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Relatório - Efeito Hall
Relatório - Efeito Hall
EFEITO HALL
Disciplina:
LABORATÓRIO DE FÍSICA MODERNA 2
Turma- 01
Período- 2022.1
PROF. DR. JOSÉ GERIVALDO DOS SANTOS DUQUE
Itabaiana – SE
Novembro de 2022
1. Resumo
2. Introdução
Fonte: [5].
A amostra é percorrida por uma corrente 𝐼 que flui através da tira da
esquerda para a direita, e a diferença de potencial é medida entre o topo e o
fundo, conforme mostra a Figura 01. Supondo que as pontas de prova do
voltímetro estejam alinhadas verticalmente, a diferença de tensão é zero quando
⃗ = 0. A corrente 𝐼 flui em resposta a um campo elétrico aplicado, com sua
𝐵
direção estabelecida por convenção. No entanto, na escala microscópica 𝐼 é o
resultado de quaisquer cargas positivas movendo-se na direção de 𝐼, ou cargas
negativas movendo-se no sentido oposto. Em ambos os casos, a força
⃗ faz com que os portadores descrevam uma
magnética de Lorentz 𝐹𝐵 = 𝑞𝑣 × 𝐵
trajetória curva para cima. Como a carga não pode sair da parte superior ou
inferior da tira, um desequilíbrio de carga vertical se acumula na faixa, isto é, com
o passar do tempo, os elétrons se acumulam em uma das bordas, deixando a
outra com cargas positivas não compensadas. Este desequilíbrio de carga
produz um campo elétrico vertical 𝐸⃗ que exerce uma força 𝐹𝐸 = 𝑞𝐸⃗ sobre os
portadores de carga. Conforme os portadores continuam a se acumular em uma
das bordas, a força exercida pelo campo elétrico aumenta até que neutraliza a
força magnética, e uma situação de estado estacionário é alcançada. Quando
isso acontece as forças têm módulos iguais e sentidos opostos. Os portadores
de carga passam a se mover em linha reta com velocidade 𝑣𝑑 e o campo elétrico
𝐸⃗ para de aumentar. Associada ao campo elétrico teremos uma diferença de
potencial entre as bordas da tira, chamada de diferença de potencial Hall, que
pode ser medida com um voltímetro. Se os portadores de carga forem elétrons
( 𝑞 = −𝑒), uma quantidade de carga negativa se acumula no topo da tira para
que o voltímetro leia uma diferença potencial negativa. Alternativamente, se os
portadores forem buracos ( 𝑞 = +𝑒) medimos uma tensão positiva. Essa
diferença de potencial Hall é dada por
𝑉𝐻 = 𝐸𝑤 (1)
𝐼 = 𝑛𝑞𝐴𝑣𝑑 (3)
𝐼
𝐽= = 𝑛𝑞𝑣𝑑 (4)
𝐴
𝐼𝐵𝑤
𝑉𝐻 = 𝐸𝑤 = −𝑣𝑑 𝐵𝑤 = − (5)
𝑛𝑞𝐴
𝐼𝐵
𝑉𝐻 = −
𝑛𝑞𝑑
ou
𝐼𝐵
𝑉𝐻 = 𝑅𝐻 (6)
𝑑
𝑉𝐻 𝑑
𝑅𝐻 =
𝐼𝐵
ou
1
𝑅𝐻 = − (7)
𝑛𝑞
Fonte: [6].
3. Objetivos
Este experimento tem como objetivo analisar a tensão Hall para o material
semicondutor n-germânio. Além de verificar a dependência deste material com
o campo magnético aplicado e a corrente elétrica induzida e determinar o
coeficiente Hall e a densidade de portadores de carga.
4. Materiais Utilizados
5. Procedimento Experimental
Para coletar esses dados, ajustamos o valor da corrente (𝐼) para 0,01 A,
e em seguida variamos o campo magnético de 0,03 T a 0,3 T, com variações de
0,03 T, e medimos a tensão Hall correspondente. Realizamos o mesmo
procedimento para as correntes com valor de 0,02 A e 0,03 A.
6. Resultados e Discussão
Tabela 01: Dados da tensão Hall obtidas a partir da corrente fixa e variação de campo.
𝑰 = 𝟎, 𝟎𝟏 𝐀 𝑰 = 𝟎, 𝟎𝟐 𝐀 𝑰 = 𝟎, 𝟎𝟑 𝐀
VH (V) B (T) VH (V) B (T) VH (V) B (T)
0,008320 0,030010 0,017781 0,030146 0,026134 0,030242
0,010850 0,060050 0,022600 0,060025 0,032246 0,060025
0,013320 0,090000 0,028393 0,090285 0,041375 0,090686
0,015900 0,120000 0,034606 0,121537 0,047955 0,120009
0,018300 0,150000 0,038290 0,151793 0,056987 0,15148
0,020940 0,180000 0,041405 0,180292 0,062170 0,180215
0,023200 0,210000 0,047020 0,210277 0,069062 0,210158
0,025710 0,240000 0,051272 0,240072 0,076363 0,240072
0,027930 0,270000 0,055898 0,269904 0,083832 0,270632
0,030310 0,300000 0,060317 0,300164 0,089544 0,300026
Tabela 02: Dados da tensão Hall obtidas a partir do campo fixo e variação da corrente.
𝐁 = 𝟎, 𝟏 𝐓 𝐁 = 𝟎, 𝟏𝟓 𝐓 𝐁 = 𝟎, 𝟐𝟓 𝐓
VH (V) I (A) VH (V) I (A) VH (V) I (A)
0,00416 0,003 0,00607 0,003 0,00804 0,003
0,00882 0,006 0,01190 0,006 0,01603 0,006
0,01311 0,009 0,01798 0,009 0,02370 0,009
0,01743 0,012 0,02384 0,012 0,03172 0,012
0,02184 0,015 0,02993 0,015 0,03972 0,015
0,02610 0,018 0,03599 0,018 0,04769 0,018
0,03054 0,021 0,04168 0,021 0,05537 0,021
0,03489 0,024 0,04779 0,024 0,06360 0,024
0,03910 0,027 0,05389 0,027 0,07123 0,027
0,04353 0,030 0,05967 0,030 0,07921 0,030
Por meio do coeficiente angular (𝛼) da reta obtida a partir do ajuste linear
dos gráficos conseguimos determinar os valores do coeficiente Hall. Os valores
dos coeficientes angulares obtidos estão apresentados na tabela 03. Com isso,
iniciamos a análise dos gráficos.
𝑅𝐻𝐵
𝛼 = (8)
𝑑
𝛼𝑑
𝑅𝐻 = (9)
𝐵
2 2
𝑑 𝛼 2 𝛼𝑑
𝜎𝑅𝐻 √
= ( 𝛿𝛼 ) + ( 𝛿𝑑 ) + (− 2 𝛿𝐵 ) (10)
𝐵 𝐵 𝐵
𝑅𝐻𝐼 (11)
𝛼 =
𝑑
𝛼𝑑
𝑅𝐻 = (12)
𝐼
Dessa forma,
2 2
𝑑 𝛼 2 𝛼𝑑
𝜎𝑅𝐻 = √( 𝛿𝛼 ) + ( 𝛿𝑑 ) + (− 2 𝛿𝐼 ) (13)
𝐼 𝐼 𝐼
Tabela 03: Valores do coeficiente Hall e do coeficiente angular para correntes e campos fixos.
∑6𝑖=1(𝑅𝐻 )𝑖 (14)
̅̅̅̅
𝑅𝐻 =
6
∑𝑛𝑖=1[(𝑅𝐻 )𝑖 − ̅̅̅̅
𝑅𝐻 ]2 𝜎 (15)
𝜎=√ e 𝜎𝐴 =
𝑛−1 √𝑛
A incerteza do tipo B é dada pela propagação da equação 14, isto é:
6
1 2
𝜎𝐵 = √∑[𝜎(𝑅𝐻 )𝑖 ] (16)
6
𝑖=1
A incerteza de ̅̅̅̅
𝑅𝐻 é a incerteza combinada dada por:
Dessa forma,
Portanto,
̅̅̅̅
𝑅𝐻 = (0,010 ± 0,002) m3 /C
1
𝑛=− (18)
̅̅̅̅
𝑞𝑅𝐻
Substituindo 𝑞 = 𝑒 = −1,0601 × 10−19 C e ̅̅̅̅
𝑅𝐻 = (0,010 ± 0,002) m3 /C,
obtemos:
𝑛 = 6,18286 × 1020
2
𝜕𝑛
𝜎𝑛 = √( ∙ 𝜎̅̅̅̅
𝑅𝐻 )
̅̅̅̅
𝜕𝑅 𝐻
1
𝜎𝑛 = ∙ 𝜎̅̅̅̅ (19)
𝑅𝐻 )2 𝑅𝐻
𝑒(̅̅̅̅
𝜎𝑛 = 3 × 1020
Portanto,
𝑛 = (6 ± 3) × 1020
7. Conclusão
[3] – ALONSO, M., FINN, J.E., Física Vol. III (em espanhol): Fundamentos
Quânticos e Estatísticos.
[4] – YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.; Física II, Sears e Zemansky –
Eletromagnetismo; vol. 3.; Pearson Education do Brasil; São Paulo; 2016.