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Texto História Da Legislação Trabalhista e Sua Evolução 1º TSJ
Texto História Da Legislação Trabalhista e Sua Evolução 1º TSJ
A primeira definição brasileira trabalhista nos moldes atuais veio com a Constituição
Federal de 1891, que considerou o trabalho uma prática livre e remunerada, com a
possibilidade de um cidadão vincular-se e desvincular-se dela de acordo com sua
própria vontade.
PRIMEIRAS NORMAS TRABALHISTAS
A partir daí o governo brasileiro buscou o equilíbrio entre os elos que formam a
corrente do capital industrial. E a Constituição de 1934 trouxe um pacote de direitos
trabalhistas que incluía o salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas, repouso
semanal, férias remuneradas, assistência médica e sanitária.
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) surgiu em 1943, a partir do decreto 5.452,
de 1º de maio de 1943. Ela é o marco definitivo do estabelecimento de uma lei
trabalhista clara e protetiva no Brasil e responsável por regulamentar as leis trabalhistas
e processo do trabalho, de forma que as regras ficassem mais acessíveis.
Após a criação da CLT, muitas leis foram adicionadas – desde leis específicas para o
fortalecimento da mulher no mercado de trabalho, até as mais recentes regulamentações
para empregadas domésticas, por exemplo.
A professora conta que muitos avanços aconteceram desde a promulgação da CLT até
os dias atuais, mas ainda há muito a ser conquistado.
“Dois terços da CLT já passaram por alteração, ou seja, houve modificação da redação
originária. Mas a lei ainda tem questões que precisam de atenção, como a capacidade
relativa da mulher, por exemplo, que mudou bastante desde o último texto a respeito,
em 1962”, diz.
REFORMA TRABALHISTA
E declara mais:
“Dos 117 artigos que essa reforma traz, entre sete a dez são favoráveis ao trabalhador,
enquanto os outros cem retiram direitos dos trabalhadores”, explica. E alerta: “Pressão
popular e pressão social são as únicas saídas para tentar modificar esse projeto de lei,
para que sejam melhorados e não fiquem tão distorcidos da realidade trabalhista".
Algo muito relevante e que o projeto não toca ou modifica é a desigualdade salarial
entre homens e mulheres. “Só com política pública, conscientização e fiscalização essa
questão será modificada“, sugere a professora.
Vólia, explica ainda que a reforma favorece muito mais o empresário do que o
empregador. “Eu diria que essa não é uma reforma trabalhista, mas sim uma reforma
empresarial. É uma desconstrução do direito do trabalho”, finaliza.