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Fichas Técnicas de Culturas

1ª Edição

Maputo, Outubro de 2010

1
Titulo:

Fichas Técnicas de Culturas Seleccionadas

Produção:

• Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM)/ Ministério da


Agricultura

• Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (FAEF)/ Universidade Eduardo


Mondlane (UEM)

Equipa de Trabalho

Coordenação: Calisto Bias (Director Geral do IIAM) e Emílio Tostão (Director da


FAEF)

Grupo de Autores: Calisto Bias, Marcos Freire, João Mutondo, Gilead Mlay,
Feliciano Mazuze, Emílio Tostão, Manuel Amane, Tomás Chiconela, Castilho
Amilai, Carvalho Carlos Ecole, e Mário Falcão.

Mapas: Jacinto Mafalacusser e Arquivos do INIA-DTA

Revisão e edição: Roseiro Mário Moreira e Américo António Humulane

Impressão: Pátria – Serigrafia, Gráfica e Serviços, L:td

Tiragem: 1500 exemplares

Maputo, Outubro de 2010.

2
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 6
1.1. Justificação.................................................................................................................... 6
1.2. Objectivos ..................................................................................................................... 6
1.3. Considerações metodológicas e limitações.................................................................. 7
1.4. Organização do documento.......................................................................................... 8
2. Regiões agro-climáticas...................................................................................................... 10
3. Condução das culturas ....................................................................................................... 12
3.1. Preparação do solo .....................................................................................................12
3.1.1. Observações gerais sobre a preparação do solo..........................................12
3.2. Sementeira..................................................................................................................13
3.3. Viveiros e transplante .................................................................................................14
3.3.1. Cuidados a ter no transplante ......................................................................14
3.4. Nutrição das Plantas ...................................................................................................14
3.4.1. Adubação Química........................................................................................15
3.5. Pragas, Doenças, e Infestantes ...................................................................................16
3.5.1. Controle de pragas ....................................................................................... 17
3.5.2. Controle de doenças.....................................................................................19
3.5.3. Controle de infestantes ................................................................................19
3.6. Transporte dos pesticidas...........................................................................................20
3.6.1. Armazenagem dos produtos ........................................................................20
3.6.2. Derramamento de recipientes em armazenagem .......................................21
3.6.3. Como desfazer-se do lixo..............................................................................21
3.6.4. Roupas protectoras ......................................................................................21
3.7. Colheita, pós-colheita e armazenagem ......................................................................22
4. Fichas Técnicas das Culturas............................................................................................... 25
4.1. CEREAIS .......................................................................................................................25
4.1.1. ARROZ ...........................................................................................................25
Arroz de Regadio com Baixos Insumos ..........................................................28
Arroz de Regadio com Altos Insumos ............................................................31
Arroz de Regadio com Médios Insumos ........................................................34
4.1.2. MAPIRA.........................................................................................................37
Mapira de Sequeiro com Médios Insumos ....................................................39
Mapira de Sequeiro Baixos Insumos..............................................................42
4.1.3. MILHO...........................................................................................................45
Milho de Regadio com Altos Insumos ...........................................................49
Milho de Regadio com Altos Insumos ...........................................................52
Milho de Regadio com Altos Insumos ...........................................................55
Milho de Sequeiro com Altos Insumos ..........................................................58
Milho de Regadio e Altos Insumos ................................................................61
4.1.4. TRIGO............................................................................................................64
Trigo de Regadio com Médios Insumos.........................................................67
Trigo de Regadio com Altos Insumos.............................................................70
4.2. LEGUMINOSAS DE GRÃO ............................................................................................73
4.2.1. AMENDOIM ..................................................................................................74
Amendoim de Regadio com Altos Insumos ...................................................77
Amendoim de Regadio com Médios Insumos ...............................................80
Amendoim de Sequeiro com Altos Insumos..................................................83

3
Amendoim de Sequeiro Com Médios Insumos .............................................86
Amendoim de Sequeiro com Baixos Insumos................................................89
4.2.2. FEIJÃO VULGAR.............................................................................................92
Feijão de Regadio com Altos Insumos ...........................................................94
Feijão de Regadio com Médios Insumos .......................................................97
Feijão de Regadio com Altos Insumos .........................................................100
Feijão de Regadio com Médios Insumos .....................................................103
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos........................................................106
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos........................................................109
Feijão de Sequeiro com Baixos Insumos......................................................112
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos........................................................115
Feijão de Sequeiro com Médios Insumos ....................................................118
Feijão de Sequeiro com Baixos Insumos......................................................121
4.2.3. FEIJÃO NHEMBA .........................................................................................124
Feijão Nhemba de Regadio com Altos Insumos ..........................................126
Feijão Nhemba de Regadio com Médios Insumos.......................................129
Feijão Nhemba de Regadio com Altos Insumos ..........................................132
Feijão Nhemba de Regadio com Médios Insumos.......................................135
Feijão Nhemba de Sequeiro com Altos Insumos .........................................138
4.2.4. SOJA ............................................................................................................141
Soja de Regadio com Altos Insumos ............................................................143
Soja de Regadio com Altos Insumos ............................................................146
Soja de Sequeiro com Altos Insumos...........................................................149
Soja de Sequeiro com Altos Insumos...........................................................152
Soja de Sequeiro com Altos Insumos...........................................................155
Soja de Sequeiro com Altos Insumos...........................................................158
Soja de Sequeiro com Médios Insumos.......................................................160
4.3. RAÍZES E TUBÉRCULOS..............................................................................................163
4.3.1. BATATA RENO.............................................................................................164
Batata de Regadio com Altos Insumos ........................................................167
Batata de Regadio com Médios Insumos ....................................................171
Batata de Regadio com Baixos Insumos ......................................................175
Batata de Regadio com Altos Insumos ........................................................178
Batata de Regadio com Medios Insumos ....................................................182
Batata de Regadio com Baixos Insumos ......................................................186
Batata de Regadio com Médios Insumos ....................................................189
4.4. OLEAGINOSAS ...........................................................................................................192
4.4.1. GERGELIM...................................................................................................193
Gergelim de Sequeiro com Altos Insumos...................................................194
Gergelim de Sequeiro sem Insumos ............................................................197
Gergelim de Sequeiro com Médios Insumos...............................................199
4.4.2. GIRASSOL ....................................................................................................202
Girassol de Sequeiro com Altos Insumos.....................................................203
4.5. CULTURAS INDUSTRIAIS............................................................................................206
4.5.1. ALGODÃO....................................................................................................207
Algodão de Sequeiro com Altos Insumos ....................................................208
4.6. HORTÍCOLAS..............................................................................................................211
4.6.1. TOMATE......................................................................................................212
Tomate de Regadio com altos Insumos.......................................................214
Tomate de regadio com Altos Insumos .......................................................219
Tomate de Regadio com Médios Insumos................................................... 223

4
4.6.2.
REPOLHO ....................................................................................................227
Repolho de Regadio com Altos Insumos .....................................................227
4.6.3. CEBOLA .......................................................................................................231
Cebola de Regadio com Altos Insumos........................................................231
Anexo I: Orçamento de culturas ................................................................................................... 236
Anexo II: Instalação do software de elaboração e acesso às fichas técnicas ................................. 239
Requisitos Iniciais...................................................................................................................239
Instalar a Base de Dados........................................................................................................239
Instalar o Java ........................................................................................................................240
Introduzir os Dados................................................................................................................240
Correr o Sistema ....................................................................................................................240

5
1.Introdução
1.1. Justificação
A pobreza e a insegurança alimentar têm sido os principais factores que têm contribuído para
a deterioração do padrão de vida dos Moçambicanos. Para reduzir os níveis de pobreza e de
insegurança alimentar, o Governo da República de Moçambique tomou medidas concretas de
suporte ao sector agrário e adoptou a Estratégia da Revolução Verde para garantir o aumento
da produção e da produtividade agrárias. No quadro da Estratégia da Revolução Verde e em
resposta à crise alimentar mundial, o governo aprovou em 2008 o Plano de Acção para a
Produção de alimentos (PAPA) cujo objectivo principal é eliminar o défice dos principais
produtos alimentares dentro de 3 anos e reduzir a dependência das importações. Para cada
produto alimentar básico que consta no plano, foram identificados os distritos com alta
aptidão para a sua produção e foram definidos, na forma geral, as intervenções tecnológicas a
serem implementadas além das outras intervenções necessárias ao longo das cadeias de valor.
O sucesso na implementação do PAPA e de planos semelhantes no futuro dependerá da
disponibilidade de pacotes tecnológicos rentáveis, dos serviços de apoio aos agricultores
sobre a sua utilização e do acesso aos mercados.

Moçambique tem vindo a usar fichas técnicas de culturas elaboradas em 1982 pela Unidade
de Direcção Agrícola (UDA). Contudo, volvidos 28 anos, as fichas da UDA podem não
representar a situação actual da produção agrícola em Moçambique devido às mudanças
climáticas, económicas, sociais e políticas que se têm registado ao longo do tempo. Estas
mudanças têm afectado o calendário das culturas, as quantidades de factores de produção a
aplicar num determinado processo produtivo assim como os tipos de factores de produção a
serem usados. Além disso, as fichas da UDA foram preparadas para empresas estatais e
cooperativas, assumindo um nível alto de mecanização e de uso de insumos.

A falta de informação actualizada e acessível sobre as opções tecnológicas rentáveis para


diferentes grupos de produtores foi o principal motivo para a realização deste trabalho. O
Ministério da Agricultura incumbiu o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique
(IIAM) e a Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (FAEF), da Universidade
Eduardo Mondlane (UEM), a tarefa de elaborar fichas técnicas de culturas que servirão como
instrumento chave para suportar a implementação do PAPA e de outros programas
semelhantes de intensificação da agricultura. Esta obra insere-se neste contexto e constitui o
primeiro documento de consulta para a produção de culturas seleccionadas, estando aberto a
aperfeiçoamentos com a inclusão mais dados nas edições posteriores.

1.2. Objectivos
As fichas técnicas foram elaboradas com os seguintes objectivos:
a) Providenciar orientações sobre alguns pacotes tecnológicos para a produção de
culturas aos produtores, extensionistas e outros actores do sector agrícola,
b) Providenciar informação básica necessária para a planificação ao nível do produtor. A
informação que consta nas fichas quando complementada com preços esperados dos

6
insumos e dos produtos permite ao produtor escolher entre as opções tecnológicas e
de culturas que satisfazem o seu objectivo de fazer lucro. O anexo I apresenta um
exemplo de um orçamento para a cultura de batata vulgar (mais conhecida por batata
reno). O exemplo usa os preços indicativos de insumos usados para a produção de
batata reno e o preço da batata para calcular a margem bruta, o preço crítico e o
rendimento crítico resultante da produção da batata reno.

1.3. Considerações metodológicas e limitações


Este trabalho foi realizado em 4 etapas principais que consistiram em:
a) Desenvolvimento da metodologia global para a elaboração de fichas técnicas,
b) Elaboração das fichas iniciais com base na informação secundária (resultados de
investigação dentro e fora do país);
c) Desenvolvimento dum pacote informático (ainda em fase incipiente) para facilitar a
produção de fichas e outros relatórios incluindo a sua actualização;
d) Trabalho de campo para a validação das fichas desenvolvidas com base na informação
secundária;
e) Digitação dos dados no pacote informático e a produção das fichas técnicas.

As fichas técnicas desenvolvidas incluem culturas que constam no Plano de Acção para a
Produção de Alimentos, nomeadamente cereais (arroz, mapira, milho e trigo), leguminosas
(amendoim, feijão nhemba, feijão vulgar e soja), oleaginosas (gergelim e girassol), raízes e
tubérculos (batata reno), hortícolas (cebola, repolho e tomate) e culturas industriais (algodão)
bem assim viveiros de hortícolas, tais como, viveiros de 30 dias (tomate, beringela, repolho e
couve) e viveiros de 35 dias (cebola). Todas as fichas técnicas foram elaboradas tendo em
conta o nível de uso de factores de produção (alto, médio ou baixo) na produção agrária, as
diferentes zonas agro-ecológicas (alta, intermédia ou baixa), a época do cultivo (quente ou
fresca) e o sistema de cultivo (irrigado ou sequeiro).

Especificamente, as fichas técnicas contêm, na sua estrutura, a folha de cobertura, a ficha


calendário e as fichas de aprovisionamento. Na folha de cobertura são apresentados a cultura;
o sistema de cultivo (irrigado ou sequeiro), a época de cultivo (quente ou fresca), o nível de
utilização de insumos (alto, médio ou baixo), a zona agro-ecológica (baixa, intermédia ou
alta) e o rendimento esperado. A ficha calendário apresenta a sequência das operações, desde
a preparação do solo até ao transporte. A ficha de aprovisionamento apresenta as quantidades
necessárias, em termos de preparação do solo (horas máquinas), factores de produção
(semente, adubos, diesel, pesticidas e outros insumos), força de trabalho (para sementeira,
regas, sachas, etc.), colheita e transporte.

Note-se que antes da apresentação das fichas técnicas com a estrutura acima descrita,
apresenta-se, para cada cultura, uma tabela com as características das diferentes variedades, a
taxa de sementeira, o compasso e as tabelas das principais pragas e doenças. Para algumas

7
culturas apresenta-se um mapa de aptidão agro-climática, para as condições de produção em
sequeiro e em condições de irrigação.

As presentes fichas técnicas ainda não apresentam o orçamento de culturas em virtude das
diferenças de preços que se praticam nas diferentes regiões do país. Contudo, como foi
referenciado acima, o anexo I apresentada um exemplo da metodologia a ser seguida para a
elaboração dos orçamentos de culturas.

Os coeficientes técnicos apresentados nestas fichas devem ser vistos como sendo os valores
indicativos médios. Falta ainda elaborar fichas específicas por zona agro-climáticas para
tomar em conta as variações em condições bio-fisicas que afectam o uso de alguns factores
produtivos tais como mão-de-obra, tracção animal, etc. Adicionalmente, falta também fazer
uma validação técnica dos coeficientes médios ora reportados, através de ensaios agrícolas de
longo prazo em diferentes zonas agro-ecológicas. Com a ajuda do pacote informático, que
permite o acesso às fichas e a produção de novas fichas de uma forma interactiva via internet,
este trabalho será mais enriquecido. O anexo II apresenta alguma informação sobre como
instalar e usar o pacote informático.

1.4. Organização do documento


O documento está organizado em duas partes. A parte 1 inicia com a apresentação das regiões
agro-climáticas e descreve os aspectos gerais relacionados com a condução de uma cultura
tais como preparação do solo, sementeira, viveiro e transplante, nutrição de plantas, pragas,
doenças e infestantes assim como colheita, pós-colheita e armazenagem. A parte 2
complementa a primeira apresentando as fichas técnicas propriamente ditas sobre alguns
cereais, leguminosas de grão, raízes e tubérculos, oleaginosas, culturas industriais e
hortícolas. No final do documento estão inseridos dois anexos. O primeiro anexo sobre o
orçamento de culturas e o segundo sobre a instalação do software de elaboração e acesso às
fichas técnicas.

8
Fichas Técnicas de Culturas

Parte 1

9
2. Regiões agro-climáticas
Estas zonas foram propostas no estudo de Mário de Carvalho (1969)1, que usa a
caracterização geral da região (incluindo temperatura, altitude, precipitação média anual) e a
evapotranspiração potencial (ETP) como base para a sua definição. Sendo assim, foram
estabelecidas 15 regiões agro-climáticas agrupadas em 3 grupos de acordo com a altitude
média da região, nomeadamente zonas altas, intermédias e baixas (ver o mapa que se segue).
A explicação detalhada sobre os parâmetros usados para a classificação das diferentes regiões
agro-climáticas encontra-se na tabela 1.

1
Carvalho, Mário de, 1969. A agricultura tradicional de Moçambique. Lourenço Marques: Missão de Inquérito
Agrícola de Moçambique. 67 p. + 3 mapas.

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Tabela 1. Descrição das Regiões Agro-climáticas usadas como base para as fichas técnicas.

Região Caracterização/ Distribuição ETP Temperatura Altitude (m) Precipitação


(mm/ano) Média Anual Média Anual
(oC) (mm)
I, II, III, IV, V Zonas Altas, Frescas, Alta Precipitação e Baixa ETP <1300 <22 > 500 >1000

I Zona Alta do Niassa <1300 <22 >800 1000-1400


II Zona Alta de Tete <1300 <22 >1000 >1200
III Zona Alta de Manica e Maputo <1300 <22 >500 >1200
IV Zona Alta da Zambézia <1300 <22 >500 1500-1600
V Zona Alta do Planalto de Mueda <1300 <22 500-1000 >1000
VI, VII, VIII, Zonas Intermédias (altitude, temperatura, precipitação e 1300- 1500 22-24 200-1000 900-1500
IX ETP)
VI Zona de Altitude Intermédia do Niassa e Interior de Cabo 1300- 1500 22-24 500 900-1200
Delgado
VII Zona de Altitude Intermédia da Zambézia e Nampula 1300- 1500 22-24 200-500 1200-1500
VIII Zona de Altitude Intermédia do Norte de Tete 1300- 1500 22-24 500-1000 1000-1200
IX Zona de Altitude Intermédia de Manica e Sofala 1300- 1500 22-24 200-600 900-1100
X, XI, XII, XIII, Zonas Baixas, Quentes, Baixa Precipitação e Alta ETP > 1500 > 24 <500 <1000
XIV, XV
X Zona Baixa de Nampula, Cabo Delgado e Niassa >1500 >24 <500 800-1000
XI Zona Litoral e Sub-litoral de Nampula, Zambézia e Sofala >1500 >24 <200 800-1000
XII Zona dos Vales dos Rios Zambeze e Chire >1500 >24 <500 <1000
XIII Zona da Faixa Costeira de Maputo, Gaza e Inhambane >1500 >24 <200 <800
XIV Zona Baixa do interior de Maputo, Gaza e Inhambane >1500 >24 <200 400-800
XV Zona Seca do Interior de Gaza >1500 >24 200-500 <400

ETP=Evapotranspiração

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3.Condução das culturas
3.1. Preparação do solo
A preparação do solo é um conjunto de actividades de revolvimento do solo
com o objectivo de criar condições para a sementeira da cultura, facilitar o
desenvolvimento radicular das plantas e controlar as infestantes. Além destes
feitos, a preparação do solo contribui também para a incorporação dos
restolhos das culturas, garantindo assim a sua decomposição e, ao mesmo
tempo, a redução das pragas e doenças do solo.

A preparação do solo pode ser mecânica, com tracção animal e manual. Nos
três casos, o acto de preparação compreende o corte, viragem e exposição da
porção visada da terra aos elementos climáticos. A profundidade da
mobilização da terra pode variar entre 15 e 30 cm, considerando-se a média
normal de 20 a 25 cm. Normalmente faz-se uma lavoura. Entretanto, no caso
de solo pesado e infestado com plantas daninhas recomenda-se duas
passagens.

Após a lavoura faz-se a gradagem. No caso de se tratar de um solo leve, duas


ou mais gradagens podem substituir a lavoura com charrua. Consoante o
equipamento disponível, a profundidade da primeira gradagem é de 10 – 15
cm e as restantes de 7 a 10 cm.
3.1.1. Observações gerais sobre a preparação do solo
Para o cultivo de qualquer cultura é importante que se escolha um solo que
seja apropriado para permitir um melhor estabelecimento, crescimento e uma
boa produção da mesma. Dependendo do tipo de solo, o número de
passagens requeridas pode ser variável. Em solos pesados, húmidos ou
infestados por plantas daninhas, recomenda-se aumentar o número de
passagens. Contrariamente, em solos leves, livres de plantas daninhas ou
naqueles em que a cultura anterior tenha um ciclo curto e esteja ainda em
boas condições, recomenda-se a redução do número de passagens.

A profundidade de trabalho (lavoura) é um outro parâmetro que, dependendo


do tipo de solo e da cultura, também pode ser diferenciada. No caso de se
pretender semear uma cultura com raízes superficiais, num solo não
compactado, recomenda-se reduzir a profundidade de trabalho. A sementeira
de culturas com um sistema radicular profundo, em solos compactos, deve
ser precedida de uma lavoura profunda.

12
3.2. Sementeira
Para a realização da sementeira é necessário ter em conta os seguintes
aspectos:

1. O calendário da sementeira – deve obedecer às normas técnicas e ter-


se um profundo conhecimento do local. Deve-se evitar uma situação
em que a planta germine e fique logo desprovida de humidade,
resultando assim na queima dos embriões e na consequente perda da
sementeira.
2. A norma da sementeira (kg de semente por hectare) – varia segundo
o poder germinativo da semente, o sistema usado (se em sequeiro ou
irrigado), a variedade a ser utilizada e o compasso a usar.
3. A norma da plantação (o número de plantas por hectare) – é
calculado de modo a dar a cada planta espaço suficiente e uniforme
para o seu crescimento e desenvolvimento.
4. A distribuição no campo (compasso) – escolhe-se o compasso
segundo os requisitos da planta e tem-se em conta, também, a
maquinaria existente (semeador, tractor, adubador, autocombinada,
etc.).
5. A profundidade de sementeira – está regulada conforme a afinação da
semeadora. Indica-se a profundidade tomando em conta os seguintes
factores:
a) Solo – num solo franco-arenoso a profundidade é maior que num
solo argiloso;
b) Tamanho da semente – quanto maior for a semente, tanto mais
profunda deve ser a sementeira;
c) Humidade – nos solos secos semeia-se mais profundamente que
nos solos húmidos. Também no início da época da sementeira,
quando as chuvas ainda são escassas, coloca-se a semente a uma
profundidade maior.

Com a introdução da agricultura de conservação, a sementeira directa


começa a ganhar espaço.
Entende-se por sementeira directa, a operação que consiste em semear
culturas em solos não mobilizados mecanicamente e nos quais a única
preparação mecânica é a abertura de um sulco que apenas possui a secção e
profundidade suficientes para garantir uma boa cobertura da semente. É
natural que a alteração na forma de instalação de culturas dos métodos
convencionais para a sementeira directa, passará por uma série de
pressupostos.

13
3.3. Viveiros e transplante
Como viveiro considera-se o lugar onde as plantas são criadas
provisoriamente durante a primeira parte do seu crescimento. O viveiro pode
ficar ao ar livre ou num lugar protegido.

No manuseio de viveiros de hortícolas, deve-se ter em conta os seguintes


cuidados:
• Interditar a entrada de pessoas não autorizadas;
• Proibir fumar (os restos de tabaco são fonte de vírus e doenças para
uma série de plantas solanáceas como o tomate, a batata, a beringela,
o pimento, etc.);
• Evitar regar quando as temperaturas são elevadas;
• Endurecer as plantas antes do transplante. Quer dizer, deve-se,
paulatinamente criar condições parecidas àquelas do meio ambiente
em que as plantas irão continuar o seu crescimento. Isto significa
limitar a rega e equilibrar a temperatura, tirando os abrigos contra o
sol e a chuva. Este tratamento deve ser iniciado 4 a 5 dias antes do
transplante.
3.3.1. Cuidados a ter no transplante
Na actividade de transplante devem ser observados os seguintes cuidados:

• Humedecer o substrato onde crescem as plântulas, no viveiro, 2 dias


antes do transplante e no dia do arranque. Esta operação evita a perda
de plantas no momento do transplante e proporciona um melhor
manuseio das mudas;
• Arrancar as plantas uma a uma, com o máximo de cuidado para evitar
danificar as raízes;
• Sempre que possível, realizar o transplante ao entardecer, para evitar
altas temperaturas e altos índices de transpiração;
• Regar imediatamente após o transplante; e
• Somente arrancar plantas suficientes para o trabalho do dia

3.4. Nutrição das Plantas


A planta fixa-se no solo por meio das suas raízes, sendo essas raízes que
também extraem do solo os nutrientes que a planta requer para o seu
crescimento e desenvolvimento.

O estudo da nutrição mineral e do crescimento das plantas envolve a


caracterização de elementos minerais essenciais. Na natureza, estão à
disposição das plantas, quase todos os elementos da tabela periódica. Uma

14
simples análise química de um vegetal não funcionaria para determinar quais
destes elementos são essenciais, pois a planta pode absorver e armazenar nos
seus tecidos muitos elementos que não lhe são essenciais. É necessário
determinar os nutrientes de acordo com um critério de essencialidade. Um
elemento é considerado essencial quando atende aos seguintes critérios:

• Na sua ausência a planta não cresce normalmente nem completa o seu


ciclo de vida, ou seja, não se desenvolve correctamente e não se
reproduz;
• O elemento é insubstituível, ou seja, a sua deficiência só pode ser
corrigida através do seu fornecimento e não de algum outro.
• O elemento químico faz parte de uma molécula, de um constituinte
ou de uma reacção bioquímica essencial à planta.

As quantidades exigidas de cada nutriente por uma determinada planta são


variáveis, mas todos eles são igualmente importantes. Nesta óptica podemos
dividir os nutrientes em macronutrientes e micronutrientes.

Macronutrientes - os macronutrientes são os elementos básicos necessários


em maiores quantidades pelas plantas. São eles: Carbono, Oxigênio,
Hidrogénio (retirados do ar e da água) e Nitrogênio, Fósforo, Potássio,
Cálcio, Magnésio e Enxofre (retirados do solo, sob condições naturais).

Micronutrientes - os micronutrientes são requeridos em pequenas


quantidades, de miligramas (um milésimo do grama) a microgramas (um
milionésimo do grama). São micronutrientes o Boro, Cloro, Cobre, Ferro,
Manganês, Molibdénio, Níquel e Zinco.

A água dissolve os nutrientes e facilita o seu transporte do solo para as várias


partes da planta. Assim, reconhece-se o papel fundamental da água no
crescimento e desenvolvimento das plantas, principalmente no que diz
respeito ao aproveitamento das aplicações dos adubos.
3.4.1. Adubação Química
Os adubos químicos são fontes ricas e de fácil aplicação dos nutrientes
fundamentais (NPK e Ca). As normas técnicas indicam a quantidade de
nutriente (NPK) que se deve aplicar por hectare. Para determinar a
quantidade usa-se a seguinte fórmula:

Kg de adubo/hectare = kg de nutriente/ha x 100


% de nutriente no adubo

15
Exemplo: pretende-se aplicar 25 kg de N por hectare

Fontes de adubo:
a) Sulfato de amónio .................................................................... 20 %
de N
b) Ureia ......................................................................................... 46 %
de N

Cálculo da quantidade por hectare de sulfato de amónio

a) 25 x 100 = 125 kg / ha de sulfato de amónio


20

No caso da ureia, calcula-se assim:

b) 25 x 100 = 54 kg / ha
46

No mercado vendem-se os seguintes grupos de adubos:


• Adubos nitrogenados – contêm N
• Adubos fosfatados – contêm P
• Adubos potássicos – contêm K
• Adubos compostos – contêm N P K

3.5. Pragas, Doenças, e Infestantes


As plantas cultivadas descendem de formas selvagens. O homem tirou-as do
seu ambiente natural e transformou-as através da selecção, aumentando
assim a sua utilidade e o seu rendimento. Com esse processo, aumentou-se
também o perigo de ataque e infestação de pragas, doenças e infestantes.

Plantações intensivas de uma só cultura facilitam o rápido desenvolvimento


das pragas, doenças e infestantes. Por pragas entende-se todas as espécies de
animais que destroem as plantas cultivadas, incluindo as aranhas, pássaros,
insectos e ratos, entre outros. Por doença entende-se um funcionamento
anormal das células e dos tecidos da planta, como consequência da
perturbação provocada pelos agentes patogénicos ou factores ambientais
desfavoráveis que se manifestam através de sintomas. Por infestante entende-
se toda a planta fora do lugar ou planta que se desenvolve onde não é
desejada.

As doenças têm duas classificações:


1) As provocadas por bactérias, vírus ou fungos; e

16
2) As de origem fisiológica, causadas pela influência de solos
impróprios, adubação errada e má consecução de outros factores
culturais.
3.5.1. Controle de pragas
O controle de pragas faz-se com o uso de métodos específicos, que variam
em função da natureza do tratamento, tipos de produtos químicos,
formulações, condições pré-aplicatórias, bem como o gênero e a espécie da
praga identificada. O controle químico de pragas requer muita atenção, pois
envolve a manipulação de princípios activos que exigem conhecimentos
técnicos e cuidados de segurança.

a) Controle mecânico
Entende-se por controle mecânico a recolha manual e a destruição de focos
de larvas de insectos. Este tipo de controle restringe-se a áreas pequenas,
devido à necessidade excessiva de mão-de-obra.

b) Controle cultural
O método cultural consiste na manipulação do agrossistema com o objectivo
de torná-lo menos favorável para o desenvolvimento das pragas. As medidas
culturais são práticas agronómicas que têm estado em uso há muito tempo na
sanidade vegetal e constituem um bom exemplo de métodos aplicados com a
finalidade de prevenir do que destruir populações de pragas.

Os métodos culturais mais usados incluem:


a) Destruição de restos culturais;
b) Enxertia, poda ou desbaste;
c) Eliminação de plantas vivas doentes (“roguing”);
d) Uso de variedades resistentes a doenças, ataque de insectos, e
competitivas com as infestantes;
e) Densidade de sementeira adequada;
f) Maneio da água e dos fertilizantes (regar ou fertilizar quando
necessário);
g) Respeitar as datas de sementeira, plantio e colheita;
h) Uso de culturas armadilhas;
i) Uso de variedades adaptadas à região;
j) Uso de material de propagação livre de insectos, doenças e semente
de infestantes;
k) Manipulação ou destruição dos hospedeiros alternativos;
l) Rotações culturais;
m) Cultivo em faixas, misto ou intercalar.

17
c) Controle biológico
O controlo biológico consiste no emprego de um organismo vivo (predador,
parasita ou patógeno) que ataca outro que esteja causando danos económicos
às culturas. Quando bem planeado, o controle biológico providencia
evidentes vantagens em relação ao uso de agentes químicos, uma vez que
não polui o ambiente e não causa desequilíbrios ecológicos.

d) Controle químico
Consiste no uso de produtos químicos ou pesticidas (insecticidas, fungicidas,
avicidas, rodenticidas, nematicidas, herbicidas) no controlo de pragas. As
fichas técnicas indicam as pragas e doenças mais comuns e o seu controle
químico.

Distinguem-se dois regimes de aplicação dos produtos químicos:


• Aplicações preventivas: as que se fazem rigorosamente segundo o
calendário indicado; e
• Aplicações curativas: as que se fazem na altura do desenvolvimento
da praga.

Ao conjunto dos produtos químicos usados no controlo de pragas chama-se


pesticidas, entre os quais existem os insecticidas –usados contra os insectos;
os nematicidas – usados contra os nemátodos; os fungicidas – usados contra
os fungos; e os herbicidas – usados contra as plantas daninhas.

Os pesticidas aplicam-se das seguintes maneiras:


• Pulverizações – mistura do produto, em líquido ou em pó, diluído
com água e aplicado em gotículas;
• Polvilhações – o pó é ligeiramente espalhado sobre as plantas; e
• Grânulos – os grânulos do produto são colocados no funil das plantas
ou ao pé da planta.

Seja qual for a praga ou a doença a controlar, o produto utilizado e o método


de aplicação escolhido, é imprescindível obedecer as várias regras que
asseguram o aproveitamento correcto dos produtos químicos.

Entre essas regras, destacam-se:


• A medição exacta da quantidade do pesticida por hectare;
• A utilização da quantidade certa de água de mistura;
• Aplicação no momento oportuno, isto é segundo o calendário ou
início do aparecimento das pragas.

18
e) Controle integrado
O controlo integrado de pragas é um sistema ou estratégia de maneio de
pragas que utiliza todas as técnicas e métodos adequados para a eliminação
de pragas da forma mais coordenada possível, a fim de manter as densidades
das mesmas a níveis inferiores aos que causam prejuízos económicos.
3.5.2. Controle de doenças
O controle de doenças visa a redução na sua incidência e severidade; deve ter
conotação económica e biológica; deve existir eficiência dos métodos de
controle empregues. O máximo de eficiência a alcançar depende de:

a) conhecimentos da etiologia da doença;


b) conhecimentos quanto às condições climáticas e culturais
favoráveis à ocorrência da doença;
c) conhecimento do ciclo das relações patógeno-hospedeiro; e
d) eficiência dos métodos de controle disponíveis.
3.5.3. Controle de infestantes
O controle de infestantes é uma prática de elevada importância para a
obtenção de altos rendimentos em qualquer exploração agrícola. Esta prática
é tão antiga quanto a própria agricultura.

As infestantes constituem um grande problema para as culturas. Sendo


assim, a necessidade de controlá-las é um imperativo permanente.
Dependendo da espécie, densidade de infestação e distribuição da infestante
numa cultura, as perdas podem ser significativas. A infestante prejudica a
cultura, porque com ela compete pela luz solar, pela água e pelos nutrientes.
Por outro lado, dependendo do nível de infestação e da espécie, pode
dificultar a operação de colheita e comprometer a qualidade do grão.

Os métodos normalmente utilizados para controlar as infestantes são o


mecânico, o químico e o cultural. Quando possível, é aconselhável utilizar a
combinação de dois ou mais métodos.

O controle cultural consiste na utilização de técnicas de maneio da cultura


(época de sementeira, espaçamento, densidade, adubação, cultivar, etc.) que
propiciem o desenvolvimento da cultura, em detrimento da infestante.

O método mais utilizado para controlar as infestantes é o químico, isto é, o


uso de herbicidas. As vantagens do uso de herbicidas incluem a economia de
mão-de-obra e a rapidez na aplicação. Para que a aplicação dos herbicidas
seja segura, eficiente e económica, exigem-se técnicas refinadas. O

19
reconhecimento prévio das infestantes predominantes é uma condição básica
para a escolha adequada do produto que resultará no controle mais eficiente
das infestantes.

A eficiência dos herbicidas aumenta quando são aplicados em condições


favoráveis. É fundamental que se conheçam as especificações do produto
antes de sua utilização e que se regule correctamente o equipamento de
pulverização, quando for o caso, para evitar riscos de toxicidade ao homem e
à cultura. Os herbicidas são classificados quanto à época de aplicação, em
pré-plantio, pré-emergentes e pós-emergentes.

3.6. Transporte dos pesticidas


• Verifique sempre se foi enviado o produto correcto;
• Verifique se os recipientes estão perfeitos e os rótulos intactos;
• Não transportar pesticidas junto com alimentos, rações para animais
ou outros materiais em recipientes permeáveis, por exemplo sacos; e
• No caso de veículos, o condutor deve ser especificamente prevenido
da possibilidade de perigo dos produtos que ele transporta.
3.6.1. Armazenagem dos produtos
Os princípios básicos no armazenamento de pesticidas são:

• Os pesticidas devem ser armazenados em edifício fresco, seco e bem


ventilado e inacessível às crianças e pessoas não autorizadas;
• Os pesticidas devem ser guardados bem longe de alimentos e rações
para animais;
• Os herbicidas de qualquer tipo necessitam de ser armazenados
separadamente de outros pesticidas;
• Não deve ser permitido fumar, comer ou beber na área de
armazenamento; e
• Cada produto deve ser colocado numa pilha individual, com um
intervalo entre cada uma.

Na área de armazenamento deve existir o seguinte material:


• Roupas protectoras;
• Facilidades de lavagem;
• Extintores de fogo, baldes de areia, etc.;
• Serradura, areia ou terra para absorver o derramamento; e
• Recipientes próprios vazios, escovas, vassouras, etc.

20
3.6.2. Derramamento de recipientes em armazenagem
Se acontecer derramamento, é importante:
• Isolar a área afectada e manter afastadas as pessoas não autorizadas;
• Todos os que tratam do derramamento, ou recipientes danificados
devem usar roupas protectoras apropriadas por;
• O edifício deve ser convenientemente ventilado;
• Prestar os primeiros socorros a alguém afectado pelo pesticida e tratar
de obter assistência médica imediata.
3.6.3. Como desfazer-se do lixo
Para desfazer-se do lixo deve ser observado o seguinte:
• Nunca permitir que os recipientes vazios de pesticidas sejam usados
para guardar alimentos, rações para animais ou água para consumo;
• Recipientes, serradura, areia ou terra, etc. devem ser queimados em
lixeira apropriada; e
• Se não houver uma lixeira apropriada disponível, queimar numa área
onde não haja risco de contaminação de água de superfície ou de
profundidade, ou acesso às crianças ou animais.
3.6.4. Roupas protectoras
Recomenda-se que seja exigido a todas as pessoas que lidam com pesticidas
o uso de roupas protectoras, como um mínimo de precaução.

Eis a lista de roupas protectoras:


• Fato-macaco: este deve ser de algodão, apertando o pulso e o
pescoço, sem algibeiras. O fato-macaco branco tem a vantagem de
mostrar imediatamente a contaminação;
• Resguardo para a cabeça: quando tenha pó ou sujidade deve ser
retirado. É recomendável o uso de um barrete lavável em algodão;
• Botas: para serem usadas no caso de derramamento e aplicação
manual. Devem ser sem atadores e de material impermeável, por
exemplo borracha. O fato-macaco deve ser usado por fora das botas e
não deve ser metido dentro do cano das mesmas;
• Aventais protectoras: devem ser de borracha neoprene, devendo
cobrir desde o alto do tórax até tocar as botas e rodear o corpo, de
modo a cobrir os lados das pernas;
• Máscaras e óculos protectores: as máscaras têm a vantagem de serem
mais frescas nos climas quentes e não ficarem embaciadas como os
óculos protectores;
• Luvas protectoras: luvas de neoprene são habitualmente preferíveis
às de borracha nítrida ou PVC. Devem existir em quantidades

21
suficientes. Devem ser usadas justas às mãos, por cima das mangas
do fato-macaco e não devem ser luvas pequenas somente até ao
pulso.

EM CASO DE ENVENENAMENTO
• Tentar detectar qual é o produto que constituiu a causa. Caso não seja conhecido,
procurar saber como é que o produto foi absorvido (pela boca, respiração ou
através da pele);
• Prestar os primeiros socorros;
• Enquanto se prestam os primeiros socorros, tratar de obter urgentemente cuidados
médicos ou levar a pessoa para o hospital mais próximo;
• É aconselhável fazer um primeiro contacto com o médico local. O médico deve ser
informado acerca dos produtos manuseados, a fim de ter disponível uma reserva
dos antídotos mais importantes.

PRIMEIROS SOCORROS A OBSERVAR


• Conservar a pessoa quente e em repouso;
• Retirar a roupa contaminada e lavar com água e sabão qualquer pesticida que possa
estar na pele;
• Provocar vómitos, se há suspeita de que o produto tenha sido engolido, excepto
quando a pessoa está inconsciente (não no caso de organo-fosfato);
• Se os olhos estiverem contaminados, lavar com bastante água durante 15 minutos;
• Se a respiração parar, aplicar a respiração boca a boca, a não ser que o material
tenha sido engolido,
• Não dar leite ou substâncias nutritivas no caso dos organoclorados.

3.7. Colheita, pós-colheita e armazenagem


Para alcançar o melhor rendimento por hectare de um produto de boa
qualidade é preciso colher a tempo, isto é, quando o cultivo está maduro e
relativamente seco ou tenha alcançado o óptimo grau de desenvolvimento
dos órgãos da planta que estamos interessados em comercializar (exemplo, as
folhas no caso da alface, os frutos no caso de pepinos ou tomate).

Cada cultura tem um período óptimo para a sua colheita. Adiantar-se na


colheita significa, regra geral, obter menos produto e de inferior qualidade. O
mesmo sucede quando se colhe atrasado.

Geralmente é necessário manter os produtos colhidos durante um certo


tempo em lugares bem ventilados e à sombra, para que baixe a temperatura
no interior deles ou para que se finalize o processo de secagem. Depois deste
período de repouso, os produtos podem ser guardados em lugares fechados
ou ensacados ou postos em caixas. A falta de observância deste
procedimento depois da colheita pode resultar em grandes perdas.

22
As hortícolas têm um tratamento diferente dos cereais. A maioria das
hortícolas deve chegar ao consumidor numa determinada hora para que não
percam a sua qualidade, o seu bom aspecto e grande parte do seu peso. Os
cereais e as leguminosas de grão contêm pouca humidade (12 – 15 %) e é
possível armazena-los por muito tempo.

Para evitar perdas excessivas de cereais e leguminosas deve-se assegurar as


seguintes condições:
1. Guardar somente produtos limpos e pré-seleccionados (eliminar todo
aquele produto que se mostre com algum sintoma de doença ou
deformação). Alguns produtos são ensacados ou empacotados, outros
postos em caixas e outros ainda guardados a granel. Em todos os
casos de armazenagem a embalagem deve estar limpa e desinfectada
para evitar a contaminação dos produtos e a perda paulatina da sua
qualidade e quantidade.
2. O armazém deve ser um local que fique bem fechado a fim de evitar
as perdas por roubos ou que animais domésticos cheguem aos
produtos e os consumam ou deteriorem. O local deve proporcionar
às mercadorias guardadas as condições que limitem no máximo os
processos biológicos dentro delas (porque são matérias vivas que
respiram e podem perder a sua capacidade de germinação ou podem
alterar a sua composição química). Estas condições conseguem-se
geralmente baixando a temperatura e limitando a humidade do
ambiente (ventilando quando a humidade de fora é mais baixa). Cada
produto precisa de condições diferentes de armazenagem, por isso
não é conveniente armazenar juntos cereais com hortaliças, por
exemplo.

Antes de armazenar, deve-se preparar o local para evitar a entrada de chuva.


Deve-se limpar e desinfectar tudo cuidadosamente. Deve-se ainda assegurar
a ventilação para que o armazém não se transforme num centro reprodutor de
pragas e doenças. É importante controlar o estado dos produtos guardados e
retirá-los sempre que mostrarem sinais de perda da qualidade.

23
Fichas Técnicas de Culturas

Parte 2

24
4.Fichas Técnicas das Culturas
4.1. CEREAIS
4.1.1. ARROZ
Tabela 2. Características das variedades de arroz
Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (kg/ha) sementeira (Dias)
ITA 312 Semi-longo 7 Setembro - 130 Zonas irrigadas ou
Dezembro sequeiro favorável
(Zambézia, Sofala)
IR-64 Longo 6 Setembro - 120 Zonas irrigadas ou
Dezembro sequeiro favorável
(Zambézia
LIMPOPO Longo 6 Setembro - 110 Zonas irrigadas ou
Dezembro sequeiro favorável
(Zambézia
C4-63 Longo 6 Setembro - 130 Zonas irrigadas ou
(semi- Dezembro sequeiro favorável
aromático) (Zambézia
CHUPA Longo 5 Setembro - 130 - 150 Sequeiro (Centro e
(aromático) Dezembro Norte)

Taxa de sementeira:
• 120 kg/ha – variedades de porte alto
• 150 kg/ha – variedades de porte baixo

Compasso:
• 20 cm x 20 cm – variedades modernas
• 30 cm x 30 cm a 40 cm x 40 cm – variedades tradicionais

Tabela 3. Principais pragas do arroz


Nome comum Nome científico
Lagarta invasora Spodoptera frugiperda
Gafanhoto
Broca do colmo Diatraea saccharalis
Formigas cortadeiras Acromyrmex spp.
Percevejo do colmo Tibraca limbativentris
Pulgão da raíz Rhopalosiphum rufiabdominale
Percevejo das panículas Oebalus poecilus

25
Tabela 4. Principais doenças do arroz
Nome comum Nome científico
Brusone Pyricularia grisea
Mancha parda Helminthosporium oryzae
Carvão Tilletia barclayana
Podridão do colmo Sclerotium oryzae
Mancha circular Alternaria padwickii

Zonas de aptidão do arroz irrigado em Moçambique

26
Zonas de aptidão do arroz de sequeiro em Moçambique

27
Arroz de Regadio com Baixos Insumos

Ficha Calendário

28
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

29
Ficha de Mão-de-obra

30
Arroz de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

31
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

32
Ficha de Mão-de-obra

33
Arroz de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

34
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

35
Ficha de Mão-de-obra

36
4.1.2. MAPIRA

Tabela 5. Características das variedades de mapira


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de
Grão (ton/ha) sementeira (Dias) Produção
Macia Médio 3,0 – 6,0 Out – Dez 110 – 120 Zona Sul
Sima Grande 4,0 – 7,0 Dez – Jan 120 - 130 Zonas de
Média altitude

Taxa de sementeira:
• 10 kg/ha

Compasso:
• 80 cm x 20 cm ou 90 cm x 10 cm

Tabela 6. Principais pragas da mapira


Nome comum Nome científico
Broca do colmo Sesamia, Busseola e Chilo partelus
Mosca do sorgo Stenodiplosis sorghicola
Percevejo verde Nezara virudula
Lagarta elasmo Elasmopalpus lignosellus
Mosquito da mapira Contarinia sorghicola

Tabela 7. Principais doenças da mapira


Nome comum Nome científico
Antracnose Colletotrichum graminicola
Mildio Peronosclerospora sorghi
Helmintosporiose Exserohilum turcicum
Ferrugem Puccinia purpurea
Podridão seca Macrophomina phaseolina

37
Zonas de aptidão da mapira de sequeiro em Moçambique

38
Mapira de Sequeiro com Médios Insumos

Ficha Calendário

39
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

40
Ficha de Mão-de-obra

41
Mapira de Sequeiro Baixos Insumos

Ficha Calendário

42
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

43
Ficha de Mão-de-obra

44
4.1.3. MILHO

Tabela 8. Características das variedades de milho


Variedade/ Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de
híbrido Grão (ton/ha) Sementeira (Dias) Produção

Chinaca Semi- 5 Sem irrigação 130 Zonas da altitude


duro (Outubro-Novembro) média (Centro e
com irrigação (todo o Norte)
ano)
Djanza Semi- 4 Sem irrigação 120 Zonas baixas
duro (Outubro-Novembro) (Centro e Sul)
com irrigação (todo o
ano)
Sussuma Semi- 4 Sem irrigação 140 Zonas de média e
dentado (Outubro-Novembro) alta altitude
Sem irrigação (todo o (Centro e Norte)
ano)
Olipa Semi- 8 Sem irrigação 150 Zonas de altitude
dentado (Outubro-Novembro) média
com irrigação (todo o
ano)
Tsangano Semi- 8 Sem irrigação 130 Zonas de média e
duro (Outubro-Novembro) alta altitude
com irrigação (todo o (Centro e Norte)
ano)
Obregon Duro 5 Sem irrigação 150 Zonas de alta
(Outubro-Novembro) altitude (Centro e
com irrigação (todo o Norte)
ano)
Changalane Duro 4 Sem irrigação 110 Zonas baixas (Sul)
(Outubro-Novembro)
com irrigação (todo o
ano)
Matuba Duro 4 Sem irrigação (Out- 120 Zonas baixas (Sul)
Nov) com irrigação
(todo o ano)

45
Taxa de sementeira:
• 25 kg/ha

Compasso:
• 80 cm x 20 cm e 70 cm x 50 cm

Tabela 9. Principais pragas do milho


Nome comum Nome científico
Broca do milho Sesamia calamists, Busseola e Chilo
partellus
Broca da espiga (lagarta Helicoverpa zea
americana)
Rosca Agrotis ipsilon e Agrotis segetum
Miriápoldes Scutigerella immaculata Newport
Pulgões Rhopalosiphum maids

Tabela 10. Principais doenças do milho


Nome comum Nome científico
Listrado da folha -
Mancha foliar Helminthosporium turcicum
Podridão da espiga Stenocarpella maydis
Podridão do colmo Diplodia maydis
Ferrugem branca Physopella zeae
Down mildio Perenoclererospora sorghi

46
Zonas de aptidão do milho irrigado em Moçambique

47
Zonas de aptidão do milho de sequeiro em Moçambique

48
Milho de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

49
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

50
Ficha de Mão-de-obra

51
Milho de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

52
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

53
Ficha de Mão-de-obra

54
Milho de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

55
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

56
Ficha de Mão-de-obra

57
Milho de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

58
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

59
Ficha de Mão-de-obra

60
Milho de Regadio e Altos Insumos

Ficha Calendário

61
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

62
Ficha de Mão-de-obra

63
4.1.4. TRIGO

Tabela 11. Características das variedades de trigo


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Nduna 3 Abril a 100 Terras altas do Centro e
Junho Norte

Taxa de sementeira:
• 120 kg/ha

Compasso:
• 18 cm x 18 cm

Tabela 12. Principais pragas do trigo


Nome comum Nome científico
Pulgões Rhopalosiphum padi
Schizaphis graminum
Coleópteros Phyllophaga spp
Phytalus sactipauli
Diloboderus abderus
Lyogenis spp

Tabela 13. Principais doenças do trigo


Nome comum Nome científico
Oidio Blumeria gramini
Ferrugem Puccinia graminis
Mancha foliar Bipolaris sorokiniana
Giberela Gibberella zeae

64
Zonas de aptidão de trigo irrigado em Moçambique

65
Zonas de aptidão de trigo de sequeiro em Moçambique

66
Trigo de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

67
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

68
Ficha de Mão-de-obra

69
Trigo de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

70
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

71
Ficha de Mão-de-obra

72
4.2. LEGUMINOSAS DE GRÃO

AMENDOIM

FEIJÃO

FEIJÃO NHEMBA

SOJA

73
4.2.1. AMENDOIM

Tabela 14. Características das variedades de amendoim

Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção


Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Nametil Pequeno 2,5 Outubro - 110 -120 Todas as regiões
Fevereiro
Mamane Médio 2,8 Outubro - 120 - 130 Centro e Norte
Fevereiro
JL 24 Pequeno 2,5 Outubro - 110 – 120 Todas as regiões
Fevereiro
CG 7 Grande 2,8 Outubro - 120 -130 Centro e Norte
Fevereiro

Taxa de sementeira:
• 75 kg/ha – variedades erectas (tipo Spanish)
• 50 kg/ha – variedades prostradas (tipo Virginia)

Compasso:
• 45 cm x 15 cm – variedades erectas (tipo Spanish)
• 60 cm x 20 cm – variedades prostradas (tipo Virginia)

Tabela 15. Principais pragas do amendoim


Nome comum Nome científico
Lagarta mineira Aproaerema modicella
Afídeos Aphis gossypii
Lagarta rosca Agrotis ipsilon
Cigarrinha Empoasca kraemeri

Tabela 16. Principais doenças do amendoim


Nome comum Nome científico
Roseta -
Mancha foliar precoce Cercospora arachidicola
Mancha foliar tardia Phaeoisariopsis personata
Ferrugem Puccinia arachidis

74
Zonas de aptidão do amendoim irrigado em Moçambique

75
Zonas de aptidão do amendoim de sequeiro em Moçambique

76
Amendoim de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

77
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

78
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

79
Amendoim de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

80
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

81
Ficha de Mão-de-obra

82
Amendoim de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

83
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

84
Ficha de Mão-de-obra

85
Amendoim de Sequeiro Com Médios Insumos

Ficha Calendário

86
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

87
Ficha de Mão-de-obra

88
Amendoim de Sequeiro com Baixos Insumos

Ficha Calendário

89
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

90
Ficha de Mão-de-obra

91
4.2.2. FEIJÃO VULGAR

Tabela 17. Características das variedades de feijão vulgar


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Diacol Grande 2,5 Dezembro 80 Zonas de média a
calima – (Angonia)- alta altitude (Centro
Calima Fevereiro-Março e Norte)
(Centro e Norte)
Bonus Médio - 2 Dezembro 90 Zonas de média a
Catarina (Angonia)- baixa altitude
Fevereiro-Março (Centro e Sul)
(Centro e Norte)
Manteiga Grande - 1,8 Dezembro 90 - 100 Zonas de alta altitude
Creme (Angonia)- (Centro e Norte)
Fevereiro-Março
(Centro e Norte)
Ica Pijao Pequeno 2,5 Dezembro 90 Zonas de média a
– Preto (Angonia)- baixa altitude
Fevereiro-Março (Centro e Sul)
(Centro e Norte)
Cal 143 Grande 3 Dezembro 90 Zonas de média a
– (Angonia)- alta altitude (Centro
Calima Fevereiro-Março e Norte)
(Centro e Norte)
Sugar 131 Grande - 3 Dezembro 90-100 Zonas de média a
Catarina (Angonia)- alta altitude (Centro
Fevereiro-Março e Norte)
(Centro e Norte)

Taxa de sementeira:
• 70 kg/ha – semente de grão grande
• 60 kg/ha – semente de grão pequeno

Compasso:
• 50 cm x 10 cm – variedades erectas determinadas
• 60 cm x 15 cm – variedades erectas indeterminadas

92
Tabela 18. Principais pragas do feijão
Nome comum Nome científico
Nematodos de galha Meloidogyne incognita spp.
Afideos Aphis craccivora
Mosca do feijoeiro Ophiomyia spp
Mosca branca Bemisia tabaci
Lagarta cortadora Agrotis e spodoptera spp
Percevejo manchador Neomegalotomus parvus

Tabela 19. Principais doenças do feijão


Nome comum Nome científico
Antracnose Colletotrichum lindemuthianum
Mancha angular Phaeoisariopsis griseola
Ferrugem Uromyces appendiculatus
Murcha de fusarium Fusarium oxisporum
Podridão radicular seca Fusarium solani
Queima bacteriana Xanthomonas campestris

93
Feijão de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

94
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

95
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

96
Feijão de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

97
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

98
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

99
Feijão de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

100
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

101
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

102
Feijão de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

103
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

104
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

105
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

106
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

107
Ficha de Mão-de-obra

108
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

109
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

110
Ficha de Mão-de-obra

111
Feijão de Sequeiro com Baixos Insumos

Ficha Calendário

112
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

113
Ficha de Mão-de-obra

114
Feijão de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

115
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

116
Ficha de Mão-de-obra

117
Feijão de Sequeiro com Médios Insumos

Ficha Calendário

118
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

119
Ficha de Mão-de-obra

120
Feijão de Sequeiro com Baixos Insumos

Ficha Calendário

121
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

122
Ficha de Mão-de-obra

123
4.2.3. FEIJÃO NHEMBA

Tabela 20. Características da variedades de nhemba


Variedade Tipo de Grão Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
(ton/ha) sementeira (dias)
IT 18 Pequeno- 2 Janeiro-Março 90 Zonais de baixa e
castanho claro média altitude
IT 16 Média – 2,5 Janeiro-Março 90 Zonais de baixa e
creme média altitude
INIA 36 Grande – 2 Janeiro-Março 100 Zonais de baixa e
creme média altitude
INIA 73 Grande - 1,5 Janeiro-Março 100 Zonais de baixa e
vermelha média altitude

Taxa de sementeira:
• 15 kg/ha

Compasso:
• 60 cm x 15 cm – para variedades erectas
• 100 cm x 100 cm – para variedades indeterminadas

Tabela 21. Principais pragas do nhemba


Nome comum Nome científico
Lagarta elasmo Elasmopalpus lignosellus
Trips Megalurothrips sjostedti
Lagarta da vagem Maruca testulalis
Percevejos Crinocerus sanctus
Cigarrinh verde Empoasca kraemeri
Pulgão preto ou Afídeos Aphis craccivora

Tabela 22. Principais doenças do nhemba


Nome comum Nome científico
Murcha do fusário Fusarium oxysporum
Antracnose Colletotricum lindemuthianum
Ascochyta Ascochyta phaseolorum
Ferrugem castanha Uromyces appendiculatus
Pústula bacteriana Xanthomonas campestris
Mosaico dourado -

124
Zonas de aptidão de feijão nhemba de sequeiro em Moçambique

125
Feijão Nhemba de Regadio com Altos Insumos
Ficha Calendário

126
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

127
Ficha de Insumos

Ficha de Mão de obra

128
Feijão Nhemba de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

129
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

130
Ficha de Mão-de-obra

131
Feijão Nhemba de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

132
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

133
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

134
Feijão Nhemba de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

135
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

136
Ficha de Mão-de-obra

137
Feijão Nhemba de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

138
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

139
Ficha de Mão-de-obra

140
4.2.4. SOJA

Tabela 23. Características das variedades de soja


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Ocepara-4 Pequeno 3,5 Novembro- 110 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
Soprano Grande 3,5 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
Solitaire Médio 3,5 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
IAC-6 Médio 3,5 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
Santa Médio 3,5 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Rosa Dezembro a alta (Centro e Norte)
H7 Médio 4,0 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
427/5/7 Pequeno 3,0 Novembro- 100 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)
H 17 Médio 4,0 Novembro- 110 Zonas de altitude média
Dezembro a alta (Centro e Norte)

Taxa de sementeira:
• 70 – 80 kg/ha

Compasso:
• 50 – 75 cm x 5 cm

Tabela 24. Principais pragas da soja


Nome comum Nome científico
Lagarta da soja Anticarsia gemmattalis
Broca da axis Epinotia aporema
Percevejo verde Nezara virudula
Nemátodos de galha Meloidogyne incognita
Nemátodos de cisto Heterodera glycines

Tabela 25. Principais doenças da soja


Noicame vulgar Nome científico
Mancha “olho-de-rã” Cercospora sojina
Mildio Peronospora manshurica
Antracnose Colletotrichum dematium
Cancro da haste Phomopsis phaseoli
Crestamento bacteriano Pseudomonas savastanoi pv. glycinea
Necrose da haste Virus da Necrose da haste – carlavirus

141
Zonas de aptidão de soja irrigado em Moçambique

142
Soja de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

143
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

144
Ficha de Mão-de-obra

145
Soja de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

146
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

147
Ficha de Mão-de-obra

148
Soja de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

149
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha Insumos

150
Ficha de Mão-de-obra

151
Soja de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

152
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

153
Ficha de Mão-de-obra

154
Soja de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

155
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

156
Ficha de Mão-de-obra

157
Soja de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

158
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

159
Soja de Sequeiro com Médios Insumos

Ficha Calendário

160
Ficha Geral de aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

161
Ficha de Mão-de-obra

162
4.3. RAÍZES E TUBÉRCULOS

BATATA RENO

163
4.3.1. BATATA RENO

Tabela 26. Características das variedades de batata reno


Variedade Tipo do Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Tubérculo (ton/ha) sementeira (dias)
Bp1 Oval/achatado 15 – 100 Fresca 90 a 110 Todo pais

Mnandi Oval 20 – 120 Fresca 90 a 120 Todo pais

Mondial Oval alongada 20 – 70 Fresca 90 a 110 Todo pais

Rosita Ovalado 25 – 40 Todo ano 90 a 140 Zonas altas

Diamente Ovalado 10 - 30 Todo ano 90 a 140 Zonas altas

Taxa de sementeira:
• 2000 a 2500 kg/ha para tubérculos grandes
• 1500 a 2000 kg/ha para tubérculos pequenos

Compasso:
• 80 a 100 cm x 30 a 40 cm

Tabela 27. Principais pragas da batata reno


Nome comum Nome científico
Mosca branca Bemisia tabaci
Besouros desfolhadores Chrysomelidae spp.
Larva mineira Agromyzidae spp.
Afídeos Aphis crassivora
Larvas broqueadoras dos tubérculos Chrysomelidae spp.

Tabela 28. Principais doenças da batata


Nome comum Nome científico
Requeima Phytophthora infestans
Mancha de Alternaria Alternaria solani
Sarna pulverulenta Spongospora subterranea
Sarna comum Streptomyces scabies
Apodrecimento radicular Rhizoctonia solani
Caule ôco Erwinia caratovora

164
Zonas de aptidão de batata comum irrigada em Moçambique

165
Zonas de aptidão de batata comum de sequeiro em Moçambique

166
Batata de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

167
Ficha Geral de aprovisionamento

168
Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

169
Ficha de Mão-de-obra

170
Batata de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

171
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

172
Ficha de Insumos

173
Ficha de Mão-de-obra

174
Batata de Regadio com Baixos Insumos

Ficha Calendário

175
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

176
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

177
Batata de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

178
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

179
Ficha de Insumos

180
Ficha de Mão-de-obra

181
Batata de Regadio com Medios Insumos

Ficha Calendário

182
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

183
Ficha de Insumos

184
Ficha de Mão-de-obra

185
Batata de Regadio com Baixos Insumos

Ficha Calendário

186
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

187
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

188
Batata de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

189
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

190
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

191
4.4. OLEAGINOSAS

GERGELIM

GIRASSOL

192
4.4.1. GERGELIM

Tabela 29. Características das variedades de gergelim


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Nicarágua Branco 0,8 Fev - Março 120 Média altitude do
Centro e Norte
Lindi Branco 1,2 Fev - Março 100 Média altitude do
Centro e Norte
Ziada Branco 1,2 Fev - Março 110 Média altitude do
Centro e Norte

Taxa de sementeira:
• 3 – 5 kg/ha

Compasso:
• 50 cm x 10 cm ou 75 cm x 15 cm

Tabela 30. Principais pragas do gergelim


Nome comum Nome científico
Lagarta enroladeira Antigastra catalaunalis
Escaravejo Phyllotreta striollata

Tabela 31. Principais doenças do gergelim


Nome comum Nome científico
Mancha angular Cylindrosporium sesami
Mancha foliar fungal Cercoseptoria sesami
Mancha foliar bacteriana Xanthomonas campestris

193
Gergelim de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

194
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

195
Ficha de Mão-de-obra

196
Gergelim de Sequeiro sem Insumos

Ficha Calendário

Ficha Geral de Aprovisionamento

197
Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

198
Gergelim de Sequeiro com Médios Insumos

Ficha Calendário

199
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

200
Ficha de Mão-de-obra

201
4.4.2. GIRASSOL

Tabela 32. Características das variedades de girassol


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Grão (ton/ha) sementeira (dias)
Black Record Preto 1,1 Jan – Fev. 110 Centro e Norte

Taxa de sementeira:
• 2,5 kg/ha – em sequeiro
• 4,5 kg/ha – em regadio

Compasso:
• 60 – 90 cm x 30 – 40 cm

Tabela 33. Principais pragas de girassol


Nome comum Nome científico
Lagarta preta das folhas Chlosyne lacinia sandersi
Besouro Ciclocephala melanocephala
Percevejo Nezara viridula
Lagarta rosca Agrotis ipsilon
Formiga saúva Atta spp.

Tabela 34. Principais doenças do girassol


Nome comum Nome científico
Mancha de alternaria Alternaria spp
Podridao branca Sclerotinia sclerotiorum
Ferrugem Puccinia helianthi
Oidio Erysiphe cichoracearum
Mancha cinzenta da haste Phomopsis helianthi
Mancha preta da haste Macrophomina phaseolina
Mosaico comum do girassol Virus do mosaico do picão

202
Girassol de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

203
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

204
Ficha de Mão-de-obra

205
4.5. CULTURAS INDUSTRIAIS

ALGODÃO

206
4.5.1. ALGODÃO

Tabela 35. Características das variedades de algodão


Variedade Cor da Rendimento Época de Ciclo Região de Produção
Fibra (ton/ha) sementeira (dias)
CA-324 Branca 2,5 Nov – Dez 160 Centro e Norte
Albar SZ 93-14 Branca 2,0 Nov – Dez 150 Centro e Norte
Stam-42 Branca 2,0 Nov – Dez 150 Centro e Norte
ISA 205 Branca 2,5 Nov – Dez 150 Centro e Norte

Taxa de sementeira:
• 10 – 15 kg – semente deslindada
• 25 – 30 kg – semente com linter

Compasso:
• 100 cm x 20 cm – com 1 planta por covacho
• 100 cm x 30 cm – com 2 plantas por covacho

Tabela 36. Principais pragas do algodão


Nome comum Nome científico
Lagarta americana Helicoverpa spp
Lagarata vermelha Diparopsi castanea
Lagarta espinosa Earias insulina
Jassideos Empoasca fascialis
Afídeos Aphis gossypii

Tabela 37. Principais doenças do algodão


Nome comum Nome científico
Mancha de fusarium Fusarium oxysporum
Mancha angular Xanthomonas campestris
Ramulose Colletotrichum gossypii
Mancha das folhas Alternaria, Cerotelium
Podridão de maçãs Colletotrichum gossypii
Xanthomonas campestris pv. Malvacearum
Botriodiplodia sp.

207
Algodão de Sequeiro com Altos Insumos

Ficha Calendário

208
Ficha Geral de aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

209
Ficha de Insumos

Ficha de Mão-de-obra

210
4.6. HORTÍCOLAS

TOMATE

REPOLHO

CEBOLA

211
4.6.1. TOMATE

Tabela 38. Características das variedades/híbridos de tomate


Variedade Tipo de Rendimento Época de Ciclo Região de
fruto (ton/ha) sementeira (dias) Produção
Cal J Oval 60 Fresca e Quente 90 – 100 Todo pais
Campbel stocks- Oval 60 Fresca e Quente 80 – 100 Todo pais
37
UC-82b Oval 60 Fresca e Quente 90 – 100 Todo pais
Roma - vf* Oval 60 Fresca e Quente 90 – 100 Todo pais
Roma - VSf Oval 60 Fresca 90 – 100 Todo pais
Marglobe* Redondo 60 Fresca 90 – 120 Todo pais
Rio Grande Oval 90 – 120 Fresca 100 – 140 Todo pais
Rio Fuego Oval 90 – 120 Fresca 100 – 140 Todo pais
HTX** Oval 90 – 120 Fresca e Quente 70 – 90 Todo pais
Domingo Oval 90 – 120 Fresca e Quente 90 – 110 Todo pais
Ângela Oval 90 – 120 Fresca 80 – 100 Todo pais
Chicago Oval 60 Fresca e Quente 90 – 120 Todo pais
Star** Oval 90 – 120 Fresca e Quente 70 – 90 Todo pais

Taxa de sementeira:
• 25 a 35 mil plantas/ha o correspondente a 250 a 350 gramas de semente.

Compasso:
• 100 a 120 cm x 30 a 40 cm

Tabela 39. Principais pragas do tomate


Nome comum Nome científico
Traça do tomateiro Tuta absoluta
Mosca branca Bemisia tabaci
Acaros Tetranychus evansi
Tripes Frankdiniella spp
Pulgões Macrosiphum euphorbiae
Lagarta rosca Agrotis ipsilon
Broca Grande do Tomateiro Helicoverpa spp

Tabela 40. Principais doenças do tomate


Nome comum Nome científico
Antracnos Colletotrichum gloesporioides
Requeima Phytophthora infestans
Murcha de esclerotinia Sclerotinia sclerotiorm
Cladosporiose Cladosporium fulvum
Esclerócio Sclerotium rolfsii
Murcha bacteriana Ralstonia solanacearum

212
Mancha bacteriana Xanthomonas campestris
Caule oco Erwinia spp

213
Tomate de Regadio com altos Insumos

Ficha Calendário

214
215
Ficha Geral de aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

216
Ficha de Insumos

217
Ficha de Mão-de-obra

218
Tomate de regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

219
Ficha Geral de aprovisionamento

220
Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

221
Ficha de Mão-de-obra

222
Tomate de Regadio com Médios Insumos

Ficha Calendário

223
Ficha Geral de aprovisionamento

224
Ficha de Maquinaria

Ficha de Insumos

225
Ficha de Mão-de-obra

226
4.6.2. REPOLHO
Repolho de Regadio com Altos Insumos

227
Ficha Geral de Aprovisionamento

Ficha de Maquinaria

228
Ficha de Insumos

229
Ficha de Mão-de-obra

230
4.6.3. CEBOLA
Cebola de Regadio com Altos Insumos

Ficha Calendário

231
Ficha Geral de Aprovisionamento

232
Ficha de Maquinaria

.
Ficha de Insumos

233
Ficha de Mão-de-obra

234
Fichas Técnicas de Culturas

Anexos

235
Anexo I: Orçamento de culturas
Os orçamentos de culturas apresentam estimativas de receitas, custos e lucro.
Um orçamento para uma cultura é um instrumento de planificação no sentido
de que com base nos preços esperados, pode ser usado para:
a) Decidir sobre as actividades produtivas (empreendimentos) a
implementar na exploração;
b) Avaliar as opções tecnológicas para a produção; e
c) Desenvolver um plano de negócio e suportar os pedidos de
empréstimos.

Um orçamento de cultura inclui quantidades de todos os factores produtivos


usados na produção mas a atribuição de valor monetário é feita apenas para
os factores cuja aquisição envolve uma transacção financeira (custos
explícitos). Entretanto, a mão-de-obra familiar é um dos factores produtivos
a que não é atribuído um valor monetário no cálculo dos custos financeiros
de produção. A maioria das pequenas explorações depende apenas de mão-
de-obra familiar. Embora não se pode fazer, por enquanto,alguma
recomendação sobre a quantidade de mão-de-obra a ser usada nas várias
actividades por cultura, observe-se que a sua utilização deve ser
contabilizada para a avaliação da rentabilidade e do retorno do uso da mão-
de-obra familiar.

Os factores fixos tais como edifícios, equipamentos e instrumentos de


trabalho são incluídos na forma de amortização. Dado que os factores fixos
são partilhados entre vários empreendimentos numa exploração agrícola, esta
componente de custos está excluída e apenas são considerados os custos
variáveis.

Tabela 1 do anexo apresenta um exemplo de orçamento de cultura para a


batata . Do orçamento são calculados o rendimento crítico e o preço crítico.
O preço crítico representa o mínimo preço por unidade do produto requerido
para cobrir todos os custos (no nosso caso para cobrir todos os custos
variáveis) dado o rendimento esperado. O preço crítico pode ser calculado
pela seguinte expressão:

Custos
Pr eço critico =
Re n dim ento esperado
236
Similarmente, o rendimento representa o mínimo rendimento necessário para
cobrir todos os custos (no nosso caso para cobrir todos os custos variáveis)
dado o preço esperado para o produto. O rendimento crítico pode ser
calculado pela seguinte fórmula:

Custos
Re n dim ento critico =
Pr eço esperado

237
Tabela 39. Exemplo de Formato de orçamento para batata reno

Item Quantidade Unidade Preço Total


Valor de Produção 150000
Batata reno 30000 Kg 5 150000
0
Custos variáveis 74598.5
Sementes 2000 Kg 11 22000
Adubo 27420
NPK 300 Kg 46 13800
Ureia 600 Kg 22.7 13620
Pesticidas 2878.5
Mancozeb+Aderente 3 Kg 273 819
Aderente 0.15 Lt 500 75
Coprovite 4 Kg 300 1200
Metamedofos 0.5 Kg 690 345
Agrimep 0.3 Lt 315 94.5
Abomectina 0.5 Lt 690 345
Aluguer de tractor 9000
Horas
Preparação da terra 10 Maquinas 600 6000
Horas
Transporte 5 Maquinas 600 3000
Mão-de-Obra 20300
Sementeira 18 Homens dias 100 1800
Adubação 15 Homens dias 100 1500
Pulverização 10 Homens dias 100 1000
Sacha 20 Homens dias 100 2000
Rega 70 Homens dias 100 7000
Colheita 70 Homens dias 100 7000
Sacos 2500 6 15000

Margem bruta (Retorno a terra, capital, gestão e risco) 75401.5

Rendimento crítico 14919.7


Preço critic 2.486617

238
Anexo II: Instalação do software de
elaboração e acesso às fichas
técnicas
Requisitos Iniciais
Antes do processo de instalação dos programas que compõem o SIGEC
devemos colocar o directório SIGEC-IIAM na raiz do disco C:\

Instalar a Base de Dados


Para instalar a Base de Dados vamos ao directório Base de Dados localizado
na pasta do Sistema e fazemos duplo clique sobre o ficheiro “MySQL Server
5.exe”. O seguinte ecrã aparecerá após o duplo clique:

Ao longo da instalação da base de dados não é necessário alterar nenhuma


das opções nos ecrãs da instalação e clicamos no botão “Next >” até
encontrarmos o seguinte ecrã:

239
Em seguida clicamos no botão “Install”. Assim que o programa terminar a
instalação, será necessário configurar a base de dados. Para tal fazemos o
mesmo, não alterar nenhuma da opções nos ecrãs da instalação e clicar o
botão “Next >” com excepção do ecrã que pede a password (senha) do
Sistema que deve ser “123456”. Feito isto temos a base de dados instalada e
para completar o processo devemos introduzir os dados.

Instalar o Java
Para instalar o Java, vamos ao directório do Sistema,em seguida à pasta Java
e fazemos um duplo clique sobre o ficheiro. Depois clicamos no botão
“Next >” até ao final do processo.

Introduzir os Dados
Para introduzir informação na base de dados, execute o ficheiro “introduzir-
dados.bat” presente no directório Base de Dados.

Correr o Sistema
Para correr o Sistema, vamos ao directório do Sistema e fazemos um duplo
clique sobre o ficheiro “iniciar.bat”. Feito Isto clicamos no botão “Unblock”
no ecrã que aparecerá da seguinte forma:

240
Feito isto vamos ao browser e acedemos ao endereço
http://localhost:8080/iniam/

241

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