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FILARIOSE - Parasito

MORFOLOGIA DO PARASITO VETORES


• Macho e fêmea longos e delgados, opalino, • Culex quinquefasciatus: Transmissor por
translúcidos e revestidos por cutícula lisa excelência
• Fêmea – 8 a10cm e macho – 4cm • Anopheles sp
• Larvas – microfilárias • Fontes de infecção: indivíduos com
• Vermes adultos vivem nos: vasos linfáticos microfilaremia
linfonodos – enrolados. • Larvas: encontradas no inseto vetor: L1 ( 300 m),
L2 (2X maior) e L3 infectante.
FILARIOSE LINFÁTICA
• Parasito infecta exclusivamente o ser Humano. CICLO BIOLÓGICO
• Produz quadros clínicos muito diversos: desde 1) Fêmeas de Culex quinquefasciatus sugam o
assintomático e linfadenites à orquiepididimites, sangue do indivíduo infectado, com microfilárias
hidroceles e elefantíases. 2) Microfilárias originam larvas salsichóides (L1) na
musculatura do mosquito
EPIDEMIOLOGIA 3) L2
• Casos: Belém-PA, Ceará, Pernambuco (Recife e 4) L3 migra até a proboscída do mosquito
Olinda) e Alagoas. 5) Hematofagismo
6) L3 penetra no hospedeiro.
MICROFILÁRIAS 7) Migração para o sistema linfático
• Microfilária ou embrião – possuem uma membrana 8) 8 meses depois, adultos
extremamente delicada e que funciona como uma 9) Cópula
bainha flexível (250 à 300 mm) .
• As microfilárias geradas no interior dos ductos e vasos
linfáticos acumulam-se no interior da rede vascular
sanguínea dos pulmões. Ao anoitecer as larvas
aparecem na circulação sanguínea periférica e seu
número aumenta progressivamente até as primeiras
horas da madrugada.

PERIODICIDADE
• Microfilárias com periodicidade noturna (com pico às
24:00hs).
• Durante o dia se localizam nos capilares profundos
principalmente do pulmão.
• O pico da microfilariemia coincide com o período
preferencial de hematofagismo do Culex
quinquefasciatus. Gabriela Reis - 3º P Medicina
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Adenites: os linfonodos hipertrofiados • Pesquisa da microfilária no sangue periférico das
tornam-se muito sensíveis ou mesmo 10 hs da noite às 4 da madrugada.
dolorosos e em torno das filárias que aí se • Exame de gota espessa, esfregasso sanguíneo e
encontram, desenvolvendo granulomas com exame à fresco.
eosinófilos e histiócitos. • Técnica de concentração Knott (CK): permite
quantificação pré e pós tratamento.
• Linfangites: inflamação e dilatação dos • Técnica de filtração em membrana de
vasos linfáticos formando varizes. policarbonato (FMP): “padrão ouro” para
investigação e quantificação da microfilaremia,
• Lesões genitais: funiculite filariana antes, durante e após tratamento (permite filtrar
(linfangite do cordão espermático) e hidrocele com uma única membrana até 10mL de sangue).
(distensão e espessamento da túnica).
TRATAMENTO
• Linfoedema: acúmulo de linfa nos tecidos, • Para reduzir ou prevenir a morbidade, corrigir
devido difulcudade circulatória alterações provenientes da infecção (edema,
hidrocele, elefantíase) e impedir a transmissão.
• Derrame linfático: cavidades serosas • 6 mg/kg dia Citrato de dietilcarbamazina (DEC)
(pleura, peritônio). durante 14-21 dias.
• DEC plus Ivermectin (400 µg/kg), 1 dose por
• Outras complicações: derrame de líquido ano.
nas vias urinárias (linfúria) ou mais raramente • Dados novos mostram que a pré-terapia com
nos intestinos (linforréia) e infecções Tetraciclina ajuda limitar as patologias causadas
secundárias. por vermes mortos, e que esta terapia já diminui a
carga parasitária.
• Eosinofilia pulmonar tropical (EPT):
síndrome causada pela migração de PROFILAXIA
microfilárias de W. bancrofti para o pulmão. • Potencialmente erradiacável
Origina uma doença intersticial pulmonar, e • Sem reservatórios animais
aumento importante de eosinófilos. Essa • Controle de vetores: inseticidas para mosquitos
manifestação resulta de uma exacerbada e larvas controle biológico (peixes larvófagos,
resposta imunológica. Bacillus) telagem das coleções de água drenagem
águas pluviais e esgotos telas domésticas e
• Hematúria (presença de sangue na urina): mosquiteiros.
pouco frequente na filariose, possivelmente a
deposição
de imunocomplexos na membrana basal
glomerular seja responsável pela hematúria. Gabriela Reis - 3º P Medicina

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