasil. 5 Médico, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - FMRP-USP, Ribeirão Preto SP, Brasil.

6 Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG; Coordenador do Ambulatório de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das
Clínicas da UFMG, Belo Horizonte MG, Brasil. 7 Diretor da Disciplina de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo SP, Brasil. 8
Psicóloga do Grupo de Neurologia Cognitiva do Comportamento da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da FMUSP, Doutora em Ciências pela FMUSP, São Paulo SP, Brasil.

Maria Paula Foss. Av. Bandeirantes, 3900 – 14049-900 Ribeirão Preto SP – Brasil. E-mail: mpfoss@gmail.com

Divulgação: Os autores relatam não haver conflitos de interesse.

Recebido em 15 de agosto de 2013. Aceito na forma definitiva em 02 de novembro de 2013.

374 Mattis DRS em uma população brasileira Foss MP, e outros.


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demências e estágio da demência.2-6 As tarefas da escala são A DRS foi aplicada a todos os sujeitos em uma única sessão
agrupadas em cinco subescalas, cada uma avaliando diferentes individual e na ordem recomendada pelo autor. Ressalta-se que as
áreas cognitivas, a saber, Atenção, Iniciação/Perseveração (I/P), tarefas DRS são apresentadas em uma ordem fixa, sendo que
Construção, Conceitualização e Memória. apenas os testes de Atenção não são agrupados em uma sequência,
Na população brasileira, Porto et al.7 demonstraram o valor da pois também servem como distratores para a subescala Memória.
DRS em diferenciar 41 pacientes com DA leve de 60 controles Dentro de cada subescala, os testes mais difíceis são apresentados
cognitivamente saudáveis e mostraram a importância de estabelecer em primeiro e segundo lugar e, se bem executados, os itens
normas para esta escala. Para analisar os efeitos da idade e da subseqüentes da subescala são creditados como sendo executados
escolaridade no desempenho dos testes, pacientes e controles corretamente. A vantagem desse procedimento é que ele permite
foram separados em três faixas etárias e três níveis de escolaridade. encurtar o tempo total do teste para indivíduos cuja função cognitiva
Nesta amostra populacional, os efeitos da escolaridade foram mais está mais preservada.
evidentes do que os efeitos da idade. O ponto de corte para a
pontuação total foi 122, resultando em 91,7% de sensibilidade e O número de pontos creditados para a resposta correta varia
87,8% de especificidade. de acordo com as tarefas e o total de pontos em cada pontuação
da subescala fornece uma pontuação parcial para aquela subescala.
Foss et al.8 analisaram a influência da baixa escolaridade e do As pontuações parciais são Atenção, 37 pontos; Iniciação/
analfabetismo no desempenho de DRS em um grupo de idosos Perseveração (I/P), 37 pontos; Construção, 6 pontos; Conceituação,
cognitivamente saudáveis com ampla distribuição de escolaridade. 39 pontos; e Memória, 25 pontos. A pontuação total máxima possível
A influência da escolaridade foi estudada em 62 controles e a é de 144 pontos.
amostra total foi dividida em cinco grupos de escolaridade:
analfabetos; 4 anos; 8 a 9 anos; 11 a 12 anos e 15 a 16 anos. A Todos os participantes assinaram um termo de consentimento
escolaridade interferiu no desempenho individual na DRS e o informado e o estudo foi aprovado pelos respectivos Comitês de
analfabetismo foi fator determinante de menores escores na DRS. Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, do Hospital das Clínicas
Como os estudos anteriores foram baseados em pequenas da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, e da Universidade
amostras, a generalização desses dados normativos é muito Federal de Minas Gerais.
limitada. Assim, o objetivo do presente estudo foi ampliar as normas
da Mattis Dementia Rating Scale (MDRS) para a população brasileira.
Análises de dados. As análises estatísticas foram realizadas com
o pacote de software estatístico SPSS versão 17.0 para Windows e
MÉTODOS p-valores de 0,05 ou menos foram considerados estatisticamente
Ao todo, participaram deste estudo 502 indivíduos, sendo 312 significativos.
mulheres e 190 homens, com idades entre 50 anos e 93 anos e As variáveis demográficas (idade, escolaridade e sexo) foram
com ampla distribuição de escolaridade alcançada. A amostra foi correlacionadas com os escores da DRS (subescalas e escore
composta por indivíduos saudáveis que participaram de outros total) por meio dos testes de Pearson (r). Além disso, as variáveis
estudos realizados em Caeté (MG), Ribeirão Preto (SP) e São Paulo demográficas (idade e escolaridade) foram comparadas com os
(SP). Os critérios de exclusão e inclusão foram descritos em escores da DRS (subescalas e escore total) pelo teste de amostras
estudos anteriores.7-10 independentes para comparações múltiplas (ANOVA) e pelo teste
post hoc de Tukey. As pontuações DRS foram transformadas em
Para investigar a influência da escolaridade no desempenho do blocos percentuais e pontuações z e, posteriormente, em pontuações T.
DRS, os indivíduos foram divididos em quatro grupos de
escolaridade: analfabetos, 1 a 4 anos de estudo (esc 1), 5 a 12 RESULTADOS

anos de estudo (esc 2) e acima de 13 anos de escolaridade. As informações demográficas desse grupo de estudo são
escolaridade (esc 3). Para ser classificado como analfabeto, o apresentadas na Tabela 1. A escolaridade média foi de 8,00 anos
sujeito deveria nunca ter freqüentado a escola e ser incapaz de ler (Desvio Padrão (DP)=5,28), com maior número de indivíduos com
a frase “Feche os olhos” do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). 1 a 4 anos de estudo. Em relação à idade, a média foi de 71,00
Para analisar a interferência da idade no desempenho do teste, anos (DP=8,70), com maior número de sujeitos na faixa etária de
essa variável foi dividida em quatro grupos: Grupo 1 de 50 a 60 70 a 80 anos (Tabela 1).
anos, Grupo 2 de 61 a 70 anos, Grupo 3 de 71 a 80 anos e Grupo As mulheres representaram 62% do grupo de estudo, com 38% de
4 acima de 80 anos. homens. Os analfabetos eram 15 mulheres e 10 homens, com
idade de 75,12±6,83 anos.

Foss MP, e outros. Mattis DRS em uma população brasileira 375


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A correlação entre as pontuações da DRS e os dados Tabela 1. Dados demográficos (n=502).


demográficos é apresentada na Tabela 2. A idade e a escolaridade n %
foram mais fortemente relacionadas às pontuações da DRS do que Educação analfabetos 25 4,98%
o gênero. No entanto, na subescala Atenção, observou-se
1-4 anos 190 37,65%
correlação significativa entre sexo e escores da DRS, com as
5-12 anos 176 35,06%
mulheres tendo desempenho pior que os homens.
As análises dos escores da DRS de acordo com o nível >13 anos 112 22,31%

educacional revelaram diferenças significativas na subescala Anos de idade) 50-59 anos 46 9,16%
Atenção (analfabetos < sch1 < sch2 < sch3); Iniciação/ 60-69 anos 165 32,87%
Subescala de perseverança (analfabetos < sch1 < sch2 < sch3);
70-80 anos 231 46%
Construção (analfabetos < sch1 < sch2 e sch3); Subescala de
>80 anos 60 12%
conceituação (analfabetos < sch1 < sch2 < sch3); Subescala de
Gênero Macho 190 37,85%
memória (analfabetos < sch1 < sch2 < sch3); e no escore total
(analfabetos < sch1 < sch2 < sch3). Como esperado, os grupos Fêmea 312 62,15%

com ensino superior tiveram escores melhores do que os outros


grupos.
As faixas etárias apresentaram diferenças significativas nos Tabela 2. Correlações das subescalas da DRS e escore total com variáveis

escores DRS para a subescala Atenção (grupo 1 > grupo 3 anos, demográficas.

grupo 1 > grupo 4 anos e grupo 2 > grupo 4 anos), para a subescala Idade Gênero Educação

Iniciação/Perseveração (grupo idade 1 > grupo 3 anos, grupo 1 > r r r


**
grupo 4 anos e grupo 2 > grupo 4 anos), para a subescala Atenção –0,16 –0,095* 0,44**

Construção (grupo 1 > grupos 3 e 4), para a Conceitualização Iniciação / Perseveração –0,26** 0,074 0,46**
(grupo 1 > grupos 2, 3 e 4 anos), para as subescalas de Memória
Construção –0,15** –0,059 0,37**
(grupos de 1 e 2 anos > grupo de 4 anos) e para pontuação DRS
Conceitualização –0,23** –0,053 0,56**
total (grupo de idade 1 > grupo de 3 anos, grupo de idade 1 >
Memória –0,20** 0,010 0,36**
grupo de 4 anos e grupo de idade 2 > grupo idade 4). Em
conclusão, o grupo de idade 1 (indivíduos mais jovens) teve Pontuação total –0,28** –0,017 0,59**

escores mais altos do que todos os demais grupos, com o grupo *p: 0,05; ** p: 0,01

de idade 4 (indivíduos mais velhos) apresentando os piores

pontuações.

Como o objetivo principal do estudo era expandir os dados Tabelas 3 a 5 para pessoas com 1-4 anos de escolaridade (para
normativos do DRS para o Brasil, a quantidade de pessoas em aqueles com outros níveis de escolaridade, os dados são
cada grupo por idade e escolaridade foi estratificada de acordo apresentados nas Tabelas 6 a 15, disponíveis em www.demneuropsy.com.
com sua significância, de forma a representar a população e sua br. Os escores médios para toda a amostra (n=502) foram
relevância clínica para os padrões brasileiros (escolaridade 35,04±1,95 para a subescala Atenção, 34,19±3,52 para Iniciação/
padrões). No entanto, outras análises foram realizadas com Perseveração, 5,58±1,05 para Construção, 33,98±4,83 para
resultados interessantes, como diferenças significativas no escore Conceitualização, 22,89±2,65 para Memória e, finalmente,
DRS total entre as idades (> 85 anos < 66 a 70 anos < 56 a 60 131,7±10,99 para pontuação total. Porém, de acordo com a
anos), mas sem diferenças significativas entre 75 a 85 anos e 61 a grande variação de idade e escolaridade, os dados são melhor
65 anos, sugerindo maiores diferenças por décadas de divisão de representados por anos de estudo e idade.
idade, conforme nossas tabelas.
Os escores DRS diminuíram com a idade e naqueles
Em relação à escolaridade, os analfabetos tiveram indivíduos com menos anos de escolaridade. (Tabelas 3 a 14).
desempenho significativamente pior do que os alfabetizados. Os analfabetos apresentaram resultados piores do que todos os
Diferenças adicionais foram observadas para 1 e 2 anos < 3 e 4 grupos escolarizados (p<0,001) e, portanto, seus resultados devem
anos < 11 e 12 anos < 15 e 16 anos < 16+ anos de escolaridade). ser separados dos demais por essas normas brasileiras (Tabela
Não houve diferenças significativas entre os grupos com 5 a 10 15). Devido ao pequeno número de analfabetos nesta amostra não
anos de estudo. foi possível alocá-los em faixas etárias como foi feito para os
Os dados normativos para os escores DRS na população idosa indivíduos com os demais níveis de escolaridade.
brasileira são expressos como valores percentuais em

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Tabela 3. Percentis para sujeitos com 1-4 anos de estudo e 50 a 60 anos (n=16).

percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 33 28 6 27 19 125

5 33 28 6 27 19 125

10 33,7 30.1 6 29,8 19 126,4

25 34.25 32 6 34 21h25 130.2

50 35 35 6 37 24 134

75 36 36 6 37 24,75 137,7

90 36 37 6 39 25 138,3

Significar 35 34 6 35,6 22.87 133,7

SD 0,93 2.6 0 3.24 2.125 4.38

Tabela 4. Percentis para sujeitos com 1-4 anos de estudo e 61 a 70 anos (n=57).

percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 29 19 0 16 14 95

5 29 24 3,55 25 17.65 104

10 31 29 4 27 20 117

25 33 31 5 29 21 124

50 34,5 35 6 32,5 23 129

75 36 36,25 6 36 24 135,25

90 36,9 37 6 38 25 138

Significar 34.1 33.36 5.36 32.26 22.58 127,9

SD 2.02 3.949 1.12 4.54 2.37 9.77

Tabela 5. Percentis para sujeitos com 1-4 anos de estudo e 71 a 80 anos (n=107).

percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 27 21 1 17 17 101

5 31.7 25,85 3 22 19 108,85

10 33 27 3.7 24,7 20 117

25 34 30 5 29.25 22 123

50 35 33 6 32 23 129

75 36 36 6 35 25 134

90 37 37 6 37 25 138

Significar 34,82 32,75 5.46 31.79 23 127,8

SD 1.81 3,66 1.1 4.6 1,90 8.88

DISCUSSÃO emparelhamento e evitar erros de diagnóstico. Estudos anteriores


Dados normativos para idosos brasileiros são necessários para com o DRS foram conduzidos no Brasil7,8 em pequenos nem
caracterizar essa população sem comprometimento neurológico amostras nativas. Notavelmente, não há normas robustas

Foss MP, e outros. Mattis DRS em uma população brasileira 377


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dados da Mattis Dementia Rating Scale (MDRS) na população Em estudo realizado no Brasil com o DRS,8 62 controles sem
brasileira, justificando o objetivo deste estudo de ampliar os dados transtornos neuropsiquiátricos com idade entre 65 e 75 anos foram
preliminares. distribuídos em cinco grupos de acordo com a escolaridade . O
A idade e a escolaridade foram correlacionadas com os primeiro grupo era composto por analfabetos, seguido por 4 anos,
escores da DRS, confirmando os resultados de estudos 8 a 9 anos, 11 a 12 anos e 15 a 16 anos de escolaridade. Os
anteriores7,8,11-13 e a importância dessas variáveis para esses analfabetos tiveram as piores pontuações em comparação com
escores. Essas variáveis afetaram o desempenho na pontuação todos os outros grupos alfabetizados cujas pontuações aumentaram
total da DRS e em todas as subescalas, sugerindo o ajuste das com o aumento dos anos de escolaridade. O analfabetismo e a
pontuações por idade e escolaridade para melhorar a precisão baixa escolaridade foram fatores determinantes para piores
diagnóstica. O gênero correlacionou-se apenas com os escores escores da DRS, o que também ocorreu no presente estudo. Para
da subescala Atenção, com piores desempenhos para as mulheres. os escores totais da DRS, observou-se uma tendência à
Monsch et al.16 também não encontraram diferenças estabilidade para 5 a 10 anos de escolaridade.
significativas nas pontuações da DRS para sexo, mas isso não foi Os escores totais e das subescalas apresentaram diferenças
verdade para idade e escolaridade. Bank et al.17 obtiveram em relação à idade, com piores desempenhos associados a idades
correlação do escore total da DRS com todos os dados mais avançadas. Para o escore total da DRS, observou-se uma
demográficos, incluindo sexo, idade, escolaridade e raça, variável tendência de diferença de escore entre as décadas. Bennett et al.21
não avaliada em nosso estudo. Rilling et al.18 encontraram mostraram, em uma amostra de 82 residentes de asilos não
correlação e variância compartilhada de pontuações DRS com dementes com idade entre 80 e 99 anos e nível educacional médio
gênero respondendo por 3% da variância, idade (7%) e de 11 anos, que uma grande porcentagem se saiu na faixa de
escolaridade (17%) entre afro-americanos, enfatizando o maior comprometimento na DRS, particularmente na Iniciação/
efeito da educação nessas pontuações. No estudo de Pedraza et subescalas Perseveração e Conceituação e também na pontuação
al.,13 idade e escolaridade foram significativamente associadas total. No estudo de Ostrosky-Solis et al.,20 o efeito do
ao escore total e subescalas da DRS. Sexo esteve associado à envelhecimento foi notado na percepção visual e na memória
subescala Construção. Os escores médios de construção diferiram pontuações.

significativamente para homens e mulheres apenas entre as idades Em conclusão, para a população idosa brasileira, a
de 80 e 84 anos. escolaridade representa um fator determinante para os escores
No estudo de Rosselli et al.,14 o efeito da escolaridade e do da DRS. Como a validade de um grupo normativo dependerá da
sexo nos escores totais do MEEM foi analisado por meio dos itens semelhança entre o examinando e as características demográficas
“seis 7” (atenção) e “ortografia invertida” (memória de trabalho). da amostra normativa, é preferível apresentar amostras normativas
As mulheres obtiveram pontuações significativamente mais baixas em relação à idade e escolaridade do que por apenas uma dessas
do que os homens no MMSE “serial 7's”. Em outro estudo variáveis. Isso se faz necessário visto que a população brasileira
empregando o MEEM,15 mulheres com menos de 3 anos de possui uma grande variação nos dados socioeducacionais e
estudo pontuaram significativamente abaixo dos homens com o demográficos.
mesmo nível de escolaridade, enquanto não foram observadas Os presentes dados normativos ampliam e integram diferentes
diferenças de gênero nos grupos com maior escolaridade. estudos com a DRS para a população idosa brasileira. Agora é
A educação também foi responsável por diferenças necessário incluir outras regiões deste grande país para torná-lo
significativas entre analfabetos e alfabetizados. Em nosso estudo, mais representativo de toda a população de meia-idade e idosos.
os indivíduos com maior escolaridade tiveram melhor desempenho
do que todos os outros grupos. A alfabetização está Além disso, trabalhos futuros devem incluir mais participantes nas
significativamente associada a praticamente todas as medidas faixas etárias de 50 a 60 anos e acima de 80 anos, incrementando
neuropsicológicas e o impacto da alfabetização se reflete em nossos achados. Conforme evidenciado, existem algumas
diferentes esferas do funcionamento cognitivo. Aprender a ler limitações em nosso estudo e, portanto, os médicos também
reforça e modifica certas habilidades fundamentais, como memória devem confiar em seu julgamento clínico ao analisar os resultados
verbal e visual, consciência fonológica e habilidades visuoespaciais do DRS.
e motoras.19 Ostrosky-Solis et al.20 analisaram o desempenho Este trabalho pode contribuir para a avaliação clínica e
de 64 sujeitos normais analfabetos em testes neuropsicológicos e investigativa do envelhecimento cognitivo e também indiretamente
o maior efeito educacional foi observado em habilidades para o diagnóstico de demência. Acreditamos que esses dados
construtivas, linguagem, fluência verbal fonológica e funções normativos ajudarão a evitar o sobrediagnóstico e melhorar a
conceituais. precisão do diagnóstico de demência no Brasil.

378 Mattis DRS em uma população brasileira Foss MP, e outros.


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Dement Neuropsychol 2013 dezembro;7(4):374-379

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Foss MP, e outros. Mattis DRS em uma população brasileira 379


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Mattis Dementia Rating Scale (DRS) - Dados normativos para a população brasileira de meia-idade e
idosos. Autores: Maria Paula Foss,Viviane Amaral de Carvalho,Thais Helena Machado
Geraldo Cássio dos Reis, Vitor Tumas, Paulo Caramelli, Ricardo Nitrini, Cláudia Sellitto Porto

Tabelas 6 a 15

Tabela 6. Percentis para sujeitos com 1-4 anos de estudo e mais de 81 anos (n=34)
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 30 27 2 16 15 97

5 30.45 27.9 2.9 18h25 15.9 102.4

10 31.9 29 4 21.9 18.8 113,5

25 34 32 6 29 21 124

50 35 34 6 33,5 23 131,5

75 36 36,7 6 37 24,75 135

90 36 37 6 38 25 139

Significar 34,46 33,7 5.68 32.25 22.28 128,39

SD 1,64 2,94 0,90 5.9 2.66 10.31

Tabela 7. Percentis para sujeitos com 5-12 anos de estudo e 50 a 60 anos (n=18).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 34 32 4 30 22 127

5 34 32 4 30 22 127

10 34 32.9 5.8 30.9 22.9 130,6

25 35 33,75 6 34,50 23 134

50 36 36 6 37 24 138

75 36,25 37 6 38 25 139,25

90 37 37 6 39 25 142

Significar 35,72 35,44 5.89 36 24 137

SD 0,96 1,76 0,47 2.9 0,84 3.9

Tabela 8. Percentis para sujeitos com 5-12 anos de estudo e 61 a 70 anos (n=80).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 31 28 5 24 14 117

5 33 32 5 30 20 129

10 33 33 5 31 21 129

25 34 35 6 34 23 133

50 36 37 6 36 24 136

75 37 37 6 37 25 140

90 37 37 6 38 25 142

Significar 35.39 35,61 5.87 35.33 23.69 135,99

SD 1.42 1,91 0,33 2,90 1,83 4,70

Tabela 9. Percentis para sujeitos com 5-12 anos de estudo e 71 a 80 anos (n=63).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 30 20 4 23 12 98

5 32 25.2 5 28.2 18.4 116.4

10 33 29.4 5.4 30 20 125,4

25 35 33 6 31 22 129

50 36 35 6 36 24 134

75 37 37 6 37 24 138

90 37 37 6 39 25 141

Significar 35,48 33,98 5.89 34.51 22.92 132,77

SD 1.54 3,65 0,36 3.62 2.41 7.83


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Tabela 10. Percentis para sujeitos com 5-12 anos de estudo e mais de 81 anos (n=15).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 31 26 6 30 19 125

5 31 26 6 30 19 125

10 32.2 28.4 6 30.6 19 126.2

25 34 31 6 34 20 130

50 36 35 6 37 23 132

75 36 36 6 38 25 137

90 36 36 6 39 25 140,8

Significar 35 33,67 6 35,73 22.6 133

SD 1.46 3.06 0 2,94 2.22 4,69

Tabela 11. Percentis para sujeitos com mais de 13 anos de estudo e 50 a 60 anos (n=23)
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 34 35 6 31 20 134

5 34 35.2 6 31.6 20h40 134,40

10 34,40 36,40 6 35.2 22 136,8

25 36 37 6 37 23 139

50 36 37 6 39 24 141

75 37 37 6 39 25 143

90 37 37 6 39 25 143,6

Significar 36.26 36,87 6 37,83 23.65 140,61

SD 0,96 0,46 0 1,92 1.26 2.46

Tabela 12. Percentis para sujeitos com mais de 13 anos de estudo e 61 a 70 anos (n=37).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 33 32 2 31 19 132

5 34,8 33,8 4.7 32,8 21.7 132,9

10 35,0 34 5 34 23 134,6

25 36 35,50 6 37 24 139

50 36 37 6 38 24 140

75 37 37 6 39 25 142

90 37 37 6 39 25 144

Significar 36.24 36.24 5.81 37.38 24.11 139,78

SD 0,92 1.23 0,70 1,98 1.15 3.23

Tabela 13. Percentis para sujeitos com mais de 13 anos de estudo e 71 a 80 anos (n=41).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 33 33 5 25 20 123

5 34 33.1 5 27.2 20 124,4

10 34.2 34 5.2 30 21 131

25 35 360 6 36,5 23 137,5

50 36 37 6 38 25 140

75 37 37 6 39 25 142

90 37 37 6 39 25 143

Significar 35,88 36.32 5,90 36,61 23.83 138,54

SD 1,00 1.19 0,30 3.48 1,56 5.13


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Tabela 14. Percentis para sujeitos com mais de 13 anos de estudo e mais de 81 anos (n=11).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 34 31 5 33 19 129

5 34 31 5 33 19 129

10 34 31.2 5.2 33.2 19.2 129,4

25 35 33 6 36 22 132

50 36 36 6 37 24 137

75 36 37 6 38 25 139

90 37 37 6 38,8 25 140,8

Significar 35,64 34,82 5.82 36,64 23.09 136

SD 1.03 2.18 0,60 1,74 2.02 3,89

Tabela 15. Percentis para analfabetos nas subescalas DRS e escore total (n=25).
percentil Atenção I/P Construção Conceitualização Memória Total

1 20 22 0 15 7 74

5 22.4 22 0 15.6 7.9 76,7

10 28 22 0,6 19 10.6 83,6

25 29 23,5 1 20,5 13.5 91,5

50 31 28 2 23 16 103

75 34 32 4 29 18.5 111

90 35 33,8 4.4 30.4 23 126,4

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