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GUIA ORIENTADOR

PARA CONSTRUÇÃO
DE MAPAS DA
DESIGUALDADE
NOS MUNICÍPIOS
BRASILEIROS

REALIZAÇÃO

PARCERIA APOIO
ÍNDICE APRESENTAÇÃO

Apresentação 3 A desigualdade é um problema ma cidade. No município de São


que vai muito além da distribui- Paulo, por exemplo, 31 distritos
Escolha dos indicadores 8 ção de renda. Ela está presen- (de um total de 96) não têm se-
te no acesso a serviços básicos quer um leito hospitalar. Em 34,
Seleção dos dados por região da cidade 8 de saúde e educação, na oferta não há parques; em 36, não há bi-
de equipamentos esportivos e bliotecas. Quem mora em Cidade
Cálculo do “Desigualtômetro” 8 culturais, no tempo médio de Tiradentes, na zona leste da capi-
vida da população e em muitas tal paulista, tem um tempo médio
Configuração do sistema de indicadores 9 outras áreas como transporte, de vida de 53,85 anos; no Alto de
segurança e habitação. No Bra- Pinheiros, na zona oeste, esse ín-
Avaliação dos “desigualtômetros” 27 sil, lidamos diariamente com o dice é de 79,67 anos.
abismo que separa regiões ex-
Avaliação das regiões 28 tremamente pobres de lugares Dados do IBGE dão uma dimen-
2 que apresentam índices de pa- são dessas discrepâncias em 3
Listagem dos indicadores zerados 29 íses desenvolvidos. É como se nível nacional. Embora a distri-
Japão e Serra Leoa convives- buição de renda tenha melhora-
Estrutura da apresentação com os principais dados 30 sem lado a lado, inseridos no do no país na última década, o
mesmo território. grupo dos 10% mais ricos ainda
Configuração do aplicativo 31 concentra 40,5% do rendimento
Isso também acontece em es- dos trabalhadores brasileiros. Os
 apa das desigualdades com a participação
M 32 calas menores, dentro da mes- 40% mais pobres têm 13,6% da
popular: o exemplo de Brasília

O caso do Rio de Janeiro 34


renda. O acesso a bens e serviços Detalhe importante: uma parcela serviços e infraestrutura. Trata- de Acesso à Informação, ao poder
segue a mesma tendência, além significativa da população econo- se de uma ferramenta própria, de fiscalização da Câmara Muni-
de mostrar uma importante desi- micamente ativa, justamente a aplicada há cinco anos na cidade cipal, aos conselhos da socieda-
gualdade racial. que tem os menores rendimentos, de São Paulo, que utiliza um con- de civil e ao Ministério Público,
não declara imposto de renda e, junto de indicadores relacionados é possível ter acesso a todas as
Outro recorte dessa realidade portanto, não entrou no escopo do aos diferentes aspectos que in- contas e exercer um forte contro-
vem de um relatório da Recei- levantamento. Ou seja, a desigual- fluenciam a qualidade de vida das le sobre a aplicação de recursos.
ta Federal, elaborado com base dade é ainda maior do que mostra pessoas. No último ano, esse tra-
nas informações do Imposto de o relatório da Receita Federal. balho foi replicado e chegou a ou- Ao preencher uma lacuna im-
Renda da Pessoa Física (IRPF) tras localidades, como o Distrito portante em termos de difusão
de 2014. De acordo com o estu- Essas e muitas outras informa- Federal e a Região Metropolitana de dados públicos, os mapas da
do, o 0,1% mais rico da popula- ções reforçam a importância do do Rio de Janeiro. desigualdade ampliam o alcance
ção brasileira (um total de 27 mil enfrentamento à desigualdade do conhecimento sobre os terri-
declarantes, segundo a amostra- na esfera pública e a necessidade Dessa forma, este guia é uma re- tórios e facilita a assimilação das
gem da pesquisa) afirmou ter R$ de políticas que priorizem os in- ferência para orientar e incentivar informações disponíveis. Em últi-
44,4 bilhões de rendimento bruto vestimentos nos locais que mais os municípios brasileiros a reuni- ma instância, é o aprofundamen-
tributável. Eles têm 6% da renda precisam de recursos. Para auxi- rem esses indicadores e a elabo- to da democracia, a promoção da
bruta e 6% dos bens e direitos lí- liar gestores e governantes nessa rarem seus próprios mapas da igualdade territorial e um passo
4 5
quidos do país. direção, a Rede Nossa São Pau- desigualdade. O projeto também decisivo em direção ao horizonte
lo desenvolveu uma metodologia contribui para que a sociedade do desenvolvimento sustentável.
O trabalho aponta que esse mes- que aponta as diferenças entre as se aproprie de informações pú-
mo grupo tem uma renda total melhores e piores regiões anali- blicas e, com isso, conquiste ins- Oded Grajew, Coordenador Geral
6.090% maior do que a renda sadas, de modo que seja possí- trumentos para a transformação da Rede Nossa São Paulo e do
média dos declarantes do IRPF. vel mapear as mais carentes de e o controle social. Graças à Lei Programa Cidades Sustentáveis
Tempos de desigualdades centração for mantido, teremos, balhadores forçados cuja explo- em iniciativas como o Mapa da
extremas em 25 anos, o primeiro trilionário ração gera bilhões de dólares Desigualdade, que dá nome e en-
do planeta. No sistema econômi- em lucros para empresas anu- dereço aos abismos econômicos
Há quatro anos a Oxfam lança co em que vivemos, o acúmulo de almente. Ainda que alguns bi- e sociais. O Guia aqui apresenta-
relatório durante o Fórum Econô- capital, em si, não é um problema. lionários tenham construído seu do é um instrumento a ser utili-
mico Mundial em Davos, na Suí- O grande problema é a concentra- patrimônio a partir do trabalho zado pelas municipalidades que
ça. Nesse curto período, é possí- ção extrema e os meios que possi- duro e talento, a riqueza herda- desejam construir cidades mais
vel ver a tendência cada vez mais bilitam que isso aconteça. da e o favorecimento por meio de justas e sustentáveis. É também
grave da concentração de riqueza relações políticas ou nepotismo uma ferramenta para que os dife-
e do aumento da desigualdade O aumento da desigualdade não são responsáveis por grandes rentes setores da sociedade mo-
extrema no mundo. Os dados do é resultado do desconhecido. fortunas. Assim, a conta não fe- nitorem as ações dos governos
relatório recém-publicado mos- Nossa economia está, cada vez cha. E, no final, quem paga não locais e pressionem por políticas
tram que apenas oito pessoas, mais, operando com políticas e é o 1% da população mundial no públicas que priorizem a maioria
todos homens, concentram a práticas que funcionam como topo da pirâmide econômica. A da população.
mesma riqueza líquida que a me- um potente combustível para conta fica com os mais pobres.
tade mais pobre da população essa concentração. Na guerra A desigualdade aumenta a vio-
mundial – um contingente de 3,6 fiscal, as regiões de instalação A sonegação fiscal custa aos países lência, a insegurança e mina as
bilhões de pessoas. de empresas deixam de receber pobres US$ 100 bilhões todos os iniciativas de combate à pobreza.
6 7
os tributos eliminados por isen- anos. Esse dinheiro seria suficiente Para termos uma sociedade mais
Em um mundo onde a riqueza ções e outros atrativos. Os lucros para colocar 124 milhões de crian- justa e estável, é necessário mu-
global total alcançou a marca de gerados por muitas empresas ças nas escolas, além de beneficiar dar de rota. Precisamos lutar por
US$ 255 trilhões, é assustador não refletem em impostos arre- cuidados de saúde que evitariam uma economia que funcione para
saber que, enquanto alguns têm cadados. Os salários estão sen- que pelo menos 6 milhões de crian- todas as pessoas, e não apenas
sua fortuna multiplicada durante do reduzidos e a distância sala- ças morressem todos os anos. para 1% da população.
a noite, uma em cada nove pesso- rial dentro das empresas está
as dorme sem ter o que comer. E, aumentando significativamente. Os reflexos dessa desigualdade Katia Maia, diretora executiva da
se esse ritmo de aumento da con- Ainda existem milhões de tra- podem ser vistos e mensurados Oxfam Brasil
ESCOLHA DOS INDICADORES CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA DE INDICADORES

O primeiro passo para a elabo- (ODS). É recomendável que algu- A Rede Nossa São Paulo, em par- o Mapa da Desigualdade online.
ração do Mapa da Desigualdade mas áreas reúnam mais de um ceria com a Eokoe, desenvolveu Para baixar o software acesse
é estabelecer um conjunto de indicador, de modo que se obte- um sistema para gerenciamen- https://github.com/iotaorg/
indicadores que contemple áre- nha um diagnóstico preciso da to de indicadores com o objetivo
as como Educação, Saúde, Tra- cidade e suas subdivisões admi- de auxiliar as prefeituras sig- A configuração do sistema come-
balho, Meio Ambiente, Cultura, nistrativas. Em Saúde, por exem- natárias do Programa Cidades ça com o cadastramento dos indi-
Violência etc. Um bom ponto de plo, o levantamento de dados Sustentáveis. Os movimentos cadores. Para isso, é necessário
partida nesse processo de esco- pode envolver informações como que fazem parte da Rede Social inserir as variáveis que compõem
lha é o Programa Cidades Sus- baixo peso ao nascer, gravidez na Brasileira por Cidades Justas, esses indicadores, pois os cálcu-
tentáveis, que relaciona uma sé- adolescência, leitos hospitala- Democráticas e Sustentáveis los são feitos de acordo com as
rie de indicadores aos Objetivos res, mortalidade infantil e assim também utilizam o sistema para fórmulas cadastradas para cada
de Desenvolvimento Sustentável por diante. fazer o monitoramento dos indi- um dos indicadores. O segundo
cadores das cidades. O software passo é cadastrar as regiões da
é livre e pode ser utilizado gra- sua cidade. Nesta seção será de-
tuitamente pelos usuários. Esta talhado o passo a passo para a
SELEÇÃO DOS DADOS POR REGIÃO DA CIDADE seção apresenta o passo a passo criação das variáveis, indicadores
de como cadastrar os indicado- e cadastro das regiões, conforme
res no sistema para consolidar figuras a seguir.
8 Para compor o Mapa da Desi- dos dados são da própria admi- 9
gualdade, é importante observar nistração municipal. Entretan-
a divisão territorial da cidade e to, alguns dados de Saúde, por
fazer o levantamento de indica- exemplo, podem ser obtidos no
dores a partir da menor unidade DATASUS e os de Educação, no
administrativa regulamentada INEP. Dados do Censo Demo-
(como bairros, zonas e distritos). gráfico devem ser evitados para
Compare os dados de cada uma a composição do Mapa, pois são
dessas áreas e faça uma escala atualizados de dez em dez anos.
progressiva a partir das regi- Para se obter comparações pre-
ões que apresentam os melho- cisas, o ideal é utilizar indicado-
res indicadores. Normalmente, res que sejam atualizados anu-
as fontes para o levantamento almente.

CÁLCULO DO “DESIGUALTÔMETRO”

O fator de desigualdade é calcu- unidade administrativa. Para isso,


lado a partir da relação entre o divida o indicador da melhor re-
melhor e o pior indicador em cada gião pelo indicador da pior região.
Sobre a estrutura do sistema Como cadastrar variáveis no sistema

Fórmula: número total de leitos hospitalares ÷


população total do município × 1000 = INDICADOR
INDICADOR
1
2
3

4
5

10 6
7
11
8

O sistema é formado por variáveis, que são usadas para compor os


indicadores.
No menu “variáveis” você encontrará a opção “Minhas variáveis”.
Exemplo: Para cadastrar uma nova variável, clique em ”adicionar”.

Indicador: Leitos hospitalares Preencha os campos para criação da variável, conforme os exemplos:

Fórmula: Número total de leitos hospitalares ÷ População total do 1 Nome: População total
município *1000 2 Apelido: pop_total
3 Explicação: Número total de habitantes
Variáveis que compõem o indicador: 4 Tipo: Inteiro = 10
5 Unidade de medida: habitantes
1) N
 úmero total de leitos hospitalares 6 Período: anual
2) População total do município 7 Fonte: IBGE
8 Variável básica: ticado
Como cadastrar os indicadores no sistema

{
2

Após o registro das variáveis, cadastre os indicadores e, depois, insira as informações.


Para fazer o cadastro de novos indicadores, acesse o link “Indicadores” e “Meus Indi-
cadores” e, na sequência, selecione “adicionar”. Nesse momento será visualizado o for- 3
mulário ao lado. É importante observar o item “direção da classificação”, que será res-
ponsável por determinar a ordenação certa do indicador de acordo com a classificação.
12 Exemplo de preenchimento
13
4
1 Nome: Leitos hospitalares
2 Tipo: normal 5
3 Fórmula: na caixa da direita, procurar as variáveis que formarão o indicador e adicio-
nar conforme o exemplo ao lado.
4 Explicação: proporção de leitos hospitalares públicos e privados disponíveis por mil
habitantes.
5 Direção de classificação: MAIOR valor, melhor classificação.
Como cadastrar as regiões no sistema

Para inserir os dados por região da cidade, primeiramente cadastre as 1


regiões no sistema e associe as suas formas geográficas. O passo a
passo para o cadastro das regiões e delimitações geográficas no mapa
segue ao lado.

Tela 1 – Exemplo: São Paulo

14 1 Clique em adicionar para montar a regionalização do município 15


1
2
Tela 2

1 Escolha a opção nenhuma


3
2 Escolha um nome (exemplo: Prefeitura Regional da Sé)
3 Clique em enviar
4 A região será criada 4
1
2

1 Escolha de que região a sub-região faz parte


16 2 Agora vamos criar as sub-regiões 17
3 Escolha um nome (exemplo: Sé)
4 Clique em enviar
5 A sub-região será criada

região

} SUB-REGIÃO
Cadastro
Definir Regiões do Mapa

1 O sistema permite que o usuário desenhe no mapa o contorno da região que está
sendo criada, usando as ferramentas correspondentes. 1

2 Outra opção é subir um arquivo kml com os polígonos da região já desenhados (ao
lado). Neste caso, é preciso escolher o arquivo no seu computador FERRAMENTAS
DE DESENHO
18 19

2
3 Envie o arquivo

No passo seguinte, veja como associar a forma ao distrito


3
Como inserir os indicadores no sistema por região

IMPORTANDO VALORES

1
4

2 4
3

2
1 MAPA 3

20 21

Para inserir os indicadores no sistema, baixe os dois exemplos de ar-


quivos: o “modelo de arquivo” (que contém códigos das variáveis para
preencher as planilhas) e o “modelo de arquivo para Regiões” (que re-
úne os códigos das regiões). Mais detalhes nas explicações a seguir:

1 O arquivo com os polígonos carregará no mapa Passos:


2 Escolha a região e clique no nome
3 Clique no contorno do mapa que corresponde à região 1 Baixe o modelo de planilha
4 E associe a forma à região selecionada 2 Abra o arquivo e salve no seu computador
3 Observe o formato que a planilha deve ser preenchida. Se você qui-
ser adicionar mais de um ano, a linha da variável deve ser duplicada.
4 Após preencher a planilha, salve e selecione o arquivo no seu
computador e clique em “enviar”.
Visualização dos indicadores no sistema por região Página de consulta do indicador

22 23

Os quadros acima mostram a disposição dos indi­cadores após


serem inseridos no sistema e como utilizar os dados para mon­tar a
apresentação do Mapa da Desigualda­de.

3 níveis de regionalização:

– Cidade – 1º nível
– Região – 2º nível
– Sub-região – 3º nível
Gráfico com a série histórica da sub-região Desigualtômetro (fator de desigualdade)

24 25

Significa quantas vezes a sub-região com a classificação mais baixa


está pior do que aquela com classificação mais alta.
Página de consulta do indicador - comparação entre sub-regiões AVALIAÇÃO DOS “DESIGUALTÔMETROS”

A avaliação e a comparação dos fatores de desigualdade são feitas


com base numa série histórica de dois anos. O ideal é fazer uma lista
dos indicadores avaliados com o desigualtômetro e destacar (no caso
abaixo, em verde, vermelho e amarelo) os que melhoraram e os que
pioraram. Veja o exemplo:

INÍCIO DA TABELA
MELHORES
INDICADORES

INDICADORES 2012 2015 VARIAÇÃO

Acervo de livros infanto-juvenis das bibliotecas municipais per capita 593,38 2734,53 piorou
DESIGUALTÔMETRO Acervo de livros para adultos das bibliotecas municipais per capita
Agressão a crianças
11940,72
104,44
6087,94
139,18
melhorou
piorou
RESUMO

21
Agressão a mulheres 143,25 112,26 melhorou

26 27
Agressão a idosos 60,19 37,45 melhorou
Atendimento nas creches municipais 127,87 148,03 piorou
Atendimento nas pré-escolas municipais 31,37 33,93 piorou
Baixo peso ao nascer 1,98 2,09 piorou
Centros culturais, espaços e casas de cultura 92,82 90,63 melhorou

TABELA COMPARAÇÃO Cinemas


Demanda atendida de creche
240,22
4,1
238,66
3,2
ficou igual
melhorou DESIGUALTÔMETROS
MELHORARAM
Demanda atendida pré-escola 1,17 1,27 piorou

RESUMIDA 2012 – 2015 Equipamentos esportivos


Favelas
68,85
610,49
33,03
604,43
melhorou
ficou igual

5
Gravidez na adolescência 28,41 166,53 piorou

3 MELHORES E Homicídio juvenil 16,35 16,26 (2014) ficou igual

=
Homicídios 17,32 43,30 (2014) piorou

3 PIORES
Leitos hospitalares 1770,2 1138,15 melhorou
Mortalidade específica por aids 27,83 13,97 melhorou
Mortalidade infantil 17,49 14,85 melhorou

INDICADORES Mortalidade materna


Mortalidade por causas externas
55,12 13,7 (2014)
6,51 5,33
melhorou
melhorou
DESIGUALTÔMETROS
Ficou igual: variação de 1% Mortalidade por causas mal definidas 20,85 12,34 melhorou
Mortalidade por doenças do aparelho circulatório
Mortalidade por doenças do aparelho respiratório
5,36
5,29
4,89
4,88
melhorou
melhorou FICARAM IGUAIS
Mortalidade por neoplasias (câncer) 4,76 4,87 piorou

14
Morte com automóvel 27,51 26,38 melhorou
Morte com bicicleta 18,86 8,72 melhorou
Morte com motocicleta 22,18 10,19 melhorou
Morte por atropelamento 17,98 14,73 melhorou
Mortes no trânsito 18,48 7,68 melhorou
Museus 138,01 138,92 ficou igual
População em situação de rua – moradores de rua 7118,5 (2011) 7574,17 piorou
População em situação de rua – acolhidos
Pré-natal insuficiente
21,81 (2011)
8,93
557,7
10,6
piorou
piorou
DESIGUALTÔMETROS
Salas de show e concerto 262,16 255,47 melhorou
PIORARAM
FIM DA TABELA Teatros
Telecentros
Tempo médio de vida
145,1
8,47
1,49
132,37
12,25
1,48
melhorou
piorou
ficou igual

PIORES Unidades básicas de saúde 22,93 24,07 piorou

INDICADORES
AVALIAÇÃO DAS REGIÕES LISTAGEM DOS INDICADORES ZERADOS

Para a avaliação das regiões com os piores indicadores, é necessário É de fundamental importância destacar os indicadores zerados, con-
criar uma planilha com todos os números e fazer um recorte das re- siderando os zeros “positivos” (como zero casos de homicídio) e “ne-
giões que aparecem entre as trinta piores para todos os indicadores. gativos” (como zero centros culturais). Com isso, é possível relacio-
Depois disso, faça a contagem de quantas vezes cada uma das regiões nar os dados no contexto da série histórica e avaliar se os indicadores
aparece nessa lista. Importante lembrar que indicadores com valor zerados de fato melhoraram ou pioraram.
zero de caráter negativo (como “Leitos Hospitalares”) também devem
ser contabilizados. O resultado deverá ser exibido na apresentação.

DISTRITO

Brás 26
INDICADOR 2012 2015
POLÍTICAS PÚBLICAS Brasilândia 24 POLÍTICAS PÚBLICAS RESUMO
Acervo de livros infanto-juvenis das bibliotecas
37 36

2
Tremembé 23
municipais per capita

28 29
Cachoeirinha 22
Cidade Ademar 22
Grajaú
Vila Jacuí
22
22
Acervo de livros para adultos 36 36
NÚMERO DE 60 60
Marsilac 21
Parelheiros
Vila Medeiros
21
21
INDICADORES Centros culturais, espaços e casas de cultura
INDICADORES
PIORARAM
VEZES QUE São Rafael
Guaianases
20
19 IGUAIS A ZERO Cinemas 59 58
O DISTRITO
=4
9 10
Iguatemi 19
Jardim Ângela 19 Equipamentos Esportivos
São Miguel 19

APARECE Sé
Campo Belo
19
18
Favelas 12 11
ENTRE OS
34
13 11
Itaim Paulista 18
Homicídio Juvenil (2014)
Lajeado 18 INDICADORES
Prioridade de políticas públicas
FICARAM
30 PIORES
Pari 18
Vila Andrade
Artur Alvim
18
17
nos distritos com os piores
indicadores
Homicídios (2014) 3 3 IGUAIS
DISTRITOS
6
31 31
Belém 17

DISTRITOS Cangaíba 17 * indicador adicionado após


apresentação no evento.
Leitos hospitalares

NOS 40 PIORES
Carrão 17

INDICADORES
Casa Verde
Jaguara
17
17
Museus 60 59
INDICADORES Jardim Helena
Limão
17
17 Parques* 38 34 INDICADORES
AVALIADOS MELHORARAM
Pedreira 17
Perus
Raposo Tavares
17
17
Teatros 53 51
13 32
Sapopemba 17
Telecentros
Vila Curuçá 17
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO COM OS PRINCIPAIS DADOS CONFIGURAÇÃO DO APLICATIVO

Escolha os principais indicadores e iguais a zero. Exemplo de apresen- A Rede Nossa São Paulo desen- dos de forma simples por meio do
destaque os dados básicos - nome, tação: http://www.nossasaopaulo. volveu um aplicativo para con- Google Spreadsheets.
descrição, fórmula de cálculo, fon- org.br/arqs/mapa-da-desigualdade sulta dos dados do Mapa da De-
tes e informações adicionais. A -apresentacao-2016.pdf. sigualdade da cidade, ação que Pelo aplicativo também é possível
apresentação deve incluir os indica- pode ser replicada por outros visualizar o PDF com o Mapa da
dores de valor zero, o indicador da Além disso, disponibilize também municípios que queiram dispo- Desigualdade da Cidade de São
melhor e o da pior região, e o fator um arquivo com todas as informa- nibilizar os dados em tablets e Paulo em sua versão completa.
de desigualdade entre as regiões. ções, ou seja, com os dados de celulares. O “Desigualtômetro” Para Android acesse o link http://
Apresente também a evolução do todas as regiões. Exemplo: http:// está disponível para smartphones goo.gl/oOOIUE.
fator de desigualdade, a avaliação www.nossasaopaulo.org.br/arqs/ Android na loja Google Play Store.
das regiões com os piores indica- mapa-da-desigualdade-comple- Não existe configuração mínima Para dispositivos que utilizam o
dores e a avaliação dos indicadores to-2016.pdf. para a instalação. Basta fazer o sistema iOS, é possível acessar as
download e começar a utilizar. informações por meio do endereço
http://desigualtometro.mediacts.
Por meio do aplicativo é possível com. O aplicativo não está disponí-
fazer a consulta de todos os nú- vel para upload na Apple Store.
meros do Mapa, que são atualiza-
30 31
MAPA DAS DESIGUALDADES COM PARTICIPAÇÃO dades a partir daquele novo con- tam escala cartográfica. Nessas
POPULAR: O EXEMPLO DE BRASÍLIA junto de políticas. Em seguida, representações, as áreas sofrem
o resultado foi confrontado com deformações que são matemati-
os eixos do Programa Cidades camente calculadas.
Sustentáveis, para identificar os
DIEGO MENDONÇA

possíveis indicadores a serem A cartografia por anamorfose é um


aplicados. No final, foram elabo- instrumento que permite análises
rados os mapas das três regiões comparativas. Nesses mapas es-
representadas, e os resultados quemáticos, é possível apresentar
foram comparados para identi- aspectos do espaço geográfico. As
ficar diferenças e similaridades regiões com melhores indicadores
entre as escolhas. sofrem distorções e ampliam seus
tamanhos, deixando claras as di-
ferenças entre regiões.
Visualização do Mapa
Conheça o Mapa das Desigual-
Foram utilizados mapas com ana- dades do Distrito Federal
O primeiro Mapa das Desigual- Plano Piloto, região central de
morfoses, termo que tem origem elaborado pelo Movimento
dades do Distrito Federal foi ela- Brasília, sede dos governos local
no grego “anamórphosis” e sig- Nossa Brasília: http://www.
borado em 2016 pelo Movimento e federal.
nifica “formado de novo”. As ana- movimentonossabrasilia.org.br/
32 Nossa Brasília, utilizando como 33
morfoses geográficas são mapas noticias/nossa-brasilia-lanca-mapa-
base a metodologia desenvolvi- O trabalho de mobilização de movi-
esquemáticos que não apresen- das-desigualdades-do-distrito-
da pela Rede Nossa São Paulo. A mentos sociais incluiu a realização
federal-2016
Nossa Brasília preenche a Plata- de oficinas locais e foi importante
forma Cidades Sustentáveis com para produzir diagnósticos que
indicadores selecionados a partir considerassem a opinião da socie- Cartograma em Anamorfose - Estudantes Distrito Federal - 2015

de bases como a Pesquisa Dis- dade civil. A metodologia utilizou os Porcentagem (%) de estudantes em relação a População total por RA
40 - 51
Porcentagem (%) de estudates que estudam na mesma RA
que residem em relação ao total de estudantes do DF

trital por Amostra de Domicílios, indicadores do Programa Cidades 33 - 39


28 - 32
82 - 97
65 - 81

Censo/IBGE, Datasus e Censo Es- Sustentáveis e estabeleceu a for- 23 - 27


12 - 22
47 - 64
23 - 46

colar, dentre outras. Quando pos- mação de grupos de diálogo para 11

Total absoluto
2 - 22

sível, os dados são dispostos de a priorização dos temas mais rele-


Total absoluto
de Estudantes de Estudantes
733 - 6500 que estudam
na mesma RA

maneira regionalizada. vantes, de acordo com a percepção 6501 - 13000


13001 - 22000
97 - 4000
4001 - 9000

dos participantes das oficinas. 22001 - 40000


40001 - 132603
9001 - 20000
20001 - 35000

Em Brasília, há 31 regiões admi- 35001 - 111142

nistrativas. Para esse primeiro Cada grupo debateu e elegeu um Mapa em anamorfose: População em 2016 Fundo Euclidiano do Distrito Federal Número RA Nome RA
1 Plano Piloto
2 Gama
3 Taguatinga

exercício, foram escolhidas três conjunto de cinco a sete políti-


4 Brazlândia
26
5 Sobradinho I
6 Planaltina
31 7 Paranoá
RA População
Plano Piloto 10000 8 Núcleo Bandeirante

áreas com as quais a organização cas, e os resultados foram apre-


Plano Piloto 229259 & Sobradinho II 4
9 Ceilândia
Guará 139567 &
5
10 Guará
Cruzeiro 33295 Brazlândia
& Fercal
6 11 Cruzeiro
Samambaia 268577
Santa Maria 126342 1 12 Samambaia
& Varjão
São Sebastião 100793 & 13 Santa Maria

interagiu e realizou oficinas com sentados a todos os presentes.


&
Riacho Fundo I 41405 Taguatinga & & 23
SCIA/Estrutural Lago Norte
Sobradinho I 18 14 São Sebastião
Lago Sul 32257
Recanto das Emas 148564 & 28 15 Riacho Fundo I
&
Lago Norte 34994 & Cruzeiro
Planaltina 16 Lago Sul
Candagolândia 16829
& SIA & 25 1 17 Recanto das Emas
Gama 145521

movimentos sociais. As regiões Algumas propostas selecionadas


11 18 Lago Norte
Vicente Pires Itapoã 3 22
Águas Claras 130391 30 29
Riacho Fundo II 59220 & Ceilândia
&
9 19 Candagolândia
Sudoeste/Octogonal &
Sudoeste/Octogonal 53543 10 20 Águas Claras
Plano Piloto
Varjão 9177 20 21 Riacho Fundo II
19 27
Park Way 19796 &
SCIA/Estrutural 41137 Guará 8 22 Sudoeste/Octogonal

escolhidas foram Samambaia, previamente pela Nossa Brasília


12 23 Varjão
Sobradinho II 102461 & & 15 16
Jardim Botânico 28457 Águas Claras Jardim Botânico 24 24 Park Way
Itapoã 73519 & &
17 21 25 SCIA/Estrutural
SIA 1433 Candagolândia Paranoá
Taguatinga 241664 &
7
26 Sobradinho II
14
Vicente Pires 82429 Lago Sul 27 Jardim Botânico

São Sebastião e Cidade Estrutu- foram inclusas, e todos voltaram


& & &
Fercal 8920 Samambaia
Riacho Fundo I Núcleo Bandeirante São Sebastião 28 Itapoã
Brazlândia 52880 &
Sobradinho I 65878
& 2
13
29 SIA
& Park Way
Planaltina 191463 Recanto das Emas Riacho Fundo II 30 Vicente Pires
&
31 Fercal

±
Paranoá 48939 &
Núcleo Bandeirante 25780

ral. Elas serão comparadas ao a discutir quais seriam as priori-


Santa Maria
Ceilândia 509241 10 5 0 Km
& Gama População De 40.000 a 100.000 habitantes Elaboração: Caio Nunes de A. Dias
Software: ArcGIS 10.2
De 0 a 20.000 habitantes De 100.000 a 150.000 habitantes
Projeção Universal Transversa de Mercator Método: Algorítmo de Gastner-Newman. 2004
De 20.000 a 40.000 habitantes > 150.000 habitantes Datum: SIRGAS 2000 Zona 23S Fonte de dados: PDAD 2013, 2015 / SEGETH 2016
MAPA DA DESIGUALDADE DO RIO DE JANEIRO

Organizado pela Casa Fluminen- tempo em que revela as assime-


se, o Mapa da Desigualdade per- trias ao longo do território. Para
mite acompanhar as condições cada um dos indicadores é elabo-
de vida, bem como a qualidade rada uma imagem com os dados
e oferta de serviços públicos, dispostos sobre os municípios no
na região metropolitana do Rio mapa da Região Metropolitana.
de Janeiro. Encarando as de-
sigualdades numa perspectiva Para qualificar o debate na bus-
transversal, o mapa agrega 21 ca de propostas de políticas que
indicadores sobre sete temas- contribuam para a redução da
chave na compreensão dessa desigualdade e para o desen-
realidade: Mobilidade, Mercado volvimento sustentável, a Casa
de Trabalho, Pobreza & Renda, Fluminense se dedica à difusão
Educação, Segurança Pública, de informações públicas, mis- sados no site www.forumrio. O Mapa da Desigualdade se soma
Saúde e Saneamento Básico. são que o Mapa da Desigualdade org e são facilmente baixados ao arcabouço de ferramentas que
ajuda a cumprir. Na medida em por organizações e pessoas que praticam o exercício de sinteti-
Os dados utilizados são obtidos que compila dados de fontes ofi- tenham interesse no assunto. zar a realidade e torná-la mais
nas bases do Censo/IBGE, do ciais e os oferece em linguagem inteligível para a sociedade, ao
34 35
Programa das Nações Unidas mais acessível, o mapa poten- O Mapa da Desigualdade foi lan- mesmo tempo que aponta desa-
para o Desenvolvimento (PNUD), cializa o alcance e a capilarida- çado no final de 2015, num con- fios que devem ser priorizados
do Instituto Nacional de Estudos de dos conhecimentos sobre os texto em que a questão metro- no processo. E nesse sentido é
e Pesquisas Educacionais Anísio territórios e tem sido apropriado politana no Rio de Janeiro ganha instrumento para sociedade civil
Teixeira (INEP), do Instituto de pela rede de parceiros da Casa força, sobretudo catalisada pelo da Baixada Fluminense, do Leste
Segurança Pública (ISP), do Mapa Fluminense. Os exemplos de processo de elaboração do Pla- Metropolitano e da capital, pen-
da Violência e do Sistema Nacio- apropriação vão desde o auxílio no de Desenvolvimento Urbano sarem e construírem caminhos
nal de Informações sobre Sanea- na produção de novos indicado- Integrado, também chamado de e alternativas para o Rio inteiro.
mento (SNIS). A visualização pos- res e pesquisas pelo Instituto de Modelar a Metrópole, pelo go-
sibilita comparar a situação de Políticas de Transporte e Desen- verno do Estado. Assim, o atual Conheça o Mapa da Desigualdade
cada um dos 21 municípios que volvimento (ITDP), até o subsídio momento representa um con- do Rio de Janeiro organizado
compõem a cidade metropolitana para as propostas elaboradas vite para a reflexão e o plane- pela Casa Fluminense: http://
do Rio, que hoje abriga 12 milhões do 1º Seminário de Mobilidade jamento metropolitano, com a www.forumrio.org/mapas/ mapa-
de pessoas. O mapa apresenta o Urbana Sustentável em Japeri, oportunidade de construir um desigualdade
caráter compartilhado dos prin- organizado pelo Mobiliza Jape- plano de desenvolvimento no
cipais desafios do Rio ao mesmo ri. Os mapas podem ser aces- Rio para os próximos 25 anos.
REALIZAÇÃO

PARCERIA

APOIO

Projeto Gráfico: Mediacts


www.mediacts.com

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