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TÍTULO EM CAIXA ALTA E NEGRITO

A IMPORTÂNCIA DO ESPANHOL PARA CARREIRA E VIDA PESSOAL


RODRIGO ALGEMIRO DA SILVA BRITTO1

RESUMO
Este artigo teve por finalidade a pesquisa e o levantamento de dados, a fim de
comprovar a importância do domínio da língua espanhola para conseguirmos uma
melhor interação com o mundo globalizado, tanto para relações pessoais quanto
profissionais.
Visa a relevância que o idioma apresenta na área profissional e outras tantas áreas,
sendo a língua oficial de grandes órgãos internacionais, como a ONU e a segunda
língua mais falada nos EUA, abrindo a cada dia mais oportunidades de inserção no
mercado de trabalho global.
Comprovar que, por mais que o ensino do idioma tenha nos últimos governos sido
relegado a um segundo plano, falar espanhol no Brasil tornou-se uma necessidade,
talvez mais necessário do que falar inglês. O fenômeno da globalização é um dos
responsáveis por essa valorização.
A criação de tratados como o MERCOSUL e NAFTA, eliminaram as fronteiras entre
países, permitindo a livre circulação de pessoas, apresentando ao mercado a
necessidade de profissionais, fluentes no idioma, para a realização de transações e
serviços internacionais.

PALAVRAS-CHAVE:
Globalizado, Professor, mercado de trabalho, educação, escola, política.

RESUMEN
Este artículo tuve por finalidad la investigación y el levantamiento de datos, a fin de
comprobar la importancia del dominio de la lengua española para conseguir una
mejor interacción con el mundo globalizado, tanto para las relaciones personales
como las profesionales.
Se trata, de la relevancia que el idioma presenta en el área profesional y otras tantas
áreas, siendo la lengua oficial de grandes órganos internacionales, como la ONU y la
segunda lengua más hablada en EEUU, abriendo cada día más oportunidades de
inserción en el mercado de trabajo global.
1
Acadêmico do Curso de Letras Espanhol e Literaturas da Universidade Federal de Santa Maria, Polo
Santa Maria - RS
Comprobar que, por más que la enseñanza del idioma haya sido relegado en los
últimos gobiernos a un segundo plano, hablar español en Brasil se ha vuelto una
necesidad, quizás más necesario que hablar inglés. El fenómeno de la globalización
es uno de los responsables de esa valoración.
La creación de tratados como el MERCOSUR y el NAFTA, eliminaron las fronteras
entre países, permitiendo la libre circulación de personas, presentando al mercado la
necesidad de profesionales, con fluidez en el idioma, para la realización de
transacciones y servicios internacionales.

PALABRAS CLAVE:
Globalizado, Profesor, mercado de trabajo, educación, escuela, política.

INTRODUÇÃO
Por um longo período, uma máxima prevalece no sistema educacional
brasileiro: a necessidade de aprender o idioma inglês para se destacar no mercado
de trabalho, e assim, alcançar a independência financeira, podendo viver
experiências únicas.
Más, se analisarmos o contexto onde nos inserimos, político e geográfico,
mesmo que a língua inglesa seja considerada uma língua universal, em nossa
realidade apresentará algumas limitações, pois em vários lugares você não
conseguirá se comunicar com a população local.
O espanhol se destaca justamente por sua abrangência, sendo o segundo
idioma mais falado no mundo, na América do Sul, nossa realidade, o idioma é
majoritário, ou seja, o espanhol amplia as possibilidades de conexão com outras
nacionalidades.
Pensando na educação da juventude brasileira, essa investigação visa
mostrar a necessidade de se garantir o aprendizado do espanhol. Para que eles
estejam preparados para se comunicar com pessoas de várias partes do mundo,
nas mais diversas situações que envolvam o uso da língua, assim como, ampliar as
possibilidades de inserção no mercado de trabalho após sua formação.
Como referencial teórico da investigação será utilizado a Emenda
Constitucional N.º 74, publicada no DOAL n.º 11920, de 20 de dezembro de 2018,
do governo do estado do Rio Grande do Sul. A qual instituiu o ensino da língua
espanhola, de matrícula facultativa, que constituirá disciplina obrigatória das escolas
públicas de ensino fundamental e médio do estado, e a Base Nacional Comum
Curricular/2018 (BNCC).
A língua espanhola hoje é considerada uma necessidade no contexto
educacional brasileiro. Isso exige nossa reflexão sobre a importância do ensino do
idioma espanhol em nosso país, já que, atualmente, o Brasil buscado estreitar seus
acordos comerciais com países hispano-americanos. Não foram somente as
questões comerciais que mostraram a necessidade do fortalecimento do idioma,
mas também por questões sociais e políticas e geográficas.
Para a realização da pesquisa foram realizadas consultas em legislações
estaduais e federais, visitas a sites e blogs. Também foram analisadas várias
publicações de conclusão de graduação, pós-graduação e mestrado, disponíveis
para pesquisa online.

DESENVOLVIMENTO
Ao longo dos anos, o Brasil passou por diversas mudanças de governos e
visões de como a educação deveria ser conduzida no país. O ensino da Língua
Espanhola sofreu com isso demasiadas modificações e sanções em um âmbito
nacional, atingindo diretamente os estabelecimentos de ensino, os professores de
Língua Espanhola e, por conseguinte, os alunos. Contemplando a Lei 11.16,
sancionada em 12 de junho de 2005, a ser implementada em todas as escolas
brasileiras até o ano de 2010, constituiu-se como uma veementemente ação político-
linguística de inclusão do espanhol no sistema educacional brasileiro. A proposta do
contato inicial com o idioma na Educação Básica, facultativa no ensino fundamental,
possibilitando que muitas escolas ofertassem aos estudantes, de modo obrigatório,
no ensino médio, foi, com certamente, um ganho para o ensino de línguas
estrangeiras.
Todavia, como já presenciado em outras transições, a obrigatoriedade do
espanhol se mostrou insatisfatória. Nesse sentido, a Base Nacional Comum
Curricular, Portaria n.º 331, de 5 de abril de 2018, não mais prevê o ensino de
Espanhol como obrigatório, apenas nos itinerários formativos e consoante a decisão
e o desejo da escola e da comunidade local.
Entretanto, no Rio Grande do Sul, no ano de 2018, desencadeou-se um
movimento, denominado #Fica Espanhol RS, coordenado pela então Deputada
Estadual Juliana Brizola. Através desse esforço coletivo foi conseguida a aprovação,
junto à Assembleia Legislativa, da Emenda Constitucional número 74/2018, sendo
então, uma vez mais, incluída a obrigatoriedade do ensino de Espanhol nas escolas
de Educação Básica do estado.
Diante dessa nova obrigatoriedade e desse novo cenário de ensino, que se
apresenta para os professores que já atuam nas escolas, os responsáveis pelas
políticas públicas para o desenvolvimento do ensino de uma segunda língua,
necessitam planejar melhores instrumentos de aperfeiçoamento e a formação de
professores de Espanhol.
Nesse contexto, faz-se necessário aumentar a oferta de cursos de
atualização, de formação continuada e específicos para que os professores possam
e tenham condições de atuarem, de maneira satisfatória, nas escolas com o ensino
de Língua Espanhola. Pois se intende o curso de Letras-Espanhol como responsável
direto por esse papel. Somente com uma formação de qualidade no Ensino Superior
poderão ser alcançados os resultados esperados em sala de aula na Educação
Básica. Assim como, os desafios no contexto atual do mercado de trabalho e,
principalmente, o das escolas, exigem profissionais multiculturais, tecnológicos e
capazes de trabalhar com diversos níveis de alunos e ensino.
Segundo levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Educação
(Seduc), do estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2018, o Estado possuía 9.822
professores de Espanhol e 1.263 escolas ofertando a língua.
Conforme dados de levantamento realizado por Geraldo Freire (2005), a 18
anos, no Brasil existia um déficit de 13,2 mil professores de Língua Espanhola,
sendo que o maior déficit na Região Sudeste, onde faltavam 5,5 mil professores. Em
2009, segundo a Secretaria de Educação Básica, no País havia pouco mais de 6 mil
professores da disciplina no ensino médio, pouco mais de 20% do que o MEC
estimava serem necessários à época.
O Instituto Cervantes, na sua publicação no ano 2019, El Español: una lengua
viva, estimava que no Brasil existiam aproximadamente 6.120.000 alunos de
espanhol. Assim sendo, o Brasil teria 28% do número total de alunos de espanhol
como idioma estrangeiro do mundo, alcançando o segundo lugar, somente superado
pelos Estados Unidos. Dos 5.184.917 alunos matriculados na disciplina de espanhol
no Ensino Obrigatório (94% nas escolas públicas e 6% nas escolas particulares),
existiam 191.546 turmas atendidas por 28.529 professores (63% em escolas
públicas e 37% de centros privados). A proporção era de 27,07 alunos por grupo e
181,75 alunos por professor.
No ano de 2021 foi apresentado no senado federal, pelo senador Humberto
Costa, o projeto (PL 3059/2021) cuja finalidade é tornar obrigatório o ensino da
língua espanhola em todas as escolas do país. Segundo a visão do senador, “o
espanhol é fundamental para aprimorar as relações sociais dos brasileiros com os
vizinhos da América Latina e também para o aprimoramento profissional dos
cidadãos.” (HUMBERTO COSTA).
Sabemos que o descaso com o ensino de língua estrangeira, vem de longa
data, sendo apenas uma das muitas falhas e disparates que podemos encontram na
forma como se pensa a educação do país. Professores de outras áreas do
conhecimento também são prejudicados pelo não cumprimento de várias outras leis
em vigor, outro fator que parece ter virado causa pétrea no Brasil. Na esfera das
instituições privadas, talvez, o ensino da língua estrangeira seja mais valorizado e
respeitado. Afinal, quem, ainda nesse mundo globalizada y conectado, desconhece
a importância de ser proficiente em um ou mais idiomas no contexto atual?

CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao analisarmos as informações supracitadas, fica evidente a necessidade e a
urgência em garantir a oferta de ensino de línguas estrangeiras, a partir da
Educação Básica. Após uma breve leitura, evidenciamos que a falta de
conhecimento, de políticas e ações sérias dos entes responsáveis pela condução da
educação no país, demonstra a total falta de conexão com a realidade linguística

plural. Propiciando, ainda, uma desvantagem sociocultural para aqueles aos quais a
aprendizagem de tais conteúdos deveria ser garantida o acesso.
O ensino no mundo pós-pandemia, deveria visualizar as possibilidades desse
novo mundo globalizado e interconectado em que vivemos. A volatilidade e as
exigências do mercado de trabalho, associado às facilidades de comunicação e
locomoção internacionais, vão sempre beneficiar aqueles alunos com melhor acesso
ao ensino qualificado, o que certamente abrange aqueles fluentes em uma
variedade maior de idiomas.
A educação, nesse sentido, deve ir ao encontro das pessoas, deve auxiliá-las
a estar neste mundo e com este mundo como pontes, não como muros. E, para isso,
é preciso que professor e aluno tenham consciência de que sua “humanidade
consiste em dar-se conta de que, apesar de todas as diferenças muito reais entre os
indivíduos, também estão de certo modo dentro de cada um dos seus semelhantes.
Para começar, com a palavra…” (SAVATER, 2012, p.93).
REFERÊNCIAS
Blog para a defesa do ensino da língua espanhola no Rio Grande do Sul. #Fica
Espanhol RS. Disponível em: http://eledors.blogspot.com/
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
DA SILVA, Amanda Santos. O ensino do espanhol no brasil entre o querer e o
realizar. Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao Curso de Graduação
Letras Espanhol. Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Educação Letras-
espanhol. Campina Grande, 2014.
El Español: una lengua viva. Instituto Cervantes, NIPO: 110-19-046-6, informe
2019, p. 3 - 99. Disponível em:
https://www.cervantes.es/imagenes/File/espanol_lengua_viva_2019.pdf
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, Assembleia Legislativa, Gabinete de
Consultoria Legislativa, Emenda Constitucional N.º 74, 2018.
FAGUNDES, Angelise, FONTANA, Marcus Vinicius Liessem. Fazer-se ponte: o
professor: o professor de língua estrangeira como um mediador intercultural. UFSM,
Licenciatura Letras/espanhol, História e Organização da Educação Brasileira, 2022.
FREIRE, Geraldo. “Faltam professores de espanhol”. Jornal do Comércio, Recife,
21 de agosto de 2005.
IVENICK, Ana. Multiculturalismo e formação de professores: dimensões,
possibilidades e desafios na contemporaneidade. Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Educ., Rio de Janeiro, v.26, n.100, p. 1151-1167, 2018.
LEFFA, Vilson J. Conversa com Vilson J. Leffa. In: SILVA, Kleber Aparecido da;
ARAGÃO, Rodrigo Camargo. (Org.). Conversas com formadores de professores
de línguas: avanços e desafios. São Paulo: Pontes, 2013, p. 375-385.
RIBEIRO, Vanessa Melo. Por que é tão importante aprender espanhol? SEGS,
Educação, 2021. Disponível em: https://www.segs.com.br/educacao/304970-por-
que-e-tao-importante-aprender-espanhol

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