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O Sabor Do Amor - Kelly Silva-1
O Sabor Do Amor - Kelly Silva-1
Copyright © 2022 – Kelly Silva
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos, são produtos da imaginação da
autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e
acontecimentos reais é mera coincidência.
Todos os direitos reservados. São proibidos o
armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte dessa
obra, através de quaisquer meios - tangível ou intangível -
sem o consentimento da autora.
Sobre as marcas reais citadas nesta obra de ficção, a autora
reconhece aos legítimos donos das empresas e marcas o
devido crédito, agradecendo o privilégio de citá-las pelo
grau elevado de importância e credibilidade no mercado.
As canções reproduzidas nessa obra foram usadas com base
no artigo 46 da Lei Brasileira de Direitos Autorais, assim
como os créditos relativos às composições foram
devidamente dados aos compositores e intérpretes.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela lei
n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Todos os direitos desta edição reservados pela autora:
Kelly Silva
Edição Digital / Criado no Brasil.
Título: O Sabor do Amor
Revisão: Isadora Duarte
Capa: Gisele Souza (One Minute Design)
Diagramação Digital: Fernanda Piazon
Direito de Imagem: StockAdobe
1ª Edição – Julho/2022
Sumário
Sumário
Copyright © 2022 – Kelly Silva
Sumário
Sinopse
Redes sociais da autora
Dedicatória
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capitulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo
Agradecimentos
Sinopse
Daysi é amante dos doces desde criança, com seu
jeito meigo e mãos de fada, ela encanta seus clientes com
seus sabores diversificados, sua fórmula secreta tem como
ingrediente principal o amor.
“Coitadinha, acho que nenhum menino vai olhar pra ela na
vida.”
一 Você sabe que toda vez que eu entro nessas loucuras com
você, a Mel fica puta e me deixa de molho por dias, porra 一
Max falou, irritado, se jogando no meu sofá sendo seguido
por Daniel que se sentou na poltrona ao lado, gargalhando.
一 Até parece que você estaria com alguém aqui. Ainda mais
com a Thais viajando.
一 Mas já deixei mais do que claro que não vai ter. 一 Tentei
desconversar, isso não era um assunto que eu gostava de
discutir. 一 Mas me diz aí, para onde vocês vão?
So let's go
(Então vamos)
Roll your bumpa and wine slow
(Role seu bumbum e vinho devagar)
一 Pode deixar.
Pisquei para ela, indo para a cozinha, onde encontrei, Rose,
Marieta e Solange.
ー Oi, furacão, nem sabia que viria hoje, não era para estar
na aula? ー brinquei, pois sabia que naquele horário ela
estava livre e sabia que ela teria a resposta na ponta da
língua.
ー Tio, você tá zuando com a minha cara, né? Já fui até para
o ballet, o papai quem foi me buscar e agora eu estou aqui
ー falou, colocando as mãos na cintura, indignada e eu
fiquei espantado com a expressão que usou.
Não pude acreditar que dona Ana falou algo desse tipo na
frente dessa matraquinha, minha mãe às vezes não tinha
noção dos limites.
Quando Mel era criança, implorou para meu pai fazer, ainda
existia no quintal deles e agora era Bella quem brincava.
一 Claro que vai, para com isso, você é muito boa, sabe
disse, eu sei do seu potencial. Cadê aquela confiança que eu
vejo todos os dias em seus olhos lá na Dally?
ー Boa noite…
ー Ei cara, escutou?
Humberto C.
Sorri para o papel em minhas mãos, beijando-o. Coloquei-o
sobre o coração e agradeci.
— Humberto C., vou dar um jeito de te agradecer por esse
"amuleto da sorte”. — Guardei novamente o pedaço de
papel na carteira.
— Na verdade, não. Não sou muito bom com isso, mas sei do
que ela gosta, morango, tudo com essa fruta ela gosta,
inclusive ela é viciada nas suas coxinhas de chocolate com
morangos. Minha irmã gosta dessa pegada doce com algo
cítrico.
— Ela irá fazer vinte e oito anos. Bom ela gosta de tudo um
pouco, ela é designer de joias, não tem problema com nada,
gosta de tudo, mas nada muito espalhafatoso… — continuei
falando um pouco sobre minha irmã e ela anotou algumas
coisas.
— Por mim está ótimo! Não precisa ser nada muito grande, é
um aniversário surpresa, vai ser aqui na frente, na Campari.
— Aponto para a joalheria. — Vai ter em torno de umas vinte
e cinco pessoas.
— Ah, isso não foi nada, você tem muito talento, não tenho
dúvidas de que vai ganhar, vou torcer por você — disse com
certeza do que eu falava, pois sem dúvidas ela era a melhor,
nunca tinha provado algo tão bom assim.
É claro que eu disse sim, né? Daysi sorriu tímida mas veio
até mim. Abri os braços sem cerimônia alguma. Quando seu
corpo encostou no meu, senti uma corrente elétrica me
percorrer, não soube explicar o que tinha acontecido, mas
foi uma sensação muito boa.
Senti seu corpo resetar, pelo visto não fui o único a receber
a descarga elétrica, mas não a afastei, retribui o abraço,
aproveitando para sentir seu cheiro. Ela era uns dez
centímetros mais baixa que eu, tinha o encaixe perfeito para
o meu corpo. Seu cabelo ficou na altura do meu nariz e não
resisti e inalei seu cheiro, era delicado, gostoso e único, não
consegui identificar o aroma, mas não era doce, nem forte.
Alguns segundos depois, mesmo não querendo, eu a solto
dos meus braços. Ela estava corada e segurou um sorriso
enorme, me dando um contido, eu claro lhe retribui com um
sorriso largo.
— Claro que foi, você adora se meter nas escolhas dos bolos
alheios — disse, rindo e me fazendo lhe mostrar o dedo do
meio, o que a fez rir ainda mais.
— Calma, Mel, eu vim para fazer isso, e mais uma vez, feliz
aniversário.
— Obrigado, Beto.
— Então por que ele não olhou para mais ninguém desde
que chegamos?
— Prometo, mas ele não vai estar olhando para mim — falo,
torcendo internamente para ela estar certa e eu errada.
— Muito obrigada. Você até que não está mal — brinco e ele
que tenta focar o olhar no meu, mas fracassa muitas vezes,
pois parece que meus lábios estão tendo sua total atenção
no momento. Como também não presto, dei uma mordida
de leve no meu lábio inferior e ele pareceu soltar um
grunhido, me fazendo segurar o riso.
— Aceito.
— Vou ao banheiro…
Arfei com suas palavras, mas eu sabia que nada disso era
certo, caralho, ele era meu cliente. Cliente.
— Se para ter algo com você, eu tiver que deixar de ser seu
cliente, eu o farei…
— Estou te impedindo?
Ela era uma mulher livre, solta, que amava dançar. Percebi o
quanto tudo aquilo a fazia bem, o sorriso não saia do seu
rosto e porra, eu estava encantado com aqueles lábios.
Daysi se mostrou uma mulher dona de si, sem se importar
com os olhares de julgamento direcionados a ela. Sim, eu
percebi e quis mandar todos eles se fuderem.
Estacionei na casa dos meus pais e fui recebida por meu pai
na porta, com seus braços abertos, onde me aninhei e me
senti em casa.
— Você sabe que toda vez que você demora a vir, ele fica
assim, filha — respondeu ela enquanto limpava as mãos no
pano de prato antes de me puxar para um abraço.
“Valerá a pena."
— Não sei por que você tenta fugir, Beto, sabe que fomos
feitos um para o outro, me dá uma chance. — Não percebi,
mas quando dei por mim, ela já está ao meu lado, alisando
meu braço, segurei seu punho imediatamente e a afastei.
— Não sei mais o que faço para você aceitar que acabou,
Thais. Não tem mais volta, para de insistir. — Eu a afastei
com delicadeza e lhe indiquei a porta.
— Chega, Thais!
Como não queria render muito com ela em minha sala, trato
tudo rapidamente e em poucos minutos, ela se vai.
— Mas tio, ela falou que vou ficar gorda, eu não quero ficar
feia e gorda.
— Quem disse que pessoas gordas são feias? Ser gordo não
é errado, sabia Bella? Tem pessoas que são gordas por
algum tipo de doença e outras porque simplesmente
gostam, ninguém deveria chama-las de feias por disso.
— Desculpa, tio. Mas a Gabi disse para mim essas coisas, as
outras meninas concordaram e ficaram rindo de mim.
***
— Perdeu…
Não sei como ela conseguia ser sedutora e ainda assim corar
com minhas investidas.
Eu me afastei dela e lhe dei meu braço, sem protestos, ela
aceitou e juntos fomos em direção à praça de alimentação.
Capítulo 16
Confesso que adoro esses mimos, fez com que algo em mim
se aqueça.
— Vou adorar.
Estendi minha mão para ela, que aceitou sem demora. Levei
sua delicada mão até meus lábios e beijei sem pressa.
Muito sexy!
— Humberto…
— Ahh… — gemeu.
Fiquei por cima dela novamente, ela se abriu mais para mim
e eu me acomodei entre suas pernas, mantendo o contato
visual, guiei-me para dentro dela e arfei ao contemplar o
quão perfeito era o encaixe.
— Humberto, ah…
Ali, naquela cama, ele me teve mais uma vez, com seus
lábios e seu pau. Sempre atencioso, me levou ao céu mais
duas vezes naquela manhã.
Ele estacionou o carro em frente à minha casa e me virei
para me despedir, ele estava muito tentador naquele terno e
de óculos escuros.
— Tudo bem, mas depois não diga que eu não avisei. Ele
ficou parado na janela perto da hora de você chegar, te
olhando com fascínio, assim como seus olhos brilham ao
falar dele, está tão óbvio, só não vê quem não quer. Mas não
vou falar nada, ficarei apenas assistindo esse romance se
desenrolar rumo ao final feliz.
— Kelly…
— Obrigada…
Seu sotaque era bem forte, mas ela falou muito bem em
português.
— Isso tudo?
Quem visse de longe acharia que eles eram pai e filha, pois
a conexão era grande e eu achava muito lindo.
— Ah, que bom, fico muito feliz. — Alisei sua bochecha, ela
era uma graça.
— Se ela quiser, vou ficar muito feliz. Assim como agora, sou
sua amiga. — Sorri com seu jeito espontâneo.
— Ah sim…
Conheci também os pais da Bella quando foram buscá-la na
confeitaria. Mel é uma mulher incrível, extrovertida e bem
falante, já sei a quem filha puxou. Max é uma pessoa mais
séria, porém igualmente incrível.
Por isso, pedi ajuda a Mel, para que ela desenhasse um anel
para Daysi, ela aceitou de prontidão.
— Mas você não, meu irmão, vejo que tudo o que fala da
Daysi é verdade, dá pra sentir daqui o quanto é verdadeiro
essa paixão. Ela é um mulherão da porra, cuide bem dela, e
espero que ela cuide de você também, ou vai se ver comigo.
— Gargalhou.
— Obrigado.
Minha mulher!
Capítulo 22
— Responda.
Enquanto chupava seu pau, levei minha mão até suas bolas,
e o massageei ao mesmo tempo que o enterrava ainda mais
em minha boca. Ele gemeu mais, eu intensifiquei o sobe e
desce do seu membro em minha boca e meus dedos não
paravam de brincar com suas bolas.
Sua pele era alva como a neve, suas grandes curvas eram
lindas, desenhavam seu corpo perfeitamente. E sua bunda
deixava minhas mãos cheias, me enlouquecia. Como não
desejar essa mulher?
Mas ela era ainda muito mais que isso, era tudo o que meu
coração precisava para ser completo.
— Amor…
— Conheço?
— Provavelmente não.
— Não, ela disse que vai de carona hoje com o Jonas, amigo
nosso.
— Tudo bem então, melhor ainda, pois posso sair a hora que
eu quiser com minha garota.
Sorri por ver que ele não tirou os olhos dela e ela nem deu
bola para ele, só acenou. Deixando claro o que pretendia.
— Isso mesmo. — Piscou para ele, que sem demora, foi para
o bar.
— Pior que não, sabia? Eu não deveria falar nada, mas sei
que você não vai conta. Eles saíram algumas vezes, mais do
que ela me contou, eu desconfio.
— Não vejo por que teria que ser uma brincadeira mãe.
Alguém como ela? O que quer dizer com isso? Só por ela
está acima do peso? Não sabia que você era preconceituosa
— acusei.
— Pedro…
— Humberto… — arfou.
— Sim…
— Isso, geme pro teu homem… — Levou uma das mãos aos
meus cabelos e puxou, me fazendo gritar de prazer com seu
gesto bruto.
Kelly era como uma irmã pra mim e eu sabia que sempre
estaria ao meu lado. Sorri para ele e voltei minha atenção
para os jurados. Anne, a representante do chefe Raul, foi a
primeira a provar a torta.
— Vai matar o homem, você sabe disso, né? Ele vai ficar
babando.
Ela olhou para trás vendo se Beto estava perto, voltou a falar
quando percebeu que ele não estava atrás de nós.
— Eu torço para darem certo, mas que ele não faça minha
garota sofrer.
Tinha certeza de que iria dar trabalho aos pais essa noite,
mas ela brincou muito conosco, estava cansada.
“Oi mãe, boa noite, estava na casa da Mel, estou indo para
casa agora.”
Senti o celular voltar a vibrar, mas deixei para ver o que ela
queria quando chegasse em casa.
Voltei meus olhos para meu pai que beijou a testa de Daysi
com carinho como sempre fez com Mel. Ele era incrível, eu o
admirava muito, sempre muito carinhoso com todos, sem
preconceito, sem arrogância, diferente da minha mãe.
— Estou bem, filho, fomos passear hoje, mas seu pai não
quis ficar muito.
— Ontem ela ficou tonta, não quis arriscar — falou,
preocupado e eu a olhei.
— Tá bom, mãe.
— Amor, eu…
— Meu Deus, eu não sabia que era uma festa grande assim.
Poderia ter vindo mais arrumada — falei com Humberto
enquanto descia do carro. Sem demora, ele já caminhava
até mim e segurava meu rosto.
— Olha lá, amor, aqueles dois ali sentados são meus avós,
vamos lá. — Apontou para um casal que estava sentado,
logo à frente e me conduziu até lá.
— Você não tem que se explicar, quem fez isso não foi você.
Mas só me responde uma coisa, você realmente é amigo
dela? Ainda tem contato próximo? — Ele me olhou nos olhos
e balançou a cabeça.
— Você não falou sobre mim para seus pais, e agora para
sua ex… Tem algum proble… — Ele não deixou que eu
terminasse de falar, e simplesmente tomou meus lábios de
forma intensa.
— Nunca mais fale isso, ok? Ela mentiu, eu disse a ela que
estava namorando. Ela não superou o término, mas da
minha parte não sinto nada por ela. Só tenho olhos pra você,
linda — falou assim que desfez o beijo.
Vi a verdade em suas palavras e olhar. E lembrei de todas as
vezes que ele me apresentou sorrindo como sua namorada.
Percebi o quanto eu errei em perguntar algo que não tinha
cabimento.
Claro que eu senti ciúmes, mas também tive medo que Beto
estivesse mentindo sobre os seus sentimentos. Finalmente
encontrei alguém que me valorizasse.
Kelly, Beto, Bella, Mel, Max, Daniel e até Seu Paulo e Dona
Tereza estavam na plateia. Eles fizeram questão de vir e eu
fiquei muito emocionada.
Mas eu não conseguia olhar para eles agora, eu estava
nervosa demais. Pela visão periférica, vi um movimento da
plateia, só então desviei meus olhos de Anne, e ali vi o
homem da minha vida em pé, dizendo para eu ter calma,
que tudo iria dar certo e eu acreditei nele. Igual ao dia que
ele escreveu para mim sem nem me conhecer.
Sorri para ele e voltei a olhar para Anne que agora abria o
envelope e sorria para o papel.
— Obrigado Bella, fico muito feliz por escutar isso, você não
sabe o quanto. — Beijei sua testa e ela me abraçou mais
forte.
Humberto Campari
Chegamos na ala VIP e todos os nossos amigos estavam lá,
todos para comemorar a vitória da minha garota.
Daysi estava radiante, mas não era para menos, não é? Era o
sonho dela, entrar para essa competição. Mês que vem, ela
já embarcaria para Paris, eu estava me organizando para
poder acompanhá-la, ela estava feliz, pois eu disse que iria.
Kelly não poderia ir por causa da loja, que com o programa,
aumentou a clientela.
Certa hora da noite, ela desceu para dançar e ele ficou puto
quando a viu dançando com outro homem, queria descer,
mas eu e Max não deixamos.
— Que é uma mulher livre, que dança com quem ela quiser
e você não tem nada a ver com isso — falei, sério e ele me
olhou espantado. — Qual é a tua Dan? Vocês não namoram,
por que essa possessividade?
Dan olhou para nós, depois para Kelly lá embaixo e seu rosto
se iluminou. Ele sorriu e saiu apressado, entre a multidão.
Daysi e Melissa correram até nós.
— Ele vai, agora que descobriu que está apaixonado por ela,
aposto que não vai deixá-la escapar.
— Tomara que aquele lerdo consiga fazer com que ela mude
de ideia, ou ele estará muito ferrado — Max disse.
Sem lhe dar uma resposta verbal e sem poder esperar mais,
levei minha mão até sua nuca, a puxando para colar nossos
lábios.
A mão que estava em sua nuca puxou seus cabelos para trás
desfazendo o beijo. Desci meus lábios por seu pescoço,
minha língua varreu todo o local, me deixando provar sua
pele.
Seus olhos subiram para ver o meu, uma das mãos foi para
minhas bolas e as massageou enquanto sua boca me comia
com maestria.
— Ai — gritou, assustada.
Inchei ainda mais e estoquei mais vezes, até que senti ela
tremer e meu gozo sendo formado.
— Verdade — concordei.
— Tio Beto, minha mãe disse que fez um anel com meu
nome, sabia? — Bella falou, orgulhosa da mãe. — E vou
poder ter o meu, ela mandou fazer um do meu tamanho, eu
vou ficar linda, não é? — Balançou as mãozinhas mostrando
empolgação.
Mel saiu com Bella para ver o resto das coisas e Max ficou
conversando comigo até que elas voltassem.
— Dar para ver pelo jeito que você a olha, como se fosse a
coisa mais preciosa que existe na terra. — Pegou em minha
mão e apertou.
Como alguém poderia ter feito isso com ela? Que prazer
tinha em destruir a imagem de alguém e a ofender daquela
forma?
Soube ali que tinha sido ela que fez tudo aquilo. Foi armado,
calculado, para humilhar Daysi, eu acabaria com ela sem
nem pensar duas vezes.
— Eu sei que vocês não têm culpa, eu nunca iria achar que
poderiam fazer isso comigo, fica em paz, amiga.
— Essa não foi a primeira, nem será a última vez que uma
pessoa gorda será motivo de chacota. Eu passei anos
fazendo terapia para poder me aceitar, conquistar meu
amor-próprio e não serão vocês que irão tirar isso de mim.
— Meu coração se aperta vendo sua dor, mas tinha orgulho
dessa mulher forte.
Eu sabia que ele não tinha culpa, mas não era possível que
nunca tivesse percebido os olhares.
— Estar forte por fora, nem sempre significa que por dentro
estamos da mesma forma, Beto. Você nunca entenderia.
Não sei se continuar esse relacionamento é saudável para
mim. — Eu me afastei por mais que quisesse sentir seu
abraço.
— Por favor, Daysi, não me afaste, eu…
— Eu sei que não, é por isso que estou falando agora. Isso foi
o meu limite, não quero voltar a ser aquela mulher insegura
novamente. Quero poder ser eu mesma sem ter medo do
que vão achar de mim. Perto de você, eu não conseguirei
fazer isso.
Como faria para tê-la de volta? Eu não sabia, mas meu foco
era falar diretamente com a responsável por tudo aquilo.
— Como você pode ser tão burra, Thais, fazer aquilo aqui?
No evento da minha filha? Você estragou tudo, eu mandei
soltar essas porcarias na internet, de forma anônima, não
em público, colocando um alvo na sua testa. — Paralisei
quando escutei as palavras da minha mãe, então ela
também estava envolvida?
— Como pôde, mãe? Como pôde tramar algo tão sujo assim?
— Kelly…
Fui até a casa da minha mãe, brigamos feio, meu pai ficou
ao meu lado e entendeu meus motivos para gritar com
minha mãe pela primeira vez.
Deixei claro que iria lutar por Daysi com todo o meu ser, e
que não permitiria que ela a humilhasse nunca mais.
Soube por Mel que elas tinham brigado feio e disse que não
reconhecia a amiga, pois ela não parecia arrependida.
Poderia estar com algum problema psicológico.
— Entendo… — Suspirei.
Já sabia que tinha sido Thais, mas não que Ana estava como
cúmplice. Quando relatou tudo o que descobriu, fiquei ainda
mais surpresa de como as pessoas fazem qualquer coisa por
dinheiro.
Cheguei há vinte dias e já me sinto em casa, passeei por
muitos lugares, mas nada tinha superado a beleza da torre
Eiffel iluminada à noite.
Dizia que a minha mãe tinha aprendido a lição, que era para
eu dar um voto de confiança para ela, mas eu não tinha
certeza se aquilo era verdade.
Minha mãe não foi tão atacada, já que quem tomou a frente
de tudo foi Thais, mas ainda assim, algumas pessoas foram
em suas redes sociais, mas como sempre foi muito
reservada, conseguiu se esconder.
Capítulo 41
Humberto estava ali, não era uma miragem, era ele, não
entendi como aquilo aconteceu, mas ele veio até mim.
E eu sabia que não teria como lutar contra tudo isso, pois,
sim, eu pertencia a ele de corpo e alma, assim como ele
pertencia inteiramente a mim.
Com calma, ele retirou sua blusa, que teve o mesmo destino
que a minha. Humberto se aproximou, tomou meu rosto
com as duas mãos e beijou meus lábios castamente, sem
desfazer o contato visual.
— Eu não quero mais viver sem você, tive uma prévia do que
seria e não quero que isso volte a acontecer. — Seus olhos
demonstravam a dor que passou.
Eu o abracei ciente de que passei pelo mesmo neste período
de afastamento. Não foi fácil, mas serviu para nos unir ainda
mais.
— Si…sim... — gemi.
— Então você vai ter… — Tirou os dedos de dentro de mim e
me fez deitar na cama.
— Ohh…
— O quê? Jura?
***
Na cozinha, eu separava todos os ingredientes para
fazermos waffle, Beto esperava os meus comandos, ele não
era um zero à esquerda na cozinha, mas fazia poucas coisas.
— É para já.
Assim como pedi, ela vestia vermelho, assim como eu, que
estava com uma camisa da mesma cor.
6 meses depois...
À tarde ainda iriamos para casa dos seus avós para almoçar
e passar o restante do dia com eles.
***
Não ter uma relação boa com minha sogra não queria dizer
que eu desejasse que ela se mantivesse distante do filho.
Epílogo
Não sei por onde começar, foram dois anos escrevendo essa
história e me sinto tão realizada em ter concluído esse
sonho.
Muito obrigada!