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Poicgenlemrre Cultura Organizadores Roberto Lobato Cort Zeny Rosendahl NIVERSDADE DO ESTADO DO RO BE JANEIRO ae Aetnincebo Aves Po, eon Nts ere even ed Et a riverine do do 6 Rede eco oe Diamante ese ‘osama. Nits made oe ‘caratoaapho naronrE 149 Pasar, ep eeutura | Organs, Mp : 1. Geog tuna 2. Cat L Cota, cera Woe IED nuts een reese nedjeen non conoanan Sonar ns Sumario, Arersrunee Linss see Pasa Teco € Canes aos Lae Gov 2am Bab A Merson o Bast a CoO, Soe A asain # 6 Soi Lecce 04 Greer, 5 ow Bel» Jol Sct aucinaMincs, PastcrMe Fortes cx PRCeACA FAL Grremen Cure ae ote Be a a eine ts Or Dab) 1 Grocou Fi ts Teoa Past, Cunen San Mts ace FRAIES 9D Dane Aatacdsrc.2ies < ved Promo: —— Exmpombo: S500 | Fanos cx hi Fae 283 Pra ie 10,80 18.1 Ransiso4ee gy DAMES SIO» Inetaam fOurvet =: + | UPN 30 ave Apresentando Leituras sobre Paisagem, Tempo © Cultura Reborn ies cona aye © titulo deste liveo & uma homensgem 4 Carl Orewin Stuer (1889-1975) que, em 1925, definis a paisagem geogrifica como o resultado da agio da cultura, 20 longo do tempo, sobre a paisagem natural, omens gia também precuesores como Siegrified Passarge e Otto Schliter e gedgrafos como Jean Brunhes, Roger Dion, Maximilien Sorre que discuiram a tematiea em tela. A hhomenigem extendese tambérs a autores mais recentes e mesmo costemporineos como J Broek, R. Darby, F. Kniffen, D. Lowenthal, 1h Berque e D. Cosgrove que, fetivamente, ‘contibuiram para o eariquecimento da com preensio da paisigem geogrdfica ‘A paisagem temse constituldo em um ‘coneeio-chave da geografia, tendo sido vis ‘como 0 conceto capa2 de fornecer unidade fe Hentidade 2 geogrfia num contexto Ge afc magio da diseiplina. A imporincia da pais gem na historia do pensamento geogrifico tem variado, Este conceito foi mesmo rele- fzido a uma posigio secundaria, suplantada Dela énfase nos conceitos de regito, expaco, terrtério e logae A retomada do conceito de paisagem, que se vericas aps 1970, trouxe novas acepoes funcdadas em outas matrizes epistemol6gicas [Na walade, a pasagem geogafica apresenca se rmulineamerte vis dmensbes que cada met episemogicaprivega Fla tem uma dimensio ‘fog, ou sj, € um conjunto de formas ‘cas pela nanrente pela a¢20 hurara, e ura. ‘imensto fncoral, $0 6 apresenta relies en- tee ae suas divers partes. Produlo da 2¢30 hue ‘mana ao longo do tempo, 2 palsagem apresenta ‘uma dimensio hisxca Na media em que uma nese paisagem corre em cena drea da super fie teste, apreenia uma dimensio espacal ‘Mas a paisagem & portadora de significado, ‘expressindo valores, renga, tose plas tem ‘aio uma cimensto sinbolica “Acorplesdage da palsger €seus ims significa ttm perm 20 geéqrafo falar de paisagem sagradae, por oposigo, de palsigem pofana, Em pisigem visi, paige do medo fe pnisagem do desespero,erve outs. 1 presente lnm prilgi alguns esudos que So importantes para a compreensio deste con- ‘eio-chave. Dalam de momenta dsintos da his ‘éria do pensamento geogefico,repreventando pasigdes dina e complementares do mesmo ‘bjeto, Erte cles esto cssicoestudo de Sauer sobre a merfologa da palsagem. Publicado em 1925, "A morfologia da paisagem™ representa uma contest 8 visio deteminisa da geogr fia nore-americana e, a0 mesmo tempo, um antecipacio da geografia cultural que Sauer em. breweexbelecers, ‘A paisgem googie, vst como um con juno de formas naturise coltuas associadas 5 cernuma dads Sea, € aad morologicmert, vendo-se a integragio das formas entre si ¢ © carter oinco ou quase ornico dels. O tem po é ura verve damental A paisygem cul tur ou geogrifia reslia da 20, a0 longo do tempo, da eukura sobre a paisagem natural Nas pleas de Saver: A paisigem cukural € mode- lad a patie de uma pasagem eatural por um grupo cultural. Aulus € 0 agente, ea natura ‘0 mein, a passger cultural o resultado. (0 estudo de Bobek e Schmittsen, publcado corginalmente ers 1949, € ura conribuigio que revelantdamentea trig alem’ de estudos se a plier geogein. Segunda cs aces, 9 geomalia da paisagem procede de forma rnonmat c nomadc,compaando ssn ts pares da sper eestee xdenando-at fein e genre, fzendoabsracies de suas peciladades indicat Eta dase de ui (des, defn com base em sua aparéncia Fenomerica, en ua tama de eager su ‘esercimert sc, denomine paige, Independertanente de sca nivel davesonal” (0 tbalho em pauta é também uma cont- buigio daqueles interessados em quesides ambiental, qualicando-se dento de uma cor renfe que, na gcografa, conbecida como a das Felgbes homen-natureza da qual a paisgem & ‘expresso fenoménica mais comundente ‘Com Augustin Bergue © 0 Seu “Palsigem- mara, plsagemsmaia’,pasamos de um packio de anise de paisagem, pico da fase anterior 1970, para outro que passa a predominar apés 1970. Seu estado data de 1984 e é, em pare 5 resultante de sua experiéncia no Japlo e, em pare, carctrizado por uma sbordagem nit- ‘damente clara, Sua conebuigdo ess no ft de ter apontado 0 duplo papel da paisagem eogzifica, Simukaneamente ela € ura wea, uma grafia, que o bomem imprime na supes- ce terest, Esta maa sflete a natureza da sociedade que realizaa grafia. E20 mesmo Tempo as mareas constituem matrizs, it 6 ccondigées para a existénciae aco humana, Como diz 0 prdipria Benge 2 paige & psimodal(passiva-avpo tend, te), como € plural sujet pars fo qual a pasagem ease.) a paisgem eo susto to colmegrados em um conjnto un tro, que se supra «ve asto-repredz © texto de Denis Casgrove, pblicado ox sinalmente em 1989, representa plenamente a ‘Adogzo de ua abordagem cultural nos estu- {dos sobre a paisagem, ealads numa andlise fundada no simbolismo que a ea se pode a ule ‘© autor identifica dois pos Fundamentals de paisagens geogriticas. © primeizo € a "pa sagem da cultura dominante", um dos meios através dos quas 0 grupo dominante exerce © seu poder Sustenado reper, em gande eds, ek sua capacade de projet e comunicat (C.) para todos of outos ropes uma age do mundo, consoute com sa pape expen nei, ete a sua ager aed como reflex veradeio da residace de tod, ry © segundo tipo € denominado de *pasa- gens alteratvas paisagens residual, emerge- tese exci Decodicrosigtindo da paisagem geo- gris 6, efetvamente, a tare do gesgrto, {ela que valalém do seu eso mortalogco, © ‘que permite exender o esta de paiagern no pens is eas agacels ras 3s pasagens usb as cs sb ces, ds faves, dos cance nos, das reas industri, assim como 3 pais- gens dos monuments empresas ma pint ‘Alia de cons, x paisager, exe bjeto geogr- fico © portant a geograia, est em toda pat, n EE A Merflogia do. Paisoger” Visias opiniges em relagio & naturera da _geogrtia ainda sio comuns’ © rétulo geogra- fia, bem como rus histiis, no € uma ind ‘aso confvel em elagao a0 conto, Enquan- (© as googrfos cscordarem em eelaco 20 Seu objeto, seri neces, através de definigbesre- petdas, recur uma base comma sobre yl ‘uma pesiglo geal pasa ser esabelecia, Nese pits ura ie de ponts de vist ruzaavelente ‘coerenes fi apreseniada, especimente através os dscurospresidencals pernte a Asocstion lf American Geographers, que pode ser aceits ‘coma espeho e mole da opin geogfca na ‘América. Fs so sufcientementeclaros eo them conhecidos que nio precisam ser reaiema- dos Na geogmfia européia uma orentario um pouco diferente parece exinr-se desenvolvendo, Em wii stores ima ative significa ens sendo desenvolvida, provavelmente até cero siege ogralnerie como “The mephology of lance Uo Gls, ua ey, Sek 2 m2 925 pp. 195 Ted por aie Cm Tags, flats ENPUBY even de Raden Leto (cons, Depart de Gaga UF 2 pponto influenciada por correntes antinte- Jectualtas. De qualquer modo, uma transforma ‘lo com algum vigor est-se processindo, Pode Se porno apropeado reexaminar 0 campo da ‘eografia, tendo em mente os pontos de visa suis especalmente os europe fin de ten tar uma hipotese de trabalho que possa servir ar humina até ceo porto tanto a natureza do {objeto como o problema do mato sistem, (© CAMPO DA GFOGRAFA A Visto Frsouanotcaica 04 Crs “Toda ciénca pode ser encarada como feno- menologa, a terme “ene” sendo siizado no endo de processo orginizada de aquis0 de conhecimento em lig do significado reatrto © comente de um corpo unifcado de leis seas. ‘edo 0 campo do conhecimerto€ carcteizado pela sua preocupacio explicta com um cero ‘grupo de fendmenas que ele se dedica a dente Fare ordenar de acrdo com sis rages, Esse fates sto agrupudos com base no erescente Co heimento de suas cones a atenglo Bs as ‘onexbes denoia urna sbordagem cin, Un fit iniciaente determina quand & reconiecdo na que cz espe aos limites © quads ¢ compreendido quando obser do em suas reagtes, Df denva a necesdade ce mie pretend de qusstonsmen ce decriagho de um sstema que eslarea as reaps dos fendmenes (.) Toda aca € in- frum enqguaro dip especial to quan ia aco a soc ada que 0 seu cam poe mo quetione ws pogo no conju da amir: den dss les ere el ‘de orma ces, desde que se dedique a deter ‘mint as conexbes dos fendmenose suns or De acordo com tai definigdes das bases do conhecimento, a primeira preocupacao é ‘com os fendmenos que constnuen a "sep20 da realidade” que a geografia consider. A seguie tbordaremos ot métodos de determinar suas A Geceearn com na *SECAO Ick 08 Romer" A discondincia no que diz respeto 30 con ted da goograia¢ tio vasa que ts campos isnvos de quesionamentes io geralmentede- slgnads como geograf D-_oestudo da superficie da Tera como meto dos processos fisicos, ou parte geisica ta cnc cosmalogic 2 oso das formas de vida como syctas to seu ambiente isco, ow uma pare da biofsea dando com topismos; 3) 0 esudo da diferenciagio de area ou corcogi Nees rs capes hi uma emeardincs par cll de fendmenos, mas pouco na que diz espe to is relagbes Podse xcolher ere oss ees io. © estado morilogico nto considera neces saramente um ongiisme no sentido blown, ‘como, por exempla, na sociologa de Herbert ‘Spence, mas somente considers concetes de unidaces onganizadas que esto relacionadas Sem compromisso em qualquer sentido com ‘ua le lo-genética geal, a analogia orgnica ‘provou ser da maior uilidade nos eampos da pesquis sock. £ um insrumento de tabalho, {uj verdade pode ser talvez seta a question: ‘mento, mas que condu, n20 obsante, a con- clusdes cada ver mais vilidas” © termo “morfologia”originow-se com Goethe e exprime a sua contibuicio 8 céncia a moda Vl bra que ese ola pao eidotiligcose suds pone oins tesco ma ata ew es doce mew, Acad que hava cosas arenes €inaenes a0 combecnento tans oe conch "Mlo sc press procure ae fendmenos cs mest conten cooker, "est indie Gabo) Asm ages seu ets sobe a formas e epee segs bomaeg coma Se ose Despite S pita em un pong filostfica definida, an Se, porto, mod moroligo parece espa pr esos gue Sa Ses But cher a concuctes mas arpan ps eo acest em uma rauhao ine ti ats do conhecimeno Burnt, mete vider somapaiger dec pee cit no que ds ropeto so spied ero rien pesapends ono de spe 36, somene 1 rakdade duce Inia Sdo ofa elie devas ee is0,€ compete pas gars enone resume seas A Asucacko Acs Estas Socns 1 mézodo morfoegico no é apenas um ca: Iminho paras ciécis biokgicas, mas se expan. se cescentemente ras ccs socais Na Boks it €0 esudo cs formas onginicase suas extn, ture, ou a arqutetura dos organisms, No can, posocl a sintese continu dos Fentmenoe as ‘és do métado mafolgio foi empregad aver com maior suceso ra acropoogi. Esa cia Podese vangloriar de uma lists de honra de 2 peste een pcr bith Ade desbora eu der tugs sot sox foment a esi Sho da foresee aqui ati once Siscomo ove, brag es era tas a nguager ox cortanes de un ep dese modo, ean pas a paso & com plo carmin daca Abeta © conto ‘ens ts sobre a trade Spengler € sem (algeria de dvs, « mai pretension ‘plein do met ae ccs human Sem tar em con selenide com cto, merci compat pin it fae spun vone sb ends em Sie cance rm i fay deucndo as sma oma em le ‘eis procs coma henson eno ses tego de Sarre. Per nse Oa" poe exci soso ss combo teria cca sts ele msi 8 posal es de ur vlog da i oe {shit em uns Dace cetca eferente da Foose do cela hei A Irnceuclo Bt Merton nt Garceawn't 08 Rests Método tern foram formalment intr cluzdos pea primeira vez na geogatia por Cal Rite, que resturou, fnalmente, com sucesso a eof, mio ma cosmoinga eal que ee de- Fenda, mas porque, no fal das cont, ele lan- (gms bases par oestuco renal comparative, ‘A pure da, lve porque hovwesse muito 8 ser Feo, 0s estadas moxflogios se intra rap 3 a _.__....___.__} nn EE clamente de modo consider somenté a forma superficial do terreno. A definigo clissica de Griebach, de que “o sitema morflégio ini i, 20 se consierarorelaionamsnto ds foams, 2 obscuridade de suas encossis'2 fo apicaa ‘com importantes reutados a0 campo de seogr fa, limiagao ds formas relevo eo eres ‘a origem desss formas poco depois organ, sob a lideranga de Pesce, von Richthofene de 1 Noe, a pesquisa genetics que f% denomina’s seomorfologia.* Incalmente baseando-se sa ingémua cassficagio desea ds fers da su perf, como, par exempla, na obra de Penk Morphologie de Erdoberflche, que & mexilogin ‘oroig, a tendénci cesoentetomouse clas ficar na base do process eligi ess formas fonmas passads cada we7 mais emis, Os histo riadores grsticos da forma da Tera levarar cabo, cada vez mais, a invasio do campo da ‘Beologis. O paso fal foi que alguns desss es Pecialisas perderam quase complcamente& vi So dis formas reais da Tera ese dicta 3 constr de formas teens deciidas de pro- ‘esos fsos individ, deme dos jee _seogificos fol, ponanto, quase completa e essa _omorfologa tornou-se um ramo separado da ‘éneia gerald Ter ss mofloga genética auénoma, de modo ‘neviive, evou a uma reago contra ente _e6gnafos com a mente voada pa a coro’ -o porque o usbalho no tena sido feto eu adosamente, nem porque ele facasou ne de sewolvimento de um campo valioso do cone mento, mas porque fou imeconhecivel como _geogmia.*Infeizmente um nome bastante geal foi apicado a uma dicplina rato especaknda 3 ‘Sob uma aproprigto indébita do terme, houve una tendénca de nfo se conser, conseaien temerie 2s posible do mcd matokgio, ‘Vil de a Bc, ter antes de qualquer nto, ccompreendeu « situagio € resabeleceu a morologa na sus posgio ex. As monografs regions onundas dessa escola exprimaram bem rma adequndamente do que i ora eo anes © conteddo completo a forma e 2 rlagio ex ‘unl de psig, deseo na pasgem cul ‘nla expresso méxima da ies oginicn. Ness ‘studos, porexempl a pose do heme e is reais exptamenteconsiuemo timo es imporante tore formas psig. (0 empreyo eado dos abjeivs geogrificas a defini da mediologa como um eaudo ca sl das formas de elev suge ds segues con Sdengtes DO relevo 6 somente una categoria da pist- ‘gem fica e geralente no € a mis immpor ante ele quase nunca force a base com pleta de uma forma clu 2 Moexise necessramente uma relagio et tse 0 mado de orgem de um forma de = Jevo.eo seu sigacado funcional, 0 assun0 como qual a geografa esi mais crete cexvobih 3 Uma dificuldade inevisivel com uma ‘merfologia pursmente genéica das formas de relevo € que a maice pane des cance teas reais da eleva terres é de rigem. sito comple. Por ns cs formas preseies esto assoc bes de process, formas anteriores ou ances ro tris expresses de tempo quise impasiveis de se determinar. Por enguanto, a0 menos, a ‘morfologia genetica isola aqueleselementns da forma que permitem anises casas, Ne sel laquces ets do telewo que sto levels no que dla respeito a génese, negligence algumas’ ems a muta, corcterceas do evo abe donate, portato sintese esrutul do mesmo, {ese segmento da paisigem que cz respeito 4 cologia ‘No entsismo mais recente pelos estudos as formas de reiewo, 0s climaologitas se unt "im em una posigiorelaivamente obscur. En. treiano eles, de um modo geal, fagitam ds pro. ‘cura geografcamente esi do métod gendtico Puro. A climatologia tem sido mais fenome- noldgica do que genética. A despeto de wm co. _heximento muito defiene de orge cas com lies climticas, 0 ato do ca foram acim ‘avelmente onganizas, em termes do seu sige Fado geogrdic. Especiicamente a série de ex: Perncas de Kbppen eas sinteses climétias de senvolvdas de modo cuiadero no que ez es Peto a valores criicos de condigbes especticas se vida, admazavelmentelintacs com rela 8 explcagio genic, est ente ss mais impor. {es contibuigdes 3 morologia geogrilce, se € Que no sto mesmo as mais importantes dessa ‘Sergio. Enretano, tl a orga das assocagdes ‘Que uns poucos, sem csi, nomeariam ess tese dioica como uma parte fundamental a morflogin geogfiea E mais do que uma ques "Bo de simples nomenelaur face objeto 2 spl cago erada do temo morfologia;€ uma tha na qual caimos e que limitou o nosso scance, Talvez alguns dos mips propéstos da geo 36 ‘alla moderna possam ser igados 20 facasso fem se reconhecer que todos os fatos geogr- ‘cas devem ser orginizdos em um ssa gra Ssomence através do qual sa relagto possa set determina, DESCRICAO SISTEMATICA, PREDARATORIA © Pawo Passo no Fs1.80 Meeraiceice Hiorcamente, "a geogaia omega de ‘revende e retand, oe, um esd temo, Ha prose a pat G)reagto gente, morfoggea"™ O esto secgtco ana comesa assim. A desrgao de fog observant por aos pretends um agrupamento peli ‘lei Esa deseripo sisters relaclooa- Se 208 props da relagfo mooie re Sout pene de tee acts Portinlo, aio totalmente ‘em principio Gtngutel a mevfologa, mas no sensdo em que se enconia em um nie eiizo mato mals Ghins A regio no ¢cferene daquls ence ‘axonomia © merfelogia biol6gen Tenumseuoons Descona © prclema da descrigho geogitia difere {do problema da axonomia prinipalmente na isponiblidade de termos. Os fatos de area sempre esiveram sob observagio popula tal onto que una now temincloga € ease sem ” i re desnecessiia RD, Salisbury alemava que as formas da paisagem tinham geralmente so- ceebido nomes populares priticos e que a cadileagio poderia prosseguirparindo do fa lar popular, sem a criagao de novos terms, Agindo amplamente desse mexlo, consis ‘ums lita de termos que et sendo enrigusci 1 pie de muitasdseas e muiaslinguas. Mui- tos anda eso aguardando a itradugto na i= {eratura geogrifica. Esses termos se aplicam Jangamente 3s formas do so, denagem efor ‘mas climftcas tanto quanto se aplicaen 8 su perfcie terest. uso popu também dew ome a muitasassocagSes vegetise nos pre- parou ainda uma insuspetivelriquera de ter- mos das formas culturss. tenminologia po polar € uma sangio aceiivel do sigrticndo da forma, como é subentendida na son adogo, “Tals nomes poder ser apicados a componen- tes de formas isladas como clareira, um pe {queno go, ies: Ou podem ser assecagdes de formas de magnitutes ferentes como alagido, ‘esepe, piedmont. Ou podem ser nomes pr os pars designarunidades da paisigem, como, por exempl, 0s nomes regions que sto sie dos na maior pate da Franca. Esst nomenci tuca popular ret em signed gentico, mis ‘om avalagio corlégica exata elt enfin nto 4 paris da causa, mas de um somaterio gene ‘0, ito €, a parte das semelhangas ¢ conta tes de formas Sea descrigio sisemriia € 0 que se quet para a geogrfia, estamos ainda com ua gra de necessicide, de amplar nosso vocabulirio esc. A pobreza de nossos ermos deseri- tivos€ surpreendente em coasparagio com ox- tras cigncias. Entre as casas que contributram esto a tadigio idiogrifia de descrgto nio- relacionada ea preferéncia por exudes de pro ‘cess0s que minimizaram a multiplicidade real ds formas, © Sie scxime rrcrrnuesco ‘A redusio da descrigio a um sistema tem ‘ido arpla opcegto dos ged e io inte ‘mente sem raz, Quando isso oxo, 0 ge rafo responsive, denzo dos iis dose, por quniqueresudo de rea aque se dique; de ou mado el é live pura seguir seu caminho, para ‘ecoiher e pas abundonar No etaos 2 teressaios na eografia como uma ane. Como ‘nica els deve acer tcos os meios pauses par coer ox seus dios Por male que sa 2 Selegio individual ¢ impressonisa dos fen menos. Tata de um objetivo aniston e m0 Ctenficn, Os exuds de geomorologl, espect- feamente os da escola de Davis, represen ta vez a mais determinada tentativa de se opor 4 Herdade ser conte da eselha ma abseraio ataivés de observagbese do méodo Dierentes ‘observagoes podem ser comparadas no que 5 refi As sas Gesobers, omen se hover ua ‘concorinca mznivel com religio 3s cases Gas Taos com que els dam. 4 tentativa de wma singese geal de estidos regionas usindo nossa Temturexistente imedatamence encom dit caldades porgue as informagbes no se ahs, DDescabeas no relevant ema dt destico peo homem das pisigens rats sto muito dices de serern abides porque no hi pontos de ef 3° rencia adequadios.Alguns cbseraderes conside- ram a erosio do sol sixematicamente, autos ‘asvalmente, ¢ outras podem nem pres ten 204 elt. Sea geografia¢ para ser sstemica © no idissineta, deve aver uma concord cescerte no que dz respeto os itens de obser vaglo.Paticulament, so devera sgnficr um csquema deseivo gel a ser sequin pes decanpo” Um esquema desritivo geral, com afin lidade de catalogar amplamente fates dispostos ‘em rea, sem chega a0 ponta de origens e ‘conexdes hipotticas fo! recentemente propos: to por Passage sob 0 nome de Beschreibende anebebaptuode Eo primero tare corm preensivo desse assunto desde a obva de ‘on Richbofen—Fbrer i Feces rita antes do mais lorescente.periodo da _Beomodologia” O trabalho de Pasearge & um {antodsperoe étalvez excesstamente sere 0, mas €delonge a mais adoquica considengio que oassuto da descro gegrifiafteve, Seu propésto€ ‘primeiramene, determinar os fatos fear oma apeesensagio cores ds its vis ‘eis sigicatlvoseisposos em ea, sem quale pect de expo expect’ © (Ca cheno sized dos endmencs que ‘empéem a pusagen O mead se aserntha bustante 20 cra, um afi pas a cota de teal para tes tro. Ada ver tao ‘quanto posivel ea perder to pouco quanto pastel em a vartgem acon ce que das 3s observagbes sto orenals, Se os pisos eda tess falls comm im i> © sd de otuerago semi c psge tert Seo impasse! que acer vernea caraeiica hos sols eu opicapssse despre (a até que Von Pichthafen descobrisseaquele ao Passage continua com um esquema elbo- ado de notas abrangendo todas 25 categorias de formas da plsagen,comerando com os ele tos atmosféricose termioando com as formas Se habiocio, A pair dai ele contin sté uma Classficagio deseriivs de assoiagto de formas fem areas mais amplas. Par malo compreen ‘Sto da proposta, a leitor deve se reporar 40 Volume em questo, ue merece cukadoss com sideragto, (© auto aplicos 0 seu sistema a desricio pura’ ea deserigio “explanatéria” de areas, comm, por exempo, ra sua cuzcterizagi0 do vale ‘de Okavango, mt espe stenional do Kalahari ™ Provavelmente admitese que ele consegue dar 20 leitor uma vio adequada da composigto. th fea. PPode-se nota que o procedimento supes- tamente descritvo de Passage est realmente paseado na ampla experineia em estudos de fren, atraves do qual um julgamento com rela~ (ho aos elementos signficalivos da paisagem {ot formado. Esses so realmente determina- dos através do eonhecimento morfol6gico, tembora a classficagio nfo seja genética, mas Sdequadamente baseada nas formas genéricas Simples. © amplo conjunto de informagoes que Passage onganizos, embora descatando toda tentative de expicag2o,é em reaidade um at- tiki prodiido por mics experiertes para cole= a ae tar tudo que possa ser desejado em uma ‘perfologia de éea e pars adr 2 expicaa0 a {que todo 0 material Set classfeado, FORWAS DE PAISAGEM F SUA FSTRUTURA, AA Drsto inte Basncens NATL ¢ Carnns _ Nio pocemos formar ua Ka de psagem a niio ser em temas de sua rela asocitas a0 tempo, bem como suns relagbes vines 20 espago. Fa esti em um processo constante de Seseavalvimerso ou dsscurao e subsiugio, ness senido ua apecagio verdad de valo- 1s bistros que fez com que os geomorfSogas ligassem a paisagem fica atl ao passido nas ss oigens gookgicis ea pari chegassem a ‘oncusdes pass a paso, No seid comico, cenireanto, a modiigio da deca pelo horem © § sua spropragio para 0 seu uso so dp impor "BnciaKndamental. 4 rea amen & intodugto de avidade humana 6 representa por um core junto de fatos morol6gices. As formas que 0 bhomem itd S10 um outro conto, Poe= ‘mos chamar as primeias, com reerénca 0 ho- ‘mem de paisgem nur, cial No seu tod, la nic mais exite em muias pares do mundo, ‘as su reconsiigio e compreensio so pie ‘mein parte ca modologla formal. Seri que ver sea uma genenloagio ampla devas dzer que ogra se fasta ca geologia no momento dt Introduo do homem no cen? Sob ess vi 2 mente a0 campo da geologi ese tratamento bistro na geograla € somente um arificio desctvo empregsco ande € neces pr oe ‘ar car 0 relaioramerso das formas fscus que ‘So impor par a ocupagio hurara. As ages do bomen se expressim pars mes: ras na paisigem clr, Pode ver ura ces ‘io desas pasgens com us sucesio de cut ‘s,s se derivam em cada caso ch pisagers ature, como homem expressing se ugar na -naurezt como um agente disino de modi (to, De expecta imporinc € aquele climax de (akan aque chamamos cvilacto. A pasagern ‘uu eno ¢ seta A madanga peo deservol viento da curs ou pla subsiuigto de cu ras linha de dacas a pada qual a mung 6 mec, tomando-se a concigio natural dpa sagem A dhiso de formas em natura e cul ‘is € base necessria para determina a impor. ‘aca ca ea eo carter da avidade humana No sentido universal, mas nfo necessiramense ccosmogico, a geograliatoen-se eno aquela ‘pane do dkimo esptulo ou o capitulo humano ra hisria da Ter que da respeto 4 erenc ago da pasgem peo home, A busca Matuans BA Gicarosnca Nas segdessubseqhentes sobre a paisigem tural uma dferenga et subentendica entre 2 esquis hires sabee a orgem chs carci thease aun onpanizagio eriamente mexickgics ccm ui grupo de formas, fndamentis expres ‘0 cultural da dren. Nés nos preocupamos em encpio coma dma e coma prima somente como conveniénia dese, 8 As foemas da paisigem natural envolvem pte os materia da cesta da Tera ue

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