Guia Iso 14001 Apcer

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ISO 14001 GUIA DO UTILIZADOR ISO 14001:2015 MARCO 2016 aacer 14001 - GuIAI/I Nos termas e ara asesitos do d os Dretos de Autor ire autor, excontranco-se reps tedepostado na Bibloteca Nacional sob or® ost, design nant, nos artigos 9,129 1969 co Céciga (Geral das tvidades Cult are PREFACIO| Pela presente publicaglo, 2 APCER ver partlher asua perspetiva sobre a mais recente ediglo da norma ISO 14001 "Sistemas de gestdo ambiental. Requis tos’, publicada em 15 de setembro de 2015, com 0 propésito de permit uma gestdo mais eficaz co par ambiental da sustentabilidade das organizagies Os desafios ambientais so cada ver mais signifcativos e exigentes a ur nivel global, com implicagoes relevantes nas estratégias de longo prazo das Orge- nizagBes. A utlizag0 ce recursos naturas, as alteragdes climsticas, o uso da ‘energia e da Sgua, a perda de biodiversidade e a preservacao dos ecossiste- mas so alguns destes desafios, num quadra complexo em que se verfica © aumento da preocupagio da sociedade com 2 forma como as Organizagies definem e gerem as suas politicas ambientais. ‘A ISO 14001:2015 foi desenvolvida com o objetivo de permitir que as Organi- zagbes que a adotam respondam as necessidades cada vex mais exigentes de protecao ambiental, atualizando as praticas dos seus sistemas de gestio ambiental, A norma introduz novos conceitos como analise de contexto, o relacionanento com partes interessadas, o pensamento baseedo em risco, a perspetiva de ciclo de vida ou a comunicagao. Orienta as Organizagoes para ma integracdo eficaz ¢ aprofundada do sistema de gestéo ambiental nos seus processos de negocio, Acreditamos que a terceira edigo da ISO 14001 encerra oportunidades para 28 Organizagdes melhorarem o seu desernpenno ambiental, alinhando o siste- rma de gosto com 2 sua estratégia, otimizando a integragao na gestao global e melhorando @ comunicagao sobre o seu desempenho, permitinde deste modo aumentar a confianga nas Organizagoes que se certiicam por este referencial Agradecemos a todos os profissionais que cont‘buiram com sugestdes ou respostas a0 nosso questiondrio, para a elaborago do presente guia. Em par ticular, um agradecimento é devido a equipa que participou na elaboragao do presente guia, polo seu empenho e disponibilidade. Esperamos que este documento contribua de forma itil para se encontrarem respostas para os complexos, mas fascinantes, desaios que a gesto ambier- tal enfrentard no futuro préximo. Porte, 31 de marco de 2016 José Leitéo CEO da APCER ‘AEQUIPA Coordenacéo, Comité editorial, Redagao final Joana dos Guimardes SS Joao Santos Teresa Carvalho de Sousa Rita Ribeiro de Sousa Redagio e revisio ‘Ana Dahlin ‘Ana Oliveira ‘Ana Roque ‘Anabela Nunes Anabela Rarnos Angelo Tavares Carolina Nogueira Cristiana Cardoso Cristina Barbosa Cristina Sousa Rocha Daniel Nunes, Elsa Gameiro. Gabriela Pinhetro Hélder Estradas Maria Helena Pereira Joana dos Guimardes $8 Joao Pedro Santos Jolie Faceira Luis Janicas Manuel Sita Maria Segurado Mariana Carritho Mario Rui Coste Paula Galharco Paulo Miguel Pedro Fernandes Ricardo Texeira Rita Ribeiro de Sousa Rul Flores de Sousa Rui Oliveira Teresa Carvalho de Sousa Participacées especiais Cristine Sousa Rocha 2.) Anova norma ISO 14001 sobre sistemas de gestao ambiental que novicades? Isabel Caetano, COTEC Portugal em 10.1 Melhoria Luis Oliveira em 6.1.1 Agées para tratarriscose ‘oportunidades. Generalidades Revisio Alexandre Ribeiro Alexendre Vilaca Antonio Aragio Frutuoso Carios Almeida Dora Gongalo Elzabete Marques Figueiredo Simoes Gabriela Pinheiro Heleva Ferreira Jodo Vila Lobos Julio Faceira Ricardo Marques Rita Batista Rui Pach Integragio Qualidade e Ambiente Joana dos Gu'mardes $8 Joao Santos Rita Ribeiro de Sousa Teresa Carvalho de Sousa Edigdo final Carolina Nogueira Maria Segurado Inpice LINTRODUGAO E OBJETIVOS Apresentagao do guia Compreenderas necessidaces dos utllzadores dos guias Abreviatures 1 ZENQUADRAMENTO E INFORMAGOES GERAIS 2.1 Anova norma ISO 14001 sobre Sistemas de Gestdo Ambient que novidades? 0 processo de revisao (© Comité Técnico de Normalizagao, CT 180 Gestdo Ambiental Destaques ‘familia 14000 Conelustes 2.2 Estrutura de alto nivel, termos e texto comuns para normas de sistemas de gesto da ISO Enquadramento Visio conjunta para normas de sistemas de gesto Estrutura de alto Nivel 3150 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR Introdugio ‘0. Antecedentes 0.2 Objetivo 0.3 Fatores de sucesso 0.4 Modelo Planear-Executar-Verificar-Atuar 0.5 Contetido da presente Norma 1 Objetivo e Campo de Aplicacso 2 Referéncias Normativas 3 Termos e Definigées 4 Contexto da organizacao 4.) Compreender a organizagao @ 0 seu contexte 10 " 2 a 23 me mu 28 28 2 33 34 34 34 34 a7 38 38 38 39 39 39 40 a2 a2 45 4.2 Compreender as necessidades ¢ as expectativas das partes interessadas 43 Determinagao do émbito do sistema de gestao ambiental 4.4 Sistema de gestao ambiental SLideranca 5.1 Lideranga e compromisso 5.2 Politica ambiental 5.3 Fungdes, responsabilidades e autoridades organizacionais 6 Planeamento 6.1Agbes para tratar riscos e oportunidades 6.11 Generalidades 6.12 Aspetos ambientais, 613 Obrigagbes de conformidade 6.1.4 Planeamento 6.2 Objetivos ambientais e planeamento para os atingir T Suporte 7 Recursos 1.2. Competéncia 13 Consciencializagio 1A Comunicagio 141 Generalidades 14.2 Comunicagio interna 14.3 Comunicagao extema 75 Informagdo dacumentada 15,1 Informagéo documentada | Generalidades 15.2 Criagao.e atualizagao 15.3 Controlo da informagéo documentada 8 Planeamento 81 Planeamenta e controle operacional 8.2 Preparagao e resposta 2 emergéncias 9 Avaliagao do Desempenho 8.1 Monitorizacio, medicao, andlise e avaliag3o 3:11 Generalidades 43 53 66 4 a 82 22 a 90 95 93 103 107 107 103 13 18 18 m7 19 21 2 14 8 128 128 138 44 1a 144 9112 Avaliagao da conformidade 9.2 Auditorias internas 9.3 Revisdo pela gestdo, 10 Methoria 10.1 Generalidades 10.2. Nao conformidade e ago corretiva 10.3 Melhoria continua Breve nota sobre os anexos indice alfabético de termos CONCLUSAO BIBLIOGRAFIA '” ANEXO - FAMILIA DE NORMAS 14000 PUBLICADAS A MARGO DE 2016 151 153 157 163 163 168 v2, 116 Ww 173 180 182 INTRODUCAO 3=[ EOBJETIVOS & OBJETIVOS PARA ESTE GUIA © presente guiz do utilizador ISO 14001:2015 vem partlhar a experiéncia da APCER na atividade de certficagao de sistemas de gestao ambiental (SGA) e transmitir a sua perspetiva de utilizacao pelas Organizagoes que a adotam. Foram consideradas as necessidades e expectativas dos utilizadores da norma com base num inquérito realizado para o efeito. De modo a constituir uma visio parti- Ihada e a incorporar a experiéncia da APCER na atividade de certificacéo, este guia {ol redigidoe revisto por um conjunto alargado de partes iteressadas, abrangendo colaboradores internos e auditores da APCER que lidam regularmente com proces- 50s de andlise, aucitoria e decisio de certificag3o segundo a ISO 14001. Inclulmos também especialistas para 0 apoio e desenvolvimento do guia, ‘As normas ISO 140012015 e ISO 9001-2015 foram desenvolvidas utillzando como base comum a estrutura de alto nivel e texte commum, Anexo SL. des Diretivas da ISO. As normas partlham urne parte significatva do texto, azo pela qual este guia do utlizador ISO 14001:2015, 8 semelhanga da norma que the da origem, partiha tambén uma parte nio desprezivel do seu conteido com o guia do utilzador 150 9001:2015, Nao obstante, mesmo quando o tema é semelhante, ¢ oferecida uma perspetiva direcionade para a temnatica do ambiente. ASO 14001-2015 é aplicavel a qualquer Organ’zacdo, permitindo que o cumprimen- to dos requisites possa ser assegurado mediante a ados3o de diferentes metodo- logias, préticas e ferrarmentas. Compete 2 APCER, encuanto organismmo de certifi agao, avaliar se as préticas observadas sdo eficazes para dar cumprimento 8 sua politica ambiental e 20s seus objetivos ambientais, pare assegurar o cumprimento dos requisitos normativos e das obrigagées de conformidade e pare methorar o seu ddesempenho ambiental através da methoria continua, Para. o exercicio credivel da sua atividade, é fundamental que a APCER mantenha a independéncia, a imparcialidade e a abertura de espirito que Ihe perm'tam avaliar ada sistema de gesl3o ambiental no contexto especilco da Organizagao audited, raz80 primordial para este guia ndo prescrever orientagdes ou oferecer solucbes sobre a implementago da norma, Os exemplos dados slo lustativos ‘OBJETIVOS PARA ESTE GUIA ¥F Providenciar uma base de entencimento comum e partlhada entre a APCER e a5 partes interessadas, rejativamente &utilizagdo da norma ISO 1400:2015 pelas Organizagbes ¢ no contexto da sus certificag’o; 7 Explorar as potencialidades de desenvolvimento do SGA através da sua adogio; F Comunicar as expectativas da APCER no processo de avaliago do SGA; ¥F Informar sobre aspetos relevantes do proceso de certificacéo, guias essenciais para a acreditagao e normas relacionadas; ¥F Analisar as alterag6es introduzidas pela ISO 140012015; F Comparar a ISO 140012015 com a ISO 90012015 nos aspetos relatives 8 integra- 0 dos dois sistemas, UIA DO UTILIZADOR 180 14001:2015 INTRODUGAO E OBJETIVOS INTRODUGKO | OBJETWOS PARA ESTE GUNA [APRESENTAGRO DO GU Autilizagdo deste guia ndo substitu’ nem dispensa a consulta da ISO 14001:2015 ou de qualquer outro documento normativo, tendo sido produzido para ajudar os let lores na aplicagao da norma. APRESENTAGAO DO GUIA Esta publicagao compoe-se em trés partes distintas, sendo a tercelra a que corres- ponce ao Guia de Utilizacio da norma. Parte 01 - Introdugio e Objetivos Apresenta 0 guia, 08 seus objetivos e modo de utilizacao. Descreve também os resultados do inquérito as necessidades e expectativas dos utilizadores do Guia, ds {uals procuramos responder. Parte 02 - Enquadramento e Informagdes gerais ‘A Eng Cristina Sousa Racha, Presidente da CT 150 “Gestéo Ambiental” e investi- gedora do Laboratério Nacional de Engesharia e Geologia, faz um enquadramento global de $0 14001:2015, do processo de desenvolvimento da norma ede contexto normative em que se inseve. Apresenta as principals carateristicas da norma e a relagdo da 1SO 14001 com outras nornas relevantes da familia 14000 que poderao, ser usades. Nesta parte apresentamos ainda a estrutura de alto nivel e texto comum, 0 Anexo Sl ddas Diret'vas da ISO. Parte 03 - Guia do Utilizador da ISO 14001:2015 © guia do utlizador segue a estrutura da 150 14001:2015, senco as orientagdes de aplicagao aqui expressas. Esta parte foi desenhada para que cada uma das suas seccdes possa ser consulta- dae anaiisada incividvalmente, de modo a obter esclarecimentos em relagao cos Fequisitos especificados na seccao homéloge da norma, ndo sendo necesséria ume leitura sequencial do inicio 20 fin Uma vez que a norma especie um sistema, as diferentes secgdes esto intima mente ligadas entre si, razdo pela qual, para 2 sua compreensao, estas dever ser entendidas como um todo. Com este objetivo, sio feitas referencias relevantes a ‘outras secqbes relacionadas que possam ser usadas para o eprofundamento de um determinado assunto. Para cada seccdo da norma fol adotada uma estrutura comum de apresentacgo do texto para facilitar a consulta e a compreensdo do contetdo. Cada secgao esta divi- dida nos seguintes pontos: apcer” F Resultados pretendidos - £ relevido, sinteticamente, o que é pretendido alean- ‘arcom a aplicagao dos requisitos desta seccao e, quando relevante, como con- {ribui para os resultados pretendidos do SGA F Aplicagao - Interpretacio da APCER, efetuada na perspetiva primordial do sua utiizagio no contexto da Organizagio. Essencialmente, 0 que os utilizadores nnecessitam saber para tirar partido da correta aplicagdo dos requisitas da norma, complementada por eventuais exemplos. F Integragio qualidade e ambiente - seccio dirigida as organizagbes que apl- cam ou pretendem aplicar ambos os referenciais de modo integrado. Apresenta uma andlise comparativa e fornece orientagSes para uma aplicacao integrade. Demonstragao de conformidade - Exemplos de conformidade a0 nivel dos resultados obtidos, evidéncias possiveis de resultados de avaliagéo, e como estes podem ser demonstrados. Ligagdes relevantes - ncicacao das ligades relevantes entre secgdes da 180 14001-2015, Comparacio com a edigio anterior - dentificago do que é novo nesta edigo da norma ¢ 0 que fol alterado em relacdo 4 ISO 14001-2004, ‘COMPREENDER AS NECESSIDADES DOS UTILIZADORES DOS GUIAS. Com 0 aproximar da data prevista de publicago da nova verséo das normas ISO 9001 e ISO 14001 a APCER decid'u publicar os seus guias do utllizador. Antes de 0 fazermos procuramos saver quais as necessidades e as expectativas dos ‘seus utilizadores e, para tal foi desenvolvido um Survey aos utilizadores dos guias 150 9001 e 1S 14001, Este teve como abjetivos: Obter 0 ponto de vista da comunidade de utilizadores sobre a utilidade dos ulas existentes para as versées anteriores das normas e quals os aspetos mais e menos valorizados; 7 Alero interesse pelo desenvolvimento de novos guias para as eciqdes atuais quais as necessidades ¢ expectatves em relagdo 2 estes. Para ouvir a “2 vor do cliente" foram incluidas diversas perguntas opcionats de resposta aberta para que todas as cuestdes, dividas e expectativas nos pucessem ‘chegar inalteradas na sua forma e conteudo. © questionario esteve disponivel durante 0 més de agosto de 2015, tendo side enviado para todos os registos da base de dados da APCER de paises luséfonos Foram obtidas um total de 700 respostas, das quais 81% tiveram origem em Portu- gel 8% no Bras Perfil dos respondentes Na figura 1 vemos a distribuigdo das respostas obtidas oor funcéo desempenhada. A tmaioria dos respondentes so 0s responséveis pelo sistema de gestio, seguida dos consultores, gestores e auditores internos. A figura 2 mostra a clstribuigdo dos respondentes por anos de experiéncie com sistemas de gesto ambiental. A maioria possul exper’éncia limitada, com 41% a afirmar mesmo nao ter qualquer exoeriéncia com SGA, contrério ao que aconteceu face as respostas dadas em relag3o aos sistemas de gestao da qualidade, onde mais de 80% dos respondentes afrmaram ter 4 ou mais anos de experiéncia. Esta é uma clara indicagao que a maioria dos respondentes esto mais ligados & drea da {qualidade do que a0 ambiente, o que ja era esperado face 8 maior prevaléncia dos sisternas de gestdo da qualidade Tendo em conta a grande civersidade cas partes interessadas nos gulas, entre as quals, Organizagbes de diversos setores de atividade, auditores, consultores, estu- antes, entre outros, foi dada a hipétese ao inquirido de responder em nome da OrganizagSo em que colabors ou em nome individual. As respostas obtidas cividi- ram-se quase uniformemente, com 54% a responderem em nome da Organizagao.e ‘05 restantes 46% em nome individual Tendo em conta a grande civersidade cas partes interessadas nos guias, entre as ‘quais, Organizagbes de diversos setores de atividade, auditores, consultores, estu- antes, entre outros, foi dada a hipétese ao inquirido de responder em name da COrganizacdo em que colabora ou em nome individual, As respostas obtidas civid- ram-se quase uniformemente, com $4%6 a responderem ern nome da Organizagao e ‘os restantes 4694 em nome individual UIA DO UTILIZADOR ISO 140 os apcer O1 INTRODUGAO E OBJETIVOS Responsive Sitema de Gestio| Consltor Gestorna Organiayio ‘itrimerne Nivel operacional Auditorextemo Professor Nivel ecutive Fstudarte Responsivel de Compras Ouro Fgura :Distribulgo das respostas dos respondentes pels uno que desempenham. Hi Keoturs Bos mes Br oun Figura 2 Distbuigdo das respostas ds espondentes cuanto a sus expeiéncia com $A fem ano Perfil das organizagées respondentes A figura 3 mostra a cistribuigao por drea de negécio das respostas efetuadas em nome da Organizacao, i 2: <5 TT 335 ee; EE 8256 cone A 7258 aches; MN 4.0% Fdvcagio MN 2.756 Utes MM 2096 Prinso .9% nbn Hi 16% Primera Trarstormagio Ml 0.8% Aeteditacso/ corufeagiode se H 05% oo tivo 0396 0% 5% «NOHH:=SCSCNSM:SS 20M} MH] SNH OM NH Figura 3 Distribsigdo dasresposis quanto principal tea de negocio das OrganizagBes Existe um claro dominio do setor industrial com 43% cas respostas, o que seria de esperar jé que tradicionalmente ¢ este 0 setor pregonderente nas Organ’zagies, coriicadas. Os servgos também represontaram uma parte significativa ca amostra com cerca de 20% de total, com os 379% remanescentes a dividirem-se pelos restan- tes setores Esta cistribuigdo por diferentes setores permite uma vista alargada das necessidades de diferentes setores endo apenas a industrial e de servigos, algo que tivemnos em atengao durante a construggo deste guia. DO UTILIZADOR ISO 14001:2015 apcer” INTRODUGAO E OBJETIVOS respostas Adistribuig: dimensio das Organizagies, medida pelo nimero de trabalhadores ¢ apresentada na figura 4 <10 Bus =200 i 201-500 I >s00 1% -igura 4 Dstribuigo das resposts pornmero de rebalhacores da Or Apesar de existir uma maior prevaléacia das médias empresas, obteve-se um mero significative de res, nos permite observar as questdes especificas, mais importantes por dimensao, ten tando assim responder aos diferentes desafios que cada uma entre! 05 de Organizagdes de todas as dimensbes, o que Perfil dos respondentes em nome individual ‘As pessoas que responderam em nome individual (46% do total de respostas) fo) questionado quais os setores en que consideravam ter mais experiéncia profissio- nal, até um maximo de 3. Os resultados obtidos foram os presentes na figura 5 6, TT $25: 5 deconasns a6 34%: serestaco! . ct TT 30% oo TA 75 arbicrtc I 16% =<: A 2% achosodal Comercio MEE 25% ities I 755 Primatol 336 Primers paw 5 vanstormaca0 Mi 3 Enrocivo Il 2% uve MIN 795 o% tom 20% 30% 40% SMM Figura 5 Distrbuigdo das respostas cuarte aostrés setores cam maior experncia. Verifica-se também ao nivel individual que o setor industrial 6 aquele com maior representatividade, com mais de metade dos respondentes a afirmarem que é um dos setores onde tém mais experiéncia, Neste caso, é evidente a grande participa- G20 de consultores e pessoas ligadas 8 atividade de certificagao. Também aqui se demonstra a importancia dos sistemas de gestio no setor dos servigas com 349% dos respondentes em nome individual a referirom experiéncia, UIA DO UTILIZADOR ISO 140 os apcer O1 INTRODUGAO E OBJETIVOS Percesao sobre o guia APCER ISO 14001:2004 Do total de respostas, 80% afirmou conhecer as versées anteriores dos guias, e des- tes dois tergos, ou seja, cerca de 50% do total de respondentes, afirmau conhecer 0 Guia ISO 14001:2004, Aestes foi questionado como avaliariam a utilidade deste guia numa escela de 1 aS em que | significave nada itil e5 muito itil. A distribuigdo des respostas pode ser vista na figura 6, 15% oe A2% 6 a% 20% 2% 20% we 13% 1 oe 2% o% | 7 2 3 ‘ 5 Figure er Utlidade co gua 60 40012004 da APCER Constata-se que o anterior guia da ISO 14001 teve grande utilidade junto dos res- Poncentes com 85% das respostas a classificarem-no nos dois niveis mais altos, sendo que apenas 2% o classificaram nos dois niveis mais baixos. Foi questionado 0 que mais gostaram nos anteriores guias e o que gostariam de ver melhorado. As principais referéncias aos pontos fortes foram a clareza dos con- tetidos, o pormenor com que foram tratados, a estrutura do guia e as referéncies ‘exolicitas as alteragbes da norma em relagdo a versao anterior. Por outro lado os respondentes pretendem um maior enfoque na drea dos servigos, maior adequacdo a realidace cas pequenas empresas, uma melhor descrigéo de ‘como evidenciar 0 cumprimento dos requisitos € a presenca de casos préticos de aplicagio dos requisits. Todas estes observagées foram tidas em conta no de: volvimento deste guia, tendo-se tentado dar resposta a todas elas, exceto na apre- sentagio de casos praticos por ainda mio existirem, dado ser uma norma muito recente e a sua aplicagso estar apenas no inicio, Necessidades e expectativas para o guia da edicio de 2015 Tendo o questionario sido realizado antes da publica¢do da norma e na altura ainda cexistir um grande nlimero de interessados sem conhecimento efetivo do conteudo de mesma, foi dada a possibilidade dos respondentes darem ou nao a sua opiniao face a0s novos guias. No total 198 (289% dos ressondentes) deram a sua opiniao sobre o guia ISO 14001-2018. A nova ISO 1400:2015 introduz uma série de alteragdes e novos conceitos, tendo sido pedido que selecionassem trés que gostariam de ver tratados em maior deta- the no guia. A cistribuigdo dos resultados esta presente na figura 7 espe co TT 3 Protegao do ambientee melharia ‘do cecerperhe ries TT 455 Resultados pretend os TT 4035 Contextoda Organizacio NNN 195% SSeuscesccres A 2% neces: AM Liseon I 936 omuricaio Il 5% ot to 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% BO 90H Figura 7 Distrbuigio das espostas dos 3 concltos que gostariam de ver tratades cam maior cetahe JIAO UTILIZADOR ISO 14001:2015 INTRODUGAO E OBJETIVOS SIOADES DOS UTILLAADORES DOS GURS ‘Com larga margem, 0 conceito que os respondentes mais querem ver tratado em maior detalhe so 0s riscos e oportunidades com 84% a inclu esta opgdo nas suas 3 escolhas, Para além deste, a perspetiva de ciclo de vida, a protegao do ambiente, melhoria do desempenho ambiental ¢ 0s resultados pretendidos, foram os temas ‘que reuniram maior conserso. “vor do. nite” Para recolhermos informagao mais qualitativa, colocamos quest6es opcionais, de texto livre onde, por secgo da norma, os inquiridos pudessem expressar dividas, fazer comentérios e comunicar expectativas sobre os temas a tratar em cada sec- ‘80, ou questées de que gostariam de ver tratadas. Recebemos um total de mais de 300 comentarios, relerentes as diversas seccdes de ISO 14001, os quais foram cons derados ¢ tratados pelos redatores e revisores deste guia. N3o sendo obviamente possivel atender a todos os pedidos, foram, na sue ma‘oria, um fator preponderante «em todo 0 processo, ABREVIATURAS D- Committee Draft (€T~Comité Técnico DIS - Draft International Standard EMAS - Sistema Comunitério de Ecogestio ¢ Auditoria FDIS - Final Draft Intemational Committee GRI— Global Initiative Reporting 1D ~Investigacao e Desenvolvimento 1PQ- Instituto Portugués da Qualidade NWP — New Work tem Proposal Pl Pertes Interessadas SC- Subcommittee ‘8G - Sistema de Gestio SGA - Sistema de Gestio Ambiental 'SGQ- Sisteria de Gestdo da Qualidade R&O - Riscos e oportunidades Te- Technical Committee WD - Working Draft WG - Working Group apcer” ENQUADRAMENTO E INFORMACOES 2.1 ANOVA NORMA ISO 14001 SOBRE SISTEMAS DE GESTAO AMBIENTAL: ‘QUE NOVIDADES? Cristina Sousa Rocha, Presidente da Corrissio Técnica 150 ~ Gestao Ambiental e Investigadora do Laboratério Nacional de Energia e Geologia © processo de reviséo No dia 15, bro de 2015 foi publicada a terceira edig0 da norma ISO 14001, que estabelece os requisitos para um SGA, Depois de uma revisdo ocorrida em 201 (os objetiv icagao do texto e a harmonizagao com a norma de ges- ie da qualidade ISO $001, sem adiggo de novos requisitos, esta é2 primeira revisao verdadeiramente significativa desde a publicagao da pimeira edicao, em 1986. Je Sete Decorridos quase 20 anos, a gestdo ambiental das Organizagdes evoluiu: as ques- tes ambientais tém uma import ss Organizagoes enter um escrutinio crescente por parte das Pl, e é cada vez mais importan ros de que as questdes ambientals sao encaradas cesséria, quer no dia-a-dia des Organizacées, cia cada vez mais estratégica, 2 gestdo de tooo dé sinais, como uma questio central, e no quer nas suas orientagies estratégicas e de negécio. Tudo isto foram desafios a revi- sao da norma de 1996, que teria de sofrer modificagoes de fundo para se manter relevante @ com requisitos estave's por mais 10 anos, sem perder a esséncia do €0 objetivo da gestéo ambiental: melhorar continuamente o desempenho am tal das atividades, produtos e servicos das Organizacées. Em 2012 foram publicades orientagées para a elaboracao das normas ISO (0 Anexo SU), contendo uma estrutura ¢ texto normas de sistemas de gestio. Organiza de utilizar SG para controlar 0 risco e a pica quer a empresas, quer @ entidades sem fins ucrativo © Anexo SL visa assegurar consisténcia nos processos de elaboragdo e revisdo de normas, ¢faciltara sua utilizagao integrada, por parte das Organizagbes. Visa ainda icas ¢ termos e definigBes comuns 2 .gdes de todo © mundo recanhecem o valor Fao negdcio (senso-lato, gorantir que importantes elementos, como a andlise dos fatores intemnos e externos que condicionam a Organizagao, a determinacao das Pl e das suas necessidades & expectativas, 2 adogo de um pensamento baseado em risco, e a lideranga € promisso da gestdo de topo esto o nas de SG esentes em todas 2s nor Assim, a par dz melhoria 180 1400 10s principios basicos e requisites da edigéo anterior da 2 adogo do Anexo SL fez parte do mandato de revise d2 norma, ve zinda um terceiro elemento desse mandato, as de um estudo de um grupo de trabalho da subcomissio 1 (En tal manage- ment a ISO/IC 207 (Fnvironmental Management) designado "Future Chal lenges for EMS" grupo de trabalho foi c do comego da revisio da norma ISO | widado em 2008, isto &, trés anos antes 2004, a dinamizar uma reflexdo sabre: iuturos para os sistemas de gestio ambiental UIA DO UTILIZADOR 180 14001:2015 ENQUADRAMENTO E INFORMACOES GERAIS. 2a ANOvA NORMAL SOBRE SISTEMAS DE GESIAD AWBIEN AL: QUE NOWIDADES? 1 Desafios quese colocam 20s SGA, incuinco as necessidades das Pl (ou stakeholders); F Novas abordagens e métodos no dominio dos SGA © grupo de trabalho, no qual Portugal participou ativamiente, elegeu TI temas, dos ‘quais se se ecionaram os seguintes para, apés um processo de consulta, orientarem 2 redacdo da nova norma 0s SGA coma parte da sustentabilidade e da responsabilidade social; 7-0 SGA c (o} (2 melhoria do} desempenro ambiental; 70s SGA. a conformidade com requisites lega's © outros; Os SGA ca gestdo global festratégica) de negécio; 0s SGA e 2 avaliag’o da conformidade, 0s SGA eos impactes ambientais da cadeia de valor; 0s SGA ec envalvimento dos stakeholders; 0s SGA e 2 comunicagao externa {incluindo informagao dos produtos) [A t6nica das recomendagbes do relatrio assentou, de uma forma geral, em ala- vancar a nova norma para um maior grau de exigéncia em relagdo & que estava ‘em vigor. € de notar a ligagdo & responsabilidade sociale a sustentabilidace, quer diretamente no primeito tera, quer naquele que refere os stakeholders. De facto, 2 époce de realizago do estudo estava em elzbora¢ao a norma ISO 26000:2010 sabre responsabilidade social, que visa apoier as Organizagdes a contribuirem para 2 sustentabilidade gerindo um conjunto de 7 temas fundamentais, entre os quais ‘ambiente, Sendo uma norma guia, ndo certficivel, foi seguramente muito mais ambiciosa nas suas recomendagdes do que o faria se apresentasse requisitos, Mas 2 forma como trata a vertente ambiente ao nivel das Organizacdes, e 0 contributo destas para o“pilar ambiental” da sustentabilidade, foram materia de reflexdo junto dos especialistas responsaveis pela revisdo da ISO 14001. Alids, a €nfase na sustentabilidade est bem patente na visda e missio da scyTC 207 ‘Somos responséveis pela normalizagao no dominio dos sistemas de gestio ambiental para apoiar a realizagao da “sustentabilidade”. © nosso foco & desenvolver & manter normas em matéria de sistemas de gestdo ambiental que atendem ds necessidades das partes interessadas, sdo baseadas no ‘mercado e apoiam a sustentabilidade” Somos reconhecidos como o lider mundial no desenvolvimento de normas de siste ‘mas de gestio ombiental que suportom o “sustentabilidade” AS nossas normas séo reconhecidas nacional e internacionalmente por utiizadores ¢ ‘outras partes interessadas, como as normas de gestdo ambiental de preferéncia Definidos os ts elementos do mardato da revis8o da ISO 14001-2004, o processo teve inicio em Fevereito de 2011 e culminou quatro anos e cito meses depois 2Zehttps/feommittee iso org/te207se, consultade a 19/02/2016 apcer” 2% Aclaboracdo de urna norma ISO segue uma série de fases que se descrevem no qua- dro seguinte, Apresenta-se o caso concreto do desenvolvimento da ISO 14001-2015 ‘co acompanhamento efetuado por Portugal ficando bem patente que esta revisdo foi ur processo de dificil consenso, De notar que consenso é um conceito dinamico, que se traduz numa procura permanente de acordos coletivos nas decisbes, no se repercutindo obrigatoriamente em unanimidace, mas numa aceitac3o geral ou numa auséncia de fire oposiggo de um numero relevante de Pl quanto 20 essen cial de uma dada matéria, coe eer) Peretti Fase de proposta (10) Novo item de trabalho (NWIP =New Work item Proposal) Fase preparatéri (20) Projeto de trabalho (WD - Working Draft) at) Confirmagao da procura da norma por parte do mercado, ¢@ sua relevancia& escala global. Um NWIP 6 submetido para votagao por um periodo de 3 meses aos membros do Comité Técnico (ou Subcorrité), para determinara sua incluso - ou ndo— no programe de trabalhos do Comite. Para que prossiga, énecessaria a aprovagdo por maioria simples por parte dos membros P* do Comité Técnico e oelo menos 5 devem apolar ativamente o NWIP e designar especialistas para o trabalho Geralmente, o Comité responsavel pela normalizagao na érea em. questéo define um grupo de trabalho constituido por especialistas e um coordenador. Durante esta fase, os especialistas continuam a tratarde questdes como direitos de autor, patentes e avaliacdo da conformidade. Podem circular sucessivos WD até os especialistas se considerarem satiseitos com a solugdo obtida. 0 WD é enviado 20 Comité, que decide qual a fase que se segue no processo de desenvolvimento: Fase de Comité ou fase de inquétito. asd Dy erecta ‘Agosto de 2011 - Janeiro de 2012 Portugal votou favoravelmente o NWIP e designou uma especialista para acompanhar os trabalhos. Fevereiro de 2012 - Fevereiro de 2013 OSubcomité 1da ISO/TC 207 criou o grupo de trabalho (Working Group) 5 para exte proletolcoordenado pelos Estados Unidos (Ider do projeto) e pela Argentina, ecujo secretariaco foi assegurado pela Alemanha e pelo Reino Unido. Aspecialista designada pelo IPQé vogal da Subcomissao | da Comisséo Técnica 150 (espelha o Subcomité1 da TC 207), Foram elaborados trés WD. 32s fases aqulapresentadas 0, 20, et] efrem se a itemasonal hamenized stage codes das documentos $0, nawris0.org 4+ Membres P(Parcipantes so 0s membros da $0 cue preedem desempenhar um pagel ato 10 trabalh fe um Comité ‘Téerico ou Subcom stem tamaém Membros 0 (Obsersadares). Portugal, através do PQ, € membro Pca lSO/TC 207, Fase de Comité (30) Projeto do comité (CD- Committee ia Fase de inquérito (40) Fase de aprovacio (50) Inquérito (FDIS - Final Draft ational LIZADOR IS 14001:2015 apcer” ENQUADRAMENTO E INFORMAGOES GERAIS Esta fase é opcional. WD é partilhado com os membros d Comité. Seo Comité usa esta fase, 0 projeto de Comité (CD) circula pelos membros do Comité, que comentam evotam adem circular sucessivos CD até ey consenso quanto ao seu conteido técnico, 0 DIS é submetido a0 Secret Central da ISO e circula por todo ‘osmembros da ISO para volac: jo ros por um periodo ce 3 meses, O DIS é aprovado se dois tergos dos membros P do Com expressos negativos, Se o DIS for aprovado, segue diretamente para publicagao, Contudo, a presidéncia do Comité pode decidir que 2 fase de Esta fase é automaticamente ignorada se o DiS tiver sido aprovado. Rican revisbes significativas resultantes dos comentirios 20 DIS, 0s Comités, podem Nesse caso, o FDIS 6 submetido ao Secretariado Central da ISO e circula por todos os membros da ISO por um periodo de dois meses para votacdo. Anorma é aprovada se uma maioria de 2 tercos das membros P do Comité Técnico for a favor idirlevar a cabo esta fase houver mais de um quarto de volos expressos negativos, Margo de 2013 - Outubro de 2014 Circularam dois CD, sendo que Portugal comentou ambos e votou favoravelmen e negativamiente o segundo, sobretudo devido & proliferas em nosso entender injustficada, de requisitos sobre R&O. Portugal te solugdes consensuais para melhorar ‘o documenta e participou na re hou ativamen sscade do WGS que decorreu em Padua de 25 de Fevereiro a 1 de Margo de 2014. Novembro de 2014 - Abril de 2015, opis fevordvel de Portugal Maio de 2015 O FDIS foi aprovado com o voto foréyel de Portugal Nesta fase, osecretariado submete Setembro de 2015 codocumento final para publicagdo, Portugal apresentou comentarios Sea norma tiver passado pelatase _editoriais. Internacional de aprovagao, 0 secretariado pode (Iso) submeter 0 FDIS a comentarios pelos organismos-membro, $6 sio aceites corregdes editoriais 20 texto final, que é finalmente publicado pelo Secretariado Central da ISO como norma intemacional Como est patente no quadro, Portugal esteve envolvido em todo processo de 'séo, através da subcomisséo (SC) 1 da Comissao Técnica 150 ~ Gestdo Amn tal, responsave_ pela tredugo da norma para portugus. (© COMITE TECNICO DE NORMALIZACAO, CT 150 GESTAO AMBIENTAL ACCT 150 est orgenizada em sete subcomissées, SC que tratam de temas relacio- nnados com gestdo ambiental, nas quals participam, em regime de voluntariado, entidades e técnicos interessados nas matérias em causa, traduzindo, tanto quanto possivel, ums representacio eauilibrada dos interesses socio dos pelo seu émbito de atividade. A CT 150 & coordenada pela Agéncla Portug do Ambiente, na qualidade de organismo de normalizacio setoval a $C1-Sistemas gestdo ambiental sc2-A ‘SC 3 - Rotulagern ambiental SC 4 -Avalia¢3o do desernpenho amb SC 5 Aveliac3o do ciclo devida SC6- Termose definicoes 'SC7 - Gestdo de gases com efeito de estu‘a e atividades relacionadas DESTAQUES D ciclo de melnoria continua (A heck Act) pode ser aplicado a todos os pro- -ess0s da Organizagao ou ao SGA como um todo. A figura 8 mostra como as secgGes 4210 daestrutura de alto nivel e0 ciclo POCA se relacionam, com o objetivo final de atingir os resultados pretendidos ‘GUIA DO UTILIZADOR ISO 14001:2015, acer” ENQUADRAMENTO E INFORMACOES GERAIS 2. ANOVA NORMA ISO 4001 SOBRE SISTEMAS DE GESTAO AMBIENTAL: (QUENOWDADES? 4.1 Contexto da organizacao 4.2 Necessidades e expectativas 4. Contexto da organizagao das partes interessadas Peis 4 bo Pr 5. LIDERANGA 9. AVALIACAO. Popa) see eeeeege “4 Resultados pretendidos do SGA Figura O ciclo POCA e a estrtura de ato nivel. Fonte: Adaptado de ISO 40012015 As novidades mais relevantes desta norma, quan 4, apresentam-se de seguida: eae CC Resultados pretendidos do SGA Andlise do contexto -questdes internas e externas Partes interessadas ideranga Politica ambiental No minimo, s40 0s estabelecidos na propria norma 7 Melhorar o desempenho ambiental; Cumprir as obrigagbes de conformidade; Aiingiros objetivos ambientais. Quanto a melhoria do desempenho ambiental, é urn requi- sito que se encontra em varios pontos da norma e aparece reforgado, quando comparado com a versio de 2004, Nao existia na versio de 2004 e decorte de adoglo do Anexo SLE denivel stratégico eabrange questbesposttivase negati- vas. As questbes externas dever incluir as condigées ambien taisafetadas pele Orgenizagao ou suscetives de 2s afetar Na versio de 2004, referiam.se Pl apenas a propésito dos objetivos ambientals e das comunicagbes extemas. A nova norma é mais detalhada quanto 8 determinagao das Pl e das suas necessidades ¢ expectaivas. F desta andlise que resultam as obrigagdes de conformidade, que a Organiza fo tem de, ou opta por, cumpr'. Maior exigéncia de lideranga e comoromisso da gestéo de topo. Desaparece a figure do representante da gestdo. A gestdo de topo pode delegar responsabilidades, mas ndo a responsabilizagao pelo SGA. A politica e os objetivos ambientais devem estar alinhados com a orientago estra- ‘t6gica e com 0 contexto da Organizacao. Compromisso com a orotegao do ambiente, incluindo a prevengio da poluigéo, mas nao $6. Ex-0 uso sustentével de recursos, a mitigaco e adaptacio as alteracdes climaticas, € a protecao da biodiversidade e dos ecossistemas. A intro- dug da norma situa os SGA no quadro do pitar ambiental do desenvolvimento sustentavel JIAO UTILIZADOR ISO 14001:2015 ENQUADRAMENTO E INFORMACOES GERAIS. 2aan Quen Riscos e oportunidades. Obrigagoes de conformidade Perspetiva de ciclo de vide Objetivos ambientais e planea- mento para os atingir Ayaliagao do desempenho 1 SISTEMAS DE GESIAO AMBIEN AL: 0 pensamento baseado em risco é uma novidade. As Orga nizagbes dever determinar R&O relacionados com (i) 0s aspetos ambientais, (i) as obrigagoes de conformidade e (iil) outras questbes de contexto identificadas em 4.1€ 4.2, que necessitam de ser tratados para F garantir que 0 SGA pode atingir os seus resultados pretendidos; F prevenir ou reduzir efeitos indesejévels, inciuindo (© potencial para condi¢bes ambientais externas afetarem a Organizacao; F atingira melhoria continua Expresso que substitui “requisitos legais e outros requisi tos que a Organizagio subscreve’, ‘Agora est explicito que a Organiza¢ao deve considerar® o Ciclo de vida dos produtos e servicos em diversos pontos: (i) nna determinacSo dos aspetos arnbientas e (i) no controlo ‘operacional, concretamente no design e desenvolvimento, nos requisites ambientais de compra de produtos e servi G98, na comunicagSo de requisites ambientais relevantes 20s fornecedores, e na necessidade de fornecer informa: Bes sobre os potenciais impactes ambientals significativos associados ao transporte ou distribvigao, 8 utilzacso, 20 tratamento de fim-de-vida e a0 destino final dos produ: tos e servigos. Apesar de ndo ser exigida pela ISO 14001, a definigdo de ciclo ce vida consta na norma e é a mesma da 180 14040 sobre avaliacéo de ciclo de vida Desaparece o conceito de meta ambiental, bem como a de programa de gesto ambiental. Contudo, a norma descreve com maior detalhe o planeamento para atingir os objetivos, incluindo indicadores. A Organizagio deve avaliar o seu desempenho ambiental © a eficacia do SGA, usando indicacores. Isto ndo era um requisito da edi¢ao anterior 5+ “Considerar ter um significado espectco na norma ISO 1400: significa que o assunto deve ser pensado, mas pode ser ‘exculdo {a0 contrio de “ter em conta’, que no acmite exclusbes| Esta inguager aligeira os requisites relacionados com a perspetna dociciadeviea, Fonte:Modticaco, a patrde 8S (2015 apcer” Bee ODT) Peon na CL UMC Contexto da Or Planeamento ‘AFAMILIA 14000 AIS 14001 wz parte de uma vasta fa iental, a familia lia de normas de instrumentos e sistemas ce 0 4001. F a Unica centficével e, naturalmente, 6.utilizada em 171 paises e No entanto, exs mo nte itels & gestdo dos ido a ser desenvolvidas e impactes ambientais das OrganizagSes, que te es dos seus sub és ou de grup equesi idas para portugués peles subcomis- que se apresentaram atras © que ura interna No contexto das normas de gestao am| ituem a estrutura 05 seus aspetos mais abrangente que uma Organizagio is € melhorar cont mas da familia 14900, independertemente do seu valor individual e intrinseco, contribuir para a implementaco bem sucedida de um SGA, Saliente- ‘se que a adoro dessas normas nao é obrigatérie e que a sua pertinéncia iré variar nizagéo: o grau de complexidade, o ti mas Plo o de produtos & ‘au de maturidade da gesta 2 adequabilidade des normas a sua sutiiz beneficiar des outras normas, como se ilustra no quacro seguinte, Organizagao € outro: idade espectfica, Mas 6 im F180 14004 Sistemas de gesta orientagao gerais sobre implementago ideranca 18014004 180 14004 F180 14015 Gestéo ambiental ~ Avaliago ambiental de sitios e Organizagbes (ASO) F Série 14040 sobre avaliag0 do ciclo de vida: ISO 15014044, ISO/TR 14047 F Série 14064 sodre quar 150 14064-1, ISO 14064-2, ISO 14064-3 Ustade normas dal oxmas relacionadas no Anexo Ado presente pul, ambiental - Linhas de tificagdo, monitorizagdo, comu- nicago e remoc3o de gases com efeito de estufa ILIZADOR ISO 14001:2018 aacer” ENQUADRAMENTO E INFORMAGOES GERAIS 4020 sobre rétulos © declaragées ambientais: Suporte 1S0 14020, ISO 1402), ISO 14024 e ISO 1402 NP ISO 14063 Gestd0 ambiental - Comunicagao ambien: tal Linhas d ‘oe exemplos. 1s0 14004 exags ISO 14006 Sistemas de gestio ambiental - Linha rientagao para a integracao do ecodesign Série 4064 ISO 14004 ISO 14031 Gestdo ambiental - Avaliacao do desempenhio ambiental - Linhas de orientacdo (verso portuguesa em tradugao) Série 4064 Avaliago do desempe meee rt 14 Sistemas de gestio ambiental - Linhas de ° orientagdo gerais sobre imlemnentagao CONCLUSOES Anova norma ISO 14001:2015 apresenta novos desafios, que sdo também urna o lunidade de cre ramente difere rumento voluntario de gestéo. aderem, omo fator ve las diversat interpretagio ¢ mentago de alguns requisites ~ por exemj u com cick ‘or parte das Organizagées que implement sua implementagéo pre’ jcionam com R&O ig algum ama am anorma ou que d certifies 9 auditores e das entidades conte Guia é, Seguramente, um passo muito imp: das as entidades que a norma ISO 1400 2.2 ESTRUTURA DE ALTO NIVEL, TERMOS E TEXTO COMUNS PARA NORMAS. DE SISTEMAS DE GESTAO DAISO Enquadramento AsO a primeira norma de SG publicada pele ISO, tendo tido uma aceitagao imediata no mercado. Foi adotada como base das normas setariais da alidade e o conceito de norma de sistema de gestio repli temas a gerir peles Organizagbes. Com o crescimento das preocupacdes ambien- vel global, o aumento da regulamentagao e a imagem negativa que o setor tina em relagao ao ambiente, foi publicads em 1996 a ISO 14001 para pelo menos, 15 normas ISO de requisitos de SG publicadas e leo € gs, dispositivos médicos € istindo ainda normas de linhas de para tratar outros icacdo setorial (autorével, software). Outras esto em desenvolvimento, orientagao pare SG Todas as norras ISO de SG tém elementos comuns € adotam o ciclo PDCA de ntinua. Contudo, muitas escrevem requisites semelhantes de modo diferente, ou colocam requisites iguais em se nos redatores e nos utilizadores das normas. es diferentes, o que causa co Acstrutura de alto nivel, lermos ¢ texto comum, estabelecida no Anexo SL das dire- tivas ISO, foi o meio encontrado para resolver este problema, providenciando uma base que facilite o desenvolvimento e adogo de normas de SG, facilitando a sua leitura e interpretagdo pelos utilizadores e a integragdo de SG nas Organizacoes. Visio conjunta para normas de sistemas de gestio mité Técnico da ISO (TMB, Technical Management Boord) criow um grupo ‘onjunto, reunindo peritos de todas as comissGes técnicas ativas da ISO com uma norma de $6, tendo por fim ahi monizacao das normas de SG. Aviso para estas normas, criada por este grupo, & Uma abordagem harmonizada para todos os SG; Uma estrutura de secgdes comum; F Mesmos titulo: Mesma sequ a de secgies, F Texto igual para secgbes idénticas em F Termose definica Pode haver desvios justficados que sao suometidos & apr es comuns (22); TMB. Estrutura de Alto Nivel de alto A seguinte fig ele texto comum des normas ISO ¢ a sua relagdo com o ciclo PCA de melhoris continua, representa graficamiente a estrutu JIAO UTILIZADOR ISO 14001:2015 ENQUADRAMENTO E INFORMACOES GERAIS 2.2ESTRUIURADE ALIO! EL, JERNOS £ TEXTO COMUNS| CONTEXTO DA ORGANIZACAO (4) P Pp ad a EY) Beat ta) Ce ete) a Fgura: Aestutura de alto rivele cielo POCA Aestrutura de alto nivel apresenta um indice detalhado de cada secgdo. Dentro de cada secgdo podem ser acrescentadas novos itens, devendo, na medida possivel, respeitar-se a ordem dos mesmos, Ao texto comum pode ser acrescentado novo texto, antes ou depois e mesmo no meio, para especificar melhor © requisito no contexte do tema da norma, A estrutura de alto nivel adota novos termos como “informago dacumentada novos conceitos, destacando-se 0 contexto e 0 pensamento baseado em risco, ‘05 quais s80 incorporados e desenvalvidos dentro do contexto especifico de cada norma. Estas diferengas ndo implicam a necessidade de mudar a documentaco dos SG das Organizagées para os adaptar 4 nova estrutura ou para usar os novos termos, ‘A adaptagdo da ISO 14001 estrutura de alto nivel introduziu novos requisites € alterages importantes na sua disposigao ao longo da norma em relagao & ediga0 anterior, mas constitui uma vantagem para todas as Orgenizagdes que disponham ‘ou pretendam vira dispor ce mais de um SG. apcer” ISO 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR ‘ACAO E 0 SEU CONTEXTO 9 AVALIACAO DO DESEMPENHO 10 MELHORIA BREVE NOTA SOBRE OS ANEXOS INTRODUGAO Na Introdugao é deserito 0 enquadramento da ISO 14001-2015 com o desenvolvie mento sustentivel e de que forma a adocdo de um SGA pode ajudar as Organiza- Ges 2 cumpriras expectativas da socledade neste Ambito, contribuindo para o pilar ambiental da sustentabilidade. Neste texto so descritos os antecedentes, o! vos, fatores de sucesso, abordagem PDCA e os contetdos da norma. Nao contém requisitos para o SGA, mas a sua leitura é fundamental para ac do que ume Organizacao pode atingir com 0 SGAe do que a sua adogdo val exigir a rganizacao, Recomendamos a todos os utiliza consulta frequente, como apoio na interpretag3o ¢ contextualizago dos requisites. Aintroducdo é complementada pelo Anexo A, informativo, que fornece clarificagbes na estrutura, termos, conceitos e seccBes da norma ‘a compreensio 0.1 Antecedentes 0 desenvolvimento sustentavel é 0 equilibrio @ ambientals, que permite satisfazer as necessidades atvais sen comprometer a capacidade das geragdes fu fades. entre os asp tos econdmicos, socials 5 satisiazerem as suas p A norma vem relembrar que as expectativas da sociedade so crescentes e abran- gem agora todos os aspetos da protegio da polui¢go, enfoque principal de edigdes anteriores da norma. Ressalta também 0 aumento da expectativa das PL smbiental, para além de prevent Neste enquadramento a nova edi¢ao da norma firma a sua proposta de valor de contribuir para. pilar ambiental do desenvolvimento sustentave 0.2 Objetivo © cbjetive da ISO 14001:2015 é "proporcionar as Organizagées um enquadramnento para proteger o ambiente e responder as alteragdes das condigdes ambientals, em equilibrio com as necessidades sociocconémicas” Anorma refere os beneficios de adotar a abordagem sistematica & tal numa perspetiva estratégica e de lon| prazo para as C ania ISO 14001 pretende contribuir para o desenvolvimento sust F Da protecao do ambiente; Da mitigagao d Do cumprimento das obrigagdes de conformid Da methoria do desempenho ambiental; Da perspetiva de ciclo de vide; 1 Da abtengao de beneficios financeiros e operacionais, ‘0s para a Orgenizacio; Da comunicagao da informagao ambiental Refere ain: dos pela sua adogao. 5 legais aplicavels a uma Orga 01.2015 ISO 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR 0.3 Fatores de sucesso Aqui séo enumerados os fatores de sucesso e os beneficios da adogéo de um SGA: Compromiss s os niveis efungées da Orgenizagic F Lideranga da g aumento di td de topo; ortun fe prevenir ou mitigar impactes ad Aumento d: ¥ Tratar portunid ides de impactes benéficos; nto efi 2 de risco e oportunidedes, Alinhamento e integ 2 -esso de negocio e tomada de Confianga das Pl na Organizage Relembra-se que a adago da norma nia é, p antes em cont tal e que Organizacdes sen (© SGA de modo distinto, obtendo resultados ciferentes. C fe com os requisitos da norma Por fim, élembrado que o nivel de detalhe e complexid pria Orgenizacao ¢ do texto 0.4 Modelo Planear-Executar-Verificar-Atuar A edi¢ao de 2015 mantém, carsAtuar (POCA, Play orda} ’ versio inglesa). Este modelo base dos SG é st m, 0 concelto Planee-Executar-Verifi- preconizado ra estrutura de alto nivel e texto comum (ver parte 2 do guia E explicada, de uma forma esquematizada, 2 relagdo entre SGA descritos na ISO 74001-2015, 10.5 Contetido da presente Norma fica requisites para outros. lum para SG da ISO, nesta e SG com essa estrutura, u Esta 0 nivel e texto fo, fac com out jordagem co baseado em risco. Sao descritas as formas como uma O: conformided requisitos di jo até certilicago por uma er jemonstr nacional, que vaio desde a simpies autodec Sao dadas, também, mo usar os anexos Ae B, quais as formas ais usadas 20 longo r entendidas. apcer” ‘OBJETIVO E CAMPO DE APLICAGAO Resultados pretendidos Uma Organizagdo que aplica esta norma consegue demonstrar que melhors 0 desempenho ambiental, cum midade e atinge os objeti- vyos ambientais de acordo com a sua politica ambiental Aplicagio © objetivo e campo de aolicagdo é uma secgio chave da norma onde é fe enquadramento global: o que é, para que serve, os seus tina, ito jetivos € @ quem se Ac 10 que @ norma 6, n Organizagao pode usar pare criar um SGA para aumentar o seu desempenho ambiental geriras suas responsabilidades ambientais de forma sistematica, Define lambén de forma muito clara, dos do SGA, designadamente: essencial um conjunto de requisites que uma resultados espera Oaumento d desempenho ambiental, 0 cumprimento das oorigagées de conformidade, © ¥ Oalcance dos objetivos ambientais que a Organizacao defina Estes resultados serdo consistentes com 2 politice ambiental, pelo que podem dif rir de Organizacao para Organizagao, mesmo que as atividades, produtos e servigos A norma refere que néo estabelece «! lal. No entanto, ¢ is especficos de desempento ambien- fine como um dos resultados pretendidos de um SGA o mento das obrigagdes de conformidade, ou por outras palavras, © cumprimento requisitos legais aplicdve's © outros que a Organizagao escolha cumprir. E importante notar que a conforridace legal ndo é, por si s6, a finalidade da norma. Contudo, a legisiagdo determina padres minimos de desempenho ambien e, como tal, embora no especificados na norma, @ sua adogdo implica um nivel ininimo de desempenho amore conformidade associado ao cumprimento das obrigacdes de Esta norma pode ser aplicada por qualquer tipo de Organizacao, independente- mente da sua dimenséo, tipo ou natureza, Da definigdo de Organizagao (31.4) verificamos que esta norma se aplica a uma Organizagées a operar em diferentes concextos. Desta aplica- bilidade decorrem dues implicacdes. A primeira, € que os requisit sto definidos de modo genérico, para acomodar toda a diversidade de situacdes, o que nem sempre toma imediata a interpretagao, de aplicabilidade no contexto da Organizagao, Por outro lado, esta caracteristica tes Organizagbes com diferentes obj SGA reza @ propésito, com sclugées muito distintas, mas todas, permite que d fs implement adequados a sua nat UIA DO UTILIZADOR 180 14001:2015 10 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR ‘cumpringo os requisites definidos na norma. A segunds implicagao é que a ceracterizagao da Organizagao 6 um aspeto relevante para definigdo do ambito de aplicagao do SGA e das suas vizinhangas, tema trata- dona seccio 43. E também referido que a norma se aplica “aos aspetos ambientais das suas ative dades, produtos e servigos que a Organizac3o determine que pode controlar ou influenciar, considerando 2 perspetiva de ciclo de vida" € de notar, em primeiro lugar, quea norma nao fala em avaliacdo de ciclo de vida mas sim em perspetiva de Ciclo de vida, Esta diferenga subtil de nomenclatura tem, na realidade, um impac- to importante no papel do ciclo de vida no context da norma, Tal como referido na sua secd0 A.6.1.2, ndo necesséria uma andlise detalhada. € sim preciso que a Organizacéo reflta sobre as diferentes etapas do ciclo de vida, determinando as que controla ou pode influenciar. Em segundo lugar, a norma refere os espetos ambien- tais que a Organizacdo determine que pode controlar ou influenciar. Deve refletr, também, como pode chegar a montante ¢ ajusante da sua posigo no ciclo de vida. Por exemplo, um fabricante de automéveis poderd influenciar mais positivamente ‘© ambiente ao longo do ciclo de vida do seu produto, através do desenvolvimento de veiculos que produzam poucas emissdes do que na redugo das emissées nas suas fSbricas E referido que a norma pode ser usada no todo ou em parte, podendo em ambos os ‘casos contribuir para a melhor'a da gestdo ambiental das Organizagtes. Contudo, alegacées de coniormidade com esta norma, nas diversas formas referidas na Intro- dugio, sé podem ser feitas se todos os seus requisitos sem excecdo forem adotados no SGA da Organizacao. Demonstragio de conformidade E notéra a questio do aumento do desempenho ambiental como objetivo primor cial da norma Compete 8 Organizag3o denonstrar melhoria do desenpenho ambiental, o cur- primento das obrigacbes de conformidace e a alcance dos objetivos ambientais, de acordo com a sua politica ambiental Para ta, teré de aplicar os requisitos da SO 4001, das secgdes 4 a 10, secgdes pelas quais é avaliada a conformidade com a norma. (© resultado de uma auditoria a0 SGA deve permitir concluir sobre a capacidade da Orgarizagéo alcancaros resultados esperacios, tal como expressos nesta secgéo. igasées relevantes Transversais - todas as secgfes 4 a 10 desta norma visam dar cunprimento eos resultados pretendios pete aplicagao da norma, definindo requisitos. apcer” didos do SGA, que correspondem ao objetivo da norm: 0, Noutros pontos-chave sio feitas li pretendidos. Comparacio com a edigao anterior Esta secgéo difere da edigéo anterior pois © incluindo agora a melhoria do cesempenh plicta 0s resultados esperados d ambiental, A melhoria do desempenho rior edigao ndo era um resultado explicito a0 nivel do ambito e ambiental na ant dos requisites da norma, € agora explictada a necessidade de considerar a serspetiva de ciclo de vida, ante- riarmente apenas mencioneda no Anexo 8.31 aspetos ambientas, A imoortincia da Organizacdo atingir os resultados pretendidos do SGA, tal corno expressos nesta seccéo, é reforgada na presente edigao, através da inclusdo de now ido uisitos e clarficagao de requisit este reforgo um dos pri xistentes ao longo da norma, ais objetivos alcangados por esta nova edicao. 2 REFERENCIAS NORMATIVAS. Tal como acontecia na versao anterior ca norma, nao existe qualquer referéncia normativa associaca ISO 14001:2015, o que significa que a apl norma s6 depende do que nela esté estabelecido e requerido, Esta seccao encontra-se presente, essencialmente, para manter o alinhamento com a estrutura de alto nivel definida no Anexo SL. 3 TERMOS E DEFINICOES rm08 @ definigGes estabelecidos nesta secgdo S40 normativos, o que si ca que, 20 longo da norm: definido, podendo este even! comum ou de outa fonte, so sempre usados com 0 sentido e significado aqu jalmente divergir igeiramente do sign'ficado de uso Algumas definigdes aqui presentes tiveram origem na estrutura comum de normas de SG, Anexo SL, sendo, sempre que necessério, adaptadas & realidade do SGA ou complementadas com notas explicativas, Os termas nai idem alfabética, Em vez disso sto apresenta po apresenta-os pela ordem conceptual relevante para © SGA, em consondnc’a com 0 definido no Anexo Si. No e para faciltar 2 localizagio da definigao, no nos facilitando a respetiva final da norm: lo € fornecido um indice alfabe lizagao, ‘Ao longo de toda 2 norma existem varias notes com explicagdes detalhadas d mos ou outro tipo de esclarecimentos ute's, pare auxiliara interpretagao. Na Online Browsing Platform da ISO so disponisilzados os termos da ISO 14001-2015, LIZADOR IS 14001:2015 10 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR em ings, espanhol efrancé https://wnewiso.org/obp/uifiisosstdiso14001.ed-30v:en. vale @ pena salientar que, apesar de serem usados termos muito especificos na norma, tal como relerido na secgio 2 do Anexo A, as Organizagées no so ob’ gadas a usar a mesma estrutura ou terminologia na sua documentacao do SGA Sio livres de empregarem os termos que considerem convenientes & sua situag30, particular. Sendo uma norma de requisites, estes s com 0 ver acto “deve, seguido do seu complemento direto. Outras formas verbais s80 normalizadas, ta como € referido na Introducio e aplicével a qualquer norma ISO. 8 verso anterior. Foram inclu da introdug3o de Esta secgo da norma sofreu alt das diversas di es em relag: igdes por via da estrutura de alto cele por via s foram simplesmente alteradas. novos conceitos, ¢ outras designacé Na secco 3 do Anexo A so também explicadas algumas alteragbes de termino- logie em relagao as usades na edigdo anterior da norma, ¢ so fornecidas clariti- cagbes de diversos conceitos, em particular, o significado preciso de determinadas alavras que, em contexto coum, poderd ser mais amb/guo do que aquele usado norma, apcer” Seguidamente apreser de norma’ Cerrar De Dee ty etd Ent Seen) No presente guia € usado o termo “contratado” para tred medida em que esta expresso é mais comum em di terceiros, por oposig refer'ra possibilidade entre a Orgariz retagio “Etapas consecutivas e interligadas de um sistema de produto (ou servigo), desde a obtencao de matérias-primas, ou sua producao a partir de recursos naturals, até a0 destino final” (3.3.3) Estado ou caracteristica do ambiente tal como determinado num certo ponto no tempo" (3.2.3), Implica cue o assunto deve ser pensado, mas pode ser excluido, Significado similar a denominac3o “identifi anterior. ”...mplica um processo de descaberta que resulta em conheciment F* usada na edicdo Indica um requisito traduz “shal Indica uma recomendacao (traduz “should’) Usado na versio de 2015 da norma em substituigao do termo fornecedor Usado nesta versio de norma em substituigso de te especificas como “documentacao’,‘cocumentos;"registos, etc “Requisitos legais que uma Organizago term que cumprir¢ outros fequisitos que a Organ’zacdo tem que ou escolhe cumprir’ (3.2.9) Substitui a denominacéo de recuisitos legais e outros requisitos, sendo agora o termo pr Indica uma possibilidade ou capacidade {treduz “can*) Indica uma permissao (traduz “may’) Indica que o requisito deve ser aolicado na medida em que & relevante para a Organizagio, sto é, no é requerido que seja aplicado sistematicamente a tudo, competindo a Organiza eterminar essa relev: Implica cue o assunto deve ser pensado € nao pode ser excluido, ir “outsourcing’, na gués para ‘ago que aolica @ norma vidade de 20 termo “subcontratado” que em portugu ce um contratado da Organizacao poder 01 asua a contratagao 3 a éus UIA DO UTILIZADOR 180 14001:2015 10 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR 4 CONTEXTO DA ORG) W2AGRO EO SEU CONTEXTO 4 CONTEXTO DA ORGANIZAGAO 4.1 COMPREENDER A ORGANIZACAO E © SEU CONTEXTO Resultados pretendidos (© SGA¢ apropriado 20 propésito e realidade da Organizagdo, e eficaz em alcangar ‘95 resultados pretendidos. Aplicagéo Cada Organizacao é diferente ¢ opera em contextos diferentes. Compreender o contexto da Organizago pode ser entendido como uma atividade de observacdo, analise e avallacao do interior e exterior da Organizago, para determinar fatores ‘que a influenciam, positiva ou negativamente. Estes podem afetar o seu propésito e 2 sue capacidade para atingiros resultados pretendidos com 0 SGA, que incluem: a melhoria do desempenho ambiental, o cumprimento das obrigagées de conformi- dade eo alcance dos objetivos ambientais definidos. O propésito da Organizacdo 62 razio da sua existincia, normalmente definido no seu objeto social, observado rnaquilo que faz e enirege aos clientes que pretende servr. Esse propésito pode estar descrito e documentado, sendo comum fazé-10 na Misséo. A secgie A4.1 do Anexo A da norma clarifica 2 aplicagao desta secgao da estrus tura de alto nivel no contexto da ISO 14001, Remete para um entendimento geral das questées importantes que podem aietar 0 modo como a Organizagao gere 25 responsabildades ambientais. Esta secgo do anexo fornece exemplos sobre condigbes ambientais e questbes internas ¢ externas que podem ser consideradas pele Organizagao, sendo a sua letura enriquecedora para urna boa aplicacio dos Fequisitos desta secgao. ASO 14001 requer que a determinac3o das questdes internas e externas inclua 2s condigdes ambientais, afetades pela Organizagdo ou que 2 possam afetar. O conceito de condi¢do ambiental éintroduzido nesta edigdo e & definido em 3.2.3 como *o estado ou carateristica do amoiente, tal como determinado num certo ponte do tempo". So condigdes ambientais as relativas a0 ar, gua, solo, recursos naturals, flora, fauna, seres hurranos @ as suas inter-relagdes, relacionando-se com temas elevantes na agenda atual, tais coro alteragdes climsticas, qualicade do ar, qualidade e disponibilidade da gua, uso dos solos incluindo a sue contaminagio, uso sustentével de recursos naturals, biod versidade e degradagao de ecossistemas, centre outros, A determinagao das condigdes intemas e externas relevantes deve atender a0 ambiente em que 2 Organizagao opera, que a afeta ou por ela pode ser afctado, pode estender-se do interior da Organizagao pare @ ewvolvente local, regional ou ‘global, tal como clarificado na definigéo de ambiente da ISO 14001 (3.2). Identificar as questées internas corresponde a compreender a realidade de Orga apcer” vem € pare onde vai, entender as condicionantes, as possibilidades existentes para alcancaros seus objetivos ¢ os resultados esperacos do SGA, quem 6, 0 que faz, para que faz, com que meios, com que pessoas, donde A identificagao das questées internas pode ser faclitada considerando questées a um nivel ce entendimento gené! ladas aos valores, cultura, desempenho de Orgenizagéo, 20 processo de tomada de decisées e a sua orientagdo estratégi- ca, Importara tamaém considera’ os produtos e servicos oferecidos, as tecnologlas utiizadas e as ativid incluindo as pessoas e o conh es executat ides em termos de recursos, Identificar questées externas co se insere e opera, incluindo a sua dinamica e tendéncias, para identificar como 0 pode influenciar ou por ele ser afetada, para além do ja referido relativamente as condigdes ambientals, 0 contexto externo pode ter de ser considerado 2 nivel local, regional, nacional, internacional ov global. Devem ser consideradas questées cultu- rais, 5 politicas, tecnolégicas e concorrenciais, ou outras consideradas relevantes. Na revisdo do sistema, a gestdo de topo deve ter em conta as alteregt ‘Bes internas e externas relevantes para o SGA como uria das medidas p: da mudanca, o que i es das ques- assegu- cia de mecanismos de monitoriza- rara ges fo e atualizacao desta informegio, Compete & Organizagéo determinar as questdes internas ¢ externas relevantes com impacto nos resultados pretendidos pare o SGA, definindo os métodos para obt esta informagao, a sua abrangéncia e 0 mado de atualizagao. ‘Ao considerar as qui internas e externas relevantes, incluindo as et ambientais, na definigao do ambito de aplicacao do sistema, assegura-se a adequa- fio da definigdo deste ultimo, Sendo a Informagao aqui gerada uma fonte para a determinagao dos R&O que dever ser tratados, os resultados aqui obtidos aumentam @ probabilidade de sucesso para 0 alcance dos resultados pretendidos. Finalmente, 2 norma requer que o conhecimento adquirido na determinagao des questdes internas e externas seja considerado no estabelecimento e manutencao do SGA, reforgando a adequago do sistema a realidade © objetivos da Organiza cde modo continuado. Tal implica que @ compreenséo da Organizagao e do seu ‘ontext rrente © sistematizada, relevante para identificar seja uma atividade re necessidades de alterago que assegurem a sua manutengo, naquilo que é referi- do como a gestaa da mudanca (ver 4.4. Convém relembrar que a andlise das quest6es internas e externas deverd ser enten- dida a diversos niveis da Organizacao, desde o estratégico a0 operacional, equeesta norma explicita claramente 2 necessidade de integrar o SGA com os seus pracessos de negécio, com a diregso estratégica e com os processos de tomada de decisao. LIZADOR IS 14001:2015 10 14001:2015 GUIA DO UTILIZADOR Na sua os fatores de sucesso do SCA é a odugo, a norma refere que um itlvo, associadas as consideragSo das implicagbes a nivel estratégico € co oportunidades para melhorar 0 desempento ambiental ou para prevenire rig aspelos ambientals adversos. No contexto da definigdo da directo estratégica e da jo com 0 SG particular importéneia, uma vez est6es internas ¢ © sua integrag nas reveste-se de fe esta informagao determin: so de tom com as pratic requentemente a de det s da Organizaca ni¢do do rumo da Organizaca s30 a0 mais alto nivel, pelo que é expectivel uma Nao sendo requerida int adequade fazé-lo, quer a0 nivel estratég! mento do SGA, Esta documentagdo p ntexto, aprender ¢ melhorar préticas mentada, 2 Organizagao pode considerar ao nivel da determinaco dos REO mitir-lhe-d aferira qualidade da 0 exemplos poss{veis de informagao documentada que suporta a aplicagao desta Informacio de suporte & ident ficacdo das questées - qual a informacdo usadae sua origem; 10 aborda este tema, mét Descrigio da forma como a Or usados ‘quem participa, re Relatérios ou o ad com identificag3o das questées se exier aacer 4.1 Integrago qualidade e ambiente A determin na medida em que os res tados pretendidos do SGA 0 das quest nas © externas tem perspetivas distintas, tacos pretendicos do SCQ sao distintos dos resul ‘Ambas 2s normas requerem que as questées determinacias sejam relevantes para 0 propésito da Organizacao. No entanto, enquanto a ISO 9001 requer, que sejam também relevantes para a intengo estratégica, tal no é explic'to 1n2 ISO 14001. Contudo, © Anexo A. da ISO 14001 clarifica que as condigées, internas incluer a orientagdo estratégica, Por outro lado, a ISO 14001 refere como um fator 0 SGA a sua integracd ego estratégica, Num SG integrado ¢ expectivel que 2s questdes interas e externas conside- rem a relevancia ao nivel da intencao estratégica para ambos os temas, ISO 14001 requer 2 determinagae das questdes relativas @ condi ‘ambientais, o que pode afetar @ Organizago ¢ 0 que é afetado por ela. enfoque da andlise é d'stinto nas duas normas, 0 objeto analisado, o , 60 mesmo, Para a sua determinagéo podem ser ps ne e andlise diferentes, pelo que as

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