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Livro - Conceitos Básicos Da Logà - Stica - SENAI
Livro - Conceitos Básicos Da Logà - Stica - SENAI
CONCEITOS
BÁSICOS DE
LOGÍSTICA
SÉRIE LOGÍSTICA
CONCEITOS
BÁSICOS DE
LOGÍSTICA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
CONCEITOS
BÁSICOS DE
LOGÍSTICA
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos
os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
CDU: 658.7
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Estrada romana na cidade de Éfeso........................................................................................................17
Figura 2 - Modelo de caravela que auxiliou na expansão marítima no século XVI...................................18
Figura 3 - Soldados em terreno encharcado...........................................................................................................19
Figura 4 - Fluxos da logística.........................................................................................................................................21
Figura 5 - Cadeia de suprimentos...............................................................................................................................25
Figura 6 - Logística integrada.......................................................................................................................................28
Figura 7 - Movimentação manual...............................................................................................................................35
Figura 8 - Movimentação mecânica...........................................................................................................................36
Figura 9 - Equipamento de movimentação de materiais...................................................................................43
Figura 10 - Exemplos de armazém 1..........................................................................................................................44
Figura 11 - Exemplos de armazém 2..........................................................................................................................44
Figura 12 - Exemplos de pátio 1..................................................................................................................................45
Figura 13 - Exemplos de pátio 2..................................................................................................................................45
Figura 14 - Exemplos de galpão 1...............................................................................................................................46
Figura 15 - Exemplos de galpão 2...............................................................................................................................47
Figura 16 - Central de distribuição..............................................................................................................................48
Figura 17 - Palete de madeira ......................................................................................................................................59
Figura 18 - Palete de polietileno..................................................................................................................................60
Figura 19 - Exemplos de operadores logísticos.....................................................................................................70
Figura 20 - Conferência da documentação.............................................................................................................71
Figura 21 - Manuseio interno........................................................................................................................................73
Figura 22 - Veículos industriais.....................................................................................................................................76
Figura 23 - Treinamento dos funcionários...............................................................................................................78
Figura 24 - Legislação......................................................................................................................................................79
2 Fundamentos da logística...........................................................................................................................................15
2.2 Histórico...........................................................................................................................................................16
2.2 Definição.........................................................................................................................................................20
2.3 Origem da expressão logística................................................................................................................22
2.4 Objetivo da logística...................................................................................................................................22
2.5 Atividades que estão envolvidas na logística....................................................................................23
2.5.1 Suprimentos................................................................................................................................23
2.5.2 Armazenagem.............................................................................................................................23
2.5.3 Transporte.....................................................................................................................................24
2.6 A cadeia de suprimentos...........................................................................................................................25
2.7 Sistema logístico...........................................................................................................................................26
2.8 Controles.........................................................................................................................................................26
2.8.1 Definição de metas e padrões de desempenho.............................................................26
2.8.2 Medidas de desempenho.......................................................................................................26
2.8.3 Ações corretivas..........................................................................................................................27
2.9 Tendências......................................................................................................................................................27
3 Embalagens......................................................................................................................................................................33
3.1 Definição.........................................................................................................................................................34
3.2 Tipos de embalagens..................................................................................................................................34
3.2.1 Embalagens de movimentação manual............................................................................35
3.2.2 Embalagens de movimentação mecânica........................................................................35
3.2.3 Embalagens retornáveis..........................................................................................................37
4 Armazenagem.................................................................................................................................................................41
4.1 Equipamentos de movimentação e armazenagem.........................................................................43
4.1.1 Armazém.......................................................................................................................................43
4.1.2 Pátio................................................................................................................................................45
4.1.3 Galpão............................................................................................................................................45
4.1.4 Centro de distribuição..............................................................................................................47
4.2 O layout do armazém..................................................................................................................................49
4.3 Recebimento, conferência e expedição...............................................................................................50
5 Transportes.......................................................................................................................................................................53
5.1 Histórico dos transportes..........................................................................................................................54
5.2 Modais: rodoviário, aéreo, ferroviário, marítimo, fluvial e dutoviário........................................54
5.2.1 Modal rodoviário........................................................................................................................55
5.2.2 Modal aeroviário........................................................................................................................55
5.2.3 Modal ferroviário........................................................................................................................56
5.2.4 Modal aquaviário.......................................................................................................................56
5.2.5 Modal dutoviário........................................................................................................................58
5.3 Unitização das cargas.................................................................................................................................58
5.3.1 Formas de unitização................................................................................................................59
5.4 Meios de transporte: adequação à necessidade...............................................................................60
5.4.1 Monomodal ou unimodal.......................................................................................................60
5.4.2 Multimodalidade........................................................................................................................60
5.4.3 Intermodalidade.........................................................................................................................61
5.5 Rastreamento................................................................................................................................................61
5.5.1 GPS: global positioning system (sistema de posicionamento global)...................61
5.5.2 Monitaramento de carga por escolta física......................................................................62
5.6 Logística inbound e outbound..................................................................................................................62
5.7 Sistemas de picking......................................................................................................................................63
5.8 Frete..................................................................................................................................................................63
5.8.1 Frete CIF – cost insurance and freght.................................................................................64
5.8.2 Frete FOB – free on board.......................................................................................................64
5.9 Logística verde e reversa...........................................................................................................................64
6 Operador logístico..........................................................................................................................................................69
6.1 Operador logístico - definição.................................................................................................................70
6.2 Processos da operação logística.............................................................................................................70
6.2.1 Atividades de recebimento....................................................................................................71
6.2.2 Manuseio interno.......................................................................................................................72
6.3 Tipos de produtos........................................................................................................................................75
6.4 Tipos de equipamentos de movimentação........................................................................................76
6.4.1 Segurança na movimentação de materiais......................................................................77
6.5 Expedição........................................................................................................................................................78
6.6 Legislação........................................................................................................................................................79
Referências
Índice
Introdução
Prezado aluno,
Seja bem-vindo ao Curso de Qualificação Profissional em Almoxarife!
Este será seu primeiro contato com as características para o desenvolvimento econômico
de cidades e, consequentemente, de países através da Logística. Ela será nosso objeto de es-
tudo e é, atualmente, o diferencial competitivo para as organizações. Você descobrirá de que
maneira esse diferencial se apresenta.
Nosso curso tem como competência geral programar e controlar o recebimento de ma-
teriais, mediante documentação fiscal do inventário físico, armazenar materiais, mantendo
atualizados os registros de localização no almoxarifado, agendando, recebendo, coletando e
endereçando materiais, gerando os inventários periódicos, seguindo normas técnicas, de se-
gurança e meio ambiente.
Este livro, denominado de Conceitos Básicos da Logística, tem como objetivo introduzir
as terminologias (estudo dos termos) da área de Logística tendo em vista suas principais ver-
tentes, a saber: suprimentos, armazenagem e transporte/distribuição. Por meio de exemplos,
a operação dos processos logísticos é estudada em conjunto com os sistemas de qualidade,
segurança, meio ambiente e saúde do trabalho, seguros e manutenção.
Ele está dividido em seis capítulos, tendo essa introdução como primeiro. O capítulo 2 apre-
senta o objetivo e as capacidades propostas por esta unidade curricular. A partir do capítulo 3,
aprenderemos a diferenciar conceitos básicos da logística e a identificar tanto o fluxo produ-
tivo direto como o reverso. Nos três capítulos seguintes, veremos técnicas utilizadas na movi-
mentação, armazenagem e transporte de materiais.
Você será capaz de desenvolver as seguintes capacidades:
CAPACIDADES TÉCNICAS
a) identificar os conceitos básicos da logística;
b) identificar os tipos básicos de equipamentos de movimentação e estruturas de ar-
mazenagem;
c) reconhecer os modais de transporte.
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
12
Sucesso!
1 INTRODUÇÃO
13
Anotações:
Fundamentos da logística
A navegação em alto mar ganha escala para alcançar novos mercados, como a
África e as Índias. Começa a expansão comercial pelo mar, dando início à política
de colonização de outros povos. A expansão do comércio que agora cobre gran-
des distâncias, a especialização da produção e o surgimento de novos mercados
marcam uma nova era também para o desenvolvimento do transporte marítimo
intercontinental, ilustrado na Figura 2.
No ano de 1670, um dos conselheiros do Rei Luis XIV, da França, sugeriu a cria-
ção de uma nova estrutura para solucionar problemas administrativos no exérci-
to francês. A nova função foi denominada Marechal General de Lógis.
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
18
5 CODINOME:
CASOS E RELATOS
O fracasso da logística
A operação Barbarossa, cujo codinome5 foi utilizado na operação militar
alemã para invadir a União Soviética em 22 de Junho de 1941, ficou famosa
depois da derrota alemã diante do exército russo. Esta operação fez refe-
rência ao monarca Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano-Ger-
mânico, um dos líderes da Terceira Cruzada no século XII. O objetivo era
invadir a Rússia durante a primavera, quando o solo estava suficientemente
seco para que os tanques de guerra se locomovessem sem muitas dificul-
2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
19
7 LOGÍSTICA REVERSA: Na década de 70, amplia-se, nos países desenvolvidos, o conceito de logística
integrada. É criada no mundo a primeira empresa de entregas expressas6, a FedEx.
Área da logística que
planeja, opera e controla A década de 80 consolida a integração dos departamentos da empresa com o
o fluxo e as informações surgimento do sistema Enterprise Resources Planning (ERP). Os anos 1990 e 2000
logísticas correspondentes,
ao retorno dos materiais/ são marcados pelo surgimento de novas tecnologias de controle logístico como o
embalagens ao ciclo uso de etiquetas inteligentes, rastreadores de cargas e sistemas computacionais
produtivo, por meio dos
canais reversos (DONATO, mais acessíveis. O desenvolvimento da capacitação profissional e o aparecimento
2008).
de inúmeras empresas especializadas em logística (operadores logísticos) tam-
bém marcam essas décadas.
2.2 DEFINIÇÃO
Depois dessa breve visita ao passado, podemos tirar algumas conclusões va-
liosas. A logística é responsável por obter e transportar materiais, pessoas e equi-
pamentos conforme a necessidade. Para isso, é preciso planejamento e controle.
O planejamento é uma forma de organizar as atividades e acontece antes da exe-
cução destas. Já o controle acontece após a execução como forma de medir o
desempenho, ou seja, verificar se o que foi planejado está realmente sendo cum-
prido, e se não, o porquê.
Quando falamos da logística no âmbito empresarial, muitos especialistas con-
cordam que ela abrange três momentos denominados suprimentos, produção e
distribuição. Vamos conhecer cada um deles.
a) suprimento: refere-se a todas as atividades responsáveis por cadastro
e aquisição de recursos que viabilizam (possibilitam) a produção. Estes
recursos podem ser matérias-primas adquiridas de fornecedores de ma-
2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA
21
FLUXO DE MATERIAIS
FLUXO DE INFORMAÇÃO
FLUXO FINANCEIRO
Alguns autores defendem que o termo “logística” vem da palavra grega lo-
gísticos, que significa contabilidade e organização financeira. Acredita-se que a
expressão, com o sentido atual, derive do verbo francês loger, que significa alojar
ou acolher. A princípio, foi usada para descrever movimentação, suprimento e
manutenção de exércitos em ação. Mais tarde, usado para descrever a adminis-
tração do fluxo de materiais numa organização, desde o fornecedor até o consu-
midor final.
2.5.1 SUPRIMENTOS
2.5.2 ARMAZENAGEM
8 INVENTÁRIO: c) manuseio;
2.5.3 TRANSPORTE
P S E A
E P M E T
R U M R
S R A S R
C O P B M C
T O N T A
L C. R A A L
O D U O N
I I L Z I
Q U S Q S
E P M A E E
U Ç E U P
N E E G N N
E Ã I E O
T D N E A T
S O O S R
E I T M G E
O T
D E
S E
O M
S
S
PROCESSO LOGÍSTICO REVERSO
LOGÍSTICA REVERSA
RESÍDUOS DE
PÓS-CONSUMO
E PÓS-VENDA
10 CICLO DE PEDIDOS:
2.9 TENDÊNCIAS
11 LOGÍSTICA VERDE:
Policloreto de vinila.
Planejamento e Controle de Estoques Almoxarifado de Matéria Prima Separação de Pedidos
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Embalagens
2 MODAIS DE TRANSPORTE:
5 DISPLAY:
Mobiliário de ponto de
venda destinado a expor os
produtos ou informações
sobre estes.
6 DESIGN:
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Armazenagem
Neste capítulo, você será convidado a conhecer um pouco mais a logística e suas técnicas
de armazenagem, rotinas e funções do profissional em almoxarife. Conhecerá também os es-
paços distintos para armazenar produtos e materiais, como: galpão, pátio, centro de distribui-
ção, assim como o fluxo de recebimentos de cargas e seus tratamentos. Abordaremos tanto
os equipamentos de movimentação e de armazenagem, como o recebimento, conferencia e
expedição de materiais, etapas fundamentais para a organização de materiais, nos almoxari-
fados.
Podemos dizer que a atividade de armazenagem é responsável pela administração dos es-
paços necessários a fim de manter os materiais estocados em armazéns. Essa atividade é muito
importante, pois, por meio dela, são desenvolvidos diversos processos como localização, di-
mensionamentos de equipamentos de movimentação, pessoal especializado, movimentação
de cargas, montagens e desmontagens de embalagens, dentre outros.
Um sistema de gerenciamento de armazéns ou Warehouse management System (WMS),
como é chamado, é responsável pelo gerenciamento da operação no dia a dia de um almoxa-
rifado. Ele visa garantir a velocidade das informações e de armazenagem. No decorrer do curso,
você conhecerá mais funções atribuídas ao sistema WMS.
As atividades de armazenagem não se limitam ao recebimento, conservação, movimenta-
ção e expedição dos materiais, também estão inclusas as rotinas administrativas e contábeis.
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
42
4.1.1 ARMAZÉM
1 PICKING: Neste tipo de estrutura, a armazenagem das mercadorias segue as etapas ci-
tadas a seguir:
A atividade de picking
pode ser definida como a) recepção (seja ela matéria-prima, produtos semiacabados ou acabados);
a atividade responsável
pela coleta do mix
(combinação) correto b) arrumação;
de produtos, em suas
quantidades corretas da c) conservação;
área de armazenagem para
satisfazer as necessidades d) realização da função de picking1;
do consumidor.
e) expedição.
Muitas vezes, a parada de um produto em um almoxarifado é aproveitada para
incorporar valor a ela. Isto pode ser feito com a personalização do produto, acaba-
2 DUTOVIAS: mentos finais, embalagem e rotulagem, entre outras operações.
4.1.2 PÁTIO
4.1.3 GALPÃO
Galpão é uma das denominações para os espaços físicos, sob uma mesma
cobertura, utilizados para diversas finalidades. É um espaço destinado principal-
mente para o armazenamento de produtos que exalam vapores. A constituição
do galpão pode ser em estrutura metálica, de madeira, concreto, alvenaria e ou-
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
46
3 MEZANINO: tros materiais. Na cobertura, podem ser utilizados os mais diversos tipos de telhas
como de barro, fibro-cimento, aço, alumínio etc. Na construção de um galpão,
Plataforma, geralmente
desmontável, que permite devem ser observadas as necessidades requeridas para o produto que será arma-
o movimento de pessoas e/
ou equipamentos
zenado, como o tipo de estrutura, as suas dimensões, o seu pé direito (altura en-
tre o piso e a estrutura superior), qual o tipo de cobertura, o tipo de fechamento
lateral que pode ser em alvenaria, em placas pré-moldadas ou telha. A ventilação
é um fator muito importante a ser considerado no planejamento de um galpão.
4 FABRIS:
Os almoxarifados podem ter sistemas de armazenamen-
.Referente à fábrica,
indústria.
VOCÊ to tipo mezanino3 no intuíto de aumentar a área dispo-
SABIA? nível de armazenagem, podendo possuir várias unidades
como: escritórios, áreas de armazenagem, etc.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
A seguir será apresentado um breve histórico dos transportes, relatando seu surgimento.
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
54
O modal aeroviário é o meio de transporte mais usado para cargas que pos-
suem características específicas. Dentre as principais características de cargas a
serem transportadas por este modal, podemos destacar três: aquelas que pos-
suem elevado valor agregado, as que apresentam pequenos volumes e aquelas
que necessitam chegar aos seus destinos com o menor tempo possível.
Como exemplo de cargas normalmente transportadas por este modal, pode-
se citar: peças de reposição para máquinas e equipamentos, cargas sensíveis,
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
56
4 MALHA FERROVIÁRIA: animais, pessoas, bagagens, remessas de amostra, dentre outras. Como pontos
negativos deste modal, podemos apresentar não só seu elevado custo de
Conjunto de linhas de trens.
implantação de aeroportos e aquisição de equipamentos e aeronaves, como
também a necessidade de profissionais com elevado grau de qualificação.
Para que o modal ferroviário atenda, em sua plenitude, aos seus objetivos bá-
sicos, faz-se necessário o atendimento de dois quesitos básicos: possuir infraes-
trutura ferroviária adequada às necessidades e que esteja em condições mínimas
de uso. Da mesma forma que acontece com os outros modais, este possui carac-
terísticas próprias. São elas:
a) exige grandes volumes de recursos financeiros para sua implantação;
b) necessita de um processo de manutenção sistemática e contínua;
c) é capaz de atender a regiões muito remotas e a grandes distâncias;
d) possibilita transportar grandes volumes;
e) seu custo operacional médio pode ser considerado alto.
Em função dos seus elevados custos de implantação, também decorrente das
grandes extensões territoriais brasileiras, a saída encontrada foi à adoção de um
processo de privatização, que poderá ser capaz de ampliar consideravelmente a
atual malha4.
Assim, nos modais de transporte são utilizados os meios necessários para mo-
vimentar pessoas e mercadorias.
Um único modal ou todos os modais podem ser utilizados em uma única trans-
ferência de materiais, o que irá determinar o uso será a necessidade. Esta utiliza-
ção recebe as seguintes denominações: monomodal, multimodal e intermodal.
5.4.2 MULTIMODALIDADE
5.4.3 INTERMODALIDADE
5.5 RASTREAMENTO
7 MIX DE PRODUTO: de mercadoria. Os operadores logísticos operam com o desafio constante de de-
senvolver novas estratégias para satisfazer o cliente, mantendo os valores de seus
É uma linha de produtos com
que o cliente comercializa serviços competitivos em relação a seus concorrentes, e dentro da realidade de
e suas divisões. O mix é
composto por famílias ou
mercado, mantendo positiva, para seus clientes, a relação custo x benefício.
subfamílias de produtos
que procuram responder O sistema de posicionamento global, conhecido por GPS, é um sistema de na-
a uma necessidade global vegação por satélite, conectado a um receptor móvel instalado em um veículo.
e idêntica de vários
consumidores. A introdução Este processo de troca de dados permite identificar um grande contingente de
de um novo produto no mix informações, inerente a este veículo, sendo capaz de informar a uma determina-
pode exigir a retirada de
outro. da base a localização do veículo, sua velocidade, seu consumo de combustível e
até mesmo se houve abertura de qualquer porta ou compartimento do veículo.
Além deste elenco de informações, tal sistema também é capaz de, em caso de
roubo de veículo, travar todo sistema de alimentação do motor, fazendo com que
o veículo não seja capaz de funcionar.
O grande desafio da logística é fazer com que suas operações sejam executa-
das com a máxima eficiência possível, tanto no que se refere a custo, quanto no
atendimento às expectativas dos clientes, com destaque especial ao cumprimen-
to dos prazos. As operações tanto podem acontecer inbound como outbound.
a) operações logísticas Inbound - é a parte da logística que corresponde
ao conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informa-
ções, desde a fonte de matérias-primas até sua entrada para produção.
b) operações logística Outbound – é o processo logístico que correspon-
de ao conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informa-
ções, desde a produção até o consumidor final.
5 TRANSPORTES
63
5.8 FRETE
8 COST INSURANCE AND a distância percorrida, porém outros fatores também exercem forte influência so-
FREGHT:
bre o valor, são eles:
Tradução em português: a) peso;
custo, seguro e frete.
b) volume;
c) valor da carga;
9 FREE ON BOARD:
d) condições de transporte, dentre outros.
Numa operação de transporte de carga, dependendo do tipo de modal esco-
Tradução em português:
livre a bordo. lhido e do caminho a ser percorrido, a operação pode atender a clientes distintos,
podendo gerar otimização no tempo, redução de desgaste no modal e diminui-
ção nos custos. Existem duas modalidades básicas de pagamentos de fretes que
você conhecerá a seguir, são elas: CIF e FOB.
Ao contrário do que ocorre com o frete CIF, nesta modalidade, o custo pelo pa-
gamento do frete é de inteira responsabilidade do cliente, ficando o fornecedor
isento de qualquer custo adicional.
Apesar das duas definições acima, pode existir também uma terceira possibi-
lidade na responsabilidade pelo pagamento do frete. Ela é realizada em acordos
preestabelecidos, onde o frete é dividido entre as partes envolvidas (fornecedor e
cliente). O percentual e a forma de divisão diferem de caso a caso.
A evolução nas mais diversas formas e modalidades para se transportar produ-
tos e ou serviços, ampliou o segmento de transportes, transpondo cada vez mais
e maiores fronteiras.
CASOS E RELATOS
Este caso mostra a influência dos transportes nos custos dos produtos comer-
cializados.
Fonte: BALLOU, 2007.
RECAPITULANDO
Anotações:
Operador logístico
Agora que você conheceu os conceitos básicos da logística, abordaremos uma importante
entidade da logística, o “Operador Logístico”. Assim, você será capaz de identificar os proces-
sos da operação logística de forma completa.
CONCEITOS BÁSICOS DE LOGÍSTICA
70
Cada vez mais, as empresas têm focado sua atenção nas atividades que pos-
suem competência, terceirizando aquelas que não possuem domínio. Como
exemplo disso, podemos citar os “Operadores Logísticos” que atuam como em-
presas especializadas em executar todo processo logístico, tornando a terceiriza-
ção um ato contínuo, o que gera uma oportunidade imensa neste campo.
O operador logístico é uma figura jurídica, fornecedor de serviços, podendo
ser especializado em todas as atividades logísticas ou partes delas, Podendo pres-
tar serviços em todas as áreas como, por exemplo, controle de estoques, armaze-
nagem, transporte e gestão de transportes. O operador logístico que atua com
transporte opera com os diversos modais, conforme visto no capítulo 5.
Todo material que não Após a conferência da documentação (e muitas vezes durante o descarrega-
faz parte do negócio mento), o almoxarife que assume o recebimento deve realizar a inspeção da car-
da empresa não será
comercializado, mas ga. Nesta inspeção, também é verificado se os produtos não sofreram avarias. Se
é utilizado por ela. Ex:
material de escritório, for necessário passar por outra inspeção, as mercadorias são enviadas para a área
limpeza, manutenção, etc. competente.
IVª Etapa: Atualização dos níveis de estoque
Em algumas empresas, é a área de Controle de Qualidade que verifica as es-
pecificações do produto. Se as mercadorias estiverem danificadas, devem ficar
2 CONSOLIDAÇÃO: retidas para providências futuras. Se, por fim, estiverem em conformidade tanto
Combinação de materiais em quantidade como em integridade (sem avarias), os níveis de estoque são atu-
de diferentes fontes em um alizados.
grande carregamento para
um destino específico e/ou
para determinado cliente Vª Etapa: Conferência
(BOWERSOX, 2002, p. 316).
Os materiais recebidos podem ser matérias-primas, insumos, embalagens ou
produtos semiacabados e produtos acabados, o qual necessitam da conferência
física e documental. A empresa também poderá receber peças, equipamentos ou
materiais de consumo1.
3 EMBALAGEM
SECUNDÁRIA:
CASOS E RELATOS
É a embalagem destinada
a conter a embalagem
primária ou as embalagens
primárias.
Mudança no fluxo produtivo provoca redução de custos
Uma empresa brasileira fabrica peças de carro para exportação. No caso de
uma dessas peças, cada ciclo (recebimento-expedição) custava R$46,36. Se
em um dia, uma média de 31 peças eram despachadas, o gasto diário com
esta movimentação era então de R$1437,16. Ao ser analisado o fluxo dessa
peça, desde o processo de fabricação até a expedição, foi verificado que
a peça percorria 1.800m, sendo 1,100m apenas entre o departamento de
produção e o departamento de embalagem. Notou-se que a distância total
poderia ser reduzida para apenas 700m se a atividade de embalagem fosse
transferida para o próprio departamento de produção. Com isso, foram re-
gistrados os seguintes resultados positivos:
a)eliminação do desperdício de movimentação de materiais e de pes-
soas;
b)menor tempo de resposta ao mercado externo;
c)qualidade do produto (redução de danos por manuseio);
d)eliminação da área de armazenamento temporário no departamento
de embalagem;
e)redução de gastos com combustível e de manutenções com as empi-
lhadeiras.
Este relato nos mostra como a melhoria no fluxo logístico pode ser feita
através de ajustes dentro da própria empresa, como por exemplo, no ro-
teiro da movimentação de materiais. No caso desta empresa, a melhoria
resultou numa redução de custo mensal de R$ 37.998,62 e anual de R$
455.983,44.
Fonte: REVISTA INGEPRO, 2009 (Adaptado).
6 OPERADOR LOGÍSTICO
75
GERAL GRANEL
- dutos;
- Equipamentos manuais a automatizados;
Manuseio - esteiras;
- em geral com participação humana.
- silos;
- big bags;
- pouca participação humana.
Aspectos referentes ao
É possível classificar os equipamentos que são utilizados na movimentação em
homem e o trabalho, quatro tipos básicos: veículos industriais, equipamentos para elevação e transfe-
que visa adaptar
as características rência, transportadores contínuos e embalagens. Vejamos, a seguir, as definições
psicofisiológicas dos e os exemplos de cada tipo:
trabalhadores e à natureza
do trabalho a executar. a) veículos industriais: são equipamentos, motorizados ou não, que movi-
mentam cargas em caminhos variados. É necessário que o piso e o espa-
ço sejam apropriados. Manobrar e transportar são as principais funções
dos veículos industriais. Ex.: carrinho de mão, carrinhos portapalete, em-
pilhadeiras;
6.5 EXPEDIÇÃO
Figura 24 - Legislação
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
6.6 LEGISLAÇÃO
RECAPITULANDO
VITORIO DONATO
Vitorio Donato possui graduação em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal da Para-
íba (1986), especialização em Logística Integrada pela UES do Rio de Janeiro (2002) e mestrado
em Gestão Integrada de Organizações pela Universidade do Estado da Bahia (2005). Atualmente
é Consultor III do SENAI CIMATEC. Tem experiência nas áreas de Administração, com ênfase em
Gestão de Negócios, atuando principalmente nas seguintes áreas: Inspeção de recebimento, Arma-
zenamento, Prevenção de Falha Prematura em Materiais Estocados, Qualidade, Movimentação de
Carga, Contratação de Serviços, Distribuição e Transporte.
Autor dos livros:
- Logística Verde: uma abordagem Socioambiental. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna. 2008.
- Manual do Almoxarife: O guia básico do profissional de logística. Rio de Janeiro: Editora Ciência
Moderna. 2010.
- Introdução à Logística: O Perfil do Profissional. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna. 2010.
- Metodologia para Preservação de Materiais: Prevenção da Falha Prematura. São Paulo: Editora
Érica. 2011.
- Logística para a Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis. São Paulo: Editora Érica. 2012.
ÍNDICE
A
Aspectos ergonômicos 77
C
Cartelas 37
Ciclo do pedido 26
Codinome 18
Consignatários 55
Consolidação 72
Cost insurance and freght 64
D
Design 36, 37
Displays 37
Dutovias 44, 45
E
Embalagens secundárias 75
Entregas expressas 20
Etapas 21, 23, 26
F
Fabris 47
Free on board 64
I
Inventário 24
L
Logística reversa 21, 28
Logística Verde 22, 28
M
Marketing 33
Materiais de consumo 72
Mezanino 46
Mix de produtos 63
Modais de transporte 34
P
Paletes 59
Papiro 16
Picking 44
Pirâmide de Quéops 16
Polietileno 59
PVC 28, 29
S
SAP 28, 29
Subsistências 54
Sumérios 16
T
Taxas de metabolismo 80
Tração 54
U
Unitização 36
Z
Zigurates 16
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Vitorio Donato
Coordenação Técnica
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
Igor Nogueira
Coordenação de Projeto
FabriCO
Ilustrações
i-Comunicação
Projeto Gráfico